Caderno de Direito Difusos

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  • 7/28/2019 Caderno de Direito Difusos

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    DIREITOS DIFUSOS

    ContedoAula: 09/05/2012 .................................................................................................. 1Aula do dia 10.05.2012 ........................................................................................ 7Aula on line: 24/05/2012 .................................................................................... 14AULA DIA 14/06 ................................................................................................ 16Aula dia 28/06/2012 ........................................................................................... 21

    Aula: 09/05/2012

    Tema: Teoria Geral do Processo Coletivo8. Liquidao e Execuo da sentena

    coletiva de pagar8.1. Difusos e coletivos (2 modelos)Dentro da liquidao dos difusos e coletivos

    temos 2 modelos de execuo:A) Liquidao e Execuo da Pretenso

    ColetivaArt. 15 da lei de ao civil pblica.

    Art. 15. Decorridos sessenta dias do trnsitoem julgado da sentena condenatria, sem que aassociao autora lhe promova a execuo,dever faz-lo o Ministrio Pblico, facultada igualiniciativa aos demais legitimados. (Redao dadapela Lei n 8.078, de 1990)

    Toda vez que temos uma execuo quemanda algum pagar, neste caso teremos umaexecuo desta, e para tanto necessrio:

    Legitimidade:Principal: Autor da ao coletiva.Subsidiria: qualquer outro colegitimado.

    (PCP da indisponibilidade da ao coletiva)O que faculdade para os colegitimados

    dever para o MP legitimado principal.

    Destinatrio das indenizaes:Se for o caso de dano ao patrimnio pblico

    (direito difuso por excelncia) aplicaremos o artigo18 da lei de improbidade administrativa 8429/92 +art. 14 4717/65 - lei da ao popular.

    Neste caso o dinheiro vai para a pessoa

    jurdica lesada.

    Tirando o caso de dano ao patrimnio pblicopara os demais bens difusos o destinatrio dessevalor do FUNDO DE REPARAO DOS BENSLESADOS. (art. 13 da LACP)

    Art. 13. Havendo condenao em dinheiro, aindenizao pelo dano causado reverter a umfundo gerido por um Conselho Federal ou porConselhos Estaduais de que participaronecessariamente o Ministrio Pblico e

    representantes da comunidade, sendo seusrecursos destinados reconstituio dos benslesados.

    1o. Enquanto o fundo no forregulamentado, o dinheiro ficar depositado emestabelecimento oficial de crdito, em conta com

    correo monetria. (Renumerado do pargrafonico pela Lei n 12.288, de 2010)

    2o Havendo acordo ou condenao comfundamento em dano causado por ato dediscriminao tnica nos termos do disposto no art.1o desta Lei, a prestao em dinheiro reverterdiretamente ao fundo de que trata o caput e serutilizada para aes de promoo da igualdadetnica, conforme definio do Conselho Nacional

    de Promoo da Igualdade Racial, na hiptese deextenso nacional, ou dos Conselhos de Promoode Igualdade Racial estaduais ou locais, nashipteses de danos com extenso regional oulocal, respectivamente. (Includo pela Lei n12.288, de 2010)

    Esse fundo previsto no artigo 13 depende deregulamentao, e na verdade so vriosdestinatrios:

    Fundo Federal =Fundo Estadual = 26 estados + DF.

    Cada fundo tem um fundo ver legislao dofundo do Estado onde prestar concurso.

    O professor nos falar apenas do fundofederal, como paradigma ento temos a Lei9008/95 fundo gerido por um conselho, sendoque recebe o dinheiro das condenaes em aocivil pblica, sendo que h uma srie de multasaplicadas por rgos administrativos que tambmvo para o fundo.

    Esse fundo deveria ser utilizado parareparao os bens lesados (ex.: questo deacessibilidade, poluio etc.) o problema que odinheiro que vai para este fundo Federal, ocorreque isso no vem ocorrendo, pois precisa deprojeto de lei, oramento etc. o que retira rapidezna aplicao dos recursos.

    CompetnciaA liquidao e execuo desde 2005 ocorre

    atravs do processo sincrtico, sendo o juiz

    competente o juiz da condenao. (art. 475-P.CPC)Art. 475-P. O cumprimento da sentena

    efetuar-se- perante: (Includo pela Lei n 11.232,de 2005)

    I os tribunais, nas causas de suacompetncia originria; (Includo pela Lei n11.232, de 2005)

    II o juzo que processou a causa noprimeiro grau de jurisdio; (Includo pela Lei n11.232, de 2005)

    III o juzo cvel competente, quando se

    tratar de sentena penal condenatria, de sentenaarbitral ou de sentena estrangeira. (Includo pelaLei n 11.232, de 2005)

    Pargrafo nico. No caso do inciso II docaput deste artigo, o exeqente poder optar pelojuzo do local onde se encontram bens sujeitos

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art114http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art114http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art114http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art114
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    expropriao ou pelo do atual domiclio doexecutado, casos em que a remessa dos autos doprocesso ser solicitada ao juzo de origem.(Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    B. Liquidao e execuo da pretensoindividual decorrente. (art. 103, 3 e art. 104 doCDC)

    Art. 103. 3 Os efeitos da coisa julgada deque cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei

    n 7.347, de 24 de julho de 1985, no prejudicaroas aes de indenizao por danos pessoalmentesofridos, propostas individualmente ou na formaprevista neste cdigo, mas, se procedente opedido, beneficiaro as vtimas e seus sucessores,que podero proceder liquidao e execuo,nos termos dos arts. 96 a 99.

    Art. 104. As aes coletivas, previstas nosincisos I e II e do pargrafo nico do art. 81, noinduzem litispendncia para as aes individuais,mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ouultra partes a que aludem os incisos II e III do

    artigo anterior no beneficiaro os autores dasaes individuais, se no for requerida suasuspenso no prazo de trinta dias, a contar dacincia nos autos do ajuizamento da ao coletiva.

    A preocupao da ao reparao do danodo rio, mas quando ele o fez na sentena, dizendoque o culpado foi a empresa x, tambm ganha opescador prejudicado indireto que ele transporte inutilibus a sentena proferida nos difusos ecoletivos para satisfazer a pretenso individualdele.

    A preocupao aqui com o meio ambientee no com o pescador, ele ganha por tabela.

    LegitimidadeSo as vtimas e eventuais sucessores. (art.

    103, 3 e 104 do CDC)DestinatrioAqui o dinheiro no vai para o fundo, o

    destinatrio so as vtimas e seus sucessores.Quando o juiz profere sentena dentro dos

    difusos ele diz para reparar o meio ambiente, avtima, e no fala para os sucessores.

    Ento quanto dever ser pago aossucessores da vtima? Aqui teremos que ter aliquidao, necessria.

    Ocorre que a liquidao neste caso tem umaparticularidade, pois a liquidao no CPC apenapara provar o quantum debeatur, mas nessa no assim, eles alm de provar o quantum debeaturdevem provar tambm o nexo de causalidade entreo evento e a sua condio pessoal.

    Ex.: juiz manda pagar para o fundo R$400mil de indenizao. Ento pega a sentena etransporto in utilibus, ento para tanto deve

    primeiro provar que pescador neste exemplo,para apenas depois liquidar.

    Diz isso, por exemplo, o professor CandidoDinamarco.de habilitao, mas para o professor melhor chamarmos de liquidao imprpria.

    Competncia:

    Temos uma regra de competncia dupla,pois o autor dessa ao (liquidao/execuo) temduas opes de ajuizamento:

    1 Opo: pode adotar a regra do artigo 1, Ido CDC, e o far ajuizando a ao em seudomiclio.

    2 Opo: podem ajuizar no juzo da ao.(Artigo 98, 2, I )

    8.2. Individuais Homogneos (3 modelos)

    A. Liquidao e Execuo da PretensoIndividual Correspondente (art. 97 do CDC)

    Art. 97. A liquidao e a execuo desentena podero ser promovidas pela vtima eseus sucessores, assim como pelos legitimados deque trata o art. 82.

    Pargrafo nico. (Vetado).Ex. uma sentena que condena o banco a

    pagar o expurgo inflacionrio da poupana a todosos poupadores, aqui a preocupao com o

    indivduo.Ex.2: plula de farinha. Cada mulher que

    comprovou ter sofrido um dano, foi indenizada pelaempresa farmacutica.

    A.1) LegitimidadeVtimas e sucessores.A.2) DestinatrioVtima e sucessores.Valem as mesmas consideraes do item

    anterior quanto a liquidao. (liquidao imprpria,significa dizer que a pessoa deve comprovar onexo de causalidade)

    A.3) CompetnciaOu domiclio do autor, vtima ou sucessor, ou

    juzo da condenao (artigo 98, I CDC) ou artigo101 do CDC a critrio do liquidante)

    Smula 345 do STJ: so devidos honorriosadvocatcios pela fazenda pblica...

    Artigo 1 D da lei 9494/97 diz que no serodevidos honorrios advocatcios pela fazendapblica nas execues no embargadas.

    Faz a liquidao, apura o quantum, entovem a fazenda dizendo que concorda, no

    embargada e no cabe honorrios? Vide smulasupra.

    B. Execuo Coletiva da Pretenso IndividualCorrespondente

    (artigo 98 do CDC)Art. 98. A execuo poder ser coletiva,

    sendo promovida pelos legitimados de que trata oart. 82, abrangendo as vtimas cujas indenizaesj tiveram sido fixadas em sentena de liquidao,sem prejuzo do ajuizamento de outras execues.(Redao dada pela Lei n 9.008, de 21.3.1995)

    1 A execuo coletiva far-se- com baseem certido das sentenas de liquidao, da qualdever constar a ocorrncia ou no do trnsito emjulgado.

    2 competente para a execuo o juzo:

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art97phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9008.htm#art98http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9008.htm#art98http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art97phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    I - da liquidao da sentena ou da aocondenatria, no caso de execuo individual;

    II - da ao condenatria, quando coletiva aexecuo.

    B.2) Tem legitimidade (Artigo 82 CDC)Art. 82. Para os fins do art. 81, pargrafo

    nico, so legitimados concorrentemente:(Redao dada pela Lei n 9.008, de 21.3.1995)

    I - o Ministrio Pblico,

    II - a Unio, os Estados, os Municpios e oDistrito Federal;

    III - as entidades e rgos da AdministraoPblica, direta ou indireta, ainda que sempersonalidade jurdica, especificamente destinados defesa dos interesses e direitos protegidos poreste cdigo;

    IV - as associaes legalmente constitudash pelo menos um ano e que incluam entre seusfins institucionais a defesa dos interesses e direitosprotegidos por este cdigo, dispensada aautorizao assemblear.

    1 O requisito da pr-constituio pode serdispensado pelo juiz, nas aes previstas nos arts.91 e seguintes, quando haja manifesto interessesocial evidenciado pela dimenso ou caractersticado dano, ou pela relevncia do bem jurdico a serprotegido.

    2 (Vetado). 3 (Vetado).A legitimidade s ocorre aps a liquidao

    das pretenses individuais. (trata-se de tpicahiptese de representao processual de modoque a rigor no estamos diante de um verdadeiroprocesso coletivo (ao pseudo coletiva / falsocoletiva)

    B.3) DestinatriosVtimas e sucessores.B.4) CompetnciaA competncia s tem uma opo o do juzo

    da ao. (Artigo 98, 2, II CDC) 2 competente para a execuo o juzo:(...)II - da ao condenatria, quando coletiva a

    execuo.

    C. Liquidao e Execuo da PretensoColetiva Residual. (art. 100 do CDC)

    Fluid RecoveryArt. 100. Decorrido o prazo de um ano sem

    habilitao de interessados em nmero compatvelcom a gravidade do dano, podero os legitimadosdo art. 82 promover a liquidao e execuo daindenizao devida.

    Pargrafo nico. O produto da indenizaodevida reverter para o fundo criado pela Lei n.7.347, de 24 de julho de 1985.

    Ex.: mais ou menos a estimativa dasindenizaes, por exemplo, d para estimar aquantidade de lotes de plulas de farinha feitos eassim estimar as vtimas, a mesma coisa aquantidade de vtimas de um acidente areo.

    Ento o CDC diz que se passado 1 ano dotransito em julgado da sentena e no houverhabilitao de interessados em nmero equivalentedo dano o autor pode fazer liquidao um danoaproximado, faz a empresa pagar a quantidade emtese, e manda o valor para o fundo criado pela lei.Essa a ideia da Fluid Recovery.

    C.1) Legitimidade (art. 82 do CDC)

    Legitimados coletivos defensoria, MP,associao.

    C.2) Condio para que faam a liquidaoda fluid recovery:

    Decurso do prazo de 1 ano do transito emjulgado, sem habilitao do nmero esperado deinteressados.

    C.3) DestinatrioFundo da lei de ao civil pblica.Qual o critrio para fixao do valor

    devido?1 fator A gravidade do dano.

    O que mais grave fraudar a poupana oucolocar o medicamento falso no mercado, osegundo.

    2 fator: nmero de vtimas e sucessores queno se habilitaram.

    Ex.: Caso do Microvilar, no tinha como avtima provar que tomou o comprimido, poisningum guarda a caixa da plula, devem teraparecido aproximadamente 50 mulheres, asoutras tantas ~300 no conseguiram provar ou noapareceram.

    Ento pega o valor aproximado daindenizao e multiplica pela quantidade queestima-se faltando.

    C.4) CompetnciaJuzo da condenao (artigo 98, 2, II do

    CDC)C.5) Crtica: A Fluid Recovery temos um

    problema gravssimo na fluid recovery, atporque a jurisprudncia pouca.

    Uma vez efetuada a reparao ao fundo, ese surgirem novas vtimas e sucessores? Nesteelas tem direito a reparao? Caso a resposta seja

    positiva no licito que o causador do dano sejachamado a repar-lo, vez que j o fez ao fundo.Por outro lado o fundo no se presta parapagamento de indenizaes individuais.

    Por isso alguns autores sustentam que oprazo prescricional para a liquidao / execuo dapretenso individual correspondente de 1 ano,pouco importando o direito material em debate.

    8.3. Preferncias no Pagamento daIndenizao (art. 99 do CDC)

    Art. 99. Em caso de concurso de crditos

    decorrentes de condenao prevista na Lei n.7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizaespelos prejuzos individuais resultantes do mesmoevento danoso (individuais homogneos), estastero preferncia no pagamento.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9008.htm#art82http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art51%C2%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art82%C2%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art82%C2%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art51%C2%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9008.htm#art82
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    Pargrafo nico. Para efeito do dispostoneste artigo, a destinao da importncia recolhidaao fundo criado pela Lei n7.347 de 24 de julho de1985, ficar sustada enquanto pendentes dedeciso de segundo grau as aes de indenizaopelos danos individuais, salvo na hiptese de opatrimnio do devedor ser manifestamentesuficiente para responder pela integralidade dasdvidas.

    A empresa tem dinheiro para pagar apenas1, ou fundo ou pescador, e ai para quem vai? Oartigo 99 do CDC estabelece que seja reparado avtima e seus sucessores.

    O nico do artigo 99 estabelece, entretanto,um compasso de espera, se temos um a execuodos difusos para comear e liquidao dosindividuais comeando, com o difuso pronto parareceber, ir se sobrestar o pagamento do difusos,para aguardar a indenizao dos individuais, parasomente aps fazer o pagamento do fundo.

    9. Prescrio Nas Aes Coletivasa) casos de ImprescritibilidadeSTJ tem pacificado que tem 2 tipos de

    pretenses que so imprescritveis.1 Tema: Reparao do Errio (art. 37, 5

    da CF)Agora as sanes so prescritveis,

    suspenso dos direitos polticos, perda do cargoisso prescreve.

    Apenas Cassio Scarpinella Bueno diz que prescritvel, mas posio isolada.

    2 Tema: Danos ao meio ambiente soSTJ diz que o meio ambiente um direito

    pr-humano, pr-sociedade, ento ele um direitoimprescritvel.

    b) Regras sobre prescrio das aescoletivas.

    Na ao popular a regra que trata daprescrio da ao popular ela tem previso noartigo 21 da lei 4717/65.

    E o artigo diz com todas as letras que aprescrio da ao popular de 5 anos.

    Quando vamos para a improbidade a

    administrativa artigo 23 da lei 8429/92.As sanes contra servidores do quadro(5 anos)Qual o prazo prescricional da ao civil

    pblica? (2 posies)Artigo 21 da lei de ao popularREsp 4006545/SP Ministro Luiz FuxREsp 1070896/SC Ministro Luiz Felipe

    SalomoEm ambas decises eles dizem que

    necessrio aplicar o micro sistema da ao civilpblica.

    REsp 995995/ DF Nanci AndrighiEstabeleceu em um processo de seguro

    sade, que o prazo de prescrio de ao civilpblica segue o direito material.

    E disse ela que o prazo prescricional era de10 anos.

    Quem define prescrio a regra de direitomaterial e no de processo. E quem t coberto derazo o voto da Ministra Nanci. Ento se responsabilidade civil 3 anos, direito doconsumidor 5 anos.

    C) Prescrio da Execuo / LiquidaoColetiva

    Se for difusos e coletivos regra;

    Smula 150 do STF. prescreve a execuono mesmo prazo da prescrio da ao. (contadosdo transito em julgado)

    Essa smula 150 diz que a prescrio daexecuo corre no mesmo prazo que a prescrioda ao.

    Nos individuais homogneos (2 posies)1) Smula 150 do STF2) prazo de 1 ano do artigo 100 do CDC

    Fluid Recovery. Termo inicial da prescrio nos casos de

    ao coletiva para anulao do contrato.

    Qual o prazo para anular por ao coletivacontrato? REsp 1.114.094/RS

    Nos casos de anulao de contrato o prazoprescricional comea a contar do fim do contratoindependentemente de quantas prorrogaesforem realizadas.

    s vezes a nulidade vem do ano de 1990,por exemplo, renova 3 anos, renova 3, vem 12anos ento j se passou muito tempo ento oprazo corre da data da descoberta.

    Ao Civil Pblica - ACP1. GeneralidadesA. NomenclaturaH duas acepes para ao civil pblica:1 acepo: Diz que qualquer ao no

    penal ajuizada pelo MP ou afins. Essa acepo mais ampla, entraria alm das aes coletivas, aanulatria de casamento, ao civil ex delicto,ao anulatria de casamento, ao rescisria e asaes coletivas seriam todas aes civis pblicas.

    2 acepo: qualquer ao no penal

    ajuizada pelo MP ou afins para tutela dos direitosmetaindividuais.Ao Coletiva = ACP? (2 posies na

    doutrina)1 Posio do professor: para ele a ao

    coletiva e ao civil pblica a mesma coisa.2 Posio Ao coletiva para tutela dos

    individuais homogneos e a ACp para tutela dosdifusos e coletivos.

    ATENO - DICA: Muito cuidado na prova,pois e o autor iniciara questo chamando de aocoletiva ele adota a 2 posio.

    B. Previso LegalArt. 14, 1, da lei 6938/81Art 14 - Sem prejuzo das penalidades

    definidas pela legislao federal, estadual emunicipal, o no cumprimento das medidasnecessrias preservao ou correo dos

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htm
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    inconvenientes e danos causados pela degradaoda qualidade ambiental sujeitar ostransgressores:

    (...) 1 - Sem obstar a aplicao das

    penalidades previstas neste artigo, o poluidorobrigado, independentemente da existncia deculpa, a indenizar ou reparar os danos causadosao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua

    atividade. O Ministrio Pblico da Unio e dosEstados ter legitimidade para propor ao deresponsabilidade civil e criminal, por danoscausados ao meio ambiente.

    Essa ao civil pblica que surgiu na lei quetrata da poltica nacional do meio ambiente.

    Surgiu nesta lei, pois ela previa a ao penaldo MP no caso de crime ambiental, e no 1 dizia,da ao necessria para reparao do meioambiente.

    O problema que este artigo criava algo que

    no existia e ento precisava de regulamentaoque foi consolidada a ao civil pblica atravs de2 diplomas posteriores:

    Lei 7347/85 lei de ao civil pblica; eCF/88, artigo 129, III, previu expressamente

    que o MP teria legitimidade para IQcivil e ao civilpblica.

    ATENO: se nos perguntar onde houve aconsolidao veio nessas duas ltimas.

    O Momento da potencializao foiexatamente com o CDC com a lei 8072/90, queestabeleceu uma srie de regras que acabaramsendo aplicadas a ao civil pblica, o CDC fez umperfeito casamento com o CDC formando o ncleodo processo coletivo.

    Smula 643 do STF o MP tem legitimidadepara promover ao civil pblica cujo fundamentoseja ilegalidade de reajuste de mensalidadeescolares.

    Smula 329 do STJ o MP tem legitimidadepara propor ao civil pblica em defesa dopatrimnio pblico

    Smula 470 do STJ o MP no tem

    legitimidade para pleitear, em ao civil pblica, a iindenizao decorrente do DPVAT em benefcio dosegurado.

    2. Objeto da ACPQuando vamos estudar o objeto veremos

    sobre o que recai, o que tutela esse algo? Issoencontramos no artigo 1, 3 e no 11. Todos da leide ao civil pblica.

    O objeto a tutela preventiva inibitria ou deremoo do ilcito ou ressarcitria (material oumoral) dos seguintes direitos e interesses

    metaindividuais:Meio ambiente;Consumidor;Patrimnio histrico cultural4;Qualquer outro direito difuso coletivo ou

    individuais e homogneos5;

    Ordem econmica;Ordem urbanstica.

    A tutela preventiva: o primeiro objeto daao civil pblica

    Com a tutela preventiva queremos evitar quehaja o ilcito.

    Luiz Guilherme Marinoni divide a tutelapreventiva em 2 modalidades, e a divide em 2

    espcies:1 Espcie: tutela inibitria:A tutela inibitria a tutela que objetiva vedar

    ou evitar a prtica do ilcito.2 Espcie: tutela da remoo do ilcito:Seria para fazer cessar o ilcito j praticado.Tutela ressarcitria: ela pressupe a

    existncia de dano.Ressarcir = reparar o dano e no $.Obs.1: Nos individuais homogneos

    pacifico o entendimento de que pode haver aode dano moral.

    Quando temos uma ao civil pblica paratutelar os individuais ou homogneos ou aocoletiva quando falam alguns temos que indenizaras pessoas ou seus sucessores.

    Imaginemos as casas Bahia tem um cadastrode credirio enorme, e por um erro ela mandatodos para o SERASA, um tpico caso que cabedano moral

    A dvida questo est nos difusos, cabedano moral? O STJ decidiu

    Obs.2: O dano moral difuso o STJ tem duasposies:

    1 posio:REsp 971844/RS eREsp 598298/MGAmbos relatados pelo ministro Luiz Fux

    nesses julgados o STJ diz que no h dano moraldifuso, pois este ligado a personalidade dapessoa, com a dignidade da pessoa.

    A coletividade indeterminada, como ocorreno difuso, tem dignidade, personalidade? No diz oministro ento no podemos falar em dano moralcoletivo.

    2 posioEstabelece o STJ no REsp 105.7274/RSEliana Calmon, estabelece que o caso era dobanco que colocou atendimento de gestantes eidosos no 2 andar, sem elevador. No dinheiroque vai para cada um dos velhinhos, e sim para acomunidade. (no se determina os que passaram, qualquer um deles)

    ATENO: qual a posio a ser adotada naprova desses julgados? O do Luiz Fux ou da ElianaCalmon? O professor no sabe, para o professor amelhor a da ministra Eliana Calmon, pois

    entende que deve haver a tutela inibitria, umasano, para evitar novos danos.

    Destinatrio do dano moral difuso?Fundo de reparao dos bens lesados.Obs.3: os autores dividem o meio ambiente

    em 3 ou 4, o professor vai dividir em 3:

  • 7/28/2019 Caderno de Direito Difusos

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    1 Meio Ambiente Natural: (definio art.3, I6938/81) fauna, flora, terra, ar.

    2. Meio ambiente artificial: ordemurbanstica;

    3. Meio ambiente cultural: patrimniohistrico cultural.

    H ainda quem inclua um 44. Trabalho: (os que classificam em 3

    colocam o meio antiente do trabalho no meio

    artificial)Quando a lei de ao civil pblica fala na

    defesa do meio ambiente fala na defesa de todos.Inclusive a smula 736 do STF diz que para

    julgar sobre o meio ambiente do trabalho dajustia do trabalho.

    A lei de ao civil pblica foi repetitiva.Pois colocou a defesa do meio ambiente no

    incio e repetiu vrias vezes ao colocar opatrimnio histrico cultural, e do meio ambiente,mas ainda que no tivesse feito teramos aproteo pois estaria abrangidas em meio

    ambiente.

    Obs.3: forma de meio ambiente.ATENO: prova da CESPE questo do

    bem tombado: o bem que no tombado pode serprotegido atravs de uma ao civil pblica sobre ofundamento que temos que proteger o patrimniopblico, o tombamento um atestadoadministrativo, uma certificao administrativade que determinado bem tem valor histricocultural.

    Quando temos um bem tombado precisamosprovar que ele tem valor histrico e cultural? Nopois se ele j tombado isso j est provado.

    Agora e se o bem no for tombado possoproteg-lo alegando que tem valor histricocultural? Sim, posso, ocorre que se o bem no fortombado compete ao autor a prova do valorhistrico cultural.

    Enfim o nus da prova do autor, entopodemos proteger ambos os bens, o que muda aprova a ser feita.

    Obs.5: A rigor a lei de ao civil pblica neste

    tpico 5 s fala em direito difuso e coletivo, nofala em individual homogneo, o que poderia nosdeixar a impresso errada de que....? mas, quandopegamos a lei 7347/85 conclumos que em virtudeda decorrncia da lei ao civil pblica cc com oCDC chegamos a concluso que ele tutela tantodifusos e coletivos ...???

    Tanto que o STJ no julgamento do RESp706791/PE estabelece que a ao civil pblicaserve para tutela de qualquer ...?

    (deu problema na transmisso... 15 ltimosminutos)

  • 7/28/2019 Caderno de Direito Difusos

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    Aula do dia 10.05.2012

    Tema: Ao Civil Pblica (continuao)3. Legitimidade3.1. Ativa (art. 82 cdc + art. 5 LACP)Art. 82. Para os fins do art. 81, pargrafo

    nico, so legitimados concorrentemente:(Redao dada pela Lei n 9.008, de 21.3.1995)

    I - o Ministrio Pblico,

    II - a Unio, os Estados, os Municpios e oDistrito Federal;

    III - as entidades e rgos da AdministraoPblica, direta ou indireta, ainda que sempersonalidade jurdica, especificamente destinados defesa dos interesses e direitos protegidos poreste cdigo;

    IV - as associaes legalmente constitudash pelo menos um ano e que incluam entre seusfins institucionais a defesa dos interesses e direitosprotegidos por este cdigo, dispensada aautorizao assemblear.

    1 O requisito da pr-constituio pode serdispensado pelo juiz, nas aes previstas nos arts.91 e seguintes, quando haja manifesto interessesocial evidenciado pela dimenso ou caractersticado dano, ou pela relevncia do bem jurdico a serprotegido.

    2 (Vetado). 3 (Vetado).Art. 5o Tm legitimidade para propor a ao

    principal e a ao cautelar: (Redao dada pela Lein 11.448, de 2007).

    I - o Ministrio Pblico; (Redao dada pelaLei n 11.448, de 2007).

    II - a Defensoria Pblica; (Redao dada pelaLei n 11.448, de 2007).

    III - a Unio, os Estados, o Distrito Federal eos Municpios; (Includo pela Lei n 11.448, de2007).

    IV - a autarquia, empresa pblica, fundaoou sociedade de economia mista; (Includo pela Lein 11.448, de 2007).

    V - a associao que, concomitantemente:(Includo pela Lei n 11.448, de 2007).

    a) esteja constituda h pelo menos 1 (um)ano nos termos da lei civil; (Includo pela Lei n11.448, de 2007).

    b) inclua, entre suas finalidadesinstitucionais, a proteo ao meio ambiente, aoconsumidor, ordem econmica, livreconcorrncia ou ao patrimnio artstico, esttico,histrico, turstico e paisagstico. (Includo pela Lein 11.448, de 2007).

    1 O Ministrio Pblico, se no intervier noprocesso como parte, atuar obrigatoriamentecomo fiscal da lei.

    2 Fica facultado ao Poder Pblico e aoutras associaes legitimadas nos termos desteartigo habilitar-se como litisconsortes de qualquerdas partes.

    3 Em caso de desistncia ou abandono daao por associao legitimada, o MinistrioPblico assumir a titularidade ativa.

    3 Em caso de desistncia infundada ouabandono da ao por associao legitimada, oMinistrio Pblico ou outro legitimado assumir atitularidade ativa. (Redao dada pela Lei n 8.078,de 1990)

    4. O requisito da pr-constituio poder

    ser dispensado pelo juiz, quando haja manifestointeresse social evidenciado pela dimenso oucaracterstica do dano, ou pela relevncia do bemjurdico a ser protegido. (Includo pela Lei n 8.078,de 11.9.1990)

    5. Admitir-se- o litisconsrcio facultativoentre os Ministrios Pblicos da Unio, do DistritoFederal e dos Estados na defesa dos interesses edireitos de que cuida esta lei. (Includo pela Lei n8.078, de 11.9.1990) (Vide Mensagem de veto)(Vide REsp 222582 /MG - STJ)

    6 Os rgos pblicos legitimados podero

    tomar dos interessados compromisso deajustamento de sua conduta s exigncias legais,mediante cominaes, que ter eficcia de ttuloexecutivo extrajudicial. (Includo pela Lei n 8.078,de 11.9.1990) (Vide Mensagem de veto) (VideREsp 222582 /MG - STJ)

    a) concorrente e disjuntivaConcorrente significa dizer que vrios

    podem.Disjuntiva significa que um legitimado no

    depende do outro. Significa dizer que vrios podeme um no pode depender do outro.

    Quem celebra TAC no precisa daconcordncia do MP, pois a legitimidade disjuntiva.

    Pergunta concurso: exemplo delegitimidade concorrente no disjuntiva, o seja,vrios podem, mas um depende do outro? aLegitimidade para ser inventariante (art. 990 CPC) legitimidade concorrente no disjuntiva, devemser nomeados nesta ordem que vem prevista no990, vejamos:

    Art. 990. O juiz nomear inventariante: (VideLei n 12.195, de 2010)I - o cnjuge sobrevivente casado sob o

    regime de comunho, desde que estivesseconvivendo com o outro ao tempo da morte deste;

    II - o herdeiro que se achar na posse eadministrao do esplio, se no houver cnjugesuprstite ou este no puder ser nomeado;

    I - o cnjuge ou companheiro sobrevivente,desde que estivesse convivendo com o outro aotempo da morte deste; (Redao dada pela Lei n12.195, de 2010) Vigncia

    II - o herdeiro que se achar na posse eadministrao do esplio, se no houver cnjugeou companheiro sobrevivente ou estes nopuderem ser nomeados; (Redao dada pela Lein 12.195, de 2010) Vigncia

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9008.htm#art82http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art51%C2%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art82%C2%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art112http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art112http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art92phttp://www.stj.gov.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?relator=MILTON+LUIZ+PEREIRA&livre=veto+e+consumidor&processo=222582&&b=JUR2&p=true&t=JURIDICO&l=20&i=1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art92phttp://www.stj.gov.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?relator=MILTON+LUIZ+PEREIRA&livre=veto+e+consumidor&processo=222582&&b=JUR2&p=true&t=JURIDICO&l=20&i=1http://www.stj.gov.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?relator=MILTON+LUIZ+PEREIRA&livre=veto+e+consumidor&processo=222582&&b=JUR2&p=true&t=JURIDICO&l=20&i=1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12195.htm#art2http://www.stj.gov.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?relator=MILTON+LUIZ+PEREIRA&livre=veto+e+consumidor&processo=222582&&b=JUR2&p=true&t=JURIDICO&l=20&i=1http://www.stj.gov.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?relator=MILTON+LUIZ+PEREIRA&livre=veto+e+consumidor&processo=222582&&b=JUR2&p=true&t=JURIDICO&l=20&i=1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art92phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.stj.gov.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?relator=MILTON+LUIZ+PEREIRA&livre=veto+e+consumidor&processo=222582&&b=JUR2&p=true&t=JURIDICO&l=20&i=1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art92phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art113http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art112http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm#art112http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art82%C2%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art51%C2%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9008.htm#art82
  • 7/28/2019 Caderno de Direito Difusos

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    III - qualquer herdeiro, nenhum estando naposse e administrao do esplio;

    IV - o testamenteiro, se Ihe foi confiada aadministrao do esplio ou toda a herana estiverdistribuda em legados;

    V - o inventariante judicial, se houver;Vl - pessoa estranha idnea, onde no

    houver inventariante judicial.Pargrafo nico. O inventariante, intimado da

    nomeao, prestar, dentro de 5 (cinco) dias, ocompromisso de bem e fielmente desempenhar ocargo.

    b) legitimidade ativa ope legisA legitimidade depende de lei. No existem

    outros legitimados alm dos estabelecidos nalegislao, nosso sistema no admite que a aocoletiva, de reparao de danos seja ajuizada emrol diverso da lei. (PCP da adequadarepresentao em nosso sistema s a leidetermina legitimados)

    Quando nossa lei elegeu os legitimados paraao civil pblica ela colocou:

    rgos Pblicos Autnomos(MP/Defensoria);

    rgos Pblicos No Autnomos;Sociedade Civil (associaes);Pessoa Jurdica de Direito Privado.c) Natureza Da Legitimao AtivaNo sistema brasileiro temos 2 tipos de

    legitimao:Ordinria quando uma pessoa age em

    nome prprio em defesa de interesse prpria.Extraordinria / substituio processual. -

    pessoa age em nome prprio em defesa de direitoalheio, pessoa para tanto precisa de autorizaolegislativa expressa que diga com todas as letrasque essa pessoa possa assim agir, do contrrio elano age com legitimao extraordinria.

    Existem 3 posies a respeito deste tema:1. Posio diz que a Legitimidade

    Extraordinria, o autor coletivo age em nomeprprio, mas na defesa de direito alheio. (HugoNigro Mazzili quanto Cssio Scarpinela Bueno

    adotam essa posio, a posio mais tradicional,e j foi a dominante, mas no mais o ). Para elestodos os meta individuais so extraordinrios.

    2. Posio estabelece que a legitimidadepara propositura Legitimidade Coletiva. (LuizManuel Gomes Jnior) ele diz que no podemosquerer classificar legitimao do processo coletivo luz de regras do processo individual. Ex.: noposso querer pegar uma bola e encaixar noquadrado Ele sugere que se crie um 3 modelo,teramos que falar em legitimao coletiva, alm delegitimao ordinria e extraordinria. A

    legitimao exclusiva do processo coletivo.3 Posio (posio dominante/majoritria

    dividida) Nelson Nery jnior:Se for individual homogneo: a legitimao

    extraordinria, o que significa que o autor age emnome prprio, mas em defesa de direito alheio;

    Ex.: ao civil pblica para pagar aos poupadoresuma indenizao; ao civil pblica do acidenteareo; microvilar plula de farinha.

    Se for os Naturalmente Coletivos DIFUSOSE COLETIVOS - ele chama de legitimaoautnoma para a conduo do processo. Oraciocnio dele se aproxima muito ao do LuizManuel. Nery fala que legitimao autnoma para

    conduo do processo aquela que no dependeda participao no processo do titular do direitomaterial. Quer dizer que o sujeito entra com aao, mas essa titularidade no vem do direitomaterial, mas eles tem autorizao legal para agirem nome prprio, pois h uma legitimaoautnoma para conduzir o processo.

    d) Litisconsrcio Ativo (art. 5, 2 daLACP)

    possvel na ao civil pblica a formaode litisconsrcio entre todos os legitimados. Ex.:

    defensoria com MP, MP com defensoria eassociaes, e mesmo entre os MPs. Falainclusive que possvel ter litisconsrcio inclusiveentre todos os legitimados.

    Esse litisconsrcio ativo, inicial, facultativo,unitrio (ou todos perdem ou ganham).

    e) Existem 2 posies sobre o controlejudicial da representao nas aes coletivas.

    Isso importante, pois:1 posio: No, no tem controle judicial na

    representao, salvo nas associaes, diz que ojuiz no controla a representao. Neste casoquem verifica a pertinncia temtica o autor /prprio legitimado. Os que dizem que no tem,quem verifica a pertinncia temtica (quem temlegitimidade ou no) o autor, quem decide se oobjeto est dentro das suas finalidadesinstitucionais o prprio autor e no o juiz, pois olegislador assim definiu que seja.

    Ex.: para quem defende esta posio se adefensoria resolve atuar para defesa deconsumidores que foram lesados por defeito em

    srie no console Playstation2 posio: Sim, tem controle judicial narepresentao, alm do legitimado ativo tambm ojuiz verifica a pertinncia temtica, salvo nasassociaes. Alm do legitimado ativo o juiztambm verifica a pertinncia temtica, na verdadeele extinguiria o processo, mas tendo em vista aconsiderao sobre PCPs o que ele faz chamar ooutro legitimado.

    Ex.: a defensoria ajuizar ao para discutirdefeito em console Playstation o Juiz pode fazer ocontrole e dizer que a defensoria no tem

    legitimidade, pois Playstation no mercadoria deconsumo de hipossuficiente ento no temlegitimidade.

    f) Legitimados em Espcie1. MP protagonista do processo coletivo.

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    Obs.1: previso legal da atuao do MP noprocesso coletivo.

    A previso legal da atuao dele est noartigo 129, III da CF, ele diz que o MP pode proporao civil pblica e instaurar inqurito civil.

    Art. 129. So funes institucionais doMinistrio Pblico:

    (...)III - promover o inqurito civil e a ao civil

    pblica, para a proteo do patrimnio pblico esocial, do meio ambiente e de outros interessesdifusos e coletivos;

    Alm dessa previso legal ainda aencontramos em outras 3 leis:

    Art. 5, I lei 7347/85;Lei complementar 75/93 lei orgnica do

    MPU;Lei orgnica do MP nacional LONP

    8625/93.Obs.2: a finalidade institucional do MP (art.

    127 da CF)

    Pegar o artigo 127Art. 127. O Ministrio Pblico instituio

    permanente, essencial funo jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica,do regime democrtico e dos interesses sociais eindividuais indisponveis.

    Trata exaustivamente da finalidade do MP,ele mostra para que o MP serve.

    Temos as 4 finalidades do MP no artigo 127,o que significa dizer que o MP pode propor a aonos 4 temas seguintes:

    Defesa da Ordem Jurdica;Regime Democrtico;Interesses Sociais;Dos Individuais Indisponveis.A partir deste artigo 127 (finalidade

    institucional), a doutrina acompanhada pelajurisprudncia vai fazer um estrago, ajurisprudncia a vetora deste pensamento:

    pacfico o entendimento de que o MPsempre representa adequadamente a tutela dosinteresses difusos e coletivos estrito senso. Poistem como caracterstica em comum o objeto

    indivisvel.

    O entendimento que como nos difusos ecoletivos o objeto da ao indivisvel h sempreum interesse social, e ento o MP sempre temlegitimidade para atuar nos difusos e coletivos.

    Ex.: defesa da sade pblica; da moralidade;patrimnio pblico; meio ambiente. Propagandaenganosa, pode o MP entrar com ao? Sim, pois difuso.

    A briga quando analisamos os individuaishomogneos, pois quando tem os individuaishomogneos existem na doutrina duas posies arespeito dos individuais homogneos:

    1 Posio: Nelson Nery Jnior ele diz quequando for individual e homogneo, neste caso oMP tambm tem representao adequada. Pois elefala que h um interesse social em serem evitadasdecises individuais conflitantes.

    2 Posio: diz que o MP s representaadequadamente os interesses individuaishomogneos se eles forem indisponveis ou

    tiverem natureza social. (art. 127, pois a CF satua nos direitos individuais e sociaisindisponveis).

    Ex.: do console do PlayStation, se adotarmosa posio do Nery pode o MP entrar com a ao?Sim, agora se adotarmos a 2 posio com relaoao problema do Playstation, no pode, pois nobasta o MP verificar se tem legitimidade, deve odireito ser indisponvel e terem natureza social.

    A 2 posio largamente prevalecente dajurisprudncia do superior tribunal de justia.

    Smula 470 do STJ o MP no tem

    legitimidade para pleitear, em ao civil pblica. Aindenizao decorrente do DPVAT em benefcio dosegurado. ( direito individual homogneo)

    O interesse indisponvel? No, social?No, meramente patrimonial, ento o STJ provaque adota essa posio, de que nos individuaishomogneos no pode, pois o interesse no social e indisponvel.

    Obs.: todavia na dvida, se h duvida se ointeresse individual indisponvel, ou mesmosocial, na dvida devemos seguir admitindo alegitimidade, devemos procurar a ampliao dalegitimidade, pois quanto mais pessoasdefendendo o interesse melhor.

    2. Defensoria Pblica (previso legal art.5, II da LACP acrescentado pela lei 11448/07 eart. 4 incisos XIV e XVI da lei complementar 80/94com as alteraes da lei complementar 132 de2009 - Lei Orgnica da Defensoria).

    Obs.1: No h previso constitucional de quea defensoria pode entrar com ao civil pblica.

    Obs.2: Para que serve a defensoria pblica?

    Resposta: Art. 134 da CF, que estabelece que adefensoria pblica o rgo essencial funojurisdicional do Estado, incumbindo-lhe aorientao jurdica e a defesa, em todos os graus,dos necessitados na forma do art. 5, LXXIV(assistncia aqueles que comprovarem ausnciade recursos).

    Obs.3: Defesa dos NecessitadosATENO: Qual o Conceito de

    Necessitados?2 posies:1. Restritiva (posio do professor) os que

    assim veem a defensoria entendem que aconcepo da defensoria a de possibilidade dedefesa apenas dos hipossuficientes econmicos.(art. 5, LXXIV CF falta de dinheiro) neste casos pode entrar com ao civil pblica relativa ahipossuficientes econmicos.

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    1 condio: Constituio Anua. Significadizer que a associao ou partido poltico parapropor ao civil pblica deve estar constituda eem funcionamento ao menos 1 ano. Para evitar aconstituio de associaes ad hoc.

    ATENO: A lei de ao civil pblicaestabelece no 4 do artigo 5 da lei, estabeleceuma hiptese de dispensa da constituio anua.Este dispositivo fala que se o objeto da ao tiver

    uma grande repercusso pblica, social, coletiva ojuiz pode dispensar a constituio anua, nestahiptese ele ir autorizar que se ajuze ao civilpblica independentemente de estar constituda amais de 1 ano. Ex.: ADEXF.

    2 condio: pertinncia temtica, ondevemos se associao est entrando com aodentro da sua finalidade institucional? No estatutoda associao.

    No precisa ser a finalidade principal, bastaestar entre as finalidade.

    Ex.: O IDEC s ir entrar com a ao civil

    pblica em caso de defesa do consumidor.ATENO CUIDADO COM O ARTIGO 2 -

    A, NICO DA LEI 9494/97, nico. NAS AES COLETIVAS PARA A

    TUTELA DOS INDVIDUAIS HOMOG~ENEOSPROPOSTAS POR ASSOCIAES CONTA u, e,m E DF, E SUAS AUTARQUIAS E FUNDAES,AP ETIO INCIAILA DEVEROBRIGATIRAMETNE ESTAR INSTRUIDA COM AATA DE ASSEMBLEIA DA ENTIDADESSSOCAITIVA QUE A AUTORIZOU,ACOMPANHADAS DA ATA DA ASSEMB LEIA DAENTIDADE ASSOCIATIVA QUE A ATUTORIZOU,ACOMPANHADA DA RELAO NOMINAL DOSSEUS ASSOCIADOS.

    Esse dispositivo altamente criticado, poispara entrar com a ao ela deve apresentar cpiada ata da associao que autoriza a ao, e mais arelao de todos filiados, a exigncia quaseimpossvel de ser cumprida e isso eles fizerampropositadamente para que o cara no consigaentrar com a ao contra rgo pblico.

    Na doutrina prevalece o entendimento de que

    este dispositivo ineficaz por no contemplar ahiptese do artigo 5, XXI da CF. as associaespodero representar seus filiados quandoestiverem representados socialmente. No precisade autorizao para isso, diz a doutrina, mas ajurisprudncia fala em sentido contrrio e paraconcurso o que vale a jurisprudncia, paracarreiras pblicas.(??? rever 1:48???)

    3.2. Legitimidade PassivaNo h previso na LACP sobre legitimidade

    passiva.

    No havendo previso na lei sobrelegitimidade passiva, sobre quem vai ser ru, surgea necessidade de fazermos uma interpretaosobre o tema, sobre quem vai ser ru, entoobviamente falaremos da iniciativa privativa.

    Na doutrina 2 posies a respeito destetema:

    1 Posio: como no tem previso legal seaplica o microssistema. Temos que invocar o artigo6 da LAP Lei de Ao Popular, este artigo falamque todos vo ser ru, por isso a 1 posio vaiestabelecer que os rus da ao civil pblicaformam o litisconsrcio necessrio.

    2 Posio: se no tem previso legal

    porque o legislador no quis impor o litisconsrcionecessrio.

    Para esta segunda posio o legisladorestabelece que como no h regra em contrrio aconsequncia prtica que o litisconsrcio facultativo.

    A posio dominante (STJ) a 2 posio.Ao civil pblica no h necessidade dolitisconsrcio de forma que o autor da ao civilpblica, o autor da coletiva que entra, decide quemquer processar.

    Exceo: h uma nica hiptese em que o

    STJ diz que o litisconsrcio ser necessrio ahiptese cuja pretenso seja a anulao de ato ounegcio jurdico, caso em que todos oscontratantes sero rus / demandados. STJ temesse entendimento, porque quando vamos anularcontrato, ou anula para todos ou anula paraningum.

    Quem melhor define esta questo o CssioScarpinella Bueno, ele diz que quem tem quedefinir se o litisconsrcio facultativo ounecessrio o direito material, o caso concreto.A rigor o caso concreto, o direito material quemtem que definir se o litisconsrcio ou nonecessrio.

    3.3. MP (art. 5, 1 da LACP)O MP quando no for parte ser custos

    legis, ser rgo opinativo.Inclusive a ao civil pblica diz que o MP

    fiscalizar, e quando o MP no for o autor ele irtrabalhar com rgo opinativo, ele ir trabalharcomo rgo opinativo, ir dar parecer.

    4. Competncia na Ao Civil Pblica

    (ATENO: tudo que virmos aqui nesteponto no vale para o Mandado de SeguranaColetivo)

    4.1. Critrio Funcional HierrquicoEle um critrio que tem vrias finalidades,

    ex. juiz nos embargos na execuo no o dacautelar.

    Ele til para falar das hipteses de foroprivilegiado. O que investigamos aqui que se temforo privilegiado nas aes civis pblicas, tutelados individuais homogneos, se existe umaautoridade que tem direito de ser julgado, no pela

    1 instncia, mas sim com foro privilegiado?Partindo-se da premissa de que a ao de

    improbidade administrativa no uma ACP, noh regra de foro privilegiado na ACP. Significadizer que se o presidente for ru em ao civil

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    pblica ser julgado em 1 instncia, toda ACP julgada em 1 grau.

    ATENO: QUANTO IMPROBIDADEADMINISTRATIVA a regra que tambm seprocessam em 1 grau, mas h acesa a polmicanas hipteses em que o ru for agente poltico.

    Na improbidade corre em 1 grau, masquando for agente poltico h uma briga enorme sequem julga 1 ou 2 grau (pegar a aula on line

    sobre foro privilegiado na ao de improbidadeadministrativa.

    Temos dois dispositivos na CF que devemosdar ateno:

    Art. 102, I, f e art. 102, I, n todos da CF.Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal

    Federal, precipuamente, a guarda da Constituio,cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:(...)f) as causas e os conflitos entre a Unio e os

    Estados, a Unio e o Distrito Federal, ou entre uns

    e outros, inclusive as respectivas entidades daadministrao indireta; (A doutrina chama estahiptese de conflito federativo)

    (...)n) a ao em que todos os membros da

    magistratura sejam direta ou indiretamenteinteressados, e aquela em que mais da metadedos membros do tribunal de origem estejamimpedidos ou sejam direta ou indiretamenteinteressados; (...) (aes de interesse da Magis)

    Hermes Zanetti jr, e Didier cometem umaimpropriedade, uma colocao no tecnicamentecorreta, pois colocam como 2 hipteses de foroprivilegiado na ACP: o professor no concorda,pois que tipo de aes com esses dois temas sojulgados pelo STF: no casos dos dispositivossupra.

    Quando houver conflito federativo acompetncia para julgar seria do STF. Isso serjulgado pelo STF porque caso de conflitofederativo e de interesse da magistratura, e noporque so aes civis pblica.

    2 hiptese seria nos casos em mais dosmembros da magistratura sejam interessados,seriam hipteses de interesse da magistratura.

    Eles colocam que seriam duas hipteses deforo privilegiado na ao civil pblica, segundo oprofessor isso no est correto, pois que tipo deao com esses dois temas so julgados peloSTF? Todas, no porque ao civil pblica queser julgado pelo STF e sim porque causa deconflito federativo, ou aes de interesse damagistratura e por isso ser julgada no STF.

    ACP no existe regra de foro privilegiado na

    ACP, so do STF, mas no de foro privilegiado naACP.

    4.2. Critrio MaterialCritrio do assunto.Sendo em 1 instncia devemos decidir em

    qual justia julgaremos? Eventualmente pode ser

    na justia eleitoral, justia do trabalho, federal, eeventualmente na justia estadual.

    Quando vamos analisar a competncia dajustia eleitoral que est no artigo 121 da CF, eleno define nada, j que diz que a competnciaser definida por lei complementar, lei esta queno existe, pois a lei que define a competncia dajustia eleitoral o Cdigo eleitoral, que leiordinria, mas que foi recepcionada pela CF/88

    como lei complementar.Crimes polticos, questes relacionadas a

    sufrgio, plebiscito, na justia eleitoralrecentemente houve alterao legislativa quepraticamente inviabilizou o cabimento de ao civilpblica na justia federal. De acordo com o artigo105-A da lei 9504/97 lei das eleies, essa leisofreu uma reforma legislativa em 2009, colocandodispositivo que diz no caber procedimentos daao civil pblica na justia eleitoral.

    Na justia eleitoral em PCP no cabe aocivil pblica. (art. 105-A da lei 9504/97)

    No tem ACP na justia eleitoral.Na trabalhista pode ter? a competncia da

    justia do trabalho tem previso no 114 da CF? ajustia do trabalho julga ao civil pblica? sim, muito comum existe a sumula 736 do STF, ela falaque compete a justia do trabalho julgar aes cujopedido ou causa de pedir tenham como causa depedir / fundamento seja discusso sobre condiesde trabalho. Toda ao discutindo meio ambientede trabalho da justia trabalhista.

    Cuidado: A justia do trabalho temcompetncia para julgar todas aes sobre o meioambiente do trabalho de trabalhadores celetistas,pois servidor pblico no lei trabalhista. Aescivis coletivas para impedir determinada categoriade fazer greve, depende se servidor ou celetista a justia do trabalho.

    A grande dvida est na justia federal eestadual, as chamadas comuns, pois ai servidorpblico.

    O critrio para definir se a competncia daACP da federal o mesmo do processoindividual, ou seja, significa dizer que ela ser na

    mesma situao da individual a regra do artigo109 da CF.A regra do artigo 109 da CF regra que pode

    ser bipartida.A regra do art. 109 pode ser bipartida, porque

    a competncia da justia federal ou se fixa pelaparte do processo, essa regra da parte a regraque diz que a justia federal julga processos quetenha quem na parada? U, Autarquias federais eempresas pblicas federais. A primeira definiode competncia da justia federal pelo critrio daparte 109, I e 109, II, que diz que julga a justia

    federal julga causas em que haja como partes emque haja de um lado M, ou cidado brasileiro,organismo internacional ou Estado estrangeiro.

    A 1 definio a parte.A 2 definio a causa de pedir.

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    Julga pela causa de pedir quando h o traoda internacionalidade, o que significa dizer que acompetncia da justia federal existe toda vez quetivermos como causa de pedir a aplicao de umcontrato internacional, ex.: Quem julga questo deguarda de criana? Federal ou estadual? Estadual,mas e no caso do Menino Chan? A justia federal,pois havia um tratado assinado pelo Brasil sobretrfico internacional de crianas.

    Homicdio contra policial rodovirio federalem exerccio crime contra a Unio federal equem julga a justia federal.

    E o MPF, e as ACP ajuizadas pelo MPF,quem julga? Nesse tema temos duas posies nadoutrina:

    1 posio: (para o professor a melhor dadoutrina) diz que o MPF pode ajuizar ACP emqualquer justia, e a mesma coisa o MP. No teria,portanto, vnculo com o 109 da CF. Podemos terento uma ao civil pblica adotada pelo MPF najustia Estadual, adota esta posio Hermes e

    Fredie Didier, eles apontam que poderiam ajuizarem qualquer justia.

    2 posio: (STJ) a posio dajurisprudncia que o MPF apesar de no estarno 109, I, pois no nem autarquia, nem empresa,nem nada, para fins de competncia ele s podeajuizar a ao na justia federal. Isso foi decididono conflito de competncia 112137/SP; e REsp1057878/RS. Entenderam que o MPF s podeajuizar ACP na justia federal, e para o professordevemos adotar essa posio na prova.

    Exemplo prtico do professor: rio que dividea comarca dele em SP com MGo que define acompetncia no o bem ser da Unio, (???? Eleintima o IBama para se manifestar, pois ele autarquia federal responsvel pelo Meio ambiente,ele pode se manifestar dizendo se o dano foi ouno marginal, se no o juiz estadual no temcompetncia, agora se tiver a competncia dajustia federal, e neste caso ele juiz de direito temque remeter os autos para a justia

    Smula 150 do STJ: compete a justiafederal decidir sobre a existncia de interesse

    jurdico que justifique a presena, no processo, daunio, suas autarquias ou empresas pblicas.Batendo a ao na justia o juiz avalia se h

    ou no interesse da Unio, se ele decidir que hinteresse do IBAMA ele continua, se o juiz decideque no h ele devolve para a comarca. (o Juiz quem decide, no h conflito de competncia, poisquem tem que definir se h ou no interesse doIBAMA o juiz federal, o juiz das causas daUnio)

    Essa smula importante, pois muitas vezeso que define a competncia da justia federal

    mesmo a parte, ento o professor tem em suacomarca muita ACP por rio que corta os Estadosde MG e SP, e seria bem da Unio, mas no issoque define a competncia do bem como bempblico, isso depende da parte, o professor semprepede para o IBAMA se manifestar, e na maioria

    das vezes o IBAMA fala que o dano marginalento no teria interesse, e ai o caso da justiaEstadual, agora se ele tem interesse ser dajustia federal.

    Se o professor manda para a justia federal,o juiz decide se tem repercusso para o rio todo,se houver h interesse da unio, ento ele quemdecide pelo interesse do IBAMA o juiz federal,mas se ele fala que no h competncia ele

    devolve para justia estadual, e neste caso incabvel a suscitao de conflito de competncia,pois a competncia para decidir quem temcompetncia o juiz federal.

    O IBAMA quem tem que recorrer dadeciso do juiz federal que declina a competncia /interesse da Unio.

    Quem define a competncia no se o bem da unio, mas sim se um dos entes quisparticipar.

    Smula 42 do STJ compete a justia comum

    estadual processar e julgar as causas civis..Fala que sociedade de economia mista no

    competncia da federal ento ACP contra bancodo Brasil quem julga? Justia Estadual, pois sociedade de Economia Mista, a mesma coisa Acpcontra Petrobras a justia estadual pois economia mista, justia estadual.

    Caixa economia e correios justia federal,pois so empresas federais.

    4.3. 3 critrio: o critrio valorativo.A competncia em SP para definir se

    competncia do foro central ou regional, alm doterritorial o valor, at 600 salrios dosregionais.

    S serve para definio da competncia dosjuizados especiais.

    ATENO no cabe ACP nos juizadosespeciais cveis, federais ou da fazenda pblica,conforme artigo 3, I, da lei 10259/2001 JEF eartigo 2, 1, I da lei 12153/2009.

    4.4. Critrio territorialHoje entende-se que para todos os

    metaindividuais (=difusos, coletivos e individuaishomogneos) vamos aplicar a regra do 93 doCDC, cumulado com o 2 da lei de Ao CivilPblica. segundo o professor essa regra doartigo 93 uma das piores regras de coletivo quetemos.

    O que esse dispositivo diz que se o dano,ou suposto dano, inclusive podendo ser o danosuposto (tutela preventiva) for local a regra diz quea ao civil pblica ajuizada no local do dano.Ento se o dano foi no rio que passa em xixirica daserra, a ACP ser ajuizada na vara de xixirica da

    serra;Agora se o dano for regional ele fala que so

    competentes as capitais dos Estados atingidos;Agora se o dano for nacional ele diz que

    pode ser no Brasil inteiro, ou seja, as capitais dosEstados atingidos + o DF.

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    ATENO: O grande problema da lei que o

    legislador no define o que dano regional, bemcomo o que dano nacional.

    Ex. TEMOS um dano que atingiu 3 comarcasprximos a capital: Rio Claro, Piracibaba eAmericana, um produto que s vende nessascomarcas, quem julga? dano local, regional ounacional? Quem julga? SP, mas so Paulo no

    tem nada haver comisso.Ex.: caso que o professor tem em sua

    comarca em que o dano atingiu Patrocnio PaulistaX Passos / Cassia, um de cada lado do rio, quedano esse? Regional, local ou nacional?

    Se entendermos que regional teremos queentrar em BH, SP, que ficam distantes do local,mas se for nacional piora, agora se for local umadas sedes das duas comarcas atingidas, o queseria mais lgico.

    O grande problema da legislao que nohouve definio do que dano regional ou

    nacional, de modo que a doutrina corretamenteaponta:

    A) que o processo s julgado na capital doEstado ou no DF, se ele tambm for atingido;

    B) nos demais casos o que define acompetncia a preveno, valendo a deciso dojuiz prevento, inclusive, sobre todas as demaisreas atingidas pelo evento.

    Ex.: do caso do dano que atingiu ascomarcas de Patrocnio Paulista/SP X Passos /Cassia-MG, no caso dado de exemplo que irjulgar uma das duas comarcas e a deciso para ambos. Agora se o dano tivesse pego acapital ai sim poderia a capital estar preventa.

    Quando estudamos critrio territorial oestudamos para dizer que ele critrio relativo,mas assim o no individual, aqui o que o critrioterritorial protege o interesse pblico, ento uniforme o entendimento de que as regras decritrio territorial aqui de competncia absoluta.

    O que significa dizer que as regras so decompetncia absoluta significa dizer que se o juizde patrocnio paulista recebeu um processo que

    atinge a capital ele tem que de ofcio mandar paraBH.E se o juiz julgar o processo que no era

    para ser em patrocnio paulista, mas era em SP,porque SP o local do dano? caso de nulidade,art. 113 do CPC (fala da consequncia causadapela incompetncia absoluta), cabe at rescisriadisso.

    CUIDADO: COM O CANCELAMENTO DASMULA 183 DO STJ, at o ano de 2000 havia oentendimento de que se o dano for local acompetncia do local do dano.

    Mas no caso da comarca do professorquando o IBAMA vinha e dizia que era de seuinteresse ele teria que julgar, pois l no tinhajustia federal. Mas a smula 183 foi cancelada,pois embora no tenha sede de justia federal emPatrocnio Paulista, o juiz federal de Franca tem

    competncia sobre a regio que abrangepatrocnio paulista ento tem que ser declinada acompetncia e enviado para justia federal decompetncia do local do dano, no caso franca.

    No existe hoje no Brasil nenhuma regra quedelegue ao juiz estadual para julgar a ACP dajustia federal, interessa que no local do dano noh juiz federal. Se julgar caso de nulidadeabsoluta.

    Prxima aula TAC e IQ civilAula on line: 24/05/2012

    AO DE IMPROBIDADEADMINISTRATIVA

    A ao civil de improbidade administrativa uma ao civil pblica? Sobre a questo, h duasposies na doutrina e na jurisprudncia:

    - STJ entende que uma ao civil pblica.Denomina a ao de ao civil publica deimprobidade administrativa.

    - Cssio Scarpinella Bueno e FernandoGajardoni entendem que a ao civil deimprobidade administrativa no uma ao civilpblica, pois a legitimidade ativa diferente, oobjeto diferente, a coisa julgada diferente, e oprocedimento diferente. Denomina a ao deao civil de improbidade administrativa.

    A legitimidade ativa somente do MP epessoa jurdica interessada. No permitida adefensoria ou associaes etc. o objeto a tutelade direitos exclusivamente difusos, a coisa julgada no sentido de se improcedente no podernovamente ser discutido ( caso de direitoadministrativo sancionatrio e in dbio pro reo) e orito especial, com fases de defesas preliminarese prvias.

    O conceito de improbidade administrativa conceito jurdico indeterminado. No h lei queexplica este conceito. Trata-se de uma espcie deviolao da moralidade administrativa.

    Previso legal e sumular: o lastro daimprobidade administrativa est no artigo 37,pargrafo 4 da CF: importa em suspenso dos

    direitos polticos, perda da funo publica,indisponibilidade dos bens e ressarcimento aoerrio na forma e gradao previstas em lei.Depende de regulamentao de lei. A lei entendeque h a improbilidade administrativa civil semprejuzo da ao penal cabvel. O indivduo pelomesmo fato pode responder civilmente epenalmente (duplo sancionamento permitido).

    Lei 8429/1992: trata da improbilidadeadministrativa. Est inserida no microssistema doprocesso coletivo.

    CONSTITUCIONALIDADE DA LEI DEIMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

    A alegao de constitucionalidade formal foiobjeto de julgamento na ADI 2182: o projeto teveincio na Cmara, em seguida ir para o Senado, ehouve modificaes e retornou para a Cmara que

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    fez outras alteraes e no retornou paraaprovao do Senado e foi direto para sanopresidencial. STF entendeu que no hinconstitucionalidade.

    A alegao de inconstitucionalidade material,que foi objeto da ADI 4295, ainda no julgada peloSTJ. Foi alegada a teoria do over breadthdoctrine: estabelece que as normas soinconstitucionais toda vez que houver uma

    excessiva abertura do texto, permitindo que ointrprete, especialmente os juzes, sejamarbitrrios, abusando na interpretao, o que no recomendvel do ponto de vista do direitosancionatrio. Tal tese defende que 13 artigos dalei so inconstitucionais pois os termos em queredigida a lei so extremamente abertos ex. agentepublico, dano ao patrimnio pblico.

    OBJETO DA AO CIVIL DEIMPROBIDADE ADMINSTRATIVA

    Nem toda ilegalidade uma improbidade. Ailegalidade para ser improbidade deve ter algo amais: o descaso, impresso de desprezo,barateamento da coisa publica.

    A lei no quer punir o administrador inbil ouinexperiente, mas o administrador que age comdolo.

    Ex. administrador que pratica ato contraparecer da assessoria jurdica comete ato deimprobidade administrativa.

    Ex2. Administrador que desobedecerecomendao do MP sem motivo.

    Mas toda improbidade uma ilegalidade.

    O regime jurdico da ao civil deimprobidade administrativa: no se subsume aoprincpio da reserva legal. Na improbidade cabeinterpretao extensiva. O rol de improbidades exemplificativo.

    Espcies de improbidades:- Artigo 9 estabelece as hipteses de atos

    que geram enriquecimento sem causa do agente.

    Traz os atos mais graves, com sanes maisgraves. Somente punido a ttulo de dolo.- Artigo 10 estabelece as hipteses dos atos

    que causam prejuzo ao Errio. Podem sercondenados por dolo ou culpa grave.

    - Artigo 11 estabelece as hipteses dos atosque violam os princpios da administrao pblica.Traz os atos menos graves. Somente punidos attulo de dolo. clausula geral j que os doisanteriores sempre iro afetar os princpios. Assim,ao realizar PEAS PARA O MP, indicarSUBSIDIARIAMENTE, se o MM juiz no entender

    que caso dos dois primeiros, entenda que violaos princpios.

    LEGITIMIDADE ATIVAArtigo 17 caput a lei de improbidade.

    do MP e da pessoa jurdica interessada,dentro de 30 dias da efetivao da medidacautelar. Assim, o rol de legitimados menor doque o da ao civil pblica.

    Quem a pessoa jurdica interessada?Na doutrina h duas posies a respeito do

    tema:- Corrente 1: qualquer daqueles elencados

    no artigo 1 da lei de improbidade, que podem serpessoas jurdicas de direito publico ou de direitoprivado. a posio de Cssio Scarpinella Bueno.

    - Corrente 2: somente as pessoas jurdicasde direito publico, no incluindo as de direitoprivado. a posio adotada por FernandoGajardoni. A lei preocupa-se com a sano aoagente pblico.

    No h pronunciamento da jurisprudncianeste sentido.

    A defensoria pblica pode propor? No pode

    pois est fora dos fins institucionais da DefensoriaPblica.

    possvel a formao de litisconsrcio ativo?Ex. MP e administrao direta, dois MPs etc.. aprpria lei preve que se aplica, por previso de seuartigo 17, pargrafo 3 da Lei, a lei da ao popular.A pessoa jurdica lesada sempre figurar como r,mas pode mudar de lado, migrando para o poloativo ou fique inerte. Por tal motivo possvelformao de litisconsrcio ativo.

    Legitimidade passiva: artigo 2 e 3 da lei8439/92 estabelecem quem so os rus naimprobidade administrativa. Sero rus os agentespblicos, inclusive os que exercem mandato, cargoemprego ou funo nas entidades mencionadas noartigo 1 da lei de improbidade. Trata-se deservidores pblicos, ainda que sem remunerao.aplica-se ao que mesmo no sendo agente publicoinduza ou concorra para a prtica do ato deimprobidade ou dele se beneficie de forma diretaou indireta.

    pacfico o entendimento no STJ que salvonas hipteses em que se pretende anulao de atoadministrativo, o litisconsrcio passivo na ao civilde improbidade FACULTATIVO. Ex. se pedirnulidade de ato jurdico, deve haver litisconsrcionecessrio.

    CABIMENTO DA AIA- ao de improbidadeadministrativa CONTRA AGENTES POLTICOS EA COMPETENCIA PARA JULGA-LOS

    STF entende, equivocadamente, que nocabe tal ao contra agente poltico.

    A definio de agente poltico exige a

    convergncia de dois fatores:- O agente deve ter liberdade funcional,

    exercendo parcela de poder do Estado. No podeter chefe.

    - O agente deve ter forma de investidura edesinvestidura prevista na CF.

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    Entram chefes do executivo, parlamentares,

    juzes, ministros de Estado, promotor de justia.Advogado pblico no agente poltico, e

    demais servidores pblicos em geral.

    Hoje h trs posies a respeito do tema:STF no julgamento da Reclamao 2138,

    que julgava caso de ministro de Estado. No cabe

    ao civil de improbidade contra agentes polticosda lei 1.079/50(em regime prprio deresponsabilizao), como presidente, ministro deEstado e do STF, governador, procurador geral darepblica. Quanto aos demais agentes polticos,inclusive do DL201/67 (crimes de prefeitos) cabe e em primeira instncia.

    STJ entendeu, no julgamento dasreclamaes 2790, 2115 e 4927 da Corte Especialque cabe AIA contra todos os agentes polticos,inclusive os previstos na lei 1079/50 e DL 201/67(que tratam da sano penal) menos o presidente,

    que tem regime prprio de julgamento previsto naCF. Nestes casos, caso haja pedido de perdimentodo cargo, quem julga o foro do crime (porexistncia de competncia implcita suplementar).Ex. governador ser julgado pelo STJ. Deputadofederal STF. Juiz pelo tribunal de justia. Prefeitojulgado pelo TJ.

    Posio da doutrina majoritria: contra todosos agentes polticos, menos presidente. E ojulgamento sempre ser feito em primeiro grau.Entende que no h regra constitucional expressade foro privilegiado para ao civil de improbidadeadministrativa.

    Cabe improbidade em face de ex poltico,sempre me primeira instancia.

    Pena de perda do cargo pblico: artigo 20:deixa claro que a perda da funo pblica socorre aps o transito em julgado.

    Quando o tribunal decreta a perda do cargo,a pena alcana o agente no cargo onde ele estiver,ainda que diverso do que estava quando cometeuo ato. o posicionamento do STJ no julgamento

    do Resp 924.439 RJ.Poder determinar o afastamento quando amedida for necessria a instruo processual. exceo, com deciso muito bem fundamentada, aregra do caput, que diz que somente aps otransito em julgado.

    Somente cabvel para garantia dainstruo processual- se a agente dificultar adescoberta da verdade. Trata-se de hiptesediferente do artigo 312 do CPP: priso preventivapor 4 fundamentos: garantia da ordem publica, daordem econmica, garantir aplicao da lei penal e

    garantia da instruo processual.Parte da doutrina entende que o juiz de

    primeiro grau no pode aplicar este dispositivo se oagente pblico estiver sujeito a foro privilegiado nocrime.

    Pena de suspenso dos direitos polticos.Segue a regra do artigo 20 caput, que estabeleceque a suspenso dos direitos polticos somente seefetiva com o transito em julgado da sentenacondenatria.

    Tal regra artigo 20- sofreu uma atenuaopor conta do artigo 1 inciso I da LC 64/90, com aredao da LC 135/2010. Lei de ficha limpaestabeleceu a inelegibilidade dos condenados por

    improbidade a suspenso dos direitos polticos, epor ato doloso, com base no artigo 9 e 10 porrgo colegiado.

    Independentemente do transito em julgadoda condenao, se torna inelegvel.

    AULA DIA 14/06Tema: 5. Inqurito Civil5.1. GeraisPreviso legislativa: CF artigo 129, III e artigo

    8, 1 da Lei de Ao Civil Pblica 6437.Art. 129. So funes institucionais do

    Ministrio Pblico:I - promover, privativamente, a ao penal

    pblica, na forma da lei;II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes

    Pblicos e dos servios de relevncia pblica aosdireitos assegurados nesta Constituio,promovendo as medidas necessrias a suagarantia;

    III - promover o inqurito civil e a ao civilpblica, para a proteo do patrimnio pblico esocial, do meio ambiente e de outros interessesdifusos e coletivos;

    CNMP editou Resoluo 23/2007 doconselho do MP

    Resoluo 82/2012 do Conselho do MPdisciplina a audincia pblica no mbito do MP.

    A. Conceito do Inqurito Civil umprocedimento investigativo para a formao doconvencimento do MP sobre a necessidade datutela dos interesses metaindividuais.

    O IQCivil muito semelhante ao IQpolicial naquesto da formao da opinio do MP.

    O presidente do IQcivil o promotor, e oarquivamento quem faz o prprio MP.Agora o Inqurito policial o presidente a

    polcia e o arquivamento quem faz o judicirio.Tirando essas duas diferenas os objetivos

    so muito parecidos o de permitir que elas tenhamuma investigao antes da ao.

    O IQcivil Ele serve para o ajuizamentoresponsvel da ao civil pblica. Ele quer dizerque o MP no pode ajuizar sem elementos, e paraque ele possa fazer o ajuizamento responsvel daAo Civil Pblica.

    B. Caractersticas do Inqurito CivilA 1 Caracterstica: Procedimento

    meramente informativo significa dizer que noaplica sano alguma, mas o procedimento meramente informativo de forma que no hsano alguma.

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    A 2 caracterstica a naturezaadministrativa (no judicial).

    A 3 caracterstica que o IQcivil no obrigatrio, o inqurito civil facultativo, pois se oMP j tiver documentos suficientes / provas ele noir determinar a instaurao do inqurito. Se o MPj tiver elementos suficientes para propor a aono necessrio a instaurao do IQcivil podeajuiz-lo diretamente.

    A 4 caracterstica como regra pblico.A regra impe a publicidade total do inqurito

    civil.Em carter excepcional o MP pode por

    analogia ao artigo 20 do CPP decretar o segredodas investigaes.

    Art. 20. A autoridade assegurar no inquritoo sigilo necessrio elucidao do fato ou exigidopelo interesse da sociedade.

    Pargrafo nico. Nos atestados deantecedentes que Ihe forem solicitados, aautoridade policial no poder mencionar

    quaisquer anotaes referentes a instaurao deinqurito contra os requerentes, salvo no caso deexistir condenao anterior. (Includo pela Lei n6.900, de 14.4.1981)

    O artigo 20 do CPP diz quando a autoridadepolicial pode decretar o segredo do inqurito. Sem carter excepcional ele ir decretar o sigilo,isso nas hipteses da sociedade. A regra apublicidade, o segredo s pode ser decretadaquando a publicidade puder prejudicar asinvestigaes, haver interesse da sociedade,quando a publicidade puder prejudicar o segredodas investigaes e ai ele pode decretar o sigilo.Ex.: evitar que pessoa que ser investigadaesconda provas.

    O promotor tem que fazer motivao idneapara poder decretar o segredo das investigaes,tem que haver uma fundamentao idnea, temcontrole disso? Sim, se a parte que se sentirprejudicada pelo segredo das investigaes podeimpetrar um MS Mandado de Segurana contra opromotor, ele pode ser autoridade coatora no MS.

    5 E ltima Caracterstica do Inqurito civil: OIQcivil privativo do MP. ferramenta exclusiva do MP.A defensoria pblica no pode instaurar

    IQcivil, ela pode at requisitar informaes comoqualquer outro legitimado, da autoridade ouparticulares, vejamos:

    Art. 8 Para instruir a inicial, o interessadopoder requerer s autoridades competentes ascertides e informaes que julgar necessrias, aserem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias.

    1 O Ministrio Pblico poder instaurar,

    sob sua presidncia, inqurito civil, ou requisitar,de qualquer organismo pblico ou particular,certides, informaes, exames ou percias, noprazo que assinalar, o qual no poder ser inferiora 10 (dez) dias teis.

    2 Somente nos casos em que a leiimpuser sigilo, poder ser negada certido ouinformao, hiptese em que a ao poder serproposta desacompanhada daqueles documentos,cabendo ao juiz requisit-los.

    A defensoria investiga pedindo informaes.O MP tem muito mais atribuies dadas na leiorgnica, quanto a investigao j que a ao civilpblica instrumento tpico de investigao do MP

    e atpica da Defensoria.Finalidades do Inqurito CivilOs comentaristas da lei de ao civil pblica

    costumam dizer que o IQ civil tem 3 finalidades:1 Caracterstica / finalidade Inqurito civil

    tem por finalidade colher provas.2 Caracterstica / finalidade servir de base

    para celebrao de TACQuando o MP investiga ele descobre coisas

    erradas, e muitas vezes ele chama o investigadopara colher informaes, e muitas vezes a pessoano tinha conhecimento sobre aquelas obrigaes.

    3 Caracterstica / finalidade - servir de basepara realizao de audincias pblicas.

    O MP ele ao investigar pode realizar anominada audincia pblica, essa audinciapblica tem previso na resoluo n 82/2012,regulamenta o artigo 27, nico inciso IV da lei8625/93 LOMP que estabelece como atribuio doMP a realizao de audincias Pblicas.

    O que so essas audincias pblicas? Asaudincias pblicas so atos pblicos necessriospara que o MP colha junto sociedade, atravs daoitiva de cidados e especialistas, elementos paraa sua atuao.

    A ideia de uma audincia pblica democratizar o processo coletivo. O MP tem umaaudincia em que ele no sabe se melhor paracoletividade agir de forma A ou be. Ex.: ele nosabe se melhor colocar passarelas no ponto b oua da rodovia, e ningum melhor que especialistaspara dizer tanto.

    Estas audincias pblicas so geralmentefeitas dentro do IQcivil, mas deve ficar claro queexiste audincia pblica fora da atuao do MP,

    por exemplo, o judicirio pode, por exemplo, pormeio do STF promover audincias pblicas, comautorizao prevista na lei da ADI. para ouvirespecialistas sobre assuntos especficos e auxiliarnas decises.

    A audincia pblica no s do MP, mas aque estamos vendo so do MP que aregulamentada pela resoluo do MP, devemosL-la.

    D. Possibilidade de instaurao para a tutelade direitos individuais.

    O inqurito civil vinculado a tutela dos

    direitos? duas posies:1 posio: Diz que no, pois o inqurito civil

    privativo para tutela dos interesses metaindividuais. Para o professor essa corrente acorreta, pois o CF 129, III da CF quando fala eminqurito civil ele diz o inqurito civil serviria para

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L6900.htm#art20phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L6900.htm#art20phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L6900.htm#art20phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L6900.htm#art20p
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    tutela desses interesses III - promover o inquritocivil e a ao civil pblica, para a proteo dopatrimnio pblico e social, do meio ambiente e deoutros interesses difusos e coletivos; O professorest considerando os individuais homogneostambm, a despeito de a CF no dizer, pois soconsiderados como tutelveis por (...).

    A primeira posio no pode para osindividuais puramente individuais.

    2 posio: defendida por Hugo Nigro Mazziliele sustenta que o Inqurito civil serve parainvestigar qualquer leso para o direito, inclusiveindividual. Ex. se o promotor quiser investigar umainstituio que no atendeu apenas 1 criana.

    As posies so bem rachadas no temmajoritria.

    5.2. Fases do Inqurito Civil(So 3 as fases)5.2.1 1 Fase: da Instaurao do Inqurito

    Civil

    A. Formas de InstauraoResoluo 23 do CNMP.Existem 3 formas de instaurao do Inqurito

    civil:

    1 forma: De OfcioO promotor de ofcio instaura o Inqurito civil,

    ele baixa uma portaria de oficio, ex. por estarfaltando polcia na cidade resolve investigar o fatoe comea a investigar a partir desta portaria. oque acontece na maioria das vezes.

    2 forma: Requisio do Procurador GeralFato que o procurador geral tem poder de

    requisitar ao promotor a investigao. Ele podeobrigar o promotor a investigar.

    3 forma: Instaurao por Representao(forma mais comum de instaurao):

    Algum representa / provoca o promotor dejustia, essa provocao pode ser umarepresentao escrita ou oral.

    ATENO: Representao Apcrifa espera-se que quem representa represente pessoalmente,mas a maioria annima, e o grande problema que como no se identifica quem o representanteno se consegue aplicar o artigo 339 do CP, que o dispositivo que fala do crime de denunciaocaluniosa.

    Art. 339. Dar causa instaurao deinvestigao policial, de processo judicial,instaurao de investigao administrativa,inqurito civil ou ao de improbidadeadministrativa contra algum, imputando-lhe crime

    de que o sabe inocente: (Redao dada pela Lei n10.028, de 2000)

    Pena - recluso, de dois a oito anos, e multa. 1 - A pena aumentada de sexta parte, se

    o agente se serve de anonimato ou de nomesuposto.

    2 - A pena diminuda de metade, se aimputao de prtica de contraveno.

    Comunicao falsa de crime ou decontraveno

    Art. 340 - Provocar a ao de autoridade,comunicando-lhe a ocorrncia de crime ou decontraveno que sabe no se ter verificado:

    Pena - deteno, de um a seis meses, oumulta.

    O problema por trs de uma representaoapcrifa pode estar escondido um crime:

    Temos duas posies sobre a possibilidadeda representao apcrifa:

    1 Posio: O STF no tem aceito arepresentao apcrifa sob o fundamento de queela pode esconder o autor de denunciaocaluniosa. Como no se sabe quem est mentindono se poder punir quem mente, pois isso podedar ensejo a uma srie de falsas acusaes.

    ATENO: embora o STF entenda assimpara concurso a menor, a maioria entende que a

    representao apcrifa vlida.2 Posio: dizem que a representao

    apcrifa vlida para instaurar uma investigao,mas por si s no pode sustentar uma acusao.Essa segunda posio melhor segundo oprofessor, inclusive para utilizar em concurso.

    B. Procedimento Preparatrio de InquritoCivil

    Ele tem por objetivo / escopo formar o pr-convencimento da autoridade ministerial.

    Quando o promotor no tem segurana parainstaurar o fato, e s o fato de a pessoa serinvestigada no traz bons fludos.

    Entao ele faz uma investigao preliminarantes da instaurao, e ele um procedimentoextraordinrio quando recebe uma representaoapcrifa, at mesmo pelo prejuzo que pode causara instaurao de um IQcivil para uma pessoa aindaque seja improcedente, arquivado posteriormente,mas ai j causou o prejuzo, ento por bem que oMP instaure antes uma investigao, por cautela.

    C. Instaurao abusiva de inqurito civil.Ela causa de per si um prejuzo muitoparticular para quem est sendo investigado, entoquando se tem uma instaurao abusiva doinqurito civil existem 2 meios, mecanismos paracontornar esse problema, o de verificar que ainstaurao foi abusiva, o primeiro mecanismo devia administrativa: da deciso do promotor quedetermina a instaurao do inqurito civil podecaber recurso para o rgo Superior do MP.

    Promotor tem chefe administrativamenteprocurador da repblica do MPF e procurador geral

    de justia do MP estadual. O fato que o MPcause instaure abusivamente o IQcivil a parte podereclamar com o chefe do Promotor.

    Resoluo 23 do CNMP.O segundo recurso contra instaurao do

    Inqurito civil pela via judicial, contra a

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art339http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art339http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art339http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art339
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    instaurao do IQcivil, para dizer que abusiva,writ adequado o Mandado de segurana, paraatacar o IQcivil instaurado abusivamente, e aautoridade coatora o Promotor.

    1 Recurso contra instaurao do Inquritocivil regulamentado pela Resoluo 23 doCNMP, na via administrativa.

    O 2 recurso pela via judicial Mandadode segurana Coautor o Promotor.

    D. Impedimento e suspeio do MP uniforme o entendimento de que aplica-se

    ao MP as regras do artigo 134, e 135 do CPC.Causas de impedimento e suspeio.Ex.: Ele est suspeito para investigar pai,

    mulher etc.Art. 134. defeso ao juiz exercer as suas

    funes no processo contencioso ou voluntrio:I - de que for parte;II - em que interveio como mandatrio da

    parte, oficiou como perito, funcionou como rgo

    do Ministrio Pblico, ou prestou depoimento comotestemunha;

    III - que conheceu em primeiro grau dejurisdio, tendo-lhe proferido sentena oudeciso;

    IV - quando nele estiver postulando, comoadvogado da parte, o seu cnjuge ou qualquerparente seu, consangneo ou afim, em linha reta;ou na linha colateral at o segundo grau;

    V - quando cnjuge, paren