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CADERNO DE RESUMOS · deral da Bahia, Brasil), Lori Altmann (Universidade Federal de Pelotas, Brasil), Lubia Aracely de León Vela (Guatemala), Luzmila Quezada (Facultad de Teología

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ISSN 2446-9157

CADERNO DE RESUMOS do V Congresso Latino-Americano

de Gênero e Religião

23 A 26 DE AGOSTO DE 2017

V.2

Faculdades EST

São Leopoldo – RS – Brasil

2015

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© 2017 Faculdades EST

Rua Amadeo Rossi, 467 – Morro do Espelho

93.030-220 São Leopoldo, RS, Brasil

CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE GÊNERO E RELIGIÃO

Promoção: Faculdades EST – Programa de Gênero e Religião – Núcleo de Pesquisa de Gênero

Reitor: Wilhelm Wachholz

Apoio: Svenska Kyrkan – Igreja da Suécia; Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-

rior – CAPES – Brasil.

Coordenação Geral: André S. Musskopf e Marcia Blasi

Comissão Organizadora: André Sidnei Musskopf, Daniela Moratti Precilio Borcarte Strelhow, Daniéli Busa-

nello Krob, Douglas Rosa da Silva, Edla Eggert, Ezequiel Hanke, Jociely Jacob Ponath, Marcela de Maria

Sehn Fonseca, Marcia Blasi, Marli Brun, Paulo Adroir Magalhães Martins, Rosângela Angelin, Sabrina Sen-

ger, Thayane Cazallas do Nascimento.

Comissão Científica: André Sidnei Musskopf (Faculdades EST, Brasil), Anete Roese (Universidade de Brasí-

lia, Brasil), Claudete Beise Ulrich (Faculdade Unida Vitória, Brasil), Daniéli Busanello Krob (Núcleo de Pes-

quisa de Gênero da Faculdades EST, Brasil), Edla Eggert (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande

do Sul, Brasil), Edith González Bernal (Pontificia Universidad Javeriana, Colômbia), Eduardo Meinberg de

Albuquerque Maranhão Filho (Associação Brasileira de História das Religiões / Universidade Federal de

Santa Catarina, Brasil), Fábio Py (Universidade Estadual do Norte Fluminense, Brasil), Genilma Boehler (Uni-

versidad Biblica Latinoamericana, Costa Rica), Ilze Zirbel (Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil),

Ivoni Richter Reimer (Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Brasil), Leandro Colling (Universidade Fe-

deral da Bahia, Brasil), Lori Altmann (Universidade Federal de Pelotas, Brasil), Lubia Aracely de León Vela

(Guatemala), Luzmila Quezada (Facultad de Teología y Religión - AETE, Peru), Marcelo Tavares Natividade

(Universidade Federal do Ceará, Brasil), Márcia Eliane Leindcker da Paixão (Universidade Federal de

Santa Maria, Brasil), Maria José Rosado Nunes (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil), Ma-

ricel Mena Lopez (Universidad Santo Tomás, Colômbia), Marilu Rojas Salazar (Universidad Iberoamericana,

México), Marli Brun (Faculdades EST, Brasil), Mary Elizabeth Hunt (Women’s Alliance for Theology, Ethics, and

Ritual - WATER, Estados Unidos), Nivia Ivette Núñez de la Paz (Faculdades EST, Brasil), Rosângela Angelin

(Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI, Brasil), Sandra Duarte de Souza

(Universidade Metodista de São Paulo, Brasil), Sandra Lassak (Facultad Teología y Religión - AETE; Colectivo

deTeólogas Feministas del Perú, Peru), Thayane Cazallas do Nascimento (Unisinos, Brasil).

Equipe Técnica: André S. Musskopf, Daniéli Busanello Krob, Jociely Jacob Ponath, Ketlin Lais Schuchardt,

Marcela de Maria Sehn Fonseca, Marcia Blasi, Marli Brun, Sabrina Senger.

Organização do Caderno de Resumos: Daniéli Busanello Krob.

Capa: Mythos Comunicação.

Produção Gráfica e Impressão: Evangraf: (51) 3336-2466

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CADERNO DE RESUMOS

4 do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião

SUMÁRIO

500 ANOS E MUITO MAIS! ..................................................................................... 5

MAPA DO CAMPUS – FACULDADES EST ............................................................ 11

LEGENDA ................................................................................................................... 12

MULHERES DO MOVIMENTO DA REFORMA ...................................................... 13

PROGRAMAÇÃO ........................................................................... 19

PROGRAMAÇÃO GERAL .............................................................................. 20

MOVIMENTOS SOCIAIS – FEPSAE – CULTURA ....................................... 21

CONFERÊNCIAS .............................................................................................. 22

ESPIRITUALIDADE ............................................................................................ 22

FEIRA DE ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA E

AGROECOLÓGICA/FEPSAE ........................................................................ 23

MOVIMENTOS SOCIAS ................................................................................ 24

INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS/NOITE CULTURAL ...................................... 25

PAINEL COLETIVO DE INTERVENÇÃO ARTÍSTICA/CULTURAL ............... 27

CAFÉ COM KATHARINA ................................................................................ 27

GRUPOS DE TRABALHO ................................................................ 39

GT 1: SORORIDADE: UMA NOVA DANÇA ENTRE E COM AS

MULHERES ........................................................................................................ 42

GT 02: FEMINISMOS, FRONTEIRAS IDENTITÁRIAS E REPRESENTAÇÃO

DE GÊNERO: UM DIÁLOGO INTERCULTURAL .......................................... 54

GT 03: GÊNERO, RELIGIÃO E POLÍTICA NO BRASIL

CONTEMPORÂNEO....................................................................................... 63

GT 04: BIOPOLÍTICAS DA RELIGIÃO, CORPO E SEXUALIDADES ........ 70

GT 05: DEFESA DE DIREITOS COM JUSTIÇA DE GÊNERO:

DIACONIA TRANSFORMADORA ................................................................ 83

GT 06: DANÇA, COZINHA, BORDADOS E MÚSICA: OUTRAS

FORMAS DE SENTIDOS E SABORES .......................................................... 90

GT 07: GÊNERO, RELIGIÃO, MEMÓRIA E DIREITOS HUMANOS ........ 97

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GT 08: RELAÇÕES DE GÊNERO NA LITERATURA SAGRADA:

IMPLICAÇÕES PARA ECOLOGIA, ECONOMIA E ECUMENISMO ....... 121

GT 09: ARTICULAÇÕES E PROPOSTAS DE BEM VIVER ....................... 128

GT 10: GÊNERO, RELIGIOSIDADE E ENVELHECIMENTO ..................... 133

GT 11: O CUIDADO DA CASA COMUM: CONTRIBUIÇÕES

ECUMÊNICAS PARA A JUSTIÇA DE GÊNERO, DA ECONOMIA E

DA TERRA ....................................................................................................... 138

GT 12: TEOLOGIA PRÁTICA, EXPRESSÕES CULTURAIS E

ELABORAÇÃO DE IDENTIDADES ............................................................... 146

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 5

APRESENTAÇÃO

500 ANOS E MUITO MAIS!

GÊNERO E RELIGIÃO

Nos últimos anos cresce, no Brasil, na América Latina e em todo

o mundo, o debate em torno das questões de gênero, feminismo e di-

versidade sexual. O pano de fundo dessa discussão são os diferentes

projetos de sociedade que se pretende consolidar. A religião, através

de instituições, discursos e práticas, tem sido um elemento que interfe-

re significativamente nos processos de consolidação de direitos, mui-

tas vezes sendo utilizada como argumento ou motivação para posições

conservadoras que limitam os direitos, particularmente no campo do

gênero e da sexualidade.

Há, no entanto, uma significativa produção sobre estas temáticas

no campo da teologia e dos estudos em religião desenvolvida na pers-

pectiva dos direitos humanos. Os estudos de gênero em religião e as re-

flexões teológicas feministas emergem como uma alternativa no campo

religioso a discursos e práticas fundamentalistas e reacionárias. Apesar

disso, grande parte dessa produção tem sido ignorada e invisibilizada,

tanto no campo acadêmico e científico, quanto das práticas políticas

e sociais. Nesse sentido, é fundamental a contribuição de programas,

linhas e grupos de pesquisa, a realização de eventos e a publicação de

livros e periódicos que subsidiem o diálogo, visando assegurar a digni-

dade e promover a cidadania de todas as pessoas.

A relação estabelecida entre as correntes teóricas e os movimen-

tos sociais feministas, ligados a questões de gênero e sexualidade, com

o campo da teologia e das ciências da religião, no entanto, não tem

sido tão produtiva. Temas ligados às religiões têm sido abordados iso-

ladamente por alguns pesquisadores e algumas pesquisadoras identi-

ficados e identificadas com esses estudos, aparecido eventualmente em

periódicos científicos e outras publicações e ocupado espaços restritos

em eventos acadêmicos.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 6

APRESENTAÇÃO

Também a Teologia e as Ciências da Religião têm conquistado

maior espaço na pesquisa acadêmica e científica com reconhecimento

de programas e cursos em diversas instituições. E nesse âmbito são os

estudos de gênero, feministas e de diversidade sexual que buscam in-

cidir sobre as pesquisas desenvolvidas. Ainda que tenha havido certa

profusão de estudos no âmbito da Teologia Feminista, particularmente

no contexto da Teologia da Libertação Latino-Americana, percebe-se

um enfraquecimento desse campo nos últimos anos. Também aqui as

questões específicas do campo dos estudos feministas, de gênero e de

diversidade sexual têm sido abordadas por pesquisadoras e pesquisa-

dores isoladamente, aparecido em periódicos das áreas da Teologia e

Ciências das Religiões esporadicamente e ocupado espaços marginais

em eventos acadêmicos e científicos dessas áreas.

O Programa de Gênero e Religião da Faculdades EST é um dos

poucos espaços que tem articulado a relação da Teologia e dos estudos

em religião com os estudos feministas, de gênero e diversidade sexual

no Brasil e na América Latina. De fato, o caminho trilhado pela institui-

ção estabeleceu essa reflexão como uma “área do conhecimento”1. Os

materiais publicados através do Programa e a realização dos Congres-

sos de Gênero e Religião são a principal forma de visibilizar e sociali-

zar a produção nessa área, bem como influenciar o seu desenvolvimento

na América Latina e para além dela.

A articulação entre gênero e religião é fundamental do ponto de

vista acadêmico, social e político. Religião, tanto no âmbito das crenças

individuais quanto das organizações e instituições religiosas, interfere pro-

fundamente na vida das pessoas. Isso pode se dar por meio do uso e ma-

nipulação, mas também na forma de reflexão crítica sobre a forma como

são construídas as relações. Dentro dessa perspectiva, o Congresso Latino

-Americano de Gênero e Religião se constitui como um fórum de debate no

sentido de denunciar os usos e abusos da religião para a manutenção de

relações injustas e violentas. Por outro lado, é um espaço para apresentar

1 MUSSKOPF, André S. Teologia Feminista e de Gênero na Faculdades EST: a construção de uma

área de conhecimento. São Leopoldo: CEBI, 2014.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 7

APRESENTAÇÃO

e construir alternativas para que a religião seja um instrumento catalisador

de processos de transformação, tendo como elementos de análise as cons-

truções sociais baseadas no sexo, no gênero e na sexualidade.

Uma análise profunda e uma busca de alternativas e transforma-

ções concretas para essas questões precisam ser construídas através de

um diálogo com diversos setores da sociedade. Também do ponto de

vista da pesquisa e produção de conhecimento, é necessário pensar na

sua relação com extensão e ensino de maneira que se construam pro-

cessos orgânicos e articulados. Trata-se de uma perspectiva epistemoló-

gica assumida pelo Programa de Gênero e Religião em sua concepção

e prática e que está refletida na proposta desse V Congresso, desde a

organização até a composição das e dos participantes.

UM CONGRESSO E SUAS HISTÓRIAS

Em 2004, de 18 a 20 de agosto, sob a coordenação da Dra. Mar-

ga Ströher, aconteceu o I Congresso Latino-Americano de Gênero e Re-

ligião. O evento abordou o tema Gênero e Religião a partir dos eixos

temáticos Corporeidade - Etnia - Masculinidade. O II Congresso, realizado

sob a Coordenação da Dra. Elaine G. Neuenfeldt, tendo como eixos te-

máticos Epistemologia - Sexualidade - Violência, ocorreu no período de 16

a 18 de agosto de 2006. No período de 17 a 18 de setembro de 2009,

sob a Coordenação da Dra. Marga Ströher, ocorreu o III Congresso, arti-

culando as temáticas Est[ética] e Direitos Humanos. O IV Congresso Latino

-Americano de Gênero e Religião da Faculdades EST ocorreu de 05 a 08

de Agosto de 2015. O evento teve como eixos temáticos História - Saúde

– Direitos, foi coordenado por André Musskopf e Marcia Blasi e celebrou,

também, os 25 anos da Cátedra de Teologia Feminista na instituição.

Em 2017 se celebram os 500 anos da Reforma Protestante. No

século XVI, o movimento da Reforma representou uma quebra de pa-

radigmas nas mais diversas esferas de interação social, impactando

profundamente a história subsequente. Esse foi um marco decisivo no

desenvolvimento do cristianismo, marcado pela sua ampla diversifica-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 8

APRESENTAÇÃO

ção tanto através das novas denominações que se formaram, quanto

na mais recente onda de novos grupos e movimentos religiosos, parti-

cularmente na América Latina. Mas, para além dos impactos na vida

da Igreja, a Reforma também provocou mudanças geopolíticas em seu

tempo, influenciou nas mudanças no campo da economia, da educação,

da participação de mulheres, entre várias outras.

Para refletir sobre esses impactos ao longo dos séculos e os de-

safios colocados hoje desde uma perspectiva feminista para as igre-

jas da Reforma e para a sociedade como um todo, e respondendo às

avaliações e sugestões do IV Congresso Latino-Americano de Gênero e

Religião, entendeu-se que os eixos temáticos Ecologia – Economia – Ecu-

menismo oferecem a oportunidade de discussão de questões urgentes

tanto do ponto de vista eclesiástico quanto do ponto de vista político e

social. Seguindo a proposta de Nancy Cardoso Pereira, afirma-se que:

Três palavras vizinhas se atritam aqui: economia, ecologia, ecu-

menismo. As três compartilham o oikos: unidade básica social

(casa, mas também mundo). Simplificando: economia oikos +

nomos (lei/norma); ecologia oikos + logos (compreensão/es-

tudo); ecumenismo oikos + forma do particípio passivo femini-

no (habitado/habitantes). São assim três formas de estar no mun-

do e de organizar a vida no mundo. Enquanto a economia dispõe,

normatiza sobre o modo de produção da vida na relação com

o mundo, a ecologia se ocupa de entender essas relações suas

lógicas e implicações e o ecumenismo se pergunta pelas formas

(objetivas e subjetivas) de ocupação/vivência do mundo.2

A Reforma Protestante, sem dúvida, teve impacto em cada uma

dessas áreas. Além disso, no atual contexto, as crises e mudanças cli-

máticas são apenas um exemplo da necessidade de pensar em outros

modelos de sociedade que dialoguem com uma perspectiva ecológi-

2 PEREIRA, Nancy Cardoso. Ecumenismo, ecologia, economia: um olhar feminino e feminista.

Entrevista por Moisés Sbardelotto. In: Revista IHU Online. Edição 370, 22 ago. 2011. Dis-

ponível em: <HTTP://WWW.IHUONLINE.UNISINOS.BR/INDEX.PHP?OPTION=COM_CON-

TENT&VIEW=ARTICLE&ID=4015&SECAO=370>. Acesso em: 09 ago. 2017.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 9

APRESENTAÇÃO

ca refletida em diversas epistemologias indígenas, por exemplo. Tanto

as teologias indígenas e camponesas, quanto as reflexões teológicas

ecofeministas, oferecem contribuições significativas que apontam para

modelos civilizatórios de convivência e respeito aos seres humanos e à

vida em todas as suas formas.

A construção dessas alternativas passa, necessariamente, pelo ques-

tionamento de um sistema econômico que organiza as relações produtivas

em função da acumulação do capital, da propriedade privada, do lucro e

do consumo desenfreado. Iniciativas no campo da economia popular solidá-

ria, de formas alternativas de produção e consumo e de produção teórica

se articulam com a discussão feminista, tanto no questionamento dos papeis

desempenhados por homens e mulheres no atual sistema econômico vigente,

quanto na articulação de saberes e epistemologias fundadas em outros

referenciais que valorizam a cooperação, a amizade e a participação.

O ecumenismo, por sua parte, compreendido de modo amplo

como “mundo habitado”, aponta, dentro de uma perspectiva religiosa,

para a convivência pacífica e respeitosa entre as religiões. A convivên-

cia e o diálogo entre as religiões colocam-se, também, como imperativos

do ponto de vista político para a criação de laços e projetos comuns

entre as religiões que favoreçam projetos de sociedade que reflitam os

desafios colocados pela questão ecológica e pela questão econômica.

Assim, tanto os eixos temáticos quanto o contexto da celebração

dos 500 anos da Reforma se articulam de maneira produtiva com a

proposta geral do Congresso de Gênero e Religião, oferecendo uma

contribuição única para essa discussão.

E VAMOS PARA O V CONGRESSO

A Programação do V Congresso Latino-Americano de Gênero e

Religião “Ecologia - Economia - Ecumenismo” oportuniza espaços e for-

mas de socialização do conhecimento produzido de diversas formas

e por diversos sujeitos, buscando sempre valorizar propostas desen-

volvidas na e a partir da América Latina. Nesse sentido, há espaço

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 10

APRESENTAÇÃO

para palestras, conferências e mesas temáticas com pesquisadoras e

pesquisadores de diversas áreas. Além disso, as produções acadêmi-

cas e científicas são socializadas e debatidas através de comunicações

orais, apresentação de pôsteres, relatos de experiência articulados em

Grupos de Trabalho (GT). O reconhecimento da importância e a valori-

zação de conhecimentos produzidos em espaços não-formais são opor-

tunizados por meio de Mostras, Exposições, Feiras e atividades diversas.

A realização do V Congresso é uma oportunidade ímpar para o

encontro e a articulação de diversos sujeitos envolvidos com as temáti-

cas propostas pelo evento, vindos de vários países e contextos distintos,

tanto da América Latina quanto da África, Ásia, Europa e América do

Norte. Esse encontro é fundamental para a sistematização e a socializa-

ção do conhecimento produzido nessa área através de inúmeras inicia-

tivas, permitindo, ao mesmo tempo, um aprofundamento das reflexões

e práticas em torno dessas temáticas. Não por último, oportuniza o for-

talecimento e a articulação de parcerias que têm como objetivo final

a transformação das relações sociais, contribuindo para a melhoria de

qualidade de vida em todos os sentidos.

A programação do V Congresso contempla Conferências, Mesas

Temáticas, Grupos de Trabalho com apresentação de trabalhos e pôs-

teres, Feira de Economia Popular Solidária e Espaço de Movimentos

Sociais. O dia começa com Momento de Espiritualidade e termina com

café, lançamento de livros e boa música. É a mistura de tudo isso e muito

mais que faz o V Congresso.

A chita, nosso tecido brasileiro, é quem dá cor e alegria a esse

Congresso. Ela conecta os eixos temáticos – economia, ecologia, ecume-

nismo – e faz da celebração dos 500 anos da Reforma uma grande e

linda festa popular.

Sejam bem vindas e bem vindos.

Marcia Blasi e André S. Musskopf

Coordenação Geral do Congresso

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CADERNO DE RESUMOS

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MAPA DO CAMPUS – FACULDADES EST

MAPA DO CAMPUS – FACULDADES EST

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 12

LEGENDA

LEGENDA

Durante os dias em que estará acontecendo o V Congresso Lati-

no-Americano de Gênero e Religião, espaços e prédios da Faculdades

EST serão identificados com nomes de mulheres que contribuíram no

Movimento da Reforma e na história da Igreja Evangélica de Confissão

Luterana no Brasil. Deste modo, damos visibilidade às histórias das mu-

lheres ontem e hoje.

L – Espaço Margarete Emma Engelbrecht

M – Prédio Wera Frank

X – Palco Jacobina Mentz Maurer

R – Auditório Katharina Schütz Zell

H – Prédio Katharina von Bora

H1 – Biblioteca Argula von Grumbach

E – Capelinha Bet Tefila

F – Prédio Anna Maria von Schurmann

G – Prédio Catharina Krapp Melanchthon

N – Tenda Wibrandis Rosenblatt

O – Tenda Elisabeth von Brandenburg

P – Tenda Olympia Fulvia Morata

U – Prédio Elisabeth von Rochlitz

S – Auditório Elisabeth von Meseritz Cruciger

K – Galpão Brigitta Wallner

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MULHERES DO MOVIMENTO DA REFORMA

CADERNO DE RESUMOS

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V CONGRESSO LATINO-AMERICANO

DE GÊNERO E RELIGIÃO

MULHERES DO MOVIMENTO DA REFORMA

Margarete Emma Engelbrecht (1964-2013): Foi pastora da

IECLB, tendo sua formação pela Escola Superior de Teologia – São Le-

opoldo/RS. Atuou como ministra ordenada nas Paróquias de Barranco

– São Lourenço do Sul/RS, Nova Petrópolis/RS e Niterói/RJ. Exerceu

também a função de Pastora Vice-Sinodal no Sínodo Nordeste Gaúcho.

Teóloga feminista, Margarete contribuiu com vários artigos e auxílios

homiléticos.

Wera Frank (1917-2016): Nasceu no interior de Santa Cruz do

Sul/RS, onde sua família era proprietária de um moinho. Com 20 anos

mudou-se para Porto Alegre, no Hospital Moinhos de Vento, que era a

filial da Casa Matriz de Diaconisas de Wittenberg. Sempre teve muita

sede por conhecimento e era amante dos livros. Integrou-se na Irman-

dade da Casa Matriz em São Leopoldo, onde dedicou sua vida ao mi-

nistério diaconal. Trabalhou em vários hospitais, inclusive como diretora

técnica. Com seus 94 anos, residindo na Casa Matriz de Diaconisas, Irmã

Wera empenhava-se em cultivar o que ela gostava de chamar de “meu

jardinzinho”. Faleceu em 2016, atingindo seus 99 anos.

Jacobina Mentz Maurer (1841-1874): Jacobina foi uma mu-

lher à frente de seu tempo. Sua biografia revela uma mulher forte e

persistente na liderança político-religiosa. Nasce em Hamburgo Velho,

RS. Jacobina foi uma líder religiosa em uma época em que isso não era

admissível para mulheres. Em 22 de maio de 1873, Jacobina é levada

para São Leopoldo, presa, insultada e exposta ao público. Morreu em

02 de agosto de 1874, durante o ataque ao Ferrabraz.

Katharina Schütz Zell (1497/1498-1562): Foi uma mulher

avançada em seu tempo, lutadora pela igualdade de homens e mulhe-

res no serviço da igreja. Ela é considerada a primeira pregadora do

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MULHERES DO MOVIMENTO DA REFORMA

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 14

movimento da Reforma Protestante, teóloga, defensora dos princípios

protestantes. Começou muito jovem a ler a Bíblia e tinha muitas per-

guntas que envolviam a vida religiosa, embora a prática da leitura

da Bíblia não era apoiada pela hierarquia eclesiástica da época. O

primeiro grande ato de rebelião contra a sociedade do seu tempo foi

casar-se com um homem do clero, o sacerdote Matthäus Zell. Em 1534,

ela editou um hinário, apontando para a importância da música e da

oração na vida cotidiana. Ela também reescreveu os Salmos 51 e 130,

juntamente com o Pai-Nosso como carta de consolo, numa perspectiva

inclusiva no falar sobre Deus.

Katharina von Bora (1499-1552): Em 1525, a ex-freira se

tornou a esposa de Martin Lutero. Nesse papel, ela coordenou uma or-

ganização considerável no Mosteiro Negro de Wittemberg, atendendo

até 40 pessoas diariamente. Como chefe de finanças, ela supervisionou

a impressão das obras de Lutero. Conquistou respeito não só por sua

perspicácia financeira, mas por seus pronunciamentos nas “Conversas de

Mesa” e em suas cartas.

Argula von Grumbach (1492-1554): Essa mulher nobre da

Baviera foi a primeira autora de panfletos promovendo a liberdade

acadêmica e o princípio reformatório sola scriptura. Seus panfletos

de 1523/1524 foram editados numerosas vezes, atingindo cerca de

30.00 leitores e leitoras, na Baviera e muito além. Ela se correspondia

com Lutero, Spalatin e outros reformadores e foi uma crítica destemida

dos frívolos acontecimentos na Dieta de Nuremberg, em 1523.

Anna Maria von Schurmann (1607-1678): Foi uma pintora,

poetisa e acadêmica teuto-holandesa. Ela teve uma formação sólida

para os padrões do século XVII. Pôde estudar na universidade de te-

ologia, mas isolada dos outros estudantes, que eram apenas homens.

Destacou-se em arte, música e literatura e era fluente em 12 idiomas.

Em 1666, trabalhou em seu período de vicariato com o pastor Jean

Labadie. Trocou correspondências com pessoas influentes como Des-

cartes, Richelieu, Eleonoravon Merlau e Johann Jacob Schütz, entre

outros nomes.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 15

MULHERES DO MOVIMENTO DA REFORMA

Catharina Krapp Melanchthon (1497-1557): A família de

Catharina pertenceu às famílias nobres da cidade de Wittemberg. Seu

casamento com o reconhecido professor da Universidade de Wittem-

berg, Filipe Melanchthon, resultou no nascimento de quatro crianças. Ela

era reconhecida por sua generosidade com as pessoas e influenciou o

agir e refletir de Melanchthon. O casal esteve casado por trinta e sete

anos. Sua casa era também escola, um espaço ecumênico e internacio-

nal de discussões de teologia e educação.

Wibrandis Rosenblatt (1504-1564): Viveu em um período de

grande turbulência em Basel, Strassburg e Cambridge. No curso de sua

vida ela se casou quatro vezes, dando à luz a onze crianças. Três impor-

tantes reformadores (johannes Oecolampad, Wolfgang Capito e Mar-

tin Bucer) compartilharam sua vida privada e espiritual com ela. Mesmo

em condições difíceis, ela manteve a hospitalidade, acolhendo parentes

órfãos e refugiados religiosos, e também se correspondeu com esposas

de muitos reformadores.

Elisabeth von Brandenburg (1510-1558): Elisabeth foi uma

mulher notável da Idade Média, e não somente como duquesa regente

e apoiadora do movimento da reforma, mas também como escritora e

estudiosa leiga de teologia. Em 1538, Elisabeth converteu-se ao lute-

ranismo. Após a morte do marido, ela se tornou a regente do reino de

Calenberg-Göttingen, até o filho Erich II alcançar a maioridade. Ela

governou durante cinco anos e, nesse período, introduziu a Reforma

Protestante em seu território.

Olympia Fulvia Morata (1526-1555): Humanista italiana e

protestante convicta. Tendo passado a sua juventude na corte de Renée

de France em Ferrara, Olympia se instalou, em 1551, em Schweinfurt e

foi pega no cerco de 1554. O acontecimento deixou sua saúde abala-

da. Foi oferecido a ela um cargo de professora de grego da Universi-

dade de Heidelberg, mas ela faleceu logo depois. Sua vasta obra inclui

cartas, poesias e escritos filosóficos.

Elisabeth von Rochlitz (1502-1570): Foi uma princesa de

Hessen e, pelo casamento, hereditária princesa da Saxônia. Ela exerceu

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 16

MULHERES DO MOVIMENTO DA REFORMA

papel importante contra a oposição de seu sogro, Duque George, na

introdução da Reforma Protestante na Saxônia, e empenhou-se na no-

meação de clérigos protestantes em seu território. Mosteiros permane-

ceram intocados. Em 1538 ela ingressou na Liga Esmalcada, procurando

por todos os meios impedir a guerra.

Elisabeth von Meseritz Cruciger (1500-1535): A polonesa

foi a primeira poetisa e compositora do protestantismo. Em 1522, ela

deixou o Convento e foi recebida na casa de João Bugenhagen, em

Wittenberg, onde conheceu o aluno e colaborador de Lutero, Gaspar

Cruciger, com quem se casou, em 1524, marcando oficialmente o pri-

meiro casamento protestante (uma ex-freira e um professor/pastor). Ela

também esteve envolvida nas discussões teológicas nas “Conversas à

Mesa” com Lutero e Katharina von Bora. Em 1524, Elisabeth escreveu

o primeiro hino protestante que se encontra no hinário oficial da Igreja

Evangélica da Alemanha n. 67, sendo cantado no último domingo de

Epifania.

Brigitta Wallner (1735-1799): Trabalhando como transporta-

dora, a mãe de sete crianças contrabandeava Bíblias. Destemidamente,

ela professou sua fé protestante e lutou pela liberdade religiosa na

Áustria. Por causa disso, foi para a prisão três vezes. Após a Patente

de Tolerância em 1781, Brigitta Wallner registrou-se como luterana.

Esse ato levou a congregação inteira de Gosau a seguir seu corajoso

exemplo.

REFERÊNCIAS:

FRAUEN und Reformation. Elisabeth Cruciger. Disponível em: <http://frauen-und-refor-

mation.de/?s=bio&id=17>. Acesso em: 07 ago. 2017.

IECLB – Portal Luteranos. Campanha Em comunhão com as viDas das mulheres. História

de vida da Irmã Wera Franke. Disponível em: <http://www.luteranos.com.br/conteu-

do_organizacao/campanha-em-comunhao-com-as-vidas-das-mulheres/irma-wera- franke>. Acesso em: 08 ago. 2017.

IECLB – Portal Luteranos. Mulheres reformadoras. Disponível em: <http://www.lutera- nos.com.br/conteudo/mulheres-reformadoras>. Acesso em: 07 ago. 2017.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 17

MULHERES DO MOVIMENTO DA REFORMA

IECLB – Portal Luteranos. Nota de falecimento da Pastora Margarete Engelbrecht. Dis-

ponível em: <http://www.luteranos.com.br/conteudo/nota-de-falecimento-da-pasto- ra-margarete-engelbrecht>. Acesso em: 07 ago. 2017.

SANT’ANA, Elma. Jacobina: a líder dos Mucker. In: Protestantismo em Revista, vol. 2, pp. 27-36. São Leopoldo: jan./dez. 2003. Disponível em: <http://periodicos.est.edu.br/

index.php/nepp/article/view/2170/2075> Acesso em: 10 ago. de 2017.

ULRICH, Claudete Beisel; DALFERTH, Heloisa Gralow. Mulheres no movimento da Refor-

ma. São Leopoldo: Sinodal, 2016.

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PROGRAMAÇÃO

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 20

PROGRAMAÇÃO GERAL

23 de agos-

to

Quarta-feira

24 de

agosto

Quinta-

feira

25 de

agosto

Sexta-feira

26 de agosto

Sábado

8h

Espirituali-

dade (P)/p.

22.

Espirituali-

dade (P)/p.

22.

Espiritualidade (P)/p. 22.

8h30min

Mesas

Temáticas

(R/H/S)/p.

29.

Mesas

Temáticas

(R/H/S)/p.

29.

Plenária de Avaliação (R)

10h Intervalo – Intervenções artísticas

10h30min GT/p. 39. GT/p. 39. Conferência de encerramento

(R)/p. 22.

12h Intervalo

13h30min

Credencia-

mento (M)

GT/p. 39. GT/p. 39.

15h Intervalo – Intervenções

artísticas

15h30min

Plenária

dos Mo-

vimentos

Sociais (R)

Painel Pers-

pectivas

Globais

(R)/p. 29.

17h Intervalo Intervalo – Intervenções

artísticas

18h

Cerimônia

de abertura

(R)

Café com

Katharina

(P)/p. 27.

Noite cul-

tural (P)/p.

25. 19h

Conferência

de abertura

(R)/p. 22.

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 21

MOVIMENTOS SOCIAIS – FEPSAE – CULTURA

PROGRAMAÇÃO

23 de agosto

Quarta-feira

24 de agosto

Quinta-feira

25 de agosto

Sexta-feira

26 de agosto

Sábado

14h: Abertura das

Exposições (N, O)

15h: Sarau de acolhi-

da: (Ponto de Cultura

Feminista e Solange

Gonçalves)

(X)

18h: Abertura: *Feri-

daCalo (LICCDA)

*Valéria Houston

(R)

8h: Abertura das

Exposições (N, O)

8h30min: Oficinas

Colégio Sinodal (P)

10h: *Traços Cruza-

dos (Eliane Bruél) (P)

13h30min: Oficinas

Colégio Sinodal (P)

15h: *Traços Cruza-

dos (Eliane Bruél) (P)

15h30min: Plenária

dos Movimentos

Sociais (R)

18h: Café com Ka-

tharina (P)

19h: *Demétrio

Xavier (H)

8h: Abertura das

Exposições (N, O)

8h30min: Oficinas

Colégio Sinodal (P)

10h: *Aviso da lua

que menstrua (Silvia

Duarte) (N, O)

13h: Oficinas Colé-

gio Sinodal (P)

15h: *Grupo Respei-

te as Minas (P)

15h30min: Oficina:

Uma experiência

de organização e

formação na luta

contra barragens

(PPL) (O)

18h: Noite Cultural

(P)

*Gingapraquê

*Silêncio Por Favor

*Los Fridas

8h: Abertura das

Exposições (N, O)

12h: Encerramento:

*50 Tons de Pretas

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 22

CONFERÊNCIAS

AUDITÓRIO KATHARINA SCHÜTZ ZELL (R)

Conferência de abertura: Nancy Cardoso Pereira – Comissão

Pastoral da Terra/Brasil.

Conferência de encerramento: Sarojini Nadar – University of

Western Cape/África do Sul.

ESPIRITUALIDADE

TENDA OLYMPIA FULVIA MORATA (P)

Momentos de Espiritualidade: Os momentos de espirituali-

dade ocorrem sempre às 8h. Esses momentos foram preparados por

estudantes da graduação e especialização em teologia e com o Projeto

Pedagógico Litúrgico-Musical da Faculdades EST. Os momentos de espi-

ritualidade têm perspectiva ecumênica e feminista, que conversam com

os três eixos temáticos do Congresso: Ecologia, Economia e Ecumenismo.

Capelinha Bet Tefilah: A Capelinha Bet Tefilah, localizada ao

lado do Prédio da Reitoria, estará aberta durante os dias de realiza-

ção do Congresso para momentos de reflexão, meditação, oração. O

espaço da Capelinha está sob a responsabilidade do Grupo Semean-

do Esperança.

Aconselhamento Pastoral: A Faculdades EST dispõe de uma

pastoral para a área de aconselhamento com a comunidade da insti-

tuição. Durante os dias do Congresso, o Pastor Antônio Carlos Oliveira

estará recebendo também os e as participantes. A sala está localizada

no Prédio Katharina von Bora (H), Sala da Pastoral. Pessoas interessa-

das devem agendar um horário pelo telefone: (51) 99128-1284.

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PROGRAMAÇÃO

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do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 23

FEIRA DE ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA E AGROECOLÓGICA/FEPSAE

TENDA WIBRANDIS ROSENBLATT (N)

Contribuir para que o mundo seja mais justo e agroecolo-

gicamente sustentável é um desafio do V Congresso Latino-Americano

de Gênero e Religião. Essa construção passa pelo incentivo e fortale-

cimento de empreendimentos e redes de Economia Popular Solidária e

Agroecológica. Nesta perspectiva, o Programa de Gênero e Religião

da Faculdades EST e o Núcleo de Pesquisa de Gênero estabeleceram

parceria com a FLD (Fundação Luterana de Diaconia) através da Rede

do Comércio Justo e Solidário, Grupo Identidade da Faculdades EST

e Colégio Sinodal para a organização da Feira de Economia Popular

Solidária e Agroecológica durante o evento. Visite a feira, conheça e

adquira produtos alimentícios, artesanatos e produtos orgânicos pro-

duzidos por empreendimentos compromissados com o comércio justo,

solidário e agroecológico.

Oficinas com estudantes do Colégio Sinodal: durante o Con-

gresso, estudantes do Colégio Sinodal estarão participando de oficinas

de contação de histórias sobre as Mulheres no Movimento da Reforma,

história do “fuxico” e de fabricação de bonecas. Essas oficinas ocorre-

rão na Tenda Olympia Fulvia Morata (P). Além disso, estarão conhecen-

do e visitando a Feira de Economia Popular Solidária e Agroecológica,

organizada pelo Programa de Gênero e Religião e Núcleo de Pesquisa

de Gênero em parceria com a FLD (Fundação Luterana de Diaconia)

através da Rede do Comércio Justo e Solidário, Grupo Identidade da

Faculdades EST e Colégio Sinodal.

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PROGRAMAÇÃO

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do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 24

MOVIMENTOS SOCIAS

TENDA ELISABETH VON BRANDENBURG (O)

Este espaço está destinado para grupos e movimentos sociais

exporem materiais e trabalhos. É um espaço para conhecer iniciativas

desenvolvidas no Brasil e na América Latina e trocar experiências. Os

grupos e organizações presentes no evento também têm a responsabi-

lidade de organizar e participar da Plenária dos Movimentos Sociais,

que ocorre na quinta-feira (24/08), às 15h30min, no Auditório Katha-

rina Schütz Zell (R).

Oficina: Uma experiência de organização e formação na

luta contra barragens: Em todo processo de desapropriação, reassen-

tamentos, e construção de hidrelétricas no Brasil, predomina uma luta

desigual, que privilegia interesses públicos e privados, exigindo das

pessoas atingidas todo o ônus decorrente desse empreendimento. O

modelo energético brasileiro exige sacrifícios. Sob o foco privilegiado

do discurso de desenvolvimento, todo e qualquer direito dos ameaça-

dos é tido como particular e por isso deve ser subjugado pelo interesse

público. A partir da experiência concreta do projeto hidrelétrico bina-

cional de Garabi-Panambi, no Rio Uruguai, na região noroeste do RS,

trataremos do movimento de organização e luta por direitos, por meio

da atuação do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) e da in-

tervenção do Sínodo Noroeste Riograndense (IECLB) e da Diocese de

Santo Ângelo (ICAR). No processo de formação e organização popular

há um claro protagonismo das mulheres e uma denúncia marcante con-

tra o mercado que exige sacrifícios ambientais e humanos. Proponente:

Pastoral Popular Luterana – PPL.

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

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INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS/NOITE CULTURAL

CAMPUS/TENDA OLYMPIA FULVIA MORATA

Silvia Duarte (atriz e assistente social): poema Aviso da lua

que menstrua de Elisa Lucinda.

Solange Gonçalves: pintora e poetisa.

Grupo Respeite as Minas: Projeto de Hip Hop da ONG Isaura

Maia com meninas adolescentes da Vila Santa Marta, em São Leopoldo.

Traços Cruzados: Desenhos coletivos onde o diálogo de dese-

jos expressos em gestos resulta num encontro de maneira geral sensível

e singular Para participar basta a vontade de experimentar e deixar

fluir sem restrições ou certezas preconcebidas. (Eliane Bruél: Artista visu-

al, arteterapeuta e arteeducadora)

Ponto de Cultura Feminista Corpo, Arte e Expressão: projeto

coordenado pela ONG Coletivo Feminino Plural, de Porto Alegre, em

parceria com outras entidades. Integra a Rede Nacional dos Pontos de

Cultura e surge através do desejo de acionar o corpo, em especial o

corpo das mulheres, como território de múltiplas possibilidades de ex-

pressão.

FeridaCalo: FeridaCalo é um trabalho de dança que teve o

início de sua pesquisa no ano de 2014. Desde então, a imersão nesse

processo criativo e investigativo tem proporcionado diferentes experi-

mentos como intervenções urbanas e outros formatos de apresentações

em processo. apresenta-se como uma obra inédita em seus elementos de

dramaturgia, cenografia, figurinos, trilha sonora e movimentos. Uma es-

pécie de moldura foi sendo construída para as imagens (ações, gestos,

movimentos) que temos criado e experimentado em diferentes tempos e

espaços. O LICCDA (Laboratório Investigativo de Criações Contemporâ-

neas em Dança) é formado por dez intérpretes-criadores, acadêmicos

dos Cursos de Dança da Universidade Federal de Santa Maria, Bacha-

relado e Licenciatura, e é coordenado pelo Professor Doutor Odailso

Berté.

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 26

Valéria Houston: Cantora, negra, trans, mutante e feliz!

Demétrio Xavier: Produz e apresenta diariamente o progra-

ma “Cantos do Sul da Terra” na FM Cultura. Demétrio é um profundo

conhecedor da mística ancestral latino-americana e um verdadeiro dis-

cípulo de Ataualpha Jupanquy. Seu programa de rádio tem sido um lu-

gar de importantes articulações culturais do cenário musical da América

Latina, principalmente no Cone Sul.

Gingapraquê: O grupo de Música Popular Gingapraquê é

formado por estudantes dos cursos de Música e Musicoterapia da Fa-

culdades EST, e coordenado pelo Professor Daniel Hunger.

Silêncio Por Favor: Silencio Por Favor! é o Duo formado por

Marcos Gasperim e Sabrina Souza e apresenta ao público a sua leitura

da diversidade da Musica Popular Brasileira. Chico Buarque, Caetano

Veloso, Vinicius de Moraes, Adoniram Barbosa, Tom Jobim, entre outros

passeiam na voz e violão submersos em poesia e canção. Para ouvir,

para pensar, para calar, para amar e para cantar junto. A integração

entre: O silêncio, o som, a alegria, O Samba, a Bossa e a MPB.

Los Fridas: Banda latina formada por Gilnei Lucas (violão e

voz), Luisa Gonçalves (ukulele e voz), Fredi Bessa (guitarra), José Ba-

ronio (baixo), Leandro Benites (bateria) e Luciano Malako (percussão).

50 Tons de Pretas: Quinteto de mulheres negras, apaixonadas

pela música e pela cultura afro brasileira, apresentando a essência do

samba. Mulheres na luta pelo empoderamento feminino e pela igualda-

de racial. Temos em comum a música em nosso DNA e foi essa sintonia

que formou os 50 tons de pretas. O quinteto é formado por Dejeane

Arrue, Grazi Pires, Monique Cunha, Leca Figueiró, Julia Figueiró.

Exposição “Outros 500” (Sônia Ingrid Kanitz): No ano em

que se celebra os 500 anos da Reforma Protestante, a série “Outros

500” propõe uma releitura de obras consideradas clássicas e produ-

zidas por artistas contemporâneos ao período da Reforma. Ao depa-

rar-se com obras de Michelangelo, Dürer, Rafael, Leonardo da Vinci,

Botticelli e Lucas Cranach, a artista realiza uma releitura das mesmas

usando como horizonte um olhar crítico que tem como eixos centrais

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 27

as questões de gênero e religião. Trata-se de um convite para re/ver

obras bastante conhecidas e estranhá-las a partir de imagens atualiza-

das e transformadas. (H1: Biblioteca Argula von Grumbach).

Exposição “Retratos da infância” (Sônia Ingrid Kanitz): A fo-

tografia, até bem pouco tempo, era um privilégio para poucas pessoas.

Muitas histórias ficavam guardadas apenas na memória e tantas outras

nem eram registráveis. Muitas pessoas que hoje são idosas têm poucas

fotografias da infância ou juventude. Nesta série, a artista apresenta

algumas imagens que remetem a essa fase da vida, utilizando como

referência sua própria memória e retratando cenas de uma realidade

difícil e muitas vezes violenta. (L: Espaço Margarete Emma Engelbrecht)

Exposição Mulheres em Movimento (IECLB): A exposição

apresenta narrativas de mulheres luteranas, em celebração aos 500

anos da Reforma. A exposição acontecerá na Tenda Olympia Fulvia

Morata (P).

PAINEL COLETIVO DE INTERVENÇÃO ARTÍSTICA/CULTURAL TENDA OLYMPIA FULVIA MORATA (P)

As participantes e os participantes do V Congresso Latino-A-

mericano de Gênero e Religião são convidadas e convidados a colabo-

rar na construção coletiva do Painel de Intervenção Artística/Cultural.

Há materiais diversos à disposição para criação. Confira!

CAFÉ COM KATHARINA

TENDA OLYMPIA FULVIA MORATA (P)

Em 2015, o Programa de Gênero e Religião criou o “Café com

Katharina” com o objetivo de rememorar, resgatar e conhecer histórias

de mulheres que participaram direta ou indiretamente do movimento

da Reforma. Neste ano em que celebramos os 500 anos da Reforma,

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 28

convidamos as participantes e os participantes do V Congresso Latino

-Americano de Gênero e Religião para saborear um café e conhecer

mulheres como Argula von Grumbach, Brigitta Wallner, Olimpia Fulvia

Morata, Katharina Schütz Zell, Wibrandis Rosenblatt e a própria Ka-

tharina von Bora.

Estátua Katharina von Bora: Katharina von Bora é uma das

mulheres que participaram ativamente do Movimento da Reforma no

século XVI e tem sido resgatada por instituições, grupos e movimentos

de mulheres no mundo inteiro, tornando-se um símbolo da atuação das

mulheres na Igreja em todos os tempos e lugares. No ano em que se

celebra 500 anos da Reforma, a Faculdades EST está empenhada na

construção de um “Monumento às Mulheres na Reforma Ontem e Hoje”.

Além de enriquecer o patrimônio cultural e histórico da instituição esse

monumento será um sinal do seu compromisso com a justiça de gênero e

a formação teológica de mulheres. A criação e construção dessa obra

é uma ação da Faculdades EST relacionadas às campanhas da Federa-

ção Luterana Mundial “Mulheres em Movimento: de Wittenberg a Win-

dhoek” e da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB)

“Em Comunhão com as Vidas das Mulheres”, que incentiva comunidades

e instituições vinculadas à comunhão luterana a resgatar e dar visibili-

dade à contribuição das mulheres no movimento da Reforma ontem e

hoje. A estátua, em tamanho natural, está sendo construída pela artista

plástica Nina Eick.

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PROGRAMAÇÃO

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do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 29

MESAS TEMÁTICAS

24/08 – Quinta-feira 25/08 – Sexta-feira

Ecofeminismo e Religião (S)

Ecumenismo e Diálogo Inter

-religioso (S)

Ivone Gebara; Vicenta Ma-

mani; Sandra Lassak

Romi Bencke; Cecília Castillo;

Gloria Ulloa; Lilian Conceição

da Silva Pessoa de Lira

Economia e Feminismo (H)

Teologias Feministas na

América Latina (H)

8h30min –

10h

Christiane Campos; Vanessa

Gil; Fabio Py M. de Almeida

Maricel Mena López; Luzmila

Quezada Barreto; Silvia Regi-

na de Lima e Silva

Feminismo e Reforma (R)

Temas e Perspectivas em

Gênero (R)

Mary Streufert; Wanda Dei-

felt; Ángela Trejo; Mercedes

García Bachmann

Marianela Ledesma; Angelica

Maria Toruño Garcia; Babar

Bashir

25/08 – Sexta-feira

15h30min

PAINEL PERSPECTIVAS GLOBAIS

Auditório Katharina Schütz Zell (R)

Naw Eh Tar Gay (Myanmar), Thomas Ninan (Índia), Charle-

ne van der Valt (África do Sul), Robin Steinke (Estados Uni-

dos), Blanca Cortez (Nicarágua), Adriana Gastellu Camp

(Suécia).

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PROGRAMAÇÃO

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ECOFEMINISMO E RELIGIÃO

AUDITÓRIO ELISABETH VON MESERITZ CRUCIGER (S)

Palestrantes: Ivone Gebara (São Paulo – Brasil), Vicenta Mama-

ni (ISEAT/CETELA – Bolívia), Sandra Lassak (AETE – Peru).

Ecofeminismo: uma nova antropologia: Falar de ecofemi-

nismo exige uma nova compreensão do ser humano como resposta a

imensa destruição de nós mesmos por nós mesmos. A corrente ecofe-

minista tem insistido numa compreensão mais relacional e interdepen-

dente do ser humano com tudo o que existe. Esta compreensão resitua

a ética, a política e a religião a partir de outros parâmetros e nos

desafia a repensar o humano sempre de novo. (Ivone Gebara)

Ispallan Arupa: La Palabra de la Ispalla. (Vicenta Mamani)

Defendiendo cuerpos y territorios – aproximaciones ecofe-

ministas-teológicas a las luchas de mujeres: Actualmente, las luchas

de mujeres en América Latina se dan entorno de la defensa de sus

cuerpos y los derechos sociales, políticos, económicos y sexuales, la

protección y la defensa del cuerpo ante las diversas formas de violen-

cia que las mujeres sufren a diario. Sus cuerpos son expuestos, abusa-

dos, violados, culpabilizados, victimizados por parte de la sociedad

patriarcal. Pero también son cuerpos que desarrollan protagonismos,

se organizan en movimientos sociales luchando por la integridad de

sus cuerpos que significa mejores condiciones de vida garantizando la

ejecución de sus derechos como ciudadanas, en fin, una vida digna y

sin violencia. El otro enfoque grande de luchas es la defensa de los

territorios, la tierra y el espacio de vida, donde viven y trabajan muje-

res preocupadas por mantener a sus familias. La violencia frente a las

mujeres y sus cuerpos arraiga en la misma lógica capitalista-patriar-

cal que también destruye los territorios, los contornos de vida. ¿Qué

alternativas proponer a esa concepción antropocéntrica alimentada

por tradiciones religiosas dualistas y misóginas de los territorios y los

cuerpos que legitiman el sometimiento de ellos? Vamos a hacer una

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 31

re-lectura ecofeminista de las realidades actuales y sus bases ideo-

lógicas dialogando de manera crítica con propuestas y conceptos no-

coloniales, desde las culturas originarias sin caer en una banalización

cultural o en un esencialismo binario pretendiendo formular algunas

ideas de aporte a las luchas feministas por los diversos territorios des-

de la teología ecofeminista. (Sandra Lassak)

ECONOMIA E FEMINISMO

PRÉDIO KATHARINA VON BORA (H)

Palestrantes: Christiane Campos (Universidade Federal de Sergipe –

Brasil), Vanessa Gil (Marcha Mundial de Mulheres – Brasil), Fabio Py M. de

Almeida (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Brasil)

Feminismo, economia e trabalho no século XXI – uma

análise a partir da realidade brasileira: A crise do modo de pro-

dução capitalista, que afeta a economia mundial neste século XXI,

produz efeitos socioeconômicos nefastos, sobretudo nos países pobres,

como o aumento do desemprego, da desigualdade e a redução dos

serviços públicos devido às políticas neoliberais que são adotadas na

maioria dos países, implicando em um Estado mínimo para o atendi-

mento das necessidades sociais e máximo para viabilizar processos

de acumulação de capital. No Brasil este cenário se torna ainda mais

complexo uma vez que o processo de impeachment criou as condições

institucionais para a intensificação das contrarreformas neoliberais no

país. Como este contexto de crise afeta a condição feminina no mundo

do trabalho? Qual o papel do movimento feminista neste contexto de

crise e de reestruturação do Estado? Essas são algumas das questões

que se pretende debater nesta mesa temática sobre Economia e Femi-

nismo. (Christiane Campos)

Tempo de Deus: um teto para nós. Celebração e intolerân-

cias masculinas na participação de pentecostais no assentamento “6

de abril” do MTST em Niterói. (Fabio Py M. de Almeida)

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PROGRAMAÇÃO

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FEMINISMO E REFORMA

AUDITÓRIO KATHARINA SCHÜTZ ZELL (R)

Palestrantes: Mary Streufert (Evangelical Lutheran Church in Ame-

rica/ELCA – Estados Unidos), Wanda Deifelt (Luther College – Estados

Unidos), Ángela Trejo (Comunidad Teológica de México), Mercedes

García Bachmann (Iglesia Evangelica Luterana Unida de Argentina y

Uruguay – Argentina).

Duas Catarinas (Catarina von Bora e Catarina Schütz Zell):

Papeis Femininos na Reforma do sec XVI: Na Idade Média, as mulhe-

res podiam ocupar três espaços: a casa, o convento ou o prostíbulo, mas

somente a casa e o convento eram moralmente aceitáveis. A decisão dos

reformadores em abolir o celibato e a vida monástica eliminou a opção

do convento e, com isto, a oportunidade das mulheres estudarem e evita-

rem a morte prematura devido ao parto. Seria a casa a única alternati-

va para as mulheres reputáveis exercerem sua vocação? Duas Catarinas

apresentam modelos distintos. Catarina von Bora (1499-1552), casada

com Lutero, exerceu sua vocação no âmbito da casa, em Wittenberg,

como mãe, esposa e administradora. Pouco se sabe sobre ela além do

que o próprio Lutero escreveu, mas seus escritos a descrevem como uma

companheira e apoiadora das ideias da reforma. Catarina Schütz Zell

(1497-1562), casada com Matthäus Zell, exerceu sua vocação no âmbito

público, em Estrasburgo, em seu trabalho com refugiados, migrantes, do-

entes e moribundos. O que se sabe sobre ela vem de sua correspondência

e publicações, onde ela argumenta biblicamente sobre os ideais da re-

forma e o seu compromisso com a causa do evangelho – que a leva inclu-

sive a pregar. Estas duas Catarinas oferecem dois modelos distintos que,

com o passar dos anos, foram se alternando para acomodar os ideais

da reforma às mudanças históricas e culturais com relação ao papel que

as mulheres deveriam ocupar na igreja e na sociedade. (Wanda Deifelt)

La interpretación bíblica como voz profética de las mujeres,

desde tiempos de la Reforma hasta el día de hoy: Ante el evento de

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 33

los 500 años de la Reforma Protestante, será importante observar algu-

nas interpretaciones bíblicas que las mujeres trabajaron a lo largo de la

Historia de la Iglesia. ¿Cuáles han sido los desafíos para que estas voces

se escuchen? ¿Siguen siendo pertinentes las interpretaciones bíblicas con

enfoque feminista? ¿Qué hacer ante una América Latina cada vez más

conservadora y fundamentalista? Intentaremos responder y trabajar en

esta mesa temática las siguientes preguntas. (Ángela Trejo)

¿Es necesaria aún la Biblia? ¿Qué condiciones deben darse

para que siga siendo inspiradora para una feminista en América La-

tina?: La Federación Luterana Mundial publicó un documento de estudio

sobre la hermenéutica luterana, como parte de la conmemoración del

500º aniversario de la Reforma y a partir de las discusiones internas en

temas como género y ordenación de mujeres al ministerio.. Se toma este

documento para reflexionar sobre el valor de la Biblia para las iglesias

luteranas LA desde una mirada feminista. (Mercedes García Bachmann)

ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO

AUDITÓRIO ELISABETH VON MESERITZ CRUCIGER (S)

Palestrantes: Romi Bencke (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs/

CONIC – Brasil), Cecília Castillo (Conselho Latino-Americano de Mulheres/

CLAI – Chile), Gloria Ulloa (Conselho Mundial de Igrejas/CMI – Colômbia),

Lilian Conceição da Silva Pessoa de Lira (Igreja Episcopal Anglicana do

Brasil/IEAB; Universidade de Pernambuco/UPE; Grupo de Estudos e Pesqui-

sas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde/GEPERGES

-UFRPE; CECUNE e Rede de Mulheres Negras de PE – Brasil).

Ecumenismo, Género y diálogo, una experiencia latinoa-

mericana en el CMI, realidad y desafíos a 500 años de la Reforma

Protestante: Daremos una rápida mirada al legado de muchas mujeres

al ecumenismo latinoamericano, el compromiso del CMI en la justicia

de Género y los desafíos que reclaman nuestro accionar en el contexto

regional y mundial. (Gloria Ulloa)

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 34

Diálogos - Fórum de Diversidade Religiosa em Pernambuco:

Experiências de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso: A recorrência

de casos de intolerância religiosa por decorrência do racismo,

violando o direito de livre culto de pessoas e comunidades de

tradições de matri- zes afro-brasileiras e afro-indígenas, deflagrou a

iniciativa do promotor de justiça Westei Conde, do Ministério Público de

Pernambuco, de convi- dar lideranças religiosas de diversas tradições

para um diálogo propo- sitivo para conjuntamente pensarem ações de

promoção de uma cultura de paz e respeito à diversidade religiosa em

Pernambuco. Assim, no dia 12 de novembro de 2012, foi criado o

Diálogos - Fórum de Diversida- de Religiosa em Pernambuco, que

desde então se reúne mensalmente, sendo espaço de partilha de

experiências de ecumenismo e diálogo inter-religioso. (Lilian

Conceição da Silva Pessoa de Lira)

TEOLOGIAS FEMINISTAS NA AMÉRICA LATINA

PRÉDIO KATHARINA VON BORA (H)

Palestrantes: Maricel Mena López (Universidad Santo Tomás – Co-

lômbia), Luzmila Quezada Barreto (AETE – Peru), Silvia Regina de Lima

e Silva (Departamento Ecuménico de Investigaciones/DEI – Costa Rica).

Bíblia e descolonização. Apontes desde a teologia negra

feminista da libertação: Nesta comunicação se faz um balance histó-

rico do aporte intelectual das mulheres negras nos diversos processos

emancipatórios nas Américas. Aporte que parte de um passado de

luta e resistência quotidiana no que a espiritualidade emancipatória

feminina é como que um elo condutor. Com tal propósito a autora se

aproxima uma vez mais ao processo de negação e/o ocultamento de

seu aporte nos estudos culturais dê-coloniais atuais acunhados pelas

ciências sociais, resgatando de maneira especial o aporte desde a

teologia negra feminista da libertação, e de forma especial desde

os estudos do transfundo afro-asiático na Bíblia Hebraica e Crista.

(Maricel Mena López)

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 35

Teologías feministas y transformaciones desde la corpo-

subjetividad: La sociedad peruana es un país de profundas contradic-

ciones, si por un lado experimentamos, la violencia, los feminicidios e

infanticidio y el control de la corporeidad y sexualidad, como ejercicio

de control social y político instituido para consolidar el poder patriarcal.

Por otro lado, también percibimos que hay un desborde ejercido por

los mismos sujetos de vivir una espiritualidad enraizada en los cuerpos.

En ese sentido sus prácticas son diversas y variadas por las constantes

re-configuraciones desde los cuerpos. La corposubjetividad es un sujeto

que funda su subjetividad desde diferentes cuerpos, lo social, político,

simbólico, erógeno y otros. Cuerpo que da cuenta de procesos de sub-

jetivación que afecta y es afectado por la comunidad. En su afán de

afirmar sus derechos las y los sujetos buscaran siempre su autonomía y

reconocimiento. (Luzmila Quezada Barreto)

Casa, território-corpo e espiritualidades: um olhar da “Teo-

logia” Negra Feminista: Sobre a casa se fala muita coisa... Aqui que-

remos recuperar a “casa” como um lugar para onde regressar, lugar de

encontro com as raízes, a ancestralidade, as identidades... Como lugar

de fortalecimento da espiritualidade. Não tem casa sem território. Fa-

lar da casa é também ocasião para insistir na luta pela soberania do

território y do território corpo. Através da Espiritualidade Negra Fe-

minista queremos nos aproximar a estas realidades, revisitar lugares e

conceitos importantes, des-dizer, dizer, propor. Recuperar da sabedoria

ancestral, formas de relacionamento que superem dicotomias que ex-

cluem, apontem a novas formas de convivência e ressignifiquem o lugar

da Divindade no mundo habitado. (Silvia Regina de Lima e Silva)

TEMAS E PERSPECTIVAS EM GÊNERO

AUDITÓRIO KATHARINA SCHÜTZ ZELL (R)

Palestrantes: Marianela Ledesma (Iglesia Luterana de Costa Rica),

Angelica Maria Toruño Garcia (Universidade Evangélica Nicaraguense

Martin Luther King Jr. – Nicarágua), Babar Bashir (Rozan, Paquistão).

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 36

Institutionalization of gender transformative training, chal-

lenges and opportunities: A perspective from Pakistan: I will be pre-

senting a snapshot of different approaches adopted/ adapted on gen-

der trainings in Pakistan, what changes happened during the course of

time and what were the pros and cons of these approaches. My focus

area of discussion will be Rozan’s initiatives of running gender transfor-

mative training programs with state institutions like women shelters and

police and in the communities over the past one and half decade. What

worked and what did not in our case and where we stand now to devise

the way forward. (Babar Bashir)

Género y educacion superior: incorporacion de la perspectiva

de género en las universidades privadas de Nicaragua, un aporte a

la prevencion de la violencia: Universidad Evangelica Nicaraguense

Martin Luther King Jr., es una casa de estudio que nace como una pro-

puesta inclusiva para personas que aspiraban a una carrera universi-

taria, comprometida con esta población que por razones de recursos

económicos no tenían oportunidad para acceder de cursar una carrera

profesional. Es importante resaltar que a sus 19 años ha marcado un

hito en las universidades de Nicaragua, aperturando el proyecto de

atención a víctimas con enfoque de género y derecho humanos, que

abrió sus puertas en el 2013, con el fin que los estudiantes tuviesen la

oportunidad de acompañar procesos terapéuticos a mujeres víctimas de

violencia, niñez en situaciones de vulnerabilidad, así como abogadas

especialistas en derecho de familia. En este andar de cuatro años el

proyecto tiene incidencia en los tribunales de familia, entes del Estado

(Ministerio de la Familia), y comunidad universitaria. La corte suprema

de Justicia de Nicaragua, en la búsqueda de la prevención de la vio-

lencia, y encontrar aliados en la educación superior y que estudiantes

de la carrera de derecho y egresados de las universidades fuesen for-

mados con una perspectiva de género, es a partir de esta propuesta

es que UENIC es seleccionada para compartir su experiencia a nivel

nacional y como hemos avanzado desde este espacio académico, con

una mirada humanista social y liberadora. UENIC - a través de proyecto

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PROGRAMAÇÃO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 37

de atención a víctimas de violencia, ha capacitado a 27 maestros de

la educación superior que impartirán la asignatura de Genero y Poder,

esto nos permitió dar a conocer la experiencia y ser una voz profética

que denuncia la violencia, las injusticias sociales, las desigualdades, y

como las estructuras del patriarcado se sostienen a través de un siste-

ma religioso, social y la educación como uno de sus ejes a través de la

validación de los roles, y acentuando un estado milenial que ha venido

matando a mujeres (femicidio). Nicaragua es un país, donde los emba-

razos en adolescente son impuestos, en las zonas rurales, 3 de cada 10

jóvenes de entre 15 y 19 años están embarazadas. En zonas urbanas, 2

de cada 10 lo están. Cada año en el país nacen 35,000 niños hijos de

madres adolescentes. Uno de los espacios de luchas desde la teología

feminista es el cuerpo, es la recuperación de la autonomía, la libertad y

la descolonización de un legado cultural colonizante donde el patriar-

cado se ensaña en los cuerpos de las mujeres. ¿Qué ha significado para

UENIC ser pionera en la incidencia para una educación humanística? Es

cumplir con la misión y visión con la que fue creada como una casa de

estudio evangélica fundada por protestantes que visionaron una espe-

ranza en un estado patriarcal subordinante y que la educación superior

tradicional valida, ser una voz profética que denuncia, y acompaña a

mujeres, niñez y adolescencia, que invita a su comunidad estudiantil y

operadores del sistema a un proceso de liberación y que la academia

aporta un grano de arena a estos procesos de construcción de una co-

munidad libre, como lo dicen nuestra filosofía La verdad os hará libres.

(Angelica Maria Toruño Garcia)

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PROGRAMAÇÃO

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38 do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião

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GRUPOS DE TRABALHO

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GRUPOS DE TRABALHO

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GRUPOS DE TRABALHO

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 40

24 DE AGOSTO – QUINTA-FEIRA

Grupos de Trabalho – Programação geral

10h30min – 12h 13h30min – 15h

GT 1

Mesa Temática I: Processos educativo-

culturais de organizações de mulheres

negras do Nordeste: sororidade e irman-

dade no enfrentamento às violências: Li-

lian C. da S. P. de Lira

Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência

GT 2

Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

Roda de Conversa: Feminismos,

fronteiras identitárias e representa-

ção de Gênero: um diálogo inter-

cultural: Graziela R. da Rosa, Janine

C. Gomes, Selenir C. G. Kronbauer,

Sandra H. G. Silva, Eliana M. de

Mello, María A. C. Patiño

GT 3 Mesa Temática I: Gênero, política e co-

lonialidade: Anete Roese

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

GT 4 Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

GT 5

Mesa Temática/Relato de Experiência:

Mulheres catadoras nas cooperativas de

reciclagem: Maria H. dos S. Borba; Econo-

mia Solidária com recorte gênero e racis-

mo: Sueli A. da Silva

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

GT 6 --- Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência

GT 7 --- Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

GT 8 Mesa Temática do GT: Ivoni R. Reimer,

Carolina B. de Souza, Flávio Schmitt

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

GT 9 --- ---

GT 10

Minicurso: Vulnerabilidade e depen-

dência como aspectos duradouros, ines-

capáveis e positivos da condição humana

---

GT 11 Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

GT 12

Cine debate: Filme: Violeta se fue a

los cielos

Mesa redonda do GT: Geni M.

Hoss, Julio C. Adam, Renato F. Ma-

chado, Nilton E. Herbes.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 41

GRUPOS DE TRABALHO

25 DE AGOSTO – SEXTA-FEIRA

Grupos de Trabalho – Programação geral

10h30min – 12h 13h30min – 15h

GT 1

Mesa Temática II: Poéticas do renascimento,

poéticas da sororidade: apreensões da reali-

dade em Clarice Lispector e Frida Kahlo: Dou-

glas R. da Silva, Thayane C. do Nascimento

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência

Comunicação, Pôster ou Re-

lato de Experiência

GT 2 Comunicação, Pôster ou Relato de Experiên-

cia

Comunicação, Pôster ou Re-

lato de Experiência

GT 3

Mesa temática II: O Plano Nacional de Edu-

cação (PNE), a “ideologia de gênero” e as

ameaças à “família tradicional”: Fernanda M.

F. Coelho, Tainah B. Dias

Comunicação, Pôster ou Re-

lato de Experiência

GT 4 Comunicação, Pôster ou Relato de Experiên-

cia

Comunicação, Pôster ou Re-

lato de Experiência

GT 5

Mesa Temática/Relato de Experiência: Su-

peração da violência doméstica e a efetiva-

ção das políticas públicas: Márcia Herbertz;

O protagonismo das mulheres campesinas

nos assentamentos do MST: Roberta Coimbra

Comunicação, Pôster ou Re-

lato de Experiência

GT 6 Comunicação, Pôster ou Relato de Experiên-

cia ---

GT 7

Mesa Redonda: Interface entre Direitos Hu-

manos, Religião e Gênero: Joice G. Nielson; Ivo

S. Canabarro; Noli B. Hahn; Rosângela Angelin;

Lizete D. Piber; Paulo A. M. Martins; Gabriel

Maçalai

Comunicação, Pôster ou Re-

lato de Experiência:

GT 8 Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência ---

GT 9

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência

Oficina: “Amawtismo –

Cosmopraxis Andina”: Eliana

Cossio Coca

GT 10

Minicurso: Vulnerabilidade e dependência como

aspectos duradouros, inescapáveis e

positivos da condição humana

Comunicação, Pôster ou Re-

lato de Experiência

GT 11 Comunicação, Pôster ou Relato de Experiên-

cia: ---

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 42

GT 12 Comunicação, Pôster ou Relato de Experiên-

cia:

Comunicação, Pôster ou Re-

lato de Experiência:

GT 1: SORORIDADE: UMA NOVA DANÇA ENTRE E COM AS MULHERES

COORDENAÇÃO:

Daniéli Busanello Krob – Núcleo de Pesquisa de Gênero/

Faculdades EST – Brasil.

Márcia E. Leindcker da Paixão – Universidade Federal de

Santa Maria – Brasil.

Thayane Cazallas do Nascimento – Programa de Pós-Gra-

duação em Educação/Unisinos – Brasil.

Descrição: O capitalismo construiu a ideia da competição entre as

pessoas e isso permanece até hoje. Como forma de manutenção desta

prática, as mulheres foram culturalmente ensinadas que são naturalmente

rivais umas das outras. Através das artimanhas do patriarcado, aprende-

ram a disputar a beleza, a competência e até o melhor comportamento,

sempre na busca pela aprovação do outro. Em razão disso, também não

aprenderam que criar alianças entre si pode ser bom e saudável e, inclu-

sive, uma estratégia para a superação da violência e dos abusos come-

tidos contra as mulheres. Nos últimos tempos, o tema da sororidade tem

estado em pauta, principalmente nas redes sociais e grupos feministas e

grupos de mulheres como forma de buscar laços/redes entre os diferentes

grupos e sendo pauta em comum entre mulheres feministas. A sororidade

não desconstrói as diferenças e não se esquece das múltiplas pautas dos

grupos de mulheres, mas desafia a construirmos outros conhecimentos, ou-

tras teologias, outras redes de apoio no intuito de promover a dignidade

das e entre as mulheres. Este Grupo de Trabalho se propõe a refletir

este tema a partir da relação entre gênero e religião, da superação

da violência e do empoderamento das mulheres, bem como na relação

com os eixos temáticos do congresso: ecologia, economia e ecumenismo.

Reflexões acerca de sororidade e os 500 anos da Reforma também são

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 43

chamadas à partilha. Este GT se propõe aproximar as diferentes mulhe-

res e ser uma possibilidade de diálogos e experiências ecumênicas neste

amplo território da sororidade.

GT 01 – PROGRAMAÇÃO GERAL 24/08 – Quinta-feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h 30min

– 12h

Mesa Temática I:

Processos educativo-culturais de organi-

zações de mulheres negras do Nordeste:

sororidade e irmandade no enfrentamento

às violências: Lilian C. da S. P. de Lira (Igre-

ja Episcopal Anglicana do Brasil; Universi-

dade de Pernambuco; Grupo de Estudos

e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e

Sexualidades Audre Lorde/UFRPE; CECUNE

e Rede de Mulheres Negras de PE)

Comunicação, Pôster ou Relato de Experi-

ência:

Alahna S. da Rosa, Julia M. Jaeger,

Kimberly T. A. Pires: Oficina Violência

Contra a Mulher: fatos do passado e do

presente

Alice V. F. C. Sampaio: Adesão à Vida: a

fenomenologia da vida como desafio na

construção de novos conhecimentos para su-

peração do impacto da Aids entre mulheres

Mesa Temática II:

Poéticas do renascimento, poéticas

da sororidade: apreensões da rea-

lidade em Clarice Lispector e Frida

Kahlo: Douglas R. da Silva (Mestran-

do em Letras - UFRGS), Thayane C. do

Nascimento (Cientista Social e Douto-

randa em Educação - Unisinos)

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

Rosângela Angelin, Carine C. de

O. Quines: Projeto de Extensão: “O

Lugar dos Corpos das Mulheres na

Sociedade”: uma análise feminista

Júlia M. Jaeger, Rossana K. de

S. José: Exposição curricular “Nós Po-

demos! A mulher da submissão à sub-

versão”

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 44

Tarde

13h30min –

15h

Comunicação, Pôster ou Relato

de Experiência:

Márcia E. L. da Paixão: Do cati-

veiro à liberdade: Histórias de vida

e narrativas de mulheres presas

Angelica Tostes: As mulheres

e o diálogo inter-religioso

Sabrina Senger: Pesquisa par-

ticipante, educação popular e teo-

logia feminista: Uma experiência

Luciane R. Ferreira, Rober- ta

S. Rosa: Cartas Pedagógicas:

Percepções da Sororidade em

tempos de crise

Roberta S. da Rosa: O exercí-

cio da Sororidade entre mães

de crianças com alergia a

proteína do leite de vaca

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

Paula Grassi: Alinhavos e Rasgos Ma-

ternais: a (des)educação da Madresposa no

Clube de Mães Santa Rita de Cássia

Cristina Scherer: Princípios da Sororida-

de na Vida e na Bíblia

Simone M. de S. Silva: “Trintei!!! Não Casei.

E Daí???” Uma análise dos fatores que

influenciam mulheres a priorizar a carreira

profissional em detrimento do casamento e da

maternidade

Luciane R. Ferreira: A Sororidade e a

Interculturalidade Critica: conceitos-chave

nos (des)encontros da educação solidária na

Economia Popular Solidária

Rosane Philippsen: A influência da Dé-

cada Ecumênica de Solidariedade das Igre-

jas com as Mulheres no contexto das origens

do Fórum de Reflexão da Mulher Luterana

GT 1 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 206

Mesa Temática I: PROCESSOS EDUCATIVO-CULTURAIS DE

ORGANIZAÇÕES DE MULHERES NEGRAS DO NORDESTE: SORORI-

DADE E IRMANDADE NO ENFRENTAMENTO ÀS VIOLÊNCIAS: Ser

Mulher Negra num país marcado pelo colonialismo, escravagismo, racis-

mo e sexismo, numa região com traços ainda marcantes do coronelismo

vivido no século XX, requer consciência de seu agenciamento para o

protagonismo que forja relações de irmandade e sororidade, através

de processos educativo-culturais de organizações de mulheres negras

nordestinas para o enfrentamento ao racismo e à violência de gênero.

Palestrante: Lilian Conceição da S. P. de Lira – Igreja Episcopal

Anglicana do Brasil/IEAB; Universidade de Pernambuco/UPE; Grupo de

Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 45

Lorde/GEPERGES-UFRPE; CECUNE e Rede de Mulheres Negras de PE.

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

OFICINA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: FATOS DO PAS-

SADO E DO PRESENTE: A oficina é um projeto desenvolvido para com-

por as ações educativas do Museu Joaquim Francisco do Livramento, do

Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Porto Alegre/RS), com o objetivo

de promover reflexões e debates acerca das desigualdades que mar-

cam a história da mulher. Pensado para o público de ensino médio (14

a 17 anos), parte do acervo histórico e documental do museu, buscando

problematizar questões como: a desigualdade no trabalho, a violência

contra a mulher e o abandono de crianças. A ação educativa prevê

visita mediada à exposição de longa duração do museu e interação

utilizando documentos do arquivo da Santa Casa e notícias da atua-

lidade, fazendo um paralelo entre passado e presente. Pretende-se,

com essa atividade, sensibilizar os jovens participantes acerca do papel

social atribuído às mulheres, o qual persiste até os dias atuais. Até o

presente momento, as experiências resultaram em reflexões pertinentes

e perspicazes acerca da temática. Palavras-chave: Mulher. Violência

de Gênero. Museu. Ação Educativa. Autoria: Alahna Santos da Rosa,

Julia Maciel Jaeger, Kimberly Terrany A. Pires.

ADESÃO À VIDA: A FENOMENOLOGIA DA VIDA COMO

DESAFIO NA CONSTRUÇÃO DE NOVOS CONHECIMENTOS PARA

SUPERAÇÃO DO IMPACTO DA AIDS ENTRE MULHERES: O aumento

da Aids entre heterossexuais e mulheres no início dos anos de 1990,

rompeu com a ideia da Aids como doença gay, revelando outro lado

da epidemia, com riscos e vulnerabilidades diversificadas. Na minha

trajetória profissional no atendimento à pessoas vivendo com Aids, per-

cebia a maneira diferenciada com que algumas mulheres reagiam ao

fato de terem contraído HIV / Aids, mesmo agregando a essa vivencia

o desafio da ausência de cura, do medo, estigmas e preconceitos. Es-

sas mulheres, superado o impacto inicial do diagnóstico, demonstravam

forte desejo de continuar vivas e vivendo plenamente. Se reinventavam

e reconstruíam suas vidas, relações familiares e construíam novos re-

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 46

lacionamentos afetivos. Leituras a partir da fenomenologia da vida e

da obra de Michel Henry, além da pesquisa de campo com mulheres,

me levaram a conhecer tais subjetividades, que fazem com que essas

mulheres consigam modalizar o sofrimento trazido pela Aids e a partir

daí apresentarem uma maior Adesão à Vida. Palavras-chave: Aids.

Mulheres. Adesão à Vida. Autoria: Alice Vitória F. C. Sampaio.

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 206

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

DO CATIVEIRO À LIBERDADE: HISTÓRIAS DE VIDA E NAR-

RATIVAS DE MULHERES PRESAS: Esse artigo se propõe a sistematizar

a experiência de um Projeto de Extensão ocorrido em 2016 junto a

mulheres em situação prisional do Presídio Regional de Santa Maria. O

objetivo foi possibilitar que acontecessem aprendizagens e conhecimen-

tos de si através de procedimentos da pesquisa-formação, que eviden-

cia as narrativas das histórias de vida como instrumento metodológico

para essa abordagem pedagógica. Esse procedimento pedagógico-

metodológico permite que as histórias de vida exponham os sujeitos

aprendizes como forma de espaços de formação e conhecimentos de si

para ressignificar a vida e os contextos cotidianos. O contexto prisional

de mulheres e de homens é assunto pouco debatido nos espaços acadê-

micos. Relacionar a situação das mulheres presas e sua relação com o

campo da educação e da religião, ainda são raras as experiências. No

entanto, os dados do Departamento Penitenciário Nacional e o Relató-

rio de Mulheres Presas apresentam dados alarmantes de uma realida-

de existente, real e que requer atenção e ações conjuntas de diferentes

atores sociais para que as desigualdades, a violência, a invisibilidade

e a indignidade sejam superadas. Palavras-chave: Mulheres presas.

Narrativas. Aprendizagens. Autoria: Márcia E. Leindcker da Paixão.

AS MULHERES E O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO: Essa pre-

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 47

sente proposta de comunicação tem o objetivo de questionar qual é o

papel das mulheres na temática no diálogo inter-religioso e apresen-

tar mulheres e grupos de mulheres, do passado e do presente, que se

dedicaram e se dedicam para a construção de uma prática ecumênica

e para o diálogo inter-religioso. A liderança da maioria das religi-

ões continua sendo predominantemente masculina, portanto, é espera-

do que as mulheres estejam ausentes ou sub-representadas nos oficiais

diálogos inter-religiosos. E a pouca presença das mulheres no diálogo

inter-religioso e no serviço ecumênico é silenciada. Por essa razão é de

grande importância dar voz e relembrar as mulheres que estiveram

envolvidas no diálogo inter-religioso, seja pelo serviço prático-pastoral,

seja pela produção acadêmica. Autoria: Angelica Tostes.

PESQUISA PARTICIPANTE, EDUCAÇÃO POPULAR E TEOLO-

GIA FEMINISTA: UMA EXPERIÊNCIA: O Projeto de pesquisa Teologia

Sexualidade, Saúde Reprodutiva e Direitos (TSSRD) desempenhou uma

pesquisa participante com um grupo de mulheres da Comunidade Flo-

resta Imperial, de Novo Hamburgo. Partindo do lugar de integrante

do grupo que desenvolveu a pesquisa e facilitou os encontros o artigo

apresenta a interface da pesquisa com esse grupo e reúne narrativas

de experiências, impressões e reflexões da pesquisadora sobre o pro-

cesso e a produção de conhecimento elaborada em conjunto com as

mulheres. Os temas dos encontros trataram especialmente sobre sexuali-

dade, teologia e leitura popular da Bíblia e evidencia-se que é possível

produzir teologia na vida comunitária a partir das histórias das mulhe-

res, considerando a integralidade do corpo e a diversidade e promo-

vendo relações de justiça, respeito e prazer. Autoria: Sabrina Senger.

CARTAS PEDAGÓGICAS: PERCEPÇÕES DA SORORIDADE

EM TEMPOS DE CRISE: Em tempos de crise é fundamental que mobili-

zemos esforços: metodologias, dimensões e conceitos fundamentais que

qualifiquem nossa ação para os enfrentamentos necessários. Em cenário

de golpe político, carecemos de inspiração para a exigente transpira-

ção que é pensar(se) com vistas a transformação de si e dos mundos

que nos atravessam e que diversas formas nos negam. Neste contexto,

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 48

compartilharemos um relato de experiência que se deu no Projeto Ações

Integradas de Economia Solidária (São Leopoldo/2014-2016). Como

educadoras populares, inspiradas pela Educação Popular freireana

(FREIRE, 1978; 1994; 1996; 2000) e pelo conceito de sororidade (LA-

GARDE 2016), traremos a experiência das cartas pedagógicas como

instrumento que inspiram a luta por um olhar mais solidário sobre “ser

mulher”. Autoria: Luciane Rocha Ferreira, Roberta Soares Rosa.

O EXERCÍCIO DA SORORIDADE ENTRE MÃES DE CRIANÇAS

COM ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA: A reação do sistema

imunológico às proteínas do leite como a caseína, alfa-lactoalbumina e

beta-lactoglobulina caracteriza a Alergia a Proteína do Leite de Vaca

– APLV. A educação continuada de pais e cuidadores é destacada como

fundamental para o sucesso do tratamento, assim, o acompanhamento

clínico, e a distribuição de material educativo, bem como a troca de

informações entre famílias, contribuem para a cura e a melhoria da

qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. Grupos no facebook

que tem por objetivo reunir e informar pessoas interessadas no tema

tem se proliferado na internet, entre eles o “Meu filho é alérgico a lei-

te de vaca - MFAL”. A participação familiar no cuidado das crianças

APLV, o exercício da Sororidade nas relações entre as participantes foi

analisado no grupo a partir dos diálogos estabelecidos e dos relatos

de cura postados, revelando o predomínio das mães como responsáveis

pelos cuidados e a importância da empatia e das relações de solidarie-

dade entre elas. Palavras-chave: Maternidade. APLV. Saúde. Autoria:

Roberta Soares da Rosa.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 206

Mesa Temática II: POÉTICAS DO RENASCIMENTO, POÉTICAS DA

SORORIDADE: APREENSÕES DA REALIDADE EM CLARICE LISPEC-

TOR E FRIDA KAHLO: Por intermédio da análise situada na pintura de

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 49

Nascimento ou O Meu Nascimento (1932), de Frida Kahlo, e nas diver-

sas passagens do conto o Ovo e a Galinha (1998), de Clarice Lispector,

obtém-se perspectivas de leituras desafiadoras. Ao compreender que a

arte põe-se como um meio de transcender a dor da vida, como em Frida

Kahlo, e de observar o movimento da escrita como um exercício do refa-

zer de si, como em Clarice Lispector, o renascimento apresenta-se como

a ponte-fio entre as duas mulheres. Nas experiências que incidem na

produção de cada uma, notam-se trajetos desconcordantes e similares.

Pensa-se, assim, nas poéticas do renascimento como poéticas da soro-

ridade, visto que, juntas, as criações de ambas as mulheres percorrem

eixos de uma apreensão de realidade que as aproxima. Este trabalho

exibe um legado interpretativo e filosófico que serve de convite para

refletir na conciliação de renascimento e sororidade nas complexidades

humanas. Palavras-chave: Sororidade renascente. Feminismos. Poéticas.

Arte e literatura.

Palestrantes: Douglas Rosa da Silva – Mestrando em Letras/UFR-

GS; Thayane Cazallas do Nascimento – Cientista Social e Doutoranda

em Educação/Unisinos.

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

PROJETO DE EXTENSÃO: “O LUGAR DOS CORPOS DAS

MULHERES NA SOCIEDADE”: UMA ANÁLISE FEMINISTA: Diante do

processo transformador oriundo de ações do Projeto de Extensão “O

lugar dos corpos das mulheres na sociedade”, do Curso Graduação em

Direito da URI, campus Santo Ângelo/RS, através de uma análise pau-

tada na metodologia feministas de ação e reflexão de encontro do Pro-

jeto, bem como de ações mais ampliadas com outros Cursos e segmentos

da Universidade, este trabalho reflete sobre resultados emancipatórios

propiciados no ambiente universitário, como: o despertar da sororida-

de, construção de consciência social a partir da ação coletiva, melhoria

no diálogo em sala de aula sobre temas de gênero, aumento do número

de monografias e trabalhos de iniciação científica que abordam esses

temas, auxilio à estudantes vítimas de violência, empoderamento das/

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 50

os participantes, reconhecimento social das mulheres e do público LGBT.

Autoria: Rosângela Angelin, Carine Caetano de O. Quines, Paulo A.

Magalhães Martins.

EXPOSIÇÃO CURRICULAR “NÓS PODEMOS! A MULHER DA

SUBMISSÃO À SUBVERSÃO”: O curso de Museologia da UFRGS tem

como exercício curricular a criação de uma exposição pelos alunos do 7º

semestre. A turma curadora do ano de 2017 propôs, com a exposição

curricular NÓS PODEMOS! A mulher da submissão à subversão, trazer

a temática mulher para ser debatida dentro do museu. Aberta entre

os dias 18 de maio e 24 de junho no Museu da UFRGS, a exposição se

dividiu em 4 núcleos: Soltando as amarras, com fatos que marcaram a

história feminina; Bela, recatada e do lar, questionando a representa-

ção da mulher na sociedade; (Des)Igualdades , apresentando dados

de violência contra a mulher, suas lutas coletivas por igualdade e a im-

portância da sororidade; e um núcleo educativo, voltado ao debate e

interação. O objetivo de convidar o visitante a refletir sobre conquistas

e desafios femininos foi atingido, obtendo retorno positivo e participa-

tivo do público diversificado, repercutindo a relevância da temática.

Palavras-chave: Mulher. Desigualdade de gênero. Museu. Exposição.

Autoria: Júlia Maciel Jaeger, Rossana Klippel de S. José.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 206

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

ALINHAVOS E RASGOS MATERNAIS: A (DES)EDUCAÇÃO DA

MADRESPOSA NO CLUBE DE MÃES SANTA RITA DE CÁSSIA: O

estudo propõe o aprofundamento da compreensão e a articulação dos

significados sociais de ser mãe e as memórias de vida tecidas por um

grupo de artesãs, descendente de imigrantes italianos/as, chamado

Clube de Mães Santa Rita de Cássia da cidade de Caxias do Sul – RS.

Esse clube de mães desenvolve artesanato como crochê e bordado e

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 51

mantém atuação comunitária, como as doações de roupas infantis às

famílias de baixa renda, permitindo a interação entre as integrantes e

a comunidade, o que resulta em transformações na vida das mulheres

envolvidas. Objetiva-se analisar as permanências e/ou rupturas (alter-

nativas emancipatórias) na representação do modelo madresposa das

participantes ao narrarem suas histórias. Trata-se de um modelo ligado

à função social da maternidade e conjugalidade destinada às mulheres.

A observação participante, os grupos de discussão, as entrevistas indi-

viduais e o questionário compuseram o caminho metodológico. Para a

análise, a interpretação somou-se aos referenciais teóricos especialmen-

te dos estudos feministas. Entre os resultados, está o interesse do poder

público pela perpetuação da “bondade feminina”, ao beneficiar-se das

doações realizadas pelos mais diversos Clubes de Mães espalhados

pelo Brasil e deixando de responsabilizar-se pelas necessidades da po-

pulação de baixa renda. Conclui-se também o processo de autonomia

que as mulheres experimentam no Clube de Mães, ao se encontrarem a

si mesmas uma nas outras, embora marcadas pelo modo tradicional de

comportamento referido às mulheres. Palavras-chave: Madresposas.

Clube de Mães. Artesanato. (des)Educação. Autoria: Paula Grassi.

PRINCÍPIOS DA SORORIDADE NA VIDA E NA BÍBLIA: O pre-

sente artigo aborda a experiência de mulheres como elemento essen-

cial para a Teologia Feminista. Ressalta a importância das experiências

vivenciadas pelas mulheres, entre elas a amizade. Conceitua a amizade

entre mulheres denominada “Sororidade”, valorizando esta vivência

entre mulheres que é um fator que contribui para o empoderamento da

mulher nas decisões e ações da vida cotidiana. Busca dar visibilidade

aos exemplos de sororidade advindos da Sagrada Escritura em cicno

situações diferentes, lembrando textos do AT e NT como inspiração e

motivação para a vivência sorória nos dias atuais, ressaltando o valor

da vivência em grupos de mulheres afins, espaço de uma caminhada

coletiva, em parceria, partilha e apoio mútuo entre mulheres. Palavras-

chave: Sororidade. Teologia Feminista. Mulheres na Bíblia. Autoria:

Cristina Scherer.

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 52

“TRINTEI!!! NÃO CASEI. E DAÍ???” UMA ANÁLISE DOS FA-

TORES QUE INFLUENCIAM MULHERES A PRIORIZAR A CARREIRA

PROFISSIONAL EM DETRIMENTO DO CASAMENTO E DA MATERNI-

DADE: Na sociedade contemporânea ainda se estabelece padrões de

condutas que as mulheres devem seguir, pois, ainda há uma forte expec-

tativa social que pressiona as mulheres ao casamento e à maternidade.

Esta pesquisa pretende fazer uma análise dos fatores que influenciaram

mulheres acima dos trinta anos trilharem, primeiramente, o caminho da

busca pela carreira profissional, a autonomia e estabilidade financeira

em detrimento do casamento e da maternidade, levando a uma com-

preensão do estilo de vida de algumas mulheres solteiras no século

XXI, que rompem com padrões pré-estabelecidos socialmente. Esse novo

cenário que retrata a transformação dos papeis sociais das mulheres

provocou reformulações nas relações sociais, na família, no trabalho, e

em outros âmbitos. Sem dúvida, essa dinâmica refletiu nas mulheres a

busca por outras condições de vida e o desejo de ser independentes, se

firmar como sujeito livre da influência da cultura hegemônica patriarcal

e ter as suas individualidades. Palavras-chave: Mulheres. Solteiras. Ca-

samento. Maternidade. Autoria: Simone M. de Sousa Silva.

A SORORIDADE E A INTERCULTURALIDADE CRITICA: CON-

CEITOS-CHAVE NOS (DES)ENCONTROS DA EDUCAÇÃO SOLIDÁRIA

NA ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA: Este espaço abre oportunida-

de para a aproximação entre diferentes grupos, mulheres e homens,

diálogos e experiências pedagógicas que enfrentam mundos que não

nos representam. Momento de compartilhar e conhecer pessoas, meto-

dologias, conceitos e práticas que empoderam a luta pela construção

de um outro mundo. Neste contexto, este diálogo aborda a intercone-

xão entre a dimensão da sororidade (LAGARDE, 2016) com o conceito

de interculturalidade crítica (WALSH, 2013) como instrumentos de li-

bertação. A reflexão nasce de um processo de doutorado em educa-

ção (2014-2018) que acompanhou dois processos educativos sobre a

Economia Solidária no Rio Grande do Sul. A abordagem teórico-meto-

dológica é a fenomenologia em Merleau-Ponty (1971) em diálogo com

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GRUPOS DE TRABALHO 1

CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 53

a Educação Popular em Paulo Freire (2000); numa sistematização das

experiências (JARA, 2012) em contexto de (des)colonialidade (ADAMS

& STRECK, 2014). As leituras oferecem possibilidades dialógicas - epis-

temológicos, ontológicos e praxeológicos - densas para (re)construção

paradigmática da ciência, da sociedade e do mundo. Autoria: Luciane

Rocha Ferreira.

A INFLUÊNCIA DA DÉCADA ECUMÊNICA DE SOLIDARIEDA-

DE DAS IGREJAS COM AS MULHERES NO CONTEXTO DAS ORIGENS

DO FÓRUM DE REFLEXÃO DA MULHER LUTERANA: Este artigo é par-

te da pesquisa com o tema “A construção de poder entre mulheres de

grupos e movimentos organizados de mulheres na Igreja Evangélica de

Confissão Luterana no Brasil”, apoiada pela Igreja da Suécia. Na pes-

quisa o olhar se detém especificamente no Fórum de Reflexão da Mu-

lher Luterana, movimento que surgiu nos anos 1990 no contexto da VIII

Assembleia da Federação Luterana Mundial em Curitiba. Ao investigar

sobre as origens do Fórum foi identificada a importância da Década

Ecumênica de Solidariedade das Igrejas com as Mulheres (1988-1998)

como um dos fatores que contribuíram para a criação do movimento, im-

pulsionado pelas reflexões motivadas pela Década. A Década Ecumê-

nica de Solidariedade das Igrejas com as Mulheres foi concebida como

uma resposta do Conselho Mundial de Igrejas à Década da Mulher

(1976-1985) declarada pela Organização das Nações Unidas. Nesta

comunicação, a partir de estudo bibliográfico e documental, pretendo

apresentar a Década, seus objetivos, suas lideranças e a dimensão ecu-

mênica mais ampla considerando que ela foi impulsionada pelo Conse-

lho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC). Desta forma, objetivo relacio-

nar a influência da Década nas pautas, reflexões e encaminhamentos

do Fórum de Reflexão da Mulher Luterana nos anos seguintes. Palavras-

chave: Mulheres. Ecumenismo. Década Ecumênica de Solidariedade das

Igrejas com as Mulheres. Autoria: Rosane Philippsen.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 54

GRUPOS DE TRABALHO 2

GT 02

FEMINISMOS, FRONTEIRAS IDENTITÁRIAS E REPRESENTAÇÃO DE GÊNERO: UM DIÁLOGO

INTERCULTURAL

COORDENAÇÃO:

Graziela Rinaldi da Rosa – Universidade Federal do Rio

Grande – Brasil.

Selenir Corrêa Gonçalves Kronbauer – Grupo Identidade/

Faculdades EST – Brasil.

Eliana Müller de Mello – Universidad Anáhuac – México.

María Alicia Cisneros Patiño – Universidad Anáhuac – Mé-

xico.

Descrição: Esse grupo de trabalho visa criar um espaço de diálo-

gos e socialização de práticas escolares e comunitárias que dialogam

com os estudos de Gênero e feminismos, fortalecendo os diálogos com

os Movimentos Sociais e as práticas de/com povos tradicionais e fron-

teiriços. Tem-se também o propósito de problematizar as construções de

sentido e os diferentes níveis implicados nos processos de discriminação

cultural e de gênero em relação à visão do senso comum, historicamen-

te arraigado e delineado socialmente por meio de práticas culturais.

Busca-se discutir os estereótipos culturais e de gênero historicamente

construídos não só pela fronteira geográfica, mas também separados

por uma fronteira simbólica construída por práticas culturais.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 55

GRUPOS DE TRABALHO 2

GT 02 – PROGRAMAÇÃO GERAL

24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h30min –

12h

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

Adilson C. Habowski, Donavan

Machado, Elaine Conte: A cinemato-

grafia e as (re)produções de gênero

Maria E. de S. Padilha, Júlia B.

Pinto, Verônica P. Machado, Lemuel

Gandara: Moonlight: uma análise

cinematográfica sobre a construção

de identidade negra e homossexual

Adilson C. Habowski, Donavan

Machado, Elaine Conte: O papel

das tecnologias digitais em conso-

nância com as questões de gênero

Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

Janine N. F. Cunha: As abordagens

das mulheres negras brasileiras como

uma proposta afrocentrada de decolo-

nialidade nas Américas

Stefanie T. Loyola, Poliana O. da Sil-

va: Gênero, Identidade e Documentação

cigana

Maria G. Pereira: Uma análise da

participação das mulheres de juazeiro

no fenômeno da romaria de padre Cí-

cero, considerando o milagre da hóstia

que envolve a beata Maria de Araújo e

suas implicações históricas e sociológicas

Tarde

13h30min –

15h

Roda de Conversa:

“Feminismos, fronteiras identitá-

rias e representação de Gênero:

um diálogo intercultural”

1- Epistemologias feministas e os

diálogos interculturais na Educa-

ção do Campo: Graziela R. da Rosa

(FURG), Janine C. Gomes (Graduan-

da em Licenciatura Plena em Educa-

ção do Campo/FURG)

2- Lideranças femininas em Co-

munidades Quilombolas no Lito-

ral Norte do Rio Grande do Sul /

Brasil: Selenir C. G. Kronbauer (Fa-

culdades EST) e Sandra H. G. Silva

(Assistente Social/IACOREQ)

3- Fronteira simbólica e gênero: um

diálogo intercultural entre Brasil e

México: Eliana M. de Mello e María

A. C. Patiño (Universidad Anáhuac/

México)

Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

Cátia S. R. Barcellos, Rita de A.

Neves, Luciano P. dos Santos: O ser

professor/a na construção de sentidos

sobre gênero

Helena de A. Neves, Luciano P. dos

Santos, Cátia S. R. Barcellos: Uma aná-

lise sobre a representação de gênero a

partir do currículo das instituições de en-

sino de pelotas/RS (1875-1910)

Douglas R. da Silva, Ana C. F. Godi-

nho: Entre a partilha e a autoria – sabe-

res e fazeres feministas a partir da roda

de leitura com mulheres em contexto de

privação de liberdade

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 56

GRUPOS DE TRABALHO 2

GT 2 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 304

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

A CINEMATOGRAFIA E AS (RE)PRODUÇÕES DE GÊNERO:

O trabalho discute sobre as ideologias transmitidas pela cinematogra-

fia, que causam a perda de sentido e o enrijecimento intelectual na

ausência da (auto)crítica. A sociedade semiformada reflete a passivi-

dade e a reprodução de formas de vida massificadoras, promovidas

pela indústria cultural, que podem legitimar a ignorância, tornando-se

mantenedoras do status quo e da homogeneização. Contudo, podem

ser reconhecidas como forma de encontro dialógico para revisar con-

cepções e propor mudanças. Os problemas partilhados precisam do

olhar crítico-reflexivo frente às produções, para resistir à disseminação

de desigualdades, preconceitos e exclusões, no sentido de gerar novas

compreensões, romper com os (co)modismos e fazer deste recurso um

pretexto para questionar as narrativas desiguais e dominadoras. Sub-

jacente às produções cinematográficas, conforme os teóricos frankfur-

tianos Adorno e Horkheimer (1985), sobrevive a indústria cultural, que

em sua lógica de mercado, promove postura apassivada, reprodutivista

e consumista dos telespectadores frente ao mundo. Palavras-chave: In-

dústria cultural. Cinema. Gênero. Autoria: Adilson Cristiano Habowski,

Donavan Machado, Elaine Conte.

MOONLIGHT: UMA ANÁLISE CINEMATOGRÁFICA SOBRE A

CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE NEGRA E HOMOSSEXUAL: O cinema

constrói novos significados que modificam a visão de como os indivíduos

se identificam com o que está sendo representado. Porém, essa arte

nasceu e continua inserida em uma cultura de supremacia branca. Ou

seja, essa elite branca alterou nossa visão, anulando a representação

legitimamente negra nas películas. Entretanto, o filme “Moonlight - Sob

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 57

GRUPOS DE TRABALHO 2

a luz do luar” se opõe a essa cultura, pois apresenta a trajetória de

um personagem negro e homossexual que não possui legitimidade em

sua identidade. Assim, este trabalho, como pesquisa qualitativa, obje-

tiva identificar os elementos espaciais que influenciam a construção de

identidade do personagem “Chiron”. Para isso, utiliza-se o método de

análise cinematográfica, a partir de levantamento de cenas onde há es-

ses elementos. A hipótese inicial aponta que a construção da identidade

do personagem é feita por meio dos espaços físico e social. Palavras-

chave: Análise Cinematográfica. Construção de identidade. Identidade

negra. Identidade homossexual. Autoria: Maria Eduarda de S. Padilha,

Júlia Barth Pinto, Verônica Pasqualin Machado, Lemuel Gandara.

O PAPEL DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS EM CONSONÂNCIA

COM AS QUESTÕES DE GÊNERO: O estudo discute o potencial das

Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) como meio

incentivador à igualdade de gênero, desmistificando posturas equivo-

cadas que são repassadas em sociedade. Através de questionamentos

práticos sobre a veracidade das informações, por exemplo, podemos

considerar as diferenças que singularizam as relações como possibilida-

des de transformarmos o mundo, indicando novos olhares e interlocuções

estabelecidas com as TDIC. Enquanto reflexão resiliente às manifesta-

ções de ideologias excludentes e condicionamentos manifestados no ci-

berespaço, viabiliza-se a análise das diversas concepções da cultura

dominante, (re)construindo conversações na interdependência humana.

A tecnologia, como meio de expressão humana, que carrega consigo

componentes das transformações socioculturais, visionária de um tempo

da velocidade das informações e dos processos de globalização. Uma

transformação social emancipatória via ciberespaço pode reconfigu-

rar concepções de integração para um novo pensar e agir coletivo,

resistindo à formação tecnificada, possibilitando o diálogo coletivo e

o intercâmbio na construção de aprendizagens solidárias, evolutivas e

desobstrutivas à argumentação crítica. Palavras-chave: Tecnologias Di-

gitais. Gênero. Diálogo. Autoria: Adilson Cristiano Habowski, Donavan

Machado, Elaine Conte.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 58

GRUPOS DE TRABALHO 2

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 304

Roda de Conversa: “FEMINISMOS, FRONTEIRAS IDENTITÁ-

RIAS E REPRESENTAÇÃO DE GÊNERO: UM DIÁLOGO INTERCULTU-

RAL”

1. Epistemologias Feministas e os Diálogos Interculturais na

Educação do Campo: Graziela Rinaldi da Rosa, Janine Corrêa Gomes

(FURG – Brasil).

2- Lideranças Femininas em Comunidades Quilombolas no

Litoral Norte do Rio Grande do Sul / Brasil: Selenir C. Gonçalves

Kronbauer (Faculdades EST – Brasil), Sandra Helena G. Silva (IACOREQ

– Brasil).

3- Fronteira Simbólica e Gênero: um diálogo intercultural entre

Brasil e México: Eliana Müller de Mello, María A. Cisneros Patiño (Uni-

versidad Anáhuac – México).

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 304

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

AS ABORDAGENS DAS MULHERES NEGRAS BRASILEIRAS COMO

UMA PROPOSTA AFROCENTRADA DE DECOLONIALIDADE

NAS AMÉRICAS: Pós-colonialidade e feminismo - paradigmas con-

ceituais impetrados no mundo foram sustentados em âmbitos machista,

classista, racista e sexista, e a crítica do movimento feminista é severa

em relação à assimilação social que é uma muralha a ser atravessada

neste caminho de construção contra hegemônica. Mesmo nos discursos

subalternos, há a possibilidade de neles conter, através da força dos

mecanismos aos quais estão estruturados para ser reproduzida, a for-

ça do capital, neoliberal e colonial. Mulher negra brasileira: um novo

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 59

GRUPOS DE TRABALHO 2

paradigma - A opressão vivida nas sociedades ocidentais precisa ser

lida com uma visão histórica. Para ter uma compreensão integral das

profundas consequências sociais. Em contrapartida, a recriação das tra-

dições africanas como forma de resistência à escravidão e à vida de

subalternidade e desumanização, reconfigurou o espaço/poder destas

mulheres. Observando, experimentando, pesquisando e atuando neste

movimento de resistência e sofrendo efeitos de colonialidade, perce-

be-se nos Terreiros, um novo paradigma social como exemplo. Autoria:

Janine N. Fola Cunha.

GÊNERO, IDENTIDADE E DOCUMENTAÇÃO CIGANA: Da

exclusão itinerante desde a Índia, a caminhada cigana pelo mundo

representou consecutivos êxodos que a caracteriza como nômade. A

segregação contra o povo cigano passou por séculos e ainda se faz

presente nos dias atuais. No contexto brasileiro, a invisibilidade cigana

também é uma verdade, a começar pela indocumentação. Em conjunto

com o grupo cigano, através da metodologia de pesquisa-ação, este

trabalho objetiva contribuir nos processos de visibilidade cidadã. Na

pesquisa ação, utilizamos como instrumentos metodológicos: levanta-

mentos bibliográficos; trabalhos de campo; registro em cadernos de

campo; entrevistas semi-estruturadas e estudo da legislação brasileira.

Os resultados obtidos até o momento apontam para a falta de leis e

políticas públicas específicas do povo em questão, como também evi-

denciam que o nomadismo dificulta no empoderamento para alcançar

a condição de cidadãos no Brasil. Palavras-chave: Pesquisa-ação. In-

documentação. Mulher cigana. Autoria: Stefanie Thais Loyola, Poliana

Oliveira da Silva.

UMA ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES DE JU-

AZEIRO NO FENÔMENO DA ROMARIA DE PADRE CICERO, CONSI-

DERANDO O MILAGRE DA HÓSTIA QUE ENVOLVE A BEATA MARIA

DE ARAUJO E SUAS IMPLICAÇÕES HISTÓRICAS E SOCIOLÓGICAS:

O presente trabalho trata da presença feminina no fenômeno da Ro-

maria de Padre Cicero no Juazeiro do Norte no estado do Ceará, suas

implicações históricas e sociológicas a partir do Milagre ocorrido com

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 60

GRUPOS DE TRABALHO 2

a beata Maria de Araújo e o envolvimento das mulheres da sua épo-

ca com a figura do Padre recém-chegado à cidade de Juazeiro. A

pesquisa bibliográfica se utilizará de fontes informativas acerca desses

fatos, onde buscaremos nas entrelinhas da história destacar os conceitos

e preconceitos sofridos por essas mulheres, principalmente por parte

da sociedade e Igreja Católica. Concluiremos o trabalho observando e

destacando fatos e recortes da história que demonstram o tratamento

destinado às beatas que se fizeram presentes neste cenário eclesial,

como também sua contribuição no cenário místico construído pelos devo-

tos e romeiros e que tem sido assegurado e vivenciado em Juazeiro até

os dias atuais. Autoria: Maria Gorete Pereira.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 304

Comunicações, Pôster ou Relato de Experiência:

O SER PROFESSOR/A NA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS SO-

BRE GÊNERO: O presente trabalho trata sobre o ser professor/a nas

práticas escolares cotidianas e em como essas práticas interferem na

construção de sentidos sobre a identidade de gênero de estudantes.

Acreditamos ser fundamental a discussão das múltiplas identidades que

estudantes assumem dentro da escola, nos diferentes espaços que ocu-

pam, para que possamos debater sobre os processos de discriminação

pelos quais passam em relação às identidades de gênero, culturais,

étnicas e tantas outras. O referencial teórico adotado tem base nos

Estudos Culturais, nos Estudos Feministas e nos Estudos sobre Currícu-

lo. Discutimos questões como: quais elementos favorecem mudanças nas

práticas escolares no sentido de valorizar não apenas a cultura hege-

mônica do patriarcado? Como promover transformações no trabalho

docente de modo a contribuir para o sucesso escolar das/os estudantes?

A investigação nos levou a pensar sobre a construção de uma escola

mais humana que trabalhe mais com os sonhos e menos com as frustra-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 61

GRUPOS DE TRABALHO 2

ções. Autoria: Cátia S. Ribeiro Barcellos, Rita de Araujo Neves, Luciano

Pereira dos Santos.

UMA ANÁLISE SOBRE A REPRESENTAÇÃO DE GÊNERO A

PARTIR DO CURRÍCULO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE PELOTAS

-RS (1875-1910): Esta pesquisa tem abordagem sócio-histórica e como

procedimento metodológico a pesquisa documental – realizada por

meio do conteúdo de propagandas escolares publicadas em periódi-

cos que circularam em Pelotas-RS e através de relatórios intendenciais.

Este artigo tem por objetivo apresentar algumas diferenças na oferta

do ensino primário e secundário privado para meninos e para meninas

durante a segunda metade do século XIX e princípio do século XX. Com

a investigação analisou-se que os discursos expressos nos anúncios so-

bre o ensino primário e secundário feminino e masculino contribuíram

para uma construção de representação de gênero. Também se identifi-

cou uma ampliação das disciplinas ofertadas para o público feminino e,

ainda que conteúdos voltados para a civilidade se fizessem presentes,

algumas instituições de ensino e atores sociais começavam a defender

e a criar alternativas para a implantação de uma “emancipação femi-

nina” – por meio do acréscimo de saberes – que foi divulgado nas pro-

pagandas escolares. Autoria: Helena de Araujo Neves, Luciano Pereira

dos Santos, Cátia S. Ribeiro Barcellos.

ENTRE A PARTILHA E A AUTORIA - SABERES E FAZERES

FEMINISTAS A PARTIR DA RODA DE LEITURA COM MULHERES EM

CONTEXTO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE: O presente trabalho abor-

da a educação de mulheres em contexto de privação de liberdade.

As reflexões tiveram origem na pesquisa-ação realizada com mulheres

jovens e adultas em espaço prisional no Estado do Rio Grande do Sul.

Na investigação, a seleção do material de análise dá ênfase à dimen-

são da religiosidade presente no cotidiano das mulheres, a partir do

escopo poético de Adélia Prado. Sob este aporte, há a possibilidade

de discutir a escrita das mulheres como um desafio de reinvenção da

identidade aliado a uma perspectiva de ruptura com os modos de ler

e narrar a vida das jovens e adultas. A discussão desta experiência

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 62

GRUPOS DE TRABALHO 2

educativa permite notabilizar a Educação de Jovens e Adultos como

um espaço de promoção e ampliação da leitura de mundo e de si,

voltado para mulheres cujos saberes e direitos são sobremaneira des-

valorizados e inferiorizados, uma vez que são produzidos por pessoas

estigmatizadas devido à condição de privação de liberdade. Com isso,

busca-se a supressão das fronteiras simbólicas e identitárias impostas

para estas mulheres. Entre a partilha das experiências e a promoção da

autoria, o estudo sobreleva o elo exequível entre a Educação de Jovens

e Adultos e a produção de saberes e fazeres feministas. Palavras-cha-

ve: Fronteiras Simbólicas e Identitárias. Estudos Feministas. Educação de

Jovens e Adultos. Autoria de Mulheres. Autoria: Douglas Rosa da Silva,

Ana Claudia F. Godinho.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 63

GRUPOS DE TRABALHO 3

GT 03

GÊNERO, RELIGIÃO E POLÍTICA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

COORDENAÇÃO:

Emerson Roberto da Costa – UMESP – Brasil.

Fernanda Marina Feitosa Coelho – UMESP – Brasil.

Tainah Biela Dias – UMESP – Brasil.

Claudirene Aparecida de Paula Bandini – UFSCar – Brasil.

Descrição: A proposta desse Grupo de Trabalho é reunir inves-

tigadores/as das mais diversas áreas de conhecimento para, em pers-

pectiva interdisciplinar, discutir pesquisas que envolvam a articulação

entre gênero, religião e política, sobretudo aquelas que analisam a

atuação de parlamentares que, a pretexto de defender particularismos

religiosos, interpõem obstáculos para a ampliação dos direitos repro-

dutivos das mulheres e dos direitos das chamadas minorias sexuais, de

forma a acarretar tensões no processo de construção da laicidade e

democracia brasileiras quando instrumentalizam o exercício parlamen-

tar como guardião de sua própria moralidade.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 64

GRUPOS DE TRABALHO 3

GT 03 – PROGRAMAÇÃO GERAL 24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h30min –

12h

Mesa Temática I:

Gênero, política e coloniali-

dade: Anete Roese (UnB)

Mesa temática II:

O Plano Nacional de Educação (PNE),

a “ideologia de gênero” e as ameaças

à “família tradicional”: Fernanda M. F.

Coelho e Tainah B. Dias (UMESP).

Tarde

13h30min –

15h

Comunicação, Pôster ou Re-

lato de Experiência:

Letícia F. L. Rocha: CEB’s

e Mulheres: Um estudo sobre

a descolonialidade das par-

ticipantes da Paróquia São

Sebastião, entre às décadas

de 1985 a 1995, na cidade

de Montes Claros – MG.

Valéria C. Vilhena: Frida

Maria Strandberg (1891-

1940): Uma voz insurgente no

início do movimento pentecos-

tal brasileiro.

Renata S. Silva: Religião e

Sexualidade: Um olhar so-

bre as relações de gênero na

juventude católica.

Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

Luciano P. dos Santos; Vanessa S. da

Silva: Diversidade sexual e fundamenta-

lismo religioso nas políticas educacionais

brasileiras.

Gabriela L. Scapini: A nova onda

evangélica: A campanha eleitoral das

Deputadas Federais (2002-2014).

Simone S. Dorneles: Da abjeção e

invisibilidade nos Planos de Educação no

Brasil.

Marcos L. O. da Costa: Planos de

Educação X Projetos de Sociedade.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 65

GRUPOS DE TRABALHO 3

GT 3 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 305

Mesa Temática I: GÊNERO, POLÍTICA E COLONIALIDADE

Palestrante: Anete Roese – Universidade de Brasília – Brasil.

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 305

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

CEB’S E MULHERES: UM ESTUDO SOBRE A DESCOLONIALI-

DADE DAS PARTICIPANTES DA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO, ENTRE

ÀS DÉCADAS DE 1985 A 1995, NA CIDADE DE MONTES CLAROS

-M.G: O presente trabalho é parte da pesquisa de mestrado em Ciên-

cias da Religião que encontra-se em desenvolvimento, na Universidade

Metodista de São Paulo-UMESP. O objetivo da comunicação é apre-

sentar as mulheres participantes das comunidades eclesiais de base-

Ceb’s, entre os anos de 1985 e 1995, na cidade de Montes Claros-M.G.

A pesquisa está focada nas transformações ocorridas nas histórias de

vida destas mulheres, que possibilitaram uma nova conscientização do

papel da mulher na sociedade, na igreja e na família. Buscamos nos

feminismos descoloniais a fonte teórica que permitirá fazer a leitura

deste movimento religioso, e para entender as mudanças advindas des-

ta inserção. Os feminismos descoloniais, conforme propõe as estudiosas

Minoso (2014) e Segato (2010), “são uma ruptura com a visão hege-

mônica, eurocêntrica, racista e burguesa”[1]. O método a ser seguido na

condução deste trabalho será a história oral. Há escassez de pesquisas

na cidade que abordem o tema da Ceb’s, e sobretudo, das mulheres

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 66

GRUPOS DE TRABALHO 3

que compõem esse universo religioso. Sendo assim, a história oral forne-

cerá seus aportes no sentido de auxiliar na reconstrução desse período

estabelecido para a pesquisa. Esta investigação, conforme dito acima,

encontra-se na fase inicial. Desta forma, os resultados a serem apresen-

tados são ainda parciais. Palavras-chave: Mulheres. Feminismos desco-

loniais. Ceb’s. Autoria: Letícia Ferreira L. Rocha.

FRIDA MARIA STRANDBERG (1891-1940) UMA VOZ INSUR-

GENTE NO INÍCIO DO MOVIMENTO PENTECOSTAL BRASILEIRO: O

artigo tem como objetivo apresentar um olhar de gênero no contexto do

processo de organização da Primeira Convenção das Assembleias de

Deus, em 1930. Quais foram as motivações, como se efetivaram os pro-

cedimentos e, por fim, quais foram as reações de Frida Maria Strandberg

diante da resposta negativa dos “homens de Deus” para a sua atuação

nos trabalhos da igreja. Frida Maria Strandberg no início do Movimento

Pentecostal Brasileiro foi uma voz insurreta e silenciada. Seria potencial

inspirador de transformação para as mulheres evangélicas nos dias de

hoje? Palavras-chave: Gênero; Frida Maria Strandberg; Primeira Con-

venção das Assembleias de Deus. Autoria: Valéria Cristina Vilhena.

RELIGIÃO E SEXUALIDADE: UM OLHAR SOBRE AS RELA-

ÇÕES DE GÊNERO NA JUVENTUDE CATÓLICA: A temática da relação

entre sexualidade e juventude tem despertado um forte interesse das

ciências humanas nos últimos anos, tendo em vista que esta correlação

possibilita uma via de acesso intrigante acerca do desenvolvimento das

relações sociais entre homens e mulheres. Como ponto de partida desta

analise se faz necessário compreender que as posições geracionais, neste

caso juventude, devem ser vistas como interseccionais na organização da

vida humana, tornando assim possível ponderar como os mais diversos

formatos e condições de cunho sócio políticos e culturais, incidem direta-

mente sobre os comportamentos sobre esta faixa da sociedade e como

estes se comportam em relação a sexualidade, tendo em vista sua corre-

lação com o exercício religioso. Pretende-se com este estudo possibilitar

uma compreensão acerca da valorização da religião nas relações de

gênero e sexualidade pela juventude e como as mais diversas formas de

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 67

GRUPOS DE TRABALHO 3

representação destas categorias incidem sobre os comportamentos sexu-

ais e reprodutivos destes atores. Por meio de pesquisa divida em duas

etapas, sendo a primeira de caráter bibliográfico, levando em conta o

método critico dialético, para assim partindo da historicidade, definições

contemporâneas, suas classificações, causas e determinantes, analise as

categorias gênero, juventude e religião e suas correlações a fim de possi-

bilitar um embasamento teórico conciso que possibilite na segunda etapa,

que consiste na coleta de dados por meio de entrevistas dirigidas com

participantes na faixa de idade de 15 a 25 anos, de quatro capitais

brasileira: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba a fim de pos-

sibilitar um olhar globalizado acerca das nuances que envolvem os novos

conceitos atribuídos a religião e sua incidência sobre os relações afetivo

sexuais e de gênero da juventude. Palavras-chave: Gênero. Juventude.

Religião. Sexualidade. Autoria: Renata Souza Silva.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 305

Mesa temática II: O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE),

A “IDEOLOGIA DE GÊNERO” E AS AMEAÇAS À “FAMÍLIA

TRADICIONAL”

Palestrantes: Fernanda Marina F. Coelho e Tainah Biela Dias

(UMESP – Brasil).

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 305

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

DIVERSIDADE SEXUAL E FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO

NAS POLITICAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS: A sociedade brasilei-

ra, nas últimas décadas, vem colocando em pauta no campo dos direitos

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 68

GRUPOS DE TRABALHO 3

humanos, o debate sobre identidade de gênero e orientação sexual.

Essas questões tem conquistado espaço em diversos cenários como polí-

tica, educação, mídia e movimentos sociais. No que concerne ao âmbito

político, à discussão sobre identidade de gênero e diversidade sexual

tem sido palco de plataformas de campanhas eleitorais e alvo de in-

tensos e acirrados conflitos entre parlamentares. Este trabalho tem por

objetivo situar historicamente as discussões sobre as sexualidades, des-

tacando as influências de correntes de pensamentos fundamentalistas

e religiosos na construção das políticas educacionais brasileiras. É um

estudo de cunho bibliográfico e documental e suas conclusões aponta

para a necessidade da garantia da laicidade do Estado na formulação

de políticas educativas em favor da igualdade de direitos e da não dis-

criminação por orientação sexual e/ou identidade de gênero. Autoria:

Luciano Pereira dos Santos, Vanessa Silva da Silva.

A NOVA ONDA EVANGÉLICA: A CAMPANHA ELEITORAL

DAS DEPUTADAS FEDERAIS (2002-2014): O objetivo deste trabalho é

debater a interferência do campo religioso no campo político e discutir

até que ponto essa interferência reconfigura a representação política

brasileira. O foco do trabalho recai na intersecção entre Gênero e Re-

ligião, no qual buscamos verificar se as deputadas federais vinculadas

aos segmentos evangélicos e eleitas nos anos de 2002 a 2014 apresen-

taram um viés religioso em suas campanhas eleitorais. Vamos responder

as seguintes questões: nas campanhas eleitorais as deputadas selecio-

nadas tinham um “discurso de gênero” perpassado pelo viés religioso?

Ao longo das trajetórias políticas dessas mulheres elas se apresentaram

como protagonistas ou ingressam na carreira política “ancoradas” em

atores religiosos (bispos/pastores)?. Para responder esses questiona-

mentos, vamos resgatar e analisar tanto as carreiras políticas dessas

deputadas, bem como suas campanhas eleitorais em rádio/tv e blogs.

A metodologia utilizada será a quantitativa e a qualitativa, a última

principalmente vinculada ao recurso de análise de conteúdo. Palavras-

chave: Estudos de Gênero. Religião. Representação Política Feminina.

Autoria: Gabriela Luiz Scapini.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 69

GRUPOS DE TRABALHO 3

DA ABJEÇÃO E INVISIBILIDADE NOS PLANOS DE EDUCA-

ÇÃO NO BRASIL: Este relato constrói-se, a partir do conceito de ex-

periência, um dos eixos centrais das produções teóricas feministas, nas

vivências como educadora na coordenação das mesas temáticas de gê-

nero, diversidade e educação nas conferências nacional, estadual e mu-

nicipal de educação, entre os anos de 2009 e 2015, em Porto Alegre.

Constitui-se em diálogo entre os estudos de gênero e a teoria queer

para exercitar, uma entre tantas outras leituras possíveis, dos processos

históricos vivenciados nas Conferências Nacional, Estadual e Municipal

de Educação quando da sistematização, acompanhamento da aprova-

ção e da exclusão da categoria de gênero e diversidade sexual dos

planos educacionais brasileiros nos últimos anos. Autoria: Simone Silva

Dorneles.

PLANOS DE EDUCAÇÃO X PROJETOS DE SOCIEDADE: O

pôster trata do resultado do trabalho de conclusão de curso de peda-

gogia da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, unidade da

Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que pesquisou a construção

de políticas públicas nos campo da educação, os movimentos de avanço

e retrocesso e as intervenções dos Poderes Legislativo e Executivo na

construção do Plano Nacional de Educação (PNE) e dos Planos Muni-

cipais de Educação (PME). Alguns dos objetivos foram: 1. Identificação

dos municípios em que houve o movimento de retirada dos termos “gê-

nero e sexualidade” dos PME’s; 2. que atores sociais atuaram nesse pro-

cesso e como se deu essa atuação; 3. identificar os discursos em disputa

nesse processo de construção de um modelo de sociedade e que modelo

é esse; entre outros. Esse resultado serve como um alerta para identi-

ficar retrocessos em políticas sociais que vinham ainda se consolidando

ao longo das últimas décadas. Autoria: Marcos Luis O. da Costa.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 70

GRUPOS DE TRABALHO 4

GT 04

BIOPOLÍTICAS DA RELIGIÃO, CORPO E SEXUALIDADES

COORDENAÇÃO:

Ana Claudia Figueroa – Instituto Darlene Garner das Igrejas

da Comunidade Metropolitana – Brasil.

Dário Ferreira Sousa Neto – Universidade Estadual do Para-

ná – Brasil.

Ana Ester Pádua Freire – PUC/MG – Brasil.

Descrição: Espaço de reflexão e apresentação de trabalhos en-

volvendo estudos sobre a relação entre religiosidades, diversidade se-

xual e as diferentes facetas de controle e destinação presentes nas

sociedades humanas. As biopolíticas são práticas disciplinares que pre-

tendem o controle dos indivíduos através de instituições político sociais,

como as práticas religiosas. A presente proposta visa oportunizar um

espaço de debate sobre o papel das práticas e discursos religiosos

utilizados como meios de correção e punição, desvelando suas tecnolo-

gias de comportamento. A ideia é desvelar como a sociedade produz

a distinção entre o normal e o patológico e constitui sistemas de norma-

lização.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 71

GRUPOS DE TRABALHO 4

GT 04 – PROGRAMAÇÃO GERAL

24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Comunicação, Pôster ou Relato de Expe- Comunicação, Pôster ou Relato

de Experiência:

Ana C. Figueroa: Descorti-

nando parentesco: biopolíticas do

discurso religioso no congresso na-

cional

Mariléia Sell: A regulação dis-

cursiva da sexualidade feminina:

uma aproximação etnometodoló-

gica

Roger A. Alberti: Devoção e

desejo: discursos religiosos e pro-

dução de subjetividade

Neilson X. de Brito: Pele: ruí-

dos nas comunicações afetivas e

sociais

David L. Diaz: Crer do ‘meu

jeito’: aproximação à sacralidade,

religiosidade e espiritualidade no

ser humano

riência:

Arielson T. do Carmo: “Deus não faz

acepção de pessoas”: A relação com o sagrado e as redes de sociabilidades em uma célula inclusiva pentecostal na cidade

Pelotas/RS

Manhã

10h30min –

12h

Michel N. Filho: Sexualidade de

Evangélicos no Brasil: O Anunciado versus

a Realidade. Relatos de um “Terapeuta”

Sexual num portal evangélico

Luiz F. B. Cordeiro: A imagem de Deus os

criou: o lugar e o não lugar do homos-

sexual cristão no Brasil

Marcelo P. Fernandes: A influência do

cristianismo no processo de aceitação da homossexualidade - consequentes culpa e

apostasia

Jeferson Buss: Celibato – ser ou não

ser?

Tarde

13h30min –

15h

Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

Joice G. Nielsson, Maiquel Â. D.

Wermuth: Do Corpo Sagrado ao Profa-

no: a história de dominação, resistência

e profanação do corpo no bojo do cris-

tianismo

Catarina F. Bogéa: O Eco da Homos-

sexualidade dentro da Igreja

Marcela Cavalcanti:

Teologia “Queer” e o Direito a Deus

à Fé e à Crença: Uma nova

perspectiva do Direito Humano à

Orientação Sexual e à Identi- dade de

Gênero

Ana E. P. Freire: Crossdressing litúrgi-

co: práticas subversivas do controle bio-

político religioso

Comunicação, Pôster ou Relato

de Experiência:

Tatiani M. Kohls: Percursos

entre Brasil e Suécia: uma abor-

dagem sobre homossexualidade

e religião

Hendrix Silveira: Tradições de

Matriz Africana e Sexo: reflexões

afroteológicas

Luciano P. dos Santos, Helena de

A. Neves, Rita de A. Neves:

Interferência das Crenças Religio-

sas no combate da Homofobia na

Escola

Simone S. Dorneles, Patricia

da S. Pereira: Dos quereres da

vida, da religião, da escola

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 72

GRUPOS DE TRABALHO 4

GT 4 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Anna Maria von Schurmann – Sala 103

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

“DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS”: A RELAÇÃO COM

O SAGRADO E AS REDES DE SOCIABILIDADES EM UMA CÉ- LULA

INCLUSIVA PENTECOSTAL NA CIDADE PELOTAS-RS: As igrejas

cristãs de vertentes diversas, desde um passado remoto até os dias atu-

ais, principalmente as com doutrinas mais ortodoxas e conservadoras,

condenavam e condenam o relacionamento homoafetivo. Atuando como

instituições reguladores de condutas. Categorizando tais relações como

umas das práticas mais pecaminosas e demoníacas praticadas pelos

indivíduos, relegando a homossexualidade ao âmbito do privado (FOU-

CAULT, 1988). Nesta perspectiva, me proponho a apresentar dados

parciais de uma pesquisa que venho realizando em uma Célula Inclusiva

pentecostal vinculada a CCNE – Comunidade Cristã Nova Esperança na

Cidade de Pelotas que propõe uma teologia de aceitação e inclusão da

diversidade sexual. Objetivando entender como dar-se as relações de

sociabilidades e vivências das identidades LGBTTS’s nesse espaço, a re-

lação que os membros mantêm com o sagrado, conhecer a trajetória e o

perfil dos membros frequentadores, ritos e doutrina. Como metodologia

utilizo pesquisa do tipo qualitativa, empregando a etnografia, observa-

ção participante e entrevistas semiestruturadas. Palavras-chave: Célula

Inclusiva de Pelotas. Vivências das Identidades LGBTTS’s. Relações com

o sagrado. Autoria: Arielson Teixeira do Carmo.

SEXUALIDADE DE EVANGÉLICOS NO BRASIL: O ANUNCIA-

DO VERSUS A REALIDADE. RELATOS DE UM “TERAPEUTA” SEXUAL

NUM PORTAL EVANGÉLICO: Durante aproximadamente três meses,

possuindo mestrados nas áreas de teologia e sexologia, atuei como

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 73

GRUPOS DE TRABALHO 4

autor de temas ligados à sexualidade em um portal evangélico nacional

na internet. Apesar do objetivo ser escrever artigos, fui surpreendido

com e-mails dos leitores, uma vez que disponibilizei um email para es-

clarecimentos dos leitores, contando suas vivências, desejos, e dúvidas,

o que acabou revelando uma vivência sexual surpreendentemente di-

versa, e com certeza, destoante de posições apregoadas (e recomen-

dadas) pelos líderes religiosos de suas afiliações religiosas. O objetivo

desta comunicação oral é expor a dissonância entre o apregoado e o

vivido em termos de vivências sexuais, de uma maneira representativa,

desta população. Autoria: Michel Nahas Filho.

A IMAGEM DE DEUS OS CRIOU: O LUGAR E O NÃO LUGAR

DO HOMOSSEXUAL CRISTÃO NO BRASIL: A identidade de um sujeito

é estruturada e estruturante das narrativas às quais esse sujeito é ex-

posto e expõe. A narrativa e o discurso também são determinantes na

relação do sujeito com o espaço. Do ponto de vista da Geografia Cultu-

ral, o espaço também é esse lugar de relações subjetivas, complexas e

contraditórias. É também pela subjetividade que pessoas passam a fre-

quentar lugares e deixam de frequentar outros e esse movimento preci-

sa ser geografado. Ao se assumir homossexual, especialmente diante do

discurso religioso hegemônico no Brasil, o indivíduo muda sua relação

com o espaço. Ele deixa de frequentar alguns espaços que lhe eram de

pertença, passa a frequentar espaços que não eram de sua pertença

e que, em alguns casos, eram inclusive antagônicos ao seu discurso. Esse

trabalho procura mapear essa relação a partir das narrativas teológi-

cas e de como elas se materializam nas relações e no espaço. Autoria:

Luiz Fernando B. Cordeiro.

A INFLUÊNCIA DO CRISTIANISMO NO PROCESSO DE ACEI-

TAÇÃO DA HOMOSSEXUALIDADE - CONSEQUENTES CULPA E APOS-

TASIA: O objetivo deste trabalho foi verificar uma possível conexão en-

tre abuso infantil como gatilho para o desenvolvimento de uma pulsão

homossexual na fase adulta, assim como compreender a influência da

religião cristã durante o processo da aceitação da sexualidade entre

homens que se relacionam com outros homens, sentimentos derivados

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 74

GRUPOS DE TRABALHO 4

deste processo e onde os mesmos se encontram espiritualmente neste

momento (apostasia – negação da religião). Além de termos realiza-

do mais de 1500 entrevistas em um período de 5 anos, ouvimos tam-

bém pastores das chamadas ‘igrejas inclusivas’, sexólogos, psicólogos

e outros estudiosos da área. Para que nossa compreensão se tornasse

ainda mais completa, fizemos um resumo sobre a homossexualidade na

antiguidade em diversas culturas diferentes, o desenvolvimento e cresci-

mento da homofobia e a posição das principais religiões quanto a este

crime. Autoria: Marcelo Pombo Fernandes.

CELIBATO – SER OU NÃO SER?: No século XVI a castidade

era apontada pela Igreja como caminho superior de santidade. O ideal

de vida cristã era a vida monóstica. No senso comum, a salvação pas-

sava pelos mosteiros. A reclusão, isolamento e afastamento do mundo

eram apontados como condição para viver a santidade. Neste contexto

de busca por santidade o celibato iria desempenhar um papel da mais

alta relevância. Apontado como condição necessária para viver a exce-

lência da santidade, o lugar ideal apontado para viver esta condição

eram os conventos e mosteiros. Também Lutero, na busca por uma santi-

dade plena, buscou refúgio no mosteiro de Erfurt e professou o voto do

celibato. Contudo, no decorrer do Movimento da Reforma desencade-

ado em territórios germânicos, Lutero passou a questionar esta prática,

recomendando o casamento. Ele mesmo veio a contrair matrimônio. O

presente estudo discute o celibato na Igreja do século XVI. Trata-se de

um trabalho de revisão bibliográfica, cujo objetivo é contribuir nas dis-

cussões relacionadas com a comemoração dos 500 anos da Reforma.

O estudo defende a tese de que Lutero, ao recomendar o casamento,

contribui para que as mulheres de seu tempo pudessem exercer a au-

tonomia nas suas decisões. Palavras-chave: Lutero, Celibato, Mulheres,

Santidade. Autoria: Jeferson Buss; Flávio Schmitt.

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Anna Maria von Schurmann – Sala 103

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 75

GRUPOS DE TRABALHO 4

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

DO CORPO SAGRADO AO PROFANO: A HISTÓRIA DE DO-

MINAÇÃO, RESISTÊNCIA E PROFANAÇÃO DO CORPO NO BOJO

DO CRISTIANISMO: O presente estudo percorre os caminhos traçados

pelo corpo no seio da cristandade. A partir da filosofia foucaultiana,

busca-se compreender o corpo enquanto objeto privilegiado da atu-

ação de dispositivos de controle. Tais dispositivos, ao atuarem sobre o

corpo individual (disciplinas), propiciam o controle da sociedade como

um todo (biopolítica). Em um primeiro momento, analisa-se de que modo

a construção da doutrina moral cristã, especialmente durante o medie-

vo, forjou um corpo dominado, individual e coletivamente, formatando

subjetividades não autênticas a partir da ideia de um corpo glorioso/

virtuoso. Em um segundo momento, abordam-se as (im)possibilidades de

resistência e libertação dos corpos, a partir da ideia de profanação

resgatada da filosofia de Giorgio Agamben. Compreende-se que esta

perspectiva abre a possibilidade de um “novo uso” do corpo, a partir

de práticas de contestação dos dispositivos que obrigam os indivíduos a

acatar identidades pré-constituídas e a se colocar em espaços de con-

trole pré-dispostos. Autoria: Joice Graciele Nielsson, Maiquel Ângelo D.

Wermuth.

O ECO DA HOMOSSEXUALIDADE DENTRO DA IGREJA: O

presente trabalho visa discutir sobre a obra “Em que creem os que não

creem?”, de Umberto Eco, quanto à questão dos homossexuais reivin-

dicando o reconhecimento perante à Igreja. Paralelamente, reflete a

respeito da influência dessa instituição sobre a violência sofrida pelas

pessoas LGBTs, discorrendo acerca de convenções sociais que atraves-

sam a civilização nas esferas pública e privada. De acordo com o Censo

Demográfico de 2010, o Brasil possui 86,8% de sua nação alicerçada

em preceitos judaico-cristãos. Dessa forma, é necessário se pensar a

respeito desta instituição Igreja como regulamentadora das condutas

de um povo, uma vez que, em posição de grande poder institucional

e engendrada pelo discurso da contenção do desejo, cerceia direitos

e afetividades de quem vai à tangente da heteronormatividade. Para

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 76

GRUPOS DE TRABALHO 4

que haja mudança nesse processo, há de combater o autoritarismo insti-

tucionalizado e a intolerância, eliminando as relações de poder e rede-

finindo a ideia de “solos intocáveis”. Autoria: Catarina Fonseca Bogéa.

TEOLOGIA “QUEER” E O DIREITO A DEUS À FÉ E À CREN-

ÇA: UMA NOVA PERSPECTIVA DO DIREITO HUMANO À ORIENTA-

ÇÃO SEXUAL E À IDENTIDADE DE GÊNERO: Tem-se questionado como

a religião cristã hegemônica impõe um padrão sexual binário e, por

consequência, delimita a liberdade de qualquer variação de desejo e

prazer corporais. Todavia, não se leva em consideração que a imposi-

ção de determinado comportamento sexual é igualmente uma espécie

de violação à liberdade religiosa. Outras perspectivas de fé, como,

por exemplo, a Teologia Queer, tem-se mostrado um caminho de con-

fronto e, ao mesmo tempo, de harmonização entre a sexualidade di-

versificada e o exercício da fé, mediante um projeto de superação da

heteronormatividade (condição sexual fictícia), há muito imposta pelas

muralhas sexuais da religião cristã, com a tentativa de ressignificar a

sexualidade e o gênero. É o direito a ser queer e professar a fé com li-

berdade, incondicionada à orientação sexual e ao gênero do indivíduo.

É a ressiginificação da sexualidade e do gênero, com vistas a permitir

o usufruto da liberdade religiosa, cuja proposta só pode se dar pela

Teologia Queer. Palavras-chave: Teologia. Queer. Religião. Autoria:

Marcela Cavalcanti.

CROSSDRESSING LITÚRGICO: PRÁTICAS SUBVERSIVAS DO

CONTROLE BIOPOLÍTICO RELIGIOSO: Durante séculos, a tradição cris-

tã hegemônica considerou as sexualidades dissidentes como indignas

do seu cabedal moral e ético de condutas. Por meio de discursos regu-

latórios e práticas punitivas, foi construído um sistema religioso de nor-

malização, sobretudo, mediado por seus símbolos. Dentre eles, as vestes

litúrgicas destacam-se como paramentos carregados de uma dimensão

regulatória dos corpos. No ambiente moderno, os grupos outrora mar-

ginalizados, por meio de um desconstrutivismo butleriano, criam estra-

tégias de subversão dessas biopolíticas por meio de tecnologias de

comportamento transviadas. O objetivo desta comunicação é identificar

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 77

GRUPOS DE TRABALHO 4

no uso das vestes sacerdotais das Igrejas da Comunidade Metropolita-

na, uma igreja cristã autodenominada inclusiva, como é construída essa

subversão por meio de imagens de cultos e análise de seus documentos

de fé. Contribuirão para essa reflexão Judith Butler e Fausto Viana. Pa-

lavras-chave: Teologia Queer. Vestes litúrgicas. Igrejas da Comunidade

Metropolitana. Autoria: Ana Ester P. Freire.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Anna Maria von Schurmann – Sala 103

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

DESCORTINANDO PARENTESCO: BIOPOLÍTICAS DO DIS-

CURSO RELIGIOSO NO CONGRESSO NACIONAL: Estudo sobre fun-

damentalismos e sua construção maquínica como regime de verdade

tomando como ponto de referência discursos de deputados federais

brasileiros por ocasião dos debates sobre o Estatuto da Família em

2015 e os seus desbobramentos no trabalho da comissão especial cons-

tituída para sua aprovação. O estudo sobre fundamentalismos se tor-

nam um recorte grotesco quando a expressão se generaliza e passa a

ser utilizada como xingamento de pessoas obtusas e que não utilizam

a razão lógica em sua pretensão de verdade. Este trabalho faz parte

de um exercício de compreensão de como opera o fundamentalismo e

como auxilia na construção de regime de verdade nas vivências legisla-

tiva na câmara de deputados no congresso nacional brasileiro. Trata-se

de uma socialização de resultados parciais de uma investigação semió-

tica de discursos parlamentares. Autoria: Ana Claudia Figueroa.

A REGULAÇÃO DISCURSIVA DA SEXUALIDADE FEMININA:

UMA APROXIMAÇÃO ETNOMETODOLÓGICA: Esta pesquisa, apoia-

da nos preceitos teórico-metodológicos da Análise da Conversa (Sacks,

1992) de natureza etnometodológica (Garfinkel, 1967), analisa qualita-

tivamente interações gravadas em áudio entre uma psicóloga e pacientes

do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a interação, vários aspectos

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 78

GRUPOS DE TRABALHO 4

identitários das pacientes são trazidos à superfície da fala e negociados

entre as interlocutoras. Um desses aspectos emergentes é a construção

de uma feminilidade socialmente viável, que se alinhe aos discursos re-

guladores sobre como performar identidades de gênero. Como não há

identidades pré discursivas (BUCHOLTZ; HALL, 2005), elas precisam ser

constantemente negociadas na fala-em-interação. Na análise dos dados,

é possível verificar que a psicóloga resiste à construção de uma femilida-

de viável, questionando os atributos considerados pela paciente como es-

senciais para a mulher moralmente irrepreensível, gerando, dessa forma,

momentos de tensionamento. Estudos com essa interface possibilitam um

entendimento ampliado sobre o fenômeno relacional da construção de di-

ferentes aspectos identitários, comprovando que não existem identidades

estáticas, homogêneas ou pré-discursivas. Ainda, mostram as interações

cotidianas como um locus privilegiado de significação da experiência hu-

mana e de negociação do self (OCHS; CAPPS, 1996). Palavras-chave:

fala- em- interação. Sexualidade. Corpo. Autoria: Mariléia Sell.

DEVOÇÃO E DESEJO: DISCURSOS RELIGIOSOS E PRODU-

ÇÃO DE SUBJETIVIDADE: Apresentamos uma reflexão acerca de lógi-

cas presentes nos discursos religiosos sobre homossexualidade e como

constituem sujeitos e suas práticas eróticas. Através da teoria de Michel

Foucault, buscou-se discutir como os discursos religiosos sobre a homos-

sexualidade afetam a subjetividade e as vivências sexuais de sujeitos

católicos que se autonomeiam homossexuais. Através de entrevistas com

jovens, religiosos praticantes, que estiveram em seminários, preparan-

do-se para serem sacerdotes, se questiona como estes sujeitos se con-

frontaram com sua orientação homossexual, não encontrando legitima-

de na fé católica. Os valores religiosos se apresentaram constituindo os

significados da sexualidade em suas vidas, nas práticas, na relação com

as famílias, com a devoção, com a marca de, em um dado momento de

vida, terem se identificado como representantes da fé. A experiência

no seminário, foi de grande impacto para a valoração das práticas ho-

mossexuais e a possibilidade de vivenciá-las, o desejo carnal em conflito

com o ideal de castidade. Autoria: Roger Alloir Alberti.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 79

GRUPOS DE TRABALHO 4

PELE: RUÍDOS NAS COMUNICAÇÕES AFETIVAS E SOCIAIS:

A pele pode ser considerada um “lugar de paradoxos”. Ao mesmo tem-

po é superfície e profundidade, dentro e fora, é intercâmbio com o

mundo. É a membrana onde se interpreta o prazer e o desprazer de

um toque. Considerando-se o corpo como um “espelho social”, a pele é

o invólucro desse corpo, cuja imagem está relacionada com a pele. Por

isso, cuidar da pele significa cuidar de tudo. Estando ligada à imagem,

a pele também sofre os efeitos da cultura de mídia. A pele ainda po-

derá adoecer clinicamente, trazendo em si, especialmente quando esse

adoecimento é crônico, problemas de autoestima e relacionais. Portan-

to, esse artigo visa, apresentar conceitos sobre a pele e sua relação

com a psique. Refletir sobre a ação da mídia e da religião diante das

questões traumáticas, envolvendo a pele e evocar a mídia e a religião

como poder positivo na quebra de paradigmas estéticos que auxilie na

autoestima. Palavras-chave: Pele. Mídia. Religião. Autoestima. Autoria:

Neilson Xavier de Brito.

CRER DO ‘MEU JEITO’: APROXIMAÇÃO À SACRALIDADE,

RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE NO SER HUMANO: Nesta comu-

nicação tentamos fazer uma aproximação às categorias de “sacralida-

de”, “religiosidade” e “espiritualidade” desde dois planos: as ciências

sociais e a teologia. Assim, desejamos perceber brevemente como são

compreendidas essas categorias na teoria social: tentaremos fazer uma

reflexão sócio-analítica e perguntar-nos porque existe um fracionamen-

to de modo que, hoje em dia, existem muitas pessoas que querem “crer

sem pertencer” ou, dito de outro modo, procuram “crer do meu jeito”.

O quesito nos leva perguntarmos como é possível que a relação des-

sas três categorias, que fazem parte da dimensão mística da pessoa,

estejam quebradas, rompidas; como se apresentam encontros e desen-

contros na busca de Deus e quais seriam os desafios para a teologia

cristã na construção de uma Igreja que procura o Reino de Deus, sem

esquecer que, mesmo as diferenças sociais, culturais e religiosas, todos

somos filhas e filhos de Deus e que sempre somos acolhidos pela sua

misericórdia. Autoria: David Lima Diaz.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 80

GRUPOS DE TRABALHO 4

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Anna Maria von Schurmann – Sala 103

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

PERCURSOS ENTRE BRASIL E SUÉCIA: UMA ABORDAGEM

SOBRE HOMOSSEXUALIDADE E RELIGIÃO: Este trabalho compõe minha

dissertação de mestrado em Antropologia, intitulada “Uma perspectiva et-

nográfica da discussão sobre a homossexualidade no contexto da IECLB”.

Visando uma discussão e reflexão que nos aproxime da temática da ho-

mossexualidade e da religião, esse artigo parte de uma experiência etno-

gráfica em outro contexto religioso, na Igreja da Suécia, no qual me deparo

com uma igreja luterana que realiza o casamento entre pessoas do mesmo

sexo, e assim, volto meu olhar para a IECLB, refletindo sobre a imposição

de normas e regras sobre o corpo, no qual preceitos religiosos buscam mo-

delar e regular a sexualidade a partir de passagens bíblicas, bem como

a reflexão sobre as mulheres no contexto religioso, que são inferiorizadas

através de uma ideia de sacralização dos papéis sexuais. O texto se ba-

seia em pressupostos das teorias feministas, sustentando uma visão crítica e

política da construção do conhecimento. Autoria: Tatiani Müller Kohls.

TRADIÇÕES DE MATRIZ AFRICANA E SEXO: REFLEXÕES

AFROTEOLÓGICAS: As tradições de matriz africana guardam em sua

ritualística uma simbologia de vida intimamente relacionada à noção

de continuidade desta pelo sexo. Neste contexto elementos mítico-sim-

bólicos masculinos e femininos se entrecruzam nos ritos para configurar

a geração e continuidade da vida observada na natureza. As relações

de gênero nas tradições de matriz africana são sempre isonômicas, não

havendo gênero superior ou inferior, mas diferentes papéis na teia da

vida. Estes papéis são, como diz Eliade, uma “imitação dos arquétipos

das divindades”, os Orixás, Voduns e Inkisis. Esta comunicação preten-

de apresentar elementos que contribuam para a compreensão dessa

cosmosensação, sempre sob na perspectiva pós-colonial da abordagem

afrocentrada. Autoria: Hendrix Silveira.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 81

GRUPOS DE TRABALHO 4

INTERFERÊNCIA DAS CRENÇAS RELIGIOSAS NO COMBATE

DA HOMOFOBIA NA ESCOLA: Na escola, assim como em outros espa-

ços, a homofobia aparece nos discursos docentes, nas piadas de alunos,

nas posturas de funcionários, etc. Este trabalho tem como pretensão ve-

rificar se as crenças religiosas de docentes interferem nas práticas pe-

dagógicas e no combate à homofobia na escola. Os sujeitos do estudo

são 208 docentes de oito escolas de ensino básico da rede pública da

cidade de Pelotas/RS. Os dados foram coletados por meio da apli-

cação de questionários e foram compilados, tabulados e analisados.

A análise pautou-se na análise temática de conteúdo, ancorada nas

investigações de Bardin (1979) e Minayo (2004). Ao fim, conclui-se que

práticas pedagógicas atravessadas por pensamentos conservadores e

pela religiosidade produzem e reproduzem a homofobia. Portanto, per-

cebeu-se que é de fundamental importância a inclusão do debate sobre

diversidade sexual nas grades curriculares promovendo, assim, o enten-

dimento e o respeito às diferentes identidades sexuais e de gênero na

escola. Autoria: Luciano Pereira dos Santos, Helena de Araujo Neves,

Rita de Araujo Neves.

DOS QUERERES DA VIDA, DA RELIGIÃO, DA ESCOLA: Desde

uma perspectiva histórica, por quase cinco séculos de cristianismo apos-

tólico romano instituído como verdadeira experiência de fé e evangeli-

zação em terras brasileiras, das missões jesuíticas educativas e salvíficas

dos indecentes povos originários, somado ao jugo dos africanos não

menos indecentes e escravizados, as práticas educativas sociais e cole-

tivas exercitaram a dominação de corpos e mentes ao poderio patriar-

cal eurocêntrico, modelo humanizador vigente. Na história da educação

brasileira as teologias entrelaçam-se com as pedagogias. Assim, para

falar de Deus, teologando, como que para educar as dores, destas

educadoras que nos habitam, necessitamos compartilhar da vida quee-

rendo desde a escola. Queerendo o quê? Do ideário reformista protes-

tante, sustentado no conceito de sacerdócio universal de todos os crentes

nascem o ideário da pedagogia moderna, as práticas liberais e o surgi-

mento da educação humanizadora do indivíduo, modelo androcêntrico

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 82

GRUPOS DE TRABALHO 4

vigente. No diálogo entre a teologia feminista aos estudos de gênero

e das transgeracionalidades matrifocais da tradição africana, nasce a

suspeita sobre o sujeito universal e o modelo humanizador androcêntrico

e heteronormativo, vigente na Escola contemporânea. Irrompendo nas

demandas de uma aluna transexual iniciada espiritualmente em uma

das religiões afro-brasileiras que deseja um banheiro que possa cha-

mar de seu. Autoria: Simone Silva Dorneles, Patricia da Silva Pereira.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 83

GRUPOS DE TRABALHO 5

GT 05

DEFESA DE DIREITOS COM JUSTIÇA DE GÊNERO: DIACONIA TRANSFORMADORA

COORDENAÇÃO:

Angelique van Zeeland – Fundação Luterana de Diaconia/ FLD

– Brasil.

Julia Rovena Witt – Fundação Luterana de Diaconia/FLD –

Brasil.

Rogério Oliveira de Aguiar – Fundação Luterana de Diaco-

nia/FLD – Brasil.

Márcia Herbertz – Secretária de Políticas para as Mulheres de

Três de Maio/RS – Brasil.

Descrição: No atual cenário político e social brasileiro, onde as

ações voltadas para a garantia de direitos humanos precisam ser for-

talecidas e intensificadas, esse GT tem como objetivo apresentar inicia-

tivas, projetos, pesquisas e relatos que venham ao encontro da proposta

de superação da violência de gênero nos mais diversos contextos e

realidades. Levando em consideração o caráter interdisciplinar da Dia-

conia Transformadora, busca-se responder os eixos temáticos deste con-

gresso (economia, ecologia e ecumenismo), dialogando com as seguintes

áreas temáticas: justiça econômica, justiça socioambiental e direitos hu-

manos. Serão priorizadas ações e pesquisas envolvendo empreendi-

mentos econômicos solidários, cooperativas e associações de catadoras

e catadores de materiais recicláveis, comunidades e povos tradicionais

e organizações que atuam na superação da violência doméstica e fa-

miliar, tendo como pano de fundo a reflexão de gênero.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 84

GRUPOS DE TRABALHO 5

GT 05 – PROGRAMAÇÃO GERAL 24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h30min

– 12h

Mesa Temática/Relato de Expe-

riência:

Mulheres catadoras nas coo-

perativas de reciclagem: Maria

H. dos S. Borba (Cooperativa de

Catadoras e Catadores de Ma-

teriais Recicláveis de Rio Pardo

– COCAMARP)

Economia Solidária com recorte

gênero e racismo: Sueli A. da Sil-

va (Assistente social e integrante do

Fórum de Economia Solidária de

São Leopoldo - RS)

Mediação: Angelique van Zeeland

Mesa Temática/Relato de Expe-

riência:

Superação da violência domés-

tica e a efetivação das políticas

públicas: Márcia Herbertz (Secre-

tária Municipal de Políticas para

Mulheres - Três de Maio – RS)

O protagonismo das mulheres

campesinas nos assentamentos

do MST: Roberta Coimbra (Diri-

gente Estadual do Setor de Gêne-

ro do MST no Rio Grande do Sul)

Mediação: Rogério O. de Aguiar

Tarde

13h30min

– 15h

Comunicação, Pôster ou Relato

de Experiência:

Graciela P. Cornaglia: Pro-

jeto Mulher Catadora é Mulher

que Luta: uma alternativa para

o empoderamento das mulheres.

Felipe G. K. Buttelli: Novas

Perspectivas sobre Teologia e

Desenvolvimento:

Desenvolvimen- to

transformador e o papel da

teologia e das igrejas para o fim

do capitalismo

Angelique van Zeeland, Ma-

rilu N. Menezes, Julia R. Witt,

Rogério O. de Aguiar: Diaconia

Transformadora na interface com

DHESCA.

Comunicação, Pôster ou Relato

de Experiência:

Débora B. Santos, Fernanda

Estrella: Enfrentamento à violên-

cia sexual e doméstica

Flávia G. F. da Silva, Maria- na B.

da Silva, Verônica P. Ma- chado:

Desigualdade de gênero em

ações de marketing das casas

noturnas do Vale dos Sinos: um

estudo sobre a percepção de mu-

lheres e o processo de autoempo-

deramento feminino

Júlio C. O. Sá: Serviço de

Atendimento aos Homens Autores

de Violências

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 85

GRUPOS DE TRABALHO 5

GT 5 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Espaço Margarete Emma Engelbrecht

GEM

Mesa Temática/Relato de Experiência:

MULHERES CATADORAS NAS COOPERATIVAS DE RECICLA-

Palestrante: Maria Helena dos S. Borba – Cooperativa de Cata-

doras e Catadores de Materiais Recicláveis de Rio Pardo/COCAMARP.

ECONOMIA SOLIDÁRIA COM RECORTE GÊNERO E RACIS-

MO

Palestrante: Sueli Angelita da Silva – Assistente social e integran-

te do Fórum de Economia Solidária de São Leopoldo/RS.

Mediação: Angelique van Zeeland.

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Espaço Margarete Emma Engelbrecht

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

PROJETO MULHER CATADORA É MULHER QUE LUTA: UMA

ALTERNATIVA PARA O EMPODERAMENTO DAS MULHERES: A tra-

jetória dos trabalhos realizados pela Fundação Luterana de Diaconia

junto a catadoras e catadores de materiais recicláveis identificou a ne-

cessidade de estabelecer como público prioritário as mulheres. Embora

a maioria das organizações são integradas por mulheres, esta compo-

sição na produção, não se reflete na tomada de decisões e represen-

tações. A FLD responde a esta realidade através do Projeto “Mulher

catadora é mulher que luta”, atendendo 24 organizações no Rio Gran-

de do Sul, realizando ações na área de gestão e direitos, sustentadas

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 86

GRUPOS DE TRABALHO 5

na cooperação e justiça de gênero. Isto é possível por meio dos grupos

de mulheres, onde se ensaiam formas de viver a igualdade, comparti-

lhando experiências e refletindo sobre a realidade. Este processo leva

à busca de novos caminhos onde as mulheres se empoderam de forma

coletiva, protagonizando ações de transformação, enxergando o mun-

do sob a ótica da luta por direitos e justiça para todas as pessoas.

O projeto é desenvolvido em parceria com o Movimento Nacional de

Catadores Materiais Recicláveis e financiado pela União Europeia. Pa-

lavras-chave: Catadoras. Empoderamento. Grupos de mulheres. Justiça

de gênero. Autoria: Graciela Patricia Cornaglia.

NOVAS PERSPECTIVAS SOBRE TEOLOGIA E DESENVOLVI-

MENTO: DESENVOLVIMENTO TRANSFORMADOR E O PAPEL DA TE-

OLOGIA E DAS IGREJAS PARA O FIM DO CAPITALISMO: Este artigo

oferece uma reflexão sobre a relação entre teologia e desenvolvimento

desde uma perspectiva radical. Esta perspectiva procura refletir sobre

a possibilidade de, a partir da teologia, das igrejas e da prática das

pessoas religiosas e de acadêmicxs na área de estudos em teologia de-

senvolvimento, compreendermos desenvolvimento enquanto ferramenta

para superação do capitalismo. O artigo se organiza em quatro está-

gios de reflexão. O primeiro situa a reflexão localmente, tendo como

ponto de partida a tradição e a contribuição conceitual do Progra-

ma de Teologia e Desenvolvimento da Universidade de KwaZulu-Na-

tal (UKZN). Este é um dos programas mais aprofundados na discussão

sobre teologia e desenvolvimento internacionalmente. Se arguirá que o

engajamento teórico e prático do programa tem mudado recentemente

para uma abordagem mais radical sobre práxis de desenvolvimento.

Os dois tópicos que seguem refletirão sobre a noção de desenvolvimen-

to. A primeira enfatizando que temos que reformular a compreensão

sobre o conceito e a segunda apontando caminhos para compreendê-lo

de modo útil e radical para a realidade contemporânea. A última seção

fará conexões com a reflexão teológica, visando uma práxis apocalíp-

tica e ativista para o desenvolvimento transformador. Autoria: Felipe

G. Koch Buttelli.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 87

GRUPOS DE TRABALHO 5

DIACONIA TRANSFORMADORA NA INTERFACE COM

DHESCAS: Diante da atual conjuntura política brasileira que tem afe-

tado profundamente o campo dos direitos humanos, econômicos, sociais,

culturais, ambientais e sexuais (DHESCAS), faz-se urgente o fortaleci-

mento à atuação das organizações da sociedade civil na garantia dos

direitos. Desta forma, esse texto se propõe a fazer uma reflexão en-

volvendo a luta por direitos, incidência política e justiça de gênero na

interface com a Diaconia Transformadora, baseada na abordagem da

atuação da Fundação Luterana de Diaconia – FLD. Cinco áreas temáti-

cas (justiça econômica, justiça socioambiental, Direitos Humanos, Diaco-

nia e Ajuda Humanitária) definem a atuação da FLD na articulação com

as organizações da sociedade civil, coletivos e organizações governa-

mentais, tendo a ação diaconal transformadora e a justiça de gênero

como pontos de partida e conceitos orientadores. Autoria: Angelique

van Zeeland, Marilu Nörnberg Menezes, Julia Rovena Witt, Rogério Oli-

veira de Aguiar.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Espaço Margarete Emma Engelbrecht

Mesa Temática/Relato de Experiência:

SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E A

EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Palestrante: Márcia Herbertz – Secretária Municipal de Políticas

para Mulheres – Três de Maio/RS.

O PROTAGONISMO DAS MULHERES CAMPESINAS NOS AS-

SENTAMENTOS DO MST

Palestrante: Roberta Coimbra – Dirigente Estadual do Setor de

Gênero do MST no Rio Grande do Sul.

Mediação: Rogério Oliveira de Aguiar.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 88

GRUPOS DE TRABALHO 5

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Espaço Margarete Emma Engelbrecht

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA SEXUAL E DOMÉSTICA:

A violência sexual e doméstica coloca-se como um problema em to-

dos os setores da sociedade atual, visto o número preocupante de mu-

lheres violentadas diariamente. Este tipo de violência é comum, atinge

mulheres das mais diferentes idades, mas, a maioria dos casos ainda

permanece na invisibilidade. Ainda existem inúmeras barreiras, cultu-

rais, sociais e até mesmo religiosas, que dificultam a denúncia, dando

lugar ao silêncio. Urge buscarmos formas de mobilização, intervenção

e prevenção para que a violência seja erradicada. A complexidade e

abrangência do assunto mostram que toda a sociedade precisa se unir

no enfrentamento a violência sexual e doméstica garantindo as mulhe-

res os seus direitos. Autoria: Débora Beyer Santos, Fernanda Estrella.

DESIGUALDADE DE GÊNERO EM AÇÕES DE MARKETING

DAS CASAS NOTURNAS DO VALE DOS SINOS: UM ESTUDO SOBRE

A PERCEPÇÃO DE MULHERES E O PROCESSO DE AUTO EMPODERA-

MENTO FEMININO: O objetivo deste trabalho é identificar a percepção

de mulheres a respeito de ações de marketing que oferecem descontos

e promoções para o público feminino como forma de atrair o público

masculino para casas noturnas da região do Vale dos Sinos. Serão levan-

tadas questões sobre a ilegalidade dessas ações e o processo de auto

empoderamento feminino. Trata-se de uma pesquisa qualitativa basea-

da em um estudo de caso. Os dados serão coletados por questionários

para o público feminino, seguido pela realização de análise de conteú-

do para as respectivas respostas. Nos resultados parciais obtidos em um

questionário piloto, observa-se que apesar de reconhecerem as ações de

marketing como uma prática machista e desigualitária, as mulheres ainda

frequentam as festas noturnas e o argumento maior foi o baixo valor dos

ingressos. Como hipótese, explica-se que há o processo de auto empo-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 89

GRUPOS DE TRABALHO 5

deramento feminino em andamento. Autoria: Flávia G. Fraga da Silva,

Mariana Bragischi da Silva, Verônica Pasqualin Machado.

SERVIÇO DE ATENDIMENTO AOS HOMENS AUTORES DE

VIOLÊNCIAS: Desde novembro de 2016 a Associação Isaura Maia de-

senvolve o projeto “Homem Que é Homem Não bate em Ninguém – Ser-

viço de Atendimento aos Homens Autores de Violências”. O Serviço é um

equipamento que visa atender os homens autores de violências contra

mulher, conforme previsto na Lei 11.340/2006 (Lei Maia da penha),

em seus artigos 35 e 45. É um Serviço que visa a responsabilização

do agressor por seus atos, e que o mesmo deixe de utilizar a violência

como forma de resolução de conflitos (reeducação). Serviço é prestado

de forma gratuita onde são priorizados os casos encaminhados através

de determinação judicial. Também podem ser encaminhados casos pela

rede socioassistencial do município, bem como de forma espontânea.

O Serviço desenvolve em primeiro atendimento um processo de escuta

sensível, realizada pela equipe técnica multidisciplinar e são oferecidas

orientações e encaminhamentos de ordem social, psicológica e jurídica.

O Serviço também comporta encontros em grupos em que são aborda-

das temáticas sobre gênero, cultura da violência, sexualidades, direitos

humanos, dentre outros. Os grupos possuem duração de oito encontros

semanais. O projeto conta com a parceria do Juizado de Violência Do-

méstica de São Leopoldo e com o apoio da Fundação Luterana de

Diaconia. Autoria: Júlio C. Oliveira Sá.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 90

GRUPOS DE TRABALHO 6

GT 06

DANÇA, COZINHA, BORDADOS E MÚSICA: OUTRAS FORMAS DE SENTIDOS E SABORES

COORDENAÇÃO:

Edla Eggert – PUC/RS – Brasil.

Angel Mendes – Universidad Iberoamericana – México.

Citlallin Ulloa – Universidad Iberoamericana – México.

Marilu Rojas – Comunidad Teológica – México.

Descrição: O conhecimento não pode ser limitado a um só método e

discurso. E por isso propomos outras formas de fazer teologia por meio de

saberes, sabores e outros sentidos. A ecosofía como expressão e reconheci-

mento dos saberes dos povos da América Latina representada pela teologia

ecofeminista latino-americana e da sofialogia representada pelo pensamen-

to da teologia feminista da libertação como ‘expressão da Divina sofia que

chama a todos @s excluid@s, marginalizad@s e deshumanizad@s e para

reunir ao redor da sua mesa’ (Fiorenza, 2003). Ambas mantém em comum o

reconhecimento da sabedoria expressada manifestada como força d@s ex-

cluíd@s, neste caso, especialmente como força das mulheres. São formas de

acender ao conhecimento e que buscaremos entremeando economia, ecolo-

gia y ecumenismo por meio da: a) Cozinha como uma teologia que se reforma

a cada bocado para ser novamente degustada com novos aspectos históricos

e contextuais. Como ato celebrativo da vida por meio do anúncio de uma

teologia que alimenta contra a cultura da fome. b) Dança como expressão

de uma metodologia espiral e dinâmica de construir a teologia decolonial,

e a teologia da corporalidade – territorialidade. Manifestação da inclusão

na diversidade e pluralidade. c) Bordados como uma ferramenta de tecer

saberes interculturais, inter-religiosos e diálogos ecumênicos de experiências

de mulheres. d) A musicologia feminista como foco que permite observar e

analisar a tarefa de “feminino” ou categorias “masculinas”, como instrumentos

de análise sobre as diferenças que se transformam em desigualdades no am-

biente da música, com o propósito de fazer evidente a exclusão das mulheres

na história da música mexicana e brasileira.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 91

GRUPOS DE TRABALHO 6

GT 06 – PROGRAMAÇÃO GERAL

24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h30min –

12h

---

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiên-

cia:

Sandrali de C. Bueno, Winnie de C. Bueno:

Todo prato é sagrado! A importância do pro-

cesso de preparo dos alimentos nos terreiros

Andréa B. Schneck, Marlise P. Arruda,

Vera R. K. Schneider, Loise N. Hoch, Marli

Brun, Welida R. Pratzel, Valesca Kreutz, Re-

jani D. Krug, Valeria F. Wagner, Ilca B.

Kunz, Maria I. Fuhr, Iria M. Linck: Ateliê de

Pesqui- sa-Formação.

Louraini Christmann (Lola), Louraine R.

Dahm, Leonice Oliveira: Arpilleras Boradando

a Resistência

Ángel F. M. Montoya: Danza Migajas.

Marilu Rojas: La danza como herramienta

heurística y epistémica teológica: Comentario a

la danza ‘migajas’ Mt. 15.21-28

Tarde

13h30min –

15h

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

Edla Eggert: Na mesa de Katharina toda

teologia pode ser... debatida, comida, pensada,

sentida

Catarina F. Bogéa: Envelhecimento ativo: um

caso de São Luís do Maranhão

Iolanda Gehm, Dulce Herzer, Heide Bauer-

mann, Hulda Behne, Leni Exner, Silvia Lamb,

Marli Brun, Mônica C. Fischer, Silvia Genz,

Adriana A. Konig, Gabrielly Y. N. Gomes, Ygria

Tramoz, Nathália Schroer, Andréa C. B. Schne-

ck, Fernanda B. Klabunde, Vanessa Hoelscher:

Projeto Flor de Ipê: questões de gênero nos pro-

cessos de vivência e superação do luto

Cintia R. de A. Dos Santos: Caminhando para

mim através da Teologia Feminista

Elis R. Hoffman: Entretejiendo la literatura de

Gioconda Belli con la Teologia Feminista

Citlalin U. Pizarro: Mujeres mexicanas en la

música de concierto: una historia de exclusión

---

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 92

GRUPOS DE TRABALHO 6

GT 6 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Galpão Brigitta Wallner

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

NA MESA DE KATHARINA TODA TEOLOGIA PODE SER...

DEBATIDA, COMIDA, PENSADA, SENTIDA. Autoria: Edla Eggert.

ENVELHECIMENTO ATIVO: UM CASO DE SÃO LUÍS DO MA-

RANHÃO: O trabalho tem como objetivo relatar a experiência da for-

mação do Baile da Terceira Idade de São Luís do Maranhão, conhecen-

do, paralelamente, a importância do evento na promoção de qualidade

de vida e lazer à pessoa idosa. Contextualizando o estudo à realidade

sociocultural de invisibilidade desta população, este estudo abordará

especificidades políticas, biológicas e sociais neste recorte etário. Idea-

lizado por uma dona de casa idosa, o baile mobiliza pessoas de todo

o estado com o concurso de Miss e Mister da terceira idade, trazendo

ao grupo o reviver da competição e da vaidade, enfrentando a ordem

velada de velhice como perda da potencialidade, da criação, do novo

e do belo. A festa, como possibilidade de experenciar o envelhecer

em uma nova dimensão existencial, gerou mudanças nas participantes

da competição e especialmente na idealizadora. Percebe-se, assim, a

necessidade do contar da história deste baile que trouxe melhorias no

viver desse grupo. Autoria: Catarina Fonseca Bogéa.

PROJETO FLOR DE IPÊ: QUESTÕES DE GÊNERO NOS PRO-

CESSOS DE VIVÊNCIA E SUPERAÇÃO DO LUTO: No rigor do inverno,

as flores do ipê amarelo encantam o mundo com a sua magia. As flores

caem, os frutos se abrem e as sementes se espalham dando lugar ao

verde das folhas. Nas diferentes estações, essa planta segue sua dinâ-

mica. Assim são as trajetórias de vidas das mulheres do Projeto comuni-

tário “Flor de Ipê” de Lindolfo Collor/RS, organizado pela Comunidade

Evangélica de Confissão Luterana de Picada 48 Baixa, Clube de Mães

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 93

GRUPOS DE TRABALHO 6

de Lindolfo Collor e o Programa de Gênero e Religião da Faculdades

EST. Nos encontros do grupo, a vida, a morte, o luto, alegria e tristeza,

graça, fé, medo, culpa, perdão e coragem transformam-se em expres-

são artística e em testemunho de fé e esperança. Nele, a Arteterapia

ressignifica vidas. Entre os desafios do grupo, a reflexão sobre como as

questões de gênero interferem nos processos de vivência e superação

do luto. Autoria: Iolanda Gehm, Dulce Herzer, Heide Bauermann, Hulda

Behne, Leni Exner, Silvia Lamb, Marli Brun, Mônica Coswig Fischer, Silvia

Genz, Adriana Aline Konig, Gabrielly Ynara Nunes Gomes, Ygria Tra-

moz, Nathália Schroer, Andréa Cristina Baum Schneck, Fernanda Beatriz

Klabunde, Vanessa Hoelscher.

CAMINHANDO PARA MIM ATRAVÉS DA TEOLOGIA FEMI-

NISTA: Minha proposta baseia-se em relatar a experiência vivenciada

através de minha inserção no Mestrado Profissional em Teologia da

Faculdades EST, na Linha de Pesquisa Gênero, Feminismos e Diversida-

de. Foram as diferentes formas de produção de conhecimento experi-

mentadas ao longo dos processos vivenciados, que me possibilitaram

a construção de um campo teórico específico: a teologia feminista. “O

meu caminho foi também sendo lapidado por ‘sabores e saberes’. Os

sabores presentes representados pelas frutas secas, pelas cucas típicas

do Sul, pelos chás que nos aqueciam, dentro de um ambiente prepa-

rado com velas e toalhas de chita coloridas. Pensados para acolher e

para proporcionar o simples prazer da troca de saberes. Alinhando e

alinhavando os conhecimentos houve até a possibilidade de crochetar e

tricotar fios de linha e de lã que foram dispostos em sala. Aprendiza-

gens numa perspectiva de pensar sobre a teologia feminista e de gêne-

ro, como uma conversa entre mulheres, e, que juntas constroem novos e

outros saberes”. Autoria: Cintia R. de Aguiar dos Santos.

ENTRETEJIENDO LA LITERATURA DE GIOCONDA BELLI CON

LA TEOLOGÍA FEMINISTA: En este artículo deseamos hacer el ejercicio

de entretejer o pensamiento de Gioconda Belli con la teología feminis-

ta. En la obra de Gioconda Belli encontramos los hilos azul y blanco

que nos llevan a conocer aspectos del País Nicaragua y la participación

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 94

GRUPOS DE TRABALHO 6

de las mujeres en la revolución Sandinista. El hilo morado nos lleva a

conocer aspectos del feminismo que la autora destaca en sus novelas.

Pero también es el hilo que nos sirve de adviento de nuevos tiempos, de

un pensamiento literario feminista que pone en el centro, la experiencia

de las mujeres, cuestiona el sistema patriarcal e identifica las luchas

sociales por avanzar en búsqueda de la libertad sin destruir la relaci-

ón con la familia, con los seres humanos, con Dios y con la naturaleza.

Concluimos enfatizando que la obra de Gioconda Belli nos convida a

tejer los hilos de la literatura con el devenir de una teología feminista

nicaragüense. Autoria: Elis Regina Hoffman E.

MUJERES MEXICANAS EN LA MÚSICA DE CONCIERTO:

UNA HISTORIA DE EXCLUSIÓN. Autoria: Citlalin Ulloa Pizarro.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Galpão Brigitta Wallner

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

TODO PRATO É SAGRADO! A IMPORTÂNCIA DO PROCES-

SO DE PREPARO DOS ALIMENTOS NOS TERREIROS: A experiência de

vivencia no Batuque, expressão religiosa de tradição de matriz africa-

na, não deixa dúvida: todo fundamento de nossa tradição está na co-

zinha e toda energia vital que dedicamos aos orixás passa por ela. Em

tempos mais remotos, a cozinha se imbricava com o cultivo domiciliar de

cada elemento necessário para o preparo dos axés (alimentos oferta-

dos aos orixás) e dos pratos servidos ao povo. A ferocidade do capita-

lismo, as relações de consumo cada vez mais apuradas, os tempos (pós)

modernos reduziram essa ligação. Hoje, poucos terreiros têm espaços

adequados para hortas, galinheiros, currais. Mas, ainda que com adap-

tações impostas pelo modo de sociedade em que vivemos, continuamos

preservando as tradições culinárias do axé em nossos terreiros. Cozi-

nhar em um terreiro é uma tarefa sagrada. A principal delas. Ao iniciar

um novo membro em nossa tradição, é preciso também que ele saiba

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 95

GRUPOS DE TRABALHO 6

o passo a passo da ‘cozinha de santo’. Não há batuque, candomblé,

umbanda, que se sustente sem que seus participantes atuem na cozinha.

Essa participação faz parte da vivencia dentro da comunidade e é

construída cotidianamente, aprimorada no dia a dia do terreiro. Cada

orixá tem seu prato específico, cada prato, um preparo especial, cada

preparo carrega um fundamento e cada fundamento fortalece as rela-

ções de quem cozinha com os orixás. Não basta cozinhar os alimentos

que são relacionados com cada orixá, pois desde o recipiente no qual

são preparados até na forma com que se mexe a colher já se verifica

uma relação sagrada. Os cheiros, os gostos, os temperos, tudo isso tam-

bém tem uma estrita relação com cada um dos deuses-negros-africanos.

Enfim, comer, em uma comunidade de terreiro, significa necessariamente

compartilhar. Autoria: Sandrali de Campos Bueno, Winnie de Campos

Bueno.

ATELIÊ DE PESQUISA-FORMAÇÃO: Bordar a si, num processo

de pesquisa-formação, é o desafio do minicurso “Ateliê de Pesquisa-For-

mação”. Nele as participantes refletirão sobre os processos de pesqui-

sa-formação, seguindo os passos da metodologia de elaboração das

histórias de vidas bordadas: reflexão sobre a proposta e definição dos

objetivos, escuta sensível/terapêutica, narração, desenho, transposição,

bordado, avaliação e sistematização da experiência. A reflexão sobre

a práxis integra todos os momentos do processo de pesquisa-formação

que se constitui como parte do processo de elaboração do projeto de

conhecimento pessoal e coletivo. O curso dialoga, se necessário, com

outras produções artísticas e técnico-científicas. Autoria: Andréa Baum

Schneck, Marlise Pires Arruda, Vera Regina Koch Schneider, Loise No-

emi Hoch, Welida Raddatz Pratzel, Valesca Kreutz, Marli Brun, Rejani

Dahmer Krug, Valeria Fiss Wagner, Ilca Berta Kunz, Maria Iria Fuhr, Iria

Maria Linck.

ARPILLERAS BORADANDO A RESISTÊNCIA: “As arpilleras

são como canções que se pintam” disse Violeta Parra, compositora e

folclorista chilena que criou a técnica a partir de uma antiga tradição

do seu povo e da necessidade das mulheres de denunciar as violações

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 96

GRUPOS DE TRABALHO 6

de seus direitos durante a ditadura militar no Chile. É um ato de sub-

versão e resistência, quando bordados, colagens e muita criatividade,

sobre rústicas telas de aniagem, provenientes de sacos de farinha ou

batata (Arpilleras), viajam o mundo inteiro levando seu grito de protes-

to e ouvindo os gritos locais. O jeito da costura, os pontos do borda-

do não importam. O que importa é a discussão a partir da realidade

sofrida destes grupos de mulheres. O Grupo de Arpilleras Bordando

Resistência é organizado por mulheres da Comunidade Evangélica de

Marrocas, Paróquia de Vila Pratos, Sínodo Noroeste Riograndense (IE-

CLB), em parceria com o MAB (Movimento das Pessoas Atingidas pelas

Barragens), cujas mulheres desenvolvem esta técnica artística popular

em todo o Brasil. Autoria: Louraini Christmann (Lola), Louraine Richter

Dahm, Leonice Oliveira.

DANZA MIGAJAS: Ángel F. Méndez Montoya.

LA DANZA COMO HERRAMIENTA HEURÍSTICA Y EPISTÉMI-

CA TEOLÓGICA: COMENTARIO A LA DANZA ‘MIGAJAS’ MT. 15.21-

28: Marilu Rojas.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 97

GRUPOS DE TRABALHO 7

GT 07

GÊNERO, RELIGIÃO, MEMÓRIA E DIREITOS HUMANOS

COORDENAÇÃO:

Gabriel Maçalai – FAISA Faculdades e Faculdade América

Latina/FAL – Brasil.

Ivo dos Santos Canabarro – UNIJUI – Brasil.

Joice Graciela Nielson – UNIJUI – Brasil.

Rosangela Angelin – Universidade Integrada do Alto

Uruguai e das Missões/URI – Brasil.

Noli Bernardo Hann – Universidade Integrada do Alto Uru-

guai e das Missões/URI – Brasil.

Lizete Dieguez Piber – Universidade Integrada do Alto Uru-

guai e das Missões/URI – Brasil.

Paulo Adroir Magalhães Martins – Universidade Integrada

do Alto Uruguai e das Missões/URI – Brasil.

Descrição: Esse Grupo de Trabalho objetiva trazer a tona o de-

bate sobre os temas centrais: gênero, religião, memória e direitos hu-

manos, como forma de abordar a complexidade das relações psicosso-

ciais. Assim, abordar-se-á temáticas relevantes tais como: laicidade do

Estado, direitos humanos, direitos das mulheres, feminismos, violência de

gênero, insurgências e reconhecimentos de novas identidades sexuais e

de gênero, democracia, cidadania, bem como memória voltada para

gênero e sexualidade, todos os assuntos trabalhados sob uma ótica mul-

ti e transdisciplinar.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 98

GRUPOS DE TRABALHO 7

GT 07 – PROGRAMAÇÃO GERAL

24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h30min

– 12h

---

Mesa Redonda: Interface entre Direitos

Humanos, Religião e Gênero: Joice G.

Nielson, Ivo S. Canabarro, Noli B. Hahn,

Rosângela Angelin, Lizete D. Piber, Paulo A. M. Martins, Gabriel Maçalai

Tarde

13h30min

– 15h

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

SESSÃO 1 – Coordenação: Lizete D.

Piber

Fernanda L. Lowe, Maiquel A. D.

Wermuth, Julia M. Menuci, Karine de

C. Kotlewski, Luana N. Perin: O cor-

po enquanto componente de constru-

ção identitária contemporânea: uma

abordagem teórico-prática a partir

do feminismo

Heloísa C. Campos, Kathlen L. de

Oliveira: A Dominação Masculina na

Religião Cristã e a Influência nas Rela-

ções entre as Mulheres

Rosângela Angelin, Neusa Sch-

norrenberger: Ecofeminismo e Mística

Religiosa nos Movimentos de Mulheres

Camponesas no Brasil

Adriano S. da Rosa, Lizete D. Pi-

ber: Feminicídio: retrato da violência

contra a Mulher

Rosemara Unser: Religião e Vio-

lência contra as Mulheres

Anelise de M. Abadi, Lizete D.

Piber, Débora I. Bolza, Jocieli M. da

Silva, Simone V. Lunkes: Violência

contra a mulher: Visita domiciliar a

mulheres em contexto de violência

SESSÃO 2 – Coordenação: Rosângela

Angelin

Rita de A. Neves, Helena de A.

Neves, Cátia S. R. da Silva: A Ética do

Cuidado como Violência de Gênero

no Discurso Machista de Michel Temer

Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

SESSÃO 4 – Coordenação: Ivo dos S.

Canabarro

Aline Podkowa: Considerações

acerca da “Sobrevivência” de Normas

Patriarcais Medievais na atualidade

Tassiara da S. Senna: O Direito ao

Corpo e à Manifestação da

Sexualidade Feminina: Uma análise

sob a ótica do Cristianismo, no período

da Idade Média

Júlia M. Menuci, Joice G. Nielsson,

Fernanda L. Lowe, Luana N. Perin,

Karine de C. Kotlewski, Maiquel A. D.

Wermuth: Desigualdades de Gênero:

Desenvolvimento da Luta Feminista

no Brasil e a Conquista do Sufrágio

Universal

Luane F. Chuquel, Alef F. Meier, Ivo

dos S. Canabarro: O Regime Militar

no Brasil e a Violação dos Direitos

Humanos contra as Mulheres e

Crianças: a busca ao direito à memória

e à verdade

Gabriel Maçalai, Gilmar A. Bedin:

Medo das “Oprimidas”: O Terrorismo

Oriental Feminino

Catia G. Bonini, Adriana Bentz,

Micheli R. H. Wottrich, Joice G.

Nielsson: Religião e Gênero: A

influência do Cristianismo na construção

do Sistema Patriarcal

SESSÃO 5 – Coordenação: Dra. Joice

Graciele Nielsson e Dra. Rosângela

Angelin

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 99

GRUPOS DE TRABALHO 7

Tarde

13h30min –

15h

Bárbara G. Hasse: Grupo

Reflexivo: O discurso masculino

sobre a violência conjugal

Juscielly K. e Silva, Lizete

D. Piber: Femicídio: impacto

em familiares de mulheres

assassinadas

Josiana B. Andrade:

Dissolvedora de Exércitos,

Dominadora da Ágora e

Seguidoras de Afrodite: a

mulher como simulacro masculino

alienada de seu ser na comédia

aristofânica

Lizete D. Piber: Violência de

Gênero: o que dizem as mulheres

SESSÃO 3 – Coordenação: Noli B.

Hahn e Gabriel Maçalai

Adilson C. Habowski, Ederson

Marchese, Donavan Machado,

Elaine Conte: A Igualdade de

Gênero sob a perspectiva da

Ética da Alteridade para um

Diálogo Ecumênico

Gabriel Maçalai, Bianca Strücker,

Ivo dos S. Canabarro: Jesus

Cristo e sua família:

Combatendo o discurso religioso

fundamentalista no Direito das

Famílias através dos Textos

Bíblicos

Leandro N. Brito, Lina M. B. de

Aras: Nos passos da Madre

Maria de Jesus: Uma análise

feminista sobre a atuação das

Religiosas Missionárias de Nossa

Senhora das Dores na Diocese de

Alagoinhas/BA

Gilson C. Junior: REJU e sua

Contribuição na Discussão de

Gênero e Religião

Lindolfo Runge: O numinoso na

ideia do sagrado

Evelin S. R. Sganzerlla: Hermenêutica Crioula

Luciana Steffen: Direitos sexuais e direitos

reprodutivos das Mulheres com Deficiência e o

Blog “Carol Diversidade”

Lídia O. Magalhães: Rede Cegonha:

integralidade na saúde da mulher

Tatiana R. Hunsper, Lizete D. Piber:

Extensão Universitária: Enfrentamento à

Violência de Gênero

Débora I. Bolzan, Anelise de M. Abadi,

Jocieli M. da Silva, Lizete D. Piber, Simone V.

Lunkes: Projeto Violência e Vulnerabilidade,

discutindo a violência doméstica nas Escolas

Gabrielle S. Dutra: “Atire a Primeira Pedra

Quem Nunca Pecou”: a dignidade da Pessoa

Humana frente ao Encarceramento Feminino

pelo Tráfico de Drogas no Brasil

Renata V. Severo: Relações de trabalho

e terceirização: um estudo de caso com

trabalhadoras do setor de conservação e

limpeza da UFPel

SESSÃO 6 – Coordenação: Paulo A. M. Martins

Kaoanne W. Krawczak, Bianca Strücker,

Ana M. Foguesatto: A proteção que

independe de “orientação sexual”: A (im)

possibilidade de aplicar a Lei Maria da Penha

para proteger às transexuais

Kaoanne W. Krawczak, Juliana O. Santos,

Bianca Strücker: Só nos resta uma «única

escolha»: A relação de travestis e transexuais

com o mercado de trabalho e a necessidade

de recorrer a prostituição

Paulo A. M. Martins: Uma análise

sociojurídica dos ministérios de “cura e

liberação”

Kallile S. da S. Araújo: Transexualidade no

terreiro: Uma investigação sobre identidade

de gênero nos terreiros de candomblé na

cidade de Natal/RN

Bruno B. da Luz: LGBTfobia no Congresso

Nacional: o caso das frentes parlamentares

religiosas contra direitos LGBTs

Carina C. de O. Quines: Relações Humanas e

Poliamor: Aspectos Religiosos, Sociais e

Jurídicos

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 100

GRUPOS DE TRABALHO 7

GT 7 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 307

SESSÃO 1

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

O CORPO ENQUANTO COMPONENTE DE

CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA CONTEMPORÂNEA: UMA

ABORDAGEM TEÓRICO

-PRÁTICA A PARTIR DO FEMINISMO: O presente trabalho tem por

escopo, a partir de algumas delineações iniciais sobre a trajetória do

movimento feminista, bem como do enredo complexo e multifacetado

que envolve a construção identitária do sujeito hodiernamente, tecer

considerações acerca dos elementos que engendram esse processo con-

tínuo de construção reflexiva do “eu”, e, de forma mais específica, as

perspectivas que se descortinam daí tendo em conta as transformações

operadas na forma de tratamento e enfrentamento da questão de gê-

nero, e, como ponto nodal, de compreender, tratar e dispor do corpo

neste contexto. Para o enfrentamento da proposta, além do tradicional

uso da pesquisa bibliográfica e do emprego do método dedutivo, ade-

riu-se à realização de uma entrevista, com aplicação de questionário

sobre a temática, para fins de buscar compreender os deslindes de um

assunto que, de prerrogativa contemporânea, acompanha os devires

históricos e as lutas contra diversas formas de violação de direitos. Au-

toria: Fernanda Liceli Lowe, Maiquel Angelo D. Wermuth, Julia Monfar-

dini Menuci, Karine de Castro Kotlewski, Luana Nascimento Perin.

A DOMINAÇÃO MASCULINA NA RELIGIÃO CRISTÃ E A

INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES ENTRE AS MULHERES: Este texto almeja

discutir como o patriarcado se estabelece de forma predominante na

constituição das religiões. A figura do deus criador do universo se con-

solidou e se difundiu, ao longo da história, na forma masculina, dando

a entender que aquele que tudo constitui e tudo tem capacidade é, por

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 101

GRUPOS DE TRABALHO 7

sua vez, um homem. Nesse sentido, esta pesquisa utilizará o referencial

teórico de I. Gebara, R. Ruther e H. Saffioti, averiguando invisibilizações,

esquecimentos, aniquilamentos de relações e identidades das mulheres.

A metodologia, de forma bibliográfica, primeiramente, debaterá como

ocorrem os processos de estruturação dos ideais de seres do sexo mas-

culino que apagam a representatividade feminina dentro da história. O

papel da mulher, segundo as interpretações da Bíblia que prevalecem

no senso comum, é de submissão aos homens. O fato da mulher ideal

perante aos padrões hermenêuticos bíblicos ser a reclusa, submissa, re-

catada e disponível serviu de base para diversos dos julgamentos hoje

pregados até pelas próprias, que se distanciam do conceito de sorori-

dade, tornando umas juízas dos atos e pensamentos das outras, criando

uma rivalidade que não se vê quando se observa o âmbito masculino.

A construção social, política e religiosa que nos torna rivais nos impe-

de de nos unirmos. Assim, como conclusões parciais, busca-se elucidar

a compreensão de sororidade e de como as interpretações religiosas

interferem na construção de identidades e relações das mulheres com

o mundo e consigo mesmas. Palavras-chave: Sororidade. Submissão.

Padrão. Autoria: Heloísa Camargo Campos, Kathlen Luana de Oliveira.

ECOFEMINISMO E MÍSTICA RELIGIOSA NOS MOVIMENTOS

DE MULHERES CAMPONESAS NO BRASIL: Os Movimentos de mulheres

camponesas no Brasil têm sido bastante ativos, nas últimas décadas, e

feito história. Vindas de um espaço onde o patriarcado é uma cultura

bastante forte, elas conseguiram romper com muitas barreiras e influen-

ciar debates nacionais acerca do cuidado, da soberania alimentar e re-

flexões acerca de uma vida mais igualitária e justa. Assim, este trabalho

pretende analisar a influência da mística religiosa nestes movimentos,

sob o enfoque do ecofeminismo. Diante do estudo, constata-se que estes

movimentos assumem características do ecofeminismo espiritualista do

terceiro mundo, preservando a mística religiosa como parte fundamen-

tal de seus encontros e da luta. Nas místicas revelam-se reflexões acerca

dos problemas da sociedade capitalista patriarcal, a má distribuição de

renda e a necessidade de preservação do meio ambiente natural. Estes

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 102

GRUPOS DE TRABALHO 7

processos místicos servem como espaço de reflexão, empoderamento

e fomento para as ações destes movimentos que trabalham a ética da

responsabilidade. Autoria: Rosângela Angelin, Neusa Schnorrenberger.

FEMINICÍDIO: RETRATO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MU-

LHER: Feminicídio significa o assassinato de mulheres, sendo a forma

mais extrema de violência de gênero. O termo passou a ser reconhe-

cido no Brasil há pouco tempo com a sanção da lei que o tornou uma

qualificadora do homicídio. O patriarcalismo impõe um modelo de re-

lação pautado na submissão e silenciamento, inclusive de desejos, da

mulher. Quando esse modelo é questionado e viabiliza-se a ruptura, a

violência manifesta-se de forma extrema com o assassinato da mulher.

A pesquisa de Iniciação Científica propõe-se a investigar os casos de

feminicídio ocorridos nos últimos dois anos em cidade do interior do

RS. Foram identificados seis casos de feminicídio, sendo um deles em

2015 e os outros cinco em 2016. No estado atual da pesquisa houve

a análise de dois casos. Em ambos o fim dos relacionamentos não foi

suportado pelos assassinos, sendo o motivo dos homicídios. Os homicí-

dios foram cometidos por sentimentos de posse e ambos ocorreram em

via pública, após os assassinos marcarem encontro com as mulheres.

Os dois homens encontram-se privados de liberdade. Palavras-cha-

ve: Feminicídio. Violência. Mulheres. Autoria: Adriano Silva da Rosa,

Lizete Dieguez Piber.

RELIGIÃO E VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: As mu-

lheres foram construindo suas identidades ao longo da história com

forte incisão do patriarcado que as relegou a espaços de submissão

e de opressão, em especial da vida privada. Contudo, a identidade

das mulheres foi sendo construídas a partir da cultura patriarcal que

dominou e criou estereótipos e comportamentos tidos como corretos

para os corpos femininos. Com o advento dos movimentos feministas,

as mulheres do ocidente lograram se organizar contra várias formas

de opressão e, com isso, alcançaram muitos Direitos Humanos até en-

tão só reservados aos homens. Ao que pesem todas estas conquistas,

sua efetivação ainda não é garantida, pois a sociedade segue sendo

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 103

GRUPOS DE TRABALHO 7

patriarcal nos espaços mais variados, a começar pelas Instituições re-

ligiosas que têm influenciado nos valores moral sendo na sua grande

maioria gerar padrões opressivos e repressivos às mulheres, em espe-

cial, no que se refere ao seu lugar no espaço social e sua sexualidade.

Assim, a violência de gênero acaba ocorrendo também dentro das

próprias instituições religiosas que, tradicionalmente, legitimam esses

atos por meio de uma cultura de fé patriarcal, ainda que a presença

feminina seja majoritária nestes espaços. Assim, o presente trabalho,

através de um método de abordagem dedutivo e o método de pro-

cedimento sócio-analítico, pretende analisar algumas formas de vio-

lências oriundas de processos religiosos que afetam as mulheres na

sociedade. Autoria: Rosemara Unser.

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: VISITA DOMICILIAR A

MULHERES EM CONTEXTO DE VIOLÊNCIA: O trabalho vincula-se ao

Estágio de Psicologia junto a Coordenadoria Municipal da Mulher e

consiste na realização de visitas domiciliares a mulheres vítimas de vio-

lência conjugal. O trabalho justifica-se pelo fato da oferta de um espa-

ço de escuta e ressignificação para mulheres que passam pelo processo

de ruptura de relacionamento abusivos. Através das visitas é possível

significar seus discursos, suas vivências, propiciando acolhimento e ainda

se necessário, fazendo encaminhamentos adequados para serviços clí-

nicos ou jurídicos. A importância da escuta e do acolhimento ao relato

trazido pelas mulheres reside na possibilidade da retomada de seu

próprio desejo, de sentir-se fortalecida e apoiada nas suas decisões de

construção de novas modalidades relacionais. Acredita-se que através

da comunicação a mulher pode revelar muito de sua vida, da sua rea-

lidade e de seus sonhos. Através das visitas domiciliares tem sido pos-

sível analisar os efeitos drásticos da violência, as doenças psicológicas

construídas, e assim fortalecê-las nas tomadas de decisões legais e no

processo de separação, trabalhando a autoestima e a autoconfiança.

Autoria: Anelise de Matos Abadi, Lizete Dieguez Piber, Débora Irion

Bolza, Jocieli Maitê da Silva, Simone Vargas Lunkes.

24/08 – Quinta-feira

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 104

GRUPOS DE TRABALHO 7

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 302

SESSÃO 2

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

A ÉTICA DO CUIDADO COMO VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO

DISCURSO MACHISTA DE MICHEL TEMER: A presente pesquisa, com

abordagem qualitativa, utiliza a perspectiva dos Estudos Culturais (EC)

e do feminismo problematizando imagens e discursos divulgados nas

mídias sociais quando das comemorações alusivas ao dia internacio-

nal da mulher, especialmente aquele manifestado por Michel Temer.

Adotou-se os preceitos teóricos de Gilligan (1982) relativos à ética do

cuidado na perspectiva feminista, Hall (1997), quanto às concepções

dos EC, notadamente no que toca à representação da mulher e Saffioti

(2001), sobre a violência de gênero. A partir da ética do cuidado com-

preendemos como o discurso machista se apropria dessa lógica para

impor e limitar as mulheres, mesmo em pleno século XXI, ao lugar de

“belas, recatadas e do lar”. Metodologicamente, através da etnografia

digital mapeamos algumas publicações nas mídias sociais de interesse

à pesquisa. Por fim, concluímos que há violência de gênero na ética do

cuidado, histórica e socialmente imposta às mulheres. Autoria: Rita de

Araujo Neves, Helena de Araujo Neves, Cátia S. Ribeiro da Silva.

GRUPO REFLEXIVO: O DISCURSO MASCULINO SOBRE A

VIOLÊNCIA CONJUGAL: A Lei Maria da Penha (11.340/2006), repre-

senta um importante marco histórico na garantia de direitos para as mu-

lheres, pois além de contemplar medidas protetivas voltadas às vítimas,

preconiza a punição dos agressores. Portanto, considera-se que a reali-

zação do estágio, através do grupo reflexivo com os autores de violên-

cia contra a mulher poderá contribuir na problematização da violência

doméstica. Objetivos: Analisar a violência a partir de depoimentos dos

homens agressores. Métodos: A partir dos encaminhamentos pelo Poder

Judiciário para a Secretaria Municipal de Promoção Humana do Muni-

cípio de Giruá serão realizados encontros semanais com um grupo de

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 105

GRUPOS DE TRABALHO 7

homens denunciados pela Lei Maria da Penha. Resultados e Discussões:

O grupo está sendo realizado e pretende-se atingir como resultado a

reflexão dos homens agressores em torno da violência doméstica, estão

sendo estabelecidas estratégias de prevenção e, nas quais estes homens

possam se perceber no contexto e na resolução dos conflitos familiares.

Palavras-chave: Violência. Grupo Reflexivo. Agressão. Homens. Auto-

ria: Bárbara Gusso Hasse, Lizete Piber Deguez, Elisangela Almeida dos

Santos.

FEMICÍDIO: IMPACTO EM FAMILIARES DE MULHERES AS-

SASSINADAS: Feminicídio significa o assassinato de mulheres, sendo a

forma mais extrema de violência de gênero, esta entendida como a

violência exercida pelos homens contra as mulheres em seu desejo de

obter poder, dominação ou controle. O termo passou a ser reconhecido

no Brasil ha pouco tempo, com a sanção da lei que o tornou uma qua-

lificadora do homicídio. A pesquisa de Iniciação Científica tem como

objetivos conhecer o impacto do feminicídio nos familiares das mulhe-

res assassinadas, descrever suas compreensões de violência e compre-

ender qual razão atribuem às praticas de violência. No estado atual

da pesquisa houve a análise de dois casos de feminicídio ocorridos no

primeiro semestre de 2016 em cidade do interior do RS. Os dois casos

mostram que a relação teve inicio na adolescência. Os históricos fami-

liares indicam haver um padrão de transmissão das experiências de

violência conjugal. Foi possível observar o impacto da violência na vida

desses familiares, onde se pode constatar, além da dor da perda e o

luto terem ocorrido transformações e construções relacionadas a novos

modelos de relacionamento entre homens e mulheres. Palavras-chave:

Feminicídio. Violência. Mulheres. Autoria: Juscielly Kaefer e Silva, Lizete

Dieguez Piber.

DISSOLVEDORA DE EXÉRCITOS, DOMINADORA DA ÁGO-

RA E SEGUIDORAS DE AFRODITE: A MULHER COMO SIMULACRO

MASCULINO ALIENADA DE SEU SER NA COMÉDIA ARISTOFÂNICA:

Dos pequenos festivais religiosos nos campos às Grandes Dionísias nas

Cidades, a comédia grega antiga conquistou um público popular. Ela,

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 106

GRUPOS DE TRABALHO 7

porém, desde o início foi considerada um gênero poético inferior, com-

parada à tragédia, por não apenas imitar, mas também representar os

vícios humanos. A obscenidade, a ambiguidade e a ridicularização de

políticos, hábitos e valores foram elementos que dela participaram, pro-

vocando, assim, o riso em quem a observava. Embora o riso seja natural

da espécie humana, ele deveria ser domesticado (Aristóteles) ou instru-

mentalizado (Aristófanes) por ser uma perturbação da alma (Platão).

Um grande comediógrafo, Aristófanes, em suas peças, ridicularizou tan-

to os homens, quanto as mulheres. Nós, por conseguinte, analisaremos a

imagem da mulher não afortunada que ele caracterizou nas suas obras:

A greve do sexo, A revolução das mulheres e as Tesmoforiantes. Nelas,

as mulheres não afortunadas detinham poder político, possuíam direito

à voz e não se recatavam quando o assunto era interessante para Afro-

dite. Porém, qual foi a causa desses escritos? Por que o uso das vozes

femininas? Por que protagonizá-las, tendo em vista que as mulheres

tinham que se retirar do teatro no momento em que as comédias eram

encenadas? A tragédia utilizou-se da encenação como uma forma de

educar a mulher ser mulher, mas e a comédia? O que ela de fato obje-

tivou? Palavras-chave: Mulher não afortunada. Comédia. Aristófanes.

Autoria: Josiana Barbosa Andrade.

VIOLÊNCIA DE GÊNERO: O QUE DIZEM AS MULHERES:

Compreende-se a violência de gênero como um produto da socieda-

de patriarcal, onde as diferenças naturais entre homens e mulheres se

transformam em desigualdades, que tem permitido ao homem oprimir,

dominar e silenciar a mulher. Compreender as práticas de violência nas

relações amorosas e conjugais e as percepções das mulheres vitima des-

sa violência foram os objetivos da pesquisa. A investigação se configu-

rou como sendo de abordagem qualitativa, descritiva e exploratória

com delineamento de estudo de caso múltiplo. Os dados foram coleta-

dos através de entrevistas com uma amostra composta por oito mulhe-

res, que já sofreram algum tipo de violência conjugal e que haviam feito

ocorrência na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, sendo

todas moradoras de cidade da região noroeste do RS. Estas mulheres

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 107

GRUPOS DE TRABALHO 7

tem clareza da violência que sofrem, sabem identificar os diferentes

tipos de práticas violentas existentes. Todas sofreram ou presenciaram

algum tipo de violência durante a infância e compreendem que a causa

da violência é o ciúme. .Para estas mulheres o homem sente estar ligado

a elas numa relação de poder, em que podem mandar e desmandar

quando quiserem. Autoria: Lizete Dieguez Piber.

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Elisabeth von Rochlitz – Sala 101

SESSÃO 3

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

A IGUALDADE DE GÊNERO SOB A PERSPECTIVA DA ÉTICA DA

ALTERIDADE PARA UM DIÁLOGO ECUMÊNICO: O estudo aborda

as categorias que coloca a alteridade como princípio articulador em

Lévinas para a construção da igualdade de gênero. Ética da alteri-

dade é um desafio para uma sociedade que uniformiza e desvaloriza

a mulher em uma relação de supremacia do eu frente ao alter. É um

processo coletivo de (re)conhecimento para aprimorar o saber reflexivo,

pois a igualdade acontece através de inter-relações, enquanto postura

de abertura à igualdade humana, tornando-se um desafio para resistir

aos modismos e visões centralizadoras, evitando que as mulheres sejam

vistas de maneira reduzida e inexpressiva. Desta forma, quais elemen-

tos Emmanuel Lévinas oferece para mobilizar uma cultura do diálogo

para a igualdade de gênero sob a perspectiva da ética da alterida-

de para um diálogo ecumênico, contribuindo para resistir às distorções

sociais que inviabilizam o reconhecimento da mulher? Trata-se de uma

teologia que conjuga homens e mulheres pelo caminho da alteridade

em que paira a igualdade. Palavras-chave: Alteridade. Lévinas. Gêne-

ro. Igualdade. Autoria: Adilson Cristiano Habowski, Ederson Marchese,

Donavan Machado, Elaine Conte.

JESUS CRISTO E SUA FAMÍLIA: COMBATENDO O DISCURSO

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 108

GRUPOS DE TRABALHO 7

RELIGIOSO FUNDAMENTALISTA NO DIREITO DAS FAMÍLIAS ATRA-

VÉS DOS TEXTOS BÍBLICOS: A religiosidade e seus defensores funda-

mentalistas abrem discussões sobre os formatos e modelos de família. A

evolução e a modernização da família fizeram com que os laços patri-

moniais que firmavas seus contratos matrimoniais fossem, paulatinamen-

te, substituídas pela afetividade que hoje permite a formação núcleos

familiares compostos por indivíduos, independente de sexos, preceitos

religiosos ou forma de união. Neste sentido, o fundamentalismo religioso

multiplica discursos de ódio e preconceito sobre as formas de famí-

lia distintas daquelas que julgam corretas. Assim, este artigo, por meio

do método hipotético-dedutivo e de pesquisa bibliográfica, se questio-

na qual o padrão correto para as famílias “tradicionais” e coloca em

jogo o fundamentalismo religioso cristão ao analisar a família de Jesus

Cristo, comparando a afetividade nela existente com o elemento que

“formaliza” famílias nos dias atuais. Autoria: Gabriel Maçalai, Bianca

Strücker, Ivo dos Santos Canabarro.

NOS PASSOS DA MADRE MARIA DE JESUS: UMA ANÁLI-

SE FEMINISTA SOBRE A ATUAÇÃO DAS RELIGIOSAS MISSIONÁRIAS

DE NOSSA SENHORA DAS DORES NA DIOCESE DE ALAGOINHAS/

BA: O presente trabalho tem como objetivo apresentar, a partir de

uma análise feminista, a atuação das Religiosas Missionárias de Nossa

Senhora das Dores na Diocese de Alagoinhas, Bahia. A Congregação

das Irmãs de Nossa Senhora das Dores foi fundada por uma freira

francesa chamada Maria de Jesus, no início do século XX, precisamente

em 1913, quando esta se instalou no estado de Minas Gerais devido

à perseguição empreendida pelo governo francês contra as religiosas

que, naquele período histórico, se dedicavam ao ensino. No início dos

anos 1970, sob a motivação do Concílio Vaticano II, as Religiosas Mis-

sionárias de Nossa Senhora das Dores foram convidadas a realizar um

trabalho missionário na Diocese de Alagoinhas e lá permaneceram até

o início dos anos 2000, onde desenvolveram ações em prol dos direitos

humanos, sobretudo das mulheres lavadeiras e das crianças do Manga-

lô, um bairro periférico da cidade; o relato e a análise de tais ações

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 109

GRUPOS DE TRABALHO 7

são o principal foco desse trabalho. Palavras-chave: Freiras. Memória.

Mulheres. Crianças. Direitos. Autoria: Leandro Neri Brito, Lina Maria B.

de Aras.

REJU E SUA CONTRIBUIÇÃO NA DISCUSSÃO DE GÊNERO

E RELIGIÃO: O artigo, ora em estudo, pretende analisar a contribui-

ção da Rede Ecumênica de Juventude (REJU), como organização das

juventudes com diversas expressões religiosas na ponte para discussão

de gênero e religião. Portanto, dedicamo-nos a identificar a contem-

poraneidade das juventudes, vista como categoria social, em constante

movimento interdependente de dada sociedade e sua construção, para

então, explorar as formas de religiosidade e a organização concreta

da REJU, como rede que preza a horizontalidade e o diálogo entre

crenças a fim de promover luta pelos direitos. Trabalhando na tangente

igualdade de direitos e deveres e nas diferenças como indivíduos em

uma sociedade plural, buscaremos as pautas de ações contra intolerân-

cia sexual, a criminalização da Homo-Lesbo-Transfobia e a violência

de gênero. Abordaremos as campanhas, o histórico de atuação e as

conquistas alcançadas, a fim de analisar a concretude do trabalho da

REJU. Autoria: Gilson Carreira Junior.

O NUMINOSO NA IDEIA DO SAGRADO: Desenvolve-se na

pesquisa o conceito do numinoso, na obra “O Sagrado” de Rudolf Otto e

uma análise acerca da relação entre o racional e não-racional na ideia

do sagrado. O conceito-chave da obra, sendo usado pelo autor para

designar aquele elemento místico e transcendental que é encontrado em

todas as religiões, constituindo-se no seu mais intimo do seu cerne, sem o

qual, afirmava Otto, não havia Religião. Essa é uma presença marcante

nas religiões semitas, e de forma privilegiada na religião bíblica. O nu-

minoso é um estado absolutamente único da pessoa, no qual o indivíduo

sente ou está consciente de alguma coisa misteriosa, terrível, sagrada. Um

sentimento num estado de dependência. Autoria: Lindolfo Runge.

HERMENÊUTICA CRIOULA: O presente artigo tem como obje-

tivo discutir sobre a hermenêutica a partir de um olhar feminino negro/

crioulo. Esta abordagem está fundamentada nas discussões, reflexões e

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 110

GRUPOS DE TRABALHO 7

textos do Plano de Curso da disciplina de Hermenêutica ministrada no

Curso de Doutorado da Faculdades EST pelo professor Dr. Flávio Schi-

mitt. Autoria: Evelin Sibele R. Sganzerlla.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Elisabeth von Rochlitz – Sala 101

Mesa Redonda:

INTERFACE ENTRE DIREITOS HUMANOS, RELIGIÃO E GÊ-

NERO: Joice Graciele Nielson, Ivo Santos Canabarro; Noli Bernardo

Hahn; Rosângela Angelin; Lizete Dieguez Piber, Paulo Adroir Magalhães

Martins; Gabriel Maçalai.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 307

SESSÃO 4

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

CONSIDERAÇÕES ACERCA DA “SOBREVIVÊNCIA” DE NOR-

MAS PATRIARCAIS MEDIEVAIS NA ATUALIDADE: Este estudo, atra-

vés de uma abordagem hipotética dedutiva, buscar refletir sobre as

influências de normas patriarcais sobre os corpos e vidas das mulheres,

editadas pela igreja católica e o Estado no período medieval. Diante

do estudo, consta-se uma tentativa arquitetada de reconfigurar o pa-

pel das mulheres na sociedade, instituindo o casamento como fator de

reconhecimento jurídico e social. Também foi instituída, juridicamente,

a possibilidade de violência física dos maridos contra as mulheres, a

fim de garantir a submissão e a “harmonia do lar”. Outra norma que

merece destaque é a criminalização do aborto por determinação de

questões políticas da época. Embora estas normas tenham sido “supera-

das” no ocidente, elas seguem no imaginário popular e/ou reforçadas

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 111

GRUPOS DE TRABALHO 7

por igrejas cristãs. Contrária a isso, a Teologia Feminista tem oferecido

contribuições e reflexões importantes para a superação do patriarcado.

Palavras-chave: Submissão das mulheres. Mulheres na Idade Média.

Patriarcado. Teologia Feminista. Autoria: Aline Podkowa.

O DIREITO AO CORPO E À MANIFESTAÇÃO DA SEXUALI-

DADE FEMININA: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DO CRISTIANISMO,

NO PERÍODO DA IDADE MÉDIA: O assunto desta pesquisa relacio-

na sexualidade feminina e religião, delimitando-se o tema para tratar

acerca do direito das mulheres ao seu próprio corpo e à manifestação

de sua sexualidade, levando-se em consideração o Cristianismo, com

ênfase do período da Idade Média. A pergunta que norteia a pesquisa

é esta: Como o Cristianismo, surgido no período da Idade Média, ainda

interfere na maneira como as mulheres exercem sua sexualidade e no

direito sobre o seu corpo? Objetiva-se, de uma maneira geral, anali-

sar a forma como o Cristianismo, daquela época, contribuiu e continua

contribuindo na construção dos estereótipos de gênero, relacionados ao

exercício da sexualidade feminina e à forma como as mulheres podem

dispor do seu próprio corpo. A pesquisa é bibliográfica, recorrendo-se

a uma análise da influência do discurso religioso sobre o corpo das mu-

lheres. Palavras-chave: Sexualidade. Corpo feminino. Discurso religioso

cristão. Idade média. Autoria: Tassiara da Silva Senna.

DESIGUALDADES DE GÊNERO: DESENVOLVIMENTO DA

LUTA FEMINISTA NO BRASIL E A CONQUISTA DO SUFRÁGIO UNI-

VERSAL: O trabalho explora as desigualdades de gênero na história,

analisando o papel da mulher na sociedade patriarcal a partir de ele-

mentos como a submissão, o casamento e a dicotomia público/privada,

que pautou a construção da sociedade civil na modernidade. O estudo

analisa os primórdios do movimento feminista nos Estados Unidos e no

Brasil, especialmente com o movimento sufragista, demonstrando como

ocorreu o lento processo de conquista do voto feminino brasileiro, e

a difícil superação da divisão público/privada, considerando ser esta

uma análise fundamental para a compreensão dos contornos atuais da

sociedade. A metodologia utilizada no estudo é a investigação biblio-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 112

GRUPOS DE TRABALHO 7

gráfica e os resultados dessa análise demonstram que a mulher sem-

pre foi agente ativo no corpo social, embora sua relegação ao âmbito

privado a tenha impedido de participar dos espaços de tomada de

decisão coletiva. Diante desse cenário, a luta do movimento feminista

se traduz no enfrentamento à falta de direitos iguais entre homens e

mulheres, na superação do mito da incapacidade natural e biológica

que foi imposta à mulher, e pelo confinamento no espaço doméstico, que

tornou a esfera pública um lugar inapropriado para a atuação femi-

nina. Palavras-chave: Gênero. Feminismo. Mulher. Igualdade. Autoria:

Júlia Monfardini Menuci, Joice Graciele Nielsson, Fernanda Licéli Lowe,

Luana Nascimento Perin, Karine de Castro Kotlewski, Maiquel Angelo D.

Wermuth.

O REGIME MILITAR NO BRASIL E A VIOLAÇÃO DOS DI-

REITOS HUMANOS CONTRA AS MULHERES E CRIANÇAS: A BUSCA

AO DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE: A ditadura civil-militar foi

um período no qual os brasileiros puderam vivenciar um Estado de

Exceção onde normas e premissas fundamentais de proteção aos di-

reitos individuais e coletivos foram violados e, principalmente, todas

as violações aos Direitos Humanos naquela época. A violência contra

as mulheres e crianças mostrava-se de forma diversa daquelas co-

metidas contra os homens. Essa distinção foi identificada através do

relatório da Comissão Nacional da Verdade, mediante relatos dos

sobreviventes. O presente artigo tem como objetivo analisar a violên-

cia de gênero, em razão de que houve tentativas do Estado de ficar

omissa a verdade, não reconhecendo a prática desses crimes, e ne-

gando a sua existência, ou não buscando conhece-la, acarretando um

abismo à democracia. O Regime Democrático prescinde de se conhe-

cer a verdade, a memória como meio de se fazer justiça, em respeito

às vítimas, às suas famílias e aos sobreviventes, tentando conciliar o

passado e o futuro. Autoria: Luane Flores Chuquel, Alef Felipe Meier,

Ivo dos Santos Canabarro.

MEDO DAS “OPRIMIDAS”: O TERRORISMO ORIENTAL FE-

MININO: O terrorismo, enquanto fenômeno global, tem figurado como

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 113

GRUPOS DE TRABALHO 7

um problema que assola as sociedades atuais e produz muita insegu-

rança e perdas. Como é sabido, o terrorismo é protagonizado por gru-

pos, especialmente de origem muçulmana, que espalham e divulgam o

terror através de atos criminosos, recheados de torturas e mortes que,

não poucas vezes, são transmitidas ao vivo ou divulgas na internet. Tais

iniciativas são alicerçadas, muitas vezes, em aspectos religiosos e tem

como protagonistas normalmente homens jovens. Nos últimos anos, contu-

do, tem se observado que um crescente número de mulheres envolvidas

em atos terroristas, passando a desempenhar a missão de difundir o

medo e a opressão através de atos violentos, como é o caso de Hayat

Boumeddiene (líder do Estado Islâmico). Esta particularidade é o tema

central do presente trabalho. Autoria: Gabriel Maçalai, Gilmar Antonio

Bedin.

RELIGIÃO E GÊNERO: A INFLUÊNCIA DO CRISTIANISMO

NA CONSTRUÇÃO DO SISTEMA PATRIARCAL: O presente artigo

realiza uma análise acerca da influência da mitologia cristã na cons-

trução de uma ordem social fundada na subjugação do sexo femini-

no, onde a autonomia da mulher e a sua participação na sociedade

sofrem, historicamente, com as mais variadas restrições. Outrossim,

expõe como, ainda nos dias de hoje, a religião exerce grande inge-

rência sobre os papeis sociais destinados às mulheres, bem como dita

um modelo de comportamento que deve ser seguido pelas mesmas

nos mais diversos âmbitos de suas vidas. Para tanto, a pesquisa foi

desenvolvida com base no método hipotético dedutivo e na técnica

de revisão bibliográfica, possuindo o intuito de investigar as raízes de

uma religiosidade que se mostra substancialmente opressora quan-

do se trata de questões de gênero e conservadora no que tange ao

empoderamento feminino, a fim de elucidar o quão significativa é a

contribuição do Cristianismo para a perpetuação do sistema patriar-

cal. Autoria: Catia Gabriela Bonini, Adriana Bentz, Micheli Raquel H.

Wottrich, Joice Graciele Nielsson.

25/08 – Sexta-feira

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 114

GRUPOS DE TRABALHO 7

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 302

SESSÃO 5

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS DAS MU-

LHERES COM DEFICIÊNCIA E O BLOG “CAROL DIVERSIDADE”: As

mulheres com deficiência enfrentam barreiras na área dos direitos se-

xuais e dos direitos reprodutivos. São raros os estudos na área, em es-

pecial na área da Teologia. Refletir sobre a relação entre mulheres com

deficiência, direitos sexuais e direitos reprodutivos e Teologia é o objeti-

vo deste trabalho através de uma revisão bibliográfica e da análise do

Blog “Carol Diversidade”. O Blog é de Elisandra Carolina dos Santos,

coordenadora do Grupo Inclusivass de Porto Alegre-RS. Será realizada

uma revisão sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos e mulheres

com deficiência e Teologia, e serão analisadas as postagens no Blog re-

lacionadas com as áreas. Refletir sobre direitos sexuais e direitos repro-

dutivos das mulheres com deficiência a partir da experiência de Carol

e do grupo Inclusivass é uma forma de dar visibilidade às experiências

de mulheres com deficiência e aos seus direitos, desafiando a Teologia

a incluir essas discussões. Autoria: Luciana Steffen.

REDE CEGONHA: INTEGRALIDADE NA SAÚDE DA MULHER:

O presente trabalho objetiva apresentar a Rede Cegonha como modo

de implantação de serviços integrados do Sistema Único de Saúde

(SUS) na atenção à saúde da mulher. E pretende expor algumas fragi-

lidades que interferem no alcance desse objetivo. O método utilizado

é bibliográfico com interpretação analítica dos dados coletados. Apre-

senta possibilidades na formação de redes de atenção a mulher em

seus diversos níveis de ações, se considerando as diversidades e necessi-

dades sociais, culturais e religiosas do grupo materno infantil atendido.

Palavras-chave: Mulher. Rede de atenção à saúde. Sistema Único de

Saúde (SUS). Autoria: Lídia Oliveira Magalhães.

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: ENFRENTAMENTO À VIOLÊN-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 115

GRUPOS DE TRABALHO 7

CIA DE GÊNERO: A violência contra a mulher é expressão da desigual-

dade histórica existente entre os gêneros, sendo utilizada como forma

de oprimir, dominar e controlar a mulher. O projeto de extensão Discu-

tindo a Violência de Gênero surge como consequência de um projeto de

investigação que buscou mapear a realidade em município do interior

do RS. A estratégia metodológica adotada foi a organização e efeti-

vação de Grupo de Encontro com Mulheres Vítimas de Violência e de

Grupo de Estudos de Violência de Gênero. Participaram do Grupo de

Encontro com Mulheres, no ano de 2016, 38 mulheres vítimas de violên-

cia conjugal e no Grupo de Estudos participaram 102 pessoas. Perce-

beu-se que a temática violência é ainda um assunto delicado e doloroso

para quem sofre, sendo necessário haver muita compreensão, delicade-

za com aquilo que se escuta e respeito à dor e às diferentes existências.

Através dos grupos foi possível realizar reflexões e profícuas discussões

sobre Violência de Gênero, assim como pensar novos caminhos para o

enfretamento das diferentes manifestações de violência nas vidas das

mulheres. Palavras-chave: Violência. Gênero. Mulheres. Autoria: Tatia-

na Raquel Hunsper, Lizete Dieguez Piber.

PROJETO VIOLÊNCIA E VULNERABILIDADE, DISCUTINDO A

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NAS ESCOLAS: O projeto “Violência e Vulne-

rabilidade, discutindo a violência doméstica nas Escolas”, articulado ao

Estágio de Psicologia junto a Coordenadoria Municipal da Mulher pro-

põe reflexões e pensares sobre as várias faces que a violência apre-

senta no cotidiano das relações interpessoais. São organizados Grupos

Operativos nas escolas públicas municipais que aderiram a proposta

do projeto. Os grupos abarcam crianças e adolescentes de 5 até 15

anos e acontecem nos horários estabelecidos pela gestão escolar e nas

dependências do estabelecimento de ensino. No grupo são disponibi-

lizadas informações que permitem múltiplos reflexionamentos sobre

violência, tendo como foco a violência contra a mulher. A violência con-

jugal influencia no desenvolvimento infantil e sua manifestação pode ser

percebida no âmbito escolar, através de práticas como agressões, isola-

mento, irritabilidade, dificuldade de aprendizagem, pois grande parte

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 116

GRUPOS DE TRABALHO 7

das crianças e adolescentes que vivenciam a violência em suas casas a

reproduzem em seus outros relacionamentos, naturalizando essa forma

de convivência. Com a prática do projeto evidenciou-se, a partir das

falas dos alunos, as diversas formas de violência vivenciadas por eles,

dentro de suas próprias casas, na vida dos amigos e outros familiares.

Autoria: Débora Irion Bolzan, Anelise de Matos Abadi, Jocieli Maitê da

Silva, Lizete Dieguez Piber, Simone Vargas Lunkes.

“ATIRE A PRIMEIRA PEDRA QUEM NUNCA PECOU”: A

DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA FRENTE AO ENCARCERAMEN-

TO FEMININO PELO TRÁFICO DE DROGAS NO BRASIL: A partir da

proposição bíblica “aquele que de entre vós está sem pecado seja o

primeiro que atire pedra contra ela” (JOÃO 8;7), o trabalho pretende,

por meio de um estudo hipotético-dedutivo, analisar o aumento do en-

carceramento feminino no Brasil, bem como a necessidade de denunciar

o tratamento penal em face da mulher nas perspectivas de gênero e

religião. Ainda, tem por escopo fomentar a cultura do perdão como

solução substitutiva à ideologia carcerocêntrica, objetivando o reconhe-

cimento da situação em que se encontra a mulher submetida às mazelas

do sistema prisional, diante da legitimidade do Estado em atuar efeti-

vamente na redução da discriminação social, diminuição do preconceito,

aplicação e execução da pena e no combate à violência dentro das

prisões. Desse modo, é preciso instituir a cultura do perdão como instru-

mento idôneo para estabelecer formas de ressocialização da mulher

encarcerada e a inviolabilidade da dignidade da pessoa humana no

segmento prisional. Palavras-chave: Cultura. Encarceramento Feminino.

Gênero. Perdão. Religião. Autoria: Gabrielle Scola Dutra.

RELAÇÕES DE TRABALHO E TERCEIRIZAÇÃO: UM ESTUDO

DE CASO COM TRABALHADORAS DO SETOR DE CONSERVAÇÃO E

LIMPEZA DA UFPEL: Esta pesquisa visa observar o trabalho terceiri-

zado de conservação-limpeza em uma instituição de ensino pública, a

Universidade Federal de Pelotas e entender como as mulheres traba-

lhadoras/terceirizadas se percebem nos cenários de trabalho. A ideia

é pensar sobre suas origens sociais e a autopercepção acerca de sua

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 117

GRUPOS DE TRABALHO 7

condição laboral e da organização de sua família. Ainda, observar

como se dá o processo de construção subjetiva de compreensão valora-

tiva dessas mulheres e de suas condições de trabalhadoras juntamente

aos espaços de socialização construídos. O recorte de gênero mostra-se

imprescindível tendo em vista que a maioria das tarefas relacionadas à

conservação-limpeza são realizadas por mulheres. Dos 197 postos de

trabalho no setor, 92% são ocupados por mulheres. Faz-se necessária

para esta pesquisa utilizar uma metodologia qualitativa, através da

história oral temática, valorizando as narrativas biográficas destas mu-

lheres trabalhadoras. Autoria: Renata Vieira Severo.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Elisabeth von Rochlitz – Sala 101

SESSÃO 6

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

A PROTEÇÃO QUE INDEPENDE DE “ORIENTAÇÃO SEXU-

AL”: A (IM)POSSIBILIDADE DE APLICAR A LEI MARIA DA PENHA

PARA PROTEGER ÀS TRANSEXUAIS: Com a promulgação da Lei

11.340/2006, foi criada uma das melhores legislações do mundo den-

tre aquelas que buscam coibir a violência doméstica e familiar contra a

mulher: a conhecida Lei Maria da Penha. Com isso, passou-se a dar ofi-

cialmente maior valor em relação a dignidade da mulher na sociedade.

A versatilidade da Lei permite que o direito fundamental da mulher de

dignidade, faça-se valer em meios à agressões dos mais diversos tipos.

Diante disso, o objetivo do presente artigo é tentar entender como fun-

ciona a Lei Maria da Penha e se ela pode ser aplicada, ou não, para

proteger às transexuais, e de que forma isso ocorre efetivamente. De

modo a concluir pela aplicabilidade da referida lei nos casos em que

os transexuais sejam vítimas de violência doméstica e familiar, com fun-

damento em regras, postulados e princípios que permeiam todo o atual

ordenamento jurídico. Palavras-chave: Direitos Humanos. Lei Maria da

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 118

GRUPOS DE TRABALHO 7

Penha. Transexuais. Violência Doméstica. Violência de Gênero. Autoria:

Kaoanne Wolf Krawczak, Bianca Strücker, Ana Maria Foguesatto.

SÓ NOS RESTA UMA “ÚNICA ESCOLHA”: A RELAÇÃO DE

TRAVESTIS E TRANSEXUAIS COM O MERCADO DE TRABALHO E A

NECESSIDADE DE RECORRER A PROSTITUIÇÃO: O mercado de tra-

balho é muito cruel com travestis e transexuais, apesar da vontade em

encontrar um trabalho com rotina, horário de trabalho e carteira assina-

da, o preconceito fica evidente quando se candidatam a uma vaga. A

resposta é sempre a mesma: não há vagas. O que evidencia os desafios

que travestis e transexuais enfrentam no mercado de trabalho. Com isso

esse grupo acaba tendo como única opção para sobreviver o mercado

informal, ou seja, se prostituir pelas ruas do país. De modo que, com

poucas oportunidades de emprego, cerca de 90% das pessoas trans no

Brasil acabam recorrendo à prostituição em algum momento da vida,

conforme dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (An-

tra). Agora, indo mais além, e sem julgamentos: Você, já parou para se

perguntar quantas pessoas você conhece que são transexuais e travestis

e fazem parte do mercado de trabalho? Palavras-chave: Direitos Hu-

manos. Dignidade da Pessoa Humana. Mercado de Trabalho. Prostitui-

ção. Transexuais. Autoria: Kaoanne Wolf Krawczak, Juliana Oliveira

Santos, Bianca Strücker.

UMA ANÁLISE SOCIOJURÍDICA DOS MINISTÉRIOS DE

“CURA E LIBERAÇÃO” DE IDENTIDADES TRANS: VIOLAÇÕES DE DI-

REITOS HUMANOS E DISCURSOS RELIGIOSOS DISCRIMINATÓRIOS:

Utilizando o método de procedimento sócio-analítico e a abordagem

dedutiva, a pesquisa visa analisar sob um prisma sociojurídico os mi-

nistérios de “cura e liberação” das identidades trans, corriqueiramente

denominados de processos de cura travesti ou cura transexual. A pes-

quisa aborda a perspectiva dos ministérios de “cura e liberação” no

reconhecimento equivocado das identidades trans, os quais traduzem-se

em violações aos direitos humanos das pessoas que passam por esses

procedimentos, seja por vontade própria ou coerção de terceiros. Evi-

dencia-se que as identidades trans são expressões identitárias inteligí-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 119

GRUPOS DE TRABALHO 7

veis que confrontam as normas sociais dominantes de sexo e gênero, es-

tas incapazes de contemplar a diversidade sexual humana, aspecto que

é relacionado ao impacto dos discursos religiosos no reconhecimento

daqueles indivíduos no meio social. Enquanto perdurar essencialismos e

preconceitos nos discursos religiosos, perpetuar-se-á um reconhecimen-

to equivocado das pessoas trans e violações a seus direitos humanos.

Palavras-chave: Identidades trans. Ministérios de “cura e liberação”.

Direitos humanos. Autoria: Paulo Adroir Magalhães Martins.

TRANSEXUALIDADE NO TERREIRO: UMA INVESTIGAÇÃO

SOBRE IDENTIDADE DE GÊNERO NOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ

NA CIDADE DE NATAL/RN: O presente trabalho tem por objetivo re-

fletir acerca da identidade de gênero de mulheres transexuais nos ter-

reiros de candomblé, no que se refere à divisão sexista que rege os ritu-

ais dessa religião, nos terreiros de Natal-RN. Nesse sentido, acionando

autores como BASTIDE (2001) e PRANDI (1996), e, considerando toda

a estrutura mítica do candomblé, em que medida a mulher transexual

adepta e participante dos processos ritualísticos que embasam referida

religião, exercem sua identidade de gênero (feminina) no exercício das

atividades baseadas no sexo biológico (masculino) nos rituais candom-

blecistas? Pauta-se como ferramenta metodológica, a pesquisa biblio-

gráfica acerca da interface entre gênero, tendo como aporte BUTLER

(2003), e religião no campo das Ciências Sociais. Assim como, a etno-

grafia com observação participante, tal como leciona OLIVEIRA (1998).

Pretende-se, por fim, fomentar, em certa medida, a discussão sobre a

transexualidade tendo como lócus de pesquisa o contexto da religião

candomblecista na cidade de Natal/RN. Autoria: Kallile Sacha da S.

Araújo.

LGBTFOBIA NO CONGRESSO NACIONAL: O CASO DAS

FRENTES PARLAMENTARES RELIGIOSAS CONTRA DIREITOS LGBTs:

Através de um estudo hipotético-dedutivo, o trabalho pretende analisar

quais têm sido as principais divergências entre as Frentes Parlamentares

Religiosas do Congresso Nacional brasileiro e as lutas LGBTs. Diante

disso, constata-se a predominância no Congresso Nacional (órgão res-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 120

GRUPOS DE TRABALHO 7

ponsável pela criação de direitos), ainda nos dias atuais, de dogmas

religiosos conservadores e patriarcais, influenciando no que concerne

aos direitos de minorias, dentre eles do público LGBT. Esses grupos mi-

noritários que estão em constante batalha pela garantia do reconheci-

mento jurídico, respeito e espaço na sociedade, são reprimidos quando

se deparam com esses segmentos religiosos no Congresso, que repre-

sentam uma grande barreira conservadora que impede a progressão

de tais direitos e, ainda, buscam retirar direitos, como é o caso dos

Projetos que tramitam sobre o Estatuto das Famílias, que, inclusive, são

contra os preceitos constitucionais, os proíbem discriminação por sexo,

já ratificados pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro. Autoria: Bruno

Bender da Luz.

RELAÇÕES HUMANAS E POLIAMOR: ASPECTOS RELIGIO-

SOS, SOCIAIS E JURÍDICOS: As formas das relações afetivas ao longo

da história sempre foram cambiantes, criando-se padrões para cada

época e/ou cultura. Através de uma pesquisa hipotética dedutiva e

estudos na área da sociologia, teologia e direito, este trabalho preten-

de refletir sobre outras formas de uniões afetivas “não monogâmicas”,

destacando o poliamor, que vem levantando fervorosos debates. As-

sim, busca-se vislumbrar aspectos religiosos, sociais e jurídicos em tor-

no desta forma de relacionamento humano. O estudo aponta para a

existência de um elevado preconceito social e de religiões cristãs, em

especial sobre as mulheres. Referente a tutela do Estado, ainda não

existem previsões legais sobre aspectos jurídicos envolvendo o poliamor,

fazendo com que o judiciário legisle para cada caso. Enquanto isso, o

preconceito do Congresso Nacional, embasado em aspectos religiosos é

bastante significativo quanto a novas formas de família. Palavras-cha-

ve: Diversidade e Religiosidade. Poliamor. Relações Humanas. Autoria:

Carina C. de Oliveira Quines.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 121

GRUPOS DE TRABALHO 8

GT 08

RELAÇÕES DE GÊNERO NA LITERATURA SAGRADA: IMPLICAÇÕES PARA ECOLOGIA,

ECONOMIA E ECUMENISMO

COORDENAÇÃO:

Ivoni Richter Reimer – PUC/GO – Brasil.

Carolina Bezerra de Souza – PUC/GO – Brasil.

Stefani Niewöhner – Faculdades EST – Brasil.

Flávio Schimitt – Faculdades EST – Brasil.

Jaiane Kroth – Faculdades EST – Brasil.

Descrição: Textos sagrados e suas interpretações contribuíram, e

ainda o fazem, em processos de mudanças e permanências socioculturais

e econômicas na história da humanidade, estabelecidos em torno de re-

lações de poder, entre as quais incluem-se também relações de gênero.

Esses textos podem assumir o papel de ‘modelos de ação’ no trânsito da

produção, circulação e apropriação/rejeição de enunciações, atuando

como poderosos meios de intervenção e mobilização sociais. Textos sa-

grados, pois, são entendidos como poderosos meios comunicativos que

ajudam a construir, consolidar, legitimar ou mudar mentalidades, valo-

res e comportamentos. As narrativas sagradas refletem experiências

de crianças, mulheres e homens, de idades, classes e etnias diversas, e

boa parte delas foram geradas em contextos socioculturais de discri-

minação, exploração e exclusão. Várias são as narrativas/experiências

que podem ser vistas como um espaço contracultural de solidariedade

e resistência que tem implicações nas identidades, relações sociais, reli-

giosas, econômicas e na vivência com a natureza. Como (de)codificação

simbólica e polissemia de sentidos, os textos sagrados e suas interpre-

tações participam de dinâmicas e poderes que escondem e expõem,

interditam e promovem diversas propostas e vivências contraculturais,

mas também permitem que posturas hierárquico-dogmáticas se enrije-

çam em relação à construção de identificações e espaços heterotópicos.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 122

GRUPOS DE TRABALHO 8

GT 08 – PROGRAMAÇÃO GERAL 24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h30min –

12h

Mesa Temática do GT: Ivoni R.

Reimer (PUC/Goiás), Carolina B.

de Souza (PUC/Goiás), Flávio

Schmitt (Faculdades EST)

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

Stéfani Niewöhner: O dia de YHWH

em Sofonias: libertação para oprimidos

e oprimidas

Marcelo R. Saldanha: A Imago Dei e

as digitais no barro

Gustavo Schmitt: A expressão ma-

terna de YHWH: Um estudo do oráculo

de salvação de Is 43.1-7.

Adilson C. Habowski, Donavan

Machado, Elaine Conte: Um diálogo

hermenêutico sobre a homossexualidade

Tarde

13h30min –

15h

Comunicação, Pôster ou Relato

de Experiência:

Odja B. Santos: Uma Nova

Prática Interpretativa da Bíblia

e a Superação de Modelos Pa-

triarcais de Igreja: Um Relato de

Experiência a partir da Igreja

Batista do Pinheiro

Miquéias M. Pontes: Um

ethos e muitas morais: o resgate

da justiça mínima, da veneração

sagrada e da compaixão ne-

cessária

Eduardo dos S. de Oliveira:

Mulheres: novo arquétipo para o

seguimento em Marcos

Cleusa Caldeira: Mulher

negra interpretando a própria

história: o problema não é racis-

mo de Miriam, mas a coloniali-

dade do poder

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 123

GRUPOS DE TRABALHO 8

GT 8 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Anna Maria von Schurmann – Sala 102

Mesa Temática do GT:

Palestrantes: Ivoni Richter Reimer (PUC/GO), Carolina Bezerra

de Souza (PUC/GO), Flávio Schmitt (Faculdades EST).

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Anna Maria von Schurmann – Sala 102

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

UMA NOVA PRÁTICA INTERPRETATIVA DA BÍBLIA E A SU-

PERAÇÃO DE MODELOS PATRIARCAIS DE IGREJA: UM RELATO DE

EXPERIENCIA A PARTIR DA IGREJA BATISTA DO PINHEIRO: Para

superar a cultura da violência contra as mulheres e desigualdade de

gênero é preciso romper com as interpretações bíblicas patriarcais pre-

sentes na Igreja e na sociedade. Partimos da hipótese de que novos

caminhos interpretativos da Bíblia são fundamentais para provocar e

transformar os modelos patriarcais da Igreja e da Sociedade. Neste

sentido, as comunidades religiosas são espaços privilegiados porque

conseguem reunir mulheres de diferentes experiências e realidades.

Mulheres que não têm estudo, mas têm rica experiência, mulheres enga-

jadas politicamente e mulheres que nunca se envolveram em qualquer

movimento, mulheres emancipadas e mulheres submissas, mulheres com

todos os tipos de diferenças que têm em comum o fato de ser mulher e

sofrer algum tipo de opressão. Por meio dos grupos de leitura bíblica

nas comunidades, pode-se dar acesso a essas mulheres que ficam às

margens das academias e dos círculos fechados, intelectualizados. Um

grupo de mulheres, denominado de Grupo Flor de manacá a partir

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 124

GRUPOS DE TRABALHO 8

dos referenciais da Leitura Popular e Feminista da Bíblia, em ambiente

sororal de fé e liberdade com cantos, orações e celebrações e festas,

elementos lúdicos e simbólicos desenvolveu uma nova prática interpre-

tativa da Bíblia na Igreja Batista do Pinheiro. Através da metodologia

de abordagem qualitativa esse trabalho pretende analisar material bí-

blico e litúrgico da Igreja Batista do Pinheiro e promover uma reflexão

sobre a relação entre a prática interpretativa das mulheres e as trans-

formações de gênero na prática eclesial da Igreja Batista do Pinheiro.

Autoria: Odja Barros Santos.

UM ETHOS E MUITAS MORAIS: O RESGATE DA JUSTIÇA MÍ-

NIMA, DA VENERAÇÃO SAGRADA E DA COMPAIXÃO NECESSÁRIA:

As relações de gênero na literatura sagrada trazem algumas implica-

ções sobre o ethos mundial como um consenso mínimo entre os humanos.

Propõe um resgate da justiça mínima, da veneração sagrada e da com-

paixão necessária para viver e conviver no meio de muitas morais. Este

ethos implica uma igualdade e equidade de gênero como pré-requisitos

para um desenvolvimento sustentável. Um ecofeminismo como uma se-

mente que germina, cresce e se espalha em busca de uma redefinição

entre os seres humanos e a natureza. Um ethos que tem como Deus, a

fonte de toda a incondicionalidade ética. Autoria: Miquéias Machado

Pontes.

MULHERES: NOVO ARQUÉTIPO PARA O SEGUIMENTO EM

MARCOS: Visamos analisar o papel das mulheres como incentivadoras

às comunidades de Marcos, as quais figuram como novo “padrão” para

o seguimento. O número das mulheres que figuram no evangelho de

Marcos totaliza sete: a sogra de Pedro, as duas mulheres praticamente

mortas há 12 anos, a siro-fenícia, a viúva, a mulher que unge Jesus e as

que o acompanham até a cruz. A inovação de Marcos está em apre-

sentá-las positivamente em sua relação com Jesus, indicando-as como

modelos de discípulas, mesmo situadas numa sociedade patriarcal. Pas-

sando o olhar sobre esses relatos, sob alguns passos do método histó-

rico-crítico, pretendemos descortinar um novo horizonte, no qual novas

relações com Deus e com a comunidade podem ser estabelecidas por

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 125

GRUPOS DE TRABALHO 8

meio de modelos que causam impacto ao leitor. Autoria: Eduardo dos

Santos de Oliveira.

MULHER NEGRA INTERPRETANDO A PRÓPRIA HISTÓRIA:

O PROBLEMA NÃO É RACISMO DE MIRIAM, MAS A COLONIALIDA-

DE DO PODER: Inseridas num projeto que propugna uma “Hermenêutica

Negra Feminista Decolonial” como resposta bíblico-teológica ao clamor

dos movimentos das mulheres negras que sobe aos céus como experi-

ência análoga ao clamor do povo escravizado registrado no Êxodo,

apresentamos um exercício de interpretação coletiva da narrativa de

Números 12.1-12. Como um projeto de resistência a razão hegemônica,

buscamos descrever uma interpretação coletiva realizada por mulheres

num curso de leitura popular da Bíblia promovido pelo CEBI, na Ilha de

Itaparica, em 2011. Ressaltamos que a aproximação coletiva de mulhe-

res a essa narrativa partiu da suspeita de que a interpretação clássica

que afirma a intriga entre as mulheres por causa da raça da mulher de

Moisés está enraizada na colonialidade do poder. Essa interpretação

eurocêntrica e etnocêntrica serve tanto à subordinação da mulher negra

como para inviabilizar o poder sócio-religioso das mulheres e, de modo

especial, das mulheres negras. Buscamos, através da apresentação de

um monólogo criativo, tirar da invisibilidade e devolver a voz à mulher

negra em sua função de liderança no seio da comunidade do Antigo Is-

rael. Com isso, é evidenciada a “colonialidade da autoridade” quando

se nega a participação ativa das mulheres negras como líderes espiritu-

ais no universo da Bíblia sagrada. Nesse exercício hermenêutico, busca-

se reabilitar o protagonismo das mulheres negras na narrativa bíblica

capaz de promover outro imaginário das relações de poder, no qual a

sororidade assume a centralidade. Palavras-chave: Mulheres negras.

Colonialidade do poder. Descolonização da interpretação. Sororidade.

Autoria: Cleusa Caldeira.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Anna Maria von Schurmann – Sala 102

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 126

GRUPOS DE TRABALHO 8

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

O DIA DE YHWH EM SOFONIAS: LIBERTAÇÃO PARA OPRI-

MIDOS E OPRIMIDAS: Com base em pesquisas bibliográficas e exegé-

ticas, este artigo pretende estudar o conceito do dia de YHWH dentro

da profecia clássica do Antigo Testamento, especialmente em Sofonias.

A descrição dos profetas usa elementos da tradição das teofanias de

YHWH e as “guerras santas” do Israel tribal. Apesar da aparência

negativa dos aspectos que acompanham o dia de Javé no texto bí-

blico - ruína, guerra, caos, escuridão e tempestade - destacamos seus

aspectos teológicos positivos. No dia de YHWH de Sofonias, o Senhor

traz justiça aos pobres e humildes, às excluídas, à viúva, aos órfãos e

aos estrangeiros. O dia de YHWH é um evento que marca o fim de

estruturas opressivas e libertação para pessoas oprimidas: homens e

mulheres, rurais e urbanas. As acusações dos profetas ainda são muito

atuais. Como os profetas, ainda estamos esperando o dia de Javé. Mui-

tos já foram vividos. Muitos ainda estão por vir. Palavras-chave: Dia de

YHWH. Sofonias. Libertação. Autoria: Stéfani Niewöhner.

A IMAGO DEI E AS DIGITAIS NO BARRO: Esse artigo propõe

uma leitura fenomenológica dos relatos poéticos da criação de Adam,

buscando nos textos de Gênesis o modo de doação da primeira experi-

ência espiritual do ser que traz em si o masculino e o feminino. Pensando

fenomenologicamente, entendemos a experiência de Adam como dá-

diva recebida na passibilidade da doação da vida, na qual o humano

não é um ser investigativo, mas pura receptividade diante de Elohîms.

Se só a Vida é capaz de conhecer-se, somente ela pode dar-se a reve-

lar, e sendo ela o Si puro que dá sentido a toda ipseidade, buscaremos

na organicidade do evento criacional a forma como Elohîms grafou,

como Imago Dei, a sua prova de si e o telos que faz com que todo vivido

encontre no sentimento, na impressão, na sensação a única possibilidade

de vivência imediata de ser, já que viver consiste em experimentar a si

mesmo. Autoria: Marcelo Ramos Saldanha.

A EXPRESSÃO MATERNA DE YHWH: UM ESTUDO DO ORÁ-

CULO DE SALVAÇÃO DE IS 43.1-7: A pesquisa veterotestamentária

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 127

GRUPOS DE TRABALHO 8

tem se ocupado com grande ênfase com a escola profética do Isaías do

século VI a. C.. Cunhou-se a hipótese de denominar os capítulos 40-55

de Dêutero-Isaías, diferenciando este bloco do anterior e posterior. No

Dêutero-Isaías encontram-se diversos hinos e poesias. Tem-se, portanto,

no Dêutero-Isaías o suprassumo da poesia hebraica. Este artigo tem por

finalidade analisar o oráculo de salvação de Is 43.1-7, por meio do mé-

todo histórico-crítico. Tem-se por objetivo identificar os traços maternos

de YHWH, com o qual os exilados tiveram contato por meio da profe-

cia. Palavras-chave: Dêutero-Isaías. Profecia. Exegese. Exílio. Autoria:

Gustavo Schmitt.

UM DIÁLOGO HERMENÊUTICO SOBRE A HOMOSSEXUALI-

DADE: Utilizando-se de uma hermenêutica crítica ao fundamentalismo

religioso, a pesquisa contribui para atualizar os debates sobre a homos-

sexualidade, através de uma interpretação histórico-crítica a respeito

das diferenças, considerando o contexto bíblico e a contemporaneida-

de. Pretende-se (re)construir a importância da interdependência nas re-

lações humanas de abertura e flexibilidade às diferenças, estabelecen-

do uma cultura de respeito e compromisso com o excluído. Para tal fim,

o texto apresenta a homossexualidade a partir de passagens bíblicas:

em Gênesis, analisam-se o termo conhecer e a falta de hospitalidade

presente no enredo sobre Ló e os cidadãos de Sodoma; em Levítico, a

questão das abominações e o termo tô`ēbâ; na Epístola aos Romanos,

as discussões sobre o desvio do natural, nas quais se empregam a ex-

pressão para physin e o substantivo physikē; e por fim, em 1 Coríntios

e 1 Timóteo, a relação sexual abusiva entre homens, com o estudo dos

termos malakoi e arsenokoitai. Palavras-chave: Bíblia. Hermenêutica.

Homossexualidade. Autoria: Adilson Cristiano Habowski, Donavan Ma-

chado, Elaine Conte.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 128

GRUPOS DE TRABALHO 9

GT 09

ARTICULAÇÕES E PROPOSTAS DE BEM VIVER

lívia.

sil.

COORDENAÇÃO:

Eliana Cossio Coca – Universidad Mayor de San Simón – Bo-

Lori Altmann – Universidade Federal de Pelotas/UFPel – Bra-

Nienke Pruiksma – COMIN/Faculdades EST – Brasil.

Renate Gierus – COMIN/Faculdades EST – Brasil.

Descrição: Bem Viver indica propostas para uma transformação

do mundo, baseada no cosmopraxis e modos de viver indígenas do

continente. Bem Viver desestabiliza noções de desenvolvimento e pro-

gresso por acumulação de bens e propõe uma convivência baseada

em reciprocidade. Assim, Bem Viver questiona dicotomias hegemônicas

(por exemplo: particular/comunitário, cultura/natureza, homem/mulher,

religioso/secular) e categorias naturalizadas (que causam, por exem-

plo, racismo, discriminação e sexismo) como princípios organizadores da

vida social e poder e oferece uma alternativa que cresce da sabedoria,

resistência e persistência dos povos indígenas.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 129

GRUPOS DE TRABALHO 9

GT 09 – PROGRAMAÇÃO GERAL 24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h30min –

12h

---

Comunicação, Pôster ou Relato de

Experiência:

André Kosloski, Henrique L. Ar-

nold: Espaço sagrado e comunicação:

o buen vivir em resistência ao ordena-

mento social

Cristina Z. Rodrigues: Vivir Bien

em lei: efeitos de sentido sob a pers-

pectiva discursiva

Maria H. M. da Rosa: Bem Viver:

“Teko Porã” - viver sendo Mbyá-Gua-

rani conforme os antepassados

Dina F. de Souza: A invisibilida-

de do movimento Ecofeminista - uma

análise do contexto histórico de cons-

trução do Socioambientalismo no Rio

Grande do Sul

Tarde

13h30min –

15h

---

Oficina:

“Amawtismo – Cosmopraxis An-

dina”: Eliana C. Coca (Universidad

Mayor de San Simón/Bolívia)

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 130

GRUPOS DE TRABALHO 9

GT 9 – RESUMOS

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 308

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

ESPAÇO SAGRADO E COMUNICAÇÃO: O BUEN VIVIR EM

RESISTÊNCIA AO ORDENAMENTO SOCIAL: O modelo de desenvolvi-

mento do sistema capitalista, machista e patriarcal cria na sociedade

um “individualismo coletivo” que estabelece regras e normas que regu-

lam as relações humanas com uma concepção de não lugar e transitorie-

dade, o que ocasiona um crescente aceleramento do tempo na dinâmica

da vida das pessoas. Em resposta a este modo opressor que a socieda-

de atual vem se constituindo, quer-se perceber como o “buen vivir” e sua

concepção de coletividade pode ser um contraponto a este modelo de

opressão. Da mesma forma, como as reflexões sobre o ordenamento so-

cial que tenha como principio a reciprocidade e a solidariedade pode

compor nossas lutas e leituras teológicas. De igual modo, pretende-se

criar pontes com o “buen vivir” e as leituras de comunicação emanci-

patória e como o espaço/lugar sagrado, a partir uma leitura inter-re-

ligiosa, dialoga com esta cosmovisão andina. Autoria: André Kosloski,

Henrique Luiz Arnold.

VIVIR BIEN EM LEI: EFEITOS DE SENTIDO SOB A PERSPEC-

TIVA DISCURSIVA: Em 15 de outubro de 2012, na Bolívia, se promul-

gou oficialmente a Ley Marco de La Madre Tierra y Desarrollo Integral

para Vivir Bien. Em seu artigo 5, inciso 2 é definido El Vivir Bien (Sumaj

Kamaña, Sumaj Kausay, Yako Kavi Päve). A presente proposta de tra-

balho, sustentada no viés teórico da Análise de Discurso pecheuxtiana,

é uma reflexão, ainda em fase inicial, acerca dos efeitos de sentido

produzidos a partir da definição legal do Vivir Bien, como aquilo que é

“alternativo ao capitalismo y a la modernidad”, num documento políti-

co-jurídico-positivo. Autoria: Cristina Zanella Rodrigues.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 131

GRUPOS DE TRABALHO 9

BEM VIVER: “TEKO PORÔ - VIVER SENDO MBYÁ-GUARA-

NI CONFORME OS ANTEPASSADOS: Para os Mbyá-Guarani da Tekoá

Guajavy Poty, de Canguçu/RS, “viver bem” significa seguir a tradição

dos mais velhos, estarem em terra com mato, boa para a agricultura,

com animais silvestres e água corrente. Significa estarem com os paren-

tes para fazerem seus rituais. Este artigo apresenta o cotidiano desta

comunidade indígena e sua compreensão de Bem Viver, vinculada à

filosofia de vida que dá significado a sua cultura. A reciprocidade cons-

tituinte de seu modo de ser e viver inclui não apenas os seres humanos,

mas todos os seres vivos. O cuidado com a terra e o meio ambiente faz

parte da educação das crianças desde cedo. Mesmo diante das adver-

sidades impostas pela redução de seus territórios, conseguem produzir

vidas. Reporto-me a Chamorro, que fala sobre sonho e experiências do

Bem Viver Guarani, destacando sua visão de terra viva e da vida como

processo contínuo de plenificação e práticas de reciprocidade. Pala-

vras-chave: Bem viver. Mbyá guarani. Reciprocidade. Autoria: Maria

Heloisa M. da Rosa.

A INVISIBILIDADE DO MOVIMENTO ECOFEMINISTA -

UMA ANÁLISE DO CONTEXTO HISTÓRICO DE CONSTRUÇÃO DO

SOCIOAMBIENTALISMO NO RIO GRANDE DO SUL: Ao analisar os

movimentos sociais que contribuíram para a construção de uma visão

socioambiental no Rio Grande do Sul a partir da década de 1960 -

Estudo: “Genealogia do Socioambientalismo no Rio Grande do Sul: da

Era Protecionista à Extensão Ambiental” - constatou-se a presença do

movimento de mulheres inserido no movimento ambientalista, naquilo

que se pode contemporaneamente denominar de “Ecofeminismo”. Esta

participação feminina, fundamental para originar tal concepção no Es-

tado, ficou invisível e pouco documentada, apesar do seu protagonismo

em cenários nacionais e internacionais de negociações da agenda am-

biental. A constatação da invisibilidade ocorre no momento em que se

busca pontuar as bandeiras defendidas pelas mulheres no movimento

ambientalista e estas são ignoradas pelo Estado e pela Sociedade, o

que corrobora uma análise sobre desigualdade de gênero. O que se

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 132

GRUPOS DE TRABALHO 9

questiona não é tão somente o pertencimento aos movimentos ambien-

talista e feminista como os únicos fatores a justificar a desvalorização

dessa participação. Fatores econômicos, culturais e históricos do estado

gaúcho contribuíram para o abafamento de ideias avançadas para

época, em especial o conservadorismo e a luta pela terra como os ver-

dadeiros motivadores desse “apagamento” dos movimentos sociais e

suas atrizes e atores. Palavras-chave: Ecofeminismo. Gênero. Socioam-

bientalismo. Meio Ambiente. Autoria: Dina Ferreira de Souza.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora – Sala 308

Oficina: “AMAWTISMO – COSMOPRAXIS ANDINA”

Palestrante: Eliana Cossio Coca – Universidad Mayor de San

Simón – Bolívia.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 133

GRUPOS DE TRABALHO 10

GT 10

GÊNERO, RELIGIOSIDADE E ENVELHECIMENTO

COORDENAÇÃO:

Ilze Zirbel – Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC

– Brasil.

Elisa Fenner Schröder Webber – IECLB – Brasil.

João Bartsch – Lar de Idosos Recanto do Sossego – Brasil.

Carmen Michel Siegle – Secretaria de Ação

Comunitária/ IECLB – Brasil.

Descrição: Muitas das sociedades contemporâneas, pautadas por

valores de produção e consumo, desprezam o processo natural e inevi-

tável de envelhecimento, contribuindo para uma mentalidade de des-

valorização e descarte da pessoa idosa. Tal fato afeta a imagem que

esta pessoa tem de si, bem como a forma como se lida com ela. Neste

GT pensaremos coletivamente este fenômeno e seus desafios individuais

e comunitários, com especial ênfase às questões de gênero e religiosi-

dade.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 134

GRUPOS DE TRABALHO 10

GT 10 – PROGRAMAÇÃO GERAL 24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Minicurso: Minicurso:

Manhã

10h30min –

12h

Vulnerabilidade e dependência

como aspectos duradouros, ines-

capáveis e positivos da condição

humana

Vulnerabilidade e depen-

dência como aspectos

duradouros, inescapáveis

e positivos da condição

humana

Comunicação, Pôster ou

Relato de Experiência:

Andréa C. B. Schneck:

Imagens pintadas de Flávio Scholles: evocadores de histórias de vida e fé de

idosas

Tarde

13h30min –

---

Marli Brun: História de

Vida de Celita Holler

15h Ana P. Genehr, Larissa

S. Leote: Eu envelheço! Nós envelheceremos! E amplia- mos a compreensão de

gênero.

Associação Beneficente

Pella Bethânia: Apresenta-

ção musical

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 135

GRUPOS DE TRABALHO 10

GT 10 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Auditório Elisabeth von Meseritz Cruciger

Minicurso: VULNERABILIDADE E DEPENDÊNCIA COMO AS-

PECTOS DURADOUROS, INESCAPÁVEIS E POSITIVOS DA CONDI-

ÇÃO HUMANA.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Auditório Elisabeth von Meseritz Cruciger

Minicurso: VULNERABILIDADE E DEPENDÊNCIA COMO AS-

PECTOS DURADOUROS, INESCAPÁVEIS E POSITIVOS DA CONDI-

ÇÃO HUMANA.

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Auditório Elisabeth von Meseritz Cruciger

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

IMAGENS PINTADAS DE FLÁVIO SCHOLLES: EVOCADORES

DE HISTÓRIAS DE VIDA E FÉ DE IDOSAS: O estudo concebe as imagens

como privilegiados canais do fluxo da memória, elas mesmas tomadas

como narrativas de memórias de sujeitos idosos residentes no Vale dos

Sinos, RS. Apresento um recorte deste estudo na perspectiva das mu-

lheres participantes Examina as complexas relações entre memória e

imagem. Detém-se na análise dessas relações a partir das obras de

pintura do artista gaúcho Flávio Scholles, que desde 1976 desenvolve

um trabalho artístico de cunho biográfico, podendo ser considerado um

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 136

GRUPOS DE TRABALHO 10

guardião de memórias. Discute o significado de suas imagens como dis-

paradoras do exercício de rememorar, e problematiza em que medida

essas pinturas possuem um potencial evocador de memórias individuais

e coletivas. Resulta do contato de alguns pessoas conhecedoras de suas

obras, outras tendo o primeiro contato com as mesmas, por ocasião

da investigação. As narrativas orais de memórias foram, transformadas

em documentos e integram o corpus empírico da pesquisa, cujo estu-

do apoia-se nos referenciais que tematizam os conceitos de imagem

e memória. Analisa de que forma os sujeitos se reconheceram nessas

imagens com as quais se depararam e que conteúdos foram manifestos

em suas narrativas a partir desse contato. Para isso, faz-se acompa-

nhar das reflexões propostas por vários autores, dentre eles Ecléa Bosi,

Antoinette Errante, Alberto Manguel, Sandra Jatahy Pesavento, Maria

Stephanou e Maria Helena Bastos, entre outros. A estratégia metodo-

lógica contempla ainda a localização e pesquisa junto a documentos

escritos, conversas com o autor-pintor. A investigação empreendida junto

aos sujeitos, que deram voz e vez às suas reminiscências, resultou na

organização e análise dos conteúdos produzidos no exercício de reme-

morar, sendo distribuídos em cinco temas: Trabalho, Família, Educação,

Atividades Sociais, Lugares. A compreensão da dimensão educativa das

imagens para evocação de memórias individuais e coletivas assenta-se

no fato de que as imagens não possuem sentido em si mesmas, mas ne-

cessitam de um interlocutor que as decifre, e a partir disso ressignifique

a sua própria história de vida através do repertório de experiências

do presente com base nas vivências passadas. As obras selecionadas

no estudo expressam vivências do artista, mas também apresentam con-

quistas e dilemas do seu grupo de pertencimento, marcados pela de-

fesa da cultura teuto-brasileira na Região do Vale dos Sinos. As obras

são plenas de narrativas de infância e juventude, assentadas num con-

texto histórico, geográfico, social e cultural, ao qual pertencem também

os sujeitos narradores, e que por esta proximidade suscitaram muitas

identificações, conduzindo-os a refletirem sobre suas próprias vidas, o

tempo vivido e o presente que se constrói a partir de tempos idos. Os

narradores sensibilizaram-se com cenas, figuras, objetos, e temáticas

apresentadas nas pinturas, muitas das quais semelhantes ao universo de

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 137

GRUPOS DE TRABALHO 10

coisas e experiências que os cercaram desde a mais tenra idade, que

não eram muitas, todavia especiais. As mulheres participantes destaca-

ram o tema da religiosidade presente nas várias instâncias de sua vida,

unindo os diferentes assuntos. Autoria: Andréa Cristina Baum Schneck.

HISTÓRIA DE VIDA DE CELITA HOLLER: Aos 80 anos, a bor-

dadeira mestra Celita Holler narrou sua história, contribuindo na cons-

trução da tese de doutorado sobre projetos de conhecimentos de mulhe-

res em Ivoti. Na ocasião, afirmou: “Bordar é minha vida, meu alimento,

minha arte, meu sonho, meu alento”. Aos 83 anos, aceitou o desafio de

falar sobre as transformações que o tempo trás para a vida, o trabalho

e a arte. Falará também sobre a importância da fé no enfrentamento

da doença e da morte de familiares. Seu relato inclui mostra de algu-

mas peças artesanais confeccionadas ao longo da vida. O que fazia, o

que faz na atualidade. Autoria: Marli Brun, Celita Holler.

EU ENVELHEÇO! NÓS ENVELHECEREMOS! E AMPLIAMOS A

COMPREENSÃO DE GÊNERO: A Associação Beneficente Pella Bethânia

é uma Instituição de Longa Permanência – ILPI, que atende 170 pessoas

idosas e com deficiência, a partir dos 18 anos. Aliado ao atendimento

humanizado voltado ao acolhimento em tempo integral, ao cuidado e

a saúde, temos o Projeto “Convivendo e Aprendendo com Alegria” que

desenvolve aproximadamente 26 oficinas semanais, realizada por di-

versos profissionais qualificados. Uma das oficinas que desenvolvemos é

a de Ensino e Aprendizagem. Na oficina foi trabalhada a temática: “O

que é Gênero”. O objetivo foi analisar a compreensão sobre os conceito

de gênero, nas relações entre o masculino e o feminino, apontando os

tipos de preconceito existente nas relações culturais, sociais, profissionais

e pessoais, por meio de diversos recursos didáticos como: música, diá-

logo, leitura, desenho, depoimento, texto e exposição. O material que

embasou a oficina foi a Cartilha “Criatitude Pela Justiça de Gênero”

da IECLB/FLD/Juventude. Hoje nosso desafio é pautar gênero como um

eixo transversal nas oficinas do Projeto “Convivendo e Aprendendo com

Alegria” que envolvem o ensino e a aprendizagem. Autoria: Ana Paula

Genehr, Larissa Santana Leote.

ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE PELLA BETHÂNIA: Apresenta-

ção musical.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 138

GRUPOS DE TRABALHO 11

GT 11

O CUIDADO DA CASA COMUM: CONTRIBUIÇÕES ECUMÊNICAS PARA A JUSTIÇA

DE GÊNERO, DA ECONOMIA E DA TERRA

COORDENAÇÃO:

Nívia Ivette Núñez de la Paz – PNPD/Faculdades EST – Brasil.

Rudolf von Sinner – Faculdades EST – Brasil.

Elias Wolff – PUC/PR – Brasil.

Descrição: Este GT quer ser um convite à reflexão e a elaboração

de propostas alternativas desde a diversidade de perspectivas que so-

mos e representamos como seres humanos. Por décadas tem-se escutado

falar e requerer pelo “cuidado da casa (oikos) comum”, no entanto, se

bem se podem elencar inúmeros relatos e ações desenvolvidas em prol

desse objetivo, cada dia há uma enxurrada noticiaria que reafirma o

muito que ainda é preciso fazer nesse sentido. O GT pretende, ao tra-

zer para a reflexão esse cuidado da casa comum – perpassado pelos

eixos reitores deste V Congresso de Gênero e Religião: Ecumenismo,

Economia e Ecologia –pensar e abordar a Vida; cuidar e reafirmar

a Vida num mundo que cada dia parece insistir em potencializar a

morte. Morte local e global de dignidades, de relações, de diálogos,

da democracia, dos direitos, dos povos, dos corpos banalmente violen-

tados, dos ecossistemas. Mortes que emergem como consequência da

implantação do sistema neoliberal global e do mercado-império que

desumaniza coisificando.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 139

GRUPOS DE TRABALHO 11

GT 11 – PROGRAMAÇÃO GERAL 24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h30min –

12h

Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

Celso Gabatz: Gênero, Feminismo e

Descolonialidade: Ressignificando as dife-

renças a partir da ética do cuidado

Elias Wolff: Ordenação de mulheres:

questões teológicas para uma Igreja casa

de todos/as

Ezequiel Hanke: A possibilidade da

convivência inter-religiosa para a promo-

ção da democracia e dos direitos huma-

nos no Brasil

Comunicação, Pôster ou

Relato de Experiência:

Pablo F. Dumer: O Eros no

pensamento de Tillich: antro-

pologia teológica como pulsão

de vida

Raphaelson S. Zilse: Vi-

vência em comunhão: reflexões

ecoteológicas em diálogo com

Schleiermacher e Gebara

Rudolf von Sinner: Maria

e a imagem de Deus-Trindade

Tarde

13h30min –

15h

Comunicação, Pôster ou Relato de Ex-

periência:

Jefferson Zeferino: Casa Comum e

Teologia Pública: perspectivas a partir da

Ecologia Integral

Marilia M. Paese: Casa Comum: Um

Desafio Possível

Nivia I. N. de la Paz: Volta Dilma: a

denuncia feminista da misoginia e a resis-

tência cidadã!

---

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 140

GRUPOS DE TRABALHO 11

GT 11 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Katharina von Bora - Auditório

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

GÊNERO, FEMINISMO E DESCOLONIALIDADE: RESSIGNIFI- CANDO

AS DIFERENÇAS A PARTIR DA ÉTICA DO CUIDADO: O obje-

tivo nesta abordagem é de aprofundar uma perspectiva de conciliação

das diferenças sem que estas suscitem desigualdades. O que se preten-

de é descortinar caminhos e desconstruir conceitos de modo que estes

confluam para a consolidação de processos de libertação alicerçados

na reivindicação de identidades historicamente marcadas pela opres-

são e subordinação. O exercício que se propõe é o da ressignificação

das diferenças a partir da ética do cuidado enquanto direito e dever

humano. Reivindica-se um protagonismo que possa ser construído a par-

tir da reciprocidade, do diálogo, da partilha e do bem comum. Autoria:

Celso Gabatz.

ORDENAÇÃO DE MULHERRES: QUESTÕES TEOLÓGICAS

PARA UMA IGREJA CASA DE TODOS/AS: Uma das questões mais

conflitantes na teologia dos ministérios ordenados nas diferentes

igrejas diz respeito ao seu sujeito, colocando em foco a discussão so-

bre a possibilidade ou não da ordenação de mulheres. Na tradição

católica e ortodoxa, apenas o homem pode ser admitido ao sacra-

mento da Ordem. Na tradição anglicana e em parte das igrejas de

tradição evangélica, o ministério ordenado é recebido e exercido

também pela mulher. Esta comunicação tem como objetivo refletir

sobre essa divergência, apresentando as suas questões teológicas

centrais. A metodologia é a pesquisa qualitativa da bibliografia

ecumênica relativa à ordenação de mulheres. O resultado que se

espera é apresentar o status quaestionis do tema da ordenação de

mulheres, seus impasses e suas possibilidades no diálogo ecumênico

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 141

GRUPOS DE TRABALHO 11

atual. Palavras-chave: Igreja. Ordenação de mulher. Ecumenismo.

Autoria: Elias Wolff.

A POSSIBILIDADE DA CONVIVÊNCIA INTER-RELIGIOSA

PARA A PROMOÇÃO DA DEMOCRACIA E DOS DIREITOS HUMA-

NOS NO BRASIL: Somos pessoas imersas em um mundo plural e di-

verso. Estas categorias marcam também o mundo religioso e influen-

ciam o comportamento de sociedades. Está crescendo na atualidade a

consciência da importância do diálogo entre as religiões para que se

amplie a justiça e a paz mundial. Paralelamente é preciso mencionar

o avanço dos fundamentalismos e a força política que vem ancorada

enquanto projeto de poder no campo da religião. Um dos maiores de-

safios de nosso tempo é a luta comum de todas as religiões em favor

da justiça social e da afirmação dos direitos humanos. Isso refere-se à

toda oikoumene, ou seja, diz respeito ao “mundo habitado”. A possi-

bilidade da convivência entre as diferentes religiões se dá através do

respeito mútuo, e faz-se por meio de caminhos para respaldar a paz

e a democracia a partir de uma cultura dos direitos humanos. Ainda

que seja necessário ampliar esta perspectiva no Brasil, este aspecto

parece ser possível tão somente pelo diálogo e pelo estabelecimen-

to de ações conjuntas que proporcionem a garantia de liberdade e

o respeito pela diversidade religiosa. Um caminho possível, segundo

o rabino Gershon “(...) é educar as nossas comunidades para vencer

os preconceitos e a ignorância, que criam barreiras e impedem uma

aproximação sincera entre as religiões. Só na hora que conhecermos

os nossos irmãos na sua forma de ser e pensar, poderemos respei- tá-

los.” O intento deste artigo é, portanto, refletir mecanismos que

assegurem o livre exercício das diversas práticas religiosas, a promo-

ção da convivência para a superação da intolerância religiosa e por

consequência a ampliação da democracia no Brasil. Autoria: Ezequiel

Hanke.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 142

GRUPOS DE TRABALHO 11

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Katharina von Bora - Auditório

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

CASA COMUM E TEOLOGIA PÚBLICA: PERSPECTIVAS A

PARTIR DA ECOLOGIA INTEGRAL: A encíclica social Laudato Si’ do

Papa Francisco (2015) traz à tona a discussão acerca de uma crise

ecológica diante da qual apenas uma visão holística parece ser ade-

quada no enfrentamento do problema. Em sua formulação, Francisco

enfatiza a ideia da casa comum como possibilidade de compreensão

de mútua pertença, corresponsabilidade e interdependência. Por meio

de um mapeamento das obras que se dedicam ao tema da Teologia

Pública, o tema da ecologia é recorrente. A partir dos textos detecta-

dos neste mapeamento, investiga-se a utilização do termo casa comum

e, em diálogo com a encíclica, buscam-se elementos para a construção

de uma teologia da casa comum como uma possibilidade de releitura

pública da teologia da criação. Efetivamente, os textos apontam para

a casa comum como uma ideia agregadora que permite uma reflexão

teológica ampliada. Com isso, uma teologia da casa comum enquanto

teologia pública demonstra um destacado potencial para se pensar

uma ética global voltada para uma cidadania do bem comum, inte-

grando igrejas, religiões e sociedade civil. Palavras-chave: Teologia

Pública. Ecologia Integral. Casa Comum. Cidadania. Ética. Autoria:

Jefferson Zeferino.

CASA COMUM: UM DESAFIO POSSÍVEL: A reflexão pro-

posta procura apresentar os sintomas da crise civilizacional, suas

origens e efeitos. Se o complexo contexto da crise ecológica possui

uma “raiz humana”, evidenciando “um modo desordenado e con-

traditório de conceber a vida e a ação do ser humano” (LS, n.101),

como contrapartida a perspectiva de gênero visa relações mais jus-

tas e igualitárias entre as mulheres e homens nas sociedades con-

temporâneas. A investigação é bibliográfica, de natureza qualita-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 143

GRUPOS DE TRABALHO 11

tiva e análise dedutiva. Resulta que através de ações ecumênicas

e dialogais, considerando a pluralidade e a interculturalidade, é

possível conscientizar e envidar esforços para gerar uma sociedade

sustentável global, baseada no respeito à natureza, no respeito aos

direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de

paz. Mulheres e homens, corresponsáveis pela Criação, podem e de-

vem buscar o equilíbrio para obter resultados positivos no cuidado e

na preservação da Terra e de tudo o que dela faz parte. Palavras-

chave: Ecologia. Economia. Justiça de gênero. Ecumenismo. Autoria:

Marilia Maria Paese.

VOLTA DILMA: A DENÚNCIA FEMINISTA DA MISOGINIA

E A RESISTÊNCIA CIDADÃ!: Após eleição da Presidenta Dilma Rous-

seff em outubro de 2014 – com mais de 54 milhões de votos – e con-

sequentemente a perda do candidato do PSDB, o Brasil adentrava

num processo de degradação política, já iniciado na própria cam-

panha, que ficaria explicito na vergonhosa votação e os argumentos

elencados pelos Deputados no dia 13 de abril de 2016, chegando a

seu ápice na aprovação do impedimento pelo Senado, no dia 29 de

agosto. Neste trabalho, a autora, faz um resgate histórico desse pro-

cesso. Entendendo o Golpe como um fato histórico misógino, sexista,

machista e patriarcal, denuncia as novas estratégias implementadas

para derrocar processos democráticos e entende que, o acontecido no

Brasil tem replicações similares no tocante ao objetivo em vários

países latino-americanos, ainda que com roupagens diferentes. Nas

duas últimas décadas, a cidadania teve um papel preponderante na

idealização, construção e execução de outras propostas de con-

vivências diferenciadas e inclusivas, e as mulheres, como cidadãs, tem

tido um rol essencial. O movimento Volta Dilma é resultado e exemplo

dessa resistência cidadã em prol de uma “casa comum” mais sadia.

Palavras-chaves: Volta Dilma. Golpe. Feminismo. “Casa comum”.

Cidadania. Autoria: Nivia I. Núñez de la Paz.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 144

GRUPOS DE TRABALHO 11

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Katharina von Bora - Auditório

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

O EROS NO PENSAMENTO DE TILLICH: ANTROPOLOGIA

TEOLÓGICA COMO PULSÃO DE VIDA: O presente artigo é uma ex-

tensão temática da dissertação de mestrado sobre antropologia te-

ológica a partir do pensamento de Paul Tillich. O tema que tratamos

é a presença, uso e relação do conceito de Eros na teologia de Tillich

em sua discussão entre ontologia e ética. A primeira parte trata do

Eros e o conceito de ágape, debatendo as semelhanças e diferenças e

sua validade para a teologia contemporânea. Em seguida, a partir do

referencial do livro Amor, Poder e Justiça de Tillich, correlacionamos a

compreensão de Eros com os conceitos de poder e justiça em termos de

antropologia e gênero. Por último, refletimos o papel do conceito de

Eros em uma antropologia da, na e para a pós-modernidade. A partir

de uma discussão interdisciplinar, o artigo resgata a importância do

Eros para a teologia e busca a superação da dicotomia antropológica.

Autoria: Pablo Fernando Dumer.

VIVÊNCIA EM COMUNHÃO: REFLEXÕES ECOTEOLÓGICAS

EM DIÁLOGO COM SCHLEIERMACHER E GEBARA: A discussão sobre

a realidade humana em meio ao seu ecossistema e como isto está em

relação com Deus é fundamental para se estabelecer um itinerário crí-

tico para o futuro humano sob óticas teológicas. O intento deste artigo

será o de analisar dois momentos em que ocorreu tal discussão, focando

duas propostas teológicas que desenvolvem noções de Deus em profun-

do diálogo com a antropologia em meio ao mundo habitado, na busca

por ressaltar constantes antropológicas e teológicas importantes para

desenvolvimentos que desejam seriamente dialogar com a condição de

vivência humana em sua casa em comum. A despeito de distinções cro-

nológicas, geográficas e de gênero, busca-se analisar como Friedrich

Schleiermacher e Ivone Gebara desenvolvem suas teologias criticamen-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 145

GRUPOS DE TRABALHO 11

te refletindo sobre a inter-relação e interdependência da humanidade

em sua diversidade e desigualdade com o mundo no qual insurgem e

vivem em constante relação com um Todo que os transcende e unifica.

Autoria: Raphaelson Steven Zilse.

MARIA E A IMAGEM DE DEUS-TRINDADE: No ecumenismo,

especialmente entre católicos e protestantes, tratar de Maria e um po-

tencial de entrar em polêmicas. Mesmo que a teologia permita, hoje,

grandes aproximações, a prática religiosa distoa muito da teologia es-

crita, especialmente na América Latina, onde Maria adquire caráter

quase divino e tende a ser a principal referência espiritual de muitos

fieis católicos, mais importante do que o próprio Cristo. A apresentação

pretende abordar três aspectos em perspectiva ecumênica e de gêne-

ro: a) Maria que denuncia a injustiça e clama pela justiça, a partir do

comentário de Lutero sobre o Magnificat e aportes católicos na mes-

ma linha; b) Maria que representa, de modo especial, o Espírito Santo

(theologoumenon de Leonardo Boff, em discussão crítica); c) a imagem

de um Deus-Trindade relacional a partir de abordagens de gênero, a

quem Maria também remete. A apresentação argumentará que é essa

última abordagem a mais propícia para dar conta da justiça de gênero

na casa comum, sendo necessário respeitar e levar em conta a religio-

sidade popular acerca de Maria sem deixar de fazer uma discussão

teológica crítica das atribuições classicamente marianas (sendo virgem

e mãe, mas não mulher independente ou parceira). Autoria: Rudolf von

Sinner.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 146

GRUPOS DE TRABALHO 12

GT 12

TEOLOGIA PRÁTICA, EXPRESSÕES CULTURAIS E ELABORAÇÃO DE IDENTIDADES

COORDENAÇÃO:

Geni Maria Hoss – Centro Universitário Internacional – Brasil.

Julio Cézar Adam – Faculdades EST – Brasil.

Renato Ferreira Machado – Unilasalle – Brasil.

Nilton Eliseu Herbes – Faculdades EST – Brasil.

Descrição: No cerne das elaborações identitárias se encontra o

anseio pelo incondicional, movido pelas preocupações últimas do ser hu-

mano, ao mesmo tempo em que a formação de uma identidade traduz

e sofre influências de seu entorno ecológico, econômico e ecumênico. Tal

processo pode ser compreendido a partir de categorizações da Teo-

logia Prática, nas subáreas da Liturgia, da Música Sacra, da Homiléti-

ca, do Aconselhamento Pastoral e da Espiritualidade, principalmente a

partir da leitura de expressões culturais que nascem dessas buscas. Este

GT se propõe a acolher e problematizar estudos a respeito de expres-

sões culturais tematizadas sobre identidade e gênero, principalmente

no âmbito das regionalidades, observando as influências do entorno

ecológico, econômico e ecumênico sobre elas.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 147

GRUPOS DE TRABALHO 12

GT 12 – PROGRAMAÇÃO GERAL

24/08 – Quinta-Feira 25/08 – Sexta-feira

Manhã

10h30min –

12h

Cine debate:

Filme: Violeta se fue a

los cielos

Comunicação, Pôster ou Relato de Expe-

riência:

Geise C. Ferreira: “O Caminho das Mar-

gens”: Uma visão fenomenológica sobre lide-

rança religiosa feminina

Maria V. S. Pereira, Laiz Maltêz, Liliane

Machado: Divindades femininas na Wicca

Jéssica L. K. Duffeck: Matrimônio e Patri-

mônio: a relação entre meus bens e meu “bem”

Graham G. McGeoch: Ofuscando as

fronteiras entre práticas sexuais e econômi-

cas decentes: A Teologia Queer precisa fazer

‘uma opção pelos pobres’?

Assunta Romio: Teresa de Jesus: narra-

dora da própria experiência de integração

humano espiritual e relacional

Luiz F. B. Cordeiro: Por um ministério su-

balterno, transgressor e irreverente: quando

eu não fui ao México

Tarde

13h30min –

15h

Mesa redonda do GT:

Geni M. Hoss (Centro

Universitário Interna-

cional), Julio C. Adam

(Faculdades EST), Rena-

to F. Machado (Unila-

salle), Nilton E. Herbes

(Faculdades EST)

Comunicação, Pôster ou Relato de Expe-

riência:

Arthur G. Metz: Gênero e Inteligência

Artificial: do Cinema para a Vida Real

Lucas V. Arrue: Cristianismo e cultura pop

Marco A. G. Sueitti: Cultura Fitness: Da

Modalidade Esportiva à Religião Vivida

Israel M. Gomes: A Bíblia como narrati-

va: identidade e sabedoria prática

Renato F. Machado: A terra que caminha e

celebra: ensaios para uma liturgia pam-

peana

Rosa M. Ramalho: “Até que Cristo se

forme em vós” (gl 4, 19) - O itinerário espi-

ritual de Tiago Alberione

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 148

GRUPOS DE TRABALHO 12

GT 12 – RESUMOS

24/08 – Quinta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Catharina Krapp Melanchthon

Cine debate: VIOLETA SE FUE A LOS CIELOS.

Sinopsis: Desde la carpa que ella construyó en Santiago de Chile,

Violeta Parra es visitada por los recuerdos de los hombres que dieron

forma a su vida: su humilde padre, su marido y su último amante. Poco a

poco descubrirá sus secretos, miedos, frustraciones y alegrías. Desde sus

inicios como cantante de feria junto a su hermana, hasta su consagración

internacional como compositora y artista en París, sus logros son mostra-

dos en un recorrido apasionante junto con los personajes que marcaron

sus sueños, sus risas y sus llantos.

24/08 – Quinta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Catharina Krapp Melanchthon

Mesa redonda do GT:

Palestrantes: Geni Maria Hoss (Centro Universitário Internacio-

nal), Julio Cézar Adam (Faculdades EST), Renato Ferreira Machado

(Unilasalle), Nilton Eliseu Herbes (Faculdades EST).

25/08 – Sexta-feira

Horário: 10h30min às 12h

Local: Prédio Catharina Krapp Melanchthon

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

“O CAMINHO DAS MARGENS”: UMA VISÃO FENOME-

NOLÓGICA SOBRE LIDERANÇA RELIGIOSA FEMININA: O presente

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 149

GRUPOS DE TRABALHO 12

trabalho teve por objetivo compreender como mulheres que ocupam

posição de liderança em religiões protestantes e de matrizes africanas

significam a vivência dessa atuação. Para tanto, a metodologia utiliza-

da se pautou por uma perspectiva fenomenológica, através de entre-

vistas individuais, semiestruturadas, com quatro líderes religiosas, sendo

duas pastoras e duas mães-de-santo. As experiências relatadas revela-

ram que essas mulheres vivenciaram processos semelhantes de inserção

na liderança religiosa, com a presença de certa influência familiar e

uma resistência inicial em aceitar a função. No atual exercício desta

liderança, as participantes relatam que se identificam com o cargo e o

compreendem como um aspecto importante de sua subjetividade, cum-

prindo também o papel de uma missão. Contudo, elas também perce-

bem a presença de elementos que dificultam o exercício do mesmo e

lhes causam sofrimento físico e mental, tais como questões de gênero,

intolerância religiosa e sobrecarga do trabalho. Autoria: Geise Cam-

pêlo Ferreira.

DIVINDADES FEMININAS NA WICCA: Este artigo busca com-

preender como uma doutrina religiosa se constituiu em torno de uma

divindade feminina. São retratados nesta pesquisa os princípios, as

crenças e as práticas da Wicca, religião politeísta neopagã que tem

entre suas crenças e práticas o culto à(s) Deusa(s). Com uma abordagem

qualitativa, este estudo, realizado no âmbito da graduação, objetivou

compreender as implicações entre religião e gênero em uma socieda-

de patriarcal. Concluiu-se que a constituição da Wicca em torno da

divindade feminina advém da força das representações de gênero: a

provedora, a criadora de todas as coisas, representada em três faces:

a jovem que dá o início da vida, a Grande Mãe que nutre seus filhos e

a anciã, símbolo de sabedoria e compaixão. Palavras-chave: Gênero.

Wicca. Divindade Feminina. Neopaganismo. Autoria: Maria Virgínia S.

Pereira, Laiz Maltêz, Liliane Machado.

MATRIMÔNIO E PATRIMÔNIO: A RELAÇÃO ENTRE MEUS

BENS E MEU «BEM»: O presente artigo visa discutir as mudanças sociais

ocorridas na história do rito do casamento e de que forma essas mudan-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 150

GRUPOS DE TRABALHO 12

ças afetaram a vida das mulheres. As instituições Igreja, Estado e Família

durante séculos colocaram a mulher em segundo plano, não garantindo

a ela os seus direitos e vida digna. O texto, desta forma, busca descre-

ver os problemas encontrados através de um casamento patriarcal para

a vida das mulheres. Faz-se relação entre desenvolvimento da história

do casamento e persistência das violências domésticas praticada contra

as mulheres. A pergunta que se busca responder é: existe relação entre

a ideia de patrimônio e matrimônio? Por que o homem trata os seus bens

e o seu “bem” da mesma forma? Palavras-chave: Matrimônio. Violência

doméstica. Patrimônio. Autoria: Jéssica Lais K. Duffeck.

OFUSCANDO AS FRONTEIRAS ENTRE PRÁTICAS SEXUAIS

E ECONÔMICAS DECENTES: A TEOLOGIA QUEER PRECISA FAZER

‘UMA OPÇÃO PELOS POBRES’?: Marcella Althaus-Reid introduziu as

vendedoras de limões sem roupas íntimas oferecendo seus produtos à

beira da calçada. Os mesmos corpos entram nas igrejas, ajoelham-se

aos altares, ainda sem calcinhas, misturando os seus cheiros de suor, uri-

na e sangue com suas orações. André Musskopf introduz histórias sobre

itinerantes sexuais e econômicos. Suas narrativas subjetivas lembram o

trabalho de David Halperin, na sua tentativa de desenvolver uma sub-

jetividade gay através de práticas sociais, estéticas, estilos, sabores e

sentimentos que formam a base de uma estratégia política de contesta-

ção social e desafio. Se a teoria queer (e por suposto a teologia queer)

procura subverter e perturbar o fascismo corporal – o policiamento,

controle e punição de corpos que não se adequam às estruturas hege-

mônicas da sociedade – então o que aconteceu com ‘a opção pelos po-

bres’ dentro dessa mesma teoria e teologia? Este trabalho propõe uma

volta à ‘opção pelos pobres’ da teologia da libertação como ponto de

partida para um projeto histórico de libertação sexual e econômica. Ele

propõe que a teologia queer precisa fazer ‘uma opção pelos pobres’

para incorporar uma libertação histórica. Autoria: Graham Gerald Mc-

Geoch.

TERESA DE JESUS: NARRADORA DA PRÓPRIA EXPERIÊN-

CIA DE INTEGRAÇÃO HUMANO ESPIRITUAL E RELACIONAL: O obje-

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 151

GRUPOS DE TRABALHO 12

tivo do artigo é acercar-se a Teresa de Jesus, mulher do séc. XVI, como

narradora de sua própria experiência de vida e missão. Ela partilha

com seus leitores a sua experiência espiritual, ou seja, as emoções, pai-

xões, afetos, desejos, certezas e angústias; a relação com Jesus Cristo

e sua missão; os cuidados com o próprio corpo, saúde, doenças, des-

canso, beleza e alimentação. Em seu livro da Vida, Teresa narra o seu

desafiante processo de amadurecimento humano, espiritual e relacional

o qual gerou nela um novo modo de ser, pensar e estar no mundo. Ela

ausculta a vida e tentava responder as inúmeras perguntas sobre a

existência, e, quando não compreende busca alguém para se orien-

tar. Uma mulher perspicaz, contemplativa, procurava discernir antes de

tomar qualquer decisão pessoal, comunitária ou da missão. Teresa, a

partir da sua experiência, socializa uma pedagogia de como superar

as dificuldades relacionais e espirituais, para assim poder alcançar uma

integração humano, espiritual e relacional. Palavras-chave: Integração.

Humano. Espiritual. Relacional. Teresa de Jesus. Autoria: Assunta Romio.

POR UM MINISTÉRIO SUBALTERNO, TRANSGRESSOR E IR-

REVERENTE: QUANDO EU NÃO FUI AO MÉXICO: Exerço o ministério

como missionário em tempo integral há 5 anos, porém, o meu envolvi-

mento com o universo religioso cristão evangélico no tocante à missão/

missões já acontece há mais de 10 anos. Desde que entrei como tempo

integral, desenvolvi uma rede muito forte de doadores e mantenedo-

res que contribuíam voluntária e generosamente para que eu pudesse

exercer as atividades da minha profissão. Sempre fui um bom mobiliza-

ção de recursos e em 5 anos de ministério em tempo integral eu nunca

deixei de cumprir qualquer compromisso em minha agenda por falta de

recursos e doações. Ao passar por um forte processo de adoecimento na

minha saúde emocional/mental e me afastar das atividades religiosas,

perco uma boa rede desses doadores. Ao me assumir homossexual e

tentar fazer uma viagem para um Congresso Mundial onde apresen-

taria um trabalho sobre homossexualidade e cristianismo, passo pela

experiência da não receber as doações e sequer conseguir dialogar

com os mantenedores. Autoria: Luiz Fernando B. Cordeiro.

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CADERNO DE RESUMOS

do V Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião 152

GRUPOS DE TRABALHO 12

25/08 – Sexta-feira

Horário: 13h30min às 15h

Local: Prédio Catharina Krapp Melanchthon

Comunicação, Pôster ou Relato de Experiência:

GÊNERO E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: DO CINEMA PARA

A VIDA REAL: A ideia da possibilidade de uma Inteligência Artificial

(uma máquina que imita um ser humano) surgiu muito antes da criação

dos primeiros computadores (TEIXEIRA, 2013). Algumas das maiores

empresas do mundo têm trabalhado no desenvolvimento de I.A’s que

possam não só imitar sentimentos e atitudes humanas, mas sentir e ser

como humanos (Kurzweil, em “A Era das Máquinas Espirituais”, 2000,

acredita que a Singularidade, aquilo que faria uma “máquina humana”,

está próxima). O Cinema tem abordado essa temática desde década

de 1920, a partir do filme Metrópolis, com uma particularidade: as I.A’s,

na grande maioria dos filmes, apresentam identidade de gênero, e isso

tem influenciado o desenvolvimento das I.A’s na vida real. A partir disso

queremos debater possíveis desdobramentos que o desenvolvimento de

I.A’s pode trazer para as Questões de Gênero, Espiritualidade e Teolo-

gia Prática. Autoria: Arthur Grams Metz.

CRISTIANISMO E CULTURA POP: O Cristianismo é uma par-

te importante da cultura ocidental e ao longo da história precisou se

posicionar diante de diferentes acontecimentos, estruturas e diante de

outras expressões culturais. Mas nunca o cristianismo se viu tão imerso

em diferentes expressões culturais e, consequentemente, diante de tan-

tas expressões religiosas. Em meio a essa cultura, que agora se apre-

senta como pós-moderna, surge a cultura pop, uma das mais intensas

expressões culturais da história que se manifesta de uma forma diversa,

envolvente e que logra uma aderência singular da parte do ser humano

pós-moderno. A pesquisa tem por objetivo avaliar a cultura pop como

um todo a partir de livros publicados sobre o assunto, podcasts, docu-

mentários e outros artigos com o fim apresentar os desafios do cristianis-

mo diante da cultura pop e também da cultura ocidental como um todo.

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Espera-se a partir do mesmo esclarecer conceitos como cultura e cultura

pop bem como as impressões do cristianismo diante das mesmas a partir

de uma perspectiva pós-moderna visando iniciar um diálogo e fornecer

subsídios para se estabelecer princípios para um estudo mais apro-

fundado. Este artigo, portanto, trata-se de uma introdução ao assunto.

Palavras-chave: Cultura. Cultura pop. Cristianismo. Cristo. Evangelho.

Autoria: Lucas Villan Arrue.

CULTURA FITNESS: DA MODALIDADE ESPORTIVA À RELI-

GIÃO VIVIDA: Na última década a padronização corporal imposta

pela cultura fitness extrapolou não somente os limites da saúde e bem

-estar, como, também, as barreiras da própria estética, adentrando,

assim, no âmbito da religião a partir da constatação do culto ao corpo.

Sendo assim, suspeita-se de que os valores estruturantes da cultura fit-

ness, mais precisamente da modalidade esportiva conhecida como mus-

culação, possuem semelhanças com os valores estruturantes de algumas

religiões, como, por exemplo, os valores do cristianismo. É justamente a

partir da presente constatação que reside o objetivo dessa pesquisa, a

saber, tanto comprovar que não se trata apenas de uma cultura fitness,

e sim, de um tipo de religião vivida, como, também, percebê-la como um

potencial reflexivo de oferta ao culto cristão na atualidade. Para tanto,

a presente pesquisa valer-se-á da Teologia Prática como hermenêuti-

ca no encalço do sagrado para fornecer os elementos necessários que

contribuirão para o desenvolvimento e conclusão da mesma. Palavras-

chave: Teologia Prática. Cultura Fitness. Religião Vivida. Culto Cristão.

Autoria: Marco Antonio G. Sueitti.

A BÍBLIA COMO NARRATIVA: IDENTIDADE E SABEDORIA

PRÁTICA: A comunicação apresenta a Bíblia como grande narrativa a

partir da qual pode-se construir a identidade. A intenção é apresentar

o texto bíblico como a construção histórica e teológica, por meio de di-

versos gêneros literários, entre os quais há predominância da narrativa.

No entanto, os demais gêneros literários estão à serviço de uma grande

narrativa que oferece origem, propósito e sentido para a vida humana.

Olhar a Bíblia como narrativa-fonte da identidade é, em nosso tempo,

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transpor a visão dogmática e religiosa sobre o texto bíblico, utiliza-

do mais como fundamentação doutrinária do que como fundamentação

existencial. O resgate da bíblia como grande narrativa permite apro-

ximar-se dela como obra literária, fomenta a sua leitura, além dos mé-

todos hermenêuticos clássicos, possibilitando novas leituras, com novos

pontos de partida hermenêuticos, especialmente, a própria vida do/a

leitor/a. Autoria: Israel Mazzacorati Gomes.

A TERRA QUE CAMINHA E CELEBRA: ENSAIOS PARA UMA

LITURGIA PAMPEANA: O Pampa é lugar de origem de um tipo humano

que enxerga o mundo a partir deste bioma: o gaúcho, filho de mulheres

indígenas violentadas por espanhóis, que não é aceito pelo povo de

sua mãe e não aceita o povo de seu pai. Andarilho e teatino, nômade

sem terra, à semelhança de Abraão, sonha com uma terra prometida,

mesmo desconfiando de qualquer promessa. No presente estudo pre-

tendemos elaborar um perfil teológico do gaúcho, buscando compreen-

dê-lo em sua eucaristia com o Pampa através das expressões artísticas

que celebram esta condição. Ao realizarmos esta tarefa, destacaremos

a cosmovisão gaúcha e os símbolos recorrentes de sua experiência exis-

tencial e teológica. Autoria: Renato Ferreira Machado.

“ATÉ QUE CRISTO SE FORME EM VÓS” (GL 4, 19) - O ITI-

NERÁRIO ESPIRITUAL DE TIAGO ALBERIONE: Tiago Alberione pode

ser considerado um dos grandes místicos do Século XX. Todavia, o seu

vasto tesouro espiritual, conhecido como Espiritualidade Paulina, ainda

permanece guardado em suas inúmeras publicações e na prática diária

de seus filhos e filhas espirituais, os membros das diversas congregações

por ele fundadas, a chamada Família Paulina. O itinerário espiritual

vivido por ele e proposto para a Família Paulina tem profundo embasa-

mento bíblico nos Evangelhos e nas Cartas de São Paulo e, a influência

das grandes espiritualidades da Igreja Católica, das quais ele Alberio-

ne um exímio estudioso com a intenção de dar o melhor para sua família

religiosa. Centrada em Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida a Espiri-

tualidade Paulina tem como meta a frase de São Paulo “Até que Cristo

se forme em vós” (Gl 4, 19), meta esta, que está orientada para dar

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sustento e o perfeito desenvolvimento da missão de evangelizar como os

meios de comunicação. Neste artigo, procuraremos elencar as principais

características da Espiritualidade Paulina, aprofundando especialmente

os seus fundamentos bíblicos, as suas influencias e originalidades. Auto-

ria: Rosa Maria Ramalho.

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