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Caderno Encargos CMAV

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Caderno de encargos

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BETÃO EM MASSA E BETÃO ARMADO 1 – GENERALIDADES 1.1 – Regulamentos e normas. Os trabalhos com o fabrico, transporte, colocação, compactação, cura e todas as operações relacionadas com obras em betão armado serão executados de acordo com os regulamentos e normas portuguesas aplicáveis, em especial com o Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP) e o Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos (RBLH) e com o estipulado nesta especificação, obedecendo-se sempre ao que no Caderno de Encargos (CE) seja imposto. 1.2 – Fornecimento de elementos do projecto. O Empreiteiro deverá providenciar no sentido de lhe serem entregues as instruções, desenhos ou quaisquer outros elementos necessários à execução dos trabalhos, com uma antecedência razoável, de forma que, verificando necessitar de mais pormenores ou esclarecimentos, haja tempo para que estes lhe sejam fornecidos, sem que deste facto as encomendas de materiais ou o programa de trabalhos sejam afectados. 1.3 – Sobrecargas excessivas. Não será colocada em nenhuma parte da estrutura, sem autorização por escrito da fiscalização, cargas que excedam as cargas de projecto; se esta autorização for concedida, todas as vigas e outras partes da estrutura sujeitas a cargas superiores à carga de projecto deverão ser escoradas de forma tal que a fiscalização dê o seu acordo, sendo de conta do empreiteiro os encargos respectivos. 2 – COMPONENTES – Generalidades a) Todos os materiais utilizados na execução dos trabalhos descritos nesta

especificação ou nos desenhos aprovados para execução, deverão ser sujeitos à aprovação da fiscalização, apresentando o empreiteiro para o efeito, sempre que lhe sejam requeridas, as amostras consideradas necessárias pela fiscalização àquela aprovação.

b) Qualquer material rejeitado deverá ser retirado do local imediatamente e substituído a expensas do empreiteiro por materiais que sejam aprovados pela fiscalização.

c) As amostras serão recolhidas de forma a apresentarem correctamente os materiais a controlar, tendo em atenção as instruções existentes em normas e ou especificações oficiais ou, na falta destas, as instruções fornecidas pela fiscalização.

2.1 - LIGANTES 2.1.1- Exigências a respeitar. Os ligantes a utilizar nas diferentes partes da obra serão os definidos no CE. Quando nestas condições nada for dito, o ligante a utilizar em toda a obra será o cimento portland normal, cujos fornecimentos e recepção deverão respeitar o especificado nos decretos n.º40870 e 41127 e na portaria n.º18189, respectivamente de 22/11/56 e 5/1/61. A Fiscalização poderá exigir certificados dos ensaios feitos pelos fabricantes. O armazenamento dos ligantes deve ser feito de acordo com o perfeito cumprimento do especificado no RBLH.

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O empreiteiro deverá propor a expensas suas a utilização de ligantes especiais, para facilitar a execução dos trabalhos, mas deve obter a aprovação por escrito da fiscalização antes de os utilizar na obra. 2.1.2- Rejeição de ligantes. Qualquer ligante que tenha sido afectado desfavoravelmente por danos ou outras causas ou que se tenha comportado desfavoravelmente nos ensaios, deverá ser imediatamente posto em embalagens marcadas pela fiscalização e retiradas do local, não podendo ser usado qualquer trabalho relacionado com esta empreitada. 2.2 - INERTES 2.2.1 – Origem dos fornecimentos. a) Os inertes deverão ser obtidos apenas em origens aprovadas e preparadas para

fornecerem materiais com características adequadas ao fabrico dos tipos de betões especificados no CE., definidas no RBLH, e ainda nas quantidades exigidas pelos trabalhos.

b) As areias deverão ser naturais e retiradas de local limpo e lavado, de forma a serem respeitados os limites de limpeza definidos pelo RBLH.

c) Os restantes inertes poderão ser de origem natural ou então ser obtidos por britagem de material a aprovar pela fiscalização. Em qualquer dos casos, eles deverão respeitar os limites de limpeza definidos pelo RBLH.

2.2.2 - Ensaios dos inertes. a) Todos os inertes a utilizar no fabrico dos diferentes tipos de betões especificados no

CE deverão ser submetidos aos ensaios nelas preconizados, de forma a se verificar se os limites impostos pelo RBLH são respeitados, devendo, para o efeito, o empreiteiro fornecer ao laboratório de ensaios todas as amostras que estes considerem necessárias.

b) Se o CE o especificar, os inertes propostos pelo empreiteiro poderão ser aceites pela fiscalização, como o define o RBLH, mediante o confronto da tensão média de rotura por compressão aos 28 dias de um betão fabricado com aqueles inertes, no estado exacto em que se encontram no estaleiro, com a mesma tensão de um betão fabricado com os mesmos inertes, mas após a sua completa lavagem. O resultado deste confronto deve respeitar o especificado no RBHL.

c) As propriedades físicas dos inertes deverão ser tais que a retracção por secagem de cubos preparados de acordo com a especificação LNEC – E 225 não exceda 0.03%; se assim o entender, a fiscalização poderá exigir a realização deste ensaio.

d) Para obras estanques à água, os inertes deverão ter uma absorção, medida segundo a especificação LNEC – E3, não superior a 2%; a exigência deste ensaio no CE pode ser anulada pela fiscalização, face às características dos inertes utilizados pelo empreiteiro.

2.2.3 – Granulometrias. O empreiteiro deverá fornecer ao laboratório de ensaios as amostras de inertes necessárias à caracterização das granulometrias das diferentes categorias de inertes que se propõe adoptar, definidas pelos respectivos módulos de finura, de forma que a constância daquelas granulometrias possa ser periodicamente controlada pela

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fiscalização, através da determinação dos módulos de finura que esta entidade entenda fazer. Para este efeito, pode o Empreiteiro recorrer à sua própria aparelhagem de ensaio, o que tornará possível uma rápida decisão acerca da conservação ou não da composição estabelecida pelo laboratório e incluída no boletim de fabrico. De facto, como o RBLH estipula, quando o módulo de finura de qualquer das parcelas de inertes se afastar em mais de 20% dos valores especificados no relatório do laboratório, a fiscalização deve exigir a correcção da composição do betão inicialmente estabelecida. 2.2.4 – Dimensões máximas. As dimensões máximas dos inertes, caso nada seja dito a esse respeito no CE serão em princípio as seguintes: a) Peças em betão armado, de dimensões correntes, densidade de armadura não

elevada e vibração não difícil ( em geral, lajes e vigas): D< 38mm. b) Paredes e pilares, de secção reduzida, forte densidade de armadura e, ou, vibração

não fácil: D<25mm c) Sapatas, vigas e maciços de fundação, com densidade de armaduras que permita a

fácil passagem do inerte de máxima dimensão e vibração fácil: D<50mm 2.2.5 – Armazenagem e protecção dos inertes. De acordo com o RBLH, os inertes de proveniência e categoria diferentes devem ser armazenados separadamente. Os montes respectivos devem estar sobre betonilhas devidamente drenadas, de forma que se possam criar as condições de armazenamento que possibilitem a uniformização do estado de humidade superficial dos inertes, de acordo com o especificado no RBLH. 2.2.6 – Encargos. Todos os encargos relacionados com os ensaios de recepção e verificação das características dos inertes utilizados ao longo dos trabalhos, incluindo, sem limitação, recolha, embalagem, encargos laboratoriais, etc., são de conta do empreiteiro. 2.3 - ARMADURAS 2.3.1 – Lista de ferros. Compete ao empreiteiro fazer a lista de ferros, referenciado devidamente cada ferro com a posição por ele ocupada nos desenhos de betão armado do projecto. Os comprimentos dos ferros, feitos a partir destes desenhos, deverão respeitar o especificado no REBAP, acerca de comprimentos de amarração, ganchos, dobras, etc. 2.3.2 – Recobrimento de armaduras. O empreiteiro deve utilizar calços aprovados para suportar as armaduras e para as manter em posição de modo a que os recobrimentos das armaduras sejam os especificados. O empreiteiro deve assegurar-se de que as armaduras são mantidas na posição correcta durante a betonagem. As pontas salientes das cofragens, dos varões destinados às emendas com outros varões, devem ser mantidas adequadamente nas suas posições correctas, por meio de dispositivos apropriados e a aprovar pela

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fiscalização. Antes de iniciar qualquer betonagem. o Empreiteiro avisará a fiscalização com a antecedência necessária, a fim de que a colocação das armaduras possa ser devidamente fiscalizada. 2.3.3 – Armazenagem dos varões. a) Os varões armazenados no local da obra devem ser adequadamente protegidos da

corrosão e empilhados em apoios, de modo a estarem suficientemente afastados do solo e não sofrerem deformações permanentes.

b) As armaduras deverão estar isentas de picadas de corrosão, ferrugem solta, escamas de laminagem, tinta, óleo, gordura, terra ou outros materiais que na opinião da fiscalização possam diminuir a aderência entre o betão e as armaduras.

2.3.4 – Ligações por soldadura. As armaduras não poderão ser ligadas por soldadura, a menos que isso seja autorizado pela fiscalização. Os varões endurecidos a frio, devem ser sempre dobrados também a frio. 2.3.5 – Alteração de armaduras. Quaisquer alterações ou substituição de varões ou classes de aços, indicados nos desenhos deverão ser mencionados no livro de obra e devidamente rubricados pela fiscalização. 2.4 – ÁGUA DE AMASSADURA a) Quando a água utilizada na amassadura do betão não for água potável, para a

utilização da qual o RBLH não põe qualquer reserva, o Empreiteiro deverá proceder à análise da água que se propõe empregar, de forma a garantir-se o estipulado, naquele regulamento, relativamente às impurezas existentes e quantidade de iões C1.

b) O Empreiteiro deve instalar as tubagens necessárias ao transporte de água a qualquer local dos trabalhos onde a mesma seja necessária, para qualquer operação relacionada com a execução da obra.

3 – COMPOSIÇÃO DOS BETÕES 3.1 – Estudos de laboratório. a) Compete ao Empreiteiro mandar elaborar os estudos das composições dos betões,

de acordo com os tipos, classes e qualidades, definidos no CE para as diferentes partes da obra, fornecendo todas as amostras necessárias à realização daqueles estudos, que lhe sejam requeridos pelo laboratório. Na encomenda destes estudos deverão ser incluídas todas as características a determinar, para além das que basicamente caracterizam o tipo e classe dos betões, mencionados no CE, bem como quaisquer limitações impostas.

b) O Empreiteiro deverá fornecer ao laboratório todos os dados que habilitem este a elaborar as composições dos betões tais como:

- Tipo, classe e qualidade do betão. - Natureza do ligante. - Amostras das categorias de inertes que pretende utilizar. - Valores máximos da razão a/c.

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- Valores máximos de “slumps”. - Coeficiente de variação previsto para o fabrico de betão em estaleiro. c) O Empreiteiro fornecerá à fiscalização cópia de todos os pedidos de ensaio feitos ao

laboratório, para aprovação dos mesmos e bem assim, dos relatórios elaborados pelo laboratório.

d) A Fiscalização reserva-se o direito de durante os trabalhos corrigir ou alterar a especificação de um betão ou impor a utilização de composições granulométricas especialmente estudadas, se em sua opinião tal correcção ou imposição for necessária à obtenção de betões com qualidades requeridas

3.2 – Resultados dos estudos. Os resultados dos estudos das composições feitas em laboratório, devem conter as seguintes indicações: • Tipo, classe e qualidade do betão. • Identificação das diferentes categorias de inertes e respectivos módulos de finura;

máxima dimensão dos inertes. • Quantidades a empregar na mistura, por categoria de inertes. • Razão a/c, referida aos inertes secos. • Natureza e dosagem dos aditivos. • Consistência do betão. • Outras características, pedidas na requisição do estudo. 3.3 – Aditivos. Os aditivos, nomeadamente os retardadores ou os aceleradores de presa, inclusores de ar e dispersores, não poderão ser empregues no fabrico de quaisquer betões, sem a necessária autorização da fiscalização, para cada caso. 3.4 – Betões sem estudo de composição. Para betões sem estudo prévio da sua composição ou que não sejam recepcionadas com base em ensaios de verificação, a dosagem de cimento é > 300Kg, sendo o betão sempre considerado da classe B15. 3.5 – Betão ciclópico. O Betão ciclópico será obtido a partir de um betão com uma dosagem mínima de 250Kg de cimento, se outra não for especificada no CE, e uma percentagem de bloco não superior a 30 % de volume total; as dimensões de blocos serão as adequadas a este volume, de forma que eles fiquem totalmente envolvidos pelo betão em massa. 4 – FABRICO 4.1 - Coeficiente de estaleiro. a) De acordo com o RBLH, o controle de uma instalação de betonagem é feito através

da determinação do seu coeficiente de variação ou desvio padrão. Para o efeito, o Empreiteiro deverá indicar à fiscalização quais os valores que quer respeitar com a sua instalação, tendo presente, evidentemente, os valores máximos admissíveis, impostos pelo RBLH para as qualidades 1 e 2. É a partir daqueles valores que a tensão média de ruptura será definida pelo laboratório e que, de acordo com o anexo A do

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RBLH, a fiscalização verificará, ao fim de cada 20 ensaios realizados, se a resistência característica do betão está a ser respeitada.

b) Pode concluir-se do que na alínea anterior se diz, que o Empreiteiro se deve rodear de todos os cuidados necessários ao compromisso que toma quando indica o grau de qualidade de fabrico que se propõe executar. De facto, a dosagem do ligante depende do valor indicado e daí, também a eventual economia no fabrico do betão.

4.2 – Especificações de fabrico. Face ao que se diz na alínea anterior e referido o especificado no RBLH, artº 23º, apenas se especifica mais o seguinte: a) Os dispositivos de medida devem estar ao grau de qualidade a atingir. b) Cada betoneira deve indicar a capacidade estimada e o número de rotações por

minuto a que deve funcionar. c) Terminada a amassadura, todo o conteúdo do tambor deve ser descarregado,

mantendo-se sempre o interior do tambor livre de betão endurecido. Pelo menos uma vez em cada sete dias de trabalho, a precisão dos dispositivos de medida deve ser controlada.

d) Quando o cimento é armazenado em sacos, a quantidade de cada amassadura deve corresponder a um número inteiro de sacos.

4.3 – Boletim de fabrico. Por cada fabrico, isto é, pelo conjunto de amassaduras de um mesmo betão, referente a um determinado estudo de composição definida pelo laboratório, deve existir um boletim de fabrico, como estipula o RBLH, que apresenta exemplos de modelos a adoptar para estes boletins. O preenchimento deste boletim deve proceder sempre o início de um fabrico a ser apresentado à fiscalização para aprovação. 4.4 – Humidade dos inertes. A composição definida em laboratório refere-se sempre a inertes secos, impondo o RBLH, de forma taxativa para as qualidades de fabrico 1 e 2, a determinação do teor de humidade total dos inertes. O Empreiteiro deverá, por isso, munir-se de aparelhagem necessária à determinação em estaleiro desta humidade. 4.5 – Betão pronto. O Empreiteiro deve usar betão pronto, desde que obtenha a prévia autorização da fiscalização, submetendo à sua aprovação os respectivos boletins de encomenda, elaborados de acordo com o estipulado no RBLH, artº 36º. Por sua vez, toda e qualquer entrega de betão na obra deve ser acompanhada de uma guia de remessa, correspondente a cada veículo, devendo o modelo desta guia ser apresentado à fiscalização, para aprovação, antes de proceder a qualquer entrega de betão em obra. Na guia de remessa devem constar todos os elementos especificados no RBLH, artº 36º, competindo ao Empreiteiro tomar a seu cargo as medidas necessárias ao exacto cumprimento destas especificações.

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Igualmente deverá mandar registar no livro de obra as guias de remessa dos betões utilizados nas diferentes partes da obra. 5 - COFRAGENS E ESCORAMENTOS 5.1 – Generalidades. Devido ao sistema construtivo a utilizar, a cofragem interior terá de ser do tipo cofragem perdida. Deverão ser utilizadas placas comprimidas de cimento e partículas de madeira, tipo “Viroc”, devido à sua resistência à humidade, aos insectos e ao impacto. Pelas suas características é um material que permanece inalterável com o passar dos anos. A cofragem exterior será sugerida pelo Empreiteiro e utilizada após a aprovação da Fiscalização. 5.2 – Segurança dos escoramentos. O Empreiteiro será considerado inteiramente responsável pela segurança e eficácia das cofragens e dos escoramentos. As escovas devem apoiar-se em locais suficientemente robustos que garantam a segurança necessária. Todas as cofragens serão cuidadosamente limpas e reparadas, caso necessário, antes de serem de novo utilizadas. As faces inferiores das cofragens das vigas deverão ser construídas de tal modo que as escoras possam ficar em posição, mesmo que se removam as faces laterais das cofragens da viga e as cofragens das lajes contíguas. Durante os prazos mínimos de desmoldagem e descimbramento, definidos na alínea 3.9.6, não será permitido reforçar o escoramento das vigas ou lajes. 5.3 – Rigidez das cofragens e escoramentos. As cofragens e os escoramentos deverão ter a resistência e rigidez adequadas para suportar, sem deformação superior a 3mm, os pesos e impulsos do betão fresco, tendo em atenção os efeitos da compactação. As cofragens deverão ser suficientemente estanques para impedir a saída da pasta e ser convenientemente escoradas e contraventadas de forma a se manterem na posição correcta. Mediante a aprovação da Fiscalização, pode o Empreiteiro aplicar na cofragem produtos que facilitem a desmoldagem. 5.4 – Contra-flechas, desalinhamentos, empenos e desaprumos. As cofragens das vigas e lajes deverão ter uma contra-flecha de 1/500 dos vãos; as partes em consola deverão ter uma contra-flecha de 1/300 do vão. A tolerância na montagem das cofragens será de 5mm em cota e alinhamentos, devendo, atender-se em especial às deformações dos moldes e dos escoramentos. Os desaprumos não podem exceder a tolerância de 2mm por metro de altura do molde, num máximo de 10mm. 5.5 – Cuidados a ter antes das betonagens. Antes da colocação do betão, as cofragens deverão ser limpas de todos os detritos e, especialmente, das pontas cortadas dos arames de amarração dos varões. O óleo ou qualquer outro produto de desmoldagem, se aplicado, não deve contactar com as armaduras.

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As cofragens em madeira deverão ser abundantemente molhadas; antes da aplicação do betão. Toda a água em excesso deve ser removida. 5.6 – Descofragem. a) Os prazos mínimos de remoção das cofragens e escoramentos em condições

atmosféricas normais (cerca de 15ºC) deverão ser os seguintes para betão de cimento Portland normal sem prejuízo do especificado no REBAP:

- Lajes (mantendo-se escoras na face inferior).............................................................. 3 dias - Faces inferiores das vigas (mantendo-se escoras na face inferior)............................. 7

dias - Faces laterais das vigas, pilares e paredes................................................................. 2 dias - Retirada das escoras de lajes.................................................................................... 16 dias - Retirada das escoras das faces inferiores das vigas

incluindo vigas embebidas na espessura da laje...................................................... 16 dias b) A retirada das cofragens de acordo com a tabela acima representada não

isentará o Empreiteiro da responsabilidade por qualquer prejuízo causado aos trabalhos. Este terá sempre em atenção as cargas que o prosseguimento do trabalho possa originar.

c) As cofragens e escoras não devem ser retiradas antes do betão adquirir suficiente resistência para suportar com segurança as cargas que eventualmente venham a suportar, devendo esta retirada ser levada a efeito sem choques ou oscilações transmitidas às estruturas. Em tempo frio devem adoptar-se períodos maiores; o tempo durante o qual a temperatura média esteja abaixo de 2ºC deve ser totalmente desprezado. Para cimentos diferentes do CNP deve-se obter a aprovação da Fiscalização para os tempos mínimos de desmoldagem.

5.7 - Estanquecidade das cofragens. O Empreiteiro deverá submeter à apreciação da Fiscalização as disposições que pensa adoptar para evitar a perda de pasta pela base das paredes e pilares, quando procede ao arranque destes elementos a partir de superfícies já betonadas. Recomenda-se, em especial, que destas superfícies sejam deixados “arranques” de betão, com a exacta secção das paredes e pilares, aos quais as cofragens sejam apertadas. 6 – BETONAGEM Na betonagem incluem-se as seguintes operações: transporte, depósito, colocação e compactação do betão fresco. Qualquer uma destas operações deve ser executada de forma a cumprir tudo a que este respeito está especificado no RBLH. 6.1 – Transporte do betão. a) Os processos a utilizar para o transporte dos diferentes tipos de betões, desde a saída

das betoneiras até ao local da sua aplicação, deverão ser submetidos pelo Empreiteiro à aprovação da Fiscalização. Não será permitido qualquer espécie de transporte que provoque na massa de betão transportada, segregação, assentamento dos inertes mais grossos, secura excessiva, exagerada exposição à chuva ou qualquer outro efeito que prejudique a sua boa qualidade, o mesmo se dizendo quanto aos processos de baldeação. Para efeito deve-se adoptar a consistência mais conveniente, dentro dos limites na alínea 3.10.4.

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b) Só excepcionalmente é de aceitar o depósito do betão fresco antes de ser colocado, devendo este facto ser sempre comunicado à Fiscalização para que esta possa controlar o dispositivo a este respeito no RBLH.

6.2 – Plano de Betonagem. Antes de iniciar as betonagens deverá o Empreiteiro apresentar à Fiscalização, o programa de trabalhos de betonagem a executar, em que se indiquem claramente as betonagens a executar e as suas datas e a localização das juntas de betonagem que deverão ser dispostas tanto quanto possível normalmente à direcção das compressões máximas e onde seja menos prejudicial o seu efeito. 6.3 – Preparação das betonagens. Todas as superfícies sobre ou contra as quais vier a ser colocado o betão, deverão ser convenientemente preparadas, conforme a natureza delas, para o receber. No caso de betonagens contra a superfície de terra, estas devem ser lisas, sem fragmentos e sem raízes à vista. Na altura do começo da betonagem o terreno deve estar ligeiramente húmido, mas não demasiado. O Empreiteiro não poderá iniciar qualquer betonagem sem que a Fiscalização considere como convenientemente preparadas as superfícies que vão receber o betão, incluindo a dos moldes e armaduras, para que o Empreiteiro o deverá avisar com antecedência necessária. 6.4 – Consistência do betão. Afim de que o betão tenha uma consistência que de certo modo se adapte às condições impostas pelas diversas partes da obra, indicam-se a seguir valores máximos dos abaixamentos (slumps) a respeitar:

a) Sapatas e maciços de fundação (colocação e acesso fáceis)............................

35mm b) Lajes e vigas de pavimentos, de fácil acesso e percentagem normal de

armaduras............................................................................................................... 45mm c) Vigas de forte percentagem de armaduras, com dificuldade de vibração

adequada............................................................................................................... 50mm d) Pilares de dimensões e percentagem de armadura razoáveis, de altura superior a 2,0m, exigindo a abertura de janelas para a colocação e vibração do betão.................................................................................................. 55mm e) Pilares de dimensão reduzida e forte percentagem de armaduras, de colocação e vibração difíceis.......................................................................... 60mm f) Paredes estreitas, de acesso difícil......................................................................... 60mm g) Lajes assentes sobre aterros .................................................................................. 35mm Estes valores são, como se disse, valores máximos; em todos os casos, a consistência do betão será sempre a mais baixa possível, compatível com a trabalhabilidade exigida pelos vários condicionamentos impostos; atender-se-á aos valores que eventualmente sejam especificados no C.E. ou em qualquer alínea desta especificação.

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6.5 – Betonagens. Nenhuma betonagem poderá ser iniciada sem a devida autorização da Fiscalização. Tanto quanto possível as vigas e lajes devem ser betonadas simultaneamente; de modo algum deverá passar mais de uma hora entre o fim da betonagem de uma viga e o início da betonagem da laje, a menos que se obtenha a aprovação da Fiscalização. Caso seja necessário interromper por qualquer razão uma betonagem de paredes, a junta de construção respectiva deve ficar sensivelmente nivelada; de modo algum será permitido que o betão endureça segundo uma junta com uma inclinação próxima da do talude natural do betão. Em vigas e lajes as juntas de construção são sempre verticais. 6.6 – Compactação do betão. a) A compactação do betão fresco deve ser feito por camadas, à custa, sempre que

possível, de pré-vibração; a espessura das camadas dependerá das características do equipamento de vibração, sendo normalmente inferior a 0,50m nas peças de betão armado e 0,30m nos betões em massa.

b) As agulhas dos vibradores deverão, normalmente atravessar toda a espessura da camada, de forma a penetrarem em camada inferior de betão fresco de forma a revibrá-la, misturando intimamente as duas camadas e garantindo assim a necessária homogeneidade.

c) Os vibradores a utilizar serão de preferência do tipo de alta-frequência, de forma que a sua energia seja transmitida à pasta ligante. Não são de aceitar, em princípio, frequências inferiores a 3600 rotações por minuto. De qualquer modo, o Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização as características dos vibradores que se propõe adoptar.

d) Devem ser respeitadas as indicações incluídas no RBLH, quanto à forma como a penetração e retirada da agulha devem ser feitas, não sendo de admitir que a retirada se faça de forma a deixar marcada qualquer reentrância apreciável na superfície do betão. Serão de evitar também os contactos da agulha com as armaduras e moldes, recorrendo-se, nas zonas fortemente armadas, à ajuda de meios manuais que facilitem a penetração do betão. Os afastamentos entre as penetrações do vibrador devem ser inferiores ao seu raio de acção, de forma a se obter uma superfície com aspecto uniforme, criado pelo refazimento da água e particularmente mais finas da argamassa do betão.

e) Nos casos em que as armaduras das vigas possam prejudicar a colocação do betão dos pilares, estes devem ser betonados até ao nível da face inferior da viga antes da armadura desta ser montada.

f) Para além do que o RBLH estipula, o intervalo que decorre entre a adição da água de amaciamento e o fim da compactarão não deve exceder 30 minutos, para o betão fabricado no local da obra com CPN; para cimento de presa rápida este intervalo deve ser reduzido a 20 minutos.

6.7 – Altura de queda do betão. Para além o que eventualmente esteja dito sobre este assunto no C.E., na colocação do betão em obra não será permitida, em princípio, uma queda vertical livre superior a 1,5m; só mediante justificação aceitável, que tenha em atenção as condições especiais de determinada betonagem e os cuidados postos no estudo da composição do betão, poderão ser aceites alturas superiores àquelas.

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6.8 – Temperatura do betão fresco. O Empreiteiro deve fornecer aparelhagem apropriada à medição das temperaturas do betão fresco, de forma que possa ser respeitado o que o RBLH estipula quanto às temperaturas extremas a que o betão pode ser colocado em obra. Sempre que as condições do ambiente sejam tais que possam originar temperaturas no betão fresco próximas de valores perigosos o Empreiteiro deverá adoptar as medidas apropriadas que impeçam o desrespeito do estipulado, dando conhecimento delas à Fiscalização. 6.9 – Interrupções da betonagem. Não serão permitidas interrupções de qualquer betonagem por período superior a 30 minutos, sendo no entanto permitido reduzir o ritmo de fabrico e colocação de betão durante os períodos correspondentes às refeições do pessoal, tomando-as este por turnos, desde que se tomem as providências necessárias que evitem o início da presa superficial do betão. No caso da interrupção por período de tempo superior àquele, suspender-se-á a betonagem, só podendo esta ser retomada a partir de 14 horas depois do início da interrupção, considerando-se a retoma do trabalho, para efeitos de tratamento da superfície, da sua lavagem e colocação de argamassa de ligação, como se se tratasse de uma nova betonagem. Com chuva não deverá iniciar-se qualquer betonagem a céu aberto. Se o começo da chuva se verificar com betonagens em curso, estas poderão continuar desde que não haja o risco de deslavamento do betão e este não tenha começado a presa. Caso contrário, o trabalho deverá ser suspenso e retomado depois nas seguintes condições: para períodos de chuva inferiores a 30 minutos, a betonagem prosseguirá extraindo-se a água empoçada por meio de seringas apropriadas; para um período superior àquele valor, a betonagem será interrompida e adoptar-se-ão os critérios indicados no início desta alínea. 6.10 – Circulação do pessoal sobre a superfície de betão. Durante a betonagem e até doze horas após a sua conclusão não será permitido transitar sobre as armaduras, ou abalá-las por qualquer forma; neste período de doze horas apenas poderá transitar sobre o betão o pessoal que proceder ao tratamento das superfícies e, mesmo esse, só na medida do indispensável e com o máximo cuidado. 7 – CURA DO BETÃO

a) A cura do betão é complemento importante do fabrico de um betão, pois as

condições de humidade existentes nos primeiros dias após a colocação do betão têm grande importância nas propriedades do betão endurecido. Assim, todas as medidas a adoptar durante a cura do betão destinam-se a evitar a evaporação prematura da água necessária à hidratação do cimento, durante as fases de presa e endurecimento inicial.

b) O Empreiteiro deverá submeter à apreciação da Fiscalização os meios que se propõe adoptar para proteger o betão durante a primeira fase do seu endurecimento dos efeitos prejudiciais do sol, ventos, chuva fria ou água corrente. Estes meios devem ser aplicados logo após a betonagem, e devem satisfazer o especificado no RBLH. Em especial, chama-se a atenção para a aplicação, por pulverização, de produtos isolantes, tipo “protect” ou equivalente, sempre que a aplicação dos mesmos não seja incompatível com a execução do futuro

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revestimento da superfície protegida. Estes meios devem ser aplicados logo após a betonagem e devem satisfazer o especificado no RBLH.

8 – BETONAGEM EM BETÃO Se o Empreiteiro desejar betonar em tempo frio, só o poderá fazer se respeitar os condicionamentos seguintes: 8.1 – Registo de temperaturas. a) O Empreiteiro deve fornecer termómetros de temperaturas máximas e mínimas e

dependurá-los permanentemente em posição que tenham o acordo da Fiscalização. As temperaturas deverão ser registadas diariamente e uma cópia deste registo deve ser enviada semanalmente à Fiscalização.

b) Serão de conta do Empreiteiro as precauções a tomar para que a temperatura do betão fabricado com CPN se mantenha sempre superior a 4ºC, durante um período pelo menos de 96 horas após a betonagem. A temperatura mínima e o período para qualquer outro tipo de betão deverão ser decididos pela Fiscalização.

8.2 – Temperatura de betonagem. Nenhum betão deverá ser colocado em obra quando a temperatura do ar for inferior a 1ºC no termómetro de subida ou 3ºC no termómetro de descida, a não ser que se tomem as seguintes precauções: a) Todos os materiais, cofragens, armaduras e equipamentos utilizados na betonagem

devem estar livres de gelo, neve, e geada e ter uma temperatura acima de 0ºC na altura de betonagem.

b) As temperaturas do betão a colocar e a protecção do trabalho executado devem ser tais que em nenhum local a temperatura superficial do betão desça abaixo de 4ºC durante as primeiras 96 horas depois da betonagem no caso de um CPN sem aditivos ou por um período a definir, caso se utilize outro cimento ou qualquer aditivo. Todas as superfícies do betão devem ser mantidas cobertas durante este tempo.

c) O Empreiteiro deve fornecer aparelhagem para medir a temperatura do betão antes e depois da betonagem.

d) Estas precauções, que se aplicam tanto ao betão feito no local da obra como ao betão pronto, serão exclusivamente da conta do Empreiteiro.

e) O Empreiteiro deve apresentar por escrito à Fiscalização, as providências que se propõe adoptar para cumprimento das especificações acima referidas, afim de obter a respectiva aprovação antes de se iniciarem as betonagens. Qualquer aprovação dada pela Fiscalização não isentará o Empreiteiro da responsabilidade de garantir que as especificações sejam respeitadas.

f) Se a temperatura em qualquer ponto do betão descer abaixo de 4ºC durante o período especificado, a Fiscalização pode, contudo, se assim o entender, aceitar esse betão desde que sejam satisfatórios os resultados dos ensaios feitos com o esclerómetro SCHMIDT levados a cabo à custa do Empreiteiro, depois da temperatura na obra ter subido acima dos 0ºC.

g) Chama-se a atenção do Empreiteiro para o facto de que as precauções realmente necessárias variarem de acordo com a temperatura do ar a que se deseja betonar, com a exposição e dimensões da obra e com as variações da temperatura do ar que se seguem à colocação do betão e as providências a adoptar devem indicar as condições de temperatura em que se propõe operar.

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8.3 – Aquecimento de amassadura. Normalmente será necessário aquecer previamente a amassadura, aquecendo a água ou os inertes ou ambos, devendo a proposta do Empreiteiro indicar as temperaturas que se propõe utilizar. A temperatura máxima da água não deve exceder os 71ºC e a dos inertes não deve exceder os 49ºC. O cimento não deve ser aquecido directamente e a água e inertes misturar-se-ão de maneira a que a sua temperatura antes das adições de cimento não exceda a temperatura que possa originar um endurecimento prematuro; em caso do CPN ou do cimento de presa rápida, esta temperatura é de 38ºC. 8.4 – Utilização de aditivos. a) O empreiteiro pode propor a utilização de cimento e, ou aditivos especiais, caso em

que as especificações anteriores se aplicarão à excepção de que o período durante o qual a temperatura de betão deve ser mantida superior a 4ºC será, no caso do cimento de presa rápida, de 24 horas e para quaisquer outros materiais este período terá de ser fixado de acordo com a Fiscalização.

b) Todos os aditivos deverão utilizar-se estritamente de acordo com as indicações do fabricante. Se só se utilizar cloreto de cálcio, a quantidade de aditivos não deve exceder 2% da percentagem em peso de cimento, mas este aditivo não pode ser usado juntamente com cimentos aluminosos ou cimentos resistentes aos sulfitos. Não se deposita qualquer confiança num aditivo anti-gelo que não acelere a velocidade de endurecimento. Qualquer proposta para a utilização dum aditivo deve apoiar-se em dois ensaios de cubos aos sete dias.

8.5 – Cuidados a ter durante a cura do betão. Chama-se a atenção do Empreiteiro para os artigos respeitantes à cura do betão e retirada das cofragens e para o RBLH, 5ª parte, artigo 33º. 9 – JUNTAS DE DILATAÇÃO, RETRACÇÃO E DE BETONAGEM 9.1 – Juntas de dilatação. a) As juntas de dilatação devem ser executadas de acordo com os desenhos de

execução e, ou, com o que no C.E. se especifica; qualquer alteração proposta pelo empreiteiro deve ser previamente aprovada pela Fiscalização.

b) As juntas situadas em zonas não enterradas, serão normalmente preenchidas por duplas placas de esferovite com a espessura de 1cm, cada, contrafiadas de forma a se impedirem as fugas do betão fresco e vibrado.

c) A face destas juntas em contacto com o ambiente exterior serão de convenientemente vedadas com mastique de reconhecida qualidade ou perfis especiais em zinco, alumínio ou PVC, de acordo com o especificado no C.E..

d) O remate das juntas interiores será feito de acordo com o especificado no C.E., recorrendo-se normalmente ao emprego de perfis especiais.

e) Nas juntas as zonas enterradas serão aplicadas normalmente juntas de vedação em perfis de neoprene, colocadas no centro da junta ou na face exterior da mesma, de acordo com o especificado no C.E., que identificarão também as características de perfis a adoptar.

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9.2 – Juntas de retracção. a) As juntas de retracção são normalmente executadas nas betonilhas dos pavimentos

assentes sobre aterros e nas paredes ou muros enterrados ou não. Elas destinam-se a concentrar a fendilhação originada pela retracção de endurecimento do betão, em secções escolhidas e preparadas para as ocultar, e a refazer a perda de estanquecidade, resultante daquela fendilhação.

b) As juntas serão executadas de acordo com os desenhos de construção respectivos, respeitando-se ainda o que for especificado no C.E., em especial o referente ao espaçamento entre juntas.

c) Nas paredes e muros submetidos a pressão de água exterior, serão aplicadas barras de vedação em neoprene, centradas na espessura da junta.

d) As juntas de retracção das betonilhas, não submetidas a pressão de água exterior, reduzem-se apenas à abertura de rasgos, abertos segundo uma malha quadrada de dimensões à roda dos 5,0 a 6,0m de lado, por meio da serra circular, no prazo máximo de 48 horas após a colocação do betão. As dimensões destes rasgos serão normalmente de 10x5mm; o seu preenchimento será definido no C.E.. Dever-se-á ainda interromper, nestas juntas, a armadura de fendilhação normalmente existente (em geral malhasol).

9.3 – Juntas de betonagem. a) Sempre que sejam especificadas juntas de retracção em paredes e muros, estas

juntas serão simultaneamente, quando necessário, juntas de betonagem; nas betonilhas deve-se procurar também fazer corresponder, sempre que possível, estes dois tipos de juntas.

b) De acordo com o RBLH, as faces de betão formando juntas de betonagem rugosas, de modo que os inertes grossos do betão fiquem a descoberto até uma profundidade de 6mm. Esta operação deverá ser feita ainda com o betão não endurecido, aspergindo com água a superfície e removendo a pasta em excesso, por meio de ligeira escovadela.

c) Antes da colocação de novo betão, a superfície da junta deve ser abundantemente lavada, de forma a se remover todas as partículas soltas e também o excesso de água, pois a superfície deve encontrar-se apenas humedecida, quando da colocação do betão fresco.

d) Sobre a superfície tratada deve ser aplicada uma camada de 2cm de argamassa ao traço 1/3, com mesma razão a/c do betão a colocar.

e) As posições das juntas de construção terão de merecer a prévia autorização escrita da Fiscalização.

10 – ACABAMENTO DO BETÃO 10.1 – Defeitos superficiais. Imediatamente após a retirada dos moldes, todas as rebarbas, chochos, bolsas, furos deixados por ligações dos moldes e outros defeitos, devem ser eliminados. Os defeitos superficiais que não sejam mais fundos do que o recobrimento da armadura, devem ser eliminados com argamassa de cimento e areia ao traço 1/2. O cimento utilizado deverá ser igual ao que foi utilizado na betonagem da peça em questão. Todas as superfícies de betão deverão ser inspeccionadas pela Fiscalização antes de se realizar qualquer reparação. Quaisquer buracos profundos ou chochos extensos devem ser comunicados à Fiscalização que deverá inspeccioná-los antes de se realizar a respectiva reparação.

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Caso se descubra que esta prescrição não foi respeitada, a Fiscalização reserva-se o direito de exigir que o respectivo elemento de betão seja demolido e reconstruído à custa do Empreiteiro. 10.2 – Acabamento monolítico das betonilhas. a) As betonilhas sobre aterros, salvo indicação em contrário no C.E. devem ser

acabadas de forma monolítica. A superfície do betão deve receber a inclinação especificada no projecto e ser de seguida alisada e calçada com uma régua de modo a trazer as partículas finas de areia e cimento à superfície, deixando esta plana e com a inclinação correcta. Logo que a superfície tenha secado o suficiente, ela deve ser alisada à talocha ou à colher, conforme o tipo de acabamento pretendido no C.E.; este tratamento superficial pode aliás ser executado à custa de talochas mecânicas, desde que o tipo de máquina proposto mereça a aprovação da Fiscalização. Ao longo das paredes e esquinas ou outras obstruções, deverá utilizar-se a colher manual.

b) O acabamento monolítico das betonilhas sobre o aterro pode também ser obtido à custa de um tratamento de vácuo e compressão, aplicado após a regularização do massame feito por meio das réguas e das marcas de nivelamento. Imediatamente após o tratamento de vácuo, pode ser feita a realização de superfície da betonilha à custa de talochas mecânicas, sempre que possível, com o acabamento especificado no C.E..

c) Sempre que o C.E. preveja a aplicação de endurecimento de superfície, a encorpar na própria superfície da betonilha, eles serão espalhados, nas quantidades especificadas, sobre betonilha antes de se proceder à regularização final da superfície, por meios mecânicos e/ou manuais.

11 – BETÃO ESTANQUE 11.1 – Responsabilidade do empreiteiro. a) O Empreiteiro será completamente responsável pela estanquecidade do betão

armado em caves, túneis, trincheiras, tanques poços e fossas, sem que para tal recorra à adição de qualquer aditivo, excepto quando tal for permitido no C.E..

b) Quaisquer fugas ou sinais de humidade que apareçam durante o período de garantia da obra, serão completamente eliminados pelo Empreiteiro à sua custa, de forma a que não voltem a aparecer durante um período igual ao da garantia contratual. O método proposto pelo Empreiteiro para a eliminação das fugas ou humidades não deve por em risco as estruturas já construídas e deve ser submetido à aprovação da Fiscalização.

11.2 – Execução de paredes. a) As paredes deverão ser construídas em panos verticais tão altos quanto possível

desde que sejam tomadas as medidas necessárias à eliminação da segregação dos inertes e ao conveniente escoramento dos moldes.

b) Deverão ser instaladas barras de vedação em todas as juntas de construção de paredes, incluindo as suas eventuais juntas horizontais de arranque. Se não for praticável a betonagem dos panos de parede em toda a sua altura, numa mesma betonagem, dever-se-á instalar aquela barra na respectiva junta horizontal de construção.

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c) As juntas de construção das paredes e lajes deverão ser desencontradas. 11.3 – Execução de ensoleiramentos. Os ensoleiramentos impermeáveis deverão ser betonados por zonas de áreas máximas a definir nos desenhos ou no C.E.. Não se deverão betonar zonas adjacentes senão depois de se deixarem passar sete dias. As juntas de construção respectivas serão protegidas por barras de vedação exteriores, definidas no C.E.. 11.4 – Barras de vedação. a) As barras de vedação em neoprene serão do tipo e largura definidos no C.E.. Todas

estas barras terão comprimento contínuo, fazendo-se a união dos dois topos de acordo com as instalações do fabricante destas barras. Estas barras terão uma secção a provar pela Fiscalização.

b) A barra de vedação das paredes deve ser localizada de forma centrada na junta de construção, por meios apropriados que a mantenham firmemente em posição durante a betonagem, ficando embebida nas duas betonagens em partes iguais.

c) As barras de vedação exterior, sob juntas de soleira, devem ser deitadas sobre a camada de betão subjacente e centradas longitudinalmente em relação às juntas.

d) As barras de vedação exteriores em juntas de muros de suporte devem ser presas à cofragem exterior, de acordo com as instruções a fornecer pelo fabricante.

e) Deverá ser prestada especial atenção na colocação e compactarão do betão que envolve as barras de vedação, de forma a se eliminarem possíveis circuitos de infiltração e a não se causarem danos às barras.

11.5 - Ensaios de reservatórios a) Os reservatórios de betão armado destinados a conter água ou líquidos deverão ser

ensaiados antes de ser aplicado qualquer revestimento impermeabilizante ou não, afim de se avaliar a estanquecidade do trabalho realizado.

b) Em reservatórios enterrados e uma vez terminada a obra de betão armado e antes de serem executados quaisquer aterros laterais, os reservatórios serão cheios de água até aos níveis indicados pela Fiscalização. O Empreiteiro deverá instalar o eventual escoramento temporário das paredes, que for considerado necessário, atendendo para o efeito, ao projecto de estruturas, afim de o definir da forma mais conveniente.

c) Os reservatórios enterrados serão considerados como aceitáveis, se o nível da água não descer mais de 2,5cm em 2 horas, com exclusão das eventuais perdas de água através das ligações das tubagens e válvulas. Todos os defeitos detectados durante o ensaio deverão ser reparados a expensas do Empreiteiro e de acordo com a Fiscalização.

12 – CANALIZAÇÕES E ELEMENTOS DIVERSOS A EMBEBER OU A FIXAR NO BETÃO a) O Empreiteiro deverá incluir na obra de betão, à medida que ela prossegue e com a

precisão requerida nos desenhos, todas as tubagens e canalizações, chumbadouros ou quaisquer outros elementos previstos no projecto, não podendo proceder à abertura de quaisquer roços ou aberturas, depois da betonagem, sem que para o efeito obtenha a devida autorização escrita da Fiscalização.

b) Se os desenhos ou o C.E. assim o definirem, o Empreiteiro obriga-se a deixar abertos em 1ª fase de betonagem os furos e aberturas no projecto; igualmente se obriga, pelo contrário, a fazer a abertura de furos no betão endurecido, quando tal estiver prescrito no projecto.

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c) O Empreiteiro deve proteger adequadamente todos os elementos fixados contra quaisquer danos e impedir que os mesmos sejam deteriorados com argamassa ou outros produtos, antes de serem utilizados para o fim a que se destinam.

d) O Empreiteiro deverá evitar que os furos e cavidades deixados nos elementos betonados se encham de elementos estranhos e, bem assim, deve impedir que em tempo frio nelas se acumule água que eventualmente possa congelar e causar destruições locais até que aqueles furos e cavidades tenham a utilização a que se destinam.

e) Serão fornecidos ao Empreiteiro desenhos que o habilitem a definir a posição dos diversos elementos que devem ser embebidos ou chumbados ao betão, sendo o Empreiteiro o único responsável pela precisa e correcta localização dos referidos elementos.

13 – FISCALIZAÇÃO E RECEPÇÃO 13.1 – Registos no livro de obra a efectuar pelo Empreiteiro. De acordo com o RBLH, todas as operações relativas ao estudo, fabrico e aplicação do betão devem ser acompanhadas de cuidadosa verificação por parte do Empreiteiro, que terá a seu cargo o registo no livro da obra dos seguintes elementos: a) Resultados de estudos da composição dos diferentes betões a utilizar na obra. b) Boletins de fabrico dos betões empregues. c) Boletins dos ensaios de recepção dos componentes e os registos das recepções

efectivadas. d) Boletins dos ensaios de recepção dos betões e registos das recepções efectuadas. e) Datas de início e de conclusão das betonagens das diversas partes da obra. f) Indicação das betonagens feitas em condições climatéricas difíceis. 13.2 – Recolha de amostras. A recolha de amostras deverá respeitar o estipulado nas normas e especificações aplicáveis, ou, na falta destes, no especificado no C.E.. A quantidade de amostras a recolher, em relação aos diferentes tipos de ensaios a realizar, deverá respeitar, se nada em contrário for especificado no C.E., as quantidades mínimas indicadas pelo RBLH nos comentários ao artigo 30º. 13.3 – Exigências a impor pela Fiscalização. 1. Compete à Fiscalização fazer respeitar pelo Empreiteiro todas as disposições

impostas pelo RBLH e aquilo que, em complemento, ficar estipulado nesta especificação. O Empreiteiro deverá dar seguimento imediato a todas as recomendações que, a este respeito, forem escritas no livro de obra pela Fiscalização. Em especial, merecerá a maior atenção do Empreiteiro tudo o que lhe for referido sobre:

a) Condições de armazenamento dos materiais. b) Alteração das características dos inertes, em relação às que servirem de base ao

estudo da composição do betão em curso de fabrico; necessidade de controlo dos módulos de finura das diferentes categorias de inertes.

c) Planos de betonagem, meios necessários à execução e localização de juntas de betonagem.

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d) Rigor posto no cumprimento da composição especificada, em especial no que se refere ao teor de humidade dos inertes.

e) Correcções a fazer nas operações de transporte, colocação, espalhamento, compactarão e cura do betão.

2. Atendendo à importância do controlo da variação do fabrico, a fazer através do

cálculo do desvio padrão ou do coeficiente de variação do estaleiro, o Empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização, através do livro de obra, os valores que obteve, a partir dos ensaios que sucessivamente foram sendo realizados durante o fabrico do betão caracterizado por determinada composição. Aqueles valores devem ser acompanhados da identificação dos ensaios que foram utilizados.

14 – BETÃO APARENTE 14.1 – Generalidades. a) Pretende-se nesta alínea referir e especificar certas particularidades próprias da

utilização do betão aparente, como material a partir do qual se pretende obter determinados efeitos arquitectónicos, dependentes em grande parte do tipo de acabamento que se pretende dar à superfície do betão. Assim, o Empreiteiro deve atender ao especificado no C.E., sobre o acabamento pretendido.

b) Como característica fundamental de um bom betão aparente, deve referir-se a constância de cor, a ausência de defeitos superficiais e a sua perfeita estanquecidade. Compreende-se, por isso, que as exigências a impor quanto a certas particularidades da execução do betão aparente sejam mais apertadas do que as indicadas para os outros betões.

14.2 – Moldes e escoramentos. A execução dos moldes terá em atenção o aspecto que os C.E. especificam. Assim, podem utilizar-se moldes de madeira, revestidos ou não por placas de material prensado, com juntas macheadas aparentes ou não, com maior ou menor aparência da estrutura de madeira. É sempre de exigir, no entanto, que os moldes apresentem uma boa estanquecidade, a espessura das pranchas seja uniforme (podendo-se recorrer ao aplainamento de ambas as faces) e sejam suficientemente robustos para não sofrerem deformações apreciáveis, mesmo atendendo a uma maior potência de vibração. A utilização de produtos de descofragem é de recomendar, desde que a sua aplicação seja feita de forma uniforme, não originando absorções desiguais. Se se exigir o disfarce das juntas das pranchas, pode recorrer-se a massas de vedação apropriadas, ou espuma de borracha adesiva, produtos sempre a aprovar pela Fiscalização. Se assim for exigido, as cabeças dos pregos serão embebidas e disfarçadas com os produtos acima referidos. As arestas vivas devem ser quebradas por pequenas réguas triangulares, aplicadas nos cantos dos moldes, sempre que no C.E. nada seja dito em contrário. Como muitas vezes o betão aparente é utilizado em palas e painéis de reduzida espessura, sugere-se que os dois painéis do molde sejam ligados entre si por meio de tirantes de aço metidos dentro de tubos de plástico duro, o que permite o escoramento simultâneo dos dois painéis e uma descofragem fácil. Uma vez retirados os tirantes, os furos deixados pelos tubos serão cheios de argamassa apropriada, à base de resinas epoxy.

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14.3 – Composição do betão. No estudo da composição do betão deverão ser incluídas as considerações a seguir apresentadas: a) A razão água-cimento deve, de preferência situar-se entre 0,4 e 0,5. b) A granulometria da mistura dos inertes deve aproximar-se da curva de Fuller,

possuindo uma percentagem de muitos finos (abaixo de 0,2mm) relativamente alta, da ordem dos 380 a 420Kg/m3.

c) A dimensão máxima do inerte deve ser inferior a 30mm. d) Como indicação geral, deve dizer-se que um bom betão aparente deverá

corresponder à classe e qualidade de um B30, ou mesmo mais. e) A adição de aditivos que melhorem a trabalhabilidade do betão e facilitem a sua

compactarão é de aconselhar quase sempre. f) A consistência do betão deve ser a da terra húmida, isto é, deve corresponder a

abaixamentos entre 2,5 e 3,5cm. 14.4 - Betonagens .

Para além do já especificado para os betões correntes, devem referir-se para a execução de um betão aparente, as seguintes recomendações: a) Para trabalhos cujo volume e importância o justifiquem, devem executar-se amostras

suficientemente representativas, em que o tipo de cofragem e as suas características de vibração possam ser apreciadas pela Fiscalização.

b) A altura de queda do betão ao ser colocado deve ser tanto quanto possível constante, utilizando-se para o efeito, os meios apropriados. Atendendo a que a consistência de um betão aparente é sempre elevada, podem admitir-se alturas de queda até três metros, desde que exista a possibilidade de se poder fazer uma vibração potente, à custa, inclusive de aberturas feitas nos moldes, através das quais se possa introduzir a agulha do vibrador.

c) Os intervalos entre a colocação de betões adjacentes não devem ser superiores a ½ hora.

d) A frequência e amplitude de vibração devem, de preferência, ser definidas à custa de ensaios prévios; de qualquer modo, o tempo de vibração por m3 de betão será sempre > 20 minutos. A agulha do vibrador deve penetrar na camada inferior entre 10 a 30cm, o que permitirá definir as espessuras da camada a adoptar. Atendendo a que a vibração tem a maior importância na obtenção de um betão aparente, devem ser deixados canais entre as armaduras, por onde a agulha do vibrador possa passar, isto principalmente em relação às cintas dos pilares. Só será de admitir vibração aplicada aos moldes, desde que a pervibração seja simultaneamente utilizada.

e) Os recobrimentos das armaduras devem ser, no betão liso, superiores em cerca de 5mm, à dimensão máxima do inerte; em betões com superfície tratada a jacto de água ou bujardadas, este recobrimento deve ser aumentado e nunca menor de 40mm.

f) É muito importante que os moldes sejam conservados sempre bem húmidos durante todo o tempo em que estejam aplicados, recorrendo-se, se necessário, ao uso de sacos molhados. A descofragem não deve ser feita antes de um prazo de sete dias, devendo manter-se húmido o betão descofrado ainda pelo prazo de pelo menos vinte e um dias. É de preferir a utilização de membranas plásticas.

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14.5 – Acabamentos superficiais. a) Os acabamentos superficiais deverão ser feitos de acordo com o especificado no

C.E.. Refere-se em especial a retirada das rebarbas deixadas pelas juntas dos moldes. b) As juntas de construção são sempre zonas que podem originar defeitos aparentes,

devendo, sempre que possível, procurar-se disfarçá-las à custa de reentrâncias, o que deverá ser sempre submetido à apreciação da Fiscalização.

c) Não são de admitir quaisquer retoques ou enchimentos de defeitos, pois estas operações só iriam agravar o mal existente.

d) A limpeza da superfície do betão aparente pode ser feita com água simples ou acrescentada com qualquer detergente.

e) A aplicação de hidrófugos superficiais, à base de silicones, torna a superfície do betão impermeável à água, impedindo que a sujidade se entranhe nos poros de betão. Pode também recorrer-se à aplicação de resinas sintéticas transparentes, o que permitirá uma lavagem muito fácil da superfície do betão.

14.6 – Composição do betão. Como guia na escolha da composição a adoptar, indica-se a seguir um exemplo de dosagem já adoptada com bons resultados e que fornece um betão com características da classe B25. Inertes rolados de rio: 0 – 3mm: 28% 3 – 7mm: 23% 7 –15mm: 20% 15 –30mm: 26% Areia muito fina: 0 –0,2mm: 3% do peso do inerte Cimento: 320Kg/m3 Razão a/c: 0,52 Admite-se, no entanto, que face às exigências da obra, as C.E. possam impor um betão de classe superior. 15 – CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO PARA PAGAMENTOS 15.1 – Betão em massa e betão armado. Os custos unitários da oferta, definidos por volumes unitários de tipos de obra, incluem todos os materiais, tarefas e equipamentos necessários ao completo e perfeito acabamento dos trabalhos de betão em massa e betão armado. Aqueles custos devem por isso ser aceites como tal compensação dos encargos inerentes aos moldes, armaduras, betões, ensaios, verificações, escoramentos, acabamentos e tudo o mais que seja necessário ao cumprimento integral de todas as especificações incluídas no Caderno de Encargos. Estão também incluídos nestes custos as aberturas a fazer nos pavimentos, impostas pela instalação dos equipamentos inerentes ao perfeito funcionamento das redes de águas e esgotos. Os critérios adoptados nas medições das diferentes partes da obra foram os seguintes: a) Fundações: volumes abaixo dos arranques das paredes e dos pilares; os volumes das

sapatas foram definidos pelas fórmulas seguintes: - Parte tronco-piramidal

ao Praça D. Manuel I, 48 - Novelhos, S. Paio 4970 - 595 Arcos de Valdevez Tel. 258 521 811 Fax 258 521 818

Portas do Parque Nacional Peneda Gerês – Porta do Mezio – Arcos de Valdevez

V1=h/3(Sb+S’b+√SbxS’b ) - Parte prismática: V2=Sbxh’, em que h e h’ são as alturas destas duas partes e Sb e S’b são as áreas maior e menor da parte tronco-piramidal. b) Pilares: desde o topo da sapata ou da parede, até à face superior da última laje. c) Paredes: desde o topo da sapata ou da parede, até à face superior da última laje. d) Vigas: entre faces de pilares e, ou, paredes. e) Lajes: entre faces anexas das vigas e, ou, paredes e pilares. f) Paredes de suporte: desde o topo das sapatas ou da base de parede à superfície

superior da laje e entre faces de pilares. g) Muros de suporte: desde o topo das sapatas ao topo dos muros e entre faces de

pilares. h) Palas e cornijas: incluídas nas vigas a que estão ligadas. i) Guardas de varandas: entre faces de pilares e acima do topo das vigas respectivas. j) Empenas: acima do topo das vigas respectivas. k) Cintas sobre muretes de tijolo: volume total, sem desconto das entregas dos barrotes

da cobertura. l) Betão de limpeza: volume correspondente à área de apoio da estrutura, acrescida

de uma facha de 5cm. m) Betão de massame: volume correspondente à área compreendida entre lintéis,

parede e pilares, deduzida das áreas de pilares e paredes nela incluídos. 15.2 – Elementos pré-fabricados. Os custos unitários da oferta incluem todos os materiais, mão-de-obra, andaimes e equipamentos necessários à perfeita execução dos trabalhos. Os critérios de medição são os seguintes: a) Lajes: área entre faces anexas de vigas ou paredes. b) Barrotes e ripas de cobertura: área inclinada compreendida entre faces anexas dos

apoios (vigas, cintas e paredes).

Outros elementos: por unidade, se outro critério não for indicado no C.E..