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Levantamento dos Gargalos Tecnológicos Cadeia Produtiva da Apicultura Curitiba, 31 de maio de 2007.

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Levantamento dos Gargalos Tecnológicos Cadeia Produtiva da Apicultura

Curitiba, 31 de maio de 2007.

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 2

Levantamento dos Gargalos Tecnológicos Cadeia Produtiva do Turismo

Sumário OBJETIVO....................................................................................................5 CONSIDERAÇÕES......................................................................................5 AMBIENTE COMPETITIVO .........................................................................6 Mercado nacional .....................................................................................7 Mercado externo.......................................................................................8 O negócio .................................................................................................8 As abelhas................................................................................................8 No Paraná.................................................................................................9 Associação Paranaense de Apicultores..............................................11

IMPACTO ECONÔMICO E SOCIAL ..........................................................11 PRINCIPAIS PRODUTOS E USOS ...........................................................12 Mel..........................................................................................................12 Geléia Real .............................................................................................13 Própolis...................................................................................................13 Pólen ......................................................................................................13 Cera........................................................................................................13 Apitoxina.................................................................................................13 Hidromel .................................................................................................14 Uso medicinal .........................................................................................14

TECNOLOGIA............................................................................................15 Colméia Langstroth.................................................................................15 Melhoramento genético ..........................................................................16 Outras técnicas.......................................................................................16 Apicultura Migratória ...........................................................................17 Alimentação artificial ...........................................................................17 Armadilhas para forídeos ....................................................................17

Sinergia...................................................................................................17 SERVIÇOS TECNOLÓGICOS...................................................................17 Softwares................................................................................................17 Internet ...................................................................................................18

EQUIPAMENTOS ......................................................................................18 Alimentadores.........................................................................................18 Aparelho automático de desoperculação................................................18 Caixas.....................................................................................................19 Centrífuga...............................................................................................19 Decantador .............................................................................................19 Faca desoperculadora ............................................................................19 Fumigador...............................................................................................20 Garfo desoperculador .............................................................................20 Homogeneizadores.................................................................................20 Mesa desoperculadora ...........................................................................20 Peneiras..................................................................................................20 Redutor de alvado ..................................................................................20 Tela excluidora .......................................................................................20

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Tela excluidora de alvado.......................................................................21 Tela de transporte...................................................................................21 Vestimenta..............................................................................................21

CAPACITAÇÃO..........................................................................................22 LEGISLAÇÃO.............................................................................................23 Legislação de referência.........................................................................23 Normas ...................................................................................................25

TENDÊNCIAS ............................................................................................25 Produção orgânica..................................................................................26 Certificação.............................................................................................26 Particularização dos méis .......................................................................27 Produtos enriquecidos ............................................................................27 Meliponicultura........................................................................................27 Associativismo ........................................................................................27

PESQUISA & DESENVOLVIMENTO.........................................................27 Melhoramento genético ..........................................................................28 Aplicações médicas ................................................................................28 Embalagens............................................................................................28 Eventos...................................................................................................29

PROCESSO PRODUTIVO.........................................................................29 Apiário ....................................................................................................29 Colheita...................................................................................................30 Extração..................................................................................................30 Centrifugação......................................................................................31 Filtragem .............................................................................................31 Decantação.........................................................................................31 Armazenagem.....................................................................................31

Beneficiamento.......................................................................................32 Descristalização..................................................................................32 Envase ................................................................................................32 Armazenamento..................................................................................33

Limpeza ..................................................................................................33 Controle de qualidade.............................................................................33 Própolis...................................................................................................34 Apitoxina.................................................................................................34 Tratamento de efluentes.........................................................................34 Comercialização .....................................................................................34

OPORTUNIDADES ....................................................................................35 Fabricação de caixas de abelhas ...........................................................35 Criação de abelhas.................................................................................35 Consultorias............................................................................................36 Outros negócios......................................................................................36

CONCLUSÕES ..........................................................................................36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................37 Anexo I ­ Conceitos e definições................................................................38 Anexo II ­ Contatos realizados ...................................................................41 INSTITUIÇÕES.......................................................................................41 INDÚSTRIAS ..........................................................................................41 FORNECEDORES .................................................................................41 USUÁRIOS .............................................................................................41

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Anexo III – Outras fontes de informação....................................................45 Instituições..............................................................................................45 Vídeos ....................................................................................................52 Cartilhas..................................................................................................52 Fornecedores..........................................................................................52 Produtor..................................................................................................53 Revistas..................................................................................................53 Softwares................................................................................................53 Sites........................................................................................................53 Literatura.................................................................................................53

Anexo IV ­ Apicultores da Região do Vale do Ribeira ................................56 Anexo V – Oportunidades de Negócio .......................................................59

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Levantamento dos Gargalos Tecnológicos Cadeia Produtiva do Turismo

OBJETIVO Este relatório tem a finalidade de registrar o esforço e os resultados do trabalho de levantamento dos gargalos tecnológicos da Cadeia Produtiva da Apicultura, com o propósito principal de suportar os trabalhos do SEBRAE/PR sobre este tema.

CONSIDERAÇÕES O levantamento foi focado em dificuldades de caráter tecnológico e priorizou aspectos que poderiam oferecer oportunidades de negócio para micro e pequenas empresas paranaenses. Entretanto, outras informações obtidas nas visitas técnicas e entrevistas, julgadas potencialmente úteis para outros trabalhos do SEBRAE, foram incluídas.

O trabalho cobriu toda a extensão da cadeia produtiva e, em alguns momentos, levou em conta o ciclo de vida dos produtos. Na execução foram realizadas ações visando a:

1. Identificação dos gargalos tecnológicos no processo produtivo, incluindo a oferta de matéria­prima, produção, embalagem, distribuição e destinação das sobras dos processos.

2. Identificação de soluções e instituições que podem contribuir para a superação dos gargalos identificados.

3. Identificação de novas oportunidades de negócios, decorrentes da solução dos gargalos.

4. Identificação de tecnologias obsoletas e de baixa competitividade, assim como de tecnologias emergentes que possam elevar a competitividade da cadeia.

Para o levantamento das informações necessárias ao trabalho foram feitas visitas técnicas e entrevistadas pessoas que representam empresas, entidades associativas e órgãos governamentais, além de especialistas. Uma relação detalhada destes contatos aparece no anexo II.

O conjunto das empresas visitadas foi bem variado, incluindo desde produtores e associações a exportadores e usuários nas indústrias farmacêuticas.

Para o levantamento das informações do ponto de vista do produtor – aparentemente o elo mais frágil da cadeia ­ foram feitas visitas técnicas e entrevistados pequenos produtores de mel de Tunas do Paraná (anexo IV).

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As entrevistas também identificaram problemas que não têm relação com aspectos tecnológicos, como concorrência desleal, principalmente devido à informalidade e uma legislação complexa.

Para o planejamento das visitas e entrevistas foi tomado como referência a descrição da Cadeia Produtiva do Mel apresentada na figura 1.

Figura 1 – Cadeia Produtiva do Mel

Fonte: Revista SEBRAE Agronegócios. Desafios da Apicultura Brasileira. Maio/2006. pp. 22.

AMBIENTE COMPETITIVO A cadeia produtiva da apicultura brasileira envolve cerca de 350 mil pessoas; a maioria pequenos produtores. É uma atividade de grande impacto social, pois gera renda e ocupação, ajudando a fixar o homem no campo. A produção brasileira anual supera as 40 mil toneladas e está bem distribuída por todo o território nacional, envolvendo mais de 13 mil produtores, ligados a cerca de 3 centenas de associações e mais de 42 cooperativas.

A diversidade, a riqueza e as proporções continentais do Brasil favorecem a ambientação de uma grande variedade de espécies de abelhas e coloca o país como o 6º maior produtor mundial de mel.

O mel brasileiro é de boa qualidade e isento de antibióticos, razão pela qual pode ser misturado aos méis procedentes da China e Argentina – outros grandes produtores – para colocar os produtos dentro dos limites especificados pela União Européia.

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O mel para exportação é embalado em tambores metálicos identificados, para garantir sua rastreabilidade, isto é, que se possa acompanhar sua história do início ao fim. Muitas empresas têm uma classificação que vai ao nível de floradas e subfloradas. Também são feitas misturas (blends) para a obtenção de determinada cor ou padrão.

Uma vantagem competitiva do Brasil é o grande potencial para produção de mel orgânico. Além disso, a produção nacional é estável ao longo do ano, devido à grande dispersão geográfica dos produtores.

A rica flora da região nordestina, por ser pouco agricultável – e, portanto, isenta de agrotóxicos – e a presença das abelhas resistentes a doenças de crias e ao ácaro Varroa destructor propiciam ao Nordeste a produção do mel e, em especial, do mel orgânico. Em 2004, o Nordeste foi responsável por aproximadamente 30% da exportação brasileira de mel.

Mercado nacional O consumo per capita do brasileiro é de apenas 60 gramas de mel por ano, enquanto em alguns países da Europa passa de 1 quilo, mostrando o potencial do mercado interno.

Apesar de visto prioritariamente como alimento, a maior parte do consumo de mel pela população ocorre na forma de medicamentos, devido as suas múltiplas propriedades terapêuticas.

Pesquisa sobre o consumidor de mel indica que o produto é mais usado pela população de melhor aquisitivo. Na amostra estudada, 43% das pessoas disseram que não consomem mel ou o fazem com rara freqüência, enquanto 35% afirmaram consumir o produto sempre ou quase sempre.

Nos últimos anos o mel vem perdendo terreno na indústria de alimentos, devido ao desprezo das empresas brasileiras na utilização do produto. Esta situação se intensificou com a utilização dos aditivos – substâncias químicas que imitam o sabor, a cor e o aroma do mel – em decorrência da regulamentação da lei e das normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA, do Ministério da Saúde. O fato dos aditivos imitarem com perfeição todas as características do mel não significa que o consumidor esteja sendo lesado, visto que os rótulos dos produtos informam acerca da presença das substâncias, mas impactam o valor nutritivo dos alimentos e a apicultura nacional.

A inclusão do mel na merenda escolar – facilitada pelo uso de embalagens tipo sache – é uma antiga reivindicação do setor e iria contribuir para o aumento do consumo. O governo do Mato Grosso do Sul é pioneiro nesta ação, que já vem sendo seguida por outros lugares.

Ainda não existe um Selo de Qualidade oferecido por uma instituição idônea que possa demonstrar ao mercado que se trata de um produto confiável e de qualidade.

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Mercado externo O Brasil é o décimo primeiro produtor mundial e o quinto maior exportador de mel do planeta. Em 2005, as exportações somaram 14,5 mil toneladas, correspondendo a uma entrada de divisas de US$18,94 milhões. No período, 80% das vendas externas foram para a Europa.

Em 2003, com a saída da China do mercado, a indústria do mel viveu uma fase de euforia. Posteriormente, com o embargo da União Européia – sob a alegação de que o Brasil não estaria cumprindo o prazo de implantação das análises a serem feitas no âmbito do Programa Nacional de Controle de Resíduos PNCR – a situação se inverteu, gerando uma crise no setor.

A reabertura do mercado europeu, principalmente o alemão, para a comercialização do mel brasileiro e seus derivados, terá forte impacto na demanda do produto e irá alavancar a indústria brasileira do mel.

O negócio A propriedade típica tem de 20 a 30 colméias e, de modo geral, a apicultura é uma atividade complementar nas propriedades agrícolas, A mão de obra é cara, devido às difíceis condições do trabalho (temperatura no interior das vestimentas de segurança e riscos de ferroadas). Assim, de modo geral o produtor não contrata ajudante, utilizando­se da mão de obra familiar.

Os apicultores, ainda que consigam boa produção, carecem de habilidades para colocar o produto no mercado. Por exemplo, o mel deveria ser estocado para venda no inverno, quando o preço é melhor, mas o empresário não tem paciência ou condições para esperar.

Outro problema é a existência de atravessadores que compram o produto nas pequenas propriedades e entregam in natura para entrepostos que agregam valor à produção pelo beneficiamento e exportação com marca própria. Esta venda poderia ser feita por cooperativas e associações, ampliando sensivelmente a renda do produtor.

Também há desconhecimento das fontes de captação de recursos, como a Linha Especial de Crédito LEC, do Ministério da Agricultura (linha de crédito rural criada pelo governo federal em 2003 para apoiar a comercialização da produção agrícola brasileira por meio do financiamento para comercialização e a possível estocagem). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Ministério da Fazenda autorizaram, por meio de portaria interministerial publicada no Diário Oficial da União de 28/12/06, a concessão de crédito para a comercialização de maça, pêssego, lã, fécula de mandioca e mel.

As abelhas Embora a introdução da abelha africana no Brasil tenha sido desastrosa no início, por dizimar as colméias nativas, depois de 50 anos resultou em uma espécie muito mais resistente a doenças.

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As abelhas africanas são tolerantes ao “Varroa Jacobsoni” ou “Varroa Destructor”, ácaro que suga o “sangue” da abelha desde a fase da larva até a adulta e também prejudica a capacidade produtiva da colônia. Os constantes cruzamentos das abelhas, que deram origem à “africanizada” são tolerantes a essa praga e a outras, dentre as quais podemos citar a “cria pútrida americana”, doença causada pelo Bacillus larvae, que destrói colméias enfraquecidas, composta às vezes de abelhas necrófagas.

Esta resistência torna desnecessário o uso de antibióticos que prejudicam a qualidade do mel, o que representa uma vantagem competitiva para o Brasil.

As variedades brasileiras ostentam pluralidade de coloração, variando do roxo metálico a variados tons de azuis e verdes. Por vezes apresentam manchas e listas pretas e amarelas pelo corpo e no quesito tamanho, variam de 5 centímetros a 2 milímetros, muitas vezes confundidas com moscas varejeiras ou outro grupo de insetos.

Tabela I – A diversidade de abelhas no Brasil

Fonte:http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/historico.htm

No Paraná O Paraná tem cerca de 50.000 produtores e, cerca de 90% deles, são pequenos, com uma média de 25 colméias por apicultor. O Paraná envia produtos “in natura”, com baixo valor agregado, para o exterior e outros estados brasileiros, como Santa Catarina e São Paulo, o que acaba gerando maior renda e empregos fora do estado.

Trabalho de pesquisa conduzido na Universidade Estadual de Ponta Grossa, baseada em 80 amostras de mel coletadas diretamente com os produtores,

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para caracterizar a qualidade físico­química e microbiológica do mel produzido nos Campos Gerais e o grau de atendimento à Instrução Normativa nº 11, de 20 de outubro de 2000, mostrou que 16 delas apresentaram resultados discordantes com a legislação, nos parâmetros umidade, teor de sacarose, acidez, diastase e HMF.

Os méis foram classificados quanto à origem: floral ou de melato e, em 40% deles, foi verificada a participação de melato. O mesmo estudo avaliou a qualidade higiênica dos produtos, por meio de analises microbiológicas de Salmonella spp, coliformes totais e bolores e leveduras. Embora visitas aos produtores tenham mostrado diferentes condições de higiene, a qualidade geral do mel foi considerada boa.

Em Tunas do Paraná – uma das regiões de apicultura do Estado – o nível de conhecimento dos apicultores a respeito dos aspectos de armazenamento e escoamento da produção é bastante limitado. Também são necessárias informações sobre custo, gerenciamento e orientações visando à implantação de uma cooperativa ou associação que facilite a absorção de conhecimentos e a participação em algum projeto de captação de recursos junto aos órgãos federais. Uma relação detalhada dos apicultores de Tunas do Paraná aparece no anexo IV.

Segundo a Associação Paranaense de Apicultura APA, a criação de abelhas sofre com o uso de inseticidas nas lavouras, especialmente os aplicados por aviões, que oferecem grande risco para as colméias. Também falta manejo das colméias, por falta de conhecimento. A Associação também considera que a tecnologia para elevar a produção de própolis está disponível, mas o baixo preço do produto (R$35 a 40,00/kg) não incentiva o produtor.

Excetuando áreas onde o trabalho do SEBRAE/PR junto aos apicultores se encontra em estágio mais avançado, como em Jacarezinho, as entrevistas também identificaram dificuldades que não têm relação com aspectos tecnológicos, como: • Presença de atravessadores na cadeia produtiva do mel, com

disponibilidade financeira para pagar pelos galões de 20 quilos de mel sem processamento e com veículo próprio.

• Falta de conhecimentos básicos sobre qualidade, higiene e armazenamento.

• Burocracia complexa e com prazos longos, gerando dificuldade de conseguir a documentação para a venda dos produtos.

• Perda significativa de colméias ocasionada pela fauna local (iraras, cachorros do mato).

• Roubo e queima de colméias por vândalos. • Falta de recursos para ampliar e melhorar o negócio, e pouco apoio por

parte de instituições financeiras.

O Paraná também começa a se destacar na meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão), inclusive com a montagem de colméias com casas de calefação, para criar abelhas nativas uruçus e jandaíras trazidas do Nordeste.

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Associação Paranaense de Apicultores A Associação Paranaense de Apicultores APA criou uma Casa de Mel, com capacidade para processar 2 t/semana e atender cerca de 20 produtores, com recursos para atender às exigências legais relacionadas à inspeção federal. No momento, está criando uma segunda Casa com capacidade para 10 t/semana e atendimento de 50 produtores.

A Associação também conta com espaço para treinamentos, laboratório, loja de acessórios, etc. e, frequentemente, oferece programas de capacitação, além de ser um espaço para troca de experiências. A APA também fornece rótulos autocolantes, para uso pelos associados.

IMPACTO ECONÔMICO E SOCIAL Segundo informações da Rede Apis, cada R$5.000,00 investido na apicultura gera um emprego ou ocupação. Trata­se, portanto, de uma das formas mais baratas de criar empregos.

Empresas, como a Breyer & Cia Ltda., que integra a produção de 110 famílias na região de União da Vitória PR, são importantes como fonte de renda e, também, por disseminarem as boas práticas. Como o preço que pagam pelo produto depende das condições de higiene com que o apicultor trabalha, acabam influenciando de forma positiva toda a comunidade.

Devido à importância sócio­econômica da apicultura, o SEBRAE tem diversas iniciativas voltadas para o setor, principalmente no norte e nordeste do país. No Paraná já houve período em que o governo ofereceu centrífugas e outros equipamentos aos produtores, para incentivar a apicultura.

A atividade da apicultura também se presta para a inclusão social de pessoas com deficiências. Um exemplo referencial foi administrado pela Craft Aid, na ilha Rodrigues, a 560 km ao nordeste de Maurício, no oceano Índico. Com a ajuda de um apicultor com experiência na produção de aparelhos e ferramentas para pessoas com deficiências, a organização criou um centro de treinamento com 12 colméias. Ao final dos treinamentos, as pessoas recebem uma colméia com uma colônia de abelhas, desde que tenham preparado em sua propriedade um espaço adequado. Também é oferecido um financiamento que pode ser pago em mel. Em dezembro de 2005 o programa tinha 9 pessoas trabalhando em tempo integral no entreposto, recebendo mel de 25 apicultores, dos quais 20 têm alguma pessoa com deficiência na família. O programa de capacitação é permanente, com a presença anual de um especialista inglês que oferece treinamento.

Ubi Apis Ibi Salus (Onde tem abelhas tem saúde) Caio Plínio II ­ 23 a 79 d.C

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PRINCIPAIS PRODUTOS E USOS Embora com ênfase no mel, a atividade apícola abrange grande número de produtos, como:

• Mel orgânico • Própolis • Cera • Pólen • Geléia real • Apitoxina

Além de bebidas (licor, cachaça, etc.), alimentos (Bolos, tortas, etc.), medicamentos e cosméticos.

Mel O mel é produzido pelas abelhas e outros insetos sociais a partir do néctar das flores ou de outras substâncias açucaradas, que elas coletam e transformam através da evaporação da água e da adição de enzimas.

O mel é composto, em sua maior parte (99%) de água e açúcares. O 1% restante é constituído de substâncias presentes em quantidades diminutas, mas que são importantes para a caracterização do mel, tais como enzimas, sais minerais, etc. Os principais açúcares são sacarose, glicose, frutose e maltose.

Nos méis de Apis, a concentração de açúcares é em torno de 80%, enquanto que o mel da abelha jataí (Tetragonica angustula) é mais aguado, com uma concentração em torno de 75%. Como alimento, tem alto valor nutritivo e energético.

É comum que alguns produtos recebam a denominação de mel de eucalipto ou mel de laranjeira, mas esta afirmação costuma ser baseada na intuição do produtor e, raramente, corresponde a realidade, já que as abelhas circulam em uma área de até 3 km e acabam se servindo de outras fontes de matéria­ prima. Para conseguir mel monofloral é necessário fazer uso da apicultura migratória, onde as colméias são levadas até grandes plantações de eucalipto ou laranjas, por exemplo. Assim, o correto seria declarar o mel como silvestre ou com predominância de determinada florada.

O mel de bracatinga é muito apreciado na Europa. O mel de laranja do Brasil também é muito procurado. No mundo todo, há apenas quatro grandes produtores desse tipo de mel: Estados Unidos, México, Espanha e Brasil. Outros tipos de méis, como os de marmeleiro, de cipó­uva e de angico, também são valorizados pelo sabor, pela suavidade e pela clareza da cor.

Existe uma classificação internacional por cor e composição mineral que é adotada principalmente nos contratos de exportação. Mas, os parâmetros mais freqüentes para estabelecer a qualidade do produto são a condutividade e a cor.

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O mel é muito usado nas indústrias de cosméticos e de saúde. Apenas a Pharma Néctar, um grupo de empresas de apicultura, exporta 60 produtos à base de mel, como xampus, cosméticos e pasta de dente.

Geléia Real A geléia real é produzida, pelas abelhas, para alimentação das crias e da rainha. É oferecida como alimento para todas as larvas jovens da colméia, durante três dias, e, para a rainha, durante toda sua vida.

A geléia real contém hormônios, vitaminas, aminoácidos, enzimas, lipídios e outras substâncias que agem sobre o processo de regeneração celular, sendo considerada a fonte da juventude.

A produção de geléia real está muito associada à geração de abelhas jovens e, portanto, ao manejo das colméias.

Própolis A própolis é produzida a partir de resinas e bálsamos, coletados das plantas, modificados pelas abelhas operárias por meio de secreções próprias. É usado para fins medicinais, como tratamento de doenças respiratórias e, ainda, para mau hálito, aftas e gengivites, bem como para fortificar o organismo. Também pode ser usado em micoses, espinhas, verrugas, frieiras e como cicatrizante em feridas e cortes.

A própolis de alecrim, ou própolis verde, é um produto com ótimo mercado devido às suas alegadas propriedades medicinais.

Pólen O pólen é coletado pelas abelhas ao visitar as flores. Alguns grãos são trazidos para o interior das colméias e depositados nos alvéolos dos favos. Possui 22 aminoácidos essenciais, além de grande quantidade de proteínas e minerais. Tem aplicações culinárias e como suplemento alimentar e medicamento.

Cera Para produzir meio quilo de cera, as abelhas precisam consumir entre três e cinco quilos de mel. A cera é usada para a fabricação de velas, em tratamentos cosméticos e na indústria, para polimentos e impermeabilizações.

Apitoxina Conhecida como “veneno de abelha”, a apitoxina é uma substância contida no ferrão das abelhas que tem alto valor comercial no segmento de manipulação de medicamentos.

Quatro componentes são destacados na composição de apitoxina. Dois são peptídeos de baixo peso molecular: a melitina, cerca de 50% do peso seco; a apamina, cerca de 3% do peso seco. Os outros dois tem ação enzimática: a hialuronidase, que decompõe o principal polissacarídeo da matriz celular

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epitelial, o ácido hialurônico. A fosfolipase A2, que rompe a estrutura dos fosfoacilgliceróis da membrana das células. Além disso, ocorrem compostos nitrogenados de outras classes como a noradrenelina, dopamina, solapiveno e catecolaminas.

Para se conseguir obter 1g de veneno seco é necessário coletar a apitoxina de cerca de 10.000 abelhas.

Hidromel É uma bebida obtida pela fermentação do mel, seu teor alcoólico e em torno de 12º. Pode ser doce, seco ou meio doce, pode ser também produzido como licor. Foi empregado pelos gregos para preparar a Ambrósia, bebida feita a partir da mistura de vinho, água e mel. É usado como medicamento e suplemento alimentar.

Uso medicinal O emprego medicinal dos méis é feito principalmente em doenças respiratórias e como cicatrizante, laxante e digestivo.

A indicação das ferroadas como solução terapêutica é referenciada à longo tempo e a história registra que Carlos Magno, no século VII, foi tratado dessa maneira para combater inflamações nas juntas. A ação do veneno envolve o bloqueio dos nervos sensoriais devido à presença da enzima hialuronidase.

Mais recentemente, a apitoxina tem sido usada com sucesso na redução dos sintomas da esclerose múltipla, enfermidade neuro­degenerativa que afeta aproximadamente um a cada 1.000 habitantes e que provoca distúrbios visuais, transtornos sexuais e da bexiga, instabilidade ao caminhar, fadiga, demência e disfunções cerebrais (displasia, nistagmus, e tremores intensos).

Pesquisas realizadas na Universidade de Wisconsin auxiliaram seis pacientes diabéticos a evitar a amputação, comprovando que o mel, quando introduzido em grandes quantidades dentro da ferida, após se remover a pele morta e as bactérias, mata as bactérias e evita complicações de resistência bacteriana, que ocorrem nos antibióticos tradicionais.

Hospitais psiquiátricos utilizam mel diariamente para elevar a sensação de prazer nos maníaco­depressivos (aumento das endorfinas), a Pastoral da Criança o utiliza no tratamento das crianças portadoras de disfunções nutricionais graves. Nutricionistas indicam os saches de mel como complementação alimentar para as gestantes (além das muitas vitaminas, também oferece o ácido fólico necessário na gestação) e para atletas (nos intervalos das competições ou esportes desenvolvidos, pois repõe a glicose rapidamente) e os oncologistas pediátricos o receitam para as crianças em tratamento quimioterápico, pelo aumento da sensação de prazer e conseqüente diminuição da dor, além da melhor aceitabilidade estomacal.

Algumas dermatologistas aplicam o mel diretamente na face, como cicatrizante natural após a limpeza de pele, da mesma maneira que alguns

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médicos que professam a medicina alternativa o aplicam em queimaduras leves, como bactericida e cicatrizante.

A capacidade antibacteriana dos méis varia com a espécie de abelha que o produziu, a florada de onde ele provém e, naturalmente, com o tipo de bactéria.

TECNOLOGIA A Associação Paranaense de Apicultores tem uma coleção de colméias muito antigas, oriundas de diversos países, que demonstram claramente o momento em que o homem encarou a Apicultura como meio de subsistência, passando a construir os primeiros potes de barro vazado para abrigar os enxames. Esta mesma coleção permite que se conheça boa parte dos avanços tecnológicos da apicultura.

As operações envolvidas nos processos de criação de abelhas e beneficiamento do mel são bastante simples e tradicionais. A sofisticação tecnológica ocorre nos esforços para o melhoramento da produtividade das abelhas e nas técnicas de separação de princípios ativos para uso medicinal ou na cosmetologia.

A maioria dos produtores é de pequeno porte e sem grande preparo. De modo geral, a principal fonte de conhecimento são produtores mais experientes e os treinamentos oferecidos por associações e órgãos de extensão rural, como a EMATER.

Colméia Langstroth O espaço abelha – descoberto pelo apicultor e matemático americano Lorenzo Lorain Langstroth – é considerado uma das grandes descobertas da apicultura moderna. Trata­se do espaço livre que deve haver entre as diversas partes da colméia, ou seja, entre as laterais e os quadros, quadros e fundo, quadros e tampa e entre os quadros. Este espaço deve variar entre 6 e 9 mm. Se menor, impede o livre transito das abelhas; se maior, será obstruído com própolis ou construção de favos.

Langstroth também criou o quadro móvel, que fica suspenso dentro da colméia pelas duas extremidades. Estas descobertas levaram a criação da Colméia Langstroth em 1851. A Colméia Langstroth é considerada padrão e até hoje é a mais usada em todo o mundo. Foi a partir dela que se deu o maior avanço na apicultura devido à facilidade no manejo que ela proporciona.

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Figura 1 ­ A Colméia Langstroth

Fonte: http://www.saudeanimal.com.br

O uso da Colméia Langstroth dá condições, aos apicultores, de facilmente substituir os quadros deteriorados, por sempre terem as mesmas dimensões.

Melhoramento genético Entre os desafios do setor, está o melhoramento genético, com a finalidade de obter colméias com elevada produtividade de mel e própolis.

Algumas empresas realizam inseminação artificial em abelhas de forma a maximizar a qualidade da produção de própolis utilizada em muitos fármacos. É a clara interação entre as áreas de saúde humana, saúde animal, agro negócios e meio­ambiente, pois a inseminação artificial é uma técnica de saúde animal aplicada para a melhoria da saúde humana.

Outras técnicas Embora simples, técnicas praticadas em uma região são frequentemente desconhecidas em outras. Como exemplo, citamos:

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Apicultura Migratória Quando a criação das abelhas ocorre num mesmo local, significa que existem floradas suficientes para a sua manutenção. Quando esse fato não ocorre, como nas monoculturas, onde a florada é expressiva, mas por um curto período de tempo, o apicultor realiza o deslocamento do apiário (migração) ou parte dele para locais com floradas onde as abelhas possam coletar pólen e néctar. Esta técnica é denominada Apicultura Migratória.

Alimentação artificial A técnica de alimentação artificial é usada em ocasiões especiais, quando a colônia está fraca com pouca cria ou pouco alimento. Essa alimentação pode ser de xarope de água e açúcar, que é também a mais comum, de cândi, ou ainda, de rapadura picadinha.

Armadilhas para forídeos Os forídeos são moscas pequenas, ligeiras, que botam ovos principalmente nos potes de pólen das abelhas, sendo prejudiciais aos ninhos. Seu combate é feito pelo uso de armadilhas. As armadilhas mais comuns, externamente ao meliponário, são confeccionadas com garrafas de plástico, com alguns furos nas suas paredes, e que permitem a passagem destas moscas. Uma pequena quantidade de vinagre no seu interior é que atrai as fêmeas destas moscas pelo odor. Dentro da garrafa, as moscas não conseguem mais sair pelos pequenos buracos por onde entraram e acabam morrendo. Armadilhas menores, com o mesmo processo, são colocadas dentro dos ninhos, quando muito infestados.

Sinergia Uma solução adotada por muitos apicultores é estabelecer parcerias com empresas reflorestadoras ou proprietárias de áreas florestais para a colocação das colméias. Na maioria das vezes as empresas tratam esta situação como uma concessão, quando na verdade o ganho é mútuo, pois a polinização feita pelas abelhas contribui de forma positiva para o crescimento das florestas. Nas demais culturas, também é sabido que a utilização de colméias na polinização das lavouras aumenta a produtividade. Um exemplo é o trabalho modelo de recuperação de áreas mineradas conduzido pela Petrobras em São Mateus do Sul PR. Lá, a área da qual foi extraído o xisto betuminoso, e que se encontra em fase de reabilitação, ganha colméias de abelhas com o propósito de acelerar o processo.

SERVIÇOS TECNOLÓGICOS O negócio da apicultura, como as demais indústrias, está sendo fortemente afetada pelos avanços tecnológicos. Mas, diferentemente das demais, tem tirado pouco partido da tecnologia da informação.

Softwares O uso de softwares para efetuar o registro das informações dos apiários, das colméias e o detalhamento da produção, presença de doenças, quantidade

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de melgueiras, etc. permitindo a geração de estatísticas que dão ao produtor maior controle para a melhoria da produtividade é pouco difundido.

Programas de computador também podem ser usados para cadastro de clientes e fornecedores, documentando os históricos das vendas e compras realizadas, bem como para efetuando o registro das despesas e receitas visando simplificar o cálculo da lucratividade. Como exemplos de softwares voltados para a apicultura temos o ApisSoftBR e o APIS.

Internet Existe um bom número de sites sobre apicultura que podem ser usados para a busca de informações específicas. O WebBee se propõe a ser um local de integração das informações sobre a biologia e a criação das diversas espécies de abelhas e sobre seus habitats, englobando textos, imagens e vídeos voltados para diversos públicos. Além de um banco de dados sobre as espécies conhecidas, pretende disponibilizar material didático para educação à distância, visando atender à demanda por conteúdos em português e também em outras línguas.

Com o WebBee se pretende estimular a implementação de uma rede virtual e aberta a pesquisadores e especialistas em criação de abelhas para a geração e aplicação desses conteúdos digitais, disponibilizando­os numa mesma plataforma de software na Internet. O projeto de preparar o WebBee foi proposto a partir de uma colaboração entre o Laboratório de Abelhas do Instituto de Biociências e do Laboratório de Automação Agrícola da Escola Politécnica, ambos da Universidade de São Paulo. Também contou com a adesão da EMBRAPA ­ Amazônia Oriental, do Laboratório de Abelhas da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola e da Universidade Estadual de Feira de Santana.

EQUIPAMENTOS Os equipamentos usados na nas diversas etapas da cadeia da apicultura podem ser encontrados com facilidade no mercado. Alguns fornecedores citados pelas empresas visitadas aparecem no anexo III, Seguem comentários sobre itens específicos.

Alimentadores São equipamentos utilizados para a alimentação artificial de abelhas. Um dos modelos mais comuns é o Bordmann, que pode usar garrafas de vidro (tipo conserva) ou pet. Outro modelo é o Alimentador de Cobertura, que permite o uso de alimentação liquida ou pastosa. O alimentador Doolitle serve para uso interno, na caixa de melgueira ou ninho.

Aparelho automático de desoperculação Equipamento onde os quadros são encaixados e desoperculados automaticamente, por meio de um sistema de guilhotina com arames de metal. Recomendado para grandes produções.

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Caixas As caixas são as peças fundamentais na prática da apicultura comercial. O desenvolvimento de peças móveis (tampas, fundos, quadros, etc.) permitiu a exploração dos produtos apícolas de forma contínua, sem dano para as abelhas. Existem vários modelos de colméias, mas o apicultor deve padronizar seu apiário, evitando a utilização de diferentes modelos.

Uma colméia racional é subdividida em: tampa, sobrecaixa (melgueira ou sobreninho), ninho e fundo e os quadros (caixilhos). A manutenção das medidas padrões para cada modelo é essencial, para permitir o intercâmbio dos componentes. O modelo recomendado pela Confederação Brasileira de Apicultura é o Langstroth.

Na construção das caixas deve ser evitado o uso de madeiras nobres, como a imbuia, pois são tóxicas. As melhores opções são o cedro e o pinheiro araucária. O pinus também serve, mas tem pouca durabilidade. A madeira deve estar bem seca, evitando posterior deformação. A espessura da tábua pode variar, desde que sejam respeitadas as medidas internas das colméias e externas dos quadros. Na construção das colméias, o espaço abelha deve ser rigorosamente respeitado. Também podem ser dotadas de trampas, para coleta do pólen.

As caixas podem ser compradas ou feitas pelo apicultor, mas não devem ser pintadas. A proteção, quando feita, deve usar um verniz ecológico.

Centrífuga Equipamento que recebe os quadros já desoperculados e, por meio de movimento de rotação em torno de seu próprio eixo, retira o mel dos alvéolos (força centrífuga). Existem alguns sistemas de encaixe dos quadros, entretanto, o mais comum e com melhor rendimento é o que se denomina "radial", pois permite a retirada do mel nas duas faces do quadro ao mesmo tempo. No mercado, encontramos centrífugas com várias capacidades de extração, com sistema de rotação acionado manualmente ou com motor e dispositivos de controle de velocidade de rotação.

Decantador Recipiente destinado ao recebimento do mel já centrifugado. É dotado de abertura superior, com tampa e orifício, e escoamento localizado na base. Tem como finalidade deixar o mel "descansar" por um período determinado (máximo de 10 dias), fazendo com que as eventuais bolhas produzidas durante o processo de centrifugação e as possíveis partículas ainda presentes no mel (pedaços de cera e partes do corpo das abelhas) subam até a superfície e possam ser separadas no momento do envase.

Faca desoperculadora É uma espécie de lâmina de inoxidável com empunhadura de plástico, com ou sem sistema de aquecimento da lâmina. Passada paralelamente sobre a superfície do quadro, retira a camada de cera protetora dos alvéolos.

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Fumigador Equipamento constituído de tampa, fole, fornalha, grelha e bico de pato, o fumigador é essencial para um manejo seguro. O modelo desenvolvido no Brasil apresenta maior capacidade de armazenamento da matéria­prima a ser queimada, propiciando produção de fumaça por períodos mais longos, sem a necessidade freqüente de abastecimento. O desenvolvimento desse fumigador, juntamente com outras técnicas de manejo, foram fundamentais para a continuidade da apicultura no Brasil, pois viabilizou o manejo das abelhas africanizadas.

Garfo desoperculador Utensílio, com vários filetes pontiagudos de inoxidável e cabo empunhador de material plástico. Ao ser introduzido, paralelamente à superfície do quadro, os opérculos são retirados com movimento de torção do garfo.

Homogeneizadores Tanques normalmente de grande capacidade, providos de pás rotatórias, que homogeneízam o mel, com a finalidade de padronizar grandes quantidades do produto em relação à cor, aroma e sabor. Alguns homogeneizadores são construídos com paredes duplas, providos de sistemas de aquecimento controlado, para evitar a cristalização.

Mesa desoperculadora É o equipamento utilizado para dar suporte à desoperculação dos favos de mel. Constituída de base para o apoio dos quadros de mel, peneira e cuba para recebimento do resíduo de mel resultante do processo. As melhores têm pés com altura regulável, para facilitar o escoamento do produto e a operação por pessoas com diferentes alturas. Deve ser construída em aço inox.

Peneiras Utensílios que retiram as partículas presentes no mel, oriundas do processo de desoperculação e centrifugação. O ideal é que se utilizem várias "malhas", com diferentes diâmetros, para uma filtragem mais eficiente.

Redutor de alvado É uma peça de madeira encaixada no alvado, de forma a reduzir o espaço livre. Pode ser utilizado em épocas de temperaturas mais baixas, facilitando o trabalho das abelhas na termoregulação do ninho, em períodos de entressafra, reduzindo a possibilidade de saque por outras abelhas.

Tela excluidora É uma armação com borda de madeira e área interna de malha de metal ou plástico. Colocada entre o ninho e a sobrecaixa, tem a finalidade de evitar o acesso da rainha nas sobrecaixas destinadas à produção de mel.

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Tela excluidora de alvado Com a mesma estrutura da tela excluidora de ninho, apresenta dimensões adequadas para ser encaixada no alvado, com a finalidade de evitar a saída da rainha (enxameação).

Tela de transporte É utilizada para o transporte da colméia, podendo ser de dois tipos: a tela de encaixe no alvado e a tela para substituição da tampa. Esses acessórios permitem a ventilação da colméias, sem que aja fuga das abelhas, por meio de telas de "nylon" ou de malha de arame com dimensões inferiores ao tamanho das abelhas. Tela para alvado com escape invertido ­ permite somente que as abelhas entrem na caixa, impedindo sua saída. É usada para mudança ou manutenção.

Vestimenta A maioria das abelhas possui ferrão que usam principalmente para se defender. Mesmo os meliponídeos, que possuem um ferrão atrofiado, se defendem enroscando nos pêlos, depositando resina e mesmo cortando, com auxílio das mandíbulas, a pele do intruso em locais delicados como pálpebras e entre os dedos. Deste modo, as pessoas que fazem o manejo das colméias necessitam de vestimentas especiais que as proteja dos ataques, incluindo macacões, máscaras e luvas.

Composta de macacão, máscara, luva e bota, a vestimenta apícola apresenta algumas características específicas: Macacão: Deve ser de cor clara (cores escuras podem irritar as abelhas), confeccionado com brim (grosso) ou materiais sintéticos (nylon, polyester, etc.). Pode ser inteiriço ou composto de duas peças (calça e jaleco), com elásticos nas extremidades (pernas e braços), tendo a máscara já acoplada ou não. Os modelos que têm a máscara separada necessitam de chapéu (de palha); outros, mais modernos, dispensam o seu uso. Recomenda­se que o macacão esteja bem folgado, evitando o contato do tecido com a pele do apicultor. Existem no mercado vários modelos que agregam inúmeras soluções que facilitam o manejo (áreas maiores de ventilação, local que permita a ingestão de líquidos, materiais mais resistentes, etc.). Luva: Podem ser confeccionadas com diversos materiais (couro, napa ou mesmo borracha nitrílica); entretanto, deve ser capaz de evitar a inserção do ferrão na pele, principalmente porque as mãos do apicultor são áreas muito visadas pelas abelhas. Bota: Deve ser de cor clara, de preferência cano alto, confeccionada em borracha ou couro.

A prática apícola também requer materiais e um sem número de utensílios especiais, tanto para o preparo das colméias como para o manejo. Destacam­se: • Formão para apicultor. • Carretilha para incrustar cera. • Incrustador Elétrico de Cera

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• Vassourinha espanadora de favos. • Caneco para soldar cera nos favos. • Bandeja galvanizada para receber quadros de melgueira ou ninho. • Esticador de arame. • Tábua p/ incrustar cera no favo. • Baldes. • Garfos desoperculadores de favos. • Raspador para quadros. • Peneiras em inox para balde coletor e para decantador. • Derretedor de cera (Banho Maria). • Laminador de cera (Elétrico) • Arame para aramar quadros. • Redutor de alvado. • Suporte para a caixa da colméia. • Coletor de pólen intermediário, para colocar junto ao ninho. • Coletor de pólen para alvado com tela. • Coletor de própolis localizado na lateral da caixa da melgueira. • Tela de transporte de ninho. • Cera alveolada pura, em laminas.

CAPACITAÇÃO A produção de mel e de outros produtos da apicultura é intensiva em mão de obra. Assim, a qualidade torna­se altamente dependente da capacitação dos trabalhadores. Pesquisas mostram grande diferença em termos de procedimentos higiênico­sanitários entre os produtores mais instruídos e tecnificados, quando comparados com os de menor acesso à informação.

Existem encontros, como os promovidos pela EMATER, simpósios e outras oportunidades para conhecer as tecnologias, equipamentos e trocar idéias.

A disseminação no uso da EAD – Educação à Distância, como será feito pela Webbee, irá oferecer novas possibilidades de baixo custo para a capacitação dos apicultores.

A Internet é uma rica fonte de informações sobre todas as etapas da cadeia da apicultura. Recomendamos, em especial, o site da Embrapa Meio­Norte, pela qualidade técnica e grau de detalhe, e o Apicultura ­ Perguntas e Respostas, pela sua abrangência.

Também existe no mercado um bom número de publicações – inclusive cartilhas – que oferecem as informações básicas e as boas práticas para uma apicultura mais tecnificada e limpa. A Associação Paranaense de Apicultura oferece um curso de Boas Práticas de 32 horas e vende vários vídeos orientativos. Uma grande oferta de livros e apostilas permite que o produtor possa buscar informações específicas para sua situação e seu tipo de negócio. Uma lista abrangente aparece no anexo III.

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LEGISLAÇÃO O mel e outros produtos da apicultura estão sujeitos a uma legislação bastante complexa. A inspeção das instalações produtivas é de responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No ponto de venda (lojas, mercados, etc.), a inspeção e o controle são feitos pelo Ministério da Saúde (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A industrialização e a comercialização estão sujeitas, ainda, às normas emanadas do Ministério da Indústria e Comércio e do Ministério da Justiça.

Para referência, apresentamos a seguir os principais instrumentos legais que devem ser obedecidos. Mas, antes de começar qualquer negócio, é importante contar com ajuda especializada para identificar todos os requisitos exigidos.

Legislação de referência Lei nº 1.283 , de dezembro de 1950. Dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal (alterada pela Lei nº 7.889/1989).

Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952 ­ DOU 07/07/1952 Aprova o Novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA (Alterado pelos Decretos nº 1.255 de 25/06/62, 1.236 de 02/09/94, nº 1.812 de 08/02/96 e nº 2.244 de 04/06/97). Estabelece as condições de registro das unidades de processamento de mel e cera de abelhas.

Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 ­ D.O.U 12/09/90 Código de Defesa do Consumidor.

Portaria nº 367, de 4/9/1997, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Mapa. Descreve as normas de produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, identificação e certificação da qualidade para o mel.

Portaria nº 371, de 04 de setembro de 1997 ­ DOU 08/09/1997 Aprova o Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados

Portaria nº 33, de 13 de janeiro de 1998 ­ D.O.U de 16/01/98 Adota valores para a Ingestão Diária Recomendada (IDR).

Portaria nº 722, de 02 de outubro de 1998 ­ D.O.U de 30/10/98 Aprova as Listagens de Produtos e Matérias Primas submetidos ao Regime de Vigilância Sanitária.

Resolução 4, de 24 de novembro de 1998, resolução 27, de 28 de março de 2000 e resolução 1, de 8 de janeiro de 2002, do Ministério da Saúde (ANVISA).

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Estabelecem as funções e os empregos de aditivos em alimentos e estipula limites de quantidade.

Instrução Normativa n.º 007, de 17/5/1999, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Mapa. Regulamenta o setor de produtos orgânicos, exigindo detalhamento das etapas de conversão e transição dos produtos convencionais para os orgânicos; certificação feita por entidades nacionais sem fins lucrativos; criação de um órgão colegiado nacional para a fiscalização dessas certificadoras e exclusão do emprego de organismos geneticamente modificados na produção orgânica.

Regulamento Técnico MERCOSUL “Identidade e Qualidade do Mel” – 11/19/1999.

Resolução 5, de 13 de novembro de 2000 do Ministério da Agricultura. Estabelece padrões de identidade e qualidade de leites fermentados e estipula os limites de quantidade para aditivos.

Portaria INMETRO nº 157, de 19 de agosto de 2002 ­ D.O.U. 20/08/2002 Aprovar Regulamento Técnico Metrológico, estabelecendo a forma de expressar o conteúdo líquido a ser utilizado nos produtos pré­medidos.

RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 ­ D.O.U de 26/12/03 Aprova o Regulamento Técnico para Rotulagem Nutricional de Alimentos e Bebidas Embalados e revoga as Resoluções RDCs nº 39 e 40/2001, RE nº 198/2001, RDC nº 207/2003.

RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003 ­ D.O.U de 26/12/03 Aprova a Tabela de Valores de Referência para Porções de Alimentos e Bebidas Embalados para fins de Rotulagem Nutricional.

Portaria nº 006/986 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Estabelece as normas sanitárias que devem ser observadas na construção da Casa de Mel.

Segundo a legislação, as instalações de beneficiamento de mel têm que ter registro no Serviço de Inspeção Federal SIF. Entretanto, a grande maioria das propriedades efetua este trabalho na informalidade. A solução para este problema é a entrega do mel para organizações maiores ou a criação, em sistema cooperado ou associativo, de unidades de beneficiamento.

Nos casos em que o mercado se limita ao Estado do Paraná, o registro no SIF pode ser substituído pelo SIP (Serviço de Inspeção do Paraná). A legislação aplicável (Lei 10.799/94 e Decreto 3005/00) e a lista de documentos necessários para o registro podem ser encontradas no site do Serviço de Inspeção do Paraná.

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As casas de mel estão dispensadas de SIF, podendo ser regulamentadas como “Estabelecimento Relacionado ER”; neste caso, porém, não podem exportar seus produtos.

Por interferência da Confederação Brasileira de Apicultura, em breve deverá ser publicada uma regulamentação para padronizar os materiais e equipamentos usados nas colméias. Hoje a padronização existe, mas é informal.

O Ministério da Saúde publica uma newsletter que alerta para as modificações ocorridas na legislação.

O acesso ao texto das leis, decretos e resoluções pode ser feito no site da ANVISA, através do serviço e­legis, em www.anvisa.gov.br/e­legis.

Adicionalmente às leis e decretos federais citados, é importante atender à legislação estadual, geralmente disponível nos sites das secretarias estaduais de saúde, e ao código de posturas do município onde se pretende instalar o negócio.

Além do atendimento à legislação sanitária, a formalização dos negócios normalmente exige: ­ Cadastro Nacional de Pessoa jurídica (CNPJ); ­ Inscrição Estadual; ­ Um responsável.

Cada um dos produtos também precisa ser registrado na Vigilância Sanitária, que exige: ­ Formulário de petição de autorização; ­ Comprovante de pagamento de preço público; ­ Cópia da autorização de funcionamento da empresa; ­ Cópia do contrato de fabricação de terceiros (se a produção for terceirizada); ­ Procuração do representante legal (se for o caso); ­ Dados gerais da empresa; ­ Cópia de licença de funcionamento estadual e informações técnicas do produto.

Normas Embora sem força de lei, as normas ISO são bastante respeitadas. Destacam­se a ISO9001, que trata da gestão do sistema da qualidade, e a ISO14001, que orienta sobre a gestão ambiental.

TENDÊNCIAS Grande parte da produção brasileira de mel é exportada. Deste modo, as exigências e peculiaridades dos mercados além fronteira definem as principais tendências no setor. Mas, também podem ser observadas tendências decorrentes do esforço de sobrevivência da indústria perante as particularidades da situação brasileira.

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Produção orgânica A cada dia cresce a quantidade de consumidores preocupados com a qualidade dos produtos que consome, o que dá força à tendência dos produtos naturais, especialmente àqueles com certificação orgânica, pela garantia de isenção de defensivos e outros produtos químicos.

Conhecimentos sobre a produção orgânica podem ser buscados junto a institutos que fazem a certificação ou encontrados em universidades. Mas, a certificação orgânica é cara e está com legislação provisória, o que traz incertezas para o produtor.

Uma das principais exigências feitas pelas empresas certificadoras, para fornecer a certificação para o produto orgânico, é a garantia de uma distância mínima de 3 quilômetros entre os apiários e as áreas de agricultura convencional, pois admitem que as abelhas coletam alimentos num raio de até 2 quilômetros de suas colônias. A florada na qual a abelha trabalha deve estar em áreas nativas ou de agricultura orgânica.

Durante o transporte das colméias, devem ser evitadas regiões de agricultura convencional. Qualquer material metálico que entre em contato com os produtos apícolas precisa ser de aço inoxidável. As embalagens para comercialização devem ser de vidro. Também exigem que a legislação trabalhista e ambiental seja respeitada.

No site do Instituto Biodinâmico – IBD (www.ibd.com.br), maior certificadora do País, é possível encontrar as diretrizes para conversão e certificação de apiários e produtos apícolas. A CEARAPI, de Crato (CE), tem interesse em bancar os custos de conversão de sistemas de apicultura convencional para a orgânica, desde que exista um grupo com pelo menos mil colméias. Para produtores pequenos e isolados, sugerem associações, pois o processo de certificação não sai por menos de R$ 5 mil por produtor.

A credibilidade de ganhos com a agricultura orgânica garantiu aos pequenos agricultores familiares uma linha de crédito com valor superior ao montante liberado pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF aos produtores convencionais. O financiamento para a atividade orgânica pelo PRONAF C Investimento é de até R$ 6 mil por produtor, ante o teto máximo de R$ 4 mil para o sistema convencional.

O Banco do Brasil contribui com o desenvolvimento da produção orgânica na região Centro­Oeste através da utilização de recursos do PRONATUREZA (Programa de Preservação da Natureza) que é uma linha de financiamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro­Oeste ­ FCO.

Certificação Além da certificação orgânica, é bastante seguro afirmar que a maior parte dos processos e produtos acabarão tendo que se submeter a algum tipo de certificação, como forma de preservar o mercado.

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Particularização dos méis Com o objetivo de agregar valor a produtos que têm maior especificidade, evitando a venda na forma de blend, a tendência é que seja feito um maior controle de origem dos méis.

Produtos enriquecidos Depois de um longo período, durante o qual o mel serviu para enriquecer outros produtos alimentícios, como pães e iogurtes, por exemplo, está se iniciando a prática de agregar outros produtos e ervas naturais ao mel, dando origem a diversos produtos com ações altamente benéficas ao organismo humano e com vantagens mercadológicas. Um exemplo é dado pela Amelzônica, que produz mel com babosa, com agrião e outros produtos semelhantes.

Meliponicultura Existe um movimento incipiente para incentivar a meliponicultura (criação de abelhas indígenas sem ferrão). Essas abelhas vivem em colônias de centenas a milhares de indivíduos e armazenam mel e pólen principalmente para alimentação das novas crias. No Brasil existem cerca de 450 espécies de abelhas conhecidas do grupo dos meliponíneos, porém há referências de manejo para somente algumas dezenas de espécies.

Associativismo A tendência ao associativismo e ao cooperativismo é uma resposta cada vez mais comum à necessidade de criar condições para o atendimento à legislação e viabilizar o compartilhamento de recursos como a Casa de Mel.

A Casa do Mel é uma central com diversos equipamentos para processar o mel colhido pelos apicultores. É uma aposta no futuro, pois a capacidade de processamento dos equipamentos (como centrífuga, decantadores e máquina para embalar o mel) pode atender a uma quantidade de produtores muito maior do que o inicial, visando facilidade de inclusão de novos produtores.

Mesmo para comprar equipamentos, é cada vez mais comum que os apicultores se reúnam em busca de maior poder de barganha.

PESQUISA & DESENVOLVIMENTO A Financiadora de Estudos e Projetos FINEP, através de chamadas públicas, destina recursos reembolsáveis e não­reembolsáveis para financiar projetos de inovação. O Programa de Apoio a Pesquisas em Empresas (PAPPE), administrado pela Fundação Araucária, é também uma alternativa para as empresas de qualquer porte. Mesmo assim, a maioria dos trabalhos de pesquisa e desenvolvimento da indústria da apicultura parece acontecer no interior das universidades e, geralmente, encontram­se focados em aplicações para os produtos ou em descrever o comportamento dos enxames.

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A maioria dos desenvolvimentos utilizados na indústria decorre do empirismo ou de esforços realizados por algumas poucas empresas de maior porte e fornecedores de equipamentos.

Por exemplo, o Cilindro Alveolador Industrial, fabricado pela APILANI, recebeu o prêmio FIPEC do Banco do Brasil de tecnologia e Medalha de Ouro no Congresso Brasileiro de Apicultura.

O princípio inovador do Extrator de Mel Integral, também fabricado pela APILANI, foi apresentado no Congresso Internacional de Apicultura em Lausanne, Suíça, embasado em certificado emitido pela APIMONDIA que indica este equipamento como o único capaz de extrair mel integral.

A Breyer & Cia desenvolveu uma armadilha para iraras e um verniz ecológico para proteção de caixas de abelhas, dispensando o uso de tintas que são prejudiciais as abelhas.

Descrevemos, a seguir, algumas linhas de pesquisa que se mostram importantes para a indústria.

Melhoramento genético Warwick E. Kerr, o maior especialista em genética de abelhas do mundo e o professor Lionel Gonçalves, da Universidade de São Paulo, criaram um híbrido das espécies africana e européia, que já existia no Brasil. Esses geneticistas são considerados os maiores responsáveis pelo salto de produtividade dado pela apicultura nacional.

Mas, este trabalho de melhoramento genético é permanente e continua contribuindo para a melhoria das espécies usadas na apicultura. Assim, já é relativamente comum o uso de técnicas como a inseminação artificial de rainhas para obter melhores resultados.

Aplicações médicas Outra área de desenvolvimento são os estudos sobre a apitoxina e sua utilização medicinal nas pessoas com reumatismos e artroses, sinusites (índice de 100% de sucesso em 24 horas), celulites, varizes, bursite, tendinites e periodontites, sob a forma de pomadas, colírios ou por aplicação direta das ferroadas das abelhas nas costas das pessoas.

Também existe um grande número de trabalhos de pesquisa em desenvolvimento nas universidades brasileiras com foco na utilização da própolis e outros produtos da apicultura visando à aplicação na cura de doenças como cânceres, periodentites, etc.

Embalagens Embora os produtores, de modo geral, não reconheçam a existência de problemas com embalagens, muitas delas – especialmente as plásticas – não oferecem uma boa vedação no manuseio normal feito pelo varejo ou pelo

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consumidor final, resultando em vazamentos e perdas. Do ponto de vista técnico, as melhores embalagens são de vidro, devido à higiene e rigidez.

Um problema é que muitas empresas transportadoras colocam restrições para o transporte de frascos de vidro e o público, em geral, parece preferir as embalagens plásticas. Recentemente o mercado começou a trabalhar com embalagens diferenciadas, como saches e bisnagas, o que onera o produto, mas atende de forma mais adequada determinados consumidores.

Eventos Uma forma de o apicultor ter acesso aos avanços tecnológicos mais recentes é a participação e eventos. Uma lista atualizada, com os principais eventos do setor, pode ser encontrada no site da APACAME ­ Associação Paulista de Apicultores, Criadores de Abelhas Melíficas Européias

PROCESSO PRODUTIVO Naturalmente cada empresa tem suas peculiaridades, mas as etapas do processo típico na apicultura são as seguintes:

Apiário O apiário deve estar localizado a uma distância mínima de 400 metros de currais, casas, escolas, estradas movimentadas, aviários e outros, evitando­ se situações que possam levar perigo às pessoas e animais. Também deve ser mantida uma distância mínima de 3 km em relação a engenhos, sorveterias, fábricas de doces, aterros sanitários, depósitos de lixo, matadouros, e outras possíveis fontes de contaminação.

Outros cuidados para a escolha do local onde serão colocadas as colméias: • Presença de uma fonte de água ou bebedouro a menos de 300 m. • Evitar locais úmidos e com águas paradas. • Sombra e proteção de vento. • Também é importante que o local seja mantido limpo, para facilitar o

trabalho e evitar formigas.

No Paraná, uma caixa de bom desempenho produz 35 a 40 kg de mel. Estima­se que, pela adoção das “Boas Práticas Apícolas”, a produtividade possa chegar a 48 kg/colméia/ano.

Os produtores são classificados em fixistas e mobilistas, em função do uso de caixas em locais fixos ou móveis, para acompanhar a florada de diferentes regiões. Podem ser feitas parcerias e usadas áreas de empresas para a colocação das caixas.

As abelhas, como quaisquer seres vivos, estão sujeitas a grande número de doenças. Um lista descritiva com as ameaças mais comuns pode ser encontrada em Apicultura – Perguntas e Respostas.

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Colheita O manejo de colheita do mel deve seguir alguns procedimentos, visando não apenas à sua coleta eficiente, mas, principalmente, à manutenção de suas características originais e, conseqüentemente, à qualidade do produto final. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, dentro do Programa Alimento Seguro, deverá publicar orientações para a fase de manejo e colheita, que será denominado “APPCC – Campo” para a Apicultura. A sigla APPCC se refere a um sistema de controle de qualidade, que pode ser empregado em várias fases da cadeia produtiva e significa "Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle".

Quando um favo de cria com ovos sofrer algum tranco ou inclinação, os ovos não irão se desenvolver e as operárias destruirão esse favo, ou as células danificadas. Os favos de cria escurecem o mel e seu uso deve ser evitado pelos criadores.

Para a elaboração do mel, as abelhas coletam a matéria­prima açucarada disponível nas proximidades do apiário, que geralmente é o néctar das flores ou a excreção açucarada (melato) da cochonilha. Assim, é comum encontrar uma mistura de mel de melato com mel floral.

Uma pessoa pode efetuar a coleta de mel de até 400 colméias.

Extração Para garantir a qualidade do produto final, a extração do mel – sua retirada dos favos – é indispensável contar com instalações e condições adequadas. No caso do mel, o local destinado para a sua extração é normalmente denominado "Casa do Mel".

A estrutura física da casa do mel apresenta construção e disposição simples, constando de área de recepção do material do campo (melgueiras) separada da área de manipulação, área de processamento do mel (podendo ser subdividida, conforme a etapa de processamento), área de envase, local de armazenagem do produto final e banheiro em área isolada (externa ao prédio). A construção deve obedecer às normas sanitárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA (portaria nº 006/986).

Todos os equipamentos e utensílios que irão ter contato direto com o produto devem ser de aço inoxidável, o que eleva bastante os custos.

Atualmente as condições dos locais onde são realizadas essas operações são muito variáveis, inclusive a maioria dos produtores não possui qualquer tipo de serviço de inspeção sanitária (SIF ­ Serviço de Inspeção Federal, SIP ­ Serviço de Inspeção Estadual ou SIM ­ Serviço de Inspeção Municipal). Os apicultores também devem estar conscientes da importância de manter os cuidados com as condições de higiene em todas as etapas da cadeia produtiva, quer seja para a obtenção de produtos convencionais ou orgânicos.

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Entrevistas com apicultores e visitas a instalações paranaenses onde o mel é extraído indicam que, em sua maioria, as condições de higiene deixam a desejar. Muitas vezes as instalações são improvisadas e inclusive compartilhadas com outros usos onde é comum a presença de animais.

Os principais equipamentos de uma Casa do Mel típica são: • Mesa desoperculadora • Centrifuga para mel • Decantador • Caixa de coleta de mel centrifugado

Centrifugação Na mesa desoperculadora são retirados os opérculos e os favos são colocados na centrífuga. A rotação da máquina obriga a saída do mel que, expelido pela força centrífuga, é jogado contra as paredes internas da máquina. Há nisto múltiplas vantagens: trabalho cômodo, rápido escoamento, mel higiênico e límpido, aproveitamento dos favos, separação imediata de impurezas, que bóiam sem ser trituradas. Há vantagem também para as abelhas, dispensadas assim de produzirem nova cera para novos favos.

Mesmo assim, muitos produtores ainda não usam centrífugas, optando pela “espremeção” manual, ainda que uma centrífuga simples custe aproximadamente R$700,00.

Um dos causadores do aumento da umidade e perda de enzimas voláteis é a adição do ar ambiente no mel durante a centrifugação, cuja duração deve se limitar ao tempo necessário.

Filtragem Após a centrifugação, o mel sofre uma filtragem em telas metálicas, para a retirada de impurezas maiores como folhas.

Decantação Após a filtragem, o mel é colocado em um tanque decantador, onde deve permanecer por, pelo menos, 48 horas, a fim de que as eventuais partículas que não foram retiradas pela filtragem e as bolhas de ar se desloquem para a porção superior do decantador, para facilitar sua retirada.

Armazenagem Após o tempo de decantação, o mel é envasado em baldes plásticos, apropriados para alimentos. No caso de grandes volumes, o envase costuma ser precedido de uma etapa de homogeneização do mel, para que o produto fique com uma qualidade uniforme quanto a cor, aroma e sabor. Esta operação pode ser feita em homogeneizadores (misturadores) manuais ou mecanizados.

Alguns apicultores ainda insistem no uso de latas para o armazenamento do mel, o que representa um sério problema de higiene.

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O mel que contém menos de 20% de umidade não fermenta. Como a fermentação pode alterar a cor e o sabor do mel, é recomendado que sua estocagem seja feita a temperaturas inferiores a 10°C, para inibir a fermentação.

Beneficiamento As atividades de beneficiamento usualmente incluem: a decristalização, decantação, envase e rotulagem, com inscrição no SIF ou SIP.

Para o seu processamento, o local indicado é o Entreposto de Mel, embora essa etapa possa ser executada também na casa do mel, caso esta apresente as condições e o dimensionamento recomendado.

Dependendo da variedade de produtos, o entreposto pode ter diferentes tipos de equipamentos. Os mais comuns são:

• Descristalizador • Desumidificador a frio • Bombas de engrenagens • Sistema de filtragem • Tanque homogeneizador e misturador • Sistemas de envase

Todos construídos em inox e instalados segundo severa legislação sanitária.

Descristalização A descristalização do mel deve ser feita com o aumento da temperatura em banho­maria ou estufa. Quanto mais alta for a temperatura, mais rápido será a descristalização. Altas temperaturas, porém, destroem muitas propriedades do mel, e devem ser rigorosamente evitadas. Industrialmente, o mel é aquecido por pouco tempo a temperaturas entre 60 e 70 ºC, aproximadamente, para inativar os fermentos existentes (e evitar uma futura fermentação), para expelir pequenas bolhas de ar e derreter os cristais microscópicos, que posteriormente serviriam de núcleos para a cristalização, e para permitir o bombeamento do mel e a sua filtragem sob pressão.

Uma técnica mais moderna é cortar os blocos cristalizados com uma rosca sem fim, pois fragmentos menores permitem menor exposição do produto à temperatura.

Envase Em embalagens a granel (25 kg), os baldes de plástico são vantajosos em relação a lata de metal, além de proporcionarem facilidade no transporte (presença de alças). Para capacidades superiores (300 kg), destinadas à exportação, são usados tambores de metal (com revestimento interno de verniz especial). Para o varejo, tanto o plástico, específico para alimentos, como o vidro, são adequados, embora o vidro seja o material ideal, inclusive sendo o único aceito para a exportação (mel fracionado) e para a certificação orgânica. Para a operação de envase são usados tanques e envasadoras manuais ou automáticas.

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Armazenamento Os depósitos onde são armazenados os produtos apícolas não devem ser submetidos à ação de agentes físicos (luz solar direta, variações bruscas de temperaturas, etc.), químicos (substâncias que liberem odores ou que sejam potencialmente tóxicas, etc.) e biológicos (ação direta dos seres vivos ou substâncias produzidas por estes organismos e sejam potencialmente patogênicas, etc.) que possibilitem alterações nas características desejadas pelo mercado consumidor.

Produtos orgânicos e convencionais podem ser mantidos em um mesmo depósito, desde que devidamente separados e etiquetados.

Alguns entrepostos, mais modernos, usam câmaras frias para o armazenamento da própolis, mas esta ainda não é uma prática comum.

As unidades de beneficiamento de mel com foco em exportação, como o entreposto Breyer, destacam­se pelas boas condições de higiene, pessoal treinado e uniformizado, divisão de áreas conforme a atividade realizada e espaços para armazenamento com condições controladas.

Limpeza A higienização, tanto do ambiente como dos equipamentos e do pessoal envolvido, é crítica para a obtenção de um produto de qualidade, devendo ser realizada previamente ao processamento do mel, pois sendo este um produto altamente higroscópico (alta capacidade de absorção de água), tanto o ambiente como os equipamentos não devem conter resíduos de água. A higiene do ambiente e dos equipamentos consiste basicamente em duas etapas: • Limpeza ­ Destina­se à remoção dos resíduos orgânicos e minerais

presentes nas superfícies do ambiente e equipamentos. • Sanificação ­ Tem a finalidade de remover dos equipamentos a carga

microbiana, reduzindo­a a níveis satisfatórios.

Os sanificantes mais utilizados são: Cloro – Geralmente usado na forma de hipocloritos. O Serviço de Inspeção Federal (SIF) sugere o uso na dosagem de 100 ppm. Iodo ­ Muito empregado como solução alcoólica na concentração de 10%.

Controle de qualidade Para o controle de qualidade são usados basicamente os seguintes ensaios: • Umidade • Sacarose aparente • Acidez – Indica colheita prematura e início de fermentação • HMF – Indica aquecimento excessivo do produto

A análise de HMF é feita com espectrômetro UV. • Índice de diastase – Indica se o mel sofreu aquecimento, que poderia

degradar componentes importantes do ponto de vista nutricional, ou foi adulterado pela adição de xarope. Os resultados do ensaio devem ser analisados em conjunto com os de HMF.

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Outro dos ensaios a que os méis são submetidos é a avaliação de cor, que varia com a origem floral de cada amostra. No mercado mundial, produtos mais claros alcançam preços melhores.

Os ensaios microbiológicos não são exigidos pela legislação. Mas a análise sensorial, feita por profissionais experiente, continua sendo importante.

Própolis Nas regiões onde existe vegetação que produz resina, como cajueiro, mangueira, etc., é possível se produzir própolis, numa base de 0,8 kg/colméia em cada safra. A própolis é uma substância que a abelha produz para vedação e limpeza da colméia.

Para a produção de própolis se coloca uma tela de plástico comum, embaixo da tampa da colméia. As abelhas vão preencher os furos da tela com própolis e, quando ela estiver cheia, o apicultor vai levar a tela para o congelador para que a própolis endurecida possa ser retirado.

Mas, a técnica mais disseminada para a produção da própolis é a “fita clara”; trata­se de uma fita transparente colocada sobre uma abertura da caixa de abelhas. Com a finalidade de impedir a entrada de luz, os insetos preenchem o espaço com a própolis que, após algum tempo, é facilmente retirada.

Um método mais moderno consiste em simplesmente elevar gradativamente a tampa da caixa. Pela mesma razão, as abelhas acabam depositando a própolis que é facilmente retirado com o auxílio de um raspador.

Apitoxina A apitoxina é colhida por meio de um equipamento composto de uma tela metálica e uma membrana. A tela metálica é carregada eletricamente, o que provoca um pequeno choque nas abelhas e leva­as a ferroar a membrana e depositar ali o veneno. A membrana cede o suficiente para que o ferrão não seja arrancado, evitando assim a morte da abelha. Pela pequena quantidade de veneno de cada abelha, o rendimento é muito baixo ­ um grama é obtido a partir de 100.000 ferroadas. E o processo de estimulação acaba estressando muito o enxame, que se torna hiperagressivo. Por essas razões, o valor do veneno é muito alto.

Tratamento de efluentes A água melada, decorrente dos processos de limpeza em um entreposto ou casa de mel, representa um problema ambiental, devido à carga orgânica contida. A solução, criativa, encontrada por uma empresa, foi a de destinar este material para um tanque de peixes, resultando em um tratamento eficaz, barato e útil.

Comercialização A venda do mel para o consumidor ocorre principalmente em mercados e supermercados, o que exige uma estrutura de distribuição geralmente

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inacessível para o pequeno produtor. Deste modo, freqüentemente encontramos produtos vendidos de forma informal e sem rótulo e garantias de origem.

Para atender às exigências de qualidade e o volume necessário para exportar, os produtores são obrigados a contar com a intermediação de um entreposto. Os clientes de atacado, como as indústrias de alimentos e farmacêuticas – que usam o mel na composição de seus produtos – também preferem comprar de entrepostos, devido a garantia de qualidade e uniformidade do produto.

OPORTUNIDADES

O levantamento sobre a Apicultura levou em consideração tanto o manejo comum dos enxames de abelhas, praticado pelos pequenos produtores e as técnicas por eles utilizadas, como os recursos tecnológicos de ponta usados pelos grandes produtores e entrepostos. Nos dois ambientes foram observadas várias oportunidades de negócios, dando­se ênfase para as micro e pequenas empresas.

Mas, as principais oportunidades de negócio identificadas no estudo foram sumarizadas em fichas (anexo IV), para facilitar sua utilização e a agregação de novas informações.

Fabricação de caixas de abelhas A abundância de matéria–prima gratuita, passível de ser obtida junto às reflorestadoras da Região do Vale do Ribeira, aliado ao número de apicultores, favorece a instalação naquele local de um negócio de confecção de caixas para abrigar enxames.

A escolha pela caixa modelo Langstroth também favorece a fabricação de quadros para reposição.

Criação de abelhas O trabalho também identificou a possibilidade de introduzir mais fortemente a Apicultura Migratória, com o estabelecimento de parcerias entre agricultores e apicultores, auxiliando a polinização das árvores frutíferas. Por exemplo, na região de Palmas, maior produtora de maçã do Paraná.

A instalação dos apiários em áreas onde exista grande concentração de produtores facilita a obtenção de ganhos decorrentes do esforço cooperativo, como o compartilhamento da Casa do Mel e o uso de consórcios de compras de insumos.

Um caso particular deste negócio é a produção de mel orgânico, que tem como maior mercado a exportação.

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Consultorias Abertura de Clínicas Tecnológicas de Apicultura nas quais os apicultores possam dirimir suas dúvidas, projeto apresentado com sucesso no XV Congresso Brasileiro de Apicultura, 1º Congresso Brasileiro de Meliponicultura em Natal – RN de 18 a 21 de maio de 2004.

Uma interessante oportunidade de negócio para profissionais do ramo é a consultoria para confecção dos manuais de Boas Práticas de Fabricação e treinamento das equipes de produção.

Consultorias em qualidade, com foco e experiência em apicultura e beneficiamento de mel, também teriam um bom espaço, visto que as normas, ainda que não obrigatórias, são importantes para garantir competitividade nos mercados nacional e internacional.

Outro nicho que deverá encontrar um bom mercado nos próximos anos é a consultoria especializada em exportação.

Outros negócios Outras oportunidades que guardam relação com a apicultura aparecem a seguir, com menor grau de detalhe:

• Produção de rainhas. • Polinização • Confecção de vestimentas • Fabricação de equipamentos (inox) • Arte em cera de abelha • Design de embalagens • Serviço de rotulagem • Despachante junto ao SIF • Site com informações sobre a indústria • Treinamento e capacitação de pessoal

O grande número de insumos (equipamentos, materiais e ferramentas) usadas na apicultura, como listado no capítulo Equipamentos, mostra que existem muitas oportunidades para a criação de negócios ou a diversificação de empreendimentos já existentes. Outra fonte segura para buscar idéias negócios é buscar sinergia com empreendimentos existentes, buscando complementar deficiências encontradas.

CONCLUSÕES A cadeia produtiva da apicultura, que começa no pequeno apicultor e termina em grandes empreendimentos voltados para a exportação ou comercialização interna do mel e seus outros produtos, tem grande potencial de crescimento. Assim, é um espaço adequado e rico para a prática do empreendedorismo.

O problema da indústria da apicultura, como em muitas outras, não está nas tecnologias mais sofisticadas, mas na falta de conhecimentos básicos e

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respeito às regras mais elementares dos processos. A adoção destas regras, consolidadas nas chamadas “Boas Práticas” pode significar um grande avanço para o setor. Também existe desconhecimento sobre o Código do Consumidor e outros instrumentos legais que afetam a indústria.

Uma dificuldade para o aumento da qualidade é que o mercado aceita com naturalidade produtos com baixa higiene e armazenados em latas.

Pelo impacto social – principalmente na área rural – a apicultura merece maior atenção por parte dos órgãos de governo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. VARGAS, TAÍS. Avaliação da Qualidade do Mel Produzido na Região

dos Campos Gerais no Paraná, Dissertação de mestrado apresentado à Universidade Estadual de Ponta­Grossa. 2006.

2. Revista SEBRAE Agronegócios. Desafios da Apicultura Brasileira. Maio de 2006.

3. Boletim Agropecuário. Notícia adaptada do jornal Estadão, de São Paulo, de quarta feira, 30 de julho de 2003.

4. Banco do Nordeste. Apicultura – O Mel que Adoça o Bolso. Disponível em http://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/cadeias_produtivas/apicultura/do cs/cartilha%20apicultura.pdf

5. Roberto C.P. de Andrade e Silva. Apicultura ­ Mundo – Brasil – Paraná. Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento­Seab. Curitiba 2003. Disponível em www.pr.gov.br/seab/apicultura_2003.pdf Coletânea estatística.

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Anexo I ­ Conceitos e definições

Apicultura ­ é a criação de abelhas para que elas possam, a partir do néctar das flores, produzir mel e outros produtos. Chama­se apicultura porque o nome da abelha é Apis.

Apitoxina ­ veneno produzido pelas abelhas. É uma mistura complexa de enzimas, peptídeos e aminoácidos. Contém, ainda, pequenas quantidades, carboidratos e lipídeos. Para se conseguir obter 1g de veneno seco é necessário coletar a apitoxina de cerca de 10.000 abelhas.

Cadeia produtiva – É um conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos. (Victor Prochnik).

Cândi ­ alimentação artificial que consta de aproximadamente 3 partes, em peso, de mel de Apis, mais 5 partes, em peso, de açúcar em pó, misturados até se obter uma consistência firme. São oferecidos em pequenos recipientes de plástico dentro do ninho. Têm a vantagem de não afogar as abelhas, pode acontecer nos xaropes.

Cera alveolada ­ é uma lâmina de cera de abelha prensada, que apresenta, de ambos os lados, o relevo de um hexágono do mesmo tamanho do alvéolo, que servirá de guia para a construção dos alvéolos dos favos. A cera é fixada por meio de um arame que corre por dentro dos quadros.

Cera pura: Cera produzida por glândulas localizadas no abdômen das abelhas. Nas Apis essas glândulas são ventrais, enquanto nos meliponídeos são dorsais.

Cerume: ­ é a cera pura misturada com resina, que as abelhas coletam nas plantas, e serve de matéria­base para a construção de todas as estruturas físicas do ninho de meliponídeos.

Cochinilha – massa esbranquiçada disposta sobre o caule das árvores, de onde as abelhas coletam material (Taís Vargas).

Colméias racionais ­ nome dado as colméias de abelhas confeccionadas pelo homem.

Colônia ­ nome dado à população de abelhas que vive em um mesmo ninho.

Corbícula ­ local onde as abelhas transportam principalmente pólen, mas também resina e barro, formado por uma franja de pêlos nas tíbias (pernas) posteriores.

Cortiço ­ nome dado à colméia pouco elaborada, ou encontrada em troncos de árvores.

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Cupinzeiros ­ ou termiteiros, são ninhos de cupins, insetos sociais que ocasionalmente dividem a estrutura física do seu ninho aéreo com algumas espécies de meliponíneos.

Inovação ­ Compreende a introdução no mercado de novos produtos e processos e de mudanças tecnológicas significativas de produtos e processos. (BNDES)

Distância de vôo ­ é a distância que as abelhas conseguem voar para as coletas. Abelhas maiores em tamanho conseguem voar distâncias maiores que as pequenas; entretanto, todas coletam nas proximidades do ninho, quando o alimento está disponível.

Enxame ­ conjunto de abelhas de uma mesma espécie, que se reúnem para migrar ou para acasalar.

Forídeos ­ são insetos, também conhecidos como mosca ligeira ou vinagreiras, que pertencem à ordem dos dípteros, da qual também fazem parte as moscas, mosquitos etc. São os piores inimigos das abelhas, pois quando suas larvas se desenvolvem dentro de um ninho, causam grandes danos e chegam a destruir não só os alimentos como também os favos de cria, com todas as suas abelhas em estágios imaturos.

HMF – sigla da hidroximetilfurfural, substância produzida pela desidratação da frutose em meio ácido, numa velocidade que varia diretamente com a temperatura. O mel possui HMF, e o seu nível elevado é um indicativo de superaquecimento (cada 10ºC a mais aumenta a velocidade de produção de HMF 4,5 vezes), longa estocagem ou falsificação.

Pólen ­ são os elementos masculinos das flores, responsáveis pela formação de sementes e frutos. As abelhas coletam o pólen porque é uma fonte rica de proteínas.

Polinização ­ é o transporte do grão de pólen de uma antera para o estigma de outra flor. Esse transporte pode ser feito pelo vento, água, ou animais, entre os quais se distingue uma multidão de insetos, principalmente as abelhas.

Méis tóxicos ­ são méis mal manipulados ou com substâncias que acarretam distúrbios neurológicos ou intestinais nas pessoas que os ingerem. Parece que méis de abelhas que vivem perto de determinadas plantas possuem a característica de serem perigosos.

Melato ­ é o produto resultante da colheita e desidratação de certas substâncias adocicadas que as abelhas coletam. Essas substâncias são as produzidas por insetos que sugam a seiva das plantas. Às vezes, a desidratação é feita no próprio local das coletas, ao ar livre e não dentro do ninho como é mais comum.

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Meliponicultura: é a criação de abelhas indígenas sem ferrão (Jataís, Mirins, Mandaçaias, Uruçus, Jandaíras, etc). Sua criação está associada com as espécies que fabricam e armazenam maior quantidade de mel. As abelhas Melipona são as prediletas.

Propriedades bactericidas ­ a propriedade que determinados méis possuem de eliminar totalmente, certas cepas de bactérias.

Propriedades bacteriostáticas ­ propriedade que determinados méis possuem de inibir o desenvolvimento de certas cepas de bactérias. Quando cessa a ação, as bactérias, se não danificadas, se desenvolvem novamente, ou seja, se multiplicam.

Rapadura ­ substância resultante do processo de aquecimento do suco da cana­de­açúcar. É aceita como alimento suplementar por algumas espécies de abelhas.

Glossários mais completos podem ser encontrados em www.webbee.org.br/meliponicultura/glossario.htm e http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/glossa rio.htm

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Anexo II ­ Contatos realizados

INSTITUIÇÕES Associação Paranaense de Apicultores Rua Mário Beraldi, 380 – Santa Cândida Fone: (41) 3256­0504 82650­450 Curitiba – PR Contato: Sebastião Ramos Gonzaga ­ Presidente [email protected] [email protected]

INDÚSTRIAS Breyer & Cia Ltda. Laboratório de Produção e Distribuição de Produtos Naturais: Medicamentos, Cosméticos e Alimentos. Entreposto de Mel e Cera de Abelhas PR447, Km 0,6 ­ Caixa Postal 168 84.600­000 União da Vitória PR Fone: (42) 3522­1725 Fax: (42) 3522­1881. Contato: Daniel Breyer ­ Sócio [email protected] www.breyer.ind.br e www.propolina.com.br

Barion Indústria e Comércio de Alimentos S/A Rua Carmen Zanon, 1736 Colombo PR Fone: (41) 3666­6185 Fax: 55(41) 36665557 Contato: Andréia Vaz [email protected] www.barioncia.com.br

FORNECEDORES A Criativa Marcas e Patentes Ltda. Rua Conselheiro Carrão, 470 Juvevê 80040­130 Curitiba, PR Contato: Eng. Eduardo Pereira da Silva – Proprietário Fone: 41 3263­1413 [email protected]

USUÁRIOS Estética Golden Hair Cabelereiros & Estética Av. Sete de Setembro, 2775 –Shopping Estação – 2º piso Lj. 2040 Fone: (41) 3224­4671 Curitiba – PR Contatos: Janete e Jô

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 42

www.goldenhair.com.br [email protected]

Toque – Espaço da Mulher Rua Raul Pompéia, 377, sala 07 – Fazendinha Fone: (41) 3245­2100 Curitiba PR

Panificadoras e casas de chá Doces alemães – Salas para Chá Rua Comendador Fontana, 353 Curitiba – PR Fone: (41) 3253­3409

Piegel Confeitaria Av. Anita Garibaldi, 558 Fone: (41) 3252­7072 e 3252­0061 Curitiba ­ PR Contato: Josélia Aparecida Vaz Machado [email protected] www.piegel.com.br

Piegel Pães e Conveniências Av. Anita Garibaldi, 590 Fone: (41) 3253­1865 Curitiba ­ PR Contato: João Marcelo conveniê[email protected]

Farmácias Lidifarma – Homeopatia, Manipulação e Produtos Naturais Rua Augusto Stresser, 445 80030­340 Curitiba – PR Fone: (41) 3253­5005 Rua Inácio Lustosa, 633 Fone: (41) 3225­4799 80510­000 Curitiba –PR Contatos: Lidiane Reichert Romano e Lílian G. Hauer Reichert www.lidifarma.com.br

Dicrisfarma – Farmácia de Manipulação Av .Dr. Pedrosa, 415 Curitiba – PR Fone: (41) 3013­3162 Contato: Cristina

Via Flora Visconde de Guarapuava, 3444 Curitiba ­ PR Fone: (41) 3014­7788

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 43

Contato: Janaína [email protected]

HidrattaFarma ­ Farmácia de Manipulação Rua Buenos Aires, 77 Batel Fone: (41) 3324­1053 Contato: Patrícia Fagundes [email protected]

Cosmética – Farmácia de Manipulação Rua Dep. Antonio Baby, 87 Curitiba – PR Fone: (41) 3343­7318 Contato: Virgínia

Farmácia Magistral – Hospital Nossa Senhora das Graças Rua Rosa Saporski, 200 Fone: (41) 3221­7150 Curitiba – PR Contato: Fabiana Nota: Utilizam apenas o extrato de própolis.

Campelle Farma Rua Mal. Deodoro, 1032 80010­010 Curitiba – PR Fone: (41) 3362­6258 Contato: Marcela Costa Nota: Utiliza o melaslow.

Médicos e Hospitais Dra. Elke Yoshida ­ Nutricionista Av. 7 de setembro, 4698 10º andar sala 1007 Batel Fone: (41) 3039­9446 Curitiba PR

Dra. Beatriz Veleda Bermudez ­ Pediatra Rua Dezembargador Westphalen, 15 – 14º andar – cj. 1405 Fone: (41) 3224­6476 Curitiba PR

Dra. Adriane Zaniolo Gomes Santos – Pediatra Rua Euclides da Cunha, 441 Fone: (41) 3019­1999 Curitiba PR

Dr. Alessandro Cury Igata ­ Oncologista Rua Rosa Saporki, 320 Fone: (41) 3335­3300 Curitiba PR

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 44

Dr. Edson Luiz Michalkiewicz – Oncologista Pediátrico Nossa Senhora de Lourdes, 63 – sala 12 Fone: (41) 3366­0588/3366­0000 Curitiba PR

Irmandade Santa Casa de Misericórdia Nossa Senhora do Rosário de Colombo Atendimento Ambulatorial de Clínica Geral, Pediatria e Ginecologia Obstétrica. Rua Mal. Floriano, 8329 Fone: (41) 3656­3322 Colombo PR ?

Hospital Espírita e Psiquiatria Bom Retiro Rua Nilo Peçanha, 1552 Fone: (41) 3352­3011 Curitiba PR

Academias Academia Swimex Av. Candido Hartmann, 1285 – Mercês (41) 3336­5000 Contato: prof. Luizinho www.swimex.com.br

Corpus Champagnat Rua Padre Anchieta, 19.632 (41) 3336­5656 contato: Alessandro ­ nutricionista www.academiacorpus.com.br

Corpus Cabral Av. Paraná, 85 (41) 3253­0805 Contato: Alessandro ­ nutricionista www.academiacorpus.com.br

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 45

Anexo III – Outras fontes de informação

Instituições ABEMEL ­ Associação Brasileira de Exportadores de Mel

ANVISA ­ Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APACAME ­ Associação Paulista de Apicultores, Criadores de Abelhas Melíficas Européias

CBA ­ Confederação Brasileira de Apicultura Avenida Gen.Guedes da Fontoura, 264 1º Andar Barra da Tijuca 22620­030 Rio de Janeiro RJ

EMBRAPA ­ Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

IBD ­ Associação de Certificação Instituto Biodinâmico – IBD Rua Prudente de Moraes, 530 18602­060 Botucatu SP Fone: (14) 3882­5066 Informações sobre certificação orgânica

ITAL ­ Instituto de Tecnologia de Alimentos www.ital.sp.gov.br Av. Brasil, 2880 Jardim Chapadão 13070­178 Campinas – SP Contato: Flávio Martins Montenegro Fone: (19) 3743­1960

International Federation of Beekeepers' Associations (em inglês e espanhol)

Laboratório de Automação Agrícola da Escola Politécnica da USP

Laboratório de Abelhas do Departamento de Ecologia

UNICAMP – Engenharia de Alimento / GEPEA (Empresa Júnior) http://www.gepea.com.br Rua Monteiro Lobato, 80 ­ Cidade Universitária Campinas 13083­862 Campinas SP Contato: Mariana Azevedo [email protected] Fone: (19) 3521­4098

PARANÁ Kaloré SOAVI – Sociedade dos Apicultores do Vale do Ivaí Av. Paraná, 437 – Centro 86920­000 Kaloré PR

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 46

Medianeira AAPIO – Associação dos Apicultores do Extremo Oeste do Paraná ­ Marco Slongo Rua Paraná, Box 21 – Estação Rodoviária 85884­000 Medianeira PR

Cornélio Procópio ARPA – Associação Regional Procopense de Apicultura ­ Astolpho Vilhena Sítio São João Batista – Bairro Jerusalém – Cx.P 442 86300­000 Cornélio Procópio PR

Bocaiúva do Sul APISUL – Associação dos Apicultores de Bocaiúva do Sul 83450­000 Bocaiúva do Sul PR

Cantagalo COMEL – Associação de Apicultores de Cantagalo Rua Caetano Munhoz da Rocha, s/nº Nestor Lotário Matjjie Av. Epaminondas Fritz, 800 – Centro 85160­000 Cantagalo PR

Prudentópolis ACESA – Associação Centro Sul de Apicultores Salvador Bertoli Gambá Rua Rui Barbosa – 656 ­ Estrada LM 003 – KM 02 Caixa Postal nº 149 – 84400­000 Prudentópolis PR

Palmital Associação de Apicultores de Palmital Laurindo Alves Teixeira Rua Escrivã Egleci T. Gomes Campanini, s/nº 82270­000 Palmital PR

Capanema ASCAP – Associação de Apicultura de Capanema Eng.Agro. Luiz Hoffmann Av. Pedro Viriato Parigot de Sousa, 1080 85760­000 Capanema PR

Francisco Beltrão ASPAR – Associação dos Apicultores do Sudoeste do Paraná – Ereni Sareta Rua União da Vitória, s/nº ­ Bairro Vila Nova (Parque de Exposição Jaime Canet Junior) 85606­040 Francisco Beltrão PR

Santa Izabel do Oeste ASIAP – Associação Izabelense de Apicultura Luiz Cupini Secretaria Municipal de Agricultura

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 47

86650­000 Santa Izabel do Oeste PR

Ivaí Associação Colméia Rua Alencar Guimarães, 629 84460­000 Ivaí PR

Mato Rico Associação dos Apicultores de Mato Rico Av. principal S/N – Centro 85240­000 Mato Rico PR

Tomazina APTA ­ Associação de Apicultores de Tomazina Aleksandro Stefano Baltazar Rodovia A Vieira, 117 86560­000 Tomazina PR

Ubiratã COAGRU ­Cooperativa Agropecuária União Ltda Estrada da Indústrias, km 1 a 85440­000 Ubiratã PR

Umuarama Associação de Apicultores de Umuarama Av.Presidente Vargas, 5033 87500­000 Umuarama PR

Sulina Associação de Apicultores do Município de Sulina Rua Saldanha Marinho, s/nº 85565­000 Sulina PR

Céu Azul APICEU ­ Associação de Apicultores de Céu Azul – Ervin Schultz Rua Nilo Humberto Deitos, 1426 Câmara Municipal de Céu Azul – Cx.Postal 107 85840­000 Céu Azul PR

Bandeirantes Associação de Apicultores de Bandeirantes Rua Benjamin Azambon, 634 86360­000 Bandeirantes PR

Marechal Cândido Rondon PRFEPA – Federação Paranaense de Apicultores Presidente: Lothário Lohmann Rua Dom João, VI, 915 85960­000 Marechal Cândido Rondon PR

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 48

Maringá ARMA ­ Associação Regional de Apicultores de Maringá Rua Moisés Marcondes, 112 – Zona 2 87010­030 Maringá PR

Colorado Associação de Apicultores de Colorado Av. São Paulo s/nº 86690­000 Colorado PR

Pato Branco AMPATO – Associação de Apicultores da Microrregião de Pato Branco – Realdo Spricigo Rua Xavantes, 835 85501­220 Pato Branco PR

São João ACAMEL – Associação Rainha do Mel Nelson Koetz Av. Paraná, s/nº ­ Centro 85570­000 São João PR

Porto Rico APA – Associação Portoriguense de Apicultores Valdecir Alves da Silva Av. João Carraro, 557 87950­000 Porto Rico PR

Piraí do Sul Associação de Apicultores de Piraí do Sul Rua XV de Novembro, 373 84240­000 Piraí do Sul PR

União da Vitória APRUV ­ Associação de Apicultores da Região de União de Vitória Av. Presidente Kennedy, 169 84660­000 União da Vitória PR

Rio Negro ASULPAR ­ Associação de Apicultores do Suleste do Paraná Rua Coronel Joaquim Sabóia, 684 83880­000 Rio Negro PR

Icaraima Associação de Apicultores de Icaraima Prefeitura Municipal 87530­000 Icaraima PR

Pitanga

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 49

ACAPI – Associação Central de Apicultores de Pitanga ­ Carlos Aroldo Schafer Av. Brasil, 341 – Cx.P 150 (Sindicato Rural) 85200 Pitanga PR

Ortigueira AORTA ­ Associação Ortigueirense de Apicultores Av. Laurindo Barbosa, 173 – Cx.P. 211 84350­000 Ortigueira PR

São Jorge do Patrocínio Associação Sanjorgiense de Apicultores Rua Dom Manoel, 644 – Cx.P 17 87555­000 São Jorge do Patrocínio PR

São João do Triunfo Associação dos Apicultores de São João do Triunfo Prefeitura Municipal 84150­000 São João do Triunfo PR

Santo Antonio da Platina ANPA ­ Associação Norte Pioneira de Apicultores Rua Coronel Oliveira Mota, 20 86430 Santo Antonio da Platina PR

Jesuítas Associação dos Apicultores de Jesuítas Rua Padre Leonel França, 369 – Cx.P 131 85835­000 Jesuítas PR

Telêmaco Borba Associação Telemacoborbense de Apicultores Av. Samuel Klabin, 725 84261­054 Telêmaco Borba PR

Jaguaraíva AJA ­ Associação Jaguairense de Apicultores Av. Antonio cunha, 538 84200­000 Jaguaraíva PR

Jandaia do Sul Associação de Apicultores de Jandaia do Sul Rua Souza Naves, s/nº 86900­000 Jandaia do Sul PR

Palmas APAPI ­ Associação Palmense de Apicultores Rua Padre Achilles Saporiti, s/nº 84130­000 Palmas PR

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 50

Assis Chateaubriand Associação Chateaubriense de Apicultores Av. Sesquicentenário s/nº 85935­000 Assis Chateaubriand PR

Santa Maria do Oeste Associação dos Apicultores de Santa Maria do Oeste Rua da Gruta, s/nº 85230­000 Santa Maria do Oeste PR

Lapa Cooperativa Mista Bom Jesus Ltda Rodovia do Xisto, 222 ­ Km 63 – Vila São Jorge 83750­000 Lapa PR

Associação do Sudoeste do Paraná R. Eufrasio Cortes, 45 83750­ 000

Candido de Abreu Associação Apícola de Candido de Abreu Av. Castelo Branco, 930 Acarpa ACA ­ Associação de Apicultores de Cândido de Abreu Av. Paraná, s/nº 84470­000 Cândido de Abreu PR

Castro Associação Castrense de Apicultura R. Bernard Pusd, 8084160­ ACA ­ Associação Castrense de Apicultores Praça Pedro Kaled, 33 ­ Centro 84165­540 Castro PR

Cianorte Associação Regional Cianortense de Apicultura R. Vitória, 338 87200 Cianorte PR

Curitiba Associação Paranaense de Apicultores E­mail: [email protected] Curitiba PR

Confederação Brasileira de Apicultura R. Mario Beraldi, 380 ­ Santa Cândida 82650­490 Curitiba PR

Federação Paranaense de Apicultura R. Fernando de Noronha, 1006 ­ Boa Vista 82640­350 Curitiba PR

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 51

Guarapuava Associação Guarapuavana de Apicultura R. Nove, 21 ­ Vila Lina Queiroz 85100­ 230

CERCOPA – Central Regional de Comércio Centro Oeste do Paraná ­ Cláudio Tomacheski BR 277 – Km 347 – Caixa Postal nº 258 85030­230 Guarapuava PR

AGA – Associação de Apicultores de Guarapuava Rua das Laranjeiras, 826 85010­030 Guarapuava PR

Irati Associação de Apicultures Regional de Irati Al. Virgilio Moreira 80. 84500­000 Irati PR

Associação dos Apicultores da Região de Irati Emater – Rua Trajano Garcia, 90 – Centro 84500­000 Irati PR

Pitanga Associação de Apicultura de Pitanga Av. Brasil, 341 85200 Pitanga PR

Ponta Grossa Associação de Apicultores dos Campos Gerais R. Marquês de Sapucaí, 518 Uvaranas 84032­030 Ponta Grossa PR Tel.: (42) 3226­3268

Telemaco Borba Associação Telemacoborbense de Hortifrutigranjeiros, Apicultores e Meliponicultores R. Rio Marmore, 76 ­ Parque Limeira 84270­210 Telêmaco Borba PR Tel.: (42) 3273­1203

Toledo Associação de Apicultores de Toledo R. Santa Catarina, 566 ­ Jd. Porto Alegre 85900­000 Toledo PR

Vera Cruz Do Oeste Apiveco ­ Associação Apícola de Vera Cruz do Oeste Chácara Capão Redondo, s/n 64180­000 Vera Cruz do Oeste PR

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 52

Associação de Apicultores de Vera Cruz do Oeste Rua Arnaldo Busato, s/nº Av. Antônio Vilas Boas s/nº 85845­000 Vera Cruz do Oeste PR

Vídeos • Como Criar Abelhas Mandaçaia ­ Sebastião Ramos Gonzaga ­ Curitiba

PR * • Casa de Mel – Instalações e Equipamentos ­ Sebastião Ramos Gonzaga ­

Curitiba PR * • Abelha Jataí – Criação, Manejo, Produção do mel ­ Sebastião Ramos

Gonzaga ­ Curitiba PR * • Como iniciar seu Apiário ­ Sebastião Ramos Gonzaga ­ Curitiba PR * • Manejo da Colméia ­ Sebastião Ramos Gonzaga ­ Curitiba PR * • Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão. CPT ­ Viçosa MG Cód. 21.

Duração: 46min. (*) – Estes vídeos podem ser encontrados na Associação Paranaense de Apicultura.

Cartilhas • Banco do Nordeste. Apicultura – O Mel que Adoça o Bolso • Alípio Ribeiro de Sousa & Antonio Gomes Araújo. Cartilha do Apicultor.

EMBRAPA ­CPAMN (Centro de Pesquisa Agropecuária do Meio Norte). Série Documentos, 14. Teresina, PI. 1995. 24 páginas.

Fornecedores APILANI Máquinas e Equipamentos Técnicos Fone: (21) 2771­6972 / 2671­2434 www.apilani.com.br Equipamentos diversos, em aço inoxidável.

LIGUE MEL RIO PRETO LTDA ­ ME R. Pedro Amaral, nº 1834 Boa Vista 15025­040 São José do Rio Preto SP Fone: (17) 3235­1501 www.apiarios.com.br

Breyer & Cia Ltda. Laboratório de Produção e Distribuição de Produtos Naturais: Medicamentos, Cosméticos e Alimentos. Entreposto de Mel e Cera de Abelhas Fone: (42) 3522­1725 Fax: (42) 3522­1881. www.breyer.ind.br Verniz ecológico para proteção de caixas de abelhas.

A Criativa Marcas e Patentes Ltda. Fone: 41 3263­1413 [email protected]

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 53

Assessoria para registros junto à ANVISA, obtenção do SIF e serviços de registro de marcas e patentes.

Produtor Eng. Agrônomo Paulo Gustavo Sommer ­ Ex­Presidente da Confederação Brasileira de Apicultura e maior produtor de rainhas da região. Curitiba PR

Revistas • Abelha Rainha ­ A Voz do Apicultor Brasileiro • Globo Rural • Mensagem Doce • O Apicultor

Softwares • Apis Soft BR ­ www.apissoft.com.br • APIS ­ www.apis.xpg.com.br

Sites Rede Apis www.apis.sebrae.com.br

Crie Abelhas www.crieabelhas.com.br/

Guia da Embalagem www.guiadaembalagem.com.br

Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas http://sbrt.ibict.br/

Ecocert ­ Certificação e produção orgânica www.ecocert.com.br

Projeto Orgânicos Brasil www.organicosbrasil.org

Planeta orgânico www.planetaorganico.com.br

Literatura Kerr, Carvalho e Nascimento, Abelha Uruçu ­ Biologia, Manejo e Conservação, 1996, 144 páginas, ilustrado.

Regina Helena Nogueira Couto e Leomam Almeida Couto, Apicultura: Manejo e Produtos, Jaboticabal, FUNEP. 1996. 154p, ilustrado.

Davi Said Aidar, A Mandaçaia: biologia de abelhas, manejo e multiplicação artificial de colônias de Melipona quadrifasciata Lep.

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 54

(Hymenoptera, Apidae, Meliponinae), Ribeirão Preto, 1996, 104 páginas. Sociedade Brasileira de Genética, Séries Monografias, nº 4.

Paulo Nogueira Neto, Vida e Criação das Abelhas Indígenas sem Ferrão. 1997.

Romildo de Godói, Criação Racional de Abelhas Jataí, Ícone Editora.

Irineu Fabichak, Abelhas Indígenas Sem Ferrão Jataí, Editora Nobel.

Helmuth Wiese, Novo manual de Apicultura, Livraria editora Agropecuária, Guaíba, RS. 1995, 291 páginas, ilustrado.

Padre Humberto Bruening, Abelha Jandaíra, 1990. Coleção Mossoroense. Serie "C" ­ Volume DLVII. ESAM. Mossoró, RN. 181 páginas.

Ivan Costa e Souza, Maria Amélia Seabra Martins e Rogério Marcos de Oliveira Alves. Criação de abelhas sem ferrão. Salvador, BA. 1994. 56 páginas.

Andre Luiz Santos Brandão & Maria Aparecida Catellani Boaretto. Apicultura Atual ­ Diversificação de Produtos. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia ­ UESB. Vitória da Conquista, BA. 1994. 150 páginas.

Instituto Campineiro de Ensino Agrícola Apicultura. Edição revisada e atualizada pela Eng. Agr. Anete McKnight.. Campinas, SP. 1992. 199 páginas

Mauro Roberto Martinho. A Criação de Abelhas. Coleção do Agricultor. Editora Globo. São Paulo, SP. 1988. 180 páginas.

José Rubens Pirani e Marilda Cortopassi­Laurino. Flores e Abelhas em Säo Paulo. Editora EDUSP/FAPESP. Säo Paulo, SP. 1993. 194 páginas.

Lucio Antonio de Oliveira Campos e Rui Carlos Peruquetti, Biologia e Criação de Abelhas sem Ferrão. Informe Técnico no. 82. Universidade Federal de Viçosa. 1999. 36 páginas.

João Maria Franco De Camargo. Manual de Apicultura. Editora Agronômica Ceres. São Paulo, SP. 1972. 252 páginas.

Monika Ortrud Barth. O Pólen no Mel Brasileiro. Instituto Osvaldo Cruz Publicação Avulsa. Rio de Janeiro, RJ. 1989. 151 páginas.

Rogério Marcos de O. Alves. Sistema de Produção de Abelhas Sem Ferrão. Escola Agrotécnica Federal de Catu, Bahia.

Ezequiel Roberto Medeiros de Macêdo. Criação e manejo de abelhas sem ferrão Jandaíra (Melipona subnitida) e Rajada (Melipona asilvae), (apostila). 1996

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 55

Luciene V. Garcia. Produção e Beneficiamento do Mel (apostila). UNITAU.

Odair Pessotti. Noções Higiênico­Sanitárias e Tecnológicas para Mel, Cera de Abelhas e Derivados (apostila)

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 56

Anexo IV ­ Apicultores da Região do Vale do Ribeira

Adejair Ferreira dos Santos Barro Vermelho, s/nº 11ª casa – Barro Vermelho Fone: (41) 3659­1012 recados Tunas do Paraná ­ PR

Adelino Shimerski Rua Marcelino Gerimias, 1750 ­ Tuneiras Fone: (41) 3605­0291 recados Tunas do Paraná ­ PR

Araminta Alice do Rosário Estrada do Cerro Azul, s/nº ­ Barro Vermelho Fone: (41) 3287­8972 recados Tunas do Paraná ­ PR

Dirce Aparecida Rosa Núcleo Ouro Fino, s/nº ­ Tingui Fone: (41) 3659­1146 recados Tunas do Paraná ­ PR

Ednéia Rasoto Estrada do Ouro Fino, km. 06 – Ouro Fino Fone: (41) 9995­4950 Tunas do Paraná ­ PR

Eloir Justiniano dos Santos Barro Vermelho, s/n – Barro Vermelho Tunas do Paraná ­ PR

Francisco Shimerski Estrada da Anta Gorda, s/nº ­ Anta Gorda Fone: (41) 9991­8103 Tunas do Paraná ­ PR

Gilberto Straub Núcleo Ouro Fino, km. 05 – Ouro Fino Fone: (41) 3659­1221 Tunas do Paraná ­ PR

João Alves de Paula Antinha, s/nº ­ Antinha Tunas do Paraná ­ PR

João Mamede Barro Vermelho, s/nº ­ Barro Vermelho Tunas do Paraná ­ PR

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 57

José Costa de Jesus Núcleo Ouro Fino, km. 06 – Ouro Fino Tunas do Paraná ­ PR

Maria Aparecida Martins do Nascimento Estrada da Anta Gorda, s/nº ­ Anta Gorda Tunas do Paraná ­ PR

Mário Rasoto Estrada do Ouro Fino, km. 06 – Ouro Fino Fone: (41) 9995­4950 Tunas do Paraná ­ PR

Nilza Souza de Oliveira Barro Vermelho, s/nº 11ª casa – Barro Vermelho Fone: (41) 3659­1243 recados Tunas do Paraná ­ PR

Odival Gonçalves de Oliveira Estrada do Cerro Azul, km.02 ­ Pirizal Tunas do Paraná ­ PR

Olívio Ribeiro Pulador, s/nº ­ Ribeirão das Pedras Tunas do Paraná ­ PR

Palmiro Costa de Jesus Filho Núcleo Ouro Fino, km. 05 – Ouro Fino Fone: (41) 3659­1221 recados Tunas do Paraná ­ PR

Palmiro de Jesus Núcleo Ouro Fino, km. 05 – Ouro Fino Fone: (41) 3659­1221 recados Tunas do Paraná ­ PR

Paulo Cesar Ferreira dos Santos Rua José Fagundes Straub, 484 – Sub­estação Fone: (41) 3659­1243 Tunas do Paraná ­ PR

Paulo José Lopes Estrada da Anta Gorda, s/nº ­ Água Clara Fone: (41) 3659­1331 recados Tunas do Paraná ­ PR

Romildo Cardoso de Paula Antinha, s/nº ­ Antina Tunas do Paraná ­ PR

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 58

Rosita dos Santos Estrada da Anta Gorda, s/nº ­ Água Clara Fone: (41) 3659­1331 recados Tunas do Paraná ­ PR

Sílvio José Soares Estrada do Cerro Azul, s/nº ­ Barro Vermelho Fone: (41) 3287­8972 Tunas do Paraná ­ PR

Vanderlei da Silva Núcleo Ouro Fino, s/nº ­ Tingui Fone: (41) 3659­1146 recados Tunas do Paraná ­ PR

Vitória Gonçalves Santos de Jesus Núcleo Ouro Fino, km. 06 – Ouro Fino Tunas do Paraná ­ PR

Nota: Muitos dos contatos realizados com os apicultores do vale do Ribeira foram feitos atendendo outro trabalho de consultoria.

Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010­100. Curitiba . Paraná . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849 59

Anexo V – Oportunidades de Negócio

As principais oportunidades para empreender, identificadas neste levantamento, foram sumarizadas em fichas de modo a facilitar o acesso às informações.

Através destas fichas, os empreendedores terão uma visão geral do negócio e poderão encontrar fontes para a obtenção de informações mais detalhadas e atualizadas, de modo a poder montar seu Plano de Negócios.

Para a construção das fichas foram adotadas as seguintes definições operacionais:

Aspectos facilitadores – São aspectos do ambiente de negócios que aumentam a chance do empreendimento ser bem sucedido.

Oportunidades – Refere­se à condição prévia do empreendedor ou a vantagens conjunturais para iniciar o negócio.

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Revisão de 31.05.2007