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CABEÇA ÓSSEA Rodolfo Fernandes Nunes
MONITORIA DE ANATOMIA MMF 1/UPE 2009.2
1. INTRODUÇÃO
A cabeça óssea (ou crânio) é formada por 22 ossos planos ou irregulares que se articulam através de articulações fibrosas do tipo sutura (exceto a ATM, que constitui uma articulação sinovial). O crânio possui um teto denominado calvária e uma base que determinam seu formato característico.
a) NEUROCRÂNIO: constitui a caixa óssea que abriga o encéfalo. É formado por 8 ossos: frontal, temporais, parietais, occipital, etmóide e esfenóide.
O crânio é formado por:b) VISCEROCRÂNIO: também chamado de esplancnocrânio (do grego Splanknikos, relativo ás vísceras), constitui o esqueleto da face que contém as órbitas e as cavidades nasais, incluindo as maxilas e a mandíbula.É formado por 14 ossos: maxilas (maxilar superior), zigomáticos, mandíbula (maxilar inferior), vômer, conchas nasais inferiores,palatinos, nasais e lacrimais.
NOTA: Na posição anatômica, o crânio é posicionado através do plano orbitomeatal (plano horizontal de Frankfurt), que une a margem inferior da órbita à margem superior do meato acústico externo.
2. NEUROCRÂNIO
Definem-se normas, que são variações de posição do crânio de modo a localizar os acidentes ósseos.
a) NORMA VERTICAL:
Calvária (cúpula ou abóbada do crânio), Túberes Parietais, Túberes Frontais e Forames Parietais.
Obélio (do latim obelus, significando sinal de divisão ÷) e Vértice (vórtice)
Sutura Coronal (do latim coronalis, relativo a coroa) e Sutura Sagital (do latim sagitta, seta).
Lambda () e parte superior da sutura lambdóide (em forma de ) Bregma (do grego brechein, amolecer – é um fontículo “residual”). Sutura Frontal ou Metópica (de metópio, fronte, testa) : separa o
frontal em dois no feto. Pode gerar confusão em radiografias, indicando uma falsa fissura óssea.
b) NORMA OCCIPITAL: também chamada de occipúcio.
Protuberância Occipital Externa (Ínio) e Crista Occipital Externa (Linha Nucal Mediana).
Linha Nucal Superior , Linha Nucal Inferior e Linha Nucal Suprema.
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Plano Occipital (acima da linha suprema) e Plano Nucal (abaixo da linha suprema).
Astério (do grego aster, estrela), Processos Mastóides (do grego mastos, seios) e Forame Mastóideo.
Sutura Parietomastóidea , Sutura Lambdóide e Sutura Occipitomastóidea.
Osso Interparietal (ou osso do Inca): osso wormiano comumente encontrado entre os ossos parietais.
c) NORMA LATERAL:
Sutura Zigomaticotemporal , Sutura Zigomaticofrontal e Sutura Esfenozigomática.
Sutura Esfenofrontal , Sutura Esfenoparietal e Sutura Esfenoescamosa. Sutura Escamosa , Sutura Parietomastóidea e Sutura
Occipitomastóidea. Sutura Lambdóide , Astério e Sulco da a. temporal média. Ptério (do grego ptérion, asa) e Estefânio (de estéfano, coroado).
- Proc. Temporal do Zigomático Limite marcado pela
Arco Zigomático : - Proc. Zigomático do Temporal Sutura Zigomaticotemporal
(malar) - Raiz Anterior: forma o tubérculo articular da ATM. - Raiz Posterior: continuação da raiz anterior no arco zigomático.
FOSSA TEMPORAL (onde o m. temporal se localiza)
Limite Anterior : Zigomático e Frontal. Limite Inferior : Crista Infratemporal do Esfenóide e Tubérculo Pós-
Glenoidal (do grego gléne, cavidade rasa redonda) Limite Lateral : Arco Zigomático. Cortada pelas linhas temporais inferior e superior. Assoalho : Zigomático, Frontal, Parietal, Esfenóide e Temporal Comunicação com a órbita via Fissura Orbital Inferior.
Asa Maior do Esfenóide e Meato Acústico Externo. Trígono Suprameático (póstero-superior ao MAE) e Espinha
Suprameática (inconstante). Linha Temporal Superior e Linha Temporal Inferior. Fossa Mandibular : divida em porção anterior e posterior pela Fissura
Petrotimpânica (marca o limite das porções petrosa e timpânica do osso temporal).
Crista Suprameática (continuação do arco zigomático) e Fissura Timpanomastóidea.
Proc. Estilóide (do grego stylos, em forma de lança) e Proc. Mastóide.
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FOSSA INFRATEMPORAL(abaixo do osso temporal)
Localização : medial e inferior ao arco zigomático.
- Lateralmente: ramo da mandíbula. Limites: - Medialmente: lâmina lateral do proc. pterigóide.
- Anteriormente: face posterior (infratemporal) da maxila. - Posteriormente: placa timpânica e procc. mastóide e estilóide do temporal. - Superiormente: face infratemporal (inferior) da asa maior do esfenóide. - Inferiormente: adjacente ao ângulo da mandíbula (gônio).
Fissura Orbital Inferior , Face Infratemporal da Maxila e Túber da Maxila. Crista do proc. zigomático da maxila , Tubérculo Articular e Tubérculo Pós-
Glenoidal. Espinha do esfenóide e Face Inferior da Escama do Temporal. Borda Alveolar da Maxila (forames alveolares) e Lâmina Lateral do Proc.
Pterigóideo do Esfenóide.
Fissura Pterigomaxilar (forma de V): faz um ângulo de 90º com a fissura orbital inferior.
Fossa Pterigopalatina : Limites : Corpo e base do proc. pterigóide, Face Anterior da Asa
Maior do Esfenóide, Face Infratemporal da Maxila, Porção Vertical do Palatino e Procc. Orbital e Esfenoidal.
Comunicações : Órbita (via fissura orbital inferior), Cavidade Nasal (via forame esfenopalatino), Fossa Infratemporal (via fissura pterigomaxilar) e Fossa Média do Crânio (via forame redondo).
d) NORMA BASAL:
d.1) PALATO: do latim palatum, céu da boca.
Processo Palatino da Maxila Lâmina Horizontal do Palatino Compõem o PALATO DURO
Arco Alveolar : em forma de U invertido. Sutura Palatina Mediana e Sutura Palatina Tranversa: juntas, formam
a Sutura Cruciforme (). Fossa Incisiva , Forame Palatino Maior e Forame Palatino Menor. Processo Piramidal do Palatino e Espinha Nasal Posterior. Vômer (do latim vomer, arado) e Coanas (do grego choané, funil). Proc. Zigomático da Maxila . Comunicam a cavidade
do nariz à parte nasal da laringe.
d.2) ESFENÓIDE: do grego sphein, mariposa, vespa.
Lâmina latera l e Lâmina Medial do Proc. Pterigóide (do grego ptérion, asa).
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Fossa Pterigóide e Fossa Escafóide (do latim scapha, canoa, barco). Hâmulo (Gancho) Pterigóideo e Espinha do Esfenóide. Forame Oval e Forame Espinhoso (adjacente à espinha esfenoidal). Asa Maior do Esfenóid e e Sulco da Tuba Auditiva (parte óssea).
Medialmente ao forame espinhoso.
d.3) TEMPORAL: osso que possui 4 porções distintas: escamosa, mastóidea, petrosa e timpânica.
Forame Lácero (do latim lacerum, rasgado) e Forame Estilomastóide (entre os procc. estilóide e mastóide).
Processo Mastóide , Processo Estilóide e Canal Carótico. Fossa Jugular e Forame Jugular (do latim jugulum, garganta). Sulco da a. occipital e Incisura Mastóidea (ou Ranhura Digástrica). Canalículo Timpânico e Canalículo Mastóideo.
d.4) OCCIPITAL: do latim occipitium, parte posterior da cabeça.
Parte Basilar do Occipital e Tubérculo Faríngeo. Côndilo Occipital e Processos Jugulares (laterais aos côndilos
occipitais). Canal Condilar e Canal do n. hipoglosso. Forame Magno (do latim maguns, elevado) e Crista Occipital Externa
(Linha Nucal Mediana). Linha Nucal Inferior, Linha Nucal Superior e Ínio.
e) INTERIOR DA CALOTA CRANIANA:
Crista Frontal e Sulco do Seio Sagital Superior. Sulcos Arteriosos e Venosos (vasos meníngeos médios) Fovéolas Granulares (granulações aracnóideas) Lâmina Externa
Entre elas há um tecido esponjoso: Díploe (do grego díploe, cobertura).
Lâmina Interna
f) BASE INTERNA DO CRÂNIO:
f.1) FOSSA ANTERIOR: aloja os pólos frontais do cérebro. É formada pelas lâminas orbitais do osso frontal, lâmina crivosa do etmóide, asa menor do esfenóide e parte anterior do esfenóide.
Crista Frontal e Forame Cego. Crista Etmoidal (Galli) e Sutura Frontoetmoidal. Lâmina Cribriforme do Etmóide (crivosa) e Forames. Impressões de Giros e Asa Menor do Esfenóide. Espinha Etmoidal do Esfenóide e Sutura Esfenofrontal. Fenda Nasal e Crista do Esfenóide. Margem Anterior do Sulco do Quiasma Óptico . Limbo do Esfenóide e Sulco dos Vasos Meníngeos Médios.
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f.2) FOSSA MÉDIA: aloja a hipófise e sustenta dos lobos temporais do cérebro. Limita-se: anteriormente com as asas menores do esfenóide, proc. clinóide anterior e margem anterior do sulco do quiasma óptico; posteriormente com as bordas superiores da porção petrosa do temporal e dorso da sela; lateralmente pelas escamas temporais, ângulos esfenoidais dos parietais e asa maior do esfenóide.
Corpo (Jugo) do Esfenóide e Sulco do Quiasma Óptico (Pré-Quiasmático).
Tubérculo da Sela Fossa Hipofisial (Hipofisária) Formam a Sela
Turca, também conhecida Dorso da Sela
como Sela Eqüina. Processo (Apófise) Clinóide Posterior Incisura para o n. abducente : incostante, situada no esfenóide;
medialmente à fissura orbital superior. Processo Clinóide Anterior
(em forma de leito) Podem se comunicar, formando o Forame Carotídeo-Clinóide.
Processo Clinóide Médio Canal Óptico e Língula Esfenoidal (lateralmente ao forame lacero) Sulco Carótico : lateralmente ao processo clinóide posterior. Fissura Orbital Superior e Forame Redondo. Forame Oval , Forame Espinhoso e Forame Lácero (ocluso por
cartilagem in vivo). Forame de Versalius : inconstante, localizado medialmente ao forame
oval. Sulco do n. petroso maior e Sulco do n. petroso menor. Eminência Arqueada e Impressão Trigeminal (NC V). Sulco dos Vasos Meníngeos Médios (Ramos Frontais e Parietais). Sulco do Seio Petroso Superior e Sulco do Seio Petroso Inferior. Margem Superior da Porção Petrosa do Temporal. Sincondrose Esfeno-Occipital : serve para estimar o desenvolvimento
do indivíduo, pois a sincondrose sofre ossificação entre 16 e 17 anos de idade.
f.3) FOSSA POSTERIOR: aloja o cerebelo, o bulbo e a ponte. É composta pelo dorso da sela, clivo do esfenóide, occipital e porções petrosa e mastóidea do temporal.
Clivo (do latim clivus, declive) e Porção Basilar do Occipital. Forame Magno e Canal do Hipoglosso. Forame Jugular e Meato Acústico Interno. Protuberância Occipital Interna e Crista Occipital Interna. Forame Lácero e Canal Carótico. Fossa Cerebelar e Ângulo Mastóideo. Sulco do Seio Occipital e Sulco do Seio Transverso. Sulco do Seio Sigmóide (da letra grega sigma) e Forame Mastóideo. Sulco dos Vasos Meníngeos Posteriores .
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3. VISCEROCRÂNIO
a) MANDÍBULA:
Ramo , Corpo e Colo da Mandíbula. Ângulo (Gônio) da Mandíbula , Tuberosidade Pterigóidea e Fóvea (do
latim fovea, cova, poço) Pterigóide. Processo Condilar (Cabeça) e Incisura da Mandíbula. Processo Coronóide (do latim coronalis, coroa) e Língula. Sulco Milo-Hióideo e Linha Milo-Hióidea. Forame da Mandíbula (passagem do Canal da Mandíbula). Fóvea Submandibular e Fóvea Sublingual. Espinhas Genianas (do grego géneion, relativo ao mento) e Fossa
Digástrica. Linha Oblíqua e Tuberosidade Massetérica. Forame Mentual (do latim mentum, queixo) e Tubérculo Mentual. Protuberância Mentual ou Gnátio (do grego gnathos, mandíbula). Procc. Alveolares e Sínfise da Mandíbula (Mentoniana).
b) NORMA FRONTAL:
Arcos Superciliares e Túberes Frontais. Glabela (do francês glabelle, região sem pêlos) e Násio (referente à
região nasal). Margem Supra-Orbital e Margem Infra-Orbital. Forame Infra-Orbital e Forame (ou Fissura) Supra-Orbital. Forame Zigomaticofacial e Osso Nasal. Abertura Piriforme (do latim pirum, pêra) e Espinha Nasal Anterior. Conchas Nasais Inferiores : são ossos independentes. Conchas Nasais Médias : fazem parte do osso etmóide, suas projeções Vômer e Lâmina Perpendicular do Etmóide : constituem a parte óssea
do septo nasal. Sutura Intermaxilar e Sutura Internasal. Sutura Frontonasal e Sutura Frontolacrimal. Proc. Zigomático da Maxila e Proc. Zigomático do Frontal. Proc. Temporal do Zigomático e Proc. Frontal do Zigomático.
c) ÓRBITAS: do latim orbis, círculo. São responsáveis pela proteção e pelo alojamento dos olhos.
Base: Borda Orbital Ápice: Canal Óptico
Parede Lateral: - Face Orbital do Zigomático. - Face Orbital da Asa Maior do Esfenóide.
- Fissura Orbital Superior. - Fissura Orbital Inferior (separa a parede lateral do assoalho).
Pirâmid
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Teto: - Face Orbital da Asa Menor do Esfenóide. - Face Orbital do Frontal.
- Fosseta (Fóvea) Troclear (de trochlea, polia): localizada medialmente - Fossa Lacrimal: localizada lateralmente.
Assoalho: - Face Orbital da Maxila. - Face Orbital do Zigomático.
- Processo Orbical do Palatino. - Sulco Infra-Orbital. - Canal Infra-Orbital (vasos e n. infra-orbitais oriundos do sulco).
Parede Medial: - Processo Frontal da Maxila. - Osso Lacrimal e Saco Lacrimal.
- Fossa do Saco Lacrimal. - Crista Lacrimal Anterior e Posterior (Sulco Lacrimal entre elas). - Incisura Lacrimal.
- Dácrio e Canal Nasolacrimal (desemboca no meato inferior). - Forames Etmoidais Anterior e Posterior.
Orifícios da Órbita (Nove): Canal Óptico; Fissura Orbital Superior; Fissura Orbital Inferior; Forame Etmoidal Anterior; Forame Etmoidal Posterior; Forame Supra-Orbital; Forame Infra-Orbital; Forame Zigomatico-Orbital; Canal para o Duto Nasolacrimal.
4. PONTOS CRANIOMÉTRICOS: são pontos de referência básica do crânio.
Násio - ponto de encontro das suturas internasal e frontonasal.
Glabela - entre os arcos superciliares.
Bregma - encontro das suturas coronal e sagital.
Obélio - região entre os forames parietais.
Lambda - encontro das suturas sagital e lambdóide.
Astério - encontro das suturas lambdóide, parietomastóidea e
occipitomastóidea.
Ptério - encontro dos ossos frontal, asa maior do esfenóide, temporal
e parietal (ou extremidade posterior da sutura esfenoparietal).
Gônio - ângulo da mandíbula.
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Gnátio - protuberância mentual.
Básio - anterior ao forame magno.
Opístio (do grego ópisthen, para trás, atrás) - posterior ao forame
magno.
Estefânio - encontro da linha temporal superior com a sutura
coronal.
Dácrio (do grego dákryon, lágrima) - encontro da borda anterior do
osso lacrimal com o frontal.
Ínio - protuberância occipital externa.
5. PARES DE NERVOS CRANIANOS: passagem através dos orifícios cranianos.
Nervo Olfatório (NC I): lâmina crivosa do osso etmóide.
Nervo Óptico (NC II): canal óptico.
Nervo Oculomotor (NC III): fissura orbital superior.
Nervo Troclear (NC IV): fissura orbital superior.
Nervo Trigêmeo (NC V): fissura orbital superior (1º ramo -
Oftálmico); forame redondo (2º ramo - Maxilar); forame oval (3º ramo
- Mandibular); forame espinhoso (Ramo Recorrente do 3º ramo).
Nervo Abducente (NC VI): fissura orbital superior.
Nervo Facial (NC VII): meato acústico interno e forame
estilomastóideo.
Nervo Vestibulococlear (NC VIII): meato acústico interno.
Nervo Glossofaríngeo (NC IX): porção média do forame jugular.
Nervo Vago (NC X): porção média do forame jugular.
Nervo Acessório (NC XI): porção média do forame jugular.
Nervo Hipoglosso (NC XII): canal do hipoglosso.
6. ORIGENS, INSERÇÕES E PASSAGENS CRANIANAS:
Ápice da Porção Petrosa do Temporal : m. elevador do véu
palatino
Apófise Clinóide Anterior e Posterior : tenda do cerebelo
Arco Zigomático :
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CABEÇA ÓSSEA Rodolfo Fernandes Nunes
Superiormente : inserção do m. temporal e da fáscia temporal
Inferiormente: origem do m. masseter
Asa Maior do Esfenóide (na Norma Lateral): origem do m.
pterigóideo lateral
Borda Inferior do Ângulo da Mandíbula: lig. estilomandibular
Canal Carótico : a. carótida interna e plexo carótico simpático
Canal Condilar : v. emissária do seio transverso
Canal do Hipoglosso : n. hipoglosso (NC XII) e a. meníngea
Canal Óptico : n. óptico e a. oftálmica
Canalículo Mastóide: ramo auricular do n. vago (NC X)
Canalículo Timpânico : ramo timpânico do n. glossofaríngeo (NC IX)
Clivo : apoio à medula oblonga e à ponte
Crista Frontal e Galli : inserção da foice do cérebro (processo da
dura-máter)
Crista Lacrimal Posterior : m. orbicular do olho
Crista Occipital Externa (Linha Nucal Mediana): lig. da nuca
Crista Occipital Interna : seio occipital e cerebelo
Depressão Lateral ao Canal Nasolacrimal : m. oblíquo inferior do
olho
Espinha do Esfenóide : lig. esfenomandibular e m. tensor do véu
palatino
Espinhas Genianas :
Superiormente: m. genioglosso
Inferiormente : m. gênio-hióideo
Espinha Nasal Posterior : m. da úvula
Fissura Orbital Inferior : n. maxilar, ramo zigomático do n. maxilar,
ramos ascendentes do ramo esfenopalatino do n. maxilar, v. que liga
a v. oftálmica inferior ao plexo venoso pterigóideo e vasos infra-
orbitais
Fissura Orbital Superior :
Entra : nn. oculomotor (NC III), troclear (NC IV), ramo oftálmico
do nervo trigêmeo (NC V1), abducente (NC VI), filamentos do
plexo cavernoso simpático e ramos orbitais da a. meníngea
média
Sai: v. oftálmica superior e ramo recorrente da a. lacrimal p/ a
dura-máter
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CABEÇA ÓSSEA Rodolfo Fernandes Nunes
Fissura Petrotimpânica : ramo timpânico da a. maxilar interna, n.
corda do tímpano (ramo do NC VII)
Fissura Pterigomaxilar : vasos maxilares e n. maxilar
Forame Carotídeo-Clinóide (inconstante): a. carótida interna
Forame Cego : v. emissária nasal para o seio sagital superior (em 1%
das pessoas)
Forame de Versalius : v. emissária (seio cavernoso ao plexo venoso
pterigóideo)
Forame Espinhoso : ramo recorrente (meníngeo) do ramo
mandibular do n. trigêmeo (3° do V) e vasos meníngeos médios
Forame Estilomastóideo :
Sai : n. facial (VII)
Entra: a. estilomastóidea
Forame Infra-Orbital: vasos e n. infra-orbitais
Forame Jugular: bulbo superior da v. jugular interna
Anteriormente: seio petroso inferior
Posteriormente: seio sigmóideo e ramo meníngeo das aa.
occipital e faríngea ascendente
Medialmente: nn. glossofaríngeo (NC IX), vago (NC X) e
acessório (NC XI)
Forame Lácero : as estruturas não penetram no forame (ocluso por
cartilagem in vivo)
Superiormente: a. carótida interna e plexo cavernoso simpático
Inferiormente : n. do canal pterigóideo e ramo meníngeo da a.
faríngea ascendente
Forame Magno : medula com suas meninges; aa. vertebrais; aa.
espinhais anteriores e posteriores; raízes espinhais do n. acessório
(NC XI); vv. da dura-máter; medula oblonga (bulbo)
Forame Mandibular : vasos e nn. alveolares inferiores
Forame Mastóideo : v. emissária do seio transverso e ramo da a.
occipital p/ a dura-máter
Forame Mentoniano : vasos e n. mentuais
Forame Oval : ramo mandibular do n. trigêmeo (NC V3), a. meníngea
acessória e n. petroso superficial menor (ocasionalmente)
Forame Palatino Maior : vasos e n. palatinos maiores
Forame Palatino Menor: vasos e n. palatinos menores
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CABEÇA ÓSSEA Rodolfo Fernandes Nunes
Forame Parietal : v. emissária parietal (do couro cabeludo ao seio
sagital superior)
Forame Redondo : ramo maxilar do n. trigêmeo (NC V2)
Forame Supra-Orbital : vasos e n. supra-orbitais
Forame Zigomaticofacial : n. zigomaticofacial
Forames Etmoidais Anteriores : vasos etmoidais anteriores e n.
nasociliar
Forames Etmoidais Posteriores : vasos e n. etmoidais posteriores
Fossa Digástrica : ventre anterior do m. digástrico
Fossa Escafóide : origem do m. tensor do véu palatino
Fossa Hipofisária : aloja a hipófise ou gl. Pituitária (do latim pituita,
secreção mucosa)
Fossa Incisiva : mm mentonianos, m. orbicular do lábio, vasos e n.
nasopalatinos de escarpa (forame incisivo ou de escarpa – vasos e n.
incisivos)
Fossa Mandibular : separada em duas porções pela fissura
petrotimpânica:
Parte anterior : articula-se com o côndilo da mandíbula
Parte posterior : aloja porção da glândula parótida.
Fossa Pterigopalatina : n. maxilar, a. maxilar, gânglio
pterigopalatino (na fossa se abre o forame redondo)
Fossa Infratemporal : m. temporal, mm. pterigóideos lateral e
medial, vasos maxilares, nn. maxilar e mandibular, plexo venoso
pterigóideo
Fossa Lacrimal : aloja a glândula lacrimal
Fossa Temporal : m. temporal, seus vasos e nn. e n.
zigomaticotemporal.
Fosseta Troclear : polia cartilagínea do m. oblíquo superior do olho
Fóvea Pterigóidea : ins. do m. pterigóide lateral
Fóvea Submandibular : aloja a glândula submandibular
Fóvea Sublingual : aloja a glândula sublingual
Hâmulo Pterigóideo : projeção da rafe pterigomandibular e tendão
do m. tensor do véu palatino
Incisura Mandibular : vasos e n. massetéricos
Incisura Mastóidea (ranhura digástrica): ventre posterior do m.
digástrico
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CABEÇA ÓSSEA Rodolfo Fernandes Nunes
Ínio : lig. da nuca
Lâmina Crivosa do Etmóide : n. olfatório (NC I) e nn. etmoidais
anteriores.
Lâmina Pterigóidea Lateral :
Medialmente: m. pterigóide medial (até posteriormente ao
sulco milo-hiódeo)
Lateralmente: m. pterigóideo lateral (até face posterior do
côndilo da mandíbula)
Língula da Mandíbula : lig. esfenomandibular
Linha Milo-Hióidea : m. milo-hióideo; projeção da rafe
pterigomandibular
Linha Nucal Superior : m. trapézio, m. esplênio da cabeça, m.
esternocleidomastóideo e ventre occipital do m.occipitofrontal
Linha Nucal Suprema : gálea aponeurótica
Linha Oblíqua: m. depressor do lábio inferior e m. depressor do
ângulo da boca
Linha Temporal Superior: ins. da aponeurose do m. temporal
Linha Temporal Inferior: origem do m. temporal
Meato Acústico Interno : nn. facial (NC VII), vestibulococlear (NC
VIII), a. labiríntica (auditiva interna) e ramo
da a. basilar
Processo Condilar da Mandíbula : ins. do lig. Lateral da ATM
Processo Coronóide da Mandíbula: ins. do m. temporal; porção do
m. masseter
Processo Estilóide : inserção do Buquê de Riolando (Riolando´s
Bouquet):
Buquê de Rosas Vermelhas (Red Flowers Bouquet): mm. estilo-
hióideo, estiloglosso e estilofaríngeo
Buquê de Rosas Brancas (White Flowers Bouquet): ligg. estilo-
hióideo e estilomandibular
Processo Jugular : m. reto lateral da cabeça e lig. atlanto-occipital
lateral
Processo Mastóide : mm. esternocleidomastóideo, dorsal longo da
cabeça e esplênio da cabeça
Processo Piramidal do Palatino : inserção ao m. tensor do véu
palatino
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CABEÇA ÓSSEA Rodolfo Fernandes Nunes
Protuberância Occipital Interna : local de confluências de seios
venosos (Torcular de Heróphilo)
Ptério : a. meníngea média
Sulco do Quiasma Óptico : n. óptico (NC II)
Sulco do Seio Sagital Superior : inserção da foice do cérebro
Sulco Infra-Orbital Canal Infra-Orbital: vasos e n. infra-
orbitais
Sulco Lacrimal: aloja o saco lacrimal
Sulco Milo-Hióideo : vasos e nervo milo-hióideos
Sulco Occipital : a. occipital
Tubérculo Articular : lig. lateral da ATM (até o tubérculo da
extremidade lateral do côndilo)
Tubérculo Faríngeo :
Inserção da rafe fibrosa da faringe
Lateralmente: inserção do m. reto anterior da cabeça e m.
longo da cabeça
Tuberosidade Massetérica : m. masseter
Tuberosidade Pterigóidea : ins. do m. pterigóideo medial
7. CORRELAÇÕES CLÍNICAS
7.1. Fraturas de Calvária:
Quando ocorre trauma de compressão craniana, a calvária pode
sofrer afundamento. Nas fraturas lineares, ocorre lesão no ponto de impacto
em linha reta; nas fraturas cominutivas, a calvária se quebra em vários
pedaços; nas fraturas com depressão, ocorre retração da caixa óssea,
podendo prejudicar estruturas subjacentes; na fratura basilar, a região
occipital é lesada; já na fratura de contrecoup (contragolpe), o lado oposto
ao ponto de impacto é lesado.
Uma fratura na região ântero-lateral
da calvária pode causar morte em poucas
horas. O ptério se localiza nessa região,
abrigando os ramos anteriores da a.
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CABEÇA ÓSSEA Rodolfo Fernandes Nunes
meníngea média na sua face interna. Na
lesão do ptério ocorre hematoma epidural,
em que há acúmulo de sangue na região
externa à dura-máter.
Lesão em lente biconvexa no hematoma extradural
7.2. Desenvolvimento do Crânio:
Os crânios de recém-nascidos possuem conexões frouxas chamadas
fontanelas ou fontículos, que permitem o cavalgamento no momento do
parto e a moldagem óssea no desenvolvimento da criança. A fontanela
anterior corresponde ao bregma, enquanto que o fontículo posterior
corresponde ao lambda. Também encontramos o fontículo ântero-lateral
(esfenoidal) e póstero-lateral (mastóideo). Se ocorre rebaixamento das
fontanelas, deduz-se que o grau de hidratação do bebê é insuficiente; se
ocorre protrusão de fontículo, conclui-se que há um aumento de pressão
intracraniana.
7.3. Mudanças Etárias no Crânio:
Quando ocorre o envelhecimento, os ossos tornam-se mais maleáveis
e finos, assim como a díploe é preenchida com um material gelatinoso
cinzento que substitui a medula óssea. Entre as idades de 30 e 50 anos, por
outro lado, começa a ocorrer a obliteração das suturas da calvária, causada
pela sinostose (fusão óssea).
7.4. Sinostoses ou Estenoses Cranianas: deformidades cranianas
resultantes de obliterações prematuras das suturas.
a) Escafocefalia (em forma de “navio”): fechamento prematuro da sutura
sagital.
b) Turricefalia/Oxicefalia e Braquicefalia (em forma de torre): obliteração da
sutura coronal.
c) Plagiocefalia (do latim, longo): assimetria craniana resultante do
fechamento prematuro da sutura coronal ou lambdóide.
d) Trigonocefalia: anormalidade em forma de V na porção anterior do crânio
resultante do fechamento prematuro da sutura metópica.
7.5. Tumor de Hipófise:
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CABEÇA ÓSSEA Rodolfo Fernandes Nunes
Como a hipófise está alojada na fossa
hipofisial (fossa média da base interna), o
surgimento de um tumor pode comprometer
estruturas adjacentes, como o sulco do
quiasma óptico. Assim, haverá
impossibilidade de o n. óptico atuar
normalmente, o que resulta em perda da
visão periférica.
Esquema do quiasma óptico
7.6. Fratura de Processo Estilóide:
Como resultado de um traumatismo,
o processo estilóide pode ser fraturado. Já
que nele se inserem 3 músculos (Buquê de
Riolando: mm. estilo-hióideo, estiloglosso e
estilofaríngeo), o seu traumatismo ocasiona
tração direcionada para baixo.
Conseqüentemente, ocorre compressão das
estruturas adjacentes ao fragmento ósseo:
uma delas é o n. facial (NC VII), que sai pelo
forame estilomastóideo. Ocorre lesão ao n.
facial, o que provoca paralisia facial, uma
vez que essa inervação é responsável pelos
movimentos principais dos mm. da face. Os
sinais apresentados são similares à Paralisia
de Bell (vista mais adiante), que também
resulta de uma lesão ao NC VII.
Paralisia do n. facial resultante de sua lesão
7.7. Craniofaringioma:
O craniofaringioma é um tumor
benigno que surge na região da sela túrcica,
A compressão do quiasma óptico prejudicará o cruzamento das fibras dos nn. ópticos, comprometendo a visão periférica.
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CABEÇA ÓSSEA Rodolfo Fernandes Nunes
onde se encontram a hipófise (com o
hipotálamo subjacente), os nn, ópticos e as
aa. carótidas. Se muito volumoso, esse
tumor promove o surgimento de sintomas
relacionados às áreas afetadas, como
cefaléias, alterações na visão (n. óptico),
diabetes insipidus (deficiência de ADH por
insuficiência neuro-hipofisária) e deficiência
de STH (hormônio de crescimento da adeno-
hipófise).