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ESCOLA BÁSICA 2, 3 ANTÓNIO SÉRGIO
CAÇA À MINHOCA
INTRODUÇÃO
Na sequência da Semana da Ciência, no ano de lectivo de 2008/2009, em que
assistimos a uma palestra dada pelo Prof. Dr. José Feijó sobre “Selecção Natural
Darwin 2008”, ficámos fascinados pelo tema e, assim, no presente ano lectivo,
decidimos pedir a colaboração dos professores, no sentido de desenvolvermos um
trabalho científico ou um artigo para o jornal da nossa escola.
Frequentamos a Escola António Sérgio, situada numa zona suburbana de Lisboa,
no Cacém, concelho de Sintra.
Integramos a turma O do 5.º ano, que é constituída por 24 alunos, 13 rapazes e
11 raparigas, com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos, alguns de
nacionalidade portuguesa e outros oriundos de: Angola, Guiné, Cabo-Verde, Roménia e
Moldávia.
Nos tempos livres gostamos de dançar, ouvir música e passear. pela Natureza. Junto à
Escola existe uma pequena mata e uma ribeira - Ribeira das Jardas.
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ANTES DA ACTIVIDADE
Depois de termos abordado a diversidade dos animais, seu revestimento,
locomoção, alimentação, forma do corpo e reprodução, na disciplina de Ciências da
Natureza, elaborámos em grupo, o bilhete de identidade de alguns vertebrados e
invertebrados. Nesta sequência, a nossa professora de Ciências e a directora de turma
que lecciona a disciplina de Matemática propuseram-nos um desafio – “Caça à
Minhoca”.
Ficámos muito entusiasmados e fomos fazer uma visita pela nossa escola, a fim
de escolhermos o local para o nosso trabalho.
A directora de turma explicou-nos também a importância desta actividade face à
Matemática, pois para além de fazermos medições, poderíamos também calcular o
perímetro e a área do espaço a utilizar.
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PREPARAÇÃO INICIAL DA ACTIVIDADE
Depois de compreendermos, após explicação da nossa professora, o princípio da
selecção natural, conseguimos observar minhocas nos terrenos húmidos da nossa escola
e recolher algumas que levámos para o terrário da sala de aula.
Aprendemos a sua classificação científica:
Reino:Animalia
Filo:Annelida
Classe: Oligoqueta
O corpo é cilíndrico formado por anéis, alimentam-se de matéria orgânica em
decomposição, deslocam-se através de movimentos musculares, a sua pele é húmida e
possuem respiração cutânea.
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Ficámos, assim, mais motivados para a actividade prática a realizar com
minhocas que seriam falsas e feitas com esparguete e corantes alimentares para enganar
os pombos e os pardais, como se de minhocas verdadeiras se tratasse. Colocou-se a
questão de saber como é que a cor afecta a probabilidade de sobrevivência das
minhocas. Talvez sobrevivam as de cor verde. Talvez as vermelhas ou talvez as
castanhas. Os vários grupos de alunos apostaram nas diferentes hipóteses.
Começámos por procurar um local adequado e após a escolha do mesmo,
colocámos estacas para marcar a área de alimentação dos pássaros no terreno.
Para a preparação das minhocas utilizámos os seguintes materiais: esparguete,
tina de vidro, corantes alimentares, vareta de vidro, tripé, rede de amianto, lamparina de
álcool, fósforos, luvas, tesoura, régua, tabuleiro de dissecção e sacos de plástico.
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De seguida, procedemos à confecção do esparguete, utilizando os corantes
alimentares e mexemos com a vareta para não ficarem colados.
Após escorrido, utilizámos uma régua e cortámos os vários tipos de esparguete
em porções de igual comprimento, com cerca de 5 cm. cada uma.
Guardámos em sacos de plástico e transportámos até ao local escolhido.
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DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE
Depositámos cuidadosamente as 50 minhocas de cada cor no local escolhido,
apresentando-as, assim, aos predadores mais comuns na nossa escola - pombos, pardais
e andorinhas.
Voltámos no dia seguinte à mesma hora, recolhemos as minhocas que haviam
sobrado e colocámo-las em sacos. Fizemos a sua contagem por cores e calculámos o
número das que sobraram. Subtraímos este número a 50, obtendo, assim, as que foram
comidas. Repetimos este procedimento durante cinco dias e observámos que as
minhocas castanhas eram as que existiam em maior número no final da semana.
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INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Verificámos pelos resultados obtidos que as minhocas vermelhas e verdes
foram as preferidas pelos pássaros. A cor terá influenciado a escolha por parte dos
predadores.
Sabemos que a visão dos pássaros é diferente da nossa, pois conseguem
observar a luz ultra violeta. A cor verde reflecte a luz ultra violeta no solo, logo,
sobreviveram mais minhocas de cor castanha do que verde.
Professores responsáveis:
Fátima Machado
Salomé Almeida
Alunos participantes: 5º O
Cacém, 29 de Abril de 2010