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Editora responsável: Themys Cabral [email protected] GAZETA DO POVO Sábado, 3 de setembro de 2011 Encantar-se com a graça do pet não basta ao escolher um filhote. O dono deve se informar antes sobre as doenças que o animal está mais propenso a ter. Páginas 4 e 5 Festa de premiação do Cachorro do Ano acontece amanhã PáGINA 7 A incrível história de Thucco, o “cãoelho” PáGINA 6 Cada raça, um dilema Cada raça, um dilema Encantar-se com a graça do pet não basta ao escolher um filhote. O dono deve se informar antes sobre as doenças que o animal está mais propenso a ter. Páginas 4 e 5

Caderno Animal

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Caderno Animal do Jornal Gazeta do Povo.

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Page 1: Caderno Animal

Editora responsável: Themys [email protected]

GAZETA DO POVOSábado, 3 de setembro de 2011

Encantar-se com a graça do pet não basta ao escolher um filhote. O dono deve se informar antes sobre as doenças que o animal está mais propenso a ter. Páginas 4 e 5

Festa de premiação do Cachorro do Ano acontece amanhãPágina 7

A incrível história de Thucco, o “cãoelho”Página 6

Cada raça, um dilema Cada raça, um dilema

Encantar-se com a graça do pet não basta ao escolher um filhote. O dono deve se informar antes sobre as doenças que o animal está mais propenso a ter. Páginas 4 e 5

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2 GAZETA DO POVOSábado, 3 de setembro de 2011caderno animal

Notas

ExpEdiEnTE

Caderno Animal é um suplemento es pecial da Gazeta do Povo de senvolvido pela editoria de Projetos Especiais. Diretora de Redação: Maria Sandra gonçalves. Edito r Execu tivo: guido Orgis. Edição: Themys Cabral. Diagra ma ção: allan Reis. Capa/Fotos: ivonaldo alexandre. Re da ção: (41) 3321-5316. Fax: (41) 3321-5472. Co mer cial: (41) 3321-5291. Fax: (41) 3321-5300. E-mail: cadernoanimal@ga zeta do povo. com.br. Endereço: R. Pedro ivo, 459. Curi tiba-PR. CEP: 80.010-020. Não pode ser vendido separadamente.

pitica (pretinha) e Chiquinha (loirinha), ambas SRD, são companheiras e carinhosas, conta Laura Beatriz Albuquerque. Na foto, uma soneca das ‘meninas’ em um dia de muito calor.

Gaya é companheira e adora brincar. Ela sai que nem louca atrás de caixas de pizza e de leite, conta a dona. “Tem que sempre olhar o que ela está aprontando”, diz Fabíola Ramos.

A dolly, charmosa que só ela, é o xodó da casa de Marcelo e Rosângela Fidelis.

A docinho (gata) e a pucca (cocker) se dão super bem, brincam o dia todinho e dormem juntas para se aquecer no frio. São os bebês da casa, conta Patricia Gabriela do Amaral Pereira. O Bugica , bulldog francês, adora

passear e chamar atenção por onde passa, de acordo com Juliana Alves dos

Santos Both.

Ralf é um cachorro que não para quieto! É muito brincalhão e gosta muito da sua dona a Roberta Fila.

clickConfira o que os bichinhos dos leitores andam aprontando:

Envie suas fotos para [email protected]

Próxima edição

1º de outubro

ConTEúdo ExTRAConfira uma edição especial da

coluna Click no site

www.gazetadopovo.com.br/animal

EsTéTiCA

Fim das manchas de lágrimas e saliva

divERsão

Brinquedo estimulante

pET shop

Leitores relatam problemas

z Um produto novo no Brasil, importado dos EUA, promete acabar com as manchas de lágri-ma e saliva de cães e gatos. Diferentemente de outros produ-tos disponíveis até então somen-te para uso tópico, o Angels’eyes é um pó para ser colocado na ração. Ele começa a agir após sete dias de administração. O

Angels’eyes está sendo vendido por R$ 179 e dura cerca de 60 dias para um animal de até 3 kg. O produto pode ser encontrado nas melhores clínicas e pet shops da cidade.

z Feito de borracha, o Kong tem o interior oco e pode ser recheado pelo dono com guloseimas ou material impregnado do odor, que o cão deve identificar duran-te a sua busca. Seu formato irre-gular faz com que o brinquedo pule de um lado para outro de forma imprevisível, estimulan-do ainda mais o prazer que o cão tem em capturar esta “presa”. O produto pode ser encontrado no tamanho pequeno, médio, gran-de e extra-grande no site www.

bitcao.com.br. Os preços variam entre R$ 29,90 e R$ 69,90.

z A família Pogogelski não foi a única a ter problemas com pet shops (Desaparecida há seis meses, Caderno Animal, 06 de agosto de 2011, página 03). Leitores manda-ram e-mails relatando os apuros. Maria do Rocio Muniz afirma que foi tirado tanto pelo de seu yorkshire, que acabou crescendo uma bolsa de água na orelha do cão. Foi preciso cirurgia. Em outra oportunidade, ela mandou uma poodle ao pet shop e a cade-

linha voltou sem um pedaço da orelha. Ana Maria Possoli diz que seu shih-tzu voltou com o pelo todo tosado, embora tenha man-dado o cão ao pet shop apenas para banho e tosa higiênica. A desculpa do estabelecimento? “Eles confundiram o meu cachor-ro”. Caroline conta que quando foi buscar seus cachorrinhos, eles estavam assustados e chorando. “A impressão que tive é que bate-ram neles.”

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GAZETA DO POVO Sábado, 3 de setembro de 2011 3caderno animal

Dâmaris Thomazini

Não são apenas cães e gatos que sofrem abandono. Após vagarem sozinhos pelas ruas do bairro

Cajuru, em Curitiba, os cavalos Isabela, Paloma e Napoleão foram retirados da situação de maus-tratos em que viviam, quando moradores do bairro buscaram ajuda.

Desde 2009, quando recebeu o primeiro cavalo, a Sociedade Pro te tora dos Animais de Curitiba (SPAC) já resgatou, recu-perou e ajudou na adoção de cer-ca de dez animais. Em junho, foi a vez dos três cavalos encontra-dos no Cajuru. Eles foram aloja-dos na chácara da Sociedade, em Colom bo, região metropolitana de Curitiba, onde receberam ali-mento e auxílio veterinário para se recuperarem.

“Não descobrimos quem eram seus donos. Caso fossem identif icados, eles seriam denunciados por maus-tratos e omissão de cautela na guarda do animal, pois, quando estão sozi-nhos, os equinos podem causar acidentes”, af irma Soraya Simon, ad ministradora e presi-dente da SPAC.

Tiago Vaz Carcereri, médico veter inár io formado pela Univer sidade Tuiuti do Paraná (UTP) e voluntário na Sociedade, desde os tempos de faculdade, é quem cuida dos bichos, que cos-tumam chegar até ele apáticos, com cortes e feridas, que deixam

Animais abandonados

nas ruas e em

situações de maus-

tratos ganham

atendimento e abrigo

Depois do resgate, Paloma e Napoleão passaram um mês naSPAC.

Hoje os dois têm o carinho do empresário Walter, que os adotou.

Cavalos sob proteção a pele em carne viva. A maioria dos medicamentos utilizados no tratamento é comprada pela Sociedade e alguns chegam por doações. “Aceitamos antibióti-cos, soro, anti-inf lamatórios e analgésicos”, diz Tiago. A Sociedade também recebe doa-ções de material de construção para que um novo abrigo ade-quado para o processo de exa-mes e curativos seja montado.

dilema e auxílioUma vez na chácara, o animal jamais retorna para o antigo dono. “Ainda que ele precise do bicho para trabalhar, isto não justifica a utilização do cavalo ferido, magro e doente para qualquer atividade”, explica Soraya.

E a questão social é a parte mais delicada no resgate de equi-nos. O Batalhão de Polícia Ambiental, que recebe e verifica as denúncias, aplica multas que podem variar de R$ 500 a R$ 3 mil para quem maltrata qual-quer animal. “A situação com cavalos é complicada, porque as pessoas que o utilizam para o trabalho são de baixa renda e muitos não têm condições de tratá-los. A aplicação da multa leva isto em consideração”, diz o tenente Álvaro Gruntowski, ofi-c ia l de p lane jamento do Batalhão.

vida novaPara que o cavalo saia da chácara é preciso encontrar um dono dis-posto a tratá-lo de forma digna. “Temos que ter todo cuidado na adoção para garantir que este animal não seja utilizado para trabalhos forçados e explorado. Tentamos conhecer o adotante antes”, conta Soraya. Segundo ela, há o cuidado de se verificar se o local em que o cavalo irá viver tem espaço suficiente e é seguro.

Paloma e Napoleão tiveram sorte. Bem recuperados, hoje, eles têm nova vida na chácara do empresário Walter de Castro Junior, em Rio Branco do Sul, na região metropolitana. Mas Isabela, que perdeu uma orelha após cair no quintal da SPAC, não resistiu. Bastante debilita-da, ela morreu depois de passar mais de 20 dias sendo tratada com antibióticos devido a uma infecção no casco.

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Como agirPara denunciar situações de abuso, abandono e maus-tratos de quaisquer animais, contate o Batalhão de Polícia Ambiental do Paraná pelo telefone 0800 643 0304, que atende 24 horas por dia. Para fazer doações à SPAC ligue no (41) 3256 8211, envie um email para [email protected] ou acessewww.spacuritiba.org.br

1 O cidadão liga para o Batalhão de Polícia Ambiental fazendo

a denúncia;

2 O Batalhão verifica a procedência da reclamação;

3 A polícia faz um termo de depósito do animal e uma

audiência é marcada para que o proprietário se explique à Justiça;

4 A Sociedade Protetora dos Animais é chamada para

recolher o cavalo;

5 Em Curitiba, a SPAC aciona a prefeitura para que um

caminhão seja encaminhado ao local e leve o cavalo até a chácara em Colombo. Em outros municípios, muitas vezes é preciso que a SPAC contrate um caminhão particular para fazer o transporte.

ResgateComo são recolhidos os cavalos abandonados:

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Resgate

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4 GAZETA DO POVOSábado, 3 de setembro de 2011caderno animal

Saúde

Dâmaris Thomazini

Se encantar pela graça de um filhote é apenas o pri-meiro passo em direção à decisão de levar um pet

para casa. Fora o amor à primeira vista, é preciso que o dono esteja bem informado sobre as doenças que mais podem afetar a raça esco-lhida (ver quadro). A pancreatite crônica, por exemplo, pode aco-meter qualquer cão que receba

uma alimentação muito gorduro-sa, mas, devido a uma predisposi-ção genética, é nos schnauzers que o mal é mais frequente.

“A doença é uma inflamação do pâncreas. O órgão incha e pode extravasar suas enzimas para a cavidade abdominal, o que causa dor intensa e pode ser fatal”, explica a médica veterinária da Clinivet Simone Berndt Nunes. No ano passado, a advogada Ghislaine Bordin, dona da sch-

nauzer Bunny, de sete anos, per-cebeu que seu pet não estava bem. Portadora da doença, Bunny quase faleceu depois de uma série de vômitos que deixou o animal próximo de entrar em choque.

“Pesquisei sobre a pancreati-te e descobri esta propensão. Desde então, sempre que encon-tro um schnauzer na rua, procu-ro orientar o dono do animal sobre os riscos, em especial o da obesidade. Até porque, antes de

gatos peRsasTratamento para a vida inteira

Ghislaine Bordin com Bunny: a schnauzer quase faleceu por uma pancreatite crônica.

A coluna do dachshund, o pâncreas do schnauzer e o coração dos

persas estão mais propensos a problemas que outras raças

Seu bicho sob ameaça

Muito apegada a Snow e Furry, dois gatos per-sas, a advogada Anelize Duarte Pessuti sem-pre cuidou para que seus pets não sofressem com a doença renal policística, muito comum na raça. Snow, pai de Furry, transmitiu o pro-blema para o filho geneticamente. Os dois foram diagnosticados com a doença há 10 anos. “Eu não imaginava que eles tinham cis-tos nos rins. Quando a doença foi descoberta, fui alertada para comprar gatos somente de criadores que tivessem erradicado a doença”, lembra Anelize.

A médica veterinária Marúcia de Andrade Cruz, da clínica Mania de Gato, explica que gatos com cistos nos rins podem viver momentos de crise em que ficam apáticos, apresentam vômito crônico, rejeitam a ração e

param de beber água. “A doença faz com que eles tenham gastrite e também apresentem sinais de desidratação”, esclarece.

Assustada com a ideia de perder seus bichos de estimação, a advogada procurou formas de dar uma sobrevida a eles. Até um transplante experimental de rins foi cogitado. “Eu teria que adotar o doador e todo o proce-dimento custaria cerca de R$ 10 mil”, conta.

A solução mais simples e eficiente encon-trada foi controlar a alimentação dos gatos de forma rígida. Anelize os alimenta com uma ração especial e os leva para fazer exames de sangue a cada quatro meses. “As consultas não pesam tanto nos gastos, mas, enquanto uma ração normal sai por cerca de R$ 30, pago R$ 70 na especial.” (DT)

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Snow e Furry, com a dona Anelize.

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adquirir um bichinho, o criador não comenta as tendências às doenças”, relata Ghislaine.

Diante de um problema como este é preciso que o dono tenha mui-ta paciência, além de disposição para bancar consultas e medica-mentos. “Paciência é fundamental, porque o animal tem uma recupera-ção lenta e as mudanças na rotina são drásticas”, reforça a advogada. Com ajuda de antibióticos e ração especial, Bunny se recuperou bem da pancreatite que a fez ser interna-da por três vezes.

CruzamentoPor serem transmitidas de pais para filhos, boa parte das doenças que acometem raças específicas pode ser prevenida antes do nascimento de uma ninhada, ao se evitar o cruza-mento consanguíneo – entre ani-mais da mesma família. Segundo a professora de clínica médica de ani-mais de companhia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Ana Paula Sarraff Lopes, um animal portador de doenças genéticas não deve ser reprodutor.

“O melhor é cruzar os bichinhos sem parentesco, mas muitos criado-res não fazem isso, pois querem raças com características mais refor-çadas e acabam perpetuando doen-ças e defeitos”, afirma Ana Paula. Segundo ela, por isso, é importante antes de comprar um pet se infor-mar sobre a procedência do animal e os principais problemas que podem surgir na raça adquirida.

Snow e Furry, com a dona Anelize.

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6 GAZETA DO POVOSábado, 3 de setembro de 2011caderno animal

Envie sua história para o [email protected]

amigo bicho

Rafaela Bortolin

Quem passa pela casa do f u n c i o n á r i o público Dirceu

Oliveira Nasci mento facil-mente acha graça: no portão, cin-co cachorros começam a latir acompanhados de perto por um coelho. Isso mesmo: um coelho. Pois é bom não estranhar: convi-vendo há dois anos com os cães, Thucco parece até se achar um deles e repete tudo que os compa-nheiros caninos fazem. Entre os amigos e familiares, a história ficou tão famosa que o coelho já ganhou até um apelido carinho-so e virou o “cãoelho”.

Tudo começou em 2009, quando Nascimento foi a um avi-ário para comprar ração para seus cachorros. Como sua esposa gostou do coelho que estava à venda, acabou levando-o para casa para fazer companhia à cocker spaniel Lola e aos pins-chers Fred, Vilma, Lilica e Billy.

A experiência deu tão certo que hoje Thucco faz questão de seguir os cachorros em todos os lugares. “Quando os cães vão até o portão para ver se há alguém estranho e começam a latir, ele vai junto e tenta imitá-los. É engraça-do porque ele fica em pé no portão e acho que só não late porque real-mente não consegue.”

Como se não bastasse, o coe-lho ainda obrigou os donos a

Thucco, o “cãoelho” da casa

“Quando os cães vão até o portão para ver se há alguém estranho e começam a latir, ele vai junto e tenta imitá-los.”dirceu oliveira nascimento, funcionário público dono do Thucco, o “cãoelho”.

mudarem seu cardápio. “No começo, oferecíamos ração de coelho, mas ele foi rejeitando e roubava a ração dos cachorros. Agora, nem insistimos e compra-mos até um prato para ele comer a ração junto com os cães.”

A proximidade é tanta que Thucco até abriu mão da própria casinha para poder passar mais tempo com os cachorros . “Compra mos uma casinha só para ele, mas ele faz questão de dormir com os outros. Há alguns dias, acordei de manhã e vi os cães dormindo juntos na área, enrolados em cobertores por causa do frio, e o Thucco em cima deles.”

Mas o dono garante: nem sem-pre a convivência é tão amigável. “Os pinschers têm ciúmes dele e ficam incomodados quando ele

quer brincar, mas a Lola adora e eles estão sempre juntos.” Às vezes, tanta proximidade até ren-de alguns problemas para a cocker spaniel. “Ele tem mania de ficar roendo a Lola. Uma vez, notei um corte no pescoço dela e fiquei preocu pado achando que ela tivesse brigado com algum dos cachorros. No outro dia, olhei pela janela e vi o Thucco roendo o mesmo lugar.”

O dono conta que pensou em comprar um novo coelho para fazer companhia a Thucco, mas a ideia não foi adiante. “Testamos ficar com o coelho do vizinho por uns dias, para ver como era a reação. Foi a pior possível. O Thucco ficou enciumado e quase matou o visitante. Não tem jeito: ele quer ser o único ‘cãoelho’ da casa.”

Foto

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evento começa às 15h, no estacio-namento 2 do Parcão (espaço atrás do Museu Oscar Niemeyer). Inicialmente, a comemoração esta-va programada para o dia 21 de agosto, mas foi remarcada devido a obras para a manutenção e reparo da rede de água pluvial do Parcão.

No evento, os dez cachorros mais votados durante o concurso vão receber suas medalhas. Os visitantes poderão conhecer pes-soalmente, brincar e tirar fotos com os pets que mobilizaram a torcida e fizeram o maior suces-so durante a votação – inclusive Lennon, o grande campeão. A premiação é aberta ao público (incluindo animais de estima-ção) e a entrada é gratuita.

Em caso de chuva, a festa será transferida e a nova data deve ser informada no site da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br) e no blog do caderno Animal (www.gazetadopovo.com.br/blog/bloganimal).

sERviço

Festa de premiação do Cachorro do

Ano 2011 acontece amanhã no esta-

cionamento 2 do Parcão (área atrás

do Museu Oscar Niemeyer – Rua

Marechal Hermes, 999, Centro Cívico).

A partir das 15 horas.

Evento, que deve reunir

os dez cachorros mais

votados durante o

concurso, terá

atrações para toda

a família

Rafaela Bortolin

Depois de muita expectativa, o grande dia chegou: está marcada para amanhã a festa de premiação do con-

curso Cachorro do Ano 2011, pro-movido pela Gazeta do Povo. O

Premiação do Cachorro do Ano será amanhã

Mesmo sem atingir a meta de 2 milhões de votos durante o concurso – foram quase 1,2 milhão –, o Caderno Animal, em parceria com o Pet Shop Rei dos Animais, assume seu compromisso com a causa dos animais e irá doar as duas toneladas de ração para as seis ONGs (organizações não-governamentais) cadastradas. É o segundo ano que o concur-so entrega a ração. Cada uma receberá em torno de 300 qui-los. Veja a lista de ONGs con-templadas no site do Caderno Animal (www.gazetadopovo.com.br/animal).

CompRomissoDoação de ração está garantida

Vencedores posam para foto, em festa do ano passado.

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Comemoração

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Pet

Rafaela Bortolin

Elas são pequenas, dóceis, divertidas, curiosas, não perdem uma oportunidade de brincar e quase não dão

trabalho. Com um currículo des-ses, é fácil descobrir porque as chin-chilas viraram as queridinhas entre aqueles que querem um pet pequeno, econômico e carinhoso.

“Raramente elas são agressivas. Pelo contrário, são muito leais e apegadas ao dono. Quando se acos-tumam com a família, elas pedem carinho, querem brincar, ficam no colo, atendem pelo nome e até fazem pequenos truques”, explica o médico veterinário da Toca da Chinchila, especialista em chinchi-las, cães e gatos, Fernando Quadros Dalledonne.

Ele explica que as chinchilas têm hábitos noturnos e adoram brincar durante a madrugada. Por isso, man-ter a gaiola no quarto pode não ser uma boa ideia. “Não são raras as noi-tes em que a pessoa acorda com o barulho da rodinha mexendo.”

Quanto à alimentação, os donos devem seguir algumas recomenda-ções à risca para garantir a saúde dos animais. A primeira é não abrir mão do uso de uma ração específica para chinchilas. “Algumas pessoas oferecem rações para coelho, hams-ter e até cachorro, mas isso é um perigo, porque elas têm um sistema digestivo muito frágil e podem ter complicações”, comenta a criadora de chinchilas há oito anos, Elisangela Peraceta de Andrade.

Também é preciso oferecer por-ções de verduras, frutas e legumes. “Como elas têm tendência à prisão de ventre e diarreia, é bom oferecer alimentos ricos em fibras, para regu-lar o intestino, como alfafa, frutas secas sem açúcar, alface, maçã, damasco e ameixa”, diz Dalledone. Amendoim, castanha e frutas gor-durosas devem ser evitadas, assim como guloseimas e alimentos ricos em açúcar, sódio e gorduras.

Segundo ele, as chinchilas costu-mam se dar bem com outros ani-mais quando acostumadas desde filhotes com essa companhia. Com outras chinchilas, a relação também costuma ser amigável. “No caso de serem um macho e uma fêmea, o ideal é que se faça a castração ou pelo

Ativas e carinhosas,

as chinchilas viraram

as queridinhas entre

aqueles que querem

um pet pequeno,

curioso e divertido

Dóceis e brincalhonas

Gato, cachorro, hamster, peixe e até uma mini-lagosta. Depois de ter todos esses animais de esti-mação em casa e não se adaptar a nenhum deles, o professor Paulo Hannesch já estava quase desis-tindo quando viu uma chinchila na vitrine de um pet shop. Ele, então, decidiu tentar mais uma vez. Não deu outra: Apolo, de seis meses,

agora é o xodó da família e fez tanto sucesso que até ganhou um companheiro, Athos, de cinco meses. “Os dois são tranquilos, limpos, curiosos, apegados ao dono e muito espertos. O Apolo conhe-ce alguns truques e fica no meu ombro quando vamos passear. Na rua, não tem quem não se encante com ele”, conta o dono.

tentativasChinchila virou xodó da família

Paulo Hannesch com Apolo e Athos: enfim, o pet certo para ele.

menos a aplicação de anticoncepcio-nal na fêmea para evitar uma super-população em poucos meses”, diz. A gestação das chinchilas dura três meses e, 24 horas após o parto, elas entram no cio novamente.

CuidadosA chinchila pode ser criada dentro de uma gaiola ou solta pela casa, mas o ideal é que os donos tomem cuida-do com objetos deixados pelo chão. Sapatos, brinquedos, tapetes, livros, móveis e, principalmente, fios de telefone e aparelhos eletroeletrôni-cos são os preferidos e podem ocor-rer acidentes graves, já que, ao roer um fio elétrico ou colocar as patas em uma tomada, o animal pode tomar um choque e morrer.

Na hora dos passeios, também é bom tomar cuidado. “Há pessoas que deixam os animais soltos, mas há o risco de atropelamentos ou de a chinchila se assustar com o movi-mento e fugir. Se ela fica na guia, pode ingerir alguma sujeira do chão e ficar doente. O melhor é ter uma gaiola específica, menor e mais are-jada, para passear.”

Cuidado com o calorAcostumadas com o clima frio dos Andes, as chinchilas têm dificuldade em se adaptar a altas temperaturas. “Elas armazenam todo o calor dentro do organismo e podem ter um colapso. Por isso, elas não podem tomar sol, nem ficar em locais abafados. Em dias com mais de 25º C, é preciso manter um ventilador próximo à gaiola”, explica o médico veterinário, da Toca da Chinchila, Fernando Quadros Dalledonne.

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Nome: ChinchilaPaís de origem: região dos Andes, principalmente entre a Argentina e o Peru.Tamanho: o corpo mede entre 20 e 25 cm e o rabo, mais 10 a 13 cm. Peso: entre 500 gramas a 1 kg.Expectativa de vida: 15 anos.Temperamento: são ativas, curiosas, tranquilas, carinhosas, apegadas aos donos, higiênicas e só mordem quando se sentem ameaçadas.Preço: entre R$ 70 e R$ 200.Pelagem: não é necessário tosa e escovação. A queda de pelos é rara e só acontece quando elas estão estressadas ou doentes. Há várias opções de coloração, mas as principais são branco, cinza, marrom, bege e preto.Cuidados: banhos com água e sabão devem ser evitados. Basta o dono deixar um recipiente com pó de mármore na gaiola, ao menos uma vez por semana, para que elas façam sua própria higiene. Como elas são muito ativas, é bom investir em brinquedos dentro da gaiola, como rodinhas e pedaços de madeira sem tratamento químico, que também são usados para roer e desgastar os dentes.

peRfilConheça as principais características do animal: