149
8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física Universidade Estadual de Londrina 23 a 26 maio 2017 ISBN - 978-85-7846-426-4 3º CONGRESSO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA TEMA PENSAR E AGIR A DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL CADERNO DE RESUMOS Organização e Promoção LaPEF / EMH / CEFE / UEL Laboratório de Pesquisas em Educação Física Departamento de Estudo do Movimento Humano Centro de Educação Física e Esporte Universidade Estadual de Londrina

CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

3º CONGRESSO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TEMA

PENSAR E AGIR A DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: CONSTRUÇÃO DA

IDENTIDADE PROFISSIONAL

CADERNO DE RESUMOS

Organização e Promoção LaPEF / EMH / CEFE / UEL

Laboratório de Pesquisas em Educação Física Departamento de Estudo do Movimento Humano

Centro de Educação Física e Esporte Universidade Estadual de Londrina

Page 2: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O CONTEÚDO DOS RESUMOS, SUA COMPOSIÇÃO, A FORMA ORTOGRÁFICA E

GRAMATICAL DOS MESMOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DO(S) AUTOR(ES).

Catalogação na publicação elaborada pela Divisão de Processos Técnicos da Biblioteca Central da Universidade Estadual de Londrina

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

C749c Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar (8. : 2017 : Londrina,

PR) Caderno de resumos [do] 8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física

Escolar [e do] 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

[livro eletrônico] / Angela Pereira Teixeira Victoria Palma, José Augusto Victoria

Palma (coordenadores). – Londrina : Universidade Estadual de Londrina,

2017.

1 Livro digital.

Tema central: Pensar e agir a docência em educação física : construção da

identidade profissional.

Disponível em: https://goo.gl/QNdm4V ISBN 978-85-7846-427-1

1. Educação física escolar – Congressos. 2. Professores de educação física

– Identidade profissional – Congressos. 3. Professores de educação física –

Formação – Congressos. I. Palma, Angela Pereira Teixeira Victoria. II. Palma,

José Augusto Victoria. III. Universidade Estadual de Londrina. IV. Congresso

Nacional de Formação de Professores de Educação Física (3. : 2017 : Londrina,

PR). V. Título. VI. Título: Caderno de resumos [do] 3º Congresso Nacional

de Formação de Professores de Educação Física.

CDU 796-053.2

Page 3: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

RESUMOS CARTAZES

Page 4: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A BOCHA ADAPTADA COMO ESTRATÉGIA DE INCLUSÃO PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Vânia de Fátima Matias de Souza Bruna Solera

Luciane Cristina Arantes da Costa Ana Luiza Barbosa Anversa

A inclusão escolar, apesar de incipiente no Brasil, é real, sendo necessário assegurar por meio de estratégias e métodos de ensino a inclusão de todos os alunos de forma efetiva nos componentes curriculares. Sendo a Educação Física, um componente curricular obrigatório, em todos os níveis escolares, deve proporcionar oportunidades de inclusão em suas atividades, seja este aluno com deficiência ou não. O objetivo deste estudo foi verificar a possibilidade de inclusão da criança com deficiência física. Esta deficiência possui várias especificidades; no entanto para auxiliar na participação dos alunos, uma estratégia é desenvolver um trabalho pedagógico sistematizado recorrendo aos esportes adaptados, aqueles aperfeiçoados, modificados ou criados para pessoas com deficiência, a exemplo da Bocha. Essa modalidade paralímpica é praticada por pessoas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, e tem como objetivo colocar as bolas de cor mais próximas a bola branca. É um esporte praticado com o uso de cadeira de rodas em uma quadra demarcada com fita adesiva branca. Frente a isso, esse trabalho tem como objetivo expor formas de se trabalhar a Bocha Adaptada nas aulas de Educação Física como estratégia para a inclusão das crianças com deficiência física. A pesquisa do tipo bibliográfica, se apoiou em artigos e livros sobre a temática e na experiência da pesquisadora na modalidade. Esta pesquisa está vinculada ao projeto Educação física escolar: perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual de Maringá. Como resultados viu-se que para o trabalho com a modalidade de Bocha na escola o professor pode adaptar os materiais utilizados. A cadeira de rodas pode ser substituída pela cadeira de sala de aula, e as bolas de couro utilizadas podem ser confeccionadas com bexiga, alpiste e encapadas com tecido azul (6 bolas), vermelho (6 bolas) e branco (2 boas). A oficina para confecção dos materiais é uma estratégia importante para o envolvimento dos alunos e o trabalho da dimensão afetiva. No que se referem às atividades teórico-práticas, os alunos podem desenhar a quadra de Bocha com fita adesiva no chão da quadra poliesportiva da escola. Após essa ação, pode-se optar por pequenos jogos (jogos reduzidos), dois contra dois, três contra três sem limite de espaço, com o objetivo de verificar quem joga a bola de cor, mais próximo a bola branca, acertar as bolas dentro de um arco, e por fim, partir para o jogo em si. Outra opção é confeccionar os materiais da arbitragem, uma raquete com um lado azul e outro vermelho com papelão ou até mesmo raquete de tênis de mesa. Com esta opção, aumenta-se a participação dos alunos, podendo eles, assumirem o papel de árbitro na partida. Assim, conclui-se que a bocha é uma modalidade adaptada as pessoas com deficiência que pode ser utilizada como forma de inclusão desses sujeitos nas aulas de Educação Física. Além de servir como meio de divulgação do esporte paralímpico e conscientização dos demais alunos sobre a deficiência e suas potencialidades, auxilia no desenvolvimento de habilidades motoras dos alunos.

Palavras-chave: Deficiência Física. Inclusão. Bocha Adaptada. Universidade Estadual de Maringá-UEM

Page 5: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A CONTRIBUIÇÃO DA CORPOREIDADE NA FORMAÇÃO PROGRESSIVA DA CRIANÇA

Fernando de Souza Silva¹ Janaina Fernanda de Carvalho²

Marlene Vitoria Biscaro³ O presente trabalho pretende-se discutir aspectos relevantes à formação da criança em sua totalidade, por meio da corporeidade nas aulas de Educação Física. Nesta direção, é importante o contato do Professor de Educação Física direto e simples com atividades corporais que dialogue com o cotidiano da criança. As atividades que priorizam o movimento corporal podem induzir uma mudança significativa na melhoria da performance corporal da criança? A pesquisa é aplicada, de abordagem qualitativa. Para coleta de dados será realizada avaliação motora, embasada na obra de Rosa (2002). Utilizando na intervenção as atividades propostas por Boulch (2007), por um período de dez dias letivos, em uma turma de crianças do Ensino Fundamental (Anos Iniciais), do município de Cornélio Procópio. Espera-se no final da pesquisa que a corporeidade represente um rico processo na formação da criança. Palavras–chave: Corporeidade; Criança; Atividades Corporais. 1 Acadêmico do curso de Educação Física da Faculdade Dom Bosco de Cornélio Procópio. [email protected] 2 Acadêmico do curso de Educação Física da Faculdade Dom Bosco de Cornélio Procópio. [email protected] 3 Docente de Educação Física da Faculdade Dom Bosco de Cornélio Procópio e da SEED- [email protected]

Page 6: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO: REFLEXÕES INICIAIS

Fabiana Andreani Lígia Estronioli de Castro Lílian Aparecida Ferreira

A Educação Física (EF) está presente no Ensino Profissional apenas no contexto do Ensino Médio integrado (EMI), no qual se estabelece, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96, a obrigatoriedade desse componente curricular. No Instituto Federal de São Paulo (IFSP) os próprios campi são responsáveis pela elaboração do Projeto Pedagógico de Curso (PPC), exigência básica para a proposição de abertura de novos cursos. Nestes PPCs constam, entre outras coisas, os objetivos, a legislação de referência e a organização curricular do curso proposto (inclusive com o plano de ensino e a matriz das aulas dos componentes curriculares). Considerando esta autonomia em relação à construção do PPC, o objetivo da presente pesquisa foi analisar a organização curricular da EF no âmbito do IFSP. A metodologia utilizada se pautou pela análise documental dos PPCs de 30 campi do IFSP que possuem EMI, centrando a análise especificamente nos planos de ensino e na matriz das aulas do componente curricular EF. Os resultados apontaram que apesar de cumprir a LDB, em relação a oferta da EF, não há uma definição estabelecida institucionalmente para a distribuição dessas aulas, sendo que o componente curricular nem sempre está presente em todos os anos/séries, nem possui um estabelecimento quantitativo mínimo de aulas. Apenas em 9 campi a EF se consolida nos três anos do EMI, 19 campi tem aulas somente em dois anos/séries, seis deles com apenas uma aula no 2º ano. Há ainda campi que ofertam aulas de EF exclusivamente no 2º ou no 1º ano. Os objetivos da EF se mostraram diversos, apesar de 21 das unidades apontarem especialmente para a formação do cidadão, outros também focam a saúde e qualidade de vida (12), o lazer (7) e a ampliação dos conhecimentos da cultura corporal/motricidade (6). Os conteúdos, apesar de se assentarem nos eixos – esportes, jogos, lutas, danças e ginásticas - têm práticas bastante diversas entre si, enquanto um campus aborda temas sobre metabolismo anaeróbio e aeróbio, por exemplo, nos outros campi os conteúdos pouco se aproximam dessa temática. A mesma diversidade pode ser notada na metodologia, que apesar de coincidir nos aspectos aula prática/teórica, se difere nos recursos a serem utilizados, que sugerem textos, filmes e slides em um campi, e corridas (curtas e longas), alongamento/ginástica em outro. Em relação a avaliação as divergências também ocorrem, variando desde a participação, até a reflexão escrita e o teste de aptidão. Considerando os elementos identificados, é possível afirmar que a EF nos IFSP tem uma multiplicidade de sentidos e objetivos, demarcando com isso a variedade de estratégias metodológicas e critérios avaliativos. Este cenário diverso nos propõe algumas questões como, por exemplo: Em termos de um projeto de educação escolar próprio, como o EMI está sendo pensado nos IFSP? Quais as características de um EMI e qual o papel dos diversos componentes curriculares e em particular da EF? Estas são questões levantadas pelo estudo e que apontam para a necessidade de novas investigações que problematizem as especificidades que são próprias do EMI.

Palavras-chave: Educação Física; Ensino Médio Integrado; Instituto Federal de São Paulo. Programa de Pós-Graduação em Docência para a Educação Básica -Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho – Campus de Bauru [email protected]; [email protected]; [email protected]

Page 7: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A EDUCAÇÃO INFANTIL NOS CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: REFLEXÕES E APONTAMENTOS

Yedda Maria da Silva Caraçato Luciane Cristina Arantes

Vânia de Fátima Matias de Souza A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica (LDBEN - Lei n.9394/96), tendo como objetivo garantir o desenvolvimento integral de todas as crianças “[...]2012). Tendo essa compreensão objetivou-se trazer reflexões acerca dos currículos vigentes de licenciatura em Educação Física dos Institutos superiores de ensino público do Paraná, a partir dos currículos vigentes nos IES, tendo como objetivo buscou-se verificar qual a incidência de trabalho com a Educação Infantil nos cursos de licenciatura em Educação Física. Caracterizada como sendo uma pesquisa do tipo descritiva (Gil,2008), pesquisou-se as disciplinas dos currículos vigentes dos cursos de licenciatura em EF nas IES públicas do estado do Paraná, sendo que a busca dos resultados que se deu a partir dos currículos nos quais se evidenciou uma lacuna em questão a disciplinas relacionadas com a educação física infantil, das Instituições (IES) pesquisadas : UEL, UENP, UFPR, UEPG, UNIOESTE e UEM encontramos disciplinas cujo enfoque está centrado nas temáticas: desenvolvimento e aprendizagem infantil; políticas educacionais e estágio curricular supervisionado. Entretanto, esses dados indicam fragilidades no desenvolvimento das implementações do campo da formação docente para atuação no campo da Educação Infantil uma vez que é preciso conhecimento aprofundado acerca dessa temática relacionada a área de intervenção da educação física na educação infantil. Palavras-chave: Educação infantil; educação física; currículos vigentes.

Page 8: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Everton Vinicius Kretschmer de Lima Anellyse Mayra Kimpinski

Evelline Fontana

O tema “Educação Física na Educação Infantil” traz consigo inúmeras discussões em relação à existência ou não de um profissional da área, no âmbito da educação de crianças de 0 a 6 anos de idade. Vale ressaltar que a Educação Física assume um papel extremamente significativo na Educação Infantil, pois é através do brincar que a criança explora o seu corpo, interage com outros corpos e desenvolve seu crescimento motor, afetivo e cognitivo. Esta pesquisa bibliográfica tem como objetivo refletir sobre a importância da educação física no desenvolvimento da criança. Considerando que a educação infantil é uma etapa relevante na medida em que proporciona a criança desenvolver-se integralmente em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social. Frisando a lei 9394/96 onde garante que a Educação Física deve ser ensinada nas escolas, inclusive para as crianças abaixo de seis anos. O presente estudo se trata de uma revisão bibliográfica, os instrumentos de pesquisa utilizados foram artigos, documentos e livros. Os estudos experimentais de Piaget possibilitam ao professor identificar o estágio em que uma criança está atuando, e ao mesmo tempo, mostra o que esperar dela nos diferentes estágios de desenvolvimento. Logo, é importante que os educadores respeitem estes estágios, adequando as atividades escolares às características evolutivas das crianças. Crianças com idade de 0 a 6 anos precisam ter acesso a atividade física de forma lúdica, mas com algum objetivo, desta forma a educação física não pode se limitar apenas na brincadeira. O professor não pode exercer a função sem ter a formação adequada na área, e o professor de Educação Física deve lutar por esse espaço de trabalho e desenvolver ações que justifiquem a importância de sua atuação na Educação Infantil, caso isso não ocorra quem acaba comprometido é o aluno, pois perde a oportunidade de ter um melhor desenvolvimento. Palavras-chave: Educação Física, Educação Infantil, Crianças. Universidade Estadual do Centro-Oeste

[email protected]

Page 9: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A SAÚDE ALIADA AO ESPORTE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Gabriel Ribeiro Cordeiro

Diversos fatores de um mal estilo de vida vem causando a degradação na saúde da população em geral, na comunidade escolar não é diferente, conceituar e relacionar os conteúdos à saúde é um desafio para os professores de Educação Física. O elemento articulador Esporte pode ser uma solução para esse desafio desde que seja abordado da maneira correta. Esse estudo é de caráter qualitativo tendo como objetivo relacionar a Saúde com o Esporte e com base nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná encontrar soluções coerentes e adequadas. Como metodologia foi realizada uma revisão de literatura onde foram selecionados treze artigos nos periódicos Pensar a Prática, Revista Brasileira de Educação Física e Esporte e Revista Movimento dentre os anos de 2010 a 2016. O resultado foi que o tema Saúde é pouco utilizado durante as aulas e que o Esporte é o conteúdo com melhor aceitação pelos alunos. Portanto os elementos da Saúde podem ser utilizados de maneira satisfatória através do ensino dos Esportes. Palavras-chave: Educação Física, Saúde, Esporte. Acadêmico do 3° ano de Licenciatura em Educação Física – Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO – campus Irati

Page 10: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS PELOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: ANÁLISE DOS ANAIS DE EVENTOS PAULISTAS

Daniel Teixeira Maldonado Uirá de Siqueira Farias Bruno Freitas Meireles

Aline Rodrigues Santos Vinícius dos Santos Moreira

Valdilene Aline Nogueira Elisabete dos Santos Freire

Nas últimas décadas a construção de práticas pedagógicas inovadoras (PPI) na Educação Física Escolar (EFE) tem se tornado mais frequente, contrariando o discurso do senso comum que a prática pedagógica do professor que atua na escola continua tradicional. Com frequência, professores que inovam compartilham sua experiência em eventos científicos da área. A análise desses trabalhos permitirá compreender este processo de inovação que ocorre na EFE. Uma das características de uma PPI é a diversificação dos recursos didáticos utilizados nas aulas. O objetivo desse estudo foi identificar as PPI apresentadas em eventos científicos, relacionadas com os recursos didáticos na EFE. Foram analisados os anais disponíveis na internet dos quatro principais eventos de EFE que ocorrem em São Paulo (Seminário de EFE, Seminário de Metodologia do Ensino da Educação Física, Congresso Paulistano de EFE e Congresso Estadual de Educação Física). Fizeram parte da análise os resumos e os trabalhos completos publicados nos anais desses eventos, compondo uma amostra de 1348 trabalhos. Foram identificados 451 trabalhos apresentados que podem ser caracterizados como PPI na EFE. Deste total, 31 estudos estavam relacionados com os recursos didáticos nas aulas de EFE, sendo que os principais recursos utilizados pelos docentes de EF foram: filmes, aplicativos, caça-palavras, cruzadinhas, desenhos animados, gibis, blogs, produção de: fotos, vídeos e desenhos, redes sociais, jogos de tabuleiro, vídeo-game e trilha ecológica. As PPI apresentadas aconteceram, predominantemente, em escolas públicas. 71% foram realizadas com estudantes do Ensino Fundamental, 23% do Ensino Médio e 6% da Educação Infantil. Confirmando nossa hipótese, concluímos que é possível identificar PPI relacionadas com os recursos didáticos na EFE, sinalizando que a didática do professor que atua na escola vem se modificando ao longo das últimas décadas. Palavras-chave: Inovação Pedagógica; Educação Física Escolar; Recursos Didáticos. Universidade de São Judas Tadeu – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física, Escola e Currículo. São Paulo/SP

Page 11: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A VISÃO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO

Wendy Nayara da Silva Boeira Alana Alessi

Evelline Cristhine Fontana A seguinte pesquisa teve como objetivo analisar e entender a relação entre professor e aluno, levando como principal foco o planejamento das aulas e seu desenvolvimento na prática. Foram analisados cinco periódicos da Revista Pensar a Prática dos anos de 2012 a 2016, os quais foram articulados para a obtenção de resultados em relação à visão das aulas de Educação Física pelos alunos e professores. Palavras – Chave: Planejamento Curricular, Ensino, Educação Física Escolar, Interdisciplinariedade. Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO Wendy Nayara da Silva Boeira Alana Alessi Universidade Estadual do Centro Oeste- Campus Irati Evelline Cristhine Fontana

Page 12: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ABORDAGENS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Deivid Junior de Melo1 Renan Camargo Corrêa2

Daniele dos Passos3 As tendências de ensino transmitem possíveis direções para o conhecimento, mas qual a forma de se chegar até esse objetivo? Mediante a esse anseio, as abordagens de ensino vêm a esse encontro servindo como método de transmitir esses conhecimentos. Dentre essas abordagens estão: psicomotricidade, construtivista, desenvolvimentista, críticas, saúde renovada e Parâmetros Curriculares Nacionais (Pcns), cada uma com suas características. As abordagens vêm como ferramentas de transmissão de conhecimento, e não apenas para classificar gestos motores, sendo assim é fato que cada uma tem suas peculiaridades e são de suma importância. Dessa forma, a adequação de uma ou mais abordagens de ensino é de fundamental para atender os pressupostos pedagógicos da instituição de ensino são da necessidade de cada comunidade. Assim se faz de suma importância a que a formação pedagógica dos professores de educação física tenha como conhecimento as abordagens e de que forma é fundamentado e trabalhado o conteúdo voltado à saúde. Foram pesquisados em inúmeras referências sobre o tema abordado e como foram inseridos na vivencia escolar. Portanto, a importância desses conteúdos na formação dos profissionais de educação física é de fundamental importância, para que os mesmos possam atuar de forma mais incisiva na escola trazendo benefícios presentes e futuros, pensando sempre na saúde da população.

Palavras-chave: Educação Física; Psicomotricidade; Construtivismo. 1 Universidade Pitágoras Unopar - Polo Santo Antônio da Platina - [email protected] 2 Universidade Estadual de Londrina / Universidade Pitágoras Unopar- Polo Santo Antônio da Platina - [email protected] 3 Universidade Pitágoras Unopar - Polo Santo Antônio da Platina [email protected]

Page 13: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ABORDAGENS ESCOLARES NO DESENVOLMENTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E SEUS PARAMENTOS

Daniele Dos Passos1 Deivid Junior melo2

Renan Camargo Corrêa3 Atualmente os temas relacionados a saúde, tem grande destaque no cenário nacional e internacional, nas mais diferentes vertentes. Tendo a educação física conotação associada a saúde, é de suma importância o profissional de educação física conhecer a cronologia das tendências de ensino e como é abordado o conteúdo saúde diante cada tendência de ensino. O presente estudo buscou identificar como o conteúdo relacionado a saúde é ou era tratado de acordo com cada tendência de ensino da educação física. O estudo teve caráter descritivo e qualitativo. Foi realizado a partir do levantamento de dados e revisão da literatura. Foi evidenciado que a educação física sofre influência do momento histórico, onde assume características de acordo principalmente com objetivos do mesmo. Foram observadas diferentes tendências, entre elas estão: a Higienista (1930), Militarista (1930-1945), Pedagogicistas (1945-1964), Competitivista (1964-1985) e Educação Física Popular (1980). Fica evidente que o conteúdo relacionado a saúde, é tratado de forma direta e indireta de acordo com cada tendência, a adaptação e aglutinando de características das tendências podem ser validas perante as diferentes realidades a serem enfrentada. Fica evidente a importância de se trabalhar os conteúdos da educação física relacionados à saúde, visto a necessidade da melhora da qualidade de vida, visto que hábitos adquiridos na infância são geralmente mantidos ao longo da vida. É notável que cada tendência de ensino tem foco diferenciado, no entanto trabalha o conteúdo voltado à saúde. Assim, é fato que a sociedade contemporânea necessita pela melhora/manutenção da saúde e a qualidade de vida, e o ambiente escolar pode favorecer a disseminação do pensamento de vida saudável. Portanto, trabalhar esses conteúdos na formação dos profissionais de educação física é de fundamental importância, para que os mesmos possam atuar de forma mais incisiva na escola trazendo benefícios presentes e futuros, pensando na melhora na saúde da população. Palavras-chave: Escola; Sociedade; Saúde. 1 Universidade Pitágoras Unopar - Polo Santo Antonio da Platina - [email protected] 2 Universidade Pitágoras Unopar - Polo Santo Antônio da Platina - [email protected] 3 Universidade Estadual de Londrina / Universidade Pitágoras Unopar - Polo Santo Antônio da Platina - [email protected]

Page 14: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ANÁLISE DO DESEMPENHO MOTOR NO ENSINO FUNDAMENTAL EM ADOLESCENTES DE 13 E 14 ANOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO

Mariane Aparecida Coco Flávia Évelin Bandeira Lima

Vanessa Gomes de Paula Danilo Manoel Peixoto da Fonseca

Vanessa Vitalino

A prática de atividade física é um fator importante que determina as características físicas na adolescência. É dever do professor de Educação Física promover uma vasta gama de atividades que desenvolva o aluno de maneira global. Sendo assim, o estudo tem o objetivo de avaliar o desempenho motor, IMC e obesidade abdominal de adolescentes escolares de 13 a 14 anos, do município de Santo Antônio da Platina – PR. O estudo se caracteriza como transversal descritivo, a população da pesquisa foi composta por 118 escolares regularmente matriculados na Rede Estadual de Ensino. Para a realização dos testes motores, utilizou-se o protocolo do Projeto Esporte Brasil - PROESP-BR (2015) e obedeceu a seguinte sequência: massa corporal, estatura, circunferência da cintura, teste de força membros inferiores, teste de força membros superiores, teste de agilidade e teste de flexibilidade. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva. Para verificar a normalidade dos dados utilizou-se o teste Komolgorov-Smirnov. Para as comparações entre sexo foi utilizado o teste T de Student. Adotou-se p ≤ 0,05 para o nível de significância. A amostra foi constituída de 75 meninas, 43 meninos, com idade média 13,01 (±0,82) anos, massa corporal média de 56,23Kg (±13,09), estatura de 1,61m (±0,07), IMC 21,7Kg/m2 (±4,67), obesidade abdominal mensurada pela circunferência da cintura 74,1cm (±9,39), flexibilidade 31,15cm (±10,31), força média de membros inferiores 1,33m (±0,32) e de membros superiores 2,29m (±0,5) e a média da agilidade dos adolescentes 7,94 segundos (±1,0). Nas variáveis antropométricas nota-se que o maior percentual de adolescentes se encontra com no IMC normal e considerado não obeso quando observado a circunferência da cintura. Comparando as variáveis IMC e circunferência da cintura entre meninas e meninos, mesmo não sendo estatisticamente significativa, nota-se que a semelhança entre os sexos. No teste de flexibilidade dois terços das meninas apresentaram valores não adequados, já os meninos apresentaram melhores resultados. Na análise da aptidão física na variável de força explosiva para membros inferiores, observa-se que houve diferença significativa dos meninos quando comparado com as meninas e o maior percentual de avaliados (64,4%) está no nível fraco, mostrando que ambos os sexos se encontra com baixo desempenho de membros inferiores. Nos testes de membros superiores e agilidade ambos os sexos tiveram o maior percentual de adolescente no padrão considerado fraco. Na classificação geral dos testes aplicados nos adolescentes nota-se que ambos os sexos tem pouco desenvolvimento das capacidades motoras avaliadas e apresentam maior risco de desenvolver doenças crônicas analisando pelos indicadores de IMC e CC. Então, para um melhor desempenho motor nas aulas de Educação Física e, melhora do estilo de vida, faz-se necessário que os adolescentes se sintam interessados e motivados a praticar atividade física regularmente e cabe ao professor de Educação Física estimular essa prática como um meio de melhorar a condição de saúde nesta fase até na idade adulta. Portanto, conclui-se que com base no estado nutricional dos adolescentes, os resultados não foram satisfatórios, já que a amostra possuiu elevado número de indivíduos com excesso de peso e baixo desempenho motor.

Palavras-chave: Destreza motora, obesidade, adolescentes. Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP

Page 15: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

RELATO DE EXPERIÊNCIA, PROJETO DE EXTENSÃO EM ENSINO DE LUTAS, ARTES MARCIAIS E MODALIDADES DE COMBATE

Donizete Cicero Xavier de Oliveira André Luiz Zanon de Campos

Rui Aparecido de Sá Junior Paulo José Pio Martins Abdallah Achour Junior

Com início no dia 02 de Maio de 2016, o projeto de extensão do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade estadual de Londrina, CEFE, o projeto de iniciação às artes marciais, lutas e esportes de combate tem como foco fomentar e promover a prática de artes marciais, lutas e esportes de combate, para as crianças de 8 a 10 anos, do colégio aplicação, proporcionando às mesmas uma vivencia motora maior e mais diversificada com a pratica de atividades e jogos de oposição que garantam os primeiros passos destes dentro de algumas artes marciais, além de apresentar importantes fatores relativos a educação, pautados na filosofia das artes marciais. Para o projeto foram selecionadas como metodologia de ensino, atividades e jogos lúdicos que visem oposição e cooperação, utilizando fundamentos das artes marciais como plano de fundo, bem como a realização de exercícios característicos de cada modalidade. Foram definidas para este primeiro ano as seguintes modalidades: Kung Fu, Judô, Jiu-Jitsu, Sumo, Tae-kwon-do, Esgrima Olímpica, Esgrima Histórica e Swordplay. Essas modalidades foram selecionadas pois as mesmas são praticadas pelos envolvidos no projeto, e são de conhecimento das crianças ou despertam a curiosidade das mesmas. O objetivo, já supracitado, foi garantir uma maior vivencia motora para as crianças participantes, através das artes marciais e como objetivos secundários, o foco era desenvolver conceitos como disciplina, trabalho árduo, organização, respeito e bem-estar mútuo, contextualizados na filosofia de cada arte marcial estudada. As aulas seguiram uma progressão pedagógica baseada em jogos e brincadeiras que pudessem simular as características das lutas quanto ao grau de oposição, domínio e controle, sempre buscando uma sequência das atividades mais simples para as mais complexas. Já a forma de ensino se desenvolveu de maneira pendular, ora com atividades inovadoras, abertas, ora com atividades tradicionais, mais fechadas, sendo sempre evidenciado um link entre as mesmas e a sua relação direta com a arte marcial ensinada em cada momento. O projeto atendeu uma média de 25 alunos, sendo 20 destes participantes assíduos, e cada modalidade foi trabalhada com duração entre um e dois meses. No início do projeto, as crianças não estavam acostumadas com os conceitos transmitidos, entretanto mostraram-se extremamente participativas, sendo que no decorrer do mesmo, elas se mostraram aptas não só a aprender atividades mais complexas e com mais exigências motoras, bem como a compreender e promover os conceitos filosóficos ensinados, estes mesmos conceitos, também tiveram reflexos na educação e comportamento escolar, conforme relato de pais e professores em entrevistas ao longo ano letivo. Deste modo, este primeiro ano se mostrou muito produtivo apresentando bons resultados, conforme relato de pais professores e alunos; os mesmos relataram significativa melhora do rendimento escolar e na frequência dos participantes na escola, bem como uma melhora do comportamento e relacionamento com a família. Outro importante fator, foi a contribuição do projeto na formação de professores de educação física, por meio das experiências vividas pelos alunos extensionistas, sob supervisão dos professores de graduação, assim como do coordenador do projeto. Palavras-Chave: Lutas, Artes Marciais, Ensino.

Universidade Estadual de Londrina (UEL) - Centro de Educação Física e Esporte, Departamento de Ciências do Esporte.

Page 16: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ASPECTOS DA PARTICIPAÇÃO DE ADOLESCENTES GESTANTES NA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA: NA VISÃO ALUNA GESTANTE

Wendy Nayara da Silva Boeira Luis Henrique Boiko Ferreira André de Camargo Smolarek

Alana Alessi

De acordo com dados apresentados pelo PNDS de 2009, é possível analisar uma frequência de gestação durante a adolescência, no entanto, quando analisamos os níveis globais de gestações, é possível observar uma queda expressiva nos números de nascimentos. Assumindo que o período gestacional apresenta diversas particularidades, não somente biológicas, mas também psicológicas e sociais, buscou-se compreender melhor questões da aula de educação física são percebidas por alunas adolescentes gestantes. Foram selecionados todos os 7 colégios da cidade de Irati-PR, onde foi aplicado um questionário para 12 adolescentes gestantes, as quais eram as únicas gestantes do período do estudo em um grupo de 1087 adolescentes do sexo feminino que estudavam nestas escolas. O Objetivo do presente trabalho foi analisar os aspectos da participação de adolescentes gestantes na aula de educação física na visão da aluna gestante. Foi constatado que 75% das adolescentes gestantes não praticavam nenhum exercício físico por semana, 66% não participavam as aulas práticas de educação física. 75% das adolescentes informaram que desejam concluir o ensino médio, porém apenas 41% deseja cursar o ensino superior. Embora a grande maioria dos professores dos riscos e benefícios do exercício físico durante a gestação, menos de ¼ dos professores trabalha estes conteúdos em sala de aula, o que reflete um baixo nível de atividade física por parte das gestantes. Palavras-chave: Adolescência, Gestação, Educação Física. Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO

Page 17: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ASSOCIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA COM OS CONHECIMENTOS SOBRE EXERCÍCIO FÍSICO

Jean Carlos Aguiar1

Mateus de Medeiros Bertoncini 2 Gustavo Aires de Arruda 3

Evidências científicas sugerem que apesar dos jovens gostarem das aulas de Educação Física indicam que esta possui baixa importância. Informações sobre os aspectos que influênciam a percepção de importância desta disciplina ainda são escassas. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi analisar a associação da percepção de importância da disciplina Educação Física com os conhecimentos sobre exercício físico. Foi realizado um estudo de campo, com delineamento transversal do tipo correlacional. A amostra foi composta por 418 alunos do ensino médio de escolas estaduais da cidade de Londrina-PR, sendo 44% rapazes. As escolas foram sorteadas de acordo com as proporções de matrícula por região (norte, sul, leste, oeste e central). A coleta de dados foi realizada por meio de questionários com questões objetivas. Para a verificação da importância atribuída para as disciplinas escolares foi apresenta a seguinte questão “O quanto importante você acredita que essas disciplinas são para a sua vida?”. Para cada disciplina foram apresentadas as seguintes alternativas: muito baixa, baixa, moderada, alta e muito alta. Os alunos foram orientados a assinalar apenas uma alternativa por disciplina. As respostas alta e muito alta foram denominadas como “importância elevada”. Para a análise dos aspectos relacionados ao exercício físico foi utilizado o questionário de Percepção de Hábitos Saudáveis - QPHAS (GUEDES; GRONDIN, 2002). Os participantes foram classificados entre aqueles cujas respostas “correspondem” vs. “não correspondem” com evidências científicas. As questões 21, 23, 26, 28 e 29 foram categorizadas da seguinte forma: “corresponde” (discordo parcialmente e discordo totalmente) vs. “não corresponde” (concordo totalmente, concordo parcialmente e não tenho opinião formada). As questões 22, 24, 25, 27 e 30 foram categorizadas: “corresponde” (concordo totalmente e concordo parcialmente) e “não corresponde” (discordo totalmente, discordo parcialmente e não tenho opinião formada). Para a verificação da associação entre as variáveis foi utilizado o teste de Qui-quadrado de Pearson. Os resultados demonstraram que 58,1% dos participantes indicaram perceber a Educação Física como uma disciplina de “importância elevada”. A proporção de questões cujas respostas “corresponderam” com o sugerido por evidências científicas variou de 15,1% a 89,2%. Entre os participantes cujas respostas “corresponderam” com evidências científicas, indicaram “importância elevada” para disciplina de Educação física entre 55,3% e 59,8%. Entre os participantes cujas respostas “não corresponderam” com evidências científicas os valores variaram de 55,1% a 68,9%. De forma geral, não houve associação entre a importância atribuída à disciplina de Educação Física e os conhecimentos sobre exercício físico (p > 0,05). Mesmo o conhecimento não apresentando associação com a percepção de importância da disciplina de Educação Física é relevante ressaltar que os conhecimentos sobre atividade física e seus benefícios para a saúde, juntamente com as experiências obtidas nas aulas parecem influenciar os hábitos quanto à prática de atividade física dos jovens, a manutenção deste comportamento ao longo da vida, bem como a saúde da população. Deste modo, estratégias de análise da implementação dos referidos conteúdos nas aulas de Educação Física parecem necessárias.

Palavras-chave: Educação Física, Conhecimento, Exercício Físico. 1 - Graduado em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina- UEL, Londrina PR, [email protected] 2 - Graduado em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina- UEL, Londrina PR, [email protected] 3 - Docente do curso em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina PR, [email protected]

Page 18: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ASSOCIAÇÃO ENTRE A PERCEPÇÃO DE IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM ALUNOS DE ESCOLAS ESTADUAIS

Mateus de Medeiros Bertoncini1

Jean Carlos Aguiar2 Gustavo Aires de Arruda 3

A prática de atividade física é apontada como um comportamento de grande relevância para a saúde de adolescentes, sendo importante a identificação de fatores que contribuem para a manutenção deste comportamento. Portanto o objetivo do presente estudo foi analizar a associação entre a percepção de importância da Educação Física e a prática de atividade física de adolescentes. Foi realizado um estudo de campo, com delineamento transversal do tipo correlacional. A amostra foi composta por 418 alunos do ensino médio de escolas estaduais da cidade de Londrina-PR, sendo 44% rapazes. As escolas foram sorteadas de acordo com as proporções de matrículas por região (norte, sul, leste, oeste e central). A coleta de dados foi realizada por meio de questionários. Para a verificação da importância atribuída para as disciplinas escolares foi apresenta a seguinte questão “O quanto importante você acredita que essas disciplinas são para a sua vida?”. Para cada disciplina foram apresentadas as seguintes alternativas: muito baixa, baixa, moderada, alta e muito alta. Os alunos foram orientados a assinalar apenas uma alternativa por disciplina. As respostas alta e muito alta foram denominadas como “importância elevada”. Para a análise da prática de atividade física foi utilizado o Questionnaire of Habitual Physical Activity proposto por Baecke, Burema e Frijters (1982). As respostas do quetionário foram dicotomizadas em “suficientemente ativos” e “insuficientemente ativos”. Para a questão 9 os participantes que responderam “sim”, foram classificados como “suficientemente ativos” e os que responderam “não”, como “insuficientemente ativos”. A mesma estratégia foi utilizada para as questões 10 (“elevadas”, “muito elevadas” e “iguais” vs. “baixa” e “muito baixas”), 11 (“muito frequentemente”, “frequentemente” e “algumas vezes” vs. “raramente” e “nunca”), 12 (“sempre”, “frequentemente” e “algumas vezes” vs. “raramente” e “nunca”), 13 (“nunca”, “raramente” e “algumas vezes” vs. “frequentemente” e “sempre”), 14, 15 (“sempre”, “frequentemente” e “algumas vezes” vs. “raramente” e “nunca”) e 16 (“15-30 minutos”, “30-45 minutos” e “>45 minutos” vs. “<5 minutos”, “5-15 minutos”). Para a verificação da associação entre as variáveis foi utilizado o teste de Qui-quadrado de Pearson. Entre os participantes 58,1% perceberam a Educação Física com “elevada impotância”. A proporção de participantes classificados como “suficientemente ativos” variou de 35,8% a 68,2%. Entre os participantes “suficientemente ativos” a proporção que percebeu a Educação Física com “elevada importância” variou de 59,6% a 66,7%. Entre os participantes “insuficientemente ativos” os valores variaram de 45,3% a 56,3%. De forma geral foi verificada associação significativa entre a percepção de importância da disciplina de Educação Física e a prática de atividade física fora da escola (p < 0,05). A identificação de que a Educação Física é considerada uma disciplina de “elevada importância” por grande proporção dos alunos, pode contribuir na reflexão de políticas públicas relacionadas à garantia desta disciplina. A participação nas aulas de Educação Física, bem como os procedimentos de ensino desta podem ser alguns dos fatores que influenciam o hábito de prática de atividade física de adolescentes. Tal fato sendo relevante, pois os hábitos adquiridos nesse período da vida possuem maior chance de manutenção ao longo da vida. Palavras-chave: Educação Física, Atividade Física, Importância. 1 - Graduado em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina- UEL, Londrina PR, [email protected] 2 - Graduado em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina- UEL, Londrina PR, [email protected] 3 - Docente do curso em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina PR, [email protected]

Page 19: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ASSOCIAÇÃO ENTRE SEXO E A PREFERÊNCIA DE PRÁTICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Isaias Seneca Cardoso Eder Miguel Nunes de Paula

Claudio Marcelo Tkac Rafael Kanitz Braga

Com o advento da discussão sobre gênero na sociedade da pós-verdade, entender mais profundamente possíveis alterações que possam estar ocorrendo no contexto escolar, servirá como suporte, para tomadas de decisão dos docentes que atuam neste novo cenário de ensino. Para tanto, a presente investigação teve por objetivo verificar a possível associação entre sexo e a preferência de prática nas aulas de educação física escolar. A investigação foi de caráter quantitativo e do tipo descritivo exploratório. Participaram do estudo, 82 escolares, sendo 44 do sexo feminino e 38 do sexo masculino. A média de idade dos participantes foi de 12 anos (±0,382). Como instrumento de medida utilizou-se um vídeo formulado pelos pesquisadores, demonstrando a sequência de 8 possibilidades de conteúdo (esportes tradicionais, esportes emergentes, esportes de aventura, dança, lutas, ginástica, jogos virtuais ativos e jogos em rede (online), representados por meio de atividades práticas, em uma exposição de 20 segundos para cada conteúdo. Após a visualização do vídeo, os participantes foram instruídos a preencher um quadro, indicando a prática para uma próxima aula, em ordem de preferência. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva simples, bem como pelo teste de qui-quadrado, para observar possíveis associações entre o gênero e o conteúdo indicado. Os dados foram tabulados no software SPSS_22.0. Na comparação das práticas nas aulas entre os sexos, foi identificado uma diferença estatisticamente significativa com p<0,01. Não foi identificada uma relação entre sexo e escolha dos conteúdos (p=0,595). Entre os conteúdos identificados como a primeira escolha destacam-se: Esportes Tradicionais (25,6%|♂=17,1/♀=8,5), Esportes Emergentes (3,7%|♂=3,7/♀=0,0), Esportes de Aventura (9,8%|♂=2,4%/♀=7,3%), Dança (6,1%|♂=3,7/♀=2,4), Ginástica (2,4%|♂=0,0/♀=2,4%), Jogos virtuais ativos (13,4%|♂=3,7/♀=9,8). Jogos Online (15,9%|♂=15,9/♀=0,0) e Lutas (23,2%|♂=0,0/♀=23,2). Pode-se concluir que a escolha de conteúdos é diferente de acordo com o sexo dos estudantes. Porém, não existe associação entre sexo e escolha dos conteúdos. Palavras chave: Educação Física, Preferência, Conteúdos. Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)/LAB4

Page 20: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

AUTONOMIA DOCENTE E O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Bruna Paz Caroline Ruivo Costa Patric Paludett Flores

Ieda Parra Barbosa Rinaldi Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira

Para a construção da autonomia docente se faz necessário equilíbrio entre as condições estruturais e políticas para o trabalho do professor, bem como as condições pessoais do mesmo (CONTREIRAS, 2003). Tendo em vista o reflexo direto da autonomia do professor em sua prática, o objetivo deste estudo foi diagnosticar a importância da autonomia docente para a construção de uma prática pedagógica efetiva e o fazer docente, a partir da percepção de professores, alunos de um programa de pós-graduação em Educação Física. Esta pesquisa se caracteriza por ser do tipo estudo de caso, com enfoque na abordagem qualitativa de caráter descritivo. Participaram da pesquisa 15 professores, alunos do Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina, matriculados na disciplina de Metodologia do Ensino Superior. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário com questões abertas e para análise das respostas aplicou-se a técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 1977). Nos resultados da pesquisa foram encontrados alguns fatores, correlacionados entre si, apresentados como importantes na relação entre autonomia docente e prática pedagógica. A aquisição de novos conhecimentos e o aprofundamento teórico, adquiridos a partir da formação inicial e/ou continuada, auxilia na aquisição de competências significativas para o exercício da docência, pois, para além do bom senso, considera-se também a capacidade do docente em resolver inúmeras situações em sala de aula, bem como, a necessidade de respeitar a individualidade de seus alunos. Outro fator encontrado foi a influência do processo de amadurecimento ao longo da trajetória pessoal e profissional, os pesquisados afirmam que a autonomia adquirida ao logo dos anos está presente na flexibilidade existente no desenvolvimento das mesmas, isto é, na liberdade que o professor tem em modificar sua prática de acordo com as necessidades do momento. Por fim, outro aspecto evidenciado pelas respostas do questionário aplicado nesta pesquisa foi a possibilidade de articulação dos conteúdos, resultando positivamente no processo de ensinagem do indivíduo, bem como o entendimento do aluno como parte do processo da prática. Como fator negativo, os participantes da pesquisa destacam a dificuldade de implementar novas práticas, pois a elaboração individual do planejamento escolar torna sua prática individualizada, dificultando muitas vezes a sustentação destas novas práticas. Conclui-se que as atividades de atualização profissional e debates sobre diferentes temas auxilia o professor a renovar suas vivências/experiências, reconstruir suas práticas e revigorar suas expectativas, tornando-os cada vez mais competentes para a atuação. Essa competência faz com que se tornem cada vez mais autônomos, dando-lhes capacidade de, além de tomarem decisões, saberem se relacionar com o meio social no qual estão inseridos e qualificando a função do professor que é respeitar individualidades, sensibilizar-se com as necessidades, possuir relações afetivas e de confiança para poder promover a formação do aluno em conjunto com sua autonomia.

Palavras-chaves: Autonomia Docente; Prática Pedagógica; Educação Física. Universidade Estadual de Maringá – UEM

Page 21: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CONCEITOS DA TEORIA DE NORBERT ELIAS E A PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: ANÁLISE A PARTIR DA REVISÃO

SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Adriely Goncalves Orlando¹ Fabiane Castilho Teixeira²

Caroline Broch³ José Augusto de Oliveira Alexandre4

Ieda Parra Barbosa Rinaldi5 Essa pesquisa teve como objetivo verificar a partir de revisão sistemática de literatura, os conceitos da teoria de Norbert Elias discutidos nas produções científicas em educação física e seus respectivos campos de investigação, no período de 2007 a 2016. Em conformidade com o Instituto Cochrane, foram contemplados os seguintes passos para a realização da pesquisa: 1) Formulação da pergunta; 2) Localização e seleção dos estudos; 3) Avaliação crítica dos estudos; 4) Coleta de dados; 5) Análise e apresentação dos dados; 6) Interpretação dos dados; e 7) Aprimoramento e atualização da revisão. A fonte de dados foi composta por artigos científicos, disponibilizados nas bases de dados Lilacs, Scielo, Scopus, e Web of Science. Foram empregados os seguintes termos de busca: “Elias”; “sociologia”; “processo civilizador”; “educação física”. Os seguintes critérios de inclusão foram adotados: artigos científicos publicados no período entre 2007 e 2016 nas bases de dados selecionadas; pesquisas nacionais sobre essa temática; publicações que se enquadram como artigos científicos. Os critérios de exclusão empregados foram: artigos científicos que não foram publicados em periódicos da Educação Física; artigos de revisão sistemática/integrativa, de opinião, ensaios, carta ao editor e resenhas. Foram pré-selecionados 84 artigos. A partir da reunião de orientação, foi feita a leitura e análise do título, resumo e palavras-chave das publicações, em que foram localizados 23 artigos. Após a aplicação dos critérios de exclusão 16 artigos foram encontrados. Desse total, dois estavam duplicados, restando 14 publicações para a leitura na íntegra. A partir da leitura na íntegra, obtivemos a amostra final de 11 artigos. Os achados da pesquisa demonstraram a prevalência dos conceitos “teias de interdependência” (f 8) e “processo civilizador” (f 7), seguidos dos conceitos “atividades miméticas” (f 4), “tensão-excitação” (f 4). Os conceitos “poder” (f 3) e “conflito” (f 3) também se enquadram nos principais conceitos localizados nessa pesquisa. Os campos de investigação dessas produções científicas foram: Esporte (f 5), Esporte/Lazer (f 2), Lazer (f 1), Políticas Públicas de Esporte e Lazer (f 1) e História da Educação Física (f 1). Entendemos que a utilização da teoria social de Norbert Elias tem contribuído de forma significativa para análises densas acerca dos fatos sociais e dos agentes envolvidos em diferentes campos de atuação da Educação Física, inclusive o escolar, contudo, carecem ainda de uma exploração e incorporação mais profunda. Palavras-chave: Teoria de Norbert Elias, Produção de Conhecimento, Educação Física. ¹Graduanda em educação física pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). [email protected] ²Mestre em educação física pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). [email protected] ³Mestre em educação física pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). [email protected] 4Graduando em educação física pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). [email protected] 5Doutora em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas e Coordenadora do Mestrado Profissional de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá. [email protected]

Page 22: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CONHECIMENTOS E VIVÊNCIAS NAS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO INSTITUTO FEDERAL

DO PARANÁ – CAMPUS PALMAS

Renato Salla Braghin1/2

Diogo Bertella Foschiera1 Kleber Farinazo Borges1

Aluísio Menin Mendes1 Roger Octávio Ruaro1

Gesiliane Aparecida Lima Kreve1

As Práticas Corporais de Aventura (PCA), também conhecidas como Esportes Radicais ou Atividades de Aventura, são atividades novas na cultura brasileira, porém vem atraindo muitos praticantes. O desejo de desafiar os próprios limites e os impostos pela natureza estimulam os adeptos dessas práticas. Nas aulas de Educação Física escolar essas atividades são pouco exploradas, seja por falta de conhecimento do professor ou pelas preocupações relativas à imagem de risco e imprevisibilidade envolvida nesse conteúdo. Porém, são notórias as possibilidades que o mesmo oferece, permitindo aos alunos trafegar por temas relacionados ao meio ambiente, além de aumentar as opções de práticas nos momentos de lazer. Para os adolescentes, a atividade de contato com a natureza traz grande conforto e desafio, podendo desenvolver o companheirismo e promover a aproximação de pessoas com interesses comuns (PEREIRA, 2010). A presença das PCA na Base Nacional Comum Curricular sustenta a importância de um conhecimento e de experiências próprias e insubstituíveis, que nos permite englobar as dimensões conceituais, através de aspectos históricos das modalidades, fatos e conhecimentos; procedimentais, com técnicas de movimento e segurança; e atitudinais, com valores, respeito às normas de segurança e ética nos esportes. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi diagnosticar os conhecimentos, as experiências, locais de prática e anseios em relação às práticas corporais de aventura dos alunos do Ensino Médio do IFPR – Campus Palmas. Foi aplicado um questionário para verificar se os alunos conhecem as PCA, se já praticaram, qual foi o local da vivência e se gostariam de ter esse conteúdo nas aulas de Educação Física. Participaram do estudo 125 alunos, de 14 a 17 anos, sendo 45 do sexo masculino e 80 do sexo feminino, todos matriculados nos Cursos de Ensino Médio Integrado do IFPR – Campus Palmas. Do total de alunos, 82,4% disseram saber o que são práticas corporais de aventura, com valores próximos entre meninas (81,5%) e meninos (84,4%). Porém, apenas 43,2% responderam já ter realizado algum tipo de prática (42,5% das meninas e 44,4% dos meninos). Ao serem questionados se gostariam de ter esse conteúdo nas aulas de Educação Física, 89,6% (87,5% das meninas e 93,3% dos meninos) manifestaram interesse. Destacamos o fato de apenas 2 alunos terem realizado as PCA na escola, enquanto todos os demais em outros ambientes. Diante disso, conclui-se que a grande maioria dos alunos conhecem as PCA, possivelmente pela divulgação cada vez maior que essas práticas vem recebendo da mídia, pela oferta como atividade de lazer e turismo na natureza e pela expansão comercial em torno delas. Apesar de conhecerem as PCA menos da metade dos alunos tiveram a oportunidade de vivenciá-las, seja pela falta de opções oferecidas na região em que vivem, ou pelo baixo poder aquisitivo que inviabiliza a participação em locais e eventos privados. Porém, um dado muito importante é o interesse dos alunos em vivenciar essas práticas no ambiente escolar, justificando a necessidade de se buscar novas possibilidades para diversificar as aulas e buscar conteúdos da Educação Física que vão além das modalidades esportivas com bola. Palavras-chave: Práticas Corporais de Aventura; Educação Física escolar; Ensino Médio ¹Instituto Federal do Paraná - Campus Palmas ²Laboratório de Estudos e Trabalhos Pedagógicos em Educação Física [email protected]

Page 23: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

EDUCAÇÃO FÍSCA NO ENSINO MÉDIO: UM ESPAÇO PARA A DIVERSIDADE CULTURAL

Luciane Sposito Masiero1

Ana Paula Boscariol dos Santos2

A escola é um dos espaços para a diversidade cultural, de reprodução e ampliação de cultura, no qual temos diferentes contextos sociais, de classe social, etnia, gênero, orientação sexual, cultural e religião. A educação multicultural valoriza e reconhece tais diferenças, logo esta prática de ensino diferenciada da Educação Física se dará por meio da teoria crítica de ensino, possibilitando a formação de um cidadão critico criativo e autônomo. Esse artigo busca investigar o papel da educação física no ensino médio, assim como o domínio de certas competências e habilidades dos sujeitos socioculturais dela pertencentes. Palavras-chave: Educação Física; Ensino Médio; Multiculturalismo.

1 Servidora municipal do município de Londrina - [email protected] 2 Professora de Educação Física da rede municipal de Cambé - [email protected]

Page 24: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

EDUCAÇÃO FÍSICA E OS EXERGAMES: APRENDIZAGEM SOBRE O CONTEÚDO HABILIDADES MOTORAS DE LOCOMOÇÃO

Ana Paula Boscariol dos Santos1 Gisele Franco de Lima Santos2

Os exergames são jogos eletrônicos comandados pelo movimento do próprio corpo do jogador com a utilização de tecnologias de sensoriamento e rastreio. O uso destes jogos tem sido cada vez maior no âmbito educacional, com diferentes funções. Sendo assim, o objetivo deste estudo é analisar as possíveis diferenças no processo de aprendizagem do aluno, sobre o conteúdo curricular habilidades motoras de locomoção, a partir do uso de exergames como estratégia de ensino. Fizeram parte desta amostra 11 alunos de uma escola pública do município de Londrina/Pr. Estes alunos eram do 2º ano, com a faixa etária entre 7 e 8 anos de idade. Os alunos responderam a um questionário inicial a fim de identificar as experiências com os exergames e o conhecimento prévio que possuíam sobre as habilidades motoras de locomoção. Em seguida a pesquisadora ministrou duas aulas sobre o tema para todos os alunos. Após, a amostra foi dividida em dois grupos, no qual ambos tiveram uma aula sobre o conteúdo habilidades motoras de locomoção, utilizando o exergame como recurso pedagógico, sendo que o grupo A não teve intervenção reflexiva pedagógica e enquanto que o grupo B teve intervenção docente reflexiva. Os resultados constataram melhora no nível de conhecimento dos 11 alunos sobre o assunto, devido a intervenção docente reflexiva e não pela a utilização do exergame, sendo este recurso pedagógico considerado um fator motivador para as aulas de Educação Física, mas não um elemento determinante no processo de ensino aprendizagem. Palavras-chave: Educação Física; Intervenção docente reflexiva; Exergames. 1 Professora de Educação Física da rede municipal de Cambé 2 Professora do curso de Educação de Educação Física – Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina. Coordenadora do PIBID Educação Física - [email protected]

Page 25: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

EDUCAÇÃO FÍSICA: ÁREA ESPORTIVA AUTÔNOMA OU PEDAGOGIA ESCOLAR? (SÃO PAULO, 1938-1954)

Kevin Yanagui de Almeida1

André Dalben2

A pesquisa toma como principal objeto de estudos o Departamento de Educação Física do Estado de São Paulo (DEF-SP). Fundado em 1931, permaneceu em funcionamento até 1954, quando foi fundido à Diretoria de Esportes. O DEF-SP foi o primeiro órgão estadual brasileiro dedicado a gestão da educação física. As suas atribuições iniciais se delimitavam principalmente na regulamentação da prática esportiva no estado (Decreto n°. 4855/1931). Em outubro de 1938, sob a direção do médico Edmundo de Carvalho, houve uma grande reformulação de sua estrutura, com a criação de inspetorias regionais, uma expressiva ampliação no seu quadro de funcionários e incremento no orçamento (Decreto no. 9.605/1938). No ano seguinte foram estabelecidas novas diretrizes, definindo que o DEF-SP “promoverá a educação física bem como, através desta, a educação moral e cívica, de todas as crianças e adolescentes do Estado de São Paulo” (Decreto no. 10.243/1939). Meses após foi criada a Diretoria de Esportes do Estado de São Paulo (DE-SP), cujos objetivos estavam centralizados na promoção da prática esportiva de competição no estado (Decreto n°. 10.409/1939). Enquanto o DEF-SP passou a se dedicar a educação física escolar e extraescolar, a DE-SP foi então criada para continuar a organizar e promover a área esportiva em São Paulo. Tendo em vista a importância assumida pelo DEF-SP na definição da educação física escolar paulista no período, a presente pesquisa apresenta os seguintes objetivos: a) identificar as ações que o DEF-SP colocou em prática a partir de 1938; b) analisar a fusão entre o DEF-SP e a DE-SP no ano de 1954 e suas repercussões. O levantamento de fontes teve início na Biblioteca “Prof. Asdrubal Ferreira Batista”, situada na Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Foram consultadas seis Coleções Especiais constituídas de acervos doados por professores de Educação Física. Na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional foram levantadas notícias veiculadas em jornais de grande circulação entre os períodos de 1938 e 1954 sobre o DEF-SP e os seus sujeitos históricos. Finalmente, foi recolhida no sítio eletrônico da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a legislação referente ao DEF-SP e a DE-SP. Como conclusão foi possível estabelecer que a partir de 1938, o DEF-SP se afastou da área esportiva e centrou esforços na área educacional. Criou uma estrutura, formada por uma escola ao ar livre modelo, Parques Infantis em cidades do interior do estado e colônias de férias, que tomava por referência a educação ao ar livre de bases médico-higienistas e com ideologia nacionalista. Em 1954 o DEF-SP fundiu-se com a DE-SP, sendo criado o Departamento de Educação Física e Esportes do Estado de São Paulo (DEFE-SP). Em poucos anos, no entanto, o novo órgão administrativo deixou de se responsabilizar pela Escola de Aplicação ao Ar Livre, não promoveu mais a expansão dos Parques Infantis no interior do estado e encerrou as atividades de suas Colônias de Férias, demonstrando tanto a existência de conflitos e divergências de projetos para a educação física paulista quanto o fato do DEF-SP ter sido, na verdade, absorvido pela DE-SP. Palavras-chave: História da Educação Física; Políticas Públicas; São Paulo. Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina 1 Discente do curso de Educação Física na Universidade Estadual de Londrina. – [email protected] 2 Professor do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina – [email protected]

Page 26: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

EFEITO DE SEIS MESES DE PRÁTICA DE AULAS DE LUTAS, ASSOCIADA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, SOBRE ANTROPOMETRIA, COMPOSIÇÃO

CORPORAL, RESISTÊNCIA MUSCULAR, FLEXIBILIDADE E FORÇA DE SALTO EM ESCOLARES

Donizete Cicero Xavier de Oliveira André Luiz Zanon de Campos

Rui Aparecido de Sá Junior Paulo José Pio Martins Abdallah Achour Junior

A educação física escolar tem sido um dos principais meios de conscientização da necessidade de manutenção de níveis adequados de atividade física e promoção de hábitos saudáveis, como boa alimentação e prática de regular de exercícios. Esta conscientização pode tornar os escolares futuros adultos com melhor qualidade de vida e saúde. As lutas e artes marciais são parte do conteúdo da educação física e um importante componente da cultura corporal de movimento, sendo associadas a melhores níveis de aptidão física e redução de riscos como a obesidade e hipertensão, que tem acometido grande parte das crianças e adolescentes. Sendo assim o departamento de ciências do esporte da UEL, propôs um projeto de extensão como complementação as aulas de educação física em parceria com o colégio aplicação, oferecendo aulas de iniciação as lutas. O projeto trabalhou aspectos gerais das modalidades judô, jiu-jitsu, sumô, kung-Fu, Taekwondo e esgrima, com duas aulas semanais com duração de uma hora, de uma a dois meses cada modalidade, após o período de aula regular. Objetivo: verificar o efeito de seis meses de aulas de diferentes lutas e artes marciais na antropometria, composição corporal, resistência abdominal, flexibilidade e força de salto em escolares. Participaram do projeto 31 alunos, com idade entre 9 e 10 anos, dos quais 20 fizeram avaliação e reavaliação para construção deste resumo (11 meninas e 9 meninos), para estatura e massa corporal, foi utilizando balança Filizola@, acoplada a um estadiômetro; para avaliação da composição corporal utilizou-se o método de dobras cutâneas, conforme proposto por Slaughter et al., (1988). Para avaliação da resistência abdominal utilizou-se o número de repetições em 1 minuto; para flexibilidade utilizou-se um banco de wells e para força de salto foram realizados o salto horizontal e salto sêxtuplo, conforme bateria de testes utilizada pelo programa talento olímpico Paraná. Para a análise estatística utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados e os testes t de student pareado ou Wilconox. Após os seis meses, foram observados os seguintes resultados, não houve diferença significativa na estatura (140,6±8 pré e 142,0±8 cm pós; p=0,07), entretanto houve ganho de massa corporal (37,3±8 pré e 38,5±8 kg pós; p<0,01). Em relação a composição corporal houve redução da gordura (31,3±10 pré e 28,4±12% pós; p=0,41), entretanto sem diferença significativa. Na avaliação da aptidão física, observou-se melhoria nos testes de resistência abdominal (24,6±9 pré e 31,6±8 repetições pós; p=0,01), porém redução da flexibilidade (307,6±72 pré e 276,6mm pós; p=0,01). Nos testes de salto horizontal (1,22±0 pré e 1,37±0 m pré; p<0,01) e salto sêxtuplo (7,9±0 pré e 9,0±1m pós; p<0,01) houve melhoria significativa. Uma das limitações do estudo foi o não acompanhamento de um grupo controle. Além dos benefícios educacionais das aulas de luta, também se observa melhoria na aptidão física das crianças, sendo uma boa estratégia de complementação as aulas regulares. Em seis meses de prática foi observado ganho de massa corporal, sem diferença no percentual de gordura corporal e ganhos em resistência abdominal e força de salto.

Palavras-Chave: Lutas, Ensino, Saúde. Universidade Estadual de Londrina (UEL) - Centro de Educação Física e Esporte

Page 27: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ESPORTE PEDAGÓGICO: FUTEBOL E FUTSAL ALÉM DAS QUATRO LINHAS

Charles Guse de Godoy Rocha Silvano da Silva Coutinho

Larissa do Amaral Diego Ruan Pacondes da Silva

Willian Silvestre Sprada Pamela Barbosa dos Santos

Por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), tive a oportunidade de ir ao Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira e realizar oito intervenções pedagógicas com uma turma de sétimo ano do ensino fundamental, que tiveram os seguintes temas: futebol com bexigas, futebol social, golbol, futebol em dupla, futebol de tampinhas, futsal com regras antigas, atividades de lógica tática de jogo e um questionário de auto avaliação. A aula de Educação Física não pode mais ser apenas “jogar bola”. Neste sentido nota-se claramente que as dimensões conceitual e atitudinal ficam à deriva nas aulas de Educação Física, que priorizam a dimensão procedimental. Nesse sentido, a dimensão conceitual significa que os alunos se apropriarão dos conhecimentos relacionados aos temas em questão, por exemplo, a discussão de um texto ou a visualização de um vídeo que podem ajudar o aluno a imaginar e assimilar os movimentos que serão realizados na aula (BACK, 2013). “Trabalhar a dimensão atitudinal significa valorizar os comportamentos, sentimentos, respeito para com os colegas, as diferenças, tanto de talento como de gênero e para com os professores, que devem ficar atentos a qualquer manifestação de preconceito e agressividade” (BACK, 2013). Borsari (1989, p.18) aponta as “causas da popularidade do futebol/futsal no Brasil”: o futebol pode ser jogado com qualquer quantidade de jogadores; homens e mulheres, jogadores profissionalizados, amadores, jovens e crianças, num espaço improvisado ao ar livre, em qualquer tempo, até em meio a uma pastagem, na praia, terrenos de chão batido, em instalações modernas com cobertura; com chuteiras ou descalços; os ¨com camisa¨ contra os ¨sem camisa¨; ¨casados contra solteiros e, logico, uma bola. Atrativos? Uma grande variedade de jogadas maravilhosas com muita técnica, o jogo tático das equipes e de belos lances, outros nem tanto, para a diversão dos espectadores. Além de uma ótima atividade física. A busca do professor deve ser para que depois que concluir sua passagem pelo estabelecimento de ensino, o aluno possa se tornar uma pessoa consciente da importância e dos benefícios de uma prática esportiva para a saúde, lazer, convívio social, ou até mesmo um atleta. Com o objetivo de proporcionar aos alunos a vivência do Futebol e do Futsal juntamente com a percepção e compreensão das mais variadas formas de se praticar esses esportes e os benefícios que os mesmos podem trazer para a vida do aluno tanto no ambiente escolar quanto na vida fora da escola. Além do jogo de futebol em si foi possível proporcionar uma ampliação do olhar dos alunos a respeito deste fenômeno. Analisando as respostas do questionário pude concluir que a maioria relatou ter gostado mais da atividade golbol, pois foi o primeiro contato que eles tiveram com este esporte, assim como das aulas em que a sala participou como um todo sem separação por gênero. Podemos concluir que as aulas de educação física em que os alunos estavam participando eram pouco diferenciadas e com pouco significado, o que vem de encontro ao nosso apontamento, em que as aulas com dimensões procedimentais ainda predominam nas escolas. Palavras-chave: Educação Física, Futebol/futsal, PIBID.

Universidade Estadual do Centro-Oeste

Page 28: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ESPORTES DE CONTATO NO CONTEXTO ESCOLAR

Nadjagley Domingues de Oliveira Emannuel Felipeh Dala Rosa Padilha

O presente trabalho incide em um relato de experiência de acadêmicos do curso de Educação Física da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), a partir de um projeto pedagógico realizado no Colégio São Vicente de Paulo, situado no município de Irati, Paraná. Este projeto apresenta e discute a temática Esportes de Contato por meio do esporte específico Futebol Americano, com foco em alunos do nono ano do ensino fundamental. O trabalho advém à uma experiência de intervenção no PIBID (programa institucional de bolsas de iniciação a docência) o qual propunha a intervenção da temática em 8 aulas consecutivas. Os primeiros meses ficaram marcados por ações como leituras e estudos de artigos científicos com a finalidade de aprofundar conhecimentos referentes ao tema. Consequentemente, sendo entregue o projeto estruturado. O segundo semestre destinou-se à implementação do projeto na escola. A partir das intervenções foi possível constatar a importância de trabalhar os esportes de contato, tal qual conteúdo é pouco desenvolvido pelos professores os quais alegam passar por uma geração de violência nas aulas, entre outros, para a desmistificação do mesmo. Durante o período de intervenção do projeto, enquanto futuros professores de Educação Física, pode-se observar que as crianças para a qual o projeto foi desenvolvido, tinham uma visão totalmente diferenciada sobre o tema proposto gerado muitas vezes pela falta de conhecimento sobre a modalidade, as mesmas estavam ansiosas e receosas ao mesmo tempo quanto a prática do esporte. No decorrer do trabalho foram vivenciadas algumas dificuldades, como por exemplo, fazer a relação de valores atitudinais durante as situações, realizar a inclusão de todos os alunos nas atividades; a falta de estrutura física da escola e de materiais que tiveram de ser improvisados. Conclui-se que esse projeto ofereceu um amplo número de experiências, contribuindo no processo formativo de futuros professores e oportunizando experiências que apenas são possíveis de serem vivenciadas no contato direto com os alunos. No entanto, para os alunos gerou-se a oportunidade de terem uma nova vivência e apresentar uma nova prática esportiva, proporcionando uma vivência lúdica e reflexiva da temática proposta. Palavras-chave: Educação Física. PIBID. Futebol Americano. Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO) [email protected]

Page 29: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

EXPERIÊNCIA DE UM PIBIDIANO E AS CONTRIBUIÇÕES NA FORMAÇÃO INICIAL DO PROGRAMA

Gilberto Francisco Alves Junior¹ Joana Luísa Silva Mendonça de Ângelo² Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma³

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID tem como objetivo atrelar à formação inicial, em parceria com as escolas da educação básica das redes de ensino municipal e estadual de Londrina, o conhecer e participar do cotidiano de escolas, da sala de aula com o processo ensino e aprendizagem, passeios, projetos extraclasse e favorecer o embasamento e ampliação dos conhecimentos do professor supervisor, que recebe o bolsista, bem como dos alunos “pibidianos”. O objetivo deste trabalho é relatar minha experiência como estudante de Educação Física - licenciatura, na participação no Programa, e as contribuições construídas por essas experiências. Ingressei no PIBID no meu primeiro ano de graduação em 2016. Fui designado para uma escola municipal na região norte de Londrina/Pr. A professora supervisora é especialista e atua no magistério há 10 anos. Nessa escola acompanhei turmas do 1º e 3º ano do ensino fundamental I. O subprojeto de Educação Física determina que o bolsista acompanhe duas vezes por semana o professor supervisor em suas atividades de planejamento e de ensino. O acompanhamento das turmas, com sequência dos conteúdos ensinados, a reação das crianças, as estratégias sugeridas pela professora supervisora, a proposta de instrumentos avaliativos do processo de ensino e aprendizagem favorece ao estudante “pibidiano” articulações significativas entre o que se aprende no Curso de graduação e o que se vive na escola semanalmente. Um dos muitos pontos positivos do Programa é o fato de possibilitar que o estudante no primeiro ano do Curso de formação para a docência possa participar e incentivar este total contato com as escolas, ampliando as relações sociais, morais, afetivas, entre outras que agregam não somente a vida profissional, mas também o êxito da vida pessoal de cada indivíduo que está inserido neste meio que tanto nos proporciona relações de vivencia em sociedade a todo os momento que estaremos atuando como docentes. Palavras-chave: Formação de Professores, PIBID, Educação Física. 1-Estudante do curso de Licenciatura em Educação Física - Universidade Estadual de Londrina. Bolsista do Programa Institucional de Iniciação à Docência-PIBID. 2-Professora da Rede municipal de ensino de Londrina, supervisora do PIBID, membro do LaPEF. 3-Professora do Curso de Educação Física – licenciatura – da Universidade Estadual de Londrina, Coordenadora do PIBID/Educação Física. Membro do LaPEF.

Page 30: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

EXPRESSÃO CORPORAL: POTENCIALIZA O CONHECIMENTO E A COMUNICAÇÃO DO CORPO

Cintia Marcolino dos Santos1

Angelita de Jesus Oliveira2

Marlene Vitoria Biscaro³

O presente estudo aborda a importância da Expressão Corporal nas aulas de Educação Física, tendo em vista que o corpo se expressa através de várias linguagens. Objetiva relatar os conceitos fundamentais do corpo e suas diversas formas de comunicação, não apenas o movimento como sinônimo de prazer, mas em uma perspectiva do movimento e do pensamento que se integram, proporcionando um desenvolvimento eficaz. Trata-se, portanto, de uma pesquisa básica, de abordagem qualitativa, bibliográfica e explicativa. O referencial teórico pauta-se em Haas; Garcia (2005) e Neira; Mattos (2008), entre outros. Entende-se que o desenvolvimento humano é produto das interações com as outras pessoas e com o ambiente. Portanto, a expressão corporal bem trabalhada pode criar possibilidades para que a criança construa seu conhecimento sobre si e o mundo que a cerca. Diante do exposto é importante que os professores de Educação Física observem a expressividade corpórea de seus discentes, pois lidamos com seres humanos, cada um tendo sua individualidade, problemas, diferenças e realidades. Palavras–chave: Expressão Corporal; Corpo; Educação Física. 1 Acadêmica do curso de Educação Física da Faculdade Dom Bosco de Cornélio Procópio. - [email protected] 2 Acadêmica do curso de Educação Física da Faculdade Dom Bosco de Cornélio Procópio. - [email protected] 3 Docente de Educação Física da Faculdade Dom Bosco de Cornélio Procópio e da SEED - [email protected]

Page 31: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

FESTIVAL DE LUTAS NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA EXPERIÊNCIA DOCENTE

Denis Rafael Refeira de Jesus Thais Alessandra dos Santos

Maria Mônica Costa Evelline Cristhine Fontana

Na disciplina de Lutas, no curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade do Centro Oeste – UNICENTRO, foi realizado na Escola Estadual Pio XII, Irati, Paraná, um trabalho, em que os acadêmicos do primeiro ano de Educação Física no ano de 2016 (dois mil e dezesseis), que divididos em grupos realizaram apresentações referentes a algumas modalidades de lutas, foi proporcionado a vivência das atividades aos alunos, caracterizando um “Festival de Lutas”. Este trabalho teve como objetivo central, proporcionar aos acadêmicos um primeiro contato como educadores, uma experiência prática docente, e uma vivência teórico/prática sobre os conteúdos abordados. No período da manhã, as atividades foram feitas inicialmente com alunos da segunda etapa do ensino fundamental, 6º, 7º, 8º e 9º ano. No período da tarde, com alunos da primeira etapa de ensino fundamental, 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ano. Foram envolvidos cerca de 200 (duzentos) alunos nas atividades. Cada grupo fez apresentações sobre histórico, atividades lúdicas e também foram expostos alguns vídeos explicativos de cada modalidade. Foram apresentadas as seguintes lutas: Full Contact; Kung Fú; Capoeira; Karatê; Judô; Taekwondo; Jiu Jitsu; Krav Magá; Boxe, todas de forma teórico/prática. Foram expostos equipamentos das respectivas modalidades para conhecimento dos alunos que participaram das atividades. Contudo, puderam-se perceber dificuldades na abordagem do tema lutas no contexto escolar, esse fato pode estar atrelado a uma visão negativa de que o conteúdo lutas pode acarretar violência e brigas dentro da escola. Com esse trabalho, obtemos experiências positivas para cada aluno, na questão de trabalho em grupo; cooperação; organização; aprendizado discente, onde cada um levará uma experiência e conhecimento sobre como ser trabalhado o conteúdo de lutas na escola superando a visão equivocada que o ensino das lutas pode incitar a violência entre alunos, dentro e fora do espaço escolar. Neste sentido, compreendemos que segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008), lutas é um dos conteúdos de ensino da Educação Física, o que as Diretrizes denominam de “estruturante”. De acordo com Alves Jr (2001) a “Educação Física passa a ser uma disciplina que vai tratar pedagogicamente de uma área de conhecimento denominada de ‘cultura corporal’. Desta forma mais que lutar contra o outro, a educação física escolar deve ensinar a lutar com o outro”. Portanto, desmitifica a ideia de que as aulas de lutas no ambiente escolar incentivam a violência, muito pelo contrário, tem ajudado muito na liberação de agressividade das crianças, também a prática traz inúmeros benefícios aos alunos, destacando o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo-social. Portanto, podemos concluir que este trabalho foi executado de forma que contribuísse para a ressignificação do ensino de lutas nas aulas de Educação Física. Palavras-Chave: Lutas; Experiência; Escola. Universidade Estadual do Centro-Oeste- UNICENTRO, Irati, PR

Page 32: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

FORMAÇÃO INICIAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA: PIBID E O ENCONTRO COM A REALIDADE ESCOLAR

Rafael de Godoy Santos ¹ Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma ²

Dada a complexidade de ser professor, as experiências vividas por estudantes, durante a formação para docência poderão fazer diferença na sua atuação como profissional do ensino. Contribuindo com essas experiências é que o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência – PIBID foi criado, e seu objetivo é contribuir na formação inicial e continuada de professores e favorecer ainda uma integração entre a educação básica e a Universidade. O PIBID é um programa do governo Federal que proporciona uma inserção direta dos estudantes nas escolas durante seu período de formação inicial. O contato inicial do graduando com a escola e sua rotina tais como: planejamento de atividades, preparação de materiais pedagógicos avaliativos, a supervisão de turmas, ensino de alguns conteúdos, participação em palestras, passeios extraclasses, feiras e apresentações de dança e o envolvimento com a comunidade escolar; entre outros, torna-se fundamental para a compreensão e construção da profissão docente. Diferente do estágio curricular obrigatório, o PIBID favorece a participação de estudantes logo no primeiro ano de graduação, o que contribui qualitativamente na formação. Tendo isto em vista, o objetivo deste trabalho é relatar minha experiência como estudante de Educação Física - licenciatura, na participação no Programa, e as contribuições construídas por essas experiências. Ingressei no PIBID em 2016, no meu primeiro ano do curso. A escola deste relato pertence a rede municipal de ensino na cidade de Londrina e atende alunos da educação infantil até o 5º ano do ensino fundamental I. A instituição tem instalações recentemente construída e que buscava como princípio de ensino propiciar aos estudantes uma interdisciplinaridade e múltiplas experiências sociais. A professora na qual acompanhei por 6 meses é doutora e atua na rede municipal há 13 anos e as turmas sob sua responsabilidade eram do 4º e 5º anos. Muitos saberes foram construídos por mim durante esse período nas atividades que participei vivenciando a plena experiência da profissão docente logo no início da formação inicial. Ressalta-se a importância deste contato com a realidade escolar uma vez que o estudante em formação para a docência compreenda, visualize e sinta na praxis de sua ação como decorre seu futuro contexto profissional, fazendo com que haja uma antecipação moral, intelectual e psicológica do seu próprio pensar e agir na docência. É através desta antecipação que o sujeito poderá começar a fortalecer e se identificar na profissão docente e se ver como um profissional do ensino favorecendo a aprendizagem dos estudantes com sentido e significado. Palavras-chave: Formação Inicial de Professores. Educação Física. Ação Docente. ¹ Estudante do Curso de Educação Física – Licenciatura, da Universidade Estadual de Londrina, bolsista PIBID. ² Professora do Curso de Educação Física – Licenciatura – da Universidade Estadual de Londrina e supervisora do PIBID. Membro do LaPEF.

Page 33: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

FUTEBOL COMO PRÁTICA CORPORAL E SOCIAL

Roberto do Valle Mossa Deborah Helenise Lemes de Paula

Vera Luiza Moro O presente texto relata a experiência de uma prática pedagógica construída, a partir da escolha dos estudantes, com a temática futebol. O trabalho foi realizado com uma turma mista do ensino fundamental II, em uma Unidade de Ensino Integral da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Para Darido (2012), ensinar Educação Física não significa tratar apenas de técnicas e táticas, mais do que isso, oferecer uma formação ampla voltada à formação do cidadão crítico, visando que os estudantes tenham condições de reivindicar espaços de lazer, repudiar formas de violência no esporte e sociedade, compreender o papel do futebol na cultura brasileira, respeitar diferentes grupos étnicos, compreender diferenças entre homens e mulheres etc. (DARIDO, 2012). Sem valorizar somente o caráter técnico e prático, buscamos possíveis temas transversais que pudessem ser trabalhados articulado aos saberes do futebol. Neste processo, identificamos que torcida organizada seria um tema importante a ser discutido, tendo em vista que, na fase de desenvolvimento que os estudantes encontravam-se, suas escolhas pelos esportes e times de futebol parecem ser delineados. Traçamos como objetivos de aprendizagem reconhecer a origem da modalidade e as possíveis transformações sociais que compõem esta cultura corporal, além de compreender criticamente o papel das torcidas, expondo questões sobre fundamentalismo e extremismo na sociedade a partir do futebol. Como estratégia, foi questionado quantos estudantes já haviam ido a um estádio e para qual time torciam. A partir disso, apresentamos o surgimento da modalidade e chegada ao Brasil. Posteriormente, investigamos sobre o que sabiam acerca das torcidas organizadas. Através de vídeos, demonstramos o papel do torcedor, bem como boas práticas dos grupos organizados, em contraste a maus exemplos de extremismo. A questão da exclusão também foi objeto de trabalho, cuja análise permeou a presença da mulher no futebol e os salários menores que dos homens, além da influência que a mídia exerce, favorecendo grandes clubes e mitificando determinados atletas em detrimento de outros. Como prática, foi elaborada a brincadeira “lobo e ovelha” em situação alusiva à intolerância e exclusão social: as crianças formaram um círculo, com os braços entrelaçados, onde uma, de fora, buscava adentrá-lo, ao mesmo tempo em que os demais impediam o “excluído”. Como método avaliativo, a turma confeccionou cartazes, de forma livre, com recortes, desenhos e frases, onde reproduziram sentimentos acerca do que viram e compreenderam, gerando crítica às questões do extremismo, fanatismo, exclusão, desrespeito e hostilização. Percebemos que os estudantes reconheceram as transformações sociais que compõem esta cultura corporal e compreenderam criticamente o papel das torcidas organizadas. Os resultados atingidos corroboram com o Coletivos de Autores (1992), afirmando que a reflexão acerca dos problemas sociais é necessária, possibilitando ao estudante compreender sua realidade social. Concluímos que muito mais do que ensinar gestos técnicos corretamente, cabe ao professor de Educação Física problematizar e oferecer aos estudantes formas de interpretar e ressignificar manifestações corporais e sociais das práticas de movimento, ultrapassando o saber fazer (dimensão procedimental) e atingindo valores transversais (dimensão atitudinal), garantindo ao estudante o direito de questionar e de se livrar de padrões impostos. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Temas Transversais; Futebol. [email protected]; [email protected]; [email protected] Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Page 34: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

GINÁSTICA NA ESCOLA: INTERVENÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA NA VISÃO DOS BOLSISTAS PIBID

Hitalo Cardoso Toledo¹ Jéssica Hernandes Vizu Silva²

Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma³ O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – Pibid tem por objetivo agregar conhecimentos aos estudantes inseridos no Programa, para que possam melhorar sua intervenção junto aos alunos no âmbito escolar. Este artigo tem por objetivo, relatar a experiência do pibidiano/professor de Educação Física no ensino do conteúdo ginástica para estudantes do ensino fundamental I. O mesmo traz um relato do ensino do conteúdo ginástica em turmas de 5º ano do Ensino Fundamental I, nas aulas de Educação Física, em uma escola municipal da região leste da cidade de Londrina. As aulas foram organizadas, planejadas e ministradas pelos alunos do PIBID e pela professora supervisora. Foram desenvolvidas 16 aulas com os seguintes conteúdos de ginástica: contexto geral da ginástica, fundamentos constituintes da ginástica, ginástica acrobática/formação de pirâmides, ginástica rítmica. Com o desenvolvimento do bloco de aulas, percebemos que é possível ensinar o conteúdo de ginástica nas aulas de Educação Física, pois os estudantes sempre demonstraram interesse em aprender o que estava sendo proposto e participaram de todas as propostas com prazer e um certo encanto pelas possibilidades de movimentos que descobriram ser capazes de desenvolver. Foi possível ainda, melhorar o entendimento dos estudantes com relação a cultura escolar, ao qual, grande maioria dos estudantes, enxergava a ginástica apenas como uma forma de melhorar a saúde ou praticar um esporte, passando a entender a mesma como um conteúdo que compõe a Educação Física, e com diversas possibilidades de ser praticada, visando a exploração do próprio corpo, seja com ou sem materiais e nos mais variados espaços. Concluímos com essa experiência que foi possível constatar a importância da formação continuada para os professores de Educação Física da rede municipal e a relevância do Projeto PIBID na formação inicial dos estudantes, pois o Programa contribuiu para um significativo aumento na qualidade na identidade profissional dos bolsistas. Palavras chave: Ginástica; Formação de Professores; Conteúdos; PIBID. 1 Estudante do Curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina, Bolsista Pibid, [email protected] 2 Estudante do Curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina, Bolsista Pibid, [email protected] 3 Professora do Curso de Educação Física – Licenciatura – da Universidade Estadual de Londrina e coordenadora do PIBID. Membro do LaPEF - [email protected]

Page 35: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

INFLUÊNCIA DO NIVEL DE ATIVIDADE FISICA DOS PAIS COM A RELAÇÃO COM O DESEMPENHO MOTOR DOS FILHOS

Pedro Henrique Garcia Dias Flávia Évelin Bandeira Lima

Diego Freitas do Nascimento Giovani Jurandir Constante

Leticia Aquino da Silveira

A atividade física hoje é uma das maiores precursoras quando se trata de prevenção de doenças e também como forma de tratamento de tais, sendo fundamental em qualquer idade. O professor nas aulas de Educação Física tem um papel importante quanto a proporção de atividades que possam ajudar nesse contexto de promover a saúde, através de uma gama de atividades voltadas para o desenvolvimento das crianças como um todo. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do nível de atividade física dos pais com relação ao desempenho motor dos filhos de uma escola de Jacarezinho-PR. A amostra foi composta por 32 pais de alunos matriculados na escola e 52 crianças de 7, 10 e 13 anos. Foram coletadas as informações dos pais através da ferramenta IPAQ na versão curta que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por formulário, a partir disso se obteve uma classificação em dois níveis (ativos e insuficientemente ativos). Para as crianças as informações sobre o desempenho motor foram coletadas pelo Manual de Teste e Avaliação do PROESP-BR. A análise dos dados foi realizada através do StatisticalPackage for the Social Science (SPSS), versão 20.0. Para estatística descritiva foi utilizado, média e desvio padrão, e para os dados categóricos foram utilizados frequência e percentual. Para verificar a normalidade dos dados utilizou-se o teste Shapiro-Wilk. Para comparações utilizou-se o teste Qui-Quadrado. O nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05 na determinação de relação e diferenças estatisticamente significativas. Os resultados revelaram que 32,1% dos adolescentes estão com excesso de peso para a idade (20,8% sobrepeso e 11,3% obesidade) e comparando o IMC entre meninas e meninos, mesmo a comparação não sendo estatisticamente significativa, notou-se que em percentuais entre os sexos são semelhantes, a diferença pode ser em números de indivíduos. O que pode demonstrar que ambos os sexos apresentam um elevado número de indivíduos com excesso de peso. Constatou-se, também, diferença significativa na resistência abdominal quando a maioria das meninas (70%) atingiu números satisfatórios no teste e mais da metade dos meninos (65,2%) não conseguiram o mesmo êxito. Pode-se notar uma diferença significativa quando se analisados os níveis de atividade física. As meninas apresentaram, tanto em frequência quanto em percentual, números maiores de inatividade física, sendo classificadas como irregularmente ativas B (33,4%). Os meninos se destacam e se apresentam segundo o questionário utilizado, como muito ativos, apresentando 52,2% de sua totalidade nessa classificação. Desta forma, identificou uma correlação fraca e positiva somente entre IMC e resistência abdominal, estando as demais variáveis sem correlação. Portanto, a discussão que se deve permear nesse contexto escolar é a importância do professor de educação física no qual deve proporcionar uma aula que estimulem os alunos a prática de atividades físicas e consequentemente diminuir cada vez mais os índices de sobrepeso e obesidade que futuramente pode trazer lesões e doenças relacionadas a inatividade físicas que matam milhares de pessoas nos dias atuais. Palavras-chave: Habilidade Motora; Atividade Física; Crianças. Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP

Page 36: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O ENSINO DAS LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: PERSPECTIVAS

E DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO

Maiara Camila de Alencar da Silva

Vânia de Fátima Matias de Souza

Luciane Cristina Arantes da Costa

O ensino das lutas está descrito nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

estado do Paraná como sendo um conteúdo previsto a ser tratado nas aulas da educação

básica, sob a justificativa de ser uma modalidade esportiva descrita na história da própria

humanidade além de colaborar para a formação integral do sujeito. Este estudo de caso

qualitativo foi realizado com uma professora de Educação Física de um município do

interior do Paraná, graduada em licenciatura e bacharelado com 4 anos de experiência

profissional com a modalidade de lutas. A investigação objetivou compreender as

perspectivas e dificuldades de implementação do ensino das lutas na Educação Física

escolar. A análise dos dados foi realizada por meio da análise de conteúdo, após a

transcrição da entrevista. Em seu discurso, evidenciou-se a partir do relato da professora

que as dificuldades em implementar o ensino das lutas no ambiente escolar, se dá pela

ausência no currículo de ensino do município, uma vez que os conteúdos mais presentes

neste são: educação física e saúde, ginástica e jogos e brincadeiras; outro obstáculo

encontrado nas aulas foi o preconceito que os demais professores possuem diante do

conteúdo “lutas”, justificado pelo “medo do aumento da violência entre os alunos”

desconstruindo assim os caminhos percorridos na perspectiva histórico-social deste

conteúdo. Entretanto, evidencia-se no depoimento que as lutas estão presentes nas aulas

de Educação Física por meio dos jogos e conteúdos que não representem o mesmo de

forma explícita. Apesar destas ações, observa-se nas diretrizes que as lutas deveriam

ser trabalhadas considerando-as como um elemento de ensino presente nas ações

cotidianas, oportunizando o desenvolvimento integral do aluno haja vista que as lutas

desenvolvem os aspectos motores, cognitivos e afetivos sociais. Este estudo demonstrou

que apesar das dificuldades encontradas, é importante que os professores possam

justificar a importância deste conteúdo, principalmente pela sua presença nas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica do Paraná e pelo desejo dos alunos em aprenderem

conteúdos diversificados.

Palavras-chave: Ensino; Aprendizagem; Educação Física Escolar.

Page 37: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O ENSINO DOS JOGOS POPULARES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Vinicius Prates Nakaiama1

Débora Alves Miranda1

Ana Caroline Santos Souza1

Cibelle Tomaz De Souza1

Débora Alves Miranda1

Flávia Regina Schimanski dos Santos1

Ana Claudia Barbieri2

Nilton Munhoz Gomes3

Este estudo teve como objetivo relatar e analisar a construção do conhecimento acerca do conteúdo Jogos Populares por alunos do Ensino Fundamental I nas aulas de Educação Física. O estudo foi realizado em uma escola municipal da cidade de Londrina-PR, com alunos do segundo ano do Ensino Fundamental I. Na qual foram planejadas e estruturadas em um bloco composto por oito aulas, sobre o conteúdo em questão, estas aulas foram ministradas pela professora supervisora juntamente com os bolsistas do Programa de Iniciação à Docência (PIBID). Ao final deste bloco de aula foi aplicada uma avaliação escrita. Esta pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa levantamento. Os resultados que obtivemos após as análises não foram satisfatórios, pois não houve uma compreensão significativa pela maioria dos alunos. Observamos isto com base nos resultados das questões, da avaliação, em que tivemos na primeira questão uma diferença pequena na quantidade de alunos que responderam corretamente para alunos que responderam de forma incorreta, sendo está diferença correspondente a um aluno pois nove responderam corretamente e oito de forma incorreta. A maior dificuldade apresentada foi na segunda questão que solicitava aos alunos nomearem as quatro figuras de jogos populares, na qual as três primeiras imagens não demostraram tanta dificuldade em sua identificação. Já a última figura que representava o jogo da bola queimada somente dois dos dezessete alunos conseguiram identificar corretamente o jogo, os demais alunos tiveram respostas completamente diferentes como por exemplo; futebol, ameba, basquete, pega-pega, entre outras respostas. Com base nestes resultados podemos Concluir que o professor deve estar sempre buscando resignificar sua intervenção e refletindo sua forma de avaliar estes aprendizados dos alunos diante do conteúdo ensinado. E também a importância dos jogos populares para do conhecimento no âmbito cultural de seus alunos. Palavras Chave: Educação Física, Jogos Populares, PIBID.

1 Estudantes do Curso de Educação Física Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina e

bolsista do programa PIBID. [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] 2 Professora de Educação Física da Rede Municipal de Londrina-PR, e supervisora do programa PIBID 3 Professor do Departamento de Estudos do Movimento Humano da Universidade Estadual de Londrina e coordenador de área do programa PIBID. [email protected]

Page 38: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

OS BENEFÍCIOS DAS LUTAS E COMO TRABALHAR ESSE CONTEÚDO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Alana Alessi Wendy Nayara da Silva Boeira

As lutas são um dos cinco conteúdos estruturantes da Educação Física, porém devido a diversos fatores físicos e sociais apresentados por muitos professores dessa área, as lutas não se fazem presentes nas aulas de Educação Física. Desta forma o desafio do presente estudo é apresentar maneiras de como trabalhar esse conteúdo nas aulas, além de mostrar os diversos benefícios envolvidos no conteúdo de lutas. Palavras chave: Lutas, Educação Física, Violência

Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO

Page 39: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

OS EXEMPLOS DE NOSSA CIDADE

Sarita Travain Borghi* A Escola Municipal Professor Pedro Real em sua metodologia, tem a preocupação de analisar as relações e situações vivenciadas na instituição dentro e fora da sala de aula, como uma forma de buscar coerência entre os conteúdos transmitidos, a importância desse para sua vida social e a prática pedagógica, de modo a oferecer ao educando uma oportunidade de mudar sua vida e consequentemente a transformação da sociedade. A Escola tem vivido um momento muito importante na era da sociedade da informação, onde a disseminação das tecnologias de informação e comunicação tem chegado as salas de aulas. Quando um cidadão é incluído digitalmente, ele estará inserido à sociedade de informação de modo a evitar a exclusão social, pelo uso das tecnologias de informação e comunicação. Entendemos, que através das aulas de Educação Física com seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento, considerando também as dimensões cultural, social, política e afetiva, presentes no corpo vivo, devemos proporcionar aos alunos possibilidades de atividades lúdicas e esportivas, mostrando que são necessidades básicas e por isso, direitos do cidadão. Sendo assim, os alunos podem compreender que os esportes e as demais atividades corporais não devem ser privilégio apenas dos esportistas ou das pessoas com condições de pagar por academias ou clubes. Vivenciando isso, através de uma conversa com atletas da cidade, podendo perceber os benefícios da prática esportiva. Palavras chaves: Tecnologia, Atividades Esportistas. *Escola Municipal Professor Pedro Real- EIEF Professora Licenciada em Educação Física- Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí

Page 40: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PERSPECTIVAS DE MUDANÇA NAS PRÁTICAS AVALIATIVAS DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES

REALIZADAS NOS ANAIS DE EVENTOS PAULISTAS

Vinícius dos Santos Moreira Daniel Teixeira Maldonado

Uirá de Siqueira Farias Aline Rodrigues Santos

Valdilene Aline Nogueira Elisabete dos Santos Freire

Nas últimas décadas a construção de práticas pedagógicas inovadoras (PPI) na Educação Física Escolar (EFE) tem se tornado mais frequente, contrariando o discurso do senso comum que a prática pedagógica do professor que atua na escola continua tradicional. Com frequência, professores que inovam compartilham sua experiência em eventos científicos da área. A análise desses trabalhos permitirá compreender este processo de inovação que ocorre na EFE. Uma das características de uma PPI é a diversificação dos instrumentos de avaliação utilizados nas aulas. O objetivo desse estudo foi identificar as PPI apresentadas em eventos científicos, relacionadas com a avaliação na EFE. Foram analisados os anais disponíveis na internet dos quatro principais eventos de EFE que ocorrem em São Paulo (Seminário de EFE, Seminário de Metodologia do Ensino da Educação Física, Congresso Paulistano de EFE e Congresso Estadual de Educação Física). Fizeram parte da análise os resumos e os trabalhos completos publicados nos anais desses eventos, compondo uma amostra de 1348 trabalhos. Foram identificados 451 trabalhos apresentados que podem ser caracterizados como PPI na EFE. Deste total, 15 estudos estavam relacionados com a avaliação nas aulas de EFE, sendo que os principais instrumentos avaliativos utilizados pelos docentes de EF foram: produções de texto de forma coletiva e individual, charges, tirinhas, análises de reportagens, análise de filmes, produção de cartas, criação de jogos pelos alunos, TICs como ferramenta avaliativa e possibilitar que os estudantes participem da escolha dos instrumentos de avaliação utilizados em aula. As PPI apresentadas aconteceram, predominantemente, em escolas públicas. 67% foram realizadas com estudantes do Ensino Fundamental, 14% do Ensino Médio, 13% da Educação Infantil, e 6% da Educação de Jovens e Adultos. Confirmando nossa hipótese, concluímos que é possível identificar PPI relacionadas com a avaliação na EFE, sinalizando que a didática do professor que atua na escola vem se modificando ao longo das últimas décadas. Palavras-chave: Inovação Pedagógica; Educação Física Escolar; Avaliação. Universidade de São Judas Tadeu – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física, Escola e Currículo. São Paulo/SP.

Page 41: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PLANEJAMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A PERSPECTIVA DOS PROFESSORES NA PRÁTICA COTIDIANA

Vânia de Fátima Matias de Souza Zuleide Delzanete

Anderson Cristian Barreto Luciane Cristina Arantes da Costa

Ana Luiza Barbosa Anversa

A presente pesquisa tem como objetivo apresentar a compreensão conceitual sobre o planejamento escolar nas aulas de educação física na perspectiva dos professores atuantes nos anos iniciais do ensino fundamental I de um município da região noroeste do Paraná. Adotou-se o método qualitativo do tipo descritivo. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário com questões abertas e fechadas, sendo aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual de Maringá, CAAE n. 57470716.7.0000.0104 e faz parte das pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física Escolar DEF/UEM/CNPq. Participaram da pesquisa 22 professores, sendo 21 do sexo feminino e 1 do sexo masculino com faixa etária entre 28 e 49 anos de idade. Como resultados observou-se que o planejamento é entendido pelos professores como um recurso necessário e indispensável para o trabalho, evidenciando-o como a maneira efetiva de se garantir a ação docente. Os professores apontaram que o planejamento é uma ferramenta que organiza, prevê, orienta e direciona trabalho docente de forma flexível, uma vez que podem ser modificados de acordo com a necessidade do professor, alunos e o próprio contexto na qual as aulas ocorrem visando atingir o objetivo proposto. No ponto de vista dos participantes, o planejamento promove o sucesso do trabalho do professor, por favorecer um bom desenvolvimento das aulas, organizando o tempo com estratégias e metodologias adequadas para uma melhor aplicação das atividades, dessa forma, dinamizando as aulas e promovendo avanços no processo de ensino e aprendizagem para os alunos. Conclui-se que: os professores compreendem o papel do planejamento e sua efetividade, por meio de uma melhor estruturação, organização e aplicação das aulas de Educação Física. Palavras chaves: Planejamento; Educação Física Escolar; Professores. Universidade Estadual de Maringá

Page 42: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO ESCOLAR DE CRIANÇAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE NATAÇÃO

Ernani Xavier Filho Kely da Silva Fagundes

A educação escolar é um direito de todas as crianças no Sistema de Ensino Brasileiro. Esse sistema é composto de cinco etapas, existindo metas a serem alcançadas, sendo que o desempenho acadêmico dos alunos é regularmente avaliado. O desempenho acadêmico escolar é um importante indicador de conhecimento e qualidade de ensino, pode ser mensurado através de: avaliações, testes, protocolos ou através dos conceitos atribuídos ao aluno pelo professor. Alguns fatores podem interferir no desempenho acadêmico, sejam eles características do próprio individuo do ambiente e por fatores sociais e econômicos. A atividade física é um fator que pode afetar esse desempenho de forma positiva ou negativa. O objetivo geral desse estudo foi comparar o desempenho acadêmico em matemática das crianças de uma escola pública da cidade de Londrina que participam de aulas de natação e não praticantes de natação. Os objetivos específicos foram: a) identificar se a prática da natação melhora o desempenho em matemática, b) comparar as médias contidas no histórico escolar dos praticantes e não praticantes de natação. Participaram do estudo sessenta e quatro (64) crianças, meninos e meninas estudantes do Colégio Aplicação da Universidade Estadual de Londrina, matriculados na quarta, quinta e sexta séries do ensino fundamental. A amostra foi constituída por conveniência, foram separados em dois grupos: G1 os que não participam de qualquer atividade extraclasse e G2 praticantes de natação do projeto de extensão UEL "A escola como lócus de formação e aprendizagem docente: construindo possibilidades de intervenção para o ensino da Educação Física Fase II", as aulas aconteceram durante um ano sempre às sextas-feiras e aos sábados e atenderam crianças de 7 a 12 anos. Os dados acadêmicos dos alunos foram obtidos através do histórico escolar fornecido pela escola. Para análise estatística entre os grupos foi utilizado o teste U de Mann & Whitney. E para verificar as diferenças dentro dos grupos utilizou-se a ANOVA de Friedman. Não foi observada diferença significativa na comparação entre os grupos. Já a comparação intra grupo observamos que ao longo dos anos as médias de desempenho em matemática sobem para não praticantes enquanto para os praticantes as médias têm um declínio. O resultado pode ser explicado pela possível interferência de fatores como, forma de escolha da amostra, faixa etária e séries avaliadas, forma de avaliação feita pelos docentes que pode ter sido distinto em cada série, e a frequência de aulas semanais de natação. Conclui-se não ser possível aferir de forma definitiva a influência da natação no desempenho acadêmico dos participantes, e seria de grande valia um estudo longitudinal, com uma única amostra sendo avaliada. Palavras-chave: Desempenho escolar; Crianças; Natação. Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Page 43: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: O QUE DIZEM OS ANAIS DE EVENTOS PAULISTAS?

Uirá de Siqueira Farias Vinícius dos Santos Moreira Daniel Teixeira Maldonado

Bruno Freitas Meireles Aline Rodrigues Santos

Valdilene Aline Nogueira Elisabete dos Santos Freire

Nas últimas décadas a construção de práticas pedagógicas inovadoras (PPI) na Educação Física Escolar (EFE) tem se tornado mais frequente, contrariando o discurso do senso comum que a prática pedagógica do professor que atua na escola continua tradicional. Com frequência, professores que inovam compartilham sua experiência em eventos científicos da área. A análise desses trabalhos permitirá compreender este processo de inovação que ocorre na EFE. Uma das características de uma PPI é a inclusão de todos os estudantes nas aulas. O objetivo desse estudo foi identificar as PPI apresentadas em eventos científicos, relacionadas com a inclusão na EFE. Foram analisados os anais disponíveis na internet dos quatro principais eventos de EFE que ocorrem em São Paulo (Seminário de EFE, Seminário de Metodologia do Ensino da Educação Física, Congresso Paulistano de EFE e Congresso Estadual de Educação Física). Fizeram parte da análise os resumos e os trabalhos completos publicados nos anais desses eventos, compondo uma amostra de 1348 trabalhos. Foram identificados 451 trabalhos apresentados que podem ser caracterizados como PPI na EFE. Deste total, 15 estudos estavam relacionados com a inclusão de todos os estudantes nas aulas de EFE, sendo que nessas aulas de EF foram incluídos estudantes com deficiência: intelectual, física, visual. Também foram realizadas aulas com meninos e meninas juntos, debates sobre os diferentes tipos de corpo e oficinas sobre a importância de todos participarem da aula. As PPI apresentadas aconteceram, predominantemente, em escolas públicas. 60% foram realizadas com estudantes do Ensino Fundamental, 20% do Ensino Médio, 13% da Educação Infantil e 7% da Educação de Jovens e Adultos. Confirmando nossa hipótese, concluímos que é possível identificar PPI relacionadas com as práticas pedagógicas inclusivas, sinalizando que a didática do professor que atua na escola vem se modificando ao longo das últimas décadas. Palavras-chave: Inovação Pedagógica; Educação Física Escolar; Práticas Pedagógicas Inclusivas. Universidade de São Judas Tadeu – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física, Escola e Currículo. São Paulo/SP.

Page 44: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PREFERÊNCIA LATERAL PERCEBIDA E DIAGNOSTICADA DE CRIANÇAS DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO EM LONDRINA-PR

Débora Cristiane Fagundes Alessandra Beggiato Porto Caroline Bernardis Gomes

Débora Alves Miranda Leonardo dos Santos Oliveira

Victor Hugo Alves Okazaki A disciplina de educação física na escola visa a aprendizagem da criança em todas as áreas (afetiva, motora, social e intelectual). Dentre as habilidades motoras é necessário o desenvolvimento da lateralidade durante as atividades físicas realizadas em aula. A lateralidade está relacionada aos hemisférios direito e esquerdo do corpo. Com isso, a preferência lateral é a preferência em realizar uma tarefa, que pode envolver uma das mãos, um dos pés, um dos ouvidos, um dos olhos e um dos lados do tronco. Diante disso, este estudo objetivou em identificar a preferência lateral percebida e diagnosticada de crianças do Colégio de Aplicação da cidade de Londrina-PR. Em um estudo descritivo e de campo, aplicou-se Inventário de Preferência Lateral Global (IPLAG) em 46 crianças, sendo 24 meninos e 21 meninas; entre 08 e 10 anos, do Ensino Fundamental I do Colégio de Aplicação – Campus UEL. O IPLAG avalia a lateralidade em diferentes dimensões como membros superiores, inferiores, tronco, auditiva e visual. Foi utilizando um Notebook com o IPLAG, os participantes sentados, interpretaram as diferentes figuras de tarefas do cotidiano e optaram por aquela que correspondesse à sua preferência lateral. O participante selecionava a opção sempre direita, maioria das vezes direita, indiferente, maioria das vezes esquerda e sempre esquerda de acordo com a preferência em realizar cada tarefa. O software forneceu a preferência lateral percebida, a preferência lateral diagnosticada e o escore de coerência para os membros superiores, membros inferiores, tronco, audição, visão e global. Os dados foram reportados por mediana (Md) e quartis (1o e 3o). As crianças foram classificadas como moderadamente destras [Md=4; (3-4)] para a preferência percebida, sendo fortemente destros para membros superiores e inferiores [Md=5;(2-5)], moderadamente destros para audição [Md=4; (1,75-4)], indiferente para visão [Md=3; (1-5)] e moderadamente canhoto para tronco [Md=2; (2-2)]. Para a preferência diagnosticada foram considerados fortemente destros para membros superiores e inferiores [Md=5; (3,75-5)], visão [Md=5;(2,75-5)] e global [Md=5; (3-5)]; moderadamente destros para audição [Md=4; (2-5)] e indiferente para tronco [Md=3; (2-5)]. O escore de coerência foi 2 para preferência global, visão, audição e tronco e 1 para membros superiores e inferiores. No presente estudo, fica evidente que os alunos possuem uma preferência fortemente destra para realizar tarefas que envolvem membros inferiores e superiores, com percepção muito boa dessa preferência. Assim, este estudo corrobora com outros estudos já realizados que comprovaram a preferência manual direita por 90% da população mundial. No entanto, a preferência das dimensões de tronco, auditiva e visual apresentaram coerência entre a preferência lateral percebida e diagnosticada igual a 2, entendendo que os alunos têm conhecimento da preferência lateral inferior ao dos membros superiores e inferiores para realizar tarefas com essas dimensões. Com isso, as aulas de educação física devem ser planejadas com o intuito de ensinar as crianças a trabalharem ambos os lados para todas as dimensões corporais, possibilitando assim o desenvolvimento dos hemisférios esquerdo e direito, ampliando suas habilidades motoras de maneira global. Palavras-chave: Dominância cerebral, Lateralidade funcional, Ensino Fundamental I. Universidade Estadual de Londrina – [email protected]

Page 45: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PROCEDIMENTOS DE ENSINO E BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: O ESPORTE E A DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Yasmin Dolores Lopes* Hitalo Toledo*

José Augusto Victoria Palma**

A presente pesquisa terá como objetivo a construção de procedimentos didáticos pedagógicos, para a organização de um bloco de aulas de dança e do esporte futebol americano da disciplina de Educação Física no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio, baseando-se nos princípios orientadores presentes na Base Nacional Comum Curricular de Abril/2016. O trabalho será realizado através de uma análise documental e da pesquisa de campo com características etnográficas, uma vez que a partir da organização das aulas as mesmas serão ministradas em uma turma do Ensino Fundamental II e de Ensino Médio e registradas em um diário de campo. Nosso problema central será: Quais seriam os procedimentos didáticos pedagógicos para o ensino da dança e para o esporte futebol americano na Educação Física no ensino fundamental/ensino médio considerando os pressupostos presentes na Base Nacional Comum Curricular? Destacamos também como nossos objetivos: Identificar as orientações didáticos pedagógicos referentes ao ensino da dança e do esporte futebol americano na educação física presentes na BNCC; Organizar e desenvolver as aulas de dança segundo as orientações identificadas na BNCC; Analisar o desenvolvimento e as orientações didático pedagógicas utilizadas nas aulas de dança no ensino fundamental/ensino médio. Para a construção desse estudo, serão adotados alguns procedimentos metodológicos necessários para se obter os resultados esperados aos questionamentos e objetivos propostos, sendo eles a análise documental e a pesquisa de campo e etnográfica. Será composto por quatro momentos, sendo esses: Momento 1 – Identificação das orientações didáticos pedagógicas na BNCC em relação a dança na Educação Física. Momento 2 – Organização dos conteúdos de ensino da dança na Educação Física. Momento 3 – Preparação e desenvolvimento das aulas. Momento 4 – Análise e conclusão. Espera-se que a presente pesquisa de campo colabore de forma significativa não somente para a área da Educação Física, mas para a minha formação enquanto professora da disciplina. A partir deste estudo, os resultados poderão agregar conhecimento aos professores formados e/ou em processo de formação, de modo que percebam a dança e o futebol americano como conteúdos que poderão ser ministrados no contexto escolar, o que muitas vezes não acontece seja pela empatia com os conteúdos de dança e/ou esporte ou a dificuldade em relação ao conteúdo, e que os procedimentos didáticos pedagógicos construídos ao longo da pesquisa auxiliem esses professores no planejamento de suas aulas, podendo servir de referência para o desenvolvimento destes conteúdos. Para a formação inicial como professor da disciplina, consideramos que, por meio desta pesquisa, será possível ensinar a dança e o esporte futebol americano de acordo com os resultados da pesquisa, observando o que poderia ser melhorado e o que funcionou, ampliando meus conhecimentos na área a partir dos procedimentos didáticos pedagógicos criados, das aulas ministradas e do diário de campo. Palavras-chave: Educação Física. BNCC. Conteúdo. *Estudantes no Curso de Licenciatura em Educação Física -UEL **Docente no Curso de Licenciatura em Educação Física – UEL-LaPEF-EMH

Page 46: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PROJETO DE PESQUISA: COMPORTAMENTO DO VOCABULÁRIO MOTOR EM ATLETAS DE TAEKWONDO E HANDEBOL

Alana Alessi Emanuély Przendziuk

Paula Izabella Chagas A especialização precoce em um determinado esporte pode acarretar em danos ao vocabulário motor em adolescentes e adultos, devido ao fato de quando estiveram na idade de desenvolvimento motor, foram estimulados a fazer movimentos somente voltados aquele esporte. Pois quando a pessoa é estimulada para uma modalidade esportiva, pode ocorrer a privação para o desenvolvimento em outras habilidades motoras. Pensando nisso, realizaremos um projeto com a finalidade de analisar crianças e adolescentes que ainda estejam em idade escolar, mas que já passaram da fase de desenvolvimento motor (14 anos, segundo Gallahue) e que tenham sido direcionadas somente para a prática do taekwondo ou a prática do handebol desde cedo, a fim de perceber as diferenças motoras dos atletas dessas modalidades. Para a realização desse estudo pretende-se ter um grupo de no mínimo 30 atletas de handebol e 30 atletas de taekwondo, além de ter um grupo de 30 crianças que não estiveram ligadas a nenhuma modalidade esportiva até terem completado 14 anos de idade. Para fazer as análises serão realizados uma série de testes motores com os três grupos, após serem anotados os resultados buscaremos as diferenças presentes caso haja. Como são duas modalidades totalmente diferentes, cujo uma utiliza mais os membros inferiores e a outra utiliza mais os membros superiores, queremos identificar a diferença do vocabulário motor utilizado pelos atletas dessas duas modalidades, e também verificar se esses atletas tiveram algum comprometimento motor por conta disso. Segundo o conteúdo estudado na disciplina de Crescimento e Desenvolvimento Humano, esperamos perceber um melhor desempenho no arremesso, na resistência muscular dos membros superiores, no salto em distância e na velocidade dos atletas de handebol, já em atletas de taekwondo, esperamos ver um desempenho maior na flexibilidade, no equilíbrio, no salto em altura e uma maior resistência muscular em membros inferiores. Palavras-chave: Vocabulário Motor, Handebol, Taekwondo. Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO

Page 47: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

RELAÇÃO ENTRE DESEMPENHO MOTOR E AUTOPERCEPÇÃO DE COMPETÊNCIA DE CRIANÇAS

Rafaela Zortéa Fernandes Costa Laísla Camila Silva

Inara Marques Josiane Medina-Papst

A literatura indica relação entre a autopercepção de competência e o desenvolvimento motor infantil, de forma que, parece que as crianças que se percebem mais competentes seriam motivadas a engajar-se mais em atividades e, consequentemente, apresentariam melhor desempenho motor. Assim, esse estudo teve o objetivo de investigar a relação entre o desempenho motor e a autopercepção de competência de crianças do quinto ano do ensino fundamental I. Participaram 31 crianças (15 meninos e 16 meninas) com idade média de 10 ± 0,6 anos, matriculadas na rede Municipal de ensino de Cambé. Todas eram frequentadoras do projeto de contra turno escolar e foram indicadas pela coordenação e equipe pedagógica por possuírem dificuldades de aprendizagem, tais como leitura, escrita e matemática. Para a avaliação do desempenho motor foi utilizado o Movement Assessment Battery for Children (MABC-2) de Henderson; Sugden; Barnett (2007), o qual é composto por testes que avaliam o desempenho em tarefas de destreza manual, habilidades com bola, equilíbrio estático e dinâmico. Para a análise dos dados obtidos adotou-se uma categorização em quatro escalas, de acordo com o percentil alcançado pela criança, sendo: percentil 0-25; percentil >25-50; percentil >50-75 e; percentil >75-100. Para avaliar a autopercepção de competência foi utilizada a Escala Pictórica de Percepção de Competência e Aceitação Social para Crianças (The Pictorial Scale of Perceived Competence and Social Acceptance for young Children – PSPCSA) de Harter; Pike (1983), constituído de um total de 24 itens, que contempla quatro sub escalas de seis itens cada. As quatro sub escalas referem-se, respectivamente, à percepção de competência cognitiva, à percepção de competência física, à percepção de aceitação pelos pares e à percepção de aceitação materna. Para a análise dos dados de autopercepção, os resultados foram descritos pela frequência de crianças classificadas em cada sub escala. Considerando a natureza das variáveis (categóricas) e por não terem sido aceitos os pressupostos de normalidade dos dados, optou-se por utilizar a estatística não paramétrica. Deste modo, aplicou-se o coeficiente de correlação de Spearman (p≤0,05). Em relação aos resultados, 32,3% das crianças foram classificadas com nível médio e 67,7% com nível alto quanto à autopercepção de competência. Em relação ao desempenho motor, 19,3% foram classificadas com percentil de 0-25; 25,8% foram classificadas com percentil >25-50; 45,2% com percentil >50-75 e; 9,7% com percentil >75-100. O coeficiente de correlação de Spearman demonstrou relação significativa entre o desempenho motor e a percepção de competência motora (r=0,377; p=0,036), também foi encontrada relação entre o desempenho motor e a percepção de aceitação materna (r=0,423; p=0,018). Dessa forma, pode-se concluir que o professor de Educação Física tem um importante papel para o desenvolvimento global das crianças, influenciando positivamente na autopercepção de competência motora, na medida em que ele proporciona atividades que oportunizem um progressivo desenvolvimento motor infantil. Adicionalmente, os resultados encontrados permitem sugerir que pais e professores devem ser orientados a motivar e encorajar mais as crianças a superarem suas dificuldades, considerando a tendência de que crianças com maior percepção de aceitação materna apresentam melhor desempenho motor. Palavras-chaves: Desempenho motor, Autopercepção, Percepção de competência motora. Universidade Estadual de Londrina – GEPEDAM - [email protected]

Page 48: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

RELAÇÃO ENTRE DESENVOLVIMENTO MOTOR E O DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO DE CRIANÇAS

Laísla Camila da Silva Rafaela Zortéa Fernandes Costa

Josiane Medina Papst Inara Marques

Estudos que analisam o processo de desenvolvimento motor de crianças vêm indicando uma possível relação entre as dificuldades motoras e as dificuldades de aprendizagem escolar. Deste modo, entende-se que crianças que apresentam baixo desempenho acadêmico, consequentemente, teriam maior dificuldade na realização de habilidades motoras, refletidas em baixo desempenho motor. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar a relação entre o desempenho motor e o desempenho acadêmico de crianças do quinto ano do ensino fundamental I. Fizeram parte da amostra 31 crianças (15 meninos e 16 meninas) com idade média de 10 ± 0,6 anos, matriculadas na rede Municipal de ensino de Cambé, sendo todas frequentadoras do projeto de contra turno escolar. As crianças foram indicadas pela coordenação e equipe pedagógica por possuírem dificuldades de aprendizagem em diversas áreas de conhecimento, como leitura, escrita e aritmética. Para a avaliação do desempenho motor utilizou-se o Movement Assesment Battery for Children (MABC-2) de Henderson; Sugden; Barnett (2007), que é composto por tarefas que propõem avaliar a destreza manual, habilidades com bola, equilíbrio estático e dinâmico. Para a análise dos dados obtidos adotou-se uma categorização em quatro escalas, de acordo com o percentil alcançado pela criança, sendo: percentil 0-25; percentil >25-50; percentil >50-75 e; percentil >75-100. Para a avaliação do desempenho acadêmico, utilizou-se o Teste de Desempenho Acadêmico (TDE), proposto por Stein (1994), que busca oferecer uma avaliação das capacidades fundamentais para o desempenho escolar, mais especificamente, da escrita, aritmética e leitura, classificando a criança em uma de três sub escalas: inferior, médio e superior. Para a análise dos dados, os resultados foram descritos pela frequência de crianças classificadas em cada sub escala. Considerando a natureza das variáveis (categóricas) e por não terem sido aceitos os pressupostos de normalidade das variáveis, optou-se por utilizar a estatística não paramétrica, aplicando-se o coeficiente de correlação de Spearman (p≤0,05). Os resultados demonstraram que 54,8% das crianças apresentaram desempenho inferior, conforme avaliado pelo TDE, caracterizando estimativa de dificuldades de aprendizagem gerais. Contudo, 41,5% das crianças obtiveram desempenho médio ou superior no teste, indicando que, por mais que as crianças sejam frequentadoras de contra turno escolar, grande parte da amostra (41,5%) não demonstraram dificuldades de aprendizagem. Os resultados do desempenho motor indicaram que 19,3% das crianças foram classificadas com percentil de 0-25; 25,8% foram classificadas com percentil >25-50; 45,2% com percentil >50-75 e; 9,7% com percentil >75-100. Em análise parcial desses resultados, observou-se que as crianças tiveram maiores dificuldades nos testes de habilidades com bola (32,3% classificadas no percentil 0-25) comparada às outras habilidades avaliadas. Não foi encontrada relação significativa entre o desempenho motor geral e o desempenho acadêmico (r=0,101; p=0,587), o que sugere outros estudos que explorem mais detalhadamente a possível implicação de uma variável sobre a outra. Com isso, não se pôde concluir que as dificuldades de aprendizagem implicam em maiores dificuldades na realização de habilidades motoras. Apenas que, das crianças analisadas no presente estudo, grande porcentagem foi caracterizada nos percentis inferiores de desempenho motor nos testes de habilidades com bola. Palavras-chaves: Desempenho acadêmico, Desenvolvimento Motor, Dificuldades de aprendizagem. Universidade Estadual de Londrina – GEPEDAM - [email protected]

Page 49: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ATIVIDADE DE MONITORIA REALIZADA NA DISCIPLINA DE VOLEIBOL

Nadjagley Domingues de Oliveira* Evelline Cristhine Fontana**

Este trabalho incide em um relato de experiência de uma acadêmica do curso de Educação Física da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) advindo do Programa de Monitoria Discente da UNICENTRO, realizada pela mesma na Disciplina de Voleibol, tendo início em 02/05/2016 e término em 14/12/2016, sendo desenvolvida no em uma turma do segundo ano da graduação. Inicialmente elaborou-se um cronograma das atividades que foram desenvolvidas pela monitora ao longo do semestre. O contato inicial foi realizado em sala de aula, com a apresentação da monitora pelo professor-orientador, nas semanas subsequentes à primeira semana de aula e atividades. Foi disponibilizado aos alunos toda forma de contato com a monitora e os horários que estaria disponível para dúvidas e questões, estando totalmente disponível aos alunos. No primeiro semestre de 2016, o cenário da disciplina contou com a presença da Monitora em sala de aula, possibilitando maior aproximação e vínculo entre ela e a Turma. Essa mudança acenou para alguns avanços produzidos na aprendizagem, como, por exemplo, a utilização por parte da monitora de estratégias e auxílio em cada aula, tanto para com os alunos, para o professor-orientador, assim atingindo um dos objetivos da monitoria o qual é oportunizar ao acadêmico-monitor uma maior amplitude de conhecimentos com relação ao processo de ensino-aprendizagem. Sendo realizado no primeiro semestre, e tendo destaque, temos o Minivoleibol, o qual contou com a elaboração de um projeto de intervenção para o segundo semestre, onde a monitora juntamente com o professor solicitaram a uma escola o espaço para que os acadêmicos da disciplina de voleibol pudessem realizar aulas mistas para as crianças da escola em um contra turno, de Minivôlei e assim, uma aproximação à docência. No segundo semestre de 2016, foram trabalhados os conteúdos em relação aos Sistemas táticos coletivos do Voleibol, as análises de equipes adversárias e formação de equipes, noções básicas de Voleibol de Praia e por fim as tendências e perspectivas do Voleibol atual. Um ponto a se destacar neste semestre foi a efetividade do plano de intervenção para a escola com as aulas de Minivoleibol pelos acadêmicos, elaborado no primeiro semestre, o qual entrou em prática, sendo pertinente para todos nós a aproximação com os alunos da escola e este contato com a docência. A participação discente na monitoria da disciplina, estabelece uma estreita linha para a aluna, a qual hora se porta como discente e hora se porta como monitora, onde perante estas duas perspectivas faz-se pertinente o ensino-aprendizagem com o ensino superior. O contato com a turma e a intervenção para com outros acadêmicos por meio da participação da monitora nas aulas, traz concretamente a possibilidade de acompanhar mais próximo o processo de reflexão e inserção do acadêmico em formação nos momentos que antecipam a prática, sendo assim, possibilita ao longo do percurso uma capacitação e uma vasta experiência, a qual não se limita, apenas, aos estágios obrigatórios nas escolas conveniadas. Palavras-chave: Educação Física. Monitoria. Voleibol. Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO) [email protected]

Page 50: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PIBID: O ENSINO DO XADREZ NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Milena Fumie Morales Kashima¹ Thiago Vieira²

Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência docente no ensino do conteúdo curricular “Jogo Tradicional Xadrez”, durante a participação no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) nas aulas de Educação Física de uma escola municipal da cidade de Londrina/Pr. O xadrez é um jogo de tabuleiro que se apresenta como um dos conteúdos a serem ensinados na disciplina de Educação Física. Em nossa perspectiva, o aluno precisa construir conhecimentos teóricos/práticos sobre o xadrez e torna-se necessário superar a visão simplista de que esse jogo de tabuleiro pode ser utilizado apenas dentro da sala de aula ou como uma alternativa para os dias de chuva. Deste modo, descrevemos uma sequência pedagógica que foi desenvolvida no período de dois meses, em um total de quatro aulas, com uma turma do 3º ano do Ensino Fundamental. Foram realizadas diferentes atividades que focavam a participação coletiva e que proporcionasse uma motivação durante o processo de aprendizagem dos conhecimentos propostos. Para a maioria dos alunos, esse foi o primeiro contato dos mesmos com o xadrez (tabuleiro e peças). Ao término verificamos que os estudantes gostaram muito das aulas e, acima de tudo, construíram conhecimentos básicos sobre o jogo de tabuleiro xadrez. Sendo assim, nossos objetivos foram alcançados, mostrando que uma prática docente organizada pode superar a simples vivência dos jogos no contexto escolar. Palavras-chave: Educação Física; Xadrez; PIBID. 1 Graduada do curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina - UEL, Londrina PR, [email protected].

2 Thyago Vieira, Professor da rede municipal de educação, Londrina PR, [email protected]

Page 51: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

SISTEMATIZAÇÃO DE CONTEÚDOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: ANÁLISE DOS ANAIS DE EVENTOS PAULISTAS

Daniel Teixeira Maldonado Uirá de Siqueira Farias Bruno Freitas Meireles

Aline Rodrigues Santos Vinícius dos Santos Moreira

Valdilene Aline Nogueira Elisabete dos Santos Freire

Nas últimas décadas a construção de práticas pedagógicas inovadoras (PPI) na Educação Física Escolar (EFE) tem se tornado mais frequente, contrariando o discurso do senso comum que a prática pedagógica do professor que atua na escola continua tradicional. Com frequência, professores que inovam compartilham sua experiência em eventos científicos da área. A análise desses trabalhos permitirá compreender este processo de inovação que ocorre na EFE. Uma das características de uma PPI é a sistematização de conteúdos com a intenção de organizar as aulas. O objetivo desse estudo foi identificar as PPI apresentadas em eventos científicos, relacionadas com a sistematização de conteúdos. Foram analisados os anais disponíveis na internet dos quatro principais eventos de EFE que ocorrem em São Paulo (Seminário de EFE, Seminário de Metodologia do Ensino da Educação Física, Congresso Paulistano de EFE e Congresso Estadual de Educação Física). Fizeram parte da análise os resumos e os trabalhos completos publicados nos anais desses eventos, compondo uma amostra de 1348 trabalhos. Foram identificados 451 trabalhos apresentados que podem ser caracterizados como PPI na EFE. Deste total, 22 estudos estavam relacionados com a sistematização de conteúdos para organizar as aulas de EFE, sendo que nessas aulas de Educação Física foram realizadas as seguintes sistematizações: construção da proposta pedagógica de Piracicaba, construção da proposta curricular de Bragança Paulista, construção da temática saúde e qualidade de vida nas diretrizes curriculares de Santa Maria, construção da proposta de lutas do currículo de Jundiaí, elaboração de um currículo nas aulas de Educação Física com os pressupostos teóricos dos estudos culturais, currículo pautado na Cinesiologia Humana. As PPI apresentadas aconteceram, predominantemente, em escolas públicas. 50% foram realizadas com estudantes do Ensino Fundamental, 23% do Ensino Médio, 23% da Educação Infantil e 4% da Educação de Jovens e Adultos. Confirmando nossa hipótese, concluímos que é possível identificar PPI relacionadas com a sistematização de conteúdos, sinalizando que a didática do professor que atua na escola vem se modificando ao longo das últimas décadas. Palavras-chave: Inovação Pedagógica; Educação Física Escolar; Sistematização de Conteúdos. Universidade de São Judas Tadeu – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física, Escola e Currículo. São Paulo/SP.

Page 52: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

UTILIZAÇÃO DE NOVAS ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES REALIZADAS

NOS ANAIS DE EVENTOS PAULISTAS

Uirá de Siqueira Farias Vinícius dos Santos Moreira Daniel Teixeira Maldonado

Bruno Freitas Meireles Aline Rodrigues Santos

Valdilene Aline Nogueira Elisabete dos Santos Freire

Nas últimas décadas a construção de práticas pedagógicas inovadoras (PPI) na Educação Física Escolar (EFE) tem se tornado mais frequente, contrariando o discurso do senso comum que a prática pedagógica do professor que atua na escola continua tradicional. Com frequência, professores que inovam compartilham sua experiência em eventos científicos da área. A análise desses trabalhos permitirá compreender este processo de inovação que ocorre na EFE. Uma das características de uma PPI é a diversificação das estratégias de ensino utilizadas nas aulas. O objetivo desse estudo foi identificar as PPI apresentadas em eventos científicos, relacionadas com as estratégias de ensino na EFE. Foram analisados os anais disponíveis na internet dos quatro principais eventos de EFE que ocorrem em São Paulo (Seminário de EFE, Seminário de Metodologia do Ensino da Educação Física, Congresso Paulistano de EFE e Congresso Estadual de Educação Física). Fizeram parte da análise os resumos e os trabalhos completos publicados nos anais desses eventos, compondo uma amostra de 1348 trabalhos. Foram identificados 451 trabalhos apresentados que podem ser caracterizados como PPI na EFE. Deste total, 88 estudos estavam relacionados com as estratégias de ensino nas aulas de EFE, sendo que as principais estratégias utilizadas pelos docentes de EF foram: feira, seminário, planejamento participativo, organização de torneios esportivos pelos estudantes, debates, mapeamento, resolução de problemas, interdisciplinaridade, reflexões sobre os temas transversais, mapa conceitual, organização das aulas por blocos de conteúdos, organização de aulas por projetos, atividades recreativas de caráter rítmico, desenhos, esculturas artísticas, gravuras e realização de pesquisas pela internet. As PPI apresentadas aconteceram, predominantemente, em escolas públicas. 65% foram realizadas com estudantes do Ensino Fundamental, 18% da Educação Infantil, 16% do Ensino Médio, e 1% da Educação de Jovens e Adultos. Confirmando nossa hipótese, concluímos que é possível identificar PPI relacionadas com as estratégias de ensino na EFE, sinalizando que a didática do professor que atua na escola vem se modificando ao longo das últimas décadas. Palavras-chave: Inovação Pedagógica; Educação Física Escolar; Estratégias de Ensino. Universidade de São Judas Tadeu – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física, Escola e Currículo. São Paulo/SP.

Page 53: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

Page 54: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A (FALTA DE) EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E A SUA INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DOCENTE

DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Carolini Aparecida Oliveira Campanholi A presente pesquisa objetiva levantar questionamentos e provocar reflexões a respeito da importância da prévia experiência profissional docente na educação básica do professor do Ensino Superior dos cursos de graduação em Educação Física Licenciatura. Vivemos atualmente uma supervalorização da “competência” docente “medida” pelo que esse professor universitário apresenta em seu currículo em termos de produção científica e suas conquistadas publicações. Durante nossa experiência acadêmica e nos seis anos enquanto docente do curso de Educação Física, presenciamos constantemente a “lacuna” deixada na formação de futuros professores quando em sua construção a teoria chegava de maneira fragmentada e sem ricas contextualizações, muitas vezes fruto do trabalho de um professor universitário que, além do domínio teórico necessitaria possuir experiência real e prática do universo escolar. Essa situação nos levou a investigar quais os motivos levavam a esta falha, por que os graduandos chegavam ao estágio e/ou a escola/mercado de trabalho até “cheios” de conteúdos, mas desprovidos de habilidades docentes que se fazem necessárias a um processo de ensino e aprendizagem de sucesso? E baseados nas constantes reclamações dos graduandos a esse respeito nosso problema partiu da seguinte hipótese: A experiência profissional docente na educação básica é fator importante para um docente que atua na formação de professores em Educação Física Licenciatura? Mediante esta problemática utilizamos como método dois questionários semiabertos com questões a respeito da necessidade de se possuir experiência no ensino básico como pré-requisito a função docente universitária de professores que atuam diretamente na formação docente. Estes questionários foram aplicados, um aos 14 docentes e o outro aos 64 formandos do curso de Educação Física Licenciatura da Universidade Norte do Paraná – Campus Londrina-PR no primeiro semestre de 2015. É fator relevante apontar que os problemas na formação de professores são multifatoriais, mas com essa pesquisa constatamos que dentro de um universo de deficiências, a falta de experiência do professor universitário com a escola vem se mostrando uma limitação nos momentos em que este docente necessita contextualizar suas aulas e lidar com situações problema na formação de futuros professores, pois 95% dos questionários apontaram necessidade de que os professores universitários possuíssem experiência com a educação básica, e também a fragilidade pedagógica daqueles que não possuíam. As respostas dos discentes apontaram que em média, apenas 20% dos seus professores possuem experiência profissional na educação básica, e que eles apresentam dificuldades em darem exemplos sobre o universo escolar correlacionando os mesmos aos conteúdos teóricos. Assim, a sociedade acadêmica deve repensar os processos de contratação e os pré-requisitos solicitados para provimento de cargos docentes nas instituições de ensino superior que se propõem a formar professores. Palavras-chave: Educação Física; experiência profissional na educação básica; formação profissional. IFPR – Instituto Federal do Paraná, Campus Telêmaco Borba. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM-UEL. [email protected]

Page 55: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A COMPARAÇÃO ENTRE A RELAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL E A FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA, SOBRE O RENDIMENTO ESCOLAR DOS ALUNOS

DE FAIXA ETÁRIA ENTRE 5 A 12 ANOS

Diogo Dias de Paula Muniz * Fernando Miguel Palmerim de Azevedo Athayde **

A estrutura da família brasileira tem apresentado profundas e velozes transformações na última década, conforme indicam pesquisas como as de Feldman & Klein(2003), Teperman(2012), Friedmann(2012), Motta(2013). Dentre as transformações identificadas, têm-se às relacionadas com a redução das relações sócio-afetivas entre pais e filhos, decorrentes de diversos fatores sociais, econômicos e comportamentais. Por outro lado a Escola prioriza mais os aspectos conceituais do que os aspectos sócio-afetivos. Neste trabalho buscar-se-á investigar as relações entre a ausência dos pais e o comportamento dos filhos na escola com o equilíbrio corporal sobre o rendimento escolar de 212 alunos entre 5 a 12 anos da Escola Municipal Guilherme Tell no Rio de Janeiro. A questão central a ser investigada nessa pesquisa de campo do tipo experimental é: O quanto a ausência dos pais, em especial a relação de pais separados, tende a interferir no comportamento, rendimento e nas atitudes dos alunos da educação básica comparado a outra variável de dimensão motora, o equilíbrio corporal? Buscar-se-á utilizar análise sobre os dados dessas duas variáveis independentes sobre a variável dependente do rendimento escolar, para evidenciar as relevâncias do equilíbrio corporal, mas em especial, a relação percentual duas vezes maior dos aspectos sócio-afetivos da família (pais não-separados) sobre o rendimento escolar dos alunos da Educação Básica. Palavras-chave: rendimento escolar, equilíbrio corporal, pais separados. *Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME-RJ) **Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Page 56: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR EM EDUCAÇÃO FÍSICA: IDENTIFICANDO A PRÁXIS PEDAGÓGICA

Ademir Faria Pires1

Caroline Broch2

Fabiane Castilho Teixeira3

Roseli Terezinha Selicani Teixeira4

Claudio Kravchychyn5

Ieda Parra Barbosa Rinaldi6

Nas últimas décadas a formação para a docência universitária tem sido foco de interesse da comunidade científica. A atenção dada aos processos de formação profissional, de construção da identidade docente e de prática profissional do professorado universitário tem revelado a complexidade da docência nesse contexto, que se mostra permeado por dilemas, conflitos e tensões. Desta forma, a presente pesquisa teve por objetivo investigar a construção da docência universitária em educação física, com vistas à identificação da práxis pedagógica. Tratou-se de um estudo descritivo, em que foi realizada entrevista semi-estruturada com dez docentes vinculados às Instituições de Ensino Superior públicas e privadas de Maringá/PR. Os dados coletados foram interpretados com base no método de análise de conteúdo proposto por Bardin (2011). De modo geral, os resultados apontaram que a maioria dos entrevistados apresenta de dois a cinco anos de atuação no ensino superior, e o interesse na docência universitária foi despertado durante a formação inicial. Isso revela que, a atuação no ensino superior em educação física não parece ser algo almejado prioritariamente no momento em que o indivíduo escolhe a graduação, tendendo a ser provocado após um olhar mais maduro para as áreas de atuação. Os resultados indicaram ainda que, por um lado, os modelos de professor observados na educação física escolar e as boas práticas por eles realizadas foram aspectos identificados pelos entrevistados como possíveis referências recebidas e que podem ter contribuído no percurso profissional. Por outro lado, fragilidades pedagógicas de professores na escola também parecem ter colaborado para que os entrevistados buscassem desempenhar um papel diferenciado, sobretudo, na formação crítica do aluno. Sobre os motivos que os levaram à escolha do trabalho com a docência universitária, a identificação com ensino, pesquisa e extensão, a estabilidade financeira e a contribuição para o processo de formação de futuros profissionais, foram aspectos considerados pelos docentes. Em se tratando da práxis pedagógica, os entrevistados relataram que a pós-graduação stricto sensu trouxe contribuições, sobretudo quanto as possibilidades didático-metodológicas, diagnóstico de situações de ensino e qualificação no âmbito do ensino. Em relação a estas categorias, chama atenção o fato de ter sido mencionada a importância da realização do estágio docente durante o processo de mestrado e/ou doutorado e a participação em disciplinas que incluem experiências de docência como item avaliativo. Vale destacar que, o entendimento do professor acerca do processo de ensino-aprendizagem também foi abordado no estudo, mostrando como itens de importância: indissociabilidade entre teoria e prática, relação professor-aluno, identificação das particularidades e limitações do aluno, utilização de exemplos e feedback, processo avaliativo e desenvolvimento da capacidade crítica do aluno. Verifica-se, por fim, satisfação pelo fato de contribuir na formação profissional e pessoal dos alunos, a qual parece ser mais importante do que a produção de conhecimento científico. Conclui-se que uma série de aspectos estão presentes na atuação profissional, mas que foram desenvolvidos devido às experiências recebidas no decorrer do processo de formação. Sugerem-se, contudo, novas investigações sobre o tema, visto que ainda hoje há essa lacuna no campo de estudo da educação física. Palavras-chave: Educação Física. Docência. Ensino superior. 1-6 Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Educação Física. – Maringá/PR

Page 57: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A CONTRIBUIÇÃO DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO NA FORMAÇÃO ACADÊMICA

Ivana Larissa de S. Martins1

Cláudia Diniz de Moraes2

Este artigo tem como objetivo identificar as contribuições do supervisor de estágio durante o processo de formação do futuro profissional. A pesquisa foi desenvolvida durante o segundo semestre de 2016, com dois acadêmicos do 6° semestre do curso de licenciatura da Universidade Católica Dom Bosco que atuaram em campos de estágio com a Educação Infantil e com dois professores supervisores de campos também do estágio na Educação Infantil. Para realização da pesquisa, utilizamos inicialmente como instrumento de coleta de dados, um questionário adaptado de um artigo de Maziero e Carvalho (2012), sendo constituído por três perguntas para os acadêmicos e duas para os supervisores de estágio. As perguntas foram posteriormente analisadas e discutidas apresentam como resultado a suma importância do professor supervisor no campo de estágio, proporcionando segurança e tranquilo aos acadêmicos. Dentre as diferentes contribuições apresentadas pelos supervisores da educação infantil está o incentivo à ser criança, segurança que passam ao estagiário, o desafiar o acadêmico no processo de regência, compreender que as aulas devem atender às necessidades das crianças. Palavra-chave: Educação Infantil; Estágio Supervisionado; Professor Supervisor. 1 Acadêmica do 6º semestre do curso de Educação Física da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB 2 Docente do curso de Educação Física da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB. Especialista em Pedagogia Crítica da Educação Física - UFMS

Page 58: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS DURANTE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Claudiane Aparecida Ramos

Marcelo José Taques

A pesquisa teve como temática a contribuição dos jogos cooperativos durante o processo de ensino e aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental. Os objetivos elencados foram analisar as contribuições do jogo cooperativo como estratégia metodológica durante o processo de ensino e aprendizagem no 6º ano do ensino fundamental; aplicamos um conjunto de aulas com metodologia cooperativa. A metodologia aplicada foi por meio de uma abordagem qualitativa, com delineamento na pesquisa Ação. O instrumento utilizado foi um conjunto de 12 aulas. A análise de dados se deu por meio de análise de conteúdo e como técnica foi utilizada a categorização. Assim concluímos que as atividades cooperativas, podem tanto proporcionar aos alunos os conhecimentos técnicos, como fundamentos, regras, táticas e gestos motores, quanto garantir sua participação efetiva em todos os jogos, pois esta metodologia não requer habilidades motoras aprimoradas, e sim atitudes cooperativas entre os participantes. Palavras-chave: Cooperação, Aluno, Educação Física. Faculdade Guairacá - [email protected] Universidade Estadual de Ponta Grossa – [email protected]

Page 59: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A DESCONEXÃO ENTRE A DISCIPLINA VOLTADA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E AS DEMAIS DISCIPLINAS NOS CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Mayara Erbes Ranzan1

Fátima Elizabeth Denari2

Douglas Roberto Borella3

Um dos principais agentes do processo de inclusão de alunos com deficiência nas escolas de ensino regular e, consequentemente nas aulas de Educação Física, é o próprio professor. Por conta disto, a trajetória acadêmica, a qual resultará numa futura formação profissional, deve ser minuciosamente explorada, vivenciada, trabalhada e qualificada para atender as diversidades encontradas no ambiente escolar. Este processo parte não somente do que a Instituição de Ensino tem a ofertar para o acadêmico no que tange atividades curriculares, mas também no interesse almejado por este acadêmico ao longo de sua trajetória no período vivenciado no decorrer da formação. A formação profissional no Brasil, ao longo da história, tem passado por diversos processos de mudança. A formação em Educação Física não ficou alheia a esses movimentos, porque a própria busca da identidade na área foi situando-se diferentemente a cada novo passo (SILVA, JUNIOR e ARAÚJO, 2008). A importância do processo de identificação das necessidades especiais dos alunos por parte dos docentes de Educação Física é necessária para buscar adequações curriculares, seleção dos materiais educativos, o apoio da equipe escolar e a correta eleição de estratégias metodológicas/didáticas que correspondam às necessidades e anseios de todos os alunos. Para atender a estes casos, verifica-se que tanto a formação inicial quanto continuada dos profissionais de Educação Física necessita de ajustes relacionados à realização de suas práticas junto a esta parcela da população (BORELLA, 2010). Palavras-chave: Educação Física, Pessoas com deficiência. 1Mayara Erbes Ranzan (UFSCar-Universidade Federal de São Carlos-SP) [email protected] 2Fátima Elizabeth Denari (UFSCar-Universidade Federal de São Carlos-SP) [email protected] 3Douglas Roberto Borella (UNIOESTE- Universidade Estadual do Oeste do Paraná-PR). [email protected]

Page 60: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SEUS CONTEÚDOS: JOGOS TRADICIONAIS

Jéssica Hernandes Vizú Da Silva Orlando Mendes Fogaça Júnior

Este texto aqui apresentado é parte de uma de pequisa em andamento que tem como finalidade averiguar se os Jogos Tradicionais são ensinados enquanto conteúdo nas aulas de Educação Física na Educação Básica. Neste momento nosso objetivo com este texto é apresentar o que vem a ser a manifestação cultural jogo e a educação, a relação do jogo com a disciplina de Educação Física, as classificações apresentadas por alguns autores e o jogo tradicial. Nossa intenção é proporcionar uma reflexão mais aprofundada a respeito do jogo e mais particulamente do jogo tradicional enquanto um conteúdo a ser ensinado e aprendido na disciplina de Educação Física na Educação Básica. Palavras-chave: Educação Física; jogos tradicionais; educação básica; Universidade Estadual de Londrina [email protected] [email protected]

Page 61: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A EDUCAÇÃO FÍSICA E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL: BRINCAR OU ENSINAR?

Emerson José de Oliveira1 José Augusto Victória Palma2

A Educação Física, ao longo de sua história, foi versada como mera área de atividades físicas. Com a LDBEN nº 9.394/96, se situou como componente curricular, sendo percebida como área de conhecimento e parte integrante do âmbito escolar. A prática pedagógica é uma ação na dimensão social, com uma extensa bagagem cultural. Portanto, a ação docente reflete a construção de saberes. Neste âmbito, o professor é aquele que, tendo adquirido o nível de cultura necessário para o desempenho de sua atividade, dá direção ao ensino e à aprendizagem, fazendo a mediação entre os saberes culturalmente estruturados e o aluno. O professor exerce o papel de mediador entre o universal da sociedade e o particular do aluno, e para isso o docente precisa ter competência, habilidade e comprometimento. A socialização é formadora de saberes, de olhares, de significados. Entendemos que a Educação Física urge direcionar suas novas ações, dentro da perspectiva de sociedade em que se insere. O simples executar necessita, gradativamente e em longo prazo, ser suprido pela reflexão da ação motora. O interesse epistemológico deve impulsionar seus profissionais a conhecerem realmente a área, a buscarem opções para seus questionamentos e qual a sua efetiva contribuição para a Educação Física. O ensino deve ser entendido como uma atividade intencional e estruturada de um professor no seio do processo formativo, com vista à consecução de determinados objetivos pedagógicos. Compreendemos, igualmente, que o ensinar engloba o estudar, o pesquisar, o buscar, o socializar, a troca de experiências e vivências. O presente artigo é resultante de um recorte da dissertação de mestrado do autor intitulada “Sentido e Significado de um Processo de Formação Continuada em Educação Física: Professores da Rede Pública Municipal de Ensino de Ibiporã – Pr” e cujo objetivo principal foi conhecer a compreensão dos entrevistados acerca da disciplina de Educação Física e a sua importância enquanto componente curricular e área de conhecimento. Palavras-chave: Educação Física; Sentido; Significado.

1 Professor de Educação Física – SEED-PR/PMI-SME – LaPEF. Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) / Prefeitura Municipal de Ibiporã (PMI/SME).

[email protected] 2 Docente UEL/CEFE/EMH. Coordenador do LaPEF.

Page 62: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO EM UM COLÉGIO ESTADUAL INDÍGENA: O CASO ESPECÍFICO DOS KAINGAGUES

Diomara Rénhrá Lourenço Mathias Daiane Grando

A Educação Física no contexto indígena tem necessitado de uma atenção especial no âmbito educacional, visto que a Educação Escolar Indígena possui legislações e políticas públicas. Uma vez que a disciplina de Educação Física é componente curricular da Educação Básica deve seguir as especificidades da educação escolar indígena para ser trabalhada nas terras indígenas. Nesse contexto as aulas de Educação Física no terceiro ano do ensino médio necessita ser lecionados respeitando a diversidade cultural e estimulando a preservação, o resgate e a ressignificação da cultura corporal do movimento do povo Kaingangue. O presente artigo reflete sobre a ênfase dada pelo professor a esse processo de ensino em suas aulas e pela busca e/ou desinteresse do mesmo pela educação adequada as especificidades dos povos indígenas. Para tanto, utilizamos de uma metodologia pautada na abordagem qualitativa com delineamento de estudo de caso. Para coleta de dados utilizamos de um questionário com questões abertas o qual foi aplicado aos alunos do terceiro ano do Ensino Médio de uma escola estadual indígena do estado do Paraná. Concluímos que o professor ainda tem dificuldades em trabalhar com as especificidades desse contexto e valorizar a cultura e práticas corporais dos alunos no processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Educação Indígena; Educação Física; Práticas de Ensino.

Page 63: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A GINÁSTICA COMO MANIFESTAÇÃO DA CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO MÉDIO EM SÃO PAULO

Daniel Teixeira Maldonado Uirá de Siqueira Farias

Valdilene Aline Nogueira

A prática pedagógica dos professores de Educação Física Escolar (EFE) foi influenciada por discursos que preconizavam o desenvolvimento motor e psicomotor dos estudantes; a promoção da saúde; o estímulo ao pensamento crítico sobre as manifestações da cultura corporal e; a luta contra as injustiças culturais relacionadas com as práticas corporais. Frente a tantos caminhos pedagógicos, ainda hoje muitos docentes de EFE reproduzem aulas mecanicistas, desconectadas de criticidade e que reproduzem apenas o discurso esportivista, desvalorizando as demais manifestações da cultura corporal. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi relatar a experiência de um docente que tematizou as ginásticas nas aulas de EFE no Ensino Médio com o intuito de estimular o pensamento crítico dos seus alunos. As aulas foram realizadas no ano de 2015, com uma turma de 1º ano e outra de 2º ano, em uma escola técnica localizada na zona leste da cidade de São Paulo. Ao iniciar o ano letivo, foi diagnosticado que esses estudantes tinham apenas aprendido quatro modalidades esportivas ou realizado as práticas corporais que mais gostavam no Ensino Fundamental. Além disso, foi percebido que muitos alunos se interessavam por assuntos relacionados com a musculação. Nesse momento, a mídia também não parava de mostrar reportagens sobre os diferentes tipos de ginásticas que faziam parte das Olimpíadas. Após esse mapeamento, decidimos tematizar a ginástica durante um semestre. Iniciamos o projeto com aulas expositivas sobre o aparelho locomotor. Após obterem essas informações, os estudantes realizaram uma avaliação que precisavam desenhar o próprio corpo na quadra e colocar os nomes dos ossos e músculos aprendidos nesses desenhos. Realizamos diferentes exercícios de musculação com os halteres que estavam disponíveis na escola. Discutimos as diferenças entre suplementos alimentares e anabolizantes e ensinamos aos alunos sobre as especificidades do treinamento de força. Para finalizar esse momento, discutimos com os estudantes se a prática de musculação podia prejudicar o crescimento dos adolescentes. As ginásticas (artística e rítmica) foram apresentadas aos discentes com vídeos retirados do youtube contendo apresentações oficiais dessas práticas corporais. A ginástica acrobática foi vivenciada na escola com pirâmides simples. Depois desses momentos, explicamos para os alunos os princípios da ginástica geral e pedimos que eles elaborassem uma coreografia contendo dois elementos da ginástica artística, dois aparelhos da rítmica (foram feitos com materiais alternativos) e um movimento da ginástica acrobática. Além disso, era necessário que nessa apresentação ficasse evidenciado um tema de relevância para a sociedade. As coreografias foram apresentadas com os seguintes temas: machismo, racismo, homofobia, ditadura militar, religião e catequização dos indígenas. Foram realizadas gravações dessas apresentações e depois elas foram assistidas por todos. Para finalizar o semestre foram realizados debates sobre esses temas e os estudantes produziram charges e tirinhas para demonstrar os conhecimentos que foram adquiridos nas aulas. Concluímos, alicerçados nesse relato, que a construção de uma prática pedagógica na EFE contextualizada aos objetivos da escola contemporânea, pode contribuir para que a ampliação do universo cultural e formação de senso crítico dos estudantes acerca das manifestações da cultura corporal de movimento no Ensino Médio. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Ginástica; Ensino Médio.

Page 64: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A GINÁSTICA NA ESCOLA

Rafael Assad Aranda1 Caroline Petruy2

A ginástica é uma das manifestações culturais que se apresentam como conteúdo no ensino de Educação Física na escola. Os conhecimentos produzidos no âmbito da ginástica permitem organizar e sistematizar este conteúdo nas aulas de Educação Física. Neste trabalho, objetivou-se identificar os conhecimentos de ginástica produzidos e publicados em periódicos e revistas de Educação Física nacional entre os anos de 2004 e 2014 relacionados com o ensino da ginástica nas aulas de Educação Física. O estudo trata-se de uma pesquisa exploratória realizada por meio de revisão de literatura em periódicos e revistas nacionais de Educação Física, cujo acesso é gratuito e online. Foram encontrados 17 artigos sendo estes categorizados da seguinte forma: 5 deles tratavam-se da ginástica de uma forma geral, 3 tratavam-se de ginástica de condicionamento, 3 tratavam-se de ginástica de competição e 7 tratavam-se de ginástica de demonstração, 13 tinham como enfoque as questões de Ensino, principalmente sobre as abordagens metodológicas, 6 relatavam ações didático-pedagógicas de como ensinar a ginástica e 4 se propuseram a trazer conhecimentos para a sistematização de conteúdos relacionados à Ginástica. Verificou-se que apesar de uma produção diversificada e pequena de conhecimento no âmbito da ginástica, tendo em vista a ausência de estudos nas áreas das ginásticas fisioterápicas, das ginásticas de conscientização corporal e do seu desenvolvimento no nível de ensino do Ensino Médio, percebe-se um avanço dos estudos em Ginástica para a promoção de uma ginástica que permite o humano estar em totalidade no seu movimentar. Palavras-chave: Ginástica. Educação Física Escolar. Ensino. 1. Professor de Educação Física (UEL) da Rede Municipal de Educação – Londrina – PR e Cambé – PR, Membro do GEPEMH – UEL, Professor Supervisor do PIBID – UEL. e-mail: [email protected]

2. Professora de Educação Física (PUC-PR)

Page 65: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO PRÁTICA DE ENSINO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Fabrício Augusto Ribeiro A crescente degradação dos ecossistemas, observadas a partir da década de 70 causaram a perda da biodiversidade, destruição de culturas tradicionais dentre outros fatores. Neste cenário, surge a Educação Ambiental, como auxílio a tantas crises sócio-ambientais, caracterizada por processos aos quais os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. De modo pontual, a Educação Física pode ampliar nos educandos o interesse pelos valores da Educação Ambiental, promovendo o debate sobre a importância da relação do ser humano com a natureza. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo verificar a prática docente dos professores de educação física, em relação à Educação Ambiental (EA), e a partir disso, elaborar propostas que possam contribuir com o trabalho de EA no âmbito da Educação Física Escolar. No intuito de compreender como a EA é abordada por tais professores, foi realizado um estudo bibliográfico e observação das aulas de professores da área, tendo em vista maior compreensão acerca das questões ambientais. Este estudo permitiu verificar a necessidade de se trabalhar a Educação Ambiental, de forma interdisciplinar, dentro do contexto escolar, principalmente, nas aulas de Educação física no processo de ensino aprendizagem, no sentido de levar aos alunos o pensamento crítico e consciente acerca das questões ambientais e sua preservação. Nota-se grande dificuldade em potencializar a relação entre a Educação Física e a Educação Ambiental nas escolas públicas, devido à falta de informação, conhecimento e iniciativa por parte de muitos professores, falta de material e de espaço físico, interesse e motivação. Palavras-chave: Meio Ambiente. Educação Física. Interdisciplinaridade. Universidade Federal de Lavras [email protected]

Page 66: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÂO FÍSICA RELACIONADA AO CONTEÚDO SAÚDE PERANTE AS TENDÊNCIAS E

ABORDAGENS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Renan Camargo Corrêa Daniele dos Passos

Deivid Junior de Melo Brasdorico Merqueades dos Santos

O profissional de educação física vem ganhando espaço quanto à melhora de componentes relacionados à saúde do indivíduo, em que se pode intervir individualmente ou coletivamente, inclusive no ambiente escolar. O presente estudo buscou explanar o ensino na educação física e seu papel na saúde. O estudo teve caráter descritivo e qualitativo. Foi realizado a partir do levantamento de dados e revisão da literatura. Foi possível identificar que a educação física sofre influência do momento histórico, onde assume características de acordo principalmente com objetivos do momento histórico. Foram observadas diferentes abordagens, as quais são ferramentas indispensáveis para a transmissão de conhecimento, e que o profissional deve tê-las como base para suas aulas, adaptando e aglutinando-as perante as características da realidade a ser enfrentada. Fica evidente a importância de se trabalhar os conteúdos da educação física relacionados à saúde, visto a necessidade da adoção de hábitos saudáveis. É notável que cada tendência de ensino tem foco diferenciado, no entanto trabalha o conteúdo voltado à saúde. Quanto as abordagens/metodologias de ensino, tem a temática relacionada à saúde como integrante do conteúdo a ser trabalhado. A sociedade contemporânea anseia por meios que proporcionem a melhora/manutenção da saúde e a qualidade de vida, como também na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, podendo ser trabalhada de forma de aquisição de conhecimento e/ou prática física. Portanto, trabalhar e enfatizar a importância desses conteúdos na formação dos profissionais de educação física é de fundamental importância, para que os mesmos possam atuar de forma mais incisiva na escola trazendo benefícios presentes e futuros, pensando sempre na saúde da população.

Palavras-chave: Educação Física; saúde; ensino superior Renan Camargo Corrêa - Universidade Estadual de Londrina / Universidade Pitágoras Unopar - Polo Santo Antonio da Platina - [email protected] Daniele dos Passos - Universidade Pitágoras Unopar - Polo Santo Antonio da Platina - [email protected] David Junior de Melo- Universidade Pitágoras Unopar - Polo Santo Antonio da Platina - [email protected] Brasdorico Merqueades dos Santos - Universidade Dom Bosco-MTS-Campo Grande.

Page 67: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A INFLUÊNCIA DA PERCEPÇÃO VISUAL NA AÇÃO MOTORA NAS AULAS DE EDUCACAO FISICA

Allan Alberto de Moura¹ Karla Cáceres²

Rafael Assad Aranda³ Nilton Munhoz Gomes4

O presente estudo trata-se de um relato de experiência vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID/UEL) em uma escola localizada na região norte da rede municipal de Londrina/Pr. O PIBID tem entre seus objetivos possibilitar ao bolsista contato com a realidade escolar contribuindo com o processo de formação de futuros professores de Educação Física e, auxiliar na formação continuada do professor que está inserido na escola. Dentre os conteúdos da Educação Física, a percepção visual é classificada como um sentido que requer conjugação da atenção voluntária e da capacidade de programação e reprogramação dos órgãos que irão realizar a atividade motora. O escolar que não desenvolve essa habilidade integrativa ‘viso-motora’ poderá apresentar complicações no processo de alfabetização, refletindo em dificuldades na leitura e escrita, prejudicando o progresso escolar, favorecendo no aparecimento de possíveis problemas emocionais e comportamentais, além da aprendizagem. Buscando esclarecer a relação entre a visão e sua importância para a ação motora, o presente relato tem como objetivos: destacar a importância da visão para a ação motora e compreender a relação do sentido da visão como norteador e sua importância na ação do sujeito. Esse relato de experiência é referente a um programa de intervenção que contou com quatro aulas de Educação Física com alunos do segundo ano do Ensino Fundamental I do período vespertino. As atividades desenvolvidas foram: quebra-cabeça, que teve como objetivo levar o aluno a perceber e organizar a informação visual dos objetos no espaço; a mimica, que levou o aluno a identificar a informação visual por meio da ação motora do outro; um circuito motor com atividades viso-motores (transpor diferentes obstáculos) com objetivo de levar o aluno a perceber a si próprio utilizando da percepção visual e da ação motora para realizar as atividades propostas. Num segundo momento, neste mesmo circuito, os alunos realizaram as atividades com os olhos vendados, levando-os a compreender o sentido da visão como norteadora da ação motora. Por meio da observação das aulas, percebemos que os alunos compreenderam a relação, a importância e a influência da percepção visual na ação motora, adquirindo o conhecimento de que a visão é o sentido que mais capta informação do ambiente para que haja a programação do movimento e a realização da ação motora. Observamos também que o conhecimento adquirido transpôs o movimento em si, percebemos uma reflexão dos alunos para questões na esfera social, como de pessoas que apresentam a cegueira e a baixa visão. Concluímos que o conteúdo ‘percepção visual’ merece atenção por parte dos professores de educação física considerando sua importância em todo processo de escolarização dos alunos, merecendo destaque não só no aspecto motor como também na alfabetização. Palavras-Chave: Educação Física; percepção visual; ação motora. 1 Discente do Curso de Graduação em Educação Física – habilitação licenciatura – Bolsista PIBID – UEL - : [email protected] 2 Discente do Curso de Graduação em Educação Física – habilitação licenciatura – Bolsista PIBID – UEL - : [email protected] 3 Professor da Rede Municipal de Educação – Londrina – PR, GEPEMH – UEL, Professor Supervisor do PIBID – UEL - : [email protected] 4 Professor do Departamento de Estudos do Movimento Humano UEL - Coordenador de área do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID)- : [email protected]

Page 68: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Isabela de Paulo Sousa Ana Luiza Barbosa Anversa

Patric Paludette Flores Vânia de Fátima Matias de Souza Luciane Cristina Arantes da Costa

A motivação é o processo que leva os alunos a querer participar das aulas com maior empenho ou persistir na atividade por um tempo prolongado. Esse estudo tem como objetivo identificar o nível de motivação dos alunos nas aulas de educação física. Para verificar o nível de motivação (autonomia, competência e relacionamento) dos alunos foi utilizado o questionário de Necessidades Psicológicas Básicas na Educação Física Escolar (BPNES). Participaram do estudo alunos de uma escola do município de Maringá-PR. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e inferencial. Para a análise da normalidade dos dados será utilizado o teste de Kolmogorov Smirnov. Para dados não normais foi utilizado o teste U de Mann Whitney e para dados normais o teste utilizado de Kruslall-Wallis. A significância adotada foi de p<0,05. Na fase inicial do ensino fundamental (6º ano) os escolares apresentaram melhores índices de relacionamento. No ensino médio (1º ano), os escolares apresentaram maior satisfação nos índices de autonomia. Diante destes indicativos pode-se concluir que os escolares tiveram uma maior satisfação na competência e relacionamento. No sexo masculino a autonomia e a competência foram superiores em relação ao sexo feminino. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Motivação; Alunos. Universidade Estadual de Maringá – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física Escolar

Page 69: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Cláudia Diniz de Moraes

Esse artigo constitui‐se em uma reflexão da prática pedagógica do professor de Educação Física na Educação Infantil, tendo um olhar voltado a importância do movimento para a criança pequena. O objetivo foi de ressaltar a importância da inserção do professor de Educação Física no contexto educacional infantil. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa bibliográfica e documental. A partir das categorias: movimento e prática pedagógica. Buscou-se, ainda, compreender sua o entendimento sobre movimento por estudiosos da Educação. Palavras-chave: movimento, educação infantil, educação física Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande/MS, Brasil [email protected]

Page 70: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

A PRÁXIS PEDAGÓGICA: CONCRETIZANDO POSSIBILIDADES PARA A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Luiz Cláudio dos Santos Cortez 1 Mônica Aparecida Rodrigues Luppi 2

Edgar de Campos Neto 3

Jaqueline Prudencio da Silva 4 O presente estudo apresenta um projeto de intervenção num Colégio Estadual localizado na zona norte de Londrina-PR, participante do Projeto Observatório da Educação (OBEDUC/UEL). O problema a ser pesquisado refere-se as metodologias de ensino aprendizagem na disciplina de Educação Física, com o objetivo geral de compreender a manifestação das funções psíquicas da sensação, percepção, memória, atenção, pensamento e linguagem e como as metodologias podem contribuir no processo de aquisição de novos conhecimentos e habilidades. Os estudos teóricos se fundamentam na Pedagogia Histórico-Crítica, sobre o método científico do Materialismo Histórico e na Teoria Histórico-Cultural. As atividades foram realizadas durante as aulas de Educação Física, no período vespertino em três turmas do sexto ano do Ensino Fundamental. Utilizando do conteúdo estruturante Jogo e Brincadeiras, especificamente o Xadrez, foi possível perceber as diferentes possibilidades de leitura utilizadas: sobre percepção das cores, formas (referente as peças e tabuleiro), estudo das regras oficiais, organização e hierarquia de cada peça, identificação de posição e espaço no tabuleiro (colunas e fileiras). Foi proposto a criação de um jogo de ludo, onde os alunos elaboraram questões sobre as atividades realizadas, o qual batizamos de Ludodrez. Palavras-chave: Formação Continuada. Metodologia. Xadrez. 1 Professor PDE da Rede Estadual - SEED/PR, Universidade Estadual de Londrina – UEL/PR - Projeto OBEDUC (Observatório da Educação/MEC). [email protected] 2 Docente no Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina [email protected] 3 Graduando Curso de Pedagogia e participante do Programa de Iniciação Científica (PROIC) 4 Graduando Curso de Pedagogia e participante do Programa de Iniciação Científica (PROIC)

Page 71: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

AÇÕES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: REPRESENTAÇÕES

PARA A FORMAÇÃO DO FUTURO PROFESSOR

Patric Paludett Flores* Ana Luiza Barbosa Anversa*

Camila Rinaldi Bisconsini* Héres Faria Ferreira Becker*

Juliana Dias Boaretto* Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira*

Atualmente, buscar a melhor qualidade na educação vem se tornando destaque em produções acadêmicas e em discursos de profissionais ligados à área, bem como, em discussões políticas que colocam a universidade como uma instituição que ainda carece de mais atenção. Dentre os pontos levantados para a busca dessa qualidade, destaca-se a importância dos cursos de formação de professores como um dos principais articuladores dessa ação, pois se deve pensar que o curso e toda a sua estrutura são peças essenciais para a profissionalização do sujeito, ou seja, para a construção do Ser professor e todo o contexto que isso implica. Sendo assim, percebe-se grande influência da formação inicial no processo de construção docente e, ao mencionar a constituição da identidade do professor, destaca-se o Estágio Curricular Supervisionado (ECS) como um dos elementos fundamentais para esse processo, visto que é reconhecido como um dos componentes determinantes no processo de construção do futuro profissional (BATISTA, 2014). Nesse sentido, esta pesquisa buscou levantar as ações desenvolvidas nas disciplinas de ECS nas universidades públicas do estado do Paraná e a sua representatividade para o processo de formação do futuro professor de Educação Física Escolar (EFE). A pesquisa se caracteriza como qualitativa do tipo descritiva. Para a coleta de dados, utilizou-se de um questionário disponibilizado e respondido por meio do aplicativo Google Docs. Participaram da pesquisa cinco universidades públicas do estado do Paraná, por meio de seus coordenadores responsáveis pelos ECS nos respectivos cursos de Licenciatura em Educação Física. A análise das informações se deu a partir dos indicativos da análise de conteúdo proposta por Bardin (1977). A partir dos achados, podem-se perceber dois momentos diferenciados e complementares durante o ECS, as ações realizadas na escola (campo de estágio) e as ações realizadas na universidade (semanalmente ou mensalmente). Na escola, destacam-se três ações que caracterizam o ECS: 1) A Observação – Visitas e acompanhamento durante a aula de EFE. 2) A Participação – interação e auxílio durante a aula EFE. 3) A Direção – Regência das aulas de EFE. Já na universidade, notam-se três ações que orientam os alunos na realização do ECS na escola: 1) Ações de prática docente sobre EFE – Aulas expositivas; Seminários; Palestras, estudos e rodas de discussões temáticas. 2) Ações Burocráticas – Auxílio na documentação necessária para a realização do ECS; Organização de relatórios; Organização de pastas/cadernos finais. 3) Ações pedagógicas – Planejamento de ensino; Troca de experiências; Aulas teórico-práticas. O ECS em sua essência busca, a partir da sua organização e de como é conduzido, apresentar aos estagiários elementos da profissão e provocar uma reflexão da prática pedagógica e dos condicionantes que interferem (in)diretamente na aula de EFE. A partir das ações desenvolvidas durante o ECS nas universidades pesquisadas, nota-se uma preocupação das mesmas com a qualidade da formação desse futuro professor. Nesse sentido, destacam-se a importância das ações desenvolvidas durante o ECS, bem como, as diversas formas de exercer reflexões sobre a EFE a partir da realidade de cada escola e dos conhecimentos (re)produzidos na mesma e na universidade. Palavras-chave: Formação inicial; Educação Física; Estágio Curricular Supervisionado. Universidade Estadual de Maringá - Endereço: Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL. Bloco M06, Sala 12. Campus Universitário - Maringá/PR.

Page 72: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PARA O ENSINO DAS MODALIDADES ESPORTIVAS PARA OS ALUNOS COM

CEGUEIRA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Debora Cristiane Fagundes Nilton Munhoz Gomes

Vários estudos sobre a inclusão escolar de alunos com deficiência visual têm sido realizados em diferentes áreas temáticas, merecendo destaque as questões voltadas para os professores: opinião, formação, dificuldades, estratégias de ensino. Poucos estudos mostraram a perspectiva do aluno com esta condição, como se sentem, como percebem a ação do professor, a relação com seus pares, enfim, a ótica desse aluno neste processo de inclusão escolar. A Deficiência Visual pode ser definida como uma limitação na visão que, mesmo com correção que afeta negativamente o desempenho de uma criança durante a sua educação. Com isso, o presente estudo tem o objetivo investigar a inclusão a partir da concepção do aluno com deficiência visual, dentro do contexto escolar nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental II. Participarão deste estudo dois estudantes com cegueira, com dezoito anos, sexo masculino. Será feita uma pesquisa de campo, qualitativa e descritiva, através de um questionário semiestruturado que foi elaborado pela pesquisadora. O que me instigou a estudar este tema foi devido ao fato de ter tido uma amiga que estudou comigo em minha primeira graduação, com deficiência visual, por ter afinidade com os esportes e também por ter vivenciado todas as modalidades esportivas enquanto estudante. Estudos apontam para o uso equivocado da disciplina de educação física, voltada para a prática esportiva de rendimento, dando importância somente às suas técnicas e jogos. Este trabalho contribuirá para conhecermos as estratégias utilizadas nas aulas de Educação Física, no ensino das modalidades esportivas para os alunos com cegueira no Ensino Fundamental I de escola pública; entendermos quais adaptações foram feitas para o ensino dessas modalidades; identificarmos se houve aprendizado dos conteúdos; conhecermos como eram realizadas as avaliações destes conteúdos e também se o conhecimento adquirido nas aulas de Educação Física, auxiliam os alunos na compreensão da dinâmica de um jogo quando o escutam na televisão ou rádio. Palavras-chave: Inclusão, Educação Física Escolar, Deficiência Visual

Universidade Estadual de Londrina (UEL) – [email protected]

Page 73: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

APRENDER A APRENDER: CONTRIBUIÇÕES DA METACOGNIÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE APRENDIZAGENS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Giovani de Paula Batista Ricardo Lemes da Rosa

Historicamente a construção de aprendizagem na Educação Física Escolar tem como foco central, o desenvolvimento de habilidades motoras necessárias para a prática do conteúdo. Embora se reconheça avanços nos estudos da área, essa perspectiva de aprendizagem já não atende as demandas da sociedade atual. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo discutir teoricamente a perspectiva de aprendizagem no campo da Educação Física Escolar, bem como apresentar a metacognição como uma possibilidade do professor repensar suas aulas de modo a proporcionar aos educandos maior autonomia e responsabilidade sobre o próprio processo de aprender. Dentre os autores utilizados para a fundamentação teórica a respeito da aprendizagem na Educação Física Escolar encontra-se Freire (1989); Magill (2000); Valentini e Toigo (2004); Ferreira (2006) e Tani (2011). Já metagnição está fundamentada nos estudos de Flavell (1999); Bransford; Brown; Cocking (2007); Portilho (2009) e Cosme e Trindade (2011). A presente pesquisa é de caráter qualitativo, do tipo exploratório, partindo de fontes bibliográficas fundamentada nos estudos de Alami, Desjeux e Moussaoui (2010). As considerações para a necessidade dos professores pensarem suas aulas a partir da abordagem metacognitiva de aprendizagem de modo a proporcionar aos educandos a oportunidade de conhecer um pouco mais de si e da realidade que o circunda. O presente texto será apresentado em forma de comunicação oral. Palavras-chave: Educação Física Escolar. Aprendizagem. Metacognição. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Setor de Educação Física.

Page 74: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

APROPRIAÇÃO SOCIAL DO FENÔMENO ESPORTIVO: REFLEXÕES A PARTIR DOS PRESSUPOSTOS GRAMSCIANOS

Daiane Grando Silvia Christina de Oliveira Madrid

O artigo tem como objetivo analisar a relação entre o pensamento de Antônio Gramsci e as diferentes formas de compreensão e utilização do esporte na sociedade. O esporte é um fenômeno social capaz de influenciar no comportamento humano, historicamente teve e tem funções sociais permeadas por pensamentos políticos e ideológicos. Tendo em vista tais aspectos, analisamos a relação entre esporte e sociedade por meio de uma perspectiva crítica de educação e consideramos que, o esporte está imerso nas relações sociais e é consumido de diferentes formas pelo indivíduo, que o cria e o pratica bem como por aquele que tem acesso a está prática corporal pelos meios de comunicação de massa. Palavras-chave: Esporte; Sociedade; Apropriação social.

Page 75: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

AS CONTRIBUIÇÕES DE ANÍSIO TEIXEIRA PARA A EDUCAÇÃO INTEGRAL: APROXIMAÇÕES COM O CAMPO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Vânia de Fátima Matias de Souza Lucas de Paula Rodrigues

Bruna Solera

A pesquisa realizada tem como objetivo apresentar as contribuições de Anísio Teixeira para a educação integral, trazendo os apontamentos e as aproximações de sua proposta com o campo da educação física escolar nos anos de 1950. Tendo como método usado a pesquisa documental, foram utilizadas fonte de pesquisa as obras A Educação e a crise brasileira (1956), Educação não é privilégio (1957), Centro Educacional Carneiro Ribeiro (1959) e Pequena introdução á filosofia da Educação (1975). Essas obras foram consideradas como o inventário básico para compreendermos como a educação física escolar aparece no cenário proposto para a educação integral nos anos de 1950. Os resultados iniciais apresentam que a contribuição de Anísio Teixeira para o campo da educação, vão se dar a partir da aplicação da sua teoria educacional, na qual os alunos são considerados integrantes e totalmente inseridos no processo de ensino. Para Anísio Teixeira era importante que se considerasse, para o processo educativo, os interesses, gostos, e aptidões dos alunos e que a partir disso fossem desenvolvidas as aulas, outro destaque de sua teoria estava relacionado à ênfase ao fator psicobiológico do interesse do aluno. Para o educador e intelectual Anísio Teixeira era importante considerar a ideia de que educação e vida não podem ser consideradas separadamente, uma completa a outra, e o ensino só em benéfico quando ele e levado para a vida, ocorrendo por meio de experiências reais de vida. Concernindo à escola se transformar para suprir a necessidade dessas experiências, e ao professor o papel de criar situações de aprendizagem a fim de levar o aluno a racionar e elaborar seus próprios conceitos. Por fim, destacamos a relação que Anísio Teixeira faz entre a educação integral e a Educação Física, em seus escritos nos quais o educador apresenta que educação integral deveria ser constituída por dois períodos de aulas, um período constituído de atividades voltadas a instrução propriamente dita e no outro atividades voltadas ao trabalho, arte, socialização e educação física. Anísio Teixeira cita a importância da criação de Ginásios e espaços próprios para as práticas esportivas, recreativas e de Educação Física, e que essas deveriam sempre fazer parte da educação integral. Em destaque, cita-se o Centro Carneiro Ribeiro, que fora desenvolvido por Anísio Teixeira, a fim de ser uma experiência de escola primaria integral, no qual o dia escolar era divido em aulas na escola-classe e na escola-Parque, sendo que nessa era praticado a Educação Física no qual as aulas deveriam acontecer em dois períodos. Constituída de escolas classes, voltadas as atividades de instruções intelectuais, e uma escola-parque, com, ginásios, pavilhões de trabalho e atividades sociais, teatros e bibliotecas. Os dados indicam que na perspectiva de Anísio Teixeira, a recreação, jogo e ginástica, eram os elementos obrigatórios da escola, principalmente na escola integral, e na “Escola-Parque” que fora proposta por ele, sendo que a Educação Física auxiliaria na instrução propriamente dita dos alunos, na busca de desenvolvê-los integramente. Palavras-chave: Educação Física Escolar; História; Educação Integral. Vânia de Fátima Matias de Souza - [email protected] - Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá.

Page 76: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ATIVIDADES RITMICAS EXPRESSIVAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA: O ESPAÇO DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Paulo Clepard Silva Januario Graciele Massoli Rodrigues.

Esse relato é fruto de um planejamento pautado nas demandas de uma escola da Rede Municipal de Santo André, região metropolitana de São Paulo, que foi desenvolvido na Educação Física Escolar, com o Ensino Infantil (4 e 5 anos) e Ensino Fundamental I (6 e 7 anos). A proposta de prática pedagógica objetivou promover a inclusão de crianças com diferentes deficiências nas aulas, por meio das relações/interfaces das atividades rítmicas e expressivas com os componentes da música e o movimento do corpo humano. A sequência didática adotada foi planejada com duração de um bimestre, utilizando aulas tematizadas envolvendo as características da música e seus componentes sonoros: a identificação do som (timbre), agudo e grave (altura) e forte e fraco (intensidade). Foram utilizados instrumentos musicais percussivos e de cordas, atividades que estimulavam os sons com o próprio corpo (percussão corporal) e materiais usuais da Educação Física tais como bolas, cones, arcos e cordas. As atividades ocorreram em diferentes ambientes da escola, como quadra, pátio e sala de aula e contaram com intensa participação das crianças com deficiência em todo o processo, visto que em outras atividades sem o implemento da música não foi observado tal fato, o que pode ser considerado o diferencial dessa proposta: Apresentação e exploração de diferentes sons do corpo e de instrumentos musicais convencionais; histórias infantis com o implemento de músicas e criação de gestos; brincadeiras diversas envolvendo os componentes sonoros e registros por meio de desenhos das brincadeiras desenvolvidas, foram estratégias utilizadas. Foi possível observar a ampliação dos recursos típicos da oralidade e do repertório gestual de todos os discentes, principalmente dos alunos com deficiência. Verificou-se que a proposta possibilitou potencializar a inclusão das crianças nas brincadeiras aflorando a participação e as diferenças nas aulas. Os depoimentos, as atitudes e os registros coletados propiciaram visualizar que a proposta veio ao encontro de aprendizagens significativas para as crianças acompanhadas com essa proposta. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Prática Pedagógica Inclusiva; Atividades Ritmicas Expressivas. Universidade de São Judas Tadeu – Grupo de Estudos em Educação Física e Pessoas com Deficiência. Rua Taquari, n. 546, Mooca. São Paulo/SP.

Page 77: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

AUTO PERCEPÇÃO DE COMPETÊNCIA EM ACADÊMICOS DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Eliane J. Barbosa dos Reis¹’² Caroline Ruivo Costa²

Laís Vitória Marques Espósito¹ Ieda Parra Barbosa Rinaldi²

Jorge Both²

O presente estudo apresenta resultados de uma pesquisa que possuiu como objetivo comparar o grau de auto percepção de competência quanto ao nível de conhecimento, habilidades e motivação no aprendizado de estudantes matriculados na primeira e quarta série de um curso de Educação Física de uma universidade pública do noroeste do Paraná. Caracteriza-se como um estudo descritivo exploratório, obtendo como população 80 acadêmicos de licenciatura, sendo, 54 da 1ª série e 26 da 4ª série. O instrumento utilizado foi a Escala de Auto percepção de Estudantes Universitários adaptada da versão original por Ribeiro (1994), análise descritiva os valores foram expressos em frequência absoluta. Na análise estatística, foi utilizado o teste de Shapiro-Willk para identificar a normalidade dos dados e para comparar os valores médios obtidos nos itens dos questionários entre as séries, utilizou-se o teste U de Mann- Whitney e o Teste de Friedman para amostras independentes não-paramétricas. Constatou-se que a auto percepção de competência foi classificada mediana e foi igual entre os dois grupos, não havendo diferença estatística significante da 1ª para a 4ª série, tornando-se necessário novos estudos relacionados ao assunto. Palavras-Chave: Auto percepção de competência, Educação Física, Motivação. ¹ Programa Associado de Pós-Graduação em Educação Física UEM/UEL - Universidade Estadual de Maringá ² UNESPAR – Universidade Estadual do Paraná, campus Paranavaí [email protected]

Page 78: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO:COMPREENSÃO DOS ALUNOS

Milena Fumie Morales Kashima¹ Ana Cláudia Saladini²

O presente trabalho teve como objetivo mapear as concepções de estudantes do terceiro ano do Ensino Médio sobre o processo de avaliação da aprendizagem, pois essa prática pauta-se em critérios que contribuem pouco para a formação integral dos estudantes, priorizando aspectos predominantemente físicos e técnicos relacionados à prática das modalidades esportivas. A coleta de dados se deu por meio de questionário composto de perguntas abertas e fechadas com estudantes do terceiro ano do Ensino Médio de três escolas estaduais da região central da cidade de Londrina (PR). A análise dos dados resultou em três categorias: a) Processo de ensino e aprendizagem, b) Concepção de Educação e de Educação Física e c) Processo avaliativo nas aulas de Educação Física. O estudo concluiu que os alunos das três instituições compreendem que a avaliação da aprendizagem é uma prática que o professor realiza para observar o nível de aprendizagem de cada um e ajudar no que for preciso, contudo, observamos que ela ainda pauta-se em alguns critérios que não auxiliam no desenvolvimento dos estudantes, visto que, na maioria das vezes, a nota acaba sendo o principal objetivo em detrimento do conhecimento proporcionado pela disciplina. Palavras-chaves: Avaliação, Ensino Médio, Educação Física. 1: Graduada do curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina - UEL, Londrina PR, [email protected].

2: Docente do curso em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina PR, [email protected]

Page 79: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CAMINHO PARA AUTONOMIA?

Caroline Bernardis Gomes1 Ana Cláudia Saladini2

A avaliação da aprendizagem se constitui como um elemento importante do processo de ensino e aprendizagem nas escolas. Sendo assim, ela é um elemento que se faz presente tanto na ação docente de ensinar como na ação discente de aprender. Constitui-se, portanto, como uma oportunidade de análise, discussão, reavaliação e reorganização do planejamento docente. A avaliação na disciplina de Educação Física deve fazer com que os alunos possam construir, reconstruir e reelaborar conhecimentos, promovendo assim a interação entre o fazer e saber-fazer, além de analisarem e refletirem sobre seu próprio corpo. Assim, a razão de pesquisar a avaliação da aprendizagem é a de poder examinar se este elemento componente do processo de ensino-aprendizagem pode contribuir para o desenvolvimento da autonomia nos estudantes durante as aulas de Educação Física. Se a avaliação é um componente do processo de ensino, este está nas mãos do professor que no ambiente educacional deve ir além de simples apresentações de conteúdos, indo no caminho de se apresentar evidências sobre a importância daquele tema a ser estudado e buscar alcançar um resultado bem-sucedido com a garantia de um ensino de qualidade, garantindo a relação entre o conteúdo estudado e a realidade vivida pela aluno. O aprender neste caminho anda junto com os dois envolvidos, porém o seu foco principal está no estudante que no ambiente educacional irá construir conhecimentos sociais e científicos que então serão levados para a sua vida desde que ele compreenda o seu verdadeiro significado. Desta maneira podemos ver que o ensinar e o aprender estão caminhando juntos e que nesta estrada cada personagem precisa um do outro, para que possam vencer as dificuldades existentes e garantir um ensino e uma aprendizagem significativa. O objetivo geral deste projeto de trabalho de conclusão de curso é analisar a relação entre a avaliação da aprendizagem e o desenvolvimento da autonomia dos alunos e os objetivos específicos são: apresentar a avaliação da aprendizagem como um dos elementos que compõem o processo de ensino e aprendizagem na Educação Física e analisar a avaliação da aprendizagem como uma possibilidade de contribuição para o desenvolvimento da autonomia. Esta autonomia fica evidente nos estudantes quando as suas ações estão voltadas para ele próprio, sendo assim um regulador interno a ele e não mais externo, as suas concepções são diferentes, os seus direitos e deveres se complementam e se equilibram, desta maneira para que a avaliação contribua neste processo é necessário que ela sirva como possibilidade de reconhecimento dos seus avanços no processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e tivemos como referências autores como Hoffmann (2006, 2010;), Libâneo (1994), Luckesi (1994, 2001, 2002), Palma et.al (2010), La Taille (2006) entre outros que nos ajudaram na construção desse trabalho. A partir destes pontos, analisaremos como a avaliação da aprendizagem nas aulas de Educação Física pode possibilitar a autonomia dos estudantes. Esperamos desta maneira que o presente trabalho contribua no âmbito avaliativo escolar e nas aulas de Educação Física, auxiliando assim o processo de ensino e de aprendizagem nas aulas desta disciplina.

Palavras-Chave: Educação Física, Autonomia, Avaliação. 1 Estudante do Curso de Educação Física Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina - [email protected] 2 Professora do Departamento de Estudos do Movimento Humano - Universidade Estadual de Londrina [email protected]

Page 80: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

BRINCADEIRA MAMÃE DA RUA E O FOLGUEDO PARAFUSO: UM DIÁLOGO POSSÍVEL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FISICA

Anderson Soares Simões O objetivo desse estudo é estabelecer uma relação entre o “folguedo Parafuso” e a brincadeira infantil “mamãe da rua”, enquanto conteúdo curricular nas aulas de Educação Física. Na cultura popular brasileira temos características peculiares de cada região do país. Dentre essas culturas que influenciam a nossa realidade, temos a cultura introduzida em nosso país pelos africanos escravizados. Nesse estudo, destacamos o Folguedo Parafuso, que tem destaque nas ruas do município de Lagarto, localizado no estado de Sergipe. A história do folguedo remete a época da escravidão, quando os escravos roubavam as anáguas e deixavam escondidas para que, em noite de lua cheia, pudessem coloca-las sobrepondo-as até o pescoço, deixando as mãos livres e com os rostos pintados com a tabatinga (composto argiloso formado a partir de uma mistura de raros materiais encontrados no fundo de lagoas); colocavam chapéus e saiam correndo das senzalas, em direção a mata fechada, girando (como um parafuso), causando medo em seus senhores e no capataz, por acreditarem tratar-se de fantasmas. Não temos com exatidão a origem do jogo “mamãe da rua”, cujo o objetivo é atravessar de um lado da rua para o outro, sem que seja pego pelo perseguidor que se encontra no meio da rua. Assim como no folguedo parafuso, o objetivo era fugir da senzala, atravessar a cidade e chegar na mata, sem ser pego pelo capataz e sua equipe de caça. Ambos apresentam objetivos semelhantes, atravessam de um lado para o outro fugindo, da condição de escravos ou daquele que pode “pegar” o adversário e retirá-lo da brincadeira. Nas aulas de Educação Física podemos associar, muito além da origem, a brincadeira “mamãe da rua” com o folguedo parafuso, cumprindo assim um papel importante no resgate histórico e cultural da cultura afro em nossa realidade. A disciplina de Educação Física, enquanto área de conhecimento, deve se preocupar muito além de apenas propiciar a vivência motora para os alunos, é necessário que eles construam um conhecimento teórico/prático sobre o assunto ensinado nas aulas e possam fazer as relações com o contexto histórico e a própria realidade. Palavras-chave: Folguedo Parafuso; mamãe da rua; Educação Física. Estudante do curso de Educação Física – Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina [email protected]

Page 81: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CADERNO PEDAGÓGICO DE GINÁSTICA: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSCA

Ravelli Henrique de Souza Marilene Cesário

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008), da Secretaria do Estado do Paraná apresenta a Ginástica como conteúdo estruturante da Educação Física juntamente com os Jogos e Brincadeiras, Esportes, Lutas e Dança. Nas propostas curriculares da Rede Municipal de Educação de Londrina a Ginástica enquanto conteúdo é proposta apenas no quinto ano do ensino fundamental I nas aulas de Educação Física. Entendemos que a presença da Ginástica no projeto curricular de cada escola se faz necessária desde as séries iniciais até o ensino médio. A fim de subsidiar ações didáticas e pedagógicas que contribuam para o ensino da Ginástica na escola, foi elaborado como Trabalho de Conclusão de Curso – TCC do Curso de Licenciatura em Educação Física/UEL um Caderno Pedagógico propondo estratégias de ações para o ensino de saltos e saltitos no âmbito da Ginástica. O objetivo do artigo em questão é apresentar e socializar, de maneira ampla, o material pedagógico elaborado. Acreditamos que trabalhos dessa natureza possibilitam melhorias na formação docente, na medida em que favorecem o repensar do ensino desse conteúdo na escola e ainda favorecem a produção científica na área. Palavras-chave: Educação Física, Ginástica, Caderno Pedagógico, Formação de Professores. Ravelli Henrique de Souza. Graduado na Universidade Estadual de Londrina no curso de Educação Física - Licenciatura. e-mail: [email protected] Marilene Cesário. Professora do Centro de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina. e-mail: [email protected]

Page 82: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES EM RELAÇÃO À DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

NO MUNICÍPIO DE PINHÃO/PR

Ilma Célia Ribeiro Honorato 1 Renilda de Fátima Mendes 2

Esta pesquisa teve por objetivo analisar as concepções dos Professores em relação à disciplina de Educação Física nos anos finais do ensino fundamental no município de Pinhão/PR. O trabalho partiu da verificação do sistema de ensino, o ambiente escolar e a metodologia utilizada pelos professores. Foi desenvolvido por meio de uma pesquisa de campo, direta e qualitativa com aplicação de questionários aos professores com questões abertas sobre o sistema de ensino e o cotidiano em sala de aula e suas práticas pedagógicas. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo, com a técnica da categorização. Ao final da pesquisa consideramos que a disciplina de Educação Física está descontextualizada nas escolas investigadas deste município, com as aulas sendo utilizadas para treinamento do esporte de alto rendimento. Palavras-chave: Educação Física, Anos Finais do Ensino Fundamental, Esporte.

Faculdade Guairacá - Universidade Estadual de Ponta Grossa/UEPG - E-mail: [email protected]

1 Docente do curso de Educação Física/Faculdade Guairacá; Pesquisadora do grupo de pesquisa GEPEFE/UEPG; Doutoranda em Educação/UEPG.

2 Professora de Educação Física da Rede Estadual de ensino - SEED/PR.

Page 83: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CONGRESSO NORTE-PARANAENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR INTEGRANDO PESQUISA E ENSINO PELA AÇÃO EXTENSIONISTA

José Augusto Victoria Palma Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma

As universidades caracterizam-se pela sua dimensão de universalidade na produção e transmissão da experiência cultural e científica da sociedade. Em atendimento à uma demanda feita por professores realizamos o evento denominado de Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF, que já foi desenvolvido em 7 edições desde 2004, sendo, as duas últimas, paralelas ao Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física. Nosso objetivo geral foi implementar uma forma de preparação e desenvolvimento profissional, em que os envolvidos, professores e estudantes de Educação Física, por meio de seus constructos, encontrem respostas para muitas de suas dúvidas e problemas. Nosso objetivo foi plenamente alcançado, fato identificado pela avaliação da Comissão de Avaliação e pela participação da comunidade – professores e estudantes de Educação Física. Estabelecemos, como premissa geral e hipótese de trabalho, que o processo de preparação e qualificação de professores em formação inicial e continua, quando integrados, proporciona a aquisição, via construção ativa e crítica, de saberes relacionados diretamente com a prática profissional favorecendo nova compreensão do saber, fazer, saber-fazer, da relação pedagógica, do contexto educacional, seus efeitos e relações e coordenações. A dinâmica em todas as edições do CONPEF foi: elaborar um tema geral, preparar conferencias, palestras, mesas redondas e mini-cursos que destacassem a temática do evento. Já participaram, em todas as edições, 2729 congressistas, com 617 trabalhos apresentados, comunicações orais e cartazes, sendo 118 na última edição. As linhas temáticas para a apresentação dos trabalhos foram: a) Formação de professores em Educação Física; b) Fundamentos teórico-metodológicos do processo ensino-aprendizagem e avaliação em Educação Física; c) Fundamentos históricos, filosóficos e culturais da educação na Educação Física. Foram editados Anais com a publicação dos resumos e dos textos completos dos trabalhos apresentados como artigos. O CONPEF é uma promoção Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física vinculado ao Laboratório Pesquisa em Educação Física – do Departamento Estudos do Movimento Humano - CEFE-UEL. Palavras-chave: Formação de professores, Educação Física, Formação continuada. Professores no curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Londrina-Depto. EMH-LaPEF [email protected] [email protected]

Page 84: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Fabrício Augusto Ribeiro A presente pesquisa tem como objetivo analisar como a Educação Física pode contribuir na formação das crianças da educação infantil por meio da psicomotricidade. Especificamente pretende-se dialogar com os autores que estudam a psicomotricidade e suas teorias, identificar como está inserida a educação física no contexto da educação infantil no Brasil, bem como compreender o papel do profissional de educação física no desenvolvimento psicomotor de crianças na educação infantil. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com base em alguns livros, artigos e documentos sobre a temática abordada. O estudo demonstrou que o professor educador consciente de sua função formadora, sabendo que as crianças são cidadãs em formação, precisam trabalhar todos aspectos, alcançando sua autonomia psicomotora, uma vez que a psicomotricidade é de enorme importância par o desenvolvimento do indivíduo. Palavras-chave: Educação Psicomotora. Educação infantil. Educação Física. Faculdade Campos Elíseos [email protected]

Page 85: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CONTRIBUIÇÕES DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA O DESENVOLVIMENTO DA DANÇA NA ESCOLA NA PERSPECTIVA DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE UMA FACULDADE PARTICULAR DE GUARAPUAVA-PR

Gessica Luana Albonico Daiane Grando

Esta pesquisa teve como tema desvelar as contribuições da formação do professor para o desenvolvimento da dança na escola na perspectiva dos acadêmicos do curso de educação física de uma faculdade particular de Guarapuava-PR. Os objetivos foram: Compreender as contribuições da formação do professor para o desenvolvimento da dança na escola na perspectiva dos acadêmicos do curso de educação física de uma faculdade particular de Guarapuava-PR; analisar a importância que os acadêmicos do curso de educação física atribuem a disciplina de dança; evidenciar as possíveis contribuições de dança para a formação do aluno na perspectiva dos acadêmicos de educação física; verificar a compreensão dos acadêmicos sobre a dança e sua importância no contexto escolar. Os sujeitos da pesquisa foram três turmas do curso de Educação Física Licenciatura que já tiveram a disciplina de Dança em sua formação. A metodologia utilizada utilizou da abordagem qualitativa com o delineamento de estudo de caso. O instrumento utilizado foi um questionário aberto. A análise dos se deu por meio da análise de conteúdo pautada na técnica de categorização. Concluímos que para a grande maioria dos acadêmicos a disciplina de dança é responsável por aprofundar conhecimentos sobre essa prática corporal mas para que os futuros professores trabalhem com a dança na escola devem buscar a formação continuada. Palavras-chave: Formação inicial; Dança; Educação Física.

Page 86: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CONTRIBUIÇÕES PARA OS DEBATES SOBRE A APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO E NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Héres Faria Ferreira Becker Paiva Ana Luiza Barbosa Anversa

Juliana Boaretto Camila Rinaldi Bisconsini

Patric Paludett Flores Amauri Aparecido Bassoli de Oliveira

O presente trabalho pretende contribuir com uma discussão que há muito tempo é levantada na educação e envolve as seguintes questões: por que alguns alunos não aprendem? O que nós mestres, podemos estar fazendo de errado? Para tanto, nos fundamentamos nos seguintes textos: “O Programa Descoberta descobre?”, de Claudio de Moura Castro e Márcia Sebastiani; “Educação baseada em evidências”, organizado por João Batista Araujo e Oliveira vinculado ao Instituto Alfa e Beto e “Políticas educacionais em países em desenvolvimento: lições aprendidas a partir de pesquisas rigorosas”, de Richard Murnane e Alejandro Ganimian. As obras citadas tratam e descrevem as fragilidades do ensino em relação ao processo de ensino aprendizagem, além de focar os esforços envolvidos no aperfeiçoamento da educação. O estudo de Castro e Sebastiani (s/d) discute sobre Mensures of Effective Teaching (MET), aponta melhorias no aprendizado dos alunos, com ações de capacitação dos professores em áreas específicas e defendem esforços para sanar dificuldades pontuais e individuais por meio de três ações: avaliação/identificação do desempenho do professor; feedback personalizado e oferta de capacitação específica, a fim de identificar os erros no processo ensino-aprendizado e corrigi-los. O estudo do Instituto Alfa e Beto (ARAUJO; OLIVEIRA, 2014), utiliza o conhecimento científico para apontar o que funciona e o que ainda apresenta fragilidades nas políticas e práticas em educação, busca entender a causa de determinado efeito em contextos variados, valendo-se de critérios rigorosos de pesquisa. O mesmo texto também objetiva mostrar a pais e educadores, decisões importantes a respeito da Educação, como: currículos funcionais organizados de forma desafiadora e a importância da participação da família na educação escolar da criança. Já o estudo de Murnane e Ganimian (2014) mostra que o Brasil apresentou, entre os anos de 1999 e 2009, um aumento do acesso, da qualidade e da permanência no que se refere à escolarização da população brasileira. Porém, os dados mostram que estamos atrasados em relação a outros países e que as diferenças sociais se refletem nos nossos resultados escolares. O mesmo estudo ainda sugere que é preciso melhorar o ensino, de modo que as políticas de implantação de programas educacionais sejam estudadas e administradas cuidadosamente. É possível perceber que há pesquisadores constantemente envolvidos na busca por minimizar as dificuldades da educação escolarizada e que os esforços não cessam pela qualidade da educação a todos os cidadãos. Mas, para que esse avanço aconteça, os professores e a comunidade devem estar atentos às questões que envolvem o aprendizado do educando, que o professor busque seu aprimoramento e a comunidade se envolva com as atividades escolares. Desta forma, para contribuir com a aprendizagem na educação e na educação física escolar, é preciso superar as fragilidades organizando uma sistematização curricular coerente, estruturando os conteúdos de forma que eles se relacionem e se complementem apresentando relações e reflexões com as realidades na qual a escola está inserida. Além disso, é preciso que as ações de formação continuada e de aprendizagem sejam centradas nas individualidades de cada escola, atendendo aos anseios dos professores e dos alunos envolvidos no processo. Palavras-chave: Educação; Educação Física; Aprendizagem. Universidade Estadual de Maringá

Page 87: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CORRIDA PROMOTORA DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL: UMA PROPOSTA REFLEXIVA DE PREVENÇÃO A DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Diogo Dias de Paula Muniz* José Henrique dos Santos**

O problema do consumo de drogas no Brasil é antigo e os dados de várias pesquisas científicas mostram que este se agravou significativamente, principalmente entre crianças e adolescentes, sendo apontado como um grande desafio para a Escola do Século XXI. Esse projeto de pesquisa qualitativa apresenta uma proposta de prevenção às drogas com alunos de Ensino Fundamental de uma Escola do RJ, por meio da prática esportiva de corrida: O Corra das drogas (CD). Essa proposta busca articular os benefícios da Corrida e os malefícios das Drogas, e a questão central será investigar as ações enunciativas produzidas pelos estudantes durante a participação no CD, em especial os discursos relacionados aos malefícios do uso de drogas e aos benefícios de se prevenir. Aspectos sociais, culturais, financeiros, e de saúde física e mental serão abordados e conectados à questão da dependência química e sua prevenção. Tais aspectos também servirão para compor categorias de análise para a investigação dos dados capturados em vídeo e áudio. Por fim, investigaremos as interações dos alunos com outros atores sociais, com um olhar especial para o compartilhar saberes aprendidos durante a participação do projeto. Espera-se que essa pesquisa contribua para o entendimento do pensamento e das ações dos estudantes sobre a problemática das drogas e do compartilhamento de ideias com outros agentes, e, consequentemente, ofereça subsídios para a elaboração de futuras propostas de prevenção para esse público. Palavras-Chave: Prevenção às Drogas, Corrida, Escola. *Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro [email protected] ** Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ [email protected]

Page 88: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DA UEL: ENTENDIMENTO SOBRE A GINÁSTICA NA PERSPECTIVA DOS ACADÊMICOS

Ana Paula Franciosi1

Marilene Cesário2

A Ginástica é considerada um conteúdo e é um dos eixos estruturantes da Educação Física, segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná, assim como a Dança, Esportes, Lutas e Jogos. A pesquisa de Iniciação Científica em questão, tem como objetivo conhecer e analisar o entendimento sobre a Ginástica dos acadêmicos do segundo ano do curso de Licenciatura em Educação Física da UEL. Nesta direção, o estudo perpassou pelos conhecimentos de Ginástica que os estes estudantes tiveram durante o seu percurso escolar da Educação Infantil até o Ensino Médio. A pesquisa caracterizada como qualitativa, do tipo descritiva teve como amostra do estudo 11 alunos dos 15 matriculados no período matutino e 20 alunos dos 28 matriculados no período noturno, todos cursando o segundo ano do curso de licenciatura em Educação Física. Nos resultados obtidos, a grande maioria dos alunos entrevistados (cerca de 69%) não vivenciaram o conteúdo de Ginástica nas aulas de Educação Física e sequer tiveram contato com este conteúdo durante os anos de escolarização da educação básica, tendo este conteúdo somente ao ingressarem na universidade, com as disciplinas que diretamente tratam do conteúdo Ginástica. Torna-se importante que os professores de Educação Física mudem o panorama do ensino do conteúdo Ginástica em suas aulas para como conhecimento e cabe a formação inicial provocar mudanças em seu currículo a fim de que transformaçoes ocorram no interios das escolas.

Palavras-chave: Ginástica; Educação Física; Escola. 1 Graduanda do curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina - UEL, Londrina PR, Bolsista de Iniciação Científica CNPq, [email protected]. 2 Docente do curso em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina PR, [email protected]

Page 89: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO ESTADO DO PARANÁ: A ÓTICA DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA EXPERTISE

Luciano André Pizi Marilene Cesário

Tendo como referência, os cursos ofertados pela SEED-PR, o estudo em questão, realizado por meio de monografia no curso de Especialização em Educação Física na Educação Básica da Universidade Estadual de Londrina, envolveu Professores de Educação Física que trabalham nas cidades pertencente ao Núcleo Regional de Londrina (NRE-Londrina), especificamente das cidades de Cambé, Londrina e Rolândia. O estudo teve como objetivo identificar o entendimento dos professores experientes sobre os cursos de Formação Continuada oferecidos pelo Estado e ainda, conhecer qual a importância da Formação Continuada para os Professores experientes. A amostra foi composta por doze professores que atuam na função a pelo menos dez anos. Como procedimentos metodológicos utilizou-se de questionários com questões abertas e fechadas e o instrumento de análise dos resultados foi a Análise de Conteúdo. O estudo aponta que apesar do reconhecimento da importância Formação Continuada, os cursos ofertados ainda apresentam um distanciamento da realidade do trabalho escolar e necessitam de uma reformulação para que de fato, apresentem resultados eficazes à melhoria da Educação. Os resultados mostram ainda que os professores vêm a Formação Continuada, apenas, como uma forma de obter progressão salarial, não trazendo à prática pedagógica do professor a contribuição esperada. Consideramos, que a formação continuada precisa ser um processo de ação formativa, capaz de transformar a postura e o fazer pedagógico dos professores. Acreditamos que isso será possível quando, os programas de formação continuada, forem capazes de ofertar uma fundamentação teórica consistente que reflitam a ação prática do professor, para que esse perceba o resultado nas suas ações, a fim de tornar-se um ator crítico e participativo no papel que lhe cabe no contexto escolar. Palavras-chave: Formação Continuada. Educação Física. Aprendizagem docente. Universidade Estadual de Londrina - UEL Luciano André Pizi ([email protected]) Marilene Cesário ([email protected])

Page 90: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

DANÇA DE RUA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Érica Maroldi Prado¹ Gisele Franco de Lima Santos²

Em meio aos conteúdos planejados para serem ensinados nas aulas de Educação Física da rede municipal de ensino de Londrina/Pr, estão os conhecimentos referentes a Dança. São inúmeras as possibilidades de ensino sobre os diferentes tipos de dança, que podem ou não fazer parte da cultura de nossos alunos. Nesse sentido, esse estudo tem por objetivo relatar a experiência que a professora/supervisora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), juntamente com bolsistas desse programa e estudantes que realizavam o estágio curricular obrigatório, tiveram ao propor e desenvolver o conteúdo dança de rua nas aulas de Educação Física em uma escola municipal da região norte da referida cidade. A dança de rua é uma manifestação cultural muito presente na realidade de nossa cidade. Contudo, apesar dessa representatividade não é um conteúdo muito estudado na escola. Sendo assim, resolvemos encarar o desafio de inserir a Dança de Rua em um processo de ensino e aprendizagem, considerando que não seria suficiente apenas os alunos repetirem os movimentos específicos da dança de rua, mas que deveriam aprender os aspectos conceituais e técnicos da referida dança. Para o desenvolvimento da proposta, fizemos o planejamento das aulas, estabelecendo os assuntos, objetivos e quantidade de aulas em conjunto. Além dos conhecimentos teóricos/práticos sobre a dança de rua, entendemos que outros aspectos deveriam ser evidenciados: desafio a criatividade; vivência do trabalho em equipe; superação das diferenças; saída da “zona de conforto”. A ideia inicial é que os alunos tivessem uma participação ativa no desenvolvimento das aulas, possibilitando uma maior motivação e desejo em aprender algo novo. O ensino do conteúdo foi para as turmas do P5, 3º, 4º e 5º ano da escola. O primeiro contato dos alunos com a dança de rua foi feita por meio de vídeos. Em seguida os alunos vivenciaram alguns passos específicos que identificaram anteriormente e finalizamos a intervenção da dança de rua com a construção coletiva da coreografia e uma apresentação à comunidade escolar.Alguns alunos no início não se mostraram muito motivados, devido a vergonha que sentiram, mas no decorrer das aulas foram se interessando e esse sentimento ruim foi dando espaço ao prazer de dançar. As contribuições da turma no desenvolvimento da aula, foram se tornando cada vez mais crescentes. A professora e aos futuros professores de Educação Física, coube intermediar o conhecimento, contribuindo à superação do medo e do desconhecido; auxiliamos na consciência de que “não saber” é parte do processo de aprendizagem; favorecemos a resolução de conflitos e desentendimentos (principalmente na escolha da música e dos passos coreográficos). Podemos observar no final do processo, por meio da verbalização dos alunos e dos demais membros da equipe pedagógica, que os alunos ficaram empolgados e com uma grande expectativa de estudar outros tipos de danças. Vimos assim que reflexão sobre a cultura, a troca de conhecimentos, a vivência com a diversidade e a integração entre os alunos, foram impactos importantes no processo. Palavras-chave: Educação Física. Dança de rua. Ensino e aprendizagem. ¹ Professora de Educação Física da rede municipal de ensino de Londrina e supervisora do Pibid. ² Professora do curso de Educação Física – Licenciatura – da Universidade Estadual de Londrina e Coordenadora do Projeto do Pibid Educação Física

Page 91: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

EDUCAÇÃO FÍSICA E ALFABETIZAÇÃO: A INTERDISCIPLINARIDADE NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Jaqueline Bonora1

Vania de Fátima Matias Souza2

O entendimento do conceito de infância, das práticas infantis e da cultura está diretamente relacionado os constructos sociais. Nesta presente pesquisa partimos da compreensão de uma infância enquanto categoria social e produto de transformações culturais, a criança por meio da escolarização e do convívio social produz e é produtora de culturas. A criança ao adentrar ao universo escolar, precisa ser compreendida em sua integralidade, segundo Vigotsky, Luria e Leontiev (2001, p. 32) “as relações da criança com as coisas a seu redor deve ser diferenciadas de forma que tudo o que ela encontra”, portanto a “criança deve ser capaz de controlar seu próprio comportamento por meio desses subsídios”. Desta forma, a educação física se evidência no campo da educação, uma vez que assume um importante papel para o desenvolvimento integral da criança sejam nas dimensões conceituais, procedimentais ou atitudinais, as contribuições educação física se efetivam em todas as dimensões em que a criança necessita descobrir e explorar o mundo no qual está inserida. De acordo com Tisi (2004) “sem um bom desenvolvimento, a criança terá grande dificuldade na escrita, no seu papel social, no relacionamento, na sua sociabilidade”. A educação física tem um papel importante na educação, ocorrendo em sua ação principal, na organização das funções neuropsicológicas. Deste modo, compreendemos que no cotidiano escolar a alfabetização e o letramento podem ocorrer por meio de diversos métodos, neste sentido buscar as aproximações e/ou contribuições do campo da educação física escolar para a alfabetização podem trazer possibilidades para analisarmos os encaminhamentos e procedimentos a serem adotados no campo da educação física escolar uma vez que, voltados especificamente para o desenvolvimento de ações pedagógicas com as séries iniciais do ensino fundamental uma vez que, a educação física pode ser um suporte para o trabalho realizado em sala de aula. Assim a presente pesquisa, que encontra-se em andamento, tem como objetivo compreender como a educação física auxilia no desenvolvimento da criança nos primeiros anos do ensino fundamental, com o intuito de apresentar indicadores de como essas atividades colaboram no processo de alfabetização. Para tanto, o desenvolvimento investigativo se dá por incursões teóricas pela literatura e por meio de coleta em campo, a partir da participação de professores que atuam com a Educação Básica. Os dados estão coletados por meio de diários de campo, entrevista e observações. O tratamento dos dados qualitativos ocorrerá por meio da análise de conteúdo, e os dados quantitativos por meio de estatística descritiva e inferencial. Em se tratando de uma pesquisa em andamento os resultas prévios tem indicado que por meio das aulas de educação física as crianças podem ter avanços significativos no campo da alfabetização e o letramento uma vez que as atividades com especificidade na lateralidade, coordenação motora, noções topológicas dentre outros conteúdos da educação física corroboram de maneira direta ou indireta a esse processo. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Alfabetização e Infância. Esta pesquisa é parte do Projeto de Pesquisa PIC, que encontra-se em andamento com o título: Educação física escolar: perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, vinculado ao Projeto Pesquisa Educação Física escolar: perspectivas e ações pedagógicas na atualidade. Aprovado pelo parecer do Comitê de Ética n° 1.715.040. 1 Graduanda do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Maringá. e-mail: [email protected] 2 Professora do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá. e-mail: [email protected]

Page 92: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: LIMITES E POSSIBILIDADES NA PRÁTICA DOCENTE DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

EM CAMPO GRANDE – MS

Tálisson Muniz Dias1

Cláudia Diniz de Moraes2

O presente trabalho tem por objetivo traçar quais as principais dificuldades e possibilidades encontradas por docentes de Educação Física atuantes nos Centros de Educação Infantil, (CEINFS) da cidade de Campo Grande – MS, trata-se de uma pesquisa quantitativa, dividida em três etapas, sendo elas a fase exploratória, trabalho de campo e por fim análise dos dados, tornando-a relevante haja vista que temos poucas pesquisas deste cunho realizada no município, a fim de contribuir para futuros acadêmicos e profissionais que pretendem trabalhar nessa área, alertando-os para a real situação encontrada no dia a dia escolar. Para tal aplicamos um questionário validado com perguntas sobre formação profissional do professor, tempo de docência na Educação Infantil, quantidade de crianças por aula, qualidade do material e do espaço destinado ás aulas. Com isso obtivemos algumas surpresas agradáveis quanto aos resultados, com relação à quantidade de alunos por turma que se mostrou mais baixo que a média nacional, tendo 50% se mantendo uma média de 16 a 20 sendo que a média nacional se encontra de 28,3 alunos por turma, e e também quanto ao espaço destinado as aulas os resultados foram positivos tendo uma porcentagem de 67% dos entrevistados marcando como adequado e 33% como regular. O prolema maior encontrado pelos professores foi a qualidade e quantidade de materiais dispostos para que possam elaborarem e aplicarem sua aula com qualidade, tendo que se improvisar materiais, e as vezes comprar com recurso próprio, se tornando um limitador na atuação do profissional desmotivando-o no exercício da profissão. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Educação Infantil; Desafios da docência. 1 Acadêmico do 6º semestre do curso de Educação Física da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB 2 Docente do curso de Educação Física da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB. Especialista em Pedagogia Crítica da Educação Física - UFMS

Page 93: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ENSINO DA ESTRUTURA CAPACITATIVA FORÇA CORPORAL: UMA EXPERIÊNCIA NO PIBID

Flávia Regina Schimanski dos Santos1 Vinicius Prates Nakaiama2

Érika Nishiiye Laperuta3 Ângela Teixeira Pereira Victoria Palma4

O presente artigo trata-se de um relato de experiência sobre uma sequência de aulas do ensino do conteúdo força corporal, que foi realizado por ocasião da participação no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), por estudantes do Curso de Licenciatura em Educação Física, professor coordenador, docente da Universidade Estadual de Londrina – UEL, e supervisora, professora da escola. Esta pesquisa é de ordem participativa, e foi realizada em uma escola pública municipal na cidade de Londrina em que desenvolvemos com estudantes do 4º ano do Ensino Fundamental I, no ano de 2016. O tema das aulas foi proposto a partir de uma inquietação dos bolsistas e de acordo com o planejamento da professora supervisora que foi: Como estruturar e ensinar o conteúdo força corporal em aulas de Educação Física a partir dos princípios teoria da motricidade humana? Foram ministradas seis aulas sobre o conteúdo força corporal, em que foram abordados herança genética, gênero e suas diferenças, fatores internos e externos influenciadores da força corporal. Os alunos responderam as intervenções e problematizações propostas pelos bolsistas “pibidianos” com muito ânimo e interessados pelo conteúdo, percebeu-se que os mesmos transcenderam suas concepções sobre a força corporal. O que demonstra que os princípios da teoria da motricidade humana, orientando a ação pedagógica do professor, favorecendo as inquietações nos estudantes teve bons resultados no processo de ensino e aprendizagem com a turma do 4º ano. Queremos enaltecer a importância deste contato com o contexto da escola, porque contribui para que o estudante em formação, para a docência, compreenda, visualize e perceba quais ações devem realizar na escola e na sala de aula, favorecendo dessa forma para a identificação da profissão que irá exercer logo mais. Podemos afirmar que os objetivos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência foram plenamente alcançados com esta experiência relatada por nós bolsistas “pibidianos” Palavras-chave: Força Corporal, Motricidade Humana, Formação Inicial de Professores, PIBID.

1 Estudante do Curso de Educação Física – licenciatura - da Universidade Estadual de Londrina, bolsista do programa PIBID, membro do LaPEF. [email protected] 2 Estudante do Curso de Educação Física - licenciatura - da Universidade Estadual de Londrina e bolsista do programa PIBID. [email protected] 3 Professora da Rede municipal de ensino de Londrina, supervisora do PIBID, membro do LaPEF [email protected]

4 Professora do Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Londrina e coordenadora PIBID, membro do LaPEF [email protected]

Page 94: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ENSINO DOS JOGOS AFRICANOS EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: EXPERIÊNCIA NO PIBIB

Roseli Arnoud de Souza1

Joana Luisa Silva Mendonça de Angelo2 Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma3

O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência do bolsista pibidiano/professor ao ensinar o conteúdo jogos africanos para estudantes do ensino fundamental I em aulas de Educação Física. Essa experiência foi realizada em três turmas do 1° ano, em uma escola municipal na cidade de Londrina, no ano de 2016, foi planejado duas aulas para cada turma, as aulas foram ministradas por mim juntamente com a professora supervisora. Para alcançar o objetivo deste trabalho fizemos um estudo descritivo apresentando todos os momentos da experiência realizada e as situações ocorridas no momento do ensino do referido conteúdo. A escolha do conteúdo se deu porque o mesmo já estava previsto no planejamento da professora supervisora. A partir dessa experiência foi possível perceber a importância de estar a frente de uma turma, além de poder acompanhar uma sequência, desde a pesquisa do que seria ensinado, passando pelo planejamento das aulas, a escolha das estratégias até o processo do ensino. Outra questão que ganhou destaque com essa experiência foi que muitos alunos já tinham vivenciado algum tipo de jogo que ensinamos ao decorrer das aulas, mas não sabiam que eram de origem africana. Esse fato mostra a necessidade de fazer as relações entre o ensino do conteúdo de origem da cultura africana e suas influencias, pois por meio dessas ações que favorece minimizar preconceitos e discriminação e dar o devido valor que essa cultura africana tem sobre a nossa cultura Brasileira. Essa experiência contribuiu muito com a minha formação no sentido de possibilitar experiências que ainda não havia vivido favorecendo para ultrapassar receios e dificuldades ao ministrar uma aula e isso foi possível graças ao Programa Pibid. Palavras-chave: Educação Física; Conteúdos; Jogos Africanos; Formação de Professores; PIBID.

1 Estudante do curso de Licenciatura em Educação Física - Universidade Estadual de Londrina e Bolsista do Programa Institucional de Iniciação a Docência-PIBID 2 Professora da Rede municipal de ensino de Londrina, supervisora do PIBID, membro do LaPEF. 1 Professora do Curso de Educação Física – Licenciatura – da Universidade Estadual de Londrina, Coordenadora do PIBID/Educação Física. Membro do LaPEF.

Page 95: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ESPORTES RADICAIS NA ESCOLA: O SLACKLINE COMO CONTEÚDO NO ENSINO FUNDAMENTAL II NA EDUCAÇÂO FÍSICA

Marcia Furihata1 Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma2

A escola é uma instituição concebida para o ensino e uma das suas funções é a perpetuação dos conhecimentos culturais construídos socialmente, para isso é necessário um estudo sobre o projeto político pedagógico da escola. O professor é o implementador do planejamento da escola, sendo assim é sua tarefa criar estratégias que favoreçam um processo de ensino aprendizagem bem-sucedido, a seleção do conteúdo é um dos elementos que pode facilitar essa ação. O esporte radical, slackline, é um conteúdo possível de ser ensinado na escola, levando em conta seu baixo grau de perigo causando sensações diferentes das práticas convencionais e permite que o aluno aprenda mais uma manifestação cultural, que tem ganhado novos adeptos a cada ano. O problema central desse artigo foi como sistematizar o conteúdo slackline, esporte radical, para ser ensinado em aulas de Educação Física para estudantes do fundamental II? O objetivo geral foi organizar e sistematizar os saberes do slackline em unidades didático-pedagógicas para aulas de Educação Física do ensino fundamental II para o 8º e 9º ano. O presente trabalho tratou de uma pesquisa bibliográfica. Concluímos que ao ensinar o esporte Slackline, como conteúdo, o professor poderá colaborar com um aprendizado mais significativo para os alunos, mediado pela intervenção docente, auxilia nas ações que favoreçam o sujeito se entender corporalmente, compreendendo o que deseja para aquela ação. Destaca-se assim a importância de superar os desafios presentes na escola, proporcionando uma educação de qualidade que fomente práticas inovadoras buscando contextualizar a realidade do estudante com os conteúdos, ensinando saberes que permitam que o aluno finalize seu ensino básico com subsidio para agir em torno da sua realidade, de forma mais justa, honesta, igualitária. Palavras-chave: Conteúdo; Educação Física; Slackline. 1 Professora da Rede Municipal de Cambé – Ensino Infantil 2 Professora da Universidade Estadual de Londrina no curso de Licenciatura em Educação Física – EMH-LaPEF

Page 96: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DOCENTE

Cláudia Diniz de Moraes

O estágio supervisionado proporciona aos acadêmicos uma grande experiência, pois permite aplicar toda a teoria adquirida na sala de aula. Este artigo tem como. O papel dos Professores supervisores é de mediador, que tem como objetivo proporcionar a ampliação do conhecimento na prática dos estagiários, oferecendo possibilidades de intervenção e partilhando experiências vivenciadas, não atuando apenas como avaliadores, mas também como orientadores e principalmente como estimuladores de futuros profissionais da área, oferecendo a oportunidade de ter uma experiência de estágio mais dinâmica e construída por momentos singulares que formam um “todo” no final do processo. O professor também auxilia os acadêmicos nessa adaptação da realidade, Pimenta e Lima (2012) afirmam que o professor supervisor junto a seus alunos, analisa e questiona a realidade à luz das teorias. O objetivo deste trabalho é relatar as atividades vivencia durante o semestre em um campo de estágio em licenciatura no curso de Educação Física. O local do estágio foi o Centro de Educação Infantil São Domingos Sávio (CEI), localizado nas dependências da Universidade Católica Dom Bosco em Campo Grande/MS. O estágio foi realizado entre os meses de Março a Junho de 2016, com atividades desenvolvidas com as turmas dos níveis I, II e III da educação infantil. Além das elaborações de aulas foi solicitado aos estágios que fosse elaborado e executado de festivais, no qual os acadêmicos escolheram os temas: o circo, atividades radicais e a miniolimpíada. Com um total de dez estagiários, as aulas foram divididas em duplas e trios, o período total de estágio foi de 15 semanas, totalizando 80 horas/aula divididos em: período de regência 4 horas por aula somado com 2 horas de planejamento. O estágio era uma vez por semana, no caso toda segunda-feira, cada aula tinha o tempo de cinquenta minutos de duração. Foi um grande desafio docente propor atividades diferentes, mas o grupo de estagiários encarou como muito entusiasmo e alegria, proporcionando como diz João Batista Freire (1996) uma educação de corpo inteiro. Palavras-chave: Educação Física, Educação Infantil, Estágio Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande/MS [email protected]

Page 97: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ÉTICA E MEIO AMBIENTE: SUBSÍDIOS PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Claudio Luis de Alvarenga Barbosa Já a partir da chamada Revolução Científica – período que começou no século XVI e prolongou-se até o século XVIII – as sociedades ocidentais se acostumaram a pensar o homem como um ser independente da natureza. Hoje, presenciamos uma intensificação dessa visão dicotômica, pois o homem continua agindo como se fosse senhor da natureza e dela não fizesse parte. Na tentativa de reverter essa forma de entendimento, na segunda metade do século passado assistimos a emergência da “educação ambiental”, em suas diferentes correntes. Entretanto, se entendermos que o meio ambiente é um objeto social que integra os elementos naturais e os dados sociais, unidos em um constructo teórico-prático, perceberemos que o homem só pode ser adequadamente compreendido como parte integrante da natureza. Para alguns estudiosos, cada sociedade “inventa” sua própria natureza, configurando-a e organizando-a nessa dimensão sociocultural. A natureza é parte integral da cultura do grupo social e, portanto, toda “educação” deveria também ser “ambiental”. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo discutir parâmetros para uma total inserção da questão ambiental na formação do profissional de educação física, pelo viés da ética. Para esse propósito, realizamos uma pesquisa bibliográfica, buscando as publicações mais relevantes sobre o tema. E com essa metodologia, construímos nosso referencial, onde o termo “meio ambiente” refere-se às complexas relações de interdependência existentes entre a natureza e as sociedades. Dessa forma, verificamos que a dimensão ambiental deveria ter presença garantida nos cursos de graduação em educação física, juntamente com a questão “como se deve viver?”, que suscita reflexões no campo da ética. Pois, toda atividade profissional existente em nossa civilização moderna – com seu modelo econômico de superconsumo e superdegradação dos recursos naturais – pode gerar impactos ao meio ambiente. Além disso, como qualquer educador, o professor de educação física engendra valores e comportamentos (e aí entramos no campo da ética) que podem causar pressão direta à natureza: consumo e descarte de produtos esportivos; uso de trilhas “ecológicas”; realização de práticas esportivas que demandam uso de recursos naturais (água, areia, árvores etc.) e em ambientes que deveriam ser preservados; “idolatria” ao esporte-espetáculo (alienação), em detrimento da preocupação com problemas reais ligados ao meio ambiente etc. Cabe, portanto, preparar esse professor para perceber-se como parte integrante do mundo natural e, como tal, apto a refletir eticamente sobre a relação entre sua ação docente e os possíveis impactos que ela pode causar ao meio ambiente. Palavras-chave: Ética Ambiental, Formação de Professores; Educação Física Escolar. Prof. da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, lotado no Departamento de Educação e Sociedade do Instituto Multidisciplinar. E-mail: [email protected]

Page 98: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

EXPERIÊNCIA DE UM ESTUDANTE COM O CAMPO DE ATUAÇÃO DOCENTE PROPORCIONADA PELO PIBID

Gustavo de Menezes Batista¹ Joana Luísa Silva Mendonça de Ângelo ² Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma ³

A experiência vivenciada por estudantes e professores no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID, promove um contato direto com o campo de atuação profissional docente, proporcionando uma visão ampla e significativa do contexto escolar. O PIBID objetiva a elevação da qualidade da formação inicial e continuada de professores, aprimorando o efeito das ações acadêmicas nos cursos de licenciaturas a fim de inserir os estudantes no contexto da escola e da sala de aula. O objetivo deste trabalho é relatar minha experiência como estudante de Educação Física - licenciatura, na participação no Programa, e as contribuições construídas por essas experiências. Ingressei no PIBID no ano de 2016. Uma das atribuições do subprojeto de Educação Física é que o bolsista acompanhe, duas vezes por semana, o processo ensino e aprendizagem do professor supervisor em turmas da educação básica. Como bolsista, até este momento, tive possibilidade de vivenciar duas escolas distintas, a primeira foi uma escola estadual, nessa escola acompanhei as turmas de sexto e sétimo ano do ensino fundamental II, a segunda escola municipal, onde acompanhei os estudantes de P5, primeiro e segundo ano do ensino fundamental I, ambas escolas se encontram na zona norte de Londrina. Destaco aqui a contribuição para minha formação profissional da docente da escola municipal, , que se mostra atenta a promover a minha compreensão sobre os conteúdos esta ensinando, porque da estratégia escolhida, além de evidenciar a importância da pesquisa. Outro aspecto que gostaria de destacar é que sempre fui incentivado, pela professora supervisora, a participar do processo de preparação do espaço onde a aula era realizada. Ofereceu liberdade para tomar frente em explicações e intervenções de parte do conteúdo, seja para chamar a atenção dos alunos ou em outras questões. A partir das experiências dentro do contexto escolar, notei a importância da relação entre a teoria e prática logo no início da formação acadêmica. Diante da experiência favorecida pelo Projeto, posso dizer que o ambiente em uma escola de Ensino Fundamental I é muito mais “leve” quando comparado ao Fundamental II, o respeito das crianças em relação ao professor é uma característica muito forte quando comparada ao que ocorre nos anos com alunos maiores, a relação professor-aluno se mostra muito mais afetiva, a autoridade e o conhecimento do professor é deveras reconhecido pelos alunos mais novos. A relação entre a vivência da realidade escolar em contraste com e os conhecimentos específicos e pedagógicos construídos por meio das disciplinas do Curso de formação inicial promoveu uma base de aprofundamento sobre o ambiente escolar a ser encontrado na atuação profissional no futuro. O programa propicia uma noção da realidade a qual apenas o curso não supriria tal necessidade, para a formação de um professor de qualidade e preparado para o mercado de trabalho e as diversas condições as quais as escolas públicas podem proporcionar.

Palavras-Chave: Educação Física, Atuação Profissional, Formação Inicial, PIBID

1 Estudante do curso de Licenciatura em Educação Física - Universidade Estadual de Londrina e Bolsista do Programa Institucional de Iniciação a Docência-PIBID – Universidade Estadual de Londrina - [email protected] ² Professora da Rede municipal de ensino de Londrina, supervisora do PIBID, membro do LaPEF. Secretaria Municipal de Ensino de Londrina – [email protected] ³ Professora do Curso de Educação Física – licenciatura – da Universidade Estadual de Londrina, Coordenadora do PIBID/Educação Física. Membro do LaPEF. Universidade Estadual de Londrina – [email protected]

Page 99: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES EM EDUCAÇÃO FÍSICA E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DOCENTE

Flávia Regina Schimanski dos Santos* Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma**

Compreendemos como Identidade Profissional Docente, a maneira de ser e estar na profissão, algo próprio e exclusivo do professor. A forma como vê o mundo e se vê agindo na docência, suas concepções, a forma como planeja e intervém nas aulas e sua “doação” para ensinar significativamente. Considerando o tema importante para a formação de professores bem como o processo de construção da profissão, realizamos o estudo tendo como população professores em formação, por meio de uma pesquisa de campo, em que foram entrevistados 17 estudantes da quarta série do curso de graduação em Educação Física – Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina. A entrevista foi estruturada em três categorias: a) Identidade Profissional Docente; b) Formação Inicial e c) Atividades Curriculares opcionais que contribuem na construção da Identidade Profissional Docente. A pesquisa teve como objetivo identificar como os estudantes do curso de graduação em Educação Física habilitação em Licenciatura reconhecem a contribuição do desenvolvimento curricular na construção da identidade profissional docente. Identificamos que nove estudantes compreendem sobre Identidade Profissional Docente e oito estão em processo de construção desse conhecimento. Em relação ao reconhecimento da contribuição do desenvolvimento curricular na construção da Identidade Profissional, identificamos que os estudantes entendem as disciplinas como a atividade do currículo que mais influencia na construção do ser professor, dessa forma, não consideram o desenvolvimento curricular em sua completude. Palavras-Chave: Formação de Professores. Educação Física. Identidade Profissional Docente

*Professora de Educação Física na rede particular de ensino e Membro do LaPEF - [email protected] **Professora do Curso de Educação Física – Licenciatura – da Universidade Estadual de Londrina, Coordenadora do PIBID/Educação Física. Membro do LaPEF. - [email protected]

Page 100: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Gabriela Simone Harnisch1 Bruna Poliana Silva2

Shayda Muniz Oliveira Guilherme3

Jonatan Rogério Trindade Faria4

Ana Laura Maciel Ramos5 Wellington Fernando Sachser6

Jalusa Andreia Storch7

Douglas Roberto Borella8

Este trabalho teve como objetivo coletar e analisar a produção científica existente acerca da formação de professores de Educação Física, os quais atuam junto ao aluno com deficiência. Utilizou-se as bases de dados Google Acadêmico e Scielo, buscando por meio das palavras-chaves Educação Física, formação de professores, Educação Física deficiência. Foram encontrados o total de 415 artigos, sendo selecionados apenas 6 que atendiam o objetivo proposto. Os resultados encontrados foram os seguintes: percebeu-se que apesar dos grandes avanços que a Educação Inclusiva já teve, ainda precisa melhorar. Na formação inicial os acadêmicos e os profissionais já formados relatam não se sentir preparados para enfrentar uma sala de aula com um aluno com deficiência. E a formação continuada é a alternativa que os profissionais buscam para preencher essa lacuna. Palavras-chave: Educação Física, formação de professores e alunos com deficiência. UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Marechal Cândido Rondon 1 Aluna de Doutorado do Programa de Pós Graduação em Educação Física da FEF/UNICAMP. Docente do curso de Educação Física da UNIOESTE 2 Alunos de Graduação em Educação Física-Licenciatura e bolsistas PIBIC 3 Aluna de Doutorado do Programa de Pós Graduação em Educação Física da FEF/UNICAMP. Docente do curso de Educação Física da UNIOESTE 4 Alunos de Graduação em Educação Física-Licenciatura e bolsistas PIBIC

5 Licenciada em Educação Física - UNIOESTE 6 Doutora em Educação Física FEF/UNICAMP. Docente do curso de Fisioterapia da UNIOESTE

7 Doutor em Educação Especial PPGEEs/UFSCar. Docente do curso de Educação Física da UNIOESTE

Page 101: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

GÊNERO NA ESCOLA: QUEBRANDO A BARREIRA DA HOMOGENIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS

Ravelli Henrique de Souza1 Karina de Toledo Araújo2

Após aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) em 2014, o Ministério da Educação (MEC) juntamente com o Conselho Nacional de Educação (CNE) solicitou que as escolas dos municípios e estados brasileiros elaborassem seus planos de educação nos quais a palavra gênero deveria ser retirada. A defesa da retirada do termo gênero na escola foi justificada a partir ideia de que, com a exclusão da palavra seria promovida a superação das desigualdades educacionais para promover a igualdade de gênero, raça, etnia e de orientação sexual, ou seja, retirar o conceito ‘gênero’ do contexto escolar provoca uma homogeneização das diferenças. Tal homogeneização exclui todas as pessoas que não se identificam com o binarismo de gênero e priva o ensino sobre educação sexual na escola. Nosso objetivo nesse presente artigo é defender um paradigma de multiplicidade de gêneros e abrir espaço para a diversidade sexual no âmbito escolar Palavras-chave: Educação. Gênero. Sexualidade. Teoria Queer. Diversidade. 1Graduado na Universidade Estadual de Londrina no curso de Educação Física - Licenciatura. e-mail: [email protected] 2Professora do Centro de Educação Física e Esportes da Universidade Estadual de Londrina. e-mail: [email protected]

Page 102: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

GINÁSTICA ACROBÁTICA: UMA AULA DIFERENCIADA E DESAFIADORA PARA O CONTEXTO ESCOLAR

Daiene de Cássia Souza da Costa As características da ginástica acrobática legitimam-na como uma prática rica e altamente positiva para o contexto escolar. Isto porque pode oferecer inúmeras possibilidades de exploração motora, além de estimular as noções espaciais e rítmicas, as diversas capacidades físicas e principalmente a criatividade, tanto em relação à composição de figuras como à elaboração de pequenas coreografias. Com o objetivo de inserir a ginástica acrobática na escola como um dos conteúdos da ginástica aulas foram ministradas para estudantes do ensino médio auxiliando na construção deste conhecimento, com intercâmbio de alunos de escolas de circo, buscamos ainda responder como estas experiências variadas vem fortalecendo a aprendizagem e oportunizando a integração comunidade e escola. A experiência pedagógica possibilitou maior relação entre a teoria e prática dos movimentos acrobáticos, permitindo aos estudantes novos desafios e experiências no que se refere aos movimentos corporais. Percebemos com essa intervenção que a ginástica acrobática na escola possibilita ao professor abordar novas propostas pedagógicas apresentando diferentes formas de ensinar a ginástica na escola, a qual pode ser desenvolvida com alunos de diferentes estruturas físicas, preservando a heterogeneidade das turmas e favorecendo a inclusão. Palavras chaves: Ginástica Acrobática. Escola. Criatividade. Professora de Educação Física da Rede Estadual de Educação do Estado do Paraná. [email protected]

Page 103: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

HISTÓRIA DA DISCIPLINARIZAÇÃO POR MEIO DO CORPO E A INFLUÊNCIA DAS CRIANÇAS IMIGRANTES NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO

DAS CULTURAS LÚDICAS INFANTIS

Nair Correia Salgado de Azevedo1

José Milton de Lima2

Nossas impressões atuais sobre a infância são um constructo histórico, social e cultural que se transformou (e com certeza absoluta continuará se transformando) por meio do contexto vivido pela humanidade, isso não é diferente com relação às práticas corporais humanas. Cada corpo, então, carrega marcas de sua história, em uma realidade cravada de suas próprias leis, crenças, valores e sentimentos que são, muitas vezes impostos, pela cultura e pelo contexto histórico vivido. Nossos corpos foram “civilizados” desde o início e isso pode ser observado pelas manifestações escolares controladas ao longo do tempo: é na escola que várias formas de disciplinarização são percebidas. O objetivo desse trabalho é discutir sobre como a disciplinarização dos corpos infantis, ainda hoje, carrega marcas de concepções históricas e muitas vezes, ultrapassadas para a criança contemporânea. Uma dessas formas pode ser percebida pela implantação da conduta corporal carregada de mecanismos estruturais do poder dominante, resultante de todo um processo histórico da civilização ocidental. As primeiras escolas foram pensadas partindo dos ideais e rotinas das fábricas: movimentos racionalizados, eliminação de ações racionais voluntárias, domínio de comportamento, distribuição correta do corpo no espaço, controle do tempo, abolição de movimentos corporais espontâneos, entre tantos outros. Dentro desse contexto, pretendemos também discutir a influência da criança imigrante para o processo de construção das culturas lúdicas infantis no Brasil, pois independente delas estarem inseridas num contexto épico marcado pela cultura capitalista dominante, perceptível ainda nos dias atuais de muitas de nossas instituições escolares por meio do controle, muito contribuíram para a historicidade de jogos e brincadeiras ainda presentes em nosso cotidiano lúdico. Palavras-chave: História da Infância. Disciplinarização do corpo. Culturas Lúdicas Infantis. 1Docente do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação da Universidade do Oeste Paulista (FACLEPP) – UNOESTE/ Presidente Prudente. 2Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT, e Departamento de Educação e Programa de Pós-graduação em Educação (Mestrado/Doutorado) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/ Presidente Prudente.

Page 104: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA DO CONTEÚDO GINÁSTICA NA ESCOLA:

CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DOCENTE

Ana Paula Franciosi 1 Marilene Cesário 2

O tornar-se professor é resultado de um processo longo, dinâmico e complexo e para se alcançar a práxis é necessário saber que a teoria e prática não são termos contrários, mas sim que juntos formam uma unidade. O problema do Trabalho de Conclusão de Curso está centrado em saber qual a contribuição da Intervenção Pedagógica realizada no Colégio de Aplicação/UEL com o conteúdo Ginástica, para a formação continuada dos professores de Educação Física que participaram desse processo. Para responder ao problema, temos como objetivo geral analisar a contribuição da Intervenção Pedagógica realizada no Colégio de Aplicação/UEL com o conteúdo Ginástica, para a formação continuada dos professores de Educação Física, que participaram da Intervenção Pedagógica. Os objetivos específicos são: identificar qual conhecimento dos professores da escola sobre a Ginástica; verificar a contribuição da intervenção para a formação continuada dos professores; apresentar as possibilidades e fragilidades dessa intervenção no campo pedagógico. No estudo de campo, serão entrevistados 03 professores de Educação Física, que atuaram no Colégio de Aplicação UEL durante o período de realização da Intervenção Pedagógica (2014-2016). Como instrumento utilizado optamos pelo questionário com questões abertas e fechadas. Esperamos com este estudo, em andamento, que a Intervenção Pedagógica realizada com o conteúdo da Ginástica nas aulas de Educação Física, contribua na formação continuada dos professores de Educação Física da escola e a partir de suas perspectivas, a aprendizagem docente ocorrida durante a participação nesse processo permita ao professor transcender seus conhecimentos e ressignificar sua prática na busca de um ensino de qualidade.

Palavras-chave: Ginástica; Escola; Intervenção. Informação sobre os autores: 1 Graduanda do curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina - UEL, Londrina PR, Bolsista de Iniciação Científica CNPq, [email protected]. 2 Docente do curso em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina PR, [email protected]

Page 105: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA DO CONTEÚDO GINÁSTICA NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO UEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ana Paula Franciosi1 Tamires Angelica dos Santos de Lima2

Guilherme Nogueira Vidal3 Marilene Cesário4

Ana Claudia Saladini5

O presente resumo relata a experiência de ensino aulas de Educação Física com o conteúdo Ginástica envolvendo o segundo e o terceiro ano (matutino) do Ensino Fundamental do Colégio Aplicação-UEL. O trabalho foi proposto pelas disciplinas de Ginástica e Educação e Ensino e Aprendizagem II, ministradas no terceiro ano do curso de Educação Física – Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina. O método utilizado remeteu a observação das aulas de Educação Física na escola, organização dos planos de aulas, atuação/intervenção nas aulas de Educação Física no colégio e posterior análise e relato da intervenção. A experiência de ensino foi proposta com o intuito de promover formas de intervenções da Ginástica na escola buscando aproximações do processo de ensino e aprendizagem desses saberes com a prática escolar. Após estudos teóricos e planejamento das aulas, as intervenções no Colégio tiveram a duração de 05 semanas, o que possibilitou aos discentes e docentes do curso de Educação Física da universidade e da escola, possibilidades de ensino da Ginástica nas aulas de Educação Física. A experiência de ensino possibilitou constatar a importância do conteúdo Ginástica na escola, e ainda observar que a falta de materiais específicos para trabalhar os conteúdos da Ginástica não impossibilita o seu ensino nas aulas. Outro aspecto evidenciado foi à importância de disciplinas no currículo de formação de professores relacionadas entre si, visando à interdisciplinaridade e a aproximação dos saberes tratados na universidade com a realidade das escolas. Palavras-chave: Ginástica; Intervenção; Escola. 1 Graduanda do curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina - UEL, Bolsista de Iniciação Científica CNPq, [email protected]. 2 Graduanda do curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina - UEL, Bolsista de Iniciação Científica Fundação Araucária, [email protected] 3 Graduando do curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina - UEL, [email protected] 4 Docente do curso em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina – UEL, [email protected]. 5 Docente do curso em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina – UEL, [email protected]

Page 106: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

JOGOS TRADICIONAIS: AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E UM SITE COMO ESPAÇOS DE PRESERVAÇÃO CULTURAL

Gabriel Gonçalves Freire Daniel Guerrini

A profusão cultural apresenta-se como uma característica da sociedade contemporânea. Na reflexão cultural sobre os jogos tradicionais atualmente, percebe-se a necessidade da construção de espaços para sua preservação cultural. Nesse sentido, o problema da investigação constituiu-se em quais espaços e caminhos favorecem a preservação cultural dos jogos tradicionais? Reconhecendo o problema e que os jogos tradicionais é conteúdo nas aulas de Educação Física, elaborou-se um espaço na internet que, partindo de caminhos traçados em aulas embasadas na pedagogia Histórico-Crítica, contribuísse com a preservação desses jogos. Assim, tanto as aulas como um site elaborado se efetivaram como espaços e caminhos que favoreceram a preservação cultural dos jogos tradicionais. Valorizam-se trabalhos que busquem criar espaços de manutenção dos jogos tradicionais atualmente, valorizando a prática pedagógica em Educação Física. Palavras-chave: Educação Física. Jogos Tradicionais. Pedagogia Histórico-Crítica. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – CÂMPUS LONDRINA Gabriel Gonçalves Freire - [email protected] Daniel Guerrini - [email protected]

Page 107: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

JUVENTUDES E O ENSINO DO PARKOUR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIENCIA

Márcio Henrique Laperuta1 Érika Nishiiye Laperuta2

A juventude possui uma expressão sócio cultural que deve ser relevante ao processo de ensino e aprendizagem, que nela são expressas suas experiências sociais, raciais, de gênero, de lutas por direitos ao trabalho, à moradia, a um viver digno e justo. E quando não são respeitados muitos conflitos são os resultados, em que podemos representar pelas constantes reclamações dos professores de que há uma falta de interesse, não querem aprender e não tem motivação para nada relativo os conteúdos escolares. Investigar as causas dessa desmotivação e promover intervenções com o grupo são necessárias para que se tenha a aprendizagem. O problema de estudo se deu em: Como organizar o ensino dos esportes radicais representado pela modalidade do parkour? Com o objetivo de apropriar da cultura juvenil para o contexto das aulas de Educação Física. Ao analisar seu histórico foi possível perceber as iniciativas positivas dessa classe com a interação a sociedade. Pois o principio traz o meio de preservação ao meio ambiente, transpor os obstáculos encontrados com maior velocidade e menor gasto energético. O que se pode associar aos conflitos por eles encontrados nas situação adversas de suas vidas. Desta forma, foi planejado um bloco de aula para turmas do ensino fundamental II, em uma escola estadual da cidade de Londrina. Palavras-chave: Juventude; processo de ensino-aprendizagem; parkour.

1Professor da rede estadual da cidade de Londrina. [email protected] 2 Professora da rede municipal e estadual da cidade de Londrina. [email protected]

Page 108: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

LIMITES E POTENCIALIDADES PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: O OLHAR DISCENTE

Ana Luiza Barbosa Anversa Héres Faria Ferreira Becker

Patric Paludett Flores Camila Rinaldi Bisconsini

Juliana Dias Boaretto Douglas dos Santos Chanan

Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira

Os cursos de Educação a Distância (EaD) tiveram grande expansão nos últimos 15 anos, principalmente após a criação da Universidade Aberta do Brasil em 2006, que apresenta a projeção de um milhão de matrículas efetivadas até 2018. Esta pesquisa objetiva analisar como o discente avalia a possibilidade de uma aprendizagem significativa na EaD a partir dos elementos: Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), material didático (MD) e processo de ensino aprendizagem (PEA). A amostra foi composta por 316 alunos de cursos EaD de três instituições de ensino superior do Brasil, que retornaram o questionário, com questões fechadas, disponibilizado via Google Docs. As questões foram tratadas a partir da análise estatística descritiva (%). De início, questionou-se aos alunos sobre a qualificação dos professores formadores e tutores (presenciais e a distância) e como esta experiência se reflete no processo formativo. Para 57% dos alunos os professores formadores são qualificados profissionalmente e 58,2% auxiliam no processo de aprendizagem. Em relação aos tutores, 60,4% dos alunos apontam para a qualificação e 54,8% que essa se reflete nos exemplos práticos ou próximos de seu cotidiano. Sobre a reflexão, discussão e mediação do PEA, 49,4% dos alunos ressaltam que, frequentemente, esses estímulos ocorrem ao longo do curso, o que é importante para gerar uma ampliação ou modificação de pontos de vista e conhecimentos prévios favorecendo a aprendizagem significativa. Ao questionar sobre a estrutura do curso; 89,6% dos alunos relatam que a estrutura do curso (carga horária total e das disciplinas, estágio, trabalho de conclusão de curso) atende as necessidades profissionais e 80,7% identificam ações interdisciplinares e complementares das disciplinas e conteúdos ao longo do curso. Sobre os MD, 54,43% dos discentes apontam que atendem as necessidades profissionais do curso, sendo bem recebido pelos alunos (69%). Em relação ao AVA, 94% dos alunos relatam que, frequentemente, as ferramentas de interação estão disponíveis e funcionando e que estas são estruturadas com nomenclaturas e ícones de fácil compreensão (92,1%). Em relação ao uso destas ferramentas ao longo do PEA, 91,5% relatam que frequentemente os mecanismos de interação disponibilizados são utilizados pelos professores, tutores e alunos ao longo das disciplinas, possibilitando o estabelecimento de uma relação efetiva com os demais membros da equipe pedagógica envolvidos no PEA, estimulando a refletir criticamente sobre o cotidiano a partir dos conteúdos propostos (89,9%) e atendendo as necessidades acadêmicas e profissionais (94,4%). Sobre o PEA como um todo; 95,8% dos alunos apontam que sempre/frequentemente atendem, efetivamente, as atividades propostas ao longo do curso, se envolvendo nas aplicações e desenvolvimento da mesma, fazendo uso de conhecimentos anteriores para a compreensão das atividades propostas, esse fator é de suma importância para a consolidação da aprendizagem significativa. Diante dos dados apresentados, constata-se que o material didático vem atendendo as necessidades dos cursos e dos alunos, apresentando linguagem dialógica e atividades que fomentam a reflexão e resolução de problemas. O processo de aproximação com o contexto do aluno se dá por meio das atividades do AVA, que viabiliza o acompanhamento individualizado e fomenta a constituição da autonomia e da aprendizagem significativa. Palavras-chave: Formação Inicial; Educação a Distância; Aprendizagem Significativa. Universidade Estadual de Maringá – UEM - Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL. – Maringá/PR

Page 109: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

MEMÓRIAS OLÍMPICAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A VIAGEM AO RIO 2016

Rafael Marques França Este relato de experiência procura registrar a minha emocionante viagem a “terra olímpica”, uma vez que, a partir do pensamento de que “é agora ou nunca!” (devido a provável constatação de que Olimpíada na América do Sul, leia-se Brasil não acontecerá mais...) aventurei-me, junto com a minha mãe, ao clima, ao espírito e à realidade olímpica – realizando, então, o sonho de participar do maior evento esportivo do mundo em solo carioca. Procuro relatar fatos curiosos, acompanhado de informações oficiais a respeito da XXXI Olimpíada, a partir do calendário de competições e dos ingressos/modalidades esportivas a que assisti na última semana do evento. Diante de um acervo de aproximadamente mil fotos, no decorrer do texto procuro anexar aquelas mais representativas da viagem, como, por exemplo, nos templos do Olimpo (estádios) – certo de que muitas lembranças e memórias olímpicas me marcaram e me marcarão para sempre, inclusive enriquecendo a minha atuação profissional como professor de educação física das redes municipal e estadual de Londrina. Palavras-chave: Olimpíadas Rio 2016; memórias; experiências. Instituição: Universidade Estadual de Londrina/UEL – Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar/GEPEF-LaPEF; Escola Municipal Osvaldo Cruz e Colégio Estadual Profª. Vani Ruiz Viessi – Londrina/PR

Page 110: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

MODELO DE ESPORTE-EDUCAÇÃO: UMA ESTRATÉGIA PARA QUALIFICAR AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Daniel Andrade Geraldi O modelo atual de esporte trabalhado nas aulas de Educação Física nos anos finais do Ensino Fundamental I, referente ao 4º e 5º anos, aos olhos do imaginário coletivo sempre foi visto como uma estratégia verdadeiramente educativa, inclusiva e integrativa, entretanto a experiência do autor de 14 anos com iniciação esportiva escolar constatou uma realidade que não evidencia plenamente essa perspectiva. O autor ressalta uma grande distância entre princípios da disciplina, norteados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, e as práticas pedagógicas e os ambientes esportivos estruturados pelos professores de Educação Física escolar. É possível encontrar nesses ambientes, cobranças de desempenhos, desqualificações, exclusões, comportamentos contrários a valores éticos e morais, indiferença, punições entre outros. Tais episódios, ao invés de educar numa perspectiva humanizadora, reforçam contravalores dominantes. Convicto da necessidade de buscar alternativas a um modelo homogêneo (STIGGER, 2009) de iniciação esportiva o autor, apoiado em sua experiência e num vasto referencial em diferentes áreas do conhecimento, propôs um modelo de Esporte-Educação para qualificar a iniciação esportiva durante as aulas de Educação Física. O diferencial da sua proposta, com fundamentação pedagógica, filosófica, antropológica, sociológica, jurídica, esportiva e ética, reside na consideração da criança como protagonista da sua própria educação e partícipe, numa relação de alteridade respeitosa, da educação dos colegas, por meio da iniciação esportiva. O autor através de uma pesquisa com dados quantitativos e qualitativos buscou testar a eficácia do modelo, aplicando-o durante sessenta dias, em uma turma do quarto ano de um colégio particular, na cidade de Porto Alegre, RS, objetivando verificar se este modelo seria capaz de qualificar as percepções de inclusão e integração dos alunos. As análises dos instrumentos investigativos evidenciaram uma elevação significativamente positiva nas percepções de inclusão e integração dos alunos, após a aplicação do modelo de Esporte-Educação. Outro aspecto muito significativo elencado do processo conclusivo da pesquisa foram às percepções de comportamentos que os alunos expressaram e que puderam ser associadas a percepções positivas ou negativas nas dimensões analisadas e que podem se constituir em pressupostos teóricos e práticos para ações educacionais mais pedagógicas dos professores durante a iniciação esportiva nas aulas de Educação Física escolar. Palavras-chave: Esporte-educação. Educação física. Inclusão. Centro Universitário Metodista – IPA – [email protected] - Fundamentos teórico-metodológicos do processo ensino-aprendizagem e avaliação em Educação Física

Page 111: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

MOVIMENTO HIP HOP E EDUCAÇÃO FÍSICA POSSIBILIDADES DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO

Luiz Felipe Alves Moreira1 Rafael Assad Aranda2

Gisele Franco de Lima Santos3 A dança é considerada uma das artes mais antigas. Segundo Nascimento (2002), é a única que dispensa qualquer material como ferramenta, pois depende somente do corpo e da vitalidade humana para cumprir sua função. Assim a dança precisa ser incorporada no planejamento das aulas de Educação Física desde a Educação Infantil, por permitir que o estudante vivencie com o corpo, diferentes possibilidades lúdicas e de manifestações da cultura corporal (MARQUES et al, 2013). A partir das vivências como bolsista do PIBID na área da Educação Física, percebe-se uma dificuldade dos professores em ensinar esse conteúdo nas aulas de Educação Física. Sendo assim, pensamos sobre as possíveis práticas que possibilitariam a inserção da cultura hip hop na escola. O presente estudo relata uma possibilidade de inserção de práticas relacionadas à cultura hip hop nas aulas de Educação Física por meio de uma pratica realizada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID), do curso de Educação Física – Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina, desenvolvido em uma escola pública na região central de Londrina-PR, nas turmas do terceiro ano do ensino médio. Foi elaborado um planejamento de duas aulas para abordar o hip hop e a dança break dance. O conteúdo iniciou-se uma conversa com os alunos sobre a vivência individual com o hip hop, a exposição do histórico do hip hop e sobre a dança dentro dessa cultura. Foram apresentados vídeos demonstrativos e, posteriormente, foi feita uma vivência com os passos básicos juntamente com o professor e feita uma construção de uma pequena coreografia criada pelos alunos para ser apresentada aos demais alunos. Percebeu-se de início uma resistência dos alunos com o tema, por se tratar de dança. Então para promover uma maior participação dos alunos pensou-se em conciliar com uma modalidade esportiva conhecida como rope skiping, que busca sincronia de pular corda com uma música, o que tornou possível uma maior aproximação com a dança. Os alunos participaram ativamente e isso fez com que surgisse o interesse pelo estudo do break dance. Também foram realizadas adaptações que permitiram incluir alunos com dificuldade de aprendizado e com baixo repertório motor, bem como a inclusão de algumas gestantes que estavam presentes nas aulas. Por meio da avaliação das aulas, observou-se resultados positivos como a melhora do repertório motor dos alunos, aumento do interesse pelo aprendizado do conteúdo pelos alunos, compreensão do trabalho em equipe e, principalmente, compreenderam o conteúdo proposto. Segundo a professora de Educação Física (supervisora PIBID Educação Física), os conhecimentos construídos possibilitaram a continuidade do tema nas aulas que se seguiram e também, o envolvimento das demais turmas da escola em todo o processo. Esta vivência permitiu aos alunos uma nova forma de pensar o conteúdo dança na escola e outro olhar sobre a Educação Física no âmbito escolar. E foi uma experiência enriquecedora para o estudante e para a supervisora do PIBID que atuaram pedagogicamente com o enfoque de que a Educação Física é uma área de conhecimento e não uma área de mera repetição de movimento e técnicas. Palavras-chaves: Educação Física; Hip Hop; PIBID. 1 Discente de Educação Física - Licenciatura – Bolsista do PIBID – Educação Física - UEL e-mail: [email protected] 2 Prof. da Rede Municipal de Educação de Londrina – PR, GEPEMH – UEL, Professor Supervisor do PIBID – UEL - : [email protected] 3 Profa. do curso de Educação Física Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina. Coordenadora da área da Educação Física do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) - : [email protected]

Page 112: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM PRÉ-ESCOLARES DE LONDRINA, PARANÁ: UM ESTUDO POR ACELEROMETRIA

Arli Ramos de Oliveira1

Sara Crosatti Barbosa2

Estudos sobre o nível de atividade física de crianças pré-escolares vêm aumentando no Brasil, no entanto pouco se sabe a respeito de sua intensidade, especialmente dentro do ambiente escolar. Logo, o objetivo do presente estudo foi mensurar objetivamente e descrever a intensidade de atividade física em pré-escolares por acelerometria. O estudo foi realizado em oito Centros Municipais de Educação Infantil das cinco regiões da cidade de Londrina, PR, envolvendo crianças matriculadas em 2013 nos Ensinos 4, 5 e 6, de ambos os sexos, com idades entre 4 e 6 anos. Para mensurar a atividade física, foram utilizados acelerômetros da marca ActiGraph, fixados na cintura das crianças, por cinco dias consecutivos, somente no período de permanência nos centros. Foram coletadas informações sobre a condição socioeconômica da família, nível de atividade física dos professores, informações sobre o ambiente escolar e rotina dos Centros. A análise dos dados foi realizada com o auxílio do Software SPSS versão 20.0. Os dados foram apresentados em média e desvio padrão. O Teste de Qui-Quadrado e o Teste Exato de Fisher foram empregados para verificar possíveis associações entre as características dos sujeitos. O Teste de Correlação de Spearman foi empregado nas variáveis relacionadas à rotina escolar e os resultados do acelerômetro. Foi considerado um nível de significância de p<0,05 para todas as análises. Os resultados indicaram que as crianças permanecem em atividades sedentárias na maior parte de sua permanência semanal nos centros, sendo o maior percentual de atividades realizadas em ambientes internos. O parque, pátio e sala de recreação interna se associaram com Atividade Física Leve a Moderada (AFLM) dos pré-escolares.

Palavras-chave: Nível de atividade física, pré-escolares, acelerômetro. Universidade Estadual de Londrina - UEL 1Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq 2Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior - CAPES

Page 113: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O CONCEITO DE (IN)DISCIPLINA, E DISCIPLINARIZAÇÃO NO ÂMBITO ESCOLAR

Ana Carolina Silva Bozz Borelli Thiago Pelegrini

A indisciplina é um fenômeno importante e comum em nossa sociedade e tem sido queixa recorrente na instituição escola. Definir um conceito para indisciplina é uma tarefa que muitos autores vêm tentando realizar, mas a diferença entre os posicionamentos é significativa. Buscando romper com compreensões conservadoras sobre a indisciplina utilizamos o conceito de disciplinarização de Michel Foucault. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi analisar quais os conceitos de indisciplina, disciplina e disciplinarização. Para a realização da presente pesquisa, optou-se por utilizar o método de pesquisa, revisão bibliográfica. Por meio da análise da literatura especializada, analisamos que ainda não existe um consenso sobre o conceito de indisciplina/disciplina. O conceito de disciplinarização de Michel Foucault, nos apresenta o conceito de disciplinarização, que permite entender essa discussão a partir de uma nova ótica, desmitificando o pensamento conservador que tende a enfatizar a escola como instituição disciplinadora. Universidade Estadual de Londrina – CEFE. Ana Carolina Silva Bozz ([email protected]) Thiago Pelegrini ([email protected])

Page 114: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O CONTEÚDO LUTAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Gabriela Simone Harnisch1 Wellington Fernando Sachser2

Shayda Muniz Oliveira Guilherme3 Bruna Poliana Silva4

Ana Laura Maciel Ramos5

Jonatan Rogerio Trindade Faria6

Douglas Roberto Borella7

O presente estudo objetivou verificar se os professores de Educação Física utilizam o conteúdo de lutas em suas aulas, apresentando as estratégias, métodos de ensino e problemáticas, dentre outros aspectos relacionados à sua aplicação. Para tanto, a pesquisa caracterizou-se a como survey, de caráter descritivo. Os participantes da pesquisa foram 11 professores de Educação Física dos anos finais do ensino fundamental (do 6° ao 9° ano) da rede pública de Marechal Cândido Rondon, PR. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário elaborado, testado e aplicado pelos pesquisadores, tentando evidenciar a opinião dos professores sobre o assunto. Os resultados demonstraram que, dentre os 11 professores, seis desenvolvem o conteúdo lutas em suas aulas, pautando-se em seminários, apresentações, atividades teóricas na biblioteca e outros ambientes disponíveis na escola. Ainda, um professor relatou trabalhar com duas modalidades especificas: judô e capoeira. Os demais professores (cinco), não se utilizam do conteúdo lutas, justificando a ausência de materiais e espaços adequados e também pela falta de intimidade sobre o conteúdo. Conclui-se assim que as pesquisas envolvendo o conteúdo lutas no ambiente escolar carecem de muitos avanços no que tangem práticas pedagógicas e adaptações para a prática nos ambientes disponíveis nas escolas. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Conteúdos Estruturantes; Lutas. Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

1 Aluna de doutorado do programa de pós graduação em Educação Física da FEF/UNICAMP. Docente do curso de Educação Física da UNIOESTE. 2 Licenciados em Educação Física – UNIOESTE.

3 Alunos de Graduação em Educação Física-Licenciatura e bolsistas PIBIC. 4 Doutor em Educação Especial. Docente do Curso de Educação Física da UNIOESTE.

Page 115: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE A PARTIR DE UMA PESPECTIVA CRÍTICA DE EDUCAÇÃO

Felipe Casonato Lourenço1

Caroline de Souza Vieira2 Historicamente desde a sua origem o currículo foi pensado por diversas tendências pedagógicas que almejavam desenvolver propostas efetivas para uma educação que atendesse potencialmente as demandas sociais, porém ainda hoje encontramos em grande parte das escolas a concepção tradicional de currículo. Está pesquisa tem como objetivo analisar aspectos essenciais de um currículo sob uma perspectiva crítica de educação. O currículo define a identidade de uma escola é ele que norteará as ações educacionais realizadas na escola, é nele que se corporifica as relações sócias, tem influência direta no desenvolvimento e formação do aluno. Apresentaremos alguns dos seus princípios fundamentais norteadores: concepção de educação e finalidade da escola, concepção de ser humano, mundo e sociedade, concepção de professor e estudante, concepção de conteúdo e princípios gerais de seleção, concepção de ensino aprendizagem e concepção de avaliação. Palavras-Chave: Currículo; concepções, teorias críticas.

1 Licenciado em Educação Física, Universidade Estadual de Londrina, [email protected]. 2 Licenciada em Educação Física, Universidade Estadual de Londrina, Docente da rede municipal de Jataizinho-PR, [email protected].

Page 116: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O ENSINO DOS CONTEÚDOS RELACIONADOS À SAÚDE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Rodrigo Aparecido Santos1 Ana Maria Pereira2

O presente estudo tem como tema as questões referentes à Saúde enquanto conteúdo da Educação Física na Educação Básica. Na escola, a Educação Física é a disciplina que trata da ação motora, bem como da compreensão das diferentes manifestações da cultura motora, tendo como seus conteúdos estruturantes: a Dança, o Esporte, o Jogo, a Luta, a Ginástica. Todavia, há que ressaltar que o ensino da Educação Física não limita apenas a estes conteúdos anteriormente citados. Uma das tendências e concepções da área se aproxima do tema Saúde, não podendo este conhecimento ser negado. Desse modo, esta pesquisa indicou quais conteúdos relacionados ao tema Saúde podem ser ensinados nas aulas de Educação Física na Educação Básica. Trata-se de uma pesquisa em Educação de cunho qualitativo, que, por meio da pesquisa bibliográfica, abrange pesquisas já existentes sobre o assunto. Espera-se que por meio de uma proposta de seleção e organização dos conteúdos em uma sequência didática a presente pesquisa possa contribuir para a área da Educação Física no que diz respeito aos conteúdos referentes à Saúde. Palavras-chave: Educação Física; Saúde; Educação Básica. 1 – [email protected] - Rede particular de Ensino

2 – [email protected] - Universidade Estadual de Londrina

Page 117: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O ENSINO SOBRE AS DANÇAS URBANAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PIBID

Luiz Gustavo Alves Moreira* Tarline Francie M. Groth Rocha**

Gisele Franco de Lima Santos*

O objetivo desse estudo é apresentar os resultados alcançados, a partir das experiências de um bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), ao participar do desenvolvimento de ações pedagógicas voltadas para o ensino sobre as Danças Urbanas, em uma escola municipal localizada em Londrina/Pr. A intervenção pedagógica foi desenvolvida em 2 turmas, com 25 alunos cada, totalizando 50 alunos atendidos. No universo das Danças Urbanas, o estilo escolhido e utilizado na referida experiência foi Break, que consiste em uma expressão corporal marcante, e que surgiu de uma cultura de periferia, mais precisamente nos bairros negros e latinos de Nova Iorque EUA, na década de 60. Este estilo de dança, é composto por um compilado de movimentos baseados em situações que incitam guerra e luta, e são expressados de maneira que se manifeste os ideais da cultura Hip Hop de resistência às situações de opressão da sociedade para com a juventude negra e latina, pobreza e a violência. (ALVES e DIAS,2004). O grande impacto visual e a capacidade de criação e expressão por meio deste estilo, fez com que o ensino de técnicas do breakdance nas aulas de Educação Física fosse satisfatório, e cultura de reivindicação, bem como os princípios filosóficos de manifestação da juventude, se manteve em consonância com as práticas corporais realizadas durante as aulas. Os movimentos básicos e a possibilidade de criação de novos movimentos pelos próprios alunos foram alcançados. Palavras-chave: Hip Hop; Cultura; Dança; PIBID; *Universidade Estadual de Londrina **Professora do Rede Pública Estadual do Paraná

Page 118: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O ENSINO SUPERIOR E A EDUCAÇÃO FÍSICA NO REGIME MILITAR: CONCEPÇÕES A PARTIR DO MODELO NAPOLEÔNICO

Caroline de Souza Vieira1 Felipe Casonato Lourenço2

Marcio Yasuhiko da Costa Adaniya3

Esta pesquisa tem como objetivo apresentar um recorte histórico sobre a obrigatoriedade da Educação Física no Ensino Superior durante o Regime Militar no Brasil. As universidades começaram a surgir na Europa na Idade Média, no Brasil foi iniciada 1808 com os cursos superiores do Rei D. João VI, desde a sua criação sempre teve características do modelo Napoleônico de Universidade, com controle do Estado, preocupação com questões econômicas e políticas da sociedade, uma prova disto é o decreto de No 69.450/71 que tornou obrigatório a Educação Física nas Universidades Públicas do Brasil. No Regime Militar foi usada como estratégia para desorganizar e desestabilizar os movimentos estudantis, tendo como concepção um corpo dualista, focada somente na prática, mesmo com o fim do Regime Militar ela deixou de ser obrigatória somente em 1996. Atualmente a Educação Física está legalizada no cenário educacional como disciplina e área de conhecimento da Educação Básica. Palavras-Chave: Educação Física; Ensino Superior; Regime Militar.

1 Licenciada em Educação Física, Universidade Estadual de Londrina, Docente da rede municipal de Jataizinho-PR, [email protected]. 2 Licenciado em Educação Física, Universidade Estadual de Londrina, [email protected].

3 Licenciado em Educação Física, Universidade Estadual de Londrina, [email protected]

Page 119: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O ENTENDIMENTO DE FUTUROS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE A PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

Camila Rinaldi Bisconsini Ana Luiza Barbosa Anversa Héres Faria Ferreira Becker

Juliana Dias Boaretto Patric Paludett Flores

Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores (BRASIL, 2015), os cursos de Licenciatura devem ter carga horária total de 3.200 horas, de modo que 400 horas sejam destinadas à Prática como Componente Curricular (PCC). Este componente pode ser efetivado de acordo com as especificidades de cada curso, ao mesmo tempo, deve estar contemplado de modo sistematizado nos respectivos Projetos Pedagógicos de Curso e ser desenvolvido ao longo do processo da formação inicial. Há diferentes estratégias possíveis para o desenvolvimento das práticas curriculares, como: observações da intervenção profissional em escolas, com o acompanhamento de docentes universitários; vivências de ensino junto a alunos em fase escolar; problematização de situações reais da rotina profissional docente a partir de encontros com a escola; e outras iniciativas que aproximem a Universidade da Educação Básica. No entanto, existe a dúvida sobre o reconhecimento da PCC em cursos de Licenciatura em Educação Física. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa foi averiguar o entendimento de acadêmicos formandos em Educação Física – Licenciatura sobre a PCC. Para tanto, em um primeiro momento foi aplicado um questionário com uma questão fechada sobre o conhecimento da PCC, em seguida, para aqueles que responderam positivamente, realizamos uma breve entrevista para que relatassem essa compreensão. Participaram 56 acadêmicos do último ano de Licenciatura em Educação Física de uma Universidade pública do Paraná. Foi realizada a análise de conteúdo com suporte do software NVivo 10. Em relação aos resultados, 48% dos discentes declararam conhecer a PCC, e a estes foi dada a oportunidade de esclarecer esse entendimento. As unidades de registro representativas destas respostas são: A gente estudou tal matéria e vai aplicar essa tal matéria (A15); Eu acho que já ouvi falar, mas não vou saber explicar (A24); Eu nunca parei para refletir nesse termo (A26); Práticas Curriculares? É o que tem no modelo da Educação Física para ser aplicado em sala de aula? Isso aí é uma coisa que eu tenho que rever, estudar, porque não foi algo que eu foquei muito na graduação, não vou saber te falar, só se você der uma dica, falar um pouco, eu posso pensar alguma coisa (A27); No momento não saberia lhe explicar corretamente (A31). Os fragmentos permitem inferir que a PCC ainda não é uma ação organizada no curso investigado, pois mesmo os acadêmicos formandos que afirmaram conhecê-la, mostram-se inseguros na tentativa de explicar seu significado dentro da formação. Ainda cabe ressaltar que 52% dos licenciandos revelaram desconhecer as práticas curriculares, assim, não arriscaram elucidá-la. A PCC se coloca como um aspecto legal imprescindível para os cursos de Licenciatura, pois uma de suas funções é aproximar a formação da realidade de intervenção profissional, preparando docentes e discentes sobre a realidade existente e, assim, qualificar a formação desenvolvida com provável desvelamento de particularidades da profissão. Trata-se de um aspecto estrutural/pedagógico que precisa ser revisado no curso de forma imediata para alinhamento legal e, mais importante que isso, qualificar a formação ofertada. Palavras-chave: Formação inicial; Educação Física; Prática como Componente Curricular. Universidade Estadual de Maringá. Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL. Campus Universitário. – Maringá/PR.

Page 120: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O JOGO E AS CULTURAS LÚDICAS INFANTIS

Nair Correia Salgado de Azevedo1 José Milton de Lima2

As discussões a respeito do jogo e do não reconhecimento das culturas lúdicas infantis nas escolas, além de refletir a relação de poder entre adultos e crianças, contribui para exista uma hierarquia que contempla, entre outros, os aspectos relacionados a conteúdos “mais importantes”, ocasionando, assim, uma desvalorização da ludicidade por parte do adulto. O objetivo desse trabalho é discutir a importância do jogo no contexto escolar e refletir sobre a necessidade do jogar nas escolas, não apenas por esse ser um elemento das culturas lúdicas infantis que não pode ser ignorado, mas também por ser necessária a ampliação do jogo no contexto escolar. O papel do jogo na escola vai além de suas competências sociais – trata-se de uma necessidade humana, não apenas das crianças. Para que isso ocorra, é preciso pensar além da urgência de jogar – é necessário que enxerguemos como esse jogar é visto nas escolas há muito tempo. Um bom começo para essa reflexão pode ser feita por meio da valorização dessas culturas infantis como um conhecimento digno de se fazer presente nos currículos. O processo de produção das Culturas Lúdicas Infantis na escola é contínuo, e isso implica entendê-lo como algo dinâmico, que está sempre proposto a novas experiências e novas sensações. Palavras-chave: Educação. Culturas Lúdicas Infantis. Jogo. 1Docente do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação da Universidade do Oeste Paulista (FACLEPP) – UNOESTE/ Presidente Prudente. 2Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT, e Departamento de Educação e Programa de Pós-graduação em Educação (Mestrado/Doutorado) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/ Presidente Prudente.

Page 121: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O JOGO POPULAR NA EDUCAÇÃO FÍSICA: VIVENCIANDO O DODGEBALL

Alana Kiene Zabini1 Bianca Elisa Furio2

Marianne Francelino de Mello3 Rafael Assad Aranda4

Nilton Munhoz Gomes5

Esse trabalho é um relato de experiência das aulas de Educação Física do projeto Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID), nas turmas do segundo ano do período vespertino de uma escola municipal, localizada na zona norte do município de Londrina-Pr. O jogo pode ser utilizado com vários propósitos, em várias situações e ambientes. Na escola, o jogo deve ser utilizado como elemento pedagógico, pois permite ao aluno a construção de novas aprendizagens a partir de seus conhecimentos prévio. Como conteúdo curricular, o jogo pode ser sistematizado enquanto origem e trajetória histórica, nomenclatura, forma clássica, variações e reelaboração. Um dos jogos populares mais ensinados nas aulas de Educação Física é a bola queimada. Dentre inúmeras variações que esse jogo possui, este trabalho apresentará uma proposta de ensino de uma variação conhecida como dodgeball. Um jogo americano de arremessar e agarrar a bola, que tem como objetivo atingir os jogadores oponentes eliminando-os da partida. Mais do que um jogo popular, ele é considerado em seu país de origem como um esporte. Observando as similaridades entre os jogos “bola queimada e dodgeball”, como se dá o processo de ensino e aprendizagem desse jogo popular americano nas aulas de Educação Física? Com esta proposta, é possível contribuir com o aprendizado do conteúdo jogos populares ampliando o conhecimento dos alunos? Com isso, o trabalho teve como objetivo apresentar a sistematização do ensino de uma variação do jogo bola queimada conhecida como dodgeball. A proposta consistiu de cinco aulas, tendo a seguinte sequência: a primeira aula foi apresentada o dodgeball, expondo sua origem e suas características, questionando sobre sua similaridade com o jogo bola queimada para estabelecer relações. Na segunda aula foi apresentada a quadra e as regras oficiais do jogo. Na aula seguinte apresentado o jogo adaptado (tamanho da quadra, número de jogadores e número de bolas) para compreensão do jogo e das similaridades com o jogo bola queimada. Na quarta aula foi realizado o jogo com as regras oficiais e por último a realização de um torneio organizado em cada turma. Verificamos que os alunos não tinham conhecimento prévio do jogo dodgeball, sendo o primeiro contato com o jogo, embora compreendessem o jogo bola queimada, o que possibilitou o aprendizado das similaridades entre os jogos. As aulas também permitiram aos alunos conhecer a origem e a forma clássica de jogar a variação da bola queimada, conhecida como dodgeball. Para além do conhecimento do jogo, a prática permitiu a compreensão dos alunos sobre as habilidades manipulativas agarrar e arremessar, aceitação de regras e trabalho em equipe. Com o presente trabalho, concluímos que a utilização de um jogo novo na escola, proporcionou aos alunos uma ampliação no conhecimento do conteúdo jogos popular e compreensão de um conceito de variação onde o jogo praticado difere do jogo na sua origem, o que demonstra a importância de apropriação dos diferentes tipos de jogos praticados, ressaltando a necessidade do ensino dos jogos populares nas aulas de Educação Física, enquanto uma ferramenta de aprendizado de novos saberes. Palavras-chaves: Educação Física, Jogos Populares, Dodgeball. 1 Discente do Curso de Graduação em Educação Física – habilitação licenciatura – Bolsista PIBID – UEL -

[email protected] 2 Discente do Curso de Graduação em Educação Física – habilitação licenciatura – Bolsista PIBID – UEL - [email protected] 3 Discente do Curso de Graduação em Educação Física – habilitação licenciatura – Bolsista PIBID – UEL - [email protected] 4 Professor da Rede Municipal de Educação – Londrina – PR, GEPEMH – UEL, Professor Supervisor do PIBID – UEL - [email protected] 5 Professor do Departamento de Estudos do Movimento Humano UEL - Coordenador de área do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID). - [email protected]

Page 122: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Káriston Eger dos Santos Jair Brito da Costa

A prática da atividade física vem sendo deixada de lado até mesmo entre os jovens e adolescentes, hábito que acarreta fatores negativos à saúde. Assim, o sedentarismo tem sido considerado um dos fatores desencadeantes de doenças não transmissíveis. O objetivo deste estudo foi investigar o real papel da educação física escolar na promoção da saúde e se ela tem atuado de forma efetiva na melhoria de capacidades funcionais. O trabalho foi realizado no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), campus localizado no município de Ponta Porã/MS, com 90 estudantes do ensino fundamental, distribuídos em três grupos. Cabe esclarecer que os grupos GA e GB foram submetidos a diferentes volumes de exercícios e o grupo GC foi o controle, ou seja, não recebeu nenhum treino específico, apenas praticaram a educação física convencional oferecida pela instituição de ensino. A coleta dos dados foi realizada por meio de um questionário. Além disso, os estudantes dos grupos GA e GBforam convidados para participar de um programa de treinamento com práticas orientadas de atividades físicas. Foram realizados exercícios aeróbios e anaeróbios e outros mais complexos. O treinamento foi orientado por quatro meses. As avaliações antropométricas, percentil do IMC, frequência cardíaca, de capacidade cardiorrespiratória e resistência foram realizadas no início e final do programa. Os valores foram confrontados estatisticamente entre os grupos que seguiram a atividade física orientada e o grupo controle que não participou destas atividades. Após as avaliações pudemos observar que o GA grupo que treinou três vezes por semana teve uma redução média do percentil de IMC em 2,7%, para o peso redução de 2,9%, frequência cardíaca com diminuição de 5,1% e aumentaram suas marcas no teste de Cooper em 11,4%; já o grupo GB que treinou duas vezes por semana teve uma diminuição de 2,5% no IMC, 8,2% no peso, 2,9% na frequência cardíaca e um aumento nas marcas do teste de Cooper em 3,9%; já o grupo GC que apenas praticou as aulas de educação física no período normal não obteve mudanças em suas médias entre as variáveis avaliadas pré e pós. Com os resultados obtidos nos grupos de intervenção, confrontados com o grupo controle, pode-se observar que os estudantes que praticavam somente a educação física escolar não tiveram melhorias em suas variáveis. Pode-se inferir que a educação física escolar não tem como atuar como promotora direta da saúde, mas sim como uma disciplina que versa sobre conteúdos importantes na formação de pessoas com entendimento sobre as necessidades e benefícios da prática da atividade física, conhecimento corporal e cultural a respeito do movimento e da saúde. Sugerimos que, para ter efeitos mais intensos, a atividade física seja intensificada nas instituições escolares o que ressalta a importância na promoção desta disciplina na promoção da saúde. Palavras-chave: Educação Física, fatores de risco, saúde IFMS Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Mato Grosso do Sul.

Page 123: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E AS POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA

Ana Luiza Barbosa Anversa Héres Faria Ferreira Becker

Juliana Dias Boaretto Camila Rinaldi Bisconsini

Patric Paludett Flores Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira

A Educação a Distância (EaD) tem recebido, nos últimos anos, grande incentivo do Governo Federal por intermédio do Ministério da Educação, em especial com a implantação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em 2006. Esse incentivo visa expandir e interiorizar a oferta de cursos superiores no país. Além disso, por meio da Portaria 4.059/04, é possibilitada a implantação de até 20% dos componentes curriculares no formato EaD em cursos de graduação presenciais, . Diante deste quadro, a presente pesquisa tem por objetivo indicar, a partir de uma pesquisa bibliográfica, ações que consolidem o processo de ensino aprendizagem por meio da EaD e as possibilidades pedagógicas para a Educação Física. Para proporcionar ações que consolidem o processo de ensino aprendizagem na EaD é preciso que as ações trabalhem para além de conceitos e das atividades avaliativas. É mister que os alunos sejam estimulados a participar ativamente das ações, indo além do que é proposto no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), constituindo ações efetivas de interatividade, a fim de fomentar o pensamento crítico e a articulação entre conhecimentos científicos e experiências prévias do estudante, aliando habilidades e conhecimentos aos níveis cognitivos e afetivos por meio da linguagem e interação (HUNG; VALENCIA COBOS; SILVEIRA SARTORI, 2016). No sentido de aprimorar e ampliar as possibilidades do processo de ensino aprendizagem por meio da EaD é fundamental a articulação entre o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), material didático e processo de ensino aprendizagem, para que o aluno seja ativo e autônomo no processo, desenvolvendo técnicas para estudar, lidar com as questões de tecnologia e pesquisa, ultrapassando suas limitações em prol da aprendizagem. Todavia ressalta-se que para se ter um processo ativo de aprendizagem não depende apenas do envolvimento dos alunos, faz-se necessário que a estrutura e recursos humanos envolvidos no processo viabilizem condições para transformar e articular os saberes. No âmbito da Educação Física além da concepção pedagógica interativa, colaborativa e reflexiva, é preciso que sejam estimulados e efetivados momentos presenciais e a apresentação de situações problemas, que retomem o que foi discutido e trabalhado por meio do AVA, assim como, estimule os alunos a compreenderem e aplicarem os conhecimentos em situações práticas em seus aspectos conceitual (conhecimento em si, em suas possibilidades e limitações), procedimental (como fazer) e atitudinal (autoconhecimento e relações estabelecidas). O sistema de EaD, antes visto como distante do contexto da Educação Física, tem se tornado real, e demonstrado que para que não se perca o objeto da área – o movimento humano – é preciso conforme Lisboa e Pires (2013) adotar ações que gerem equilíbrio entre as diversas dimensões (acadêmica, prática, tecnológica, pessoal e crítica social) para que não traga prejuízo na qualidade da atuação profissional. Palavras Chave: Educação Física; Educação a Distância; Aprendizagem. Universidade Estadual de Maringá - UEM Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL.Campus Universitário – Maringá/PR

Page 124: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PIBID EDUCAÇÃO FÍSICA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Gisele Franco de Lima Santos* O objetivo desse estudo é apresentar o processo de implementação do projeto PIBID/Educação Física na Universidade Estadual de Londrina, bem como mostrar como está o projeto na atualidade. Com a implementação do PIBID em 2007, a formação de professores passa a ter um maior destaque, iniciando a organização do programa e de políticas de fomento. Tornou-se uma possibilidade para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a Educação Básica, ao conceder bolsas aos alunos de licenciatura participantes, aos professores regentes selecionados da rede pública de ensino e aos docentes de cursos de licenciatura, a partir de projetos elaborados e desenvolvidos pelas instituições de ensino superior. Em 2012, inicia-se o trabalho do PIBID Educação Física com 30 estudantes/bolsistas, 6 professores/supervisores e 2 docentes/coordenadores, sendo que em 2014 passamos a ter 60 estudantes/bolsistas, 9 professores/supervisores e 3 professores/coordenadores. Com o agravamento da crise política e econômica no Brasil, houve uma redução drástica nas verbas de custeio (que foram cortadas) e uma progressiva e constante diminuição no número de bolsas destinadas aos licenciados. Com número menor de bolsistas, ocorreu a diminuição de supervisores e, consequentemente, de coordenadores. Atualmente, a Educação Física, tem 26 estudantes/bolsistas, 5 professores/supervisores e 2 docentes/coordenadores oficialmente. O PIBID Educação Física é regido pelas orientações do PIBID/UEL, que estabelece princípios que regem todos os projetos. O PIBID Educação Física, estabelece ações voltadas para todos os envolvidos, evidenciando a importância da intervenção pedagógica na formação do aluno da Educação Básica, estimulando a formação continuada e valorizando a profissão docente. Procuramos aproximar a universidade da escola, os conhecimentos da formação inicial com a realidade escolar e destacar a importância da formação continuada para a melhoria da educação brasileira. Todos os envolvidos no PIBID, estão em uma luta constante pela permanência e ampliação do programa no país. Palavras-chave: PIBID; Educação Física; Docência. *Universidade Estadual de Londrina. Docente do Curso de Educação Física-Licenciatura. Coordenadora do PIBID/Educação Física. - [email protected]

Page 125: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

OBSERVAÇÃO DE AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL

Amanda Balestra1 Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma2

Ser professor é assumir um compromisso com a sociedade, o qual exige muita responsabilidade. A tarefa de ensinar é essencial para a existência do ser humano. Por essa razão a formação docente inicial pode influenciar significativamente no ato de ensinar para o século XXI. O objetivo desse estudo foi observar a ação pedagógica de um professor de Educação Física, tendo como base um roteiro pré-estabelecido, as anotações eram feitas em um diário de campo. Esse trabalho/pesquisa, é originário de um dos instrumentos de avaliação, proposto pela disciplina Intervenção Docente e Formação Profissional em Educação Física, do Curso de formação para docente da Universidade Estadual de Londrina. Para a coleta de dados utilizou-se de dois instrumentos, a observação de aulas e a aplicação de um questionário para o professor observado. Foram observadas oito aulas de um professor de Educação Física da rede estadual de ensino do município de Cambé, Paraná, de uma turma do sétimo ano. Esta observação ocorreu no ano letivo de 2015. O questionário tinha perguntas abertas e fechadas e versaram em torno: escolha da profissão, ser profissional da docência, identidade docente, objetivos e concepção da disciplina Educação Física. A análise, das aulas e da resposta ao questionário foi por meio dos princípios das teorias que explicam o desenvolvimento humano, bem como as teorias de formação de professores. O que pôde-se concluir, por meio da observação de aulas realizadas e nos conteúdos abordados nas disciplinas no Curso de graduação, é que a formação inicial do docente é de grande importância para que haja uma ação pedagógica adequada para a escola que se espera na atualidade. Pois o mesmo é influenciado por esse processo e é nele que irá se inspirar quando for atuar no meio educacional. Dessa forma é necessário haver a valorização da formação inicial docente e a importância e o reconhecimento também da formação continuada, na qual o mesmo irá se aprimorar e se aproximar ainda mais da realidade do contexto escolar. Por meio das observações ficou possível identificar os princípios no qual o professor estava imbuído e acreditava que os alunos apreendiam. O mesmo se fundamentava nos princípios empíricos, buscando sempre obter resultados prontos e acabados, exigindo dos alunos execuções perfeitas dos movimentos. Tem-se como resultado das observações que a formação docente influencia diretamente no ato de ensinar, seja essa inicial ou continuada. Palavras-chave: Formação de professores, Desenvolvimento profissional, Educação Física, Ensino.

1 Estudante do Curso de Educação Física–Licenciatura na Universidade Estadual de Londrina. 2 Professora do Curso de Educação Física–Licenciatura, da Universidade Estadual de Londrina, Membro do LaPEF/CNPq.

Page 126: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

OLIMPÍADAS E PARAOLIMPÍADAS RIO 2016: CONTRIBUIÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DO MAIOR EVENTO ESPORTIVO DO MUNDO PARA O ENSINO E

A APRENDIZAGEM DA DIVERSIDADE ESPORTIVA NA ESCOLA

Rafael Marques França Apesar de todas as críticas sobre o fato do Brasil ser a sede da (única) Olimpíada/Paraolimpíada acontecida na América do Sul e das (más) consequências do dito legado olímpico para o nosso país, é fato que o ano de 2016 foi um período frutífero para quem se dispôs a aproveitar a presença do maior evento esportivo do mundo tão perto e acessível da gente. Em se tratando do contexto escolar, na função de professor de educação física, pude abordar o tema da diversidade esportiva com uma riqueza de situações e espaços maior em relação aos outros anos no professorado. Foram desenvolvidas diferentes possibilidades de tratar do tema com fins de ensino e de aprendizagem, que, acontecidas em tempo real, tornaram-se mais prazerosas e significativas. Nesse sentido, os espaços/os momentos de aula foram para problematizar/refletir/experimentar/compreender a diversidade esportiva, por meio de jogos, pesquisas, trabalhos individuais e em equipes, experimentações práticas, observação e análise de jogos transmitidos ao vivo, dentre outras metodologias/atividades construídas a partir do que se estava percebendo aqui e agora. Extracurricularmente falando, alguns eventos relacionados ao fenômeno olímpico tornaram o processo ainda mais interessante, ligados ou não à(s) instituição(ões) de ensino em que trabalho, como a visita ao Museu Itinerante Se Prepara Brasil, a expectativa de acompanhar a chegada da tocha olímpica em nossa cidade e a participação na feira cultural da escola municipal que tematizou o maior evento esportivo do mundo, também explorado no desfile cívico de 7 de setembro. Desse modo, o texto objetiva pontuar/exemplificar algumas ações desenvolvidas durante o ano olímpico nas duas redes de ensino em que trabalhei – leia-se Escola Municipal Osvaldo Cruz e Colégio Estadual Prof.ª Rina Maria de Jesus Francovig, concretizando possibilidades didático-pedagógicas de ensino e de aprendizagem da diversidade esportiva na escola. Palavras-chave: Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio 2016; Diversidade esportiva; Educação Física escolar. Universidade Estadual de Londrina/UEL – Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar/GEPEF-LaPEF; Escola Municipal Osvaldo Cruz e Colégio Estadual Profª. Vani Ruiz Viessi.

Page 127: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

ORGANIZAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS HISTÓRICOS DA GINÁSTICA

Tamires A. S. Lima1 Ana Maria Pereira2

A Educação Física é uma disciplina da Educação Básica, conforme as Leis de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, entretanto, esta lei não define quais os conteúdos a serem ensinados. Também os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs indicam os conteúdos da Educação Física e a Ginástica faz parte deles. Então, a Ginástica é um conteúdo da Educação Física. A Ginástica enquanto um conteúdo a ser ensinado tem muitos conhecimentos que podem ser abordados e um deles refere-se aos fatos históricos. Desse modo, a partir da sistematização do conhecimento Histórico da Ginástica, nomeadamente da Pré-História até a Modernidade, de estudos de (PEREIRA, 2006) organizar-se-á um caderno didático-pedagógicos tendo em vista facilitar o ensino-aprendizagem deste conteúdo nas aulas de Educação Física, contribuindo para a formação inicial e continuada dos professores de Educação Física. A presente pesquisa será de natureza qualitativa de educação e utilizar-se-á de da revisão bibliográfica, tendo como base livros, monografias e artigos. Justifica-se este estudo em função da carência de material didático-pedagógico na área de História da Ginástica. Pretende-se disponibilizar um material que possa auxiliar no conhecimento daqueles em formação inicial e continuada em Educação Física, ou seja, um material facilitador para que este conteúdo seja ministrado no âmbito da Educação Básica. Palavras-chave: História da Ginástica; Organização; Material Didático. 1 – [email protected] - Universidade Estadual de Londrina – Apucarana/PR

2 – [email protected] - Universidade Estadual de Londrina – Londrina/PR

Page 128: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

OS FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS KANTIANOS DO MOVIMENTO RENOVADOR DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Amador C. Batista Filho1 Marco A. C. Ferreira2 Augusto R. da Silva3

O período em torno da década de 1980 e meados da década de 1990 são considerados um divisor de águas político e intelectual na Educação Física Escolar. É comum dizer que a partir daí começou a ser feito um esforço no sentido de colocar a Educação Física Escolar sob os fundamentos das ciências sociais. É o momento de estruturação e de fortificação do que passou a ser identificado como “movimento renovador” da Educação Física Escolar. O movimento renovador da Educação Física rompeu com a orientação esportiva e incorporou no lugar um conteúdo identificado com as temáticas advindas da proposta centrada na concepção de cultura corporal. Logicamente, tudo isso implicou em uma modificação do modelo de formação do professor adotado até então e na atividade de ensino do professor em sala de aula. O presente trabalho volta-se para os aportes teóricos do movimento renovador à luz do pensamento do filósofo alemão Immanuel Kant. Na tentativa de oferecer uma melhor compreensão da relação da “razão prática” kantiana com o movimento renovador foi feita uma extensa análise bibliográfica da literatura existente. Da análise emergiram aspectos que apontam para a precedência da “razão prática” em relação à “razão pura”. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Movimento Renovador; Cultura Corporal. 1 UEL – Universidade Estadual de Londrina - [email protected] 2 UEL – Universidade Estadual de Londrina - [email protected] 3 UEL – Universidade Estadual de Londrina - [email protected]

Page 129: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E O ALUNO SURDO: SABERES NECESSÁRIOS PARA A INCLUSÃO

Willian Cesar Duarte* Nilton Munhoz Gomes*

O presente artigo tem como objetivo apresentar a importância da capacitação dos professores de educação física para atuar com alunos surdos, com ênfase na formação dos professores de modo que essa formação contribua com os saberes necessários para a inclusão de alunos surdos nas aulas de educação física dentro do ensino regular, o artigo aborda leis e políticas que auxiliam no processo de inclusão qual trazem em seus princípios uma educação para todos independente de suas necessidades. O aluno surdo tem como sua principal necessidade a comunicação, qual é relizada através da linguagem de sinais, que foi desenvolvida pela necessidade de uma comunicação não verbal, essa forma de linguagem é reconhecida por lei como meio legal de comunicação e expressão pela Lei 10.436 de 24 de abril de 2002 e regulamentada a partir do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 qual determina que a mesma deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores. Dessa forma é indispensável que os professores tenham conhecimento da linguagem de sinais, pois isso facilitará a comunicação durante as aulas e irá auxiliá-lo no processo de inclusão. Palavras-chave: Educação Física; Inclusão; Surdez. *Universidade Estadual de Londrina - [email protected]

Page 130: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

OS SABERES DA DOCÊNCIA NO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM ESTUDO SOBRE O OLHAR DOS ACADÊMICOS

Marlene Vitoria Biscaro

A presente pesquisa tratou-se de compreender se o saber experiencial é o cerne da prática pedagógica do trabalho docente. Objetivou-se analisar como os saberes da experiência profissional colaboram na construção de novos conhecimentos, que são necessários para estruturar e orientar à prática pedagógica de futuros professores. A metodologia caracterizou-se pelo método compreensivo, abordagem quali-quantitativa; instrumento para coleta de dados, utilizou-se questionário com perguntas fechadas e abertas. Participaram da pesquisa 35 (trinta e cinco) acadêmicos do último semestre do curso de Licenciatura em Educação Física. Os pressupostos teóricos baseiam-se em estudiosos como, Zabala (2010) e Tardif (2014). Espera-se que o saber experiencial seja a soma de saberes que estabelecem relações e desencadeiam um processo de formação e interação da atividade profissional enraizado na escola e na sala de aula. Palavras–chave: Saberes experienciais; Prática pedagógica; Formação docente. Docente de Educação Física da Faculdade Dom Bosco de Cornélio Procópio e da SEED- [email protected]

Page 131: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PANORAMA DOS GRUPOS DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO BRASIL

Ana Luiza Barbosa Anversa Patric Paludett Flores

Bruna Solera Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira

Luciane Cristina Arantes da Costa Vânia de Fátima Matias de Souza

Discussões sobre a Educação Física Escolar (EFE) têm ganhado espaço no âmbito acadêmico, em especial após a restruturação da formação inicial em Educação Física e das propostas de reformulação apresentadas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Estudiosos buscam analisar as perspectivas e ações pedagógicas vinculadas a EFE, visando fomentar debates sobre a formação profissional e propor modelos de intervenção que possam superar as fragilidades e evidenciar as potencialidades deste componente curricular no contexto educacional, legitimando seu processo de ensino aprendizagem. Diante destes fatores, a presente pesquisa tem como objetivo traçar um panorama dos grupos de pesquisa em EFE no Brasil. Para tanto, adotou-se uma busca sistemática no Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) a partir da consulta parametrizada do termo “Educação Física Escolar” no nome dos grupos de pesquisa. Os dados foram organizados em uma planilha no programa Excel®, a fim de traçar, a partir da estatística descritiva, o panorama dos grupos. Foram encontrados 33 grupos de pesquisa, registrados no DGP, com o termo EFE em seu nome, dos quais 69,7% (23) estão certificados e atualizados, 24,2% (8) certificados e não atualizados e 6,1% (2) em preenchimento pelos dirigentes institucionais de pesquisa. Dos grupos de pesquisa encontrados, 57,6% (19) estão vinculados a área de educação física e 42,4% (14) EFE a área de educação. Sobre o ano de formação dos grupos de pesquisa 45,5% (15) foram formados entre 2002 e 2010 e 54,5% (18) entre 2011 e 2017. Em relação aos recursos humanos, 42,4% (14) tem estudantes de graduação vinculados ao grupo de pesquisa, 21,2% (7) com estudantes de graduação, 6,1% (2) contam com pesquisadores vinculados ao mestrado profissional e 87,9% (29) com estudantes vinculados a programas de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado. Ao analisar a distribuição dos grupos de pesquisa em EFE nas cinco regiões do Brasil, a maior prevalência foi na região sudeste com 48,5% (16), seguido da região Sul 24,2% (8), Centro-Oeste 15,2% (5) e Nordeste 12,1% (4). Não foi encontrado nenhum grupo de pesquisa com a palavra EFE em seu nome, na região Norte. Os resultados indicam que ainda são poucos grupos de pesquisa registrados no DGP direcionados a EFE, sendo que nem todos se encontram atualizados. Além disso, os grupos se dividem entre as áreas da educação e educação física e há uma discrepância na distribuição destes grupos nas regiões brasileiras. Verifica-se que nos últimos anos houve um aumento de grupos direcionados a temática e que estudantes de diferentes níveis de formação (graduação, especialização, mestrado profissional, mestrado acadêmico e graduação) têm procurado se vincular aos estudos sobre a temática, o que pode vir a contribuir com a produção acadêmica da área que ainda ocupa menos de 20% dos artigos vinculados aos periódicos científicos da área, em especial nas temáticas práticas interventivas e currículo. Palavras Chave: Educação Física Escolar; Grupos de Pesquisa; Formação de Professores. Universidade Estadual de Maringá Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL.Campus Universitário – Maringá/PR

Page 132: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA, A PRÁTICA CRÍTICO-REFLEXIVA E A EDUCAÇÃO FÍSICA: UM OLHAR SOBRE POSSÍVEIS RELAÇÕES

Thiago Hrysyk Vieira1 José Augusto Victoria Palma2

O desenvolvimento deste estudo teve como direcionamento os discursos que pretendem alcançar o entendimento do significado da Educação Física no contexto escolar, no que tange, principalmente, às ações docentes imbuídas de um determinado referencial teórico-metodológico. Com a crescente produção teórica acerca da relação teoria-prática norteada pelas tendências críticas difundidas na área educacional, emerge a necessidade de refletir sobre e a partir de dois ângulos - pretensamente relacionados - de análise de um mesmo objeto: da teoria que sustenta uma determinada prática, assim como da prática que evidencia suas raizes na teoria, concretizando unidade e coerencia mediante a contestação em ambos os sentidos. Por isso, nosso objetivo geral foi discutir as possibilidades de relação recíproca entre a pedagogia histórico-crítica e o ensino da educação física visando a promoção de uma prática crítico-reflexiva. A partir de uma caracterização dos passos teórico-metodológicos da pedagogia histórico-crítica, procuramos desenvolver um estudo de campo, de carater etnográfico, visando a implementação deste procedimento para o ensino da Educação Física nas séries iniciais com uma turma de 4º ano de uma escola municipal, abordando o conteúdo força corporal. Buscamos descrever ações, comportamentos, assim como situações de interação docente/aluno que pudessem se concretizar em um relato de experiência. Compreendemos que o planejamento e a realização do estudo dentro da escola nos concebe o mérito de realizar pesquisa “na escola e para a escola”, assim como condições reais de discutir o ensino e identificar, a partir da realidade concreta e contraditória, os traços que nos permitem considerar o ensino da Educação Física (sob orientação da pedagogia histórico-crítica) como crítico reflexivo, destacando o que este conceito significa, qual sua origem e importância. Deste modo, podemos dizer que o professor desenvolve prática crítico-reflexiva se suas ações buscam favorecer a formação crítica do aluno. Vemos que as ações do professor, quando planeja, questiona, propõe, dá pistas, sugere, exemplifica, explica, pesquisa, solicita pesquisas, dialoga, retoma, são condições que proporcionam uma participação diferente do aluno, que nos indicam uma prática crítico-reflexiva. Palavras-chave: Prática crítico-reflexiva. Educação Física. Pedagogia histórico -crítica 1 Professor da rede municipal de ensino de Londrina - [email protected]

2 – Professor do curso de Educação Física Licenciatura - Universidade Estadual de Londrina e Membro do LaPEF [email protected]

Page 133: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PIBID DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: O QUE PENSAM OS GESTORES

Leticia Ferreira Maronezzi1

Joana Luisa Silva Mendonça de Angelo2

Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma3

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência - PIBID é uma iniciativa do governo federal que contribui para um melhoramento e valorização da formação inicial e continuada de professores, assim inserindo os estudantes de licenciatura na realidade escolar da rede pública de ensino, para ter uma interação com experiências metodológicas, práticas docentes, identificando e problematizando o processo de ensino-aprendizagem. O objetivo deste trabalho é conhecer o que pensam o gestor e equipe pedagógica sobre a presença do PIBID de Educação Física na dinâmica da escola. A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista semi-estruturada, em uma escola da rede municipal de ensino na região norte de Londrina, participaram desta entrevista, uma diretora, uma auxiliar de direção e duas supervisoras. As perguntas foram elaboradas tomando como base o objetivo do PIBID, a formação continuada da professora supervisora, e envolvimento dos bolsistas pibidianos com a escola. Por meio da análise das respostas das informantes, o PIBID vem satisfazendo as expectativas na escola. Identificamos também que há pouco envolvimento da equipe pedagógica com o Projeto, deixando para o professor supervisor de Educação Física as responsabilidades e intervenções. Sugerimos que, se houver uma interação maior e sistemática entre equipe pedagógica, professor supervisor e os coordenadores do Projeto, pode haver uma expansão das intervenções do PIBID na escola. Palavras-chave: Formação inicial e continuada de professores; PIBID Educação Física; Gestores. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL 1 Estudante do Curso em Educação Física Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina, e bolsista do Programa Institucional de Bolsa a Docência. - [email protected] 2 Professora de Educação Física da Rede Municipal de ensino -- Supervisora de bolsistas PIBID e membro do LaPEF - [email protected] 3 Professora do curso de Educação Física – licenciatura – da Universidade Estadual de Londrina e coordenadora do PIBID. Membro do LaPEF. - [email protected]

Page 134: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PIBID NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO PROFESSOR CRITICO REFLEXIVO: INTERVENÇÃO DOCENTE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Ana Maria Quidotti Marcelo Gomes da Silva

Thiago Hrysyk Vieira Gisele Franco L. Santos*

O presente estudo tem por objetivo apresentar o relato de experiência vivido por estudantes do segundo ano do Curso de Educação Física – Licenciatura, da Universidade estadual de Londrina, que estão inseridos no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), a partir da perspectiva de uma formação critica reflexiva do futuro professor de Educação Física. Essa formação se baseia na ideia do ir e voltar na ação, pensar e repensar antes, durante e depois da aula; pensar nas melhorias e nos problemas no processo de ensino e aprendizagem. Em nossa experiência optamos em escolher uma turma de 4º do ensino fundamental de uma escola municipal na região norte da cidade de Londrina/Pr, no qual os estudantes desenvolvem as atividades do PIBID. A turma tinha 16 alunos e a duração de cada aula foi de 50 minutos. Foi escolhido o eixo (Esporte) e o conteúdo (Fundamentos Técnicos do Basquete) no qual seria desenvolvida as ações pedagógicas dos futuros professores de Educação Física. A primeira ação foi realizar o planejamento das aulas (total de quatro), a partir do planejamento geral do professor/supervisor de Educação Física. Os fundamentos do basquete ensinados foram passe e marcação. As aulas começavam dentro da sala de aula, com uma problematização sobre o assunto e em seguida eram feitas as atividades práticas na quadra. Foram realizados alguns jogos que possibilitavam a participação de todos ao mesmo tempo e que apresentavam na dinâmica do jogo, tanto o passe, quanto a marcação. Em vários momentos da aula, os alunos eram questionados sobre as relações existentes entre a ação motora realizada no jogo e o fundamento técnico estudado. A primeira dificuldade que encontramos foi no planejamento, pois não sabíamos quais atividades estavam de acordo com faixa etária. Durante o desenvolvimento das aulas, foram necessárias várias alterações nas atividades, para atender as necessidades do grupo, mas sem fugir do objetivo pedagógico estabelecido. Com essas dificuldades vimos que era necessário um estudo mais aprofundado sobre o papel do professor reflexivo nas aulas de Educação Física, entendendo que não basta apenas planejar atividades divertidas e motivadoras para os alunos, mas que é necessário que o professor saiba fazer as intervenções de forma adequada, para que haja uma aprendizagem sobre o conteúdo. Essa experiência de ser bolsista do PIBID, nos permitiu vivenciar a atuação docente, de tal forma que conseguimos estabelecer uma maior aproximação com os conhecimentos ensinados na universidade, com a realidade escolar e as aulas de Educação Física. Palavras-chave: Professor Reflexivo; Educação Fisica; PIBID. *Universidade Estadual de Londrina

Page 135: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

POSSIBILIDADES DE REGULAÇÃO DO ENSINO E AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM POR MEIO DA INTERDISCIPLINARIDADE NAS

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E LÍNGUA PORTUGUESA

Luiz Cláudio dos Santos Cortez1 Dirce Aparecida Foletto de Moraes2

O presente estudo tem como propósito desenvolver uma proposta didática interdisciplinar que possibilite a regulação do ensino e a autoregulação da aprendizagem vislumbrando o aumento dos índices do IDEB de um colégio na zona norte da cidade de Londrina-PR, o qual participa do projeto OBEDUC (Observatório da Educação/MEC/UEL) com o tema: “A Práxis pedagógica: concretizando possibilidades para a avaliação da aprendizagem”. Neste sentido, é necessário salientar que por meio das avaliações de larga escala pode-se constatar que há baixo nível de aprendizagem, além de altos índices de evasão, repetência e distorção de alunos em idade e série, segundo dados Censo/IDEB/2011. Tais adversidades encontram-se aliadas aos âmbitos sociais, culturais, econômicos e pedagógicos da instituição em questão, os quais resultam em notas muito abaixo da meta proposta pelo IDEB. Ao analisar os fatores que limitam a aprendizagem dos alunos, faz-se necessário identificar em específico o âmbito pedagógico, a fim de pensar e repensar como a prática docente interfere nestes resultados. Para tanto, a intervenção teve como finalidade, auxiliar professores de Língua Portuguesa e Educação Física a planejar atividades que instigassem a participação dos alunos vislumbrando a apropriação do conteúdo, a regulação do ensino e a autorregulação das aprendizagens nas disciplinas do currículo além de enunciar indicadores que favoreçam o avanço dos resultados do IDEB referentes à aprendizagem. Sobre o processo de interdisciplinaridade os campos epistemológicos da Educação Física e Língua Portuguesa foram preservados, porém surge uma perspectiva teórico-metodológica comum e busca-se articulação a partir dos conteúdos ou dos objetos de estudo de cada disciplina. Neste sentido foi desenvolvido o projeto de Fotonovelas, uma estratégia de contar uma história que mistura novela, quadrinhos e fotografia (organizada numa sequência de quadros, textos, balões e imagens). Para concretização do projeto, o professor de Língua Portuguesa trabalhou com gêneros discursivos, práticas de escrita e prática da leitura. Os alunos escolheram conteúdos estruturantes da Educação Física para elaboração das fotonovelas, realizaram pesquisas, utilizando diversos recursos tecnológicos (vídeos, Internet, livros, jornais, revistas esportivas especializadas, laboratório informática), montagem de storyboard, informações técnicas e básicas sobre planos fotográficos, fundo e posicionamentos, editoração e impressão. Ao final do projeto os alunos tiveram oportunidade da leitura em diferentes formas (visual e verbal); identificaram diferentes linguagens: visual, verbal e escrita; analisaram e interpretaram as imagens (textos não verbais) e reconheceram a relação entre a escrita e a imagem no contexto de produção do gênero Fotonovela. Não podemos apresentar dados conclusivos, pois aguardamos nova avalição e novos resultados do IDEB, porém podemos ressaltar que houve enorme entusiasmo e comprometimento dos alunos. Considera-se que esta pode ser entendia como uma estratégia para trabalhar conteúdo específico no sentido de estimular a participação e a interação do aluno com o objeto de conhecimento e ainda a superação do baixo rendimento, da evasão escolar, da indisciplina em sala de aula, além de ampliar o conhecimento esportivo. Pode-se afirmar ainda que este projeto propiciou o fomento de uma cultura de valorização da leitura na escola, além de contribuir com o processo de regulação e autorregulação do ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Regulação. Autorregulação. Educação Física. 1 Universidade Estadual de Londrina – UEL/PR - Projeto OBEDUC (Observatório da Educação/MEC). Professor PDE da Rede Estadual - SEED/PR, Licenciatura em Educação Física, [email protected] 2 Professora Orientadora OBEDUC/UEL. Docente e pesquisadora da Universidade Estadual de Londrina – UEL/PR. [email protected]

Page 136: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA: A EDUCAÇÃO FÍSICA NO SÉCULO XXI

Helli Faria Ferreira Risso Este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de experiência sobre o resultado de uma proposta, que visou incluir Práticas Corporais de Aventura e suas ações interdisciplinares nas aulas de Educação Física, com a finalidade de explorar as vivências corporais e ampliar os conhecimentos dos alunos. Essas aulas foram realizadas com alunos do Ensino Médio, em uma escola estadual, na cidade de Londrina-Pr. Concordo com os estudiosos da área que devemos apresentar outras possibilidades para que os alunos saiam do tradicional que se vê constantemente no Futsal, Voleibol, Handebol e Basquete. A princípio,realizei um levantamento com os alunos para saber quem conhecia uma prática de esporte de aventura, quem praticava alguma modalidade desse tipo de esporte e se julgava possível praticá-lo na escola. Partindo das experiências que alguns alunos trouxeram para a escola, possibilitei tanto o aprender como o aprofundamento de mais modalidades esportivas a todos da turma, tais como: slakeline, skate e parkur. As aulas foram gravadas em vídeo. Julgo que não é possível ensinar nada sem partir de uma ideia de como as aprendizagens se produzem, conhecer a teoria e as formas de intervenção. Creio ser necessário levar em conta a diversidade dos alunos, identificando os desafios dos que necessitam aprender, dos que reaprendem e dos que podem compartilhar o que já sabem, a fim de que se sintam estimulados e valorizados em seu trabalho e assim foi realizado em aula. Fundamento-me em autores que afirmam a importância do professor sustentar sua atuação no pensamento de uma teoria praticada com reflexão e que são necessários os meios teóricos, para que essa prática seja consistente. É possível ser um professor competente sem partir da ideia de como as aprendizagens se produzem, ou seja, com conhecimento teórico amplo e profundo, além de praticado. Ao se produzir os processos educacionais, a aprendizagem tem um antes e um depois, devendo o professor perceber a realidade da aula, para aplicar a atividade ou tarefa, assumindo assim critério avaliador no qual a organização dos alunos, relação professor/aluno, distribuição do tempo e do espaço, são privilegiadas. As escolhas do professor se constroem a partir da significação social da profissão, da revisão das tradições, da reafirmação das práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas, do confronto entre a teoria e a prática, da análise sistemática das práticas à luz das teorias. Em minha ação diária priorizo o conceito de que cada professor, enquanto ator e autor, confere veracidade à atividade docente no seu cotidiano a partir de seus valores, de seu modo de situar-se no mundo, de sua história de vida, suas representações, de seus saberes, de suas angústias e anseios, da relação com outros professores, etc... Só assim entendo o sentido que tem sua vida de ser professor. Palavras-chave: Práticas Corporais de Aventura; Educação Física; Ensino Médio. Professora na Rede Estadual de Ensino- SEED - [email protected]

Page 137: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DO JOGO TRADICIONAL BUGALHA: UMA EXPERIÊNCIA DE PIBIDIANOS

Heloisa Braga Márcia Furihata

Ana Caroline Santos Souza Érika Nishiiye Laperuta

Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma Este artigo é um relato de experiência de estudantes de Educação Física na participação e inserção no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), no contexto escolar, e que oportunizou a construção e implementação de um bloco de aulas sobre o conteúdo jogos populares Bugalha, com a união entre os estudantes do curso de Licenciatura em Educação Física, professor orientador (docente da Universidade Estadual de Londrina - UEL), e supervisora (professora da escola). Essa experiência foi realizada em uma escola pública municipal na cidade de Londrina, foi desenvolvido com turmas do 3º ano do Ensino Fundamental I. O conteúdo escolhido foi proposto a partir de uma inquietação dos bolsistas sobre: Como estruturar e ensinar o conteúdo jogo popular Bugalha? Para isto, foi ministrado um bloco de nove aulas sobre o conteúdo. Concluímos que o ensino do jogo da bugalha nos mostrou a importância de ensinar um jogo tradicional na escola; quer seja pela cultura, por não deixar que essa prática desapareça, ou pelas possibilidades de ressignificação. Assim, identificamos que a qualidade das relações entre os alunos e as práticas do jogo, na maioria das vezes, era garantida, devido às intervenções, o diálogo e as oportunidades que ali eram lançadas. A experiência do PIBID, nos possibilitou ampliar os conhecimentos sobre a docência. Por meio do Programa pudemos ter contato direto com os alunos e com a organização das salas de aula, propiciando novos aprendizados e novas experiências, foi uma oportunidade ímpar para que nós graduandos pudessemos vivenciar o dia a dia dentro e fora da sala de aula. Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; Conteúdo; Educação Física; Jogo da bugalha. Universidade Estadual de Londrina [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]

Page 138: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA E O PIBID: AS VIVÊNCIAS NA REALIDADE ESCOLAR

Johnny Hideaki da Silva Marcelo1

João Vitor Muniz2 Thiago Hrysyk Vieira3

Ter a oportunidade de participar do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) já no primeiro ano de graduação do curso de Educação Física Licenciatura, é uma grande contribuição para a formação docente. Por meio dessa experiência é possível, identificar alguns desafios presentes na futura área de atuação docente e colocar em “prática” os conhecimentos aprendidos na universidade (teorias, metodologias, abordagens, dentre outros). Durante as aulas observadas, auxiliadas e ministradas pelo discente, foi analisado que há impasses na execução de determinados planos de aula, por diferentes motivos. Uma das razões para essa dificuldade de concretização do que era esperado e planejado, se refere as diferenças nas formas de agir e de pensar das crianças, que se encontram em plena construção de sua identidade. Lidar com pessoas, principalmente na atuação docente, é uma tarefa complexa, inclusive na fase da infância. Outro aspecto, que se apresenta como um desafio, principalmente para quem está no início da formação inicial, se refere a planejar as atividades que sejam coerentes com a realidade dos alunos que está ensinando. Muitas vezes, as atividades necessitam de alterações e modificações para ficarem adequadas aos alunos e ao objetivo proposto na aula. O professor deve constantemente procurar o maior número de soluções para os problemas encontrados, enfrentando-os assim e tendo maior número de possibilidades aplicáveis. Nessa busca incessante, pela melhor forma de realização do plano de aula idealizado pelo docente se dá pela contínua procura de conhecimento, já que a formação do professor é continuada. O PIBID, portanto, promove uma vivência importante para a formação do futuro professor e a ampliação da perspectiva em relação a ação do educador frente aos desafios presentes no cotidiano escolar e nas aulas de Educação Física. O PIBID nos permite ter a motivação para buscar mais conhecimentos e nos instiga a sermos professores cada vez melhores. Palavras-chave: Formação Inicial, PIBID, Educação Física. 1 e 2 Acadêmico em Educação Física – Licenciatura na Universidade Estadual de Londrina e bolsista vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). E-mail: [email protected] 3 Professor da Rede Municipal de Ensino de Londrina – Supervisor do PIBID

Page 139: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: O PAPEL DA LINGUAGEM

Thiago Corado Lima* Ana Claudia Saladini**

O grande desafio da disciplina de Educação Física na contemporaneidade, é organizar situações de ensino e aprendizagem que contribuam com os alunos na construção e compreensão de sua motricidade. Para tanto a compreensão dos conteúdos que compõem a área só será possível se pensarmos em um processo que permita ao sujeito tomar consciência de si para apropriar-se destes conhecimentos. Este artigo tem como objetivo compreender o papel da linguagem do professor no processo de socialização, e suas relações com o desenvolvimento moral humano, tema este que norteará nossas pesquisas, entrelaçando-as as práticas do componente curricular Educação Física. Para este estudo recorremos a um formato de pesquisa bibliográfico (GIL, 1991), que buscou tecer relações entre os estudos dos pressupostos teóricos da Epistemologia Genética (PIAGET, 1896-1980), a fim de compreender a importância da qualidade das relações no processo de ensino e aprendizagem e as contribuições da disciplina no desenvolvimento moral humano dos educandos. Consequentemente, é necessário reconhecer a necessidade de que discussões como essa façam parte do processo de formação docente, seja ele inicial ou continuado.

Palavras-chave: Educação Física; Socialização; Desenvolvimento Moral; Linguagem do professor *Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física - UEL **Docente no Curso de Licenciatura em Educação Física - UEL

Page 140: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: AVALIAÇÃO COMO UMA PRÁTICA CONSTANTE

Felipe Casonato Lourenço

O presente estudo trata a respeito da avaliação como parte do processo ensino aprendizagem nas aulas de Educação Física. Nesse sentido, faz-se necessário que esse assunto ‘avaliação’ seja amplamente discutido, para que se possa aprofundar cada vez mais nessa temática e assim ocorra a quebra de paradigmas a respeito da avaliação a partir do rendimento físico do aluno, herança do tecnicismo nas aulas de Educação Física e seja ressignificada a concepção de avaliação como processual e não apenas do resultado final, sendo parte de todo o processo ensino aprendizagem do aluno. Palavras-chave: Educação Física; Avaliação Formativa; Ensino-aprendizagem. Licenciados em Educação Física, Universidade Estadual de Londrina, [email protected].

Page 141: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

REFLEXÕES SOBRE A COMPOSIÇÃO DO RITMO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Orlando Mendes Fogaça Júnior1 Pedro Ferreira Reis2

O objetivo deste texto foi o de investigar a composição do ritmo; para tanto apresentamos a compreensão de alguns autores que buscaram investigar o ritmo e explica-lo. Alguns autores utilizados tentaram apenas definir o ritmo, outros falaram parcialmente da sua composição, mas não apresentaram o ritmo como sendo composto pelo tempo, espaço e velocidade. O entendimento por parte do professor sobre a composição do ritmo possibilita ao mesmo uma melhor organização de ensino sobre esta temática, mas vale ressaltar que isto é uma parte do processo, é necessário também compreender como ocorre o desenvolvimento cognitivo do sujeito e saber que para realizar uma ação que necessite do ritmo é necessário por parte de indivíduo diferenciar e integrar em um sistema organizado e coordenado o tempo, espaço e a velocidade. Como resultado desta reflexão, fica o entendimento que para um ensino significativo do conteúdo ritmo nas aulas de Educação Física deve-se conhecer sua composição e também como o sujeito realiza a compreensão destas estruturas e como as organiza dentro de um sistema coordenado. Desta forma, é possível possibilitar aos educandos uma efetiva compreensão de sua realidade de tal modo que os permite agir com adequação na mesma. Palavras-chave: Educação Física; conteúdo; ritmo. 1 Universidade Estadual de Londrina [email protected] 2 Rede Estadual de ensino [email protected]

Page 142: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

RELAÇÃO ENTRE O AMBIENTE SÓCIO MORAL E A CONSTRUÇÃO DA MORALIDADE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Heloisa Braga dos Santos Ana Cláudia Saladini

Historicamente a Educação Física foi vista como a disciplina responsável também por “cuidar” do desenvolvimento moral, pois era espaço para que os estudantes se envolvessem em jogos recreativos e/ou esportivos. Na concepção de muitos, respeitar as regras desses jogos por si só garantiria à eles uma formação moral para o resto da vida. Hoje, sabemos que a Educação Física desempenha um papel importante e significativo na formação dos alunos, como qualquer outra disciplina, mas sabemos também que somente respeitar as regras de um jogo (seja ele qual for) não garante que estes alunos desenvolvam-se moralmente. Entre outros fatores, a maneira como o ambiente das aulas é organizado, influencia esse desenvolvimento. Este artigo é fruto dos estudos feitos no trabalho de conclusão de curso “Relação entre o Ambiente Sócio Moral e a Construção da Moralidade nas aulas de Educação Física”. De caráter qualitativo, foi realizado por meio de uma pesquisa de campo, através de observação não participante, acompanhando 4 aulas consecutivas de três professores de Educação Física atuantes no Ensino Fundamental (1º ao 5º ano). Como objetivo geral buscou identificar quais as influências do ambiente sócio moral das aulas de Educação Física no desenvolvimento da moralidade dos alunos. Para tanto, partimos inicialmente da caracterização dos dois tipos de ambiente sócio moral: autocrático e democrático com o intuito de identificar a organização desses ambientes e de que forma eles podem contribuir e/ou influenciar no desenvolvimento moral dos alunos. Nos resultados pudemos observar que em um ambiente predominaram ações de respeito unilateral, heteronomia, coerção e autoritarismo, elementos que caracterizam o ambiente autocrático. Enquanto nos outros dois ambientes observados prevaleceram ações de autonomia, respeito mútuo, cooperação e reciprocidade, elementos que caracterizam o ambiente democrático. Assim como qualquer processo, a mudança e a busca pela autonomia é algo a ser construído, dia após dia. Desta forma, a Educação Fisica, assim como qualquer outro componente curricular, deve estar atenta e fazer parte deste processo de construção e compreensão, contribuindo, de fato, para a humanização dos sujeitos que por ali perpassam, estabelecendo relações igualitárias e justas, a fim de almejarem uma sociedade melhor. Nesta pesquisa, concluiu-se por fim que o ambiente sócio moral presente nas aulas de Educação Física pode influenciar diretamente no desenvolvimento moral dos alunos.

Palavras-chave: Educação Física; Desenvolvimento Moral; Ambiente Sócio Moral Universidade Estadual de Londrina [email protected] [email protected]

Page 143: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

REPRESENTAÇÃO SOCIAL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO SOBRE SUA PARTICIPAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM UM COLÉGIO

ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA/PR

Ilma Célia Ribeiro Honorato Esta pesquisa teve como objeto de estudo a representação social dos alunos do ensino médio de um colégio estadual sobre sua participação nas aulas de Educação Física subsidiada pela Teoria da Representação Social (TRS). Os objetivos elencados foram: Desvelar a representação social dos alunos do ensino médio sobre sua participação nas aulas de educação; Verificar as metodologias de ensino utilizadas nas aulas; Identificar a necessidade dos alunos do ensino médio em relação as aulas de Educação Física; Desvelar a não participação, envolvimento e integração dos alunos durante as aulas. A metodologia utilizada precedeu da abordagem qualitativa com delineamento em um estudo de caso. A pesquisa contou com a participação de setenta e nove (79) alunos do 1º, 2º e 3º anos do ensino médio. Os dados foram analisados à luz da análise de conteúdo e como técnicas de análise foram utilizadas a associação livre de palavras (ALP) e a categorização. Concluímos que os alunos participam das aulas, no entanto não de forma significativa, uma vez que a metodologia de ensino não estabelece nenhum conteúdo ministrado de forma sistemática. Os alunos representam as aulas de Educação Física como esta sendo saúde e diversão. Palavras Chave: Representação Social; Educação Física; Ensino Médio; Metodologia de Ensino. Docente do departamento de Educação Física/Faculdade Guairacá; Pesquisadora do grupo de pesquisa GEPEFE/UEPG; Doutoranda em Educação/UEPG. Faculdade Guairacá/Universidade Estadual de Ponta Grossa/UEPG. - [email protected]

Page 144: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

SABERES DA FORMAÇÃO DOCENTE EM EDUCAÇÃO FÍSICA: O OLHAR DE PROFESSORES FORMADOS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Ana Zeli Nascimento1 José Augusto Victória Palma2

A Educação Física desde seu início vem passando por transformações conforme o que a sociedade exige, e isto interfere na formação de professores na área, foi o que ocorreu com a reformulação curricular na Universidade Estadual de Londrina em 1992 e 2005, é diante dessas transformações e procurando entender a Educação Física e os saberes que compõem a formação de professores que esta pesquisa teve como objetivo principal identificar os saberes necessários para ser um profissional da docência em Educação Física na perspectiva de professores formados na UEL, antes da reformulação curricular de 2005 e após. Para tanto foi necessário pesquisar um pouco do histórico da Educação Física no Brasil, as fontes dos saberes docentes e, como se dava e se dá a formação de professores de Educação Física no Brasil, especificamente, na Universidade Estadual de Londrina. Para que pudéssemos atingir este objetivo realizamos uma entrevista semiestruturada com seis professores formados em Educação Física licenciatura na UEL, sendo três professores formados antes de 2005 e três professores formados após 2005. A análise da transcrição das entrevistas seguiram os princípios da análise de conteúdo, que possibilitou uma melhor compreensão dos discursos dos professores. A partir do momento que se entra na escola, como professor, você deve conhecer onde ensina com quem trabalha e a quem ensina, além de ter o domínio do conteúdo a ser ensinado. O professor é um eterno aprendiz, pois, o mundo está em constante transformação, daí a importância da formação continuada e das experiências que encontramos no cotidiano escolar. Os saberes docentes são construídos pelos professores, não há como classifica-los em grau de importância, muito menos dizer que os conhecimentos que possuímos seja o bastante. Palavras-chave: Saberes docente. Formação de Professores. Educação Física. Universidade Estadual de Londrina 1 Graduada em Educação Física Licenciatura pela Universidade Estadual de Londrina [email protected] 2 Professor do curso de Educação Física Licenciatura – Universidade Estadual de Londrina-EMH-Membro do LaPEF - [email protected]

Page 145: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

SANÇÕES MORAIS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: O QUE AS CRIANÇAS APRENDEM?

Giovanna Maria Ferreira Brocco¹ Ana Cláudia Saladini²

As questões sobre indisciplina e conflitos na escola têm se tornado grande preocupação entre professores, equipe pedagógica da escola e familiares dos alunos. A forma como o professor reage diante de conflitos em sala de aula e as sanções que ele utiliza podem interferir no desenvolvimento moral do aluno. Diante disso, propomos o desenvolvimento desse estudo para analisar a relação entre as sanções empregadas nas aulas de Educação Física e o desenvolvimento moral da criança. A pesquisa será realizada com vinte estudantes do quinto ano do ensino fundamental, matriculados em 2017, em uma escola municipal da cidade de Santa Cecília do Pavão – PR. Será realizada uma entrevista semi-estruturada tendo como temática os conflitos ocorridos em salas de aulas. Para isso utilizaremos algumas questões sobre como a criança e a professora reagiram diante do conflito; se a criança concorda com a ação da professora; o que aprendeu com isso; e quais seriam as possibilidades para resolver o conflito. Além disso, a criança será convidada a posicionar-se diante de duas situações hipotéticas que apresentem um conflito vivido no ambiente escolar (situação de organizarem-se em fila) e outra, que trate de uma situação ocorrida em uma aula de Educação Física (disputa de materiais). Esse estudo foi desenvolvido para destacar a importância das sanções, sua influência no cotidiano dos alunos, e suas possibilidades de contribuição para o desenvolvimento moral dos mesmos - com base teórica na perspectiva construtivista da Epistemologia Genética de Jean Piaget. É de suma importância dar um novo significado às sanções nas aulas de Educação Física, para que a mesma rompa com as formas arraigadas e equivocadas em relação a sua prática e utilização. Nesse contexto, temos dois tipos de sanções: expiatória e por reciprocidade. No que diz respeito à primeira, ela está relacionada com as regras de autoridade, e o seu “castigo” não há nenhuma relação com a natureza do erro que foi cometido. Na sanção por reciprocidade não é necessário uma punição dolorosa para que um mau comportamento seja melhorado, pelo contrário, ela vai de encontro à cooperação. Somente nesse tipo de sanção é que o aluno toma consciência do que fez, entende que o vínculo social foi perturbado em decorrência de sua ação e que isso resultará em consequências para ele. Embora não seja um conhecimento específico da Educação Física, o professor – tanto dessa disciplina como qualquer outra – deve compreender como se dá o desenvolvimento moral da criança. O fato é que as escolas, querendo ou não, influenciam de maneira significativa na formação moral de seus alunos. Portanto, se nesse ambiente prevalece relações de cooperação, o desenvolvimento dos alunos será em direção à autonomia, por outro lado, quanto mais o ambiente oferecer relações autoritárias, maior será o desenvolvimento da heteronomia. É preciso refletirmos sobre qual caminho desejamos construir com nossos alunos. Esperamos que essa pesquisa traga contribuições para a área, fazendo com que os professores e futuros professores pensem a respeito do desenvolvimento moral de seus alunos para que assim saibam como agir perante uma situação de conflito. Palavras chaves: Educação Física; sanções; ensino-aprendizagem. ¹ Graduanda do curso em Educação Física - Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina - UEL, Londrina PR, [email protected].

² Docente do curso em Educação Física – Licenciatura, Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina PR, [email protected].

Page 146: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

UM ESTUDO SOBRE A APLICAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DO PARANÁ NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Carmem Elisa Henn Brandl Arestides Pereira da Silva Júnior

O objetivo da pesquisa foi analisar a aplicação das DCE´s na prática pedagógica das Escolas Estaduais do Paraná. Caracterizou-se como descritiva. A amostra foi constituída por 42 professores de Educação Física. Os resultados demonstraram que os professores participaram do processo de elaboração do projeto político pedagógico da escola e que o documento foi pautado nas DCEs. Concluiu-se que o planejamento, os conteúdos e a metodologia de ensino previstos nas Diretrizes, em grande parte são aplicados nas Escolas. Palavras-chave: Educação Física. Diretrizes Curriculares. Prática Pedagógica. Universidade Estadual do Oeste do Paraná/GEPEFE. Marechal Cândido Rondon-PR. [email protected]

Page 147: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

UMA ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES NA ÁREA DE EDUCAÇÃO FÍSICA: DOS MOVIMENTOS CORPORAIS ÀS QUESTÕES DE GÊNERO NA ESCOLA

Jeimis Nogueira de Castro Eliane Portes Vargas

Este trabalho discutiu a importância do movimento corporal na humanidade e no seu aspecto educativo até se tornar uma disciplina presente nos currículos escolares, passando a ter características médica, militar e esportiva. Dessa forma, a escola acabava assumindo um papel de fazer as pessoas se adaptarem a um modelo social já existente, moldando os corpos a se ajustarem de acordo com cada gênero. Tivemos como objetivo, analisar as publicações na área de Educação Física a fim de construir um panorama das temáticas que vêm sendo mais recorrentes e fazer uma análise mais profunda da temática “gênero” que esteja relacionada ao ensino e à escola. Para isso, realizamos uma pesquisa bibliográfica com a abordagem qualitativa, levantando artigos científicos em periódicos indexados na base SciELO (Scientific Electronic Library Online) a partir do descritor “Educação Física”. Como resultado, encontrados 336 artigos que foram analisados e distribuídos em 05 categorias em ordem decrescente de acordo com o número de temáticas identificadas como Pedagógica, Social, Biológica, Esportiva e Produção Acadêmica. Dos 336 artigos encontrados, 12 foram sobre gênero que abordavam questões sobre como as relações de gênero ocorrem na prática pedagógica, nos conteúdos e na linguagem, além de trazerem também um mapeamento do quadro teórico desse tema na área e o relato de inserção de uma turma feminina em um Colégio Militar. Ao final deste trabalho, esperamos ter contribuído para uma maior compreensão das publicações na área e os caminhos que estão sendo percorridos para a construção de uma Educação Física Escolar mais igualitária. Palavras-chave: Corpo; Gênero; Publicações. Instituições: PGEBS-IOC/Fiocruz e CEFET- Campus Valença

Page 148: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

VALOR FORMATIVO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PRIMEIRAS REFLEXÕES

Juliana Dias Boaretto* Ana Luiza Barbosa Anversa

Héres Faria Ferreira Becker Paiva Camila Rinaldi Bisconsini

Patric Paludett Flores Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira

A legislação da educação brasileira estabelece que a Educação Básica compreende três níveis de ensino: a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A Educação Infantil se refere às instituições de atendimento às crianças de zero a seis anos de idade, e são conhecidas, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 9394/96, como creches (até três anos) e pré-escolas (quatro a seis anos). Na busca de iniciarmos algumas reflexões, a presente investigação tem como objetivo verificar qual o valor formativo da Educação Física na Educação Infantil. A partir do termo “Educação Física na Educação Infantil” foi realizada uma pesquisa junto ao acervo bibliográfico do Google Acadêmico. Foram consultados artigos, resumos e trabalhos de conclusão de curso produzidos desde 2016, o que totalizou 72 trabalhos. Destes, sete se aproximavam do tema, sendo quatro de natureza bibliográfica e os demais realizados em campo por meio de entrevistas e relatos de experiência. Durante as buscas foram realizadas leituras dos títulos, resumo e dos textos na íntegra. Verificou-se que a Educação Física na Educação Infantil é um espaço rico para discussões, reflexões e debates, mas que ainda é marcado pela escassez de produções mais densas, que possam corroborar para a legitimação da área neste nível da Educação Básica nas redes de ensino. Nos trabalhos de Silava e Soares (2016), Dornelles et al. (2016), Souza (2016) e Azevedo (2016), nota-se a importância da Educação Física na Educação Infantil, com destaque para a relevância de se ter o professor especialista da área para desenvolver as aulas. Estes autores enfatizam também que estes profissionais precisam lutar pelo seu espaço interventivo desde o início da Educação Básica, demonstrando o real valor de sua presença nessa etapa educacional. Os trabalhos de Perini e Bracht (2016), Moura, Costa e Antunes (2016) e Leite, Cauper e Martins (2016) também trouxeram essa importância e ressaltaram a relevância do trabalho com os conteúdos privilegiados na Educação Infantil por meio da Educação Física, destacando a necessidade de as crianças vivenciarem os saberes por meio de brincadeiras e valorizando o movimento corporal. Os mesmos autores ainda abordam a falta de suporte para orientar o professor de Educação Física na Educação Infantil. Até o momento da pesquisa, não foram encontrados trabalhos de intervenção. Podemos perceber que faltam subsídios que auxiliem a intervenção da Educação Física na Educação Infantil. A discussão acaba ficando presa à reafirmação da importância da Educação Física no currículo. Esperamos que ao término do levantamento bibliográfico possamos ter reflexões pertinentes que nos levem a construção de um trabalho que possa corroborar com a Educação Física na Educação Infantil e com o professor atuante neste nível de ensino, apresentando o valor formativo e informativo da Educação Física na Educação Infantil. Palavras-Chave: Educação Física; Pré-escola; Criança.

*Universidade Estadual de Maringá Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL. – Maringá/PR

Page 149: CADERNO DE RESUMOS - UEL Portal DE RESUMOS... · perspectivas e ações pedagógicas na atualidade, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da ... Utilizando na intervenção as

8º Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar – CONPEF 3º Congresso Nacional de Formação de Professores de Educação Física

Universidade Estadual de Londrina – 23 a 26 maio 2017 – ISBN - 978-85-7846-426-4

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A PRESENÇA DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Caroline Gomes Franzoni¹ Nilton Munhoz Gomes²

O objetivo geral deste estudo foi analisar a possibilidade de um programa de intervenção para conscientizar alunos sem deficiência sobre as limitações e condições de alunos com deficiência visual nas aulas de Educação Física, e teve como objetivos específicos desenvolver um programa de intervenção sobre a percepção de alunos sem deficiência sobre as limitações e condições de alunos com deficiência visual nas aulas de Educação Física; observar a interação entre alunos com deficiência visual e sem deficiência nas aulas de Educação Física antes e após um programa de intervenção e motivar a discussão no que diz respeito a esta relação entre o aluno com necessidades educacionais e os demais alunos. O estudo se caracteriza como pesquisa qualitativa do tipo Pesquisa-Ação, no qual foi aplicado um Programa de Intervenção num período de seis aulas e um questionário semiestruturado, contendo 16 questões objetivas e 2 questões subjetivas para uma turma de alunos da Rede Municipal de Educação de Londrina que possui um aluno com Deficiência Visual. Os resultados mostraram que o programa de intervenção, aqui sugerido como uma importante ferramenta para o processo de inclusão possibilitou que os alunos se colocassem no lugar do aluno com deficiência visual e percebesse suas dificuldades e limitações e refletisse sobre suas possibilidades. Porém os resultados também indicaram que o programa não foi suficiente para abordar o tema inclusão, uma vez que foi desenvolvida em um curto espaço de tempo, em apenas uma escola, uma turma e apenas uma deficiência específica. Ficou evidente a necessidade de um maior investimento, estudo e conhecimento sobre o assunto e a sua aplicação prática e continua dentro da escola. Palavras-chave: Inclusão Escolar. Educação Física Inclusiva. Deficiência Visual. Universidade Estadual de Londrina