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Caderno de Resumos - IAG - USP

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2

Page 3: Caderno de Resumos - IAG - USP

3

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas

XIX SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO

CIENTÍFICA Caderno de Resumos

Agosto 2014

Page 4: Caderno de Resumos - IAG - USP

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Reitor: Prof. Dr. Marco Antonio Zago

Vice-Reitor: Prof. Dr. Vahan Agopyan

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA

Pró-Reitor: Prof. Dr. José Eduardo Krieger

Presidente da Comissão Coordenadora do

Programa de IC: Profa. Dra. Roseli de Deus

Lopes

INSTITUTO DE ASTRONOMIA, GEOFÍSICA E

CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS

Diretor: Prof. Dr. Laerte Sodré Júnior

Vice-Diretor: Prof. Dr. Marcelo Sousa de

Assumpção

DEPARTAMENTOS

Astronomia, Chefe: Prof. Dr. Roberto Dell’Aglio

Dias da Costa

Geofísica, Chefe: Prof. Dr. Ricardo Ivan Ferreira

da Trindade

Ciências Atmosféricas, Chefe: Prof. Dr. Fábio

Luiz Teixeira Gonçalves

COMISSÃODE PESQUISA

Presidente: Prof. Dr. Augusto José Pereira Filho

(Departamento. de Ciências Atmosféricas)

Vice-Presidente: Profa. Dra. Claudia Lucia

Mendes de Oliveira (Departamento de

Astronomia)

Membros Titulares:

Profa. Dra. Zulema Abraham (Departamento de

Astronomia)

Prof. Dr. Carlos Alberto Mendonça

(Departamento de Geofísica)

Prof. Dr. Mauricio de Souza Bologna

(Departamento de Geofísica)

Prof. Dr. Tércio Ambrizzi (Departamento de

Ciências Atmosféricas)

Carolina Barnez Gramcianinov (Representante

Discente)

Membros Suplentes:

Prof. Dr. Jacques Raymond Daniel Lépine

(Departamento de Astronomia)

Prof. Dr. Augusto Damineli Neto

(Departamento de Astronomia)

Profa. Dra. Yára Regina Marangoni

(Departamento de Geofísica)

Profa. Dra. Leila Soares Marques

(Departamento de Geofísica)

Profa. Dra. Rita Yuri Ynoue (Departamento de

Ciências Atmosféricas)

Prof. Dr. Edmilson Dias de Freitas

(Departamento de Ciências Atmosféricas)

AVALIADORES

Astronomia: Ana Laura O’Mill, César Henrique

Siqueira Mello Jr., Jorge Alfredo Correa Otto,

Marcio Guilherme Bronzato de Avellar, Priscilla

Firmino Polido. Geofísica: Anita di Chiara,

Franklin Bispo dos Santos, Selma Isabel

Rodrigues, Vinícius Rafael Neris dos Santos.

Ciências Atmosféricas: Carlos Antonio Neves,

Frederico Luiz Funari, Helber Custódio de

Freitas, Jonathan Mota da Silva, Thiago

Nogueira.

ASSISTÊNCIA TÉCNICA ACADÊMICA

Assistente Acadêmico: Cristiane Souza

Serviço de Apoio Acadêmico (Secretaria da

Comissão de Pesquisa): Cintia Barcellos

Lacerda, Rosana Storel e Mirian Megumi

Sawada. Estagiário: Flávio Nakasato Cação

PRODUÇÃO

Serviço de Apoio Acadêmico e Seção de Apoio

Institucional do IAG

CRÉDITOS DAS IMAGENS

Astronomia: Nebulosa Cabeça de Cavalo -

créditos e direitos autorais: Adam Block, Betty

Peterson e Mel Peterson (fonte:

http://helios.augustana.edu/astronomy/)

Geofísica: Estrutura Richat da Terra – créditos e

direitos autorais: NASA, GSFC, METI, Japan

Space Systems, and U.S., Japan ASTER Science

Team

Ciências Atmosfeéricas: Nuvens Asperatus

Sobre a Nova Zelândia - créditos e direitos

autorais: Witta Priester

Page 5: Caderno de Resumos - IAG - USP

SUMÁRIO

PALESTRAS

IDEIAS, DESAFIOS, SEM RUFO DE TAMBORES!

Profª. Drª. Marta Silvia Maria Mantovani 11

UMA VIDA ACADÊMICA NUM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO

CONTÍNUA

Profª. Drª. Zulema Abraham 12

NUVENS E CHUVAS E SEU PAPEL NA INTERAÇÃO COM A SUPERFÍCIE

TERRESTRE – EXEMPLOS DA AMAZÔNIA E DE SÃO PAULO

Profª Drª. Maria Assunção Faus da Silva Dias 13

PESQUISA, INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO: UMA VIAGEM

EXPLORATÓRIA

Prof. Dr. Carlos Alberto Mendonça 14

ASTRONOMIA

ESTUDO SISTEMÁTICO DOS LOCAIS DE FORMAÇÃO DOS OBSERVÁVEIS

EM DISCOS DE ESTRELAS BE

André Luiz Figueiredo | Alex Cavaliéri Carciofi, Rodrigo Georgetti Vieira

17

ESTUDO DIRIGIDO SOBRE MODELAGEM DE DISCOS CIRCUNSTELARES

DINÂMICOS

Artur Correia Alegre 18

TELESCÓPIOS NA ESCOLA: ENSINO E DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIAS

ATRAVÉS DE TELESCÓPIOS ROBÓTICOS

Bruno Azevedo Betta, Diana Sena Soares | Vera Jatenco-Pereira –

Orientadora 19

Page 6: Caderno de Resumos - IAG - USP

2

MARÉS EM EXOPLANETAS “QUENTES” E ESTRELAS: ESTUDO DO

CENÁRIO EVOLUTIVO DO COROT 20B

Elielson Soares Pereira | Sylvio Ferraz Mello – Orientador 21

RE-ANÁLISE DE GIGANTES VERMELHAS NO AGLOMERADO GLOBULAR

NGC 6522

Elvis William Carvalho Cantelli | Beatriz Leonor Silveira Barbuy –

Orientadora 23

A DESCOBERTA DE NOVOS PLANETAS COM DADOS DO HARPS/ESO

Fabrício Catani de Freitas | Jorge Luis Meléndez Moreno – Orientador

24

GRADIENTES DE METALICIDADE EM NEBULOSAS PLANETÁRIASE

AGLOMERADOS ABERTOS DA VIA LÁCTEA

Flávio G. Santos | Roberto D. D. Costa – Orientador 25

ESPECTROS DE ESTRELAS FRIAS

Juliana Lacerda | Jorge Meléndez - Orientador 26

ESTUDO DE LINHAS POTENCIALMENTE SENSÍVEIS A ROTAÇÃO E

ATIVIDADE ESTELAR

Jessica Caroline dos Santos Simplício | Jorge Luis Melendez Moreno -

Orientador 27

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS ESTELARES

João Pedro Novi Hoshikawa | Eduardo Janot Pacheco – Orientador 28

COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM ESTRELAS DE TIPO SOLAR

Lucas Alexandre Schirbel | Jorge Luis Melendez Moreno – Orientador

29

EVOLUÇÃO DINÂMICA DE GALÁXIAS EM AGLOMERADOS: O PAPEL DA

FRICÇÃO DINÂMICA

Murilo B. Lechuga | Gastão B. Lima Neto – Orientador 30

Page 7: Caderno de Resumos - IAG - USP

3

COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM ESTRELAS DE TIPO SOLAR

Paulo Leite da Silva | Jorge Luis Meléndez Moreno – Orientador 31

EFEITOS DA PRESSÃO DE ARRASTE EM GALÁXIAS DE AGLOMERADOS

Rafael Ruggiero | Gastão César Bierrenbach Lima Neto – Orientador 32

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS ESTELARES

Stephan Hanada Hermenegildo | Profª. Jane Gregorio-Hetem -

Orientadora 34

MEDIDA DE MASSAS DINÂMICA DE ESTRELAS DE ALTA MASSA EM FASE

DE ACRESÇÃO

Thiago Aparecido de Andrade | Augusto Damineli – Orientador 35

ANÁLISE DOS INDICADORES DE METALICIDADE OBTIDOS NOS SURVEYS

HK E HES

William A. P. dos Santos | Profa. Dra. Silvia Rossi, Dr. Vinicius Placco -

Orientadores 36

GEOFÍSICA

APLICAÇÃO DE ELETRORRESISTIVIDADE PARA ESTUDOS DE ZONAS DE

FRATURA EM ROCHAS CRISTALINAS

Alexandre Bondioli | Vagner Roberto Elis – Orientador 39

ESTRUTURAS TECTÔNICAS DAS BACIAS OCEÂNICAS

Aline E. Mazzoni | Eder C. Molina, Paul Wessel – Orientadores 40

ESTUDO GRAVIMÉTRICO DO MACIÇO MÁFICO-ULTRAMÁFICO PONTE

NOVA

Arnaldo Wesley Monti Selli | Yára Regina Marangoni – Orientadora 41

MAPEAMENTO GPR 2D/3D DE TAMBORES METÁLICOS ENTERRADOS

NO SÍTIO CONTROLADO DE GEOFÍSICA RASA (SCGR-I) DO IAG/USP

Bruno Poluha | Jorge Luís Porsani – Orientador 42

Page 8: Caderno de Resumos - IAG - USP

4

EMPREGO DO MÉTODO MASW (MULTICHANNEL ANALYSIS OF

SURFACE WAVES) EM ÁREA URBANA: UM ESTUDO NA CIDADE DE SÃO

PAULO

Claus N. Eikmeier | Fábio Taioli, Renato L. Prado – Orientadores 43

ESTUDO MAGNÉTICO DA ZONA DE FRATURA DE SÃO PAULO,

ATLÂNTICO EQUATORIAL

Denise Silva de Moura | Yára Reina Marangoni, Márcia Maia 44

APLICAÇÃO DO MÉTODO ELETROMAGNÉTICO NA PROSPECÇÃO DE

AQUÍFEROS FISSURAIS:MODELAGEM NUMÉRICA E TESTE DE CAMPO

EM PAULISTANA-PI

Felipe L. Cavalcante, Pedro H. S. Chibane, Oderson Souza Filho | Carlos

A. Mendonça – Orientador 45

CARACTERIZAÇÃO DE CONTAMINAÇÃO CAUSADA POR DEPÓSITOS DE

RESÍDUOS SÓLIDOS POR MEIO DE MEDIDAS DE RESISTIVIDADE EM

CAMPO E LABORATÓRIO

Gianna Caroline Maciel Miura | Vagner Roberto Elis, Andréa Teixeira

Ustra – Orientadores 46

VARIAÇÕES DO PARÂMETRO B NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL, A

PARTIR DE SISMOS LOCAI

Igor Eufrásio | Marcelo Assumpção, Hans Agurto-Detzel –

OrientadoresS 47

RELAÇÃO DOS MASCONS COM A TOPOGRAFIA, ANOMALIA BOUGUER,

ANOMALIA AR-LIVRE E O GEÓIDE LUNAR DE REFERÊNCIA

Ítalo Santin Petini | Eder C. Molina – Orientador 49

DETERMINAÇÃO DAS RAZÕES ISOTÓPICAS DE SR, ND E PB DE DIQUES

DO CRETÁCEO INFERIOR DO ENXAME DA SERRA DO MAR (SP-RJ)

Karine Zuccolan Carvas | Leila Soares Marques 50

Page 9: Caderno de Resumos - IAG - USP

5

DETERMINAÇÃO DE EPICENTROS REGIONAIS COM A REDE

SISMOGRÁFICA BRASIS

Lúcio Quadros de Souza | Marcelo Sousa de Assumpção - Orientador 52

CORREÇÃO DO EFEITO DE AUTO-DESMAGNETIZAÇÃO DAS ROCHAS EM

CORPOS TABULARES COM SUSCEPTIBILIDADE ISOTRÓPICA

Matheus Rezende Lino | Marta Silvia Maria Mantovani, Vinicius Hector

Abud Louro – Orientadores 53

PROCESSAMENTO DE DADOS MAGNETOTELÚRICOS NA PARTE

CENTRAL DA BACIA DO PARANÁ

Nathalya Shimomura Ito | Maurício Bologna 54

APLICAÇÃO DE DADOS ELETROMAGNÉTICOS NA BACIA DO PARNAÍBA

PARA PROSPECÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA (AQUÍFERO SERRA

GRANDE) NO ESTADO DO PIAUÍ

Pedro H. S. Chibane, Felipe L. Cavalcante, Oderson Souza Filho | Carlos

A. Mendonça – Orientador 55

MAGNETOESTRATIGRAFIA DA FORMAÇÃO MAFRA, PERMO-

CARBONÍFEO DO GRUPO ITARARÉ EM SANTA CATARINA

Pedro Vítor Paiva Franco | Marcia Ernesto, Daniele Brandt 56

MODELAGEM NUMÉRICA DE PROCESSOS SUPERFICIAIS E TECTÔNICOS

PARA O ESTUDO DA EVOLUÇÃO DA PAISAGEM DO SUDESTE DO BRASIL

Rafael Monteiro da Silva | Victor Sacek 57

REGIÃO SUL DO MAR DE CANANÉIA – LITORAL SUL PAULISTA:

TRANSPORTES DE VOLUME, CALOR E SAL

Rafael Ricardo Rosa de Oliveira | Sueli Susana de Godoi 58

ANÁLISE AVO AZIMUTAL EM ESTUDOS DE VIABILIDADE SÍSMICA 4D EM

RESERVATÓRIOS CARBONÁTICOS

Tacio Cordeiro Bicudo | Liliana Alcazar Diogo 60

Page 10: Caderno de Resumos - IAG - USP

6

VIABILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE ONDAS PRECURSORAS SS PARA O

ESTUDO DA REGIÃO NORTE DA PLACA SUL-AMERICANA

Thaís Ribeiro Dragone | Marcelo Bianchi – Orientador 61

CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS

CARACTERIZAÇÃO DO ESPECTRO DE GOTAS COM DISDRÔMETRO NO

PARQUE CIENTEC/USP

Ana Luiza Pimenta Fontenelle | Augusto José Pereira Filho –

Orientador 65

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS FRONTAIS NA

CIDADE DE SÃO PAULO

Camila da Cunha Lopes | Rita Yuri Ynoue – Orientadora 66

ESPACIALIZAÇÃO DE INVENTÁRIOS DE EMISSÕES INDUSTRIAIS NO

ESTADO DE SÃO PAULO

Eduardo Fernandes Henriques | Edmilson Dias Freitas – Orientador 67

VARIAÇÕES DE TSM NO ATLÂNTICO SUL ASSOCIADOS À INFLUÊNCIA DE

CICLONES INTENSOS

Edson Luiz Shoitchi Yatabe Barbosa | Ricardo de Camargo – Orientador

68

ANÁLISE DE CONFORTO TÉRMICO EM MORADIAS

Evandro Ribeiro Magalhães 69

EVOLUÇÃO INTERANUAL E INTERDECADAL DAS TEMPESTADES LOCAIS

EM SÃO PAULO: O PAPEL DA BRISA MARÍTIMA

Gabriel Martins Palma Perez | Maria Assunção Faus da Silva Dias –

Orientadora 70

EXPERIMENTOS NUMÉRICOS COM O WRF PARA MUDANÇAS NO USO

DO SOLO NA AMAZÔNIA E IMPACTOS NO CLIMA

Isabela Christina Siqueira | Rosmeri Porfírio da Rocha – Orientadora 71

Page 11: Caderno de Resumos - IAG - USP

7

ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO DUMA CÉLULA CONVECTIVA ÚMIDA

E PROFUNDA ATRAVÉS DA ANÁLISE DUM PERFIL VERTICAL DA

ATMOSFERA VIA RADIOSSONDAGEM

Isaque Saes Lanfredi | Ricardo Hallak – Orientador 72

ESTUDO DAS VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS MÉDIAS NA REGIÃO DA

ESTAÇÃO BRASILEIRA NA ANTÁRTICA (EACF)

José Paulo de Oliveira Flores | Jacyra Soares – Orientador 73

TRAJETÓRIAS TRIDIMENSIONAIS DE PARCELAS DE AR EM SITUAÇÕES

PRÉ-FRONTAL E FRONTAL NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

Leandro do Nascimento Rocha | Ricardo Hallak – Orientador 74

ANÁLISE DE FLUXOS DE MASSA E CALOR MEDIDOS COM UM EDDY

CORRELATION NO PARQUE CIENTEC USP

Leonardo Silva Gilly | Augusto Jose Pereira Filho – Orientador 76

AVALIAÇÃO DE CONDIÇÕES CONDUCENTES A DÉFICIT HÍDRICO NO

ESTADO DE SÃO PAULO

Lucas Augusto Soares | Edmilson Dias de Freitas – Orientador 77

ANÁLISE DE DOWNSCALING ATMOSFÉRICO NO OESTE DO ATLÂNTICO

SUL

Marcos Lourenço Pereira, Bruno Biazeto | Ricardo de Camargo –

Orientador 79

CARACTERIZAÇÃO DA UMIDADE SO SOLO NA BACIA DO PEFI

Maria del Carmen Sanz Lopez | Augusto José Pereira Filho – Orientador

| Carlos A. Mendonça – Co-orientador 80

TEMPESTADES ELÉTRICAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

Pedro Augusto Sampaio Messias Ribeiro | Carlos Augusto Morales

Rodriguez – Orientador 81

Page 12: Caderno de Resumos - IAG - USP

8

A RELAÇÃO COV/NOX EM SÃO PAULO E A FORMAÇÃO DO OZÔNIO

TROPOSFÉRICO

Rubens Fabio Pereira | Maria de Fátima Andrade – Orientadora 82

A CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS ASSOCIADAS

A EVENTOS DE GRANIZO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

Tayla Dias da Silva | Rita Yuri Ynoue – Orientadora 84

CALIBRAÇÃO CLIMÁTICA DOS DADOS DE 18O DE ESTALAGMITES

Thaize S. Baroni | Tércio Ambrizzi – Orientador | Francisco Cruz, Valdir

F. Novello, Gyrlene Silva 85

COMPARAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO ESTIMADA POR MÉTODOS

EMPÍRICOS E DE EDDY COVARIANCEPARA ECOSSISTEMAS DE CANA-DE-

AÇÚCAR, EUCALIPTO, CERRADO E FLORESTA

Tiago Capello Robles | Humberto Ribeiro da Rocha, Jonathan Mota da

Silva, Emilia Brasilio, Helber C. de Freitas 86

ESTIMATIVA DE PRECIPITAÇÃO A PARTIR DO RADAR METEOROLÓGICO

DE DUPLA POLARIZAÇÃO DURANTE O EXPERIMENTO CHUVA-GLM

VALE DO PARAÍBA

Victor Keichi Tsutsumiuchi | Rachel I. Albrecht – Orientadora | Carlos

A. Morales Rodriguez – Colaborador 87

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DOS PARÂMETROS METEOROLÓGICOS NA

COMPOSIÇÃO IÔNICA E ELEMENTAR DO MATERIAL PARTICULADO

FINO DO VALE DO PARAÍBA

Victória Peli | Rosana Astolfo, Adalgiza Fornaro 88

Page 13: Caderno de Resumos - IAG - USP

9

Page 14: Caderno de Resumos - IAG - USP

10

Page 15: Caderno de Resumos - IAG - USP

11

IDEIAS, DESAFIOS, SEM RUFO DE TAMBORES!

Profa. Dra. Marta Silvia Maria Mantovani

Departamento de Geofísica do IAG/USP

Na busca de dados e informações sobre a natureza de fenômenos com

manifestação superficial (embora provenientes das profundezas do

planeta), nos deparamos com as mais diversas situações e paisagens.

Dentre as várias perguntas que surgem, a mais recorrente é: mas onde

é que eu fui me meter?!

Sobre a palestrante: A Profa. Marta Mantovani possui bacharelado e

licenciatura em Física pela Universidade de São Paulo e doutorado em

Física pela Universidade Estadual de Campinas. Aposentou-se

recentemente como Professora Titular do Departamento de Geofísica

do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da

Universidade de São Paulo, onde continua colaborando como

Professora Sênior. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências

e da Academia Paulista de Ciências. Tem experiência na área de

Ciências da Terra, com ênfase no estudo da estrutura, composição e

dinâmica da litosfera continental, atuando principalmente nos

seguintes temas: basaltos continentais e tectonofísica e utilizando

metodologias como gravimetria, magnetometria, geofísica nuclear e

geoquímica isotópica.

Page 16: Caderno de Resumos - IAG - USP

12

UMA VIDA ACADÊMICA NUM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO CONTÍNUA

Profa. Dra. Zulema Abraham

Departamento de Astronomia do IAG/USP

Sobre a palestrante: A Profa. Zulema Abraham possui graduação em

Física pela Universidade de Buenos Aires e doutorado em Física pelo

Massachusetts Institute of Technology. Aposentou-se como Professora

Associada do Departamento de Astronomia da Universidade de São

Paulo, onde continua atuando como Professora Sênior. Tem

experiência na área de Astronomia, com ênfase em Astrofísica do Meio

Interestelar. Atuando principalmente nos seguintes temas:

radioastronomia, rastreio e aquisição de dados.

Page 17: Caderno de Resumos - IAG - USP

13

NUVENS E CHUVAS E SEU PAPEL NA INTERAÇÃO COM A SUPERFÍCIE TERRESTRE – EXEMPLOS DA AMAZÔNIA E DE SÃO PAULO

Profa. Dra. Maria Assunção Faus da Silva Dias

Departamento de Ciências Atmosféricas do IAG/USP

A compreensão sobre os processos de formação e evolução das

nuvens é um desafio perseguido pela humanidade desde sempre. No

entanto, as últimas 5 décadas viram um desenvolvimento espetacular

movido por tecnologia de satélites e computadores e uma evolução

sem precedentes na área instrumental.

No Brasil também houve uma evolução considerável nessa área. Nesta

palestra serão apresentados os resultados das pesquisas realizadas na

Amazônia e no estado de São Paulo, com ênfase naqueles

impulsionados por campanhas de medidas especiais e por modelagem

numérica. Com a perspectiva do desenvolvimento passado serão

indicados os desafios que surgiram com o aprofundamento das

questões associadas a formação de nuvens e chuvas e sua interação

com a superfície.

Sobre a palestrante: A Profa. Maria Assunção Dias formou-se em

Matemática Aplicada pela Universidade de São Paulo e obteve os

títulos de mestrado e doutorado em Atmospheric Sciences pela

Colorado State University. Atualmente é membro do WGII -

Intergovernamental Panel on Climate Change, do World Climate

Research Program Modeling Advisory Council, do comitê científico do

ILEAPS - International Geosphere Atmosphere Program e da Academia

Brasileira de Ciências, além de pesquisadora do Experimento de

Grande Escala da Atmosfera Biosfera na Amazônia, fellow da American

Meteorological Society e professora titular da Universidade de São

Paulo. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em

Meteorologia, atuando principalmente nos seguintes temas:

Amazônia, chuva, precipitação e tempestades.

Page 18: Caderno de Resumos - IAG - USP

14

PESQUISA, INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO: UMA VIAGEM EXPLORATÓRIA

Prof. Dr. Carlos Alberto Mendonça

Departamento de Geofísica do IAG/USP

Nos últimos quatro anos, saímos de projetos de pesquisa com tópicos

bem específicos, passamos por submissão de patentes e iniciamos

projetos de empreendedorismo (incubação de empresa). Como um

todo, esta trajetória trouxe novidades para o nosso grupo de pesquisa,

ampliando horizontes. Discutiremos, nesta palestra, etapas que

consideramos relevantes nesta transição, desde motivações,

dificuldades e formas de encaminhamento, explorando recursos de

apoio existentes na USP.

Sobre o palestrante: O Prof. Carlos Mendonça graduou-se em

Geologia pela Universidade de São Paulo e obteve o título de doutor

em Geofísica pela Universidade Federal do Pará (1992). Atualmente é

Professor Associado da Universidade de São Paulo. Tem experiência

nas áreas de Geofísica Aplicada (métodos potenciais e elétricos),

inversão de dados geofísicos, estudos geofísicos em arqueologia e

meio ambiente (terrenos contaminados), prospecção geofísica de

águas subterrâneas e de recursos minerais.

Page 19: Caderno de Resumos - IAG - USP

15

Page 20: Caderno de Resumos - IAG - USP

16

Page 21: Caderno de Resumos - IAG - USP

17

ESTUDO SISTEMÁTICO DOS LOCAIS DE FORMAÇÃO DOS OBSERVÁVEIS EM DISCOS DE ESTRELAS BE

André Luiz Figueiredo

Alex Cavaliéri Carciofi, Rodrigo Georgetti Vieira

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

O entendimento dos discos de estrelas Be, tem se dado pela

modelagem de objetos individuais, como é o caso da estrela ζ Tauri, no

qual utilizou-se o modelo de disco de decréscimo viscoso (VDD). Uma

outra maneira de se estudar o VDD é comparar suas previsões com

levantamentos estatísticos disponíveis na literatura sobre correlações

de observáveis. Com essa motivação, o grupo de interferometria do

IAG/USP iniciou a construção de uma grande grade de modelos, o Be

Atlas. Este trabalho tem por escopo a colaboração com alguns

aspectos da implementação do Be Atlas como: estudos sobre a

eficiência e paralelização do código utilizado para a construção da

grade, estudos da estrutura térmica dos discos e uma análise

preliminar dos locais de formação dos observáveis no disco. A

eficiência de paralelização do código utilizado, é de 99.9%. O estudo

dos locais de formação dos observáveis revelou que o material do

disco age como uma pseudofotosfera. Do estudo da temperatura,

concluímos que uma lei de potência é uma boa descrição para a região

interna do disco, além de vermos o efeito de regiões mais frias sobre a

estrutura de temperatura do disco ao utilizar uma expressão mais

representativa para obter a temperatura radias do disco. Por fim, o

modelo que adotamos para a parametrização da estrutura térmica do

disco se mostrou insuficiente.

Page 22: Caderno de Resumos - IAG - USP

18

ESTUDO DIRIGIDO SOBRE MODELAGEM DE DISCOS CIRCUNSTELARES DINÂMICOS

Artur Correia Alegre

Alex Cavaliéri Carciofi - Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

Neste projeto o aluno passou por um estudo dirigido sobre a

modelagem de discos circunstelares utilizando o código de

transferência radiativa HDUST. Realizou-se também um estudo

preparatório que contou com uma leitura bibliográfica

recomendada e noções de programação utilizando a linguagem

IDL. Ao fim desta et apa preparatória iniciou-se o planejamento de

uma série de modelos a serem calculados. Nas fases seguintes deste

projeto espera-se obter diversas curvas sintéticas de polarização a fim

de realizar uma análise detalhada sobre o comportamento desta em

função de vários parâmetros dos discos de estrelas Be, tais como

escala de altura e densidade.

Page 23: Caderno de Resumos - IAG - USP

19

TELESCÓPIOS NA ESCOLA: ENSINO E DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIAS ATRAVÉS DE TELESCÓPIOS ROBÓTICOS

Bruno Azevedo Betta

Diana Sena Soares

Vera Jatenco-Pereira – Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

O projeto Telescópios na Escola tem por objetivo fazer uma

aproximação entre alunos de ensino básico (fundamental e médio) e a

ciência e tecnologia, fazendo uso de telescópios robóticos controlados

remotamente através da internet. Dessa forma, é permitido aos

professores desenvolver pequenos projetos científicos e abordar de

uma forma mais prática suas aulas de matemática e física, ao fazer uso

da astronomia.

O projeto agrega vários telescópios espalhados por todo o

território brasileiro, sendo o telescópio Argus localizado no

Observatório Abrahão de Moraes, em Valinhos, interior de São Paulo,

mantido pelo Departamento de Astronomia do IAG. Com ele é possível

realizar qualquer uma das atividades sugeridas no site do projeto

(www.telescopiosnaescola.pro.br), como observação de asteroides,

cor das estrelas, passeio pelo céu e outros, todos divididos em níveis

de dificuldade, para facilitar a utilização e melhorar o aproveitamento

das escolas participantes. Todo o processo de observação e captação

de imagens com o telescópio é auxiliado pela equipe, de tal forma que

mesmo professores inexperientes na área da astronomia podem

participar.

Ao fazer uso da internet para divulgação, o alcance do projeto

tem se tornado cada vez maior, tendo participação de escolas de todas

Page 24: Caderno de Resumos - IAG - USP

20

as regiões do país. Com formulários preenchidos pelas escolas

participantes sobre as suas experiências, o projeto vem se

desenvolvendo e aprimorando, tendo alcançado grande sucesso, e se

tornando cada vez mais uma excelente ferramenta de divulgação e

ensino da Astronomia.

Page 25: Caderno de Resumos - IAG - USP

21

MARÉS EM EXOPLANETAS “QUENTES” E ESTRELAS: ESTUDO DO CENÁRIO EVOLUTIVO DO COROT 20B

Elielson Soares Pereira

Sylvio Ferraz Mello – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

Trabalhando-se com a teoria de marés desenvolvida no IAG-USP - a teoria da maré de fluência (Creeping Tide) (Ferraz-Mello, 2013) - realizou-se o estudo do cenário evolutivo do planeta CoRot 20b com um código (gamma-brak.f), no qual a evolução dos parâmetros do planeta e da estrela foram estudados. CoRot 20b é um exoplaneta do tipo Júpiter “quente”, isto é, planeta com massa da ordem do planeta Júpiter, 4.24 ± 0.23MJúp, que está próximo à estrela central, e, consequentemente possui período de revolução baixo, aprox. 9.2dias. Tal estudo pôde ser realizado devido a essa proximidade do planeta à estrela central, o que torna os efeitos de maré preponderantes tanto no planeta, como na estrela hospedeira. Além disso, a órbita apresenta excentricidade não nula (e=0.56), isto é, não circularizou ainda, e, portanto, não houve tempo de ocorrer a sincronização dos períodos de rotação e orbital, dessa maneira, podendo ser simulados tais cenários. No passado os estudos da evolução determinada pelas marés em sistemas planetários foram conduzidos com base nas teorias de Darwin (sec. XIX) usando-se as versões elaboradas por Mignard (1979) e por Ferraz-Mello et al. (2008). Nesses estudos não eram considerados fatores como a atividade da estrela (a qual corresponde o fator de breque f), existência de outros planetas no sistema. No modelo agora considerado são inseridos o fator de relaxação da maré γ e o fator de breque f. Os resultados existentes na literatura correspondem aos fatores de relaxação do planeta e da estrela hospedeira (G2V) desse sistemacomo sendo γA = 9 Hz e γB = 10 Hz, respectivamente. Notou-se

Page 26: Caderno de Resumos - IAG - USP

22

que, na verdade, este último valor não influi de maneira significativa na evolução dos parâmetros orbitais, já que valores de γB altos implicam numa dissipação de energia menor, enquanto que menores valores do fator de relaxação maior será a dissipação de energia do sistema. Os valores típicos γB encontrados em estudos de outros planetas estão na faixa de 30 – 70 Hz. Considerando-se apenas maré, observou-se que o sistema sincronizava em cerca de 12 bilhões de anos, ou seja, os períodos de rotação do planeta, da estrela e de revolução do planeta convergiram para um mesmo valor (P~4.05 dias). No estudo agora feito se considera também o fato de a estrela ser do tipo solar, e, portanto, ser ativa e perder momento angular ao ejetar massa (vento estelar), que na prática significa diminuir o período de rotação. Quando foi considerado um fator de breque magnético f=0 (isto é, ausência de breque) os resultados foram consistentes com o encontrado na literatura, entretanto, de maneira complementar, quando se considerou um fator f=1 (breque máximo) o sistema evoluiu de uma maneira bem diferente da clássica. O sistema no tempo de 12 bilhões de anos nem mesmo chegou a circularizar, dessa forma, não houve tempo de sincronizar a rotação da estrela e do planeta com o período orbital do planeta.

Page 27: Caderno de Resumos - IAG - USP

23

RE-ANÁLISE DE GIGANTES VERMELHAS NO AGLOMERADO GLOBULAR NGC 6522

Elvis William Carvalho Cantelli

Beatriz Leonor Silveira Barbuy – Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

O aglomerado globular do bojo NGC 6522 é moderadamente

pobre em metais ([Fe/H]=-1.0). A análise de 8 estrelas desse

aglomerado por Barbuy et al. (2009, A&A, 507, 405) revelou excesso

de Bário em algumas dessas estrelas. Em Chiappini et al. (2011,

NATURE, 472, 454) a abundância de Ítrio também foi confirmada

como excessiva, e esses resultados foram interpretados como sendo

devidos à nucleossíntese nas primeiras estrelas massivas com alta

rotação, nos primórdios das partes centrais de nossa Galáxia.

Obtivemos novos dados com mais alta resolução para 6 dessas

mesmas estrelas, com o espectrógrafo UVES, e de uma centena

de estrelas, em resolução R=22,000 com o espectrógrafo GIRAFFE.

O objetivo deste projeto é analisar os espectros UVES, com o

objetivo de confirmar a sobreabundância dos elementos pesados,

nas estrelas já analisadas em Barbuy et al. (2009), agora com os

espectros UVES, que é crítica para a interpretação dada em

Chiappini et al. (2011). Isto inclui re-derivar seus parâmetros

atmosféricos, e derivar as abundâncias dos elementos s, de

captura lenta de nêutrons: Ba, Y, Zr; elementos leves: C, N, O, Na; e

elementos do pico do Ferro: Mn, Cu, Zn. Os resultados levarão a

conclusões sobre o enriquecimento químico inicial da Galáxia, em

particular sobre o tipo de supernovas responsáveis por este, e

correspondente nucleossíntese ocorrida.

Page 28: Caderno de Resumos - IAG - USP

24

A DESCOBERTA DE NOVOS PLANETAS COM DADOS DO HARPS/ESO

Fabrício Catani de Freitas

Jorge Luis Meléndez Moreno – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

A detecção de exoplanetas através da variação da velocidade

radial da estrela é feita observando espectros das estrelas por longos

períodos de tempo. Entretanto a detecção de planetas usando o

método da variação radial tem limitações instrumentais e também

pelo ruído gerado pela oscilação da estrela. Para aumentar a precisão

na detecção de exoplanetas obtemos a média de diversas observações

na escala de tempo das oscilações da estrela ao calcular sua velocidade

radial.

O objetivo desse projeto é utilizar os dados do espectrógrafo

HARPS de alta precisão para detectar a presença de exoplanetas de

baixa massa em gêmeas solares. Também estudamos a atividade de

gêmeas solares, pois a atividade estelar pode induzir variações nas

velocidades radiais calculadas que podem ser confundidas com a

presença de planetas. Finalmente, estamos estudando quais linhas são

mais sensíveis a atividade estelar para no futuro eliminá-las antes de

obter a velocidade radial, desta forma, atingimos uma melhor precisão

na detecção de planetas de baixa massa.

Page 29: Caderno de Resumos - IAG - USP

25

GRADIENTES DE METALICIDADE EM NEBULOSAS PLANETÁRIASE

AGLOMERADOS ABERTOS DA VIA LÁCTEA

Flávio G. Santos

Roberto D. D. Costa – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

O estudo da evolução química da Galáxia vem fornecendo ao longo

dos anos importantes resultados teóricos e observacionais. A

adequação de modelos de evolução química depende da compreensão

de sistemas menores e suas correlações, bem como a determinação

das abundancias químicas desses sistemas. O estudo da distribuição

química em nebulosas planetárias (NPs) na Via Láctea e em outras

galáxias fornece informações importantes sobre a distribuição das

abundâncias de elementos leves e a evolução temporal dessas

abundâncias. A distribuição das abundâncias químicas do material

ejetado fornece informações sobre o meio interestelar no qual sua

progenitora foi formada. Da mesma forma que nebulosas planetárias,

os aglomerados abertos (OpC)também carregam importantes

informações sobre a evolução química da galáxia, pois as estrelas

pertencentes a eles se formaram de uma mesma nuvem molecular,

portanto, apresentam a mesma distribuição química inicial, sendo

possível determinar com boa precisão a idade do aglomerado através

do diagrama HR das estrelas pertencentes a ele assim como sua

distancia. Assim, utilizando diferentes objetos distribuídos na Galáxia,

podemos derivar um gradiente radial e vertical de abundâncias de

oxigênio e derivar uma relação idade-metalicidade afim de validar e

alimentar modelos de evolução química da galáxia.

Page 30: Caderno de Resumos - IAG - USP

26

ESPECTROS DE ESTRELAS FRIAS

Juliana Lacerda

Jorge Meléndez - Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

As estrelas frias de tipo K tardio e de tipo M são pouco

estudadas devido à complexidade de seus espectros. Em particular as

estrelas de tipo M apresentam diversas bandas moleculares tais como

TiO, CN, FeH, entre outras. No presente projeto são encontradas

relações entre alguns índices de linhas atômicas e moleculares com a

temperatura e com a metalicidade da estrela.

Page 31: Caderno de Resumos - IAG - USP

27

ESTUDO DE LINHAS POTENCIALMENTE SENSÍVEIS A ROTAÇÃO E ATIVIDADE ESTELAR

Jessica Caroline dos Santos Simplício

Jorge Luis Melendez Moreno - Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

Um dos problemas associados à detecção de exoplanetas com

o método de velocidade radial é o ruído intrínseco da estrela devido a

oscilações, atividade magnética e granulação. Em particular, variações

na velocidade radial devido à rotação estelar ou ciclos de atividade

estelar, podem ser confundidas com variações induzidas pela presença

de planetas. Por isso, é importante determinar o período de rotação

estelar. Com o intuito de determinar a rotação pela variabilidade em

linhas espectrais devido à atividade estelar, selecionamos linhas

limpas no espectro para estudar quais delas podem ser

potencialmente sensíveis à rotação estelar. Identificamo-las usando

a lista de linhas da base de dados do VALD e verificamos as

identificações usando o atlas de Wallace, Hinkle & Livingston (1998).

Determinamos regiões de contínuo no espectro e medimos o fluxo das

linhas em uma série temporal de espectros de 18 Scorpii. Usamos essa

estrela porque ela tem período de rotação bem determinado. À partir

das nossas medições obtivemos periodogramas com o objetivo de

determinar as linhas que podem ser usadas para obter o período de

rotação da estrela.

Page 32: Caderno de Resumos - IAG - USP

28

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS ESTELARES

João Pedro Novi Hoshikawa

Eduardo Janot Pacheco – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

Extremófilos são micro-organismos terrestres que resistem a

condições extremas físicas ou geoquímicas, como temperatura,

pressão, pH, radiação, salinidade, humidade, etc...São encontrados

com relativa facilidade em nosso planeta, em regiões como desertos, a

Antártida, o fundo dos mares, no interior de rochas, em crateras de

vulcões e geisers, etc..., e tem sido alvo de forte atenção científica nos

últimos anos. O fato de esses seres vivos resistirem a condições

extremas, torna-os candidatos naturais a poderem existir em outros

habitats, em planetas e luas do Sistema Solar, onde algumas dessas

condições são encontradas. Dentre esses, os mais promissores são: o

subsolo de Marte, a superfície e/ou o interior de Titã e Enceladus

(satélites de Saturno), Europa Ganymede, e Callisto (satélites de

Jupiter).

Neste trabalho, será feito um levantamento das condições

físico-químicas desses habitats,que foram deduzidas ou medidas por

sondas espaciais nos últimos anos, e se examinará se extremófilos

terrestres são capazes de viver nesses meios extraterrestres.

Page 33: Caderno de Resumos - IAG - USP

29

COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM ESTRELAS DE TIPO SOLAR

Lucas Alexandre Schirbel

Jorge Luis Melendez Moreno – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

We performed a differential line by line analysis of the solar

twin HIP14328, in order to study the evolution of lithium in the sun,

and also the possible connection between chemical abundance

anomalies and planet formation. We find that HIP114328 fits well into

the emerging Li-age trend observed in solar twins of different ages,

and that it is a good candidate to host rocky planets, due to its striking

chemical resemblance to the Sun.

Page 34: Caderno de Resumos - IAG - USP

30

EVOLUÇÃO DINÂMICA DE GALÁXIAS EM AGLOMERADOS: O PAPEL DA FRICÇÃO DINÂMICA

Murilo B. Lechuga

Gastão B. Lima Neto – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

Nas últimas décadas houve um crescente esforço para a

realização de simulações numéricas com intuito de estudar a

formação, evolução e interação entre galáxias e também do Universo

em grande escala. Como motivação para este trabalho serão realizadas

simulações que descrevem o halo de matéria escura de um

aglomerado de galáxias que está interagindo com um halo de

proporções e massa menores. O halo menor ao entrar neste meio

sofre uma força contrária ao movimento devida a fricção dinâmica.

Acrescentando a equação da força de fricção dinâmica calculada por

Chandrasekhar (Chandrasekhar, 1943) à equação gravitacional

obtemos uma equação diferencial de segunda ordem. Utilizando o

método de Runge-Kutta clássico de quarta ordem para a resolução da

equação é possível comparar com as simulações numéricas para obter

qual é o melhor ajuste para um dos parâmetros da equação

diferencial. Para parametrizar a equação diferencial foi utilizado o

perfil de densidade descrito pelo perfil de Navarro, Frank & White

(NFW). A partir dele é possível derivar o equivalente para a massa

dentro de um raio r M(<r), já que é esta que atua na componente

orbital. Até o momento os parâmetros estão ajustados e prontos para

realizar a resolução da equação de acordo com o método estudado.

Page 35: Caderno de Resumos - IAG - USP

31

COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM ESTRELAS DE TIPO SOLAR

Paulo Leite da Silva

Jorge Luis Meléndez Moreno – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

Este trabalho busca estudar a composição química de estrelas do tipo

solar, utilizando a técnica de análise

diferencial, fazendo a análise da abundância química linha a linha. As

incertezas típicas para a composição

química são de aproximadamente 0,05 à 0,10 dex, o que resulta em

erros de 12% à 26%, porém para o

estudo de formação planetária é preciso que os erros sejam menores

que 5%, por isso foi desenvolvida uma técnica que permitisse atingir

altíssima precisão, com erros em [X/H] de 0,01dex. Para auxiliar no

estudo dessas estrelas, está sendo desenvolvido um programa, em

Python, capaz de comparar duas estrelas diferentes, utilizando seus

parâmetros atmosféricos. O programa utiliza os valores de abundância

de duas estrelas para ajustar uma reta com os valores da largura

equivalente reduzida e com os valores de largura equivalente,

identificar todos os elementos químicos presentes na amostra e

verificar o equilíbrio de ionização. Para testar o programa foram

utilizados os valores de larguras equivalentes da luz do Sol refletida em

dois asteroides diferentes, Ceres e Vesta. Como se trata da mesma

estrela, era esperado que os valores de abundância fossem parecidos,

e, portanto, suas razões deveriam apresentar valores compatíveis com

zero, que foi o resultado encontrado.

Page 36: Caderno de Resumos - IAG - USP

32

EFEITOS DA PRESSÃO DE ARRASTE EM GALÁXIAS DE AGLOMERADOS

Rafael Ruggiero

Gastão César Bierrenbach Lima Neto – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

Aglomerados de galáxias são as maiores estruturas em

equilíbrio do universo. Esses objetos são compostos por um halo

massivo de matéria escura, com massa tipicamente da ordem de

10^15 massas solares, e por um meio gasoso intra aglomerado. Esse

meio gasoso encontra-se a altas temperaturas, o que faz com que uma

galáxia espiral de campo que caia sobre o aglomerado tenha seu gás

varrido por um processo hidrodinâmico conhecido como pressão de

arraste.

Encontros dessa natureza são caracterizados por uma onda de

choque inicial, que comprime o gás da galáxia, seguida da rápida perda

de grande parte deste gás. Essa onda de pressão tende ainda a causar

um surto de formação estelar na galáxia, devido ao aumento da

densidade de seu meio interestelar.

O projeto em andamento tem como objetivo quantificar as

taxas de perda de gás e de formação estelar, para diferentes

parâmetros estruturais da galáxia e do aglomerado, e para diferentes

parâmetros de impacto. Isso está sendo feito com uso de simulações

hidrodinâmicas de N-corpos, nas quais matéria escura e estrelas são

representadas por uma componente acolisional de interação

puramente gravitacional. Na metodologia que estamos usando, o gás

está sendo representado também por partículas, seguindo uma técnica

conhecida como SPH (Smoothed Particle Hydrodynamics).

Page 37: Caderno de Resumos - IAG - USP

33

Formação estelar é um processo que ocorre em escalas

menores que as resolvidas por essas simulações. Assim, para

quantificá-lo, utiliza-se métodos conhecidos como sub-grid physics,

que são receitas que, a cada passo da simulação, substituem parte do

gás por estrelas, de acordo com critérios que julgam qual deve ser a

taxa de formação estelar em cada região.

Apresentaremos aqui os resultados referentes à modelização

numérica de aglomerado de galáxias e de galáxias espirais que serão

empregadas para determinar a eficiência do processo de pressão de

arraste.

Page 38: Caderno de Resumos - IAG - USP

34

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS ESTELARES

Stephan Hanada Hermenegildo

Jane Gregorio-Hetem - Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

Por meio da análise dos dados, neste projeto o estudante

desenvolve habilidades de trabalhar com técnicas de tratamento de

imagens astronômicas e de interpretação dos resultados. O trabalho

envolve o aprendizado de princípios básicos a respeito da estrutura e

da evolução estelar que pode ser adaptado para o desenvolvimento de

atividades práticas voltadas para disciplinas do Bacharelado em

Astronomia do IAG, no âmbito do programa “Ensinar com Pesquisa”.

Inicialmente foi realizado um estudo dirigido a respeito dos

conceitos básicos sobre a determinação de parâmetros estelares. Para

conhecer as técnicas e ferramentas de tratamento de imagens, foram

realizados experimentos envolvendo técnicas fotométricas e

determinação do brilho e cores das estrelas. Na segunda parte do

trabalho os dados observacionais disponíveis foram analisados para

construir curvas de luz de estrelas variáveis e determinar sua

distância.

O período de pulsação foi determinado com base na variação

do brilho em função do tempo. A partir da relação período-

luminosidade é possível estimar a magnitude absoluta e calcular a

diferença para a magnitude aparente, a qual depende da distância do

objeto. Obtém-se assim o módulo de distância da estrela estudada.

Page 39: Caderno de Resumos - IAG - USP

35

MEDIDA DE MASSAS DINÂMICA DE ESTRELAS DE ALTA MASSA EM

FASE DE ACRESÇÃO

Thiago Aparecido de Andrade

Augusto Damineli – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

O cenário dominante para a formação de estrelas massivas

(M>8 Msol) é que ele seja através de discos de acresção, de forma

semelhante às estrelas de baixa massa, embora isso ainda seja motivo

de debates (Zinnecker & Yorke 2007). Modelos de acresção têm sido

apresentados por Yorke & Sonnhalter(2002) e por Kuiper et al.(2011),

que mostraram ser possível a formação de estrelas com massas

superiores a M> 100 Msol. O ingrediente principal é que a radiação

escapa principalmente pelos pólos do disco. Assim, neste caso também

se esperam encontrar jatos colimados, como o grande número deles

conhecidos em YSOs de baixa massa. Os jatos são vistos

principalmente em transições da molécula do H2 (em 2.12 mícrons),

excitada por choques. Os discos podem ser vistos através de transições

do CO (em 2.3 microns), alargadas pela rotação kepleriana da matéria

em acresção (Davies et al. 2010, Varricatt et al. 2010). Está sendo

conduzido um mapeamento abrangente de fontes infravermelhas

candidatas a MYSOs pelo aluno de mestrado Felipe Navarete em

ambos os hemisférios. Um grupo deles medido pelo telescópio CFHT

mostrou ter jatos bipolares associados e em breve será possível

explorá-lo espectroscopicamente através do NIFS no Gemini Norte.

Este espectrógrafo de campo integral é capaz de mapear as

velocidades radiais em torno do objeto central. No caso de velocidades

keplerianas, como as de rotação do disco (em linhas de CO), seria

possível determinar a massa do objeto central.

Page 40: Caderno de Resumos - IAG - USP

36

ANÁLISE DOS INDICADORES DE METALICIDADE OBTIDOS NOS SURVEYS HK E HES

William A. P. dos Santos

Silvia Rossi – Orientadora; Vinicius Placco – Colaborador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Astronomia

O surgimento dos surveys HK (Beers et al. 1985 e 1992) e

Hamburg/ESO (HES; Wisotzki et al. 2000) proporcionou um aumento

significativo no número de estrelas observadas de populações do halo

e do disco espesso da Galáxia. A fim de otimizar a busca por estrelas

pobres em metais Beers et al. (1999) definiram um índice de linha KP

para a linha de Ca II K, utilizado para estimar a metalicidade de estrelas

do survey HK. Christlieb et al. (2008) definiram um índice KPHES a ser

utilizado nos espectros contidos no HES, sendo utilizadas 2000 estrelas

do survey HK presentes no HES para calibração deste índice,

entretanto, quando o pipeline utiliza os valores do índice KPHES para

determinação de metalicidade, os valores obtidos não concordam com

os obtidos via índice KP. O objetivo deste trabalho é fornecer uma

calibração, a partir de índices de linhas espectrais, para a

determinação de metalicidades de aproximadamente quatro milhões

de estrelas do HES, com espectros em baixa resolução. Tal calibração é

feita a partir do cálculo dos índices de linha KP e KPHES das estrelas

pobres em metais analisadas em média resolução por Schörck et al.

(2009) e Li et al. (2010).

Page 41: Caderno de Resumos - IAG - USP

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Page 42: Caderno de Resumos - IAG - USP

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Page 43: Caderno de Resumos - IAG - USP

39

APLICAÇÃO DE ELETRORRESISTIVIDADE PARA ESTUDOS DE ZONAS DE FRATURA EM ROCHAS CRISTALINAS

Alexandre Bondioli

Vagner Roberto Elis – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Com o intuito de desenvolver e testar uma metodologia

geofísica adequada para a caracterização (mergulho) de fraturas

visando à extração de água subterrânea, foram feitos modelos de

zonas de fraturas nas mais diferentes situações, tendo como base uma

rocha cristalina e, a partir destes modelos, fizemos uma análise de

resistividade, e para tal foram utilizados programas de modelagem 2D

e de inversão de dados 2D.

Page 44: Caderno de Resumos - IAG - USP

40

ESTRUTURAS TECTÔNICAS DAS BACIAS OCEÂNICAS

Aline E. Mazzoni

Eder C. Molina, Paul Wessel – Orientadores

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

As Zonas de Fratura (ZF) são lineamentos estruturais que

representam traços inativos de falhas transformantes e são feições-

chave para a compreensão da geodinâmica global. Tais lineamentos

podem constituir zonas de fraqueza litosférica que separam segmentos

da crosta oceânica de diferentes idades e maturidade térmica.

Através de um novo programa semi-automático de

rastreamento de zonas de fratura, pôde-se quantificar a precisão dos

traços de zonas de fratura e outras lineações digitalizadas

manualmente de dados de gradiente gravimétrico vertical (VGG).

Oito zonas de fratura foram examinadas e encontrou-se um

desvio médio absoluto menor que 3.4 km entre os traços obtidos

manualmente e os resultantes com o programa e os dados de mínimo

VGG que delineavam claramente cada traço, e menor que 5.4 km entre

as localizações dadas pelos modelos de melhor ajuste que

representam a morfologia das zonas de fratura individuais. Essas

distâncias são pequenas considerando os dados gravimétricos que

apenas fornecem uma aproximação da morfologia subjacente.

Page 45: Caderno de Resumos - IAG - USP

41

ESTUDO GRAVIMÉTRICO DO MACIÇO MÁFICO-ULTRAMÁFICO PONTE NOVA

Arnaldo Wesley Monti Selli

Yára Regina Marangoni – Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Na Província Alcalina da Serra do Mar encontra-se o maciço

máfico-ultramáfico Ponte Nova, formado por rochas cumuláticas de

tendência alcalina. O maciço é caracterizado por duas áreas de

exposição, a maior com aproximadamente 5,5 km2, e a menor com

cerca de 1 km2. Foi feita a coleta, em detalhe, de dados gravimétricos

na região definida entre as coordenadas 46oW -45o30’W e 23oS-

22o40’S. Os resultados foram processados de forma usual para

determinar as anomalias. O mapa de anomalia Bouguer de detalhe

na área ao redor e dentro do maciço não individualizou as duas

intrusões, pois elas apresentam litologias diferentes. Foi possível

marcar as duas estruturas que afloram: a maior com anomalia Bouguer

variando de -65 a -48 mGal e a menor variando de -75 a -65 mGal.

Page 46: Caderno de Resumos - IAG - USP

42

MAPEAMENTO GPR 2D/3D DE TAMBORES METÁLICOS ENTERRADOS NO SÍTIO CONTROLADO DE GEOFÍSICA RASA (SCGR-I) DO IAG/USP

Bruno Poluha

Jorge Luís Porsani – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

O rápido crescimento urbano tem carregado consigo uma

série de problemas ligados principalmente ao planejamento urbano,

no qual mapear previamente interferências no subsolo pode ser

sinônimo de segurança, velocidade nas obras de infraestrutura e

economia de custos. Sendo assim é nesse contexto que o método

GPR se enquadra. No presente trabalho é apresentado um

mapeamento 2D/3D de tambores metálicos com diversas

geometrias e configurações, enterrados no Sítio Controlado de

Geofísica Rasa do IAG-USP (SCGR-I), utilizando o método geofísico

eletromagnético não-destrutível GPR Ground Penetrating Radar. Os

alvos enterrados em profundidades conhecidas permitem uma análise

das respostas típicas das reflexões GPR nos radargramas. Os perfis

GPR foram feitos com antenas blindadas de 200 MHz. Os resultados

2D mostraram refletores GPR na forma de hipérboles de difrações e os

resultados 3D permitem uma estimativa do tamanho e orientação dos

alvos, mostrando que o GPR é uma importante ferramenta para

mapear objetos enterrados pelo homem e feições geológicas em

subsuperfície, sendo de grande utilidade nos estudos geotécnicos

e de planejamento urbano.

Page 47: Caderno de Resumos - IAG - USP

43

EMPREGO DO MÉTODO MASW (MULTICHANNEL ANALYSIS OF SURFACE WAVES) EM ÁREA URBANA: UM ESTUDO NA CIDADE DE

SÃO PAULO

Claus N. Eikmeier

Fábio Taioli, Renato L. Prado – Orientadores

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Neste projeto foi realizado um estudo com o método MASW

(Multichannel Analysis of Surface Waves) aplicando-o em uma área na

cidade de São Paulo - SP com o objetivo de se obter o perfil de

velocidades das ondas S. Próximo ao local onde foram adquiridos os

dados MASW foi realizado há anos um ensaio sísmico crosshole

executado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas- IPT visando obras

da Linha 4 do Metrô com o mesmo propósito. Neste trabalho os dados

sísmicos crosshole foram comparados com os resultados obtidos com

o método MASW com o objetivo de se avaliar as potencialidades e

limitações do MASW para a investigação geotécnica em áreas urbanas,

uma vez que o valor das velocidades das ondas S é um importante

parâmetro para a análise de estruturas (permitindo a obtenção do

módulo de rigidez dinâmico).

Os dados foram processados com os softwares livres, Seismic

Unix, Geopsy e Dinver. Os últimos dois são ainda pouco conhecidos no

Brasil, tendo, portanto, este trabalho também o objetivo de apresentar

novas ferramentas de processamento e interpretação de dados

sísmicos à comunidade geocientífica.

Confrontado com o método crosshole, o método MASW

mostrou-se de fácil execução, pouco dispendioso, mas menos preciso.

Considerando-se as incertezas envolvidas, os resultados obtidos com o

MASW convergiram para os obtidos com o método crosshole,

demonstrando-se um grande potencial do método MASW para a

investigação geotécnica em áreas urbanas.

Page 48: Caderno de Resumos - IAG - USP

44

ESTUDO MAGNÉTICO DA ZONA DE FRATURA DE SÃO PAULO, ATLÂNTICO EQUATORIAL

Denise Silva de Moura

Yára Reina Marangoni, Márcia Maia – Orientadoras

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

O trabalho faz parte do projeto COLMEIA (Exumação mantélica

fria e acreção intra-transformante), e trata do estudo de dados

magnéticos, coletados no cruzeiro oceanográfico no começo de

2013. Primeiramente, foi feito o processamento dos dados

observados e obteve-se uma rede de anomalias magnéticas. O

segundo foco do trabalho foi o cálculo de um modelo teórico

simples, capaz de simular uma crosta homogênea, com acreção

constante e topografia e magnetização como funções da idade. Dessa

forma, os modelos processados representam uma dinâmica simples.

Os residuais, ou seja, as divergências entre o observado e

o teórico, revelam variações de composição, topografia e

polaridade. Assim, a interpretação dessas anomalias, em conjunto com

outros dados geofísicos e geológicos, será capaz de modelar

parcialmente a crosta na região, especificadamente na área da fratura

de São Paulo e do arquipélago de São Pedro e São Paulo.

Page 49: Caderno de Resumos - IAG - USP

45

APLICAÇÃO DO MÉTODO ELETROMAGNÉTICO NA PROSPECÇÃO DE AQUÍFEROS FISSURAIS: MODELAGEM NUMÉRICA E TESTE DE CAMPO

EM PAULISTANA-PI

Felipe L. Cavalcante

Pedro H. S. Chibane, Oderson Souza Filho

Carlos A. Mendonça – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Aquíferos fissurais são recursos hídricos subterrâneos

importantes em terrenos cristalinos, especialmente em regiões de

clima árido ou semi-árido. Este é o caso da porção oriental do Estado

do Piauí, incluído no que foi denominado como "polígono da seca" nas

políticas do governo para aliviar os problemas econômicos e sociais

causados pela escassez de água na região do nordeste brasileiro. Aqui

apresentamos um estudo de teste de campo para avaliar a detecção

de fraturas a partir de dados eletromagnéticos slingram. Um perfil

experimental foi realizado em Paulistana-PI e interpretado com

modelos de lâminas finas. Nossos resultados fornecem orientações

básicas para interpretar os dados de campo afim de localizar e

caracterizar as propriedades de aquíferos (mergulho, condutância,

extensão) de acordo com modelos de lâminas finas. Ressaltamos a

importância da extensão do perfil em reconhecer respostas EM

completas, necessárias para uma melhor estimativa do mergulho de

fraturas, extensão, e com isso avaliar melhores lugares para a alocação

de poços.

Page 50: Caderno de Resumos - IAG - USP

46

CARACTERIZAÇÃO DE CONTAMINAÇÃO CAUSADA POR DEPÓSITOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS POR MEIO DE MEDIDAS DE RESISTIVIDADE EM

CAMPO E LABORATÓRIO

Gianna Caroline Maciel Miura

Vagner Roberto Elis – Orientador; Andréa Teixeira Ustra –

Colaboradora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Um aterro de resíduos sólidos urbanos localizado na cidade de

Bauru – SP foi alvo de estudo, com o objetivo de caracterizar uma

possível zona de contaminação à jusante deste aterro. O método

utilizado foi o de eletrorresistividade (ER), que tem sido amplamente

aplicado em estudos ambientais.

O estudo foi conduzido em duas etapas. Na primeira foram

realizados caminhamentos elétricos paralelos com arranjo dipolo-

dipolo, os dados obtidos foram invertidos e os diferentes perfis

analisados mostraram indicativos da existência de uma pluma de

contaminação. Na etapa seguinte amostras de solo do aterro foram

coletadas e analisadas, para investigar o efeito do contaminante na

resposta elétrica. Os resultados mostraram que as alterações

observadas nos valores de resistividade podem se dever a variações no

teor de argila do solo. Mas a resistividade pode não detectar variações

litológicas em ambientes altamente contaminados.

Page 51: Caderno de Resumos - IAG - USP

47

VARIAÇÕES DO PARÂMETRO B NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL, A PARTIR DE SISMOS LOCAIS

Igor Eufrásio

Marcelo Assumpção – Orientador; Hans Agurto-Detzel – Colaborador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Sequências de microssismos afetaram as cidades de

Bebedouro (em 2005) e Montes Claros (Em 2012), ambas as regiões

localizadas na região sudeste do Brasil. Em 2010, foi comprovada a

natureza induzida dos sismos em Bebedouro (Assumpção et al 2010).

Já em Montes Claros, em 2012, ocorreu o maior terremoto já

registrado na cidade (cerca de 4mb). Estudos sequentes indicaram a

falha geológica responsável pela sequência ocorrida, com orientação

NNW-SSE com mergulho para leste, localizada nas proximidades da

região urbana da cidade. Até então, as magnitudes desses

microssismos não eram definidas por algum critério especifico, apenas

estimativas, diferente dos macrossismos que geralmente usam a

equação regional de magnitude do território brasileiro (Assumpção et

al 1983). Contudo, uma condição é imposta para utilizar a equação

regional de magnitude, sendo necessário que o sismo seja registrado

num raio mínimo de 300km em relação ao epicentro, raramente

microssismos são registrados a esta distancia. Então, uma relação foi

desenvolvida, conectando amplitude da cauda da onda registrada em

estações locais com as magnitudes dos sismos conhecidos (dadas por

estações regionais) para formar-se um conjunto de equações

determinadas de acordo com cada amplitude para cada estação local.

Tomando-se o período de 2005 para Bebedouro e Maio de 2012 a Abril

Page 52: Caderno de Resumos - IAG - USP

48

de 2013 para Montes Claros, foram catalogados 3415 eventos em

Bebedouro e 39 eventos em Montes Claros. Entretanto, apenas 724 de

3415 eventos e 27 de 39 eventos foram bem registrados e

diferenciados do ruído. Somando-se a isto, apenas sismos com

magnitudes acima de 2.5 mR foram bem registrados por estações

regionais, com exceção do evento de 2.3 mR em Montes Claros.

Finalmente, determinou-se a inclinação da curva de distribuição de

frequência das magnitudes (conhecido como parâmetro b). Sabendo

que, pela lei de Gutenberg-Richter, o valor de b deveria ser

aproximadamente 1, encontraram-se os valores de 0.68±0.05 e

0.52±0.1 para Bebedouro e Montes Claros, respectivamente. Variações

do parâmetro b, como destas duas cidades, podem indicar a natureza

da falha ou a participação significativa da água para induzir os sismos

na região.

Page 53: Caderno de Resumos - IAG - USP

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RELAÇÃO DOS MASCONS COM A TOPOGRAFIA, ANOMALIA

BOUGUER, ANOMALIA AR-LIVRE E O GEÓIDE LUNAR DE REFERÊNCIA

Ítalo Santin Petini

Eder C. Molina – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Diferentemente da Terra, não é possível fazer estudos

gravimétricos diretamente na superfície da Lua, portanto existe a

necessidade de sondas em torno desta para obtermos dados, coisa

que não é muito difícil, uma vez que a Lua está relativamente próxima

da Terra. A forma como algumas sondas espaciais se comportaram na

órbita lunar, sofrendo alguns desvios, por exemplo, levaram à

descoberta que em alguns pontos específicos da superfície da Lua

havia partes com concentração de material mais denso, partes estas

conhecidas como mascons (mass concentration), as quais apresentam

anomalias gravitacionais significativas.

O objetivo deste projeto consiste em procurar a relação

existente entre os mascons lunares e a topografia, juntamente com as

anomalias Bouguer e Ar-livre, além do geóide de referência lunar.

Utilizando os dados coletados pela sonda Clementine foram

feitos mapas detalhados da topografia lunar, da anomalia Bouguer, da

anomalia ar-livre e do geóide de referência, que no final foram

relacionados de forma qualitativa. Como esperado foi notado que a

maioria dos mascons encontra-se num nível topográfico negativo, uma

vez que estes se localizam em crateras, sendo alguns mais profundos

enquanto outros se encontram mais próximos à superfície. Nas

correlações com a anomalia Bouguer, observamos que praticamente

todos os pontos estudados possuem valores positivos, porém por

razões diferentes: alguns devido à grande área, outros devido à grande

profundidade e outros devido aos valores da anomalia ar-livre.

Page 54: Caderno de Resumos - IAG - USP

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DETERMINAÇÃO DAS RAZÕES ISOTÓPICAS DE SR, ND E PB DE DIQUES DO CRETÁCEO INFERIOR DO ENXAME DA SERRA DO MAR (SP-RJ)

Karine Zuccolan Carvas

Leila Soares Marques - Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

A Província Magmática do Paraná (PMP) é uma das

maiores do mundo, sendo constituída por extenso vulcanismo,

associado a uma significativa atividade magmática intrusiva, mas não

há ainda um consenso sobre sua gênese. Este trabalho concentrou-se

na análise isotópica (Sr, Nd e Pb) por espectrometria de massa

termoiônica, bem como na determinação de concentração de Pb (via

diluição isotópica) de 9 diques toleíticos do Enxame da Serra do Mar,

pertencente à PMP, todos com altos teores de titânio (TiO2> 2,5%) e

quimicamente representados por andesi-basaltos toleíticos, lati-

andesitos e andesitos toleíticos. Dois dos diques assemelham-se

quimicamente aos derrames Pitanga (norte da PMP) e os demais aos

do tipo Urubici (sul da PMP). Este comportamento foi corroborado

pelas tendências observadas nas razões isotópicas. Os dois diques do

tipo Pitanga apresentaram baixas razões isotópicas iniciais de Sr

(87Sr/86Sri≤ 0,7060), enquanto os do tipo Urubici apresentaram

valores mais altos (0,7060 ≤ 87Sr/86Sri ≤ 0,7067), os quais sugerem

processos de contaminação crustal. Ainda que a gênese dos

diques possivelmente envolva assimilação e cristalização fracionada

concomitante, os dados isotópicos daqueles do tipo Urubici

ajustaram-se a modelos de mistura simples entre essas lavas e

crosta continental com grau de contaminação de, no máximo, 20%.

Page 55: Caderno de Resumos - IAG - USP

51

Paralelamente, foram realizados testes experimentais para otimizar o

método de preparação das amostras para análise de Pb. Os resultados

mostraram que lavagem dos grãos apenas com água destilada e

pulverização em moinho de ágata não imprimem mudanças

significativas nos resultados. Entretanto, a concentração

relativamente alta de Pb (7,8 µg/g) da rocha analisada pode ter

mascarado possíveis contaminações durante seu tratamento.

Page 56: Caderno de Resumos - IAG - USP

52

DETERMINAÇÃO DE EPICENTROS REGIONAIS COM A REDE

SISMOGRÁFICA BRASIS

Lúcio Quadros de Souza

Marcelo Sousa de Assumpção - Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

A Rede Sismográfica do Brasil através do projeto BRASIS (Rede

Temática de Geotectônica da Petrobrás) vem continuamente

instalando novas estações na região sudeste e sul do Brasil. Um novo

sistema de detecção automática SeisComp3 (SC3) está funcionando,

porém é só possível detectar os sismos maiores bem registrados por

várias estações. O Aluno, utilizando o sistema SC3 offline, buscou

completar a base de dados desses pequenos eventos para região de

cobertura, resultando num total de 125 possíveis eventos não

catalogados.

Pretende-se também estabelecer comparações entre eventos

localizados pela rede brasileira em relação aos localizados por outras

agências e pelo programa normalmente utilizado pela sismologia do

IAG: Hypocenter (Lienert et al., 1986, 1995). Para tal, primeiramente

foi feita uma comparação entre a diferença das localizações do

Hypocenter e SC3, o que mostrou grande semelhança entre os

resultados dos dois programas. Então foi feita uma comparação entre

as localizações das diferentes agências (RSBR, NEIC e OSC) e em

sequência outra tentativa foi feita juntando as fases das agências RSBR

e OSC para observar se ocorreria melhora no resultado, ambas em

relação aos resultados da NEIC. Foi observado que os resultados

independentes de cada uma das agências são comparáveis, porém a

junção de fases não melhorou a localização epicentral em relação à

solução anterior.

Page 57: Caderno de Resumos - IAG - USP

53

CORREÇÃO DO EFEITO DE AUTO-DESMAGNETIZAÇÃO DAS ROCHAS EM CORPOS TABULARES COM SUSCEPTIBILIDADE ISOTRÓPICA

Matheus Rezende Lino

Marta Silvia Maria Mantovani – Orientador; Vinicius Hector Abud

Louro – Colaborador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Baseando-se em algoritmos existentes, criou-se um programa

protótipo que corrige o efeito de auto- desmagnetização natural das

rochas para um corpo tabular de susceptibilidade magnética isotrópica

e ausência de vetor magnetização remanescente. Por ser complexo,

ainda é necessário um estudo mais aprofundado sobre as

particularidades deste efeito. Entretanto, apesar deste programa estar

em fase inicial e ter sido testado somente em modelos sintéticos, seus

resultados demonstraram-se satisfatórios.Atualmente tem-se uma

dualidade funcional sobre este programa. Num primeiro momento, os

parâmetros necessários para o cálculo da correção são imprecisos de

se obter utilizando exclusivamente métodos de campo potencial.

Porém não se pode ignorar a eficácia e necessidade da utilização desta

correção.

Page 58: Caderno de Resumos - IAG - USP

54

PROCESSAMENTO DE DADOS MAGNETOTELÚRICOS NA PARTE CENTRAL DA BACIA DO PARANÁ

Nathalya Shimomura Ito

Maurício Bologna - Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Um estudo eletromagnético recente mapeou, usando uma

rede regional de magnetômetros (Método GDS), uma zona condutiva

no depocentro da Bacia do Paraná. Porém, como o método GDS

possui uma baixa resolução vertical, um levantamento

Magnetotelúrico é utilizado, neste trabalho, para obter uma

informação mais precisa sobre a profundidade e amplitude da

anomalia, o que auxiliará na interpretação desta feição.

Para uma primeira análise das estruturas elétricas da bacia e de

seu embasamento, foi calculada a resposta efetiva de uma das

estações de um longo perfil de estações MT localizado sobre a bacia,

e que cobre a anomalia. Esta resposta efetiva é uma média invariante

das respostas dos modos xy e yx , ou seja, que não depende da rotação

dos tensores. A partir da modelagem dessa curva, é possível obter

uma seção 1-D da subsuperfície.

Page 59: Caderno de Resumos - IAG - USP

55

APLICAÇÃO DE DADOS ELETROMAGNÉTICOS NA BACIA DO PARNAÍBA

PARA PROSPECÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA (AQUÍFERO SERRA

GRANDE) NO ESTADO DO PIAUÍ

Pedro H. S. Chibane

Felipe L. Cavalcante, Oderson Souza Filho

Carlos A. Mendonça – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Apesar de ser afetado por períodos de seca prolongados, o

estado do Piauí, localizado no Nordeste do Brasil, possui recursos de

água subterrânea que, em princípio, pode atender à provisão pública,

industrial e agrícola. Portanto, é de grande importância desenvolver

técnicas de exploração para aprimorar a localização de lugares

favoráveis para perfurações e instalações de poços. Para orientar a

exploração de campo, um levantamento eletromagnético

experimental (método slingram) foi conduzido pela CPRM Serviço

Geológico do Brasil - nas proximidades da cidade de São Bráz,

gravemente afetada por secas durante o período 2012-2014. Aqui,

apresentamos os resultados deste perfil experimental cujo objetivo foi

caracterizar o Aquífero Serra Grande, uma das principais entidades

regionais da Bacia Paleozóica do Parnaíba. Os resultados, com base em

dados de inversão para um modelo de resistividade em camadas,

mostram como as estruturas relevantes para a exploração das águas

subterrâneas podem ser reconhecidas, sugerindo a aplicabilidade do

método em futuras investigações.

Page 60: Caderno de Resumos - IAG - USP

56

MAGNETOESTRATIGRAFIA DA FORMAÇÃO MAFRA, PERMO-CARBONÍFEO DO GRUPO ITARARÉ EM SANTA CATARINA

Pedro Vítor Paiva Franco

Marcia Ernesto - Orientadora, Daniele Brandt - Colaboradora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Foi realizado trabalho paleomagnético em 210 pares

rítmicos da Formação Mafra, PermoCarbonífero do Grupo Itararé na

Bacia do Paraná, amostrados na pedreira Olsen, na cidade de Mafra,

SC. Após rotinas de desmagnetização em campo magnético

alternado, determinou-se as componentes características de

magnetização. Todas as amostras apresentaram componente de

magnetização reversa, compatível com o chamado Supercron Reverso

do Permo-Carbonífero. Medidas de anisotropia de suscetibilidade

magnética revelaram que os eixos de máxima anisotropia distribuem-

se no plano horizontal com direção preferencial NW -SE. A

investigação da mineralogia magnética através de curvas

termomagnéticas, curvas de magnetização remanente isotermal e

anisterética revelaram a presença de magnetita com temperaturas

de Curie da ordem de 575ºC, embora outros minerais magnéticos

também estejam presentes.

Page 61: Caderno de Resumos - IAG - USP

57

MODELAGEM NUMÉRICA DE PROCESSOS SUPERFICIAIS E TECTÔNICOS PARA O ESTUDO DA EVOLUÇÃO DA PAISAGEM DO

SUDESTE DO BRASIL

Rafael Monteiro da Silva

Victor Sacek - Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Este trabalho apresenta um estudo da taxa de erosão e do

padrão de denudação dos continentes utilizando um modelo

numérico. Foram analisados a influência causada por processos

térmicos no manto e a formação de um graben no interior do

continente. Foi possível explicar a magnitude observada da

denudação e da topografia atual do sudeste do Brasil sem invocar

expressivo soerguimento regional pósrift.

Page 62: Caderno de Resumos - IAG - USP

58

REGIÃO SUL DO MAR DE CANANÉIA – LITORAL SUL PAULISTA: TRANSPORTES DE VOLUME, CALOR E SAL

Rafael Ricardo Rosa de Oliveira

Sueli Susana de Godoi - Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Na região ao Sul do Mar Pequeno e ao largo da Barra de

Cananéia - Litoral Sul Paulista foram analisadas radiais oceanográficas

com o objetivo de estimar os valores dos transportes de volume, calor

e sal. A base de dados utiliza amostragens perfiladas por um

correntômetro com sensores acoplados de condutividade,

temperatura e pressão (Conductivity, Temperature and Depth -CTD).

Registros de velocidades absolutas foram obtidos pelo “Acoustic

Doppler Profiler“ - ADP - 500 KHz com sensor de pressão e “bottom

tracking“ -modelo Sontek. Tais perfilagens foram obtidas a bordo

do Barco de Pesquisa Albacora do Instituto Oceanográfico da

Universidade de São Paulo (IOUSP). Os dados de maré são

oriundos da estação maregráfica, instalada na Base de Pesquisa Dr.

João de Paiva Carvalho - IOUSP - Cananéia (SP). Os dados foram

tratados em ambiente matlab. Séries temporais de maré foram

traçadas para o período de registro de dados nas radiais. Diagramas

de estado e seções verticais de temperatura, salinidade e

densidade convencional foram elaborados para avaliar a estrutura

vertical das características da coluna de água. Para a condição de verão

de 2009, na Radial bc localizada ao Sul do Mar Pequeno, as estimativas

dos transportes integrados na coluna de água de volume, calor e sal

foram da ordem de 2672 m³/s, 2,88·10 ⁸ J/s e 235,54 kg/s,

Page 63: Caderno de Resumos - IAG - USP

59

respectivamente. Nos experimentos de inverno/2013 e verão/2014, as

radias R1i e R1v localizadas ao largo da Barra de Cananéia, as

estimativas dos transportes integrados de volume, calor e sal foram da

ordem de 4820 m³/s; 2716 m³/s, 1,61*10 J/s; 1,68*10 J/s, 214,67

kg/s; 142,98 kg/s, ⁷ ⁷ respectivamente. Tais estimativas possibilitaram

ter uma ideia da ordem de grandeza dos transportes de volume, calor

e sal na região ao sul do Mar de Cananéia e ao largo da Barra de

Cananéia. Salienta-se que os experimentos consistem, até o momento,

de natureza inédita.

Page 64: Caderno de Resumos - IAG - USP

60

ANÁLISE AVO AZIMUTAL EM ESTUDOS DE VIABILIDADE SÍSMICA 4D EM RESERVATÓRIOS CARBONÁTICOS

Tacio Cordeiro Bicudo

Liliana Alcazar Diogo - Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

Este trabalho tem como objetivo analisar o comportamento da

variação das amplitudes das reflexões sísmicas em função do offset

(AVO) em reservatórios carbonáticos fraturados (meio HTI) para

linhas sísmicas com diferentes azimutes. Usaremos a aproximação de

Rüger para calcular a amplitude das reflexões da onda P no topo do

reservatório.

Page 65: Caderno de Resumos - IAG - USP

61

VIABILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE ONDAS PRECURSORAS SS PARA O ESTUDO DA REGIÃO NORTE DA PLACA SUL-AMERICANA

Thaís Ribeiro Dragone

Marcelo Bianchi – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Geofísica

O presente trabalho verificou a disponibilidade de dados de alta

qualidade que permitam o mapeamento das descontinuidades Moho,

LAB (Litosfera-Astenosfera), 410km and 660km na região norte da

Placa Sul Americana (com foco na região Amazônica) fazendo uso da

diferença de tempo entre a fase SS e suas precursoras para eventos

ocorridos na região das Ilhas Sandwich do Sul e estações nos Estados

Unidos da América. Inspecionamos os registros de seis eventos

sismológicos que foram registrados por 1421 estações sismográficas

fixas e transportáveis da rede TA. Ao cruzarmos as informações dos

eventos com as posições e tempo de operação das estações foram

requisitadas 2389 janelas de dados, das quais 1937 foram selecionadas

após inspeção visual. A relação sinal ruído (SNR) do grupo selecionado

variou de 2 a 15apresentando média ligeiramente superior a SNR do

grupo de dados descartados, que por sua vez teve valores de SNR

variando de valores menores do que 1 a valores próximos de 12,

sendo estes em quantidade desprezível. Por fim, a distribuição de

pontos de reflexão mostrou valores de até 419 registros /5 graus de

longitude, valores suficientes para se obter uma boa imagem das

descontinuidades buscadas. O processamento dos dados para o

imageamento das descontinuidades Moho, LAB, 410km e 660km será

realizado na próxima etapa do trabalho a ser desenvolvida neste

semestre.

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CARACTERIZAÇÃO DO ESPECTRO DE GOTAS COM DISDRÔMETRO NO PARQUE CIENTEC/USP

Ana Luiza Pimenta Fontenelle

Augusto José Pereira Filho – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Utilizaram-se medidas de tamanho de gotas de um

disdrômetro no Parque CIENTEC/USP do mês de janeiro de 2010

para se estabelecer a relação entre a taxa de precipitação (R) e a

refletividade (Z) e relação entre estas denominada de relação ZR. O

estudo mostrou que a relação ZR é similar a para obtida em

eventos de chuva intensa, segundo comparações com outras

relações do mesmo tipo. Realizou-se ainda a comparação com

medidas de refletividade do radar meteorológico com as de

disdrômetro para a estimativa da refletividade por meio de imagens

de radar e os respectivos calculados com os dados de disdrômetro.

Houve ainda uma etapa de identificação de eventos que consistiu em

análise visual de imagens do espectro de gotas um dado tempo para

determinar entre três regimes de precipitação: estratiforme,

convectivo e transição. Neste sentido, também se estabeleceu as

taxas de precipitação fraca, moderada e forte.

Page 70: Caderno de Resumos - IAG - USP

66

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS FRONTAIS NA CIDADE DE SÃO PAULO

Camila da Cunha Lopes

Rita Yuri Ynoue – Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Dados da estação meteorológica do IAG-USP para o período de

1961 a 2012 foram utilizados para caracterizar a passagem de sistemas

frontais na cidade de São Paulo. Foram utilizados como critérios a

queda da temperatura potencial equivalente, o giro da componente

meridional do vento (de norte para sul) e o aumento ou estabilização

da pressão atmosférica. A verificação desta metodologia foi feita com

a comparação com as análises feitas pelo CPTEC e pela Marinha para o

período de 2009 a 2012, com acerto em 72% dos casos. Ao se analisar

para o período total, verificou-se que os meses com maior e menor

número de passagens de frentes são outubro (3,5 frentes) e janeiro

(2,1). Em termos de médias sazonais, a primavera é a estação com

maior número de passagens de frentes e o verão, com o menor

número.

Page 71: Caderno de Resumos - IAG - USP

67

ESPACIALIZAÇÃO DE INVENTÁRIOS DE EMISSÕES INDUSTRIAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Eduardo Fernandes Henriques

Edmilson Dias Freitas – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Historicamente o setor industrial é responsável pela

emissão de grandes quantidades de poluentes provocando

alterações nas concentrações normais dos gases da atmosfera e do

material particulado em suspensão no ar. Essa emissão é, então,

capaz de causar danos ao meio ambiente e à saúde humana. Para

investigar o impacto causado pela poluição do ar através de

modelos de dispersão, é preciso inicialmente representar os locais

e as concentrações dessas fontes. Essa representação permite

reconhecer áreas onde os efeitos da contaminação podem ser

mais severos e, com isso, pode ser necessário adotar medidas de

controle e remediação.Nesse estudo foram usados dados de

concentrações de fontes industriais de CO, HC, NOx, SOx e MP

disponibilizados nos relatórios da CETESB no período de 2001 a 2009.

Essas concentrações estão expressas em toneladas ao ano.

Inicialmente em 2001, o inventário incluía 76 fontes

estacionárias distribuídas em 10 cidades pertencentes a cinco regiões

metropolitanas. Em 2009, foram contabilizadas 144 fontes distribuídas

em 52 fontes de treze regiões metropolitanas. Para a representação

dos dados foi desenvolvida uma rotina em R com o uso de bibliotecas

como o maptools e RColorBrewer. Com isso, é possível comparar e

reconhecer áreas onde as concentrações são maiores assim como

acompanhar as mudanças ao longo do tempo.

Page 72: Caderno de Resumos - IAG - USP

68

VARIAÇÕES DE TSM NO ATLÂNTICO SUL ASSOCIADOS À INFLUÊNCIA

DE CICLONES INTENSOS

Edson Luiz Shoitchi Yatabe Barbosa

Ricardo de Camargo – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

A identificação e a análise do efeito da passagem de intensos

ciclones sobre o Oceano Atlântico Sul na região da Confluência Brasil-

Malvinas (CBM) é o objetivo principal deste trabalho. A partir das

bases fornecidas pelo NCEP/NOAA de dados diários de pressão ao nível

do mar (PNM) e temperatura da superfície do mar (TSM), os casos de

ciclones intensos foram selecionados através de critérios objetivos de

abaixamento de PNM e as correspondentes variações de TSM foram

investigadas. Do ponto de vista da medição satelital, as mudanças de

TSM apresentam-se muito ruidosas, o que torna bastante difícil a

identificação do efeito do sistema atmosférico. Algumas situações

interessantes evidenciam a relevância dos processos advectivos

horizontais e do bombeamento de Ekman na geração de anomalias de

TSM, mas ainda se faz necessária uma investigação quantitativa que

permita separar os processos e suas correspondentes escalas.

Page 73: Caderno de Resumos - IAG - USP

69

ANÁLISE DE CONFORTO TÉRMICO EM MORADIAS

Evandro Ribeiro Magalhães

Fábio Luiz Teixeira Gonçalves - Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Analisar o conforto térmico humano no interior das residências

cadastradas no “Projeto Chiado”, através de cálculos do índice de

Temperatura Efetiva (TE) para o ano de 2005.

Page 74: Caderno de Resumos - IAG - USP

70

EVOLUÇÃO INTERANUAL E INTERDECADAL DAS TEMPESTADES LOCAIS EM SÃO PAULO: O PAPEL DA BRISA MARÍTIMA

Gabriel Martins Palma Perez

Maria Assunção Faus da Silva Dias – Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

A proposta deste trabalho é analisar a evolução interanual e

interdecadal das tempestades locais e da circulação de brisa marítima

e investigar se há ou não relação entre elas. Desenvolveu -se um

algoritmo que seleciona, através do comportamento diurno do vento,

os dias nos quais houve penetração de brisa marítima (BM) na cidade

de São Paulo. Para isso utilizam-se dados coletados na Estação

Meteorológica da Universidade de São Paulo, de 1933 até 2011.

Apresentam-se análises da evolução intersazonal, interanual e

interdecadal da penetração de BM e da ocorrência de tempestades

(definidas a partir de dados observacionais de trovão e relâmpago).

Encontra-se um aumento na frequência de penetração de BM como

passar das décadas, possivelmente associado com a urbanização da

RMSP e litoral, aumentando o contraste térmico continente-oceano e

consequentemente potencializando a circulação local de brisa

marítima. Mostra-se que a BM é mais frequente e carrega maior

pressão de vapor nos meses de verão. Uma análise feita para os dias

de chuva no verão mostra que mais de 70% dos dias em que se

observou relâmpago ou trovão houve também penetração de BM.

Durante o inverno não foi encontrada correlação significativa ente a

tempestade e a penetração de brisa.

Page 75: Caderno de Resumos - IAG - USP

71

EXPERIMENTOS NUMÉRICOS COM O WRF PARA MUDANÇAS NO USO DO SOLO NA AMAZÔNIA E IMPACTOS NO CLIMA

Isabela Christina Siqueira

Rosmeri Porfírio da Rocha – Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Uma discussão importante e atual refere-se aos impactos que

mudanças no uso do solo podem causar no clima de determinada

região. Considerando que a metodologia mais apropriada para estudar

impactos associados às alterações da superfície terrestre é a

modelagem numérica, este trabalho irá realizar simulações numéricas

com o WRF sobre a América do Sul para avaliar o impacto de

alterações na cobertura vegetal. A região a ser alterada é a Amazônica,

substituindo a floresta com a vegetação mais degradada (tipo

gramínea). Serão realizadas simulações com a vegetação atual e a

degradada para avaliar alterações associadas a estas mudanças no

clima da América do Sul. Para esta avaliação serão realizadas

simulações para o ano de 2005.

Page 76: Caderno de Resumos - IAG - USP

72

ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO DUMA CÉLULA CONVECTIVA ÚMIDA E PROFUNDA ATRAVÉS DA ANÁLISE DUM PERFIL VERTICAL DA

ATMOSFERA VIA RADIOSSONDAGEM

Isaque Saes Lanfredi

Ricardo Hallak – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

O estudo dos processos físicos associados a formação de

tempestades pode ser realizado por meio de modelagem numérica

computacional. Para a escala de nuvens, a parametrização dos

processos microfísicos é fundamental, porque ela produz

subsequentes alterações nas massas de ar nos quais as células

convectivas estão embebidas. O modelo ARPS, configurado na

escala de tempestade, tem-se mostrado adequado, por apresentar

alta resolução e incorporar os processos da microfísica de nuvens. O

modelo foi utilizado numa simulação de 90 minutos duma célula

convectiva, com condições iniciais obtidas de uma radiossondagem

de Oklahoma City, no estado de Oklahoma (EUA). As

características básicas desta simulação incluíram inicialização

homogênea no plano horizontal e campo inicial dos ventos nulo,

para garantir o desenvolvimento duma célula convectiva com o

mínimo de influência externa ao sistema. A simulação reproduziu as

três fases conhecidas do ciclo de vida duma tempestade ordinária:

estágio cúmulo, estágio maduro e estágio de dissipação. Os resultados

concordam com as observações e serve como base para a realização

de outras, que serão feitas através da variação dos perfis verticais

de variáveis atmosféricas na condição inicial.

Page 77: Caderno de Resumos - IAG - USP

73

ESTUDO DAS VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS MÉDIAS NA REGIÃO DA ESTAÇÃO BRASILEIRA NA ANTÁRTICA (EACF)

José Paulo de Oliveira Flores

Jacyra Soares – Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

A variação temporal das variáveis médias meteorológicas

medidas na Estação Brasileira Comandante Ferraz, EACF (62⁰ 05’ S,

058⁰ 23’ W) foram investigadas neste trabalho com o auxílio de

programação Fortran e programas gráficos. Foram utilizados dados de

temperatura do ar, temperatura do ponto de orvalho, umidade

relativa, temperatura da superfície, velocidade do vento e pressão

atmosférica do ano de 2010, obtidos in situ pelo projeto

“Meteorologia na EACF” (http://antartica.cptec.inpe.br/). Após a

retirada de valores fora da escala de variação possível, foram feitas

médias horárias ao longo do ano. As temperaturas médias diárias do ar

e do ponto de orvalho nos meses de inverno permaneceram com

temperaturas abaixo de 0°C e no verão apresentaram picos de até

5,1⁰C. A umidade relativa permaneceu com valores entre 80 e 100%. A

velocidade do vento foi caracterizada por rajadas de até 20 ms-1 com

médias diárias variando de 5 a 10 m/s. A pressão atmosférica possuiu

valores máximos de até 1026 hPa no período de inverno e valor

mínimo de 964 hPa nos meses de verão.

Page 78: Caderno de Resumos - IAG - USP

74

TRAJETÓRIAS TRIDIMENSIONAIS DE PARCELAS DE AR EM SITUAÇÕES PRÉ-FRONTAL E FRONTAL NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

Leandro do Nascimento Rocha

Ricardo Hallak – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Situações sinóticas pré-frontais e frontais observadas na

Região Sudeste do Brasil contribuem significativamente para a

precipitação acumulada. Este trabalho analisa a cinemática e,

posteriormente, a dinâmica e a termodinâmica de formação de

sistemas precipitantes de mesoescala embebidos nas bandas de

precipitação frontais e pré-frontais que atuam na Região Sudeste do

Brasil. O estudo do comportamento de trajetórias tridimensionais

explícitas de parcelas de ar em escala sinótica é obtido a partir da 2ª.

Lei de Newton, a qual é integrada no tempo para verificar se parcelas

de ar selecionadas seguem trajetórias que correspondem ao padrão

sinótico esperado para uma situação pré-frontal e,

posteriormente, frontal na Região Sudeste brasileira. Os resultados

apresentados nesta primeira parte do trabalho indicam que as

previsões numéricas globais possuem maior coerência temporal do

que as reanálises NCEP, desde que as trajetórias tridimensionais de

parcelas de ar obtidas com as reanálises NCEP não correspondem

às características físicas e sinóticas esperadas para a situação típica de

aproximação frontal para o Estado de São Paulo. Os resultados

também mostram a presença de uma esteira transportadora de ar

úmido e quente proveniente da Região Centro-Oeste e do Amazonas

em direção à área de precipitação. O termo esteira transportadora é

Page 79: Caderno de Resumos - IAG - USP

75

conveniente, pois as trajetórias estudadas mostram que as parcelas de

ar partem de níveis próximos à superfície na região fonte (tipicamente

mais úmida) e chegam em altitudes que estão acima da base das

nuvens em São Paulo. Assim, a esteira transportadora contribui

para a formação de nuvens e precipitação na faixa de contraste

frontal associada ao sistema baroclínico observado em atuação no

período analisado.

Page 80: Caderno de Resumos - IAG - USP

76

ANÁLISE DE FLUXOS DE MASSA E CALOR MEDIDOS COM UM EDDY CORRELATION NO PARQUE CIENTEC USP

Leonardo Silva Gilly

Augusto Jose Pereira Filho – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

O objetivo deste trabalho foi analisar o fluxo de CO2, água,

calor sensível e calor latente em uma região aquática e arborizada

cercada por uma região urbana por meio de dados medidos com o

sistema Open Path Eddy Correlation (OPEC) no Parque de Ciências e

Tecnologias (CIENTEC) da USP. As variáveis são: concentração de CO2 -

cCO2(ppm); umidade absoluta - cágua(mg m-³); fluxo de calor latente

calculado com o sensor IRGA – leirga(W m-²) – e calculado com a

correção WPL – lewpl(W m-²); fluxo de calor sensível – hs (W m-²); fluxo

de CO2 calculado com o sensor IRGA – fcirga(mg m ² s ¹) – e calculado

com a correção WPL – fcwpl(mg m-² s-¹). O período de análise foi de

maio de 2009 a dezembro de 2011. As variáveis medidas e ⁻

⁻processadas pelo sistema OPEC têm resolução temporal de 5

minutos, com períodos de falha sem medições, que foram

removidos. Os ciclos diurnos e sazonais obtidos demonstraram ciclos

explicados por processos de fotossíntese, evapotranspiração e

respiração das plantas e pela troca de calor entre a superfície da

água e a atmosfera, não observou-se a influência de contribuições

antropogênicas nesses ciclos. Estes resultados são consistentes com o

esperado para um ambiente aquático e arborizado cercado por um

ambiente urbano, onde há pouca influência do ambiente urbano no

ciclo das variáveis analisadas.

Page 81: Caderno de Resumos - IAG - USP

77

AVALIAÇÃO DE CONDIÇÕES CONDUCENTES A DÉFICIT HÍDRICO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Lucas Augusto Soares

Edmilson Dias de Freitas – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Este trabalho teve como objetivo identificar as datas de

inicio e fim e a duração da estação chuvosa no estado de São

Paulo. Para tanto, foram recolhidos dados de valores em

milímetros de chuva diária, retirados do sistema Hidroweb, obtidos

em estações espalhadas por todo o estado. Para cada uma das

2190 estações, disponíveis no sistema, foi gerado um arquivo que

continha a quantidade de chuva diária da estação, e então foi feita

uma escolha de estações que tinham mais de trinta anos de dados e

também que chegassem o mais próximo dos dias atuais. Após a

seleção, os dados diários das 106 estações restantes, foram

convertidos em totais acumulados em cinco dias (pêntadas), com as

quais foram gerados gráficos e imagens para análise. Os gráficos

construídos com a base de dados teve o objetivo de permitir a

identificação de períodos secos em períodos que, geralmente, seriam

chuvosos. O método utilizado para encontrar a estação chuvosa em

cada ano da série de dados foi o baseado no trabalho de Sugahara

(1991), através do qual foram geradas novamente imagens para

uma analise direta a respeito das estações chuvosas em cada

estação selecionada. Após as análises foi possível constatar que a

estação chuvosa varia de região para região e também anualmente,

ou seja, para cada estação meteorológica o inicio, fim e duração de

Page 82: Caderno de Resumos - IAG - USP

78

cada estação chuvosa são sempre diferentes. Os dados analisados

para a porção leste do estado de São Paulo permitem concluir que a

estação chuvosa em muitos dos anos analisados tem início

anteriormente ao período identificado por Sugahara (1991), indicando

uma leve mudança nos padrões de precipitação da Região nas últimas

três décadas.

Page 83: Caderno de Resumos - IAG - USP

79

ANÁLISE DE DOWNSCALING ATMOSFÉRICO NO OESTE DO ATLÂNTICO SUL

Marcos Lourenço Pereira

Bruno Biazeto

Ricardo de Camargo – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Resultados de simulações atmosféricas regionais obtidas

através da técnica de downscaling para a região Oeste do Atlântico Sul,

realizadas com o modelo BRAMS, compõem a base do presente

estudo. Para a especificação das condições iniciais e de contorno são

considerados os resultados oriundos de modelagem climática global

para o clima futuro com o Community Climate System Model version

3.0, disponibilizados através do Coupled Model Intercomparison

Project Phase 3. A comparação entre estes conjuntos foi realizada de

forma objetiva para o período 2030-2049 através do qual se obtém

uma síntese do desempenho das simulações em relação às

correspondentes bases de referência. Pode-se afirmar que a

configuração adotada para o downscaling manteve as características

gerais dos conjuntos originais, e que o aumento de resolução permitiu

detalhar a relevância do contraste terra-oceano, modificando

consideravelmente as intensidades e as direções nas regiões

adjacentes à linha de costa.

Page 84: Caderno de Resumos - IAG - USP

80

CARACTERIZAÇÃO DA UMIDADE SO SOLO NA BACIA DO PEFI

Maria del Carmen Sanz Lopez

Augusto José Pereira Filho – Orientador

Carlos A. Mendonça – Co-orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Apresenta-se a análise de dados de umidade do solo e de

precipitação, coletados no período de um ano em área de Mata

Atlântica, na microbacia hidrográfica do Parque Estadual das Fontes do

Ipiranga – PEFI localizada na região sul do município de São Paulo, SP.

Utilizando refletômetros automáticos no domínio da frequência,

previamente calibrado para o tipo de solo e um pluviômetro. Foram

coletados dados de dois locais: estação meteorológica (EMA) e um

local de mata preservada.

Na estação meteorológica estão dispostos verticalmente dois

sensores, um na superfície (0 cm) e outro a 20 cm de profundidade,

neste local medidas de precipitação foram registradas por um

pluviômetro. Dentro da mata sob uma árvore têm-se dispostos

verticalmente dez sensores desde a superfície (0 cm) até 300 cm de

profundidade. Os dados foram coletados de outubro de 2007 a

setembro de 2008.

Page 85: Caderno de Resumos - IAG - USP

81

TEMPESTADES ELÉTRICAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

Pedro Augusto Sampaio Messias Ribeiro

Carlos Augusto Morales Rodriguez – Orientador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Este estudo apresenta uma descrição detalhada sobre a

distribuição de raios na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP)

durante os verões de 2005 a 2010, bem como a influência da cidade na

atividade elétrica das tempestades. Inicialmente avaliou-se a

incidência de raios nos 70 parques da cidade e os sub-distritos da

RMSP. Pode-se observar que o Parque do Carmo, região Leste da

cidade conta com mais de 60% de probabilidade de ser atingido por

mais de 10 raios, enquanto que na região central o Parque Estadual do

Jaraguá é para mais de 7 raios. Em relação aos distritos observa-se um

aumento gradativo da incidência de raios de Oeste para Leste, e região

sudeste aonde é observado os efeitos orográficos. Finalmente, foi

analisando a variação temporal da atividade elétrica das tempestades

que se propagavam de Oeste para Leste. Observou-se que a

atividade de raios aumentava a medida que se propagava para

leste e atingia uma máximo a leste do centro da RMSP, sofrendo

um decaimento até a zona Leste seguinte um pequeno aumento

mais a Leste. O período de evolução ficava restrito entre as 12 e 21

horas local e foi possível observar a influência não somente da

cidade, mas também da orografia a leste da cidade e a

penetração da brisa marítima.

Page 86: Caderno de Resumos - IAG - USP

82

A RELAÇÃO COV/NOX EM SÃO PAULO E A FORMAÇÃO DO OZÔNIO

TROPOSFÉRICO

Rubens Fabio Pereira

Maria de Fátima Andrade – Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

O Lapat (Laboratório de Aáalise dos Processos Atmosféricos)

acompanha continuamente desde o final 2012 a concentração do

ozônio e seus precursores - NOx (NO-NO2), hidrocarbonetos totais e

não metano- com a utilização de monitores THERMO a fim de estudar

a formação desse gás. Em conjunto com tal monitoramento é

realizada a modelagem numérica com o modelo Weather Research

and Forecasting with Chemistry (WRF-Chem) Este projeto tem o

objetivo de analisar a qualidade da simulação, comparando os dados

simulados com os dados medidos.

Segundo dados divulgados pela Agencia Ambiental de São

Paulo (CETESB) que também monitora o a evolução diária do ozônio e

nos óxidos de nitrogênio, a região metropolitana de São Paulo conta

com uma frota composta por mais de 7 milhões de veículos, esses

responsáveis pela emissão de 97% de CO, 77% de HC, 80% dos NOx.

A pesquisa realizada nesse projeto consistiu em duas fases

principais. A fase inicial utilizou dados de monitoramento de 15 a 21 de

novembro visando analisar a concordância dos dados obtidos pelo

LAPAt e pela CETESB. Onde o resultado comprovou a

confiabilidade dos monitores utilizados pelo LAPAt devido a alta

correlação entre as estações.

Page 87: Caderno de Resumos - IAG - USP

83

A fase final por sua vez averiguou o desempenho do modelo

WRF-Chem confrontando os dados reais amostrados pelo LAPAt de

27 de janeiro a 2 de fevereiro com os por ele simulados.

Resultados obtidos nessa fase apontaram que tanto para o

ozônio quanto para o NOx, o modelo tende a superestimar os

valores reais observados, levando a crer que existe a necessidade

de aprimoramento dos fatores de emissão dos precursores do

ozônio, NO-NO2 e dos compostos orgânicos voláteis modelados.

Page 88: Caderno de Resumos - IAG - USP

84

A CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

ASSOCIADAS A EVENTOS DE GRANIZO NA REGIÃO METROPOLITANA

DE SÃO PAULO

Tayla Dias da Silva

Rita Yuri Ynoue – Orientadora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

A partir de relatos de queda de granizo na Região

Metropolitana de São Paulo (RMSP), foram selecionados dados de

METAR e radiossondagem, verificando-se o comportamento das

variáveis meteorológicas antes, durante e depois da queda de

granizo. Foram avaliados os índices de instabilidade LIFT, SWEAT,

K, TOTAL TOTALS e CAPE que se mostraram bons indicadores de tempo

severo. Análises sinóticas utilizadas para caracterizar as condições

meteorológicas associadas a eventos de granizo na RMSP mostraram

que as principais forçantes no período de verão (dezembro a fevereiro)

dos anos de 2009 a 2012 são: cavado no estado de São Paulo em

1000hPa, e calor e umidade próximos à superfície.

Page 89: Caderno de Resumos - IAG - USP

85

CALIBRAÇÃO CLIMÁTICA DOS DADOS DE 18O DE ESTALAGMITES

Thaize S. Baroni

Tércio Ambrizzi – Orientador

Francisco Cruz, Valdir F. Novello, Gyrlene Silva – Colaboradores

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Os registros climáticos disponíveis atualmente possuem uma

curta extensão, o que pode dificultar os estudos dos impactos que as

oscilações climáticas, decenais a seculares sobre os continentes be m

como a validação dos modelos climáticos. Com o intuito de minimizar

essas dificuldades, dados paleoclimáticos e paleoambientais vêm

sendo utilizados em reconstituições em todo o mundo. Este estudo

tem como objetivo aperfeiçoar a calibração entre dados de isótopos de

oxigênio (δ18O) presentes em espeleotemas modernos (últimos 100

anos) coletados em uma caverna (Jaraguá) na cidade de Bonito -MS,

com dados climatológicos de precipitação e com índices climáticos.

Page 90: Caderno de Resumos - IAG - USP

86

COMPARAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO ESTIMADA POR MÉTODOS EMPÍRICOS E DE EDDY COVARIANCEPARA ECOSSISTEMAS DE CANA-

DE-AÇÚCAR, EUCALIPTO, CERRADO E FLORESTA

Tiago Capello Robles

Humberto Ribeiro da Rocha – Orientador Jonathan Mota da Silva, Emilia Brasilio, Helber C. de Freitas –

Colaboradores

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Este estudo apresenta uma descrição detalhada sobre a

distribuição de raios na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP)

durante os verões de 2005 a 2010, bem como a influência da cidade na

atividade elétrica das tempestades. Inicialmente avaliou-se a

incidência de raios nos 70 parques da cidade e os sub-distritos da

RMSP. Pode-se observar que o Parque do Carmo, região Leste da

cidade conta com mais de 60% de probabilidade de ser atingido por

mais de 10 raios, enquanto que na região central o Parque Estadual do

Jaraguá é para mais de 7 raios. Em relação aos distritos observa-se um

aumento gradativo da incidência de raios de Oeste para Leste, e região

sudeste aonde é observado os efeitos orográficos. Finalmente, foi

analisando a variação temporal da atividade elétrica das tempestades

que se propagavam de Oeste para Leste. Observou-se que a

atividade de raios aumentava a medida que se propagava para

leste e atingia uma máximo a leste do centro da RMSP, sofrendo

um decaimento até a zona Leste seguinte um pequeno aumento

mais a Leste. O período de evolução ficava restrito entre as 12 e 21

horas local e foi possível observar a influência não somente da

cidade, mas também da orografia a leste da cidade e a

penetração da brisa marítima.

Page 91: Caderno de Resumos - IAG - USP

87

ESTIMATIVA DE PRECIPITAÇÃO A PARTIR DO RADAR

METEOROLÓGICO DE DUPLA POLARIZAÇÃO DURANTE O

EXPERIMENTO CHUVA-GLM VALE DO PARAÍBA

Victor Keichi Tsutsumiuchi

Rachel I. Albrecht – Orientadora

Carlos A. Morales Rodriguez – Colaborador

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

Diferente dos radares meteorológicos convencionais, os dados

dos radares polarimétricos podem ser corrigidos pela atenuação desde

que exista um sinal de retorno. Isto se deve ao fato que a atenuação

está linearmente correlacionada com a diferença de fase entre os

fatores de refletividade do radar horizontal e vertical.

O Projeto CHUVA possui um desses radares e sua atenuação

pode ser corrigida com base em algoritmos programados em MatLab.

Porém, para fins de automatização e aprendizado, pretende -se

programar algoritmos semelhantes em linguagem C para que este seja

acoplado ao radar do Projeto CHUVA. De posse deste algoritmo será

possível fazer a estimativa de precipitação para os dados desse radar

polarimétrico.

Page 92: Caderno de Resumos - IAG - USP

88

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DOS PARÂMETROS METEOROLÓGICOS NA

COMPOSIÇÃO IÔNICA E ELEMENTAR DO MATERIAL PARTICULADO

FINO DO VALE DO PARAÍBA

Victória Peli

Adalgiza Fornaro – Orientadora; Rosana Astolfo - Colaboradora

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP

Departamento de Ciências Atmosféricas

No presente estudo são apresentados os resultados da

avaliação dos efeitos das variáveis meteorológicas na variabilidade de

concentração em massa e das composições elementar e iônica do

material particulado fino (MP2,5) para Cachoeira Paulista e São José

dos Campos, cidades do Vale do Paraíba, de agosto de 2010 a

dezembro de 2011. Cachoeira Paulista apresentou mais picos de

concentração em massa, atingindo 93,9 µg/m³, enquanto que a maior

concentração em São José dos Campos foi de 79,7 µg/m³. As análises

de composição elementar para Cachoeira Paulista mostraram maiores

concentrações médias para enxofre, silício e alumínio. Os resultados

das concentrações iônicas mostraram que as duas cidades

apresentaram médias semelhantes para a maior parte dos íons e que

sulfato e oxalato apresentaram as concentrações mais altas. As

análises das retrotrajetórias (modelo HYSPLIT – Hybrid Single Particle

Lagrangian Integrated Trajectory Model,

https://ready.arl.noaa.gov/HYSPLIT.php) mostraram perfis parecidos,

apresentando poucas diferenças com relação às direções

predominantes, sendo as principais: nordeste, noroeste e sudeste. No

conjunto estudado, não se observou influência de massas de ar

provenientes das regiões metropolitanas de São Paulo ou Rio de

Page 93: Caderno de Resumos - IAG - USP

89

Janeiro. A análise dos sistemas frontais que atravessaram a região

mostrou que o maior número foi de três por mês, em agosto e outubro

de 2010 e março, agosto e setembro de 2011, sendo que de dezembro

de 2010 a abril de 2011 nenhum sistema frontal atravessou a região.

Os meses secos (precipitação acumulada mensal < 100 mm) foram de

agosto a novembro de 2010 e de maio a outubro de 2011, sendo o

período chuvoso (precipitação acumulada mensal > 100 mm) entre

dezembro de 2010 a abril de 2011. Não foi possível caracterizar efeitos

de transporte de massas de ar na variabilidade de composição do

MP2,5. Entretanto, observamos que as concentrações diminuíram em

presença de chuva.

Page 94: Caderno de Resumos - IAG - USP

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