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1 CURSO DE HISTÓRIA CPAQ/UFMS, AQUIDAUANA, 1º A 4 DE DEZEMBRO DE 2015.

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CURSO DE HISTÓRIA CPAQ/UFMS, AQUIDAUANA, 1º A 4 DE DEZEMBRO DE 2015.

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IV SIMPÓSIO DE HISTÓRIA, CULTURA & POLÍTICA

OLHARES SOBRE A CONTEMPORANEIDADE

PROGRAMAÇÃO

1º de dezembro de 2015 Manhã e Tarde: Credenciamento 19h00min: Abertura 19h30min: Conferência de Abertura A cegueira de Sherlock Holmes: novos olhares e epistemologias sobre a contemporaneidade. Murilo Sebe bon Meihy (UFRJ)

02 de dezembro de 2015 08h00 às 12h00min: Minicurso História e Imprensa, Sexualidades e Violência no Brasil. Victor Hugo da Silva Gomes Mariusso (Turismo/CPAQ) 14h00min às 18h00min: Simpósios Temáticos 19h30min: Mesa-redonda Corpos violentados, encarcerados, fragmentados. Aparecido Francisco dos Reis (UFMS/CCHS) Priscila Xavier Scudder (UFMT/CUR) Peterson José de Oliveira (UFU)

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IV SIMPÓSIO DE HISTÓRIA, CULTURA & POLÍTICA

OLHARES SOBRE A CONTEMPORANEIDADE

PROGRAMAÇÃO

03 de dezembro de 2015 08h00 às 12h00min: Minicurso História e Imprensa, Sexualidades e Violência no Brasil. Victor Hugo da Silva Gomes Mariusso (Turismo/CPAQ) 14h00min às 18h00min: Simpósios Temáticos 19h30min: Mesa-redonda – Movimentos sociais contemporâneos: indígenas, de luta pela terra, femininos/feministas. Iára Quelho de Castro (UFMS/CPAQ) Maria Celma Borges (UFMs/CPTL) Nathália Eberhardt Ziolkowski (IBISS/CO; MESCLA-MS; AMB)

04 de dezembro de 2015 08h00 às 09h30min: Apresentação de banners. 09h30min às 10h30min: Cinema na Escola e no IV Simpósio de História, Cultura & Política – olhares sobre a contemporaneidade. 14h00min às 18h00min: Simpósios Temáticos 19h30min: Conferência de Encerramento – Leituras decoloniais da subalternidade: perspectivas epistêmicas dos estudos pós-coloniais. Divanize Carbonieri (UFMT)

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PROGRAMAÇÃO DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

ST. MANUAIS DIDÁTICOS, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO: REFLEXÕES ACERCA DO ENSINO DE HISTÓRIA.

Ana Paula Squinelo Débora de S. B. Mosqueira

02/12 (quarta-feira) - Experiências de Ensino

“A escola era o barraco de lona”: memórias de professores do projeto de assentamento Novo Horizonte (1986-1992). Nelson Lima Junior

Sequência Didática: “A pré-história por meio das imagens” - uma experiência no subprojeto Pibid/História/UFMS/CPAQ. Carlos Alberto Mendonça Junior Maria Rosetania Lemos da Silva

O uso do diorama no ensino de História. Yasmin Falcão Damir Louret Junior

Pensando o patrimônio e a educação patrimonial no subprojeto Pibid/História/UFMS/CPAQ: os casos dos municípios de Aquidauana e Anastácio (MS). Fátima Dos Santos Benites

Diálogos interdisciplinares para o ensino de História: uma experiência desenvolvida em trilhas interpretativas interdisciplinares. Luiz Eugênio Arruda

Educação Patrimonial: memória, preservação e identidade. Elaine Cristine Luz Santos de Moura

O jogo como material didático no ensino de história: o caso da revolução cubana. Yasmim Falcão

A formação de professores no âmbito do subprojeto Pibid/História/UFMS/CPAQ: trajetórias, vivências e expectativas. Ana Paula Squinelo

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03/12 (quinta-feira) - Experiências de Iniciação à Pesquisa O despertar do sentimento de nação através do manual escolar História do Brasil de Rocha Pombo e o ensino sobre a Guerra do Paraguai. Camilla De Souza Cordeiro Campello

O cinema como fonte histórica na coleção didática “Saber e fazer História” (PNLD 2014). Maria Rosetania Lemos da Silva

Imagens da guerra: a visão paraguaia acerca da Guerra do Paraguai no livro didático de Historia y Geografía (8° ano), publicado pelo editorial Don Bosco (Paraguai). Bruno Admiral Santos

A Guerra do Paraguai na coleção didática Projeto Telaris: História – 8° ano - PNLD/2014. Fátima Dos Santos Benites

Memória, História e Historiografia da Guerra do Paraguai na coleção didática História e Geografia (8º Ano), publicado pelo Editorial en Alianza (Paraguai). Luciano Pereira de Souza Junior

“Uma coroa para o reizinho, um avental para a rainha”: alguns apontamentos sobre o papel da escola para as mulheres. Débora de Souza Bueno Mosqueira

A Guerra do Paraguai e La Guerra contra la Triple Alianza: a guerra contada para brasileiros e paraguaios. Maiko Jeckson da Silva Oriozola

O livro didático História: o longo século XIX de Ronaldo Vainfas e seu discurso sobre a Guerra do Paraguai. Camilla de Souza Cordeiro Campello

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PROGRAMAÇÃO DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

ST. HISTÓRIA INDÍGENA: DA INVISIBILIDADE AO PROTAGONISMO

Iára Quelho de Castro Vera Lúcia Ferreira Vargas

04/12 (sexta-feira)

Os povos indígenas e a ditadura brasileira. Iara Quelho de Castro Vera Lúcia Ferreira Vargas

Os pesquisadores de índios e os pesquisadores indígenas Vera Lúcia Ferreira Vargas

Koixomuneti: uma personagem mítica e histórica na etnia Terena Hugo Cezar Fernandes Gondim

Aldeia urbana de Aquidauana Ticu Lipu Hélida Lipú Mariano Vera Lúcia Ferreira Vargas (orientadora)

Os Terena e as lideranças indígenas da aldeia Aldeinha de Anastácio/MS Reinaldo Paulo Rohdt Vera Lúcia Ferreira Vargas (orientadora)

Os Terena e os Jogos Indígenas em Aquidauana Carlos Alberto Mendonça Junior Vera Lúcia Ferreira Vargas (orientadora

A fundação da aldeia Aldeinha(1984)- etnicização da luta fundiária Edmundo Pires

Representações sobre os indígenas em uma sala de aula Natália Guardiano Alfaro

Os Terena na imprensa sul-mato-grossense Lenir Gomes Ximenes (UFGD. NEPPI/UCDB)

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PROGRAMAÇÃO DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

ST. ESTUDOS CULTURAIS E NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS

Aguinaldo Rodrigues Gomes Murilo Sebe bon Meihy

02/12 (quarta-feira)

Uma ameaça ao pudor e aos bons costumes: a prostituição pelas lentes da imprensa em Corumbá, MS. Waldson Luciano Corrêa Diniz

Sexualidades contra-hegemônicas e alternativas em Um lugar para beijar (2008) Victor Hugo S. G. Mariusso

Permanências & Rupturas: relações de gênero em Madame Satã (2002). Diego Aparecido Cafola

Homossexualidades & Homofobia em “Amor à vida” 2013/2014 Ademir Farias Corrêa

O Plano Centro-Oeste na interpretação autoritário-modernizante (1964 – 1980) Fernan Martins Fernandes Ferreira

Aquidauana na ditadura militar e as disputas em torno da memória. Aguinaldo Rodrigues Gomes

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PROGRAMAÇÃO DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

ST. CULTURA, POLÍTICA E MÍDIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Edvaldo Correa Sotana Miguel Rodrigues de Sousa Neto

04/12 (sexta-feira)

O jornal O Matogrossense e o golpe civil-militar de 1964: apontamentos de pesquisa Edvaldo Correa Sotana

Militares, telecomuncações e integração nacional (1967-1974): notas iniciais Rafael Patrick Flores Edvaldo Correa Sotana

“Eu vi El Rey andar de quatro”: rock e política em Secos & Molhados. Paulo Gustavo da Encarnação

Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: a comunidade LGBT entre a cidadania e o consumo Andrew Feitosa do Nascimento

A violência no campo no jornal Pastoral da Terra. Sara Haubert Santiago

Tantos corpos e outras eróticas – um olhar sobre o grande écran. Miguel Rodrigues de Sousa Neto

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RESUMOS

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A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO ÂMBITO DO SUBPROJETO PIBID/HISTÓRIA/UFMS/CPAQ: TRAJETÓRIAS, VIVÊNCIAS E EXPECTATIVAS.

ANA PAULA SQUINELO (Docente do Curso de História/UFMS/CPAq)

O Subprojeto PIBID/História/UFMS/CPAq possui 2 (dois) Coordenadores, 2 (dois) Colaboradores, 4 (quatro) Supervisores, atende em média 22 (vinte e dois alunos) e possui quatro escolas conveniadas: Escola Estadual Romalino Alves de Albres, Escola Estadual Indígena Guilhermina da Silva, Escola Estadual Roberto Scaff e Escola Municipal CAIC Antônio Pace, situadas em dois municípios: Aquidauana e Anastácio (MS); anualmente com o ingresso de novos Pibidianos oferta-se um Bloco de discussão que contempla a temática concernente a Formação de Professores; nesse momento, desenvolvido ao longo de um semestre efetiva-se um conjunto de discussões que contempla desde a leitura de textos teóricos relativos a formação de professores e, escritos por estudiosos do tema, como também a legislação pertinente a área, como por exemplo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos Superiores de História e as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação; por ser o momento em que o Pibidiano entra em contato com o Programa é possível pensar sua trajetória estudantil, os caminhos que percorreu até ingressar na Licenciatura em História, assim como suas angústias e expectativas em relação a futura profissão; nessa comunicação apresento a partir dessas questões a experiência compartilhada com os novos Pibidianos que ingressaram e participaram desse Bloco de formação no primeiro semestre de 2015. PALAVRAS-CHAVE: Formação de Professores; PIBID; História. IMAGENS DA GUERRA: A VISÃO PARAGUAIA ACERCA DA GUERRA DO PARAGUAI NO LIVRO DIDÁTICO DE HISTORIA Y GEOGRAFÍA (8° ANO), PUBLICADO PELO EDITORIAL DON BOSCO (PARAGUAI).

BRUNO ADMIRAL SANTOS (Discente do Curso de História/UFMS/CCHS)

A Guerra do Paraguai, no Brasil, ou Grande Grande, no Paraguai, foi o maior conflito militar do cone sul envolvendo o Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Cinco anos de conflito resultaram em um importante capítulo na história destes países e, 150 anos depois, ainda há grandes debates sobre tal evento. Diversas obras publicadas sobre a guerra e suas causas por autores latino-americanos e até por autores europeus em uma historiografia que vem sofrendo uma constante metamorfose acarretada por críticas e inquietações que, por sua vez, são influenciadas por correntes históricas ou pelo aprimoramento dos métodos de pesquisa. No contexto abordado nesta pesquisa preocupo-me com a questão relacionada a qual visão acerca da guerra chega às escolas e como chega? É através de uma análise minuciosa da historiografia da guerra e utilizando-me do Livro Didático Historia y Geografía (8° Ano), publicado pelo Editorial Don Bosco (Paraguai), como fonte de pesquisa acesso ferramentas importantes para o entendimento de como a guerra é estudada, explicada e compreendida na educação básica paraguaia. PALAVRAS-CHAVE: Guerra do Paraguai; Livro didático; Paraguai.

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O LIVRO DIDÁTICO HISTÓRIA: O LONGO SÉCULO XIX DE RONALDO VAINFAS E SEU DISCURSO SOBRE A GUERRA DO PARAGUAI

CAMILLA DE SOUZA CORDEIRO CAMPELLO (Discente do Curso de História/UFMS/CPAq)

A mudança na construção do conhecimento histórico posta a partir século XX, consequência das renovações historiográficas, permeou os centros acadêmicos, ficando distante em certa medida do ensino de história, o qual é marcado pela historiografia tradicional, no que se refere a preferência pela ordem cronológica dos fatos, de forma linear e como um produto pronto e acabado. No livro didático, uma vez que é considerado o principal aliado no processo de ensino e aprendizagem de história, faz-se necessário rever e analisar os conteúdos didáticos, a fim de identificar as concepções historiográficas presentes no ensino de história. Nesse sentido, proponho uma análise da coleção didática História: o longo século XIX, volume 2, Editora Saraiva, para o ensino médio, adotado no Município de Aquidauana (MS), referente ao PNLD de 2012, tendo como eixo o tema a Guerra do Paraguai, que apresenta discursos produzidos em momentos historiográficos diferentes, além de apresentar aspectos ideológicos divergentes. PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento histórico; Livro didático; Guerra do Paraguai. O DESPERTAR DO SENTIMENTO DE NAÇÃO ATRAVÉS DO MANUAL ESCOLAR HISTÓRIA DO BRASIL DE ROCHA POMBO E O ENSINO SOBRE A GUERRA DO PARAGUAI

CAMILLA DE SOUZA CORDEIRO CAMPELLO (Discente do Curso de História/UFMS/CPAq)

O projeto de construção de um sentimento de identidade nacional esteve presente no ensino, mais especificamente nos manuais escolares do início do século XX. Os discursos que permeiam os livros didáticos atenderam aos interesses políticos, sociais e econômicos da elite brasileira. Para mediar essas reflexões, analisamos a obra didática História do Brasil, do ano de 1900, de autoria de Rocha Pombo, e destinado ao ensino secundário, atentando-nos às interpretações referentes à Guerra do Paraguai, e observamos que tal conteúdo presente na obra segue a ótica da história tradicional, reafirmando símbolos nacionais e estereótipos. Os resultados sugerem que o manual didático foi um aliado no projeto político de construção da nação brasileira, sobretudo a partir das memórias do conflito platino. Chamamos a atenção para a ampla aceitação deste manual no ensino de história, no início da República, como também a sua permanência duradoura nos currículos escolares até meados da década de 1970. PALAVRAS-CHAVE: Livro didático; Ensino de História; Guerra do Paraguai. “UMA COROA PARA O REIZINHO, UM AVENTAL PARA A RAINHA”: ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE O PAPEL DA ESCOLA PARA AS MULHERES

DÉBORA DE SOUZA BUENO MOSQUEIRA (Docente da Rede de Ensino SED-MS; Mestranda

PPGH/UFGD; Bolsista Capes)

A presente comunicação tem por objetivo discutir algumas matérias jornalísticas vinculadas a temática sobre o papel da escola no desenvolvimento dos papéis sexuais,

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publicadas no jornal Mulherio, que circulou no Brasil nos anos de 1981 até 1987. Considerado uma publicação da segunda geração da imprensa feminista, publicizou em seus impressos reivindicações ligadas aos mundos do trabalho, saúde feminina, a igualdade dos direitos entre os sexos e a educação, assuntos muitas vezes relegados ao ambiente privado. Juntamente com o Centro da Mulher Brasileira, do Rio de Janeiro, suas editoras elaboraram cartilhas e reportagens questionando os estereótipos presentes nas ilustrações de algumas coleções das noções de Moral e Civismo, ensinadas nas então escolas de 1º e 2º grau. Diante dessa perspectiva, a categoria gênero contribui para refletirmos a dicotomia de desigualdades presentes no processo de formação da criança, uma vez que esta percebe em sua educação informal uma realidade diferente, da qual as mulheres estão submetidas à dupla jornada de trabalho, sendo capazes de falar e agir sobre si mesmas e sobre o mundo, contrariando a ideia de que somente a figura masculina estaria qualificada para exercer as atividades produtivas e criativas. PALAVRAS-CHAVE: Mulherio; Gênero; Estereótipos. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: MEMÓRIA, PRESERVAÇÃO E IDENTIDADE

ELAINE CRISTINE LUZ SANTOS DE MOURA (Discente do curso de História – CCHS/UFMS)

O presente trabalho trata da execução do projeto intitulado “Educação Patrimonial: memória, preservação e identidade”, desenvolvido por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), e parte-se do pressuposto de que os patrimônios históricos são recursos que podem ser utilizados no ensino de história. Partindo dessa perspectiva, fundamental elucidar termos que relevem sua importância, tal como a cultura material e imaterial, mediação cultural, e a preservação patrimonial. Dessa maneira, foram realizadas quatro oficinas na Escola Estadual Hércules Maymone, em maio de 2015, com alunos dos primeiros anos do ensino médio, com o objetivo de promover consciência cidadã por meio do reconhecimento dos patrimônios históricos. MENESES (2005) propõe o uso de objetos para o ensino de história, sendo este um dos referenciais teóricos para a realização deste projeto. Foram utilizados recursos didáticos como vídeos e imagens, além de dois artefatos do Museu José Antônio Pereira que colaboram para a execução deste projeto. Como instrumento de avaliação, foram observadas as participações em sala de aula, destacando o reconhecimento dos patrimônios materiais e imateriais, além das pesquisas realizadas sobre os patrimônios mundiais que colaboraram para uma ampla visão referente a preservação. Assim, os alunos constataram que as preservações são resultantes da Educação Patrimonial. Dessa maneira, o PIBID proporcionou tanto para os acadêmicos quanto para os estudantes, uma nova visão em relação aos patrimônios, de como se faz história com os objetos, e a valorização da cultura material e imaterial, promovendo a cidadania. PALAVRAS-CHAVE: Cultura material e imaterial; Mediação cultural; Educação Patrimonial.

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PENSANDO O PATRIMÔNIO E A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NO SUBPROJETO PIBID/HISTÓRIA/UFMS/CPAq: OS CASOS DOS MUNICÍPIOS DE AQUIDAUANA E ANASTÁCIO (MS)

FÁTIMA DOS SANTOS BENITES (discente do Curso de História-CPAq/Bolsista PIBID-

História-UFMS/CPAq)

ANA PAULA SQUINELO (docente do curso de História-UFMS/CPAq)

Apresentamos os resultados parciais referentes ao trabalho que vem sendo desenvolvido no âmbito do PIBID/História, e refere-se, entre diversas ações, à proposição de uma oficina sobre a temática Patrimonial; tais discussões estão sendo realizadas a partir dos pressupostos da Educação Patrimonial e envolvem os municípios que se inserem as escolas conveniadas ao PIBID, a saber: Aquidauana (MS) e Anastácio (MS). Ao longo das atividades iniciamos uma pesquisa virtual que nos encaminhou ao site oficial da Prefeitura de Aquidauana. O passo seguinte foi averiguar se no município há uma comissão, órgão ou algo semelhante que seja responsável pela questão patrimonial e de tombamento e/ou registro. A Oficina encontra-se em andamento e as atividades a serem desenvolvidas envolvem a identificação do Patrimônio material e imaterial dos municípios de Anastácio e Aquidauana. Esperamos que como um dos resultados de sua aplicação, os alunos das Escolas participantes discutam e compreendam as dimensões dos patrimônios matérias (tangíveis) e imateriais (intangíveis) que abrange os dois municípios privilegiados pela pesquisa, compondo em seguida uma lista sobre estes, para posterior elaboração de um Guia Patrimonial de Aquidauana e Anastácio. PALAVRAS-CHAVE: Patrimônio; Educação Patrimonial; PIBID. A GUERRA DO PARAGUAI NA COLEÇÃO DIDÁTICA PROJETO TELARIS: HISTÓRIA – 8° ANO - PNLD/2014 FÁTIMA DOS SANTOS BENITES (discente do curso de História-CPAq/Bolsista PIBID História-

UFMS/CPAq)

ANA PAULO SQUINELO (orientadora) (docente do curso de História-UFMS/CPAq)

Neste trabalho pretendo analisar como o Livro Didático vem sendo utilizado no campo de investigação histórica, tendo em vista que os estudos acerca desta temática implicam pesquisar um objeto cultural complexo. A partir dessa problemática proponho-me refletir sobre o livro didático em sua complexidade, levando-o em consideração como objeto e fonte para a investigação histórica. Para a realização da abordagem teórica utilizo referências de autores/as que pesquisam sobre o livro didático, como por exemplo, os estudos de Alain Choppin e Circe Bittencourt. Em especial, estudo a Coleção Didática denominada Projeto Telaris: História que foi aprovada pelo PNLD 2014; a Coleção é de autoria de Gislaine Campos Azevedo e Reinaldo Seriacopi e publicada pela editora Ática; destaco que a referida Coleção foi adotada na Escola Estadual Roberto Scaff no município de Aquidauana (MS) e, para mediar minhas discussões investigo como a Guerra do Paraguai é abordada nesta Coleção com ênfase no volume destinado ao 8° Ano no qual tal conteúdo é abordado. Palavras-Chave: Guerra do Paraguai; Projeto Telaris: História; Narrativas Escolares.

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MEMÓRIA, HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DA GUERRA DO PARAGUAI NA COLEÇÃO DIDÁTICA HISTÓRIA E GEOGRAFIA (8º ANO), PUBLICADO PELO EDITORIAL EN ALIANZA (PARAGUAI). LUCIANO PEREIRA DE SOUZA JUNIOR (discente do curso de História-CCHS/Bolsista PIBIC)

Entender o contexto em que o Livro Didático foi confeccionado, e o seu papel na legitimação daquilo que é almejado, é essencial para compreender que a educação é mais do que uma simples ferramenta de modificação do cidadão. Dessa maneira, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), possibilitou a pesquisa deste trabalho, que propõe uma análise da Coleção Didática intitulada “Historia y Geografía”, obra escrita pela historiadora paraguaia Raquel Zalazar, e publicada pelo Editorial en Alianza (Paraguai), em três volumes, respectivamente para o sétimo, oitavo e nono grado (ano) da Educação Básica Escolar do Paraguai. Verifica-se que, após o término da Guerra do Paraguai, o Livro Didático foi um dos espaços disputados para a legitimação da construção historiográfica de uma memória desejável para este conflito. Através das pesquisas do estudioso francês Alain Choppin, buscou-se analisar essa coleção pela enumeração das funções do Livro Didático, assim como a abordagem metodológica que o pesquisador necessita para contextualizar o espaço que o Livro Didático desempenha como fonte e objeto de investigação histórica. PALAVRAS-CHAVE: Coleção Didática “Historia y Geografía”; Guerra do Paraguai; História e Historiografia Paraguaia. DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: UMA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA EM TRILHAS INTERPRETATIVAS INTERDISCIPLINARES

LUIZ EUGÊNIO ARRUDA (Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul)

Desenvolvido há sete anos, com início no ano de 2009, o projeto expedições anarco pedagógico atemporais apresenta uma alternativa viável de educação ambiental e patrimonial motivada a partir da visitação de sítios arqueológicos da região da borda da serra de Maracaju em Aquidauana (MS). Durante este período de atuação o grupo já acompanhou mais de sete mil estudantes da educação básica de escolas de toda a região, promovendo durante suas atividades intenso diálogo interdisciplinar envolvendo variadas áreas de conhecimento por meio da participação de acadêmicos, educadores e pesquisadores oriundos de diversos campos de interesse. Este trabalho tem como objetivo analisar as contribuições dos diálogos interdisciplinares acerca das questões inerentes ao ensino de história que ocorrem durante as atividades desenvolvidas no decurso do projeto, utilizando como referências os escritos de Bitencourt, Karnal e Feyerabend. A GUERRA DO PARAGUAI E LA GUERRA CONTRA LA TRIPLE ALIANZA: A GUERRA CONTADA PARA BRASILEIROS E PARAGUAIOS

MAIKO JECKSON DA SILVA ORIOZOLA (Voluntário PIBIC/CNPq/UFMS)

Este trabalho examina as características historiográficas gestadas por autores de livros didáticos brasileiros e paraguaios no que se refere a escrita sobre a Guerra do

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Paraguai. É um estudo comparativo entre os conteúdos sobre o conflito nos livros Historia y Geografia 8, Editora Santillana, Paraguay e Projeto Telaris: História (8º Ano), Editora Ática, Brasil; para isso analiso suas fontes, as diferentes perspectivas, a construção da memória e o conhecimento gerido nas salas de aula, em especial no ensino fundamental brasileiro e seu equivalente no Paraguai. Para tanto me auxílio com base nas pesquisas relacionadas ao livro didático e seu papel na formação dos alunos e à história e historiografia sobre a Guerra do Paraguai dos dois países atores desta guerra. PALAVRAS –CHAVE: Guerra do Paraguai; História e Historiografia; Manuais Didáticos. SEQUÊNCIA DIDÁTICA: “A PRÉ-HISTÓRIA POR MEIO DAS IMAGENS” - UMA EXPERIÊNCIA NO SUBPROJETO PIBID/HISTÓRIA/UFMS/CPAQ

CARLOS ALBERTO MENDONÇA JUNIOR (PIBID-História/UFMS/CPAq)

MARIA ROSETANIA LEMOS DA SILVA (PIBID- História/UFMS/CPAq)

Os estudos realizados no grupo do Pibid de História do Campus de Aquidauana-MS, nos fizeram identificar a importância das imagens no cotidiano escolar. Uma das autoras que estudamos nos alertava para as diversas imagens que o Livro Didático trás em suas páginas e para o poder abstrato que as ilustrações concretizam na noção de tempo histórico e que, as mesmas ajudam na memorização dos conteúdos. (BITTENCOURT, 1997, p.70,75). Este fato nos trouxe a ideia de aplicarmos uma sequência didática com o objetivo de trabalhar o conteúdo da disciplina de história por meio das imagens. A atividade foi realizada na Escola Estadual Romalino Alves de Albres durante o primeiro bimestre do ano letivo de 2015 da rede estadual de ensino de MS. Trabalhamos com alunos do 6º ano B, do ensino fundamental na aula de história ministrada pela Professora Supervisora Edinalva Gouveia da Silva Dutra. A sequência didática que foi trabalhada a partir das imagens, com o tema “História dos Povos Pré-letrados e os Povos do Paleolítico” contribuiu, de forma significativa, no aprendizado dos alunos. Nesse sentido, apresentamos nessa comunicação os resultados e problematizações dessa experiência. PALAVRAS-CHAVE: Imagens; Sequência didática; Pré-história. O CINEMA COMO FONTE HISTÓRICA NA COLEÇÃO DIDÁTICA “SABER E FAZER HISTÓRIA” (PNLD 2014)

MARIA ROSETANIA LEMOS DA SILVA (docente do curso de História/UFMS/CPAq)

ANA PAULA SQUINELO (Orientadora) (Docente do curso de História UFMS-CPAq)

Desde a década de 60 do século XX, os manuais didáticos são objeto de estudo, pesquisa e aprimoramento nos conteúdos, bem como novas tecnologias são indicadas para aprender e para a realização das atividades. Uma destas atividades pedagógicas é o uso da produção cinematográfica, entre outras áreas, nas aulas de história. O filme em sala de aula abre espaço para um aprendizado crítico, analítico, discutível e participativo. Para as novas gerações de alunos que nos dias atuais vivem num mundo de imagens que lhes atraem a atenção facilmente e que já não se interessam pela

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história só com leitura no Livro Didático a linguagem fílmica pode ser de grande auxílio ao professor (a). Por ser na contemporaneidade ainda o material mais usado por professores (as) e alunos (as), faz-se necessário e urgente que o livro didático apresente novos métodos de ensino e aprendizagem. Por pensar na importância que tem o livro didático no cotidiano escolar e de como a linguagem cinematográfica faz parte da vida dos alunos (as), é que venho desenvolvendo esta pesquisa utilizando como referência a Coleção Didática Saber e Fazer História de autoria de Gilberto Cotrim e Jaime Rodrigues e, publicada pela Editora Saraiva. PALAVRAS-CHAVE: Cinema; Saber e Fazer História; Prática Docente.

“A ESCOLA ERA O BARRACO DE LONA”: MEMÓRIAS DE PROFESSORES DO PROJETO DE ASSENTAMENTO NOVO HORIZONTE (1986-1992).

NELSON LIMA JUNIOR (Professor da SEMEC de Douradina-MS/Mestrando PPGH-

UFGD/Bolsista Capes)

Esta comunicação busca discutir a formação das primeiras escolas no Projeto de Assentamento Novo Horizonte em 1986. Este assentamento formou-se a partir da ocupação da Gleba Santa Idalina, localizada no município de Ivinhema por aproximadamente mil famílias de trabalhadores rurais que moravam no Paraguai deste a década de 1970. Após a desapropriação das terras, começou a formar no local um novo assentamento e com ele a formação das primeiras escolas, organizadas pelo governo do Estado de Mato Grosso do Sul, onde atendia aproximadamente seiscentas crianças com faixa etária que variava de 6 a 15 anos de idade. Apesar de algumas crianças já terem iniciado os estudos, tiveram que retornar ao 1° ano do ensino “primário”, pois não conheciam a Língua Portuguesa, uma vez que tinham sidas alfabetizadas na Língua Guarani. As escolas foram construídas de coqueiro e lona, as mesas e bancos foram providenciadas com tábuas. Vieram neste período 25 professores para trabalhar no assentamento com a alfabetização dos alunos. Desta forma, busco trazer algumas narrativas e relatos de experiência de professores que fizeram parte do corpo docente no Assentamento Novo Horizonte. Para tanto, utilizo como metodologia principal a História Oral, fazendo uso também de fontes imagéticas. PALAVRAS-CHAVE: Memória; Educação; Assentamento Novo Horizonte.

O USO DO DIORAMA NO ENSINO DE HISTÓRIA YASMIN FALCÃO (Discente do Curso de História CCHS/UFMS)

DAMIR LOURET JUNIOR (Discente do Curso de História CCHS/UFMS)

O trabalho exposto refere-se a um relato de experiências com o uso do diorama no ensino de história. O diorama foi utilizado como recurso didático no projeto “A Sociedade Feudal”, realizado pelos acadêmicos que compõem o PIBID do curso de história da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na cidade de Campo Grande. O objetivo do diorama foi possibilitar a reflexão critica dos alunos por meio da produção de um conhecimento material. Para tanto, foi pedido aos alunos que produzissem um diorama com os conteúdos explanados nas aulas do projeto. Como

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metodologia para a execução, os alunos foram divididos em grupos, cada qual responsável por um tema referente a aulas. Como resultado, foi observado que a produção do diorama constituiu-se em quatro momentos, com objetivos distintos. O primeiro momento configurou-se como a “organização”, o segundo, constituiu-se da “representação”; o terceiro momento foi destinado a “construção”, o quarto e ultimo, foi referente a “apresentação”. Foi observado que o uso do diorama é significativo para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sendo uma importante ferramenta no ensino de história. PALAVRAS-CHAVE: Diorama; Ensino de História; Sociedade Feudal. O JOGO COMO MATERIAL DIDÁTICO NO ENSINO DE HISTÓRIA: O CASO DA REVOLUÇÃO CUBANA

YASMIM FALCÃO (Discente do Curso de História CCHS/UFMS)

O trabalho proposto refere-se a reflexões acerca da utilização do jogo como material didático no ensino de história. O jogo apresentado foi formulado para auxiliar as aulas de Revolução Cubana, ministradas por acadêmicos que integram o PIBID do curso de história da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O referente jogo foi proposto para que os alunos se sentissem incluídos no contexto da Revolução Cubana, de modo a diferenciar-se dos métodos didáticos que até então conheciam. O jogo propunha a leitura de momentos relativos a organização da luta armada em Cuba. Foram “jogados” os passos da Revolução Cubana com toda a turma, conjuntamente e sistematicamente, pois os alunos foram separados em grupos que relacionaram-se em todos os momentos. Foi observado que a utilização do jogo realizou a proposta programada, fazendo com que os alunos os alunos se mantivessem incluídos e participantes da aula. PALAVRAS-CHAVE: Jogo; Ensino de História; Revolução Cubana.

OS POVOS INDÍGENAS E A DITADURA BRASILEIRA.

Iara Quelho de Castro (Docente do curso de História UFMS-CPAq)

Vera Lúcia Ferreira Vargas (Docente do curso de História UFMS-CPAq)

A vitimização dos povos indígenas constituiu-se em uma armadilha na medida em que implica na negação daqueles enquanto sujeitos históricos. Significa considerá-los, mais uma vez, como incapazes de construir suas próprias histórias, percebendo-os unicamente como vítimas, o que, inegavelmente, foram. Mas, não apenas isso, haja vista as distintas políticas adotadas por diferentes povos seja o confronto direto, a afirmação de alianças, ou a apropriação de discursos e recursos disponibilizados pela sociedade envolvente, e envolvida, como estratégias nas lutas por seus direitos. A partir dessa perspectiva se pretende refletir sobre as violências às quais estiveram sujeitos os povos indígenas durante as décadas da ditadura militar no Brasil, enfatizando-se as respostas forjadas que, na década de 1980, propiciaram condições para a constituição de um amplo movimento, em âmbito nacional, por meio do qual

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impõem limites às medidas estatais e aos interesses privados. Os povos indígenas se fazem presente na cena pública nacional e exigem respeito, reparação e justiça. PALAVRAS-CHAVE: Povos Indígenas; Ditadura; Política e Movimentos Sociais.

OS PESQUISADORES DE ÍNDIOS E OS PESQUISADORES INDÍGENAS Vera Lúcia Ferreira Vargas (docente do Curso de História/CPAQ/UFMS)

Este texto se refere ao artigo publicado na revista virtual “Outros Tempos”, na Universidade Estadual do Maranhão/UEMA, em 2013. Pesquisa que ainda se encontra em andamento sobre os pesquisadores indígenas no Mato Grosso do Sul, desenvolvida junto ao Laboratório de História Indígena/LHIN/CPAQ. Nesse sentido, considerando o aumento da produção acadêmica atinente à história indígena no Brasil, entre o final do século XX e início do século XXI. Assim, essa comunicação tem por objetivo evidenciar as mudanças ocorridas na compreensão dessa história, bem como de sua escrita, que passou a perceber e por isso demonstrar os índios como sujeitos históricos, ao longo de sua história de contato. Dessa forma destaca-se a produção realizada pelos próprios pesquisadores indígenas Terena no âmbito dos programas de pós-graduação nas universidades brasileiras. PALAVRAS-CHAVE: História Intelectual; Povos Indígenas; Educação. KOIXOMUNETI: UMA PERSONAGEM MÍTICA E HISTÓRICA NA ETNIA TERENA

Hugo Cezar Fernandes Gondim (Graduado em História pela UFMS/CPAq)

Esta apresentação faz parte de um trabalho de pesquisa concluído e se dedica a uma discussão sobre práticas e representações míticas e históricas circunscritas ao Koixomuneti. Foi adotada a perspectiva historiográfica da “nova história indígena”, que traz nova abordagem sobre o papel de sujeito histórico dos povos indígenas. A História das religiões nos possibilitou compreender que o homem religioso, através da hierofania, encontrou a narrativa histórico-sagrada como uma forma de organizar e sintetizar funções e práticas sociais. Entre as fontes utilizadas estavam histórias orais Terena, recolhidas e transcritas por pesquisas anteriores e a bibliografia existente sobre o tema mágico-religios o inserido nessa sociedade. Percebendo momentos de engajamento de uma performance xamânico-política de expressão de autoafirmação da identidade indígena Terena em embates seculares com a sociedade envolvente, o objetivo principal se centrou em trazer a tona Mitologia e História sobre a personagem do Koixomuneti através de análise da literatura tradicional sobre a feitiçaria, cosmovisão e entes sobrenaturais. PALAVRAS-CHAVE: Terena, Koixomuneti, Mitologia, História ALDEIA URBANA DE AQUIDAUANA TICU LIPU

Hélida Lipú Mariano (Discente do curso de História/CPAQ/UFMS) Vera Lúcia Ferreira Vargas (docente do Curso de História/CPAQ/UFMS)

A presente comunicação se refere ao trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de História Licenciatura Plena do CPAQ/UFMS, referente à aldeia urbana Ticu

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Lipu, localizada na cidade de Aquidauana-MS. Tem por objetivo demonstrar as ações desenvolvidas pelos Terena para organizar a primeira aldeia urbana na cidade de Aquidauana, bem como evidenciar como vivem os seus moradores. Monografia desenvolvida a partir de pesquisas bibliográficas, entrevistas e registros fotográficos, com os moradores da aldeia. Nesse sentido, foi possível identificar algumas das ações realizadas pelos Terena para a sua organização, bem como compreender as praticas mantidas por eles na aldeia e compreender as relações que eles possuem com as demais aldeias da região. PALAVRAS-CHAVE: Povos Indígenas; Aldeamento; Campo e Cidade. OS TERENA E AS LIDERANÇAS INDÍGENAS DA ALDEIA ALDEINHA DE ANASTÁCIO/MS

Reinaldo Paulo Rohdt (Discente do Curso de História CPAQ/UFMS)

Vera Lúcia Ferreira Vargas (Docente do Curso de História/CPAQ/UFMS)

Essa pesquisa tem como objetivo compreender o processo de formação das lideranças indígenas Terena na aldeia Aldeinha, localizada na cidade de Anastácio-MS. Principalmente das lideranças formadas a partir da década de 80 do século XX, quando a referida aldeia teve o seu reconhecimento pelo FUNAI/ Fundação Nacional do Índio como terra indígena, priorizando ainda o ano de 1984, devido à formação da primeira liderança indígena. A pesquisa encontra-se em desenvolvimento e apoia se em documentos originais produzidos pelos próprios Terena, como Atas de reuniões e eleições das lideranças indígenas, dissertações e teses produzidas sobre os Terena, entrevistas e depoimentos de membros fundadores dessa comunidade, para realizar o registro de parte de sua história. PALAVRAS-CHAVE: Povos Indígenas; Aldeamento Urbano; Lideranças. OS TERENA E OS JOGOS INDÍGENAS EM AQUIDAUANA

Carlos Alberto Mendonça Junior (Discente do Curso de História UFMS/CPAQ)

Vera Lúcia Ferreira Vargas (Docente do Curso de História UFMS/CPAQ)

A pesquisa que se encontra em desenvolvimento se refere aos jogos indígenas no município de Aquidauana, os que ocorrem nas aldeias Terena do município (JOPOIN), desde 2002, período que iniciou os primeiros jogos indígenas nesse município até 2015, período que se finaliza o trabalho em questão. Nesse sentido, tem por objetivo compreender a participação indígena nos jogos e o que eles representam para os Terena. O trabalho esta sendo realizado por meio de pesquisa bibliográfica, busca de textos nos bancos de teses e dissertações das universidades brasileiras, leituras e fichamentos dos mesmos, busca nos arquivos da Secretaria de Esportes de Aquidauana, pesquisas online sobre as edições anteriores dos jogos, informações que compõem o banco de dados criado para o desenvolvimento da pesquisa, entrevistas com os participantes e organizadores dos JOPOIN. A importância dessa pesquisa consiste no fato de que as práticas esportivas indígenas ainda são pouco estudadas,

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principalmente no município mencionado, desta forma torna-se também uma contribuição para o estudo da História Indígena no MS. PALAVRAS-CHAVE: Povos Indígenas; Esportes; JOPOIN. A FUNDAÇÃO DA ALDEIA ALDEINHA(1984)- ETNICIZAÇÃO DA LUTA FUNDIÁRIA

Edmundo Pires (Mestre em História pela UFGD; FUNASA/MS)

A proposta deste trabalho é analisar a fundação da aldeia Aldeinha avaliando os impactos da emancipação política do município de Anastácio, cuja divisão política transforma a paisagem geográfica, social e política na comunidade de Aldeinha. Neste contexto aparece como destaque a opção religiosa dos seguidores de doutrinas evangélicas denominados de crentes. Evidencia-se também o processo de loteamento da área contígua aos espaços ocupados por famílias Terena, obrigando as famílias descendentes dos proprietários a dividir os lotes entre seus familiares ou a vender lotes para alguns índios Terena que tinham condições de compra-los, e também para não índios. Esse período é caracterizado pela organização dos Terena descendentes de proprietários e de agregados das famílias originais, adotando o formato de aldeia. Dessa forma buscam incluir-se no crescente movimento dos povos indígenas no Brasil, encampando a luta em prol da demarcação e homologação de seus territórios e outras demandas como educação, saúde e autodeterminação. PALAVRAS-CHAVE: Terena; Aldeia Aldeinha; Territorialização. REPRESENTAÇÕES SOBRE OS INDÍGENAS EM UMA SALA DE AULA

Natália Guardiano Alfaro (Discente do Curso de História UFMS/CPAq)

A presente comunicação tem por objetivo apresentar o projeto de pesquisa em andamento no qual se pretende analisar as representações indígenas existentes entre os alunos de uma sala de aula, no município de Aquidauana, Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de campo. Teoricamente o trabalho encontra-se fundamentado nas orientações da nova história indígena, que busca situar os indígenas como sujeitos de sua própria história. A pesquisa prática está sendo desenvolvida na Escola Estadual Dóris Mendes Trindade, na turma do 8º ano A, do ensino fundamental. Sendo solicitado aos alunos para que se expressassem em palavras ou desenhos sobre os povos indígenas, verificou-se que, mesmo com os alunos convivendo com os indígenas, muitas vezes dentro da própria sala de aula, eles continuam pensando da mesma maneira que um dia foi ensinado a eles, isto é, como apreendido na escola os indígenas são em geral, considerados como seres ignorantes e sem cultura, que trocaram suas riquezas por “meia dúzia de presentes sem valor”. PALAVRAS-CHAVE: Indígenas; Educação; Representações. OS TERENA NA IMPRENSA SUL-MATO-GROSSENSE

Lenir Gomes Ximenes (UFGD. NEPPI/UCDB)

Os Terena, assim como outras etnias indígenas no Brasil e mais especificamente no Mato Grosso do Sul, têm protagonizado movimentos para a recuperação de

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territórios de ocupação tradicional que ficaram fora das áreas reservadas pelo Estado brasileiro. Desde o final da década de 1990, os Terena têm organizado as Retomadas (ocupações das fazendas localizadas em terras consideradas de ocupação tradicional terena). Conforme apontado pelos próprios indígenas, essas ações visam pressionar o governo brasileiro para solucionar a questão territorial, que há décadas vem sendo alvo de outras formas de reivindicação por parte dos Terena. O objetivo da comunicação é analisar as representações veiculadas pela imprensa de Mato Grosso do Sul acerca dessas Retomadas. Foram analisadas reportagens sobre as ações protagonizadas pelos indígenas da Terra Indígena Buriti, localizada nos municípios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. As matérias foram produzidas entre os anos 2000 e 2011, pelo Correio do Estado (jornal impresso de maior circulação no MS). A partir da pesquisa ficou evidente que da forma como são publicadas, acompanhadas de manchetes muitas vezes tendenciosas, essas reportagens corroboram para a formação de um estereótipo negativo dos Terena. Bem como, contribuem para desqualificar perante a opinião pública a luta por um direito garantido aos indígenas na Constituição de 1988: o direito à terra. No entanto, uma análise mais cuidadosa das fotos, manchetes e textos jornalísticos, revelam alguns pontos importantes do movimento de Retomada protagonizado pelos Terena no Mato Grosso do Sul. PALAVRAS-CHAVE: Terena; Territorialização; Retomada. UMA AMEAÇA AO PUDOR E AOS BONS COSTUMES: A PROSTITUIÇÃO PELAS LENTES DA IMPRENSA EM CORUMBÁ, MS.

Waldson Luciano Corrêa Diniz (Docente UFMS/CPAN. Pesquisa desenvolvida com fomento CAPES)

Abordar a história cotidiana da mulher implica em refletir sobre a condição feminina em uma cidade fronteiriça e pequena como Corumbá, MS. Trata-se de um desafio considerável principalmente quando comparamos a vida social da mesma em municípios maiores como no clássico estudo de Margareth Rago Do cabaré ao lar ou na tese de Marilene da Cunha Ribeiro sobre a mulher em Uruguaiana, RS. A utilização de jornais requereu a coleta de vários artigos para a produção de séries no período de 1938 a 1999 para que fosse possível estabelecer algumas constantes no trato com o universo feminino. Como o tema da prostituição recebeu grande atenção da imprensa local, elaborou-se uma interpretação não somente do fenômeno mencionado como também da sociabilidade de indivíduos de origens étnicas diversas que orbitavam entre o trabalho de baixa remuneração e de pequenos ilícitos, muitas vezes. O que predominou nos discursos foi a associação da prostituição e do crime com a presença de bolivianos na cidade e com seus espaços de trabalho e moradia. Concluiu-se que a presença dos mesmos foi representada de forma estereotipada e o imigrante considerado um obstáculo ao progresso e aos valores caros à sociedade que se autodenominava branca e civilizada. Dessa forma, o comércio dos corpos femininos foi considerado como um produto contraditório da modernidade almejada praticada por indivíduos não brancos, degenerados, indolentes que viviam à margem da ordem. PALAVRAS-CHAVE: Prostituição; Imprensa; Corumbá.

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SEXUALIDADES CONTRA-HEGEMÔNICAS E ALTERNATIVAS EM UM LUGAR PARA BEIJAR (2008)

Victor Hugo S. G. Mariusso (Docente do Curso de Turismo UFMS/CPAQ; Mestre em História pela UFU)

A sociedade comporta mais do que aquilo que está hegemonicamente instalado. É preciso compreender a centralidade da cultura hegemônica em uma determinada sociedade, mas também é preciso buscar as alternativas e oposições a ela. No que se refere ao campo das eróticas e ao exercício do gênero, aquelas experiências que fugiram/fogem à heterossexualidade tornada compulsória e ao binarismo masculino/feminino atrelado ao campo biológico têm sido objeto de perseguição/supressão pelas forças hegemônicas. Entretanto, estes sujeitos históricos têm se colocado alternativa ou contrariamente a essas forças. Assim, objetivamos, a partir da análise do documentário Um lugar para beijar, dirigido e produzido pela jornalista Neide Duarte em parceria com o Departamento Municipal de DST/Aids de São Paulo e lançado em 2008, compreender quais são e como se dão as relações entre os sujeito integrantes da população lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) nas camadas populares dos grandes centros urbanos brasileiros, sua sociabilidade, bem como as redes de opressão por eles suportadas. Compreender tais relações no tempo e no espaço significa compreender importantes aspectos da história recente e do tempo presente no Brasil. PALAVRAS-CHAVE: História e Cinema; Um lugar para beijar; Sexualidades. PERMANÊNCIAS & RUPTURAS: RELAÇÕES DE GÊNERO EM MADAME SATÃ (2002).

Diego Aparecido Cafola (Curso de História CPAQ/UFMS; bolsista PIBIC/UFMS)

A cultura hegemônica, como o conceito nos indica, está presente de forma maciça e central em uma determinada sociedade. Mesmo quando observamos grupos sociais que buscam se distanciar ou se contrapor a essa cultura, em alguns aspectos, por vezes observamos importantes traços desta cultura central sendo ali absorvidos. Partindo de tais questões, objetivamos compreender como traços de uma cultura patriarcal e heteronormativa permanecem e/ou são rompidos na elaboração de uma cultura marginal, tomando como objeto de análise a obra fílmica de Karim Aïnouz lançada em 2002, Madame Satã. Na trama, as personagens João Francisco dos Santos/Madame Satã e Tabu são integrantes de um núcleo familiar que ainda conta com Laurita e sua pequena filha (também de João/Madame) Firmina. As relações entre essas personagens (dois homossexuais/travestis, uma prostituta e uma criança), ao mesmo tempo em que consolidam uma outra forma de família, reiteram aspectos (por vezes, opressivos) da família heteronormativa e patriarcal. Assim, buscamos, a partir de tal obra, discutir os limites das experiências de oposição e alternativas à cultura hegemonicamente instalada em nossa sociedade, sobretudo a partir das questões relativas às eróticas e às performances de gênero. PALAVRAS-CHAVE: Cinema; Madame Satã; Masculinidades/Feminilidades.

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HOMOSSEXUALIDADE E HOMOFOBIA EM “AMOR À VIDA” 2013/2014 Ademir Farias Corrêa (Discente do Curso de História CPAQ/UFMS; PIBIC)

A homofobia (e seus correlatos, a lesbofobia e a transfobia) têm se apresentado O presente trabalho tem como objetivo Compreender a elaboração das representações das homossexualidades e da homofobia na telenovela Amor à Vida, de Walcyr Carrasco (2013-2014), que teve grande repercussão ao abordar um tema tão polêmico em nosso cotidiano. Por meio da teledramaturgia buscaremos discutir a homofobia e os padrões construídos historicamente em nossa sociedade, no que tange as mídias e de como determinados temas são expostos aos telespectadores; tendo as telenovelas como um produto, podemos perceber que essas visões vem se modificando ao longo do tempo, que antes era uma visão preconceituosa representadas nas novelas, analisaremos a novela “Amor à vida” de Walcyr Carrasco, e teve como personagem Félix, vivido pelo ator Mateus Solano que sofria preconceito por ser homossexual, declarado explicitamente por seu pai, vivido pelo ator Antônio Fagundes, exibida pela Rede Globo de televisão, que teve bastante repercussão em todo país, e foi exibida em horário nobre, fazendo com que os telespectadores a pensar na forma que os meios de comunicação veiculam de forma preconceituosa esse grupo que busca apena sua visibilidade. PALAVRAS-CHAVE: Homossexualidades; Homofobia; Teledramaturgia. O PLANO CENTRO-OESTE NA INTERPRETAÇÃO AUTORITÁRIO-MODERNIZANTE (1964 – 1980)

Fernan Martins Fernandes Ferreira (Bacharel em Ciências Econômicas UFMS/DEA)

No Brasil no final do século XX, durante a década de 1980, houve um movimento em consenso entre pesquisadores de Economia e História, quanto à necessidade de classificar as escolas de História do Pensamento Econômico brasileiras, (HPE), tendo em vista uma diversidade de interpretações acerca de um modelo de desenvolvimento para a sociedade brasileira, dadas por agentes teóricos e atuantes de diversas classes sociais e segmentos políticos ao longo de vários períodos e governos do Brasil República (PEREIRA, 1982). A interpretação (de modelo de desenvolvimento planificado) autoritário-modernizante ou, tecnoburocrata conservadora, ganha destaque em todos os âmbitos, bebendo da crise do populismo pós era Vargas, propiciava novamente as alianças de classes, toda a burguesia é unida “excluindo os trabalhadores e fortalecendo os tecnoburocratas e os civis planejadores” Pereira (1982, p.2). Dentre as interpretações e aplicações das escolas de História do Pensamento Econômico brasileiras (HPE), se tem uma que articulou um projeto Geopolítico sustentado na planificação de um modelo de desenvolvimento econômico unido a uma estratégia de segurança nacional com vistas específicas para cada região, a interpretação autoritário-modernizante. A prática desta escola se deu durante o maior período de tempo de um regime de governo na história da República brasileira - A Ditadura Militar (SILVA, 1981). Desta forma, o plano pretendido para configurar a região Centro-Oeste, (que fora aplicado de 1964 a 1980), no que tange a economia

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brasileira, forma um pertinente objetivo de estudo a uma desejável pesquisa historiográfica e arguição oral. PALAVRAS-CHAVE: Plano Centro-Oeste; Economia; História. AQUIDAUANA NA DITADURA MILITAR E AS DISPUTAS EM TORNO DA MEMÓRIA.

Aguinaldo Rodrigues Gomes (Doutor em Educação (UNICAMP) e Docente da UFMT/CUR)

Procuramos na presente comunicação observar, por meio do espaço da cidade de Aquidauana, o processo de modernização da região centro-oeste e seu imbricamento com nacional-desenvolvimentismo e da Marcha para o Oeste, com intuito de compreender como esse conservadorismo no plano econômico e social influenciou também a política e a educação e favoreceu na região a sustentação de regimes autoritários. Para tanto nos debruçaremos sobre a figura do professor Ênio Cabral, pensando a relação entre a narrativa dos vencedores e vencidos, relacionando sua trajetória com os acontecimentos que se passaram em Aquidauana com a produção de uma memória colocada sob o mando do esquecimento pela cidade, mas que sua trajetória e embates procuraram reavivar. Assim visualizando como o Estado e seus representantes compreenderam de maneira contraditória as ações de Ênio e dos demais comunistas daquele período, a partir do debate travado entre acusação e defesa, observa-se uma disputa, não meramente jurídica, mas sim entre dois projetos contraditórios de sociedade e de memória presentes naquele espaço. PALAVRAS-CHAVE: Aquidauana; Ditadura; Memória e História. O JORNAL O MATOGROSSENSE E O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964: APONTAMENTOS DE PESQUISA

Edvaldo Correa Sotana (Docente do Curso de História CPAq/UFMS)

É notório que o golpe civil-militar de 1964 recebeu esmagador apoio da imprensa escrita brasileira, tema analisado pela bibliografia sobre o período. A maior parte dos trabalhos, no entanto, trata da atuação da chamada “grande imprensa”. Produzidos no eixo Rio – São Paulo, jornais como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil despertaram o interesse dos pesquisadores. Desse modo, ainda são poucos os trabalhos que enfocam as ações dos jornais situados na região Centro-Oeste do Brasil. Publicações impressas de Cuiabá e Campo Grande, bem como de cidades do interior de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, podem ser analisadas por pesquisadores interessados em estabelecer relações entre jornais, veiculação de representações visando fragilizar o governo Goulart, política local e o golpe civil-militar de 1964. Portanto, analisaremos a posição do jornal O Matogrossense frente ao golpe civil-militar de 1964 e o material por ele veiculado nos dois primeiros anos do regime militar. PALAVRAS-CHAVE: O Matogrossense; Golpe Civil-Militar; Imprensa.

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MILITARES, TELECOMUNCAÇÕES E INTEGRAÇÃO NACIONAL (1967-1974): NOTAS INICIAIS

Rafael Patrick Flores (discente do Curso de História CPAq/UFMS; bolsista PIBIC/CNPq) Edvaldo Correa Sotana (Orientador; Curso de História CPAq/UFMS)

Este trabalho tem por objetivo apresentar resultados preliminares do projeto de pesquisa de iniciação científica em desenvolvimento (2015-2016). A investigação trata a relação entre telecomunicações, política no regime militar e os discursos/entrevistas dos ministros das comunicações (1967-1974), período no qual houve uma expressiva expansão dos meios de comunicação de massa, sendo a televisão o principal meio de comunicação a promover, de acordo com os objetivos dos militares, a chamada política de Integração Nacional. Desta maneira, temos por objetivo contribuir com os estudos da história da TV no Brasil entre a segunda metade da década de 1960 e a primeira da década de 1970. Assim, esta apresentação oral almeja elencar dados referentes ao contato com a bibliografia, sobretudo relacionados a TV, governos militares e o projeto de Integração Nacional. PALAVRAS-CHAVE: Integração Nacional; História; Imprensa. “EU VI EL REY ANDAR DE QUATRO”: ROCK E POLÍTICA EM SECOS & MOLHADOS.

Paulo Gustavo da Encarnação (Doutor em História pela FCL/UNESP-Assis)

Esta comunicação tem como objetivo tratar e refletir historicamente aspectos e nuances da canção “El Rey” da banda Secos & Molhados. A canção faz parte do repertório do disco de estreia da banda sob o título Secos & Molhados, lançado em maio de 1973, o LP chegou à impressionante marca de 700 mil unidades vendidas. No processo de interpretação da canção serão levados em conta tanto os parâmetros linguísticos-poéticos quanto os musicais, uma vez que palavras e frases ditas ou declamadas produzem um certo tipo de significado e quando cantadas ganham aspectos e significados complemente diferentes. Portanto, propomos discutir a relação entre música e política, no caso específico, entre rock e política. Ademais, vale frisar, que a canção “El Rey” é um caso, dentre vários outros exemplos do repertório roqueiro brasileiro, de canções que tinham e têm como mote a crítica social e política da sociedade nacional. Assim, esta comunicação tem o intuito de interpretar e discutir pontualmente a canção “El Rey” como um mecanismo e uma ferramenta de crítica política, a qual narra, alegoricamente, por meio da sátira e ridicularização, a queda e a decadência de um rei, podendo, assim, ser associada com a ditadura militar brasileira. PALAVRAS-CHAVE: El Rey; Secos & Molhados; História e Música.

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MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: A COMUNIDADE LGBT ENTRE A CIDADANIA E O CONSUMO

Andrew Feitosa do Nascimento (Docente da Rede Estadual de Educação de MS)

Neste estudo objetivamos compreender as implicações do consumismo frente aos valores e direitos do cidadão. Buscou-se identificar e problematizar alguns indícios de auto afirmação cidadã dos grupos homossexuais (LGBT) no Brasil contemporâneo pela sua segmentação de mercado, o mercado GLS. A compreensão sobre a relação do mercado GLS e o movimento LGBT se encontra impreterível no sentido de análises de questões sociais e políticas relacionadas a este movimento. Tal abordagem foi elaborada a partir do levantamento teórico sobre os processos de construção de identidade do grupo LGBT, a representação do mercado GLS na esfera social e a perspectiva marxista sobre os valores agregados ao consumo no contexto capitalista. PALAVRAS-CHAVE: Movimento LGBT; Mercado GLS; Cidadania. A VIOLÊNCIA NO CAMPO NO JORNAL PASTORAL DA TERRA.

Sara Haubert Santiago (Docente da Rede Municipal de Educação de Aquidauana-MS)

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) pode ser caracterizada como uma entidade de apoio às organizações sociais ligadas a luta pela reforma agrária e tem como principio a defesa dos trabalhadores do campo. Estes, por sua vez, tem sido constantes alvos de violência. Dentre as suas ações, a CPT publica trimestralmente um jornal denominado Jornal ‘Pastoral da Terra’. Em nosso trabalho de conclusão de curso, buscamos analisar o noticiário sobre a questão da violência no campo sofrida constantemente pelos camponeses e também pelos que militam em defesa desta causa. Deste modo, o objetivo da pesquisa foi analisar o noticiário veiculado no jornal Pastoral da Terra sobre a violência no campo e, com isso, também conhecer o processo de produção do Jornal Pastoral da Terra e contribuir para a historiografia e para as reflexões na relação entre Luta pela Terra, Campo e Violência. Assim, parece relevante refletir sobre como uma publicação da CPT noticia a violência no campo e, para isso, algumas questões nortearam a realização do trabalho, entre elas dados sobre os editores e jornalistas responsáveis; como a violência no campo apareceu nas páginas do Jornal Pastoral da Terra; que tipos de violência foram noticiadas. Portanto, foi intenção da pesquisa abordar a relevância do Jornal Pastoral da Terra ao abordar temas como a violência no campo, por ser este um assunto de relevante interesse do periódico nas suas edições e, também, informar sobre este contexto social. PALAVRAS-CHAVE: Luta pela terra; Jornal Pastoral da Terra; Violência. TANTOS CORPOS E OUTRAS ERÓTICAS – UM OLHAR SOBRE O GRANDE ÉCRAN

Miguel Rodrigues de Sousa Neto (Docente do Curso de História UFMS/CPAq)

As representações sobre a sexualidade e as identidades de gênero foram, durante a maior parte do século XX, francamente binárias. A partir dos anos 1970/1980,

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sobretudo em razão da atuação dos movimentos feminista e homossexual (posteriormente, LGBT), o binarismo foi suavizado e, em alguma medida, no seio do movimento LGBT, esquecido. Entretanto, a díade masculino/feminino, penetrante/penetrado, bicha/bofe, manteve-se, tornando a expressão de indivíduos ou grupos precarizada em função disso. Assim, buscamos no filme Shortbus, dirigido por John Cameron Mitchell e lançado em 2006, representações que buscaram/buscam romper com esse binarismo em suas várias feições, construindo um profícuo diálogo acerca da diversidade e da liberdade, historicizando as expressões identitárias, sua fluidez e da sexualidade. PALAVRAS-CHAVE: Sexualidade; Corpo; Hegemonia. OS DESPROPÓSITOS DA POESIA: CRIANÇA E INFÂNCIA COM MANOEL DE BARROS NOS “ACHADOUROS” DOS 1º, 2º e 3º ANOS DO FUNDAMENTAL – Aquidauana/MS

Janaina Nogueira Maia (Docente do Curso de Pedagogia UFMS/CPAq)

Cassandra Correa (Discente do Curso de Pedagogia UFMS/CPAq)

Eliane Paixão (Discente do Curso de Pedagogia UFMS/CPAq)

O presente estudo busca enfatizar a importância da poesia nos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental, surgiu a partir dos diálogos realizados no Grupo de Estudos do Projeto de Extensão “Os despropósitos da poesia: criança e infância com Manoel de Barros nos “achadouros” dos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental – Aquidauana/MS” da UFMS/CPAQ e tem por objetivo mostrar a transformação por meio das poesias de Manoel de Barros que, em sua obra poética, oferece elementos que nos levam a compreender a infância nas formas de sua existência cotidiana, estabelecendo vínculos sociais afetivos na aprendizagem de vida dos/as acadêmicos/as de Pedagogia. Optamos assim, por resgatar a infância com e nas poesias de Manoel de Barros, devido à maneira como o poeta mato-grossense reivindica a infância em suas poesias. Para ele, “renovar o homem usando passarinho”, revelando “peraltices”, causa um retorno à infância como um acontecimento (BARROS, 2003). Buscamos estudos que norteiam esse artigo sobre a história e produção da infância que nos permitiram compreender como esse acontecimento marca uma importante etapa em nossas vidas: Ariès (1981); Kramer (1999); Kuhlmann (1998, 2004) e Marita Redin (2002, 2007). Pensamos, no entanto, a infância como “condição humana” Kuhlmann Jr. (1998), investindo em um saber aos acadêmicos/as nas produções de Manoel de Barros por meio da infância. Neste caso, as poesias permitirão não abandonar a infância mas, estar na infância por meio dessa experiência com crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental. PALAVRAS-CHAVE: Manoel de Barros. Infância. Poesia.

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NAS AULAS DE HISTÓRIA. Larissa Farias Barbosa (Discente do Curso de História – CPAq/UFMS. Bolsista PIBID)

Maria Cristina Caetano Góes (Discente do Curso de História – CPAq/UFMS. Bolsista PIBID)

Entre março e junho de 2015, os integrantes do grupo PIBID/História, Campus de Aquidauana, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, planejaram, prepararam, aplicaram e avaliaram um conjunto de sequências didáticas nas aulas de história das escolas parceiras: Escola Municipal CAIC- Antônio Pace (Aquidauana), Escola Estadual Roberto Scaff (Anastácio), Escola Estadual Indígena Guilhermina da Silva (Anastácio) e Escola Estadual Romalino Alves de Albres (Anastácio). Nosso grupo aplicou a sequência didática sobre a Revolução Industrial no 9 ano, período matutino, na Escola Estadual Roberto Scaff. Vale ressaltar que o conceito de representação e a noção de cultura visual orientaram a realização do nosso trabalho. Durante as atividades, utilizamos vídeos e slides com imagens. Portanto, nesta comunicação objetivamos descrever a preparação, aplicação e avaliação da atividade, assim como refletir sobre as potencialidades e dificuldades para sua realização. PALAVRAS-CHAVE: História, revolução Industrial, sequência didática. IMAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA, UM NOVO OLHAR.

Carlos Alberto Mendonça Junior (discente UFMS/CPAq; bolsista Pibid) Margarida Lúcia Terra Gonçalves(discente UFMS/CPAq; bolsista Pibid)

Vera Lúcia Ferreira Vargas -(Docente UFMS/CPAq)

O trabalho aqui apresentado tem por objetivo demonstrar a realização de duas sequências didáticas referentes ao uso de imagens no ensino de História. Essas atividades ocorreram nas escolas estaduais Romalino Alves de Albres e Roberto Scaff, localizadas em Anastácio-MS, pelos acadêmicos que fazem parte do PIBID/História/UFMS/CPAQ. Para as realizações dessas sequências, foram necessárias atividades preparatórias, como leituras e discussões dos textos que formaram nossa base teórica, para desenvolvermos as sequências propostas, depois da formação teórica e dos conceitos de imagens em História, iniciamos outra etapa, que consistiu no contato com as escolas envolvidas e com os professores supervisores de cada uma delas e juntos definimos as séries e os conteúdos que foram desenvolvidos, de acordo com o planejamento do professor e do conteúdo que ele próprio estava ministrando para os seus alunos. Nesse caso foram definias duas sequências uma na escola Romalino Alves de Albres com a 6ª série do ensino fundamental, “História dos Povos Pré-Letrados e Povos do Paleolítico”. E outra na escola Roberto Scaff também com a 6ª série, “Civilização Egípcia”. PALAVRAS-CHAVE: História; Imagem; Sequências Didáticas.