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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO
MÉDIOCaderno IV
Áreas do Conhecimento e Integração Curricular
Prof.ª MARIA SANDREANA SALVADOR LIZZI
UNIOESTE
Leitura do caderno IVO PACTO no contexto da continuidade/
descontinuidade das políticas públicas (Resultado das eleições);
Contradição da política/programa elaborado (pensado e gerido) pelo Estado e efetivado por professores (trabalhadores);
Ministro Aloizio Mercadante – Dados do ENEM- Reestruturação curricular – (3 grandes áreas do conhecimento);
http://www.youtube.com/watch?v=CBJA0sznNHM
Leitura do caderno IVFragmentação do conteúdo produzido. Como
isso pode ser pensado?
Leitura de outros textos dos autores/referências do caderno / outros subsídios;
DCNEM – Avanços/ conquistas – Orienta a organização do currículo por áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas; (PCNs e LDB)
Leitura do caderno IVIntegração Curricular
Marise Ramos e autores
Estado
CADERNO IV
Leitura do caderno IVNos limites da sociedade capitalista:
O que é possível
fazermos?
A formação de profissionais preparados para atuarem no mercado de trabalho
9%
Forma de ensinar onde as disciplinas técnicas não estejam desarticuladas das demais matérias
39%
Conteúdos relacionados com o mercado de trabalho
13%
Uma educação em que o aluno tenha acesso a todas
as disciplinas do núcleo comum bem como as
disciplinas específicas
35%
Não respondeu4%
CONCEITO DE CURRÍCULO INTEGRADO
Leitura do caderno IVClareza dos fundamentos, conceitos e das
referências;
Integração por projetos?????????????????????????
Escola Nova?????????????????????????????
“ se a forma de manifestação e a essência das coisas coincidissem, toda ciência seria supérflua” (Marx , O Capital).
“ duas ações podem ocorrer por sua aparência externa de maneira similar e serem, todavia, muito distintas por sua origem, essência e natureza” (Vygotsky, 1995, p.104)
Ideia de Integração curricularA discussão sobre Currículo Integrado não é recente na
História da Educação, tampouco um consenso entre os autores que propõem a sua concepção
1) Currículo por competências, o qual é organizado em módulos. Nessa perspectiva, a organização curricular centra-se na formação de competências e habilidades. Valoriza-se a apreensão das tecnologias pelos alunos, em detrimento dos conhecimentos e das disciplinas escolares, as quais se tornam submissas aos primeiros. Os módulos são organizados com um conjunto de conhecimentos definidos como necessários ao desenvolvimento das competências (LOPES, 2002).
afirma-se a sintonia entre o currículo por competências e as teorias curriculares da eficiência social.
2) currículo centrado nas disciplinas ou matérias escolares
Nessa organização curricular, as disciplinas escolares são definidas em função das finalidades sociais a serem atendidas e não em função das disciplinas de referência.
Trata-se de um currículo baseado sobretudo em princípios psicológicos, entendidos como distintos dos princípios lógicos das ciências e não em função das disciplinas de referência. Defendem um currículo centrado nas disciplinas escolares organizados segundo os interesses dos alunos.
3) currículo centrado nas disciplinas de referência
as fontes para o currículo e para os objetivos da escolarização são as disciplinas de referência e o conhecimento especializado. De modo geral, o processo de ensino deve transmitir aos alunos a lógica do conhecimento científico.
Integração Curricular Três sentidos para integração curricular
(RAMOS, 2008)1) Formação ominilateral2) Indissociabilidade entre Educação
Profissional e Educação Básica3) Integração dos conhecimentos gerais e
específicos como totalidade
Questões presentes no caderno IVHistoricamente fragmentação e compartimentação dos
conhecimentos em disciplinas e áreas, perdendo a dimensão da totalidade;
Especialidades - possibilitou desenvolvimento de muitos ramos de conhecimento, bem como o seu aprofundamento;
Análise científica da realidade - “A ciência tratou, exatamente, de cindir essa realidade para analisá-la e captar suas determinações mais específicas” (BRASIL, p.12,2013).
A unidade do conhecimento – princípio organizador - desenvolvimento global (História Antiga)
O que são conhecimentos válidos para o currículo escolar? (Perspectivas distintas )
Conhecimento científico; Conhecimento científico, práticas sociais e
culturais;Conhecimento científico e conhecimento
tecnológico;
“Conhecimento é explicitamente entendido como a apropriação da realidade objetiva, com reprodução dessa realidade no pensamento” (DUARTE, 2000, p.93, Grifo nosso)
Questão
Como definir/selecionar elementos da realidade objetiva como conhecimento para o currículo (educação escolar)?
Questões presentes no caderno IVO ensino integrado: trabalho, ciência, tecnologia
e cultura (DIMENSÕES DA VIDA SOCIAL)
Relações indissociáveisCOMPREENDIDOS EM SUA DIMENSÃO
HISTÓRICA E EM RELAÇÃO CONTEXTO SOCIAL CONTEMPORÂNEO
TRABALHO
CIÊNCIA
TECNOLOGIA CULTURA
Questões presentes no caderno IV“ Os conteúdos de ensino não podem compor
o currículo como teorias, conceitos e procedimentos abstratos, sem historicidade e sem sentido social. Ao contrário, os conteúdos são conhecimentos construídos historicamente que se constituem como condição necessária para que os educandos possam construir novos conhecimentos e compreender o processo histórico e social pelo qual os homens produziram e produzem sua existência, conquistas e problemas” (BRASIL, 2013, p.25, Grifo nosso).
Questões presentes no caderno IVCaminhos para a aproximação do
conhecimento das diferentes áreas: Trabalho como princípio educativoA pesquisa como princípio pedagógico
O trabalho pode ser considerado como princípio educativo em três sentidos diversos, mas articulados entre si. Num primeiro sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que determina,pelo grau de desenvolvimento social atingido historicamente, o modo de ser da educação em seu conjunto. Nesse sentido, aos modos de produção correspondem modos distintos de educar com uma correspondente forma dominante de educação. E um segundo sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que coloca exigências específicas que o processo educativo deve preencher, em vista da participação direta dos membros da sociedade no trabalho socialmente produtivo. Finalmente, o trabalho é princípio educativo num terceiro sentido, à medida que determina a educação como uma modalidade específica e diferenciada de trabalho: o trabalho pedagógico (SAVIANI, 1989, pp. 1-2)
Nesse sentido, O ser humano como produtor de sua
realidade e por isso, se apropria dela e pode transformá-la;
Somos sujeitos da nossa história e do nosso conhecimento;
Nada tem a ver com a ideia de “aprender fazendo” nem sinônimo de formar para o mercado de trabalho;
É concepção de homem, mundo, sociedade e de educação. (BRASIL, 2013)
Trabalho como princípio educativoImplicações na prática pedagógicaOrienta a seleção e ordenação dos conteúdos: que os professores problematizem
historicamente as dimensões do modo de produção da existência humana e social hoje – o capitalismo contemporâneo e suas especificidades nacional e regional (BRASIL, 2013, p. 30) e suas implicações na produção do conhecimento em cada disciplina e no âmbito da prática social.
Como apreender a totalidade do conhecimento?Parte/ todo (Prática social humana /
fenômeno)O que é a totalidade do conhecimento? Como garantir a totalidade do conhecimento?
Relações entre todo e parte (método dialético e método inverso)
“Dentro de nós há também um universo” Goethe
Partir de questões mais desenvolvida/elaboradas –
“Anatomia do homem é a chave da anatomia do macaco” (Marx)
A apreensão de conhecimento na sua forma mais elaborada permite compreender os fundamento prévios que levaram ao estágio atual do fenômeno estudado.(BRASIL, 2013, p. 31).
Função social da escola – necessidade do trabalho com o conhecimento sistematizado;
Risco de simplificação do processo de aprendizagem:
Contexto pode ser o ponto “concreto” de partida, que mediante a elaboração do pensamento e a capacidade de abstração, torna-se concreto pensado (BRASIL, 2013, p. 34)
Pesquisa como princípio pedagógico
“contribui para a construção da autonomia intelectual do educando e para uma formação orientada pela busca da compreensão e soluções para questões teóricas e práticas da vida cotidiana dos sujeitos trabalhadores ” .(BRASIL, 2013, p. 35)
Integração X InterdisciplinaridadeIntegração = Interdisciplinaridade
FRIGOTTO (1995) – A interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas Ciências Sociais
(...) o trabalho interdisciplinar se apresenta como uma necessidade imperativa pela simples razão de que a parte que isolamos ou arrancamos do contexto originário do real para poder ser explicada efetivamente, isto é, revelar no plano do pensamento e do conhecimento as determinações que assim as constituem, enquanto parte, tem que ser explicada na integridade das características e qualidades da totalidade. É justamente o exercício de responder a esta necessidade que o trabalho interdisciplinar se apresenta como um problema crucial, tanto na produção do conhecimento quanto nos processos educativos de ensino. (FRIGOTTO, 1995, p.33).
Totalidade do conhecimentoKOSIK, K. (1976). A dialética do Concreto.totalidade não significa todos os fatos
(KOSIK, 1976)o currículo que pensamos deve “possibilitar
as pessoas compreenderem a realidade para além de sua aparência fenomênica.” (RAMOS, 2008, p.17).
A realidade só é possível de ser apreendida em primeira instância por meio dos fenômenos, ou como o autor denomina de mundo da pseudoconcreticidade. Porém, para compreender o fenômeno é necessário atingir a sua essência. (KOSIK, 1976)
Esta concepção compreende que as disciplinas escolares são responsáveis por permitir apreender os conhecimentos já construídos em sua especificidade conceitual e histórica; ou seja, como as determinações mais particulares dos fenômenos que, relacionadas entre si, permitem compreendê-los. A interdisciplinaridade, como método, é a reconstituição da totalidade pela relação entre os conceitos originados a partir de distintos recortes da realidade; isto é, dos diversos campos da ciência representados em disciplinas. Isto tem como objetivo possibilitar a compreensão do significado dos conceitos, das razões e dos métodos pelos quais se pode conhecer o real e apropriá-lo em seu potencial para o ser humano. (RAMOS, 2008, p. 19).
Totalidade significa: realidade como um todo estruturado, dialético, do qual ou no qual um fato qualquer (classes de fatos ou conjuntos de fatos) pode vir a ser relacionalmente compreendido. Acumular todos os fatos não significa ainda conhecer a realidade; e todos os fatos (reunidos em seu conjunto) não constituem a totalidade. Os fatos são conhecimentos da realidade se são compreendidos como fatos de um todo dialético [...] e são entendidos como partes estruturais do todo. (KOSIK, 1976, p. 44).
ReferênciasBrasil. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores
do ensino médio, etapa I - caderno IV : Áreas do Conhecimento e Integração Curricular / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica – Curitiba : UFPR/Setor de Educação, 2013.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas ciências sociais. In: JANTSCH, A. P.; BIANCHETTI, L. A interdisciplinaridade : para além da filosofia do sujeito: Vozes, 1995, p.25-49.
KOSIK, Karel. Dialética do Concreto: tradução de Célia Neves e AldericoToríbio, 2ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
LOPES, Alice Casimiro. Parâmetros curriculares para o Ensino Médio: quando a integração perde seu potencial crítico. In: LOPES, Alice Casimiro e MACEDO, Elizabeth (Orgs.). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
RAMOS, M. Concepção do Ensino Médio Integrado. In: SEED. Concepção de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional. Curitiba, 2008. Mimeo.