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  Cursos co-financiados pelo Estado Português e Fundo Social Europeu CURSO de CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL Iniciação de Orçamentista TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E ORÇAMENTOS DE O BRAS  Regras de Medição  Orçamentação  Formador: A. Justo Domingues Engº Técº Civil e Lic. em Engª Civil Municipal

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Cursos co-financiados pelo Estado Português e Fundo Social Europeu

CURSO de “CONSTRUÇÃO CIVIL EENGENHARIA CIVIL – Iniciação de

Orçamentista”

TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E ORÇAMENTOS DE OBRAS

  Regras de Medição

  Orçamentação 

Formador: A. Justo Domingues Engº Técº Civil e Lic. em Engª Civil Municipal

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 EFA – CONSTRUÇÃO CIVIL – Técnico/a de Medições e Orçamentos

REGRAS DE MEDIÇÃO

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INTRODUÇÃO

Preâmbulo

Desde 1986, tem vindo a ser atribuída especial importância às medições, tendo em consideração as dispo-sições legais relativas a empreitadas de obras públicas, estabelecidas actualmente no Decreto-Lei nº 59/99de 2 de Março, art. 202°, no qual se faz referência a que os métodos e critérios a adoptar para realização

das medições serão obrigatoriamente estabelecidos no caderno de encargos e, em caso de alterações, osnovos critérios de medição que porventura se tornem necessários, deverão ser desde logo definidos.

A Portaria 428/95 de 10 de Maio, do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, queregulamenta os concursos para empreitadas e fornecimentos de obras públicas, estabelece também aseguinte ordem de prioridade a observar na medição de trabalhos quando não são estabelecidos outroscritérios no caderno de encargos:

- Normas oficiais de medição que se encontrem em vigor;- Normas definidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC);- Critérios geralmente utilizados ou os que forem acordados entre o dono da obra e o empreiteiro;

Salienta-se que, embora não existam normas oficiais de medição nem normas definidas pelo LNEC, temvindo a ser prática corrente considerar como “normas do LNEC”, os critérios definidos na publicação“Regras de Medição na Construção ”.

Objectivos das medições

As medições na construção e as regras a elas associadas constituem o modo de definir e quantificar, deuma forma objectiva, os trabalhos previstos no projecto ou executados em obra. Constituem, assim, umadas actividades importantes do projecto, sendo também fundamental para as principais entidades envolvi-das no processo construtivo, nomeadamente o dono de obra e o empreiteiro, desde o anúncio do concur-so, base essencial para a apresentação e avaliação das propostas e elaboração de documentos contra-tuais, à elaboração de autos de medição e controlo da facturação, isto é, à gestão e controlo económico,desde as fases de planeamento à de execução.

Deste modo, as medições dos trabalhos previstos no projecto ou executadas em obra devem ser entendi-das por cada uma das entidades envolvidas como realizadas com regras bem definidas, tendo em vistaatingir os seguintes objectivos:

a) Possibilitar, a todas as empresas que apresentam propostas a concurso, a determinação dos custos e aelaboração de orçamentos, com base nas mesmas informações de quantidades e nas condiçõesespecificadas para os trabalhos indicados no projecto;

b) Elaborar listas de trabalhos, de acordo com sistemas de classificação que individualizem cada trabalhosegundo grupos específicos que possibilitem, às várias entidades envolvidas no processo, análises com-parativas de custos e avaliações económicas de diferentes soluções;

c) Proporcionar às entidades adjudicantes a avaliação das propostas cujos preços foram formulados comidêntico critério, bem como permitir, de um modo facilitado, a quantificação das variações que se verifica-rem durante a construção, devidas a trabalhos a mais e a menos ou a erros e a omissões de projecto;

d) Possibilitar às empresas um acesso simplificado a informação eventualmente tipificada e informatizadarelativa a trabalhos-tipo, permitindo assim a formulação de propostas para concursos com basesdeterminísticas sólidas, nomeadamente as relativas a custos de fabrico, directos, indirectos, de estaleiro,de subempreitadas, etc.

e) Proporcionar às empresas adjudicatárias uma sistematização de procedimentos relacionada com o con-trolo dos diversos trabalhos a executar, nomeadamente os devidos a rendimentos de recursos queproporcionam o cálculo das quantidades de materiais e a avaliação das quantidades de mão-de-obra, deequipamentos ou de outros recursos a utilizar na execução dos trabalhos;

f) Facilitar o estabelecimento dos planos de inspecção e ensaios aplicados ao controlo da qualidade e dasegurança na execução dos diferentes trabalhos;

g) Facilitar a elaboração dos autos de medição e o pagamento das situações mensais, no prazo de exe-cução da obra, e a elaboração da conta da empreitada quando da recepção provisória da obra;

h) Estabelecer as bases para que as empresas realizem a análise e o controle de custos dos trabalhos.

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Princípios de base

As medições podem ser elaboradas a partir do projecto ou da obra, sendo as regras de medição aplicá-veis a ambos os casos; porém, na medição sobre projecto, os medidores deverão ter conhecimento eexperiência suficientes para poderem equacionar e procurar esclarecer, junto dos autores dos projectos, asfaltas de informação que são indispensáveis à determinação das medições e ao cálculo dos custos dostrabalhos.

Apesar de cada obra possuir, em regra, particularidades que a diferenciam das restantes, podem ser defi-nidos alguns princípios de base a ter em consideração na elaboração das medições, nomeadamente osseguintes:

a) O estudo da documentação do projecto - peças desenhadas, caderno de encargos e cálculos - deveconstituir a primeira actividade do medidor.

b) As medições devem satisfazer as peças desenhadas do projecto e as condições técnicas gerais e espe-ciais do caderno de encargos, pois podem existir erros e omissões que o medidor deve esclarecer com oautor do projecto.

c) As medições devem ser realizadas de acordo com as regras de medição adoptadas e, na falta, o medi-dor deve adoptar critérios que conduzam a quantidades correctas. Estes critérios devem ser discrimina-dos, de forma clara, nas medições do projecto.

d) As medições devem ter em consideração as normas aplicáveis à construção, nomeadamente aosmateriais, produtos e técnicas de execução.

e) Dentro dos limites razoáveis das tolerâncias admissíveis para a execução das obras, as mediçõesdevem ser elaboradas de modo a que não sejam desprezados nenhum dos elementos constituintesdos edifícios.

f) Durante o cálculo das medições devem ser realizadas as verificações das operações efectuadas e asconfrontações entre somas de quantidades parcelares com quantidades globais. O grau de rigor aobter com estas verificações e confrontações depende, como é evidente, do custo unitário de cada traba-lho.

g) A lista de trabalhos deve ser individualizada e ordenada segundo os critérios seguintes:

- Os trabalhos medidos devem corresponder às actividades que são exercidas por cada categoria profissional de operário;- As medições devem discriminar todos os trabalhos, principais e auxiliares, com uma definição clara de cada trabalho e indica-

rem as características mais importantes necessárias à sua execução. Sempre que possível, esta definição deve ser esclare-cida com a referência às peças desenhadas e às condições técnicas ou de outras informações existentes noutras peças doprojecto.

- As medições devem ser decompostas por partes da obra que facilitem a determinação das quantidades de trabalho realizadasdurante a progressão da construção bem como a comparação de custos com projectos similares.

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0. REGRAS GERAIS

0.1 Definições

a) As medições de um projecto ou de uma obra são a determinação analítica e ordenada das quantidadesdos diferentes trabalhos que são a base da determinação dos encargos definidos no projecto ou queintegram a obra.

b) A lista ou mapa de medições é a descrição resumida das quantidades dos trabalhos e dos encargoscalculados nas medições.

c) O orçamento é o resultado da aplicação dos preços unitários às descrições das quantidades dos traba-lhos indicados na lista de medições.

0.2 Condições gerais

a) As medições devem descrever, de forma completa e precisa os trabalhos previstos no projecto ou exe-cutados em obra.

b) Os trabalhos que impliquem diferentes condições ou dificuldades de execução serão sempre medidosseparadamente em rubricas próprias.

c) As dimensões a adoptar serão em regra as de cada elemento de construção arredondadas ao centíme-tro. Esta regra não é aplicável às dimensões indicadas na descrição das medições. Sempre que possí-vel, nas medições de projecto, as dimensões serão as indicadas nas cotas dos desenhos ou calculadasa partir destas.

d) Salvo referência em contrário, o cálculo das quantidades dos trabalhos será efectuado com a indicaçãodas dimensões segundo a ordem seguinte:

- em planos horizontais, comprimento x largura x altura ou espessura .- em planos verticais, comprimento x largura ou espessura x altura , considerando-se como comprimento e largura as dimensões

em planta dos elementos a medir.

e) As dimensões que não puderem ser determinadas com rigor deverão ser indicadas com a designaçãode “quantidades aproximadas ”.

f) As medições devem ser apresentadas com as indicações necessárias à sua perfeita compreensão, demodo a permitir uma fácil verificação ou rectificação, e a determinação correcta do custo. Em regra, asdimensões utilizadas na medição deverão ser sempre passíveis de verificação fácil e clara.

g) Recomenda-se que as medições sejam organizadas por forma a facilitar a determinação dos dadosnecessários à preparação da execução da obra e ao controle de produção, tendo em vista a repartiçãodos trabalhos por diferentes locais de construção e o cálculo das situações mensais de pagamento econtrole de custos.

h) Os capítulos das medições e a lista de medições poderão ser organizados de acordo com a naturezados trabalhos ou por elementos de construção. Quando o critério de organização for o da natureza dostrabalhos, estes deverão ser integrados nos capítulos indicados nestas regras e apresentados pelamesma ordem.

i) As medições dos trabalhos exteriores ao edifício (acessos, jardins, vedações, instalações exteriores aoperímetro do edifício, etc.) deverão ser, no seu conjunto, apresentadas separadamente dos trabalhosrelativos ao edifício.

  j) Deverá indicar-se sempre o nome do técnico ou dos técnicos responsáveis pela elaboração das medi-ções e lista de medições.

k) Sempre que as medições de certas partes do projecto, nomeadamente as relativas às instalações, foremelaboradas por outros técnicos, o nome destes técnicos deve vir referido no início dos respectivos capítu-los.

0.3 Unidades de medida

a) As unidades base de medida são as seguintes:

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b) Os resultados parciais dos cálculos das medições obedecerão, em regra, aos arredondamentos seguin-tes:

As quantidades globais a incluir nas listas de medições obedecerão, em geral, aos arredondamentosseguintes:

c) Quando a aplicação destas regras tiver como resultado a eliminação da indicação da quantidade dequalquer rubrica, deverá ser indicada a quantidade exacta.

d) Quando o preço dos trabalhos o justifique, estes arredondamentos podem ser modificados para mais oupara menos. Neste caso, o documento relativo às medições deve mencionar o critério adoptado na defi-nição dos arredondamentos.

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1. ESTALEIRO

1.1 Regras Gerais

a) As medições do estaleiro - trabalhos de montagem, exploração e desmontagem das instalações e equi-pamentos necessários à execução da obra - podem ser individualizadas nos sub-capítulos seguintes:

- Instalações provisórias do estaleiro

- Equipamento do estaleiro- Pessoal do estaleiro

b) As medições das instalações provisórias destinadas ao pessoal - casa do guarda, dormitório, instala-ções sanitárias, refeitório, habitações e outras - serão realizadas de acordo com os elementos seguintes:

- legislação em vigor- área do terreno disponível para implantação do estaleiro;- quantidade de pessoal a empregar para a execução da obra.

c) As medições das instalações provisórias para funcionamento dos serviços do estaleiro - escritório,armazéns, oficinas e outras - das vias de acesso e de circulação, das redes de alimentação e distribui-ção, dos equipamentos e do pessoal de estaleiro só serão elaboradas nos casos seguintes:

- Nas obras executadas por percentagem;

- Quando o projecto estabelecer as condições necessárias à sua utilização;- Quando o orçamento for calculado com base na subdivisão do preço da obra em custos directos, custos de estaleiro e custos indi-rectos

d) As medições relativas ao estaleiro indicarão as informações seguintes:

- Localização da área destinada ao estaleiro, medição respectiva e acessos existentes;- Redes de águas e esgotos, electricidade e telefones que podem ser utilizadas durante a execução da obra;- Limitações impostas pelo projecto ou por outras circunstâncias relativas à utilização da área destinada ao estaleiro.

e) As medições indicarão a natureza dos materiais a aplicar na execução das instalações provisórias.

1.2 Instalações provisórias do estaleiro

1.2.1 Instalações destinadas ao pessoal e para funcionamento dos serviços de estaleiroa) A medição será realizada em m2 segundo a área determinada em projecção horizontal da envolvente

exterior de cada instalação ou à unidade (un), considerando sempre separadamente cada tipo de insta-lação.

b) A medição engloba todos os trabalhos relativos à execução de cada instalação, incluindo as redes deáguas, esgotos, electricidade, telefones, gás e outras.

c) A medição compreende o transporte, montagem, exploração, conservação e desmontagem de cadainstalação.

d) Sempre que necessário as operações da alínea anterior poderão ser medidas em rubricas próprias.

1.2.2 Instalações de vias de acesso, caminhos de circulação e vedaçõesa) A medição será realizada à unidade (un).

b) A medição inclui todos os trabalhos necessários à sua execução, nomeadamente terraplenagens, dre-nagens, pavimentação, conservação e reposição do terreno nas condições indicadas no projecto.

1.2.3 Instalação de redes de alimentação, de distribuição e de esgotos

a) As redes de alimentação e distribuição de águas, electricidade, telefones, gás ou outras e as redes deesgotos serão medidas à unidade (un).

b) A medição engloba todos os trabalhos necessários à montagem, exploração, conservação e desmonta-gem destas instalações.

1.3 Equipamentos do estaleiro

a) As medições relativas a máquinas - gruas, centrais de betonagem, viaturas, tractores, etc. -, a ferramen-

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tas e utensílios, ao equipamento auxiliar - andaimes, máquinas de oficinas e outras - e a outros meiosmecânicos são, em regra, incluídas nas medições dos diferentes trabalhos em que este equipamento éutilizado.

b) As medições destes equipamentos podem no entanto, sempre que seja necessário, serem individualiza-das em rubricas próprias, e serem aplicadas regras específicas

1.4 Pessoal do estaleiroa) As medições relativas ao pessoal do estaleiro - director técnico, encarregado, pessoal de escritório e de

armazém, operários de limpezas, cargas e descargas, guardas, enfermeiro, etc. - são, em geral, incluí-das nas medições dos diferentes trabalhos da obra.

b) Quando for necessário a constituição de rubricas próprias para o pessoal do estaleiro, deverão ser apli-cadas regras específicas

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2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS

2.1 Regras gerais

a) As informações relativas à planimetria e altimetria e os resultados do reconhecimento ou da prospecçãogeotécnica do terreno, que são indicados no projecto, serão referidos nas medições.

b) As informações sobre a existência de redes de distribuição - água, esgotos, gás, electricidade, etc - ouquaisquer outros obstáculos à realização dos trabalhos serão apresentadas no enunciado das medições.

c) As medidas para a determinação das medições serão obtidas a partir das formas geométricas indicadasno projecto e sem consideração de empolamentos

2.2 Desvio de obstáculos

a) Regra geral, os trabalhos de desvio de qualquer obstáculo à execução da obra serão medidos à unidade(un), com indicação resumida da natureza desses trabalhos.

b) A medição do desvio de canalizações e de cabos enterrados será feita medindo separadamente omovimento de terras necessário, segundo as regras enunciadas em Movimento de terras para canaliza-ções e cabos enterrados, e a remoção e reposição das canalizações e dos cabos, pelos mesmos crité-

rios relativos à sua montagem.

2.3 Protecções

a) A medição será realizada à unidade (un).

b) A medição engloba todas as operações e materiais necessários para assegurar a protecção de qualquerconstrução ou vegetação existente no local da obra e que não deva ser afectada durante a execução dostrabalhos.

2.4 Drenagens

a) A medição da drenagem de qualquer lençol de água superficial será realizada em m2 de superfície doterreno a drenar, medida em planta.

b) A medição engloba todas as operações necessárias à execução das drenagens.

c) A drenagem de águas freáticas a executar, aquando da realização de movimento de terras, será incluídana medição destes trabalhos.

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2.5 Desmatação

a) A medição será realizada em m2;

b) A medição refere-se à desmatação de arbustos, sebes ou árvores com menos de 0,10 m de diâmetro,determinado à altura de 1,20 m do solo (diâmetro à altura do peito DAP)

c) A medição será efectuada segundo as áreas determinadas em projecção horizontal.

d) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de desmatação, nomeada-mente: abate, empilhamento, carga, transporte, remoção e descarga

e) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

f) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito ou vazadouro dos produtos da desma-tação

2.6 Abate ou derrube de árvores

a) A medição será realizada à unidade (un).

b) A medição refere-se ao abate ou derrube de árvores com mais de 0,10 m de diâmetro, determinado àaltura de 1,20 m do solo (diâmetro à altura do peito - DAP) e inclui o arranque de raízes

c) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de abate ou derrube, desig-nadamente: abate, desponta, descasque, operação de torar, empilhamento, transporte, remoção ou des-carga.

d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.e) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito ou vazadouro dos produtos do abate

ou derrube de árvores.

2.7 Desenraizamentos

a) A medição será realizada à unidade (un).

b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de desenraizamento nomea-damente: arranque de raízes empilhamento, carga, transporte, remoção, descarga, e os trabalhos a rea-lizar com a sua eliminação, quando necessária.

c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

d) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito ou vazadouro dos produtos de desen-raizamentos.

2.8 Arranque e conservação de leivas (placas de relva)

a) A medição será realizada em m2 

b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de arranque e conservaçãode leivas, nomeadamente: arranque, empilhamento, carga, transporte, depósito e conservação.

c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

d) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito das leivas, e os métodos de depósito e

conservação.e) A medição do arranque de leivas unicamente para remoção, será incluída no sub-capítulo Decapagem 

ou remoção de terra vegetal do capítulo Movimento de terras.

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3. DEMOLIÇÕES

3.1 Regras gerais

a) As medições serão realizadas tendo em atenção que as demolições poderão ser totais ou parciais. Aescolha do critério depende principalmente dos meios e dos métodos a empregar.

b) A medição das demolições totais poderá ser efectuada quer à unidade (un) quer por elementos de cons-trução, conforme for mais adequado.

c) A medição das demolições parciais será efectuada por elementos de construção.

d) As unidades de medição das demolições por elementos de construção serão idênticas às que seriamutilizadas na respectiva execução

e) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as principais característicasdos trabalhos, nomeadamente:

- natureza e dimensões dos elementos;- qualidade dos materiais;- condições de execução.

f) A pertença dos produtos da demolição e o seu destino serão referidos nos artigos de medição.

g) Quando das demolições provenham materiais recuperáveis, as medições serão agrupadas em artigospróprios e devem ter em consideração os encargos da limpeza, armazenamento e conservação.

h) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de demolição, nomeadamen-te:

- carga, transporte e descarga dos materiais demolidos;- andaimes;- estabelecimento de meios de protecção e de segurança necessários à execução dos trabalhos;- limpezas.

i) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias

  j) As medições indicarão a distância média de transporte e, sempre que possível, o local de depósito ouvazadouro dos produtos de demolição.

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4. MOVIMENTO DE TERRAS

4.1 Regras gerais

a) As medições de movimento de terras serão individualizadas nas rubricas seguintes:

- Terraplenagens- Movimento de terras para infra-estruturas

b) Serão referidas nas medições as informações mencionadas no projecto, relativamente às condiçõesseguintes:

- planimetria e altimetria especialmente no caso de relevo acidentado ou de grande inclinação- natureza e hidrologia do terreno de acordo com os resultados do reconhecimento ou da prospecção geotécnica- existência de redes de distribuição de águas, esgotos, electricidade, telefones e gás ou outras instalações e quaisquer constru-

ções ou obstáculos que possam ser atingidos durante a execução dos trabalhos- existência de terrenos infestados ou infectados;- localização de construções na vizinhança do edifício que possam ser afectadas pelas escavações.

c) A classificação dos terrenos será realizada de acordo com a Especificação LNEC - E 217 - “ Fundações Directas Correntes. Recomendações ”.

d) As medições serão agrupadas em rubricas próprias de acordo com as condições de execução ou com

os meios a utilizar na realização dos trabalhos. Segundo este critério, na medição destes trabalhospodem assim ser consideradas diferentes classes de terrenos

e) Os trabalhos realizados em condições especiais devem ser medidos em rubricas próprias, nomeada-mente nos casos seguintes:

- trabalhos realizados abaixo do nível freático. Os trabalhos relativos a bombagens poderão ser medidos durante a execução dasescavações;

- trabalhos realizados em locais infectados ou infestados;- trabalhos realizados em terrenos com relevo muito acidentado ou de grande inclinação;- escavações junto de construções que obrigam à adopção de medidas especiais de segurança.

f) As medidas para a determinação das medições serão obtidas a partir das formas geométricas indica-das no projecto sem consideração de empolamentos

g) O aluguer de locais para depósito, as taxas de vazadouro ou o custo de terras de empréstimos serão

referidos nos artigos de medição respectivos.

4.2 Terraplenagens

4.2.1 Decapagem ou remoção de terra vegetal

a) A medição será realizada em:

- m2 para trabalhos cuja profundidade não ultrapassa 0,25 m;- m3 para trabalhos cuja profundidade ultrapassa 0,25 m.

b) A medição em m2 será efectuada segundo as áreas determinadas em projecção horizontal.

c) A medição em m3 será efectuada a partir das áreas determinadas em projecção horizontal multiplicadaspela profundidade média das escavações.

d) A medição engloba as operações relativas à execução dos trabalhos de remoção da camada superficialde terra vegetal, nomeadamente: escavação, carga, transporte descarga e espalhamento.

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e) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser medidas em rubricas próprias.

f) As medições indicarão a distância média provável de transporte e, sempre que possível, o local de depó-sito ou vazadouro dos produtos da decapagem

4.2.2 Escavação

a) A medição será realizada em m3 

b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de escavação, nomeada-mente: escavação, baldeação, carga, transporte e descarga.

c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

d) As medições indicarão a distância média provável de transporte e, sempre que possível, o local de ater-ro, de depósito ou vazadouro dos produtos da escavação.

e) As alvenarias, betões ou outras obras enterradas serão deduzidas da medição e consideradas no capí-tulo de Demolições.

f) A escavação de terras de depósito ou de empréstimo será também incluída nesta rubrica.

4.2.4 Regularização e compactação superficial

a) A medição será realizada em m2 

b) As medições serão efectuadas segundo as áreas determinadas em projecção horizontal. A medição daregularização e compactação superficial de taludes de diferentes inclinações deverá fazer-se em rubricasseparadas

c) A medição engloba todas as operações necessárias à execução dos trabalhos de regularização e com-pactação.

d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

e) As medições indicarão a espessura da camada de aterro ou de terreno, interessada na compactação,que for mencionada no projecto.

f) A compactação superficial de terras só será considerada isoladamente quando não for acompanhada dereposição de terras.

4.3 Movimento de terras para infra-estruturas

4.3.1 Escavação livre

a) A medição será realizada de acordo com as regras indicadas no sub-capítulo anterior

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b) Na medição da escavação livre ainda há que considerar a escavação em profundidade e escavação àsuperfície.

4.3.2 Abertura de valas, trincheiras e poços

a) A medição será realizada em m3 

b) A determinação das medidas obedecerá às regras seguintes:

- As dimensões em planta são as indicadas no projecto- As alturas ou profundidades serão medidas a partir do nível do terreno antes da execução das escavações e incluem a espessura

do betão de protecção ou de limpeza.

c) Os volumes de escavação devem ser considerados divididos em diferentes camadas com 1,50 m deespessura em profundidade;

d) A escavação de valas e de trincheiras com desenvolvimento em curva devem ser medidas em rubricaspróprias.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de escavação, nomeada-mente: escavação, baldeação, carga, transporte e descarga.

f) Sempre que necessário as operações da alínea anterior poderão ser medidas separadamente em rubri-

cas próprias.g) As medições indicarão a distância média provável de transporte e, sempre que possível, o local de ater-

ro, de depósito ou vazadouro dos produtos da escavação.

4.3.3 Reposição de terras ou aterro para enchimento

a) A medição será realizada em m3 

b) A medição engloba todas as operações necessárias à execução dos trabalhos de aterro.

c) As medições mencionarão as características e as espessuras das camadas de aterro mencionadas noprojecto.

d) As medições indicarão a origem dos locais de escavação dos produtos a utilizar no aterro.

4.3.4 Regularização e compactação superficial

a) A medição será realizada em m2 

b) As medições serão efectuadas segundo as áreas determinadas em projecção horizontal.

c) Estas regras não se referem à regularização de paramentos verticais de escavações, cuja medição esta-rá incluída na própria escavação.

d) A medição da compactação e regularização superficial de taludes de diferentes inclinações deveráfazer-se em rubricas separadas.

e) As medições indicarão a espessura das camadas de terreno interessadas na compactação.

f) A compactação superficial de terras só será considerada isoladamente quando não for acompanhada dereposição de terras.

g) A escavação de terras de depósito ou de empréstimo necessárias à execução dos aterros será incluídano sub-subcapítulo Escavação livre do presente sub-capítulo.

4.3.5 Escoramento e entivação

a) A medição será realizada em m2 de paramento escorado e entivado.

b) Sempre que necessário, as medições serão realizadas de modo a que os trabalhos fiquem individuali-zados segundo:

- a natureza dos materiais empregados para o escoramento ou entivação;- as condições de execução dos trabalhos.

4.3.6 Movimento de terras para canalizações e cabos enterrados

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a) As operações de abertura de valas ou trincheiras, seu escoramento e entivação, reposição de terras ecompactação, necessárias ao movimento de terras destinado à execução de canalizações e cabos enter-rados, poderão ser medidas em conjunto, sendo neste caso, a medição realizada em m3 de terreno amovimentar.

b) Quando se adoptar a regra da alínea anterior, os volumes de movimento de terras correspondentes àsdiferentes camadas indicadas na alínea b) do sub-capítulo Abertura de valas, trincheiras e poços, serãomedidos separadamente em rubricas próprias.

c) Quando não se adoptar a regra da alínea a) e forem medidas separadamente a escavação, a reposiçãode terras e a compactação, só são deduzíeis os volumes ocupados pelas canalizações e cabos enterra-dos iguais ou superiores a 0,1 m3 por metro de tubagem.

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5. PAVIMENTOS E DRENAGENS EXTERIORES

5.1 Regras gerais

a) As medições relativas a pavimentos exteriores serão individualizadas em rubricas relativas a pavimentospermeáveis ou impermeáveis

b) As medições relativas a drenagens exteriores serão individualizadas em rubricas designadas por enter-radas e superficiais

c) Serão referidas, nas medições, as informações mencionadas no projecto relativamente às condiçõesseguintes:

- planimetria altimetria relevo e inclinações;- possibilidade ou tendência para alterações nas condições existentes, face a exigências da obra.

d) Neste capítulo não deverão incluir-se os trabalhos de protecção contra infiltrações no interior dos edifí-cios salvo quando o sistema previsto constitua um todo, isto é, quando as infiltrações que ali se acaute-lam possam vir a resultar de condições particulares dos pavimentos envolventes, e que não possam sercorrigidos completamente no tratamento destes

e) Quando existam muros de suporte ou de espera na formação de socalcos ou na moderação de aciden-tes, e que para além da forma, de agulheiros ou outras defesas, a incluir na medição do betão ou alvena-rias de que forem constituídos, existam tubos de esgoto, drenos, impermeabilizações ou valas de reco-lha, deverão ser medidos neste capítulo e, para tanto, bem caracterizados no projecto

f) Os tratamentos superficiais de remate, protecção ou embelezamento devem ser medidos em m2 e perfei-tamente caracterizados quanto à obra aparente e quanto aos trabalhos de preparação ou suporte Nestescasos, cada um destes trabalhos deve ser objecto de medição particular, na qual se indicará a posição efunção no conjunto.

g) A medição destes trabalhos será realizada nas seguintes condições:

1) movimento de terras de acordo com o que foi indicado no capítulo Movimento de terras, com a indicação de even-tuais embaraços ao livre desenvolvimento dos trabalhos e característicos deste tipo de obras.

2) os trabalhos de impermeabilização serão medidos em m2 de superfície a tratar, devendo indicar-se a natureza dosuporte, a espessura das camadas e a sua especificação técnica.

3) a medição da impermeabilização em caleiras e relevos, e a protecção desta contra choques ou atritos, quandocom desenvolvimento inferior a 1,00 m, será feita em m e bem caracterizada.

4) a medição dos tubos de esgoto ou de drenagem, será feita em m, mas ficando bem individualizados os artigosrelativos a:

- tubos de drenagem nomeadamente de betão ou material cerâmico- tubos porosos ou perfurados- meios-tubos (caleiras) por exemplo de betão ou material cerâmico- os trabalhos de drenagem por blocagem, quer em contacto com muros, quer em valas livres, serão decompostos nas opera-

ções específicas que exigem medidas em separado, de acordo com as recomendações aplicáveis das respectivas especiali-dades.

- as obras de alvenaria e betão em caixas de passagem, filtros, sarjetas e sumidouros, serão igualmente medidas de acordo como que se recomenda nos capítulos das especialidades aplicáveis.

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6. FUNDAÇÕES

6.1 Regras Gerais

a) As medições relativas às fundações serão particularizadas nos sub-capítulos seguintes:

- Fundações indirectas- Fundações directas.

b) As medições dos trabalhos serão realizadas de modo a ficarem individualizados os trabalhos de betão,cofragens, e armaduras e ordenadas em rubrica de trabalhos relativos a infra-estruturas (abaixo do nívelsuperior do tosco do primeiro pavimento)

c) As medições deverão indicar as referências de identificação mencionadas no projecto, de forma a asse-gurar a coordenação das peças escritas e desenhadas e a permitir a sua verificação.

6.2 Fundações indirectas

6.2.1 Regras gerais

a) As medições relativas às fundações indirectas serão particularizadas nos sub-capítulos seguintes:

- Estacas prefabricadas e cravadas no terreno e estacas moldadas no terreno;- Pegões.

b) Serão referidas nas medições as informações mencionadas no projecto, relativamente às condiçõesseguintes:

- planimetria e altimetria, especialmente no caso de relevo acidentado ou de grande inclinação;- natureza e hidrologia do terreno, de acordo com os resultados do reconhecimento ou da prospecção geotécnica;- existência de redes de distribuição de água, esgotos, electricidade, gás, telefones ou outras instalações e quaisquer construções

ou obstáculos, quando possam ser atingidos durante a execução dos trabalhos. Nestes casos, deve indicar-se se as redes, ins-talações, construções ou obstáculos terão de ser removidos de forma provisória ou definitiva;

- localização de construções na vizinhança do edifício que possam afectar o trabalho de execução das fundações. Se existirem,devem indicar-se as implicações das construções na execução das fundações;

- existência de terrenos infestados ou infectados;

c) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos, nomeadamente:

- escavação ou furação;- baldeação;

- colocação de armaduras;- betonagem;- carga;- transporte a vazadouro;- descarga dos produtos de escavação;- mudança do equipamento.

d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias

e) Serão indicados em rubricas próprias os trabalhos de instalação do estaleiro, tais como:

- transporte de equipamento;- montagem e organização do estaleiro;- fornecimento de água e energia eléctrica nos locais de trabalho, respectivamente com caudal e potência necessárias.

f) Todos os trabalhos, cuja realização é necessária devido a condições especiais, devem ser medidos em

rubricas próprias, tendo-se por exemplo:- bombagens, quando necessárias a trabalhos realizados abaixo do nível freático- movimento de terras, quando os terrenos se apresentarem com relevo muito acidentado ou com grande inclinação;- demolições e trepanagens, se existirem obstáculos aparentes ou enterrados não correntes, devendo-se neste caso particular

apresentar sempre o seu custo unitário.

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- entivações e/ou escoramento, devido à existência de construções na vizinhança dos trabalhos ou à sua necessidade quando daescavação para execução dos pegões;

- imobilizações de equipamento e pessoal, quando existirem paragens excepcionais não imputáveis ao empreiteiro;

g) As furações ou escavações não betonadas de estacas ou poços serão medidas em metros (m), emrubricas próprias.

h) As medidas indicadas no projecto para a profundidade das fundações serão sempre consideradas como“quantidades aproximadas”, a rectificar de acordo com as profundidades reais atingidas durante a exe-

cução das obras.i) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das formas geométricas indicadas no

projecto.

 j) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as condições de execução oucom os meios a utilizar na realização dos trabalhos.

k) Deve ser elaborada uma descrição sumária dos trabalhos, contendo o processo de execução das funda-ções, cota de execução dos trabalhos e os materiais a adoptar, nomeadamente as referidas nas RegrasGerais descritas no sub-capítulo Betão, do capítulo Betão, Armadura e Cofragem em Elementos primá-rios e no sub-capítulo Armaduras do mesmo capítulo.

l) Outros tipos ou condições de fundações especiais, não previstas no presente capítulo, serão tratadosdentro do mesmo espírito, isto é, as medições deverão discriminar as regras que forem adaptadas, de

forma a evitar ambiguidades na determinação das medidas e no cálculo das medições e a permitir a suaverificação.

6.2.2 Estacas prefabricadas e estacas moldadas

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As estacas prefabricadas e estacas moldadas são fundações indirectas cujos modos de execução sãodiferentes, isto é, as primeiras são, como o nome indica, prefabricadas em estaleiro e posteriormente cra-vadas no terreno, e as segundas, estacas moldadas, podem ser:

- cravadas e moldadas no terreno- moldadas com entubamento e extracção do terreno- moldadas sem entubamento e com extracção do terreno

As regras de medição a considerar para este tipo de fundações são as seguintes:

a) A medição será realizada em m.b) O comprimento das estacas será medido pelos seus comprimentos reais, reais desde as faces inferiores

das sapatas até às respectivas extremidades inferiores das estacas.

c) As medições de estacas serão individualizadas, em rubricas próprias, de acordo com as suas principaiscaracterísticas, nomeadamente:

- diâmetro das estacas;- materiais constituintes (características do betão e das armaduras e respectivas - secções nas estacas de betão armado);- inclinação das estacas;- meios e condições de execução.

d) A medição da estaca compreende a furação, baldeação de terras, colocação de armadura, betonagem,carga e transporte a vazadouro das terras sobrantes e mudança de equipamento.

e) Sempre que for conveniente, as operações indicadas na alínea anterior poderão ser medidas em rubri-cas próprias.

f) O corte da cabeça da estaca e respectiva reparação de armaduras será medido à unidade.

g) Os ensaios de carga sobre estacas serão medidos à unidade e individualizados de acordo com a suacarga máxima de ensaio.

h) Os ensaios para cargas máximas diferentes serão medidas em rubricas próprias.

6.2.3 Pegões

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a) A medição será realizada em m.

b) O comprimento do pegão será medido na vertical, na totalidade da parte betonada.

c) As medições de pegões serão individualizadas em rubricas próprias de acordo com as suas principaiscaracterísticas, nomeadamente:

- secção dos pegões- secção, tipo e classe das armaduras;- características do betão;- meios e condições de execução.

d) A medição do pegão compreende a escavação, baldeação de terras, colocação das armaduras, betona-gem, carga e transporte a vazadouro e descarga das terras sobrantes.

e) Sempre que for conveniente, as operações indicadas na alínea anterior poderão ser medidas em rubri-cas próprias.

f) O escoramento e/ou entivação será sempre medido em rubricas próprias, pelas regras indicadas no sub-subcapítulo Escoramento e entivação do sub-capítulo Movimento de terras para infra-estruturas

g) As bombagens serão sempre medidas em rubricas próprias, de acordo com regras que deverão serdevidamente descriminadas.

6.3 Fundações directas

6.3.1 Regras gerais

a) As medições dos trabalhos serão realizadas de modo a ficarem individualizadas, em sub-capítulos pró-prios, os trabalhos de betão, cofragens e armaduras.

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b) As características a especificar ao betão são as referidas nas Regras Gerais descritas no sub-capítuloBetão, do capítulo Betão, Cofragem e Armaduras em Elementos primários.

c) As características a especificar para as Cofragens e Armaduras, são as referidas nos respectivos sub-capítulos do capítulo Betão, Cofragem e Armaduras em Elementos primários.

6.3.2 Protecção de fundações

a) A medição será realizada em m2 

b) A medição indicará a espessura da camada de betão para protecção e regularização da base de funda-ções.

c) Se existirem moldes laterais, a sua medição será realizada em rubrica própria e incluída em Cofragensde protecção de fundações do presente capítulo.

6.3.3 Enrocamentos e massames

a) A medição será realizada em m2 

b) A medição indicará as características e as espessuras das camadas de enrocamento e de massame.

c) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de massame, nomeadamen-te: preparação do solo das fundações, enrocamento e betão.

d) Sempre que necessário as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias,por exemplo o caso da medição da preparação do solo das fundações poderá ser incluída por exemplonas rubricas relativas a Regularização e compactação superficial em terraplenagens ou de movimento deterras para infra-estruturas.

6.3.4 Muros de suporte e paredes

a) A medição será realizada em m3 

b) A determinação das medidas para cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados segundo figuras geométricas simples.- As alturas, imediatamente acima das fundações, serão as distâncias entre as faces superiores das sapatas ou vigas de fundação

e o nível do tosco do primeiro pavimento como se indica- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média.

6.3.5 Sapatas e vigas de fundação

a) A medição será realizada em m3 

b) No caso de sapatas isoladas com formas geométricas complexas a medição é efectuada por decom-

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posição em figuras geométricas simples. Para sapatas contínuas ou vigas de fundação, o volume seráobtido multiplicando a área da secção transversal de cada troço pelo respectivo comprimento. Os com-primentos dos troços das sapatas serão determinados segundo figuras geométricas simples.

c) Para sapatas contínuas, cuja secção pode ser decomposta num rectângulo e num trapézio, serão dedesprezar as diferenças de volume resultantes da aplicação do método indicado na alínea anterior relati-vamente ao seu valor real.

d) No caso da secção transversal das sapatas contínuas ser variável, a medição poderá ser realizada apartir da secção transversal média,

6.4 Cofragens de protecção de fundações, massame, sapatas, vigas de fundação, muros de suportee paredes.

a) A medição será realizada em m2 

b) As medidas para a determinação das medições são obtidas das superfícies moldadas, considerandocomo limites dos elementos os indicados nos sub-capítulos anteriores.

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7. BETÃO, COFRAGEM E ARMADURAS EM ELEMENTOS PRIMÁRIOS

7.1 Regras Gerais

a) As medições dos trabalhos de betão, betão armado e betão armado pré-esforçado serão realizadas demodo a ficarem individualizados, em sub-capítulos próprios, os trabalhos de betão, cofragens, armadurase elementos pré-fabricados em betão

b) As medições serão, em regra, ordenadas na rubrica relativa à parte global da obra designada porsuperstrutura (executados acima do nível superior do tosco do primeiro piso)

c) As medições serão discriminadas por elementos de construção

d) As medições deverão indicar as referências de identificação mencionadas no projecto para cada ele-mento de construção, como já foi referido na alínea anterior, de forma a assegurar a coordenação das

peças escritas e desenhadas e a permitir a sua verificação.

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7.2 Betão

7.2.1 Regras Gerais

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizados os trabalhos de betão relativos àsseguintes rubrica

- betão armado;- betão armado pré-esforçado;- outros betões, nomeadamente os betões celulares autoclavados, os de agregados leves, etc.

c) Cada rubrica das medições será decomposta, de preferência, de acordo com as diferentes característi-cas do betão indicadas no projecto designadamente:

- classes de resistência e qualidade- classes de exposição- outras características exigidas pelo projecto, tais como máxima dimensão dos inertes, consistência, relação água ligante e outras

particularidades de com posição- condições de colocação

d) As medidas para cálculo das medições serão obtidas a partir das formas geométricas indicadas no pro-

 jecto. No entanto não serão deduzidos:- os volumes das armaduras, ordinárias ou de pré-esforço (incluindo as bainhas);- os volumes correspondentes a reentrâncias até 0,15 m de comprimento do perfil de cada reentrância e os volumes corresponden-

tes a chanfros até 0,10 m de comprimento do respectivo perfil sem chanfro- os volumes relativos a aberturas, cavidades ou furações existentes nos elementos de construção iguais ou inferiores a 0.10 m.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de betão, nomeadamente:fornecimento e transporte de materiais, preparação, carga, transporte, colocação em obra, compactação(vibração) e cura.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

7.2.2 Paredes

a) A medição será realizada em m3 

b) A determinação das medidas para cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados segundo figuras geométricas simples.- As alturas serão determinadas entre as faces superiores das lajes ou das vigas de betão- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média.

7.2.3 Lajes maciças

a) A medição será realizada em m3 

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá à regra seguinte:

7.2.4 Escadas

a) A medição será realizada em m3 

b) Nesta rubrica, será incluída a medição de todos os elementos que constituem as escadas, nomeada-mente patins, patamares, lanços de degraus e cortinas das guardas

c) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser separados em rubricas próprias.

d) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições obedecerá às mesmas regrasdos elementos de construção equivalentes aos das escadas.

7.2.5 Pilares e montantes

a) A medição será realizada em m3 b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:

- As alturas serão determinadas entre as faces superiores das lajes ou das vigas de betão;- As alturas, imediatamente acima das fundações, serão as distâncias entre as faces superiores das sapatas ou vigas de fundação

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e o nível do tosco do primeiro pavimento;- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média

7.2.6 Vigas, Iintéis e cintas

a) A medição será realizada em m3 

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas simples, definidas pelas faces dos pilares ou das vigas queinterceptam as vigas, lintéis ou cintas- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média

c) A medição dos volumes incorporados na espessura das lajes será incluída na medição do betão dasvigas, lintéis e cintas.

7.2.7 Esclarecimentos

1 - Os elementos de construção para os quais se definem as regras de medição constituem os mais repre-sentativos na construção de edifícios.

2 - Para outros elementos, as regras de medição aplicáveis são, em geral, idênticas às que foram mencio-nadas.

3 - Sempre que não seja exequível esta aplicação, poderão ser definidas regras específicas para outroselementos de construção.

4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as regras que forem adoptadas, de formaa evitar ambiguidades na determinação das medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verifi-cação.

7.3 Cofragens

7.3.1 Regras gerais

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizadas, em rubricas próprias, os trabalhosrelativos a cada espécie de cofragens nomeadamente os seguintes:

- cofragens correntes- cofragens especiais - (por exemplo, cofragens para betão com superfícies vistas, cofragens com formas complexas, moldes em

 juntas de dilatação e outros)

c) Cada rubrica de medição será decomposta, de preferência, de acordo com as características das cofra-gens, nomeadamente:

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- natureza dos materiais (madeira, metálicos ou outros);- condições particulares de execução

d) As cofragens perdidas deverão ser medidas em rubricas próprias.

e) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das formas geométricas das super-fícies de moldagem indicadas no projecto. Nas lajes e vigas com inclinação superior a 15°deverá tam-bém considerar-se a moldagem das superfícies superiores.

f) As deduções relativas a aberturas a executar nos moldes, só serão consideradas quando a sua área forsuperior a 0,50 m como, por exemplo, nos casos seguintes

- aberturas existentes nos elementos de construção;- atravessamentos de tubos, cabos ou condutas;- intersecções de vigas com paredes, e de vigas secundárias com vigas principais.

g) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de cofragens nomeadamentefornecimento e transporte de materiais, fabrico, montagem, desmontagem, carga, transporte, descarga,reparações e limpezas

h) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

i) Os elementos de construção a considerar, serão os mesmos que forem indicados nas medições debetão. As medições correspondentes a cada tipo de elemento serão feitas separadamente, em rubricas

próprias. j) A medição dos escoramentos e cofragens para a execução das lajes aligeiradas será incluída na medi-

ção destes elementos como será descrito nessa rubrica (alíneas e) e f) de elementos prefabricados debetão).

7.3.2 Cofragens de paredes, cortinas e palas, lajes maciças, escadas, pilares e montantes, vigas, lintéis ecintas

a) A medição será realizada em m2 

b) As medidas para a determinação das medições são obtidas das superfícies moldadas, considerandocomo limites dos elementos os indicados na rubrica betão.

c) Em escadas as cofragens destinadas à moldagem dos degraus serão medidas em separado.

7.3.3 Juntas de dilatação

a) A medição dos moldes (cofragens) perdidos necessários à execução das juntas de dilatação será reali-zada em m, indicando a natureza do material e a sua espessura.

b) As soluções especiais de ligação ou encaixe obtidas por cofragem serão medidas em m.

c) A medição dos vedantes ou empanques e das juntas metálicas de vedação ou refechamento de juntas,regra geral, será realizada em m.

7.4 Armaduras

7.4.1 Regras gerais

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições das armaduras serão realizadas de modo a ficarem individualizadas em rubricas própriasos trabalhos relativos aos diferentes tipos de aços utilizados em armaduras, nomeadamente em:

- varões;- redes electrossoldadas;- perfilados;- armaduras para pré-esforço.

c) Cada rubrica das medições será decomposta, de preferência, de acordo com as características geraisdas armaduras indicadas no projecto, nomeadamente as de natureza regulamentar e das condições deaplicação.

d) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das formas geométricas indicadasno projecto. Refira-se que esta regra destina-se a facilitar o cálculo das medições e está de acordo com

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o critério adoptado já em casos semelhantes.

e) As percentagens para quebras, para desperdícios ou para sobreposições, quando estas não estiveremassinaladas no projecto, serão previstas nas composições dos custos, como foi justificado na nota da alí-nea anterior.

f) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de armaduras, nomeadamen-te fornecimento e transporte de aços, dobragens, armações, ligações, emendas, carga, transporte, des-carga e colocação em obra.

g) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias

h) Os elementos de construção a considerar em cada projecto, nas medições de armaduras, serão osmesmos que foram indicados nas medições de betão.

7.4.2 Aço em varão

a) A medição será realizada em kg;

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados em m e convertidos em kg, de acordo com a massa nominal dos varões.

- Os comprimentos serão medidos tendo em consideração os levantamentos, os ganchos de amarração e as sobreposições, quan-do estas estiverem assinaladas no projecto.- As emendas de varões, por soldadura eléctrica ou por ligações roscadas, serão medidas à unidade (un).

c) A medição de cada diâmetro nominal será individualizada em rubrica própria

7.4.3 Redes electrossoldadas

a) A medição será realizada em kg.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:

- As áreas serão determinadas em m2 e convertidas em kg, de acordo com a massa nominal das redes.- As deduções relativas a aberturas existentes nas redes electrossoldadas só serão consideradas quando a sua área for superior a

0,50 m

- As áreas serão medidas tendo em consideração os levantamentos, ligações de amarração e as sobreposições quando estas esti-verem assinaladas no projecto.

c) A medição de cada tipo de rede será individualizada em rubrica própria

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7.4.4 Perfis metálicos

a) A medição será realizada em kg.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados em m e convertidos em kg, de acordo com a massa nominal dos perfis.- As ligações entre perfis, por soldadura eléctrica, parafusos ou por rebites, poderão, sempre que necessário, ser medidas à unida-

de (un).

c) A medição de cada secção nominal será individualizada em rubrica própria

7.4.5 Armaduras de pré-esforço

a) A medição indicará, sempre que possível, a força mínima de pré-esforço útil, expressa em kN, que énecessária instalar.

b) A medição das armaduras de pré-esforço deverão ser realizadas em kN.m correspondentes ao produtodo valor de pré-esforço útil final mínimo instalado e definido no projecto, pelo comprimento real do caboentre ancoragens.

c) No caso das armaduras e o respectivo sistema de pré-esforço estarem indicadas no projecto, a mediçãopoderá ser realizada em kg, sendo determinada pelo valor nominal normalizado das armaduras referen-

ciadas e pelo comprimento real do cabo entre ancoragens.d) As bainhas deverão ser medidas em m com o comprimento real do cabo entre ancoragens, e estas

serão medidas à unidade (un).

e) A medição engloba todos os trabalhos relativos à execução das armaduras de pré-esforço, nomeada-mente fornecimento e transporte de todos os materiais, preparação, montagem e todas as operações depré-esforço, incluindo a calda de injecção.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

g) A medição das armaduras nas zonas de amarração das armaduras de pré-esforço é feita segundo asregras definidas no sub-capítulo Aço em varão.

7.4.6 Esclarecimento1 - Os tipos de aço indicados - varões, redes electrossoldadas e perfilados - são as mais representativas

na construção de edifícios.

2 - Para outros tipos de aços, as regras de medição aplicáveis serão, em geral, idênticas às que forammencionadas.

3 - Sempre que não seja exequível esta aplicação, poderão ser definidas regras específicas para outrostipos de aços.

4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as regras que forem adoptadas, de formaa evitar ambiguidades na determinação das medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verifi-cação.

5 - Os elementos de construção a considerar no ordenamento das medições das armaduras serão osmesmos que, para cada projecto, foram discriminados nas medições de betão.

7.5 Elementos prefabricados de betão

7.5.1 Regras gerais

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições de elementos de construção prefabricados em betão serão realizados de modo a ficaremindividualizados os elementos com as mesmas características tipológicas

e) Cada rubrica de medições será decomposta de acordo com as características seguintes:- natureza e qualidade dos materiais constituintes, nomeadamente as do betão e das armaduras segundo as características indica-das respectivamente nas regras gerais do sub-capítulo Betão e nas regras gerais do sub-capítulo Armaduras.

- tipo de acabamento das superfícies dos elementos;- sistemas de ligação ou de articulação entre os vários elementos.

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d) As medições deverão indicar as referências de identificação mencionadas no projecto para cada ele-mento de construção prefabricado, de forma a assegurar a coordenação das peças desenhadas e escri-tas e a permitir a sua verificação.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de elementos de construçãoprefabricados em betão, nomeadamente fabrico, carga, transporte, descarga, montagem e colocação emobra.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

7.5.2 Guias de lancis, degraus, madres, fileiras, frechais e elementos semelhantes, peitoris, soleiras,ombreiras, vergas e lâminas

a) A medição será realizada em m.

b) As medidas serão determinadas de acordo com a maior dimensão das superfícies indicadas no projecto.No caso de não haver pormenorização das soleiras e peitoris, deverão ser consideradas as dimensõesentre as faces dos vãos.

c) As medições indicarão a secção dos elementos.

d) A medição dos elementos com a mesma secção será individualizada em rubrica própria.

7.5.3 Escadas e asnas

a) A medição será realizada em un.

b) As medições indicarão a medida do comprimento do vão da asna ou do desenvolvimento da escada eas suas características tipológicas.

c) A medição dos elementos do mesmo tipo e com comprimento igual será individualizada em rubrica pró-pria.

7.5.4 Varas e ripas

a) A medição das ripas será realizada em m2

indicando o respectivo afastamento. As varas serão medidasem m.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:

- Os comprimentos e as larguras serão determinados segundo formas geométricas simples, definidas, sempre que possível, peloslimites de superfícies com a mesma inclinação.

- Os comprimentos e as larguras serão medidos segundo a superfície inclinada da cobertura.

c) As medições indicarão as secções dos elementos.

d) A medição dos elementos com a mesma secção será individualizada em rubrica própria.

7.5.5 Grelhagens

a) A medição será realizada em m2 

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá à regra seguinte:

- O comprimento e a largura serão determinados entre as faces das lajes, vigas e lintéis, pilares e paredes entre as quais esteselementos se inserem.

c) As medições indicarão a secção dos elementos e as suas características tipológicas.

d) A medição de elementos do mesmo tipo e secção igual será individualizada em rubrica própria.

7.5.6 Lajes aligeiradas

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a) A medição será realizada em m2 

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá à regra seguinte:

- Os comprimentos e as larguras serão determinados entre as faces das vigas, lintéis, pilares e paredes entre os quais as lajes seinserem.

c) As medições indicarão a espessura da laje e as suas características tipológicas.

d) A medição das lajes aligeiradas do mesmo tipo e características será individualizada em rubrica própria.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos das lajes aligeiradas.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser medidas separadamente em rubri-cas próprias. Neste caso o assentamento do conjunto das vigotas e dos blocos seria medido em mincluindo a cofragem e o escoramento e o betão da lajeta e, as zonas maciças, segundo as regras dosub-capítulo relativo a Lajes maciças.

7.5.7 Esclarecimentos1 - A grande diversidade de elementos de construção prefabricados em betão e a sua constante evolução,

tornam impraticável o estabelecimento de regras de medição que sejam aplicáveis, de forma explicita eunívoca, em todas as circunstâncias.

2 - Por isso, as regras definidas destinam-se apenas a constituir exemplos de aplicação a alguns elemen-tos de construção utilizados com maior frequência.

3 - Para outros elementos de construção prefabricados, é necessário, para cada caso, estabelecer asregras de medição correspondentes, tanto quanto possível, de acordo com as regras prescritas para obetão e para os outros elementos pré-fabricados em betão.

4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as regras que forem adoptadas, de formaa evitar ambiguidades na determinação das medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verifi-

cação.

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8. ESTRUTURAS METÁLICAS

8.1 Regras gerais

a) As medições de estruturas metálicas serão, em regra, agrupadas em rubricas relativas à partes globaisda obra, nomeadamente as seguintes:

- estruturas;

- pavimentos;- escadas;- estrutura da cobertura.

b) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as características dos traba-lhos, principalmente as seguintes:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais- secções nominais e forma dos elementos constituintes- tipo de ligação das peças- tipo de protecção e acabamento;- condições de execução.

c) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos, nomeadamente:

- fabrico em oficina ou estaleiro, dos elementos que irão constituir a estrutura;

- decapagem e aplicação sobre estes elementos duma camada de protecção, sempre que as especificações do projecto exigirem aexecução destes trabalhos antes do respectivo fornecimento, cujas medidas serão determinadas pelas regras definidas no capí-tulo Pinturas;

- fornecimento, carga, transporte e descarga de todos os elementos e materiais no local da obra;- montagem e desmontagem de andaimes e cimbres;- colocação, montagem e afinação dos elementos estruturais e sua ligação definitiva, nomeadamente: rebitagem, aparafusamento

ou soldadura.

d) Sempre que necessário, a medição das operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubri-cas próprias.

e) As medições serão discriminadas por elementos de construção.

f) As medições dos perfis que constituem as estruturas metálicas serão agrupadas nas rubricas correspon-dentes seguintes classes, estabelecidas de acordo com a massa por metro dos perfis:

Classe A - massa igual ou inferior a 10 kg/m;Classe B - massa superior a 10 kg/m mas igual ou inferior a 20 kg/m;Classe C - massa superior a 20 kg/m mas igual ou inferior a 50 kg/m;Classe D - massa superior a 50 kg/m mas igual ou inferior a 100 kg/m;Classe E - massa superior a 100 kg/m

g) Os perfis curvos ou alveolares devem ser medidos separadamente em rubricas próprias.

8.2 Elementos estruturais

a) A medição será realizada em kg 

b) A medição indicará, além do elemento estrutural, os tipos e dimensões dos perfis tubos, chapas e outroselementos constituintes.

c) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá regras seguintes:

1- No caso dos perfis e tubos, os comprimentos serão determinados em m e convertidos em kg, de acordo com a massa nominal;2 - No caso das chapas, a área será determinada em m e convertida em kg, de acordo com a massa nominal;3- Em elementos de outro formato, deverá indicar-se a massa por unidade (kg/un);

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4- A avaliação da massa de rebites e parafusos poderá ser feita por contagem ou em percentagem;5- Não serão feitas deduções para entalhes e furos. Nos perfis cortados obliquamente, a medida será a do maior comprimento do

perfil.6- As medidas para a determinação da medição de chapas de superfície irregular serão obtidas a partir do menor rectângulo cir-

cunscrito a essas superfícies.

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9. ALVENARIAS

9.1 Regras gerais

a) As medições de alvenarias serão agrupadas nos sub-capítulos seguintes:

- alvenarias;- painéis de blocos

b) As medições serão realizadas de modo a serem individualizadas e descritas em rubricas próprias, deacordo com as principais características das alvenarias ou dos painéis, nomeadamente:

- natureza, forma e dimensões dos materiais constituintes- dimensões das alvenarias ou dos painéis- composição das argamassas;- acabamentos dos paramentos- condições de execução

c) As medições de alvenarias serão, em regra, ordenadas em rubricas próprias relativas partes globais daobra, nomeadamente as seguintes:

- trabalhos de infra-estrutura- trabalhos de super-estrutura.

d) As medições serão discriminadas por elementos de construção

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de alvenarias e painéis,nomeadamente: fornecimento e transporte de materiais, fabrico de argamassas, cargas e descargas eexecução.

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O Sempre que necessário, as medições das operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubri-cas próprias.

g) O tratamento dos paramentos à vista das alvenarias poderá ser medido em separado pelas regras indi-cadas no capítulo Revestimentos mas será sempre incluído neste capítulo de Alvenarias.

h) As deduções relativas a aberturas ou cavidades existentes nos elementos de construção, só serão con-sideradas quando a sua área for superior a 0,50 m2 por abertura ou cavidade.

9.2 Fundações

a) A medição será realizada em m3 

b) No caso de sapatas contínuas, o volume será obtido multiplicando a área da secção transversal de cadatroço pelo respectivo comprimento. Os comprimentos dos troços das sapatas serão determinadossegundo figuras geométricas simples 

c) No caso da secção transversal das sapatas contínuas ser variável, a medição poderá ser realizada apartir da secção transversal média

9.3 Muros de suporte, de vedação e cortinas. Paredes exteriores e interiores

a) A medição será realizada em:

- m2

para espessuras inferiores ou iguais a 0,35 m;- m3 para espessuras superiores a 0,35 m

b) As medições das paredes constituídas por dois ou mais panos de alvenaria serão realizadas em m2 eagrupadas em rubricas próprias, englobando, cada uma, o conjunto dos panos

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c) Em cada rubrica, serão indicadas as características dos panos que constituem a parede.

d) A medição de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais de execução será separada emrubricas próprias

e) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá, em geral, regras seguintes:

1- Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas simples.2- As alturas das paredes de fundação serão a distância entre o plano superior das sapatas e a camada de impermeabilização ou o

nível superior do tosco do primeiro pavimento

3- As alturas, imediatamente acima das paredes de fundação, serão definidas a partir da camada de impermeabilização ou do nívelsuperior do tosco do primeiro pavimento.

4- Em construções com estrutura resistente de outro material, as medidas serão determinadas entre as faces dos elementos resis-tentes.

f) A medição de molduras e outros elementos (cornijas, pilastras, etc.) de alvenarias, salientes das pare-des, será realizada em m. No entanto, na medição dos muros ou paredes não deve ser deduzido qual-quer volume resultante da medição, em separado, das saliências relativas àqueles guarnecimentos.

9.4 Pilares

a) A medição será realizada em m3 

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá regras seguintes:

1- As alturas imediatamente acima das fundações serão as distâncias entre as faces superiores das sapatas ou vigas de fundaçãoe o nível do tosco do primeiro pavimento.

2- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média.

9.5 Abóbadas

a) A medição será realizada em m2 

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições será realizada em projecção horizontal.

c) A medição indicará a espessura constante da abóbada, ou os valores limite se a espessura não forconstante.

d) As medições dos maciços de enchimento serão realizadas em rubricas próprias e ao m2 ou m3 conforme

a espessura é respectivamente igual ou inferior a 0.35 m ou superior a esta espessura.

9.6 Arcos

a) A medição será realizada em m3 

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá a regras específicas

c) As paredes dos tímpanos apoiados nos arcos serão medidas de acordo com as regras indicadas para asparedes

9.7 Escadas

a) Nesta rubrica, será incluída a medição de todos os elementos que constituem as escadas nomeadamen-te: patins, patamares, lanços de degraus e cortinas de guardas

b) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser separados em rubricas próprias.

c) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições obedecerá mesmas regras

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dos elementos de construção equivalentes aos das escadas

9.8 Painéis de blocos

a) Em geral, a medição dos painéis (refere-se a painéis com blocos de gesso, tijolo, etc) será realizada deacordo com as regras relativas a paredes de alvenaria.

b) No entanto, sempre que conveniente, poderão ser adoptadas outras regras de medição, que deverãoser devidamente discriminadas.

c) As medições das ligações entre os painéis, e entre estes e outros elementos de construção, poderão serrealizados em separado. Neste caso, a medição poderá ser realizada em m ou à unidade (un).

d) Deverão indicar-se sempre as características dos painéis e dos blocos constituintes e as respectivasdimensões

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10. CANTARIAS

10.1 Regras gerais

a) Em geral as medições de cantarias serão individualizadas nos seguintes sub-capítulos:

- cantarias de pedra natural;- cantarias artificiais.

b) As medições serão realizadas de modo que os elementos com as mesmas funções construtivas sejamindividualizados e descritos, em rubricas próprias, de acordo com as suas principais características,nomeadamente:

- natureza e qualidade da pedra ou material artificial;- formas geométricas e dimensões;- acabamento dos paramentos vistos;- modos de assentamento e ligação, composição e dosagem dos ligantes.

c) Em regra, as medições englobarão todas as operações relativas à execução dos trabalhos, nomeada-mente: fabrico, fornecimento, carga, transporte, descarga, assentamento e montagem e desmontagemde andaimes e cimbres.

d) Sempre que conveniente, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.

e) Regra geral, a medição dos perfis (elementos prismáticos) de cantaria será realizada de acordo com osseguintes critérios:

1- Para espessuras inferiores a 0,15 m e para qualquer largura, a unidade de medição será o m;2- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e largura inferiores a 0,40 m, a medição será em m;3- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e larguras iguais ou superiores a 0,40 m, a medição será em m3

f) A medição de placas de espessura inferior a 0,15 m será realizada em m2. No caso da espessura serigual ou superior a esta dimensão, a unidade de medição será o m3 

g) Regra geral, a medição dos elementos não considerados nas alíneas e) e f) será realizada em m3 excepto se estes elementos tiverem formas geométricas complexas, caso em que a medição será reali-zada à unidade (un).

h) As medições de cantarias especiais, nomeadamente as obras de arte (estátuas, motivos ornamentais,etc.) serão realizadas segundo regras próprias que deverão ser convenientemente explicitadas.

i) Os elementos de desenvolvimento curvo ou paramentos curvos serão medidos em rubricas próprias, ou,pelo menos, as suas partes não rectilíneas ou não planas.

 j) As medidas para o cálculo das medições serão obtidas do menor paralelepípedo rectangular em que forpossível inscrever cada uma das peças. Excluem-se desta regra as medições feitas em m2 

No enunciado das medições deverão indicar-se sempre as dimensões obtidas pela utilização deste critério.

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10.2 Muros de suporte, de vedação, paredes exteriores e paredes interiores

a) A medição dos muros e paredes, constituídos por blocos de pedra aparelhada será realizada em:

- m2 para espessuras inferiores ou iguais a 0,35 m;- m3 para espessuras superiores a 0,35 m.

b) Só serão feitas deduções para vãos ou aberturas com mais de 0,50 m2 por cada vão ou abertura.

c) A medição de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais de execução será separada emrubricas próprias.

d) Em cada rubrica, serão considerados apenas os elementos com a mesma espessura.

e) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá, em geral, regras seguintes:

1- Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas simples2- As alturas das paredes de fundação serão a distância entre o plano superior das sapatas e a camada de impermeabilização ou o

nível superior do tosco do primeiro pavimento3- Em construções com estrutura resistente de outro material, as medidas serão determinadas entre as faces dos elementos resis-

tentes.

10.3 Pilares

a) A medição dos pilares e colunas será realizada em m3 ou em un.

b) Em qualquer dos casos, deverão indicar-se as suas características geométricas.c) Os capitéis, bases de pilares e outras obras similares, sempre que não constituam um conjunto monolíti-

co com o fuste, serão medidos em separado, segundo as regras indicadas na alínea h) das RegrasGerais deste capítulo.

10.4 Arcos

a) A medição será realizada em m3 ou em m.

b) As medidas serão determinadas de acordo com a maior dimensão das superfícies que ficam aparentesna construção.

10.5 Abóbadas

a) A medição será realizada em m2 

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições será realizada em projecção horizontal .

c) A medição indicará a espessura da abóbada.

d) As medições dos maciços de enchimento serão realizadas em rubricas próprias.

10.6 Escadas

a) Nesta rubrica, será incluída a medição dos elementos que constituem as escadas, nomeadamente:degraus, patins, patamares e estruturas de suporte

b) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser separados em rubricas próprias.

c) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições obedecerá mesmas regrasdos elementos de construção equivalentes aos das escadas de alvenaria

d) A medição de degraus isolados será realizada de acordo com as Regras Gerais deste capítulo.

e) Os revestimentos de escadas, tais como cobertores, espelhos, guarda-chapins, rodapés e lambris serãomedidos em rubricas próprias, pelas regras indicadas no sub-capítulos Revestimentos do presente capí-tulo.

10.7 Guarnecimento de vãos

a) As medições serão, em regra, ordenadas em rubricas relativas a:- guarnecimentos de vãos exteriores;- guarnecimentos de vãos interiores.

b) Cada rubrica será decomposta, de preferência, de com o tipo de vão, nomeadamente portões, portas,

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 janelas, etc.

c) As medições dos guarnecimentos de vãos, nomeadamente ombreiras, vergas, peitoris e soleiras, serãorealizadas segundo as Regras Gerais, deste capítulo, especialmente as indicadas nas alíneas e), f) e g).

d) As medidas para a determinação das medições são as maiores das superfícies vistas.

10.8 Guardas, balaustradas e corrimãos

a) As medições serão feitas separadamente, conforme as guardas ou balaustradas se situem em:

- escadas;- varandas;- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada em m para o conjunto dos elementos, sendo as medidas determi-nadas pelo desenvolvimento do corrimão.

c) Sempre que necessário, a medição dos vários elementos componentes (corrimãos, balaústres, etc.)pode ser feita separadamente pelas regras indicadas nas Regras Gerais deste capítulo.

d) Os troços curvos dos corrimãos poderão ser medidos à unidade (un).

10.9 Revestimentos

a) Sempre que a estereotomia das peças que constituem os revestimentos estiver perfeitamente definida,a respectiva medição será realizada de acordo com as Regras Gerais deste capítulo.

b) No caso de revestimentos com placas de menos de 0,15 m de espessura, a medição deverá ser realiza-da em m para o conjunto das peças de idêntica espessura, devendo indicar-se sempre as dimensõesdas placas.

c) Quando a estereotomia das peças não estiver definida, a medição deverá ser indicada com a designa-ção de “quantidades aproximadas”.

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11. CARPINTARIAS

11.1 Regras gerais

a) As medições serão realizadas de modo a que os elementos com as mesmas funções construtivas sejamindividualizados e descritos, em rubricas próprias, de acordo com as suas principais características,nomeadamente:

- características principais e secundárias, e classes de escolha- secções nominais e forma dos elementos constituintes;- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos- teor de humidade;- tipo de preservação das madeiras;- tipo e qualidade do acabamento- condições de execução.

b) Regra geral, a medição englobará as operações de fabrico, fornecimento e assentamento, incluindo oselementos principais e acessórios, nomeadamente: ferragens, vedantes, bites, etc.

c) Sempre que for conveniente, as operações da alínea anterior poderão ser consideradas em rubricasseparadas

d) Os elementos curvos ou com superfícies curvas deverão ser sempre medidos em rubricas separadas.

e) Quanto a ferragens, deverão enunciar-se as suas características principais, nomeadamente:

- tipo de ferragem;- natureza dos metais ou das ligas, ou dos seus elementos principais;- dimensões;- meios de fixação;- tipo de protecção e acabamento.

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes (envernizamento, enceramento, etc.) serãoconsiderados no capítulo relativo a Pinturas, principalmente quando estes trabalhos forem executados noestaleiro da obra

11.2 Estruturas de madeira

a) As medições de estruturas de madeira serão, em regra, agrupadas nas seguintes rubricas principais:

- estruturas de paredes ou divisórias;- estruturas de pavimentos;- estruturas de coberturas;- estruturas diversas.

b) As escadas serão medidas pelas regras enunciadas no sub-capítulo relativo a Escadas, e as estruturasde apoio ou fixação de revestimento serão consideradas no sub-capítulo Revestimentos e guarnecimen-tos de madeira.

c) Regra geral, a medição das diversas peças constituintes dos elementos da estrutura deverá ser realiza-da em rubricas próprias, obedecendo regras seguintes:

1- Os perfis serão medidos em m, com indicação da dimensão das respectivas secções.2- Os perfis com diferentes secções serão medidos em rubricas separadas.

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3- Sempre que necessário, os perfis com comprimentos diferentes poderão ser medidos em rubricas separadas4- As peças com outro formato poderão ser medidas à unidade (un) ou em m2

d) As estruturas complexas, nomeadamente as asnas, as estruturas formadas por elementos curvos ou demomento de inércia variável e as estruturas laminadas poderão ser medidas à unidade (un) ou em m3 consoante o critério do medidor, que deverá ficar sempre expresso

e) As estruturas de pavimentos poderão ser medidas em m2 com medidas iguais à do respectivo revesti-mento

f) Nas estruturas de coberturas, as fileiras, rincões, madres e varas serão medidas em m. As ripas deverãomedir-se em m2 de vertente.

g) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá regras seguintes

1- As medidas a considerar, qualquer que seja a unidade de medição, serão as do limpo das peças, adoptando sempre as suasmaiores dimensões.

2- Não serão feitas deduções para entalhes e furos.

11.3 Escadas

a) As escadas de madeira, regra geral, serão medidas à unidade (un), incluindo todos os seus elementos

principais e acessórios com do número de degraus e das suas dimensões principais.b) Sempre que for conveniente, os diversos elementos das escadas podem ser medidos separadamente

em rubricas próprias. As unidades e critérios de medição a aplicar neste caso serão os indicados noutrossub-capítulos relativos a elementos semelhantes Assim, as guardas seriam consideradas no sub-capítuloGuardas, balaustradas e corrimãos, e os cobertores, espelhos e rodapés, no sub-capítulo Revestimentose guarnecimentos de madeira.

c) Os patamares, para efeito de medição, serão sempre considerados como fazendo parte dos pavimentos.

11.4 Portas, janelas e outros elementos em vãos

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os elementos se situem em:

- paredes exteriores;

- paredes interiores;- pavimentos;- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto dos elementos principais e aces-

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sórios, com indicação das seguintes características, além das indicadas nas Regras Gerais deste capítu-lo:

- constituição- tipo de movimento ou modo de abrir;- número de folhas móveis e fixas- dimensões;- tipo de ferragens.

c) Os guarnecimentos de vãos de portas serão medidos separadamente em rubrica própria A medição dosguarnecimentos será feita em m, com indicação das respectivas secções.

d) A medição de grades e caixilhos fixos, ainda que de dimensões diferentes, compostos por elementossemelhantes, poderá ser realizada conjuntamente em m2 

e) No enunciado da medição, deverá indicar-se sempre as medidas dos elementos e as dimensões totaisentre faces do enquadramento do vão ou entre faces do guarnecimento do vão no caso deste não ser de

madeira.f) Os estores serão considerados no capítulo Elementos de Equipamento Fixo e Móvel de Mercado. As

caixas de estore serão medidas à unidade (un).

g) A medição dos vidros será incluída no capítulo relativo a Vidros.

h) Sempre que for conveniente, as ferragens e outros elementos secundários poderão ser medidos sepa-radamente em rubricas próprias sendo, neste caso, a medição de cada peça realizada à unidade (un),excepto os elementos com forma de perfil ou de fita que serão medidos em m.

11.5 Guardas, balaustradas e corrimãos

a) As medições serão feitas separadamente, conforme as guardas ou balaustradas se situem em:

- escadas;- varandas;- coberturas.

b) Para o caso das guardas de escada ver o sub-capítulo Escadas.

c) Regra geral, a medição do conjunto dos elementos da guarda será realizada em m, sendo as medidasdeterminadas pelo desenvolvimento do corrimão.

d) Sempre que necessário, a medição de cada um dos elementos das guardas e balaustradas pode serfeita separadamente, sendo, neste caso, os balaústres medidos à unidade (un) e os outros componentesem m.

e) Os troços curvos das guardas, balaustradas e corrimãos serão medidos separadamente à unidade (un).

11.6 Revestimentos e guarnecimentos de madeira

a) Regra geral, as medições serão realizadas de acordo com as regras indicadas no capítulo Revestimen-tos, sendo no entanto incluídas neste capítulo quando estes trabalhos forem realizadas pelo empreiteirode carpintarias.

b) Os rodapés e as sancas serão discriminados em rubricas próprias, com a indicação da sua secção. Amedição será realizada em m. O comprimento será medido sobre o paramento em que estiverem colo-cados.

c) As estruturas leves ou ripado para suporte ou fixação de revestimentos serão medidos em m2. As medi-das para a determinação da medição serão as dos respectivos revestimentos.

11.7 Divisórias leves

a) As divisórias leves e os gradeamentos de vedação serão medidos em m2 incluindo as respectivas estru-turas.

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11.8 Equipamentos

a) As medições dos elementos de equipamento serão agrupadas nas seguintes rubricas:

- Equipamento fixo- Equipamento móvel

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), incluindo todos os elementos principais e acessó-rios.

c) Os armários fixos integrados em paredes poderão ser medidos em m2 desde que as gavetas e pratelei-ras sejam medidas separadamente à unidade (un), ou constem apenas de aros e portas. Neste caso, asmedidas para a determinação das medições serão as da superfície vista do exterior.

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12. SERRALHARIAS

12.1 Regras gerais

a) As medições de serralharias serão individualizadas nos sub-capítulos seguintes:

- serralharias de alumínio- serralharias de aço e outro metais.

b) As medições serão individualizadas em rubricas próprias de acordo com as suas principais característi-cas, nomeadamente as seguintes:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;- secções nominais e forma dos elementos constituintes;- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;- tipo de protecção e acabamento- condições de execução.

c) Regra geral, a medição englobará as operações de fabrico, fornecimento e assentamento, incluindo oselementos principais e acessórios, nomeadamente: ferragens, vedantes, bites, etc.;

d) Sempre que for conveniente, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas pró-prias;

e) Deverá indicar-se, no enunciado das medições, os meios de fixação e ligação das peças. Quanto ásferragens, as características principais a indicar serão:

- tipo de ferragem;- natureza do metal constituinte;- tipo de protecção e acabamento;- dimensões;- meios de fixação.

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes serão considerados na rubrica Pinturas, prin-cipalmente quando estes trabalhos forem executados no estaleiro. No entanto, a medição compreenderáa decapagem e a aplicação sobre os elementos duma protecção, sempre que as especificações do pro- jecto exigirem a execução destes trabalhos antes do fornecimento daqueles elementos.

12.2 Portas, janelas e outros componentes em vãos

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os componentes se situem em:

- paredes exteriores;- paredes interiores;- pavimentos;- coberturas.

b) Regra geral a medição será realizada à unidade (un) para o conjunto das partes principais (guarneci-mentos ou aros, caixilhos fixos ou folhas móveis) e acessórios, e individualizadas em rubricas própriasde acordo com indicação das seguintes características:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;- secções nominais e forma dos elementos constituintes;- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;- tipos de revestimento e de acabamento;

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- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade à água e resistência acções do vento (AEV)- tipo de movimento ou modo de abrir;- número de folhas móveis e fixas;- dimensões;- tipo de ferragens.

c) Nos casos em que o único elemento metálico do vão seja o aro ou o guarnecimento a medição será emm.

d) A medição de caixilhos fixos e grades ainda que de dimensões diferentes mas de composição seme-lhante, poderá ser realizada conjuntamente em m2. A medição dos respectivos aros considera-se incluí-da naquela área.

e) No enunciado da medição deverá indicar-se sempre as medidas dos componentes e as dimensõestotais entre faces do enquadramento do vão o medidor deverá considerar as dimensões entre faces inte-riores do guarnecimento do vão no caso deste não ser metálico

f) Os estores serão considerados no capítulo relativo a Elementos de Equipamento Fixo e Móvel de Mer-cado. As caixas de estore serão medidas à unidade (un).

g) A medição dos vidros será incluída no capítulo Vidros.

h) Sempre que necessário, as ferragens poderão ser medidas separadamente em rubricas próprias sendo,neste caso, a medição realizada à unidade (un).

12.3 Fachadas-Cortina

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os elementos constituam:

- Fachada-Cortina Contínua- Fachada-Cortina Verticalmente lnserida

b) Regra geral, a medição será realizada ao m para o conjunto dos elementos que constituem a fachada-cortina (montantes e travessas, bites, vedantes e elementos de fixação)

c) No enunciado da medição deverá indicar-se sempre a designação da fachada-cortina bem como daindicação das características seguintes:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;- tipos de revestimento e de acabamento- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade à água e resistência acções do vento (AEV)- tipo de movimento ou modo de abrir das partes móveis;- dimensões;- tipo de ferragens.

d) A medição dos vidros será incluída no capítulo Vidros.

e) Sempre que necessário, as ferragens poderão ser medidas separadamente em rubricas próprias sendo,neste caso, a medição realizada à unidade (un).

12.4 Guardas, balaustradas e corrimãos

a) As medições serão feitas separadamente conforme as guardas se situem em:

- escadas e patamares;- varandas;- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada em m para o conjunto dos elementos, sendo as medidas deter-

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minadas pelo desenvolvimento do corrimão.

c) Sempre que necessário, a medição de cada um dos componentes das guardas pode ser feita separa-damente sendo, neste caso, os balaústres medidos à unidade (un) e os outros componentes em m.

12.5 Revestimentos

a) Regra geral, as medições serão realizadas de acordo com as regras indicadas no capítulo Revestimen-tos.

b) As estruturas leves ou grades de suporte, para apoio ou fixação de revestimentos, serão medidas em m 

12.6 Divisórias leves e gradeamentos

a) As divisórias leves e os gradeamentos metálicos serão medidos em m incluindo a respectiva estrutura.

12.7 Equipamento

a) As medições de equipamento ou de componentes de equipamento serão agrupadas nas seguintesrubricas:

- Equipamento fixo;- Equipamento móvel.

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), incluindo todos os elementos principais e acessó-rios. No entanto, sempre que necessário, a medição de cada componente do elemento a medir pode serfeita separadamente utilizando-se a mesma unidade de medição.

c) As portas de elementos de equipamento cujas outras partes são executadas com material não metálico,serão medidas segundo as regras indicadas na rubrica Portas, janelas e outros elementos em vãos,nomeadamente na alínea c)

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13. PORTAS E JANELAS DE PLÁSTICO

13.1 Regras gerais

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os elementos se situem em:

- paredes exteriores;- paredes interiores;

- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto de elementos principais e aces-sórios comuns, com indicação das suas características, nomeadamente:

- caracterização e especificação dos perfis adoptados, do plástico utilizado e da cor escolhida.- tipo, descrição e localização dos reforços incorporados- meios de ligação entre as peças das folhas e da fixação destas aos aros ou guarnições- constituição, número de folhas de cada unidade e tipo ou modo de abrir- dimensões.- tipo e material de constituição das ferragens de movimento e manobra e respectivo acabamento.- quando com zonas envidraçadas, caracterizar o modo e/ou material de fixação dos vidros.

c) No enunciado da medição, deverá indicar-se sempre a dimensão do enquadramento de cantaria oualvenaria, como o vivo de luz do aro ou guarnecimento

d) Os aros ou guarnecimentos, quando destacáveis, serão medidos separadamente em rubrica própriadevidamente caracterizados e em m.

e) Os estores serão considerados no capítulo relativo a Elementos de Equipamento Fixo e Móvel de Mer-cado, no entanto, quando a caixa do enrolador (bobine) constitua prolongamento do aro e do mesmomaterial, deverá ser medida em conjunto com este. Nestas condições, a medição passará a ser à unida-de (un) bem caracterizada.

f) A medição dos vidros será incluída no capítulo Vidros.

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14. ISOLAMENTOS E IMPERMEABILIZAÇÕES

14.1 - Regras gerais

a) As medições serão agrupadas em dois sub-capítulos correspondentes aos diferentes trabalhos a reali-zar

- isolamentos;- impermeabilizações.

b) No enunciado da medição devem ser explicitadas as características dos materiais, bem como o seu

modo de colocação em obra, nomeadamente:- natureza dos materiais constituintes;- condições de execução.

14.2 Isolamentos

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14.2.1 Regras gerais

a) Consideram-se neste sub-subcapitulo os isolamentos referentes a toda a construção, com excepção dosdestinados a canalizações;

b) As medições serão agrupadas em rubricas correspondentes à natureza dos isolamentos a realizar

- isolamentos térmicos- isolamentos acústicos .

c) Em cada um destes parágrafos, as medições devem ainda separar-se em rubricas, consoante as carac-terísticas do tipo de isolamento preconizado nomeadamente:

- isolamento com placas ou mantas;- isolamento com material a granel ou moldado “in situ”;- sistemas de isolamento composto.

14.2.2 Isolamentos com placas ou mantas

a) A medição de isolamentos aplicados com desenvolvimento em superfície e executados quer por placasou por mantas, será realizada em m2 

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b) A medição de isolamentos com desenvolvimento linear, de largura constante e limitada, executados complacas ou bandas, será realizada em m (definindo-se a respectiva largura).

14.2.3 Isolamento com material a granel ou moldado “in situ”

a) A medição de isolamentos com material a granel será realizada em m3 

b) Poderão, todavia, ser realizadas em m2 de superfície isolada, desde que a espessura do material deisolamento seja constante - ou varie linearmente, de forma a ser possível considerar-se o seu valormédio - e se tenha em atenção o referido na alínea b) das Regras Gerais do capítulo Isolamentos eimpermeabilizações.

14.2.4 Sistemas de isolamento composto

a) No caso dos sistemas de isolamento térmico ou acústico, os seus elementos constituintes deverão sermedidos conjuntamente numa única rubrica, considerando que os trabalhos são executados pelo mesmoempreiteiro.

14.2.5 Trabalhos acessórios

a) A medição de dobras ou sobreposições será realizada em m, tendo-se particularmente em atenção asprescrições já referidas na alínea b) das Regras Gerais deste capítulo. Poderá, todavia, ser realizada emm2 no caso de dobras ou sobreposições executadas por prolongamento dos materiais aplicados emsuperfície corrente.

b) A medição de outros trabalhos de isolamento, necessários para a passagem de canalizações, chaminés,condutas diversas, ou para as ligações na periferia do isolamento, será realizada, quer à unidade (un)quer ao metro (m), precisando-se as características dimensionais e particulares do trabalho considerado.

14.3 Impermeabilizações

14.3.1 Regras gerais

a) As medições serão efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricas próprias, correspondentesaos diferentes trabalhos de impermeabilização, nomeadamente:

- impermeabilização de coberturas em terraço ou inclinadas;- impermeabilização de elementos verticais;- impermeabilização de elementos enterrados;- impermeabilização de juntas.

b) As medições englobam o fornecimento e o assentamento de todos os materiais e acessórios necessá-rios à execução dos trabalhos de impermeabilização.

14.3.2 Impermeabilização de coberturas em terraço ou inclinadas

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a) As camadas de forma de espessura variável para a realização de pendentes em coberturas em terraçoserão medidas em m2 de superfície coberta, devendo ser indicada a sua espessura média. No caso denão ser atribuída ao empreiteiro de impermeabilizações a realização daquela camada de forma, a suamedição deverá ser incluída em geral no capítulo Revestimentos, ou particularmente no capítulo Isola-mentos, se se tratar de camadas com função simultânea de isolamento térmico

b) A medição do sistema de impermeabilização - betume asfáltico vazado a quente, emulsões betumino-sas, feltros ou telas betuminosos, membranas betuminosas ou sintéticas, etc. - será efectuada em m2 de

superfície coberta. Esta superfície é calculada a partir das faces das platibandas ou dos bordos interioresdas caleiras perimetrais, quando estas existam.

c) A medição de caleiras, relevos e protecções da impermeabilização, na sua ligação a platibandas e cons-truções emergentes da cobertura (muretes de juntas de dilatação aberturas de iluminação ou ventilaçãoetc.), será realizada em m. No caso de elementos de pequena dimensão - com desenvolvimento inferiora 1,00 m a medição deverá ser realizada por unidade (un). No caso de aberturas de ventilação ou ilumi-nação de pequena dimensão justifica-se a sua medição à unidade (un).

d) A medição de camadas de protecção da impermeabilização será efectuada em m2 de superfície coberta,com indicação da sua espessura e constituição. Consideram-se camadas de protecção, somente as rea-lizadas pelo empreiteiro de impermeabilização. Assim, revestimentos de ladrilhos ou lajetas de som-breamento devem ser medidos no capítulo Revestimentos.

e) As superfícies das aberturas de esgotos pluviais, de chaminés ou de outros elementos só serão deduzi-das, nas camadas de forma, impermeabilização e camadas de protecção, quando as suas áreas foremiguais ou superiores a 1,00 m

f) Todos os trabalhos complementares de drenagem de águas pluviais - rufos, funis, grelhas de protecção,tubos de queda - serão medidos pelas regras indicadas no capítulo relativo a Coberturas.

14.3.3 Impermeabilização de paramentos verticais

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a) A medição de impermeabilizações de paramentos verticais com materiais idênticos aos utilizados emcoberturas em terraço será efectuada pelas regras do capítulo Revestimentos.

14.3.4 Impermeabilização de elementos enterrados

a) A medição de impermeabilizações de elementos enterrados com materiais idênticos aos utilizados em

coberturas em terraço será efectuada de acordo com as regras anteriores.b) Todos os trabalhos acessórios relativos a drenagem de águas pluviais e subterrâneas serão considera-

dos no capítulo Pavimentos e drenagens exteriores ou no capítulo Instalações de canalização.

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14.3.5 Impermeabilização de juntas

a) A medição de impermeabilizações de juntas de coberturas em terraço será realizada em m tendo parti-cularmente em atenção o estabelecido na alínea b) das Regras Gerais relativas a Isolamentos e imper-meabilizações, isto é, com referência explícita da sua constituição, em pormenor e materiais aplicados.

b) A medição de impermeabilizações de juntas em elementos verticais será realizada de forma idêntica àreferida na alínea anterior.

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15. REVESTIMENTOS DE PAREDES, PISOS, TECTOS E ESCADAS

15.1 Regras gerais

a) As medições de revestimentos serão discriminadas em:

1 - Revestimentos de paramentos exteriores de paredes

i) Revestimentos de estanquidade - podem ser constituídos por elementos descontínuos - de fixação directa ao suporte ou inde-pendentes - por ligantes hidráulicos armados e por ligantes sintéticos armados com rede de fibra de vidro

ii) Revestimentos de impermeabilização - são deste tipo os revestimentos tradicionais de ligantes hidráulicos (constituídos porcrespido camada de base e camada de acabamento 1) e os revestimentos não-tradicionais de ligantes hidráulicos

iii) Revestimentos de isolante térmico - são deste tipo os sistemas de isolamento térmico por revestimento espesso sobre isolan-te os sistemas de isolamento térmico por revestimento delgado sobre isolante os de argamassas de ligantes hidráulicos cominertes de material isolante os sistemas de isolamento térmico por elementos descontínuos prefabricados e os sistemas deisolamento térmico obtidos por projecção ‘in situ” de isolante

iv) Revestimentos de acabamento ou decorativos - são deste tipo os de ligantes hidráulicos (tradicionais ou não-tradicionais) osrevestimentos delgados de massas plásticas os delgados de ligantes mistos e também os de elementos descontínuos

2 - Revestimentos de paramentos interiores de paredes

i) Revestimentos de regularização - são deste tipo os revestimentos de ligantes hidráulicos os que têm como base o gesso(argamassas de gesso e areia esboços de gesso, cal apagada e areia pastas de gesso argamassas de gesso e inertes levesas misturas pré doseadas e os de ligantes sintéticos

ii) Revestimentos de acabamento - são deste tipo os revestimentos de ligantes hidráulicos os de cal apagada os de cal apagadae gesso os de gesso (estuques) os constituídos por produtos de cal apagada e gesso pré-doseados e os ligantes sintéticos

iii) Revestimentos resistentes à água - são deste tipo os revestimentos cerâmicos os de pedra os epoxídicos e os de ligantes sin-téticos envernizados ou esmaltados

3 - Revestimentos de piso interiores e exteriores (inclui terraços):

i) Revestimentos executados “in situ” - são deste tipo as betonilhas, calçadas, etc.ii) Revestimentos manufacturados - são deste tipo os revestimentos de piso seguintes:

- plásticos (vinílicos flexíveis sem suporte vinílicos flexíveis sobre base resiliente e os vinílicos semi-flexíveis sem ou comamianto

- cerâmicos- ladrilhos hidráulicos- ladrilhos ou placas naturais

- Tacos e parquetes;- Aglomerados de cortiça;

4 - Revestimentos de tectos interiores

Em geral são aplicáveis as classificações dos revestimentos de paramentos interiores de paredes das presentes

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regras gerais e ainda os estafes e os tectos falsos por componentes

5 - Revestimentos de tectos exteriores

6 - Revestimentos de escadas (lanços e patins)

b) As medições serão efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricas, tendo em atenção ascaracterísticas das camadas de revestimento e das superfícies a revestir, nomeadamente:

- natureza dos materiais constituintes;

- composição das argamassas;- dimensões das peças de revestimento (dimensões de ladrilhos, de componentes de tectos falsos, etc);- acabamentos das superfícies de revestimento;- natureza, forma e posição das superfícies a revestir;- condições de execução e métodos de assentamento

c) Em regra, as diferentes camadas que constituem os revestimentos serão medidas em rubricas separa-das, sobretudo se forem de materiais diferentes.

d) Sempre que conveniente, as camadas referidas na alínea anterior poderão ser agrupadas na mesmarubrica

e) As medidas dos revestimentos serão obtidas a partir das cotas indicadas no projecto, ou directamentena obra, de modo a traduzirem, regra geral, a totalidade da superfície a revestir, não sendo deduzíeis as juntas de assentamento desses revestimentos.

f) As medições das superfícies a revestir incluem as respectivas arestas

g) As medições englobam o fornecimento de materiais e todas as operações (carga, transporte, descarga,preparação e aplicação dos materiais, montagem e desmontagem de andaimes. limpezas etc.) necessá-rias à execução dos revestimentos.

h) Sempre que necessário, as operações referidas na alínea anterior poderão ser separadas em rubricaspróprias.

15.2 Revestimentos de paramentos exteriores e interiores

a) A medição será realizada em m

2

 b) As medições serão efectuadas separadamente, conforme as superfícies dos paramentos sejam:

- verticais ou inclinadas;- planas ou curvas;- com outras formas;

c) A determinação das medidas para a elaboração das medições, obedecerá, em geral, regras seguintes:

1- As medidas a considerar são as das cotas de limpos das superfícies vistas.2- No caso de superfícies irregulares a medição será determinada a partir da área de projecção da superfície a revestir sobre a

superfície de base

d) As áreas correspondentes a aberturas (vãos, passagem de condutas, etc), à intersecção de vigas eoutros elementos, só serão deduzidas quando superiores a 0.25 m As áreas dos enquadramentos dos

vãos serão medidas em m em rubricas próprias, considerando os seguintes agrupamentos de larguras:- larguras inferiores a 10 cm- larguras superiores ou iguais a 10 cm e inferiores a 20 cm- larguras superiores ou iguais a 20 cm

e) Os revestimentos das cornijas serão medidos em rubricas próprias. A medição será realizada em m oum2 consoante for mais indicado

f) Os revestimentos dos pilares isolados, colunas, embasamentos, socos ou outras partes isoladas da obra,serão medidos em m2, em rubricas próprias

g) Os frisos, as alhetas, as molduras e outros elementos de guarnecimento serão medidos em m ou m2 orespectivo comprimento será determinado sobre a superfície de base destes elementos

h) Os rodapés, as sancas e outros elementos de transição entre paredes e pavimentos ou tectos, serão

considerados respectivamente nas rubricas de revestimentos de pavimentos ou escadas e de tectos.i) As áreas sob os rodapés serão consideradas sempre que a altura destes elementos não exceder 0,10 m.

Para alturas superiores, as áreas sob os rodapés só serão medidas quando estes forem assentes sobreos revestimentos dos paramentos.

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15.3 Revestimentos de pavimentos exteriores e interiores

a) A medição será realizada em m2

 b) As medições serão efectuadas separadamente, de acordo com as características das superfícies:

- horizontais e inclinadas;- curvas;- de outras formas.

c) A medição será determinada a partir das cotas de limpos das superfícies vistas incluindo as áreas cor-respondentes aos enxalsos e aos vãos das paredes. Regra geral, devem considerar-se as áreas sob osrodapés.

d) Quando os revestimentos dos pavimentos não forem horizontais ou planos, as medições serão realiza-das de acordo com as dimensões efectivas

e) As áreas correspondentes a pilares, colunas, chaminés e outros elementos ou as relativas a aberturas(para a passagem de condutas, canalizações, etc.) só serão deduzidas quando a cada elemento ouabertura corresponder uma superfície de pavimento superior a 0.25 m2 

f) Os rodapés serão discriminados em rubricas próprias com a indicação da sua secção. A medição serárealizada em m. O comprimento será medido sobre o paramento em que o rodapé estiver colocado

15.4 Revestimentos de escadas

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a) A medição será efectuada separadamente, para os patins, degraus, guarda chapins, rodapés e outroselementos.

b) A medição dos patins será realizada em m2 

c) O revestimento das superfícies inferiores dos lanços e patins será incluído em rubrica própria de acordocom as regras estabelecidas para os tectos.

d) Os topos vistos dos lanços e patins nas escadas com bomba ou de leque serão medidos em rubricas

próprias. Quando de madeira, ou de pedra, serão incluídos nos capítulos respectivos.e) A medição do revestimento dos degraus será efectuada separadamente para espelhos e pisos, de acor-

do com as unidades seguintes:

- para revestimentos contínuos, m2 - para revestimentos com peças lineares, em m.

f) Os focinhos dos degraus, quando executados de material diferente, serão medidos em m, em rubricaspróprias. Se forem metálicos ou de pedra, serão incluídos nos respectivos capítulos. As faixas anti-derrapantes, incluídas por vezes no revestimento dos pisos dos degraus, serão medidas em rubricaspróprias, em m, com indicação das suas dimensões (largura e espessura)

g) As regras de medição e as unidades respectivas das medições de guarda-chapins (ou rodapés recorta-dos), rodapés e outros elementos, serão os já indicados neste capítulo para elementos semelhantes. No

entanto, os rodapés dos lanços de escada serão medidos separadamente dos relativos aos patins.

15.5 Revestimentos de tectos exteriores e interiores

a) A medição será realizada em m2 

b) As medições serão efectuadas separadamente, de acordo com o tipo de laje, (por exemplo, maciças oualigeiradas) e também comas características das suas superfícies, nomeadamente:

- horizontais ou inclinadas;- curvas;- de outras formas.

c) As medições serão determinadas a partir das cotas de limpo das superfícies. Os revestimentos das

superfícies das vigas serão incluídos nos revestimentos de paredes ou dos tectos, conforme se situemno prolongamento das paredes ou nos tectos.

d) Quando os revestimentos de tectos não forem horizontais ou planos, as medições serão realizadas deacordo com as dimensões efectivas

e) As áreas correspondentes a pilares, colunas, chaminés e outros elementos e os relativos a aberturas(para passagens de condutas, canalizações e armaduras de instalações de iluminação, etc.) só serãodeduzidas quando a cada elemento ou abertura corresponder uma superfície superior a 0.25 m2 

f) As sancas, molduras e outros elementos de guarnecimento serão discriminados em rubricas própriascom indicação da sua secção. A medição será realizada em m; o comprimento será determinado sobre oparamento em que estes elementos forem executados ou colocados.

g) Os elementos de suporte dos revestimentos de tectos falsos serão, em geral, discriminados em rubricas

próprias, com indicação da sua constituição e respectivos elementos. A medição será realizada em m2 h) A medição dos tectos falsos por componentes será também realizada em m2 e separada em rubricas

próprias, de acordo com a constituição e as dimensões dos componentes.

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16. REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS

16.1 Regras gerais

a) As medições dos revestimentos serão agrupadas em sub-capítulos conforme se trate de revestimentocom telhas, soletos (placa de ardósia), chapas metálicas, chapas de fibrocimento, etc.

b) As medições serão efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricas próprias tendo em aten-ção a forma e modo de colocação do material utilizado no revestimento, nomeadamente

- natureza dos materiais constituintes;- dimensões das peças de revestimento- métodos de assentamento- condições de execução

c) As medições serão obtidas a partir do projecto, ou directamente na obra, de modo a traduzirem a verda-deira grandeza das dimensões dos elementos

d) As dimensões englobam o fornecimento dos materiais e acessórios e todas as operações necessárias àexecução dos revestimentos

e) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior poderão ser separadas em alíneaspróprias.

f) Os elementos especiais de cobertura, como telhas-passadeiras, ventiladoras, etc., poderão, se necessá-rio, serem medidos em separado

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16.2 Revestimentos de coberturas

a) As medições das águas ou tacaniças de uma cobertura de telhado serão realizadas em m2 de modo atraduzirem o desenvolvimento total da superfície a revestir.

b) As áreas correspondentes à intersecção de outros elementos (chaminés, ventilações, etc.), só serãodeduzidas quando superiores a 1,00 m2 

c) Os beirados, quando constituam um trabalho distinto do restante revestimento da cobertura, serãomedidos em rubrica própria, com indicação da natureza do material de que são executados. A mediçãoserá realizada em m. Os cantos ou tornejos, sempre que executados com peças especiais, serão medi-dos em rubrica própria, e a medição feita à unidade (un).

d) As cumieiras, rincões e Iarós serão discriminadas em rubricas próprias, com indicação da natureza domaterial de que são executadas. As medições serão realizadas em m.

e) Na medição do revestimento da cobertura das trapeiras, serão tidas em consideração as regras formu-ladas anteriormente.

f) As medições do revestimento de superfícies verticais com material idêntico ao das coberturas, será feitode acordo com as regras anteriores.

g) As telhas de vidro e elementos de ventilação não constituídos por caixilhos serão medidos à unidade(un).

h) Os acrotérios, coroamentos das paredes, as balaustradas, as grades de resguardo, escadas e patinspara limpeza de chaminés e outros elementos afins, serão medidos nos respectivos capítulos de acordocom o material de que são executados.

i) As chaminés, ventiladores e respiros, quando constituindo parte de instalações ou trabalhos medidos em

capítulos próprios (chaminés de alvenaria, ventilações de esgoto, etc.) não serão incluídos neste capítulo

16.3 Drenagem de águas pluviais

a) As caleiras de algeroz ou de Iarós serão medidas em rubricas próprias, tendo em consideração não só omaterial de que são constituídos e modo de execução e apoio, como o desenvolvimento das suas sec-ções transversais. A medição será realizada em m.

b) Os tubos de queda de águas pluviais, zinco, chapa zincada, fibrocimento ou material plástico, serão

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medidos em rubricas próprias, tendo em consideração a natureza do material constituinte e as condiçõesde execução A sua medição será realizada em m. Os funis, bacias, ralos ou outros acessórios quandoexistirem, serão medidos à unidade (un).

c) Os remates com paramentos verticais (abas, rufos e canais) serão medidos em rubricas próprias, comindicação do material de que são executados. A medição será realizada em m.

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17. VIDROS E ESPELHOS

17.1 Regras gerais

a) As medições serão realizadas de modo a serem individualizadas e descritas em rubricas próprias, deacordo com as seguintes características:

- Tipo, qualidade e padrão do vidro, de acordo com a classificação comercial corrente, nomeadamente: vidro liso (corrente, escolhi-

do e para espalhar), polido ou despolido e impresso, e vidros especiais tais como o vidro armado, temperado, térmico, etc.;- Espessura nominal do vidro em mm;- Classe da dimensão superficial de cada chapa- Natureza do enquadramento ou suporte onde o vidro será montado, nomeadamente caixilhos de madeira, de alumínio, de cimen-

to, etc.;- Sistema de montagem, principalmente o tipo de fixação e de vedante;- Em casos especiais, os tipos de acabamento ou decoração, tais como: gravura, acabamento de arestas e cantos, abertura de

furos, filetes, rincões, etc.

b) Os materiais semelhantes ao vidro e com as mesmas funções serão medidos pelas mesmas regras.

c) As medições deverão indicar as referências de identificação dos suportes de vidro, ou locais de aplica-ção mencionados no projecto, de forma a permitir a sua verificação.

d) A medição compreenderá o fornecimento, corte e colocação, incluindo os materiais de fixação e de

vedaçãoe) Na medição de espelhos, além das características enunciadas na alínea a), devem ser consideradas

também as seguintes:

- qualidade de espelhagem;- tipo de cobertura do tardoz;- tipo de acabamento de arestas, de decoração, número de furos, etc.;- tipo de fixação e acessórios.

f) As medidas para o cálculo da medição de chapas de vidro ou de espelho serão sempre obtidas domenor rectângulo circunscrito, com arredondamento ao cm nas medidas lineares.

17.2 Chapa de vidro em caixilhos

a) A medição será feita em m2 segundo as dimensões aparentes do vidro (“vão-luz”) colocado nos caixi-lhos.

17.3 Divisórias de vidro perfilado

a) A medição será feita em m2 

b) As medidas para a determinação das medições são as das dimensões do vão.

17.4 Portas e janelas de vidro

a) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto dos elementos principais e aces-

sórios, com indicação das seguintes características:- constituição;- tipo de movimento ou modo de abrir;- dimensões;- tipo de ferragens.

b) Os guarnecimentos de vãos e os aros serão medidos nos capítulos relativos à natureza dos respectivostrabalhos.

c) As medidas para a caracterização das medições serão as das folhas.

17.5 Persianas com lâmina de vidro

a) A medição será realizada segundo as regras relativas a portas e janelas de vidro, com indicação donúmero e dimensões das lâminas de cada elemento.

17.6 Espelhos

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a) Regra geral, a medição de espelhos será realizada à unidade (un), incluindo ferragens, com indicaçãodas respectivas dimensões.

b) Os espelhos integrados em caixilhos serão medidos pelas regras indicadas em chapa de vidro em caixi-lhos.

c) Os espelhos com função de revestimentos (por exemplo em casas de banho, integrados em mobiliário,etc) serão medidos em m2 

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18. PINTURAS

18.1 Regras gerais

a) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizadas e descritas em rubricas próprias, deacordo com as seguintes características:

- natureza do trabalho, nomeadamente: pintura e tinta de esmalte, a tinta de água, caiação, velatura, enceramento, envernizamen-

to, metalização a frio, e outros trabalhos semelhantes;- natureza e qualidade dos materiais- natureza e acabamento da superfície a pintar- trabalhos preparatórios da superfície a pintar (limpeza, decapagem, lixagem, selagem, isolamento de nós, remoção de pintura,

etc.);- trabalhos preparatórios da pintura, nomeadamente: número de demãos de primários e barramentos;- trabalhos e número de demãos de acabamento;- condições de execução.

b) As medições serão em regra ordenadas em grupos correspondentes à natureza dos trabalhos relativosà execução dos elementos a pintar. Dentro de cada grupo, a ordenação será idêntica à adaptada nocapítulo relativo a esses trabalhos

c) A medição englobará todas as operações relativas à execução dos trabalhos de pintura, nomeadamenteos de fornecimento e preparação de materiais, os trabalhos de preparação das superfícies e preparató-

rios de pintura e a pintura propriamente dita, com seu acabamento.d) Regra geral, as pinturas, principalmente as de grandes superfícies, serão medidas em m2 com as

excepções indicadas nas alíneas das rubricas seguintes.

e) As medidas para a determinação das medições serão, em geral, as estabelecidas no capítulo relativo aRevestimentos. No caso de superfícies irregulares ou superfícies onduladas, a medição será determina-da a partir da área de projecção da superfície a pintar sobre a superfície de base e separada em rubricaspróprias, O acréscimo não considerado será incluído no respectivo preço unitário.

f) As medições de pintura de perfis cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serão feitas em m e agrupa-das em rubricas correspondentes a 3 classes de dimensões do perímetro pintado

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em m2. A área de pintura será obtidapelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.

h) A medição da pintura de tubos e condutas será realizada de acordo com as regras indicadas nas alíneasf) e g) anteriores, O perímetro pintado será determinado a partir do diâmetro exterior.

i) A pintura de pequenas peças isoladas será medida à unidade (un)

 j) Os trabalhos especiais de pintura, como por exemplo os de decoração, não são objecto destas regras. Omedidor deverá indicar no enunciado da medição destes trabalhos as regras que adoptar.

l) Quando os elementos de construção são fornecidos para a obra já pintados, a medição da pintura pode-rá ser incluída nos trabalhos de execução daqueles elementos, conforme foi referido nas alíneas f) doscapítulos Carpintarias e Serralharias.

18.2 Pintura de estruturas metálicas

a) Regra geral, a medição será realizada de acordo com as regras gerais indicadas neste capítulo.

b) Quando for conveniente a medição poderá ser realizada em kg, segundo o peso dos elementos consti-tuintes da estrutura metálica

c) Os elementos indicados na alínea anterior deverão ser separados em rubricas próprias, de acordo coma dificuldade de execução da pintura segundo as classes de perfis indicadas na alínea f) das RegrasGerais do capítulo Estruturas Metálicas.

18.3 Pintura de portas e portões

a) A medição da pintura das folhas será realizada em m2 em ambas as faces.

b) A medição da pintura dos guarnecimentos e dos aros será realizada de acordo com as regras das alí-neas f) e g das Regras Gerais deste capítulo.

c) A pintura de portas e portões que implique dificuldades especiais de execução poderá ser medida sepa-radamente em rubricas próprias.

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d) A pintura de portões metálicos com grande número de motivos ornamentais poderá ser medida à unida-de (un).

18.4 Pintura de janelas e envidraçados

a) Os caixilhos, para efeito de medição da respectiva pintura, serão agrupados, de acordo com a área vistade cada peça de vidro em classes Quando o mesmo caixilho tiver peças de vidro correspondentes a

mais de uma classe, deverá ser classificado na classe correspondente à da área média dos vidros.b) A pintura dos elementos componentes dos caixilhos pertencentes à classe D será medida segundo as

regras das alíneas 17 e g) das Regras Gerais deste capítulo.

c) A medição da pintura dos caixilhos pertencentes classes A, B e C será realizada em m2 em ambas asfaces, separando em rubricas próprias os trabalhos relativos a caixilhos correspondentes a diferentesclasses.

d) Regra geral, a medição da pintura de aros e guarnecimentos será feita separadamente, em rubricaspróprias, pelas regras enunciadas nas alíneas f) e g) das Regras Gerais. No entanto, no caso de caixi-lhos fixos, a medição da pintura destes elementos poderá ser incluída na dos caixilhos, caso estes traba-lhos se realizem em conjunto

e) As medidas para a determinação das medições serão as utilizadas na medição dos próprios elementos

excepto no que respeita dos perímetros pintados dos aros, guarnecimentos e caixilhos da classe D queserão obtidas de acordo com o indicado nas alíneas f) e g) das regras gerais deste capítulo.

18.5 Outros elementos em vãos

a) A medição da pintura de outros elementos em vãos - nomeadamente estores, persianas, grades devãos, portas de lagarto, redes e grelhas - será realizada em m2 nas duas faces, em rubrica própria, paracada tipo de elemento com as mesmas características.

b) As grelhagens de betão serão medidas segundo as regras da alínea anterior.

c) As caixas de estore serão medidas segundo as regras indicadas nas alíneas f) e g) das Regras Geraisdeste capítulo.

d) As medidas para a determinação de medições serão as do enquadramento do vão onde os elementosse inserem.

18.6 Pintura de grades, guardas, balaustradas e corrimãos

a) A pintura de grades e guardas constituídas por perfis, serão medidas em m numa face, em rubrica pró-pria, para cada tipo de elemento com as mesmas características.

b) A medição da pintura dos corrimãos isolados ou dos que recebam uma pintura diferente da respectivaguarda será realizada segundo as regras indicadas na alínea alíneas f) e g) Regras gerais deste capítu-lo.

c) No caso de elementos especiais, como por exemplo balaustres e acrotérios, a medição deverá ser feita

à unidade (un).

18.7 Pintura de equipamento fixo e móvel

a) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un).

b) A medição da pintura de elementos de equipamento com grandes superfícies lisas (nomeadamentearmários fixos) poderá ser realizada m2. Deverão ser explicitadas as faces e vistas a pintar. A área demedição deverá corresponder à área explicitada.

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19. ACABAMENTOS

19.1 Regras gerais

Nesta designação, incluem-se todos os trabalhos que não se encontram incluídos nos Capítulos anteriorese/ou seguintes e que são constituídos por trabalhos finais de uma obra.

19.2 Afagamento e acabamento de pavimentos de madeira e cortiça

a) A medição será realizada em m2 e indicará a espécie da madeira e a forma em que se apresenta(réguas, tacos, parquetes-mosaico, etc.).

b) Deverá indicar-se, além das demãos de cera ou verniz, os trabalhos preparatórios a realizar e o aspectofinal pretendido

c) O tipo e especificação técnica dos materiais de acabamento e preparação deverão ser claramente indi-cados.

19.3 Acabamento de pavimentos de ladrilhos cerâmicos, de mármore e pastas compósitas

a) A medição será realizada em m2 e deverá indicar o tipo de tratamento previsto, os materiais a aplicar e oaspecto final desejado

19.4 Acabamento de pavimentos com alcatifas, tapetes ou passadeiras

a) A medição das alcatifas será realizada ao m2 com indicação do número de vãos de porta e/ou janela. Ostapetes e passadeiras serão medidos à unidade (un), com indicação das suas dimensões.

b) A qualidade, a cor e a estrutura da alcatifa, tapete ou passadeira, bem como a fixação e remates previs-tos, deverão ser claramente especificados na medição

19.5 Acabamento de paredes com papel colado ou panos decorativos

a) A medição será realizada ao m2 com a indicação da quantidade e dimensão de vãos a contornar

b) A qualidade e características do material, como da base intermediária (se for caso disso), e os rematesprevistos, deverão ser bem definidos na medição.

19.6 Outros acabamentos

a) O critério de medição será sempre encontrado a partir das condições habituais de aplicação dos mate-riais, tendo-se em atenção as suas dimensões de fabrico e consequentes desperdícios não recuperáveisna obra, como no caso das alcatifas.

b) Quando sejam fornecidos em pasta, produto pastoso ou líquido, a medição dos trabalhos processa-se

como se recomendou para as pinturas (m

2

) e de acordo com as regras ali expressas que melhor seadaptem ao tipo de acabamento em análise.

c) Sempre que o acabamento previsto exija preparação prévia das superfícies, ou a aplicação de materialintermediário, as operações correspondentes serão descriminadas e objecto de medição em separado.

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20. INSTALAÇÕES DE CANALIZAÇÃO

20.1 Regras gerais

a) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizadas nos sub-capítulos que constituem opresente capítulo

b) As medições dos trabalhos que normalmente não são executados por empresas especializadas emcanalizações serão consideradas separadamente em grupos próprios ou nos capítulos referentes aesses trabalhos.

c) Regra geral, a medição englobará as operações de fabrico, fornecimento, execução, assentamento oumontagem.

d) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior poderão ser medidas separadamen-te em rubricas próprias.

e) As medições serão individualizadas, em rubricas próprias de acordo com as características das canali-zações, principalmente as seguintes:

- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessórios;- características dos tubos e acessórios nomeadamente: diâmetro nominal (DN), classe ou série e outras características (como por

exemplo tubos soldados ou sem costura, etc.):

- tipo de ligação dos tubos;- tipo de protecção, de isolamento e de acabamento das canalizações;- condições de execução

f) Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os acessórios dos tubos. Asmedidas serão determinadas entre eixos dos equipamentos a ligar.

g) Regra geral, o equipamento será medido à unidade (un), segundo as características próprias de cadacomponente, (torneira, esquentador) ou elemento de construção (fossa séptica, câmara de visita).

h) A medição dos roços será realizada em m, segundo as medidas indicadas para as respectivas canaliza-ções. As furações no tosco para atravessamentos de canalizações ou fixações de cada elemento deequipamento serão medidas à unidade (un), incluindo os acompanhamentos com argamassa ou achumbagem. A execução de reservas em elementos de betão, antes da realização das betonagens, nãoserão medidas separadamente, devendo considerar-se incluídas nos preços de execução daqueles ele-mentos.

20.2 Esgoto doméstico ou de águas residuais

a) Neste sub-capítulo serão também consideradas as redes de ventilação dos esgotos.

b) A medição da canalização será realizada segundo as regras indicadas nas alíneas e) e f) das RegrasGerais. No entanto, os troços de rede relativos à interposição de câmaras e de fossas sépticas na rede,não serão considerados.

c) Regra geral, o equipamento será medido segundo as regras indicadas na alínea g) de Regras Gerais

d) As câmaras de visita, de inspecção, de retenção, sifónicas etc., serão medidas à unidade (un) de acordo

com o seu tipo e características, especialmente a secção horizontal.e) Regra geral, as fossas sépticas, especialmente as prefabricadas, serão medidas à unidade ( un). No

entanto, sempre que conveniente, as medições dos trabalhos necessários à sua execução poderão serfeitas separadamente nos capítulos relativos à respectiva especialidade, pelas regras neles indicadas.

f) As valas drenantes ou trincheiras filtrantes serão medidas em m. A medição dos poços filtrantes serárealizada segundo as regras indicadas para as fossas sépticas.

g) Todos os movimentos de terras necessários à execução de canalizações, câmaras e fossas e outroselementos enterrados, serão considerados no capítulo Movimento de terras.

20.3 Esgoto de águas pluviais

a) As drenagens de águas pluviais, executadas com os métodos e materiais tradicionais serão considera-das no capítulo Revestimentos de Coberturas. Neste capítulo, são incluídas apenas as instalaçõesgeralmente executadas pelos empreiteiros de canalizações com materiais e segundo métodos seme-lhantes restantes instalações de esgoto.

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b) As regras de medição das canalizações, do equipamento e acessórios serão idênticas indicadas para asInstalações de Esgoto Doméstico ou de Águas Residuais.

c) Os acessórios especiais, como os ralos, os funis, as abas e outros elementos especiais destas redes,serão medidos à unidade (un), com indicação das respectivas características.

20.4 Distribuição de água

a) A medição da tubagem será efectuada segundo as regras Indicadas nas allneas e) e f) das RegrasGerais.

b) O equipamento será medido segundo as regras indicadas na afinas g) de Regras

20.5 Aparelhos Sanitários

a) Sempre que conveniente, o fornecimento e o assentamento dos aparelhos sanitários serão medidosseparadamente em rubricas próprias

b) A medição de cada elemento será realizada à unidade (un), incluindo os materiais e acessórios neces-sários ao assentamento e funcionamento dos aparelhos

c) No enunciado da medição deverão indicar-se os tipos e características dos aparelhos e seus acessóriose, se necessário, as respectivas dimensões

20.6 Distribuição de gás

a) A medição da tubagem será efectuada segundo as regras indicadas nas alíneas e) e f) das RegrasGerais.

b) O equipamento será medido segundo as regras indicadas na alínea g) de Regras Gerais

20.7 Evacuação de lixo

a) As medições serão realizadas de modo a que sejam individualizadas em rubricas próprias os seguinteselementos:

- tubo de queda;- bocas de descarga de lixo;- sistema de ventilação;- sistema de limpeza;- sistema de recepção de lixos (incluindo incineração, se existente).

b) A medição do tubo de queda será realizada em m, incluindo todos os acessórios. As medidas serãodeterminadas entre as extremidades superior e inferior do tubo de queda

c) As bocas de descarga do lixo serão medidas à unidade (un), incluindo a respectiva portinhola. Deverãoindicar-se as características da boca de descarga (se de forquilha simples ou dupla, ou outras) e da por-tinhola

d) O sistema de ventilação será medido à unidade, incluindo toda a aparelhagem e acessórios. Deverãoindicar-se as características da ventilação, nomeadamente se estática ou dinâmica e neste caso quais oscaudais a debitar. No entanto, a conduta de ventilação poderá ser medida separadamente em m, incluin-do todos os acessórios e ligações.

e) O sistema de limpeza será medido à unidade (un), com inclusão de todos os elementos principais(espalhador de água, escovilhão, roldanas, etc.) e acessórios. A alimentação de água a este sistemaserá incluída na medição relativa a Distribuição de Água.

f) O sistema de recepção de lixos será também medido à unidade ( un), incluindo-se nesta rubrica todos oselementos principais (fecho ou tremonha do tubo de queda, sistema de incineração, baldes ou carrinhos,etc.) e acessórios e indicando-se as respectivas características

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21. INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

21.1 Regras gerais

a) As medições das instalações eléctricas serão individualizadas nos sub-capítulos seguintes:

- Alimentação geral;- Colunas montantes e derivações;

- Instalações de iluminação, tomadas e força-motriz;- Instalações eléctricas especiais.

b) As medições dos trabalhos que normalmente são da atribuição do empreiteiro geral ou de toscos, serãoconsiderados separadamente em grupo próprio ou nos capítulos referentes a esses trabalhos

c) De acordo com as indicações de execução das instalações, as medições serão individualizadas nasseguintes rubricas:

- instalações enterradas- instalações embebidas em roço;- instalações embebidas no betão- instalações à vista;- instalações aéreas (suspensas em catenária)

d) Regra geral, a medição englobará as operações de fornecimento, execução, assentamento ou monta-gem.

e) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior poderão ser medidas separadamen-te em rubricas próprias.

f) As medições dos cabos e dos condutores serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com assuas características, nomeadamente:

- tipo de cabo ou de condutor segundo as normas em vigor- secção e número de condutores (no caso dos cabos);- tensão de serviço;

g) As medições dos tubos de protecção serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com assuas características, nomeadamente:

- tipo e natureza do material constituinte- diâmetro normalizado.

h) As medições das caixas serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as suas caracterís-ticas, nomeadamente:

- tipo de caixa (caixa de derivação, caixa de passagem ou funda, caixa de aparelhagem e caixa terminal);- natureza do material constituinte;- dimensões.

i) A medição dos roços será realizada em m, sendo as medidas a considerar as dos tubos a que se desti-nam. As furações para travessias não serão medidas separadamente, devendo considerar-se incluídasno preço unitário de outros trabalhos.

21.2 Alimentação gerala) Os trabalhos relativos a este sub-capítulo só serão incluídos nas medições quando o caderno de encar-

gos assim o especificar, pois, regra geral, a sua execução é da atribuição das empresas fornecedoras deenergia eléctrica.

b) A medição da alimentação geral, em regra, será subdividida nas rubricas seguintes:

- cabo de alimentação;- portinhola;- posto de transformação e quadro geral de baixa tensão.

c) A medição do cabo de alimentação será realizada em m, sendo as medidas determinadas entre eixos deequipamentos a ligar. No enunciado das medições, serão descritas as características referidas na alíneaf) das Regras gerais deste capítulo

d) Nos casos em que a tensão de serviço for superior a 1 kV, deverá especificar-se o tipo de ligação doneutro da rede de distribuição que vai alimentar esse cabo (neutro à terra ou neutro isolado).

e) A medição da portinhola será realizada à unidade (un), especificando-se as características dos elemen-tos constituintes (caixa, corta-circuitos, fusíveis, bornes, terminais, etc.).

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f) A medição do posto de transformação e quadro geral de baixa tensão engloba os seguintes elementos:

- chegada;- saída;- corte geral;- contagem;- corte e protecção;- transformador de potência;- quadro geral de baixa tensão;- terras;

- estrutura para o equipamento.

g) A medição será realizada à unidade (un), para cada um dos elementos indicados na alínea anterior, oupara o conjunto destes elementos, consoante o critério do medidor.

h) A medição terá em consideração os elementos que são fornecidos pela empresa fornecedora de energiaeléctrica

i) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderão ser medidas separadamen-te em rubricas próprias.

21.3 Colunas, montantes e derivações

a) A medição das colunas montantes e derivações, em regra, será subdividida nas rubricas seguintes:- tubos de protecção;- caixas de coluna;- cabos e condutores.

b) Os tubos de protecção serão medidos em m, incluindo todos os acessórios necessários à montagemdos tubos. Em geral, as medidas para a determinação das medições, serão as consideradas para osrespectivos condutores. No enunciado das medições, serão descritas as características referidas na alí-nea g) de Regras gerais deste capítulo

c) A medição da caixa de coluna será realizada à unidade (un), especificando-se as características doselementos constituintes (caixa, placa de bornes, corta-circuitos, fusíveis e parafusos de selagem).

d) A medição dos cabos e condutores será realizada em m, incluindo todos os acessórios necessários àmontagem As medidas serão determinadas entre eixos de equipamentos a ligar

e) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderão ser medidas separadamen-te em rubricas próprias.

21.4 Instalações de iluminação, tomadas e força-motriz

a) A medição deste sub-capítulo, em regra, será decomposta nas rubricas seguintes:

- quadro de distribuição;- tubos de protecção;- caixas;- cabos e condutores;- aparelhagem de manobra, ligação e protecção;- armaduras.

b) A medição do quadro de distribuição será realizada à unidade (un) especificando-se as característicasdos elementos constituintes (caixa, interruptores, disjuntores, corta-circuitos, fusíveis, bornes, etc.). Amedição incluirá os acessórios necessários à montagem do quadro de distribuição.

c) Para a medição dos tubos de protecção, ver alínea c) de Colunas montantes e derivações.

d) As caixas, incluindo os respectivos acessórios serão medidas à unidade (un) As características dascaixas a indicar no enunciado das medições são as referidas na alínea h) das Regras gerais.

e) Para as medições dos cabos e condutores, ver alínea e) de Colunas montantes e derivações.

f) A aparelhagem de manobra ligação e protecção será medida à unidade (un) incluindo todos os acessó-rios necessários à montagem. No enunciado das medições devem indicar-se os tipos, características defabrico, dimensões, tensão de serviço e intensidade nominal, ou a designação comercial de cada apare-

lho.g) A medição das armaduras será realizada à unidade (un), incluindo os acessórios necessários à respec-

tiva montagem. No enunciado das medições indicam-se os tipos (incandescente e fluorescente), caracte-rísticas de fabrico, número e potência das lâmpadas ou a designação comercial de cada armadura.

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h) As lâmpadas das armaduras serão medidas em rubrica individualizada, de acordo com as suas caracte-rísticas, isto é, o tipo, a potência e a tensão de serviço.

i) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderão ser medidas separadamen-te em rubricas próprias.

21.5 Instalações eléctricas especiais

a) As medições deste sub-capítulo, em regra, serão decompostas nas instalações seguintes:

- sinalização;- telefone de porta e porteira;- campainhas e trinco eléctrico;- automático de escada;- telefones;- antena colectiva de TV e TSF;- pára-raios.

b) A medição das instalações indicadas na alínea anterior será efectuada segundo as regras estabelecidasno sub-capítulo anterior (Instalações de iluminação, tomadas e força-motriz).

c) A medição da instalação de sinalização será decomposta nas rubricas seguintes:

- tubos de protecção;

- caixas;- cabos e condutores;- aparelhagem de manobra;- quadro de alvos.

d) A medição da instalação de telefone de porta e porteira será decomposta nas rubricas seguintes:

- tubo de protecção- caixas;- cabos e condutores;- telefones de porta;- altifalante de porta;- central.

e) A medição da instalação de campainhas e trinco eléctrico será decomposta nas rubricas seguintes:

- tubos de protecção;- caixas;- cabos e condutores;- aparelhagem de manobra e ligação;- campainhas;- trinco eléctrico.

f) A medição da instalação do automático de escada será decomposta nas rubricas seguintes:

- tubos de protecção;- caixas;- cabos e condutores;- aparelhagem de manobra e ligação;- armaduras;- automático de escada.

g) A medição da instalação de telefones da PT será decomposta nas rubricas seguintes:

- tubos de protecção;- cabos ou condutores;- caixas;- aparelhagem de ligação.

h) A medição da instalação da antena colectiva de TV e TSF será decomposta nas rubricas seguintes:

- tubos de protecção;- caixas;- cabos;- aparelhagem de ligação;- antenas.

i) A medição da instalação do pára-raios será decomposta nas rubricas seguintes:

- pára-raios;- fita condutora;- caixa de medição de terra;- eléctrodo de terra.

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22. ASCENSORES E MONTA-CARGAS

22.1 Regras gerais

a) O ascensor com todas as suas partes e peças mede-se como uma unidade (un), referindo e transferindopara o projecto e caderno de encargos a sua especificação.

b) As medições deste sub-capítulo, em regra, serão decompostas em função do tipo de ascensor, nomea-damente:

- caixa fechada;

- caixa aberta.

c) Se de caixa fechada para além da caixa constituída por paredes, vãos de portas, casa de máquinas,etc., que são medidas nos capítulos correspondentes, terão que ser medidos apenas os trabalhos deacompanhamento da montagem e da fixação de guias, aparelhagem de controle e segurança e máqui-nas.

d) Se de caixa aberta as operações a medir são as devidas à fixação da estrutura na base, aos aparelhosa instalar na cuba e ligações aos patamares dos pisos, como da escada de acesso à cabina das máqui-nas.

e) A medição será efectuada tendo em consideração o projecto do ascensor e, os trabalhos a realizarresultarão da comparação da situação final com a que foi concretizada nas medições dos trabalhos deconstrução civil, nomeadamente:

- Assistência à montagem

- Trabalhos de remate interior e exterior das portas

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23. ELEMENTOS DE EQUIPAMENTO FIXO E MÓVEL DE MERCADO

23.1 Regras gerais

a) As medições relativas aos elementos de equipamento do mercado serão individualizadas nos seguintessub-capítulos:

- equipamento fixo

- equipamento móvel

b) A medição será sempre realizada à unidade (un), isto é, por cada elemento completo e caracterizadopela função, designação corrente do mercado, tipo ou dimensão, capacidade e qualidade, e deverá ain-da indicar o artigo ou especificação técnica do projecto onde a sua definição, caracterização e condiçõesde fornecimento são feitas até ao completo esclarecimento.

c) A medição indicará ainda, para o equipamento fixo, a inclusão ou exclusão de tarefas de montagem e/oufixação medindo-as de acordo com o que de aplicável se encontra nas regras das especialidades envol-vidas.

d) Na medição destas tarefas, deverá indicar-se, para além do que as regras recomendam, que estas sedestinam à montagem e/ou fixação do elemento de equipamento referido no Artigo (indicar o artigo damedição).

e) Quando nestas tarefas de montagem e/ou fixação se utilizam acessórios que acompanham o elemento,como parafusos, garras, buchas, ou outras peças especiais, isso deve ser referido na medição.

e) Quer para elementos fixos, quer para elementos móveis (especialmente móveis de madeira), deveráainda indicar-se quando o acabamento final é feito no local de utilização e se está ou não incluído nascondições de fornecimento, medindo-se as operações não incluídas de acordo com a sua especificidadee segundo as regras recomendadas aplicáveis, conforme se indicou em c).

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24. INSTALAÇÕES DE AQUECIMENTO POR ÁGUA OU VAPOR

24.1 Regras gerais

a) As medições relativas a instalações de aquecimento por água ou vapor serão individualizadas nos sub-capítulos seguintes:

- geradores caloríficos

- condutos e tubagem

- dispositivos difusores, aceleradores e de controlo

b) As tarefas excluídas, de montagem e/ou preparação, como de incorporação de peças de fixação ouacessórios, serão medidas de acordo com o que nas regras correspondentes à especialidade interve-niente se indica e com referência clara ao fim a que se destina.

c) Quando nestas tarefas de montagem e/ou preparação se utilizam peças ou acessórios que se encon-trem incluídas nos fornecimentos a fazer com os dispositivos de utilização ou produção de energia, issodeverá ser referido na medição.

d) Para além das tarefas auxiliares ou complementares da montagem, do isolamento ou simples fixação dedispositivos, é hábito executarem-se ainda outras de acabamento, como pinturas ou revestimentos espe-

ciais. Estas, ainda que executadas na fase da obra correspondente, deverão ser destacadas em artigostambém especiais, com os materiais e processos de aplicação bem especificados.

24.2 Geradores caloríficos

Os geradores caloríficos, quando destinados a grandes redes de distribuição, são normalmente caldeirasde grande dimensão e que exigem grande diversidade de trabalhos a serem executados em diversas fasesda construção, nomeadamente de movimento de terras, especialmente quando os depósitos de combustí-veis ficam enterrados, e/ou quando a alimentação destes se faz por meio de tubos subterrâneos para liga-ção aos veículos de abastecimento.

As medições de todos estes trabalhos deverão ser consideradas nos capítulos de cada uma das especiali-dades, de acordo com as regras aplicáveis, embora se devam indicar sempre o fim a que se destinam.

Deste modo, os grupos de actividade poderão ser correctamente dimensionados e os dispositivos a incor-porar (ainda que fornecidos por sub empreiteiro independente) serão considerados na programação defornecimentos permitindo a determinação do custo total da instalação.

Para este efeito, será de exigir que o projecto da instalação se encontre devidamente pormenorizado

24.3 Condutos e tubagem

a) Quando na rede de distribuição se utilize mais do que um tipo ou classe de tubos, como é o caso dasserpentinas incorporadas no betão, deverá fazer-se a medição destes em separado

b) Nos tubos embebidos ou não, os sistemas de isolamento térmico de deverão ficar bem especificados namedição, bem como os materiais, espessuras e acessórios que se prevêem utilizar.

h) Quando além dos tubos incorporados se prevê a aplicação de uma malha de aço auxiliar da distribuiçãodo calor (rede electrosoldada), esta deve ser incluída como componente da instalação e as tarefas deaplicação e acompanhamento deverão ser incluídas no conjunto referido na alínea d) das regras geraisdeste capítulo.

24.4 Dispositivos difusores, aceleradores e de controle

a) Os dispositivos geradores, difusores, aceleradores e de controle serão sempre medidos à unidade (un),isto é, por cada elemento caracterizado pela função, designação corrente do mercado, tipo e/ou dimen-são, potência e capacidade, qualidade e aspecto das suas partes aparentes.

b) A medição indicará ainda para estes dispositivos a inclusão ou exclusão e tarefas de montagem e/oufixação, a dimensão de caixas para os embeber total ou parcialmente e as peças de fixação ou acessó-rios a incorporar nas paredes, para qualquer destes efeitos.

c) Se os dispositivos são fornecidos por acabar, com pintura a executar na obra, a medição da pintura seráfeita por m de acordo com as regras aconselhadas para as pinturas, mas como sempre, indicando-sesobre o que, e como, a pintura será executada.

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25. INSTALAÇÕES DE AR CONDICIONADO

25.1 Regras gerais

a) As medições relativas a instalações de ar condicionado serão individualizadas nos sub capítulos seguin-tes

- unidades de tratamento do ar

- condutos, filtros, grelhas e difusores

b) Neste capítulo, as instalações são medidas com unidades centrais de tratamento e condutos de distri-buição com ou sem retorno.

c) Quando a instalação é constituída por unidades de aquecimento e de arrefecimento de água localizadasnuma central e redes de distribuição desta a condicionadores locais, observam-se as regras de mediçãopara as instalações de aquecimento do capítulo Instalações de aquecimento por água ou vapor.

25.2 Unidades de tratamento do ar

a) As unidades de tratamento do ar podem ser de janela ou consola e, nestas condições, serão considera-das como equipamento eléctrico de conforto, tal como os irradiadores eléctricos.

b) A medição indicará para todos estes dispositivos a inclusão ou exclusão de tarefas auxiliares de monta-gem e as peças de fixação e/ou acessórios a incorporar nas paredes ou pisos para este efeito.

c) Todas as tarefas excluídas da montagem e/ou preparação desta, como a incorporação nas alvenariasde peças de fixação ou acessórios, serão medidos de acordo com o que nas regras correspondentes àespecialidade se indica e com referência à instalação a que se destina.

d) Se, para além das tarefas auxiliares da montagem ou da simples fixação de dispositivos, se prevê aexecução de pinturas, estas, ainda que a executar na fase da obra correspondente, deverão ser desta-cadas em artigos especiais, com materiais e processos bem especificados e medidos de acordo com asregras apresentadas no capítulo relativo a pinturas.

25.3 Condutos, filtros, grelhas e difusoresa) Os condutos de ar são medidos em m, com a indicação das duas medidas da secção, quando rectangu-

lares, ou diâmetro, quando de secção circular. Haverá uma medição para cada secção. Os acessórios deligação em ângulos, curvas, encaixes, derivações em mudança de secção serão medidos à unidade (un)e bem especificados.

b) Os terminais (filtros, grelhas ou difusores) serão medidos à unidade (un) e bem especificados quanto amateriais, apresentação, forma e dimensões.

c) A medição indicará para todos estes dispositivos a inclusão ou exclusão de tarefas auxiliares de monta-gem e as peças de fixação e/ou acessórios a incorporar nas paredes ou pisos para este efeito.

d) Quando se preveja isolamento térmico ou acústico de envolvimento dos condutos, ou em parte destes, amedição será feitas nas mesmas condições recomendadas para os dispositivos a isolar, isto é, m paraos condutos e unidade (un) para as ligações.

e) Todas as tarefas excluídas da montagem e/ou preparação desta, como a incorporação nas alvenariasde peças de fixação ou acessórios, serão medidos de acordo com o que nas regras correspondentes àespecialidade se indica e com referência à instalação a que se destina.

f) Se, para além das tarefas auxiliares da montagem, do isolamento, ou da simples fixação de dispositivos,se prevê a execução de pinturas, estas, ainda que a executar na fase da obra correspondente, deverãoser destacadas em artigos especiais, com materiais e processos bem especificados e medidos de acor-do com as regras apresentadas no capítulo relativo a pinturas.

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 EFA – CONSTRUÇÃO CIVIL – Técnico/a de Medições e Orçamentos

ORÇAMENTAÇÃO 

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 – Orçamentação

Numa empresa de construção só é possível uma boa gestão conhecendo, de forma o mais apro-ximada possível, os custos de cada obra. De facto, um dos aspectos essenciais da gestão é apossibilidade de conhecimento e ajustamento do preço das obras, dentro de certos parâmetros

que terão em conta as necessidades, interesses ou disponibilidades da empresa.

Esta questão é de importância fulcral nas empreitadas de obras em que exista um concurso sujeitoàs regras de mercado no qual ganha a empresa que apresenta a proposta mais vantajosa. Umaproposta mais vantajosa, para ganhar o concurso, é necessariamente uma proposta competitivaem termos financeiros.

O orçamento elaborado por uma empresa construtora, tendo como objectivo a obtenção do preçopelo qual se propõe realizar uma dada empreitada, é um instrumento extremamente importante namedida em que condiciona fortemente a angariação de obras e consequentemente os seus resul-tados financeiros.

Na determinação do preço, este não poderá ser demasiado baixo de forma a não provocar prejuízo

à empresa, nem demasiado alto levando à perda do concurso em causa. O orçamento deve poisespelhar o cálculo do somatório das despesas que as empresas prevêem ter com determinadaobra, acrescido de um dado lucro.

Usualmente as despesas (ou custos) acima referidas dividem-se, segundo a sua natureza, em:

- Custos Directos;- Custos de Estaleiro;- Custos Indirectos.

Ocorre no entanto frequentemente a situação em que uma empresa elabora os seus orçamentos epropostas de forma incorrecta. Tal acontece porque:

- se limita a aplicar os preços de venda do mercado, não conhecendo as suas (próprias da

empresa) componentes de custos e margens de lucros;- calcula os custos por defeito, considerando apenas os mais evidentes e esquecendo outros(custos de equipamentos próprios, custos indirectos, etc.) levando a propostas muito bai-xas ou a previsões de lucros que mais tarde (por vezes tarde demais ... ) se revelam fal-sas.

O cálculo do custo de uma obra deve ser precedido de estudos preliminares que têm em vista aanálise e ponderação das condições particulares de execução da obra.

Entre outros, devem ser feitos os seguintes estudos preliminares:- Estudo do processo de concurso;- Levantamento das condições locais;- Análise das disponibilidades de materiais, equipamentos e mão-de-obra;

- Listagem dos trabalhos de construção e dos processos construtivos a utilizar;- Definição das subempreitadas e primeira abordagem à programação dos trabalhos;- Primeira abordagem ao projecto do estaleiro.

Estudo do processo de concurso

O estudo do processo de concurso tem como objectivo recolher a informação geral relativa à obraa orçamentar. Constitui tarefa fundamental a leitura atenta e análise das condições impostas pelasespecificações do caderno de encargos e restantes peças do processo de concurso. Este estudopermitirá ter em conta a dimensão da obra.

Esta fase permitirá ainda avaliar coeficientes de rendimento para os trabalhos a realizar. De facto,a produtividade (ideal) na realização dos vários trabalhos previstos pode ser afectada por uma

série de condições de entre as quais salientamos:- diferentes quantidades de trabalhos a realizar podem conduzir a diferentes rendimentos demão-de-obra (o efeito de repetição das operações influencia o ritmo do trabalho, aumen-

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tando a produtividade até certos limites e possibilitando a obtenção de uma capacidade deprodução em pleno a ritmos constantes;

- as condições locais onde a obra é realizada;- o equipamento e processo construtivo a utilizar;

Os valores de referência registados para os rendimentos de mão-de-obra (tempo necessário paraexecutar uma unidade de trabalho), traduzem um valor para situações ideais (coeficiente de ren-dimento igual a 1,00). No caso de piores condições da obra ou pior eficiência de trabalho, os ren-dimentos reais de uma dada obra serão maiores do que os registados, devendo-se atribuir um coe-ficiente superior à unidade.

Assim este estudo preliminar da obra permite definir coeficientes de rendimento para as operaçõesde construção da obra, sendo possível considerar valores diferentes para cada operação de cons-trução.

Técnicos com experiência são capazes de escolher criteriosamente esses valores.

Levantamento das condições locais

O levantamento das condições locais tem o objectivo de registar no local da obra informações refe-rentes aos seguintes aspectos:

- terreno (localização geográfica, topografia, tipo);- acessos (rodoviários, ferroviários e outros);- instalações do estaleiro (local e área disponível);- abastecimento de água (rede de distribuição, poços);- energia eléctrica (redes existentes, geradores);- esgotos (rede pública, fossas);- comunicações (telefones, correios);- mão-de-obra local;- alojamento e alimentação de mão-de-obra deslocada;- encargos com viagens (sede da empresa - obra);

- fornecedores locais de materiais de construção;- equipamento disponível para aluguer;- serviços (câmara municipal, serviços municipalizados, bancos);- hospitais, postos de socorro, médicos, farmácias.

Análise das disponibilidades de materiais, equipamentos e mão-de-obra

A análise das disponibilidades de recursos permitirá verificar quais os equipamentos e amão-de-obra da empresa que convirá disponibilizar para utilização na obra.

As condições peculiares do mercado na zona, em termos de disponibilidade de subempreiteiros ede fornecedores de materiais permitirá também a percepção da maior ou menor necessidade de

recorrer a esses recursos noutros locais.Listagem dos trabalhos de construção e dos processos construtivos a utilizar

A listagem das operações de construção a realizar e a avaliação dos processos construtivos aadoptar constituem elementos fundamentais para se proceder à preparação de uma proposta edevem ser feitas através da colaboração entre várias direcções da empresa, nomeadamente técni-ca, de produção e comercial.

Definição das subempreitadas e primeira abordagem à programação dos trabalhos

A definição das subempreitadas e a primeira abordagem à programação tem como objectivo a ela-boração de um plano de trabalhos (ainda que incipiente) da obra com uma primeira definição tem-

poral e sequencial da execução de tarefas pelas várias equipas.Primeira abordagem ao projecto do estaleiro

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A primeira abordagem ao projecto do estaleiro da obra permite o seu pré-dimensionamento com aquantificação dos encargos previsíveis de montagem, desmontagem e manutenção.

1 – Custos

Analisemos os custos na base da elaboração de um orçamento.

Custos directos

Os custos directos são os custos imputáveis, sem margem de erro significativa, a cada uma dasactividades ou tarefas em que se divide a obra. A lista de actividades ou tarefas é o conjunto deartigos ou itens que compõem a lista de medições.

Uma lista de medições deve contemplar os seguintes aspectos:- deve estar dividida em capítulos, correspondentes a grandes grupos de naturezas de traba-

lho (por exemplo, fundações, carpintarias, pinturas, etc.);- em cada capítulo devem ser separadas as actividades realizadas por diferentes categorias

profissionais (por exemplo, betão, cofragem, aço, etc.);

- estas últimas devem dividir-se por tarefas a que correspondam custos diferentes, quer porquestões dimensionais (alvenarias de tijolo de 7, de 11, de 15, por exemplo), de diferentenatureza ou qualidade dos recursos (rebocos com diferentes traços de argamassa) ou comdificuldade variada (cofragens para betão à vista ou para revestir, betonagem de pilares oude lajes, etc.).

Podem, em geral, incluir-se nos custos directos 4 tipos de recursos:

- Mão-de-obra 

São os custos constituídos pelas despesas com os salários do pessoal envolvido directamente naprodução, incluindo os respectivos encargos sociais previstos na lei ou da iniciativa da empresa.

Estão igualmente incluídos os custos com o transporte dessa mão-de-obra, o seu alojamento, etc.

- Materiais 

São os custos que incluem não só o custo dos materiais em si mas também o seu transporte atéao local da obra.

Incluem igualmente os encargos com o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), desde que nãodedutível (o IVA é dedutível nas empreitadas e não dedutível na promoção imobiliária).

- Equipamento  

O equipamento é igualmente considerado como custo directo caso seja utilizado directamente na

realização dos trabalhos e desde que seja possível avaliar, com algum rigor, a sua comparticipa-ção em cada tarefa específica.

Equipamentos como por exemplo a grua, que contribui para a realização de inúmeros trabalhos ecujo custo está mais associado à permanência em obra do que à sua produção, não devem seraqui considerados.

- Serviço de terceiros  

São também custos directos o fornecimento de produtos ou a prestação de serviços por terceiros(como é correntemente o caso das subempreitadas) na execução de determinadas actividades outarefas e que podem consistir no fornecimento conjunto de qualquer dos três tipos de recursos járeferidos.

Custos de estaleiro

Incluem-se neste grupo as despesas que, podendo ser imputáveis a uma determinada obra, não

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são imputáveis separadamente a determinadas actividades ou tarefas específicas.

Devem, igualmente, incluir-se nos custos de estaleiro despesas que, embora atribuíveis a activida-des bem definidas, sejam contabilizadas com mais rigor de forma global do que individualmente,por actividade. É o caso por exemplo da grua anteriormente referida, ou dos custos relativos aoaluguer de uma central de betão, atribuídos normalmente pela sua permanência em obra, inde-

pendentemente de produzir mais ou menos betão.Na construção de edifícios, os custos de estaleiro podem, em geral ser discriminados da seguinteforma:

Montagem de estaleiro 

Plataformas, acessos e vedação (abertura ou melhoramento de acessos à obra, criação deplataformas de trabalho e vedação da obra).

Infra-estruturas provisórias (despesas com o estabelecimento de redes de água, esgotos,electricidade ou telefone, para o funcionamento e serviço do estaleiro).

Montagem de instalações de estaleiro (portaria, escritório, ferramentarias, dormitórios, refei-

tórios, instalações sanitárias, oficinas, telheiros para recolha de materiais, etc.) incluindotransportes para a obra.

Montagem de equipamento (gruas, centrais de betão, britadora, etc.) incluindo transportespara a obra.

Manutenção do estaleiro

Mão-de-obra do estaleiro , incluindo respectivos encargos, como:

- pessoal técnico e administrativo (director de obra, controladores, preparadores de obra,apontador, etc., se, nos critérios da empresa, não forem imputáveis aos encargos gerais);

- apontadores;

- chefia (encarregados, capatazes);- ferramenteiros;- manobradores (do equipamento não directo como gruas, centrais, betoneiras, dumpers,

etc., e cujo custo não esteja incluído no respectivo aluguer);- mecânicos e electricistas;- pessoal específico para cargas, descargas, arrumações e limpezas do estaleiro;- cozinheiros e ajudantes;- guardas do estaleiro;- enfermeiros, etc.;- aluguer de equipamento;- aluguer de instalações quando desmontáveis, como pré--fabricados, módulos, etc.;- aluguer de equipamento produtivo como gruas, britadores, centrais de betão, geradores,

dumpers, guinchos, etc.;

- aluguer de equipamento ligeiro como vibradores, bombas, escadas, carros-de-mão, baldes,etc.;- aluguer de mobiliário de escritório, camas, mesas, cadeiras, fogões, frigoríficos, etc.;- despesas gerais do estaleiro;- consumos de água, electricidade e combustível do equipamento não directo;- despesas com telecomunicações;- seguros, taxas, impostos;- outras despesas correntes.

Desmontagem do estaleiro 

Desmontagem do equipamento e instalações do estaleiro e arranjo final da zona dos trabalhos.Custos Indirectos

Os custos indirectos compreendem as despesas suportadas pela empresa e que não podem serimputadas directamente a qualquer das suas obras.

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Neles se enquadram os gastos com a sede da empresa de construção e outros departamentos daempresa dotados de alguma autonomia, como por exemplo, os departamentos de obras que têmtambém os seus próprios encargos de escritório e outros.

A criação de departamentos de obra (situação que se verifica pelo menos nas empresas de grande

dimensão) justifica-se, muitas vezes, devido à distribuição geográfica das obras que a empresapossui em execução, pretendendo-se conferir uma melhor operacionalidade na realização dessasobras, conseguida através, nomeadamente, da delegação de poderes de decisão.

Os custos indirectos dividem-se em custos industriais e custos de estrutura .

Custos industriais 

Custos industriais são os que se encontram directamente associados à produção (industrial) daempresa.

Compreendem:

- vencimentos (incluindo encargos) do pessoal técnico (engenheiros, arquitectos, medidores,

controladores, planeadores, etc.) quando não imputáveis aos custos do estaleiro (depen-dendo do critério de empresa);

- vencimentos (incluindo encargos) do pessoal afecto ao serviço de admissão e gestão dopessoal;

- custos de patentes e licenças;- gastos com o estaleiro central da empresa (carpintaria, serralharia, parque de máquinas,

armazém, etc.) quando não imputáveis às obras.

Custos de estrutura 

Custos industriais são os restantes, não directamente associados à produção (industrial) daempresa.

Compreendem:- vencimentos (incluindo encargos) do pessoal dirigente e administrativo da empresa;- honorários de consultores especializados;- gastos de exploração e conservação da sede social (amortização ou aluguer, água, electri-

cidade, telefone, limpeza, etc.);- amortizações e conservações de mobiliário e equipamento da direcção e serviços centrais;- consumo corrente (material de desenho, impressos, selos, jornais, revistas, etc.);- amortizações e consumos de viaturas ao serviço da direcção e serviços centrais;- seguros (quando não imputáveis aos custos directos ou de estaleiro);- encargos financeiros;- despesas de carácter comercial (contencioso, publicidade, despesas de representação,

etc.);

- contribuições, impostos e taxas.

2 – Quantificação

Custos Directos

Para melhor ilustrar a forma de quantificar os gastos previstos para determinada tarefa, irá utili-zar-se, como exemplo, a actividade "cofragem normal em vigas".

A determinação do custo é, em regra, referido à unidade, de forma a poder aplicar-se a qualquerquantidade de trabalho sempre que uma actividade idêntica surja em qualquer outro orçamento.

Pretende-se pois saber em quanto importa 1 m2 de cofragem normal para a execução de vigas debetão

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Recursos 

Para obter o custo directo ter-se-á de calcular o somatório das despesas relativas aos recursosque são utilizados nesta actividade.

Em primeiro lugar há que definir o processo construtivo a utilizar, dependendo a solução a adoptar

de uma série de factores entre os quais:- os meios existentes na empresa (poderá existir cofragem industrializada);- a sua disponibilidade (mesmo que a empresa tenha determinada cofragem esta pode ser

necessária noutra obra);- o seu custo (o recurso a subempreitada poderá revelar-se de menor custo);- eventuais exigências de projecto (tipos de acabamento prescrito a nível de caderno de

encargos).

Suponhamos que, neste caso, a solução recaiu na compra de taipais tradicionais de madeira (exe-cutados na carpintaria do estaleiro central ou no exterior), aplicados e desmoldados por pessoal daempresa, com o auxílio de uma grua-torre.

Os recursos a utilizar serão:

- mão-de-obra:- carpinteiro;- servente.

- materiais:- taipais de madeira;- pregos;- óleo descofrante.

- Equipamento:- Prumos extensíveis (para escoramento).

- Serviço de terceiros (não pretendemos utilizá-los nesta actividade).

A grua-torre não foi considerada, pois está incluída nos custos de estaleiro. Apesar de exercerdirectamente actividades produtivas, é tal a diversidade de trabalhos que executa que qualquer

parcela do seu custo dificilmente seria imputável a cada uma das actividades em que intervém.

Consumos/Rendimentos 

O passo seguinte consiste em determinar:

- quantas horas de carpinteiro são precisas para cofrar 1 m2 de viga;- quantas horas de servente;- quantos metros quadrados de taipais;- quantos quilos de pregos;- quantos litros de óleo descofrante;- quantos dias de colocação de prumos extensíveis são necessárias para esse mesmo tra-

balho.

A esta quantidade de recurso utilizada para realizar a unidade de actividade considerada chama-se"consumo unitário", expressão inversa do "rendimento", que representa a quantidade de trabalhorealizada quando se consome uma unidade do recurso.

A obtenção de rendimentos de mão-de-obra constitui uma das tarefas mais difíceis para o orça-mentista. Este facto resulta de que existe um sem-número de factores que podem influenciaresses valores, desde a qualificação do pessoal, os processos construtivos, o acompanhamento econtrolo dos trabalhos, os meios auxiliares de equipamento, as condições atmosféricas, etc.

Existem várias tabelas publicadas que, em condições médias e normais de trabalho, poderão for-necer elementos suficientemente aproximados. Citamos, a título de exemplo as "Informaçõessobre Custos – Fichas de Rendimentos", do LNEC, da autoria de Costa Manso, Manuel Fonseca e

Carvalho Espada, cuja edição mais recente data de 1997, ou a obra "Rendimentos de Mão-de-obrana Construção de Edifícios", de José Paz Branco.

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Para obtenção de valores mais rigorosos, e mais de acordo com as condições específicas de cadaempresa, recomenda-se que se faça o controlo de produtividade através do preenchimento daschamadas «partes diárias». As "partes diárias" são impressos onde os encarregados das obrasindicam, diariamente, as horas gastas por cada operário em cada tarefa. A razão entre o somatóriode horas gastas num determinado período, para executar uma tarefa e a quantidade de trabalhorealizado constitui um valor base, que terá tanto mais credibilidade quanto mais vezes for aferido

em trabalhos congéneres. Nem sempre é necessário (ou mesmo aconselhável) efectuar esse con-trolo de forma exaustiva mas, mesmo em pequenas empresas, deve proceder-se a um controlopor amostragem.

Os consumos de materiais por sua vez, são normalmente mais fáceis de obter pois, na maioria doscasos, são ditados por razões de ordem dimensional, e noutros constituem indicações de fabrican-tes ou fornecedores.

Para os equipamentos existem, normalmente, indicações dos fabricantes, podendo, na sua falta,ou para aferição, utilizar-se o método recomendado para a mão-de-obra.

No caso de trabalhos realizados por subempreiteiros o problema está mais facilitado, pois os pre-ços apresentados são, em geral, relativos às quantidades unitárias das tarefas. Caso contrário,

cai-se numa das situações já analisadas.

Custos unitários dos recursos

- Mão-de-obra 

Conforme se viu anteriormente, os custos de mão-de-obra deverão ser afectados de todos osencargos sociais inerentes. O processo mais rápido para obter esta correcção é estabelecer umarelação entre o montante anual despendido com um operário e o total de horas efectivas de traba-lho produtivo no mesmo período.

Vejamos o exemplo de um carpinteiro de cofragens de 1ª cujo vencimento mensal base seja de450,00 -C por mês, com um subsídio de refeição de 4,20 e. (0 Contrato Colectivo de Trabalho para

2001 estipula vencimentos base de 346,42 E: para um servente, 403,53 e para um 2º Oficial e442,43 e para um 1.0 Oficial. Note-se igualmente que o valor do Salário Mínimo Nacional queentrou em vigor em 1 de Janeiro de 2002 é de 348,01 €)

- Total de horas de trabalho/ano = 52 semanas x 40 h/semana = 2080 hnº médio de horas por dia de calendário = 2080 h/365 = 5,7 hnº médio de horas por mês = 2080 h/12 = 173,3 h

- Horas a deduzirFérias: 2080 h/12 = 173,3 hFeriados: 15 dias x 11/12 meses x 5,7 h/dia = 78,4 hDispensas e faltas justificadas: 8 dias x 8 h/dia = 64,0 hInactividade devido ao mau tempo: 6 dias x 8 h/dia = 48,0 h

= 363,7 h

- Número de horas efectivas de trabalho = 2080 h - 364 h = 1716 hnº médio anual de dias efectivos de trabalho = 1716/8 = 214,5 dias

- Encargos anuaisVencimento base = 12 meses x 450,00 € = 5 400,00 €Subsídio de férias = 450,00€Subsídio de Natal ou 13.0 mês = 450,00€Taxa social única = 23,75% x 14 meses x 450,00€ = 1496,25€Subsídio de almoço = 214,5 dias x 4,20 € = 900,90 €Segurança e saúde no trabalho = 5% x 5.400,00 = 270,00 €Formação profissional = 2% x 5.400,00 € = 108,00€

Desgaste de ferramentas = 5% x 5.400,00 € = 270,O00€= 9345,15€

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- Custo horário médio = 9345,15 €/ 1716 h = 5,45 €/h- Custo horário nominal = 5.400.00 € / 2080 h = 2,60 €/h- Encargos sociais = 5,45 €/h - 2,60 €/h = 2,85 €/h- Percentagem de encargos sociais = 2,85 €/h / 2,60 €/h = 1,098 = 109,8%

O valor que foi calculado é aproximado, variando de empresa para empresa nas parcelas não fixas

ou obrigatórias.Calculado o valor médio de encargos sociais para uma determinada empresa é mais simples ocálculo dos custos horários de pessoal através da seguinte expressão:

Ch = Vb x (1 + ES) / 173,3 h/mês, em que

Ch = custo horárioVb = vencimento mensal baseES = encargos sociais

Desta forma, e adoptando a percentagem de encargos sociais calculada, o custo horário de umservente com vencimento mensal de 350,00 €, seria:

Ch = 350,00 € x (1 + 1,098) / 173,3 h / mês = 4,24 €/h

- Materiais 

Os custos de materiais são obtidos directamente, bastando normalmente afectar o seu preço basedo imposto sobre o valor acrescentado (quando não dedutível) eventualmente do seu custo detransporte até à obra.

- Equipamento 

No caso dos equipamentos podem colocar-se duas situações:

- se o equipamento é alugado ao exterior o seu custo é obtido directamente a partir do preçodo fornecedor;

- se o equipamento pertence à empresa é necessário calcular um custo correspondente aum aluguer interno - não seria lógico que esse equipamento fosse suportado pela primeiraobra que o utilizasse, nem que as obras seguintes o utilizassem sem encargos.

Para o efeito, apresenta-se no capítulo seguinte um método para determinação desses custos.

- Serviço de terceiros 

O custo unitário de serviço de terceiros é normalmente obtido directamente, pois costuma sersujeito a uma prévia consulta, em que o subempreiteiro indica o preço que pretende para executar

cada unidade de determinado trabalho.Custos directos unitários

Nos pontos anteriores, viu-se como obter os consumos e preços unitários dos recursos. Chama-secusto directo unitário de determinado trabalho ao somatório dos produtos dos consumos dosrecursos pelos respectivos preços unitários.

Voltando ao exemplo anterior (da cofragem) suponha-se que os consumos unitários eram osseguintes:

Carpinteiro - 1,20 h/m2Servente - 0,60 h/m2

Taipais de madeira - 0,20 m2/m2 (5 aplicações)Pregos - 0,25 kg/m2Óleo descofrante - 0,16 I/m2

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Prumos extensíveis - 20 dia / m2 (2 prumos / m2 durante 10 dias)

Admita-se que os custos unitários tinham os seguintes valores:

Carpinteiro - 5,45 €/hServente - 4,24 €/h

Taipais de madeira - 15,40 €/m2Pregos - 1,05 €/kgÓleo descofrante - 0,98 €/lPrumos extensíveis - 0,04 €/dia

O custo directo unitário seria calculado do seguinte modo:

Recurso Consumo Custo Custo   /m2 Unitário /m2 

Carpinteiro 1,20 h 5,24 €/h = 6,29 €Servente 0,60 h 4,24 €/h = 2,54 €

Taipais de madeira 0,20 m2 15,40 €/m2 = 3,08 €Pregos 0,25 kg 1,05 €/kg = 0,26 €Óleo descofrante 0,16 litros 0,98 €/litro = 0,16 €Prumos extensíveis 20,00 dias 0,04 €/dia = 0,80 €

Total = 13,13€

Teríamos então para custo unitário desta actividade (cofragem normal em vigas) 13,13 €/ml.

Obtidos os custos unitários de todos os trabalhos de uma obra, podem obter-se os custos directosde todos os trabalhos multiplicando as quantidades desses trabalhos (fornecidas pelas medições)pelos respectivos custos directos unitários.

Como vimos anteriormente, o custo directo total será obtido calculando o somatório dos custos

directos de todos os trabalhos.

Custos de Estaleiro

A obtenção dos custos de estaleiro é na sua estrutura em tudo semelhante à dos custos directos.

Apenas nas medições se verificam diferenças. As medições dos custos directos, ou acompanhamo projecto ou podem ser obtidas facilmente (de um modo concreto e exacto) a partir dele. As medi-ções de custos de estaleiro são muito mais subjectivas, dependendo de uma grande quantidade detrabalhos a realizar de difícil quantificação como a extensão de plataformas e acessos, a área deinstalações a montar, os meses de permanência uma grua em obra, etc.

Os elementos base de medição para a obtenção dos custos de estaleiro dependem pois da

empresa construtora, dos processos de construção, do equipamento disponível e do seu prazo deutilização, etc. Por este motivo, apenas depois de executado o plano de estaleiro bem como a pro-gramação da obra, se podem calcular com maior rigor os custos do estaleiro.

Os prazos para apresentação das propostas são normalmente curtos, pelo que se exige da equipaencarregue do orçamento urna grande organização, disponibilidade, rigor, concentração e métodode trabalho, sob pena de não se entregar atempadamente a proposta e/ou se cometerem lapsosorçamentais graves, que podem acarretar prejuízos irreversíveis à empresa.

Contudo, nem sempre nas (normalmente apertadas) fases do concurso é possível o conhecimentodestes elementos, pelo que alguns custos deverão ser calculados por estimativa, sendo a revisãomais rigorosa do orçamento feita após a eventual adjudicação da obra.

A essa revisão chama-se "reorçamentação" e destina-se sobretudo a possibilitar a avaliação dosmeios humanos, materiais, financeiros e de equipamento a utilizar na obra, bem como para contro-lar custos durante a sua realização. Nessa fase é muito importante o cálculo da percentagem rela-

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tiva entre os custos de estaleiro e custos directos, pois poderá ser utilizada como estimativa emfuturos orçamentos de obras com as mesmas características.

Em situações correntes de estaleiros de construção de edifícios, a percentagem de custos de esta-leiro varia entre 5% e 25% dos custos directos. Esta percentagem varia sobretudo com dois facto-res.

O primeiro factor tem a ver com a distância entre a obra e o estaleiro central da empresa. Quantomaior for essa distância maiores serão os custos de estaleiro, pois tomará necessário:

- maior número de pessoal deslocado e portanto mais instalações sociais (camaratas, insta-lações sanitárias, cozinha, refeitório);

- maior quantidade de equipamento em obra por impossibilidade de deslocação rápida;- recurso a aluguer local de equipamento corrente, em detrimento de equipamento da própria

empresa.- segundo factor tem a ver com o tipo de obra. Há a notar, por exemplo, que:- obras de execução de contenções periféricas e, genericamente, de estruturas) necessitam

de equipamento pesado;- obras de acabamentos não necessitam de equipamento pesado.

Custos Indirectos

Conforme já foi referido, os custos indirectos englobam os encargos gerais das empresas que nãopodem ser imputados a uma obra específica. Daqui decorre de imediato a impossibilidade de, aoorçamentar uma determinada obra, se calcularem com rigor os custos indirectos.

Para este efeito é habitual admitir-se uma determinada percentagem sobre a soma de custosdirectos e de estaleiro Este valor é obtido estatisticamente calculando, periodicamente, os custosindirectos da empresa (através da contabilidade por centros de custo) e o total dos custos directose de estaleiro de todas as obras da empresa durante o mesmo período.

Outra hipótese é a divisão do somatório dos custos indirectos pelo volume de facturação daempresa

Geralmente, verifica-se na prática que a percentagem de custos indirectos de uma empresa emrelação ao total de custos directos e de estaleiro de todas as suas obras, não varia muito entre asdiversas amostragens.

Empresas com uma estrutura central ligeira (relativamente ao volume de facturação), terão valoresde custos indirectos na ordem dos 7%. Este valor não é susceptível de ser diminuído, pois é sem-pre necessário manter um mínimo de funções especializadas (na sede da empresa) que permitama obtenção de empreitadas em concurso.

Empresas com uma estrutura pesada, em vias de afectar a competitividade da empresa, obterãovalores de cerca de 12%.

Lucro

Acabámos de ver que a previsão de custos de uma obra é obtida, numa primeira fase, pela adiçãodos custos directos, de estaleiro e indirectos.

Contudo, quando as empresas se propõem realizar uma determinada obra não pretendem apenascobrir as despesas, mas também obter o merecido lucro com esse trabalho. Deste modo o orça-mento só fica completo quando adicionada, à previsão de custos, a parcela relativa ao lucro.

A sua estimação é objecto de análise cuidada e deverá ter em conta, para além da margem delucro que se pretende obter na obra, o grau de confiança dos valores orçamentados (maior oumenor rigor no cálculo dos custos) e o interesse da empresa na execução da obra. Este depende-rá, por exemplo, da proximidade de outras obras que a empresa esteja a executar na zona onde sesitua a obra a concurso.

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Outro factor importante é o das obras "em carteira" da empresa. Se o trabalho previsto para ospróximos tempos for escasso é natural que a empresa tente ganhar mais obras baixando o lucro,de modo a cobrir custos fixos inerentes à sua manutenção em actividade.

Este factor é extremamente importante e normalmente é atribuído pelos quadros superiores daempresa (gestores, administradores). Na realidade, num concurso para uma empreitada, uma

margem de lucro muito elevada pode originar um orçamento superior ao das outras empresas,enquanto uma margem muito reduzida pode tornar uma obra deficitária, caso surja qualquerimprevisto (é por isso que a "margem de lucro" também se pode designar de "margem de lucro eimprevistos"), ou as despesas não tenham sido calculadas com rigor.

3 – Apresentação do orçamento

Suponha-se que, no orçamento de determinada obra, se obteve um total de3 782 566,25 € relativamente a custos directos.

Os custos de estaleiro encontravam-se repartidos da seguinte forma:

- Montagem e desmontagem do estaleiro: 145 443,65 €- Manutenção do estaleiro: 216 607,55 €Sendo portanto o total dos custos de estaleiro 362 051,20 €

Se admitirmos que os custos indirectos da empresa em causa representam 10% temos, para totalde custos:

- Custos directos 3 782 566,25 €- Custos de estaleiro 362 051,20 €

4 144 617,45 €- Custos indirectos (10%) 414 461,75 €- Custos totais 4 559 079,20 €

Se a empresa pretender atribuir uma margem de lucro de 15% teremos:

15% x 4 559 079,20 € = 683 861,88 €Total 5 242 941,08 €

A este total, que é o preço pelo qual o empreiteiro se propõe realizar a empreitada, chama-se pre-ço de venda, Pv.

Os cadernos de encargos contudo exigem normalmente (mesmo nas empreitadas em regime depreço global) a decomposição deste preço numa lista de preços correspondentes aos trabalhosdirectos da obra.

Essa lista de preços destina-se à avaliação correcta das situações mensais (facturação), além de

permitir a previsão de facturação (com base no programa de trabalhos) e facilitar a avaliação deeventuais trabalhos a mais.

Evidentemente que ao empreiteiro não interessa indicar o modo como foi obtido o preço de venda.

Deste modo terá de aplicar-se, aos custos directos, um coeficiente de agravamento K que englobeos custos de estaleiro (montagem, manutenção e desmontagem), os custos indirectos e a margemde lucro e imprevistos. Este coeficiente é assim igual à razão entre o preço de venda e o total decustos directos.

No exemplo acima teríamos então:

- Preço de venda 5 242 941,08 €

- Custos directos 3 782 566,25 €

Então, K = 5 242 941,08 €/ 3 782 566,25 € = 1,38608

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Se a actividade "cofragem normal em vigas" fizesse parte desta empreitada teríamos que agravaro seu custo directo unitário - 13,13 €/m2 - com o coeficiente K, obtendo desse modo o preço unitá-rio de venda:

13,13 €/m2 x 1,38608 = 18,20 €/m2

Seria este o valor do preço de venda a submeter ao Dono da Obra.

Nas obras públicas, o procedimento teria de ser ligeiramente diferente. De facto, a legislação,Regime jurídico das Empreitadas de Obras Públicas - Decreto-lei nº 59/99, de 2 de Março, exigeque os custos de montagem e desmontagem de estaleiro constem da lista de artigos a que oempreiteiro tem de atribuir um preço unitário.

Deste modo, o coeficiente de agravamento K terá que aplicar-se aos custos directos e também aocusto de montagem e desmontagem do estaleiro. O coeficiente de agravamento K englobará entãoos custos de manutenção do estaleiro, os custos indirectos e a margem de lucro e imprevistos.

No exemplo acima teríamos então:

- Preço de venda 5 242 941,08 €- Custos directos 3 782 566,25 €- Custos de montagem e desmontagem do estaleiro 145 443,65€

Então, K = 5 242 941,08 € / (3 782 566,25 € + 145 443,65 €) = 1,33476

Se a actividade "cofragem normal em vigas" fizesse parte desta empreitada teríamos que agravaro seu custo directo unitário - 13,13 €/m2 - com o coeficiente K, obtendo-se desse modo o preçounitário de venda:

13,13 €/m2 x 1,33476 = 17,53 €/m2

Seria este o valor do preço de venda a submeter ao Dono da Obra.

Neste caso (obra pública) apareceria também, na lista dos preços unitários, o preço da montageme desmontagem do estaleiro com o valor de:

145 443,65 € x 1,33476 = 194 132,02 €

Em qualquer dos casos (obra particular ou obra pública), a apresentação do orçamento poderáfazer-se através de uma lista de trabalhos (os artigos das medições, com a eventual inclusão damontagem e desmontagem de estaleiro) onde se multiplicam as quantidades de cada artigo pelospreços unitários de venda.

O total deverá ser semelhante ao obtido inicialmente, apenas com pequenas diferenças devidas

aos arredondamentos.

A distribuição uniforme dos custos (de estaleiro, indirectos, bem como da margem de lucro eimprevistos) não é a única possibilidade existente. Há empresas que aplicam um coeficiente K variável por razões de ordem estratégica.

Se, por exemplo, se aumentar o preço dos trabalhos iniciais e reduzir o dos trabalhos finais, man-tendo obviamente o preço total, a empresa irá facturar mais cedo que relativamente à situação emque se utilize um coeficiente K constante. Aumentar-se-á assim a liquidez da empresa durante afase inicial da execução da obra sem afectar o valor da proposta na fase (anterior) do concurso.

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Cálculo dos custos de equipamento

Os custos de um equipamento são obtidos de forma substancialmente diferente dos analisádospara o cálculo dos preços unitários de trabalhos em espécie para efeitos de orçamento com vista áobtenção de valor de proposta de preço para empreitadas. Basicamente compreendem:

- custos de posse;- custos de manobra;- custos de conservação, reparação e combustível.

- Custos de posse

Os custos de posse - Cp - incluem:

- custos de amortização - A - encargos relativos a juros - J - seguros - S - impostos - I- recolha ou armazenagem - RA 

Para cálculo de amortização de uma máquina é necessário primeiramente definir a sua vida útil -Vu - ou seja, o período, em anos, passado o qual se prevê a sua substituição por uma máquinanova, em virtude da sua falta de rentabilidade ou aumento de custos de manutenção.

Definido este valor e sendo - Va - o valor da aquisição da máquina e - Vr - o seu valor residualestimado para o fim da sua vida útil, mas a preços da data de aquisição, a amortização anual numsistema não inflacionário seria:

A = (Va - Vr) / Vu

Desta forma, no fim da sua vida útil, a máquina teria amortizado a quantia necessária para sersubstituída por uma nova.

Contudo, num sistema inflacionário, esta importância não chegaria para efectuar a troca damáquina. Há, pois, que a rectificar a partir do 2º ano, face ao novo valor de aquisição e face aonovo valor residual. Temos assim que no ano n a amortização será:

An = (Va-Vr)/Vu + (Van-Van-1) - (Vrn-Vrn-1)

Em que:

Van Valor de aquisição no ano nVan-1 Valor de aquisição no ano anterior ao ano nVrn Valor residual previsto no ano n

Vrn-1 Valor residual previsto no ano anterior ao ano nAssim, no fim da sua vida útil, está garantida a importância necessária pua proceder à troca doequipamento.

Os encargos com juros são calculados aplicando anualmente ao capital investido no momento (adiferença entre o valor de aquisição inicial e o somatório das amortizações já efectuada nos anosanteriores) a taxa de juro - Tj - das operações bancárias em vigor.

Assim, os juros a considerar no ano a são:

Jn = Tjn x (Va-A1-A2-A3-…-An-1)

Por este processo os juros vão decrescendo anualmente, pelo que, por simplificação, em algunsmétodos prefere-se considerar um juro fixo ao longo da vida útil da máquina, correspondente aoinvestimento médio.

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Quanto aos seguros, impostos e despesas com a recolha do equipamento, a sua determinação é,geralmente, directa. Temos assim os custos de posse Cp do ano n iguais a:

Cpn = An + Jn + Sn + In + RAn 

Estes custos são invariáveis ao longo do mo e independentes das nem de trabalho da maquina.

- Custos de manobra

Os custos de manobra - Cm - referentes às despesas com a mão-de-obra de motoristas oumaquinistas desde que afectos ao equipamento e contabilizáveis no seu custo, são determinadospelos respectivos vencimentos, encargos sociais e despesas de deslocação e alojamento

- Custos de conservação corrente, reparação e combustível

Os custos de conservação, reparação e combustível - Ccre - são, em geral, proporcionais às horasefectivas de trabalho.

As despesas com a conservação corrente revisões (óleos, lavagens, pneus, etc.) fazemnormalmente parte de indicações de fabricante ou seja facilmente estimáveis.

As despesas de reparação deverão ser obtidas por amostragem estatística a partir de máquinassemelhantes.

Quanto ao consumo de combustível deve ser calculado de acordo com as especificações dofabricante ou comparado com valores observados na prática.

. Cálculo do custo total

Verifica-se que podem ocorrer 3 tipos de situações:

- se máquina esta parada sem manobrar as despesas são apenas os custos de posse:Cp;

- se máquina está parada com o manobrador à ordem (situação normal em casos de altaespecialização do manobrador ou do equipamento), os seus custos são iguais a: Cp + Cm;

- se a máquina está a trabalhar efectivamente os custos totais são, iguais a:Cp + Cm + Ccrc

. Cálculo horário

Se se pretender determinar o custo horário, situação normal em equipamentos pesados e commanobradores afectos (camiões, maquinas de movimentação de terras, etc.), deverá definir-se aperspectiva de utilização da máquina.

Sendo:

a - o número de horas úteis anuais teoricamente possíveis;b - o número anual de horas em que o manobrador estará afecto à máquina;c - o número anual de horas de trabalho efectivo;Chp - custo horário de posse = Cp/a Chm - custo horário de manobraChcrc - custo horário de conservação, reparação e combustível

O custo total - CT - anual de um equipamento é igual a:

CT = a x Chp + b x Chm + c x Chcrc

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Se as despesas da máquina forem debitadas apenas quando executa trabalho efectivo esse custohorário passará a ser:

Ch = (a x Chp + b x Chm + c x Chcrc) / c = (a x Chp) / c + (b x Chm) / c + Chcrc

Se em vez desta situação, se pretender que a máquina seja paga sempre que está à ordem das

obras, quer esteja ou não parada mais com manobrador então o seu custo horário deverá ser

Ch = (a x Chp + b x Chm + c x Chcrc) / b = (a x Chp) / b + Chm + (c x Chcrc) / b

Os índices a, b e c devem ter estimados caso a caso, embora seja usual considerar como primeirovalor, e à falta de outro:

c = 0,7 x ab = 0,9 x a

Neste caso, os custos horários passariam a ter as expressões seguintes:

h = Chp / 0,70 + Chm x 0,90 / 0,70 + Chcrc, para trabalho efectivo

Ch = Chp / 0,90 + Chm + Chcrc x 0,70 / 0,90, para máquina à ordem

Naturalmente, este método é aplicável a situações simples em que não se considerem alguns dostipos de custos inerentes aos equipamentos. Seria, por exemplo, o caso de andaimes ouequipamentos de escoramento em que se considerariam apenas custos de amortização, juros,conservação e reparação.

Nestes casos é usual calcular custos diários em vez de horários, bastando, para tal, substituir nasexpressões os custos horários por custos diários.

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Planeamento de Custos

1 - O planeamento dos tempos deve ser elaborado com interligação com o planeamento dos

custos.

A execução de um projecto está ligada ao binómio tempo-custo ou aindatempo de execução = f  (meios a fornecer)

2 - O estudo dos custos requer a montagem de uma organização complexa com base numa

contabilidade analítica para obtenção dos dados indispensáveis.

3 – O custo de uma obra depende de 3 parcelas:

a) Custos Directos (CD) – custos inerentes á mão-de-obra directamente produtiva, aos materiais e

ás máquinas:

 €

tempo

CD

 

b) Custos Indirectos (CI) – que incluem os:

- gastos gerais de estaleiro (pessoal não directamente produtivo, como dirigentes, guardas,

pessoal ligado á conservação e limpeza das instalações, etc.,

Custo deInstalação

A

 €

tempo

CE

 

- Gastos gerais da sede

pessoal administrativo e técnicos;estudos;instalações;impressoras;material de desenho e escritório;água, luz, telefone, etc.;

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 €

tempo

CSede

 

- Gastos financeiros ligados a:

 juros de empréstimos;garantias bancárias;utilização de patentes;etc.;

- Contribuições e outras despesas:c) Prémios pagos pelo cliente, no caso de conclusão antes dos prazos previstos, ou multas a

pagar, no caso contrário

   P  r  é  m

   i  o  s

tempo

 €

   M  u   l  t

  a s

 

4 – Representação gráfica correspondente á variação dos custos directos e indirectos

isoladamente e em conjunto:

 €

mínimo

tempo

Custo Directo

Custo Indirecto

Custo Total

 

5 – Estudo do Custo por Tarefa

a) para cada tarefa pode traçar-se um gráfico relativamente aos custos directos de execução:

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reforço de

equipamento

DA

CN

CA

 €

equipamento insuficiente para

bom rendimento

DN tempo

CN - Custo correspondente a DN

CA - Custo correspondente a DA

DN - Duração Normal

DA - Duração Acelerada

 

O tempo de duração de uma actividade não é um dado fixo, dependerá do conjunto de meios

disponíveis (ou a fornecer):

b) Conclusões

i – a duração normal pode conduzir-nos a um prazo não conveniente;

ii – encurtando o tempo de duração de uma tarefa o seu custo será superior ao custo normal;

iii – encurtando o tempo de duração de uma tarefa só é viável até certo ponto a partir do qual

só aumentará o custo sem que se diminua o tempo de execução;

c) Cálculo do custo conveniente

i – conhecidos CA, DA, CN e DN pode substituir-se a curva teórica por uma recta que una os

dois pontos

 DA DN 

CN CA p

=  

aumentando o custo por unidade de tempoii – conhecida a taxa (p) pode calcular-se o custo correspondente a diferentes durações;

6 – Estudo do Custo da Obra

a) O gráfico traçado anteriormente pode ser alterado em relação a uma obra para estudo do seu

custo mínimo

Custo

Mínimo

 €

DuraçãoOptima

prazo

DN

tempo

CD

Multa

CE+CI

Custo Total

 

b) Método

i – calcular o custo do conjunto das tarefas na sua duração normal;

ii – calcular o custo do conjunto das tarefas na sua duração acelerada;iii – se necessário, considerar também os custos de estaleiro e os custos indirectos;

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iv – se o prazo for menor que a duração normal considerar a multa a pagar;

v – somar todos os custos;

vi – determinar o custo mínimo este custo não pode coincidir com a duração normal da obra;

Planeamento Financeiro

1- O planeamento financeiro tem em conta despesas e receitas com vista á previsão de equilíbrio

de tesouraria;

2 – A execução de uma obra obriga, por parte de quem a executa, ao envolvimento de um dado

capital durante um certo período de tempo que não coincide com o prazo de execução da

obra, ou seja:

a) as despesas iniciam-se antes desta começar com o estudo e a elaboração da proposta, e

no caso de a obra ser adjudicada com a realização dos trabalhos preliminares, aquisições

de novas máquinas, etc.;

b) as despesas só terminam com a recepção definitiva;

Por outro lado existe um certo desfasamento entre as despesas e as receitas (as cobranças

correspondentes).

Em resumo, as despesas só encontram compensação decorrido que seja um certo tempo.

Entretanto o executante tem um certo capital empatado.

3 – Em geral todo o capital de que se dispõe não chega para permitir uma mobilização de acordo

com as necessidades havendo que recorrer ao crédito. Logo será indispensável um

planeamento para se poder definir as condições em que deve ser feito.

4 – O planeamento financeiro baseia-se no planeamento dos tempos, valorizando em cada mês

despesas e receitas. Para isso as obras a efectuar são relativamente valorizadas, no que se

refere a despesas, pelos preços de custos e no que se refere a receitas pelos preços de

venda.

5 – Diagrama Financeiro

A - área relativa ao investimento

B - área relativa ao lucro

A

 €

tempo

B

 

5/9/2018 Caderno de Apoio_orcamentista - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/caderno-de-apoioorcamentista 98/98

 EFA – CONSTRUÇÃO CIVIL – Técnico/a de Medições e Orçamentos

António Manuel Justo Domingues, nasceu na Sé-Guarda em 1969 e é actualmente Projectista por contaprópria.

Concluiu o Bacharelato em Engenharia Civil no InstitutoPolitécnico de Tomar em 1992 e Licenciou-se emEngenharia Civil Municipal pelo Instituto Superior deEngenharia de Coimbra em 1995.Exerceu funções de Director Técnico em diversasEmpresas de construção.Em 1992 trabalhou na Edificadora Luz & Alves, Lda. emLisboa, em 1994 na Fernando dos Santos José, Lda. emPombal, 1998 nas Construções Pragosa, S.A. na Batalhae em 2001 na Santos & Cordeiro, Lda em Pombal.A partir de 2003 dedicou-se à actividade de projectista –profissional liberal – onde à presente data mantém aactividade.

É perito avaliador judicial em diversas comarcas.