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Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

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Page 1: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação
Page 2: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Importância da Adesão à Medicação

Mais uma publicação da ASAP! E é com muita

satisfação que fechamos, com este Caderno,

o Relatório de Diretrizes e Resultados (Outcomes

Guidelines Report – Volume 5, da Population Health

Alliance – PHA).

Desde Setembro/2013, o Comitê Técnico da ASAP

vem trabalhando fortemente na tradução e

adaptação desse material à realidade brasileira.

Juntos, os quatro Cadernos se tornam ferramenta

estratégica para os gestores de empresas

cujos dirigentes se preocupam com o aumento

desenfreado dos custos assistenciais, mas também

com o bem estar de seus colaboradores

e de suas famílias.

As publicações dão conhecimento de vasto

material para implementar programas que se

inserem no conjunto de ações fundamentais para se

fazer Gestão de Saúde Populacional – GSP. Como

traçar o perfil de risco de uma população; como

tratar de forma adequada cada grupo de risco

identificado; check-list para saber se a empresa está

adotando as melhores práticas e tomando todas

as providências necessárias para acompanhar

Page 3: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

e monitorar de forma efetiva os

resultados; formas de mensurar esses

resultados; propostas para gerenciar

as pessoas com doenças crônicas;

como programas de Wellness podem

ajudar para que as pessoas tenham

hábitos e comportamentos mais

saudáveis; e agora, que estratégias

usar para que as pessoas com alguma

patologia já constatada

possam aderir e manter o seu

tratamento medicamentoso.

O Brasil é um país que envelhece

rapidamente. A longevidade traz

consigo o desafio da convivência

com condições de saúde que

requerem a mudança de hábitos

cotidianos. Em alguns casos, inclusive,

a adoção do uso continuado de

medicamentos, principalmente

quando já detectadas

as doenças crônicas.

Essas patologias, quando

diagnosticadas, exigem do indivíduo

um compromisso, por vezes difícil de

manter, que é tomar corretamente

os medicamentos prescritos.

Exige disciplina, discernimento,

conhecimento e vontade de

melhorar a sua condição de saúde.

Persistência e motivação serão

amigas inseparáveis das pessoas que

dependem de medicamentos

de uso contínuo.

Estudos de vários países revelam

um quadro de baixa adesão

aos remédios entre os pacientes

acometidos das principais doenças

crônicas. Mas o que leva uma pessoa

a agir assim? A razão não é clara,

mas em alguns casos, é porque a

doença é assintomática, fato que

leva o paciente à falsa sensação

de bem estar.

Page 4: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Certamente, a atuação dos empregadores,

médicos, prestadores de serviços, indústria

farmacêutica, pode ser essencial para o sucesso

da adesão de uma pessoa ao tratamento

medicamentoso. Não podemos imaginar

simplesmente que as pessoas mudarão sozinhas

o próprio comportamento e assumirão a

responsabilidade pelo sucesso dos tratamentos.

Entendo que a ingestão correta, de acordo

com a prescrição dos medicamentos passa por

uma estratégia conjunta em que cada agente

envolvido entenda a sua responsabilidade na

gestão do cuidado dos pacientes, atuando para

garantir o uso permanente da medicação, que

enseje o sucesso do tratamento.

Várias experiências estão sendo implementadas

pelas empresas, no sentido não apenas de

garantir o fornecimento, mas de fazer com que

as pessoas tomem os medicamentos conforme

a prescrição médica, pois muitas vezes, o

tratamento não é nem iniciado, por falta de

condições financeiras dos pacientes para

adquirir os remédios.

Ainda são falhos os diversos formatos para medir

se o tratamento traz resultados importantes

para os pacientes e para as empresas, em vista,

principalmente, da dificuldade de definir um

“grupo controle” que possibilite uma comparação

adequada entre os que participam e os que não

participam dos programas.

Page 5: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Marilia Ehl BarbosaSuperintendente Executiva da [email protected]

Ainda temos a dificuldade de

algumas empresas em entender

que às vezes é mais vantajoso

distribuir os medicamentos aos

seus trabalhadores em programas

específicos e bem estruturados, ou

mesmo garantir o medicamento de

forma ambulatorial e não somente

quando os beneficiários se encontram

internados. Fazer uma boa gestão

assistencial, passa pela análise de

custo-efetividade para se concluir

o que é melhor para um paciente e

para a economia do sistema.

A ASAP, na sua tentativa de inovar no

setor da saúde, procura alertar para

a importância de discutir com maior

profundidade os temas complexos

da área. Para isso, tem disponibilizado

conteúdo técnico inédito no Pais, de

alta qualidade, para contribuir com

os gestores das empresas, de maneira

especial os da área de benefícios, para

que vençam o desafio de oferecer boa

assistência a um custo acessível.

Mais uma vez, esperamos que você

faça uma boa leitura deste Caderno,

e que se junte a nós na construção e

incorporação das melhores práticas em

Gestão de Saúde Populacional no Brasil.

Page 6: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

© Copyright 2014 by Population Health Alliance , Inc. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do

material protegido por este copyright pode ser relatado ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer

meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou por qualquer sistema de armazenagem

e recuperação, sem autorização escrita do proprietário dos direitos autorais.

A ASAP possui exclusividade na tradução de materiais da Population Health Alliance no Brasil.

POPULATION HEALTH ALLIANCE

Após uma década representando a indústria da gestão de saúde populacional, a Care Continuum Alliance (CCA), está mudando o seu nome para a Population

Heatlh Alliance (PHA). Principal entidade mundial em gestão de saúde populacional, a PHA inspirou a criação da ASAP, que hoje faz parte

do seu quadro de associadas.

[email protected] www.asapsaude.org.br

Desenvolvimento

Page 7: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

CONTEÚDOPrefácio - edição ASAP ......................................................................................08

Introdução ............................................................................................................15

Abordagem organizacional para as melhores práticas em adesão ..........16

Medindo a adesão à medicação ....................................................................21

Mais frequentes questões sobre MPR e medidas de persistência ................28

Mensuração da adesão à medicação por auto-relato ................................33

Mensurações operacionais ................................................................................36

Mensurações adicionais .....................................................................................38

Apoio ASAP ..........................................................................................................41

TABELASTabela XVII - intrumentos de auto-relato de adesão à medicação ............34

FIGURASFigura 9 - quadro das melhores práticas organizacionais .............................19

Figura 10 - crurva de persistência no diabetes ................................................27

Figura 11 - diagrama de fluxo de indicadores operacionais .........................39

QUADROSQuadro IV - exemplo de persistência no diabetes .........................................27

Sumário

Page 8: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

PrefácioO envelhecimento populacional,

as mudanças demográficas e

epidemiológicas e a complexidade

do cenário da Saúde Suplementar

no Brasil, fazem com que o

desenvolvimento de ações de

Gestão de Saúde Populacional

torne-se estratégico para viabilizar o

envelhecimento ativo da população e

a sustentabilidade econômica do setor.

Diante desse cenário surgiu a ASAP –

Aliança para a Saúde Populacional,

com vistas a disseminar conhecimentos,

compartilhar boas práticas e engajar

empresas, prestadores de serviços e

operadoras de saúde, ao redor da

causa - GSP, foco de sua atuação.

Estudos demonstram que os hábitos

representam 50% de responsabilidade

na manutenção da Saúde. Outros 20

% são atribuídos à genética, mais 20 %

ao ambiente e 10 %, às condições de

acesso à assistência à Saúde. Portanto,

atuar nos 70% relativos aos hábitos

e ambiente, representa importante

contribuição para a manutenção da

saúde e prevenção de doenças.

Os resultados, já presentes em modelos

praticados nos últimos anos, mostram

que o investimento nessa área, leva à

melhoria na qualidade de vida e saúde

da população assistida, aumento na

produtividade e consequentemente

nos resultados das empresas, além

de racionalizar os custos da assistência

à saúde, segundo maior gasto de RH

das empresas. Se considerados os gastos

com perda de produtividade resultantes

do absenteísmo e principalmente do

presenteísmo, esses gastos relacionados

às más condições de saúde ficam ainda

maiores.

As Diretrizes servem como introdução

crítica para as questões-chave na

avaliação de Programas de Gestão de

Saúde Populacional – GSP e oferecem

um conjunto de normas contra os quais

contratantes e fornecedores desses

serviços podem, consistentemente e de

maneira confiável, avaliar o impacto

dos programas. Este volume fornece

orientação adicional sobre a avaliação

de programas de gestão de cuidados que

vão além do gerenciamento da condição

isolada, da padronização da medição

da adesão à medicação e da definição

de um direcionamento claro nas medidas

fundamentais da atividade do programa.

A criação dessas Diretrizes da PHA reflete,

assim como na ASAP, o esforço tremendo

de muitos voluntários e funcionários.

Membros do grupo de trabalho e de

um grupo diversificado de organizações

colaboraram para analisar, definir

estratégias e construir um consenso

em torno de questões cada vez mais

complexas em torno da medição

de resultados.

8 © Copyright - Todos os direitos reservados8 © Copyright - Todos os direitos reservados

Page 9: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

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O trabalho da PHA conta com os

membros do Comitê Coordenador

de Resultados; os membros do grupo

de trabalho; líderes e autores que

contribuem para esta edição e foi

reforçado com colaborações de várias

organizações. Essas colaborações

têm ajudado a maximizar os recursos,

aumentar a base de conhecimento

e garantir que o trabalho seja

verdadeiramente representativo

e aplicável para todas as

partes interessadas.

Este tomo – 4º Caderno ASAP,

tradução da 5ª Edição do Relatório

de Diretrizes de Resultados da então

CCA (Outcomes Guidelines Report,

atual PHA) - traz à luz a importância da

Adesão à Medicação, especialmente

no manejo de grupos populacionais

que convivem com Doenças Crônicas.

Tem, também, o propósito de

consensuar Indicadores e Métricas que

apontem o acesso a medicamentos e

a persistência e motivação em utilizá-

los, como instrumento de cuidado com

a condição de saúde.

O progressivo aumento da expectativa

de vida decorrente da evolução

da Saúde Pública, incorporação de

tecnologias no saneamento básico,

na produção de insumos alimentares,

na imunologia e na farmacologia,

associados aos avanços na prática

médica assistencial, tem colocado,

a crescentes grupos populacionais,

o desafio da convivência com um

conjunto de condições mórbidas e

patologias de caráter degenerativo.

Estas são definidas como DCNT –

Doenças Crônicas Não Transmissíveis

– e requerem necessidade de ajustes

de hábitos cotidianos da vida e do uso

continuado de fármacos.

Este quadro remete a duas

condicionantes de vital importância:

1. Adoção de práticas epidemiológicas

de gestão preventiva secundária e/

ou terciária cujo ícone das ações

está representado pelo processo de

Educação Continuada em Saúde e;

2.Acesso e Persistência (adesão

e fidelização) à terapêutica

medicamentosa.

Pacientes crônicos ocupam, em

média, 80% das diárias hospitalares,

correspondendo a aproximadamente

70% de todas as internações e a 55%

dos atendimentos em serviços de

urgência / emergência.

Este grupo consome cerca de 70% dos

recursos assistenciais... e mais de 40%

de seus integrantes acumulam duas ou

mais condições crônicas.

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Page 10: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

1 Condição crônica56%

2 ou mais condições crônicas44%

Taxa de comorbidade na população NÃO institucionalizada - EUA

A maior parte deste extrato

populacional tem vida independente,

ou seja, sua condição de vida não

depende diretamente do suporte de

outrem (cuidadores, p.ex.).

Neste sentido, estes indivíduos

requerem entender como lidar com sua

condição de saúde e como conviver

o mais harmoniosamente possível com

suas doenças crônicas.

O processo de “Educação

Continuada” para o autocuidado

reveste-se como premissa crítica de

sucesso para a atenção pró-ativa

de condições adversas de agravo

degenerativo da saúde.

Adicionalmente, a Medicina por

Evidências das Melhores Práticas

consagra a redução exponencial, seja

(vide World Bank)

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Diária Hospitaláres 80%

Passagens PS 55%

Internações Hospitalares 69%

CRÔNICOSProporção de utilização de serviços médicos assistenciais

Fonte: World Bank

US$ 425 BIUS$ 187 BI

Dispêncio Assistencial com Crônicos - 69%

Dispêncio Assistencial direto com Crônicos representaaproximadamente 70% de todo custo médico

Dispêncio Assistencial TOTAL em 1990: US$ 612 BI

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Page 11: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

do agravo ao status de saúde, seja do

custeio, na avaliação de resultados de

grupos populacionais quando em

uso regular e ajustado da

farmacoterapia continuada.

As barreiras a serem superadas estão,

neste sentido, representadas pelo

Acesso ao Medicamento e pela

Persistência em fazer uso deste.

Distintamente de outros Cadernos

deste Relatório, este oferece um painel

baseado no modelo de provimento

de acesso a medicamentos nos EUA,

o qual guarda distinções significativas

dos modelos adotados no Brasil,

particularmente no que diz respeito ao

ambiente da Saúde Suplementar. No

modelo norte-americano, o provimento

do Acesso à dispensação em regime

ambulatorial permanece sendo de

responsabilidade da provedora da

atenção médica assistencial. Assim,

estes provedores arcam com o custeio

da dispensação ambulatorial visando

à redução do risco de agravo da

condição de saúde e do consequente

impacto na sinistralidade.

No Brasil a cobertura a medicamentos

está provida, no ambiente intra-

hospitalar, tanto no setor publico como

privado, por imposição da legislação

que baliza a Saúde Suplementar. Essa

cobertura, porém, não se estende ao

ambiente ambulatorial onde não existe

uma clara política de responsabilidade

sobre a cobertura dos medicamentos

prescritos pelos médicos assistentes.

Por força desse cenário é crescente o

número de empresas que subsidiam

a cobertura dos medicamentos,

geralmente através das PBM’s

(Pharmacy Beneficit Management).

Segundo dados da PBMA Associação

Brasileira das Operadoras de PBM,

já são mais de quatro milhões

de beneficiários de programas

de cobertura subsidiada de

medicamentos prescritos.

Tais empresas se beneficiam, além

dos retornos do próprio benefício

de acesso, de informações de

gestão estruturada em relatórios,

configurando-se em ferramenta

poderosa de detecção precoce de

usuários de condições de agravo, para

a constituição de um banco de dados

importante na formatação de políticas

de saúde populacional.

Políticas públicas conduzidas pelo

Governo Federal merecem destaque

e pelo menos uma delas angariou

reconhecimento mundial. Foi o caso do

tratamento de portadores do HIV.

O Programa Farmácia Popular,

implementado há uma década

e expandido posteriormente,

crescentemente disponibilizou acesso à

terapêutica medicamentosa.

No ambiente da Saúde Suplementar,

regulado pela ANS, este processo

recém abrange condições específicas

como é o caso dos Oncológicos Orais

(RN 338, ANS, 2012).

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Page 12: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Concorreu expressivamente

para sua expansão a inclusão de

concentradoras de serviços de

autorização de programas de

benefícios de medicamentos que

permitiram alastrar para mais de 3.300

municípios, mais de 20 mil varejos

farmacêuticos habilitados

à dispensação.

O modelo de programas de delivery

(“Remédio em Casa”) adotado por

governos estaduais e replicados por

algumas administrações municipais,

tem contribuído da mesma forma

para prover o acesso à

terapia medicamentosa.

Ainda há pouca referência na literatura

acadêmica a respeito de metanálise

sobre acesso, utilização e adesão às

terapêuticas medicamentosas em

nosso meio. Nossa pretensão é de

provocar acadêmicos e demais atores

de nosso segmento no sentido de

prover pesquisa e luz sobre este tema.

Desta forma, iniciativas de provimento

de Acesso e de Persistência de

tratamento medicamentoso

encontram-se embrionários,

esporádicos e sem protocolos

consistidos seja para execução, seja

para compilação de resultados.

Este caderno traz referências e aponta

“O subsídio do Estado e a concentração das dispensações do Programa em medicamentos Genéricos e marcas similares favorece as pessoas de baixa renda ao acesso aos medicamentos e viabiliza a adesão ao tratamento desta população, já que passam a ter acesso a medicamentos com preços mais acessíveis. Outro fator importante é que, considerando os preços mais acessíveis, o Programa Farmácia Popular pode contribuir para a diminuição dos gastos gerados pela compra de medicamentos e, também minimizar as despesas com internações que são provocadas pelo abandono do tratamento” (1)

(1) Inocencio, M. et al, Cadernos Gestão Pública e Cidadania/FGV, v.16, No 59, Jul/

Dez2011 – ISSN 2236-5710

(2) http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-

permanentes/cssf/audiencias-publicas/audiencia-16.10/apresentacao-3

Números do Ministério da Saúde (base 2012) apontam para algo como cinco milhões

de pacientes/mês, movimentando cerca de 17 milhões de unidades de medicamentos/

mês, que representam aproximadamente R$340 milhões/mês. (2)

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critérios para a avaliação de programas de fomento

ao uso do medicamento para estas específicas

condições: doenças crônicas.

Sinaliza, ainda, as melhores práticas organizacionais

para implementação e incremento à adesão ao

tratamento medicamentoso, sugerindo adoção

de procedimentos processuais para definição de

Critérios de Elegibilidade; Metodologia de Avaliação;

Critérios de Inclusão / Exclusão; Tempo de Exposição

para Análise, todos remetendo à construção de dois

principais Indicadores:

• Índice de Acesso ao Medicamento [MPR]

(Medication Possession Ratio) e,

• Índice de Persistência (Medicamentosa)

[MP] (Medication Persistence).

O MPR busca apontar a taxa de sucesso do Acesso

ao Medicamento. O MP busca apontar a taxa da

continuidade do tratamento medicamentoso.

Trata-se de viés de consolidação de processo

de efetivo impacto nas soluções de governança

da saúde populacional com raríssimos e isolados

exemplos práticos e de evidências de resultados.

Boa leitura!

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Page 15: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Adesão à Medicação

Todos os dias, todo indivíduo que toma

medicamento – seja com a finalidade

de tratamento ou de prevenção de

uma condição – se depara com um

momento pessoal decisivo que resulta em

tomar a medicação prescrita, ou não.

O indivíduo pode ou não estar ciente

daquele fugaz momento da verdade,

mas naquele segundo os resultados da

saúde dos Estados Unidos são registrados.

Anualmente, a não-adesão à medicação

tem um impacto negativo sobre os

resultados da saúde e contribui para o

incremento dos custos assistenciais. Isso

inclui US$ 177 bilhões em custos diretos

e indiretos e, mais especificamente,

US$ 100 bilhões apenas em custos de

hospitalização. Para o sistema de saúde

dos EUA, este impacto anual representa

um desafio para o sistema de saúde

como um todo. Pacientes experimentam

o custo da não-adesão à medicação

através de hospitalizações evitáveis

e visitas ao pronto socorro, resultados

clínicos inferiores, perda de qualidade de

vida e menor produtividade no trabalho.

As causas de não-adesão à medicação

representam um conjunto definível de

atributos que atravessam limites pessoais,

psicossociais, cognitivo-comportamentais

e culturais. Razões (para não-adesão)

Introdução

podem incluir a falta de conhecimento

(individual) sobre o medicamento,

efeitos colaterais ou eventos adversos;

esquecimento; falta de apoio social;

crenças religiosas, culturais ou de saúde;

negação de condições; desafios

financeiros; fraco relacionamento com

médicos e falta de conhecimento em

saúde. Dadas às múltiplas questões que

desencadeiam a não-adesão, reverter

o problema exige o desenvolvimento

e a execução de uma abordagem

sistemática, estratégica e multifacetada

para o dilema.

A não-adesão representa uma falha

crítica do sistema de cuidados em

saúde - não muito diferente do manejo

inadequado da dor. Como o manejo

da dor, a adesão à medicação é um

princípio fundamental no qual repousam

os resultados da medicina ocidental.

Na última década, quando o controle

inadequado da dor foi reconhecido

como um fator crítico desencadeador

de pobres resultados em saúde,

associações e sociedades médicas

nacionais declararam a dor o “quinto sinal

vital”, aumentando a conscientização

dos provedores (de cuidados) e das

instituições e estabelecendo padrões

nacionais de cuidados para melhorar

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Page 16: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

os resultados dos pacientes. Após esta

declaração, as normas para o controle

da dor foram escritas e posteriormente

adotadas por toda organização que

provê ou suporta atendimento ao

paciente, por exemplo, sistemas de

saúde, hospitais, lares de idosos, centros

de cuidados ambulatoriais, serviços de

atendimento domiciliar.

A abordagem sistemática tomada para

melhorar o manejo da dor através dos

Estados Unidos reflete a necessidade

de uma abordagem semelhante para

melhorar a adesão à medicação.

Pode ser necessário um foco nacional

de grande repercussão e visibilidade

para melhorar este aspecto crítico da

assistência à saúde e pode ser ainda que

a adesão à medicação venha a se tornar

o “sexto sinal vital” no cuidado

ao paciente.

Apesar da magnitude do tema, a

gestão da saúde já foi carente de uma

metodologia padronizada para medir e

comparar a adesão à medicação entre

populações gerenciadas. Este relatório

apresenta as seguintes diretrizes com o

propósito de implementação e aferição

de programas projetados para melhorar

a adesão à medicação

de uma população.

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o • Abordagem organizacional para as

melhores práticas em adesão

[à medicação]

• Aferição do Índice de Acesso

à medicação

• Aferição da Persistência da Medicação

• Medidas de auto-avaliação da

adesão à medicação

> ABORDAGEM ORGANIZACIONAL PARA AS MELHORES PRÁTICAS EM ADESÃO

O objetivo do grupo de trabalho para

o desenvolvimento de uma plataforma

de melhores práticas para a adesão à

medicação foi alcançado através da

criação do Quadro de Melhor Prática

Organizacional.....fig 9 (o Quadro

inclui um conjunto passo a passo de

intervenções sistemáticas que permitem

às organizações promover as melhores

práticas de apoio a pacientes para

alcançar altas taxas de adesão

à medicação).

Através da revisão da literatura atual

e de discussões, o grupo de trabalho

identificou uma variedade de

abordagens utilizadas por provedores e

organizações destinadas a melhorar a

adesão ao tratamento. Uma discussão

que identifica pesquisas e ferramentas

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outilizadas na auto avaliação da adesão

à medicação, com base em revisão

da literatura, está incluída nesta seção.

Menos informação, no entanto, estava

disponível sobre como as organizações

podem alterar sistematicamente as

taxas de adesão à medicação em suas

populações de pacientes; mais pesquisas

parecem ser necessárias.

Enquanto não há duas abordagens

organizacionais idênticas para o

problema da adesão à medicação,

existem áreas comuns que definem

um fluxo de melhoria potencialmente

comum. Este fluxo de melhores práticas,

como atualmente definido, é baseado

na literatura disponível, bem como

na opinião de especialistas do grupo

de trabalho, representando múltiplas

áreas do sistema de saúde. O Quadro

não se destina a generalizações, mas

sim a oferecer um ponto de partida a

partir do qual as organizações podem

começar a avaliar a si próprias e seu foco

em melhorar a adesão à medicação.

Teoricamente, na medida em que mais

organizações trabalhem para melhorar

a adesão à medicação de forma

sistemática, o quadro atual evoluirá para

incluir novas pesquisas e intervenções

chave adicionais que proporcionem

melhores resultados individuais e

populacionais. A finalidade de definir o

nível de melhores práticas, portanto, é

começar a ajudar as organizações a:

1. Avaliar seu atual estado de

funcionalidade, e

2. Trabalhar passo a passo para melhorar

sistematicamente a sua abordagem de

apoio à adesão à medicação ao

longo do tempo.

Para definir o nível do quadro, o grupo

de trabalho primeiro imaginou um

sistema e uma infraestrutura totalmente

funcionais que promovessem a adesão à

medicação para todas as pessoas com

quem interagissem. Vários elementos

comuns pareceram ser necessários,

incluindo:

• Pesquisas/ferramentas e treinamento

para aumentar a percepção de cada

médico para a potencial “não-adesão”

ao medicamento de seus pacientes;

• Alinhamento entre a organização e

o médico de que a “não-adesão” à

medicação é um elemento crítico para

se alcançar resultados positivos

com pacientes;

• Um específico conjunto de intervenções

médico/organizacionais para reduzir os

riscos de “não-adesão” dos pacientes;

• Um método para consolidar dados

de adesão/não-adesão entre as

populações;

• Definição de metas entre os médicos e

a organização para alcançar altas taxas

de adesão entre as populações;

• Incentivos/reembolsos para médicos/

prestadores e organizações com base nos

resultados de melhores práticas;

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Page 18: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

• [Disponibilidade] de dados/

[informações], em tempo real, sobre a

adesão à medicação e apoio à decisão

para os médicos, no local

do atendimento;

• Alinhamento da cadeia de valor da

organização em apoio à adesão à

medicação; e

• Sucesso geral da organização ligado

às altas taxas de adesão à medicação

da população.

Estes elementos foram aferidos como mais

ou menos sistemáticos na abordagem, e

distribuídos em uma grade (da esquerda

para a direita). A título de nota, a grade

leva em conta mudanças e intervenções

necessárias de ambos, prestadores

individuais [médicos] e organizações,

para o melhor apoio à adesão à

medicação. Na grade, o termo “PCS”

ou “Prestador de Cuidados em Saúde”

refere-se a qualquer prestador de serviço,

incluindo médicos, farmacêuticos,

gestores de casos e de doenças e

prestadores auxiliares. Também, o termo

“Organização” se refere a qualquer

organização que desempenhe um papel

no cuidado da saúde, incluindo aquelas

que diretamente prestam cuidados aos

doentes (por exemplo, sistemas de saúde,

prestadores de cuidados individuais

ou coletivos, farmácias, agências de

assistência domiciliar, instalações de

cuidados de longa permanência), bem

como aquelas de assistência indireta ao

paciente (por exemplo, operadoras de

saúde, fornecedores da área de saúde, e

outras organizações

relacionadas à saúde).

Os elementos estão ordenados em um

processo contínuo escalonado, dispondo

as intervenções menos sistemáticas à

esquerda do fluxo e as abordagens mais

sistemáticas à direita. As intervenções

relacionadas ao PCS e organizações

estão “empilhadas”. O modelo define

cinco níveis de abordagem sistemática

- atribuídos como de Nível I a V - com as

organizações progredindo ao longo do

fluxo de melhores práticas do Nível I para

o Nível V. Os Cinco níveis incluem:

• Nível I - Avaliação pessoal;

• Nível II - Identificação de indivíduos

em risco;

• Nível III - Intervenção básica para

melhorar a adesão à medicação;

• Nível IV - Intervenção avançada:

baseada em metas de gerenciamento

para melhorar a aderência à medicação;

• Nível V - Sistema totalmente funcional

de apoio à adesão à medicação para o

indivíduo e a população.

Esta representação visual dos cinco níveis

define os passos para a conclusão de

cada nível, baseado na progressão,

de baixo para cima, da

“abordagem sistemática”.

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Page 19: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

> COMO USAR O MODELO DE MELHORES PRÁTICAS NO SEU SERVIÇO OU ORGANIZAÇÃO

O modelo organizacional de cinco níveis

de melhores práticas para a adesão ao

tratamento permite que os provedores

e organizações avaliem seu atual nível

de progresso na adesão à medicação e

possam prever e implementar melhorias

processuais sistemáticas e sequenciais

ao longo do tempo. É importante notar

que o modelo une os vários passos ou

intervenções relacionadas em cada

nível, e exige que os prestadores e sua

organização adotem uma abordagem

sistemática para o aprimoramento.

Especificamente, o modelo lembra as

organizações quanto à importância de:

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oFIGURA 9 - QUADRO DAS MELHORES PRÁTICAS ORGANIZACIONAIS

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Page 20: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

• Prática consistente do prestador (através de treinamento e estabelecimento

de expectativas);

• Identificação de áreas-chave de falha do sistema (e maneiras de superá-las);

• Medição e elaboração de relatórios sobre os resultados da adesão à medicação

na população;

• A ligação entre a adesão à medicação e os resultados positivos para a saúde.

Qualquer organização pode seguir esses passos para melhorar a adesão à medicação:

1. Realizar uma auto-avaliação organizacional. Identificar práticas em vigor,

ou necessárias para melhorar a adesão à medicação. Usar o modelo para

determinar o nível de sua organização. Identificar processos que exijam

melhorias para subir um nível. Definir uma meta para atingir um novo nível

[dentro] de um determinado [período de] tempo para executar. Identificar os

desafios e obstáculos à melhoria.

2. Identificar os “campeões” em adesão à medicação em sua organização.

Divulgar a oportunidade em sua organização.

3. Identificar ferramentas de auto-relato de adesão à medicação já em uso em

sua organização para identificar indivíduos em risco.

4. Conduzir a utilização de ferramentas e pesquisas de auto-relato e em

diversos locais de sua organização. Promover esforço pela aceitação cultural

e regular no uso das ferramentas. Reportar resultados obtidos com base na

utilização das ferramentas, nestes locais, observando a prevalência da “não-

adesão” à medicação em suas populações.

5. Identificar algumas intervenções em pacientes para apoiar a melhoria

da adesão à medicação. Identificar os profissionais “certos” para realizar as

intervenções. Identificar como provedores e outros profissionais podem apoiar a

significativa melhoria de adesão à medicação.

6. Implementar um mecanismo simples para acompanhar o desempenho, ao

longo do tempo, nos locais escolhidos de sua organização.

7. Divulgar os resultados (reconhecendo agências, configurações de grupos de

melhoria de qualidade). Adicionar novos locais de teste, identificando em cada

local as similaridades/diferenças, recursos disponíveis e cenários, baseados

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Page 21: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

na população. Capturar as histórias de sucesso nos locais de teste e festejar o

sucesso organizacional.

8. Considerar fazer da Adesão à Medicação um indicador chave de sucesso

em sua organização.

> MEDINDO A ADESÃO À MEDICAÇÃOBenefício medicamento versus benefício médico [assistencial]

Para avaliar com precisão a adesão e

identificar a “não-adesão” utilizando

registros [de atendimento] é importante

assegurar que todos os registros

pertinentes estejam disponíveis. Para

medicações cobertas primariamente

por meio do benefício medicamento

isso é bastante simples. No entanto,

alguns medicamentos – como biológicos

injetáveis – podem ser cobertos através

do auxílio farmácia ou do plano

médico. Alguns exemplos incluem

agentes estimulantes da eritropoietina,

bloqueadores do fator de necrose

tumoral (TNF) e interferons, entre outros.

Estes medicamentos são cobertos pela

maioria dos programas de benefício

medicamento e também podem ser

fornecidos e cobrados pela operadora

de saúde, utilizando um código de

faturamento específico do HCPCS .

Com o tempo, alguns pacientes podem

mudar da administração (e cobrança)

de suas medicações baseada no plano

médico para um modelo ambulatorial ou

domiciliar sob o benefício medicamento,

ou vice-versa. Uma razão para isso

envolve diferenças no projeto dos planos,

uma vez que um benefício pode ser mais

favorável do que outro. Uma potencial

razão para a mudança na direção

inversa, da auto-administração para a

administração médica, poderia envolver

uma habilidade reduzida para se auto-

administrar devido à deficiência ou falta

de uma boa agilidade motora.

Nos casos em que os pacientes tenham

os seus medicamentos cobertos por

um ou outro benefício, é importante

assegurar que os dados de ambas as

fontes estejam disponíveis e integradas.

Isso também envolveria um cruzamento

entre os códigos HCPCS e NDC ; .

Nota do Tradutor: O autor apontou o código ‘HCPCS’ (Healthcare Common Procedure

Coding System) como sistema identificador dos sinistros, inclusive medicamentos, através

das operadoras de plano de saúde, porém esta codificação não é utilizada no Brasil.

As operadoras de saúde brasileiras, quando registram a utilização e a cobrança de

medicamentos em seus dados, utilizam códigos próprios, visto que este tipo de procedimento

não está previsto na tabela oficial da ANS (TUSS)

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Page 22: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

A PHA recomenda as medidas do

Índice de Acesso à Medicação e Persistência

para avaliar os resultados de um

programa.

> AFERIÇÃO DO ÍNDICE DE ACESSO À MEDICAÇÃO

Metodologia

MPR é uma medida da base populacional relatada como uma percentagem:

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O Índice de Acesso à Medicação (MPR) é uma

definição operacional de adesão: uma avaliação

retrospectiva de dias abastecidos ao longo de um

período de avaliação. Um método recomendado

para o cálculo do MPR, um aspecto da equação total

da adesão e está descrito na seção abaixo.

• Fontes de dados: registros administrativos

do benefício medicamento e dados

de elegibilidade.

• Período de Avaliação: Um período fixo

do calendário: 12 meses (anual). Até um

mês sem registros será permitido, portanto

a medida pode ser calculada no final

do mês 13.

• Critérios de Inclusão: um período de

avaliação contínuo com não mais do

que 45 dias sem cobertura pelo

benefício medicamento.

• Denominador: A duração [em dias]

entre a primeira prescrição (índice) e o

final do período de avaliação.

• Numerador: Os dias supridos sobre

o mesmo período.

• Limite de Numerador: Para controlar

potencial confusão de terapias

concomitantes e sobrepostas (devido

a mudanças medicamentosas dentro

de classes terapêuticas, perda de

medicamentos, etc), para doenças

específicas ou específicas classes

terapêuticas, na inclusão de bases

populacionais para o cálculo do MPR

(ver “Quem reportar”, abaixo), a fração

numerador/denominador de cada

MPR individual será limitada de tal

forma que o numerador seja menor ou

igual ao denominador (por exemplo,

dias abastecidos <= total de dias; MPR

individual não pode exceder 100%).

• O que Reportar: MPR como uma

porcentagem e por quartil (exemplo:

diagramas ou diagramas de dispersão).

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Page 23: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

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dic

ão• Quem Reportar: Relatado por condições e por classes terapêuticas aplicáveis a essa

condição. Indivíduos com múltiplas condições (por exemplo: Insuficiência Coronariana

e Diabetes) serão contados para todas as condições e para todas as adequadas

classes de medicamentos. Veja uma lista representativa de classes terapêuticas.

• Como Reportar: Cada combinação apropriada de condição/combinação de

classe terapêutica, pela lista representativa da classe terapêutica, deveria ter um

MPR relatada. Por exemplo, para os beta-bloqueadores em insuficiência coronariana

(ICo), esta medida deverá incluir a soma de todos os dias (para todos os membros

com ICo que tomam beta-bloqueadores) no denominador e a soma de todos os

dias abastecidos (para todos os membros com ICo tomando beta-bloqueadores) no

numerador. Para calcular os totais de MPR de doenças específicas (colunas na tabela

de classes terapêuticas) ou de classes terapêuticas específicas (linhas na tabela de

classes terapêuticas) deve-se somar todos os dias e os dias com abastecimento para a

coluna ou linha apropriada e, em seguida, realizar a divisão para obter o percentual.

Nota do Tradutor: Novamente é aqui citado o código ‘HCPCS’, agora acompanhado do

‘NDC’ (National Drug Code), que não possui correspondência nacional.

Nota do Tradutor: O autor apontou o código ‘HCPCS’ (Healthcare Common Procedure

Coding System) como sistema identificador dos sinistros, inclusive medicamentos, através

das operadoras de plano de saúde, porém esta codificação não é utilizada no Brasil.

As operadoras de saúde brasileiras, quando registram a utilização e a cobrança de

medicamentos em seus dados, utilizam códigos próprios, visto que este tipo de procedimento

não está previsto na tabela oficial da ANS (TUSS)

Nota do Tradutor: MPR, do inglês Medication Possession Ratio.

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Page 24: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

• Um mínimo de duas dispensações em

uma classe específica de drogas, por

pessoa, tem que ter ocorrido para incluir o

indivíduo no cálculo.

• Exclui-se o suprimento de medicamentos

de um período prévio à avaliação.

Por exemplo, um abastecimento de

medicamentos suficientes para 30 dias

em 15 de dezembro de 2006 não será

considerado para o período de avaliação

de 2007.

• Exclui-se a quantidade excedente de

medicamentos quando o suprimento for

além do período de avaliação. Utilizando

o exemplo acima, no qual um suprimento

para 30 dias foi adquirido no mesmo dia

15 de dezembro de 2006: para o período

de avaliação de 2006, apenas os dias

entre 15 de dezembro e 31 de dezembro

(17 dias) devem contar no numerador.

• Fatores potenciais de confusão, como

contra-indicações, amostras grátis e

utilizações hospitalares (internações),

podem ter impacto no cálculo do MPR.

Critério de Inclusão e Exclusão

• Destina-se às condições crônicas mais

prevalentes (Asma persistente, ICo, ICC,

Diabetes, Hipertensão e Dislipidemia).

• Destina-se apenas às medicações

orais (ICo, ICC, Diabetes, Hipertensão

e Dislipidemia).

• Destina-se apenas a medicamentos

orais e inalatórios (Asma persistente).

• Exclui medicamentos em

formas líquidas.

• A primeira aquisição deve ocorrer

dentro dos primeiros seis meses do

período de avaliação.

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• Fontes de dados: registros de compras

em farmácias.

• Lacuna de recarga admissível: 60 dias.

• Período de Avaliação Anual: Uma

duração fixa do calendário: 12 meses

(anual). Um mês sem registros de compras

será permitido.

• Período de Tempo da Avaliação

(ETP): O tempo a partir da data de

preenchimento da última compra

(ou seja, a data de preenchimento +

dias fornecidos) + lacuna de recarga

admissível (não exceder o final

do ano civil).

• Denominadores: O número de membros

elegíveis, em cada período de ETP, da

prescrição (terapia inicial) ao final do

período de avaliação.

• Numeradores: O número de membros

elegíveis, em cada período de ETP, da

prescrição (início da terapia) ao final do

período de avaliação que não excedam

a lacuna de recarga admissível.

• O que Reportar: Persistência como

percentual por Período de Tempo

da Avaliação.

• Quem Reportar: Indivíduos com múltiplas

condições (por exemplo, Insuficiência

Coronariana e Diabetes) serão contados

para todas as condições e para todas as

classes adequadas de medicamentos

e relatados por condições e por classes

terapêuticas aplicáveis a essa condição.

Veja uma lista representativa de classes

de medicamentos.

• Como Reportar: Cada combinação

apropriada de condição/classe

terapêutica, por respectiva classe de

medicamento da lista, deve ter uma série

temporal de Persistências relatadas. Isto

pode ser visualizado como um gráfico

de sobrevida (tal como a curva Kaplan-

Meier). O eixo X é composto por períodos

de ETP e o eixo Y consiste na persistência

percentual em cada período de ETP.

> MEDIDA DA PERSISTÊNCIA DA MEDICAÇÃOA Persistência da Medicação pode ser definida como a “quantidade de

tempo que o indivíduo permanece sob a terapia medicamentosa crônica.”

Um método recomendado para o cálculo da Persistência, outro aspecto da

equação de adesão total, é descrita na seção a seguir.

Metodologia

A persistência é uma medida de base populacional relatada como um percentual sobre o tempo:

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Page 26: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Critérios de Inclusão e Exclusão

• Destina-se às condições crônicas mais

prevalentes (Asma persistente, ICo, ICC,

Diabetes, Hipertensão e Dislipidemia).

• Destina-se apenas às medicações orais

(ICo, ICC, Diabetes, Hipertensão

e Dislipidemia).

• Destina-se apenas a medicamentos

orais e inalatórios (Asma persistente).

• Exclui formas líquidas de medicação.

• Primeira aquisição deve ocorrer dentro

dos primeiros seis meses do período

de avaliação.

• Um mínimo de duas aquisições em uma

classe específica de drogas, por pessoa,

tem que ter ocorrido para incluir

o indivíduo no cálculo.

• Exclui-se o suprimento de

medicamentos de um período prévio à

avaliação. Por exemplo, uma aquisição

de medicamentos suficientes para 30 dias

em 15 de dezembro de 2006 não será

considerado para o período de avaliação

de 2007.

• Exclui-se a quantidade excedente de

medicamentos quando o suprimento for

além do período de avaliação. Utilizando

o exemplo acima, no qual um suprimento

para 30 dias foi adquirido no mesmo dia

15 de dezembro de 2006: para o período

de avaliação de 2006, apenas os dias

entre 15 de dezembro e 31 de dezembro

(17 dias) devem contar no numerador.

• Fatores potenciais de confusão, como

contra-indicações, amostras grátis e

utilizações hospitalares (internações),

podem ter impacto sobre a persistência.

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Exemplos

FIGURA 10 - CRURVA DE PERSISTÊNCIA NO DIABETES

QUADRO IV - EXEMPLO DE PERSISTÊNCIA NO DIABETES

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Page 28: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

> MAIS FREQUENTES QUESTÕES SOBRE MPR E MEDIDAS DE PERSISTÊNCIA:

O que é Índice de Acesso à

Medicação (MPR) e o que o Índice

da Persistência pretende medir?

Quais as barreiras recorrentes mais

comuns aos resultados ideais de MPR e Persistência?

Por que a medição da adesão de

medicamentos inalatórios (por

exemplo, asma) é mais variável?

O MPR e a Persistência são medidas complementares.

O MPR visa identificar a proporção de doses

fornecidas enquanto num regime de terapia

medicamentosa. A Persistência geralmente capta

aqueles indivíduos que pararam (abandonaram) a

terapia. As estratégias de intervenção para fechar as

lacunas nesses grupos heterogêneos podem

variar significativamente.

Esquecimento, alteração de dose, horário e/ou custo

são frequentemente citados como razões para pobres

resultados em MPR, enquanto que efeitos colaterais,

custo e/ou questões relacionadas à administração

dos medicamentos podem estar ligadas à falha na

Persistência. Estes são exemplos retirados da Literatura.

No entanto, pode haver significativa sobreposição

de razões para cada uma. Uma vez que tanto o

MPR como a Persistência são afetados por distintas

respostas com base no diagnóstico do indivíduo e na

classe de medicamento utilizada, múltiplos elementos

devem ser considerados na determinação de

estratégias clínicas eficazes para tais populações.

Um exemplo de resposta diferencial, que é também

um desafio para os dados de registros de farmácia,

está no domínio de medições farmacoterapêuticas

da asma persistente. Esta forma de asma é crônica e

apresenta exacerbações agudas. O suprimento diário

necessário de medicamentos inalatórios é também

mais difícil de aperfeiçoar – o volume pulmonar

individual e hábitos de inalação são variáveis e

podem mudar com as circunstâncias, idade ou outros

fatores. Além disso, a precisão do suprimento diário é

inconstante, dependendo de fatores como o médico,

o sistema de prescrição, o sistema de dispensação,

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Page 29: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

A partir de que taxa poder-se-

ia considerar um “ponto de partida” para intervenções

a respeito de MPR e Persistência?

Muitos dos estudos de eficácia realizados pelas

indústrias farmacêuticas têm focado em MPR = 80%.

Por isso, muitos consideram taxas de MPR abaixo

disso como abaixo do nível de referência. Não tem

sido comprovado um nexo causal de limiar ideal

de MPR, através de estudos clínicos randomizados

originalmente concebidos para tal. A experiência

sugere que tais limiares, ideais para o MPR, podem

diferir com base em vários fatores (por exemplo,

dados demográficos da população, fatores

socioeconômicos, perfis de efeitos colaterais, etc.).

No entanto, um estudo (recém) realizado por Hansen

e colaboradores, em março de 2009, publicado

na revista The Annals of Pharmacotherapy, sugere

que 80% pode representar um ponto capaz de

determinar cortes de aderentes e não aderentes,

enquanto mantida a paridade entre sensibilidade

e especificidade. Para Persistência, uma vez que

uma pessoa tenha perdido uma lacuna de recarga

admissível, ela é considerada como

sendo não-aderente.

Pontos de partida também irão depender de como

se analisam os dados: por carteira de clientes, por

indivíduo, por linhas de negócios/mercados ou outras

dimensões. Os métodos de MPR e Persistência são

destinados a padronizar o relato de resultados neste

domínio. Em ambos os casos, a resposta diferencial e

a as capacidades motivacionais e comportamentais

de cada indivíduo representarão importantes papéis

na determinação dos adequados pontos de partida

para a intervenção e estratégias.

etc. Por estas razões, não é raro ver taxas de MPR

para asmáticos bem inferiores ao de outras condições

crônicas. E, para muitas pessoas, a gravidade da

asma pode ser influenciada pela variação sazonal

– de maneira que poderia explicar os períodos de

adesão versus a não-adesão (quando uma pessoa

está “fora da temporada”).

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Page 30: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Um método para a medição de rotina que impacta

minimamente nos critérios de inclusão e exclusão e

que permaneça estatisticamente menos variante

seria a análise de 12 meses correntes, que apenas

determinaria o encerramento do período de tempo

de análise em 12 meses. Independente da frequência

de medição (mensal, trimestral, anual), 12 meses de

dados de registros minimizarão o impacto de alguns

fatores de confusão conhecidos, como mudanças

no projeto do plano, compras de medicamentos no

varejo versus por correio e modificações nas diretrizes

de tratamento medicamentoso.

Medicamentos líquidos têm desafios semelhantes

às drogas inalatórias, com amplitude de dias

de suprimento sujeitos a considerável variação

e problemas na coleta de dados. Por exemplo,

o controle de glicose sanguínea em diabéticos

insulinodependentes pode ser acionado por diversos

fatores - o peso atual ou leituras de glicose sanguínea

anteriores, etc. O Grupo de Trabalho em Adesão à

Medicação, de um ponto de vista de redução da

complexidade, decidiu adotar as formas mais diretas

para investigar estes métodos padronizados.

A Classe Terapêutica recomendada deve ser

escolhida tendo em mente a prática clínica (i.é.,

a forma que os medicamentos são empregados

para tratar uma condição específica). Uma classe

terapêutica compreende medicamentos com

modos similares de ação que, sob a maioria das

circunstâncias, não deveriam ser

utilizados concomitantemente.

Embora as recomendações sejam para o uso

de medições anuais como adequado

requerimento de período de

movimento, poderia minha organização

calcular de uma forma contínua ou

trimestral?

Por que medicamentos

na forma líquida foram excluídos?

Como se define classe terapêutica?

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Page 31: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

A lista é recomendada como um ponto de partida

geral, mas não é de maneira alguma definitiva. As

condições foram escolhidas devido a suas altas taxas

de prevalência geral. Os medicamentos tinham que

ser regularmente usados e relevantes na proposta

terapêutica da condição designada (baseado em

diretrizes); devem ser medicações de uso crônico

(não apenas usadas em fases agudas ou em regimes

paliativos) e ter uma disponibilidade de dados

registrados relativamente consistente.

O crescimento dos programas de descontos

em medicamentos pode ter um efeito sobre a

precisão da medição. Como empresas começam

a oferecer e incrementar a lista de descontos de

medicamentos de baixo custo, prescrições associadas

com medicamentos de tais programas podem

não aparecer nos registros de dados. Isso ocorre

principalmente devido a compras em dinheiro em

que o cartão do benefício medicamento não é

apresentado e o registro da compra não é realizado.

Se um indivíduo tem sobreposição de dias de

abastecimento para dois medicamentos dentro

da mesma classe terapêutica como, por exemplo,

quando um paciente é mudado de uma Estatina

para outra, então o cálculo do MPR por nível da

classe terapêutica resultaria em um número de

suprimentos diários da pessoa excedente ao número

de dias do período de avaliação. Como tal, a

quantidade de dias de suprimento (numerador) seria

limitada de modo que fosse igual, mas não maior

que a quantidade de dias do período avaliado

(denominador). Se uma pessoa migrar entre

medicamentos de duas classes de drogas diferentes

(isto é, suspender o tratamento com a classe

terapêutica X e começar a nova terapia com a classe

Y), o MPR para a classe X seria diminuído, enquanto

a classe Y continuaria a ser um reflexo mais fiel da

adesão ao tratamento.

Como se chegou às classes

de medicamentos para cada condição

de saúde?

Como os programas de desconto em

medicamentos impactam nestas

medições?

Como é que a metodologia MPR lida com terapias concomitantes e

com a troca da medicação no

nível de classes terapêuticas?

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ia Como é que a metodologia MPR lida com terapias concomitantes e

com a troca da medicação no

nível da condição de saúde?

Se um indivíduo tem registro de aquisição de duas

classes terapêuticas para uma mesma condição,

o cálculo do MPR no nível da condição de saúde

deve fazer uma pressuposição de que ou a situação

envolve terapia concomitante ou uma troca da

terapia. Se a metodologia pressupõe a ocorrência de

terapêutica concomitante, irá acumular (somar) os

dias supridos de cada medicamento no numerador

e cada dia potencial da terapia medicamentosa

no denominador. Se a metodologia admitir a

migração de classes, irá acumular (somar) os dias

abastecidos de cada medicamento no numerador,

mas só irá acumular dias potenciais uma vez no

denominador (de uma das classes apenas). Assim,

a primeira abordagem pode diminuir o MPR e a

segunda abordagem pode inflá-lo. Nenhuma é

necessariamente certa ou errada, uma vez que não

há atualmente qualquer maneira de, a partir de uma

análise baseada em registros, saber com certeza se

essas situações envolvem terapia concomitante ou

trocas. Portanto, é essencial que os relatórios no nível

de condição do MPR expliquem claramente qual

suposição e metodologia foram adotadas.

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Page 33: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

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lato> MENSURAÇÃO DA ADESÃO À MEDICAÇÃO

POR AUTO-RELATO

A Utilização dos Instrumentos

O tipo de instrumento para auto-relato em medicação,

selecionado para um programa ou estudo, pode

depender do resultado esperado. As considerações

incluem o uso em um cenário clínico onde uma resposta

imediata pode ser obtida ou o uso em um estudo pré-

pós que pode avaliar mudança de comportamento.

Outros instrumentos podem ser utilizados na previsão

da adesão e, com base no que for medido, irão

exigir diferentes intervenções (ou ações). Por último, a

extensão da pesquisa e a capacidade de interpretar

os resultados têm um impacto sobre a seleção e a

utilização do instrumento de pesquisa desejado.irão

exigir diferentes intervenções (ou ações).

Por último, a extensão da pesquisa e a capacidade

de interpretar os resultados têm um impacto sobre

a seleção e a utilização do instrumento de pesquisa

desejado.que for medido, irão exigir diferentes

intervenções (ou ações).

Por último, a extensão

da pesquisa e a

capacidade de

interpretar os resultados

têm um impacto sobre

a seleção e a utilização

do instrumento de

pesquisa desejado.

avaliar vários aspectos da

adesão à medicação.

Os tipos de instrumentos

incluem escalas

para avaliar a baixa

adesão à medicação,

barreiras para tomar

medicamentos, a

satisfação do tratamento

e o risco da não-adesão.

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lato

A Utilização dos Instrumentos

O tipo de instrumento para auto-relato

em medicação, selecionado para um

programa ou estudo, pode depender do

resultado esperado. As considerações

incluem o uso em um cenário clínico

onde uma resposta imediata pode ser

obtida ou o uso em um estudo pré-

pós que pode avaliar mudança de

comportamento. Outros instrumentos

podem ser utilizados na previsão da

adesão e, com base no que for medido,

irão exigir diferentes intervenções (ou

ações). Por último, a extensão da

pesquisa e a capacidade de interpretar

os resultados têm um impacto sobre a

seleção e a utilização do instrumento de

pesquisa desejado.

TABELA XVII - INTRUMENTOS DE AUTO-RELATO DE ADESÃO À MEDICAÇÃO

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Page 35: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

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latoPróximos passos do grupo de trabalho de

adesão à medicação

O Grupo de Trabalho de Adesão à Medicação da

PHA reconhece a necessidade de contínuo esforço de

trabalho nas áreas de melhores práticas organizacionais

e instrumentos de auto-relato. Aprimoramentos no

fluxo das melhores práticas organizacionais irão incluir

evidências baseadas em pesquisas para apoiar ou

modificar as áreas dentro do modelo. Além disso, o

Grupo de Trabalho irá se empenhar na concepção

e possivelmente em testar o piloto de uma “Ficha

de Avaliação das Melhoras Práticas Organizacionais

para a Adesão à Medicação” - uma ferramenta de

auto-avaliação para auxiliar as organizações quanto

à adesão à medicação. A PHA vai estabelecer um

registro de instrumentos de auto-relato no site da

organização (www.populationhealthalliance.org)

e atualizar a tabela de instrumentos, conforme a

necessidade. Em 2011,

o trabalho começou a

enfrentar outra barreira: a

não-adesão na primeira

aquisição, que descreve

quando os pacientes

adequadamente

recebem uma prescrição,

mas falham em aviá-la,

nunca gerando desta

forma um registro de

compra na farmácia ou

uma oportunidade para

se utilizar o registro da

farmácia para identificar

e medir a não-adesão.

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A PHA continuou a refinar o diagrama

de fluxo operacional lançado

originalmente no Relatório de

Diretrizes de Resultados, Volume 3, e

depois no Relatório de Diretrizes de

Resultados, Volume 4. O diagrama

do Volume 5 (a seguir) mantém seu

foco na gestão de condição crônica

única, mas dá clareza ao processo

objetivando participantes de alto

risco. A PHA reconhece que, com

base na população, na meta do

programa e em outras variáveis, os

programas podem seguir um processo

operacional ligeiramente diferente.

> MENSURAÇÕES OPERACIONAIS

Os compradores de programas de gestão de doenças

crônicas estão interessados nos resultados clínicos e financeiros,

mas muitas vezes estes indicadores não mostram impactos

do programa de curto prazo. Fornecedores e compradores

dos programas se voltam para medidas do engajamento e

participação no programa como principais indicadores, no

curto prazo, do potencial de sucesso do programa. Para avaliar

a capacidade de um programa de engajar indivíduos, primeiro

deve-se ter um entendimento de como o programa opera,

incluindo sua identificação, alcance, inscrição e intervenções

para a população participante. Estabelecer diretrizes de

medições operacionais que refletem cada passo crucial

no processo operacional é essencial para a avaliação do

programa, e uma meta do trabalho deste ano.

Esta seção das Diretrizes inclui duas recomendações específicas:

1. Diagrama de Fluxo das Operações

2. Definição de engajamento inicial

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Page 37: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

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oA Utilização dos Instrumentos

O tipo de instrumento para auto-

relato em medicação, selecionado

para um programa ou estudo, pode

depender do resultado esperado. As

considerações incluem o uso em um

cenário clínico onde uma resposta

imediata pode ser obtida ou o uso em

um estudo pré-pós que pode avaliar

mudança de comportamento. Outros

instrumentos podem ser utilizados na

previsão da adesão e, com base no

que for medido, irão exigir diferentes

intervenções (ou ações). Por último, a

extensão da pesquisa e a capacidade

de interpretar os resultados têm um

impacto sobre a seleção e a utilização

do instrumento de pesquisa desejado.

> PRÓXIMOS PASSOS DO GRUPO DE TRABALHO DE ADESÃO À MEDICAÇÃO

O Grupo de Trabalho de Adesão

à Medicação da PHA reconhece

a necessidade de contínuo

esforço de trabalho nas áreas de

melhores práticas organizacionais

e instrumentos de auto-relato.

Aprimoramentos no fluxo das melhores

práticas organizacionais irão incluir

evidências baseadas em pesquisas

para apoiar ou modificar as áreas

dentro do modelo. Além disso, o

Grupo de Trabalho irá se empenhar

na concepção e possivelmente em

testar o piloto de uma “Ficha de

Avaliação das Melhoras Práticas

Organizacionais para a Adesão

à Medicação” - uma ferramenta

de auto-avaliação para auxiliar as

organizações quanto à adesão à

medicação. A PHA vai estabelecer

um registro de instrumentos de auto-

relato no site da organização (www.

populationhealthalliance.org) e

atualizar a tabela de instrumentos,

conforme a necessidade. Em 2011, o

trabalho começou a enfrentar outra

barreira: a não-adesão na primeira

aquisição, que descreve quando os

pacientes adequadamente recebem

uma prescrição, mas falham em aviá-

la, nunca gerando desta forma um

registro de compra na farmácia ou

uma oportunidade para se utilizar o

registro da farmácia para identificar e

medir a não-adesão.

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Page 38: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

> MENSURAÇÕES OPERACIONAIS

Os compradores de programas de

gestão de doenças crônicas estão

interessados nos resultados clínicos

e financeiros, mas muitas vezes estes

indicadores não mostram impactos

do programa de curto prazo.

Fornecedores e compradores dos

programas se voltam para medidas

do engajamento e participação

no programa como principais

indicadores, no curto prazo, do

potencial de sucesso do programa.

Para avaliar a capacidade de um

programa de engajar indivíduos,

primeiro deve-se ter um entendimento

de como o programa opera, incluindo

sua identificação, alcance, inscrição

e intervenções para a população

participante. Estabelecer diretrizes de

medições operacionais que refletem

cada passo crucial no processo

operacional é essencial para a

avaliação do programa, e uma meta

do trabalho deste ano.

Esta seção das Diretrizes inclui duas

recomendações específicas:

1. Diagrama de Fluxo das Operações

2. Definição de engajamento inicial

A PHA continuou a refinar o diagrama

de fluxo operacional lançado

originalmente no Relatório de

Diretrizes de Resultados, Volume 3, e

depois no Relatório de Diretrizes de

Resultados, Volume 4. O diagrama

do Volume 5 (a seguir) mantém seu

foco na gestão de condição crônica

única, mas dá clareza ao processo

objetivando participantes de alto

risco. A PHA reconhece que, com

base na população, na meta do

programa e em outras variáveis, os

programas podem seguir um processo

operacional ligeiramente diferente.

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FIGURA 11 - DIAGRAMA DE FLUXO DE INDICADORES OPERACIONAIS

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Page 40: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

A definição de engajamento inicial que se segue incide sobre indivíduos que

normalmente têm maior risco e/ou exigem uma intervenção de treinamento

(coaching) individual. Esta definição é apenas uma das muitas que serão

desenvolvidas. O Grupo de Trabalho reconhece que há uma variedade de

modalidades que podem ser utilizadas para interagir com o participante de um

programa e começará a desenvolver definições que incluem essas modalidades

no trabalho do próximo ano. Além disso, um maior refinamento do diagrama de

fluxo, medidas recomendadas e foco na persistência da participação serão o

esforço contínuo do trabalho da PHA para 2011.

A população inicialmente engajada é um subconjunto

dos membros inscritos que trabalham ou trabalharam

diretamente com um técnico em enfermagem ou de

saúde em gestão de doenças crônicas ou em programa

de melhoria da saúde no período do relatório.

- Os membros estão interagindo com o

profissional de saúde em relação ao seu

plano de melhoria da saúde com “interação

bidirecional”, significando uma troca entre o

profissional de saúde e o participante em

ambas as direções.

- Um participante é considerado inicialmente

envolvido se tiver completado uma

avaliação de risco clínico e de estilo de vida

comportamental, que inclui um acordo mútuo

sobre o plano de cuidados com objetivos e pelo

menos um “coaching” de acompanhamento

no prazo de 90 dias.

- Somente a interação humana em tempo real

está incluída nesta definição de engajamento

inicial, independente do foro utilizado

para a discussão.

PHA recomenda a seguinte definição de engajamento inicial:

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Page 41: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

> MENSURAÇÕES ADICIONAIS

Como observado anteriormente, compradores de programas de gestão de

doenças crônicas podem ter vários objetivos para a introdução de um programa.

Esta seção inclui medidas que avaliam aspectos dos programas de gestão de

crônicos que estão fora dos domínios financeiro, clínico e de utilização mais

frequentemente incluídos em avaliações deste tipo de programa.

Métricas adicionais neste relatório são incluídas nas seguintes categorias:

• Estado geral de saúde

• Satisfação com o programa

Estas medidas geralmente requerem dados auto-relatados coletados através de

pesquisas ou questionários online, por correio, ou por telefone. Além disso,

estas medidas:

• Fornecem informações sobre experiências dos participantes com o

programa;

• Medem as mudanças nos participantes que podem preceder e/ou

prever alterações clínicas, financeiras ou de utilização; e

• Fornecem informações que poderiam ser usadas para melhorar os

programas de gestão de doentes crônicos.

Estado Geral de Saúde

A PHA recomenda o uso de uma das pesquisas de saúde SF de avaliação do

programa. Estas pesquisas incluem o SF-8, SF-12 e SF-36, e são usadas para medir

o estado de saúde geral física e mental. As pesquisas SF avaliam a qualidade de

vida e foram validadas em um grande número de configurações e populações,

incluindo pacientes com doenças crônicas, como Insuficiência Cardíaca

Congestiva e Diabetes. As pesquisas podem ser facilmente administradas

utilizando uma variedade de mídias, como impressa e online. Entre os comumente

usados estão o SF-36 e o SF-12, que medem:

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Page 42: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

• Funcionalidade física;

• Limitações por conta da condição física (papel-físico);

• Dores no corpo;

• Percepção geral da saúde;

• Vitalidade;

• Funcionalidade social;

• Limitações devido a problemas emocionais (papel-emocional); e

• Saúde mental.

As desvantagens incluem a necessidade de ter o levantamento protegido

da interpretação ou da “ajuda” de pessoas que administram a pesquisa; a

resistência relativa das aferições de qualidade de vida do SF para intervenções

clínicas específicas; e, apesar da disponibilidade de cópias do instrumento e do

algoritmo de pontuação em domínio público, a necessidade de alguns usuários

de licenciar o instrumento.

Satisfação dos Participantes

A PHA recomenda que medidas de satisfação dos participantes sejam

incorporadas na avaliação dos programas de gerenciamento de

doenças crônicas

A satisfação dos participantes é um domínio extremamente importante dos

cuidados de saúde. Uma extensa revisão da literatura e um levantamento de

gestão de saúde da população não encontraram nenhuma pesquisa válida

para medir, de forma confiável, todos os domínios da satisfação dos participantes

em populações com doenças crônicas, inscritos nos programas de gestão de

cuidado. Como resultado, a PHA desenvolveu uma pesquisa validada para medir

a satisfação do participante com uma variedade de aspectos do programa.

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Page 43: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Estes aspectos incluem:

• Módulo geral

- Acesso a serviços de saúde

- Coordenação do atendimento

- Melhoria na qualidade do atendimento

- Capacidade de auto-gestão da condição de saúde

• Módulo de Segmentação

- Tipo de programa de gestão de doenças crônicas

- Natureza da condição

- Dados demográficos do entrevistado

• Módulo do Programa Específico (opcional)

- Monitoramento biométrico

- Outras avaliações específicas para os programas

Existem várias versões da Pesquisa de Satisfação do Participante

PHA disponíveis. Mais informações sobre a pesquisa podem ser

encontradas no site do PHA, www.populstionhealthalliance.org.

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Comitê Técnico

Coordenadora

Pedro Oliveira Médico, Pós Graduação em Administração Hospitalar

e MBA de Gestão em Saúde, Diretor Médico da ePharma.

Gustavo Loubet GuimarãesMédico Infectologista, Especialização - Faculdade de Medicina

da USP, pós graduação em Administração Hospitalar e Sistemas

de Saúde - FGV, Diretor Técnico da Funcional, responsável pelo

desenvolvimento, implantação e gerenciamento dos programas

para pacientes com doenças crônicas. Professor do MBA de Gestão

de Saúde da Business School São Paulo.

Neusa PellizzerFisioterapeuta pela PUCCamp., Gerontóloga pela USP,

especialização em administração pela FGV-PROAHSA. Foi

membro da Câmara Técnica de Gestão de Crônicos da UNIDAS.

Responde pelo Departamento de Promoção à Saúde da ABET

(Associação Brasileira dos Empregados em Telecomunicações).

Fábio BoihagianAdministrador de empresas pela FAAP, São Paulo, SP - Finanças

e Marketing; Pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas de São

Paulo - em sistemas de saúde. Atua há 16 anos no mercado privado

de saúde. É diretor de operações e sócio da Axismed.

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Page 45: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Ana CláudiaMédica com especialização em Endocrinologia, doutorado

em Medicina pela UNIFESP e MBA pelo IBMEC-SP. Especialista em

Gestão de Qualidade de Vida (QV) pela FIA-USP, com experiência

em Prevenção e Promoção da Saúde. Professora responsável pela

Disciplina de Prevenção de Doenças Crônicas de MBA do Centro

Universitário São Camilo.

Elizabeth Christiane Vignol GutierrezÉ a gerente responsável pelo Saúde Ativa, como é conhecida a Área

de Medicina Preventiva da SulAmérica. Enfermeira formada pela

Universidade de São Paulo desde 1982 , especializada em Promoção

da Saúde pela mesma Universidade em 2004 e com MBA em

Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas em 2009. Trabalha

atualmente na Área de Planejamento Estratégico da Cia.

João Deoni M OliveiraEconomista com especialização em Gestão Estratégica Corporativa

- IBMEC/RJ. Atua há 10 anos na gestão administrativa da saúde

populacional. Administrador de Saúde da empresa Whirpool

Latin America.

Gentil Jorge Alves JuniorMédico formado pela Universidade Federal de São Paulo

Especialização em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo

Fellow em Terapia Intensiva Pediátrica pela Universidade de Miami

- Flórida - EUA; MBA Executivo pelo IBEMEC SP; Superintendente

Médico - responsável pelos programas de Gestão de Saúde

Populacional - Sul America

Mahiti GodoyEnfermeira, sócia executiva da empresa Gestor Saúde, pós em centro

cirúrgico, administração hospitalar, economia em saúde, MBA de

gestão de pessoas. Atuou por 8 anos em áreas assistenciais no Hospital

das Clinicas, a frente da Gestor Saúde. Presta serviços há 7 anos na

ProCare Saúde,à frente dos programas de Gestão de risco à Saúde.

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ico Maristela Duarte Rodrigues

Superintendente da Área de Gestão do Benefício Empresarial.

Médica, com formação em Medicina do Trabalho pela UNIRIO e Pós

Graduação em Geriatria e Gerontologia pela UnATI – UERJ. Trabalha

com gestão de saúde na Saúde Suplementar desde 2004.

Claudio TaflaMédico, residência em Clinica Médica pela PUC-SP, com

especialização em urgência e emergência, ATLS e ACLS (FMUSP),

Saúde Pública em Harvard, Empreendedorismo em Babson, MBA

em Gestão de Saúde e Serviços, professor de MBA da ABRAMGE –

São Camilo. Atualmente na Superintendencia Médica da Allianz Saúde.

Carlos SuslikDiretor da PwC Brasil para a Indústria de Saúde, nas áreas de

consultoria, M&A e PPP. Bacharel em Medicina e Doutor em

Radiologia, ambos pela Universidade de São Paulo, Pós graduado

(MBA) em Administração Hospitalar pela Fundação Getúlio Vargas.

Ex Professor e Coordenador do MBA em Gestão de Saúde HIAE – Insper.

Kylza Estrella Médica Geriatra; Diretora Técnica do Grupo Santa Celina; Mestrado

em Sistemas Complementares de Saúde pela Univ. de Exeter -

Inglaterra; Doutorado em Saúde Coletiva no Instituto de medicina

social/UERJ; Atuou por 10 anos no Grupo Amil; Atuou como Gerente

da ANS; Atuou como consultora do Ministério da Saúde.

Graciá Fragalá Assistente Social, com MBA em Gestão de Negócios e Pessoas

pela FIA - Fundação Instituto de Administração. Executiva na área

de Segurança no Trabalho, atuou por mais de 20 anos em Gestão

de Saúde do Trabalhador no Grupo Telefônica. Atualmente,

é Consultora Técnica para a Telefônica|VIVO.

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Page 47: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

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icoAna Carolina Nascimento Araújo

Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo

(2006), com especialização em Enfermagem do Trabalho, e em

Saúde Pública pela Universidade Federal de São Paulo. Mestranda

do programa de pós - graduação de saúde do adulto e integrante

do grupo de pesquisa “A Problemática do Controle na Hipertensão

Arterial”. Atualmente atua como consultora clínica na Healthways Brasil.

Luciana LourençoGraduada em Fonoaudiologia pela Unifesp. Especialista em

Comunicação e Voz pela Santa Casa de São Paulo e Centro de

Estudos da Voz. Pós-graduada em Gestão da Saúde pelo SENAC/ SP.

Formação como auditora interna ISO 9001 pela Bureau Veritas Brasil.

Coordenou a área de Fonoaudiologia na Micelli. Atualmente

é gerente de relacionamento empresarial.

Gisele TomazinhoFormada em Enfermagem e Obstetrícia pelo Centro Universitário

de Londrina em 1995 e em Gestão de Saúde pelo Senac em 2011.

Há três anos na Micelli Associados, atua na Gestão Executiva de

Ambulatórios alocados em Clientes com graus de riscos variados

e a responsabilidade de atender dentro das normas exigidas pelo

Ministério do Trabalho.

Marcelo MicelliMédico, pós-graduado em Medicina do Trabalho, especialista em

Ortopedia, Traumatologia e Cirurgia do Joelho, MBA em Gestão

e Economia da Saúde. É Diretor Técnico da Micelli, Coordenador

Médico Ocupacional da Sapore e gestor de projetos para

promoção da saúde nas empresas, gestão de casos ocupacionais,

qualificação de rede credenciada e Centros Médicos.

Katia NakamuraEnfermeira, pós-graduada em Enfermagem do Trabalho e curso

de extensão em Epidemiologia pela Faculdade de Saúde Pública.

Docente do curso de Graduação em Enfermagem nas disciplinas

de Epidemiologia e Administração. Gerente de Projetos em Saúde

na Micelli & Associados.

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Titulares Paulo Marcos Senra Souza (Presidente)

Ana Elisa Álvares Corrêa

Fábio de Souza Abreu

Flavio Bitter

José Antonio Diniz de Oliveira

Luiz Carlos Silveira Monteiro

Maurício da Silva Lopes

Michel Daud

Pedro Onofrio

SuplentesCaio Seixas Soares

Nicolas Toth Jr.

Paulo Hirai

TitularesCarlos Pappini Jr. (Presidente)

Antonio Carlos Endrigo

Isabela Elias Nassif Barreto

SuplentesEduardo Marchiori

Fábio João Hansen

José Augusto de Paula

Conselho de administraçãoda ASAP

Conselho Fiscal

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Page 49: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Com experiência

e grande capacitação em

Gestão de Saúde Populacional nos

Estados Unidos, a Population Health Alliance

(PHA), é um exemplo de profissionalismo, ética

e transparência na disseminação do assunto. O

Conselho de Administração da ASAP sente-se honrado

em compartilhar experiências e conhecimentos com

nossa contraparte norte-americana.

E, por meio dessa cooperação, possibilitamos ao

Brasil e aos Estados Unidos acesso às melhores

metodologias e práticas de GSP. Nosso muito

obrigado à PHA, um parceiro presente,

valioso e de confiança!

Apoio Internacional

Page 50: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

Apoio

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Page 52: Caderno ASAP #4 - Adesão à Medicação

anos

Ampliando acesso

a medicamentos para

milhões de brasi leiros

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11 4689 8686www.epharma.com.br

ePharma PlenusUm produto inovador que complementa o portfólio de benefíciosde saúde aos seus colaboradores:

• Cobertura total dos medicamentos¹• Atendimento em milhares de farmácias em todo Brasil• Inédito sistema de franquias em medicamentos• Segurança atuarial - larga experiência e metodologia comprovada²• Previsão orçamentária: valores fixos por beneficiário com baixo impacto nos custos globais destinados à saúde

Programas de adesão integradosvia exclusiva plataforma GRSGestão de Risco em Saúde, voltados à pacientescom doenças crônicas e de alta complexidade.

¹Todos os medicamentos de dispensação no varejo farmacêutico estão cobertos mediante prescrição médica, exceto vitaminas, produtos infusionais e hospitalares, oncológicos orais, produtos de nutrição, cosméticos, cosmecêuticos, preservativos, produtos para disfunção erétil e outras drogas orais voltadas a patologias raras e de alta complexidade. ²Cálculos atuariais baseados em estudos técnicos realizados pela Milliman

Só quem é líder em gestão de medicamentos há 15 anosoferece a melhor soluçãopara ampliar o acesso àmedicamentos e a adesãoao tratamento.

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