Caderno IGD 2011

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MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE FOMESECRETARIA NACIONAL DE RENDA DA CIDADANI AD E O P E R A O D E PA R TA M E N T O

C A D ER N O DO IG D -MINFORMATIVO SOBRE O NDICE DE GESTO DESCENTRALIZA DA MUNICIPAL DO PROGRAMA BOLSA FA MLIA

BRASLIA, DF 2011

CADERNO DO IGD-MINFORMATI VO SOBRE O NDICE DE GESTO DESCENTRALI ZA DA MUNICIPAL DO PROGRAMA BOLS A FAM LIA

A P R E S E N TA O

O ndice de Gesto Descentralizada Municipal (IGD-M) representa uma importante estratgia adotada pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS) para apoiar e estimular os municpios a investir na melhoria da gesto do Programa Bolsa Famlia (PBF), avaliando a gesto municipal e oferecendo apoio financeiro aos municpios com bom desempenho. Desde abril de 2006, quando foi criado, o IGD-M tem contribudo significativamente para a melhoria da gesto do Programa, tanto em aes de cadastramento das famlias, como no acompanhamento e na oferta de aes complementares. Este caderno, produzido pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), contm todas as informaes sobre o IGD-M o objetivo, a frmula de clculo, a repercusso no repasse de recursos aos municpios, as modalidades de investimento previstas na legislao, a forma de incorporao dos recursos no oramento local, entre outras questes fundamentais para o municpio. Contm, tambm, sugestes ao municpio para a aplicao de recursos na aquisio de bens e contratao de servios que podem contribuir para melhorar a gesto local do Programa. As informaes, aqui contidas, j foram objeto de outras publicaes produzidas pela Senarc, bem como de vrias edies do Informativo Bolsa Famlia Informa. Com este material, o Gestor Municipal do Programa Bolsa Famlia ter sua disposio uma fonte de consulta sobre o IGD-M que vai ajud-lo a se orientar sobre o recebimento dos recursos e sua correta aplicao.

Boa leitura e bom trabalho!

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NDICE INTRODUO ............................................................................................................................................... 4 O IGD-M E A TRANSFERNCIA DE RECURSOS AOS MUNICPIOS PARA APOIO GESTO DESCENTRALIZADA DO PROGRAMA BOLSA FAMLIA. ........................................................................ 5 O QUE O IGD-M?........................................................................................................................................................................... 5 CLCULO DO IGD-M ........................................................................................................................................................................ 5 CONDIO PARA RECEBIMENTO DOS RECURSOS .......................................................................................................................... 6 CLCULO DO IGD-M ........................................................................................................................................................................ 6 CLCULO DO VALOR A SER TRANSFERIDO ..................................................................................................................................... 6 Exemplo ........................................................................................................................................................................................... 7 REPASSE DOS RECURSOS .................................................................................................................................................................... 8 USO DOS RECURSOS DO IGD-M ................................................................................................................. 9 PAPEL DO GESTOR MUNICIPAL ....................................................................................................................................................... 9 PRINCIPAIS ATRIBUIES DO GESTOR MUNICIPAL ...................................................................................................................... 9 COMO PODEM SER UTILIZADOS OS RECURSOS DO IGD-M ......................................................................................................... 9 PLANEJAMENTO PARA O USO DOS RECURSOS .............................................................................................................................. 10 SUGESTES PARA O PLANEJAMENTO ............................................................................................................................................ 11 Uso do IGD-M em aes relativas ao Cadastramento e a Atualizao de Dados no Cadastro nico ........................................... 11 Uso do IGD-M em aes relativas s Condicionalidades ................................................................................................................ 13 Uso do IGD-M em aes relativas Gesto de Benefcios .............................................................................................................. 14 Uso do IGD-M em Programas Complementares e atividades de desenvolvimento de oportunidades para famlias beneficirias do PBF ............................................................................................................................................................................................... 15 Uso do IGD-M para aes de Fiscalizao .................................................................................................................................... 16 Uso do IGD-M nas aes de Controle Social e em atividades de informao para as famlias beneficirias do PBF ...................... 16 INCORPORAO DOS RECURSOS AO ORAMENTO MUNICIPAL ................................................................................................. 17 Sugesto de descritor........................................................................................................................................................................ 17 REPROGRAMAO DOS RECURSOS DO IGD-M........................................................................................................................... 17 Recurso recebido, incorporado ao oramento e no utilizado no exerccio anterior ............................................................................ 18 Recurso recebido e ainda no incorporado ao oramento vigente ....................................................................................................... 18 Recurso recebido e empenhado, mas no liquidado/pago no final do exerccio anterior .................................................................... 18 Observaes importantes sobre os crditos ........................................................................................................................................ 18 ROTEIRO PARA UTILIZAO DOS RECURSOS APS INCORPORAO NO ORAMENTO MUNICIPAL .................................... 18 Exemplo prtico ............................................................................................................................................................................. 19 Outras observaes importantes ....................................................................................................................................................... 20 PRESTAO DE CONTAS .................................................................................................................................................................. 20 LEGISLAO APLICADA ............................................................................................................................. 21 PROGRAMA BOLSA FAMLIA 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I N T ROD U O

Em 2006, o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS) criou o ndice de Gesto Descentralizada Municipal (IGD-M). Concebido como uma estratgia de apoio gesto municipal do Programa Bolsa Famlia, o IGD-M um indicador que mede o desempenho dos municpios na gesto do Programa, considerando a qualidade do Cadastro nico (validade e atualizao dos cadastros) e do acompanhamento das condicionalidades de sade e de educao. Com base nos resultados apurados por intermdio do IGD-M, os municpios que apresentam bom desempenho recebem mensalmente recursos para investir em atividades voltadas para a gesto do PBF nos termos da Portaria MDS/GM n 246, de 20 de maio de 2005. Ao longo de 2006, foram repassados R$ 161 milhes aos municpios por meio do IGD-M. Em 2007, esse valor chegou a R$ 230,6 milhes. At 2010, foram repassados aos municpios o montante de R$ 1,189 bilho. Os recursos so repassados aos municpios diretamente do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS) para o Fundo Municipal de Assistncia Social (FMAS). Os municpios possuem autonomia para escolher entre as aes voltadas para o PBF onde os recursos devem ser aplicados. Estas aes esto diretamente relacionadas a atividades ligadas gesto de condicionalidades; gesto de benefcios; ao acompanhamento das famlias beneficirias; ao cadastramento e atualizao dos dados do Cadastro nico; implementao de programas complementares; fiscalizao do PBF e do Cadastro nico e Controle Social do PBF no municpio, conforme estabelece a Portaria MDS/GM n 754, de 20 de outubro de 2010. Pesquisa realizada pela Senarc demonstrou que o IGD-M tem contribudo significativamente para aprimorar a gesto do PBF nos municpios. Em geral, os municpios utilizam os recursos para a aquisio de material de consumo, de computadores, de equipamentos permanentes e veculos. A melhoria do espao fsico utilizado para atendimento com o objetivo de proporcionar conforto e privacidade aos beneficirios tambm se apresenta como uma preocupao dos municpios. Experincias de aumento de escolaridade do pblico beneficirio do PBF, bem como aes de gerao de trabalho e renda, conforme prev a legislao tambm vem sendo implementadas pelos municpios com os recursos do IGD-M. Portanto, possvel se observar que a transferncia de recursos financeiros, para apoiar a gesto do PBF e do Cadastro nico, por meio do IGD-M tem atingido os objetivos de contribuir para melhorar as condies de execuo do Programa nos municpios e, ainda, tem repercutido em ganhos de atendimento s demandas das famlias beneficirias do PBF.

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O I G D - M E A T R A N S F E R N C I A D E R E C U R S OS A O S M U N I C P I O S PA R A A P OI O G E S T O D E S C E N T R A L I Z A DA D O P R OG R A M A B OL S A FA M L I A . O QUE O IGD-M?

O ndice IGD-M um nmero indicador que varia de 0 a 1 e que avalia a qualidade e a atualizao das informaes do Cadastro nico e a qualidade e a integridade das informaes sobre o cumprimento das condicionalidades das reas de Educao e de Sade. Criado pela Portaria MDS/GM n 148/2006 e alterado pela Portaria MDS/GM n 754 de 20 de outubro de 2010, o IGD-M tem como objetivo, avaliar mensalmente a qualidade da gesto do Programa Bolsa Famlia em cada municpio e, a partir dos resultados identificados, oferecer apoio financeiro para que os municpios melhorem suas respectivas gestes. Com base nesse indicador, o MDS repassa recursos aos municpios para incentivar o aprimoramento da qualidade da gesto do Programa Bolsa Famlia, em mbito local, e contribui para que os municpios executem as aes que esto sob sua responsabilidade.

CLCULO DO IGD-M

O IGD-M calculado por meio de quatro fatores: 1. Fator de Operao: a mdia aritmtica das seguintes variveis: a. qualidade e integridade das informaes constantes no Cadastro nico (taxa de cobertura de cadastros); b. atualizao da base de dados do Cadastro nico (taxa de atualizao de cadastros); c. informaes sobre o cumprimento das condicionalidades da rea de educao (taxa de crianas com informaes de frequncia escolar); d. informaes sobre o cumprimento das condicionalidades da rea de sade (taxa de famlias com acompanhamento das condicionalidades de sade). 2. Fator de adeso ao Sistema nico de Assistncia Social (SUAS), que expressa se o municpio aderiu ao SUAS, de acordo com a Norma Operacional Bsica (NOB/SUAS); 3. Fator de informao da apresentao da comprovao de gastos dos recursos do IGD-M, que indica se o gestor do Fundo Municipal de Assistncia Social registrou no SUASWEB a comprovao de gastos apresentada ao Conselho Municipal de Assistncia Social 4. Fator de informao da aprovao total da comprovao de gastos dos recursos do IGD-M pelo Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS), que indica se este colegiado registrou no SUASWEB a aprovao integral das contas apresentadas pelo gestor do Fundo Municipal de Assistncia Social.

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CONDIO PARA RECEBIMENTO DOS RECURSOS

S recebem o IGD-M os municpios que, nos termos da Portaria n 754/2010:a. Atinjam o valor mnimo de 0,55 no clculo do Fator de Operao tendo, alm disso, o valor mnimo de 0,2 em cada uma das quatro taxas que o compem; b. Tenham aderido ao Sistema nico de Assistncia Social (SUAS) (Fator de Adeso = 1); c. Estejam, em dia, com a apresentao da comprovao de gastos (Fator de Apresentao =1); e d. Estejam, em dia, com a aprovao total da comprovao de gastos (Fator de aprovao = 1).

CLCULO DO IGD-M

IGD-M = Fator 1 x Fator 2 x Fator 3 x Fator 4

CLCULO DO VALOR A SER TRANSFERIDO

O valor mensal a ser transferido pelo MDS aos municpios calculado da seguinte forma: Valor a ser transferido = (IGD-M x R$2,50 x n de famlias1) + incentivos 1. Multiplica-se o resultado do IGD-M alcanado pelo municpio, pelo valor de referncia de R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos) por famlia beneficiria includa na folha de pagamento do PBF do ms anterior ao do ms de referncia do clculo, at o limite da estimativa de famlias pobres no municpio, publicada pelo MDS, e; 2. Soma-se a esse resultado o valor resultante da apurao dos seguintes incentivos financeiros: a. 3% (trs por cento) do valor apurado no item 1, proporcionais ao acompanhamento das famlias beneficirias em situao de descumprimento de condicionalidades, que estejam em processo de acompanhamento familiar;

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Famlias beneficirias na folha, at estimativa dada pela metodologia do Mapa de Pobreza 6

b. 3% (trs por cento) do valor apurado no item 1, quando o municpio atender, nos prazos fixados estipulados, as demandas da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania Senarc referentes apurao de eventuais irregularidades na execuo local do PBF; c. 2% (dois por cento) do valor apurado no item 1, quando o municpio tiver 100% (cem por cento) dos dados referentes Gesto Municipal atualizados h menos de um ano, registrados em sistema disponibilizado pelo MDS; e d. 2% (dois por cento) do valor apurado no item 1, quando o municpio apresentar ao menos 96% (noventa e seis por cento) de cartes entregues, na data de apurao do IGD-M.

IMPORTANTE: Fica assegurado aos municpios, que atingirem os ndices estabelecidos, o repasse do valor mnimo de R$ 687,50 (seiscentos e oitenta e sete reais e cinquenta centavos).EXEMPLO

O municpio teve os seguintes resultados: 1. Taxa de cobertura de cadastros = 0,80 2. Taxa de atualizao de cadastros = 0,76 3. Taxa de crianas com informaes de frequncia escolar = 0,92 4. Taxa de famlias com acompanhamento das condicionalidades de sade = 0,62 Clculo do Fator 1 = (0,80 + 0,76 + 0,92 + 0,62)/4 = 0,77 O municpio aderiu ao SUAS: FATOR 2 =1 O gestor do Fundo Municipal de Assistncia Social (FMAS) registrou no SUASWEB a comprovao de gastos ao Conselho Municipal de Assistncia Social: FATOR 3 = 1 Houve aprovao total da comprovao de gastos dos recursos do IGD-M pelo Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS): FATOR 4 = 1 Clculo do IGD-M = 0,77 x 1 x 1 x 1 = 0,77 O municpio tem: 1. Estimativa de pobreza = 243 famlias 2. Famlias na folha (ms anterior ao de referncia) = 312 famlias Valor a ser transferido = 0,77 x R$ 2,50 x 243 famlias (menor valor entre 243 e 312) = R$ 467,75 7

(os incentivos sero calculados, quando devidos, sobre esse valor) Como o valor a ser transferido no pode ser menor que R$ 687,50, o municpio receber R$ 687,50

REPASSE DOS RECURSOS

Os recursos so repassados mensalmente do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS) ao Fundo Municipal de Assistncia Social (FMAS), de forma obrigatria, nos termos do art. 8, da Lei n 10.836/04, na modalidade fundo a fundo, sendo depositados em conta-corrente aberta pelo FNAS no Banco do Brasil especialmente para fins de execuo das atividades vinculadas gesto do Bolsa Famlia.

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U S O D O S R E C U R S OS D O I G D - M PAPEL DO GESTOR MUNICIPAL

O Gestor Municipal o responsvel pela coordenao das atividades do Cadastro nico e da gesto do Programa Bolsa Famlia e pela observncia da aplicao dos recursos do IGD-M nas finalidades a que se destinam (art. 2, 1, da Portaria MDS/GM n 754/2010). Ele deve ser designado formalmente pelo prefeito, nos termos da Portaria MDS/GM n 246, de 20 de maio de 2005.

PRINCIPAIS ATRIBUIES DO GESTOR MUNICIPAL

Assumir a interlocuo entre a prefeitura, o MDS e o estado para a implementao do Bolsa Famlia e do Cadastro nico. Por isso, o Gestor deve ter poder de deciso, de mobilizao de outras instituies e de articulao entre as reas envolvidas na operao do Programa; Coordenar a relao entre as Secretarias de Assistncia Social, Educao e Sade para o acompanhamento dos beneficirios do Bolsa Famlia e a verificao das condicionalidades; Coordenar a execuo dos recursos transferidos pelo Governo Federal para o Programa Bolsa Famlia no municpio. Assumir a interlocuo, em nome do municpio, com os membros da Instncia de Controle Social do municpio, garantindo o acompanhamento e a fiscalizao das aes do Programa na comunidade; Coordenar a interlocuo com outras secretarias e rgos vinculados ao prprio governo municipal, do estado e do Governo Federal e, ainda, com entidades no governamentais, com o objetivo de facilitar a implementao de Programas Complementares para as famlias beneficirias do Bolsa Famlia. Outra ao importante do gestor so as atividades complementares. Elas podem ser aes de gerao de trabalho e renda, acesso ao conhecimento, condies habitacionais, direitos sociais, desenvolvimento local, entre outras. Elas objetivam promover o desenvolvimento social e econmico sustentvel das famlias beneficirias do Programa Bolsa Famlia. Para a consolidao dessa estratgia de incluso social, as aes precisam ser articuladas e integradas pelas trs esferas de governo e com a sociedade civil, conforme a legislao e as prticas vigentes.

COMO PODEM SER UTILIZADOS OS RECURSOS DO IGD-M

Conforme a Portaria MDS/GM n 754, de 20 de outubro de 2010, a utilizao dos recursos do IGD-M dever estar vinculada s seguintes modalidades de atividades: I - gesto de condicionalidades de sade e de educao; II - gesto de benefcios; III - acompanhamento das famlias inscritas no Cadastro nico, em especial as beneficirias do PBF e do remanescente Programa Carto Alimentao (PCA);

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IV - cadastramento de novas famlias, de atualizao das informaes das famlias includas no Cadastro nico e de reviso dos dados de famlias beneficirias do PBF; V - implementao de programas complementares ao PBF e ao PCA, considerados como aes voltadas ao desenvolvimento das famlias beneficirias, especialmente nas reas de: a) alfabetizao e educao de jovens e de adultos; b) capacitao profissional; c) gerao de trabalho e renda; d) acesso ao microcrdito produtivo orientado; e e) desenvolvimento comunitrio e territorial. VI - relacionadas s demandas de acompanhamento da gesto e fiscalizao do PBF e do Cadastro nico, formuladas pelo MDS.

IMPORTANTE O MDS e a Coordenao Estadual do Programa Bolsa Famlia no definem quais despesas, itens ou aes sero custeados com os recursos do IGD-M. Considerando o carter intersetorial do programa, o municpio deve, a partir do planejamento feito envolvendo os demais atores do PBF no municpio, decidir, dentro das modalidades especificadas pela Portaria MDS/GM n 754, de 20 de outubro de 2010, onde e como utilizar os recursos recebidos. Tambm no existe definio prvia do MDS do percentual de recursos do IGD-M a ser alocado em atividades das reas de Sade, de Educao ou Assistncia Social, ou ainda, em outras reas. Os recursos devero ser canalizados para a gesto do PBF. Portanto, no podero ocorrer partilhas dos recursos entre as reas envolvidas.

Adicionalmente, o municpio dever destinar, pelo menos, 3% (trs por cento) dos recursos transferidos, segundo a sistemtica fixada na Portaria MDS/GM n 754/2010, para o financiamento de atividades de apoio tcnico e operacional do controle social envolvido com a gesto do PBF.

PLANEJAMENTO PARA O USO DOS RECURSOS

A gesto do PBF feita de forma intersetorial, ou seja, com a participao de diversos atores das reas de Sade, de Educao, de Assistncia Social e outras. Por isso, recomendado que o planejamento das atividades a serem financiadas com recursos do IGD-M deve ser feito de forma conjunta, obedecendo sempre quelas atividades citadas pela Portaria MDS/GM n 754/2010.

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No seu planejamento, o municpio deve listar as aes e atividades a serem financiadas com recursos do IGD-M, estabelecendo uma ordem de prioridade, que poder ser executada medida que os recursos forem recebidos. Esta preocupao importante, pois os valores repassados esto condicionados ao desempenho mensal do municpio na gesto do PBF. Para que esse Planejamento contemple as prioridades e necessidades do municpio para o aperfeioamento da gesto do PBF, o MDS refora a recomendao de que: 1 O trabalho seja realizado de forma intersetorial, com a participao das reas de assistncia social, de sade e de educao, sobretudo para a gesto das condicionalidades e o acompanhamento familiar, conforme art. 16, da Portaria MDS/GM n 321/2009. 2 Seja realizado um diagnstico, com a participao das reas envolvidas na gesto do PBF, para a identificao dos principais gargalos e definio de prioridades a serem financiadas com os recursos do IGD-M.

SUGESTES PARA O PLANEJAMENTO

As orientaes a seguir so meras sugestes. Cabe ao Gestor Municipal a deciso e a responsabilidade de segui-las, observando a correta aplicao da legislao local sobre o uso de recursos nos procedimentos de contratao, licitao, empenho, pagamento e outras despesas que so prprias da gesto de recursos pblicos. As situaes descritas a seguir podem ser realizadas em vrias atividades e com objetivos diferentes. Por exemplo, os mesmos equipamentos e atividades de capacitao em informtica podem subsidiar aes de cadastramento, gesto de benefcios e condicionalidades.

USO DO IGD-M EM AES RELATIVAS AO CADASTRAMENTO E A ATUALIZAO DE DADOS NO CADASTRO NICO

Aquisio de equipamentos de informtica Aquisio de micro computadores, impressoras, fax, toners, retroprojetores, modem para internet e outros.

Treinamento em informtica para as equipes que operam os Sistemas Informatizados do Cadastro nico Contratao de profissionais/tcnicos, por tempo determinado para ministrar as capacitaes/treinamentos. Essas contrataes devem seguir todos os ritos licitatrios impostos pela legislao pertinente; Custeio de dirias e passagens para participao em treinamentos fora do municpio; Locao de espao fsico para realizao de treinamentos/capacitaes para famlias e para os tcnicos envolvidos no PBF.

Aprimoramento da estrutura do ambiente destinado ao cadastramento e a digitao Reforma da sala destinada digitao dos dados cadastrais das famlias, tais como ampliao do espao, a pintura e a instalao eltrica. 11

Aquisio de mobilirio e utenslios Aquisio de mesas de escritrio e de microcomputadores, bem como cadeiras, sofs, ventiladores, ar condicionado, armrios, gaveteiros, arquivos, estantes, equipamentos de udio e vdeo, bebedouros, quadro de avisos e outros que porventura sejam necessrios a estrutura fsica do ambiente onde feita a gesto e o atendimento das famlias. Cabe lembrar que os recursos no devem ser utilizados para a estruturao dos Centros de Referncias da Assistncia Social (Cras).

Aquisio de materiais de expediente Aquisio de carimbos, papis para impressoras, canetas, lpis, borracha, grampeador, furador, pastas, caixas arquivo.

Capacitao de cadastradores e entrevistadores Contratao de profissionais para capacitar cadastradores e entrevistadores, podendo, caso seja necessrio, o custear o pagamento de dirias e passagens para deslocamentos para capacitaes fora do municpio;

Locao de espao para realizao de eventos Locao de espao fsico para a realizao de eventos envolvendo os beneficirios e os tcnicos do PBF. (local para o funcionamento do PBF no municpio)

Aquisio de veculos para a utilizao na gesto do PBF Aquisio de veculos; Aquisio de combustveis e lubrificantes para veculos utilizados na gesto do PBF,

Realizar aes que viabilizem a emisso coletiva de documentos de registro civil, excetuando -se o pagamento de taxas individuais e emolumentos cartoriais Aquisio de combustvel e lubrificante; Custeio de locao de veculos para transporte de pessoas que trabalharo na realizao dos mutires; e Custeio de dirias e passagens para palestrantes.

Aes de divulgao e comunicao de campanhas de atualizao cadastral Confeco de cartazes, panfletos, divulgao no rdio, televiso, carro de som.

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USO DO IGD-M EM AES RELATIVAS S CONDICIONALIDADES

Aquisio de material de apoio para a realizao do trabalho de acompanhamento das condicionalidades Aquisio de computadores e impressoras; aquisio de mesas e cadeiras; aquisio de materiais de expedientes, tais como lpis, caneta, papel, toner para impressora.

Realizao de visitas domiciliares para verificao das razes pelas quais as famlias no cumprem condicionalidades Visita domiciliar de assistentes sociais, psiclogos ou agentes responsveis pelo PBF, podendo ser utilizado um veculo que pode ser adquirido com o recurso do IGD-M.

Melhoria da infraestrutura para atendimento s famlias que no cumprem condicionalidades Reforma da sala de atendimento como: pintura, melhoria da instalao eltrica, ampliao de salas; e Compra de cadeiras, sofs, bebedouros, ventiladores, ar condicionado.

Desenvolvimento de atividades de notificao e acompanhamento das famlias que no cumprem condicionalidades Envio de correspondncias pelo correio; Visita domiciliar;

Campanhas educativas para a conscientizao da importncia do cumprimento das condicionalidades. Promoo de hbitos alimentares e higiene saudveis, cursos de alfabetizao dos pais e dos adultos de famlias beneficirias do PBF, campanhas e atividades de apoio ao aleitamento materno e ao pr-natal.

Promoo de reunies entre pais ou responsveis de famlias beneficirias com a escola Realizao de atividades que integrem essas famlias s escolas, como palestras educativas sobre: educao, nutrio, sade.

Apoio a turmas de reforo escolar para famlias beneficirias. Contratao de professores para auxiliar no reforo escolar, compra de materiais a serem utilizados nas aulas, como papel, cartolina, tintas, lpis, canetas, colas, tesouras.

Aes de sensibilizao e motivao de alunos para a importncia da frequncia s aulas Palestras, por profissionais capacitados, utilizando meios didticos como teatro, brincadeiras e materiais adequados para explicar a importncia da frequncia s aulas.

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Realizao de atividades com Conselhos Tutelares Realizar atividades em conjunto com os conselhos de defesa da criana do adolescente e outros conselhos municipais, para definir estratgias de reforo ao direito de acesso das famlias do PBF aos servios sociais bsicos de sade, de educao e de assistncia social;

Cursos para cultivo de hortas ou pomares para famlias beneficirias Contratao de profissional para ministrar o curso, compra de materiais para o curso como: adubo, enxada, sementes, mudas.

Cursos na rea de educao alimentar e nutricional Promoo de alimentao adequada e saudvel; Utilizao alternativa de alimentos para famlias beneficirias, com a contratao temporria de nutricionista de acordo com a legislao;

USO DO IGD-M EM AES RELATIVAS GESTO DE BENEFCIOS

Aquisio de equipamentos de informtica e aprimoramento da estrutura Aquisio de microcomputadores; Modem para internet (acesso ao Sibec, ao aplicativo do Cadastro nico, ao Sistema de Acompanhamento da Frequncia e ao Sisvan); Impressoras, toners; Materiais de expediente; Reforma do espao fsico, tais como ampliao, pintura, instalaes eltricas e hidrulicas.

Treinamento em informtica para as equipes que operam os sistemas informatizados do PBF Contratao de profissionais/tcnicos, por tempo determinado, para ministrar capacitao/treinamento de acordo com a legislao de contratao de pessoal ou realizar atividades vinculadas ao desenvolvimento da gesto do PBF; Custeio de dirias e passagens para participao nos treinamentos fora do municpio.

Realizao de oficinas com outras reas do municpio sobre as aes de gesto de benefcios Trabalho conjunto dos integrantes da Instncia de Controle Social, e equipes das reas de Assistncia Social, de Sade e de Educao para a discusso da gesto de benefcios;

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Realizao de atividades de mobilizao de famlias para entrega e ativao de cartes, em apoio ao Agente Operador do PBF Divulgao por meio de carro de som, rdio, panfletos, cartazes, correspondncias. Mapeamento da logstica de pagamento de benefcios do PBF no municpio e identificao de eventuais gargalos, para proposio de estratgia de aperfeioamento, junto ao Agente Operador.

USO DO IGD-M EM PROGRAMAS COMPLEMENTARES E ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO DE OPORTUNIDADES PARA FAMLIAS BENEFICIRIAS DO PBF

Os recursos do IGD-M podem ser utilizados em Programas Complementares, implementados em qualquer das seguintes reas, entre outras:

Alfabetizao e aumento de escolaridade de jovens e adultos Oferta de curso de alfabetizao para jovens e adultos e compra de material necessrio ao curso, como: contratao de professores, livros, caneta, papel, quadros-negros, giz.

Qualificao e formao profissional Oferta de cursos profissionalizantes, tais como: curso corte e costura, informtica, panificao, cabeleireiro, manicure, culinria, mecnica, secretariado. A contratao do profissional que ir ministrar o curso deve ocorrer de acordo com os trmites legais; Compra de materiais a serem utilizados no curso, lembrando que os materiais a serem utilizados no curso devem ser comprados de acordo com a Lei n 8.666/93, que trata de licitao; Elaborao de mecanismos de insero ocupacional, de balces de emprego e de intermediao de mo de obra.

Aes de incentivo ao cooperativismo Aes de desenvolvimento comunitrio e territorial Integrao de sistemas de cadastramento de famlias no Cadastro nico e de em prego e insero ocupacional Compra de equipamentos de informtica, aquisio de materiais de expediente, acesso Internet.

Os recursos podem ainda ser utilizados para as atividades que ofeream oportunidades para as famlias beneficirias do PBF. Estas atividades podem ser realizadas por iniciativa do prprio governo municipal ou para apoiar a ampliao de aes dos governos estadual e federal.

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USO DO IGD-M PARA AES DE FISCALIZAO

Realizao de campanhas de esclarecimento sobre quem pode ser cadastrad o e quais os critrios para a concesso de benefcios Promover uma reunio com os beneficirios para esclarecer como o cadastro e os critrios de concesso de benefcios.

Realizao de visitas domiciliares para averiguao de denncias sobre recebimento irregular de benefcios Visitas peridicas dos assistentes sociais, psiclogos e agentes responsveis pela gesto do programa, para verificar a situao das famlias beneficiadas e identificar denncias contra correspondentes bancrios e outros canais de pagamentos e posterior comunicao ao MDS.

Realizao de averiguaes relacionadas ao Bolsa Famlia demandadas pelo MDS e por rgos de controle Consulta ao sistema do Cadastro nico e visita casa do beneficirio conforme a demanda e posterior comunicao ao MDS.

USO DO IGD-M NAS AES DE CONTROLE SOCIAL E EM ATIVIDADES DE INFORMAO PARA AS FAMLIAS BENEFICIRIAS DO PBF

A Portaria n 754/2010, menciona no art. 11, que o municpio dever destinar, pelo menos, trs por cento dos recursos transferidos para o financiamento de atividades de apoio tcnico e operacional ao Controle Social envolvido com a gesto do PBF.

Realizao de atividades com as famlias e a comunidade Esclarecer dvidas sobre quem pode ser includo no Cadastro nico e quem tem direito a receber o Bolsa Famlia; Promoo de aes de informao e sensibilizao das famlias em relao sua autonomia no uso do benefcio; Explicar a importncia da frequncia escola e do acompanhamento da sade.

Realizao de atividades de mobilizao e de abordagem das famlias para participao em atividades de aumento da escolaridade, da qualificao e da insero ocupacional, gerao de trabalho e renda, entre outras.IMPORTANTE: A Portaria instituidora das transferncia para apoio os municpios nagesto do PBF e Cadnico (Portaria GM/MDS n. 754/2010) diz que os recursos so para custear as atividades voltadas para a gesto de benefcio, do cadastro, das condicionalidades, dos programas complementares e outros que eventualmente forem para melhoria da gesto. A citada Portaria no faz referncia a quais tipos de natureza de despesas o municpio dever gastar os recursos, justamente por entender que a gesto descentralizada e que so os entes locais quem possuem todos os requisitos para identific-las.

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Os mecanismos de contratao de bens e servios devem, como em qualquer despesa pblica, seguir os mesmos rituais previstos nas leis que os regem, ou seja, devem ter licitao, empenhamento, liquidao, pagamento, apropriao patrimonial, como habitualmente j o fazem com os recursos prprios do municpio. Por isto que o planejamento prvio de atividades a serem realizadas de fundamental importncia para o processo de gesto municipal, bem como para o xito da execuo do oramento aprovado.

INCORPORAO DOS RECURSOS AO ORAMENTO MUNICIPAL

Concludo o planejamento, o gestor do programa dever definir, juntamente com a rea responsvel pela contabilidade, oramento e finanas do municpio, em quais modalidades de aplicao (custeio/investimento) os recursos sero inseridos no oramento municipal. Alm da conciliao entre o planejado e o que efetivamente ser incorporado ao oramento do exerccio vigente, deve ser observado se os recursos foram alocados em funcional programtica prpria da Assistncia Social, em ao denominada Gesto do Programa Bolsa Famlia. Caso isso no tenha ocorrido, deve-se criar essa rubrica e realizar o devido remanejamento dos valores orados. Outra questo importante a ser observada, se a funcional programtica tem no seu descritor a abrangncia de todas as atividades potenciais a serem custeadas com recursos.

SUGESTO DE DESCRITOR

Constituir centro de custeio para as despesas oriundas da gesto do Programa Bolsa Famlia, vinculadas s modalidades das seguintes atividades: gesto de condicionalidades; gesto de benefcios; acompanhamento das famlias beneficirias, em especial daquelas em situao de maior vulnerabilidade; cadastramento de novas famlias e atualizao dos dados do Cadastro nico; implementao de Programas Complementares para famlias beneficirias do PBF, nas reas de: alfabetizao e educao de jovens e adultos, capacitao profissional, desenvolvimento territorial, entre outras; fiscalizao do PBF e do Cadastro nico para Programas Sociais (Cadastro nico); e controle social do PBF no municpio.

Para a unidade de medida do descritor, poder ser utilizada a quantidade de famlias atendidas.

REPROGRAMAO DOS RECURSOS DO IGD-M

Muitas vezes, o municpio no utiliza todos os recursos do IGD-M no ano em que feito o repasse. Para poder utiliz-los no ano seguinte, os municpios devem fazer a reprogramao dos recursos, de acordo com a lei vigente, considerando as seguintes situaes: 17

RECURSO RECEBIDO, INCORPORADO AO ORAMENTO E NO UTILIZADO NO EXERCCIO ANTERIOR

Se o municpio recebeu os recursos financeiros e os incorporou ao oramento municipal, mas no efetuou gastos parciais ou totais, esses recursos devero ser reprogramados no oramento do exerccio seguinte como crdito adicional suplementar (art. 41, inciso I, Lei n 4.320/64), a ttulo de supervit financeiro (art. 43, 1, inciso I, 2, da Lei n 4.320/64).

RECURSO RECEBIDO E AINDA NO INCORPORADO AO ORAMENTO VIGENTE

Se o municpio recebeu os recursos financeiros, mas ainda no os incorporou ao oramento municipal, esses recursos sero considerados no oramento vigente como excesso de arrecadao (art. 43, 3, Lei n 4.320/64) e devero ser programados como crdito adicional suplementar ou especial (art. 41, incisos I e II, Lei n 4.320/64).

RECURSO RECEBIDO E EMPENHADO, MAS NO LIQUIDADO/PAGO NO FINAL DO EXERCCIO ANTERIOR

Os municpios que realizaram aes a serem pagas com recursos do IGD-M e j empenharam os valores, mas que at o final do exerccio no efetivaram o pagamento, devem inscrever os valores empenhados e no pagos como Restos a Pagar do exerccio anterior.

IMPORTANTE A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o limite a ser inscrito como Restos a Pagar ser o valor financeiro disponvel para pagamento dentro do exerccio. (art. 36, Lei n 4.320/64) Os valores inscritos em Restos a Pagar so caracterizados como processados (documento fiscal recebido e atestado para pagamento, no pago no exerccio) e no processados (documento fiscal ainda no recebido, que ser pago ou no, no prximo exerccio).

OBSERVAES IMPORTANTES SOBRE OS CRDITOS

Os crditos suplementares e especiais sero autorizados por lei especfica e abertos por decreto executivo (art. 42 da Lei n 4.320/64). A abertura dos crditos suplementares e especiais depende da existncia de recursos disponveis para pagar a despesa prevista e ser precedida de exposio de motivos ou justificativa (art. 43 da Lei 4.320/64).

ROTEIRO PARA UTILIZAO DOS RECURSOS APS INCORPORAO NO ORAMENTO MUNICIPAL

importante lembrar que a realizao da despesa vinculada ao recebimento do recurso. O oramento a autorizao legislativa para efetuar a despesa no limite dos recursos financeiros recebidos.

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De acordo com a Lei n 4.320/64, art. 60, proibida a realizao de despesas sem prvio empenho. Dessa forma, obrigatria a incluso dos recursos do IGD-M no oramento municipal. Sem isso, a despesa no tem legitimidade, ou seja, no configurada como despesa pblica e o Gestor Municipal pode ser responsabilizado por desrespeitar a lei. Todas as despesas referentes ao recurso federal transferido devem ser executadas segundo as exigncias legais requeridas a qualquer outra despesa da Administrao Pblica (processamento, empenho, liquidao e efetivao do pagamento), mantendo a respectiva documentao administrativa e fiscal pelo perodo mnimo legal exigido.EXEMPLO PRTICO

O municpio decidiu adquirir de computadores e uma impressora de grande porte para serem utilizados na atividade vinculada modalidade de gesto do Cadastro nico. 1 Passo Fazer a especificao tcnica dos computadores e da impressora a serem adquiridos. Em caso de haver rea especifica responsvel pela tecnologia de informao no municpio, ela poder ser consultada para contribuir na descrio das especificaes. 2 Passo De posse da especificao tcnica, o gestor do PBF dever encaminhar a demanda de aquisio rea responsvel pelas licitaes e aquisies do municpio. O pedido dever conter justificativa da destinao do equipamento, atentando para a modalidade de aplicao escolhida e especificada na Portaria MDS/GM n 754/2010, devendo ainda conter informao sobre a disponibilidade de recursos oramentrios e financeiros, bem como a estimativa de custo para cobertura da despesa. 3 Passo A rea responsvel pelas licitaes e aquisies do municpio dever identificar qual a modalidade de licitao a ser aplicada e realizar a licitao, de acordo com a Lei n 8.666/93 e suas alteraes. Concludo o certame e homologado/adjudicado o vencedor, proceder entrega e o termo de aceitao do produto adquirido. 4 Passo Encaminha-se Nota Fiscal, devidamente atestada, para a rea responsvel pelos pagamentos. 5 Passo Depois de entregue, o equipamento dever ser includo no patrimnio especfico (tombado).

Importante! Cuidados a serem adotados em caso de aquisio de veculos No caso de aquisio de veculos para desenvolver atividades de gesto, descritas na Portaria MDS/GM n 754/2010, ele deve ser identificado, de acordo com o estabelecido no Manual de Identidade Visual do Programa Bolsa Famlia, disponvel no endereo eletrnico http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/marcas/marcas-e-selos.

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OUTRAS OBSERVAES IMPORTANTES

O gestor municipal deve estar atento para a convenincia da aplicao, no mercado financeiro, dos recursos do IGD-M, enquanto no utilizados. De forma a facilitar a atividade de prestao de contas, interessante o gestor observar a pertinncia de nominar, nos documentos de compensao ou transferncia bancria, a pessoa fsica ou jurdica favorecida com os recursos do IGD-M. No mesmo sentido conveniente, quando da liquidao de despesas, fazer a devida identificao de que se realizam com recursos originrios do IGD-M. oportuno tambm recordar da necessidade de efetivao do atesto no recebimento de bens e/ou servios.

PRESTAO DE CONTAS

A prestao de contas da transferncia de recursos do IGD-M deve compor a prestao de contas anual do (FMAS), a ser informada pelo SUASWEB para anlise do Conselho Municipal de Assistncia Social e estar disponvel e acessvel no municpio para averiguaes pelo MDS e pelos rgos de controle interno e externo.

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L E G I S L A O A P L I C A DA

Portaria GM/MDS n 246, de 20 de maio de 2005 aprova os instrumentos necessrios formalizao da adeso dos municpios ao Programa Bolsa Famlia, designao dos gestores municipais do Programa e informao sobre sua Instncia Local de Controle Social, e define o procedimento de adeso dos entes locais ao referido Programa. Portaria GM/MDS n 148, de 27 de abril de 2006 Cria o IGD; Portaria n 321, de 29 de setembro de 2008 regulamenta a gesto das condicionalidades do Programa Bolsa Famlia, revoga a Portaria GM/MDS n 551, de 9 de novembro de 2005, e d outras providncias. Lei n 12.058 de 13 de outubro de 2009, alterou o art 8 da Lei n 10.836 de 9 de janeiro de 2004 Institucionaliza o IGD, tornando-o transferncia obrigatria. Decreto n 7.332 de 19 de outubro de 2010, d nova redao ao Decreto n 5.209 de 17 de setembro de 2004, que regulamentou a Lei do PBF. Portaria GM/MDS n 754, de 20 de outubro de 2010 e suas alteraes estabelece aes, normas, critrios e procedimentos para o apoio gesto e execuo descentralizadas do Programa Bolsa Famlia, no mbito dos municpios, e d outras providncias.

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P RO G R A M A B OL S A FA M L I A

Acompanhe as informaes sobre o Programa Bolsa Famlia no portal do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS):

http://www.mds.gov.br/bolsafamilia

Fale com a gente 0800 707 2003 [email protected]

Central de Atendimento da Senarc: (61) 3433-1500 (Atendimento exclusivo para gestores e tcnicos do PBF)

Perguntas Frequentes sobre o Programa Bolsa Famlia http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/perguntas-frequentes

CGAGD/DEOP/SENARC/MDS

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