Upload
heltomar-oliveira
View
795
Download
77
Embed Size (px)
Citation preview
Caderno de Contabilidade Agrária Dom Alberto
Prof: Antônio Osório Gonçalves
Ciênciasontábeis
ADMINISTRAÇÃO
C122 GONÇALVES, Antônio Osório
Caderno de Contabilidade Agrária Dom Alberto / Antônio Osório Gonçalves. – Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010.
Inclui bibliografia.
1. Administração – Teoria 2. Ciências Contábeis –Teoria 3. Contabilidade Agrária – Teoria I. GONÇALVES, Antônio Osório II. Faculdade Dom Alberto III. Coordenação de Administração IV. Coordenação de Ciências Contábeis V. Título
CDU 658:657(072)
Catalogação na publicação: Roberto Carlos Cardoso – Bibliotecário CRB10 010/10
Página 2 / 190
Apresentação O Curso de Administração da Faculdade Dom Alberto iniciou sua
trajetória acadêmica em 2004, após a construção de um projeto pautado na importância de possibilitar acesso ao ensino superior de qualidade que, combinado à seriedade na execução de projeto pedagógico, propiciasse uma formação sólida e relacionada às demandas regionais.
Considerando esses valores, atividades e ações voltadas ao ensino sólido viabilizaram a qualidade acadêmica e pedagógica das aulas, bem como o aprendizado efetivo dos alunos, o que permitiu o reconhecimento pelo MEC do Curso de Administração em 2008.
Passados seis anos, o curso mostra crescimento quantitativo e qualitativo, fortalecimento de sua proposta e de consolidação de resultados positivos, como a publicação deste Caderno Dom Alberto, que é o produto do trabalho intelectual, pedagógico e instrutivo desenvolvido pelos professores durante esse período. Este material servirá de guia e de apoio para o estudo atento e sério, para a organização da pesquisa e para o contato inicial de qualidade com as disciplinas que estruturam o curso.
A todos os professores que com competência fomentaram o Caderno Dom Alberto, veículo de publicação oficial da produção didático-pedagógica do corpo docente da Faculdade Dom Alberto, um agradecimento especial.
Elvis Siqueira Martins Diretor Acadêmico de Ensino
Página 3 / 190
PREFÁCIO
A arte de ensinar e aprender pressupõe um diálogo entre aqueles que
interagem no processo, como alunos e professores. A eles cabe a tarefa de
formação, de construção de valores, habilidades, competências necessárias à
superação dos desafios. Entre estes se encontra a necessidade de uma
formação profissional sólida, capaz de suprir as demandas de mercado, de
estabelecer elos entre diversas áreas do saber, de atender às exigências legais
de cada área de atuação, etc.
Nesse contexto, um dos fatores mais importantes na formação de um
profissional é saber discutir diversos temas aos quais se aplicam
conhecimentos específicos de cada área, dispondo-se de uma variedade ampla
e desafiadora de questões e problemas proporcionada pelas atuais
conjunturas. Para que isso se torne possível, além da dedicação daqueles
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, é preciso haver suporte
pedagógico que dê subsídios ao aprender e ao ensinar. Um suporte que
supere a tradicional metodologia expositiva e atenda aos objetivos expressos
na proposta pedagógica do curso.
Considerando esses pressupostos, a produção desse Caderno Dom
Alberto é parte da proposta pedagógica do curso da Faculdade Dom Aberto.
Com este veículo, elaborado por docentes da instituição, a faculdade busca
apresentar um instrumento de pesquisa, consulta e aprendizagem teórico-
prática, reunindo materiais cuja diversidade de abordagens é atualizada e
necessária para a formação profissional qualificada dos alunos do curso.
Ser um canal de divulgação do material didático produzido por
professores da instituição é motivação para continuar investindo da formação
qualificada e na produção e disseminação do que se discute, apresenta, reflete,
propõe e analisa nas aulas do curso. Espera-se que os leitores apreciem o
Caderno Dom Alberto com a mesma satisfação que a Faculdade tem em
elaborar esta coletânea.
Página 4 / 190
Sumário
Apresentação.........................................................................................................
Prefácio..................................................................................................................
Plano de Ensino.....................................................................................................
Aula 1
Contabilidade Agrária...........................................................................................
Aula 2
Contabilidade Agrícola..........................................................................................
Exercícios.............................................................................................................
Aula 3
Contabilidade Pecuária.........................................................................................
Exercícios..............................................................................................................
Aula 4
Uma Proposição de Contabilidade de Custos na Pecuária Necessidade de Custo...........................................................................................
Exercícios..............................................................................................................
Aula 5
Contabilidade Pecuária..........................................................................................
Exercícios..............................................................................................................
Aula 6
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte....................................................
Exercícios.............................................................................................................
Aula 7
O Fluxo de Caixa no Setor Rural.........................................................................
Aula 8
Plano de Contas Completo para uma Empresa Agropecuária.............................Plano de Contas......................................................................................13............. Aula 9
Balanço Patrimonial.............................................................................................. Aula 10
Balanço Patrimonial Continuação..........................................................................
Página 5 / 190
3
4
7
12
17
35
49
63
70
74
80
88
93
109
117
178
128
135
177
Aula 11
Empresa Teste..................................................................................................... Exercício................................................................................................................
Aula 12
Exercícios............................................................................................................
Aula 13
Novos Projetos Agropecuários e os Gastos de Melhorias...................................
Contabilidade Intermediária I...............................................................................
Página 6 / 190
180
184
186
Missão: "Oferecer oportunidades de educação, contribuindo para a formação de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento ético e visando ao desenvolvimento regional”.
Centro de Ensino Superior Dom Alberto
Plano de Ensino
Identificação
Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Contabilidade Agrária
Carga Horária (horas): 60 Créditos: 4 Semestre: 7º
Ementa
Organização Contábil Administrativa na atividade agrária. Contabilidade na agropecuária. Contabilidade na pecuária. Sistemas de custos agrários. Tributos na atividade agrária. Plano de contas, fluxo de caixa, escrituração.
Objetivos
Geral: Transmitir o conhecimento básico de Contabilidade Agrária ao aluno. Específicos: Preparar os alunos para aplicarem o aprendizado teórico e prático nas empresas com atividades rurais e agropecuárias.
Inter-relação da Disciplina
Horizontal: Relaciona-se com as demais disciplinas de caráter ordenado Vertical: Relaciona-se com todas as disciplinas voltadas à Contabilidade, focando os alunos para o agrobusiness de maneira integrada com as demais disciplinas específicas da Contabilidade.
Competências Gerais
Dominar conhecimentos necessários à execução das funções contábeis do seguimento econômico específico. Estar apto a implantar sistemas específicos de informação contábil e controle gerencial do segmento agropecuário.
Competências Específicas
Ampliar conhecimentos de técnicas contábil específica para instrumento de gestão e produção de incorporações destinadas a tomada de decisão. Desenvolver senso crítico/analítico voltado para as ferramentas a serem utilizados nas avaliações econômicas.
Habilidades Gerais
Executar funções contábeis específicas do segmento econômico. Implantar e gerir sistemas de informação contábeis e gerenciais do segmento agropecuário.
Habilidades Específicas
Desenvolver raciocínio analítico através de casas do segmento específico. Familiarizar-se com os cálculos e contabilização voltadas a uma análise setorial aprofundada.
Conteúdo Programático
PROGRAMA: 1. Organização contábil-administrativa 1.1. Importância da administração rural 1.2. Perfil contábil-administrativo do pequeno e médio produtor rural 2. Contabilidade na agropecuária 2.1. Atividade rural 2.2. Fluxo contábil na atividade agrícola 2.3. Depreciação, amortização e exaustão 2.3.1. Depreciação na agricultura
Página 7 / 190
Missão: "Oferecer oportunidades de educação, contribuindo para a formação de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento ético e visando ao desenvolvimento regional”.
2.3.2. Depreciação de implementos agrícolas 2.3.3. Depreciação na pecuária 3. Contabilidade da pecuária 3.1. Tratamento contábil de bezerros 3.2. Métodos de avaliação dos estoques 3.3. Método do custo histórico 3.4. Fluxo contábil no método do custo histórico 3.5. Mortes no rebanho 3.6. Método do valor de mercado 3.7. Fluxo contábil no método do valor de mercado
4. Sistema de custos 4.1. Custos na agropecuária 4.2. Definição e conceito de outras expressões de custo 4.3. Formas de apuração de custos 4.4. Centros de responsabilidade da empresa rural 5. Contabilidade de animais difíceis de ser inventariados 5.1. Contabilidade no contexto da criação e comercialização de pequeno animais 5.2. Manejo dos animais. Conhecimento do processo de criação (casos típicos) 5.3. Mensuração: como avaliar o ativo (estoques) 6. Tributos em agrobusiness 6.1. Tributação na agropecuária 6.2. ITR - Imposto sobre a propriedade territorial rural 6.3. Imposto sobre a renda 6.4. ICMS - Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços transporte interestadual e intermunicipal e de comes cação 6.5. Outras contribuições 7. O fluxo de caixa no setor rural 7.1. Contabilidade à base do caixa (método de caixa) nos EUA 7.2. Regime de competência versus caixa 7.3. Demonstração do fluxo de caixa e sua importância na agropecuária quando integrada com o fluxo econômico 7.4. Estrutura da demonstração do fluxo de caixa 7.5. Método direto 7.6. Método indireto 7.7. Análise do fluxo de caixa em negócios rurais 8. Plano de contas complemento para uma empresa agropecuária 8.1. Abrangência do plano de contas 8.2. Não-abrangência do plano de contas 8.3. Flexibilidade do plano de contas 8.4. Fins gerenciais e indicadores financeiros 8.5. Avaliação dos estoques 8.6. Apuração de custos 8.7. Fazenda x escritório
Estratégias de Ensino e Aprendizagem (metodologias de sala de aula)
Aulas expositivo-interativas. Seminários. Palestras. Visitas técnicas. Trabalhos individuais e em grupo. Pesquisa e discussão de assuntos relacionados à disciplina.
Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem
A avaliação do processo de ensino e aprendizagem deve ser realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática com o objetivo de diagnosticar a situação da aprendizagem de cada aluno, em relação à programação curricular. Funções básicas: informar sobre o domínio da aprendizagem, indicar os efeitos da metodologia utilizada, revelar conseqüências da atuação docente, informar sobre a adequabilidade de currículos e programas, realizar feedback dos objetivos e planejamentos elaborados, etc. A forma de avaliação será da seguinte maneira: 1ª Avaliação
Página 8 / 190
Missão: "Oferecer oportunidades de educação, contribuindo para a formação de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento ético e visando ao desenvolvimento regional”.
– Peso 8,0 (oito): Prova; – Peso 2,0 (dois): Trabalho constituído de questões inerentes ao conteúdo da disciplina a serem respondidas fora da sala de aula e postadas no portal.
2ª Avaliação - Peso 8,0 (oito): Prova;
Peso 2,0 (dois): referente ao Sistema de Provas Eletrônicas – SPE (maior nota das duas provas do SPE) Observação: As provas do SPE deverão ser realizadas até o dia 30/09/2010 (1ª prova SPE) e até o dia
30/11/2010 (2ª prova SPE), sendo obrigatória a realização de ao menos uma prova.
Avaliação Somativa
A aferição do rendimento escolar de cada disciplina é feita através de notas inteiras de zero a dez, permitindo-se a fração de 5 décimos. O aproveitamento escolar é avaliado pelo acompanhamento contínuo do aluno e dos resultados por ele obtidos nas provas, trabalhos, exercícios escolares e outros, e caso necessário, nas provas substitutivas. Dentre os trabalhos escolares de aplicação, há pelo menos uma avaliação escrita em cada disciplina no bimestre. O professor pode submeter os alunos a diversas formas de avaliações, tais como: projetos, seminários, pesquisas bibliográficas e de campo, relatórios, cujos resultados podem culminar com atribuição de uma nota representativa de cada avaliação bimestral. Em qualquer disciplina, os alunos que obtiverem média semestral de aprovação igual ou superior a sete (7,0) e freqüência igual ou superior a setenta e cinco por cento (75%) são considerados aprovados. Após cada semestre, e nos termos do calendário escolar, o aluno poderá requerer junto à Secretaria-Geral, no prazo fixado e a título de recuperação, a realização de uma prova substitutiva, por disciplina, a fim de substituir uma das médias mensais anteriores, ou a que não tenha sido avaliado, e no qual obtiverem como média final de aprovação igual ou superior a cinco (5,0).
Sistema de Acompanhamento para a Recuperação da Aprendizagem
Serão utilizados como Sistema de Acompanhamento e Nivelamento da turma os Plantões Tira-Dúvidas que são realizados sempre antes de iniciar a disciplina, das 18h30min às 18h50min, na sala de aula.
Recursos Necessários
Humanos Professor.
Físicos Laboratórios, visitas técnicas, etc.
Materiais Recursos Multimídia.
Bibliografia
Básica
MATTOS, Zilda Paes de Barros. Contabilidade Financeira Rural. São Paulo: Atlas, 1999. MARION. José Carlos. Contabilidade Rural. São Paulo: Atlas, 2005. ________. Contabilidade e Controladoria em Agribusiness. São Paulo: Atlas, 1996. CREPALDI. Silvio Aparecido. Contabilidade Rural. São Paulo: Atlas, 1998. FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E FINANCEIRAS, Manual de Contabilidade por Ações: aplicável às demais sociedades. São Paulo: Atlas, 2003.
Complementar
GRECO, Alvísio. AREND, Lauro Roberto. Contabilidade: Teoria e Práticas Básicas. SP: Sagra-DC Luzzatto, 1998. ARAÚJO, Massilon Justino de. Fundamentos em agronegócios. São Paulo: Atlas, 2005. BARBOSA, Jairo Silveira. Administração rural a nível de fazendeiro. São Paulo: Nobel, 1983. BATALHA, Mario Otávio (coord.). Gestão Agroindustrial. 3.ed., vol. 2, São Paulo: Atlas, 2001.
Página 9 / 190
Missão: "Oferecer oportunidades de educação, contribuindo para a formação de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento ético e visando ao desenvolvimento regional”.
SANTOS, Gilberto José dos, et al. Administração de Custos na Agropecuária. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Periódicos
IOB Gazeta Mercantil Jornal do Comércio
Sites para Consulta
http://www.crcrs.org.br http://www.cfc.org.br
Outras Informações
Endereço eletrônico de acesso à página do PHL para consulta ao acervo da biblioteca: http://192.168.1.201/cgi-bin/wxis.exe?IsisScript=phl.xis&cipar=phl8.cip&lang=por
Página 10 / 190
Missão: "Oferecer oportunidades de educação, contribuindo para a formação de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento ético e visando ao desenvolvimento regional”.
Cronograma de Atividades
Aula Consolidação Avaliação Conteúdo Procedimentos Recursos
1ª Organização contábil-administrativa: importância da administração rural; perfil contábil-administrativo do pequeno e médio produtor.
AE QG, AP, DS, LB
2ª
Contabilidade na agropecuária: atividade rural; fluxo contábil na atividade agrícola; depreciação, amortização, exaustão; depreciação na agricultura; depreciação de implementos agrícolas; depreciação na pecuária.
AE QG, AP, DS, LB
3ª
Contabilidade da pecuária: tratamento contábil de bezerros; métodos de avaliação dos estoques; método do custo histórico; fluxo contábil no método do custo histórico; mortes no rebanho; método do valor de mercado; fluxo contábil no método do valor de mercado.
AE QG, AP, DS,
LB
4ª Estudo dirigido AE QG, AP, DS, LB
5ª SISTEMA DE CUSTOS: custos na agropecuária; definição e conceito de outras expressões de custo; formas de apuração de custos; centros de responsabilidade da empresa rural.
AE QG, AP, DS, LB
6ª
CONTABILIDADE DE ANIMAIS DIFÍCEIS DE SER INVENTARIADOS: contabilidade no contexto da criação e comercialização de pequeno animais; manejo dos animais; conhecimento do processo de criação (casos típicos); mensuração: como avaliar o ativo (estoques).
AE QG, AP, DS,
LB
7ª
TRIBUTOS EM AGRIBUSINESS: tributação na agropecuária; ITR - Imposto sobre a propriedade territorial rural; imposto sobre a renda; ICMS - Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços transporte interestadual e intermunicipal e de comercialização
AE QG, AP, DS, LB
1 Consolidação e Sistematização dos Conteúdos da 1a Avaliação AE
QG, AP, DS, LB
1 Primeira Avaliação.
AE QG, AP, DS, LB
8ª
O FLUXO DE CAIXA NO SETOR RURAL: contabilidade à base do caixa (método de caixa) nos EUA; regime de competência versus caixa; demonstração do fluxo de caixa e sua importância na agropecuária quando integrada com o fluxo econômico; estrutura da demonstração do fluxo de caixa; método direto; método indireto; análise do fluxo de caixa em negócios rurais
AE QG, AP, DS, LB
9ª
PLANO DE CONTAS COMPLEMENTO PARA UMA EMPRESA AGROPECUÁRIA: abrangência do plano de contas; não-abrangência do plano de contas; flexibilidade do plano de contas; fins gerenciais e indicadores financeiros; avaliação dos estoques; apuração de custos; fazenda x escritório.
AE QG, AP, DS,
LB
10ª Prática Contábil (escrituração contábil)
AE QG, AP, DS,
LB
11ª Prática Contábil (escrituração contábil) AE QG, AP, DS, LB
12ª Prática Contábil (escrituração contábil)
AE QG, AP, DS,
LB
13ª Prática Contábil (escrituração contábil) AE QG, AP, DS, LB
2 Consolidação e Sistematização dos Conteúdos da 2a Avaliação AE QG, AP, DS,
LB
2 Segunda Avaliação.
AE QG, AP, DS, LB
3 Avaliação Substitutiva.
AE QG, AP, DS, LB
Legenda
Código Descrição Código Descrição Código Descrição
AE Aula expositiva QG Quadro verde e giz LB Laboratório de informática TG Trabalho em grupo RE Retroprojetor PS Projetor de slides TI Trabalho individual VI Videocassete AP Apostila SE Seminário DS Data Show OU Outros PA Palestra FC Flipchart
Página 11 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Prof. Antonio Osório Gonçalves
Primeira Aula
Testes Em cada teste há apenas uma alternativa correta; identifique-a: 1.Como exemplo de atividade agrícola temos:
( x) a) Hortaliças
( ) b) Avicultura
( ) c) Moagem do trigo
( ) d) Metalúrgica
2. Como exemplo de atividade zootécnica temos:
( ) a) Hortaliças
(x ) b) Avicultura
( ) c) Moagem do trigo
( ) d) Metalúrgica
3. Como exemplo de atividade agroindustrial temos:
( ) a) Hortaliças
( ) b) Avicultura
( x ) c) Moagem do trigo
( ) d) Metalúrgica
4. Como exemplo de atividade pecuária temos:
( ) a) Hortaliças
( ) b) Avicultura
( ) c) Moagem do trigo
( x) d) Ovinocultura
Página 12 / 190
5. A atividade pecuária de maior significação econômica é:
( x ) a) Bovinocultura
( ) b) Suinocultura
( ) c) Caprinocultura
( ) d) Eqüinocultura 6. A Contabilidade Agropecuária é aplicada:
( ) a) Apenas às empresas agrícolas
( ) b) A todas as empresas rurais
( x) c) Apenas às empresas agropecuárias
( ) d) Apenas às empresas zootécnicas 7. A Contabilidade Rural é aplicada:
( ) a) Apenas às empresas agrícolas
( x ) b) A todas as empresas rurais
( ) c) Apenas às empresas pecuárias
( ) d) Apenas às empresas zootécnicas 8. As empresas agropecuárias constituídas na forma de S.A. são:
( ) a) Sociedade de Amigos de Bairro
( ) b) Sociedade camuflada
( x) c) Sociedade empresária
( ) d) Sociedade anormal 9. A fixação do ano agrícola é importante para:
( ) a) Determinar o plano de contas
( ) b) Determinar a atividade operacional
( ) c) Determinar os planos da empresa
( x ) d) Determinar o exercício social 10. Numa atividade agrícola, com diversas culturas em períodos de colheitas diferentes, prevalece o
ano agrícola com base em:
( ) a) Cultura permanente ( cultura que proporciona várias colheitas)
Página 13 / 190
( ) b) Cultura temporária ( cultura anual, uma só colheita )
( x ) c) Participação econômica de cada cultura
( ) d) Tempo de colheita Exercícios 1. A Fazenda Santo Agostinho S.A. tem diversas culturas, com a seguinte participação no faturamento total: Milho – colheita em novembro/dezembro 8% Fumo – colheita em abril/maio 10% Feijão – colheita em março 10% Uva – colheita em janeiro/fevereiro 22% Cana-de-açúcar – colheita em março/abril 30% Café – colheita em julho/agosto 15% Outras culturas 5% Qual seria o melhor mês para o encerramento do balanço (exercício social) diante da Teoria da Contabilidade? R – 30 de abril ou 31 de maio – quando se encerra a colheita da cana-de-açúcar por se tratar da cultura de maior representatividade econômica (de acordo com a determinação da legislação). 2. Explique as diferenças básicas, na agropecuária, entre:
a) Conceitos de Contabilidade: Contabilidade Rural – É o ramo da contabilidade geral aplicado às empresa rurais; Contabilidade Agropecuária – é o ramo da contabilidade geral aplicado às empresas agropecuárias; Contabilidade Agrícola - ........................ Contabilidade Agrária - .........................
b) Sociedades: - Empresária – empresas agropecuárias - Não Empresárias – empresário rural; produtor rural autônomo.
c) Forma jurídica de exploração:
- Pessoa Física - Pessoa Jurídica
d) Capital: - Capital Fundiário (recursos permanentes) - Capital de Exercício (recursos circulantes)
e) Formas de Exploração da Terra: - Parcerias;
Página 14 / 190
- Arrendamentos; - Comodato; - Condomínio.
3. Constantino Ribeiro e Idelfonso Cabral resolvem constituir uma atividade agropecuária cujo objeto social é a produção do sêmem extraído de gado de raça pura. A venda de sêmem será em qualquer mês do ano, já que serão adquiridos equipamentos de congelamento e armazenamento deste produto. Planejam vender anualmente um montante superior a 5.000 UFIR (pequeno produtor). Se os empreendedores optam por pessoa jurídica constituirão uma sociedade por cota de responsabilidade limitada, já que essa é menos onerosa, em termos de obrigações sociais, que a sociedade anônima.
Com base nestas informações, responder às questões:
a) Pode-se dizer que a atividade será uma empresa rural? R – A produção de sêmen é considerada atividade rural.
b) Em que campo de atividade poderia ser enquadrada tal empresa?
R – Atividade Zootécnica.
c) Pela teoria da contabilidade, qual seria o melhor período para estabelecer como exercício social? R – será 31/12 em razão da linearidade das vendas.
d) Qual a forma jurídica de exploração recomendada: pessoa física ou jurídica?
R - Por se tratar de sociedade entre duas pessoas, a forma mais indica é Pessoa Jurídica.
e) Se pessoa jurídica, a empresa será sociedade empresária ou há outras possibilidades? R – Sociedade Empresária por quotas de responsabilidade limitada.
Informação Importante: qualquer tipo de empresa rural, seja familiar ou patronal, é integrada por um conjunto de recursos, denominados FATORES DE PRODUÇÃO. São três os fatores de produção: 1) a terra; 2) o capital; 3) o trabalho. Administração Rural – O conhecimento das condições de mercado e dos recursos naturais dá ao produtor rural os elementos básicos para o desenvolvimento de sua atividade econômica. Cabe a ele agora decidir o quê, quanto e como produzir, controlar a ação após iniciar a atividade e, por último, avaliar os resultados alcançados e compará-los com os previstos inicialmente.
Página 15 / 190
Curso: CIÊNCIAS CONTCIÊNCIAS CONTÁÁBEISBEIS
CONTABILIDADE AGRÁRIA
CONTABILIDADE AGRCONTABILIDADE AGRÁÁRIARIA
01
Página 16 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
CONTABILIDADE AGRÍCOLA
13
Página 17 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
CULTURAS TEMPORÁRIAS
CULTURAS PERMANENTES
14
Página 18 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
CULTURAS TEMPORÁRIAS
*São aquelas sujeitas ao replantio após a colheita•Seu período de vida é curto
Exemplos•Soja
• Milho• Arroz• Feijão
15
Página 19 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
CULTURAS TEMPORÁRIAS
ATIVO CIRCULANTECulturas Temporárias em Formação
ArrozFeijãoSojaMilho
CUSTOS (gastos identificáveis diretaou indiretamente com as culturas)
- sementes- mudas- energia elétrica- inseticidas- outros gastos
- fertilizantes- mão-de-obra e encargos- combustíveis- depreciação- colheita
Debita-se: Culturas Temporárias em FormaçãoCredita-se: Caixa ou Contas a Pagar ou Fornecedores
Observações:
Culturas diferentes: milho, soja e feijão � os custos indiretos devem ser rateados entre cadauma das culturas, através de por exemplo: Nº de horas de trabalho dos funcionários
Nº de horas utilizadas pelos tratores
E AS DESPESAS ?????????????
16
Página 20 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
E AS DESPESAS ????????????? Aguardar uma melhor oportunidade
para a venda
São gastos não identificáveis com as culturas:
- despesas de vendas (propaganda, comissões de vendedores, armazenamento , ...)- despesas administrativas (honorários diretores, pessoal do escritório, ...)- despesas financeiras (juros, variações monetárias, ...)
São apropriadas diretamente no Resultado do Exercício
Debita-se: Despesas XXX,YYY,ZZZCredita-se: Caixa ou Contas a Pagar ou Fornecedores
17
Página 21 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
APÓS A COLHEITA
ATIVO CIRCULANTEProdutos Agrícolas
ArrozFeijãoSojaMilho
CUSTOS (de acabamento do produtoou para deixá-lo em condições de ser vendido)
- beneficiamento- acondicionamento- silagem- congelamento
E AS VENDAS ?????????????
Debita-se: Produtos agrícolasCredita-se: Culturas Temporárias em Formação
Debita-se: Produtos AgrícolasCredita-se: Caixa ou Contas a Pagar ou Fornecedores
18
Página 22 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
E AS VENDAS ?????????????
Debita-se: Caixa ou Duplicatas a ReceberCredita-se: Receitas de Vendas
Debita-se: Custos dos Produtos VendidosCredita-se: Produtos Agrícolas
LUCRO BRUTO
19
Página 23 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
CULTURAS PERMANENTES
* São aquelas que permanecem vinculadas ao solo eProporcionam mais de uma colheita ou produção
* Normalmente possuem duração mínima de 4 anos
Exemplos:* Citricultura (laranja, limão)
* Cafeicultura* cana-de-açúcar
* Oleicultura (Oliveira)* Frutas Arbóreas (maçã, pêra, goiaba)
20
Página 24 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
CULTURAS PERMANENTES
ATIVO PERMANENTE
Culturas Permanentes em FormaçãoCaféAlgodãoLaranja
CUSTOS (gastos identificáveis diretaou indiretamente com as culturas)
- adubação- fungicidas- manutenção- Serviços terceiros- mudas
- formicidas- herbicidas- seguros- irrigação- depreciação
Debita-se: Culturas Permanentes em FormaçãoCredita-se: Caixa ou Contas a Pagar ou Fornecedores
Observações:
Culturas diferentes: café, pêra e maçã � os custos indiretos devem ser rateados entre cadauma das culturas, através de por exemplo: Nº de horas de trabalho dos funcionários
Nº de horas utilizadas pelos tratores
E AS DESPESAS ?????????????
Imobilizado- forragem- mão-de-obra- Preparo do solo- sementes- produtos químicos- outros gastos
21
Página 25 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
E AS DESPESAS ?????????????
São gastos não identificáveis com as culturas:
- despesas de vendas (propaganda, comissões de vendedores, armazenamento , ...)- despesas administrativas (honorários diretores, pessoal do escritório, ...)- despesas financeiras (juros, variações monetárias, ...)
São apropriadas diretamente no Resultado do Exercício
Debita-se: Despesas XXX,YYY,ZZZCredita-se: Caixa ou Contas a Pagar ou Fornecedores
22
Página 26 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
APÓS A CULTURA JÁ ESTAR FORMADA
ATIVO PERMANENTE
CaféLaranjaPêraLimão
CUSTOS (se forem aplicados recursosPara a melhoria da produtividade ou aumentoDa vida útil da cultura)
- devem ser contabilizados no IMOBILIZADO- serão passíveis de depreciação ou exaustão
SE AS CULTURAS JÁ ESTÃO FORMADAS (PÉS DE LARANJA) INICIA-SEO PROCESSO DE COLHEITA DOS FRUTOS �
Debita-se: Culturas Permanentes FormadasCredita-se: Culturas Permanentes em Formação
Debita-se: Culturas Permanentes FormadasCredita-se: Caixa ou Contas a Pagar ou Fornecedores
Imobilizado
23
Página 27 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
PERÍODO: DESDE A FLORAÇÂO ATÉ A COLHEITA
ATIVO CIRCULANTEColheitas em Andamento
CaféAlgodãoLaranja
CUSTOS
- produtos químicos- combate às formigas- seguros- serviços de terceiros- depreciação culturas Permanentes Formadas
24
(Permanente) - irrigação- mão-de-obra e encargos- Secagem de colheitas- outros gastos
Debita-se: Colheitas em andamentoCredita-se: Caixa ou Contas a Pagar ou Fornecedores
Observações:
a) Custos Indiretos Idem Culturas Temporáriasb) Despesas
Página 28 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
APÓS A COLHEITA
ATIVO CIRCULANTEProdutos Agrícolas
Arroz.....CaféLaranja
CUSTOS (de acabamento do produtoou para deixá-lo em condições de ser vendido)
- beneficiamento- acondicionamento- silagem- congelamento
AS VENDAS: IDEM CULTURAS TEMPORÁRIAS
Debita-se: Produtos agrícolasCredita-se: Colheitas em Andamento
Debita-se: Produtos AgrícolasCredita-se: Caixa ou Contas a Pagar ou Fornecedores
25
Página 29 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
26
ALGUMAS OBSERVAÇÕES
* Perdas Extraordinárias* Despesas Financeiras
* Início da atividade agrícola e Gastos Pré-operacionais* Culturas novas em empresas agrícolas já existentes
* Desmatamento, destocamento ou outras melhorias do solo
Página 30 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
27
Perdas Extraordinárias = Involuntárias
* Incêndios, geadas, granizo, secas, inundações, etc.
perda da capacidade total ou parcial
baixa do AP (mesmo se seguradas)Debita-se: Perdas Culturas Permanentes (Despesa NOP)Credita-se: Culturas Permanentes em Formação e/ou Formada
* frustração ou retardamento de safra: não são perdas extraordinárias: Não há BAIXA de AP
* perdas normais, inerentes à própria plantação: previsíveis : Não há BAIXA de AP
Página 31 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
28
Despesas Financeiras
Capital de giro
Financiamento para custeio
• Por exemplo:
Financiamento no ano agrícola de 1999 para aplicação na safra do ano agrícola 2000:Quando contabilizar as despesas financeiras (Juros) ????
1) Proporcionalmente aos meses de cada ano agrícola
2) No ano agrícola de 2000, para confrontar com as receitas da safra do mesmo ano
“Princípio da Confrontação de Receitas e Despesas”
Página 32 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
29
Início da Atividade Agrícola (Cultura Permanente em Formação)
1ª Cultura
* Não são identificados diretamente como as culturas* Exemplos: despesas de propaganda, administrativas, financeiras, constituição da empresa e
pesquisa e estudo de viabilidade econômica.* Todos os gastos são lançados no ATIVO PERMANENTE - DIFERIDO
A partir da 1ª colheitaPrazos: mínimo de 5 emáximo de 10 anos
* Período mais longo (formação , crescimento e manutenção)* Chamado de Período Pré-operacional, porém não existem nem receitas nem despesas
Operacionais e, conseqüentemente não existe RESULTADO (DRE)* Todos os gastos são lançados no ATIVO PERMANENTE - IMOBILIZADO
Gastos Pré-operacionais
Amortização
Página 33 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
30
Culturas novas em empresas agrícolas já existentes
a) Atividades já existentes: DESPESAS DO PERÍODO
b) Novo projeto: DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS – AP DIFERIDOse não forem de valores relevantes: despesas do período
NOVO PROJETO
Custos: Culturas Permanentes em Formação
ATIVO PERMANENTE - IMOBILIZADO
Despesas Operacionais
Página 34 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Prof. Antonio Osório Gonçalves
Segunda Aula
Testes
1. Cana-de-açúcar é:
( ) a) Cultura temporária
( ) b) Cultura em erradicação
( X) c) Cultura permanente
( ) d) Cultura flutuante
2. Milho é:
(X) a) Cultura temporária
( ) b) Cultura em erradicação
( ) c) Cultura permanente
( ) d) Cultura flutuante
3. Cultura temporária em formação é classificada como:
(X ) a) Estoque
( ) b) Investimento
( ) c) Imobilizado
( ) d) Diferido
4. Cultura permanente em formação é classificada como:
( ) a) Estoque
( ) b) Investimento
( X) c) Imobilizado
( ) d) Diferido
Página 35 / 190
5. Mão-de-obra na plantação de qualquer cultura é:
( ) a) Despesa
(X) b) Custo
( ) c) Perda
( ) d) Patrimônio Líquido
6. Juros de financiamento agrários são considerados:
(X) a) Despesa
( ) b) Custo
( ) c) Ativo Permanente
( ) d) Patrimônio Líquido
7. Cultura permanente formada é considerada:
( ) a) Despesa
( ) b) Custo
(X) c) Ativo Imobilizado
( ) d) Patrimônio Líquido
8. Cultura temporária colhida e não vendida é considerada:
( ) a) Despesa
( ) b) Custo
(X) c) Ativo Circulante
( ) d) Patrimônio Líquido
9. O lucro agropecuário será contabilizado como::
( ) a) Despesa
( ) b) Custo
( ) c) Ativo Realizável a Longo Prazo
(X) d) Patrimônio Líquido
10. Inundações, incêndios, geadas são considerados:
( ) a) Custo
(x) b) Perda
Página 36 / 190
( ) c) despesa
( ) d) Ganho
Exercícios
1. A Cia. Milharal prepara muitos hectares para plantar milho doce, voltado para produtos
alimentícios. Sabendo-se que o ciclo vegetativo do milho não ultrapassa 180 dias, que o
período de semeadura será entre setembro e novembro, que o ano agrícola,
conseqüentemente o exercício social, está fixado para 31/3, os custos para a referida cultura
foram:
Cultura do milho � de setembro a janeiro
Em R$ mil
Adubo.............................................................................................................. 58.000
Semente ........................................................................................................ 122.800
Outros custos ............................................................................................... 36.000
Mão-de-obra- serviços de terceiros :
� lavra, plantação, desbaste, capina, colheita............................................. 21.000
� debulha (destacar o grão da espiga)
de janeiro a março 4.200
Armazenamento em paiol (dois meses – aluguel) 6.500
A colheita totalizou 20.400 sacas; em 25/3 a produção foi totalmente vendida, a vista, a R$
20,00 a saca. Considerando-se que todos os custos acima foram a vista, que a empresa
contraiu despesas operacionais no período, também a vista, no total de R$ 120.060,00, apurar
o Lucro Operacional do período, sabendo-se que a situação patrimonial ao final de agosto
era:
Página 37 / 190
Em R$ mil
ATIVO PASSIVO e PL Circulante
Disponível 510.000 Cultura em formação - 0 – Produtos agrícolas 25.000 Permanente
Imobilizado 1.800.000
Circulante
- - 0 – Patrimônio Líquido
Capital 2.000.000 Lucros Acumulados 335.000 2.335.000
Total 2.335.000 Total 2.335.000
Observações:
a) Como nesse exercício se solicita apenas o Lucro Operacional, não será feita a Provisão para
Imposto de Renda.
Pede-se: contabilizar as operações apresentadas e apresentar as demonstrações financeiras.
1 – pela aquisição de insumos
Cultura Temporária Em Formação- Milho Doce
D – Adubos 58.000,00
D – Sementes 122.800,00
D – Outros Custos 36.000,00
C – Caixa 216.800,00
2 - Utilização de mão-de-obra de terceiros
Cultura Temporária em Formação – Milho Doce
D – Lavra, Plantação, Capinas e Colheita 21.000,00
D – Debulha 4.200,00
C – Caixa 25.200,00
3 – transferência da cultura em formação em estoques
D – Produtos Agrícolas – Milho Doce 242.000,00
C – adubos 58.000,00
C – sementes 122.800,00
C – outros custos 36.000,00
C – lavra, plantação, capinas e colheita 21.000,00
Página 38 / 190
C – debulha 4.200,00
4 – pelo armazenamento dos produtos agrícolas
D – produtos agrícolas – milho doce 6.500,00
C – caixa 6.500,00
5 – houveram despesas operacionais de 120.060,00
Despesas Operacionais 120.060,00
A Caixa 120.060,00
6 – vendida a produção de 20.400 sacas a R$ 20,00 a saca
Caixa 408.000,00
A Vendas a Vista de Milho Doce 408.000,00
7 – transferência do Custo do Produto Vendido
C P V 248.500,00
A Produtos Agrícolas – Milho Doce 248.500,00
________________
b) O estoque de produtos agrícolas no valor de R$ 25.000.000 deve permanecer no balanço.
Para esse item não se dará tratamento mais aprofundado.
c) Está-se admitindo que não houve depreciação e que todo o Imobilizado é composto de terras.
d) Se se quiser descer a um nível de maior detalhe, pode-se abrir uma conta intermediária entre
“Cultura em Formação” e “Produtos Agrícolas”, com o título “Cultura (ou Produtos) em
Beneficiamento”, em que se tem o gasto de mão-de-obra para a debulha.
Página 39 / 190
e) Normalmente, no encerramento do Balanço Patrimonial, o saldo da conta “Cultura em
Formação” é zero, pois o balanço é levantado após a colheita (ano agrícola). Pode ocorrer em
situações em que haja cultura secundária em formação, por ocasião do ano agrícola da
cultura principal.. Todavia, o valor da cultura em formação deverá ser pouco relevante.
ATIVO PASSIVO
Caixa 549.440,00 Capital 2.000.000,00
Produtos Agrícolas 25.000,00 Lucros Acumulados 374.440,00
Imobilizado 1.800.000,00
2.374.440,00 2.374.440,00
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Receita Operacional 408.000,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos 248.500,00
LUCRO BRUTO 159.500,00
Despesas Operacionais 120.060,00
LUCRO OPERACIONAL 39.440,00
Página 40 / 190
2. A Cia. PUC Agropecuária apresentou os seguintes gastos para a cultura em formação da
maçã:
Em $ mil
Destoca, limpeza do solo ..................................................................................... 10.800
Adubação e preparo para plantio ......................................................................... 1.200
Mudas .................................................................................................................. 6.000
Mão-de-obra geral ................................................................................................ 16.000
Tratamento fitossanitário ..................................................................................... 4.000
Nesse período, o exercício é encerrado. No período seguinte há novos gastos:
Em R$ mil
Manutenção da cultura em crescimento .......................................................................... 5.000
Mão-de-obra ..........................................................................................................................12.000
Outros gastos ........................................................................................................................ 10.000
Novamente , o período é encerrado.
Está prevista uma colheita anual de maçã durante 20 anos. Na primeira colheita, os gastos sem
amortização foram de R$ 38.000,00
Evidenciar no grupo Estoque e Imobilizado os dados apresentados, considerando a primeira
colheita terminada e não vendida.
A – Cultura em Formação da Maçã – Primeiro Período
Destoca e limpeza do solo 10.800,00
Adubação e preparo para plantio 1.200,00
Mudas 6.000,00
Mão de obra em geral 16.000,00
Tratamento fitossanitário 4.000,00
Total 38.000,00
B – Gastos do Segundo Período
Manutenção da cultura em crescimento 5.000,00
Mão de obra 12.000,00
Outros gastos 10.000,00
Página 41 / 190
Total do Período 27.000,00
Total Acumulado 65.000,00
C – Amortização na primeira colheita 5% x 65.000,00 3.250,00 D - VALOR DO GRUPO IMOBLIZADO 61.750,00
E – Valor do Estoque Amortização do período 3.250,00 Gastos com a primeira colheita 38.000,00 VALOR DOS ESTOQUES DE MAÇÃ 41.250,00 3. A Fazenda Grande S.A. apresenta o seguinte Balanço Patrimonial em 31-12-X8:
Em $ mil
ATIVO PASSIVO Circulante
Disponível 100 Insumos 800 Prod. agrícolas 4.000 4.900 Permanente
Imobilizado Terras 14.100 Cafeeiro 10.000 Trator 2.000 Bens de escritório 4.000 30.000
Circulante
Fornecedores 4.000 Impostos a Pagar 1.000 Contas a Pagar 500 5.500 Patrimônio Líquido
Capital 20.000 Res. Capital 5.000 Res. Legal 1.000 Res. Reavaliação 2.000 Lucros Acumulados 1.500 29.500
Total 35.000 Total 35.000 São efetuadas as seguintes operações a partir de 1º - 01-X9: 1) Início do plantio da soja, cujos custos iniciais são:
• Insumo ( constante em estoque) R$ 700,00
• Adubos adquiridos a prazo R$ 1.800,00
• Mão-de-obra paga R$ 80,00
• Outros custos R$ 420,00
Página 42 / 190
D – Cultura Temporária em Formação 700,00
C - Insumos 700,00
D – Cultura Temporária em Formação 1.800,00
C – Fornecedores 1.800,00
D – Cultura Temporária em Formação 80,00
C – Caixa 80,00
D – Cultura Temporária em Formação 420,00
C – Caixa 420,00
Para suportar “Outros Custos” foi obtido um empréstimo de R$ 500,00 para pagar em 14-01-
X10, com juros totais de 50% ao ano, sendo devolvido junto com o principal.
D – Caixa 500,00
C – Empréstimos a Pagar 500,00
D – Despesas de Juros 250,00
C – Empréstimos a Pagar 250,00
2) Foi vendida metade da colheita do café, a vista, constante no Estoque, por R$ 6.000,00
D – Caixa 6.000,00
C – Receita de Vendas 6.000,00
D – C.P.V 2.000,00
C – Produtos Agrícolas 2.000,00
3) A empresa iniciou a colheita da próxima safra de café, tendo os seguintes custos:
• Mão-de-obra paga R$ 1.500,00
• Outros custos a vista R$ 1.400,00
D – Colheita em andamento 2.900,00
Página 43 / 190
C – Caixa 2.900,00
4) A depreciação do trator é distribuída: metade para soja e metade para a colheita do café, já que
ele é usado na manutenção e na colheita.
D – Cultura Temporária em Formação 500,00
D – Colheita em Andamento 500,00
C – Depreciação Acumulada Trator 1.000,00
5) Os valores brutos do Imobilizado são:
Terrenos Cafeeiros Tratores Bens de
Escritório
Valor Total
14.100,00
20.000,00
4.000,00
5.000,00
(-) Deprec.
Acumulada
-
(10.000,00)
(2.000,00)
(1.000,00)
Taxa Deprec.
0
5% a.a.
25% a.a.
10% a.a.
D – Colheita em Andamento 1.000,00
C – Amortização Acumulada do Cafeeiro 1.000,00
D – Despesa de Depreciação 500,00
C – Depreciação Acumulada de Bens de Escritório 500,00
7) As Despesas Operacionais a vista, além dos juros, são:
Vendas (ocorreram após o item “b” abaixo) R$ 1.200,00
Administrativa ( não inclui depreciação) R$ 800,00
D – Despesas de Vendas 1.200,00
Página 44 / 190
C – Caixa 1.200,00
D – Despesas Administrativas 800,00
C – Caixa 800,00
Considerando que a empresa não fez correção monetária está isenta de Imposto de Renda,
pede-se:
a) Os lançamentos contábeis em razonetes, sabendo-se que os custos finais, a vista, foram:
Soja: R$ 1.080,00
Café (colheita): R$ 950,00
Obs.: A empresa ainda não constituiu nova reserva.
D – Cultura Temporária Em Formação 1.080,00
C – Caixa 1.080,00
D – Colheita em Andamento 950,00
C – caixa 950,00
b) Apurar o Resultado do Período, sendo que 1/3 da soja colhida foi vendida a vista por
R$ 5.000,00
D – Caixa 5.000,00
C – Vendas a Vista 5.000,00
D – Produtos Agrícolas 4.580,00
C – Cultura Temporária em Formação 4.580,00
d – Produtos Agrícolas 5.350,00
c – Colheita em Andamento 5.350,00
D – C P V 1.526,67
C – Produtos Agrícolas 1.526,67
LANÇAMENTOS DE APURAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
D – Receitas com vendas 11.000,00
C – Resultado do Exercício 11.000,00
D – Resultado do Exercício 3.526,67
C – CPV 3.526,67
Página 45 / 190
D – Resultado do Exercício 1.200,00
C – Despesas de Vendas 1.200,00
D – Resultado do Exercício 800,00
C – Despesas Administrativas 800,00
D – Resultado do Exercício 500,00
C – Despesas com Depreciação 500,00
D – Resultado do Exercício 250,00
C – Despesas de Juros 250,00
RESULTADO DO EXERCÍCIO
11.000,00
3.526,67
1.200,00
800,00
500,00
250,00
6.276,67
4.723,33
11.000,00
4.723,33
D – Resultado do exercício 4.723,33
C – Lucros acumulados 4.723,33
c) Apresentar o Balanço patrimonial e a DRE, sabendo-se que não houve mais venda de café,
embora a colheita já esteja terminada. A colheita de soja ainda não foi concluída.
ATIVO PASSIVO CAIXA 4.170,00 FORNECEDORES 5.800,00 INSUMOS 100,00 IMPOSTOS A
PAGAR 1.000,00
PRODUTOS AGRÍCOLAS – CAFÉ
7.350,00 CONTAS A PAGAR 500,00
PRODUTOS AGRÍCOLAS - SOJA
3.053,33 EMPRÉSTIMOS 750,00
TERRAS 14.100,00 CAPITAL 20.000,00 CAFEEIRO 20.000,00 RESERVAS DE
CAPITAL 5.000,00
Página 46 / 190
TRATORES 4.000,00 RESERVA LEGAL 1.000,00 BENS DE ESCRITÓRIO
5.000,00 RESERVA DE REAVALIAÇÕES
2.000,00
AMORTIZAÇÃO CAFEEIRO
(11.000,00) LUCROS ACUMULADOS
6.223,33
DEPRECIAÇÃO DE TRATORES
(3.000,00)
DEPRECIAÇÃO ACUM. DE BENS DE ESCRITÓRIO
(1.500,00)
42.273,33 42.273,33 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Receita OPERACIONAL 11.000,00 (-) cpv 3.526,67 LUCRO BRUTO 7.473,33 (-) Despesas de Vendas 1.200,00 (-) Despesas Administrativas 800,00 (-) Despesas com Depreciação 500,00 (-) Despesas Financeiras 250,00 LUCRO LÍQUIDO 4.723,33
Página 47 / 190
Curso: CIÊNCIAS CONTCIÊNCIAS CONTÁÁBEISBEIS
CONTABILIDADE AGRÁRIA
CONTABILIDADE AGRCONTABILIDADE AGRÁÁRIARIA
01
Página 48 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
32
CONTABILIDADE PECUÁRIA
Página 49 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
33
ATIVO CIRCULANTE
Pecuária de Corte “abate”
CRIA RECRIA ENGORDA
Atividade básica é a produção de bezerros que só serão vendidos após o desmame(normal: 1 por ano)
Bezerro adquirido, produção e a venda do novilho magro para engorda
Novilho magro adquirido produção e a venda do novilho gordo
BEZERRO NOVILHO MAGRO NOVILHO GORDO
Pode-se separar alguns animais para reprodução � AP
Página 50 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
34
GADO BOVINO
GADO BOVINO
a) Bezerrosb) Novilhos Magrosc) Novilhos Gordos
a) Reprodutoresb) Matrizesc) Trabalho
ATIVO CIRCULANTE ESTOQUE
VENDA
ATIVO PERMANENTE
REPRODUÇÃO
Para transferência de gado destinado à venda para a reprodução, ou seja do Ativo Circulante para o Ativo Permanente deve-se ter certeza de sua QUALIDADE
CURTO OU LONGO PRAZO NA PECUÁRIACurto Prazo é igual ao seu ciclo operacional, em média 3 a 4 anos
Página 51 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
35
PASTAGENS (classificadas no Ativo Permanente – Imobilizado)
1) Natural
São áreas de boa cobertura vegetal (potencial natural)
Exigem preparação do solo através de destocamentos, aração, adubação, gradagem, plantação e semeadura
2) Artificial
Tipos:
Gramíneas: capim-colonião, capim-gorduraLeguminosas: alfafaCactáceas: mandacaruOutras: Mandioca, batata-doce
Página 52 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
36
Contabilidade Agrícola:
Depreciação, Exaustão e Amortização
Página 53 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
37
DEPRECIAÇÃO (a legislação IR não define taxas)
1) Cultura Permanente Formada
a) Depreciação de acordo com a quantidade de anos de produção dos frutosb) Taxa de depreciação é definida pelos técnicos e agrônomosc) Vida útil em função do tipo de solo, clima, manutenção e outros fatores
Critérios: Anos de produção ou quantidade a ser produzida
2) Equipamentos AgrícolasPor exemplo: Tratores, máquinas, etc.
Taxa anual � pressupõe a utilização durante todo o ano � entressafra, geadas, chuvas
Melhor critério: Horas de trabalho dos equipamentos (fabricante)
EXAUSTÃO: Florestas ou árvores: cana-de-açúcar
Página 54 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
38
AMORTIZAÇÂO
a) Aquisição de direitos sobre empreendimentos de propriedade de terceiros
* exploração de madeira ou floresta* exploração de pomar
Prazo determinadoPreço único e prefixado
Exemplo: empresa exportadora de suco de laranja adquire o direito de colheita de umpomar por 3 anos
b) Gastos pré-operacionais
c) Gastos com pesquisas científicas e tecnológicas
d) Gastos com melhorias no solo
Página 55 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
39
Contabilidade Agropecuária
Depreciação
Página 56 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
40
DEPRECIAÇÃO (a legislação IR não define taxas)
1) Gados Reprodutores (touros e vacas) e animais de trabalho
a) Perda normal da capacidade de trabalhob) A vida útil inicia-se a partir do momento em que estiver em condições de reprodução
(estágio adulto)c) Existem tabelas de vida útil:
d) os veterinários são os mais indicados para definição da vida útil do gado, que pode variar em função das condições de vida, clima, distância a percorrer, raça, etc.
e) aumento do prazo de depreciação: um gado reprodutor puro será utilizado mais um ano para inseminação artificial: 9 anos
gado reprodutor mestiço: 5 anosgado matriz mestiça: 7 anosgado reprodutor puro: 8 anosgado matriz pura: 10 anos
VALOR RESIDUAL:Peso x Preço � Venda ao frigorífico
Página 57 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
41
APURAÇÃO DORESULTADO
MÉTODO DE CUSTO
MÉTODO DO VALOR DE MERCADO
Página 58 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
42
MÉTODO DE CUSTO
Todo o custo de formação do rebanho é acumulado na conta ESTOQUE, e por ocasião da venda dá-se baixa creditando a conta ESTOQUE e debitando-se a conta de resultado CUSTO do GADO VENDIDO
Balanço Patrimonial DRE
Estoque
XXXXXX
YYYVenda
Receita Bruta
Venda Gado Bovino( - ) Custo do Gado Vendido
Lucro Bruto
Custo de Formação do Rebanho
** A apuração do lucro ocorre no momento da venda
Página 59 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
43
MÉTODO DO VALOR DE MERCADO
Considera-se o preço de mercado do gado, que normalmente é maior que o custo, reconhecendo-se um ganho econômico no período.
Balanço Patrimonial DRE
Estoque
XXXXXX
Venda
Receita Bruta
Variação Patrimonial LíquidaSuperveniências Ativas
( - ) Custo do Rebanho
Lucro Bruto
** A apuração do lucro ocorre anualmente
Página 60 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
44
MÉTODO DO VALOR DE MERCADO
VARIAÇÃO PATRIMONIAL
Mudança de valor no patrimônio da empresa em função de alteração nos preços dos ativos
Pecuária* Estoque varia acima da inflação* Estoque de giro bem lento anualmente ocorre o
reconhecimento do VPL
• ganho: nascimento de bezerros• perda: morte de bezerros
Econômico e não financeiro
VPL (+)
VPL (-)
Superveniências Ativas
Insubsistências Ativas
Página 61 / 190
MÉTODO DE CUSTO X MÉTODO DO VALOR DE MERCADO
CONTABILIDADE AGRÁRIA
Exemplo:A Fazenda Santa Carolina possui em seu estoque, no início de X1, dez cabeças de gado novalor de $ 900 cada, totalizando $ 9.000Durante o ano de X1, não ocorreram compras nem vendas de gado na fazenda.O custo de manutenção do rebanho neste ano foi de $ 10.600.O valor de mercado de cada cabeça no final de X1 era de $2.100, totalizando $21.000
Método de Custo Método de Valor de MercadoBalanço Patrimonial DRE Balanço Patrimonial DRE
Ativo CirculanteEstoqueValor Gado ................$ 9.000Custos manutenção...$ 10.600
$ 19.600
Nada registra, pois não houve venda de
gado em X1
Ativo CirculanteEstoqueValor Gado........$ 9.000Valorização.......$ 12.000
$ 21.000
Receitas BrutasVariação Patrimonial LíquidaSuperveniências ativas....$ 12.000
(-) Custo Manutenção...........$ 10.600Lucro Econômico.....$ 1.400
O crescimento biológico e o ganho de peso não são reconhecidos como ganho econômico
Reconhece o ganho econômico mostrando aos usuários que valeu a pena manter o rebanho no ano, já que trouxe lucro
econômico para a empresa
45
Página 62 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Prof. Antonio Osório Gonçalves
Terceira Aula
Testes
1. Bezerros nascidos destinados a corte devem ser classificados como: ( X) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) c) Custo do Produto Vendido ( ) d) Perdas Extraordinárias
2. Bezerros nascidos destinados à reprodução, devem ser classificados como:
(X) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) c) Custo do Produto Vendido ( ) d) Perdas Extraordinárias
3. Vacas matrizes – em experimentação – devem ser classificadas como:
( X ) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) c) Custo do Produto Vendido ( ) d) Perdas Extraordinárias
4. Vacas matrizes – em plena produção – devem ser classificadas como:
( ) a) Ativo – Circulante - Estoque (X) b) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) c) Custo do Produto Vendido ( ) d) Perdas Extraordinárias
5. Vacas matrizes – que já não apresentam condições de procriação – devem ser
descartadas e classificadas como ( considere o imposto de renda) : ( ) a) Ativo – Circulante - Estoque (X) b) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) c) Custo do Produto Vendido ( ) d) Perdas Extraordinárias
6. Novilhos vendidos devem ser classificados como:
( ) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Imobilizado (X) c) Custo do Produto Vendido
Página 63 / 190
( ) d) Perdas Extraordinárias
7. Touros descartados (no transcurso da vida útil) e vendidos devem ser classificados como:
( ) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) c) Custo do Produto Vendido (x) d) Perdas Extraordinárias
8. Animais de trabalho devem ser classificados como:
( ) a) Ativo – Circulante - Estoque (x) b) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) c) Custo do Produto Vendido ( ) d) Perdas Extraordinárias
9. Animais mortos (morte acidental e anormal) devem ser classificados como:
( ) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) c) Custo do Produto Vendido (x) d) Perdas Extraordinárias
10. Bezerros roubados em grande número devem ser classificados como:
( ) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) c) Custo do Produto Vendido (x) d) Perdas Extraordinárias
Exercícios
1. A Cia. Gadolândia tem a seguinte política em relação à movimentação do rebanho de reprodutores e matrizes de gado puro: registra o valor dos gados reprodutores e matrizes controlados genealogicamente pela fazenda. São também conhecidos pela nomenclatura de Gado de Raça ou Gado Fino P.O. (Puro de Origem) e Gado Fino P.C. ( Puro de Cruza)
Esse tipo de rebanho só é ativado quando passa a fazer parte do plantel de reprodutores da fazenda. Quanto ao controle físico, a Cia. Gadolândia anexa ao documento de lançamento contábil uma relação com o número dos certificados de controle de origem e o valor individualizado dos gados ativados. Além disso, determina que os bens patrimoniais sejam controlados por fichas patrimoniais, e que essas fichas sejam confeccionadas respeitando-se a legislação (RIR), mas que contenham espaço para anotação, vacinação, cruza, tratamento de doenças, etc.
Página 64 / 190
A data correta da imobilização é importante para a Cia Gadolândia porque é a partir dessa data que o gado passará a sofrer depreciação e correção monetária. Esse procedimento também facilitará a baixa do gado do Ativo Imobilizado por venda, morte, perda ou descarte para o Circulante ou ainda para consumo. Contabilizar as seguintes operações e lançar nos razonetes da Cia. Gadolândia: a) Transferência de R$ 500.000,00 de tourinhos em formação, considerados
Plantel em estoque, para a conta “Reprodutores Selecionados” - Ativo Imobilizado” D – Reprodutores (AP) 500.000,00 C – Estoques – Tourinhos(AC) 500.000,00
b) Compra de R$ 200.000,00 de matrizes P.O. de 36 meses, conforme
certificado de origem. D – Matrizes (AP) 200.000,00 C – Disponibilidades 200.000,00
c) Transferência de R$ 50.000,00 de reprodutores para a conta “Reprodutores Descartados” do Ativo Circulante, para engorda e posterior venda. D – Reprodutores Descartados (AC) 50.000,00 C – Reprodutores (AP) 50.000,00
2. Num plano de contas não se poderia deixar de incluir, ainda que de maneira superficial, um elenco de contas decorrentes de atividades que, muitas vezes são desenvolvidas concomitantemente com a pecuária bovina. Tais atividades são diversificadas de acordo com a região onde se localiza a fazenda. Elaborar um plano de contas somente com os itens de Estoque e Ativo Imobilizado de uma agropecuária cujas atividades, além da pecuária bovina, são: • outros rebanhos: eqüinos, caprinos, ovinos, avicultura; • produção agrícola: milho, cana-de-açúcar e soja; • outro produto: madeira, cerâmica e olaria. •
d) Exercício 2 PLANO DE CONTAS CÓDIGO DESCRIÇÃO DA CONTA 11 estoques
e) 11.100 Rebanho de bovinos em formação f) 11.100.1 Bezerros de 0 a 12 meses g) 11.100.2 Bezerras de 0 a 12 meses h) 11.100.3 Novilhos de 13 a 24 meses i) 11.100.4 Novilhas de 13 a 24 meses j) 11.100.5 Novilhos de 13 a 24 meses k) 11.100.6 Novilhas de 13 a 24 meses
Página 65 / 190
l) 11.110 REBANHO BOVINO PARA CORTE m) 11.110.1 Gado de Pisoteio n) 11.110.2 Gado de Engorda - novilhos acima de três anos o) 11.110.3 Gado de Engorda - novilhas acima de três anos p) 11.110.4 Touros Descartados q) 11.110.5 Matrizes descartadas r) 11.120 REBANHO BOVINO EM TRÂNSITO s) 11.120.1 Reses em pastagens de terceiros t) 11.120.2 Reses em confinamento u) 11.130 OUTROS REBANHOS E ANIMAIS v) 11.130.1 Eqüinos w) 11.130.2 Caprinos x) 11.130.3 Ovinos y) 11.130.4 Aves z) 11.140 CULTURA TEMPORÁRIA EM FORMAÇÃO aa) 11.140.1 Milho bb) 11.140.2 Soja cc) 11.150 PRODUTOS AGRÍCOLAS (CULT. TEMP.) COLHEITA dd) 11.150.1 Milho ee) 11.150.2 Soja ff) 11.160 CULTURAS PERMANENTES (COLHEITA EM ANDAMENTO) gg) 11.160.1 Cana-de-açucar hh) 11.170 PRODUTOS AGRÍCOLAS (CULTURA PERMANENTE) COLHEITA ii) 11.170.1 Cana de açúcar jj) 11.180 INSUMOS PARA PECUÁRIA E OUTROS ANIMAIS kk) 11.180.1 Sal ll) 11.180.2 Sêmen mm) 11.180.3 Medicamentos Veterinários nn) 11.180.4 Rações para animais oo) 11.180.5 Outros pp) 11.190 INSUMOS PARA AGRICULTURA qq) 11.190.1 Sementes rr) 11.190.2 Inseticidas ss) 11.190.3 Adubos e fertilizantes tt) 11.190.4 Herbicidas uu) 11.190.5 Formicidas vv) 11.190.6 Fungicidas ww) 11.190.7 Outros
xx) 11.200 MATERIAIS DE CONSUMO DIVERSOS yy) 11.200.1 Material para Inseminação zz) 11.200.2 Material de Construção aaa) 11.200.3 Combustíveis e Lubrificantes bbb) 11.200.4 Peças e Acessórios para Veículos ccc) 11.200.5 Material de Limpeza ddd) 11.210 ESTOQUE DE PRODUÇÃO PRÓPRIA eee) 11.210.1 Madeira em tora fff) 11.210.2 Madeira serrada ggg) 11.210.3 Produtos de cerâmica hhh) iii) 13.200 IMOBILIZADO jjj) 13.210 TERRAS kkk) 13.210.1 Área de Exploração lll) 13.210.2 Área de Reserva Florestal (natural) mmm) 13.220 PASTAGENS ARTIFICIAIS FORMADAS nnn) 13.230 PASTAGENS NATURAIS MELHORADAS ooo) 13.240 OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA ppp) 13.240.1 Estradas Internas qqq) 13.240.2 Pontes rrr) 13.240.3 Barragens, Açudes e Canais sss) 13.240.4 Poços Artesianos ttt) 13.240.5 Muros e Cercas de Ripas uuu) 13.250 INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO
Página 66 / 190
vvv) 13.260 ANIMAIS DE TRAÇÕES www) 13.270 INSTALAÇÕES xxx) 13.280 CONSTRUÇÕES CIVIS E RESIDENCIAIS yyy) 13.290 MÁQUINAS E MOTORES zzz) 13.300 EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS aaaa) 13.310 MÓVEIS E UTENSÍLIOS bbbb) 13.310.1 Máquinas de Calcular e Escrever � Fazenda cccc) 13.310.2 Móveis de Escritório � Fazenda dddd) 13.310.3 Mobiliários da Sede e Alojamentos eeee) 13.310.4 Mobiliários das Residências dos Adm. e Gerentes
ffff) 13.310.5 Armas gggg) 13.310.6 Máquinas de Calcular e Escrever � Escritório Central hhhh) 13.310.7 Móveis de Escritório � Escritório Central iiii) 13.320 REBANHOS PERMANENTES � GADO PURO jjjj) 13.320.1 Reprodutores kkkk) 13.320.2 Matrizes llll) 13.330 REBANHOS PERMANENTES � GADO MESTIÇO mmmm) 13.330.1 Reprodutores nnnn) 13.330.2 Matrizes oooo) 13.340 ANIMAIS DE TRABALHO pppp) 13.340.1 Cavalos e Éguas qqqq) 13.340.2 Burros e mulas rrrr) 13.340.3 Jumentos e Jumentas ssss) 13.340.4 Animais de Reprodução tttt) 13.340.5 Bois uuuu) 13.350 ANIMAIS E AVES DE CRIA vvvv) 13.350.1 Ovinos wwww) 13.350.2 Caprinos xxxx) 13.350.3 Eqüinos yyyy) 13.350.4 Aves zzzz) 13.360 CULTURAS PERMANENTES FORMADAS aaaaa) 13.360.1 Reservas Florestais Formadas bbbbb) 13.360.2 Cana de açúcar ccccc) 13.370 MARCAS E DIREITOS E PATENTES ddddd) 13.370.1 Marca do Gado eeeee) 13.380 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA fffff) 13.380.1 Depreciação de Obras de Infra-Estrutura ggggg) 13.380.2 Depreciação de Rede de Comunicação hhhhh) 13.380.3 Depreciação de Instalações Pecuárias iiiii) 13.380.4 Depreciação de Construções Civis Residenciais jjjjj) 13.380.5 Depreciação de Veículos kkkkk) 13.380.6 Depreciação de Máquinas e Motores lllll) 13.380.7 Depreciação de Móveis e Utensílios mmmmm) 13.380.8 Depreciação de Aparelhos, Equipamentos e Ferramentas nnnnn) 13.380.9 Depreciação de Rebanhos − Gado de Raça ooooo) 13.380.10 Depreciação de Rebanhos − Gado Mestiço ppppp) 13.380.11 Depreciação de Animais de Trabalho qqqqq) 13.390 AMORTIZAÇÃO ACUMULADA rrrrr) 13.390.1 Amortização de Marcas, Direitos e Patentes
sssss) 13.400 EXAUSTÃO ACUMULADA ttttt) 13.400.1 Exaustão de Culturas Permanentes uuuuu) 13.400.2 Exaustão de Minas � Barreiros vvvvv) 13.400.3 Exaustão de Reservas Florestais wwwww) 13.400.4 Exaustão de Pastagens Artificiais/Naturais xxxxx) IMOBILIZAÇÕES EM ANDAMENTO yyyyy) 13.500 CONSTRUÇÕES CIVIS FUNCIONAIS zzzzz) 13.510 CONSTRUÇÕES CIVIS RESIDENCIAIS aaaaaa) 13.520 OUTRAS OBRAS bbbbbb) 13.530 PASTAGENS ARTIFICIAIS EM FORMAÇÃO cccccc) 13.540 PASTAGENS NATURAIS EM REFORMA dddddd) 13.550 PASTAGENS NATURAIS EM MELHORAMENTO eeeeee) 13.560 FLORESTAMENTO E REFLORESTAMENTO EM FORMAÇÃO
Página 67 / 190
ffffff) 13.570 CULTURA DE CANA-DE-AÇÚCAR EM FORMAÇÃO
3. Faça uma contabilidade simples, apresentando a Demonstração do Resultado e o Balanço para cada ano da empresa “ Fazenda Luar do Sertão S/C Ltda.”, considerando: a) se o método utilizado for o custo histórico; b) se o método utilizado for o valor de mercado. Os dados são os seguintes:
ANO 19X1 19X2 19X3 Nasc. De 1 Bezerro: ● Custo ● V. Mercado
4.500,00 5.500,00
- -
- -
1º Aniversário
Bezerro passa para/Novilho ● Custo de Manutenção ● V. Mercado Novilho
- -
3.000,00 10.000,00
- -
2º Aniversário
Novilho passa a Boi Magro ● Custo de Manutenção (ano) ● V. Mercado do Boi Magro
- -
- -
4.000,00 25.000,00
MÉTODO DE CUSTO ATIVO X1 X2 X3 Estoque Bezerros 4.500,00 -0- -0- Estoque Novilhos -0- 7.500,00 -0- Estoque Boi Magro
-0- -0- 11.500,00
Demonstração do Resultado do Exercício X1 X2 X3 Receita -0- -0- -0- (-) Despesas -0- -0- -0- Resultado -0- -0- -0- MÉTODO DO VALOR DE MERCADO ATIVO X1 X2 X3 Estoque Bezerros 5.500,00 -0- -0- Estoque Novilhos -0- 10.000,00 -0- Estoque Boi Magro
-0- -0- 25.000,00
Patrimônio-Acumulado-VPL
1.000,00 2.500,00 13.500,00
Página 68 / 190
Demonstração do Resultado do Exercício X1 X2 X3 Receita Econômica 1.000,00 2.500,00 13.500,00 (-) Custos/despesas 4.500,00 3.000,00 4.000,00 LUCRO (3.500,00) (500,00) 9.500,00
Página 69 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Prof. Antonio Osório Gonçalves
Quarta Aula Uma Proposição de Contabilidade de Custos na Pecuária Necessidade de Custo Conhecer o custo real de lote ou rebanho a qualquer momento é uma informação imprescindível a gerência , nào só para apurar a rentabilidade após a venda, mas também para determinar o ponto ótimo de venda, ou seja, não manter o gado quando os custos passam a ser maiores que o ganho de peso do rebanho. Muitas outras informações colhidas em um mapa de custos são úteis para auxiliar na tomada de decisão e o contrele de custos de uma empresa pecuária, assim como serve de instrumento de gestão e controle para qualquer empresa em geral. Para tanto, porém, é necessário apurar um custo real atualizado, e não aquele custo histórico, obtido por meio da contabilidade. Custos Extracontábeis Sugere-se a Contabilidade Gerencial ou os controles extracontábeis de custo para auxiliar a gerência das empresas pecuárias em seu processo decisório. Dados voltados exclusivamente para fins internos, num grau de detalhamento e forma de apresentação que seja adequado ao processo decisório, são muito úteis a administração. A avaliação do desempenho da atividade para a administração, sem preocupação de se prender aos princípios contábeis ou legais, a atualização dos estoques, a comparação do realizado com o orçado, o planejamento empresarial são variáveis imprescindíveis. Decisões como ter reprodutor próprio ou utilizar métodos de inseminação artificial, gerar ou adquirir bezerros, arrendar ou comprar novos pastos, pastagem ou confinamento, vender agora ou esperar o aumento do preço, requerem informações elaboradas, que dificilmente são obtidas de uma contabilidade a base de custos históricos.
Não corrigir monetáriamente os estoques, com o acúmulo de valores no decorrer dos anos que representam o ciclo produtivo na agropecuária, em torno de quatro anos, resultará em um acúmulo de valores defasados em relação ao tempo, fazendo com que esses valores não reflitam a realidade econômica dessa conta contábil. Porém, através da contabilidade não se faz correção monetária dos estoques: a legislação brasileira só a tornava obrigatória no Ativo Permanente e no Patrimônio Líquido. A partir de 1996, entretanto, foi eliminada a correção monetária das demonstrações financeiras; outro fato a considerar, é que a correção monetária dos ativos gera acréscimo do lucro tributável. Assim, fica como alternativa à tomada de decisão, a apurção do custo extracontábilmente, realizando-se a correção monetária de Estoques, Permanente e Patrimônio Líquido, para fins gerenciais, sem ferir os princípios legais e fiscais vigentes no Brasil. O processo consiste em distribuir equitativamente os custos mensais de manutenção do rebanho entre o gado em estoque, incluindo os bezerros recém nascidos, e o gado destinado ao permanente “em formação”, sendo que os touros e matrizes já formados não recebem custos. A seguir, leva-se ao mapa os custos do rebanho corrigidos monetáriamente.
Página 70 / 190
Exemplo de Custo Corrigido Suponha-se que em uma fazenda, haja os seguintes nascimentos de bezerros: janeiro - 10 bezerros fevereiro - 8 bezerros março - 12 bezerros abril - 5 bezerros O custo unitário do rebanho em formação será mensal. Admitindo-se que o rebanho seja formado de 280 cabeças no início de janeiro; que o rebanho seja dividido em faiza etária mensal; que o custo do rebanho no mês foi de R$ 8.294,00, teremos o seguinte custo unitário (por cabeça) do rebanho em formação: R$ 8.294,00/ 280 + 10 bezerros = R$ 28,60 Em fevereiro, não havendo baixa do rebanho, o custo foi de R$ 9.291,64, assim o custo unitário será de: R$ 9.291,64/ 290 + 8 bezerros = R$ 31,18 No mês de março............................Custo Unitário: R$ 32,50 No mês de abril................................Custo Unitário: R$ 33,86 Para cálculo da inflação mensal , admite-se os seguintes valores hipotéticos, em termos de índices inflacionários: IGP ÍNDICE Janeiro – 1,00 ↔ Índice → 2,42 / 1,00 = 2,42 Fevereiro – 1,11 ↔ Índice → 2,42 / 1,11 = 2,18 Março- 1,23 ↔ Índice → 2,42 / 1,23 = 1,97 Abril- 1,35 ↔ Índice → 2,42 / 1,35 = 1,79 --------------------------------- ---------------------------------- --------------------------------- Dezembro- 2,42 ↔ Índice → 2,42 / 2,42 = 1,00 O correto seria no final do ano – mês de dezembro – multiplicar o custo do bezerro nascido em janeiro pelo índice de 2,42 (R$ 28,60 x 2,42) + o custo desse bezerro em fevereiro multiplicado pelo índice 2,18 ( R$ 31,18 x 2,18) + o custo desse bezerro em março multiplicado pelo índice 1,97 (R$ 32,50 x 1,97) + o custo desse bezerro em abril multiplicado pelo índice 1,79 (R$ 33,86 x 1,79) e assim sucessivamente . Ao final do ano teríamos o valor atualizado do plantel de bezerros nascidos em janeiro. D mesma maneira faríamos para os nascidos nos meses subseqüentes.
Para evitar um grande trabalho de correções mensais, sugere-se uma correção única ao final do período por um índice médio. Índice médio de Janeiro a Dezembro 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 (1,00+1,10+1,23+1,35+1,40+1,50+1,69+1,82+1,90+ 2,00+2,20+2,42) / 12 =1,635 2,42 Dezembro / 1,635 índice médio = 1,48 → fator de correção
Índice médio de Fevereiro a Dezembro 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 (1,10+1,23+1,35+1,40+1,50+1,69+1,82+1,90+ 2,00+2,20+2,42) / 11 =1,692 2,42 Dezembro / 1,692 índice médio = 1,43 → fator de correção
Página 71 / 190
Índice médio de Março a Dezembro 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 (1,23+1,35+1,40+1,50+1,69+1,82+1,90+ 2,00+2,20+2,42) / 10 =1,751 2,42 Dezembro / 1,751 índice médio = 1,38 → fator de correção Abril = 2,42 dezembro / 1,809 índice médio → fator de correção * e assim sucessivamente mês a mês.
CONTABILIDADE AGRÁRIA
09
MAPA DE CUSTOS
Bezerros de 0 a 12 meses (Ano X1)Custo Unit.
Janeiro Fevereiro Março Abril Dezembro TotalRebanho emFormaçãoJan. 28,60 10 286,00Fev. 31,18 10 311,80 8 249,44Mar. 32,50 10 325,00 8 260,00 12 390,00Abr. 33,86 10 338,60 8 270,88 12 406,32 5 169,30------------------------Dez. 50,00 10 500,00 8 400,00 600,00 250,00
TOTAL 10 4.820,00 8 3.910,00 3.580,00 1.450,00 118 42.980,00
TOTALX índice médio X índice médio X índice médio X índice médio X índice médioDezembro / janeiroDezembro / fevereiroDezembro / marçoDezembro / abril Dezembro / dezembro
Atualizado X 1,48 = X 1,43 = X 1,38 = X 1,34 = X 1,00 =7.133,60 5.591,30 4.940,40 1.943,00 7.133,60 43.935,41
Valor atualizado: Estoque vivoBalanço Patrimonial
Página 72 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
10
MAPA DE CUSTOS
Bezerros de 13 a 24 meses (Ano X2)Custo Unit.
Janeiro Fevereiro Março Abril Dezembro TotalRebanho emFormaçãoSaldo 10 7.133,60Jan. R$ 10 R$Fev. R$ 10 R$ 8 R$Mar. R$ 10 R$ 8 R$ 12 R$Abr. R$ 10 R$ 8 R$ 12 R$ 5 R$------------------------Dez. 50,00 10 R$ 8 R$ R$ R$
TOTAL 10 R$ 8 R$ R$ R$
TOTALX índice médio X índice médio X índice médio X índice médio X índice médio
Novilhos de 25 a 36 mesesAtualizado Janeiro
R$ * Saldo que passa do mapa de bezerros para novilhos.
Página 73 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Prof. Antonio Osório Gonçalves
Quarta Aula
Testes 1. Custos Históricos na pecuária são considerados:
( ) a) Adequados (x) b) Inadequados ( ) c) Proibidos ( ) d) Recomendáveis em casos especiais
2. Quando se utiliza o Custo Histórico na pecuária, fica prejudicado o item: ( ) a) Imobilizado
( ) b) Investimento ( ) c) Títulos a receber (x) d) Estoques
3. As exceções ao Custo Histórico são:
(x) a) Equivalência Patrimonial e Correção Monetária ( ) b) Equivalência Patrimonial e Reserva a Realizar ( ) c) Equivalência Patrimonial e Reavaliação ( ) d) Equivalência Patrimonial e Competência de exercícios
4. Os relatórios contábeis à base do princípio do Custo Histórico, na pecuária, são: ( ) a) Adequados (x) b) Inadequados ( ) c) Proibidos ( ) d) Recomendáveis em casos especiais 5. Custos extraordinários na pecuária são:
(x) a) Adequados ( ) b) Inadequados ( ) c) Proibidos ( ) d) Recomendáveis em casos especiais
6. A correção monetária nos estoques na pecuária é:
( ) a) Obrigatória (x) b) Optativa ( ) c) Indesejável ( ) d) Proibida
Página 74 / 190
7. O custo unitário do rebanho é obtido por meio do custo do rebanho dividido pelo número de cabeças. Esta afirmação: (x) a) É verdadeira ( ) b) É falsa ( ) c) Às vezes é verdadeira ( ) d) Às vezes é falsa
8. O gado constante no Permanente não entra no denominador da fórmula da questão anterior. Essa afirmação é: (x) a) É verdadeira ( ) b) É falsa ( ) c) Às vezes é verdadeira ( ) d) Às vezes é falsa
9. O gado que ganha prêmio (concurso) terá seu valor aumentado. Nesse caso, deve-se fazer: ( ) a) Correção Monetária ( ) b) Equivalência Patrimonial (X) c) Reavaliação ( ) d) N.D.A.
10. Anualmente, para o rebanho Imobilizado, deve-se fazer: (x) a) Correção Monetária ( ) b) Equivalência Patrimonial ( ) c) Reavaliação ( ) d) N.D.A.
Exercícios
1. Admita-se que a Fazenda Santo Péricles apresente o seguinte rebanho em 31-12-X1:
Ativo Circulante Cabeças Em R$ Novilhos(as) de 2 a 3 anos 500 cab 30.000,00 Novilhos(as) de 1 a 2 anos 900 cab 35.100,00 Bezerros(as) de 0 a 1 ano 1500 cab 49.000,00 2.900 cab 114.100,00
Ativo Permanente Touros 600 34.600,00 Matrizes 6.000 219.800,00 Total Permanente 6.600 254.400,00 Total Geral 9.500 368.500,00
Admita-se que os nascimentos sejam distribuídos durante o ano. O ideal seria
que houvesse estação de monta planejada e, conseqüentemente, os nascimentos se concentrassem em determinado período do ano.
Página 75 / 190
Em janeiro de 19X2 foram constatados os seguintes dados: ● Inflação do mês (variação da UFIR): 5% ● Custo de manutenção do rebanho no mês 10.260,00 ● Bezerros nascidos no mês 404
Calcular o novo custo do rebanho em 31-1-X2 e apresentar o Ativo Circulante
e o Permanente nessa data. Admita-se que a depreciação já esteja integrando o custo de manutenção do rebanho no mês de janeiro. No Ativo Permanente fazer apenas a Correção Monetária, sem considerar a Depreciação Acumulada. Admita-se ainda que a CM é para fins gerenciais.
1 - Custo do rebanho em formação d- Rebanho em formação 10.260,00 c – caixa/bancos 10.260,00 2 - Apropriação do custo ao rebanho em formação: Custo/(EI+Nascimentos) 10.260,00/(2.900+404) 10.260,00/3.304 = 3,11 (custo Unitário) 3 - correção monetária do Ativo Permanente: Valor do AT em 31/12/x1 = 254.400,00 Inflação do período = 5% Valor Corrigido (gerencial) AT em 31/01/x2 = 254.400,00 x 1,05 = 267.120,00 4 – Demonstração na data de 31-01-X2 Ativo Circulante
Bois/Vacas de 3 a 4 anos 500 cab 30.000,00+(500 x3,11)=1.555,00= 31.555,00 Novilhos(as) de 2 a 3 anos 900 cab 35.100,00 + (900 x 3,11)=2.799,00= 37.899,00 Novilhos(as) de 1 a 2 ano 1500 cab49.000,00 + (1500 x 3,11)=4.665,00= 53.665,00 Bezerro(as) de 0 a 1 ano 404 cab (10.260,00-1.5555,-2.7999,-4.655)= 1.241,00 * 3.304 cab 124.360,00
* no custo dos bezerros nascidos, incorporei o valor que sobrou, diminuindo dos custos totais do período (10.260,00) os que já haviam sido incorporados aos demais estoques (1.555,00 + 2.799,00 + 4.655,00) chegando aos 1.241,00.
Ativo Permanente Touros 600 34.600,00 x 1,05 = 36.330,00 Matrizes 6.000 219.800,00 X 1,05 = 230.790,00 Total Permanente 6.600 267.120,00 Total Geral 9.904 391.480,00
Página 76 / 190
2. Admita-se que a Fazenda Dona Durvalina, com a atividade pecuária de corte,
tenha as seguintes características: ● do gado nascido, as fêmeas destinadas a matrizes são imediatamente separadas. Até o terceiro ano são consideradas em formação. A partir daí são utilizadas para a reprodução; ● os touros são adquiridos de terceiros; portanto, o bezerro será destinado a venda, não sendo utilizado como reprodutor; ● a concentração dos nascimentos ocorre no mês de agosto. O número , por sexo, de animal nascido, é notificado por meio de um “Boletim de Nascimento do Gado”; ● as mortes são comunicadas à contabilidade, por meio de um “ Boletim Diário da Movimentação do Gado”. Esse boletim identifica o sexo, a idade e o tipo de gado (reprodutor ou estoque); ● Normalmente, a fazenda vende o gado no quarto ano de formação; ● a depreciação ocorre sobre as matrizes após o primeiro parto, no quarto ano de idade. Os reprodutores, normalmente, são adquiridos em estado adulto e utilizados imediatamente. Inventário Permanente ( corrigido monetariamente até 31-12-X1):
Em $
Touros Matrizes Touros e Matrizes Ano de
aquisição Ou
incorporação
Quantidade Valor Quantidade Valor Quantidade Valor
19X4 19X3 19X2 19X1 19X0
300 200 100
- -
18.000,00 11.000,00
5.400,00 - -
1.500 1.000 1.600
900 1.000
30.000,00 29.000,00 71.600,00 44.200,00 45.000,00
1.800 1.200 1.700
900 1.000
48.000,00 40.000,00 77.000,00 44.200,00 45.000,00
Total 600 34.400,00 6.000 219.800,00 6.600 254.200,00
Página 77 / 190
Circulante:
Macho para corte Quantidade Valor
19X4 19X3 19X2 19X1 19X0
1.500 900 500
- -
30.000,00 35.100,00 49.000,00
- -
Total 2.900 114.100,00
Alguns fatos ocorridos em 19X5: ● morte, no final do ano, de 15 cabeças: 5 matrizes de 19X3 e 10 novilhos de 19X4; ● nascimento de 4.000 bezerros (2.000 fêmeas); ● venda, no início do ano, de 20 cabeças: 10 matrizes de 19X4 e 10 touros de 19X2;
• Foram consumidos pela fazenda 10 novilhos de X4; ● descarte, no final do ano: 100 matrizes em experimentação de 19X2; ● compra, no início do ano, de 100 touros a R$ 900,00 cada um; ● custo, com o gado do ano, de R$ 1.132.113,00, incluindo: salários do pessoal da fazenda, encargos sociais; consumo de luz, força e gás; seguros: depreciação do gado e outros itens da fazenda; inseticidas; conservação de pastos; manutenção de cercas; serviços de terceiros; sal e rações; medicamentos e despesas veterinárias; combustível, lubrificantes, etc.
Pede-se:
a) Calcular o custo por cabeça (rateio) considerando o número de cabeças que receberão custos. 1.132.113,00/(2.900-10+4000) 1.132.113,00/6.890 = 164,31 = CUSTO UNITÁRIO
b) Calcular o custo das reses mortas e fornecê-lo à contabilidade. 5 matrizes de 19X3 x 29,00 = 145,00 10 novilhos de 19X4 = (20,00) = 200,00 TOTAL CUSTO ANIMAIS MORTOS = 345,00
c) Calcular o custo do gado vendido.
Página 78 / 190
10 MATRIZES 19x4 X 20,00 = 200,00 10 TOUROS X 54,00 = 540,00 CUSTO DO GADO VENDIDO= 740,00
d) Calcular o custo do gado consumido na própria fazenda. 10 NOVILHOS DE 19x4 X 184,31 = 1.843,10
e) Calcular o custo das matrizes descartadas. 100 MATRIZES (98,00 + 164,31) = 100 x 262,31 = 26.231,00
3. Faça comentários sobre:
a) A necessidade de Correção Monetária nos Estoques de uma empresa pecuária. R = Para atualizarmos os resultados gerenciais.
b) Por que usar um modelo extracontábil no plano de Contabilidade Gerencial para corrigir os Estoques? R = Para permitir a adequação dos valores/resultados gerenciais, sem provocar qualquer alteração nos resultados/valores contábeis. Objetivando adequar o valor dos estoques a valor de mercado.
Página 79 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Prof. Antonio Osório Gonçalves
Quinta Aula
Contabilidade da Pecuária Tipos de Atividade Pecuária Onde Classificar o Rebanho no Balanço Patrimonial O Rebanho em Estoque: Circulante ou Realizável a Longo Prazo Planificação Contábil na Pecuária Receita Econômica na Pecuária: O Ganho Pelo Nascimanto e Pleno Crescimento do Gado Superviniências x Insubsistências Ativas Avaliação do Rebanho: Preço de Mercado x Preço de Custo 1. Introdução Basicamente, no Brasil, em termos de Contabilidade da Pecuária, há dois tipos de avaliação do Estoque Vivo: valores de custo e valores de mercado. O objetivo básico deste estudo é a interpretação e a análise desses dois tipos de avaliação que podem até ser tratados como duas modalidades contábeis. Abordaremos a qualidade dos Relatórios Contábeis quando elaborados segundo uma metodologia ou outra, os efeitos na política de dividendos e no Imposto de Renda. Enfim, com base na Teoria Contábil e na legislação brasileira, serão tratados esses dois métodos e apresentados, através de exemplos , seus efeitos fiscais e gerenciais. Inicialmente faremos alguns esclarecimentos sobre a atividade pecuária bovina. 2. Tipos de atividade pecuária Três fases distintas Pecuária de Corte ” a) Cria - atividade básica é a produção de bezerros que só serão vendidos após o desmame Normalmente, a matriz de boa fertilidade produz um bezerro por ano B) Recria – a atividade básica é, a partir do bezerro adquirido, produção e a venda do novilho magro para engorda c) Engorda – a atividade básica é , a partir do novilho magro adquirido produção e a venda do novilho gordo Existem empresas que, pelo processo de combinação de várias fases, obtém até seis alternativas de produções ou especializações: 1 – cria; 2 – recria; 3 – cria-recria; 4 – cria-recria-engorda; 5 - recria-engorda; 6 – engorda. De acordo com os dados do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria do Estado de São Paulo, observa-se que a especialização da empresa correlaciona-se com o tamanho da área de pastagem. Assim, por um lado, a atividade cria-recria declina acentuadamente à medida que aumenta o tamanho da empresa, notadamente a cria. Por outro lado, a atividade cria-recria-engorda ou sistema integrado, principalmente a de engorda, cresce à medida que aumenta o tamanho da empresa
Página 80 / 190
Este estudo enfatiza as atividades pecuárias que englobam as três fases, cria-recria-engorda, ou seja, o tratamento do bezerro desde quando ele nasce até ser vendido para abate, quando adulto – gordo. 3. CLASSIFICAÇÃO DO GADO NO BALANÇO PATRIMONIAL
3.1 – Gado Bovino ↓
Bezerros Novilhos Magros Novilhos Gordos
↓ ATIVO CIRCULANTE ESTOQUE – gado que será comercializado pela empresa
↓ VENDA
GADO BOVINO
↓ Reprodutores
Matrizes Trabalho
↓ ATIVO PERMANENTE - gado destinado a procriação ou ao trabalho, que não será vendido
↓ REPRODUÇÃO
3.2 - Classificação segundo o Fisco Por meio do Parecer Normativo nr.57/76, indica a seguinte classificação Ativo Permanente Imobilizado Gado Reprodutor: representado por touros puros de origem, touros puros de cruza, vacas puras de cruza, vacas puras de origem e plantel destinado à inseminação artificial. Gado de Renda: representado por bovinos, suínos, ovinos e equinos que a empresa explora para a reprodução de bens que constituem objeto de suas atividades. Animais de trabalho: compreendem equinos, bovinos, muares, asininos destinados a trabalho agrícola, sela e transporte. Ativo Circulante: compreende aves, gado bovino, suínos, ovinos, caprinos, Peixes e pequenos animais destinados à revenda, ou ao consumo. 3.3 Classificação do gado para corte e para reprodução Comumente, muitas fazendas destinam parte do rebanho em formação para a reprodução. Normalmente, numa atividade bovina de corte, as fêmeas e, às vezes, alguns machos são separados para a reprodução.
Página 81 / 190
Todavia, a decisão de incorporar ao plantel permanente parcela do rebanho nascida na própria fazenda, ou até mesmo adquirida, com a finalidade de reprodução , só é possível quando o gado demonstrar qualidade para tal fim. Dessa forma , o gado nascido na fazenda deve ser classificado como Estoque – Ativo Circulante. Após haver certeza de que o animal tem habilidade para procriação ele será transferido para o Ativo Permanente – Imobilizado. Caso contrário, em termos contábeis, é complexo contabilizar o recém-nascido como Ativo Permanente, pois muitos não atenderiam aos requisitos necessários para reprodução, sendo reclassificados no Ativo Circulante para serem vendidos. Além dos problemas normais, como depreciação, baixa do Ativo Imobilizado, são encontrados problemas com o Fisco em relação à transferência do Permanente para o Circulante, uma vez que tal procedimento é vedado conforme o Parecer Normativo CST 3/80 Para evitar o trânsito constante entre Permanente e Circulante, portanto, mantém-se no Ativo Circulante , até o período de experimentação , o plantel destinado à reprodução. Demonstrando Habilidade reprodutiva, aí sim classifica-se , definitivamente, no Permanente – subgrupo imobilizado Caso contrário deve permanecer em estoque até o momento da venda. O próprio Fisco corrobora com este argumento quando no Parecer Normativo nr. 57/76, diz que “no Ativo Imobilizado serão classificados o Gado Reprodutor representado por Touros…, vacas…, e plantel destinado à inseminação artificial” não obrigando a contabilizar no Imobilizado os bezerros. Na transferência do Circulante para o Permanente, se o plantel estiver avaliado a preço de custo, às vezes é necessário fazer reavaliação desde O nascimento do bezerro até o momento da transferência. 4 . CURTO OU LONGO PRAZO NA PECUÁRIA Curto Prazo é igual ao seu ciclo operacional, em média 3 a 4 anos Uma pergunta que surge neste momento: porque os estoques em formação, com ciclo operacional elevado, normalmente ultrapassando três anos, não são classificados no Realizável a Longo Prazo?
Conforme a Lei das Sociedades Por ações, Lei 6.404/1976, classificam-se no Ativo Circulante as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. Entende-se, dessa forma, que todos os bens e direitos realizáveis a curto prazo serão classificados no Ativo Circulante. Todavia, a mesma Lei dispõe que, na empresa em que o ciclo operacional, que é o período de produção, venda e recebimento da venda, tiver duração maior que o exercício social (um ano), a classificação no Circulante ou Realizável de Longo Prazo terá por base o prazo desse mesmo ciclo. Portanto, o curto prazo para a pecuária será igual ao seu ciclo operacional, em média três a quatro anos. Dessa forma, os estoques constarão no Ativo Circulante e não no Realizável a Longo Prazo. Ressalte-se que a regra é a mesma para o Passivo Exigível.
Página 82 / 190
5. Plano de Contas A Contabilidade Pecuária apresenta um Plano de Contas bastante simplificado, que envolve as principais contas referentes ao rebanho. 5.1 Balanço Patrimonial CÓDIGO DESCRIÇÃO DA CONTA 11 estoques 11.100 Rebanho de bovinos em formação 11.100.1 Bezerros de 0 a 12 meses 11.100.2 Bezerras de 0 a 12 meses 11.100.3 Novilhos de 13 a 24 meses 11.100.4 Novilhas de 13 a 24 meses 11.100.5 Novilhos de 13 a 24 meses 11.100.6 Novilhas de 13 a 24 meses 11.110 REBANHO BOVINO PARA CORTE 11.110.1 Gado de Pisoteio 11.110.2 Gado de Engorda - novilhos acima de três anos 11.110.3 Gado de Engorda - novilhas acima de três anos 11.110.4 Touros Descartados 11.110.5 Matrizes descartadas 11.120 REBANHO BOVINO EM TRÂNSITO 11.120.1 Reses em pastagens de terceiros 11.120.2 Reses em confinamento 11.130 OUTROS REBANHOS E ANIMAIS 11.130.1 Eqüinos 11.130.2 Caprinos 11.130.3 Ovinos 11.130.4 Aves 11.180 INSUMOS PARA PECUÁRIA E OUTROS ANIMAIS 11.180.1 Sal 11.180.2 Sêmen 11.180.3 Medicamentos Veterinários 11.180.4 Rações para animais 11.180.5 Outros 11.200 MATERIAIS DE CONSUMO DIVERSOS 11.200.1 Material para Inseminação 11.200.2 Material de Construção 11.200.3 Combustíveis e Lubrificantes 11.200.4 Peças e Acessórios para Veículos 11.200.5 Material de Limpeza 11.210 ESTOQUE DE PRODUÇÃO PRÓPRIA 11.210.1 Madeira em tora 11.210.2 Madeira serrada 11.210.3 Produtos de cerâmica 11.200 MATERIAIS DE CONSUMO DIVERSOS 11.200.1 Material para Inseminação 11.200.2 Material de Construção
Página 83 / 190
11.200.3 Combustíveis e Lubrificantes 11.200.4 Peças e Acessórios para Veículos 11.200.5 Material de Limpeza 11.210 ESTOQUE DE PRODUÇÃO PRÓPRIA 11.210.1 Madeira em tora 11.210.2 Madeira serrada 11.210.3 Produtos de cerâmica 13.200 IMOBILIZADO 13.210 TERRAS 13.210.1 Área de Exploração 13.210.2 Área de Reserva Florestal (natural) 13.220 PASTAGENS ARTIFICIAIS FORMADAS 13.230 PASTAGENS NATURAIS MELHORADAS 13.240 OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA 13.240.1 Estradas Internas 13.240.2 Pontes 13.240.3 Barragens, Açudes e Canais 13.240.4 Poços Artesianos 13.240.5 Muros e Cercas de Ripas 13.250 INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO 13.260 ANIMAIS DE TRAÇÕES 13.270 INSTALAÇÕES 13.280 CONSTRUÇÕES CIVIS E RESIDENCIAIS 13.290 MÁQUINAS E MOTORES 13.300 EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS 13.310 MÓVEIS E UTENSÍLIOS 13.310.1 Máquinas de Calcular e Escrever - Fazenda 13.310.2 Móveis de Escritório - Fazenda 13.310.3 Mobiliários da Sede e Alojamentos 13.310.4 Mobiliários das Residências dos Adm. e Gerentes 13.310.5 Armas 13.310.6 Máquinas de Calcular e Escrever - Escritório Central 13.310.7 Móveis de Escritório - Escritório Central 13.320 REBANHOS PERMANENTES - GADO PURO 13.320.1 Reprodutores 13.320.2 Matrizes 13.330 REBANHOS PERMANENTES − GADO MESTIÇO 13.330.1 Reprodutores 13.330.2 Matrizes 13.340 ANIMAIS DE TRABALHO 13.340.1 Cavalos e Éguas 13.340.2 Burros e mulas 13.340.3 Jumentos e Jumentas 13.340.4 Animais de Reprodução 13.340.5 Bois 13.350 ANIMAIS E AVES DE CRIA 13.350.1 Ovinos
Página 84 / 190
13.350.2 Caprinos 13.350.3 Eqüinos 13.350.4 Aves 13.370 MARCAS E DIREITOS E PATENTES 13.370.1 Marca do Gado 13.380 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 13.380.1 Depreciação de Obras de Infra-Estrutura 13.380.2 Depreciação de Rede de Comunicação 13.380.3 Depreciação de Instalações Pecuárias 13.380.4 Depreciação de Constr. Civis Residenciais 13.380.5 Depreciação de Veículos 13.380.6 Depreciação de Máquinas e Motores 13.380.7 Depreciação de Móveis e Utensílios 13.380.8 Depreciação de Aparelhos, Equipamentos e Ferramentas 13.380.9 Depreciação de Rebanhos - Gado de Raça 13.380.10 Depreciação de Rebanhos - Gado Mestiço 13.380.11 Depreciação de Animais de Trabalho 13.390 AMORTIZAÇÃO ACUMULADA 13.390.1 Amortização de Marcas, Direitos e Patentes 5.2 Demonstração do Resultado do Exercício
4 Receita Bruta 4.1 Receita do Gado Bovino 4.1.1 Venda de Gado Bovino 4.1.2 Variação Patrimonial Líquida (a ser utilizada pelo método de valor de mercado) 4.2 Outras Receitas 4.2.1 Venda de Leite 4.2.2 Venda de Lã 4.2.3 Venda de Mel ………………………..
5 Custo/Despesa/Dedução 5.1 Custo do Gado Vendido (método de Custo) 5.2 Custo do Rebanho no Período (método do valor de mercado) 5.3 Despesas Operacionais e Outros Itens 6. Admite-se um sistema de Custo Integrado à Contabilidade, um sistema auxiliar de contas com a demonstração de Custo do Rebanho em Formação: 6. 1 Custo de Produção 1 – Salários 2 – 13 Salário 3- Férias 4 – Gratificações 5 – Indenizações Trabalhistas 6 – Aviso Prévio
Página 85 / 190
7 – INSS 8 – FGTS 9 – Outros Encargos Sociais 10 – Assistência Médica e Social 11 – Manutenção, Conservação e Limpeza 12 – Combustível e Lubrificante 13 – Consumo de Luz , Força e Gás 14 - Seguros 15. Depreciação de Instalações 16. Depreciação e Exaustão de Patos e Outros Ativos da Produção 17. Serviços Profissionais 18. Viagens e Estradas 19. Fretes e Carretos 20. Peças de Reposição 21. Sal, Rações, Farelos e Outros Alimentos 22. Medicamentos, Vacinas e Inseticidas 23. Cercas – Manutenção 24. Pastos – Conservação 25. Gastos não reembolsáveis com alimentação de assalariados 26. Mão-de-obra Avulsa 27. Aluguéis de Pasto 28. Depreciação de Matrizes 29. Depreciação de Reprodutores 30. Provisões para Férias, 13 salário e Outros 6. 2 Outros Gastos – Fazenda Esses gastos são indiretos ao rebanho, mas fazem parte dos gastos gerais da fazenda. Cabe à Contabilidade definir o critério de custeio desse item: será considerado como gasto do período, ou como custo do rebanho em formação, ou parte como despesa do exercício – administração geral da fazenda – e parte como custo do rebanho – custos indiretos. Gastos Indiretos ao Rebanho 1 – Salários, Ordenados e Encargos Sociais 2 – Gastos com Pessoal 3- Materiais de Uso Geral – Administração da Fazenda 4 – Material de Cozinha e Alojamentos 5 – Ambulatório e Farmácia 6 – Despesas de Oficinas Mecânicas e Elétrica 7 – Despesas Com Gado e Outros Animais de Trabalho 8 – Despesas com Veículos 9 – Despesas com Tratores, Máquinas Pesadas e Equipamentos 10 – Manutenção e Reparo Geral da Fazenda 11 – Despesas de Casa-de-Força 12 – Despesas de Comunicações 13 – Seguros Diversos 14 - Impostos e Taxas. 15 – Despesas Financeira – Fazenda 16 – Despesas de Viagem 17 - Outras Despesas Administrativas - Fazenda
Página 86 / 190
18 – Depreciação de Componentes da Fazenda 19 – Amortizações 20 – Exaustões 21 – Utilidades e Serviços de Terceiros
Página 87 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Prof. Antonio Osório Gonçalves
Quinta Aula Testes 1. No plano de contas de uma empresa agropastoril, a conta “Insumos”
constitui-se de: ( ) a) Todo o material empregado na fabricação de um produto ( x) b) Produtos que compõem uma cultura, como sementes, adubos, etc. ( ) c) Ferramentas utilizadas no trabalho de formação e manutenção de uma cultura ( ) d) N.D.A.
2. Com relação ao inventário de estoque, pode-se dizer que: ( ) a) O melhor método na atividade agrícola é o inventário permanente ( ) b) Adotando o inventário periódico, torna-se difícil avaliar uma cultura em formação ou uma safra em formação ( ) c) No inventário periódico, torna-se fácil avaliar uma cultura em formação ou uma safra em formação (x ) d) As alternativas a e b estão corretas
3. A conta “ Matéria-prima” para uma industria equivale, na Contabilidade Agropecuária, a: ( ) a) Produtos Agrícolas ( ) b) Culturas Temporárias em Formação ( ) c) Almoxarifado ( x ) d) Insumos
4. A conta “Estoques de Produtos em Elaboração” para uma indústria equivale, na Contabilidade Agropecuária, a: ( ) a) Produtos Agrícolas (x ) b) Culturas Temporárias em Formação ( ) c) Almoxarifados ( ) d) Materiais
5. A conta “Produtos Acabados” para uma indústria equivale, na Contabilidade
Agropecuária, a: ( x) a) Produtos Agrícolas ( ) b) Colheitas em andamento
Página 88 / 190
( ) c) Almoxarifado ( ) d) Insumos
6. Cultura temporária em formação é classificada como:
( x) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Investimento ( ) c) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) d) Ativo – Permanente - Diferido
7. Cultura permanente em formação é classificada como: ( ) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Investimento ( x) c) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) d) Ativo – Permanente - Diferido
8. Cultura permanente formada é classificada como:
( ) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Investimento ( x) c) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) d) Ativo – Permanente - Diferido
9. O custo do beneficiamento de uma safra será acumulado a::
(x) a) Produtos Agrícolas ( ) b) Culturas Temporárias em Formação ( ) c) Almoxarifado ( ) d) Insumos
10. As contas “Benfeitorias Rurais”, “Estradas Internas”, “Açudes”, “Cercas”, etc. serão classificadas como: ( ) a) Ativo – Circulante - Estoque ( ) b) Ativo – Permanente - Investimento ( x ) c) Ativo – Permanente - Imobilizado ( ) d) Ativo – Permanente - Diferido
Exercícios
1. A Fazenda Santa Gertrudes dispõe de um investimento dos sues proprietários de R$ 200.000,00. Temos os seguintes gastos:
·● Edifícios – construções R$ 50.000 ·● Cultura de café (em andamento) R$ 110.000 · ● Cultura de arroz (em andamento) R$ 10.000 · ● Cultura de cana-de-açúcar (em andamento) R$ 5.000 a) A cultura de café será classificada no Balanço Patrimonial no grupo de
contas:__Ativo – Permanente – Imobilizado (é uma cultura permanente)
Página 89 / 190
b) A cultura de arroz será classificada no Balanço Patrimonial no grupo de contas: Ativo – Circulante – Estoques (é uma cultura temporária) c) A cultura de cana-de-açúcar será classificada no Balanço Patrimonial no grupo de contas: Ativo – Permanente – Imobilizado (apesar de ser cortada quando da colheita, permanece na terra e brota por várias safras) d) A cultura do café sofrerá depreciação, em média, de 10% ao ano. e) A cultura de pinus (toda cultura que precise cortar para ter produção) sofrerá exaustão. f) A colheita do café, assim como de outros produtos agrícolas, poderá ser avaliada a preço de: custo ou de mercado 2. A Fazenda Cafelândia S. A. planeja os ciclos que se seguem em relação à sua
cultura de café 1º Ciclo: ocorre do 18º mês até o 30º mês, caracterizando-se esse ciclo pelos maiores investimentos. É importantíssimo desde já planejamento contábil bem estruturado e controle das despesas a serem diferidas. 2º Ciclo: integra a normalidade do exercício social propriamente dito. Estrutura Contábil O estoque de produtos acabados será formado de: ● Café beneficiado (pronto para venda futura) . ● Café em coco (estocado para venda futura ). O custo da cultura será basicamente: a) sementes; b) adubos; c) defensivos; d) mão-de-obra; e) depreciação; f) gastos indiretos. O Ativo Permanente (Imobilizado) será formado de: a) máquinas e equipamentos; b) semoventes; c) imobilizado em andamento; d) cafezal em formação; e) benfeitorias.
Página 90 / 190
O Passivo Circulante será constituído de: a) fornecedores; b) obrigações sociais; c) credores diversos; d obrigações tributárias. O Exigível a Longo Prazo será composto da conta “Financiamento”. Considerando os dados anteriores, estruturar um plano de contas resumido para a Fazenda Cafelândia S.A. ATIVO CIRCULANTE PERMANENTE PASSIVO CIRCULANTE EXÍGIVEL DE LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO RECEITAS DESPESAS 3. Relacione os itens Estoque e Imobilizado de uma indústria para a
Contabilidade Agrícola (considerada uma Cultura Temporária e outra Permanente).
INDÚSTRIA CULT. TEMPORÁRIA CULT.PERMANENTE Estoque Matéria Prima Produtos em Elaboração Produtos Acabados Imobilizado Imobilizações Em Andamento Máquinas Imóveis Equipamentos
Estoques Insumos Cultura em Formação Produtos Agrícolas Imobilizado -0- -0- Terra Implementos Agrícolas
Estoques Insumos Colheita em andamento Produtos Agrícolas Imobilizado Cultura Permanente em Formação Cultura Permanente Formada Terra Implementos Agrícolas
Página 91 / 190
4. Estruture, baseando-se no Capítulo 2, um pequeno Plano de Contas, apenas
com o ativo, considerando somente as contas peculiares de uma cultura de alho e cebola. Cultura Temporária (alho e cebola) Estoques Insumo Cultura de alho/cebola em formação Produtos Agrícolas alho/cebola Imobilizado Terra Implementos Agrícolas Benfeitorias
Página 92 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Sexta Aula
Prof. Antonio Osório Gonçalves
Imposto de Renda - Agropecuária
Microempresa e Empresas de Pequeno Porte
Alíquota do Imposto de Renda
Receitas Diversas na Atividade
Gastos Considerados Investimentos
Despesas/Custos com Culturas Agrícolas
Culturas Permanentes
Imposto de Renda – Pessoa Física
Incentivos Fiscais
1. Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
A pessoa jurídica que explora atividade rural definida no art. 2 da Lei nr. 8.023/1990 e atenda às demais condições
estabelecidas na legislação específica, especialmente as alterações implementadas a partir da Lei Complementar
123/2006 (Simples Nacional), que assim determinas
Considera-se Micro Empresa, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela
equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00.
Considera-se Empresa de Pequeno Porte, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a
ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$
2.400.000,00.
Nota:Para fins de enquadramento na condição de ME ou EPP, deve-se considerar o somatório das receitas de todos
os estabelecimentos.
. Considera-se Receita Bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos
serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionalmente concedidos. Ressalvadas estas exclusões é vedado, para fins de determinação da receita bruta
apurada mensalmente , proceder-se a qualquer outra exclusão em virtude da alíquota incidente ou de tratamento
tributário diferenciado (Lei nr. 9.317/1996, art. 2 ,parágrafo 2).
A microempresa e a empresa de pequeno porte que exploram atividade rural ficam dispensadas da escrituração comercial
desde que mantenham, em boa ordem e guarda, e enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais
ações que lhe sejam pertinentes:
Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira, inclusive bancária.
Página 93 / 190
Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término de cada
ano-calendário.
Todos os documentos e demais papéis que serviram de base para a escrituração dos livros Caixa e Registro de
Inventário.
2. Pessoa Juridica – imposto de renda da agropecuária
A pessoa jurídica que explorar atividade rural determinará o imposto de renda com base no lucro real, presumido ou
arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro de cada ano-calendário (Lei 9.430/1996, art. 1).
Entretanto, poderá optar pela apuração anual do lucro real, em 31 de dezembro de cada ano, desde que recolha o
imposto de renda mensalmente, durante o ano-calendário, por estimativa.
Neste caso, deverá calcular o imposto devido mediante a aplicação de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real anual,
sem prejuízo do adicional de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro que exceder, anualmente, o limite de R$
240.000,00.
No cálculo por estimativa, a base de cálculo mensal será determinada pela aplicação do percentual de 8% (oito por cento)
sobre o valor da Receita Bruta mensal. O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento)
sobre a base de cálculo determinada. A parcela da base de cálculo mensal que exceder a R$ 20.000,00, ficará sujeita à
incidência de adicional de 10% (dez por cento)
Para efeito de determinação do saldo a pagar ou a ser compensado, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto de renda
devido o valor recolhido por estimativa.
Observemos o exemplo a seguir:
Página 94 / 190
Os procedimentos contábeis para o registro dos pagamentos mensais da Contribuição Social Sobre o Lucro, bem como
para compensação desses pagamentos com os valores apurados no balanço anual e a compensação do saldo, são
idênticos aos do Imposto de Renda
2.1 Incentivos Fiscais
Os bens do Ativo Imobilizado, quando destinados à produção, podem ser depreciados integralmente, no próprio ano da
aquisição.
O art. 314 do RIR/99 diz que os bens do Ativo Permanente Imobilizado (máquinas e implementos agrícolas, veículos
de cargas e utilitários rurais, matrizes e reprodutores etc.), exceto a terra nua, adquiridos por pessoa jurídica que explora
a atividade rural, para uso nessa atividade, poderão ser depreciados integralmente no próprio ano da aquisição (Medida
Provisória nr. 1.749-35, de 1999, art. 5)
Assim, se a empresa adquiriu um trator por R$ 60.000,00 no primeiro dia do ano calendário de 2007, destinado à
exploração da atividade rural, a depreciação calculada à taxa normal de 20% (vinte por cento) ao ano será registrada na
Período de Apuração Annual - Lucro Real em 31-12-2007
Imposto de Renda Pessoa Jurídica Devido - R$ 180.000,00
Recolhimento Mensal por Estimativa de 2007
janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembrooutubro novembro
Somatório do Imposto de Renda Pago por Estimativa = R$ 190.000,00
Saldo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica a ser Compensado
R$ 190.000,00 - R$ 180.000,00 = R$ 10.000,00
Lançamentos Contábeis
IRPJ Mensal por Estimativa Caixo ou Banco
a Compensar
(1) 190.000,00 180.000,00 (3) 190.000,00 (1)
Sl. 10.000,00**
Resultado do Exercício IRPJ a Pagar *
(2) 180.000,00 (3) 180.000,00 180.000,00 (2)
* Valor Provisionado do IRPJ em 31-12-2007
Página 95 / 190
escrituração comercial. O complemento para atingir o valor do bem constituirá exclusão do Resultado Líquido para
determinação do Lucro Real ou Prejuízo Fiscal de atividade em 2007
Lançamentos na Escrituração Comercial em 2007
D – Despesas de Depreciação
C – Depreciação Acumulada 12.000,00
Demonstração do Lucro Real ou Prejuízo Fiscal em 31/12/2007
Natureza dos Ajustes R$
Resultado Líquido (Lucro ou Prejuízo) 100.000,00
I. Adições
II. Exclusões
a).........................................................................................
b) depreciação complementar à depreciação normal registrada na escrituração comercial relativa ao bem utilizado na atividade rural, apropriado em 2007.................
48.000,00
Lucro Real 52.000,00
Atenção
Caso a empresa apurasse Resultado Líquido Negativo em 2007, no valor hipotético de (R$ 100.000,00), o
Prejuízo Fiscal seria de (R$ 148.000,00).
A partir do ano-calendário seguinte ao da aquisição do trator, o encargo de depreciação normal, que vier a ser
registrado na escrituração comercial, deverá ser adicionado ao Resultado Líquido, para determinação do Lucro Real ou
do Prejuízo Fiscal da atividade rural
Lançamentos na Escrituração Comercial em 2008
D – Despesas de Depreciação
Página 96 / 190
C – Depreciação Acumulada 12.000,00
Demonstração do Lucro Real ou Prejuízo Fiscal em 31/12/2008
Natureza dos Ajustes R$
Resultado Líquido (Lucro ou Prejuízo) 80.000,00
I. Adições
a).........................................................................................
b) depreciação normal registrada na escrituração comercial e que tiver sido excluída na determinação do Lucro Real ou Prejuízo Fiscal anterior.....................................
12.000,00
II . Exclusões
Lucro Real................................................................................ 92.000,00
Atenção:
Se a empresa vier a apurar um Resultado Líquido Negativo no Ano de 2008, no valor hipotético de (R$
80.000,00), o Prejuízo Fiscal será de (R$ 68.000,00)
Na apuração da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro da empresa rural, deverá ser observado o mesmo
procedimento adotado em relação à apuração da base de cálculo do Imposto de Renda quanto a depreciação incentivada
dos bens do imobilizado.
Instrução Normativa SRF nr. 92/97, art. 52.
2.2 Resultado Operacional
O resultado operacional (Lucro ou Prejuízo Operacional) é aquele que representa o resultado das atividades principais ou
acessórias, que constituem objeto da pessoa jurídica.
A empresa rural tem como atividade principais a produção e venda dos produtos agropecuários por ela produzidos e
como atividades acessórias as receitas e despesas decorrentes de:
• Aplicações financeiras;
• Variações monetárias ativas e passivas;
• Reversões de provisões;
Página 97 / 190
• Recuperação de créditos;
• Resultados positivo e negativo na equivalência patrimonial;
• Dividendos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição
• Aluguel ou arrendamento;
• Compra e venda de mercadorias;
• Prestação de serviços.
O resultado operacional das empresas que exploram atividade rural não contempla as atividades acessórias.
Portanto, o regime tributário estabelecido para as empresas rurais aplica-se somente ao resultado apurado decorrente
das atividade principais, não sendo permitido incluir, nesse regime de tributação, as receitas e despesas de atividade
s acessórias.
Com as modificações introduzidas pela Lei 9.249/1995, a pessoa jurídica que explorar outras atividades, além da
atividade rural, deverá segregar , contabilmente, as receitas, os custos e as despesas referentes à atividade rural das
demais atividades, a fim de determinar o lucro ou prejuízo contábil e o lucro ou prejuízo fiscal dessas atividades.
2.3 Determinação do lucro real da pessoa jurídica que explora atividade rural
O lucro Real é definido como o resultado (Lucro ou Prejuízo) do período de apuração (antes de computar a previsão para
o Imposto de renda), ajustado pelas adições, exclusões e compensações autorizadas pela legislação do imposto de renda.
Esse lucro é apurado como extra-contábil e escriturado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, criado
pelo decreto lei 1.598/1977, em obediência ao parágrafo segundo do art. 177 da Lei 6.404/1976 (Lei das Sociedades por
Ações) - art. 262 do RIR/1999.
O ponto de partida à determinação do lucro real da atividade rural é o resultado líquido apurado na escrituração
comercial. As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real são obrigadas a manter em boa ordem e guarda a escrituração e
documentos, em estrita observância às leis comerciais e fiscais e aos princípios de Contabilidade geralmente aceitos,
conforme o disposto nos artigos 247 e 248, ajustados pelas adições, exclusões e compensações prescritas nos artigos 249
e 250 do RIR/1999.
Se a pessoa jurídica explorar outras atividades, além da atividade rural, também denominada empresa com
atividade mista, deverá segregar contabilmente as receitas , os custos e as despesas referentes à atividade rural, das
demais atividades, bem como demonstrar, no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, separadamente, o lucro ou
prejuízo contábil e o lucro ou prejuízo fiscal dessas atividades.
Quando não for possível a segregação contábil, a pessoa jurídica deverá ratear, proporcionalmente à
percentagem que a receita líquida de cada atividade representar em relação à receita líquida total:
a) os custos e as despesas comuns a todas as atividades.
b) os custos e as despesas não dedutíveis, comuns a todas as atividades, a serem adicionadas ao lucro líquido, na
determinação do lucro real.
c) os demais valores, comuns a todas as atividades que devem ser computadas no lucro real.
Na hipótese de a pessoa jurídica não possuir receita líquida no ano-calendário, a determinação da percentagem
prevista será efetuada com base nos custos ou despesas de cada atividade explorada
Página 98 / 190
Resultado Líquido (Lucro ou Prejuízo)
I – Adições R$
a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido, que não sejam dedutíveis na apuração do lucro real; b) depreciação normal, registrada na escrituração comercial, e que tiver sido excluída na determinação do lucro real do período-base anterior (conforme visto no item 2.1) c) ..................................................................................................
II – Exclusões
a) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido, que não sejam computados no lucro real;
b) depreciação complementar à depreciação normal registrada na escrituração comercial relativa a bem utilizado na atividade rural (conforme item 2.1 – incentivos fiscais);
c)..................................................................................................
III - Compensações
O prejuízo fiscal apurado em períodos anteriores
Lucro Real ou Prejuízo Fiscal
Exemplo:
A Agroindústria Santa Maria Ltda. Desenvolve atividade industrial conjuntamente com a exploração da cultura
temporária - soja – e, durante o período de apuração de 2007, determinou o seguinte:
a) Receita Operacional
- Receita Líquida da atividade rural R$ 120.000,00
Página 99 / 190
- Recita líquida da atividade industrial R$ 280.000,00
- Receita líquida total R$ 400.000,00
b) Custos e despesas identificados
- Custos e despesas específicos a atividade rural (dedutíveis) R$ 70.000,00
- Custos e desp. específicos da atividade industrial (dedutíveis) R$ 150.000,00
c) Custos e despesas comuns às duas atividades
- Alimentação de administradores (não dedutíveis) R$ 16.000,00
- Despesas e custos não comprovados R$ 4.000,00
- Demais despesas e custos dedutíveis R$ 60.000,00
- Total R$ 80.000,00
d) Outras Receitas
- Receitas de aplicação financeira em mercados de renda fixa R$ 10.000,00
- Receita de dividendos de investimentos temporários R$ 5.000,00
I – Critério de Rateio
Base: Receita Líquida da atividade/Receita Líquida Total
Item Atividade Industrial
(70%)
Atividade
Rural (30%)
Total
Alimentação de Administradores
R$ 11.200,00 R$ 4.800,00 R$ 16.000,00
(+) Despesas e Custos Indedutíveis R$ 2.800,00 R$ 1.200,00 R$ 4.000,00
(+) Despesas e Custos Dedutíveis
R$ 42.000,00 R$ 18.000,00 R$ 60.000,00
Página 100 / 190
(=) Subtotal = Despesas e Custos Comuns
R$ 56.000,00 R$ 24.000,00 RS 80.000,00
III – Apuração do Lucro Líquido e do Lucro Real
Item Atividade
Industrial (R$)
Atividade
Rural (R$)
Receita Líquida 280.000,00 120.000,00
(-) Custos e despesas específicos (150.000,00) (70.000,00)
(-) Custos e despesas comuns (56.000,00) (24.000,00)
(+) Receitas de Dividendos 5.000,00 -
(+) Receitas Financeiras 10.000,00 -
(=) Lucro Líquido 89.000,00 26.000,00
(+) Alimentação dos administradores 11.200,00 4.800,00
(+) Despesas e custos indedutíveis 2.800,00 1.200,00
(-) Receita de dividendos 5.000,00 -
(=) Lucro Real (Base de Cálculo do IRPJ) 98.000,00 32.000,00
2.3.1 Compensação de Prejuízos Fiscais
2.3.1.1 Pessoa jurídica com atividade exclusivamente rural
O prejuízo fiscal determinado pela pessoa jurídica que explora exclusivamente atividade rural incentivada, na
forma prevista na Lei 8.023/1990, poderá ser compensado com o Lucro Real do período de apuração posterior, não
havendo restrição de prazo para tal compensação e não se aplicando o limite de 30% (trinta por cento), como nas demais
empresas (art. 512, RIR/99).
2.3.1.2 Pessoa jurídica que explorar outras atividades além da rural
Página 101 / 190
A Instrução Normativa SRF 39/96 esclarece acerca de todos os procedimentos necessários para compensação
dos prejuízos fiscais apurados pelas empresas que exploram a atividade rural, bem como outras atividades.
O prejuízo fiscal da atividade rural, período de apuração, poderá ser compensado com o lucro real das demais
atividades apurado no mesmo período de apuração, sem limite de 30% (trinta por cento).
Livro de Apuração do Lucro Real – Parte “A”
Mesmo Período de Apuração Atividade Rural Lucro Real
Demais Atividades
Lucro Real
Valores Apurados (R$ 150.000,00) R$ 265.000,00
Compensação R$ 115.000,00=(150.000,00)+265.000,00
Lucro Real após a compensação
R$ 115.000,00
Não se aplica o limite de 30% -IN SRF 39/96, artigo 2, parágrafo 2
A compensação dos prejuízos fiscais das demais atividades, assim como dos da atividade rural como o lucro real da
outra, do período de apuração subseqüente, aplica-se o limite de 30% (artigos 509 e 511 do RIR/99)
Período de Apuração: 1 trimestre de 2007
Livro de Apuração do Lucro Real – Parte A
Prejuízo Fiscal na Atividade Rural (R$ 800.000,00)
Prejuízo Fiscal nas demais Atividades (R$ 300.000,00)
Período de Apuração : 2 trimestre de 2007
Página 102 / 190
Livro de Apuração do Lucro Real – Parte A
Lucro na Atividade Rural (R$ 1.000.000,00)
Compensação do prejuízo do 1 trimestre de 2007 (R$ 800.000,00)
Lucro Real após a compensação (R$ 200.000,00)
Não se aplica o limite de 30% - artigo 512 do RIR/99
Lucro Real das demais atividades (R$ 600.000,00)
Compensação do Prejuízo do 1 trimestre
30% de R$ 600.000,00 = R$ 180.000,00
(IN SRF 39/96, artigo 2, parágrafo 3 = limite de 30% (R$ 180.000,00)
Lucro Real após a compensação de Prejuízo (R$ 420.000,00)
Atenção: O saldo de prejuízo fiscal a compensar das demais atividades controlado na parte “B” do LALUR – R$
120.000,00 (R$ 300.000,00 – R$ 180.000,00).
2.4 Lucros presumido e arbitrado
O lucro presumido é uma modalidade simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda
das pessoas jurídicas.
É permitido às pessoas jurídicas que explorem atividade rurais optar pelo lucro presumido, desde que atendidas
as demais condições estabelecidas, conforme disposto no artigo 516 do RIR/99:
“Art. 516 – A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a
vinte e quatro milhões de reais, ou a dois milhões de reais multiplicados pelo número de meses de atividade no ano-
calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro
presumido”
Para determinação da base de cálculo do lucro presumido de cada trimestre, a legislação estabelece
aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta auferida no período de apuração, conforme o art. 518
do RIR/99. Sobre essa base, aplica-se a alíquota de 15% (quinze por cento), tendo o Imposto de Renda devido.
A Instrução Normativa SRF 104/98 veio permitir a adoção do critério de reconhecer as receitas de vendas de
produtos agropecuários pelo regime de caixa, ou seja, a medida dos recebimentos.
Página 103 / 190
Com isso, a empresa rural, ao vender seus produtos para recebimento em cinco parcelas mensais, por exemplo,
determinará a base de cálculo para pagamento do Imposto de Renda, da Contribuição Social sobre o lucro, da
Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins, só com a receita efetivamente recebida no trimestre.
O lucro arbitrado da pessoa jurídica que explorar atividade rural, quando conhecida a Receita Bruta, será
determinado mediante a aplicação dos percentuais fixados para o lucro presumido acrescido de 20% (vinte por cento).
O arbitramento do lucro é feito pelo Fisco para as empresas que não seguirem as regras fiscais.
2.5 Outros Tributos
As pessoas jurídicas que exploram atividades rurais estão sujeitas aos pagamentos da Contribuição Social sobre
o lucro, PIS e Cofins, como todas as demais empresas de outros segmentos econômicos.
3 Pessoa Física
3.1 Quem se beneficia
Considera-se Atividade Rural para fins de benefícios fiscais a este setor destinados:
• Agricultura.
• Pecuária.
• Extração e exploração vegetal e animal.
• Exploração de apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura, piscicultura e outros cultivos de
animais.
• Transformação de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas a composição e as
características do produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou criador, com equipamentos e utensílios
usualmente usados nas atividades rurais, utilizando exclusivamente matéria prima produzidas na área rural
explorada, tais como a pasteurização e o acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja,
acondicionados em embalagem de apresentação.
• A partir de 1977, foi considerada como atividade rural o cultivo de florestas que se destinem ao corte para
comercialização, consumo ou industrialização.
• A venda de sêmen de reprodutor e produção de embriões em geral, alevinos e girinos em propriedade rural,
independentemente de sua destinação (reprodução ou comercialização).
(Instruções Normativas SRF 138/90, 125/92 e 17/96)
Atenção: A inclusão, pela pessoa física ou jurídica, na apuração do resultado da atividade rural de rendimentos
auferidos em outras atividades, além das relacionadas, com o objetivo de desfrutar de tributação mais favorecida,
constitui fraude e sujeita o infrator à multa de 150% (cento e cinqüenta por cento) do valor da diferença do imposto
devido (Lei 8.023/1990, artigo 18.)
3.2 Como calcular o resultado na exploração rural
O artigo 22da IN SRF 17/96 regula a forma de apuração do resultado da atividade rural, a partir das
modificações introduzidas pela Lei 9.250/1995.
O resultado da exploração da atividade rural por pessoas físicas, deverá ser feito através da escrituração
do livro caixa, exceto para os contribuintes cuja receita bruta anual dessa atividade seja de até R$ 56.000,00, quando
ficarão dispensados da escrituração do livro caixa.
Página 104 / 190
O resultado (Lucro ou Prejuízo) da atividade rural será apurado à base do regime financeiro (regime de
caixa), ou seja, Receitas Recebidas menos Despesas Pagas.
A receita bruta da atividade rural é o montante das vendas dos produtos oriundos das atividades
definidas como rural, exploradas pelo próprio produtor-vendedor.
A receita bruta, decorrente das vendas dos produtos, deverá ser comprovada por documentos
usualmente utilizados, tais como nota fiscal de produtor, nota fiscal de entrada, nota promissória rural vinculada à nota
fiscal de produtor e demais documentos reconhecidos pelas legislações estaduais.
As despesas de custeio e os investimentos são aqueles necessários à percepção dos rendimentos e à
manutenção da fonte produtor, relacionados com a natureza da atividade exercida.
Consideram-se investimentos todas as aplicações de recursos financeiros que visem ao desenvolvimento da
atividade para expansão da produção, ou melhor, da atividade rural (implementos agrícolas, corretivos, benfeitorias,
eletricidade rural, reprodutores, etc., exceto a terra nua).
Os bens utilizados na produção, quando vendidos, serão tratados como receita da atividade agrícola, exceto o
valor da terra nua, que será tributado de acordo com a Lei 7.713/1988.
As receitas, despesas e demais valores, que integram o resultado e a base de cálculo, serão expressos
em reais (R$), na data do efetivo recebimento de pagamento.
Exemplo:
O Sr. José Carlos é agropecuarista residente e domiciliado no município de Santa Cruz do Sul, no estado do Rio
Grande do Sul. Durante o ano-calendário de 2007, realizou várias operações de venda de produtos agrícolas da colheita
do ano de 2006, conforme as notas fiscais de produtor emitidas no valor de R$ 720.000,00.
Também adquiriu, durante o ano de 2007,vários implementos agrícolas, realizou várias construções rurais e
pagamento de mão de obra dos empregados etc. comprovadas pelas respectivas notas fiscais e recibos, que totalizam R$
610.000,00.
Sempre escriturou o livro caixa. E, por último, possui um prejuízo a compensar de R$ 40.000,00
Vejamos a apuração do Resultado Tributável e base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física
Receita Bruta Total 01 720.000,00
Despesas de Custeio e Investimentos 02 610.000,00
Resultado I 03 110.000,00
Prejuízo do Exercício Anterior 04 40.000,00
Página 105 / 190
Resultado após a compensação do prejuízo 05 70.000,00
Opção pelo arbitramento sobre a receita bruta total (20% da linha 01)
06 144.000,00
Resultado Tributável 07 70.000,00
O resultado tributável é decorrente da comparação entre os valores das linhas 05 e 06; o menor deles, neste
caso, é de R$ 70.000,00
Esse valor tributável, apurado no “Demonstrativo da Atividade Rural”, deverá ser somado aos demais
rendimentos do Sr. José Carlos, se for o caso, para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física.
3.3 Tributação simplificada e parceria
O produtor rural poderá optar pelo cálculo do resultado (lucro) da atividade simplesmente aplicando o
percentual de 20% (vinte por cento) sobre a Receita Bruta no ano-calendário.
Todavia, a pessoa física que optar por essa modalidade de tributação simplificada perderá o direito à
compensação do total dos prejuízos.
Essa opção não dispensa o contribuinte da comprovação das receitas e despesas, qualquer que seja a
forma de apuração do resultado.
É lógico que essa alternativa dificilmente será interessante, uma vez que não se deduzem os incentivos
para fins de apuração da base de cálculo do imposto. Como já vimos, a lei permite que os investimentos (exceto a terra
nua), sejam considerados despesas, quando escriturados no livro caixa.
Os arrendatários, os condôminos e os parceiros na exploração da atividade rural, comprovada a
situação documentalmente, pagarão o imposto separadamente, na proporção dos rendimentos que couberem a cada um.
3.4 Prejuízos
O prejuízo apurado pela pessoa física poderá ser compensado integralmente com o resultado positivo
obtido nos anos-calendários posteriores.
O prejuízo , para compensação futura, deverá ser destacado em reais (R$).
3.5 Outras Considerações
A pessoa física fica obrigada à conservação e guarda do livro caixa e dos documentos fiscais.
Após apurar o resultado (pelo livro caixa ou simplificado), este será base de cálculo do imposto de
renda devido.
4 Avaliação de estoques
Os estoques de produtos agrícolas, animais e extrativos poderão ser avaliados aos preços
correntes de mercado, conforme as práticas usuais, em cada tipo de atividade (artigo 14, parágrafo 1, Decreto-lei
1.598/1977).
Página 106 / 190
O Parecer Normativo CST 57/76 evidencia que, para apuração dos resultados anuais, o rebanho
existente na data do balanço deverá ser inventariado ao preço corrente do mercado ou ao preço real de custo quando a
organização contábil da empresa tenha condições de evidenciá-lo.
É importante frisar que, no período de apuração dos resultados trimestrais a partir de 01/01/1977, o rebanho
deverá ser inventariado nas datas de levantamento de balanços trimestrais.
O PN 57/76 aborda ainda aspectos como classificação do gado no Balanço Patrimonial, valor a ser atribuído na
contabilidade aos bezerros nascidos durante o exercício social e avaliação de inventários.
A – Classificação do Gado
Ativo Imobilizado
Gado reprodutor: compõe-se de touros puros de origem, touros puros de cruza, vacas puras de
cruza, vacas puras de origem e do plantel destinado à inseminação artificial;
Gado de renda: representado por bovinos , suínos, ovinos e eqüinos que a empresa explora
para a produção de bens que constituem objeto de suas atividades;
Animais de trabalho: compreendem os eqüinos, bovinos, muares e asininos destinados aos
trabalhos agrícolas, de sela e de transporte.
Ativo Realizável (Circulante)
Serão classificados no Realizável, em conta apropriada, aves, gado bovino, suíno, eqüino e caprino,
coelhos, peixes e pequenos animais destinados à revenda ou a serem consumidos na produção de bens para venda.
B – Bezerros nascidos durante o exercício
No que tange às crias nascidas durante o ano social, ou o gado que perece no período, deverão ser
escriturados como Superveniências e Insubsistências Ativas, movimentando as respectivas contas, como a seguir
indicado:
Superveniências Ativas: esta conta é creditada, quando do nascimento do animal, pelo preço real de custo ou
pelo preço corrente no mercado, a débito da conta do ativo a que se destina a cria nascida, transferindo-se o saldo para
Resultado, como receita tributável;
Insubsistências Ativas: esta conta é debitada, quando do perecimento (morte) do gado, pelo preço real de custo
ou pelo preço corrente no mercado, lançado contra a conta do ativo que se achava registrado, encerrando-se a conta a
débito de resultado;
Inventários: quanto à contabilização do rebanho, esclareça-se que o mesmo, para apuração dos resultados anuais
na data do balanço, deverá ser inventariado pelo preço real de custo. Quando, porém, a empresa não tiver condições de
evidenciá-lo, poderá se inventariado pelo preço corrente de mercado para gado.
Página 107 / 190
5 Despesas/custos com culturas agrícolas
5.1 Culturas temporárias
As despesas e os custos realizados com a formação de cultura temporária devem ser
registrados em conta própria no Ativo Circulante, cujo saldo será baixado contra a conta de resultado do exercício por
ocasião da comercialização do produto agrícola.
5.2 Culturas permanentes
Os dispêndios com sementes e mudas selecionadas não podem ser considerados como
despesas e custos, devendo ser classificados no Ativo Permanente e ser depreciados em quotas compatíveis com o tempo
de vida útil de cada cultura.
Página 108 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Sexta Aula
Prof. Antonio Osório Gonçalves
Testes
1. Ficam isentas do IR as pessoas físicas cuja receita bruta anual da atividade rural não ultrapasse o
valor nominal de:
( ) a) R$ 100.000,00
( ) b) 10.000 UFIR
(x) c) R$ 56.000,00
( ) d) 70.000 UFIR
2. Em qual das alternativas seguintes a isenção do IR é aplicada normalmente?
( ) a) Numa empresa constituída sob a forma de sociedades por ações
( ) b)Numa empresa cujo titular, sócios e respectivos cônjuges participem com mais de 5% do
Capital de outra pessoa jurídica
( ) c) Numa prestador de serviços profissionais, importadora de produtos estrangeiros,
imobiliárias etc.
(x) d) N.D.A.
3.Não podem ser consideradas atividade rurais:
( ) a) Apicultura (criação de abelhas) e sericicultura (bicho-da-seda)
( ) b) venda de pescado in natura e avicultura (aves)
(x) c)Indústrias de transformação de produtos animais e vegetais
( ) d) Indústrias extrativas vegetal e animal
4.As empresas agropastoris podem incluir no regime tributário receitas não operacionais, tais como:
( ) a) Receitas decorrentes de descontos obtidos de fornecedores de insumos e equipamentos
agrícolas
Página 109 / 190
( ) b)Receitas financeiras de aplicações de recursos no período compreendido entre dois ciclos de
produção
( ) c) receitas de aluguel ou arrendamento de pastos, depósitos, máquinas ou instalações,
comprovadamente ociosos
( x) d) não podem incluir receitas não operacionais
5. No caso de uma empresa de exploração simultâneas de atividade rural e não rural, a alíquota de IR
será de:
(x) a)15% para ambos os casos, desde que mantidas as escriturações separadamente,
considerando a alíquota adicional, se for o caso
( ) b) 25% apenas para a atividade rural beneficiada e 30% para a outra, devendo haver
discriminação na contabilização
( ) c) 30% para ambos os casos, uma vez que a empresa se descaracteriza como exclusivamente
agropastoril
( ) d) 25% para a atividade rural beneficiada, mais o adicional sobre a atividade não beneficiada,
mantendo os registros separadamente
6. São empresa rurais propriamente ditas:
( ) a) As que desenvolvem atividades mercantis, com produtos agropastoris, como revenda de
sementes, animais para corte etc.
( ) b) As que transformarem produtos agrícolas e pecuários em subprodutos
( ) c)As que se dedicarem a florestamento e reflorestamento, prestando serviços a terceiros, como
administração e manutenção de serviços floretais
( x ) d) N.D.A.
7. Numa empresa agropastoril, o gado em geral (reprodutor, de renda e animais de trabalho) é
classificado no Balanço Patrimonial como:
( ) a) Ativo Realizável a Longo Prazo
(x ) b) Ativo Imobilizado
( ) c) Ativo Circulante
( ) d) Estoque
Página 110 / 190
8. São classificados no Ativo Circulante os animais:
( ) a) Destinados aos trabalhos agrícolas, de sela e transporte
( ) b) Que a empresa utiliza para a produção de bens que constitui sua atividade
( x) c) Destinados à revenda
( ) d) Que serão utilizados somente para reprodução
9. Os gastos com sementes e mudas, em “Culturas Permanentes“ , serão:
( ) a) Considerados como despesas operacionais e jogados contra resultado do exercício
( x) b) Classificados no ativo permanente, podendo ser depreciados em quotas compatíveis com
sua vida útil
( ) c) Considerados gastos pré-operacionais e amortizáveis em até cinco anos
( ) d) considerados como custos, e como tal apropriados no resultado
10. A alíquota do Imposto de Renda – Pessoa Jurídica – para a venda de terrenos agrícolas será
(quando houver lucro) de:
(x) a) 15%
( ) b) 30%
( ) c) 35%
( ) d) N.D.A.
A empresa Pesa Ltda. Com apuração do Lucro Real anual, adquiriu em 01 de julho de
2007 uma máquina colheitadeira cuja vida útil é de 5 (cinco) anos, por R$ 110.000,00 com
financiamento obtido no Finame-Rural e, com periodicidade de pagamento anual, utilizou-se
do benefício fiscal da depreciação acelerada.
11. Qual o valor do encargo da depreciação contabilizada em 31/12/2007?
( ) a) R$ 18.000,00
( ) b) R$ 22.000,00
( x ) c) R$ 11.000,00
( ) d) R$ 110.000,00
( ) e) R$ 15.000,00
Página 111 / 190
12. Qual a parcela a ser excluída em 31/12/2007, na apuração do lucro real correspondente ao
benefício fiscal?
( ) a) R$ 110.000,00
( ) b) R$ 88.000,00
( ) c) R$ 11.000,00
( x) d) R$ 99.000,00
( ) e) R$ 22.000,00
13. Supondo que a referida empresa, em 2008, tenha optado pela apuração do Lucro Real
Trimestralmente, qual o valor da depreciação a ser adicionado ao Lucro Líquido para determinação
do Lucro Real no primeiro trimestre de apuração (31/03/2008)?
(x) a) R$ 5.500,00
( ) b) R$ 11.000,00
( ) c) R$ 22.000,00
( ) d) R$ 5.000,00
( ) e) R$ 80.000,00
Com base nos dados a seguir responda às questões 14 e 15:
A empresa Agrosêmen S.A. tem como atividade principal a produção e comercialização
de sêmen e embriões para o mercado interno e externo. Durante o ano-calendário de 2007,
recolheu o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro com base na
estimativa, e em 31/12/2007 apurou o seguinte:
- Receita líquida de venda de embriões R$ 180.000,00
- Receita líquida de venda de sêmen R$ 100.000,00
- Receita líquida de venda de botijão para
Acondicionamento de sêmen e embriões R$ 120.000,00
- Custos e despesas de venda de embriões R$ 80.000,00
- Custos e despesas de venda de sêmen R$ 80.000,00
- Custos e despesas de venda de botijão R$ 100.000,00
- Custos e despesas indedutíveis comuns às
Atividades exploradas pela empresa R$ 30.000,00
Página 112 / 190
14. Assinale a alternativa CORRETA:
( ) a) A produção e comercialização de sêmen não são consideradas atividades rurais.
( ) b) A produção e comercialização de Sêmen e embriões são consideradas atividades rurais, e o
resultado da atividade rural apurado pela empresa deverá incluir os decorrentes das operações
acessórias (vendas e custos) de botijões.
( ) c) A produção e comercialização de Sêmen e embriões são consideradas atividades rurais, e o
resultado da atividade rural apurado pela empresa nào deverá incluir os decorrentes das operações
acessórias (vendas e custos) de botijões.
(x) d) A comercialização de botijões poderá ser considerada atividade rural ou comercial.
( ) e) R$ A produção de sêmen e embriões é considerada atividade rural; todavia, sua
comercialização não.
15. Qual o valor do Lucro Real da atividade rural?
( ) a) R$ 141.000,00
(x) b) R$ 140.000,00
( ) c) R$ 113.500,00
( ) d) R$ 27.500,00
( ) e) R$ 120.000,00
16. Um produtor rural “A” comprometeu-se a vender 3.000 sacos de arroz. Ocorrendo frustração de
safra, produziu apenas 2.000 sacas. Para atender ao contrato, adquiriu do produtor rural “B” 1.000
sacas. O valor do contrato de venda da operação realizada pelo produtor rural “A” corresponde a R$
36.000,00. Qual o valor da receita da atividade rural do produtor “A” em R$?
( ) a) R$ 36.000,00
( ) b) R$ 24.000,00
( ) c) R$ 12.000,00
( ) d) R$ 20.000,00
( ) e) R$ 30.000,00
Página 113 / 190
Exercícios
1. A Companhia Subdesenvolvida, empresa agropecuária, obteve uma receita de R$ 300.000,00
em 19X1.
a) Seus custos foram:
- mão de obra e encargos R$ 100.000,00
- mudas e sementes R$ 22.000,00
- custos R$ 33.000,00
b) Os investimentos no ano-base foram:
- Estradas R$ 5.600,00
- Bezerros adquiridos R$ 8.800,00
- tratores R$ 20.800,00
c) Despesas operacionais ( R$ 50.000,00)
Pede-se:
Calcular o Imposto de Renda a pagar da Cia. Subdesenvolvida.
DRE
Receitas 300.000,00
(-) Custos 155.000,00
LUCRO BRUTO 145.000,00
(-) Despesas Operacionais 50.000,00
LUCRO OPERACIONAL 95.000,00
LALUR
Lucro Contábil 95.000,00
+ Adições 0,00
(-) Exclusões
Investimentos
Estradas 5.600,00
Tratores 20.800,00
LUCRO REAL 68.600,00
IRPJ – 15% 10.290,00
Página 114 / 190
2. A Companhia Agropecuária Juazeiro apresenta receita de R$ 100.000,00 e despesas de R$
40.000,00. Houve um investimento em estábulo de R$ 20.000,00.
100.000,-40.000, = 60.000, - 20.000, = 40.000, * 15% = 6.000,
O Imposto de Renda devido pela empresa será de R$ 6.000,00
Os investimentos que serão aproveitados, se houver, serão de R$ 20.000,00
3. Companhia Agropecuária Ituiutaba apresenta os seguintes dados:
A empresa comprou 5 tratores no ano por R$ 180,00 cada. No custo do produto vendido,
constam adubos no valor de R$ 400,00. Com esses dados, preencha os espaços a seguir.
O Lucro Real para fins de cálculo do IR e deduzindo os investimentos é de R$_4.100,00
O imposto de Renda a pagar, à base da alíquota de 15%, será de R$ 615,00.
DRE em 19XX
Receita Operacional R$ 10.000,00
(-) Custo do Produto Vendido (R$ 6.000,00)
Lucro Bruto R$ 4.000,00
(-) Despesas Operacionais
- de vendas (R$ 500,00)
- Administrativas (R$ 800,00)
- Financeiras (R$ 700,00)
- Dividendos (R$ 1.000,00)
Lucro Operacional R$ 3.000,00
(+) Alienação de Terras R$ 1.000,00
Lucro Antes do Imposto de Renda R$ 4.000,00
LALUR
Lucro Contábil 4.000,00
+ Adições
Dividendos 1.000,00
(-) Exclusões
Investimentos 900,00
LUCRO REAL 4.100,00
Página 115 / 190
IRPJ – 15% - 615,00
4. A Companhia Los Angeles - Agropecuária teve uma receita bruta de R$ 490.000.000,00 e os
seguintes dados durante o ano:
a) Custos no valor de R$ 110.000.000,00
b) A empresa construiu sede indispensável no período, no valor de R$ 50.000.000,00
c) Houve receitas diversas no período:
Lucro na venda de imóvel – R$ 50.000.000,00
Aluguel de pasto comprovadamente ocioso – R$ 5.000.000,00
Pede-se: apurar o Imposto de Renda devido no Período.
DRE
Receitas 490.000.000,
(-) Custos 110.000.000,
LUCRO BRUTO 380.000.000,
Receitas não Operacionais 55.000.000,
LUCRO LÍQUIDO 435.000.000,
LALUR
Lucro Contábil 435.000,000.
+ Adições
(-) Exclusões
Investimentos 50.000.000,
LUCRO REAL 385.000.000,
IRPJ – 15% 57.750.000,
Adicional de IRPJ – 10%
(385.000.000, - 240.000, = 384.760.000) 38.476.000,
Página 116 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Sétima Aula
Prof. Antonio Osório Gonçalves
O Fluxo de Caixa no Setor Rural
A Importância do Fluxo de Caixa
A Demonstração do Fluxo de Caixa nos Estados Unidos
Regime de Caixa x Regime de Competência
Estrutura do Fluxo de Caixa
Caixa Modelo Direto
Caixa Modelo Indireto
Analisando o Fluxo de Caixa
A experiência e os constantes debates sobre o uso do Fluxo de Caixa como principal relatório contábil no setor rural dos
Estados Unidos, e mais recentemente no Brasil, são de grande interesse não só para a comunidade agropecuária
brasileira, como também para os demais setores contábil-financeiro, já que a forte corrente de que esse relatório fosse
exigido por lei no Brasil, culminou com a aprovação da Lei 11.638, que introduziu a Demonstração dos Fluxos de Caixa
em substituição à Demonstração de Origem e Aplicações de Recursos – DOAR.
1. Contabilidade à base do caixa – método de caixa
Esse é o método que a maioria dos negócios agropecuários usa nos EUA, dada sua simplicidade em considerar apenas os
recebimentos e pagamentos. Quase a totalidade dos pequenos agropecuaristas usa esse método, em que o lucro no ano
(resultado) é obtido subtraindo das vendas recebidas as despesas pagas. Acréscimos nos estoques agropecuários
resultantes da atividade operacional, como é o caso do crescimento do gado ou de plantação, não são considerados
ganhos por esse método, mas a acumulação de novas compras de insumos, como fertilizantes e outros, é considerada
uma despesa do ano a partir do momento em que eles são pagos. Portanto, despesas como depreciação de prédios e
máquinas, produtos consumidos pela família etc., não são considerados como tal, pois não representam um efetivo
desembolso de caixa.
Há diversas vantagens no uso desse método aos olhos de muitos administradores rurais nos EUA. Uma delas é sua
simplicidade. Ao assumir esse método, o agropecuarista evita manter registros detalhados de estoques, depreciações, etc.
Além disso, reduz o pagamento, a princípio, de Imposto de Renda, por ocasião da compra de insumos a vista no ano
corrente, admitindo que pelo menos parte dele será usado no ano seguinte. Assim, os administradores rurais podem
controlar as flutuações anuais em seus lucros tributáveis e, portanto, em seu Imposto de Renda devido pela manipulação
do momento da venda e compra de seus insumos.
Em relação aos pecuaristas americanos que estão continuamente expandindo suas operações, usando esse método podem
evitar desembolso com Imposto de Renda por um período de tempo, aumentando seu caixa líquido. Isso porque parte de
sua criação mantida para crescimento/engorda (que provoca desembolso no caixa) será reconhecida antes da venda do
Página 117 / 190
gado (entrada dos recursos resultantes da venda). Dessa Forma, consideram-se os desembolsos no caixa para a criação do
rebanho, mas não se considera o ganho do crescimento, provocando uma seqüência da redução do lucro tributável
enquanto houver expansão do rebanho.
Os produtores rurais também reconhecem algumas desvantagens que esse método poderia ocasionar. Uma delas é a
ocorrência da venda de uma produção que estava acumulada, à espera de um melhor preço. Essas vendas provocam um
abrupto crescimento no lucro e, conseqüentemente, no Imposto de Renda a pagar. Outra desvantagem é que, por meio
desse método, é proibido reduzir o lucro que gera o Imposto de Renda certas reduções (perdas) no ano corrente
referentes a colheitas e animais.
1.1 Regime de Competência versus Caixa
Por outro lado, o regime de competência (ou econômico) é o preferido pelos profissionais contábeis, pois não há
distorção na apuração do resultado (como ocorre no regime de caixa); o lucro é reconhecido no ano em que ele é gerado
(mesmo que não tenha ainda se transformado totalmente em caixa). Por meio desse método é possível reconhecer as
perdas na produção e no rebanho em estoque. Essas perdas podem reduzir o lucro tributável, diminuindo, portanto, o
imposto devido.
O regime de competência considera as vendas geradas no período, enquanto o regime de caixa considera apenas as
vendas recebidas (encaixe). No que tange à despesa, o primeiro considera as despesas consumidas, sacrificadas no
período, enquanto o segundo considera apenas as despesas pagas (desembolsadas).
De maneira geral, o regime de caixa é considerado não científico, já que ele é manipulável. Vamos admitir uma empresa
que em novembro constata um lucro elevado no acumulado do ano e, com isso, pagaria muito Imposto de Renda. Num
regime de caixa, o administrador poderia vender seus estoques e receber no início de janeiro, postergando recebimento
(assim essas vendas passariam para o ano seguinte), e antecipar pagamento de fornecedores, reduzindo, assim, seu lucro.
Em termos de Imposto de Renda no Brasil, destacamos que, para a Pessoa Física, a apuração do resultado é à base do
regime de caixa, não sobrando alternativa para o pequeno e médio agropecuarista. Todavia, ainda que poucos, há aqueles
que fazem Contabilidade pelo regime de competência pensando num sistema de informação mais adequado para a
tomada da decisão.
No que tange à Pessoa Jurídica, a tributação do Imposto de Renda incide sobre o resultado apurado pelo Regime de
Competência (exceto se optar pelo lucro presumido), com ajustes adicionais previstos pelo Regulamento do Imposto de
Renda. Dessa forma, para fins fiscais, a Contabilidade à base de caixa não tem valor.
2 Demonstração do fluxo de caixa e sua importância na agropecuária quando integrada com o fluxo econômico
A partir de 1989, a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) tornou-se obrigatória nos EUA, compondo o conjunto das
demonstrações financeiras. A Lei 11.638 de dezembro de 2007, acaba de introduzi-la na legislação comercial brasileira.
A DFC ajuda, entre outras utilidades, a avaliar o potencial da empresa em gerar fluxos futuros de caixa, a honrar
seus compromissos, pagar dividendos e identificar suas necessidades de recursos financeiros externos. A DFC melhor
evidencia as razões das diferenças entre lucro líquido e as entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos), bem como os
efeitos na posição financeira da empresa resultante das transações financeiras e não financeiras (operações que não
afetam o caixa) durante um período.
A DFC poderá ser um instrumento importante para analisar a ligação entre o saldo de caixa líquido evidenciado
no Balanço Patrimonial e o Lucro Líquido obtido por meio do regime de competência.
Página 118 / 190
Normalmente, as instituições que concedem crédito rural avaliam o passado e querem projetar o desempenho futuro da
empresa para tomar a decisão mais adequada na estipulação e na concessão de crédito. Os emprestadores de recursos
analisam a viabilidade de um retorno de pagamento (ou seja, a capacidade de pagamento do tomador do empréstimo) a
curto prazo por meio da DFC e a lucratividade e rentabilidade (considerando a diferença entre receita e despesa) por
meio da Demonstração de Resultado, feita à base do regime de competência.
Tudo isso porque uma empresa pode gerar caixa sem ter lucro (venda de estoque a preço baixo, venda de ativo
permanente, acréscimo de contas a pagar), concluindo-se que só o caixa não revela todos os fatos. Por outro lado, uma
empresa pode ter lucro e concomitantemente não conseguir pagar seus compromissos, sendo que só a apuração do
resultado à base de competência não mede a verdadeira saúde financeira da empresa. Assim, a combinação dos dois
fluxos (financeiro e econômico) permite uma melhor análise dos emprestadores do dinheiro.
Ainda que haja grande variação no resultado (lucro) entre os dois regimes, não invalida o método de caixa, pois
ele é muito importante para diversas decisões a serem tomadas no âmbito financeiro. O que é importante é não usá-lo de
maneira isolada, mas sempre em conjunto com outras demonstrações ou ainda integrando-o com a demonstração
econômica.
3. Estrutura da demonstração do fluxo de caixa
Para a finalidade de uma boa análise, a DFC é dividida em três grupos:
A – Atividade Operacional: envolve a produção e venda de bens e serviços relativos à atividade operacional da empresa.
No setor rural, haveria necessidade de subtrair, além das despesas operacionais pagas, a retirada de dinheiro para a
manutenção da família, que corresponde a salários de trabalho e administração dos mesmos.
B – Atividade Referente a Investimentos: focaliza o fluxo de caixa para a compra e venda de bens de capital (máquinas,
implementos agrícolas), animais de reprodução (criação), planos de aposentadoria, etc.
C – Atividades de Financiamento: inclui os financiamentos, empréstimos, amortizações da dívida, capital dos
proprietários, operações com leasing etc.
Dessa forma a DFC revela associações entre essas três categorias. Por exemplo, as operações de novos
financiamentos e empréstimos estão ligadas aos pagamentos realizados no período referente a esse tipo de dívida
contraída no passado, na seção atividade de financiamento. Dentro da seção atividade operacional, há a indicação da
disponibilidade do caixa para cobrir as despesas, os juros, as retiradas da família etc. mostra ainda se a geração de caixa
está sendo suficiente para cobrir os financiamentos na seção atividade financeira, e assim sucessivamente.
3.1 Método Direto
A DFC pode ser dividida em método direto e método indireto.
O método chamado direto tem como principal vantagem mostrar as entradas (receitas) e saídas (despesas) do
caixa operacional. O conhecimento desses montantes facilita a projeção dos flxos futuros. A comparação da DFC com o
fluxo econômico é recomendada. De forma muito simples podemos apresentar esse método:
Atividades Operacionais
Página 119 / 190
Receita Operacional Recebida (-) Despesas Operacionais Pagas De Vendas Administrativas Financeiras (juros, etc.)
Caixa Gerado no Negócio
+ Outras Receitas Recebidas (-) Outras Despesas Pagas (-) Imposto de Renda e Contribuições Pagas
3.2 Método Indireto
O método chamado indireto começa com o Lucro Líquido à base do regime de competência e os ajustes das transações
das receitas e despesas que não afetam o caixa, mas que refletirão no resultado econômico , fazendo assim uma
reconciliação entre os dois fluxos no que tange às atividades operacionais.
A principal vantagem do método indireto é que focaliza a diferença entre o Lucro Líquido econômico (DRE) e o Lucro
Líquido financeiro (DFC), considerando as atividade operacionais. A primeira finalidade do relatório financeiro é prover
informações sobre o desempenho do negócio por meio da apuração do resultado (lucro ou prejuízo) e seus componentes.
Investidores, credores e outros que estão preocupados com uma avaliação prospectiva do fluxo líquido de caixa estão
muito interessados nessas informações. Eles estão muito interessados em saber quanto vão ganhar no futuro, acima de
qualquer outra informação. demonstrações financeiras que mostram somente receitas e pagamentos do caixa durante um
período de tempo, como um ano, não podem adequadamente indicar se o desempenho do negócio está com o sucesso
desejado.
Se o método indireto é usado, as variações líquidas no ativo circulante são consideradas na seção operacional.
Presumivelmente, essas considerações fornecem suficientes informações para analisar as principais mudanças nas contas
do balanço. Contudo, para um ativo não circulante ou ativo permanente, com a exceção do rebanho de reprodução,
acréscimos ou decréscimos brutos resultantes das entradas ou saídas do caixa são registrados na seção investimentos da
DFC, a fim de mostrar os específicos investimentos ou desinvestimentos do negócio.
O procedimento é paralelo para o passivo, com o intuito de analisar os empréstimos com uma entrada de caixa.
Novamente, se o método indireto é usado somente os acréscimos ou decréscimos líquidos do passivo circulante são
mostrados na seção operacional, enquanto os montantes do fluxo de caixa de novos empréstimos e pagamentos de
financiamentos são registrados na seção financiamentos da DFC para passivos de prazo longo.
Para estruturar esse método, há necessidade de fazer alguns ajustes no Lucro Líquido obtido na Demonstração
do Resultado à base de competência, para se comparar com o fluxo gerado pelo caixa. Seria praticamente a comparação
de um fluxo econômico com o financeiro.
Página 120 / 190
Por exemplo, a depreciação é uma despesa não desembolsada pelo caixa, mas que reduz o lucro na
Demonstração do Resultado do Exercício à base de competência. Para reconciliar o Lucro Líquido com o Caixa Líquido,
a depreciação deveria ser somada de volta ao lucro
Essa reconciliação é uma ferramenta muito útil para análise, principalmente das instituições que concedem
crédito. Em pouco tempo, se entenderá a saúde financeira da empresa, relacionando-se com a situação econômica da
mesma.
A DFC modelo indireto poderia ser estruturada assim:
Atividades Operacionais
Lucro Líquido (Obtido na DRE – Plano Econômico) (+) Depreciação e outras despesas econômicas (não afetam o caixa) Ajustes por mudanças no Ativo Circulante Aumento/Diminuição em Duplicatas a Receber Aumento/Diminuição em Estoques etc. Ajustes por mudanças no Passivo Circulante Aumento/Diminuição em Fornecedores Aumento/Diminuição em Salários a Pagar etc. Caixa Líquido em Atividades Operacionais
Atividades em Investimentos Aquisição de Permanente (-) Vendas de Permanente
Atividades de Financiamento
Novos Financiamentos Aumento de Capital em Dinheiro
(-) Dividendos
Resultado Financeiro Líquido
Outra Maneira de Demonstrar as Atividades Operacionais no Modelo Indireto
Lucro Líquido Obtido na Demonstração do Resultado do Exercício
Ajustes: Itens Referentes à Receita Acréscimos/decréscimos na safra e animais de engorda (e outros estoques) Acréscimos/decréscimos nas contas a receber na fazenda Ganhos/perdas de capital na venda de reprodutores e implementos agrícolas Total dos ajustes na receita para ser subtraído/somado ao Lucro Líquido
Itens Referentes a Despesas Despesas de ativos não usados e itens ainda não pagos Depreciação
Total de Ajustes na Despesa a Ser Adicionado ao Lucro Líquido
Página 121 / 190
Caixa Líquido Originado da Atividade Operacional
– Análise do Fluxo de Caixa em Negócios Rurais
Como já vimos, a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) proporciona informações necessárias principalmente
para avaliar as atividades operacionais de um negócio rural. Se a análise for em conjunto com a Demonstração do
Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial, podem ser obtidas importantes informações sobre o fluxo de caixa.
assim., para uma boa análise, a DFC, como sugerida no item anterior, é dividida em três partes: operacional, de
investimentos e de financiamentos.
Para desenvolvimento de uma análise, vamos apresentar um exemplo:
O Caso “Boi Gordo e Animais Ltda.” é um bom exemplo de análise.
“Jorge Bem Sucedido” tem uma fazenda de 88 alqueires onde ele produz grãos e cria de gado. Seu rebanho
consiste em 60 bovinos e, em média, 1.800 porcos ao ano. Em 20X1 ele obteve lucro líquido de R$ 51.688,00. todavia,
usando a Demonstração de Fluxo de Caixa, podem ser reveladas informações sobre o negócio, não evidenciados na
Demonstração do Resultado do Exercício, que informou o lucro acima (R$ 51.688,00).
Por exemplo, na seção Caixa Operacional, é possível determinar se o Caixa que entrou referente à receita foi
suficiente para pagar a despesa operacional, os juros, os impostos e as retiradas da família para sobreviver. Jorge tem um
caixa líquido de R$ 47.688,00 após ter pago suas despesas em 20x1.
Na seção investimentos , observamos a utilização de R$ 15.000,00 do Caixa, principalmente em decorrência de
novos investimentos. Na seção Operações de financiamento, notamos que o Caixa líquido cujo pagamento principal foi
praticamente o dobro de novas entradas. Isso reflete fortemente na capacidade de pagamento da fazenda. Jorge realmente
reduziu as operações de empréstimos para R$ 33.000,00 (comparando a liquidação de R$ 46.000,00 contra os novos
recursos de R$ 13.000,00). No total, o Caixa usado de R$ 36.000,00 indica um elevado pagamento de dívida para
instituições financeiras. O decréscimo líquido do Caixa foi de R$ 3.312,00, reconciliados com o Balanço Patrimonial:
Balanço Patrimonial Início de 20x1 Fim de 20x1
Caixa R$ 5.000,00 R$ 1.688,00
O desempenho da atividade refletido no Caixa em 20x1 indica claramente uma forte restituição de empréstimos e a
capacidade de financiar as operações com as próprias receitas operacionais geradas no negócio. Todavia, como pode ser
visto no DFC – Modelo Direto, na seqüência, não fica bem claro se os estoques foram vendidos a preços mais baixos e se
permitiu contas a apagar com a finalidade de gerar caixa. Se isso for verdade, poderia ser vista nos dados da
Demonstração do Resultado a base de regime de competência e, assim, traria problemas no futuro para geração de caixa.
A proposta de reconciliação vista do Modelo Indireto elimina rapidamente esse risco. O primeiro sinal positivo
é o Lucro Líquido de R$ 51.688,00, ou seja R$ 4.000,00 a mais que o caixa líquido das operações. Nos ajustamentos
realizados abaixo do item receita, a safra, os animais em estoque e outros estoques aumentaram em R$ 11.000,00,
significando um bom desempenho no futuro em termos de caixa. No item despesas ajustadas, a depreciação de R$
Página 122 / 190
42.000,00 pode ser comparada com os novos investimentos mostrados na seção Investimentos, no valor de R$
30.000,00.
Assim, uma boa utilização do caixa aconteceu na reposição de bens de capital, embora numa taxa inferior à
depreciação. Isso certamente trará complicações em anos futuros. Toda essa análise seria enriquecida na comparação
com fluxos projetados e na comparação com a demonstração do ano anterior. Veja, a seguir, os dois fluxos referidos,
modelos direto e indireto:
Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Direto R$
Para ano findo – 20x1
Fluxo de Caixa decorrente das atividades operacionais Caixa recebido referente à produção agropecuária Caixa pago para compra de ração
Caixa pago referente às despesas operacionais Juros pagos no ano
Contribuições e Impostos pagos Lucro Financeiro Líquido
Retiradas para manutenção da família
325.000,00 (19.312,00) (163.000,00) (50.000,00) (17.000,00) 75.688,00 (28.000,00)
Caixa Líquido Gerado Pela Atividade Operacional 47.688,00
Fluxo de Caixa Gerado pelos Investimentos Caixa recebido de vendas de gado reprodutor (cria) Caixa recebido de vendas de implementos agrícolas Desembolso na compra de gado reprodutor Desembolso na aquisição de implementos agrícolas Desembolso para plano de aposentadoria
12.000,00 7.000,00 (2.000,00) (28.000,00) (4.000,00)
Caixa Líquido Decorrente de Investimentos (15.000,00)
Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto – continuação... RS
Fluxo de Caixa Gerado por Atividades Financeiras Amortização de Financiamento
Pagamento de Empréstimo
Novos Empréstimos
(24.000,00) (46.000,00) 13.000,00 21.000,00
Página 123 / 190
Novos Financiamentos
Caixa Líquido Resultante das Operações Financeiras (36.000,00)
Decréscimo de Caixa no período
Caixa no início do Período de 20x1 Caixa no final do período de 20x1
(3.312,00) 5.000,00 1.688,00
Método Indireto R$
Reconciliação do Lucro Líquido com o Caixa gerado na Atividade Operacional Lucro Líquido Obtido na Demonstração do Resultado do Exercício
51.688,00
Ajustes:
Itens Referentes à Receita Acréscimo na safra e animais de engorda (e outros estoques) Decréscimo nas contas a receber da fazenda Ganhos/perdas de capital na venda de reprodutores e implementos agrícolas Total dos ajustes da receita a ser subtraído do Lucro Líquido
11.000,00 (1.000,00) 9.000,00 (19.000,00)
Itens Referentes à Despesa Despesas de ativos não usados e itens ainda não pagos Depreciação Total dos Ajustes na despesa a ser adicionado ao Lucro Líquido Retiradas da família para sua manutenção
1.000,00 42.000,00 43.000,00 (28.000,00)
Caixa Líquido Originado da Atividade Operacional 47.688,00
4.1 – Um exemplo de análise da parte operacional da Demonstração do Fluxo de Caixa
O método chamado direto tem como principal vantagem mostrar as entradas (receitas) e saídas (despesas) do caixa
operacional. O conhecimento desses montantes facilita a projeção de fluxos futuros. A comparação da DFC com o fluxo
econômico é recomendada. Na Cia. Exemplo, no quadro 1, os maiores recursos do recebimento do caixa para a operação
da fazenda originaram-se da venda de gado e aves (49%) e safras e sementes (37%) conforme pode ser visto. Esses dois
produtos resultam em 86% do total do caixa recebido de clientes durante o ano. O quadro 2, na Cia. Exemplo, identifica
os maiores desembolsos do caixa: despesas gerais e administrativas e retiradas da família, em 40% e 30%,
respectivamente, do total do caixa pago durante o ano. Caixa usado para pagar sementes constitui também uma
significativa porção (25%) do total pago. As comparações entre esses montantes propiciam informações valiosas para os
usuários.
E a experiência ainda mostra que os emprestadores de recurso gostam mais do método direto porque os
montantes pagos e recebidos são particularmente importantes na avaliação das necessidades de empréstimos externos e
em sua capacidade de retornar o pagamento desses empréstimos.
Página 124 / 190
Demonstração do Fluxo de Caixa
Companhia Exemplo Método Direto
Fluxo de Caixa – Atividade Operacional Caixa Recebido de Clientes (Quadro 1) Caixa pago para Fornecedores e Empregados Pagamento de Imposto de Renda Pagamento de Juros Juros Recebidos Caixa Líquido gerado da Atividade Operacional
223.206,00 -82.834,00 -25.620,00 -23.680,00 2.100,00 93.172,00
Quadro 1 Caixa recebido de Clientes durante o Ano
Gado Bovino e Aves Safras e Sementes Receita não Rural Investimentos Temporários Rebanho de Reprodução
Recebimentos do Governo e Dividendos Caixa Recebido de Clientes durante o Ano
110.000,00 82.145,00 13.033,00 6.640,00 6.290,00 5.098,00 223.206,00
49,00%
37,00%
6,00%
3,00%
3,00%
2,00%
100,00%
Quadro 2: Caixa Pago para Fornecedores e Folha de Pagamento Despesa Administrativa e Geral Sementes Retiradas da Família Compra Referente a Rebanho Bovinos e Aves Pagamentos a Empregados Caixa Pago a Fornecedores e Folha de Pagamento
33.134,00 24.866,00 20.780,00 2.904,00 1.150,00 82.834,00
40,00% 30,00% 25,00% 4,00% 1,00% 100,00%
Análise do Fluxo de Caixa: Método Direto/Recebimentos ( quadro 1 )
Página 125 / 190
Vendas
Gado bovino e aves
Safras e sementes
Receita não rural
Azul = gado bovino e aves Magenta = safras e sementes Verde = receita não rural Lilás = recebimentos do governo Azul celeste = dividendos
Análise de Caixa: Método Direto/Pagamentos (quadro 2)
Página 126 / 190
Azul = despesas administrativas e gerais Magenta = sementes Verde = retiradas da família Lilás = compras referentes ao rebanho bovino e aves Azul celeste = pagamentos a empregados
Página 127 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Oitava Aula
Prof. Antonio Osório Gonçalves
Plano de Contas Completo para uma Empresa Agropecuária
Apresentamos um Plano de Contas completo, para as empresas agropecuárias, cujo material
divide-se em duas etapas distintas:
. Apresentação e Objetivos do Sistema Contábil
. Plano de Contas
1 Apresentação e Objetivos do Sistema
O presente trabalho tem como objetivo desenvolver um sistema contábil voltado
especificamente para a área agropecuária.
Esse sistema contábil atende aos aspectos fiscais no que tange a relatórios contábeis
exigidos pela Legislação do Imposto de Renda, Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/76)
como também a outras legislações concernentes à área.
1.1 Relatórios
Os relatórios são apresentados em dois períodos:
1) Anual
- Balanço Patrimonial
- Demonstrativo de Resultado do Exercício
- Demonstrativo de Lucros e Prejuízos Acumulados
2) Mensal
- Diário Geral
- Razão Analítico das Contas Movimentadas
- Balancetes e Uma Demonstração Parcial do Resultado do Período
Página 128 / 190
1.2 Estoques
Este sistema não controla os Estoques. Portanto, os Estoques são controlados
por processo extra-contábil, de maneira permanente (inventário permanente), sendo seu
resultado lançado na contabilidade. (Os resultados da contabilidade serão atualizados a cada
movimentação de estoque.)
1.3 Abrangência do Plano de Contas
Este plano de contas abrange as seguintes áreas de atividade:
Agricultura
- temporária
- permanente
Pecuária
- bovina
de corte
de leite
- de outros animais
Outras Atividades Secundárias
- Olaria
- Cerâmica
- Serraria
1.4 Não-abrangência do plano de contas
A – Atividade operacional
Este plano de contas não abrange as seguintes áreas:
- Reflorestamento
- agroindústria, parte da zootécnica
No que tange a reflorestamento, admitiremos a hipótese, em nosso sistema contábil,
dessa atividade de forma secundária como: arborização de áreas residenciais e funcionais,
reservas florestais formadas etc. Não trataremos, entretanto, do reflorestamento como
atividade-fim na área de Incentivos Fiscais já que requer uma contabilidade peculiar, não se
adequando a este Plano de Contas.
Página 129 / 190
Em termos de Zootécnica, o nosso sistema contábil foi preparado para a pecuária
(bovinocultura, suinocultura, etc.), sendo possível colocá-la em operação em alguma atividade,
na condição de secundária, como é o caso da avicultura. Entretanto, não se ajusta à atividade
de pequenos animais, como a apicultura, sericicultura, piscicultura etc., bem como a algumas
atividades especiais, como a criação de cavalos e outros.
B – Controles e Cálculos
Também não serão evidenciados controles e relatórios individuais de:
- clientes e fornecedores
- fichas de estoque (tratamento)
- controle e cálculo do Ativo Permanente (tratamento de gestão
patrimonial)
- controle de financiamentos bancários
- livro de Apuração do lucro Real (cálculo de Imposto de Renda)
1.5 Flexibilidade do Plano de Contas
O sistema contábil está calcado em um plano de contas desenvolvido específicamente
para a área da agropecuária.
O Plano de Contas está previsto para abranger as principais movimentações de
empresas de pequeno e médio porte, sendo bastante flexível em termos de inclusão de novas
contas, exclusão de contas já existentes, ou até mesmo alteração dos títulos das contas
cadastradas.
Portanto, este trabalho não esgota as possibilidades de contas de uma atividade
agropecuária, servido como arcabouço padrão, passível de alterações durante sua utilização na
prática.
A – Contas Comuns
A Conta Caixa (111.1000) prevê um nível operacional apenas numa conta “Caixa da
Fazenda Y” com código 111.1100. Logicamente, a contabilidade, de acordo com sua
necessidade, inserirá, na mesma seqüência numérica, outras contas, como, por exemplo:
111.1000 Caixa
111.1100 Caixa da Fazenda Y
111.1200 Caixa Fazenda M
111.1300 Caixa Escritório Central
111.1400 Fundo Fixo
Página 130 / 190
Consta no plano de contas acréscimos em virtude das necessidades da empresa
Como se pode observar, as inclusões de novas subcontas no Caixa podem ir, no máximo, até
1900, pois a conta 111.2000 trata-se de Bancos Conta Movimento. Havendo, todavia,
necessidade de incluir mais subcontas, a codificação poderia ser com intervalo de 50, ou seja,
1150, 1200, 1250, 1300..., duplicando assim a potencialidade. Dessa forma, quanto maior for a
necessidade de novas inserções, menor deverá ser o intervalo numérico, tornando-se, assim,
bastante flexível.
O mesmo raciocínio da conta Caixa é válido para Bancos Conta Movimento, Duplicatas
a Receber, Adiantamentos, Participações em Outras Empresas, etc.
B – Contas Específicas na Agropecuária
A conta Estoques (114) dá destaque para animais, produtos agrícolas, insumos e outros
materiais.
No que tange a animais, damos destaque para rebanho bovino em formação (114.1100),
dividindo-o em categorias por idade anual.
Todavia, desejando o usuário distribuí-lo em faixas etárias menores, o Plano de Contas
é plenamente flexível. Por exemplo, se o usuário desejar distribuir o rebanho semestralmente:
114.1100 Rebanho Bovino em Formação (Plano de Contas)
114.1105 Bezerros de 0 a 6 meses (incluir)
114.1100 Bezerros de 0 a 12 meses (excluir)
114.1110 Bezerros de 7 a 12 meses (incluir)
Observe que há uma flexibilidade de cem dígitos apenas para esse grupo, podendo-se
chegar a se dividir em cem categorias.
Na conta Outros Rebanhos e Animais (114.1400), destacamos eqüinos, caprinos, ovinos
e aves, dando um intervalo de dez dígitos (1410, 1420, 1430 e 1440), podendo-se acrescentar
outros animais nos códigos subseqüentes: 1450, 1460....
No que tange à parte agrícola (114.2000), diferenciamos a Cultura Temporária em
Formação da Cultura Permanente (Colheita em Andamento) e os respectivos produtos
colhidos – “Produtos Agrícolas”.
Página 131 / 190
Em cada grupo exemplificamos alguns tipos de produtos agrícolas, como arroz, soja, milho,
trigo e cebola para a Cultura Temporária, café, cana-de-açúcar, laranja e maçã para a
Cultura Permanente.
Poderia o usuário não ter sequer um tipo dessas culturas e mesmo assim usar com
eficiência esse Plano de Contas. Bastaria, para tanto, dar continuidade à codificação de dez em
dez como sugerido.
Assim, na Cultura Temporária, temos o código 114.2150 para cebola; poderia o
usuário, tendo a cultura do feijão, por exemplo, codificá-la em 114.2160 e assim
sucessivamente.
Vamos admitir que as culturas temporárias sejam superiores ao total de 10 (dez). Nesse
caso, os intervalos no Plano de Contas poderiam ser diminuídos para de cinco em cinco, ou até
mesmo de um em um. A rigor, o Plano de Contas suporta 100 (cem) tipos de culturas
temporárias diferentes e mais 100 9cem) tipos de culturas permanentes diferentes. O mesmo
raciocínio é válido para as culturas permanentes, constantes no Ativo Imobilizado. Veja que as
culturas citadas são meramente exemplos, uma vez que a codificação é essencialmente elástica.
1.6 Fins Gerenciais e Indicadores Financeiros
Embora o presente trabalho esteja voltado para fins fiscais, paralelamente serão
fornecidos algumas informações gerenciais, bem como indicadores financeiros que ajudarão
sensivelmente a tomada de decisão.
1.7 Avaliação de Estoques
Na atividade agropecuária, é facultativa a avaliação dos estoques e valores de custos ou
a valores de mercado (preço de venda). Quando da avaliação a preço de mercado, reconhece-se
a valorização do estoque como receita econômica do período.
Esse método, embora contabilmente seja o mais adequado, é rejeitado por
agropecuaristas, já que provoca, ainda que em montante de pequenas proporções, a
antecipação do pagamento do Imposto de Renda (Antecipação de Lucro).
Dessa forma, visando ao máximo de economia fiscal às empresas agropecuárias,
optaremos, para fins deste trabalho, pelo método de custo histórico como base de valor para
avaliação dos Estoques.
1.8 Apuração de Custos
Basicamente há dois grupos de contas em termos de custos:
Página 132 / 190
41 Custos dos Produtos Vendidos
42 Custos de Produção
Fluxo contábil “custos de produção“
Todos os custos serão contabilizados na conta Custos de Produção – Resultado do
Exercício, código “42”, diferenciando-se por natureza (insumos, mão-de-obra direta e custos
indiretos de produção) e por atividade (pecuária, agricultura e outros).
De forma extracontábil, faz-se um controle de custos por cultura, rebanho e outros.
Com base nesses dados (mapa extracontábil), transfere-se mensalmente ou a qualquer
momento o saldo das contas de Custos de Produção para a conta Estoques, identificando-se
(nos estoques) a cultura, a idade do rebanho etc.
Estando a safra colhida, no caso da agricultura, transfere-se o valor para a conta
Produtos Agrícolas Temporários (114.2100) ou Permanentes (114.2400).
Por ocasião da venda, dá-se baixa nos estoques do produto ou animal estocado,
transferindo-se para as contas Custos dos Produtos Vendidos (411) ou Custos dos Produtos
Agrícolas Vendidos (412).
Dessa maneira, ao final de cada mês ou em períodos menores, ter-se-á o Custo de
Produção com valor igual a zero, e o Estoque refletindo o seu valor real e o montante dos
Custos do Produto ou Rebanho Vendido no Resultado do Exercício.
Tratando-se de gado de corte, o custo será transferido via estoque. Se gado de leite, o
Custo de Produção será transferido diretamente para o Custo do Produto Vendido, já que o
leite não permanece em estoque.
Dessa forma, havendo uma atividade mista (leite e corte), será feito um controle
extracontábil para as transferências dos valores do custo de produção.
Se a atividade prevalecente for abate e houver receita de leite, poderá ser reduzida do
Custo de Produção do Gado de Corte (Recuperação de Custo).
1.9 Fazenda x Escritório
Suponha-se que a atividade agropecuária tenha um escritório independente da fazenda.
Dessa forma, todos os gastos administrativos na fazenda são contabilizados como custo de
produção para posterior rateio.
Se, todavia, o escritório for dentro da própria fazenda, a contabilidade deverá estar
atenta a certos itens classificados nos subgrupos de Custos Indiretos (Gastos Gerais), que
Página 133 / 190
deverão ser apropriados como despesas do período, como: salários e ordenados, despesas com
veículos, despesas de comunicação, seguros diversos, despesas financeiras, despesas de viagens,
outras despesas administrativas, etc.
Página 134 / 190
Plano de Contas
Nível Código
1 12 113 1114 111.10005 111.1100
4 111.20005 111.2001
4 111.13005 111.3001
4 111.40005 111.4001
4 111.50005 111.5100
3 1124 112.10005 112.1001
4 112.20005 112.2001
4 112.30005 112.3001
4 112.40005 112.4001
4 112.50005 112.50015 112.5002
3 1134 113.10005 113.1001
4 113.20005 113.20015 1132002
4 113.30005 113.3001
4 113.40005 113.40015 113.4002
3 1144 114.11005 114.11105 114.11205 114.11305 114.1140
Página 135 / 190
Plano de Contas
5 114.11505 114.1160
4 114.12005 114.12105 114.12205 114.12305 114.12405 114.1250
4 114.13005 114.13105 114.13205 114.13305 114.1340
4 114.14005 114.14105 114.14205 114.14305 114.1440
4 114.21005 114.21105 114.21205 114.21305 114.21405 114.2150
4 114.22005 114.22105 114.22205 114.22305 114.22405 114.2250
4 114.23005 114.23105 114.23205 114.23305 114.2340
4 114.24005 114.24105 114.24205 114.24305 114.2440
4 114.31005 114.31105 114.31205 114.31305 114.31405 114.31505 114.3160
4 114.41005 114.41105 114.41205 114.41305 114.41405 114.4150
Página 136 / 190
Plano de Contas
5 114.41605 114.4170
4 114.51005 114.51105 114.51205 114.51305 114.51405 114.51505 114.5160
4 114.61005 114.61105 114.61205 114.6130
3 1154 115.11005 115.11105 115.11205 115.1130
2 123 1214 121.10005 121.1010
4 121.20005 121.2010
4 121.30005 121.3010
3 1224 122.10005 122.1010
3 1234 123.10005 123.1010
3 1244 124.10005 124.1010
2 133 1314 131.1000
5 131.1010
4 131.11005 131.1110
4 131.12005 131.1210
4 131.13005 131.1310
4 131.1400 5 131.1410
Página 137 / 190
Plano de Contas
4 131.2000
5 131.2010
4 131.3000 5 131.3010
4 131.40005 131.40105 131.40205 131.40305 131.40405 131.40505 131.4060
4 131.50005 131.50105 131.50205 131.50305 131.5040
3 1324 132.10005 132.10015 132.10025 132.'003
4 132.1100
4 132.1200
4 132.1300 5 132.13015 132.13025 132.13035 132.13045 132.13055 132.13065 132.13075 132.13085 132.1309
4 132.14005 132.1401 5 132.14025 132.1403
4 132.15005 132.15015 132.15025 132.1503
4 132.16005 132.16015 132.1602 5 132.16035 132.16045 132.16055 132.1606
4 132.1700
Página 138 / 190
Plano de Contas
5 132.17015 132.17025 132.17035 132.17045 132.1705
4 132.18005 132.18015 132.1802 5 132.1803 5 132.18045 132.18055 132.18065 132.18075 132.18085 132.1809 5 132.18105 132.18115 132.18125 132.18135 132.18145 132.1815
4 132.19005 132.19015 132.1902 5 132.1903 5 132.19045 132.19055 132.1906
4 132.20005 132.20015 132.20025 132.20035 132.20045 132.2005
4 132.21005 132.21015 132.21025 132.21035 132.21045 132.21055 132.21065 132.21075 132.2108
4 132.22005 132.22015 132.22025 132.22035 132.22045 132.22055 132.22065 132.22075 132.22085 132.2209
4 132.23005 132.23015 132.2302
Página 139 / 190
Plano de Contas
5 132.23035 132.23045 132.23055 132.23065 132.23075 132.23085 132.23095 132.23105 132.2311
4 132.24005 132.24015 132.24025 132.24035 132.24045 132.24055 132.24065 132.2407
4 132.25005 132.25015 132.2502
4 132.26005 132.26015 132.2602
4 132.27005 132.27015 132.27025 132.27035 132.27045 132.2705
4 132.28005 132.28015 132.28025 132.28035 132.2804
4 132.29005 132.29015 132.29025 132.29035 132.2904 5 132.29055 132.29065 132.29075 132.29085 132.2909
4 132.30005 132.30015 132.30025 132.30035 132.30045 132.3005
4 132.31005 132.3101
4 132.3200
Página 140 / 190
Plano de Contas
5 132.32015 132.32025 132.32035 132.32045 132.32055 132.32065 132.32075 132.32085 132.32095 132.32105 132.32115 132.32125 132.32135 132.32145 132.32155 132.3216
4 132.33005 132.33015 132.3302
4 132.34005 132.34015 132.34025 132.34035 132.3404
4
132.3500
4 132.3600
4 132.3700
4 132.3800
4 132.39005 132.39015 132.39025 132.39035 132.39045 132.39055 132.39065 132.39075 132.39085 132.3909 5 132.39105 132.39115 132.39125 132.39135 132.39145 132.39155 132.3916
Página 141 / 190
Plano de Contas
5 132.39175 132.39185 132.3919
4 132.40005 132.40015 132.40025 132.40035 132.40045 132.40055 132.40065 132.40075 132.40085 132.40095 132.40105 132.40115 132.40125 132.4013
4 132.41005 132.41015 132.41025 132.41035 132.41045 132.41055 132.41065 132.41075 132.41085 132.41095 132.41105 132.41115 132.41125 132.41135 132.41145 132.41155 132.4116
4 132.42005 132.42015 132.42025 132.4203 5 132.42045 132.42055 132.42065 132.42075 132.42085 132.4209
4 132.43005 132.43015 132.43025 132.43035 132.43045 132.43055 132.43065 132.43075 132.43085 132.43095 132.4310
4 132.44005 132.4401
Página 142 / 190
Plano de Contas
5 132.44025 132.44035 132.44045 132.44055 132.44065 132.44075 132.44085 132.44095 132.44105 132.44115 132.44125 132.44135 132.44145 132.44155 132.44165 132.44175 132.44185 132.44195 132.44205 132.4421
4 132.45005 132.45015 132.45025 132.45035 132.45045 132.45055 132.45065 132.4507 5 132.45085 132.45095 132.45105 132.45115 132.45125 132.45135 132.45145 132.45155 132.45165 132.45175 132.45185 132.45195 132.45205 132.4521
4 132.46005 132.46015 132.46025 132.46035 132.46045 132.46055 132.46065 132.46075 132.46085 132.46095 132.46105 132.46115 132.46125 132.46135 132.46145 132.46155 132.46165 132.4617
Página 143 / 190
Plano de Contas
5 132.46185 132.46195 132.46205 132.4621
4 132.47005 132.47015 132.47025 132.47035 132.47045 132.47055 132.47065 132.47075 132.47085 132.47095 132.47105 132.47115 132.47125 132.47135 132.47145 132.47155 132.47165 132.47175 132.47185 132.47195 132.47205 132.4721
4 132.48005 132.48015 132.48025 132.48035 132.48045 132.48055 132.48065 132.48075 132.48085 132.48095 132.48105 132.48115 132.48125 132.48135 132.48145 132.48155 132.48165 132.48175 132.48185 132.48195 132.48205 132.4821
4 132.49005 132.49015 132.49025 132.49035 132.49045 132.49055 132.49065 132.49075 132.49085 132.49095 132.4910
Página 144 / 190
Plano de Contas
5 132.49115 132.49125 132.49135 132.49145 132.49155 132.49165 132.49175 132.49185 132.49195 132.49205 132.4921
4 132.50005 132.50015 132.50025 132.50035 132.50045 132.50055 132.50065 132.50075 132.50085 132.50095 132.50105 132.50115 132.50125 132.50135 132.50145 132.50155 132.50165 132.50175 132.50185 132.50195 132.50205 132.50214 132.51004 132.51014 132.51024 132.51034 132.51044 132.51054 132.51064 132.51074 132.51084 132.51094 132.60005 132.60015 132.60025 132.60034 132.61005 132.62015 132.62025 132.62033 1334 133.10005 133.10015 133.10025 133.10035 133.10044 133.11005 133.11015 133.11025 133.1103
Página 145 / 190
Plano de Contas
5 133.11044 133.12005 133.12015 133.12024 133.13005 133.13015 133.13024 133.14005 133.14014 133.15005 133.15015 133.15025 133.15035 133.15045 133.15055 133.15065 133.15074 133.16005 133.16015 133.16025 133.16035 133.16045 133.16055 133.1606
1 2
2 213 2114 211.10005 211.10014 211.20005 211.20015 211.25004 211.30005 211.30015 211.30025 211.30035 211.30044 211.40005 211.40015 211.40025 211.40035 211.40045 211.40055 211.40065 211.40075 211.40085 211.40095 211.40104 211.50005 211.50015 211.50025 211.50035 211.50045 211.50055 211.50065 211.50075 211.50085 211.50095 211.50105 211.50115 211.5012
Página 146 / 190
Plano de Contas
4 211.60005 211.60015 211.60025 211.60035 211.60045 211.60055 211.60065 211.60075 211.60084 211.70005 211.70015 211.70025 211.70035 211.70045 211.70055 211.70065 211.70075 211.70085 211.70095 211.70105 211.70115 211.70125 211.7013
4 211.80005 211.80015 211.80025 211.80035 211.80045 211.80055 211.80065 211.80073 2124 212.10005 212.10014 212.20005 212.20012 223 2214 221.10005 221.10015 221.15004 221.20005 221.20014 221.30005 221.30015 221.35004 221.40005 221.40015 221.45004 221.50005 221.50014 221.60005 221.60015 221.60025 221.60035 221.60042 233 2314 231.10005 231.10014 231.2000
Página 147 / 190
Plano de Contas
5 231.20012 243 2414 241.10005 241.10015 241.10025 241.10034 241.20005 241.20015 241.20025 24120034 241.30005 241.30015 241.30025 24130033 2424 242.10005 242.10015 242.10025 242.10035 242.10045 242.10055 242.10064 242.20005 242.20015 242.20024 242.30005 242.30015 242.30025 242.30035 242.30045 242.30055 242.30065 242.30075 242.30083 2434 243.10005 243.10014 243.20005 243.20014 243.30005 243.3001
1 3
2 313 3114 311.10005 311.11005 311.12005 311.13004 311.20005 311.21005 311.22005 311.23005 311.24003 3124 312.10005 312.10505 312.11005 312.11505 312.12004 312.2000
Página 148 / 190
Plano de Contas
5 312.20505 312.21005 312.21505 312.22003 3134 313.10005 313.11005 313.12005 313.13004 313.20005 313.21005 313.22004 313.30005 313.31005 313.32002 323 3214 321.10005 321.11005 321.12005 321.13005 321.24005 321.15005 321.16005 321.17004 321.20005 321.21005 321.22005 321.23005 321.24005 321.25005 321.26005 321.27004 321.30005 321.31005 321.32005 321.33005 321.34005 321.35005 321.36005 321.3700
1 4
2 413 4114 411.10005 411.11005 411.12005 411.13004 411.20005 411.21005 411.22005 411.23005 411.24003 4124 412.10005 412.10505 412.11005 412.11505 412.12004 412.20005 412.2050
Página 149 / 190
Plano de Contas
5 412.21005 412.21505 412.22003 4134 413.10005 413.11005 413.12005 413.13005 413.14004 413.20005 413.31005 413.32002 423 4214 421.10005 421.10015 421.10025 421.10035 421.10045 421.10055 421.10065 421.10075 421.10084 421.20005 421.20015 421.20025 421.20035 421.20045 421.20055 421.20065 421.20074 421.30005 421.30013 4224 422.10005 422.10015 422.10025 422.10035 422.10045 422.10055 422.10065 422.10075 422.10085 422.10095 422.10105 422.10114 422.20005 422.20015 422.20025 422.20035 422.20045 422.20055 422.20065 422.20075 422.20085 422.20095 422.20105 422.20114 422.30005 422.30015 422.30025 422.3003
Página 150 / 190
Plano de Contas
5 422.30045 422.30055 422.30065 422.30075 422.30085 422.30095 422.20105 422.30113 4234 423.11005 423.11015 423.11025 423.11035 423.11045 423.11055 423.11065 423.11075 423.11085 423.11095 423.11105 423.11114 423.12005 423.12015 423.12025 423.12035 423.12044 423.13005 423.13015 423.13025 423.13035 423.13044 423.14005 423.14015 423.14025 423.14035 423.14045 423.14055 423.14065 423.14904 423.15005 423.15015 423.15025 423.15035 423.15045 423.15055 423.15904 423.16005 423.16015 423.16025 423.16035 423.16045 423.16055 423.16065 423.16074 423.17005 423.17015 423.17025 423.17035 423.17045 423.17054 423.18005 423.1801
Página 151 / 190
Plano de Contas
5 423.18025 423.18035 423.18045 423.18055 423.18065 423.18074 423.19005 423.19015 423.19025 423.19035 423.19044 423.20005 423.20015 423.20025 423.20035 423.20045 423.20055 423.20065 423.20075 423.20085 423.20095 423.20104 423.21005 423.21015 423.21024 423.22005 423.22015 423.22024 423.23005 423.23015 423.23025 423.23035 423.23045 423.23055 423.23064 423.24005 423.24015 423.24024 423.25005 423.25015 423.25025 423.25034 423.26005 423.26015 423.26025 423.26035 423.26045 423.26055 423.26065 423.26075 423.26085 423.26095 423.26105 423.26114 423.27005 423.27015 423.27025 423.27035 423.27045 423.27055 423.27065 423.2707
Página 152 / 190
Plano de Contas
5 423.27085 423.27095 423.27104 423.2800
423.28015 423.28025 423.28035 423.28045 423.28055 423.28065 423.28075 423.28085 423.28095 423.28105 423.28115 423.28125 423.28135 423.28145 423.28155 423.28165 423.28174 423.29005 423.29015 423.29025 423.29035 423.29045 423.29055 423.29065 423.29075 423.29084 423.30005 423.30015 423.30025 423.30035 423.30045 423.30052 433 431 4 431.10005 431.10105 431.10205 431.10305 431.10405 431.10505 431.10605 431.10705 431.10805 431.10905 431.11004 431.20005 431.20105 431.20205 431.20305 431.20405 431.20505 431.20605 431.20705 431.20805 431.20905 431.21005 431.21105 431.2120
Página 153 / 190
Plano de Contas
5 431.21305 431.21405 431.21505 431.21604 431.30005 431.30105 431.30205 431.30304 431.40005 431.40105 431.40205 431.40305 431.40403 4324 432.10005 432.10105 432.10205 432.10303 4334 433.10005 433.10105 433.10205 433.10305 433.10405 433.10505 433.10605 433.10705 433.10805 433.10904 433.20005 433.20105 433.20205 433.20305 433.20403 4344 434.10005 434.10105 434.10205 434.10304 434.20005 434.20103 4354 435.10005 435.10105 435.10205 435.10305 435.10405 435.10904 435.20005 435.20105 435.20205 435.20305 435.20406 435.2050
435.20903 4364 436.10005 436.10105 436.10203 4374 437.10005 437.1001
Página 154 / 190
Plano de Contas
5 437.10105 437.1020
Página 155 / 190
Plano de Contas
Descrição da Conta
ATIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL CAIXA Caixa da Fazenda “Y”
BANCOS CONTA MOVIMENTO Banco do Brasil S.A.
BANCOS CÉDULA RURAL Banco do Brasil S.A.
NUMERÁRIO EM TRÂNSITO Banco do Brasil S.A.
APLICAÇÕES FINANCEIRAS Overnight
CRÉDITOS TÍTULOS/DUPLICATAS A RECEBER Cliente “X”
CHEQUES EM COBRANÇA Banco do Brasil S.A.
(-)DUPLICATAS DESCONTADAS Banco do Brasil S.A.
(-)PROVISÃO CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA Provisão Crédito de Liquidação Duvidosa
APLICAÇÕES TEMPORÁRIAS CDB RDB
OUTROS CRÉDITOS CAPITAL A LIBERAR Banco do Brasil S.A.
ADIANTAMENTOS Adiantamentos a Fornecedores Adiantamentos a Funcionários
EMPRESAS COLIGADAS Empresa “X”
CRÉDITOS DE IMPOSTOS Crédito de ICMS IRF Aplicação Financeira
ESTOQUES REBANHO BOVINO EM FORMAÇÃO Bezerros de 0 a 12 meses Bezerras de 0 a 12 meses Novilhos de 12 a 24 meses Novilhas de 12 a 24 meses
PLANO DE CONTAS DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIADesenvolvido pelos Professores José Carlos Marion e
Ricardo Rinaldi Baumgartner
Página 156 / 190
Plano de Contas
Novilhos de 24 a 36 meses Novilhas de 24 a 36 meses
REBANHO BOVINO PARA CORTE Gado de Pisoteio Gado de Engorda-Novilhos acima 3 anos Gado de Engorda-Novilhas acima 3 anos Touros Descartados Matrizes Descartadas
REBANHO BOVINO EM TRÂNSITO Reses em Trânsito Reses a Classificar Reses em Patagens de Terceiros Reses em Confinamento
OUTROS REBANHOS E ANIMAIS Eqüinos Caprinos Ovinos Aves
CULTURA TEMPORÁRIA EM FORMAÇÃO Arroz Milho Soja Trigo Feijão
PRODUTOS AGRÍCOLAS (CULTURA TEMPORÁRIA) COLHEITA Arroz Milho Soja Trigo Feijão
CULTURAS PERMANENTES (COLHEITA EM ANDAMENTO) Café Cana-de-Açúcar Laranja Maçã
PRODUTOS AGRÍCOLAS (CULTURAS PERMANENTES) COLHEITA Café Cana-de-Açúcar Laranja Maçã
INSUMOS PARA PECUÁRIA E OUTROS ANIMAIS Sal Sêmen Suplementos Minerais Medicamentos Veterinários Rações Para Animais Outros
INSUMOS PARA AGRICULTURA Sementes Inseticidas Adubos e Fertilizantes Herbicidas Formicidas
Página 157 / 190
Plano de Contas
Fungicidas Outros
MATERIAIS DE CONSUMO DIVERSOS Material para Enseminação Material de Construção Combustíveis e Lubrificantes Peças e Acessórios Para Veículos Material Elétrico e Hidráulico Material de Limpeza
ESTOQUE DE PRODUÇÃO PRÓPRIA Madeira em Tora Madeira Serrada Produtos de Cerâmica
DESPESAS DE EXERCÍCIOS SEGUINTES VALORES DIFERIDOS Prêmios de Seguro a Vencer Juros Passivos a Amortizar Encargos Financeiros a Apropriar
REALIZÁVEL DE LONGO PRAZO CRÉDITOS TÍTULOS A RECEBER Cliente "X"
(-) DUPLICATAS DESCONTADAS Banco do Brasil S.A.
PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA Provisão Para Créditos de Liquidação Duvidosa
INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS TÍTULOS E VALORES IMOBILIÁRIOS Cauções
EMPRÉSTIMOS A TERCEIROS EMPRESAS COLIGADAS Empresa "X"
OUTROS CRÉDITOS E VALORES CRÉDITOS DE IMPOSTOS Imposto "X"
PERMENENTE INVESTIMENTOS PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS EMPRESAS (Avaliado pelo método de Equivalência Patrimonial) Empresa "X"
ÁGIOS Empresa "X"
(-) AMORTIZAÇÕES Empresa "X"
(-) DESÁGIOS Empresa "X"
(-) BAIXAS Empresa "X"
Página 158 / 190
Plano de Contas
PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS EMPRESAS (Avaliado pelo método de Custo) Empresa "X"
(-) PROVISÕES PARA PERDAS Empresa "X"
PARTICIPAÇÃO EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS FINAM FINOR FISET/TURISMO FISET/PESCA FISET/REFLORESTAMENTO EMBRAER
OUTROS INVESTIMENTOS PERMANENTES Terrenos e Imóveis Para Futura Utilização Imóveis de Renda Aplicações em Ouro (-) Provisão Para Perdas Permanentes
IMOBILIZADO TERRAS Área de Exploração Área de Reserva Florestal (Natural) Topografia de Divisas
PASTAGENS ARTIFICIAIS FORMADAS
PASTAGENS NATURAIS MELHORADAS
OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA Estradas Externas Estradas Internas Campo de Pouso Pontes Corredores Barragens, Açudes e Canais Picadas e Demarcações de Divisas Poços Artesianos Muros e Cercas de Ripa
REDE DE COMUNICAÇÃO Rádios Transceptores e Acessórios Antenas Birutas e Balizamentos
REDE DE ESGOTOS Fossas Assépticas Manilhas e Tubos Estação de Tratamento
REDE HIDRÁULICA Caixas -d'água Bombas Rodas e Moinhos Aríetes Encanamentos Compressores
REDE ELÉTRICA
Página 159 / 190
Plano de Contas
Cabos e Fios Pára-raios Locomóvel Postes Instalações Elétricas
INSTALAÇÕES Mata-burros Mangueirões Galpões para Animais (estábulos) Maternidade de Porcos Cercas de Arame Farpado Cercas de Arame Liso Currais Curraletes Cochos Cobertos Porteiras Portões Bebedouros Balanças para Gado Salas e Troncos de Inseminação Aviários e Instalações de Granjas
CONSTRUÇÕES CIVIS RESIDENCIAIS Conjuntos Habitacionais de Madeira Conjuntos Habitacionais de Alvenaria Alojamentos para Empregados Residências de Administradores Residências de Gerentes Residências de Hóspedes
CONSTRUÇÕES CIVIS SOCIAIS Farmácia Enfermaria Escola Clube Social Igreja
VEÍCULOS Caminhões Caminhonetes Jipe Embarcações Fluviais Aeronaves Carros, Carroças e Carretas Bicicletas Motocicletas
MÁQUINAS E MOTORES Tratores de Esteiras Tratores de Rodas Máquinas e Motores de Serraria Máquinas e Motores de Olaria Máquinas e Motores de Oficina Motores e Grup. Geradores e Transformadores Máquinas de Beneficiamento Motoniveladoras Bate-estacas
APARELHOS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS Arados, grades, plainas e perfuratrizes Arreios e pertences
Página 160 / 190
Plano de Contas
Aparelhos, Equipamentos e Ferramentas de Serrar Aparelhos, Equipamentos e Ferramentas de Olaria Aparelhos, Equipamentos e Ferramentas de Oficina Carrinhos Manuais Implementos Agrícolas Diversos Aparelhos e Equipamentos de Inseminação Reservatório Equipamentos Contra Incêndio Aparelhos e Equipamentos de Laboratório
MÓVEIS E UTENSÍLIOS Máquinas de Calcular e Escrever - Fazenda Móveis de Escritório - Fazenda Mobiliário da Sede e Alojamentos Mobilário da Residência do Administador e Gerentes Armas Máquinas de Calcular e Escrever - Escritório Central Moveis de Escritório - Escritório Central
REBANHOS PERMANENTES "GADO PURO" Reprodutores Matrizes
REBANHOS PERMANENTES "GADO MESTIÇO" Reprodutores Matrizes
ANIMAIS DE TRABALHO Cavalos e Éguas Burros e Mulas Jumentos e Jumentas Animais de Reprodução Bois
ANIMAIS E AVES DE CRIA Ovinos Caprinos Eqüinos Suínos
CULTURAS PERMANENTES FORMADAS Arborização de Áreas Residenciais Reservas Florestais Formadas Café Dendê Guaraná Cana -de -Açúcar Uva Laranja Cacau
MINAS E JAZIDAS Minério "X" (Valor de Reserva) Projeto de Pesquisa Taxa de Licença no DNRM Levantamento Topográfico Demarcação de Área
MARCAS DIREITOS E PATENTES Marca de Gado
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
Página 161 / 190
Plano de Contas
Depreciação de Obras de Infra-Estrutura Depreciação de Rede de Comunicação Depreciação de Rede de Esgotos Depreciação de Rede Hidráulica Depreciação de Rede Elétrica Depreciação de Instalações Pecuárias Depreciação de Construções Civis Residenciais Depreciação de Construções Civis Funcionais Depreciação de Construções Civis Sociais Depreciação de Veículos Depreciação de Máquinas e Motores Depreciação de Móveis e Utensílios Depreciação de Aparelhos Equipamentos e Ferramentas Depreciação de Rebanhos (gado de raça) Depreciação de Rebanhos (gado mestiço) Depreciação de Animais de Trabalho
AMORTIZAÇÃO ACUMULADA Amortização Acumulada de Áreas de Exploração Amortização de Gastos para Requerer Prospecção de Minas e Jazidas
EXAUSTÃO ACUMULADA Exaustão de Minas e Jazidas Exaustão de Culturas Permanentes Exaustão de Reservas Florestais Exaustão de Pastagens Artificiais/Naturais
IMOBILIZAÇÃO EM CURSO
CONSTRUÇÕES CIVIS FUNCIONAIS EM ANDAMENTO (Detalhes individualizados por tipo de construção, em ordem numérica apartir de 01)
CONSTRUÇÕES CIVIS RESIDENCIAIS EM ANDAMENTO (Detalhes individualizados por tipo de construção, em ordem numérica apartir de 01)
CONSTRUÇÕES CIVIS SOCIAIS EM ANDAMENTO (Detalhes individualizados por tipo de construção, em ordem numérica apartir do 01)
OBRAS EM ANDAMENTO (Detalhes individualizados por tipo de construção, em ordem numérica apartir de 01)
PASTAGENS ARTIFICIAIS EM FORMAÇÃO Abertura de Picadas Levantamento Topográfico Estivas e Caminhos de Acesso Desbravamento Mecanizado Desbravamento Manual Transporte Interno Semeio Aéreo Semeio Mecanizado Semeio Manual Sementes Plantio e Mudas Combate à Formiga e Outros Erradicação de Plantas Tóxicas Demarcação de Pastos Replantio Roçada Química de Formação
Página 162 / 190
Plano de Contas
Roçada Manual de Formação Semeio e Sementes de Capineiras Semeio e Sementes de Legumes e Forragem
PASTAGENS ARTIFICIAIS EM REFORMA Residuais de Formação Roçada Manual de Reforma Roçada Mecânica de Reforma Curva de Nível Correção de Solo e Corretivos Adubação e Adubos Replantio Aéreo Replantio Mecanizado Replantio Manual Sementes Replantio e Mudas Ressemeio e Sementes de Legumes e Forragem Redemarcação de Pastos
PASTAGENS NATURAIS EM MELHORAMENTO Serviços Topográficos Desbravamento Químico Desbravamento Mecanizado Desbravamento Manual Transportes Internos Fiscalização Interna Licenciamento no IBDF Semeio Aéreo Semeio Mecanizado Semeio Manual Sementes Plantio e Mudas Análise e Proteção de Sementes Combate à Formiga e Outros Erradicação de Plantas Tóxicas Redemarcação de Pastos
FLORESTAMENTO E REFLORESTAMENTO EM FORMAÇÃO Canteiros Sementes e Mudas Plantio Transporte de Mudas e Pessoal Embalagens para Mudas Projetos Florestais Licença do IBDF Fiscalização de Projetos Salário, Premio sobre Produção e Gratificação
ARBORIZAÇÃO EM ÁREAS RESIDENCIAIS EM FORMAÇÃO Canteiros Sementes e Mudas Plantio Transporte de Mudas e Pessoal Embalagens para Mudas Projetos Florestais Licença do IBDF Fiscalização de Projetos Salário, Premio sobre Produção e Gratificação Encargos Sociais
CULTURA DO CAFÉ EM FORMAÇÃO Abertura de Picadas
Página 163 / 190
Plano de Contas
Levantamento Topográfico Estivas e Caminhos de Acesso Desdobramento Canteiros Sementes e Mudas Plantio Adubos Materiais Diversos Capinas Seguros Combate à Formiga Tratamento Fitossanitário Replantio Irrigação Energia Elétrica Mão-de-obra Encargos Sociais Depreciação de Tratores Depreciação de Máquinas e Motores Desbrotas
CULTURA DE DENDÊ EM FORMAÇÃO Abertura de Picadas Levantamento Topográfico Estivas e Caminhos de Acesso Desdobramentos Canteiros Sementes e Mudas Plantios Adubos Materiais Diversos Capinas Seguros Combate à Formiga Tratamento Fitossanitário Replantio Irrigação Energia Elétrica Mão-de-Obra Encargos Sociais Depreciação de Tratores Depreciação de Máquinas e Motores Desbrotas
CULTURA DO GUARANÁ EM FORMAÇÃO Abertura de Picadas Levantamento Topográfico Estivas e Caminhos de Acesso Desdobramentos Canteiros Sementes e Mudas Plantios Adubos Materiais Diversos Capinas Seguros Combate à Formiga Tratamento Fitossanitário Replantio Irrigação Energia Elétrica Mão-de-Obra
Página 164 / 190
Plano de Contas
Encargos Sociais Depreciação de Tratores Depreciação de Máquinas e Motores Desbrotas
CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR EM FORMAÇÃO Abertura de Picadas Levantamento Topográfico Estivas e Caminhos de Acesso Desdobramentos/Preparação do Solo Canteiros Sementes e Mudas Plantios Adubos Materiais Diversos Capinas Seguros Combate à Formiga Tratamento Fitossanitário Replantio Irrigação Energia Elétrica Mão-de-Obra Encargos Sociais Depreciação de Tratores Depreciação de Máquinas e Motores Desbrotas
CULTURA DA UVA EM FORMAÇÃO Abertura de Picadas Levantamento Topográfico Estivas e Caminhos de Acesso Desdobramentos Canteiros Sementes e Mudas Plantios Adubos Materiais Diversos Capinas Seguros Combate à Formiga Tratamento Fitossanitário Replantio Irrigação Energia Elétrica Mão-de-Obra Encargos Sociais Depreciação de Tratores Depreciação de Máquinas e Motores Desbrotas
CULTURA DA LARANJA EM FORMAÇÃO Abertura de Picadas Levantamento Topográfico Estivas e Caminhos de Acesso Desdobramentos Canteiros Sementes e Mudas Plantios Adubos Materiais Diversos Capinas
Página 165 / 190
Plano de Contas
Seguros Combate à Formiga Tratamento Fitossanitário Replantio Irrigação Energia Elétrica Mão-de-Obra Encargos Sociais Depreciação de Tratores Depreciação de Máquinas e Motores Desbrotas
CULTURA DO CACAU EM FORMAÇÃO Abertura de Picadas Levantamento Topográfico Estivas e Caminhos de Acesso Desdobramentos Canteiros Sementes e Mudas Plantios Adubos Materiais Diversos Capinas Seguros Combate à Formiga Tratamento Fitossanitário Replantio Irrigação Energia Elétrica Mão-de-Obra Encargos Sociais Depreciação de Tratores Depreciação de Máquinas e Motores Desbrotas CÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURASCÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURASCÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURASCÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURASCÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURASCÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURASCÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURASCÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURASCÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURASCÓDIGOS RESERVADOS PARA OUTRAS CULTURAS IMPORTAÇÕES EM ANDAMENTO Importação de Equipamentos Importação de Máquinas Importação de Sementes (Culturas Permanentes) ADIANTAMENTO PARA INVERSÕES FIXAS Materiais de Construção Material Elétrico Material Hidráulico DIFERIDO GASTOS DE IMPLANTAÇÃO PRÉ-OPERACIONAIS Gastos de Organização e Administração Encargos Financeiros de Pré-Operação Juros e Acionistas na fase de Implantação Despesas Pré-Operacionais Conforme Cronograma ESTUDOS, PROJETOS E DETALHAMENTOS Elaboração do Projeto Captação de Recursos Fiscalização de Projeto
Página 166 / 190
Plano de Contas
Despesas de Investimentos PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE PROJETO Produto "A" Produto "B" GASTOS DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS Sistemas e Métodos Administrativos Sistemas e Métodos Produtivos GASTOS DE REOGARNIZAÇÃO Reogarnização do Setor Administrativo MELHORIAS Destocamento Desmatamento Corretivos Sistematização de Terras Drenagem Canais e Taipas de Irrigação Outras Melhorias AMORTIZAÇÃO ACUMULADA De Gastos de Implantação Pré-Operacionais De Estudos, Projetos e Detalhamentos De Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos De Gastos de Implantação de Sistemas e Métodos De Gastos de Reogarnização De Melhorias
PASSIVO
CIRCULANTE OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS FORNECEDORES Fornecedor "X" / Duplicatas a Pagar EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Banco "X" (-) Encargos Financeiros a Transcorrer SALÁRIOS A PAGAR Salários a Pagar - Escritório Salários a Pagar - Fazenda Salários Não Reclamados - Escritório Salário Não Reclamados - Fazenda ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER INSS a Recolher - Fazenda INSS a Recolher - Escritório FGTS a Recolher - Fazenda FGTS a Recolher - Escritório Contribuição Sindical a Recolher - Escritório Contribuição Sindical a Recolher - Fazenda Imposto de Renda na Fonte - Escritório Imposto de Renda na Fonte - Fazenda Seguro de Vida em Grupo - Escritório Seguro de Vida em Grupo - Fazenda ENCARGOS TRIBUTÁRIOS Imposto de Renda na Fonte - Terceiros - Escritório Imposto de Renda na Fonte - Terceiros - Fazenda ISS a Recolher - Escritório ISS a Recolher - Fazenda Prorural a Recolher PIS Faturamento - Fazenda ICMS a Recolher - Fazenda IPI a Recolher - Fazenda Imposto de Renda da Pessoa Jurídica a Recolher Imposto Territorial Rural a Pagar Contribuição Social Sobre Lucro Líquido a Recolher COFINS faturamento da Fazenda a Recolher
Página 167 / 190
Plano de Contas
CONTAS A PAGAR Consumo de Luz Consumo de Água Consumo de Telefone Aluguéis e Condomínios Serviços de Empreitada a Pagar Farmácia da Fazenda Armazém (Supermercado) - Fazenda Açougue/Frigorífico - Fazenda PROVISÕES Férias - Escritório Férias - Fazenda 13º Salário - Escritório 13º Salário - Fazenda FGTS sobre 13º Salário - Escritório FGTS sobre 13º Salário - Fazenda Dividendos Propostos Gratificações e Participações Gratificações e Participações da Administração Participação e Partes Beneficiárias INSS sobre 13 - escritório INSS sobre férias - escritório FGTS sobre férias - escritório
OUTRAS OBRIGAÇÕES Retenções Contratuais Comissões a Pagar Dividendos a Pagar Juros de Empréstimos e Financiamentos Auditoria Externa Arrendamento Mercantil a Pagar Honorários a Pagar OBRIGAÇÕES COM COLIGADAS E CONTROLADAS EMPRESAS CONTROLADAS Controlada "X" EMPRESAS COLIGADAS Coligada "X" PASSIVO EXIGÍVEL DE LONGO PRAZO OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS EMPRÉSTIMOS EM MOEDA NACIONAL Banco "X" (-) Encargos Financeiros a Transcorrer EMPRÉSTIMOS EM MOEDA ESTRANGEIRA Banco "X" FINANCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS E VEÍCULOS Banco "X" (-) Encargos Financeiros a Transcorrer TÍTULOS A PAGAR Credor "X" (-) Encargos Financeiros a Transcorrer EMPRÉSTIMOS RURAIS Banco "X" OUTRAS EXIGIBILIDADES DE LONGO PRAZO Retenções Contratuais Provisão Para Imposto de Renda Diferido Provisão Para Resgatre de Parte s Beneficiárias Provisão Para Riscos Fiscais e Outros RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS RECEITAS E DESPESAS DIFERIDAS RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Receita "X" (-) CUSTOS E DESPESAS DAS RECEITAS DIFERIDAS
Página 168 / 190
Plano de Contas
Custo ou Despesa "X" PATRIMÔNIO LÍQUIDO CAPITAL CAPITAL SOCIAL (AUTORIZADO) Ações Ordinárias Ações Preferenciais Classe "A" Ações Preferenciais Classe "B" CAPITAL A SUBSCREVER (-) Ações Ordinárias a Subscrever (-) Ações Preferenciais Classe "A" a Subscrever (-) Ações Preferenciais Classe "B" a Subscrever CAPITAL A INTEGRALIZAR (-) Ações Ordinárias a Integralizar (-) Ações Preferenciais Classe "A" a Integralizar (-) Ações Preferenciais Classe "B" a Integralizar RESERVAS RESERVAS DE CAPITAL Correção Monetária do Capital Integralizado Ágio na Emissão de Ações Alienação de Partes Beneficiárias Alienação de Bônus de Subscrição Prêmios na Emissão de Debêntures Opção e Subvenções para Investimentos RESERVAS DE REAVALIAÇÃO Reavaliação de Ativos Reavaliação de Ativos de Coligadas RESERVAS DE LUCROS Reserva Legal Reservas Estatutárias Para........... Reservas Estatutárias Para........... Reservas Para Contingências Reservas de Lucros a Realizar Reservas de Lucros Para Expansão Reserva Especial Para Dividendos Obrigatórios Não Distribuidos Reserva Especial de Lucros-Ajuste para Investimentos LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS LUCROS ACUMULADOS Lucros Acumulados (-) PREJUÍZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados AÇÕES EM TESOURARIA Ações Resgatadas
RECEITAS
RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS RECEITAS DE VENDAS - PECUÁRIA E OUTROS ANIMAIS VENDAS DE GADO Vendas de Gado Bovino Vendas de Gado Suíno Vendas de Gado Ovino PRODUTOS PECUÁRIOS E ANIMAIS Leite Sêmen Lã Ovos RECEITAS DE VENDAS AGRÍCOLAS CULTURA TEMPORÁRIA Milho Soja Trigo Cebola CULTURA PERMANENTE
Página 169 / 190
Plano de Contas
Café Cana-de-Açúcar Laranja Maçã RECEITAS DE VENDAS DE OUTROS PRODUTOS AGROPECUÁRIOS MADEIRAS Madeira Bruta Madeira Serrada Produtos de Carpintaria OLARIA Tijolos Telhas OUTRAS RECEITAS Arrendamento do Pasto Arrendamento de Implementos Agrícolas (-) DEDUÇÕES DE RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS (-) DEDUÇÕES (-) DEDUÇÕES DE VENDA DEGADO E PRODUTOS PECUÁRIOS Vendas Canceladas Abatimentos Sobre Vendas Descontos Concedidos ICMS PIS Cofins Funrural (-) DEDUÇÕES DE GADO E PRODUTOS AGRÍCOLAS Vendas Canceladas Abatimentos Sobre Vendas Descontos Concedidos ICMS PIS Cofins Funrural (-) DEDUÇÕES DE VENDA DE OUTROS PRODUTOS Vendas Canceladas Abatimentos Sobre Vendas Descontos Concedidos ICMS PIS Cofins Funrural
CUSTOS E DESPESAS
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS CUSTOS DOS PRODUTOS PECUÁRIOS GADO Bovino Suino Ovinos CUSTO DOS PRODUTOS PECUÁRIOS E ANIMAIS Leite Sêmen Lã Ovos CUSTO DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS VENDIDOS CULTURA TEMPORÁRIA Milho Soja Trigo Cebola CULTURA PERMANENTE Café
Página 170 / 190
Plano de Contas
Cana-de-Açúcar Laranja Maçã OUTROS PRODUTOS OUTROS PRODUTOS AGROPECUÁRIOS VENDIDOS Madeiras Olaria Outros Animais Outras Receitas CUSTOS DE ALUGUEL Arrendamento do Pasto Arrendamento de Implementos Agrícolas CUSTOS DE PRODUÇÃO INSUMOS INSUMOS NA PECUÁRIA Sal Sais Minerais Rações e Farelos Outros Alimentos Vacinas Vermífugos Outros Antepastos Remédios Curativos INSUMOS NA AGRICULTURA Sementes Mudas Adubos e Fertilizantes Inseticidas e Formicidas Herbicidas Fungincidas, Espalhantes e Outros Embalagens INSUMOS DE OUTROS PRODUTOS AGROPECUÁRIOS A Destacar MÃO-DE-OBRA DIRETA MÃO-DE-OBRA DIRETA NA PECUÁRIA E OUTROS ANIMAIS Salários 13º Salário Férias Gratificações Indenizações Aviso Prévio INSS FGTS Assistência Médica e Social Serviços Profissionais Mão-de-Obra Avulsa MÃO-DE-OBRA DIRETA NA AGRICULTURA Salários 13º Salário Férias Gratificações Indenizações Aviso Prévio INSS FGTS Assistência Médica e Social Serviços Profissionais Mão-de-Obra Avulsa MÃO-DE-OBRA DIRETA DE OUTROS PRODUTOS AGROPECUÁRIOS Salários 13º Salário Férias
Página 171 / 190
Plano de Contas
Gratificações Indenizações Aviso Prévio INSS FGTS Assistência Médica e Social Serviços Profissionais Mão-de-Obra Avulsa CUSTOS INDIRETOS (GASTOS GERAIS) SALÁRIOS, ORDENADOS E ENCARGOS SOCIAIS Salários 13º Salário Férias Gratificações Indenizações Aviso Prévio INSS FGTS Assistência Médica e Social Serviços Profissionais Mão-de-Obra Avulsa GASTOS COM PESSOAL Recrutamento e Seleção Cursos de Treinamento Escola Rural Promoções Sociais Internas CONSUMO MATERIAIS DE USO GERAL-ADMINISTRATIVOS/FAZENDA Materiais de Higiene, Limpeza e Conservação Material de Copa e Cozinha Reposição de Roupas de Cama e Mesa Material de Expediente CONSUMO MATERIAL COZINHA E ALOJAMENTOS Gêneros Alimentícios em Geral Utensílio de Copa e Cozinha Material de Combustão Material de Higiene e Limpeza Roupas de Cama e Mesa Cultura de Hortaliças (-) Reembolso de Alimentação e Alojamentos AMBULATÓRIO E FARMÁCIA Utensílios e Instrumentos de Enfermaria Rouparia Material de Enfermagem Medicamentos Material de Higiene e Limpenza (-) Reembolso de Medicamentos DESPESAS DE OFICINAS MECÂNICA E ELÉTRICA Ferramentas Combustíveis e Lubrificantes Material de Limpeza Material de Conservação em Geral Material de Soldagem Material de Pintura Material de Proteção Contra Incêndio DESPESAS COM GADO E OUTROS ANIMAIS DE TRABALHO Vacinas e Medicamentos Mineralização e Rações Manutenção de Pastagens Manutenção de Cercas,Currais,Porteiras e Mata-Burros Arreios e Pertences DESPESAS COM VEÍCULOS Combustíveis e Lubrificantes Para Veículos
Página 172 / 190
Plano de Contas
Combustíveis e Lubrificantes Para Aeronaves Consertos, Reparos e Lavagens de Veículos Peças e Acessórios para Veículos IPVA Seguros Obrigatórios e Despesas de Licenças Manutenção de Aeronaves DESPESAS COM TRATORES, MÁQUINAS PESADAS E EQUIPAMENTOS Combustíveis e Lubrificantes para Tratores Consertos e Reparos de Tratores Peças e Acessórios de tratores Consertos e Reparos de Outros Equipamentos MANUTENÇÃO E REPAROS EM GERAL DA FAZENDA Manutenção de Obras e Infra-Estrutura Manutenção de Rede de Comunicações Manutenção de Rede de Esgotos Manutenção de Rede Hidráulica Manutenção de Rede Elétrica Manutenção de Construções Civis e Residenciais Manutenção de Construções Funcionais Manutenção de Móveis e Utensílios - Fazenda Manutenção e Reparo de Equipamentos,Móveis Utensílios-Terceiros Manutenção de Pastagens DESPESAS DE CASA DE FORÇA Óleo Diesel Lubrificantes de Motores e grupos Geradores DESPESAS DE COMUNICAÇÕES Telefones, Portes e Telegramas Malotes SEGUROS DIVERSOS Seguro de Veículos Seguro de Aeronaves Seguro de Máquinas e Equipamentos Seguro de Mercadorias Seguro de Construções e Instalações Seguro de Pessoal IMPOSTOS E TAXAS Imposto Territorial Rural Taxas do Dentel DESPESAS FINANCEIRAS - FAZENDA Imposto sobre Operações Financeiras - Fazenda Juros de Mora Despesas Bancárias DESPESAS DE VIAGENS Passagens Aéreas Passagens Rodoviárias Hotel, Diárias e Pernoites Lanches e Refeições em Viagens Travessia de Balsas Combustíveis e Lubrificantes em Viagens Reembolso Quilometragens - Veículos Terrestres Representações Condução Urbana (táxi, ônibus, metrô) Fretamento de Táxi Aéreo Outras Despesas de Viagens OUTRAS DESPESAS ADAMINISTRATIVAS DA FAZENDA Honorários por Serviços Prestados Serviços Avulsos de Terceiros Auditoria Externa INSS de Autônomos Jornais, Revistas e Livros Técnicos Filmes e Revelações Placas e Letreiros
Página 173 / 190
Plano de Contas
Administração e Fiscalização Sudam/Finam ou Sudene/Finor Brindes. Presentes e Donativos Exposições e Feiras DEPRECIAÇÕES DA FAZENDA Depreciação de Obras e Infra-Estrutura Depreciação de Rede de Comunicações Depreciação de Rede de Esgotos Depreciação de Rede Hidráulica Depreciação de Rede Elétrica Depreciação de Construções Civis e Residenciais Depreciação de Construções Funcionais Depreciação de Veículos e Aeronaves Depreciação de Máquinas e Motores Depreciação de Aparelhos,Equipamentos e Ferramentas Depreciação de Móveis e Utensílios - Fazenda Depreciação de Touros Depreciação de Matrizes Depreciação de Cultura Permanente - Café Depreciação de Cultura Permanente - Laranja Depreciação de Cultura Permanente - Guraná Depreciação de Cultura Permanente - Maçã AMORTIZAÇÕES Amortização de Área de Exploração Amortização Gastos para Registros e Prospecção de Minas Amortização Gastos de Implantaçãoe Pré-Operacionais Amortização Gastos com Estudos, Projetos, Detalhes Amortização Pesquisa e Desenvolvimento Produtos Amortização Gastos Implantação Sistemas e Métodos Amortização Gastos de Reorganização Amortização de Corretivos EXAUSTÕES Exaustão de Minas e Jazidas Exaustão de Pastagens Exaustão de Àrvores e Adornos Exaustão de Reflorestamento Exaustão de Palmito DESPESAS DESPESAS DE ADMINISTRAÇÃO - ESCRITÓRIO DESPESAS COM PESSOAL Salários e Ordenados Férias e 13º Salário INSS FGTS Assistência Médica e Social Seguro Acidente Trabalho Auxílio Maternidade Outros Encargos Recrutamento e Seleção de Pessoal Outras Despesas com Pessoal UTILIDADES E SERVIÇOS DE TERCEIROS Serviços de Terceiros Honorários de Autônomos INSS de Autônomos Aluguéis e Condomínios Consumo de Luz e Água Despesas de Comunicação Material de Expediente Cópias e Autenticações Material de Limpeza e Conservação Material de Copa e Cozinha Lanches e Refeições Condução Urbana (ônibus, metrô, táxi)
Página 174 / 190
Plano de Contas
Jornais, Revistas e Livros Técnicos Despesas Legais e Judiciais Donativos e Contribuições Fretes e Carretos HONORÁRIOS Honorários da Diretoria Honorários do Conselho de Administração Honorários do Conselho Fiscal IMPOSTOS E TAXAS Imposto Predial e Territorial PIS-Folha de Pagamento Contribuição Sindical e Patronal Taxas e Emolumentos DESPESAS COMERCIAIS DESPESAS DE VENDAS Comissões Sobre Vendas Propaganda e Publicidade Provisão Para Devedores Duvidosos ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS DESPESAS FINANCEIRAS Juros Sobre Desconto de Duplicatas Juros Sobre Empréstimos Bancários Juros Sobre Financiamentos Juros Sobre Empréstimos Rurais Impostos Sobre Operações Financeiras Despesas Bancárias Juros Sobre Empréstimos Estrangeiros Variação Cambial Descontos Concedidos RECEITAS FINANCEIRAS Descontos Obtidos Juros Ativos Receita de Títulos Vinculados ao Merca Aberto Receitas Sobre Outros Investimentos Temporários OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS - DIVERSAS Vendas de Sucatas Subvenções Para Custeio Dividendos e Resultados de Equivalência Patrimonial OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Prejuízos de Participações em Outras Sociedades RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERCIONAIS RECEITAS NÃO OPERACIONAIS Lucros na Baixa de Bens do Ativo Imobilizado Lucro na Venda de Gado Descartado Indenização de Seguros Ganhos na Alienação de Investimentos Outras Receitas Não Operacionais DESPESAS NÃO OPERACIONAIS Prejuízos na Baixa de Bens do Ativo Imobilizado Prejuízos na Venda de Gado Descartado Morte de Animais de Trabalho Materiais, Mercadorias, Medicamentos Deteriorados Provisão Para Perdas Prováveis Realização Investim. Outras Despesas Não Operacionais PROVISÃO PARA IMPOSTOS PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA Provisão Para Imposto de Renda do Exercício Provisão Para Contribuição Social Sobre Lucro Líquido RESULTADOS RESULTADO DO PERÍODO Resultado do Exercício
Página 175 / 190
Plano de Contas
Lucro do Período Prejuízo do Período
Página 176 / 190
ATIVO 1.387.722,05R$ PASSIVO 417.722,05R$
Circulante 396.272,05R$ Circulante 183.222,83R$
Disponível 389.605,38R$ Obrigações Com Terceiros 183.222,83R$
Caixa 386.581,00R$ Empréstimos e Financiamentos 71.111,12R$ Banco X conta movimento 3.024,38R$ IRPJ a Recolher 80.552,73R$ Despesas Exec. Seguinte 6.666,67R$ CSLL a Recolher 31.158,98R$ Juros Pass.Amort. 6.666,67R$ INSS a Recolher - Fazenda 400,00R$ Permanente 991.450,00R$
Imobilizado 991.450,00R$ Exigível de Longo Prazo 234.499,22R$
Áreas de Exploração 500.000,00R$ Lucros Distribuídos a Pagar 234.499,22R$ (-)Amort.Acum.Áreas Exploração 6.250,00-R$ Máquinas e Motores 200.000,00R$ (-)Deprec.Acum.Máquinas e Motores 5.000,00-R$ Galpões p/Animais 150.000,00R$ Patrimônio Líquido 970.000,00R$
(-)Depr.Acum.Galpões p/Animais 1.500,00-R$ Capital Social 970.000,00R$
Conj.Hab. Alvenaria 100.000,00R$ Capital Social Integralizado 970.000,00R$ (-)Deprc.Acum.Cj.Hab. 1.000,00-R$ Cultura Permanente Formada 82.800,00R$ (-) Exaustão Acumulada CPF - Cana 27.600,00-R$ Total do Ativo 1.387.722,05R$ Total do Passivo + PL 1.387.722,05R$
CANAVIEIRA SÃO JUDASBalanço Patrimonial
Em 31-03-20X2
Página 177 / 190
ATIVO PASSIVOCirculante 20.000,00R$
Patrimônio Líquido 970.000,00R$ Caixa 20.000,00R$
Capital Social 970.000,00R$ Permananente 950.000,00R$
Imobilizado 950.000,00R$ Área de Exploração500.000,00 Máquinas 200.000,00 Galpões 150.000,00 Constr.Residenciais100.000,00Total 970.000,00R$ Total 970.000,00R$
CANAVIEIRA SÃO JUDASBalanço Patrimonial
Em 31-12-20X1
AULA 09Disciplina: Contabilidade Agrária
Professor: Antônio Osório Gonçalves
Página 178 / 190
Página 179 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Décima Primeira Aula
Prof. Antonio Osório Gonçalves
Faça os lançamentos contábeis abaixo, apure o resultado do período e monte o balanço patrimonial da empresa. a) Culturas Temporárias Saldos Finais – Dezembro/X1: - Caixa: R$ 15.000,00 - Bancos: R$ 8.000,00 - Tratores: R$ 35.000,00 - Equipamentos: R$ 12.000,00 - Terras: R$ 130.000,00 - Duplicatas a Pagar: R$ 5.000,00 - Salários a Pagar: R$ 300,00 - Financiamentos: R$ 79.700,00 - Capital Social: R$ 115.000,00 TOTAL R$ 200.000,00 R$ 200.000,00
Mês: Janeiro/X2 Dia 05: compra á vista de 500 Kg de fertilizantes para o cultivo de arroz, e 300 Kg para o cultivo de feijão. Sabe-se que o Kg de fertilizante custa R$ 2,00. Dia 08: pagamento dos salários dos empregados do escritório referente ao mês de dezembro de 2007, no valor de R$ 300,00. Dia 10: pagamento de combustíveis dos tratores utilizados na cultura de arroz no valor de R$ 70,00 Dia 15: compra a prazo de inseticidas para combate das pragas no feijão, no valor de R$ 250,00 Mês: Fevereiro/X2 Dia 20: pagamento em cheque no valor de R$ 100,00 relativo às propagandas da fazenda, de R$ 58,00 referente aos juros de uma duplicata paga em atraso e mais R$ 130,00 de pró-labore para os diretores da empresa. Dia 22: quota de depreciação mensal dos equipamentos utilizados no cultivo do feijão de R$ 40,00. Dia 25: pagamento da mão-de-obra utilizada na colheita das culturas de arroz e feijão, nos valores respectivos de R$ 800,00 e R$ 530,00. Dia 28: Apropriar encargos sociais do mês Mês: Março/X2 Dia 05: Após efetuada a colheita de 15.000 sacas de arroz e 8.000 sacas de feijão, foram gastos R$ 3.800,00 para beneficiamento destes produtos. Dia 15: As colheitas de arroz e feijão foram vendidas ao preço de R$ 17,00/saca e R$ 11,00/saca, respectivamente. Neste mesmo dia forma pagos R$ 1.700,00 pelo armazenamento de 10 dias após a colheita e beneficiamento dos produtos. Dia 31: Apropriar Impostos = PIS (cumulativo), COFINS(cumulativo), IRPJ(presumido), CSLL(presumido), ICMS(redução da base de cálculo – 41,18%). Dia 31: calcular depreciação e exaustão do período, compensando o valor já contabilizado. – equipamentos = 10 anos; - Tratores = 5 anos. Dia 31: Apropriação da Folha de pagamento da Administração da Fazenda - Salário 2.650,00 (1 funcionário) Dia 31: O saldo final do caixa será de R$ 9.200,00 Dia 31: Efetuar aplicação financeira em CDB Banco do Brasil, no valor da transferência realizada.
Página 180 / 190
CONTAS R$ R$
Receita de Vendas
(-)Custo dos Produtos Vendidos
Lucro Bruto
(-) Despesas de Vendas
(-) Despesas Financeiras
(-) Amortizações
(-) Depreciações
Resultado Operacional
Resultados Não Operacionais
Receitas Não Operacionais
(-) Despesas Não Operacionais
Lucro Líquido Antes do IRPJ e CSLL
(-) Provisão para IRPJ
(-) Provisão para CSLL
LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIOEMPRESA TESTE
Página 181 / 190
CIRCULANTE 356.912,00R$ Caixa 9200,00 9.200,00R$
Bancos Conta Movimento 7.712,00R$
CDB - Banco do Brasil 340.000,00R$
PERMANENTE 174.950,00R$ Imobilizado 174.950,00R$
Tratores 35.000,00R$ Equipamentos 12.000,00R$
Terras 130.000,00R$
(-)Deprec.Acum. Maquinas Apar.Equip. 1.790,00-R$
(-) Deprec.Acum. Tratores 260,00-R$
Total do Ativo 531.862,00R$
EMPRESA TESTE
Balanço Patrimonial
Em 31-03-X2
ATIVO
Página 182 / 190
CIRCULANTEObrigações com TerceirosDuplicatas a Pagar 5.000,00R$
Fornecedor XEmpréstimos e FinanciamentosFinanciamento 79700,00
Salários a PagarSalários a Pagar - Escritório 2.358,50R$ Encargos Sociais a RecolherINSS a Recolher da Fazenda 266,00
INSS a Recolher do Escritório 736,70
Contribuição Sindical a Recolher
FGTS a Recolher 212,00
IRRF a RecolherEncargos TributáriosPIS a Recolher 2229,50
COFINS a Recolher 10290,00
ICMS a Recolher 24012,06
Provisão Para IRPJ a Recolher 4116,00
Provisão Para CSLL a Recolher 3704,40ProvisõesProvisão de Férias - Escritório
Provisão de 13 Salário - Escritório
Provisão de INSS s/Férias - Escrit.
Provisão de INSS s/13 Sal.-Escrit.
Provisão de FGTS s/Férias - Escrit.
Provisão de FGTS s/13 Sal. - Escrit.
PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital SocialCapital Subscrito 115000,00Lucros/Prejuízos AcumuladosLucros Acumulados 283695,34 -R$ Total do Passivo
EMPRESA TESTE
Balanço Patrimonial
Em 31-03-X2
PASSIVO
Página 183 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA
DÉCIMA SEGUNDA AULA
Prof: Antonio Osório Gonçalves
1) Exercício de Depreciação/exaustão
Formação do Laranjal = 479.348,00
Produção x1 = 120.000
Produção X2 = 65.525
Produção de x3 = 79.715
Produção de X4 = 57.232
Capacidade de Produção Futura = 212.520
Calcular o valor econômico do Laranjal no final de X3 ?
Calcular o valor da exaustão em X4 ?
2) Compra de um touro por R$ 25.000,00
Vida Reprodutiva = 7 anos
Inseminação Artificial = 1 ano
Participação em feira no terceiro ano, com oferta de compra de 62.000,00
Peso residual = 720 kg
Preço do boi vivo = R$ 3,75 (bolsa de Nova Iorque)
Página 184 / 190
Calcular a depreciação ano a ano.
Página 185 / 190
CONTABILIDADE AGRÁRIA Prof. Antonio Osório Gonçalves
Décima Terceira Aula
NOVOS PROJETOS AGROPECUÁRIOS E OS GASTOS DE MELHORIAS
• O Início de uma atividade agrícola
. Como se Contabilizam os gastos pré-operacionais na agropecuária?
. Apura-se o resultado numa atividade agropecuária em implantação?
. Numa atividade em funcionamento, como se contabiliza uma nova cultura?
. O preparo do solo no início de uma atividade rural, como desmatamento, destocamento, terraplenagem... Como se contabiliza?
. Num desmatamento, na venda de madeira, qual o tratamento contábil que se dará a essa receita?
1 Início de uma atividade agrícola (cultura permanente)
A conta “Cultura Permanente em Formação” (Ativo Imobilizado) será evidenciado pelo seu
valor de custo histórico
Na fase de implantação no plantio da primeira cultura, observa-se que o período de formação
e crescimento da cultura permanente, até sua maturidade, denominado período pré-operacional, é
relativamente longo, ao contrário do que acontece nas empresas industriais, de maneira geral.
Na primeira cultura, considerando que não existe outra receita operacional, a empresa não
apurará resultado; como não houve realização de receita, não haverá a apropriação das despesas,
uma vez que não há possibilidade de confronto para a apuração do resultado. Desta forma, não
haverá em período pré-operacional a Demonstração do Resultado do Exercício.
1.1 Gastos pré-operacionais
Todas as despesas pagas ou incorridas pela empresa, durante o período que acontece o início
de suas operações e que não foram identificadas diretamente com a cultura, serão enquadradas como
pré-operacionais no Ativo Permanente – Diferido.
Observe-se que os gastos relativos à cultura (mão-de-obra, serviços de terceiros, preparação
de solo, sementes...) ou a qualquer item do Imobilizado (prédios, galpão, pastos...) serão acumulados
em suas respectivas contas e não em gastos pré-operacionais.
Dessa forma, serão acumulados como gastos pré-operacionais: despesas operacionais
(propaganda, administrativas, financeiras...), despesas com constituição, despesas com pesquisas e
estudos de viabilidade econômica.
Pela Teoria da Contabilidade, toda a receita obtida nesse período, como receitas financeiras,
Receitas Extraordinárias, deve ser tratada como redução (diminuição) dos gastos pré-operacionais.
Todavia, o Imposto de Renda proporciona uma legislação própria para o tratamento de gastos
pré-operacionais.
Página 186 / 190
No que tange à amortização dos gastos pré-operacionais (distribuição das despesas diferidas
ao longo dos períodos), ela ocorrerá a partir da primeira colheita (inclusive) , respeitando-se um
limite máximo de dez anos e um prazo mínimo de cinco anos (a taxa variará, facultativamente, de 10
a 20% ao ano).
2 Culturas Novas em empresa agrícola já existente
Quando já existe atividade agropecuária em produção e um novo projeto referente a uma
cultura permanente é introduzido, há necessidade de alguns cuidados especiais.
A conta “Cultura Permanente em Formação” relativa à nova cultura não sofre modificação
quanto à teoria já vista, ou seja, todos os custos de formação da cultura serão acumulados no Ativo
Imobilizado.
As despesas operacionais da atividade em produção continuam sendo lançadas como
despesas do período. As despesas operacionais que se referem ao novo projeto, após sua
identificação, serão acumuladas e contabilizadas em Gastos Pré-operacionais (Ativo Diferido).
Ressalte-se, todavia, que a tarefa de separação dessas duas despesas, quando comuns a todos os
projetos, é complexa. Em virtude disso, constatando-se que as despesas referentes ao novo
empreendimento não são relevantes, é normal apropriar tudo como despesa do período. Ou, ainda, é
razoável as despesas identificarem-se diretamente com o novo projeto, (pessoal administrativo que
trabalha especificamente para esse projeto, encargos financeiros concernentes ao financiamento do
novo projeto etc.), serem atividades (diferido) e, as comuns e de difícil rateio, serem apropriadas
como despesa do período.
3 Desmatamento, destocamento e outras melhorias no solo para o cultivo
Normalmente, ao se preparar a terra bruta para a agricultura, ocorre uma série de gastos, tais
como: desmatamento, destocamento, terraplenagem, desvios de leitos de rios ou córregos para
irrigação, nivelamento do solo etc.
Evidentemente, esses gastos não devem ser acumulados à conta “Cultura em Formação”, já
que sobrecarregariam indevidamente a primeira cultura ou a primeira safra, principalmente se tratar-
se de cultura temporária.
Esses gastos, normalmente, são adicionados ao valor da terra, pois são entendidos como
valorização da terra, já que a tornam agricultável.
Todavia, há aqueles que preferem tratar como custo (ativado) amortizável em vários
períodos, podendo assim abater tais gastos para fins de Imposto de Renda.
Partindo-se de hipótese em que o gasto será amortizável ao longo dos anos (e não acumulado
ao valor da terra), ponderamos os itens 3.1, 3.2 e 3.3. a seguir.
3.1 Classificação no Balanço Patrimonial
Dessa maneira, sugere-se contabilizar o gasto em uma conta separada do Ativo
Permanente, distribuindo-se esse gasto entre as diversas culturas ou safras ao longo dos anos.
A classificação no Ativo Permanente é indiscutível, porquanto esses gastos
beneficiam a atividade agropecuária por diversos períodos.
A dúvida que frequentemente surge é quanto ao título e ao subgrupo em que essa
conta deve ser classificada: Imobilizado ou Diferido?
Não resta dúvida de que a classificação adequada é no Ativo Diferido, já que se trata
de aplicações de recursos em gastos que contribuirão para a formação do resultado de mais de um
exercício social, conforme a disposição da Lei das Sociedades por Ações.
Página 187 / 190
3. 2 Título da Conta
Quanto ao título da conta, há algumas divergências entre os contadores: Benfeitorias,
Melhorias, Gastos com Desmatamento ou Destocamento, Gastos pré-operacionais etc.
O termo benfeitorias implica, na contabilidade, construções em terrenos arrendados a
terceiros e instalações ou melhorias em prédio ou edifícios alugados, revertendo-se ao proprietário
do imóvel ao final da locação. Por se tratar de bens corpóreos que visam à atividade operacional, as
benfeitorias são classificadas no Imobilizado (e não no Diferido, como querem alguns autores).
Conclui-se, pelos motivos expostos, que o termo benfeitorias é totalmente inadequado para refletir
os gastos de destocamentos estudados.
O termo melhorias, na contabilidade, significa incremento na capacidade produtiva, que
envolve reforma significativa no Ativo de propriedade da empresa, havendo alterações técnicas e de
produtividade naquele Ativo. Observa-se que aqueles gastos estudados podem ser perfeitamente
adequados dentro do título Melhorias no Ativo Diferido.
Os outros termos estudados, embora também aplicáveis, não são tão abrangentes e adequados
como melhorias.
3.3 Baixa desses gastos como custo do período
Como já foi abordado, aqueles gastos denominados Melhorias serão distribuídos como custos
ao longo dos anos. Essa baixa, legalmente falando, corresponde à distribuição do valor do capital
aplicado entre várias colheitas, e pode ser denominada de Amortização.
Conforme a legislação brasileira, os recursos aplicados no Ativo Diferido serão amortizados
em prazos não superior a dez anos, a partir da primeira cultura ou colheita, e em prazo não inferior a
cinco anos.
As melhorias serão totalmente baixadas como perda do período quando as culturas, projetos
ou empreendimentos não produzirem resultados suficientes para amortizá-lo.
3.4 Corretivos
Os corretivos, aplicados ao solo, que beneficiarão vários períodos (várias culturas),
também serão classificados no Ativo Diferido e serão amortizados (distribuídos como custo) de
acordo com a quantidade de períodos ou número de culturas que irão beneficiar.
3.5 Receita no desmatamento e outras considerações
Comumente a madeira que resulta do desmatamento é vendida. Esse resultado deve ser
contabilizado como recuperação de custo, abatendo (ou reduzindo) o gasto de Melhorias.
Outros gastos referentes a cerca, instalação, bebedouros etc. devem ser contabilizados
individualmente, e não fazem parte da conta “Melhorias”.
No caso de culturas permanentes, em que haja grande número de colheitas (pelo menos
cinco), esse gasto denominado Melhorias poderia fazer parte do custo da “Cultura Permanente em
Formação”.
Página 188 / 190
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO
Missão: "Oferecer oportunidades de educação, contribuindo para a formação de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento ético e visando ao desenvolvimento regional”.
Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul – RS - CEP 96810-050
Site:www.domalberto.edu.br
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA I
PROFESSOR: Antônio Osório Gonçalves
Quais as demonstrações contábeis que as pessoas jurídicas devem elaborar Por Salézio Dagostim
Temos recebido consultas sobre quais as demonstrações contábeis que as pessoas jurídicas devem elaborar. Alegam os consulentes que há divergências sobre o assunto e que, nos cursos desenvolvidos, é afirmado que o demonstrativo do fluxo de caixa é obrigatório para todas as empresas. A Constituição Federal do Brasil, ao tratar dos direitos e garantias fundamentais das pessoas, diz, em seu artigo 5º, inciso II, que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Portanto, para que alguém diga que isso ou aquilo é obrigatório ou não, é necessário que a lei assim estabeleça. O Código Civil Brasileiro, instrumento legal que trata dos direitos e obrigações nas relações das pessoas, entre si e com a sociedade, determina, em seu art. 1.179, que todas as pessoas jurídicas devem, no final de cada exercício, levantar o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado econômico. A legislação tributária, Decreto-Lei 1.598/77, pelo art. 7º, § 4º, mandou incluir, para as pessoas jurídicas que pagam Imposto de Renda pelo Lucro Real, o demonstrativo de lucros ou prejuízos acumulados. A Lei das Sociedades Anônimas autorizou as companhias, por opção, § 2º do art. 186, à substituição do demonstrativo de lucros ou prejuízos acumulados pelo demonstrativo das mutações do patrimônio líquido. A CVM, através da Instrução CVM nº 59/86 tornou obrigatória para as companhias abertas a demonstração das mutações do patrimônio líquido em substituição ao demonstrativo de lucros ou prejuízos acumulados. A Lei das S/A. determinou, pelo art. 176 da Lei 6.404/76, que as companhias devem, também, além dos demonstrativos antes referidos, levantar o demonstrativo do fluxo de caixa. Esse demonstrativo substitui o de origem e aplicação de recursos. O § 6º deste artigo eximiu as companhias fechadas de elaborarem esse demonstrativo se o patrimônio líquido for inferior, na data do balanço, a 2 milhões. E, pela Lei nº 11.638/07, passou-se a exigir das Sociedades Anônimas de Capital Aberto, ainda, a demonstração do valor adicionado. Portanto, as pessoas jurídicas devem elaborar as seguintes demonstrações contábeis:
Demonstração Contábil
S/A Capital Aberto
S/A Capital Fechado
PJ tributada p/Lucro Real
Demais Pessoas Jurídicas
Balanço Patrimonial
SIM
SIM
SIM
SIM
Demonstração de Resultados
SIM
SIM
SIM
SIM
Demonstração de Lucros ou Prejuízos
Página 189 / 190
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO
Missão: "Oferecer oportunidades de educação, contribuindo para a formação de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento ético e visando ao desenvolvimento regional”.
Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul – RS - CEP 96810-050
Site:www.domalberto.edu.br
Acumulados NÃO
SIM
SIM
NÃO
Demonstração das Mutações do PL
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
Demonstração do Fluxo de Caixa
SIM
SIM, se PL for Superior a 2 mi.
NÃO
NÃO
Demonstração do Valor Adicionado
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
As notas explicativas, por registrarem critérios de registros e avaliações patrimoniais, devem acompanhar o balanço patrimonial. Além disso, mesmo que algumas demonstrações não sejam obrigatórias para as pessoas jurídicas, isso não significa que elas estejam proibidas. As pessoas jurídicas podem optar por sua elaboração. Salézio Dagostim Contador (CRC-RS nº 23.113) Diretor da Dagostim Contadores Associados, escritório contábil estabelecido em Porto Alegre (RS) Professor da Escola Brasileira de Contabilidade Rua Dr. Barros Cassal, 33 – 11º andar Porto Alegre – RS – 90035-030 Tel. (51) 3228-8054 – 3228-4500
Página 190 / 190