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cabra e ovelha

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O futuro a Deus pertence ! Mas cabe a nós também fazermos a nossa parte...

editorial

Diretor/EditorRodrigo Antonio Rosso

Revista Cabra & Ovelha é umapublicação mensal da

C & G 12 - Comunicação e Marketing Ltda.

www.cabraeovelha.com.br

Telefone (PABX):(11) 3873-1525

Fax: (11) [email protected]

Diretor Responsável/Editor: Rodrigo Antonio Rosso

Reportagem:André Oliveira

Iara Siqueira (colaboração)

Marketing:Jackeline de Oliveira

Gerente Técnico / Promoção:Rafael Sene

Comercial / Publicidade:Gabriela CardozoNataliane PaivaMarco GouveiaMarilia Marques

[email protected]

Administração:Cissa de Carvalho

Circulação: Jairo Prates

José FaustinoMaria das Graças Santos

Projeto gráfico/diagramação:Rodrigo Martins / www.quack.art.br

Colaboradores:Rafael Fernando dos Santos

Hélio Carlos RochaDiomario Faustino Dias Barros

Guillermo Sanchez

Caderno Técnico:Edson Ramos Siqueira

Marina Gabriela Berchiol da SilvaGuilherme Mendes M. Franco de Arruda

Paulo Roberto de Lima MeirellesFrancielli Aparecida Cavassano

Luciana Helena Kowalski

Representante autorizado:Paulo Brandão

(Campo Dourado Representações)Fone: (11) 3749-1399

[email protected]

Tiragem:20 mil exemplares

Assinaturas:Cissa de Carvalho

Fone: 0800-772-6612Redação e Comercial:Caixa Postal: 60.113

CEP 05033-970 São Paulo - SP

É permitida a reprodução de qualquer artigo ou matéria publicada na REVISTA CABRA & OVELHA, desde que seja citada a fonte. * Os artigos

assinados não expressam necessariamente a opinião deste veículo, sendo assim, de responsabilidade exclusiva de seus autores.

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação;... Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação

por meio de Cristo.”2 Coríntios 1.3 e 5

A FEINCO, como sempre, foi um grande ponto de encontro e de material gené-tico. Mesmo já não sendo, a olhos vistos, o que já foi um dia em matéria de tamanho, glamour, número de expositores e visitantes, a mostra cumpre seu

papel e bem, fomentando bons negócios e sendo palco de importantes discussões. Os leilões, dentro da realidade de preços de hoje, foram bons e com liquidez. A FEINCO mudou... mas o mercado mudou. Ela só reflete o que aconteceu com a caprinovinocultura, ou seja, o “oba-oba” perdeu lugar e vez para o profissionalismo e para a produção. Só que a produção é volume e não visibilidade. É resultado e não vitrine. E a FEINCO tem como pano de frente a vitrine. É onde a pista prevale-ce. Onde a genética de ponta e os julgamentos tem destaque e não os projetos de produção, sejam eles de abate, leite ou lã. E como o perfil da feira é esse, com o mercado passando por essa mudança de rota natural, a FEINCO sentiu o impacto e paga o preço deste ciclo. Assim como nós das revistas especializadas também estamos pagando por isso. E temos todos que aguentar esse “rojão” ou jogar a to-alha – o que graças a Deus não é o nosso caso – e espero que não seja o caso de ninguém envolvido neste segmento tão rico, apaixonante e promissor. Temos que aguentar firme e continuar investindo e apostando no futuro deste que é, sem dúvida, um grande e rentável negócio. Porém, é um segmento que está sim passando por um reajuste de rota. E isso tem um preço. Isso tem um tempo... isso leva tempo !

Muitos rumores, em função dessa “vitrine” meio abalada da FEINCO 2012, surgiram du-rante a mostra esse ano. Tinha gente apostando que essa seria a última FEINCO, outros que o mercado acabou, enfim... o que não faltam são pessimistas de plantão ou gente para jogar lenha na fogueira e ver o circo pegar fogo. Só se esquecem que, se esse circo se incendiar e desmoronar, estamos todos dentro dele, inclusive os próprios pessimistas e falastrões. Só que, se a casa cair, caímos todos juntos... Mas, isso NÃO VAI ACONTECER !!!

E sabem porque ? Porque a caprinovinocultura é muito, mas muito maior do que tudo isso, do que qualquer rumor ou fofoca, pessimismo ou comentário maldoso.

Se haverá ou não FEINCO em 2013... se será ou não em São Paulo/SP... se por acaso acabar ou, se acontecer, mas se for totalmente remodelada e reformulada, enfim... aconteça o que acontecer no mercado, como já disse: o futuro a Deus pertence... E com certeza, no final, seja com ou sem FEINCO – e tomara que seja com ela - o setor e todos nós que fazemos parte dele acabamos nos encaixando e nos adaptamos a tudo isso, aconteça o que acontecer. O que não podemos fazer é entrar na sintonia do pessimismo ou de “achômetros”, que só nos prejudicam, e começarmos a tomar nossas decisões em cima de suposições. Quem morre de véspera é peru no Natal. E nós vivemos da caprinovinocultura... e não de criar peru, não é mesmo ?

Vamos viver 2012 em sua plenitude em nossa atividade. Vivendo cada dia de uma vez... acreditando sempre, trabalhando muito, com otimismo, apostando e investindo com a certeza de que estamos construindo uma fatia considerável e importante do agronegócio brasileiro. O resto, se ajeita !

Até a próxima edição !!!

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gestão

Ovinos elite e “animais de baia”

A ovinocultura de corte no Brasil está passando por um processo de profissionalização dos seus atuantes, devido à necessidade de se resolver um problema grave, e primário, da falta de mão-de-obra qualificada para

assumir as rotinas das propriedades.

O primeiro impasse acontece quando se busca funcioná-rios com experiência na atividade, e quando essa con-tratação é efetivada, uma seqüência de erros básicos de

manejo passam a afetar diretamente a viabilidade do negócio.O profissional da ovinocultura de corte se insere na pecuária

de forma tardia quando comparado aos profissionais de outras cadeias que produzem proteína animal. Apenas nas décadas de 80 e 90, quando despencaram os preços da lã e muitos produ-tores abandonaram a atividade, a ovinocultura brasileira mudou seu foco para a produção de carnes e peles (SILVA, 2002).

A recém chegada desses profissionais com essa “aptidão para corte” nos sugere um número “reduzido na oferta” dessa mão-de-obra, que acompanha o diálogo de quem está a campo. Faz-se importante também conhecer o “grau de capacitação” dessas pessoas e entender quais foram os principais influencia-dores nessa formação, podendo assim adotar medidas corretivas para que esse profissional possa atender as atuais perspectivas da sua atuação.

Os ovinos começaram a aparecer em exposições agrope-cuárias por volta da década de 70, com foco na produção de lã. Nas raças de corte, o objetivo era o melhor porte e peso e desde então, muitos animais foram comercializados por grandes valores e o ovino passou a ser vendido em leilões como animal de elite, sendo que um exemplar assim chegou a ser avaliado em mais de R$ 2 milhões, recorde mundial (Revista O Berro, 2009). Esse mercado de ovinos elite permanece até os dias de hoje, sendo o referencial na busca de genética a ser incorporada nos rebanhos comerciais, consequência do massivo marketing e modismo das raças.

Conhecendo esse histórico da ovi-nocultura de corte, a que nos remete a nossa realidade, podemos começar a enxergar com clareza qual foi o proces-so de capacitação e aprendizagem, no qual o profissional da ovelha foi mol-dado, e permanece até hoje em quase a totalidade das propriedades.

Em um rebanho de ovinos elite, seguindo os padrões brasileiros, en-contramos os “animais de baia”, tão temidos pelos ovinocultores que bus-cam resultados. Esses animais recebem essa denominação por serem criados em condições distintas das condições de um rebanho comercial, perdendo o foco do mercado no qual se destina. A suplementação constante faz parte do sistema de criação adotado nessas cabanhas e os insumos são inviáveis de serem utilizados em uma produção comercial (fenos e rações com altos padrões protéicos e energéticos). Por permanecerem confinados, os animais não participam do ciclo dos vermes helmínticos (pastagem). Seguindo esses sistemas de manejo, os animais rece-bem um tratamento diferenciado por parte dos funcionários, que auxiliam as fêmeas em partos (os animais são caros, possuem títulos, não se permite que o animal corra o risco de morrer) e demais atividades rotineiras, que ca-racterizam o “excesso de cuidados” como uma característica intrínseca na atividade.

é médico veterinário e consultor técnico.E-mail: [email protected]: www.dicaovina.com.br

a disseminação da cultura do “excesso de cuidados” para os profissionais da ovinocultura...

Rafael Fernando dos Santosé Zootecnista, Consultor Técnico e Diretor Presidente na CordeiroBIZ ConsultoriaE-mail: [email protected]

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Como o mercado de ovinos “elite” avalia o “embru-lho”, e não o real potencial desse animal em apresentar resultados efetivos no rebanho, essa carência de atributos precisou ser mascarada, assim, os compradores sentiriam o efeito das aquisições após as negociações finalizadas (compra). Como consequência, os resultados que esses animais apresentaram em suas propriedades comerciais não foram o esperado (desde falta de libido, definhamento, até a mortalidade), e na tentativa de amenizar as perdas, a cultura do “excesso de cuidados” passou a confortar funcionários e criadores, apesar da constante evasão da atividade, somada também a outros fatores.

O excesso de cuidados dos funcionários com os animais, em todas etapas do sistema de produção (cria, recria e engorda), precisa ser corrigido para evitar dois grandes problemas: desvio de função e impedimentos na seleção de animais superiores dentro do rebanho.

Um exemplo prático que podemos citar, encontrado comumente nas propriedades e que representa o “desvio de função”, ocorre na estação de nascimento de cordeiros. Quando identificado o abandono das crias pelas ovelhas, tradicionalmente os funcionários forçam a adoção desses cordeiros rejeitados no parto por outras matrizes e, caso esse manejo não apresente resultados, os cordeiros passam a ser aleitados através da mamadeira, evitando assim, na teoria, a mortalidade desses animais. Confortante, porém insustentável. O tempo desprendido por esse funcionário na realização desse manejo de reparação deve ser levado em conta !

Em uma criação comercial, onde o tempo é precioso, o funcionário precisa ter suas funções otimizadas. Seu foco de atuação deve ser bem definido, e quando se trata de modelos em eficiência, esses tipos de manejo não são permitidos.

Outra consequência dessa cultura é a impossibilidade de realizar um programa preciso de seleção genética do reba-nho, pois há constante interferência humana nos resultados apresentados pelos animais. Quando o cordeiro abandonado é adotado, ou aleitado artificialmente, ao sobreviver, passa a mascarar a carga genética que perpetuará no rebanho caso ele participe da reposição, ocasionando também a perma-nência de matrizes que não possuem habilidade materna.

O excesso de cuidados impede que animais de baixa resposta produtiva sejam descartados do rebanho, e quem está no dia-a-dia da fazenda é o funcionário, ele sendo negligente (não propositalmente), o conjunto de resultados da atividade será afetado.

Fica claro que os rumos da atividade influenciam di-retamente na qualificação dos profissionais envolvidos. A partir do momento que os ovinocultores adotarem novas tecnologias mudando a realidade da fazenda, principal-mente incluindo programas de melhoramento genético que adicionem rentabilidade ao negócio, haverá também uma pressão na seleção de pessoas capacitadas para assumirem o compromisso com os resultados buscados, colaborando assim com o desenvolvimento de atuais e novos profissionais que atendam a expectativa do mercado.

Uma solução imediata encontrada pelos ovinocultores foi a contratação de funcionários oriundos da cadeia lei-teira nacional, pois o manejo diário nessas criações molda um perfil atrativo para o setor, facilitando a aprendizagem do manejo do rebanho ovino, porém, essa prática não se mostra suficiente por si só. É preciso aceitar que a mão-de--obra é fator vital quando se quer controlar a mortalidade dos animais, aplicar novas tecnologias e realizar a gestão dos índices zootécnicos nos rebanhos. A capacitação dessa mão-de-obra deve ser permanente, e encarada como um investimento básico para o sucesso da atividade.

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carne

Mato Grosso terá mais um frigorífico para abate de caprinos e ovinos

Criadores de caprinos e ovinos de Cuiabá/MT e cidades próximas podem ser favorecidos com a inauguração de um frigorífico específico para abate

de caprinos e ovinos na capital matogrossense.

Em todo Estado, existem atu-almente apenas duas plan-tas frigoríficas capacitadas

para realizar o processamento desses animais, sendo uma lo-calizada em Alta Floresta/MT e outra em Rondonópolis/MT, con-forme informações da Associação Matogrossense dos Criadores de Ovinos (OVINOMAT). O Diretor tesoureiro da entidade, Antônio Carlos Carvalho, comenta que foi constituída uma cooperativa, in-

tegrando 27 criadores da Baixada Cuiabana, com o objetivo de inaugurar um frigorífico de abate de ovinos e caprinos em Cuiabá/MT. Escolha foi motivada pela proximidade com os consumidores, já que a Capital agrega maior quantidade de supermercados e restaurantes.

A inauguração da planta frigorífica, que ainda não tem data de abertura, não deverá demorar além de 2013, con-tribuirá para aumentar e consolidar o consumo interno da carne produzida no próprio Estado, reduzindo a importação do produto de outras regiões do país e baixando o custo do alimento ao consumidor final, pois atualmente 80% da carne ofertada nos supermercados da cidade vem de outros estados custando bem mais do que o valor cobrado em outros estados. O rebanho estadual de ovinos e caprinos é constituído por uma média de 1 milhão de animais, espalhados em 3 mil propriedades, e em Mato Grosso, a ovinocultura tem predo-minado nas pequenas propriedades, mas segundo Carvalho, é uma alternativa viável para aquelas maiores, associando a atividade à pecuária e agricultura.

O Centro-OesteA inauguração da nova planta de produção é um passo

a mais para converter o estado e a região nos grandes pro-dutores do país, uma expectativa que é bem mais que uma profecia, é uma realidade plausível. A região Centro-Oeste brasileira, que congrega os estados do Mato Grosso do Sul,

Mato Grosso, Goiás, além do Distrito Federal se caracteriza por uma área de 1.606.371,505 Km², com uma popu-lação de 13,26 milhões de habitantes (IBGE-2006), sendo a segunda maior região do Brasil em superfície territo-rial e também a região menos populosa do país, possuindo também a segunda menor densidade populacional, perden-do apenas para a Região Norte neste quesito. Possuidora da maior área com potencial agropecuário do Brasil (e uma das maiores do mundo), o Centro-Oeste é considerado um dos responsáveis pelo Brasil ser a maior potência do agronegó-cio internacional na atualidade.

No estado do Mato Grosso, espe-cificamente, acompanhando a notí-cia do lançamento da nova unidade frigorifica, os produtores de ovelhas e carneiros pretendem aumentar em 400% a produção em poucos anos, e a perspectiva é de que o estado passe dos atuais 1 milhão para aproximadamente 5 milhões de cabeças, visando apenas que a região dê conta de abastecer suas próprias necessidades e do Distrito Federal, pois o Centro-Oeste tem um potencial imenso de crescer apenas com a demanda interna do Distrito Fe-deral, com 2,6 milhões de habitantes e do estado de Goiás, com 5,9 milhões de habitantes, as duas regiões mais po-pulosas do Centro Oeste. Contato: (11) 7640-3101

ID 55*89*8215 www.portoreserva.com.br

N o s s o m u i t o o b ri g a d o à t o d o s q u e p re s t i g i a ra m a Porto Reserva na FEINCO 2012

Mais uma vez, a Porto Reserva mostrou a força de sua genética nas pistas de

julgamento e confi rmou seu valor nos leilões da FEINCO.

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trabalho, dedicação, investimentos e sobretudo,

amor à criação.

Nossos mais importantes prêmios continuam sendo

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Fazendo a coisa certa!

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A produção de leite ovino

leite

Os primeiros ovinos leiteiros introduzidos no Brasil vieram da França no ano de 1992, importados através da Cabanha Dedo Verde, localizada no

município de Viamão, no Rio Grande do Sul. A raça esco-lhida foi a Lacaune. Mais tarde os produtores de Santa Ca-tarina introduziram a raça Milchschaf, a partir do Uruguai.

A França possui uma longa tradição na produção de queijos a partir do leite bovino, caprino e ovino e suas dife-rentes combinações. No período de verão chega a produzir 270 tipos diferentes de queijos, e no inverno 360 tipos, variação que ocorre em função do tipo de alimentação des-tinada aos animais, a qual influencia no sabor do queijo. O

queijo Camember é o queijo fran-cês mais famoso no mundo, assim como o queijo Roquefort, é co-nhecido como o rei dos queijos.

Roquefort está localizado no sul da França, na re-gião de “Averon ou Avenon”, e

está a 650 Km de Paris. A localidade de Roquefort tem aproximadamente 800 habitantes, e foi um en-treposto comercial, e neste local há um pare-dão de pedra chamado “chapada de Combalu”. Roquerfort significa ro-cha forte.

A casa de Roquefort é uma caverna que fica a 15 m abaixo da superfí-

cie, na “cave” onde a tem-peratura é de aproximada-mente de 10 ºC, e onde são produzidos de forma artesanal 230.000 Kg de queijo Roquefort por ano. A fabricação do queijo em Roquefort envolve cerca de 1.400 pessoas, sendo o mesmo considerado um patrimônio coletivo desta região.

Conta a história que um pastor levou seu rebanho para o campo, e como de costume, o seu alimento era um pão com queijo de ovelha. Diz a lenda, que o pastor viu uma pastora, deixou o pão com o queijo em uma cave, e saiu atrás da pastora. Alguns dias após, ao retornar para buscar o pão, observou que o queijo tinha tomado uma coloração azulada em função da presença de um fungo, que mais tarde ficou conhecido como “Penicillium roqueforti”. Diz ainda a lenda, que o pastor trocou a garota pelo queijo. Hoje são 2.300 produtores explorando um rebanho de 350.000 ovelhas.

A produção de leite ovino é uma atividade familiar, sendo que muitas delas foram iniciadas séculos atrás e continuam até hoje através dos descendentes destas famílias. Como a alimentação das ovelhas é o fator mais importante, no inver-no os animais são estabulados e recebem feno composto de cevada e uma complementação com trigo. O auge da lacta-ção ocorre nos meses de janeiro, fevereiro e março. Como o leite não é pasteurizado para a produção do queijo, há um rígido controle de qualidade através da coleta individual de sangue dos animais para exame de brucelose. São rea-lizadas duas ordenhas que dura de 2 a 3 minutos/ordenha, uma pela manhã e outra pela tarde com uma produção de 1,5 litros/ovelha. Na França são produzidos 180 milhões de litros de leite ovino por ano, no entanto, há o subsidio do

- Parte 1 -

Exemplares de ovelhas da raça Lacaune - Cabanha Chapecó/SC.

Exemplares de ovelhas da raça Milchschaf (Milk Sheep Friesian) - Cabanha Chapecó/SC.

Sala de ordenha planejada e com equipamentos modernos são fundamentais para a qualidade do leite ovino produzido – Casa da Ovelha (RS).

Hélio Carlos Rochaé Engenheiro Agrônomo, Doutor em Produção Animal e Professor da FAMV/UPF.

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leite

governo, que pode chegar até 15% da renda bruta da fa-zenda.

Outro aspecto importante para viabilizar a produ-ção de leite ovino foi o trabalho de melhoramento ge-nético realizado nas ovelhas Lacau-ne, pelo Instituto Francês de Pes-quisa Agronômica (INRA), semelhan-

te a EMBRAPA, que elevou a produção de 80 litros de leite na década de 1960 para os atuais 300 litros/ano.

Para a produção do queijo Roquefort é utilizado leite ovinos, fermento lácteo, coalho e fungo. Após 2h30min., a massa é cortada em cubos e separado o coalho do soro, que irá formar o queijo, neste momento a massa vai para a sala de gotejamento por dois dias. Com a massa na embalagem é realizada a salga 3 dias após, com sal marinho natural. Com 12,5 litros de leite ovino são produzidos 4,5 Kg de queijo, um rendimento de 36%. Após esta etapa o queijo vai para as cave sofrer o processo de maturação.

Na maturação, a massa do queijo é perfurada por 48 agulhas, cujo objetivo é oxigenar a massa para o desenvol-vimento do fungo. Por este motivo o queijo não pode ser prensado, pois nestes orifícios há a troca de oxigênio e gás carbônico, o que favorece o “Penicilliun” e a maturação do queijo.

Na “Catedral do Roquefort” é o local onde o queijo per-manece no mínimo duas semanas e no máximo 25 dias, e após é embalado para retirar o ar e sofrer outra maturação.

No Brasil, o primeiro laticínio com inspeção e benefi-ciamento do leite ovino foi a Confer Alimentos, empresa ligada à Cabanha Dedo Verde, que processa 50.000 litros de leite, produzindo queijos Feta e Roquefort. Conta com um rebanho de 1.100 animais da raça Lacaune e adquire leite ovino de Santa Catarina para atender a sua demanda.

O segundo laticínio a processar leite ovino foi a Casa da Ovelha, localizado em Bento Gonçalves/RS, na Serra Gaúcha, e inserida no roteiro turístico Caminhos de Pedra. Com rebanho próprio e de mais 3 produtores da região, somam juntos 750 ovelhas, produzindo aproximadamente 100.000 litros de leite por ano. Todo o leite é destinado à fabricação de iogurtes, doce-de-leite e queijos tipo feta, pecorino toscano e ricota. Este sistema de associação com produtores possibilita organizar a cadeia do leite ovino, pois enquanto estes recebem o material genético, o programa de

A ovelha acessa o canzil e obtém a suplementação de ração de forma automática. O tempo de ordenha é de 3 minutos – Casa da Ovelha (RS).

Queijo tipo Pecorino Toscano produzido com leite ovino em processo de maturação – Casa da Ovelha (RS).

acasalamento, parte da alimentação e assistência técnica, a Casa da Ovelha recebe e beneficia todo o leite produzido. A alimentação é baseada em silagem de milho, ração, feno e pasto. O sêmen fresco é proveniente de carneiros da Casa da Ovelha e a inseminação artificial é em tempo fixo. Com quatro períodos reprodutivos ao longo do ano é possível diminuir a estacionalidade na produção de leite e diminuir as variações no teor de gordura e de proteína ao longo da lactação, que dura em torno de 150 dias.

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Apoio:

Com os pés fincados no norte e nordeste

Acompanhando essa nova fase da nossa atividade no Brasil,

onde as bases estão mais firmes, demonstrado pelos inúmeros projetos de pro-dução de carne de cordeiro e de cabrito, assim como a estruturação da cadeia do leite e derivados, e o bom momento da produção de lã. Isso tudo gera estabili-

dade ao nosso setor, gera crescimento e demanda por animais comerciais de alta produtividade, fortalecimento da comerciali-zação de animais melhoradores e de alta performance genética, alavancando serviços e comercialização de produtos.

A caprinovinocultura está mais forte. Está produtiva. E em ple-no crescimento com fatias de mercado para serem conquistadas dia após dia, com muito trabalho, perseverança e persistência, e principalmente, amor pelo que se faz.

E é neste sentido, neste cenário, com esse pensamento, que a Revista Cabra & Ovelha a partir de agora faz mais uma aposta investindo no sucesso e no futuro da caprinovinocultura. Estamos expandindo nossos horizontes, ampliando nossa atuação por todo Brasil, com o aumento da nossa equipe de trabalho e deixando a publicação ainda mais ativa nos 4 cantos do Brasil.

Por uma necessidade de mercado e estratégia de atuação, é com muito orgulho que trazemos a notícia para nossos amigos criadores, parceiros, anunciantes e leitores, que a Revista Cabra & Ovelha está montando uma filial na região do abençoado Rio

A Revista Cabra & Ovelha inicia 2012 em plena expansão, com crescimento de suas atividades e ampliação de mercado, seguindo os

passos da ovinocaprinocultura nacional.

Rafael Seneé Médico Veterinário e Gerente da Revista Cabra & [email protected]

pé na estrada

São Francisco... Já estamos na cidade de Juazeiro, no estado da Bahia, de onde aliás, já estou escrevendo essa notícia. Juazeiro/BA faz divisa com a bela cidade de Petrolina, no estado de Pernambuco... as duas cidades são ape-nas divididas por uma ponte. A região é privilegiada e no centro geométrico da região Nordeste do país, viabilizando assim, nossa atuação e presença cada vez maior na região, tanto nas proprie-dades como participando nos eventos que acontecem, principalmente pelo interior do Nordeste.

uma nova fase para a Revista Cabra & Ovelha e o Projeto Pé na Estrada !!!

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pé na estrada

Essa localização estratégica otimizará ainda mais o nosso trabalho, que já realizamos no ano de 2011 com o Projeto Pé na Estrada, onde mais de 80% dele foi focado nas regiões Nordeste e Norte do Brasil.

Agora, com nosso escritório em Juazeiro/BA, ou Petro-lina/PE (ainda estamos procurando local para nos sediar fisicamente), a região Norte-Nordeste ficará mais ainda sob minha responsabilidade e cuidado, pois estou me mudando para a região e vou me dedicar pessoalmente à essa expansão de nossas atividades, cobrindo os eventos, ampliando os contatos com os criadores e empresas da região, levantando e fomentando notícias, informações e curiosidades da caprinovinocultura das regiões Norte e Nordeste. Se era isso que nossos amigos e parceiros diziam que “faltava” para a Revista Cabra & Ovelha conquistar de vez o grande universo da caprinovinocultura brasileira, então pronto. Agora não falta mais... estamos com os pés no Norte-Nordeste !!!

A sede oficial da Revista Cabra & Ovelha continua em São Paulo/SP, com a nossa equipe que ficará responsável pela atuação nos estados das regi-ões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, da mesma maneira como sempre foi, cobrindo eventos e a troca de infor-mações e notícias para todo o País. Só que agora, es-tamos dividindo as funções e as responsabi l ida-des, focando o Norte-Nordeste com a atenção e a dedicação que ele merece, com uma equipe só para atender a re-gião e sediada no coração do Velho Chico.

Dessa maneira, pensamos estar realizando uma integra-ção maior ainda entre todas as regiões, ajudando a fazer cada vez mais forte a ovinocaprinocultura de todo o Brasil.

Com este novo projeto, a Revista Cabra & Ovelha evi-dência ainda mais a sua tendência e predisposição em ser a “revista brasileira da ovinocaprinocultura”, indepen-dentemente da região. Não somos do “sul”, como muita gente ainda insiste em dizer... não somos do “norte”, do “centro-oeste”... somos uma publicação NACIONAL. Somos em prol da atividade da caprinovinocultura, sem defender região, credo, raça, sistema de criação... nossa obrigação é levar INFORMAÇÃO aos leitores.

Somos uma revista que anda lado a lado com o pro-dutor rural, feita sobretudo por brasileiros, apaixonados e atuantes na atividade das Cabras e das Ovelhas do nosso Brasil. Por isso fazemos questão sempre de enfatizar o nosso já velho e conhecido jargão: Somos seus Parceiros de Verdade !!!

Agora, mais do que nunca é Pé na Estrada... nos veremos – e muito – por aí !!!

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Cientistas clonam primeira cabra que produz lã de alta qualidade !

Um anúncio da comunidade científica realizado no mês de março pode significar um novo momento para a pecuária laneira da Ásia Central. Foi divulgado que cientistas indianos clonaram, com sucesso, pela primeira vez, uma cabra que

produz a lã pashmina, uma fibra de altíssima qualidade e elevado valor, muito apreciada para a confecção de roupas e acessórios e que se tornou uma febre no

mercado da moda a partir da década de 1990.

Batizada de Noori, “Luz” em árabe, a fêmea nasceu saudável no dia 9 de março em um laboratório de um cen-

tro de pesquisas da Sher-i-Kashmir University, uma instituição de ensino superior situada no estado de Jammu & Kashmir, e com sede na cidade de Shalimar, no estado de Srinagar, especializada em desenvolvimento genético

em ovinocaprinocultura e em sericultura (produção de bichos-da-seda).De acordo com uma nota da universidade, um embrião foi implantado e se desen-

volveu no útero de uma outra fêmea, que funcionou como uma “mãe de aluguel”, depois de um desenvolvimento técnico e científico que durou de cerca de 2 anos e estabeleceu os protocolos reprodutivos bem sucedidos. Após consolidado, este protocolo poderá representar um alento para os produtores de fibras nobres, pois pelos métodos de tecnologia da reprodução como a IA e TE, será possível difundir essa genética por um maior número de animais.

Famosa pela lã, a Capra Hircus é encontrada na natureza na região do Himalaia e fornece as fibras responsáveis pela lã do tipo cashmere e pashmina. As duas fibras são raras e caras devido a suas propriedades de maciez, suavidade e capacidade térmica, e tecidos com esta composição, mesmo que em mesclas, são caríssimos, e associados a fibras de seda formam um dos tecidos mais procurados e valorizados do mundo.

A lã pashmina tem uma capacidade de fixação de tinturas muito boa, o que lhe possibilita ainda mais diferenciação comercial e sua única fonte é esta espécie, natural da região da Cashemira e do Nepal, e que também é mantida em criatórios da Mongólia e da China, que importaram animais e realizam a multiplicação dos rebanhos por métodos tradicionais. A produção mundial das duas fibras gira em torno de 15 a 20 mil toneladas ano e a China é o maior fornecedor mundial com 10 mil ton, seguida da Mongolia com 3 mil toneladas de produção.

As dificuldades produtivas indicaram o rumo das pesquisas, pois a tosquia dos rebanhos naturais da região da Cashemira vinham proporcionando cada vez me-nos fibras (que é na verdade o sub pelo de inverno das cabras) e estavam sendo feitas com cada vez mais dificuldade uma vez que a produção média por animal é de 85g a 220g de material processável. As possibilidades da pesquisa indicam a formação de rebanhos privados e o repovoamento das regiões mais afetadas com

a redução do número de animais, pois a reprodução natural dos rebanhos nativos tem sido cada vez menor ano a ano, por diversos fatores, e isso tem sido um problema para a economia local, tradi-cionalmente dependente da espécie. Os valores compensam o esforço. A lã cash-mere e a pashmina são as maiores fontes de receitas das regiões citadas e geram US$ 78 milhões ao ano para a região da Cashemira controlada pela Índia, e uma única manta de alto padrão pode chegar a custar US$ 200 dólares.

O líder do projeto, o pesquisador Riaz Ahmad Shah, coordenou os trabalhos junto com seis outros cientistas e suas respectivas equipes de apoio, e para che-garem a este resultado desenvolveram uma técnica própria de manipulação que usa uma boa dose de habilidade manual para manipulação do material genético, com o uso de microscópios e instrumentos de laboratórios.

A cabrinha Noori nasceu com 1,3 Kg, cresceu saudável e em pouco tempo che-gou a 5 Kg, com muita disposição. Ela faz parte de um programa mais amplo que prevê, em poucos meses, a produção de algumas dezenas de cabras clonadas no laboratório localizado em Alastaingh, conforme afirmou um pesquisador da instituição. Grandes esperanças estão depositadas neste projeto que, se bem sucedido, significará muito para os cria-dores da região.

lã14

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Cão de pastoreioDurante séculos, os cães dos pastores serviram o seu mestre com muito pouco reconhecimento. Foi a introdução dos primeiros concursos de

pastoreio, que tiveram lugar no País de Gales, em outubro de 1873, que mostraram esta raça aos olhos do público.

cães de trabalho

Diomario Faustino Dias Barrosé presidente da APPas - Associação Paulista de PastoreioSite: www.appaspastoreio.com

Uma ferramenta de trabalho eficiente !!!

Ao longo dos anos, a popularidade da raça como ajudan-te do pastor foi aumentando rapidamente, juntamente com a indústria da lã e a evolução da ovinocultura no

mundo. À medida que mais e mais pastores tinham mais e mais rebanhos, tornou-se impossível a pastores solitários cuidarem dos seus rebanhos sem ajuda. Por volta de 1800, os cães da raça Border Collie tinham-se tornado uma visão normal nas fazendas inglesas

Cada vez mais os cães assumem um lugar de importância na vida do homem. Os cães pastores, além de serem compa-nheiros, colaboram no manejo dos animais, tanto na pasta-gem como no curral de manejo, aumentando a eficiência do

trabalho e diminuindo significativamente o custo de produção nas propriedades pastoris. A utilização de

cães de pastoreio é vista nos maiores e mais efi-cientes locais de criação de ovinos e caprinos

no mundo, como: Europa, Austrália, Nova Zelândia, USA, Canadá etc, dispensando assim a preocupação e discussão se esta ferramenta fun-ciona ou não, pois já é considerada

uma tecnologia conhecida e bem dominada em todo mundo.

No Brasil...A história do cão de pas-

toreio no Brasil é recente, a partir de então, a raça Bor-der Collie não parou mais

de crescer, pecuaristas e criadores se apaixonaram pelo serviço dos cães de pastoreio, se organizaram, fizeram ou-tros cursos, trouxeram outros treinadores estrangeiros de renome e também mais novos cães para o Brasil, formando assim no país um plantel de nível internacional.

Hoje no Brasil temos um grande es-paço para evolução dos cães de pasto-reio no manejo de ovinos e caprinos, e outros, pois esta ferramenta facilita e potencializa nossa mão-de-obra do campo, que está cada dia mais rara e mais cara. Precisamos ter um número menor de funcionários, mas melhores qualificados e munidos de ferramentas adequadas para realizarem um trabalho eficiente e de baixo custo, transformando essa atividade em rentável e competi-tiva, isto não é só mais um modismo entre tantos que sempre assolam nossa atividade rural, mas sim uma tecnologia consolidada no mundo todo a séculos, e que vem crescendo no Brasil exatamente por sua eficiência e economia.

Vamos fazer uma projeção simples de um exemplo que temos em Cássia/MG, Fazenda Palmital. Lá eram 6 vaquei-ros para fazer o rotacionado de 3.000

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vacas paridei-ras, que há 7 anos foram introduzidos cães de traba-lho. Resultado: baixaram para 3 vaqueiros e 2 cães por va-queiro.

Se colocar-mos um vaqueiro com salário e encargos trabalhistas, eles custam no mínimo R$ 1.500/mês x 3 = R$ 4.500/mês x 12 = R$ 54.000/ano x 7 anos = R$ 378.000 ! Isso em uma fazenda de bovinos em que esta raça foi adaptada. Imagine sua economia em uma fazenda de ovinos e ca-prinos, onde ela foi realmente selecionada e aprimorada há séculos para fazer esse serviço ?

Neste país temos grandes rebanhos de ovinos na região sul, como a grande população de ovinos e caprinos no nordeste, e não podemos esquecer o avanço da ovino-cultura e também da caprinocultura nas outras regiões do Brasil nos últimos anos, como sudeste e centro-oeste, ampliando assim a área geográfica de atuação. É só uma questão de tempo para que os cães sejam uma realidade nas propriedades rurais, fazendo parte integrante da pai-sagem e da vida de nosso homem do campo.

A eficiência destes cães depende de alguns fatores: uma boa implantação para cães de pastoreio é um sistema com cerca elétrica, o rebanho tem que estar acostumado com esta ferramenta, pois boa parte de nossos rebanhos são traumatizado com ataque de cães, lobos etc. Tem algumas metodologias simples, que facilitam e muito a implantação destes cães nas propriedades. Outra coisa muito impor-tante é a qualidade genética, 85% de um cão de pastoreio está dentro dele, no seu DNA, por isso é muito importante antes de adquirir um cão de pastoreio, que estude bem e sempre compre de criadores comprometidos com a seleção funcional do cão de trabalho, e criadores que te dão garantia real que seu cão vai trabalhar !

Cão de pastoreio... um dia você ainda vai ter um !!!

cães de trabalho notas

RepRODutORes DA AltA GenetiCs sãODestAques nA FeinCO 2012

A bateria de reprodutores de ovinos e caprinos da Alta Genetics se destacou nos julgamentos durante a IX Feira Inter-nacional de Caprinos e Ovinos (FEINCO), realizada entre os dias 12 e 16 de março de 2012. A qualidade dos carneiros e bo-des, que encontram-se alojados na central para coleta de sêmen, tiveram por meio de suas progênies comprovação do alto desempenho genético passado de geração a geração. No total foram mais de 45 premiações, entre campeões e reservados campeões. Acompanhe:

Dorper: Interlagos Ravi (Grande Campeão) e Calil 01 Biju (Reservado);

White Dorper: DCV 1721 Freddie foi o Reservado Grande Campeão, seu filho DCV 2831 consagrou-se Grande Campeão, e sua progênie foi a Campeã Adulta;

Santa Inês: Di Lari Urucum mais uma vez se destacou com sua filha São Gonçalo Alegria, como Grande Campeã. O carneiro Bola de Fogo, pelo segundo ano consecutivo teve um filho Grande Campeão do evento, desta vez o Agropecuária Varrela 1253.

Nos caprinos não foi diferente. O macho Axé do Paraguassú premiou, entre outros,o Reservado Grande Campeão da feira

pROjetO De OvinOCultuRA eMjúliO De CAstilhOs/Rs

A cidade de Júlio de Castilhos/RS é objeto de um projeto de pesquisa com a parceria da Associação de Municípios da Região Centro e grupo de pesquisas em agronegócios da Uni-versidade Federal de Santa Maria/RS, que visa analisar a cadeia produtiva de ovinos na região central do Estado. Além de Júlio de Castilhos/RS, também recebem o projeto os municípios de São Sepé/RS, São Martinho da Serra/RS e Santiago/RS. O projeto tem o objetivo de diagnosticar os entraves e as potencialidades do setor com o intuito de fortalecer toda cadeia produtiva de ovinos na região. Foram visitadas quatro propriedades e dois abatedouros em Júlio de Castilhos/RS. A partir daí, ocorreu le-vantamento de dados e foi feito um diagnóstico. O material foi apresentado nesta quarta-feira, dia 21, pela manhã, no Centro

Administrativo, para um público composto por produtores e membros da EMATER e de abatedouros. No encontro foi discutida a parte socioeconômica, contábil e de ma-nejo. O projeto identificou que as maiores fraquezas no município são a organização e comercialização da cadeia produtiva de ovinos. Foi identificado grande potencial e grande interesse por parte dos produto-res. Júlio de Castilhos/RS possui, há cinco meses, um núcleo composto por mais de 10 integrantes, para realizar o trabalho que precisa ser feito para alavancar a cadeia

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Ainda seremos exemplo... temos muito a caminhar na atividade !

leilões

Guillermo Sanchezé leiloeiro e presidente do Sindicato Nacional dos Leiloeiros Rurais

Meus amigos, a FEINCO - Feira Internacional de Caprinos e Ovinos, chegou à sua nona edição. Este ano todos perceberam que ela ficou menor,

mas importante ressaltar que não ficou pior. O espaço físico diminuiu, mas a qualidade dos animais aumentou. Acho que ficou mais agradável. Logicamente que a preocupação rondou todos os espaços da feira. A pergunta que mais escutávamos nos corredores é se a FEINCO iria acabar.

Sei que no ano passado este temor já ficou no ar, pois até o final de novembro muita gente afirmava que a FEIN-CO 2012 não aconteceria, e isso acabou tornando-se um fator negativo para o evento, pois além do desestimulo ao produtor e toda a cadeia, acho que muitos criadores e empresas não se prepararam para a feira. Conversei com vários amigos que não sabiam que a FEINCO estava con-firmada, por exemplo.

De qualquer maneira, ela ressurgiu com toda a sua im-ponência e beleza para a alegria dos criadores de caprinos

e ovinos. Tivemos a parti-cipação dos grandes cria-dores do país. Os eventos paralelos foram prestigia-dos, a Cozinha Interativa

Savana, organizada pelo competente Robson Leite estava sempre cheia, nos julgamentos, como sempre na hora dos grandes campeona-tos muita gente ao redor da pista para escutar o veredito dos juízes. Mais de 3.000 mil animais foram expostos. Du-rante os 4 dias da fei-ra, tivemos leilões das raças Dorper, White Dorper, Santa Inês e Anglonubiano, com faturamento próximo de R$ 1,5 milhão. Ju-ízes internacionais mais uma vez fizeram um trabalho brilhante, assim como os brasileiros, e ressaltaram a qua-lidade dos animais nacionais que estão entre os melhores do mundo. O maior número de animais em julgamento foi das raças Dorper e White Dorper, com cerca de 800 produtos. A raça Santa Inês colocou em pista 300 animais para avaliação dos juízes.

A FEINCO, desde o começo, veio para ficar. Foi con-cebida para ser a melhor mostra da ovinocaprinocultura das Américas. Tenho absoluta certeza que o mais difícil é fazer um nome e consolidar uma exposição e a FEINCO conseguiu ! Portanto, as correções de rumo, os ajustes de-vem ser feitos, mas coloquem no seu calendário que em março de 2013 estaremos nos vendo na sua 10° edição, uma FEINCO renovada e espetacular como sempre foi ao longo destes anos.

Tive a oportunidade de conhecer em Paris, o Sa-

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19leilões

lon International deL’agriculture, que aconteceu de 25 de fevereiro a 4 de mar-ço, e fiquei impres-sionado com o setor destinado aos ovinos e caprinos nesta mos-tra. Primeiro, pela di-versidade das raças, muitas que eu nem

conhecia. Ovinos destinados para a produção de carne, lã ou leite. Estavam lá os criadores que mostravam toda a cadeia produtiva da atividade. O produtor de ovinos de leite estava em um espaço onde suas ovelhas eram mostradas nas baias, depois em outro espaço eram ordenhadas mecani-camente, e no mesmo lugar sua pequena “loja” de queijos estava ativa, mostrando todo o processo de produção, e no final, os produtos estavam prontos para você consumir e comprar. A mesma metodologia estava sendo empregada para as ovelhas de lã, onde em determinada hora via-se a tosquia dos animais e depois como era feito o processo de produção de um pulôver, por exemplo, e ao lado havia uma loja com todas as peças que foram feitas com a lã do carneiro. E para as raças produtoras de carne, no stand havia

uma geladeira expositora que levava a marca do criador, com a raça do animal e de lá você podia comprar um carré da melhor qualidade.

O importante desta mostra e ver toda a cadeia fechada e produzindo. Em nenhum momento percebe-se o abandono ou desamparo ao produtor, principalmente com políticas governamentais para manter o homem no campo, e este criador sabe que o seu borreguinho será o fornecedor do produto final na escala produtiva da propriedade.

Tenho certeza que com a genética utilizada em nossos rebanhos, com a competência do criador nacional e com o apoio governamental (que falta, e muito) seremos um exemplo no mercado mundial.

Um grande abraço a Todos !

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notas

nOviDADe nA RAçA sOinGAA raça ovina Soinga vem se destacando por sua

abordagem inovadora de ações, que buscam mostrar os grandes diferenciais da raça em relação às outras opções do mercado. Como resultado desta visão é com muita satisfação que os criadores anunciam a criação da “BOUTIQUE DO CORDEIRO SOINGA” !!! Uma loja na qual é possível encontrar mais de

25 tipos de cortes de carne de cordeiro Soinga, além de carne bovina da raça “Angus” maturada, vitelo de Búfalo, carne su-ína “Special Line”, aves, queijos, peixes, vinhos, crustáceos e especiarias, entre outras atrações. A Boutique fica no bairro de Lagoa Nova, em Natal/RN. Vale à pena conferir !

ARCO iniCiA ReGistROs DA RAçA DOhne MeRinOA ARCO foi autorizada pelo Ministério da Agricultura, através

da Portaria nº 0090 de 14 de fevereiro de 2012, a realizar o regis-tro genealógico da raça Dohne Merino. A raça rústica, de dupla aptidão, teve origem na África do Sul, através do cruzamento das raças Merino Pepin e Merino Alemão. A seleção, iniciada em 1970, foi realizada baseada em testes de performance, provas de progênie e registro de produção, sendo hoje uma das raças laneiras líderes na África do Sul e de notável crescimento, tam-bém na Austrália. Entre as principais características estão, sua grande fertilidade (110% - 150%) juntamente com altas taxas de crescimento dos cordeiros (350g por dia até o desmame) fazem do Dohne Merino um eficiente produtor de carne. Os cordeiros

para abate atingem no mínimo 40 Kg entre 4 e 6 meses de idade, o peso das ovelhas varia de 55 a 65 Kg e produzem de 4 a 6 Kg de lã de alta qualidade, com 19 a 22 micras. Outra importante característica da raça Dohne Merino é a sua adaptabilidade, sendo uma raça rústica vinda de uma região de chuvas de verão e pastagens nativas, adaptando-se a várias condições climáticas e ambientais, desde sistemas intensivos de produção até regiões áridas extensivas. Ressaltando-se o fácil cuidado, pois é uma ovelha sem rugas e com a cara totalmente isenta de lã, resistente ao rompimento e coloração amarela nas fibras.

pARAíbA: estiMulAnDO CRiAçãO De CApRinOs entRe As FAMiliARes De uMbuzeiRO

A região de Umbuzeiro/PB, que tem vocação para a pecu-ária bovina de corte e leite, agora se prepara para avançar na caprinocultura como mais uma alternativa destinada ao favore-cimento da agricultura familiar. É um trabalho que o Governo do Estado está estimulando por meio da EMATER Paraíba, empresa vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP), a partir da tecnologia pesquisada pela Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (EMEPA). O pla-nejamento consiste em agregar valores a caprinocultura de leite na região, aproveitando seu grande potencial para a pecuária, existindo a possibilidade de instalar uma fábrica de produção de queijo. O que tem animado os criadores é justamente a certeza do mercado para o leite, por meio do Programa Leite da Paraíba. Em março, um grupo de 15 agricultores familiares

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21notas

das comunidades de Alecrim, Sipaúba de Baixo, Quixaba, Açudinho, Picadas, Dois Riachos, Eráclito e Trapiazinho, conduzidos pelo escritório da EMATER em Umbu-zeiro/PB e por assessores do escritório regional de Campina Grande/PB, visitaram áreas rurais de Campina Grande, Caturité, Queimadas e Aroeiras para conhecer a criação de caprinos de leite, avicultura alternativa, indústria de fabricação de queijo, barragem subterrânea, o sistema de produção agrícola conhecido como mandala e a criação de peixe em água salgada.

R$ 500 Milhões pARA FinAnCiAR MéDiO pRODutORO ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e o presidente

do BNDES, Luciano Coutinho, anunciaram o aporte de R$ 500 milhões ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (PRONAMP) para financiar quem utilizar o recurso para investi-mento. Com a medida, o Governo beneficia o produtor com renda bruta anual de até R$ 700 mil que hoje tem dificuldade de acesso

ao crédito rural. O programa tem taxa de juros de 6,25% ao ano, menor do que as praticadas no crédito rural convencional, e prazo de amortização de até 8 anos (com 3 de carência). O financiamento será limitado a R$ 300 mil por beneficiário, por ano agrícola, e o recurso é para o ano-safra 2011/2012.

1º enCOntRO De OvinOCultORes DAReGiãO De sãO jOãO DA bOA vistA/sp

1º Encontro de Ovinocultores da Região de São João da Boa Vista/SP, ocorreu em 22 de março último, no Sítio Picadão, propriedade de Isaías Valim. Durante o encon-tro ocorreram palestras que abordaram desde questões técnicas, como o manejo de ovinos, até questões estruturais, sobre a perspectiva do mercado de ovinos na região. O encontro é resultado do desenvolvimento da cadeia na região que ocorreu com o apoio técnico da UNIFEOB, que desenvolveu um grande projeto que tinha como objetivo estudar a viabilidade da criação de ovinos na região.

MinistéRiO De inteGRAçãO DebAteOvinOCApRinOCultuRA De seRGipe

O coordenador de Programas Sub-Regionais do Ministério da Integração Nacional, Walber Santana, esteve na Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (SEDETEC), em março, para apresentar o programa “Rota do Cordeiro”. Recebido pelos gestores do APL de Ovinocaprinocultura, Débora Fontes e Gilvan Dórea, o representante do governo Federal falou sobre o projeto de inclusão produtiva da Secretaria de Desenvolvimento Regional, para integrantes de entidades ligadas ao setor em Sergipe. De acordo com Walber Santana, o programa tem como objetivo apoiar a atividade de produção de cordeiros e cabritos no Nordeste, além de todas as atividades que estão ligadas a esta cadeia produtiva, a partir da modernização da produção, visando a melhoria de renda para o produtor. O programa, criado há quase um ano, beneficia atualmente 200 produtores nas regiões centro sul, agreste, leste, alto e médio sertão, além de localidades na grande Aracaju.

RORAiMA: FAMíliAs AssentADAs ApRenDeM FAzeR silAGeMUm projeto de transferência de tecnologia desenvolvido pela EMBRAPA Roraima

vem ajudando famílias assentadas a manter, por meio do uso de silagem, a criação de ovinos na época da seca. Desde setembro de 2011, a Unidade tem dado suporte a quatro famílias do Plano de Assentamento Nova Amazônia, localizado a 90 quilô-metros de Boa Vista. São pessoas que hoje conhecem o método de silagem de milho e têm condições de manter, durante o período mais seco do ano (janeiro a março), uma “reserva” de alimento para o rebanho de aproximadamente 70 animais.

Depois do uso da silagem os ganhos na produção já são visíveis e entre os principais benefícios do método está o fato de permitir o armazenamento de grande volume de alimento em pouco espaço e possibilitar a estocagem por longos períodos.

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A feira é uma realização do AGROCENTRO, liderado pelo também criador Décio Ribeiro dos Santos, e tem seu foco principal na produção de carne de cordeiro e cabrito, leite e derivados de leite de cabra e de ovelha, exportação e importação

de carne e programas de incentivo ao produtor de diversos estados e regiões.Segundo os números divulgados pela organização da mostra após o evento, cerca

de 19 mil pessoas visitaram a FEINCO 2012. Apesar de não ter sido essa a sensação de número de visitantes durante os 5 dias da exposição, muita gente – vindas de várias partes do país e até do exterior – passou pela feira para conhecer o trabalho de seleção

e melhoramento genético desenvolvido pelos criatórios brasileiros e as no-vas tecnologias desenvolvidas para o setor. Os números e informações são do diretor da feira, Francisco Pastor, passados durante entrevista coletiva realizada no último dia da mostra, quando foi feito um balanço da 9ª edição da considerada maior feira indoor do mundo do setor. Ele enfatiza que, este ano, participaram da FEINCO mais de 3 mil caprinos e ovinos com aptidão para produção de leite, carne e lã, das seguintes raças: Santa Inês, Ile de

France, Suffolk, Merino Australiano, Hampshire Down, Crioula, Boer, Saanen, Alpina, Anglo Nubiana, Toggenburg, entre outras. A alta qualidade e o padrão zootécnico dos animais foram destacados por todos os participantes da coletiva.

O presidente da ASPACO, Arnaldo dos Santos Vieira Filho, disse que a FEINCO é um norteador para o ano da caprinovinocultura nacional, e analisou positivamente um dos diferencias da mostra de 2012. “O que pudemos ver durante essa edição, e que nos deixou muito satisfeitos, foi o profissionalismo que girou em torno da feira. Quem participou esteve realmente interessado e focado nas necessidades da cadeia produtiva do setor”, analisou Arnaldo. O pecuarista Zezinho Boechat, presidente da ACCOES, em nome dos criadores do Espírito Santo, agradeceu aos idealizadores da FEINCO pelo destaque dado ao seu Estado, que foi o homenageado da mostra 2012 e espera aumentar de forma significativa o seu rebanho, hoje com 45 mil cabeças, para 400 mil cordeiros até 2016. Zezinho apro-veitou também para divulgar o Programa do Cordeiro Capixaba e convidar os presentes para a 6ª Exposição Nacional da Raça Doper, que acontecerá durante a GRAN EXPO ES 2012 - 36ª Exposição Estadual Agropecuária, entre os dias 8 e 12 de agosto, em Vitória/ES.

O vice-presidente da ARCO, Suetônio Vilar Campos, destacou o papel da Paraíba para o desenvolvimento das raças Santa Inês e Morada Nova, e lembrou dos tempos em que

Considerada a vitrine da cadeia produtiva do setor e referência como a maior feira indoor da caprinovinocultura da América Latina, a FEINCO

2012 – 9ª Feira Internacional de Ovinos e Caprinos foi realizada de 12 a 16 de março, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo/SP.

a atividade ainda era coisa para amadores. “Em 1978 chegamos aqui em São Paulo, no sudeste, sob este mesmo teto, com as primeiras ovelhas Santa Inês e Morada Nova, e participamos do 1º Congresso Brasileiro de Ovinocultura. Hoje nossos animais já chega-ram ao sul do País e estão atingindo ótimos índices de crescimento em Santa Catarina, por exemplo”, comemorou Suetônio.

Para Wallace Scott, presidente da CAPRI-PAULO, o grande destaque da feira ficou por conta dos índices zootécnicos e da melhoria genética dos rebanhos de caprinos. Outro ponto positivo, para Scott, foi a realização da Reunião da Câmara Setorial de Ovinos e Caprinos, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. “A reunião foi um divisor de águas. O que pudemos ver de resultados de pesquisa e desenvolvimento nortearão o caminho que temos a trilhar. A CAPRIPAULO, a partir de agora, já começa a trabalhar para a FEINCO 2013”, anunciou.

O SEBRAE São Paulo foi representado por Paula Orenella Belo Fagnani. Ela destacou a importância da entidade para os pequenos produtores e falou sobre o programa AGRO-SEBRAE, que tem como objetivo melhorar a competitividade dos pequenos produtores rurais nas principais cadeias produtivas do agronegócio paulista, capacitando-os com orientação de gestão e m p r e s a -rial, quali-dade total, boas práti-cas agríco-las, acesso a mercados, entre outros.

Saldo da mostra foi positivo paraorganizadores e expositores !

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ação

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A garotada se divertiu com os triciculos da Revista Cabra&Ovelha

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23especial

O tripé de sustentação do progra-ma, segundo Paula Orenella, são as ações e consultorias ligadas a pro-duto, processo e mercado, que bus-cam respostas às questões: “o que produzir”, “como produzir” e “para quem produzir”, além de consulto-rias em tecnologias, gestão e opera-cionalização da propriedade rural, e orientação de acesso a mercados e apoio à montagem de cadeias de negócios (quando e onde couber).

Gustavo Martini, do Marfrig Group, analisou a importância da FEINCO como a feira que determi-na os rumos da ovinocultura para o restante do ano produtivo. Lembrou também que, além da liquidez na produção, outro fato muito impor-tante são os preços que têm sido praticados no mercado. “Os valores são muito interessantes e isso nos deixa muito otimistas com relação ao futuro da cadeia produtiva do setor”, lembrou Martini, que par-ticipa de um projeto muito inte-ressante, o Programa de Fomento Marfrig.

O diretor do Grupo Savana, Robson Leite, ao encerrar o balanço da feira, disse que numa feira vol-tada mais para o trabalho sério de seleção e melhoramento genético que está sendo feito no Brasil, perce-beu a grande procura de produtores de carne. Segundo ele, a FEINCO “cresce em qualidade a cada ano e o Brasil poderá produzir a melhor

carne de ovinos do mundo, pois já tem tecnologia para isso, mas a cadeia produtiva precisa de mais estímulos, mais investimentos”. Ele disse ainda, que o Grupo Savana atende o mercado latino--americano como um todo, pois consome cerca de 150 toneladas mês de carne ovina, o que corresponde a cerca de 10 mil animais. Para atender à sua demanda, importa 60% da carne que conso-me do Uruguai, Chile e Argentina. “Seria muito interessante que tivéssemos mais produção”, finalizou.

Os presidentes de várias associações de criadores estavam pre-sentes à coletiva de imprensa no último dia da FEINCO 2012, bem como representantes dos setores públicos e privados. Foram eles: Arnaldo Dantas - presidente da ASCCO – Associação Sergipana dos Criadores de Caprinos e ovinos; Téo Gesteira - presidente da ACCOBA – Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia; Arnaldo dos Santos Vieira Filho - presidente da ASPACO – Associação Paulista dos Criadores de Ovinos; Wallace Scott - presidente da CAPRIPAULO – Associação Paulista de Criadores de Caprinos; Zezinho Boechat - presidente da ACCOES – Asso-

ciação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Espírito Santo; Suetônio Vilar – vice-presidente da ARCO – Associação Brasileira de Criadores de Ovinos e Raimundo Sampaio - superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria de Agricultura da Bahia – SEAGRI.

Como já é tradição, a Cozinha Interativa foi mais uma vez um dos destaques da mostra

Como já é de costume, a alta gastronomia foi o grande suces-so da FEINCO 2012. Durante os 5 dias de realização da feira, a Cozinha Interativa SAVANA/FEINCO esteve lotada de visitantes, que puderam apreciar deliciosos pratos. A cada dia uma surpresa !

A cozinha, como sempre genialmente comanda-da pelo Chef Carlos Eduardo Soares, contou com a participação de outros renomados chefs, que criaram cardápios especiais, com uma grande variedade de receitas que comprovaram a grande versatilidade da carne ovina.

A Cozinha Interativa já se tornou uma tradição dentro da FEINCO e confirmou ser o local que ofere-

ce aos visitantes a oportunidade para discutir tendências de negócio, sua importância, necessidades e conceitos sobre produtos de qualidade nacional. É, tam-

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bém, a chance de os profissionais do setor, principalmente cria-dores e fornecedores de carne, se atualizarem com relação às exi-gências do consumidor e com as novidades gastronômicas servidas nos melhores restaurantes do país. Neste ano o homenageado foi o mexicano Jorge Terrazas, com uma placa comemorativa alusiva à sua participação na mostra. Foram diversos pratos todos os dias o tempo todo. Mas como sempre, a tarde da quarta-feira na Cozinha Interativa foi dedicada aos amigos, assinantes, clientes e parceiros da Revista Cabra & Ovelha. Uma gentileza do amigo e parceiro Robson Leite, diretor do Grupo Savana a esta publicação, que convida a todos para saborear os melhores pratos da gastronomia durante a FEINCO. E para encerrar a semana suculenta regada

a pratos feitos com carne de cordeiro, na sexta-feira, último dia do evento, os chefs se esmeraram e prepararam uma grande sur-presa aos visitantes da FEINCO 2012: uma gigantesca “Paella de cordeiro”... Sucesso total !!!

Leilões movimentaram R$ 1,5 milhãoEste ano foram realizados apenas 5 leilões durante a FEINCO,

sendo 3 de ovinos da raça Dorper, um da raça Santa Inês e um de caprinos da raça Anglonubiana. Os 174 lotes ofertados nos cinco remates, renderam um faturamento total de R$ 1.417.960,

com média de R$ 8.149. A raça Dorper foi o destaque dos leilões de 2012, em número de animais e em faturamento. Os 3 leilões da raça colocaram no mercado 124 lotes ao preço médio de R$ 9.030 e, juntos, movimentaram a cifra de R$ 1.119,740.

O Leilão Dorper Buriá teve 46 lotes ofertados, que renderam R$ 400.060 com média de R$ 8.697. Já o 5º Leilão Fazenda Campo Verde vendeu 40 lotes da raça Dorper e White Dorper pela média de R$ 7.992 e faturou R$ 319.680. O 8º Leilão VPJ Doadoras vendeu 38 lotes (duplos e individuais) pelo total de R$ 400.000, ao preço médio de R$ 10.526.

O 3º Leilão Seleção Brasileira do Anglonubiano, ofereceu genética caprina dos criadores paulistas André Ferreira, da Porto Reserva e Fernando Fabrini, da Três Marias; e dos nordestinos Paulo Zabulon, da Santa Lourdes e Pedro Didier, do Condomínio Paraguassu. Na batida final do martelo foram vendidos 27 lotes (24 fêmeas, dois machos e um embrião) pela média de R$ 4.400, e faturamento de R$ 119.900. Ainda na raça Anglonubiana, a Porto Reserva realizou dentro do seu estande, no dia 15 de março, um leilão diferente: o Baby Brasileiro Anglonubiano, com um total de 10 lotes comercializados e média de R$ 2.500.

Almoço da Revista Cabra & Ovelha em parceria com a Savana é um sucesso mais uma vez !!!

A fumaça e o cheirinho gostoso avisam que a panela está no fogo... E aos poucos o odor aguça os paladares invadindo os estandes na FEINCO 2012. É a Cozinha Interativa... E em especial, na quarta-feira, onde se viu e sentiu de tudo um pouco: temperos coloridos, cheiros maravilhosos, pratos enfeitados que encheram os olhos... a criatividade dos Chefs aflorando através das iguarias feitas na hora, tudo à base de carne de cordeiro, é claro.

Mais uma vez, como já é tradição nas últimas edições da FEINCO, a quarta-feira é reservada para a Revista Cabra & Ovelha, que em parceria com a Savana Foods, realizaram um delicioso almoço para convidados. Esse ano, o tema dos pratos foi: “Surpresas dos Chefs”. E os pratos principais foram: Nhoque de fruta pão com ragu de cordeiro - feito pelo Chef Bruno Gama; o apimentado mas irresistível Reino de Cordei-ro a Bill – do Chef mexicano Jorge Terrazas; Filet Mignon de cordeiro com queijo de coalho e creme de ervilhas, pimentão vermelho com cebola caramelizada, entre outros... Um mais gostoso que o outro. Sucesso absoluto !

Os chefes que prepararam esse verdadeiro “manjar dos deuses” servido especialmente os convidados da Revista Cabra & Ovelha foram: Jorge Terrazas (México), Breno Gama (Ma-ceió/AL), Bruno Stippe (SP), Carlos Soares – Carlão (SP), Juan Soares (SP), Cadu Soares (SP), Lino (Bragança Pta/SP), Don Fabrizio (Itália), Junior Bellintani (SP), Claudio Aliperti (SP), Orlando Giordan (Itália), Paulo Pecora, Felipe Cilli e Thiago Padilha. Fica o agradecimento da Revista e de seus convidados ao talento e carinho dispensados pela maravilhosa equipe da Cozinha Interativa 2012 !

especial

Já o 5º Leilão Chave de Ouro da raça Santa Inês fechou os re-mates da mostra, com a promoção dos seguintes criatórios: Santa Mônica, Morro Verde, Cabanha Guarany, Porto Reserva, Vassoural & Carpa Serrana e Rebanho Sim. Foram 24 lotes com faturamento de R$ 178.320 e média de R$ 7.430.

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DepoimentosVamos acompanhar alguns depoimentos de pessoas que fize-

ram e participaram da FEINCO 2012:

Lynn Fleming – Juíza americana de ca-prinos: “É a primeira vez que visito o Brasil. Estou muito impressionada com a organiza-ção da feira”.

Deborah Terencio - Consultora do SE-BRAE: “A qualidade dos animais está muito boa, dá para observar a melhoria genética dos animais que estão em pista. E para nós que estamos a campo é importante ver essa evolução na produção de carne, da genética

e na parte comercial”.

Helbert Danilo Freitas de Sá - Coorde-nador Nacional de Projetos da Caprino-vinocultura do SEBRAE: “A FEINCO é um importante espaço aonde o produtor vem trocar informações e realizar negócios. Tra-dicionalmente a mostra tem um papel chave

no fortalecimento do setor. Nós precisamos continuar caminhando no fortalecimento deste evento, diversificar as ações realizadas e estar sempre inovando... esse é o nosso papel enquanto agência de fomentos”.

Octávio Rossi de Moraes - Pesquisador

da EMBRAPA (Sobral/CE): “Acompanho a FEINCO há bastante tempo... essa edição correspondeu sim às expectativas, embora tenha ocorrido uma redução na feira de um modo geral em relação à movimentação,

mas não deixa de atender as expectativas. Com o crescimento das raças Santa Inês e Dorper, mais ou menos nós sabemos como isso vai se desenhando”.

Antônio Castilho - presidente da AB-CDORPER: “A FEINCO correspondeu às expectativas. Houve um crescimento de 25% do Dorper, três grandes leilões com casa cheia, um grande número de criado-res de 12 diferentes estados e a união entre os grupos, presença de autoridade e até do

Ministério da Agricultura e Pecuária. A feira foi excelente em muitos aspectos”.

Ricardo Barbosa – gerente técnico de nu-trição de ruminantes da SUPRA: “Qualquer exposição é um investimento que a nossa empresa faz a fim de divulgar a marca e enfatizar que nós estamos no mercado com o produto que o cliente quer e precisa. Esse

investimento de montagem de stand, deslocamento de equipe

técnica e comercial, o retorno não é imediato e sim em médio e longo prazo. É a partir da FEINCO que mostramos a nossa marca, marcamos visitas nas propriedades, e realizamos os contatos com os lojistas... daqui saem muitos negócios posteriormente”...

Zezinho Boechat – presidente da ACCO-ES: “Qualquer segmento da economia chega num ponto que se estabiliza. A FEINCO já teve maior movimento, mas o número de animais é muito bom, ou seja, a nata de todas as raças... Essa diminuição isso é um

desequilíbrio de mercado. Quem veio de fora pode perceber que o evento estava sensacional”.

Theo Gesteira – presidente ACCOBA: “A FEINCO é necessária e tem que existir de qualquer forma, afinal a feira é o centro de tudo... mas tenho notado uma diminuição de criadores e stands. Nós devemos assumir um compromisso e chamar mais gente para

manter essa feira viva”...

Alexandre Polydoro – gerente de vendas da Laboremus: “Para nós a feira está melhor do que nos outros anos”.

Wallace Scott – presidente da CAPRI-PAULO: “A FEINCO é uma demonstração que o setor amadureceu, tem muita achan-do que o setor está encolhendo, isso não é verdade, ele está mudando o perfil. As pessoas estão focadas na produção ao in-

vés da beleza. Outro fator que merece ser destacado é a parte zootécnica... é muito melhor do que as feiras anteriores, uma evolução genética fantástica... Os aven-tureiros saíram da feira e só ficou quem é sério e quer produzir, gente que gosta do que faz e que quer ganhar dinheiro traba-lhando honestamente”.

Carlos Soares - Chef de cozinha: “A FEIN-CO sempre corresponde às expectativas de todos nós. Ela é a melhor feira indoor de caprinovinocultura mundial”.

Arnaldo Vieira – presidente da ASPACO: “A FEINCO foi ótima, com muita qualida-de. Animais de inúmeras raças e criadores empolgados... A procura por animais nas baias foi grande, a feira bastante densa, as pessoas que visitaram eram realmente do ramo, mostrando profissionalismo e que a

feira é um lugar de negócios”.

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feira, já que ela tem como meta os negócios, essa expectativa se concretizou”...

Tomaz Radel – presidente da ABCC: “Achei que ia ter mais animais, mesmo as-sim o nível foi bom. Os organizadores pre-cisam trabalhar com as associações, para que juntos consigam levar mais criadores para o evento. Como subsidiar o preço das

baias para atrair os criadores, por exemplo... investir nas empresas para que elas coloquem maior número de estandes... Em 2013 pretendo colocar um estande da ABCC, estamos procurando pa-trocinadores para isso. De modo geral a feira foi muito boa para fazer contatos. Vamos juntar as forças da ABCC, da ABCANGLO, da ABC Saanen, a associação de Toggenburg, para que, com a CAPRIPAULO, possamos fazer uma FEINCO 2013 ainda melhor... quem sabe voltar a fazer o concurso leiteiro com uma premiação em dinheiro... eu esperava ver um número maior de caprinos lei-teiros, vamos divulgar a programação com antecedência, enfim... queria parabenizar meu amigo Décio por mais essa FEINCO e agradecer a ACCOBA e a CAPRIPAULO por receber tão bem a ABCC e os criadores de caprinos em seus estandes”.

Francisco Pastor – diretor da FEINCO: “A palavra é ebulição... Estamos no caminho”.

Felipe Benedini – Nova Gen/Semex: “A feira foi realizada com excelentes negócios e foco, criando credibilidade para a atividade”.

Antonio Deyrmendjian - Elan Trade: “Es-perávamos um público maior, a quantidade foi pequena, mas de qualidade, o pessoal mostrou muito interesse pelos nossos equi-pamentos... de cada 10 pessoas que passa-ram em frente ao nosso estande, uma parava

para perguntar sobre a nossa máquina”.

Marcelo Roncoleta – diretor da Top in Life: “Pude perceber uma alteração no mercado de uns anos pra cá... a feira está enxuta, o público presente é menor e muito mais focado”.

Ana Carolina Zara – Tortuga: “Antes al-guns produtores não se preocupavam com a genética, agora é diferente, isso está mu-dando... Senti que várias pessoas que não são de São Paulo não compareceram”.

Nicolaas Nienhuys – proprietário da ITC do Brasil: “Me surpreendeu, porque a feira, para mim, entrou numa fase de decadência, com cada ano menos expo-sitores... Mesmo assim o nosso estande esteve bem superior ao ano passado e isso foi muito bom. Precisamos sentar

todos para conversar, trocar ideias, discutir e darmos um novo impulso na mostra... Hoje a atividade está com os pés no chão”...

Fabio Almeida – Herts: “Pequena ou grande, é uma feira que nós sempre faze-mos, os resultados acontecem depois... e a FEINCO é uma mostra do mercado”.

Sérgio Nadal: “Vejo na FEINCO um espaço mais relacionado para negócios – bussines – isso de 3 anos para cá. Vamos apostar que os outros anos serão melhores do que esse ainda”.

Gustavo Martini – Marfrig: “A FEINCO está enxuta, mas os produtores de carne de cordeiro se mantiveram presentes e passa-ram por nosso estande... Desde quem está aumentando seu rebanho ou quem está no início da criação... Na parte dos animais

de exposição, está um pouco menor, mas é visível a liquidez da comercialização da carne”.

Edson Siqueira Filho – gerente da Alta Genetics: “A FEINCO esse ano está menor de tamanho, mas como podemos ver existe uma qualidade no púbico que visitou a

especial

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RESULTADO OFICIALDOS JULGAMENTOS

RESULTADO OFICIALDOS JULGAMENTOS

Ovinos

Caprinos

A CAPRIPAULO divulgou os resultados da pista da FEINCO 2012, com os julgamentos das raças: Alpina, Anglo Nubiana, Saanen, Toggenburg e

Boer, a cargo de dois jurados internacionais. As raças Alpina, Toggenburg, Saanen e Anglonubiana passaram

A ASPACO divulgou o resultado oficial dos jul-gamentos das raças ovinas que participaram da FEINCO 2012. A mostra faz parte do ranking

da Cabanha do Ano da ASPACO, do ranking da ABSI – Associação Brasileira de Criadores de Santa Inês e do ranking da ABCDORPER. Foram realizados julgamen-tos das raças ovinas: Dorper, White Dorper, Santa Inês, Texel, Suffolk, Ile de France, Poll Dorset e Crioula. Os animais das raças Ile de France, Suffolk e Poll Dorset foram julgados por Clairton Emerin Marques (RS). A Santa Inês por de Edmilson Lúcio de Souza Junior (PB). Já Marcio Armando Gomes de Oliveira (SP) julgou os animais da raça Crioula. Um trio de jurados interna-cionais, formado por: Daan Bosman, Freddie Dreyer e Rikus Van der Merwe julgaram os ovinos Dorper e White Dorper. A raça Texel também foi avaliada por um trio de juízes: Clairton Emerin Marques (RS), Marcio Armando Gomes de Oliveira e Giancarlo Antoni (SP).

DORPERGrande Campeã: Arai 112Criador: Hélio Jeová Alves de SouzaExpositor: Valdomiro Poliselli Júnior

Res. Grande Campeã: Interlagos Sadie TE 811Criador e Expositor: Jamer e Jaqueline Marques

Grande Campeão: Interlagos TE Ravi 324Criador e Expositor: Jamer e Jaqueline Marques

Res. Grande Campeão: Calil 01Criador e Expositor: Eduardo Ferreira Lobo

Melhor Criador e Melhor Expositor: Mario A. De Castro - Fazenda Campo Verde – Jarinu/SP

WHITE DORPERGrande Campeã: Dorper Campo Verde 995Criador e Expositor: Mario A. de Castro

Res. Grande Campeã: Five Stars Guiga 030Criador e Expositor: Marli de Negris

Grande Campeão: Dorper Campo Verde IA 2831Criador e Expositor: Mario A. de Castro

Melhor Criador e Melhor Expositor: Mario A. De Castro - Fazenda Campo Verde – Jarinu/SP

SUFFOLKGrande Campeã: Phillipson 461 SFCriador e Expositor: Faz. Alvorada de Bragança Agro-pastoril

Res. Grande Campeã: Phillipson 460Criador e Expositor: Faz. Alvorada de Bragança Agro-pastoril

Grande Campeão: Phillipson 465Criador e Expositor: Faz. Alvorada de Bragança Agro-pastoril

Res. Grande Campeão: Phillipson 505Criador e Expositor: Fazenda Alvorada de Bragança Agropastoril

Melhor criador e expositor: Faz. Alvorada de Bragança Agropastoril – Cabanha Phillipson - Bragança Paulista/SP

ILE DE FRANCEGrande Campeã: Lagoas do Horizonte 2704Criador e Expositor: Osvaldo Chaves Lima

Res. Grande Campeã: Lagoas do Horizonte 2278Criador e Expositor: Osvaldo Chaves Lima

Grande Campeão: Lagoas do Horizonte 2961Criador e Expositor: Osvaldo Chaves Lima

Res. Grande Campeão: Lagoas do Horizonte 2882ACriador e Expositor: Osvaldo Chaves Lima

Melhor Criador e Expositor:Osvaldo Chaves Lima - Fazenda Lagoas do Horizonte – Videira/SC

CRIOULAGrande Campeã: Cabanha da Maya Caprichosa 53Criador: Zuleika Borges Terralba Expositor: Amadeus Empreendimentos

Res. Grande Campeã: Cabanha da Mata Caprichosa 69Criador: Zuleika Borges Terralba Expositor: Arturo e Zuleika Borges Terralba

Grande Campeão: Dois Coqueiros 390Criador: Rui Junior Godinho Expositor: NP Empreendimentos

Res. Grande Campeão: Cabanha da Maya Craque 63Criador: Zuleika Borges TerralbaExpositor: NP Empreendimentos

Melhor Criador: Zuleika Borges TerralbaCabanha da Maya - Porto Alegre/RSMelhor Expositor: NP Empreendimentos - São Paulo/SP

POLL DORSETGrande Campeã: Estrela TE 008Criador e Expositor: Ronald Luiz Monteiro

Res. Grande Campeã: Estrelas 015Criador e Expositor: Ronald Luiz Monteiro

Grande Campeão: Estrela TE 002Criador e Expositor: Ronald Luiz Monteiro

Melhor Criador e Melhor Expositor: Ronald Luiz Monteiro

SANTA INÊSGrande Campeã: São Gonçalo Alegria IA 616Criador: Marcelo Regis PereiraExpositor: Claudio Esberard de Lauro

Res. Grande Campeã: Santa Mônica Constance IACriador e Expositor: Claudio Esberard de Lauro

Grande Campeão: Agropecuária Varrela TECriador: Varrela AgropecuáriaExpositor: AVATAM

Res. Grande Campeão: S.I. Colorado Rochedo IA 201Criador e Expositor: Marcelo Ribeiro Mendonça e Outros

Melhor Criador: Rebanho SIM - Fazenda Sesmaria – Amparo/SPMelhor Expositor: AVATAM

TEXELGrande Campeã: Lagoas do Horizonte 1238 TEXCriador e Expositor: Osvaldo Chaves Lima

Res. Grande Campeã: Lagoas do Horizonte 1635Criador e Expositor: Osvaldo Chaves Lima

Grande Campeão: Lagoas do Horizonte 1941Criador e Expositor: Osvaldo Chaves Lima

Res. Grande Campeão: Lagoas do Horizonte 1333Criador e Expositor: Osvaldo Chaves Lima

Melhor Criador e Melhor Expositor: Osvaldo Chaves Lima

pelo crivo da juíza Lynn a Klaming. Já os caprinos Boer foram avaliados por Fred Homeyer.

SAANENGrande Campeã: Belita de MaripáCriador e Expositor: Agropecuária Maripá

Res. Grande Campeã: Shakira IA da CaprivamaCriador e Expositor: Pedro Paulo Leite Vascon-celos

Grande Campeão: 8102 de São PauloCriador e Expositor: Vicente A Ribeiro

Res. Grande Campeão: X Man da CaprivamaCriador e Expositor: Pedro Paulo Leite Vascon-celos

Melhor Criador: Pedro Paulo Leite Vasconcelos – Alfenas/MGMelhor Expositor: Agropecuária Maripá – Ja-guariúna/SP

ALPINAGrande Campeã: 8062 São PauloCriador e Expositor: Vicente A Ribeiro

Res. Grande Campeã: Juquiratiba São PauloCriador e Expositor: Vicente A Ribeiro

Grande Campeão: Rincão do São PauloCriador e Expositor: Vicente A Ribeiro

Res. Grande Campeão: Óleo São PauloCriador e Expositor: Vicente A Ribeiro

Melhor Criador e Melhor Expositor:Vicente A Ribeiro – Jacareí/SP

TOGGENBURGGrande Campeã: Ibirá São PauloCriador e Expositor: Vicente A Ribeiro

Res. Grande Campeã: Itapeva do São PauloCriador e Expositor: Vicente A Ribeiro

Grande Campeão: SP 7045 do São PauloCriador e Expositor: Vicente A Ribeiro

Melhor Criador e Melhor Expositor: Vicente A Ribeiro – Jacareí/SP

BOERGrande Campeã: 07040 José MendonçaCriador e Expositor: José Ribeiro Mendonça

Res. Grande Campeã: 11396 do RoalCriador e Expositor: Odécio Rossetti

Grande Campeão: Ganes de RoccaporenaCriador: Caio Bianchi Expositor: Odécio Rossetti

Res. Grande Campeão: U2 de Canedos 51 TECriador e Expositor: Egydio Bianchi

Melhor Criador e Melhor Expositor: Egydio Bianchi – Atibaia/SP

ANGLONUBIANAGrande Campeã: Melodi Ion CieloExpositor: Fernando Fabrini

Res. Grande Campeã: Cacimbinha 10279 da RafaCriador: Arcôncio Lins de Albuquerque Expositor: Fernando Fabrini

Grande Campeão: Capritec Willy DenisCriador: Silvio Dória Ribeiro de Almeida Expositor: Fernando Fabrini

Res. Grande Campeão: Porto Reserva CleberCriador: André Ferreiras Expositor: Pedro e Fernando Didier

Melhor Criador e Melhor Expositor:André Ferreiras - Porto Feliz/SP

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Risotto de café com iscas de cordeiro na cerveja escura:

gastronomia

Depois do grande sucesso deste pra-to na tarde oferecida aos convida-dos da Revista Cabra & Ovelha

na Cozinha Interativa SAVANA/FEINCO deste ano, resolvemos disponibilizar sua receita aos leitores, logicamente, com a assinatura do Chef. Acom-panhem as receitas dos pratos e seus modos de preparo, tanto do risotto de café, como das iscas de cordeiro na redução de cerveja escura.

RISOTTO DE CAFÉ(Ingredientes para 4 pessoas)

150 gr de arroz Arborio ou Carnaroli350 ml de café de coador frio150 ml de água30 gr caldo de legumes30 gr de alho triturado30 gr de cebola bem picada50 ml de óleo para fritura130 gr de parmesão ralado finoSal a gosto

Modo de preparo: Fritar levemente a cebola e o alho, e adicionar o arroz, o caldo de legumes, e o café. Em fogo médio, cozinhar

o arroz mexendo constantemente. Após 25 a 30 minutos, co-meçar a colocar o parmesão ralado, ajustar o sal e finalizar o risoto com a água, de forma que ele fique na consistên-cia certa. A consistência clássica do risoto deve ser bem “molhadinho”.

ISCAS DE CORDEIRO NA CERVEJA ESCURA

(Ingredientes para 4 pessoas)

800 gr de carne de pernil de cordeiro (cor-tada em tiras)

50 gr de alho triturado10 gr de alecrim desidratado (ou 5

gr de fresco)20 gr de sal

2,5 litros de cerveja es-cura do tipo “munich”

(não é aconselhada Malzembier ou

Caracu)300 gr de

açúcar mas-cavo

Modo de pre-paro: Em fogo bai-

xo, reduza a cerveja e o açúcar mascavo

até 1 litro. Sele as iscas com o alho e o alecrim, e

um leve toque de sal. E as re-serve. Na frigideira onde foi selada a

carne, colocar aos poucos a redução da cerveja escura e deixe engrossar, adicio-nando as iscas aos poucos.

Sirva colocando por baixo o risoto e por cima as iscas na redução de cerveja escura.

Sucesso na Cozinha Interativa da FEINCO 2012 !!!

Chef Orlando Giordan, do Buffet Morenos: Buon appetito !!

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erivon silveira AragãoUm dos mais conhecidos criadores gaúchos

e titular da Cabanha Surgida...A ovinocultura do Rio Grande do Sul merece ser homenageada a todo momento, assim como o tradicional criador gaúcho e seu estilo peculiar de pecuária ovina.

E um dos representantes dos pampas mais conhecidos e reconhecidos em todo o Brasil, é o ovinocultor Erivon Silveira de Aragão, um gaúcho natural de Porto Alegre,

mas que fez sua vida no campo, levando adiante uma tradição de mais de 100 anos de sua família na criação de ovinos e com o diferencial da adição de todas as ferramentas tecnológicas

que estão disponíveis no mundo atualmente, para produzir um dos melhores exemplares da raça Texel do país,

animais reconhecidos no Brasil e no exterior e que imprimem nos rebanhos em que são utilizados, uma caracterização produtiva muito clara de precocidade e rusticidade, padrões da raça, e que faz a diferença para os criadores, com muitos cordeiros por hectare e alta conversão alimentar.

Erivon Silveira de Aragão, tem 43 anos e reside na cidade de Rio Pardo/RS, distante cerca de 145 Km da capital gaúcha. É lá que fica sua propriedade: a Cabanha Surgida.

Casado, tem apenas um filho e trabalha ex-clusivamente com a ovinocultura, dedicando-se à venda de matrizes e reprodutores da raça Texel para criatórios de elite e para rebanhos comerciais, sendo um produtor que se orgulha de viver da atividade e para a ovinocultura, buscando honrar a tradição iniciada pelos seus bisavós, que desenvolveram um importante trabalho na pecuária bovina e ovi-na, com as raças Corriedale (nos ovinos) e Angus, Hereford e Braford (nos bovinos). “A ovinocultura já era um negócio da família e eu me criei focado

no campo”, conta Erivon.Erivon fez parte quando criança de uma das

melhores épocas da ovinocultura na propriedade da família, que chegou a ter 5 mil matrizes que produziam 4,5 Kg de lã por animal, e com uma cotação de US$ 6 por Kg, proporcionava um ótimo faturamento, principalmente por conta da desvalorização da moeda nacional em relação ao Dólar. Seu desenvolvimento pessoal foi deci-

sivamente marcado pela ovinocultura, e representou um marco em seu ama-durecimento pessoal, pois aos 15 anos recebeu a responsabilidade de gerenciar o rebanho de ovinos da família, e nesta lida, iniciou sua vida profissional sem deixar de cuidar dos estudos, tanto é, que se formou em medicina veterinária em 1993, em Bagé/RS.

Com a responsabilidade de dar uma resposta à família em relação ao rebanho sob sua guarda, depois de 3 anos de tra-balho, já aos 18 anos, Erivon percebeu que a raça Corriedale passava por um momento de dificuldade, com restrições na comercialização e falta de rentabilida-de e liquidez. Foi naquele momento que ele deu início às pesquisas que viraram o rumo de sua criação. “Nas avaliações que fiz, busquei uma raça que pudesse ser trabalhada sem que se perdesse o que o criador mais prezava na época, que era a lã”, conta Erivon. Como re-sultado deste estudo, ele concluiu que o Texel era a raça para a produção de carne com melhor lã, mas que possuía um diferencial de qualidade na rusti-cidade e na adaptabilidade, mas com uma carne de elevada qualidade, fato que ele tinha certeza de que viria a ser um grande diferencial para o produtor no futuro. Na época, ao redor de 1986, um período difícil para a ovinocultura, a raça se mostrava uma opção até certo ponto arriscada, porém essencial, uma vez que ficava claro que o mercado da lã não voltaria a ser o mesmo.

Em suas buscas, Erivon conseguiu ad-quirir 10 matrizes francesas provenientes do plantel da Cabanha 3J, da cidade de Jaguarão/RS, e conseguiu que as fêmeas viessem prenhes de um reprodutor fran-cês. “Ali começou minha trajetória no

perfil

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perfil

Texel... e já fazem 25 anos”, relembra Erivon. Ele manteve sua base Corriedale, e pouco a pouco, por meio de acasalamen-tos, foi ampliando a margem de genética Texel no rebanho. E com compras e a adição de genética de outras fontes, como a do filho do famoso reprodutor alemão “Kaiser”, oriundo da Cabanha Curral de Pedra, de Dom Pedrito/RS, em alguns anos ele reformulou seu trabalho migrando para o Texel, e iniciou uma trajetória na qual se apresenta hoje como um dos impor-tantes vencedores de exposições da história da raça no Brasil.

Atualmente, a Cabanha possui como rebanho principal com cerca de 300 matrizes PO e 15 reprodutores (pais de Cabanha).

Um dos diferenciais do trabalho da Cabanha Surgida é seu sistema de criação, que foca a manutenção dos animais nos pastos, dentro da propriedade de 800 hectares, com uma programação visando a obtenção dos animais que serão co-mercializados a partir das feiras de verão do estado do RS. Todo o rebanho fica a pasto, que varia de Tifton, Capim Sudão e Aruana no verão, além de Azevén e Aveia para o inverno, contando ainda com as suplementações normais para os ani-mais em situação especial (cordeiros, gestantes, lactentes). A dedicação de Erivon é um dos segredos do sucesso da Sur-gida e do negócio em si. “Nas temporadas de parição nossa dedicação é 24 horas. Fazemos um plantão direto no Galpão para dar suporte às fêmeas e cuidamos muito do rebanho”, enfatiza Erivon.

A trajetória de premiações é longa. Em 1994 a Cabanha participou da EXPOINTER com exemplares RGB, conquistando o Grande Campeonato de Machos com o borrego “Surgida 21” e o Reservado de Grande Campeão, com o borrego “Surgida 22”, ano em que a Cabanha foi agraciada com o troféu Correio do Povo, por ter obtido o maior número de premiações na feira dentro das raças de ovinos carne.

No ano de 2002, Erivon conquistou o título de Reservado de Grande Campeão PO da EXPOINTER com o borrego “Surgida 85”. De lá para cá o criador obteve mais conquistas, como o tri-campeonato em fêmeas PO, nos anos de 2005 - com a “Surgida 189”, 2006 com a “Surgida 220” e em 2007, com a “Surgida 252”, ano este em que a cabanha obteve sua maior conquista ao ganhar o Grande Campeonato de macho com o borrego “Surgida 265”, e o título de Reservado de Grande Campeão com o borrego “Surgida 259”, além da terceira melhor fêmea da EXPOINTER com a borrega “Surgida 342”, conquistando novamente ao prêmio Correio do Povo, como a Cabanha mais premiada entre as raças de ovinos carne.

Além de uma bem sucedida carreira na produção de animais de elite, Erivon tam-bém tem sido tido sucesso como pro-dutor de reprodu-tores para rebanhos comerciais, e con-sidera que o grande

diferencial da raça Texel é a sua pre-cocidade e a grande quantidade de cordeiros que eles podem entregar ao final de cada temporada, e com poucas dificuldades de adaptação. “Os animais são médios e rústicos, e isso representa mais cordeiros em menos tempo”, defende. No con-texto brasileiro, estas características são uma maravilha e fazem com que , segundo Erivon, a ovinocultura seja o melhor negócio da pecuária hoje em dia, em que a produção nacional está bem longe de suprir o mercado e não há nenhuma outra criação que dê a mesma rentabilidade.

“Do jeito que está, levaremos no mínimo 20 anos para suprir esta necessidade”, avalia. Mesmo assim, consciente de que o mercado vai demorar a crescer se for considerado apenas o rebanho nacional, um dos temas que Erivon defende é que o país amplie os esforços para reverter esta situação com a importação de matrizes, principalmente do Uruguai, pois na atualidade, mesmo com programas de estímulo que atingem poucos criadores, o déficit de animais ainda é enorme.

A grande defesa que Erivon faz da ovinocultura deriva dela ser uma atividade que pode rentabilizar a propriedade rural, mesmo em pequenas áreas. “Ela proporciona maior renda em menor área”, defende Erivon. E isso, aliado a conjuntura favorável, tem sido um diferencial do sucesso da atividade e também da raça Texel, que está distribuída em diversos estados brasileiros, do Sul ao Norte do país, incluindo as Regiões Nordeste e Centro-Oeste, e com pouco alarde vem se consolidando como uma das melhores opções para a pro-dução de cordeiros de corte no país, sem perdas de valores da lã, onde esta atividade é relevante e mantém uma qualidade excepcional de sua carne, apreciada por todos os consu-midores. “O Texel vem aos poucos desbravando fronteiras com sementinhas em todos os lugares. Quem experimenta, se apaixona, e tem resultados, pois o Texel é bom no campo e bom no prato”, atesta.

Erivon realiza um trabalho de seleção muito forte na Ca-banha Surgida, com o uso de IA e a escolha das melhores linhagens genéticas disponíveis, e estes resultados podem ser vistos nos seus leilões, que tem uma valorização e liquidez muito expressivas, e na principal exposição de lanados do país - a EXPOINTER - onde os animais da Cabanha Surgida sempre figuram entre os melhores da raça. Outro aspecto importante da atividade da Cabanha, se foca na divulgação dos valores e tradições culturais dos produtores agropecuários do Rio Gande do Sul. A Cabanha tem tradição de mais de um século e recebe visitas constantes, tanto de produtores de ovinos, quanto de pessoas ligadas às tradições campeiras gaúchas. Erivon é um símbolo neste quesito e um grande representante da criação e das tradições gaúchas.

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seca: ela está chegando !!!

O equilíbrio e a adaptação de um sistema produtivo de ovinos e caprinos às estações climáticas é essencial para o sucesso de uma criação.

nutrição

A importância da preparação docriatório para a estação das secas...

E neste campo, dada à vastidão de nosso país, há dezenas de

microclimas distintos nos quais os rebanhos estão inseridos e para os cria-dores é essencial manter a oferta de alimentos ade-quados (volumoso e con-centrado de qualidade), água e proteção aos ani-mais durante todo o ano, levando em conta que uma das mais importantes

ações de um criador é o planejamento para uma adequada oferta alimentar para o rebanho de acordo com as necessidades de cada grupo de animais: reprodutores em monta, matrizes, receptoras, gestantes, paridas, filhotes (cordeiros e cabritos) e lactantes. Cada animal tem uma exigência especial e o criador deve ter um preparo que atenda a essas necessidades, pois o custo de não observar isso é alto: o criador que não se prepara bem gasta muito com alimentação de uma hora para outra, ou então perde o rebanho por alimentação inadequada: tanto a mais quanto a menos.

Como a cada estação climática a oferta de alimentos varia, apresentamos aqui algumas orientações sobre como é possível manter a propriedade constantemente preparada para suprir a qualidade de atendimento às necessidades dos animais nas temporadas mais secas, nas quais os pastos secam e é necessária uma comple-mentação de volumoso ao rebanho, a partir de matéria armazenada por meio de silagem, compactação mecânica (feno), ou mesmo de culturas como a cana-de--açúcar para uso em cocho.

A primeira e fundamental peça da equação alimentar do rebanho é a disponi-bilidade de água e pasto, ou volumoso, para o rebanho. No chamado verão, na região Sul, e o inverno na região Nordeste, as chuvas mais abundantes favorecem o crescimento dos pastos e melhoram a oferta. Nas estações mais secas, o inverno no sudeste e o verão do nordeste, a questão se mostra mais crítica em relação à oferta de volumoso de qualidade ao rebanho, e neste ponto, entra um planejamento para dar-se aos animais um volumoso conservado de qualidade - feno ou silagem - e uma suplementação de concentrado um pouco maior.

O fundamental é pensar no bolso e no rebanho, e agora que no sudeste a esta-ção seca se aproxima é hora de se rever os preparativos e o produtor, se não tiver

cuidado, terá que gastar mais com uma alimentação que, às vezes, em excesso, é inadequada aos animais, e ainda, es-tar coberto para os momento de maior exigência alimentar (prenhez, lactação, crescimento).

Uma administração incorreta do ma-nejo alimentar tem consequências bem ruins, como a mortalidade elevada dos cordeiros e cabritos nascidos em relação ao número de fêmeas acasaladas; desen-volvimento insuficiente dos animais na fase de crescimento; baixa quantidade de leite por cabras e ovelhas em produ-ção e má qualidade da lã produzida por animal, com elevada parcela de lã de categoria inferior.

Na prática: a silagem e a produção de feno

Ao programar suas atividades, o produtor deve ter claros os seguintes aspectos que incidem diretamente na sua produção: as temporadas de monta, parição, desmame, lactação, tosquia e remessa de animais para abate. Cada época pede uma resposta específica e, apesar das diferenças, a conta deve ser feita em termos de volumoso, concen-trado e água, com suplementação de sal

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nutrição

mineral compatível com a necessidade do animal. As pastagens nativas são a maioria das disponíveis no Brasil,

e as pastagens cultivadas, ainda que menores, devem fazer parte de qualquer sistema de trabalho com ruminantes. As espécies usadas, sejam gramíneas ou leguminosas, precisam estar saudáveis para a correta produtividade e para que criem massa seca para suportar os períodos mais secos, ou pelo menos, que contem com oferta de água por meio de irrigação, mas esta opção é limitada em função de custos elevados.

A questão envolve mais a preparação para a temporada seca do que o manejo das pastagens em geral. Num regime 100% a pasto, como ocorre no Sul, a pastagens suporta de 10 a 35 ovelhas por hectare ao ano. Com uma capineira ou silagem, a quantidade de animais pode aumentar (com custos também mais altos). Como o consumo médio de volumoso de um animal está em torno de 5 Kg ao dia para o adulto e 2,5 Kg para o cordeiro, um período seco de 90 a 120 dias pode representar um gasto em torno de 45 mil Kg para manter 100 animais por 90 dias.

As principais opções disponíveis na falta de um pasto natural são: a silagem e o feno. Os dois processos são relativamente simples, sendo a silagem a que requer mais operações, mas

se forem feitas com cuidado, podem render muitos benefícios. A produção de feno, ou fenação, é a compactação de

gramíneas ou leguminosas desidratadas para uso posterior. Diversas são as opções de espécies para a fenação, e capins como: o tifton 85, coast cross, florakirk, massai, elefante... ou as plantas leguminosas podem ser usadas como forrageiras. O feno é obtido mediante a exposição ao sol e ao ar da planta cortada com a redução de sua taxa de unidade de 60 a 85%, para algo entre 10 e 20%, com manutenção, quase integral, de seus nutrientes: maciez, cor e sabor.

A fenação tanto pode ser feita de forma manual com uma enfardadeira simples, quanto em processo mecanizado com equipamento de maior custo. O armazenamento é muito flexível e pode ser feito em áreas cobertas, ou em áreas livres protegidas da chuva. Pelo fato da compactação formar fardos, a utilização também é prática e pode ser feita com mais faci-lidade do que nos silos.

O bom feno depende do bom plantio da planta de origem, a espécie, o período do plantio e da colheita, e ele pode ser muito palatável e nutritivo, servindo como fonte de vitaminas A e D, e dependendo de sua concentração, 1 Kg de feno pode substituir 3 Kg de silagem de milho ou sorgo, ou de forragem verde. No feno as folhas são mais nutritivas e mais desejadas pelos animais e os caules são menos interessantes e um bom produto valoriza estas características. Um dos riscos a se evitar é a presença de mofo e bolores nas plantas e nos fardos, fato que reduz o interesse dos animais além de serem perigosos à saúde deles.

Os maiores custos inerentes à fenação envolvem a formação do pasto de base e a aquisição dos equipamentos. Com o pasto formado para captação de feno e as máquinas em produção, até em sistema cooperativo, uma área relativamente pequena tem capacidade de ofertar um alimento de alta qualidade e baixo custo, que inclusive pode representar renda para o produtor com a venda de excedentes.

A silagem é outra opção muito utilizada de armazenamento de volumosos e até concentrados por longo prazo, e de acordo com a oferta de alimentos de cada região (milho, soja, sorgo ou qualquer outra espécie de cereal, leguminosa ou gramínea capacitada ao forrageamento), forma uma das mais vantajo-sas opções de alimentação de ruminantes em épocas secas e também serve como base nutricional para confinamentos, que associados a concentrados e grãos, formam um excelente composto para terminação dos animais.

A Silagem é o produto resultante da fermentação bacteriana de forrageiras em processo de anaerobiose, depois de proces-sadas mecanicamente e compactadas e vedadas em espaços chamados de silos, que tem diversos formatos: de superfície, trincheira e cilíndricos, que podem ser de meia-encosta ou cisterna (poço). Cada um destes formatos tem suas vanta-gens e desvantagens referentes, principalmente, ao custo de construção, facilidade de carregamento e descarregamento e

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35nutrição

André Alessandri e Bruno Alessandri

eficiência na conservação da silagem (alguns tipos de silos apresentam maiores perdas de silagem do que outros).

A produção de silagem proporciona o benefício de se poder manter um maior número de animais por uni-dade de área, estabiliza o

score corporal do rebanho em épocas secas e permite terminar animais na entressafra com os preços mais elevados.

As gramíneas e leguminosas mais usadas para silagem são: Panicum maximun (Mombaça, Tanzânia, Colonião); Pennise-tum purpureum (Cameroon, Napiê); Cynodon sp (Tifton 68, Coast-Cross), além do gênero Brachiaria sp, que representa uma dificuldade de manejo, mas que pode ser usada pelos pequenos ruminantes com segurança com alguns cuidados básicos. Há também o uso de milho, sorgo, girassol, milheto e a cana-de-açúcar, mas neste caso, com uma abordagem especial, pois, apesar do alto valor energético, há como contraponto a dificuldade de digestibilidade por conta do teor de lignina impregnada na estrutura molecular das fibras, e é essencial a realização de um tratamento no material a ser ofertado ao rebanho de caprinos e ovinos.

O processo de formação do silo se chama ensilagem, e compõem-se de um conjunto amplo de operações que exige mão-de-obra, equipamentos e procedimentos qualificados. Quando bem realizada, a silagem mantém a maioria das propriedades nutricionais das forragens, e neste caso, é muito importante acompanhar a formação da forragem, pois da sua qualidade dependerá a qualidade do produto final. Depois de pronta, quando de sua utilização, serão necessários cuidados na extração da silagem para evitar a contaminação do material e prejuízos aos animais, e no caso de ovinos isso é fundamental pois eles tem um sistema digestivo mais refinado, mas que não suportam alimentos contaminados.

A ensilagem tecnicamente é a redução do pH (aumento da acidez) pela fermentação dos açúcares solúveis das plan-tas. Assim sendo, as melhores forrageiras para ensilagem são aquelas com elevado teor de açúcares solúveis. Este é o caso do milho e do sorgo, as melhores culturas para ensilagem. Os capins geralmente têm baixo teor de açúcares e não são indicados, mas há uma exceção: o capim-elefante (Napier, Cameroon, Taiwan, Mineiro e outros), que por ter bom teor de carboidratos solúveis pode dar uma silagem de boa qualidade. As leguminosas, por resistirem ao aumento da acidez (têm alto poder tampão) não são apropriadas para serem ensiladas sozinhas. A cana-de-açúcar, apesar do alto teor de carboidra-tos solúveis, geralmente não dá uma boa silagem, pois tende a possibilitar a fermentação alcoólica e, com isto, há muita perda de material. Entretanto, em silagens de milho, sorgo ou

capim-elefante pode-se adicionar até 20% de leguminosas para melhorar seu valor protéico ou, pode-se adicionar 20% de cana picada em silagem de capim-elefante maduro, com menos umidade, para melhorar as condições de fermentação. (FONTE: Embrapa Gado de Corte; Esther Guimarães Cardoso, José Marques da Silva).

O silo em si tem a necessidade de uma construção bem ela-borada para que resíduos não contaminem a massa ensilada, e para que ele tenha o tamanho ideal para o rebanho que se deseja alimentar, com um acréscimo de 15% no conteúdo por medida de segurança. O importante neste ponto é a assessoria de um profissional habilitado.

O processo de preenchimento do silo depois de uma pre-paração básica consiste no corte da forragem no campo, no processamento com picadeira em pedaços de 2 a 3 cm para encher o fundo ou a base do silo com compactação firme a cada camada. A compactação deve ocorrer com o cuidado para que o material não seja contaminado com barro dos pneus de tratores, dejetos de animais ou por outros agentes. Um dos segredos para uma boa silagem, além da matéria-prima de qualidade, é a boa compactação, pois ela expulsa o ar do silo. Há diferenças no preenchimento de acordo com o formato e o momento final é a vedação com lona plástica e a adição de inoculante, que ocorre para a melhoria das condições de fermentação e o valor nutritivo das silagens. As opções de inoculantes são variadas: fenos, palhas, fubá, uréia, melaço etc... de acordo com a forragem a ser armazenada. Em cerca de 40 dias depois da vedação do silo, ela poderá ser fornecida aos animais e se todo o processo foi bem feito a silagem dura mais de um ano. Outro cuidado, que ocorre após a abertura do silo é a retirada do material em fatias de, no mínimo, 15 cm.

As opções para os técnicos e criadoresO uso de uma ou das duas soluções, o feno e a silagem,

dependem de vários fatores econômicos e de oportunidade do criador. Este uso pode ajudar na lucratividade quando é uma coisa planejada, mas também pode ser um problema quando surge para “apagar um incêndio”. Neste sentido, o veterinário André Alessandri, indica que a seca: “é a principal vilã da lu-cratividade na produção e, na maioria das vezes, o produtor só se dá conta quando verifica que seus gastos com alimentação ultrapassaram o teto previsto”, alerta, indicando que a escassez de alimentação volumosa gera aumento não previsto do consu-mo de alimento concentrado, consequentemente aumentando

os custos e trazen-do instabilidade à produção. Na opi-nião do veterinário, no entanto, não é qualquer volumoso que supre as neces-sidades da criação

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nutrição

Eduardo Caldeirão

e é necessário um volumoso que una qualidade e bom custo x benefício, indicando a silagem de milho como uma opção interessante. André trabalha como fornecedor deste tipo de material e ressalta a praticidade de uma solução desenvolvida

por sua empresa de fornecimento de silagem pronta já embalada.

O engenheiro agrônomo Rogério Banin ressalta por sua vez a necessidade do inves-timento no manejo das pastagens para um melhor aproveitamento das épocas secas. O

sucesso na temporada mais seca ocorre com “o bom manejo dos pastos”, explica Rogério. Sua explicação é mais técnica, envolve o cálculo de UA, o conceito de unidade animal, para definir a quantidade de MS (massa seca), que deverá ser ofertada ao rebanho, mas ele indica o seguinte: “sabendo a demanda de alimentos proveniente de uma correta identifi-cação da evolução de rebanho e após esse calculo, devemos dimensionar as áreas em hectare para os manejos de seca, adotando lotações que cada um comporta no período, como por exemplo: diferimento 1,3 u.a./ha, reforma 1,3 u.a./ha, canavial 15 u.a./ha, pastejo continuo 0,7 u.a./ha, rotaciona-do 1,0 u.a./ha, cerrado 0,3 u.a./ha... Conseguimos com esta matemática, um saldo que permite planejar de forma eficaz o período seco do ano”, completa.

Outra sugestão que decorre de um consumo maior é a redução do rebanho com o descarte dos animais de menor valor agregado e suplementação dos demais com dietas à base de concentrado ou mesmo arrendando novas áreas. “O apoio de técnicos com expertise em nutrição para comprar o concentrado mais adequado de cada categoria é um dos cuidados a serem tomados”, finaliza.

O produtor e empresário Sandro Leffers, se especializou

em oferecer soluções para épocas secas para todos os tipos de criadores, com silagens e pré-secados diversos, e indica a impor-tância da complementação para a superação do período seco. “É uma ótima opção para pequenos, médios e grandes criadores, pois muitas vezes dependendo da estrutura da propriedade, não é viável investir em máquinas para fazer silagens a um número pequeno de animais. Os produtos vendidos em embalagens pequenas, fechadas a vácuo, atendem a necessidade de cada cliente para suprir a falta temporária de alimentação, podendo ser comprado de acordo com o consumo de seus animais”, explica.

Eduardo Caldeirão, diretor da Hidrocana, destaca as possibili-dades de seu sistema de trabalho que consiste em equipamentos para a hidrolise química da cana-de-açúcar, com uma solução à base cal e que promovem uma maior digestibilidade das fibras e favorecem seu uso em épocas mais secas para o sudeste, pois a cana tem seu pico de produção nessa época, e assim os produ-tores tem uma reserva nutricional à disposição. “O processo de hidrolise melhora a digestibilidade da fibra da cana e do ponto de vista prático a vantagem é permitir uma digestibilidade 20% maior, o rebanho não refuga o consumo e permite um melhor aproveitamento da cana para o consumo animal, que pode ser feito em até 72 horas após o preparo”, indica.

Ivan Marques, supervisor técnico do rebanho de ovinos da Fazenda Vassoural, da cidade de Pontal/SP, distante 39 Km de Ribeirão Preto, tra-balha com seu rebanho de cerca de 380 cabeças em épocas secas num sistema de 10 hectares e 19 piquetes, com rodízio de pastejo e reforço na adubação do pasto e correção de calcário no verão para que ele crie massa verde o suficiente para a suportar o período seco e, neste ano, fez uma reserva de volumoso com uma silagem de milho de 60 toneladas, que não cultivaram por falta de área, mas que eles mesmo acondicionam em silos. “Nosso trabalho foi bem ajustado para o nosso rebanho e, além disso, temos boa oferta de água com 3 poços artesianos”, explica Ivan que mescla o rebanho com a produção de elite e comercial.

As diversas opções estão presentes no mercado e os criado-res devem pensar bem nestes próximos dias, se estão ou não organizados para superar as secas de meio de ano. Os riscos de prejuízo são altos para quem negligenciar agora a sua gestão. Pensem nisso e preparem-se para este período.

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Revista Cabra & Ovelha e Grupo sbA entregam placas de homenagem a criadores em leilão na FeinCO 2012 !

homenagem

O 3º Leilão SBA (Seleção Brasileira de Anglonubiano) em conjunto com a Revista Cabra & Ovelha, realizou a

entrega de placas de homenagem a mais de 20 criadores e profissionais que engrandecem o nosso setor e a

atividade da caprinovinocultura no Brasil.

Nos momentos que antecederam o Leilão, na tarde da sexta-feira, dia 16 de março, durante a FEINCO em São Paulo/SP, o diretor/editor da revista, Rodrigo Ros-

so, chamou um a uma dos homenageados à frente do palco do remate para entregar as placas.

Entre os homenageados estavam: Fabiana Cordeiro de Brito, Claudio Esberard e Mara De Lauro, Fábio Cotrim, João Carlos Pedreira Andrade, Wallace Scott, Carla Noznica, José Aldemir T. N. Junior, Zuleika Borges Torrealba, Dr. Walnízio Cabral, José Gomes Silveira, Décio Ribeiro dos Santos, Francisco Pastor, Sílvio Dória de Almeira Ribeiro, Almir Lins, Arcôncio L. A. Neto, Fran-cisco Leitão Moura, Edson Caretta, Valter Alencar Neto, Anneliese de Souza Traldi, José Darlan A. Carneiro Filho e Edmilson Lúcio de Souza Junior.

Carla Noznica: zootecnista, 41 anos e há 17 anos na ativi-dade, esteve por muitos anos à frente da CAPRIPAULO. “Estou emocionada por receber essa homenagem pelo trabalho que faço, fiquei muito agradecida”.

Sylvio Doria de Almeida Ribeiro – CAPRITEC: “É uma satis-fação muito grande, um estímulo para seguir em frente”.

Zuleica Borges Torrealba - Cabanha da Maya: criadora de

ovelhas da raça Crioula, com 81 anos de idade, há 9 anos cria caprinos da raça Anglonubiano. “O prêmio representa o reco-nhecimento do respeito com que realizamos nosso trabalho em geral. Somos unicamente criadores de bovinos para genética, mas ao pensarmos no queijo lembramos a qualidade do leite do Anglonubiano, resolvemos procurar o melhor leite já que também estamos tentando o queijo ovino usando uma raça esquecida no Sul, a ovelha Crioula”.

Annelise de Souza, a Dra. Kiki (USP): ela está na atividade

há 35 anos e é um dos nomes mais respeitados da área técnica e científica da caprinocultura brasileira. “Para mim o prêmio da Revista é um grande reconhecimento, mostra que nós trabalha-mos corretamente”.

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Valter Alencar Neto - Fazenda Santo Antonio (PI): cria-dor de 4 raças, com 33 anos de idade, segundo ele, tem no Anglonubiano o seu xodó, e está no negócio desde 2003. “O reconhecimento da Revista Cabra & Ovelha é de muita importância. Ser reconhecido pelo outros é gratificação em dobro”.

Arconcio Lins de Alburquerque Neto – Sertânia/PE: cria-dor de Anglonubiano, Santa Inês e Dorper, com 35 anos de idade. “Faço questão de enfatizar que a reservada campeã da feira foi nascida em minha propriedade, mesmo sendo hoje de outro criador fico muito feliz. Estou feliz também de receber essa homenagem”.

Francisco Pastor – diretor e idealizador da FEINCO: no mercado desde 2003, com 54 anos, é um dos idealizadores da feira. “Para mim, receber essa homenagem da Revista é o prestígio pelo esforço na atividade e expressa a importância pelo esforço e o reconhecimento da atividade”.

Mara e Cláudio Di Lauro - Cabanha Santa Mônica – Mu-

nhoz/MG: o casal é criador da raça Santa Inês há 6 anos. Com dedicação e amor, em pouco tempo atingiram um patamar excelente de criação. “O prêmio recebido através da Revista é fruto de um trabalho árduo e dedicado. Investimento em genética, para produzir um rebanho competitivo”.

Fabiana Cordeiro de Brito – Pernambuco: é criadora da raça Anglonubiana, com 25 anos de idade, juntamente com o pai, que está no mercado há 40 anos. “A sensação de receber essa homenagem é inexplicável, o momento é oportuno, não tenho palavras para receber essa placa”.

José Aldemir Junior: a criação já vem desde os tempos de seu avô. “É muito gratificante ser reconhecido pela segunda área que eu atuo.”

Edmilson Lúcio de Souza Junior – Juiz: possuidor de uma fazenda na Paraíba, por nome de Santa Rita, aos 50 anos, está no mercado há aproximadamente mais de 30 anos. “É uma satisfação imensa receber essa placa... quase que não me seguro, não estava esperando”.

Wallace Scott – Médico: criador e presidente da CAPRI-PAULO. “leio a Cabra & Ovelha e acho de extrema impor-tância essa publicação e seu envolvimento com o segmento. Estou feliz em ser homenageado”.

Fabio Cotrim – Rebanho Sim – Amparo/SP: criador de Santa Inês e Anglonubiano, com 40 anos de idade, está na atividade há mais de 5 anos. “Receber essa placa da Revista é o reconhecimento de nosso trabalho junto à caprinoovi-nocultura Nacional”.

homenagem acontecendo

pRinCipAis DOençAs De CApRinOs e OvinOs nO bRAsilUma pesquisa realizada pela EMBRAPA Caprinos e Ovinos mapeará as

principais doenças desses animais no país. Os estudos, realizados em nove estados brasileiros, têm como objetivo identificar o nível de infecção dos rebanhos pelas 9 principais doenças que afetam caprinos e ovinos. A pes-quisa teve início em janeiro de 2009 e resultará na caracterização do perfil zoossanitário da caprinocultura e da ovinocultura tropical por território. O trabalho de campo foi concluído no Nordeste e estão sendo coletadas amostras em três Estados de outras regiões do país. Os Estados que partici-pam das análises são os que possuem os maiores rebanhos. Seis deles estão na região Nordeste (Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Bahia), um Estado é da região Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul) e dois es-tão na região Sudeste do Brasil (Minas Gerais e Rio de Janeiro). Para mapear os outros Estados do país, os pesquisadores prevêem um novo projeto. Em cada propriedade, separadas por Estado, os pesquisadores coletarão sangue dos animais e aplicarão um questionário aos produtores, abordando temas como nutrição, reprodução, sanidade e manejo geral. Relacionando os diagnósticos clínicos aos questionários, a pesquisa identificará os fatores de risco e o impacto econômico das enfermidades. Três das nove doenças são contempladas pelo Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). São elas: Artrite Encefalite Caprina (CAE), Maedi-Visna (MVV) e Brucelose Ovina. O resultado da pesquisa envolvendo esse grupo irá subsidiar o es-tabelecimento do programa e orientar políticas públicas e privadas para o controle das enfermidades. As outras seis doenças impactam negativamente a produtividade dos rebanhos, daí a importância do diagnóstico. Trata-se de Linfadenite Caseosa, Clamidofilose, Neosporose, Toxoplasmose, Língua Azul e Leptospirose. Para prevenir as doenças, é necessário aplicar as técnicas de manejo sanitário de pequenos ruminantes.

pROjetO De OvinOCultuRA eM júliO De CAstilhOs/RsA cidade de Júlio de Castilhos/RS é objeto de um projeto de pesquisa

com a parceria da Associação de Municípios da Região Centro e grupo de pesquisas em agronegócios da Universidade Federal de Santa Maria/RS, que visa analisar a cadeia produtiva de ovinos na região central do Estado. Além de Júlio de Castilhos/RS, também recebem o projeto os municípios de São Sepé/RS, São Martinho da Serra/RS e Santiago/RS. O projeto tem o objetivo de diagnosticar os entraves e as potencialidades do setor com o intuito de forta-lecer toda cadeia produtiva de ovinos na região. Foram visitadas quatro pro-priedades e dois abatedouros em Júlio de Castilhos/RS. A partir daí, ocorreu levantamento de dados e foi feito um diagnóstico. O material foi apresentado nesta quarta-feira, dia 21, pela manhã, no Centro Administrativo, para um público composto por produtores e membros da EMATER e de abatedouros. No encontro foi discutida a parte socioeconômica, contábil e de manejo. O projeto identificou que as maiores fraquezas no município são a organização e comercialização da cadeia produtiva de ovinos. Foi identificado grande potencial e grande interesse por parte dos produtores. Júlio de Castilhos/RS possui, há cinco meses, um núcleo composto por mais de 10 integrantes, para realizar o trabalho que precisa ser feito para alavancar a cadeia

AnDRADinA/sp queR FOMentAR CApRinOs e OvinOsO prefeito de Andradina/SP, Jamil Ono e o Secretário da Agricultura e

Abastecimento Nino Spegiorin participaram da FEINCO em São Paulo. Na feira eles puderam conhecer novidades e manter contato com produtores de um dos setores que mais cresce no agronegócio, visando impulsionar a criação em Andradina/SP usando as experiências e novidades no setor para colaborar na organização e melhoria da produção do município. A Secreta-ria de Agricultura já atende um pequeno número de criadores, que hoje se dedicam a caprinocultura em pequenas propriedades rurais, utilizando mão de obra familiar para pequena comercialização de leite e venda de cabritos.

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