cabeleireiro 1

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bases de cabeleireiro

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  • g o v e r n o d o e s ta d o d e s o pa u l o

    1

    Cabeleireiro

  • 1Prog rama de

    Arco Ocupacional

    Cabeleireiro

    QualificaoProfissional

    i m a g e m e b e l e z a

  • GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    Geraldo Alckmin

    Governador

    SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO,

    CINCIA E TECNOLOGIA

    Rodrigo Garcia

    Secretrio

    Nelson Baeta Neves Filho

    Secretrio-Adjunto

    Maria Cristina Lopes Victorino

    Chefe de Gabinete

    Ernesto Masselani Neto

    Coordenador de Ensino Tcnico, Tecnolgico e Profissionalizante

  • Agradecemos aos seguintes profissionais e instituies que colaboraram na produo deste material:

    Allex Antonio, Baroni Cabeleireiros, Clia Belda, Covisa, David Oliveira, Denise Steiner, Ernesto Pauletti Neto, Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo, Gisele Mussi, Hair Zone Studio, Ldia Saporito, Mnica Aguire,

    Philip Hallawell, Rodrigo Acorone, Rose Alongamentos, Salo Bach and Boulot, Salo Bardot Body and Soul, Salo Lo Studio, Soho Academy unidades Perdizes e Pinheiros, Solange Lopes Miranda e Walter Cabral

    Coordenao do ProjetoCETTPro/SDECT

    Juan Carlos Dans SanchezFundao Padre Anchieta Monica Gardelli Franco

    Fundao do Desenvolvimento Administrativo Fundap

    Jos Lucas Cordeiro

    Apoio Tcnico CoordenaoFundao do Desenvolvimento

    Administrativo Fundap Fernando Moraes Fonseca Jr., Las Schalch,Maria Helena de Castro Lima, Selma Venco

    Apoio ProduoFundao do Desenvolvimento

    Administrativo Fundap Ana Paula Alves de Lavos, Bianca Briguglio,

    Emily Hozokawa Dias, Isabel da Costa MansoNabuco de Arajo, Jos Lucas Cordeiro,

    Karina Satomi, Las Schalch,Maria Helena de Castro Lima,

    Selma VencoCETTPro/SDECT

    Cibele Rodrigues Silva,Joo Batista de Arruda Mota Jr.

    Textos de RefernciaMaria Helena de Castro Lima

    Selma Venco

    FUNDAO PADRE ANCHIETAPresidente

    Joo SayadVice-Presidentes

    Ronaldo BianchiFernando Vieira de Mello

    Diretoria de Projetos EducacionaisDiretor

    Fernando Jos de AlmeidaGerentes

    Monica Gardelli FrancoJlio Moreno

    Coordenao tcnica Maria Helena Soares de Souza

    Equipe EditorialGerncia editorial

    Rogrio Eduardo AlvesProduo editorial

    Janaina Chervezan da Costa CardosoEdio de texto

    Fernanda BottalloMarcelo Alencar

    Preparao Luciana Soares

    Reviso Beatriz ChavesHel BeraldoKarlo Gabriel

    Identidade visual Joo Baptista da Costa Aguiar

    Arte e diagramao Fernando Makita

    Pesquisa iconogrfica Elisa Rojas

    Monica SouzaIlustraes

    OsneiTom B

    Consultoria Titta Aguiar

    Secretaria de deSenvolvimento econmico, cincia e tecnologia

  • Caro(a) Trabalhador(a)

    Estamos felizes com a sua participao em um dos nossos cursos do Programa Via Rpida Emprego. Sabemos o quanto importante a capacitao profissional para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu prprio negcio.

    Hoje, a falta de qualificao uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado.

    At os que esto trabalhando precisam de capacitao para se manter atualizados ou quem sabe exercer novas profisses com salrios mais atraentes.

    Foi pensando em voc que o Governo do Estado criou o Via Rpida Emprego.

    O Programa coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econmico, Cincia e Tecnologia, em parceria com instituies conceituadas na rea da educao profis-sional.

    Os nossos cursos contam com um material didtico especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rpida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidados para a sociedade.

    Temos certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formao profissional de qualidade. O curso, sem dvida, ser o seu passaporte para a realizao de sonhos ainda maiores.

    Boa sorte e um timo curso!

    Secretaria de Desenvolvimento Econmico, Cincia e Tecnologia

  • Caro(a) Trabalhador(a)

    Aqui comea nosso caminho para um novo aprendizado. Um aprendizado que precisa ser completo. Sabe por qu?

    Porque no mundo de hoje no suficiente conhecer apenas as tcnicas para fazer um bom penteado ou corte de cabelo.

    Tambm preciso saber como voc pode melhorar sua busca por um novo emprego, fazer o oramento de um penteado de noiva e redigir um cartaz a fim de divulgar suas habilidades, por exemplo. Para isso, necessrio dominar muito mais do que a tcnica.

    O ponto de vista do Via Rpida Emprego o de que o profissional, para iniciar sua carreira ou aperfeioar aquilo que j sabe fazer, deve conhecer as tcnicas, mas tambm precisa (e muito!) se diferenciar em alguns aspectos para ter mais chances na obteno de um emprego ou conseguir trabalhar como autnomo, por conta prpria.

    Neste nosso trabalho, vamos conhecer as vrias facetas da ocupao de cabeleireiro. Onde ele atua? O que precisa conhecer para desempenhar melhor seu trabalho? Como este ofcio surgiu? Questes assim sero discutidas ao longo do curso.

    Vamos, tambm, enfrentar o desafio de descobrir a matemtica no corpo e no rosto humanos e saber por que ela importante no dia a dia dos sales de beleza.

    Como voc v, nosso curso ser cheio de novidades para que sua formao seja a mais completa possvel.

    Vamos s aulas!

  • Sum ri o

    Unidade 19

    a histria da ocupao

    Unidade 235

    a profisso de cabeleireiro

    Unidade 343

    suas experincias na rea

    Unidade 471

    cor da pele e dos cabelos

    Unidade 5107

    cabelos e produtos especficos

    Unidade 6133

    mechas, reflexos, luzes e balayage

  • dados internacionais de catalogao na publicao (cip) (bibliotecria silvia marques crb 8/7377)

    P964

    Programa de qualificao profissional: Imagem e beleza /cabeleireiro. -. -- So Paulo: Fundao Padre Anchieta, 2010.v.1, il. (srie: Arco Ocupacional)

    Vrios autoresPrograma de qualificao profissional da Secretaria do

    Emprego e Relaes do Trabalho - SERT

    ISBN 978-85-61143-92-3

    1. Ensino profissionalizante 2. Cabeleireiro I. Ttulo II. Srie

    CDD 371.30281

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 9

    unida d e 1

    A histria da ocupao

    Arrumar os cabelos no tarefa nova. Mesmo os homens pr--histricos colocavam ossos em sua vasta cabeleira.

    Mas, longe de ter apenas a funo de embelezar as pessoas, os cabelos tambm j adquiriram diferentes sentidos nas sociedades humanas.

  • 10 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Alm disso, a profisso de cabeleireiro muito antiga, confirmada por achados arqueolgicos de pentes e na-valhas feitos de ossos.

    Arqueolgico: Relativo arqueologia, cincia que es-tuda os costumes e a cultura de antigas civilizaes por meio de escavaes ou cole-ta de materiais (objetos va-riados, monumentos etc.) que restaram desses povos. O profissional que atua nes-sa rea o arquelogo.

    No antigo Egito, aproximadamente 5 mil anos atrs, a arte de cuidar dos cabelos se destacou. Nessa poca, surgiram os primeiros cabeleireiros, que tinham muito prestgio na corte dos faras. A partir do ano 3000 a.C. (antes de Cris-to), as pessoas comearam a raspar a cabea e a usar peru-cas de cabelo humano ou de l de carneiro, geralmente tingida na cor preta ou com hena (p feito de folhas de alfena egpcia) em tom vermelho-alaranjado. Essas perucas tinham cortes retos e comprimento que variava do queixo at os ombros, geralmente incluindo franjas.

    A hena at hoje usada no processo de colorao de cabelos e pelos. uma forma mais natural e me-nos agressiva do que o uso de colorantes indus-triais, os quais possuem muitos produtos qumi-cos e podem ser prejudi-ciais sade.

    Voc sabia?

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    Cabelos compridos, curtos, raspados... Seu significado atravessa a histria: para os budistas, cabelos raspados sig-nificam desprendimento; Jlio Csar, cnsul romano, mandava cortar os longos cabelos dos inimigos capturados como sinal de submisso; em diversas culturas, escravos os usavam curtos como prova de obedincia ao amo.

    Na Inglaterra, os magistra-dos (juzes) e advogados ainda usam perucas cinza nos julgamentos. Geral-mente, essas perucas so feitas de crina de cavalo.

    Essa prtica foi herdada dos britnicos, mas vem perdendo popularidade nos ltimos anos. A popu-lao e mesmo alguns ju-zes e advogados acham que ela conservadora de-mais, refletindo uma ima-gem negativa do Poder Judicirio daquele pas.

    Voc sabia?

    Dalai Lama, lder espiritual do budismo: cabelos raspados em sinal de desprendimento

    Prova de obedincia ao amo: em diversas culturas, os escravos usavam cabelos curtos

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  • 12 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Registros sugerem que, ao longo da histria, os cabelos ganharam significados prprios, envolvendo o poder de seduo entre as mulheres e a fora entre os homens.

    Na mitologia grega, Afrodite a deusa do amor e da beleza. Pelos romanos ela era conhecida como Vnus. Serviu de inspirao para vrios artistas, principalmente na poca do Renascimento, quando aparece envolta em longos cabelos loiros. Uma das obras mais conhecidas desse perodo O nascimento de Vnus, do pintor italiano Sandro Botticelli.

    Sanso, personagem bblico, descrito como um homem de fora extraordinria, capaz de derrubar diversos inimi-gos. Ele liderou israelitas contra filisteus por volta de 1177 a.C. (antes de Cristo). Sanso se apaixonou por Dalila, que descobriu que a fora dele estava nos cabelos. Uma noite, cortou-os, traindo o amante e entregando-o aos filisteus.

    Sandro Botticelli (1445-1516) foi um pintor italiano da po-ca do Renascimento, movi-mento nascido em Florena, na Itlia (cerca de 1420-1520), e que trouxe modelos da An-tiguidade tanto para a arte como para o pensamento poltico e econmico.

    Botticelli ficou conhecido por ter sido um grande retratista e por suas telas com temas mitolgicos, como deuses e heris pertencentes tradi-o romana e grega. Com Michelangelo, Rafael e Bernini, foi responsvel pela produo de afrescos para a Capela Sistina, localizada no Vaticano, tambm na Itlia.

    Antoon Van Dyck (1599-1641) foi o principal pintor da cor-te do rei Carlos I, da Ingla-terra. Ficou famoso por re-tratar pessoas, em especial membros da nobreza (classe social mais rica e que tinha ligao com o rei).

    Sandro Botticelli, O nascimento de Vnus, cerca de 1843, tmpera sobre tela, Galeria dos Ofcios, Florena, Itlia

    Antoon van Dick, Sanso e Dalila, cerca de 1630, leo sobre tela, Museu de Histria da Arte, Viena, ustria

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 13

    No sculo 17 (XVII), na Frana, o rei Lus 14 (XIV) enco-mendou perucas ao cabeleireiro real quando percebeu que estava ficando careca e a novidade, que virou sinnimo de alta classe social, nobreza e ostentao, foi muito bem-aceita e assimilada pelos sditos e tambm pelos sucessores do governante. Essa moda durou cerca de 150 anos.

    sua maneira, cada um dava um sentido calvcie ou ao cabelo. Scrates, filsofo grego, comentou e valorizou a pr-pria careca: nenhuma erva daninha cresce em ruas ativas. J o lder romano Jlio Csar usava uma coroa de louros para esconder a calva, enquanto o imperador francs Napo-leo Bonaparte penteava para a frente os poucos fios que lhe restavam no alto da cabea a fim de disfarar o problema.

    Os primeiros sales de ca-beleireiro, construdos em praa pblica, foram cria-dos pelos gregos em Ate-nas. Vemos, portanto, que a importncia dada aos cabelos bastante antiga.

    Voc sabia?

    Autor desconhecido, Rei francs Lus 14 com mapa de Saint-Cyr (1684), leo sobre tela

    Os calvos Jlio Csar e Napoleo: um usava louros, o outro penteava os cabelos para a frente

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  • 14 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Atividade 1PeruCas

    1. Organizados em duplas, faam uma pesquisa na internet sobre o uso de perucas no sculo 17 (XVII).

    2. Nessa poca, o que indicava o uso de perucas?

    3. Como eram as primeiras perucas desse perodo? Grandes? Coloridas?

    4. Elas tinham algum significado? Qual?

    5. Quem eram os peruqueiros? Eram homens ou mulheres? O que caracterizava essa profisso?

    6. Registre abaixo os resultados obtidos e apresente-os aos colegas.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 15

    A arquitetura sofreu influncia da moda na corte france-sa de Lus 14 (XIV). Portas e janelas, por exemplo, pre-cisavam ser amplas e altas para que as mulheres pudessem passar com seus vestidos providos de ancas e suas altas perucas verticais.

    FilmeO filme Maria Antonieta (dirigido

    por Sofia Coppola em 2006) retrata a corte francesa nos tempos de

    Lus 16 (XVI) e enfoca a superficialidade da nobreza. A falta de conhecimento da realidade era to grande que uma princesa, ao ouvir que o povo no tinha po

    para matar a fome, teria sugerido: Que comam brioches!.

    Embora atribuda princesa, a frase foi citada por Jean-Jacques

    Rousseau (1712-1778) em Confisses, livro autobiogrfico escrito entre 1755 e 1776. Dizem que a suposta fala foi usada por

    inimigos da monarquia no intuito de retratar sua futilidade.

    Brioche: um po de mas-sa delicada e refinada.Autobiogrfico: relativo autobiografia, narrativa da vida de uma pessoa escrita por ela prpria.

    Na corte do rei francs Lus 14 (XVI): perucas verticais e vestidos providos de ancas

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  • 16 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Atividade 2PreParando um Cabelo moda de maria anTonieTa

    Vamos fazer um penteado de poca. Para isso, precisamos destes materiais:

    8 mechas de l, com 10 cm cada (que faro as vezes do cabelo).

    2 rolos de cabelos postios, tambm feitos de l.

    1 armao de 20 cm de altura (que iremos construir).

    50 cm de tecido de espessura fina, tipo tule.

    Como fazer

    1. Prepare a armao com fios rgidos de cobre.

    2. Recubra a armao com o tecido para evitar que os fios se emaranhem nessa estrutura.

    3. Penteie o cabelo (que precisa ser semilongo) para frente, como se fosse uma gran-de franja que cobrisse todo o rosto.

    4. Com grampos, prenda no alto da cabea a armao que preparou.

    5. Cubra a armao com a franja que recobre o rosto da cliente e, com grampos, prenda o cabelo na armao.

    6. Faa o mesmo movimento trazendo os cabelos da parte de trs em direo ao alto da cabea.

    7. Enrole os fios de l como se fossem cachos e borrife laqu para model-los.

    8. Prenda as mechas de l na altura da nuca, como se fossem mechas soltas de cabelo.

    9. Passo opcional: modele 8 rolos de l, da espessura de um dedo indicador, e prenda-os ao lado do penteado.

    10. Pronto: se voc precisar preparar algum para uma festa fantasia ou temtica e tiver de criar um penteado de poca, j sabe o que fazer.

    Se quiser sofisticar ainda mais sua peruca, use um broche, plumas e cordes de prolas presos ao alto da cabea.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 17

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  • 18 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    A arte de apreciar o belo

    Apreciar a arte um hbito que auxilia a construo de um senso esttico mais apu-rado. Mas nem sempre temos a oportunidade de visitar museus ou deixar os afazeres do dia a dia para observar alguma obra artstica que esteja na rua. Por isso, vamos praticar essa apreciao aqui mesmo, em sala de aula. Observe, nos quadros reprodu-zidos nas pginas 19 e 20, as cores usadas pelos artistas e como eles retratam os cabe-los. Os cabelos combinam com o tom de pele das modelos? O estilo da maquiagem est de acordo com o penteado? O penteado tem a ver com a roupa?

    Atividade 3exPerimenTando as Cores

    1. Observe atentamente as figuras a seguir. Elas reproduzem obras famosas de dois pintores: Gustav Klimt e Amedeo Modigliani. Agora proponha alteraes nas imagens das modelos. Imagine uma nova colorao para o cabelo, alm de outra maquiagem e roupas diferentes. Que cores, em sua opinio, combinam mais com as mulheres retratadas?

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 19

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    Junto de cada pintura voc far sua verso do quadro. Concentre-se e experimente cores e formas.

    Gustav Klimt (1862-1918). Pin-tor austraco, cujos maiores trabalhos incluem pinturas, murais, esboos e outros ob-jetos de arte. Passou por mo-vimentos artsticos como o Simbolismo, surgido na Fran-a no sculo 19 (XIX), que da-va nfase a temas msticos e imaginrios; e o Expressionis-mo, que, surgido na Alemanha no incio do sculo 20 (XX), buscava na arte uma reflexo do mundo interior.

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    Gustav Klimt, Mulher com Leque, 1917-1918, leo sobre tela, coleo particular

  • 20 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Amedeo Modigliani (1884-1920). Artista plstico e escul-tor italiano que viveu em Paris. Sem educao formal, dedi-cou-se ao estudo da pintura e da escultura. De seus traba-lhos destacam-se os nus femi-ninos e retratos cuja caracte-rstica mais marcante o alongamento das figuras.

    Amedeo Modigliani, Ruiva em vestido de noite, 1918, leo sobre tela

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 21

    2. Depois de observar as duas telas, vamos construir uma histria para essas mulheres. Quem so elas? Onde e como moram? O que fazem? Elas se conhecem? Qual o estilo de cada uma delas? Que conselhos de beleza voc daria a cada uma sobre a cor e o corte dos cabelos? E a respeito do penteado?

    A arte de modificar o mundo

    Os artistas, ao pintarem um quadro ou moldarem uma escultura, esto transmitin-do alguma mensagem que nos leva a pensar por que o personagem retratado de um jeito ou de outro ou se ele est feliz ou angustiado, por exemplo. Ser que, con-forme construmos nosso visual, nossa imagem, tambm fazemos isso?

    O mundo atual valoriza a apresentao pessoal e, s vezes, a maneira como nos mostramos visualmente fala por ns. Analisando a imagem de uma pessoa, tiramos concluses sobre sua personalidade, profisso, passatempo, situao financeira e preferncias em geral.

  • 22 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Um exemplo disso correu o mundo muito recentemente: a inglesa Susan Boyle (veja as fotos abaixo) tinha um grande potencial para fazer sucesso como cantora, mas foi menosprezada e at ridicularizada pelo jri de um programa de calouros por causa de sua aparncia. A men-sagem que estava por trs disso era: a voz de Susan no combina com sua imagem. A fama deveria ser acompa-nhada de truques no seu visual. Observe as fotos.

    Ainda que ela usasse o mesmo vestido, a simples alte-rao da cor e do corte dos cabelos j transmitiria ou-tra imagem da cantora. Nesse caso, a transformao foi total, afinal, Susan, como artista, pde passar por mudanas radicais. Mas devemos tomar cuidado com alteraes bruscas em pessoas que levam uma vida comum. O ideal que elas ocorram aos poucos, para que a pessoa tenha tempo de se acostumar ao novo visual e at mesmo decidir se essa a imagem que gostaria de ter.

    Pare e ref lita: voc pode ser um profissional capaz de proporcionar essa mudana aos clientes?

    DICAQue tal montar um lbum de

    fotos de seus clientes? Registros mostrando o antes e o depois, assim como fizemos com Susan

    Boyle, podem valorizar suas qualidades profissionais. Mas,

    lembre-se: quando for tirar fotos de um cliente, um amigo ou

    familiar para usar como modelo, preciso pedir a permisso deles.

    Se algum se recusar, no insista. Voc ter outras oportunidades.

    A cantora Susan Boyle antes e depois da fama: a aparncia foi disfarada por truques visuais

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 23

    A reao que a transformao da imagem produz j foi retratada por diversos auto-res. Vamos ler, como exemplo, um trecho de A humilhao, romance do escritor norte-americano Philip Roth.

    Com o passar dos meses, Pegeen deixara o cabelo crescer at quase

    os ombros, um cabelo castanho abundante com um brilho natural que

    ela comeou a achar que devia cortar de modo diferente do estilo

    masculino que havia adotado desde que se tornara adulta. No fim de

    semana, chegou em casa com duas revistas cheias de fotos de cortes

    de cabelo diferentes, revistas de um tipo que Axler nunca vira antes.

    Onde voc arrumou essas revistas?, ele perguntou. Uma das minhas

    alunas, ela respondeu. Sentaram-se lado a lado no sof da sala, e ela

    ficou a folhear as revistas, dobrando os cantos das pginas em que

    havia um estilo que lhe parecia apropriado. Por fim, depois que redu-

    ziram as possibilidades a duas, ela arrancou as pginas e ele telefonou

    para uma amiga, uma atriz em Manhattan, e perguntou-lhe em que

    salo Pegeen devia cortar o cabelo, a mesma amiga que dissera a

    Axler onde deveria levar Pegeen para comprar roupas e joias. Eu bem

    que queria ser sustentada assim, comentou a amiga. Mas Axler no

    entendia a coisa dessa maneira. Tudo o que estava fazendo era ajudar

    Pegeen a ser uma mulher que ele gostaria de ter, e no uma mulher

    que outra mulher gostaria de ter. Juntos, empenharam-se nessa causa.

    Axler foi com ela a um salo caro no Upper East Side. Uma moa ja-

    ponesa cortou o cabelo de Pegeen depois de ver as duas fotos que

    eles haviam levado. Axler jamais vira Pegeen parecer to indefesa

    quanto ali, sentada na cadeira do cabeleireiro diante do espelho depois

    que seu cabelo foi lavado. Nunca a vira to fraca, to sem saber como

    agir. V-la assim, silenciosa, tmida, s raias da humilhao, sem con-

    seguir sequer olhar para sua imagem no espelho, emprestava quela

    ida ao cabeleireiro um significado totalmente diferente, minando a

    autoconfiana de Axler e levando-o a perguntar a si prprio, como j

    havia feito mais de uma vez, se no estaria se deixando cegar por uma

    iluso estupenda e desesperada.

    Philip Roth. A humilhao. So Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 51.

  • 24 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Atividade 4Transformao

    1. Quem so os personagens que aparecem no texto?

    2. Como o personagem que est passando por um processo de transformao?

    3. De que maneira o autor retrata o sentimento do personagem no momento de cortar os cabelos?

    4. Em sua opinio, como as pessoas se sentem quando vo ao cabeleireiro para mudar de imagem?

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 25

    5. Coloque-se no papel da profissional que cortou o cabelo de Pegeen. Como voc agiria diante de uma cliente como ela? Justifique sua opinio e discuta seus argumentos com a turma.

    Cabelo e estilo pessoal

    Para ser esse profissional que promover mudanas na imagem das pessoas, neces-srio ter conhecimentos. Um deles saber identificar o estilo de cada cliente. Lem-bre-se: o dilogo inicial, que tem o objetivo de identificar os anseios do cliente, fundamental para voc descobrir se ele quer manter ou mudar o prprio estilo.

    Vale lembrar, sempre, que a deciso final do cliente. No insista em cortes e pen-teados que no correspondam ao gosto da pessoa mesmo que voc tenha certeza de que o resultado poderia ser timo.

    Vejamos as caractersticas de cada estilo.

  • 26 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Tradicional ou clssico

    Caractersticas: Esse estilo marcado pela discrio e pela neutralidade. O lema das pessoas tradicionais : menos mais. Trata-se de algum recatado ao se vestir.

    Tipo de roupa: Vestidos e saias retas, sem marcar o corpo; ausncia de decotes e transparncias; cores e acessrios sbrios e discretos.

    Exemplos: Beatriz Segall, Ftima Bernardes, Ronnie Von.

    Corte de cabelo: Reto ou levemente repicado, com tamanho mdio para curto. A cor usada abrange todas as tonalidades de castanho ou loiro apagado. No caso de uso de luzes, elas so bem discretas.

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 27

    Elegante

    Caractersticas: Marcado pela classe, um estilo sem exageros. Quem o adota uma pessoa elegante que chama a ateno pelo bom gosto na combinao das cores e nos detalhes ao vestir-se, no corte dos cabelos, na maquiagem e no cuidado com as unhas. um cliente muito exigente com a qualidade e impecvel na aparncia.

    Tipo de roupa: Peas neutras, discretas, com toques refinados. No segue a moda passageira: prefere tendncias que no so marcadas por pocas determinadas.

    Exemplos: Christiane Torloni, Rodrigo Santoro, Tas Arajo.

    Corte de cabelo: Cabelos muito bem cuidados, curtos ou mdios, de preferncia retos em estilo chanel ou levemente repicados.

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  • 28 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Moderno

    Caractersticas: Quem adota esse estilo, veste-se com acessrios e estampas grandes e roupas desestruturadas, parecendo estar desarrumado. O estilo moderno pode ser exemplificado por uma pessoa elegante, que chama a ateno pelo jeito ousado de se vestir. Alm disso, adota um visual tpico de quem mora nas grandes cidades.

    Tipo de roupa: Peas desestruturadas, acessrios grandes, cores fortes combinando com o preto, estampas enormes e corte quase masculino.

    Exemplos: Maria Paula, Mayana Moura, Seu Jorge.

    Corte de cabelo: Ousado, desestruturado, com reflexos e cores contrastantes.

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 29

    Criativo

    Caractersticas: Estilo de pessoa inovadora, que gosta de brincar com sua imagem pessoal. Seu visual diferenciado e se assemelha a uma produo artstica.

    Tipo de roupa: Mistura de cores e estampas; sobreposio de peas; roupas tnicas ou de brechs.

    Exemplos: Chico Csar, Marjorie Estiano.

    Corte de cabelo: Assimtrico, desestruturado, com cores extravagantes e mechas coloridas. O uso de dreads tambm comum. Veja o box sobre o tema na pgina 33.

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  • 30 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Sexy

    Caractersticas: O destaque do corpo a marca das pessoas com estilo sexy, o que chama bastante a ateno das pessoas ao seu redor.

    Tipo de roupa: Abusa de decotes generosos, fendas e pernas mostra, roupas que marcam o corpo, estampa animal e salto alto.

    Exemplos: Fernanda Lima, Jesus Luz, Wanessa Camargo.

    Corte de cabelo: Cabelos fartos, longos e volumosos, retos ou repicados. As pessoas sensuais se identificam com cabelos bem selvagens e do preferncia para cabelos pretos, vermelhos e loiros bem claros.

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 31

    Esportivo

    Caractersticas: Estilo tambm conhecido como casual. Pessoas que possuem esse estilo so marcadas pela praticidade e adotam o conforto, encontrando elegncia na simplicidade de acessrios e roupas.

    Tipo de roupa: Peas confortveis e informais, indo do jeans ao linho; acessrios simples (ou ausentes), tnis ou sapatos, de preferncia sem salto.

    Exemplos: Dbora Fallabela, Gabriel Braga Nunes, Sandra Annenberg.

    Corte de cabelo: Curto e prtico, com estilo natural e cor prxima natural.

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  • 32 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Romntico

    Caractersticas: A pessoa com estilo romntico delicada, com ar sonhador, meiga, calma e, acima de tudo, muito feminina.

    Tipo de roupa: Tons pastis, plidos; estampas florais midas e babados. Roupas esvoaantes.

    Exemplos: Camila Morgado, Leandra Leal, Thiago Fragoso.

    Corte de cabelo: Fios longos e cacheados, geralmente em tons suaves, que sugerem delicadeza.

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 33

    Dreads e tranas

    Dread uma forma de pentear o cabelo que consiste em separ-lo em mechas e enrol-las com cera ou costur-las com agulhas de croch, dando aparncia de cordas que caem do topo da cabea.

    Embora esteja ligada ao movimento dos rastafris (ligado msica reggae), essa tcnica surgiu entre habitantes de algumas regies da frica que a criaram por uma questo de praticidade, j que no tinham facilidade de cortar o cabelo periodicamente.

    Geralmente feitos em cabelos mais longos, existem outros tipos de dread, como a trana nag (tranas finas feitas junto ao couro cabeludo) e o terer, que o aplique de linhas coloridas sobre uma trana de cabelo. Hoje tambm pos-svel encontrar apliques com imitao de dreads.

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  • 34 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 35

    unida d e 2

    A profisso de cabeleireiro

    Antes de darmos continuidade ao aprendizado das tcnicas a serem empregadas na ocupao de cabeleireiro, importante conhecer mais sobre a profisso e as formas de ingressar nessa rea.

    Faa um exerccio de imaginao: pense como ser sua vida profissional e pessoal trabalhando como cabeleireiro. Inicie o percurso perguntando a si mesmo: como estarei daqui a 5 meses?

    Como voc se v? Onde estar trabalhando?

    Num salo de beleza?

    Indo at a casa de clientes com sua maleta?

    Num teatro?

    Nos camarins de um canal de televiso?

    Pablo Picasso, Mulher diante do espelho, 1932, leo sobre tela, Museu de Arte Moderna de Nova York, Estados Unidos

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  • 36 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    O Ministrio do Trabalho e Emprego e a profisso de cabeleireiro

    O Ministrio do Trabalho e Emprego produz um docu-mento chamado Classificao Brasileira de Ocupaes CBO, que descreve 2.422 ocupaes e diz o que preci-so para exerc-las: a escolaridade necessria, o que cada profissional deve fazer, onde pode atuar etc. Entre as in-formaes que constam desse documento existe um gru-po que nos interessa definir nesse momento: quem o cabeleireiro hoje.

    De forma resumida, a CBO indica o que faz o cabelei-reiro. Agrupamos suas atribuies pelos seguintes temas:

    Formao/qualificao profissional Participar de cursos, palestras e eventos. Consultar revistas e publicaes especializadas. Estagiar em sales. Ter ensino fundamental incompleto. Ter curso de qualificao profissional.

    Atitudes pessoais Manter o bom humor. Ouvir atentamente e no falar excessivamente. Cuidar da aparncia pessoal. Manter-se paciente. Demonstrar bom-senso.

    Atitudes profissionais Demonstrar noes de etiqueta social. Demonstrar senso esttico. Inspirar confiana e credibilidade. Demonstrar tica profissional. Saber trabalhar em equipe.

    A descrio de cada ocu-pao da CBO feita pe-los prprios trabalhado-res. Dessa forma, temos a garantia de que as in-formaes vm de quem atua no ramo e, portanto, conhece bem a profisso. Voc pode ler esse docu-mento na ntegra aces-sando, na aula de infor-mtica, o site:www.mtecbo.gov.br.

    Voc sabia?

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 37

    Veja o que diz um profissional do ramo sobre o incio de sua carreira.

    Eu sou filho de um lavrador do interior. Durante os fins de semana

    meu pai cortava cabelos e, desde pequeno, eu e meus irmos come-

    amos a ter contato com a tesoura, por influncia dele. Acabvamos

    tambm colocando a mo na massa. Eu descobri que era hbil com

    as tesouras. Mas um bom cabeleireiro no feito apenas de talento,

    mas de muita prtica. S se comea a ter destreza com as tesouras,

    depois de uns 3 ou 4 anos de prtica.

    Entrevista concedida por Walter Cabral. Disponvel em: http://goo.gl/z2MzL.

    Acesso em: 15 out. 2010.

    Esse profissional chama a ateno para um aspecto essencial: a identificao com uma rea da profisso. Isso se d quando voc sente que tem mais facilidade para atuar em alguma das vrias ramificaes que envolvem essa profisso.

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  • 38 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Atividade 1esTudo de meio

    1. No incio deste Caderno, mencionamos diversos locais onde o cabeleireiro exerce sua ocupao. Vamos dividir a turma em pequenos grupos a fim de que cada um deles entreviste um cabeleireiro.

    Todos devem se organizar de forma que as equipes visitem locais diferentes e conversem com profissionais da rea. Seguem abaixo algumas sugestes:

    cabeleireiro de salo de beleza de pequeno porte, de bairro;

    cabeleireiro de salo de mdio porte;

    cabeleireiro de salo de beleza de grande porte, mais sofisticado;

    cabeleireiro autnomo; e

    cabeleireiro proprietrio de salo.

    2. O que vocs gostariam de perguntar a cada um desses profissionais?

    Acompanhe a seguir um roteiro de entrevista. Cada grupo acrescenta outras questes que considerar importantes.

    a) Qual o nome do entrevistado?

    b) homem ou mulher? Quantos anos tem? Qual sua escolaridade? Ainda estuda ou pretende voltar a estudar?

    c) Costuma fazer cursos de especializao em sua rea?

    d) Onde trabalha?

    e) Trabalha em apenas um lugar?

    f) Como escolheu essa ocupao?

    g) Como aprendeu a profisso?

    h) Quais so os pontos positivos e negativos dessa rea de atuao?

    i) Que conselhos ele d a um cabeleireiro que est comeando agora?

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 39

    Acompanhe agora a entrevista concedida pe-lo cabeleireiro Rodrigo Acorone, proprietrio de um salo na capital paulista.

    P Qual seu nome completo? E sua idade?

    R Rodrigo Lombano Acorone. Tenho 31 anos.

    P Onde voc trabalha?

    R Num instituto de beleza que fica na regio dos Jardins, em So Paulo.

    P Por que escolheu a profisso de cabe-leireiro?

    R Porque me identifiquei com ela e descobri que tinha talento para fazer esse tipo de trabalho.

    P H quanto tempo voc atua nesse setor?

    R Completei 12 anos e 2 meses em dezembro de 2010.

    P Como aprendeu esse ofcio?

    R Na poca em que iniciei minha carreira, eu estava desempregado e fui indicado por uma ami-ga para trabalhar como auxiliar em um salo. Fui aprendendo na prtica, enquanto observava meus colegas mais experientes.

    P E hoje em dia, voc costuma fazer cursos de especializao?

    R Sim, estou sempre atento s novidades.

    P Quantas pessoas, em mdia, voc atende por ms?

    R Eu e minha equipe atendemos mensalmente cerca de 600 clientes.

    P Voc participa de muitos eventos na rea da beleza?

    R Infelizmente no. Por falta de tempo.

    P Quais so seus projetos para o futuro?

    R Quero ampliar minha equipe. Rodrigo Acorone: Estou sempre atento s novidades

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  • 40 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    3. Agora, cada participante do grupo escreve um texto sobre a entrevista. Procure planejar seu texto da seguinte forma antes de comear a redigi-lo:

    a) analise os argumentos usados pelo profissional;

    b) organize as principais ideias; e

    c) apresente as concluses a que voc chegou aps ler a conversa.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 41

    O trabalho do cabeleireiro no se resume a cortar, fazer escova e tingir os cabelos. Desde o primeiro contato ele deve analisar o tipo de cabelo do cliente e verificar se est ou no danificado. Tambm precisa saber identifi-car o estilo pessoal do cliente e, sobretudo, conhecer suas expectativas. medida que estabelece um dilogo indicando ao cliente as melhores opes de cor e de corte, o profissional transmite maior confiana sobre o trabalho que vai executar.

    Segundo a CBO, o cabeleireiro tem vrias atribuies e, dependendo do porte do salo em que trabalhar, poder ocorrer uma diviso de trabalho. Um auxiliar pode fazer a escova, o tinturista pode tingir o cabelo para depois outro profissional cort-lo. Vamos ver a relao das fun-es elencadas na CBO.

    Lavar

    Preparar

    Enrolar

    Cortar

    Escovar

    Pentear

    Hidratar

    Relaxar

    Pintar

    FilmeSe tiver oportunidade, veja O marido da cabeleireira,

    dirigido pelo francs Patrice Leconte em 1990. O filme retrata a paixo de um homem por uma

    cabeleireira e, de certa forma, pela profisso dela.

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  • 42 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    No se esquea: um profissional deve ter conhecimento de:

    tcnicas de colorimetria (anlise das cores);

    cortes estilizados;

    escovas modeladoras;

    penteados;

    diagnstico de cabelos, verificando se eles esto danificados para no piorar ainda mais o problema;

    vrias tcnicas de reconstruo dos fios e de uma hidratao mais potente com o uso de produtos base de queratina, que evita pontas duplas no cabelo;

    relaxamento;

    visagismo, para reconhecer o melhor corte e a melhor cor de acordo com o tom de pele e o formato de rosto do cliente;

    alisamento;

    progressivas;

    mechas (e suas variantes, balayage, mechas strong);

    touca de argila ou marmorizao (espcie de hidratao mais potente); e

    escova definitiva.

    Algumas dessas tcnicas sero abordadas em detalhes ao longo deste curso.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 43

    unida d e 3

    suas experincias na rea

    Com a ajuda da Classificao Brasileira de Ocupaes CBO, vimos que o cabeleireiro pode atuar de diferentes maneiras em um salo ou mesmo indo at os clientes, atendendo em domiclio.

    No intuito de ajud-lo a se identificar com essas reas de atuao, vamos realizar um balano do que voc sabe fazer bem e de outras coisas que precisa aperfeioar para ser um bom profissional.

    O portflio uma tcnica utilizada para ajud-lo a encontrar esse caminho.

    Voc j teve as primeiras noes de como elabor-lo no tema Como se preparar para o mercado de trabalho, do Caderno do Trabalhador 1 Contedos Gerais. Aqui, vamos dar um passo adiante.

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    Salo de beleza: uma das opes que o mercado de trabalho oferece aos cabeleireiros

  • 44 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Atividade 1ConTando sua hisTria

    1. hora de trocar ideias. Que tal fazer isso com outros cinco colegas? Cada um se apresenta aos demais, contando suas qualidades e seus defeitos.

    Todos temos caractersticas boas e ruins, e falar sobre elas um primeiro passo para identific-las. Quais so as suas?

    2. Comente suas experincias relacionadas com a profisso de cabeleireiro: uma atividade realizada como passatempo, os cursos que voc j fez, coisas que gosta de fazer (mesmo que no ganhe dinheiro ou que cobre por elas) ou algo que, segundo as outras pessoas, voc faz bem.

    Preencha a tabela usando como base os exemplos em cada quadro.

    MINHAS EXPERINCIAS NA REA DE BELEZA

    Experincia

    Fazer escova na minha vizinha.

    O que precisei fazer

    Organizar os materiais de trabalho.

    O que foi fcil nessa

    experincia

    Ir separando os cabelos por mechas.

    O que foi difcil nessa

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    Lidar ao mesmo tempo com o secador e a escova.

    Ao preencher esse quadro voc pde perceber que j fez muita coisa na rea e que tambm sabe fazer bem outras tantas.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 45

    Atividade 2o Cabeleireiro Profissional

    1. Vamos aprofundar a discusso sobre o que preciso saber para ser cabeleireiro.

    Forme um grupo com mais quatro pessoas. Discutam o que, na opinio de cada um, o cabeleireiro profissional deve saber fazer. Procurem organizar as ideias de forma que as frases abaixo sejam completadas.

    a) Um cabeleireiro profissional deve saber:

    b) Um cabeleireiro profissional precisa usar:

    c) Um cabeleireiro profissional necessita cuidar:

  • 46 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    d) Um cabeleireiro profissional deve, tambm:

    Depois de discutir o que um cabeleireiro faz, pense um pouco sobre voc mesmo. O que voc sabe fazer bem? O que voc sabe fazer mais ou menos ou ainda no teve a oportunidade de aprender? Marque com um na coluna correspondente.

    FAO BEM

    FAO MAIS OU MENOS

    NO SEI FAZER

    Escolher a cor da tinta do cabelo de acordo com o tom da pele das pessoas.

    Reconhecer o estilo pessoal: perceber como o jeito de cada pessoa, a roupa que ela usa, os lugares que frequenta, a profisso etc.

    Identificar o tipo de cabelo que combina com cada pessoa.

    Identificar o formato do rosto de cada um.

    Cortar o cabelo de modo a corrigir imperfeies do rosto.

    Lidar com pessoas.

    Ouvir atentamente.

    Conhecer as opes de produtos disponveis no mercado.

    Entender de colorao personalizada.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 47

    Agora, voc j tomou conhecimento de quem , do que sabe fazer e, principalmente, do que precisa aprender para ser um bom profissional, com o objetivo de facilitar seu incio nessa profisso.

    Mas ainda vamos voltar a esse assunto.

    Comece a rechear seu portflio em casa, procurando documentos e fotos que apresentem trabalhos realizados por voc. Pode ser at mesmo a foto de uma festa para a qual preparou o cabelo de uma prima. Esse primeiro passo ajudar, e muito, na hora de elaborar seu currculo.

    Os instrumentos de trabalho

    Se, como vimos, a atuao do cabeleireiro diversificada, seus instrumentos de trabalho tambm variam conforme o profissional se especializa em uma das inme-ras atividades que pode realizar.

    Vamos organizar nosso material considerando em primeiro lugar os itens bsicos para qualquer segmento da profisso.

    Pentes profissionais

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  • 48 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Escovas para vrios tipos e comprimentos de cabelos

    DICAVoc dever ter pelo menos os seguintes modelos de escova:

    nilon para cabelos lisos e grossos.

    javali para fios crespos e finos.

    escova mista para fios intermedirios.

    Tesouras:

    1 tesoura para cortar e desfiar.

    2 tesoura dentada para desbastar o cabelo.

    Cada tesoura serve para dar um tipo de corte aos cabelos:

    afiada a laser cortes retos e pontas.

    fio navalha deixa as pontas mais leves.

    dentada corta os fios de maneira intercalada.

    Voc sabia?

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 49

    Navalha

    Mquina de cortar cabelo

    jOs CArlOs Pires PereirA/ istOCKPhOtO.COm

    Artmin/DreAmstime.COm

  • 50 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Secador de cabelo de mo

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 51

    Chapinha ou chapa

    IMPExistem chapinhas

    de diversos materiais. bom ter em mos as seguintes:

    de turmalina: mineral natural que quando aquecido possibilita

    o fechamento das cutculas. de titnio: quando aquecido,

    gera raios infravermelhos, que deixam os fios com aspecto mais natural.

    Titnio um metal mais leve que o ferro e quase to forte quanto o ao. Tem sido amplamente usado na indstria, em es-pecial na de equipamentos e tecnologia, em razo de propriedades como resis-tncia inclusive corro-so e leveza.

    Os secadores com nano-tecnologia titnio, alm de mais potentes, so resis-tentes a fungos e bactrias.

    Raios infravermelhos so ondas na forma de luz que no pode ser vista pelo olho humano que emitem energia e calor.

    Voc sabia?

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  • 52 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Xampus para diversos tipos de cabelo

    Cremes condicionadores para diversos tipos de cabelo

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 53

    Tintas para colorao

    Gel protetor de couro cabeludo

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  • 54 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    gua oxigenada

    P clareador

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 55

    Laqu (hairspray)

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  • 56 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Gel fixador e modelador

    Pomada modeladoral

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 57

    Leave-in

    Clipes ou prendedores de cabelo (de diversos tamanhos)

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    ArtO tuOminen/ istOCKPhOtO.COm

  • 58 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Pincis e pote plstico para misturar tintas

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 59

    Luvas de ltex

    Borrifador de gua

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  • 60 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Bobes

    Grampos

    blueee/DreAmstime.

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 61

    Agulha de croch

    Touca para reflexo

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  • 62 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Quimono ou roupo

    Capas claras (para corte) e escuras (para colorao e descolorao)

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 63

    Secador de cabelo de p

    Cadeira para corte de cabelos

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  • 64 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Vaporizador

    Carrinhos de salor

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 65

    Armarinhos

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  • 66 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Pia com gua corrente

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 67

    Espelho

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  • 68 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Lembre-se: voc no precisa comprar todo esse ma-terial de uma s vez. Defina suas prioridades e v adquirindo os itens conforme a necessidade. Se for o caso, voc pode recorrer ao Banco do Povo Paulista para obter um emprstimo popular. Voc pode con-seguir informaes detalhadas a esse respeito no site www.bancodopovo.sp.gov.br.

    Sade no salo de beleza

    Sade sempre um tema fundamental em nossas vidas. Num salo de beleza, preciso ter cuidado com a sade dos clientes e tambm com a dos profissionais.

    Em pesquisa realizada em 2006, na capital paulista, por Gisele Mussi para a Faculdade de Medicina da Universi-dade de So Paulo, constatou-se que 7 em cada 10 cabe-leireiros sofrem de leses por esforos repetitivos (LER/DORT). Esse problema tem origem no trabalho repeti-tivo, na postura desconfortvel adotada por eles durante o trabalho e na tenso muscular.

    DICASe voc optar por trabalhar como

    autnomo, cuidado na hora de adquirir seu material de trabalho.

    No se deixe levar pelo entusiasmo ou pela beleza do instrumento.

    Acessrio de trabalho bom no necessariamente o mais bonito. Fique sempre atento descrio

    de cada item, incluindo a durabilidade. Alm disso, avalie

    bem suas compras para no adquirir coisas demais que podem ser desnecessrias.

    DICAOs dados completos da pesquisa de Gisele Mussi esto no site da

    Fundao Faculdade de Medicina. Disponvel em:

    http://goo.gl/OnZLa. Acesso em: 10 nov. 2010

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 69

    So muitos os movimentos repetitivos no desempenho das vrias funes do cabe-leireiro: o manuseio da tesoura, a pintura e a escovao dos cabelos, entre outros.

    Alm dos problemas de postura, a qumica utilizada pelos cabeleireiros tambm pode provocar doenas. Por isso, nunca deixe de pr mscara e luvas ao manusear tintas e outros produtos qumicos presentes no cotidiano do salo. No pense que isso incomodar o cliente ou tornar seu trabalho mais lento. Voc pode perder alguns minutos, mas ganhar anos de vida. Usar o equipamento correto para proteger-se faz parte da preveno de doenas.

    Xampus, tinturas, cidos, colorantes e descolorantes podem causar alergia e irritao (da pele e dos olhos, por exemplo). Existem tambm produtos que levam solventes em sua composio, os quais podem causar danos ao aparelho reprodutor.

    Listamos aqui algumas razes para voc utilizar mscaras e luvas. Da sade dos clientes trataremos em textos especficos relacionados a cada etapa do trabalho.

    Mscara e luvas: equipamentos essenciais para proteger o cabeleireiro que manuseia produtos txicos

  • 70 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 71

    unida d e 4

    Cor da pele e dos cabelos

    Uma das atividades realizadas pelo cabeleireiro a colorao dos cabelos. Mas fique atento: ler numa revista qual ser a cor do vero no suficiente. O profissional deve, sim, acompanhar e conhecer as tendncias da moda, mas precisa, sobretudo, saber qual ser a melhor escolha para os clientes. Para essa deciso o cabeleireiro deve saber reconhecer a cor da raiz dos cabelos, o tom de pele, a cor dos olhos e o estilo de cada pessoa.

    Alm dos aspectos tcnicos, importante conversar detidamen-te com o cliente para saber se ele deseja uma transformao radical ou uma mudana imperceptvel na sua aparncia.

  • 72 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Por exemplo: seus conhecimentos tcnicos indicaro que um tom avermelhado para os cabelos a melhor opo para determinado cliente. Contudo, se ele tem uma personalidade introspectiva e tmida, no se sentir bem com cabelos to chamativos.

    Vamos percorrer alguns caminhos para que voc acumule conhecimentos e saiba indicar a colorao certa para cada pessoa.

    A recomendao para a escolha da tonalidade dos cabelos seguir, principalmente, dois passos:

    1) observar a cor da raiz dos cabelos, da pele e dos olhos.

    2) identificar o formato do rosto e o estilo pessoal.

    1 passo: observar a cor da raiz dos cabelos, da pele e dos olhos

    O conjunto formado pelas cores da raiz dos cabelos, da pele e dos olhos vai inform-lo sobre as cores mais adequadas ao cliente.

    Cabelos tingidos, por exemplo, podem dificultar a identificao desse conjunto e, consequentemente, prejudicar sua avaliao. Com o tempo seu olhar estar habi-tuado a perceber qual a cor natural dos cabelos das pessoas (por mais recente que seja o tingimento, sempre possvel encontrar sinais da cor natural observando a raiz dos cabelos).

    A pele, por sua vez, pode ser classificada de duas formas complementares: se fria ou quente. Como identificar cada uma?

    Uma dica ter em seu kit de cabeleireiro um grande brinco dourado e outro prateado, ou ainda dois cortes de tecido (de aproximadamente 40 cm de largura por 30 cm de altura) do mesmo tipo e qualidade, um prateado e outro dourado. Se preferir os teci-dos, voc deve colocar um de cada vez diante do colo da pessoa, cobrindo os ombros e as roupas.

    Caso opte pelos brincos, posicione um de cada lado do rosto do cliente, junto pele do pescoo ou das bochechas. Esses procedimentos o ajudaro a identificar se a pele fria ou quente. Pergunte a si mesmo que tom metlico realou mais a cor da pele. Com qual deles a pessoa se tornou mais iluminada? Voc vai notar que um desses tons deixar a pessoa um pouco mais apagada. Pode ser difcil no comeo, mas, com o tempo e a experincia, voc se acostumar.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 73

    Se o dourado realar mais = pele quente

    Se o prateado realar mais = pele fria

    Eis alguns exemplos de cores frias e quentes.

    As cores frias so menos luminosas: vinho, azul, verde-esmeralda, violeta, pink, rosa, prata, branco e preto.

    As quentes so mais luminosas: vermelho-alaranjado, laranja, amarelo, marrom-escuro, branco-sujo, ferru-gem, pssego, verde-oliva, cobre e caramelo.

    Uma pesquisa recente, realizada pelo Departa-mento de Dermatologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), identificou mais de 125 tons de pele entre a po-pulao brasileira.

    Voc sabia?

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  • 74 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Atividade 1Pele quenTe ou fria?

    1. Organizados em duplas, voc e seus colegas vo analisar uns aos outros segundo os critrios explicados nas pginas anteriores. Depois, iro discutir se a pele de cada pessoa de cor fria ou quente.

    2. Em seguida, cada dupla vai se apresentar diante do resto da turma e explicar como tirou suas concluses. Ento, com o auxlio do monitor, os demais colegas deba-tero esses resultados.

    Ningum precisa conhecer todos os tons de pele, mas vamos associar a cor de cabe-lo mais adequada a alguns desses tons.

    Antes, porm, outra dica para voc encontrar a cor certa dos cabelos do cliente: tenha quatro cortes de tecido do tamanho j mencionado, cada um de uma dessas cores: tijolo, pssego, rosa e fcsia. Faa o teste diante do colo, repetindo os procedimentos explicados anteriormente. Observe.

    Se a cor de tijolo realar mais a pele, significa que ela quente e vai combinar melhor com tonalidades de fundo avermelhado, terroso, quente e profundo.

    Se o pssego realar mais a pele, ela quente e fica melhor com tons de dourado, cores claras, alegres e brilhantes.

    Caso a cor eleita seja o rosa, quer dizer que a pele fria e se adapta melhor a cores suaves e sutis, como os louro-platinados e os matizes acinzentados.

    Se o fcsia tiver tudo a ver com o cliente, a pele dele fria e pede tons puros e in-tensos, como chocolate, preto, caf e mate.

    Nunca demais ressaltar que, independentemente das tendncias que a moda dita para as cores de cabelo, essa cor deve combinar com o tom de pele e a cor dos olhos do cliente, alm de respeitar seu estilo, formando, assim, um conjunto harmnico.

    Tecidos nos tons tijolo, pssego, rosa e fcsia: para voc encontrar a cor dos cabelos do cliente

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 75

    Tipo fsico

    Loira de pele clara

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    Loiro acinzentado

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  • 76 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Tipo fsico

    Loira de pele bronzeada

    Cabelo

    Mel, loiro dourado

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 77

    Tipo fsico

    Morena clara com olhos cor de mel

    Cabelo

    Loiro acobreado, castanho com mechas douradas

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  • 78 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Tipo fsico

    Morena clara com olhos escuros ou claros

    Cabelo

    Castanho-escuro, preto, acaju

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 79

    Tipo fsico

    Ruiva com sardas

    Cabelo

    Acobreado, marrom

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  • 80 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Tipo fsico

    Pele amarelada (oriental)

    Cabelo

    Tons de castanho-escuro, acaju

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 81

    Tipo fsico

    Mulata

    Cabelo

    Castanho dourado, marrom

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  • 82 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Tipo fsico

    Negra

    Cabelo

    Castanho-escuro, avermelhado

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 83

    2 passo: identificar o formato do rosto e o estilo pessoal

    O visagismo (visage a palavra francesa para rosto, e o sufixo ismo sugere estudo) uma tcnica que objetiva ressaltar as qualidades do rosto e o estilo pessoal, harmo-nizando colorao e corte dos cabelos, dicas de maquia-gem. o equilbrio entre o estado de esprito e a perso-nalidade, a nossa poro interna e a externa, que faz com que a beleza se complemente.

    Identificar o tipo de beleza, tal como indicam os especia-listas em visagismo, um conhecimento que pode ajudar a compor um visual mais adequado a cada cliente. Para isso, a psicologia classificou os indivduos em quatro tipos de beleza, sempre ligados aos respectivos temperamentos.

    Sufixo: Trata-se de uma ou duas slabas que so coloca-das ao final de uma palavra, formando um novo termo. Veja o exemplo: moda: estilo predominante;modismo = moda + ismo (sufixo): o que est na moda.

  • 84 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Beleza sangunea (elemento ar) Exala dinamismo, alegria e entusiasmo. As pes-soas associadas a esse tipo de beleza so sociveis e tm pouca capacidade de con-centrao e disciplina. Normalmente gostam de ser o centro das atenes. Em geral tm cabeleira abundante. Usam tonalidades vibrantes no trajar: o amarelo tende a ser sua cor predileta. Fazem parte do grupo das cores quentes.

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 85

    Beleza colrica (elemento fogo) Independentes, geralmente ocupam cargos de chefia e comando, j que so muito determinadas e dinmicas. Muitas vezes parecem arrogantes, mas so fiis e justas. Costumam usar muito a cor vermelha. Fazem parte do grupo das cores quentes.

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  • 86 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Beleza melanclica (elemento terra) Ligada a pessoas sensveis, elegantes, que transmitem calma a quem as cerca. So cordatas, criativas, com forte tendncia artstica. Por serem muito organizadas, tm mais dificuldade para quebrar regras. Em geral, gostam do azul. Fazem parte do grupo das cores frias.

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 87

    Beleza fleumtica (elemento gua) A ambio passa longe das pessoas de beleza fleumtica, que so tranquilas, nada competitivas e bastante afetuosas. Elas podem passar a impresso de indecisas e inseguras. So geralmente conservadoras e acomo-dadas. Gostam da cor roxa. Fazem parte do grupo das cores frias.

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  • 88 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Quem possui a faculdade de ver a beleza no envelhece.

    Franz Kafka

    Atividade 1reConheCer as mulheres

    1. Leia atentamente o texto a seguir e assinale as palavras que desconhece.

    2. Procure no dicionrio o significado das palavras que no compreendeu.

    3. Discuta com a sala a mensagem do texto. O que o autor nos fala sobre a beleza?

    As mulheres de 80

    Mario Prata

    Vincius de Moraes, agora com 90 anos, poderia cantarolar olha que

    coisa mais linda, mais cheia de graa, uma velhinha que vem e que

    passa, no doce balano, a caminho do lar. Se ainda existe uma mulher

    do lar, ela tem 80 anos. Principalmente no nosso lar.

    Me responda: existe alguma coisa mais bonita do que ver uma senho-

    ra de 80 anos, aqueles cabelos brancos (mulher honesta de 80 no

    pinta mais os cabelos), caminhando pela rua de mos dadas com o

    marido, bem mais trpego do que ela? Quantas vidas existem naque-

    las duas mos entrelaadas? Quantos filhos, netos e bisnetos? Quanta

    vida, quanta histria. Quanta gente aquela mulher de 80 colocou no

    mundo? E agora l vai ela, caminhando, sem pressa nenhuma, sabe

    l pra onde. Ela e o homem dela. Eternos enquanto duraram.

    , j no se fazem mais mulheres como as de 80. Perdemos a frmu-

    la e esquecemos, quase sempre, que elas existem. Mulher de um s

    amor, de uma s dedicao.

    As mulheres de 80 se dividem basicamente em trs categorias: as

    ainda casadas (como sofreram com seus maridos h algumas dcadas),

    as vivas (como sofreram com a morte do marido) e as com o mal de

    Alzheimer (que no sofrem, porque no sabem mais).

    O incrvel que a gente olha para uma velhinha e pensa que ela no

    saca mais nada. Que est apenas sentada ali na porta esperando o

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 89

    prprio enterro passar. Ledo e lerdo engano. Aquela que faz anivers-

    rio, com filhos, netos e bisnetos em volta. Olha ela l, na dela, sentada

    na cadeira, olhando o nada. Engana-se, minha filha. Ela est perceben-

    do tudo. Ela sabe o que est rolando na festinha da bisa. Sabe quem

    trai quem, quem deve pra quem, quem odeia quem, dentro de seus

    prprios descendentes. Mas ningum d bola pra ela.

    A mulher de oitenta a mais sbia das mulheres.

    Ela j teve 30, achando que sabia de tudo. Chegou aos 40 pensando: agora

    que eu sei. E a foi indo at chegar ali. Cada vez conhecendo mais o

    mundo e as pessoas do mundo. Quando v o Bush dizendo besteira na

    televiso, ningum lhe pergunta o que achou. Tm certeza que ela vai dizer

    bobagem. Mas se ousarem vo ouvir uma frase curta, perfeita, exata. Qua-

    se filosfica. As mulheres de 80 filosofam. Infelizmente ningum as ouve.

    Voc deve achar que uma velhinha no pensa em sexo. Imagina! Ento

    me diga em que idade ela parou, se sempre pensou cada vez mais,

    durante os 20, 30, 40 etc. Ser que chegou numa idade e ela disse para

    ela mesma: hoje vou parar de pensar em sexo? Negativo. Pensa, e

    muito. Tenho uma parente que morreu aos 87 anos se masturbando.

    Feliz e sem a menor culpa, apesar de ir todo domingo missa. Sbia,

    descobriu que o prazer no pode ser pecado. Deve estar no cu, a

    danadinha. Cantando os anjos com ou sem trombetas.

    Quanto quelas que tm o mal de Alzheimer (antigamente eram ape-

    nas caducas. Pioraram o nome e no arrumaram o remdio) no sabem

    o que est acontecendo no mundo. Sua mente no guarda nada do

    presente (o que tem l suas vantagens), mas se lembram do passado

    como se fosse ontem. Pergunte sobre o baile de debutantes, como foi

    que ela conheceu o marido dela, daquela famosa quadrilha, das fofocas

    familiares dos anos 30. Um dirio do passado vai invadir a sua cabea

    e seus olhos vo ficar brilhando.

    Ah, as mulheres de 80 com seus cabelos brancos, seus culos redon-

    dos, seu tero e sua caixinha de remdios. Sbias, filsofas, boas.

    Gente finssima.

    Fonte: www.marioprataonline.com.br

  • 90 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Matemtica e visagismo

    Voc j reparou que a matemtica est presente em tudo ao nosso redor, inclusive no corpo humano? Vamos re-fletir a respeito e decifrar esse enigma.

    Por volta de 1490, no sculo 15 (XV), Leonardo da Vin-ci desenhou o homem vitruviano, um homem com medidas perfeitas baseadas nos estudos do engenheiro, matemtico e arquiteto romano Marcos Vitrvio Polio.

    Esse homem no existe na realidade. Contudo, tanto o estudo de Vitrvio quanto o desenho de Da Vinci mar-caram o incio de uma preocupao esttica que procura reunir medidas perfeitas e simetria na busca de um ideal de corpo humano.

    Marcos Vitrvio viveu no sculo 1 (I) a.C. (antes de Cristo) e procurou apresen-tar a perfeio do corpo humano e suas medidas.

    Voc sabia?

    Leonardo da Vinci (1452-1519) mais conhecido como pin-tor e escultor, autor de um dos quadros mais famosos da histria, a Mona Lisa. Ele considerado um verdadeiro gnio. Foi tambm cientista, matemtico, engenheiro, in-ventor, arquiteto, botnico, poeta e msico.

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    Para um cabeleireiro, importante conhecer e analisar as medidas existentes no corpo humano a fim de realizar um trabalho mais harmonioso.

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 91

    Na dcada de 1930, surgiu na Frana um novo conceito na rea de beleza. Trata-se do visagismo. O termo foi criado pelo cabeleireiro e maquiador francs Fernand Aubry (1907-1976).

    O visagismo a arte de embelezar o rosto. Ele estuda as propores e os traos pessoais de cada um a fim de decidir a cor apropriada do cabelo em relao pele e cor dos olhos, bem como fazer um corte de cabelo de modo a valorizar os traos do cliente.

    O objetivo do profissional visagista estudar o rosto das pessoas e mostrar o que fica mais adequado a cada uma delas, respeitando suas caractersticas e traos pessoais.

    IMPO nmero escrito em forma de frao conhecido por nmero

    racional (p. ex.: 1/3, 1/10). Vamos entender esses nmeros? Quando estamos no mercado e

    pedimos 1/4 (um quarto) de queijo redondo, temos em mente um queijo cortado em 4 pedaos

    idnticos, dos quais compraremos apenas um pedao.

    Relembre os nmeros racionais em Fazendo as contas, no Caderno do Trabalhador 3

    Contedos Gerais.

    Propores do corpo e do rosto

    O homem vitruviano de Leonardo da Vinci traz uma srie de medidas baseadas em clculos matemticos. Observe novamente o desenho da pgina anterior. Agora, veja algumas dessas medidas.

    A distncia entre a linha do cabelo e o queixo 1/10 da altura do homem.

    A altura da orelha 1/3 da longitude da face.

    A distncia da linha do cabelo at as sobrancelhas 1/3 da longitude da face.

  • 92 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    O rosto tambm possui algumas propores interessantes. Observe abaixo o desenho de Philip Hallawell (2002). Se nos basearmos s no tamanho da altura do nariz, chegaremos concluso de que ele:

    um pouco menor que o espao entre a base do nariz e o olho;

    um pouco maior que a largura do olho;

    igual ao tamanho da distncia entre a base do nariz e o queixo;

    igual altura da testa;

    igual ao tamanho entre o centro e a lateral do rosto, na parte mais larga; e

    igual ao tamanho das orelhas.

    Como vimos, ter noo de matemtica essencial para a nossa vida.

    Conhecer propores o auxiliar, por exemplo, a escolher a melhor maquiagem para o tipo de rosto de seu cliente.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 93

    Atividade 2a ProPoro no CorPo humano

    1. Procure no dicionrio o significado de longitude. O que encontrou e qual dos significados ajuda a compreender as medidas de Vitrvio?

    2. Em duplas e com um pedao de barbante, verifiquem as seguintes propores.

    a) Mea com barbante a distncia entre a raiz do cabelo e o queixo de seu colega. Compare-a com a altura dele. Essa distncia corresponde a 1/10 da sua altura? Depois, seu colega repete o procedimento com voc.

    b) Mea com um barbante a altura da orelha do colega. Ela representa 1/3 da longi-tude da face? A seguir, ele mede a altura de sua orelha.

    c) Repita o procedimento para verificar se a distncia desde a linha do cabelo at as sobrancelhas 1/3 da longitude da face. O que voc encontrou? Por fim, seu colega verifica a mesma medida em seu rosto.

  • 94 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    d) Registrem aqui as concluses a que chegaram sobre as medidas. Por que essas medidas so importantes para um cabeleireiro?

    3. Agora, pegue uma foto de rosto de uma revista e com uma rgua monte um es-quema de propores como a figura apresentada anteriormente. Verifique se o tamanho do nariz:

    a) um pouco maior que a largura do olho;

    b) igual altura da testa; e

    c) igual ao tamanho das orelhas.

    4. Com base nesse esquema, podemos dizer que todos os rostos so iguais? Justifique.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 95

    A simetria

    Imagine uma ma cortada ao meio. Ela apresenta dois lados iguais?

    A isso chamamos de simetria: a semelhana entre duas metades.

    Olhe para um colega e trace uma linha imaginria, vertical, dividindo seu rosto em dois. Observe bem e responda: os dois lados so iguais?

    Assim como nosso rosto, o corpo humano simtrico, isto , tem dois olhos, um de cada lado; um lado do nariz semelhante ao outro, e assim por diante.

    Repare nos seus olhos. O olho direito igual ao esquerdo?

  • 96 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Simetria tem a ver com geometria

    Relembre o que viu no tema Arte e cotidiano no Ca-derno do Trabalhador 7 Contedos Gerais, que trata sobre a geometria, a parte da matemtica que estuda as formas. Preste ateno em especial na Unidade 3, que fala sobre as formas geomtricas.

    Para os profissionais de imagem e beleza, um conceito importante o ngulo.

    A geometria importante para que o cabeleireiro identi-fique o formato do rosto, pois, para cada tipo, voc de-ver usar uma estratgia diferente a fim de valorizar os traos do cliente.

    Conhecendo a composio do fio

    Se, por um lado, compreendemos os conceitos de cor fria e quente e percebemos qual a mais adequada para cada tipo de pele, por outro, precisamos acumular conheci-mento tcnico sobre as tintas e as formas de prepar-las e aplic-las.

    Em primeiro lugar, vamos recorrer ao estudo das cincias a fim de compreender a estrutura do fio do cabelo.

    No s nas formas que encontramos simetria. Ela tambm est presente nas palavras.

    Quando conseguimos ler a mesma frase nos dois sentidos, a chamamos de palndromo. A palavra estranha, mas o resultado divertido. Leia essas fra-ses de trs para frente e veja o que aparece.

    SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS

    ANOTARAM A DATA DA MARATONA

    A MALA NADA NA LAMA

    A TORRE DA DERROTA

    Voc sabia?

    DICAngulo a rea ou o ponto em que duas semirretas se encontram. Semirreta, por

    sua vez, a parte de uma reta que tem como limite um ponto.

    Fio

    Sebo

    Folculopiloso

    Glndulasebcea

    Superfcieda pele

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 97

    A clula a menor parte de qualquer organismo vivo (animal e vegetal). Ela to pequena, que s pode ser vista com o auxlio de um microscpio aparelho com lentes que ampliam a ima-gem de seres e objetos que no conseguimos enxergar com nossos olhos. O ser hu-mano formado por muitos trilhes de clulas.

    O cabelo dividido em trs partes:

    1. Cutcula Parte externa do fio (como se fosse a pele do cabelo). Serve de proteo contra influncias externas.

    Quando o sol, a poluio e o uso de produtos inade-quados maltratam o cabelo, a cutcula faz o fio perder o brilho e a maciez, causa pontas secas e duplas, torna o cabelo quebradio e provoca a queda dos fios.

    Isso porque ela no renovada da mesma forma que a pele humana. Para compensar o problema, existem produtos que agem como um protetor solar dos cabelos.

    2. Medula Parte interna do fio que funciona como um eixo central de clulas. Alguns tipos de cabelo, em es-pecial os crespos, muitas vezes no contm a medula.

    1. Cutcula

    2. Medula

    3. Crtex

  • 98 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    3. Crtex Parte do fio onde ficam os pigmentos (eumelanina/azul, feumelanina/amarelo e tricosiderina/vermelho), que determinam a cor natural dos cabelos de acordo com as diferentes propores das melaninas, indicadas numa escala de 1 a 10:

    3. CasTanho--esCuro

    8. loiro Claro

    4. CasTanho--mdio

    9. loiro muiTo Claro

    5. CasTanho--Claro

    10. loiro Clarssimo

    1. PreTo6. loiro esCuro

    2. CasTanho--esCurssimo

    7. loiro mdio

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 99

    A pigmentao dos fios pode ser alterada quando recebe a luz solar. Em razo disso, muito comum algum voltar da praia dizendo que o cabelo ficou queima-do de sol. Os raios alteram a colorao dos fios e, tambm por isso, importante que voc, como profissional, oriente seus clientes a usar produtos que protejam os cabelos dos raios do sol.

    Os cabelos normalmente ficam brancos com o passar do tempo, pois a formao dos pigmentos diminui por causa da interrupo da produo de melanina. Essa caracte-rstica provavelmente tem origem fisiolgica e gentica. Os cabelos brancos, em geral, tornam-se grossos e rebeldes porque a melanina substituda por bolhas de ar.

    Colorimetria

    Voc j ouviu falar de colorimetria? Trata-se da cincia que estuda a composio da cor dos cabelos e os fatores que a alteram.

    Esses estudos nos informam tambm que a percepo da cor diferente de pessoa para pessoa. Isso explica por que, s vezes, certas pessoas afirmam que tal cor verde e outras teimam ser azul. Por causa dessas diferenas que dize-mos que a percepo da cor subjetiva, ou seja, cada um pode ter uma viso diferente da mesma cor.

    Se quiser anular uma cor indesejada, seja em mechas, colorao ou descolorao, voc precisa ter conhecimentos de colorimetria. Veja, a seguir, uma tabela dos pig-mentos contidos em uma colorao.

    Colorao Pigmentos

    Dourada Amarelados

    Cobre Laranjas

    Cinza Azuis

    Acaju ou vermelha Da mesma cor

    Roxa ou violeta Da mesma cor

    Verde ou mate Da mesma cor

  • 100 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    A cincia das cores

    A cincia tambm nos ajuda a saber que cores podemos combinar para obter uma terceira cor.

    O ciano, o amarelo e o magenta so chamados de cores primrias, pois no so formadas pela mistura de outras (todas as demais cores que so derivadas delas).

    As secundrias, por sua vez, resultam da mistura de duas cores primrias. Por exemplo: o laranja tem origem na mistura do amarelo com o magenta, e o verde deriva da soma do ciano com o amarelo.

    Por fim, as cores tercirias so aquelas que surgem da mistura de uma cor primria com uma ou mais cores secundrias.

    cores quentes cores frias

    vermelho (secundria) verde (secundria)

    violeta (secundria)

    magenta (primria)

    amarela (primria)

    ciano (primria)

    laranja (secundria) verde+amarelo (secundria)

    magenta + violeta (secundria) ciano + violeta (secundria)

    vermelho + magenta (secundria) verde + ciano (secundria)

    A mistura de vrias cores ter sempre o preto como resultado.

    A cor castanha, muito co-mum em cabelos, a com-binao de amarelo, ver-melho e azul.

    Voc sabia?

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 101

    A leitura das tonalidades da colorao para cabelos

    Se voc j coloriu seus cabelos ou os de outra pessoa, deve ter percebido que para cada tom de tintura existe um cdigo numrico. Essas cores so agrupadas e identificadas por at 3 dgitos.

    O primeiro algarismo indica o tom da cor. O grupo dos tons loiros, por exemplo, o de nmero 10. O segundo nmero indica o reflexo principal (o mais visvel), e o terceiro informa o reflexo secundrio (mais discreto).

    Veja um exemplo: marrom claro dourado acobreado, cdigo 6.35. Esse nmero indica que a tonalidade, a cor predominante, marrom. Os demais dgitos referem--se aos reflexos a partir dessa base.

    Efeitos da tintura: o primeiro algarismo indica o tom da cor e o segundo, o reflexo principal

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  • 102 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Atividade 3Pesquisando na inTerneT

    1. Organizados em duplas, voc e seus colegas devem acessar os sites de fabricantes de tinturas para cabelos.

    2. Pesquisem as cores disponveis. Com o auxlio do mo-nitor, cada dupla estudar uma tonalidade e seus re-flexos primrios e secundrios.

    3. Compartilhem suas descobertas com a turma. O que voc e seu parceiro de dupla aprenderam sobre a cor das tinturas?

    hora de aplicar a tintura

    Vimos a composio fsica das cores e como cada fabri-cante lana novas coloraes de tempos em tempos.

    Agora chegou o momento de conhecermos as tcnicas para aplic-las nos cabelos.

    O sucesso da colorao capilar depende da condio dos fios. A evoluo tecnolgica desenvolveu produtos com pig-mentos de qualidade aditivados com protenas e substncias hidratantes que colorem sem provocar danos aos cabelos e, em alguns casos, at melhorando o estado dos fios.

    Faa um diagnstico dos fios de cabelo e do couro cabe-ludo do cliente antes de aplicar a tintura. Ou seja, obser-ve bem o cabelo e o couro cabeludo e faa uma anlise.

    Couro cabeludo Se apresentar vermelhido, irritao ou qualquer inflamao, no aplique nenhuma tintura.

    Espessura dos fios Quanto mais grosso o fio, maior deve ser o depsito de colorao sobre ele.

    Porosidade dos fios A porosidade refere-se condio das cutculas; quando danificadas, elas desbotam mais rapidamente, criando uma cor opaca (especialmente em cabelos avermelhados).

    Capilar: aquilo que rela-tivo ao cabelo.

  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 103

    Resistncia dos fios Os cabelos sem resistncia no conseguem fixar cor nenhuma e podem at se partir.

    Uma vez realizada a anlise dos fios, discuta com o clien-te a cor desejada.

    Outro fato que voc deve sempre verificar a quantidade de cabelos brancos existentes, pois isso influenciar a preparao da tinta.

    Veja as informaes abaixo.

    Se o cliente apresentar 1/3 dos cabelos brancos (30% imagine o todo do cabelo dividido em 10 partes; destas, 3 so brancas), voc poder utilizar uma cor que tenha um tom mais claro do que os cabelos naturais.

    DICALembre-se de que voc est

    manuseando substncias qumicas. Por isso, sempre

    necessrio perguntar se o cliente tem alguma alergia. Teste o

    produto no punho da pessoa antes de aplic-lo no couro cabeludo.

    Essa a chamada prova de toque, cujas instrues esto,

    geralmente, detalhadas na embalagem da tintura. Leia-as

    com ateno.

    IMPMulheres grvidas so mais

    sensveis aos produtos qumicos. Os mdicos aconselham evitar

    tinturas durante a gestao. Caso a cliente no tenha essa

    informao, converse com ela sobre o assunto. recomendvel que ela oua o mdico antes de realizar qualquer procedimento.

  • 104 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Cabeleireiro 1

    Como fazer?

    1. Devidamente vestido com luvas de silicone, avental e mscara, prepare a tinta conforme o efeito desejado. Para cada 100 mL de creme colorante, misture 150 mL de emulso oxidante.

    2. Coloque a capa impermevel no cliente.

    3. Passe o gel protetor no contorno do couro cabeludo, no esquecendo a nuca e as orelhas.

    1 2 3

    4. Divida os cabelos em quatro partes. importante que os fios estejam secos.

    5. Prenda os cabelos com clipes grandes ou piranhas.

    6. Inicie a aplicao da tinta pela rea com maior concentrao de cabelos brancos. Depois passe s outras mechas.

    4 5 6

    Se mais da metade dos cabelos (em torno de 60%) for branca, escolha uma cor igual ao tom natural.

    Se praticamente todo o cabelo for branco, aplique uma tonalidade mais escura que a cor natural.

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  • Cabeleireiro 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 105

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