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O INFORMATIVO DO VALE 3 de agosto de 2012 www.mazup.com.br #102 Adriano Leonhardt por Loucas futebol

Caderno Mazup do dia 03.08, ed 102

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Loucas por futebol é a matéria de capa do caderno Mazup desta semana. Confira também a social da galera. Confira!

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O INFORMATIVO DO VALE 3 de agosto de 2012

www.mazup.com.br

#102

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porLoucas

futebol

3 de agosto de 20122

Elas desmancham o estereótipo machista, e o gol na voz feminina é quase um mantra. A garganta rouca, os olhos acesos, as unhas cuidadosamente pintadas desfeitas por um

momento de descuido no impedimento do ídolo. Elas estão na arquibancada, tão atuantes quanto os jogadores em campo. O que há com essas mulheres que desatinam em brados tão lancinantes quantos os mais ferrenhos torcedores? Se a paixão tem forma esférica, há que ser azul ou vermelha. Há que ser Gre-Nal das cores, das unhas pin-tadas, do salto alto, do orgulho estufado no peito. A mulher repete o papel do homem no estádio. Vibra com a galera da torcida, com os “olés” no meio da multidão. As mu-lheres enfrentam o fl erte, ainda mais quando são loiras e chamam a atenção. Vale tudo para nu-trir amor pelo timão, e a cidade tem duas representan-tes fi éis, num jogo equilibrado de Gre-Nal de torcedo-ras: Carol e Daiane.

Futebol, religião “Popular”Pergunte à jornalista Carolina Gasparotto de 24 anos

desde quanto ela se entende por colorada. A resposta é exata: “Desde que eu nasci”. A primeira camisa ver-melha ganhou do pai, aos 7 anos, e desde então desfi la uma penca de uniformes em dia de jogo. Vai com ban-deirolas, boné e fardamento completo. “Quando o meu time joga, gosto de colocar a roupa completa, calça, ca-misa, casaco, boné ou chapéu, meias, e até as peças de baixo, tudo vermelho; pode até parecer besteira, mas já virou um ritual.” A paixão é tanta que possui um certo preconceito com a cor azul. “Se for azul-celeste, eu uso por ser do Lajeadense. Mas outro, nem pensar.” Na hora de pintar as unhas, de escolher roupa nova, se o azul estiver batendo um bolão, nem pensar. “Pode parecer meio exagerado, mas para mim não é. Para mim é uma religião.”

Em casa, na arquibancada, no gramado, na torcida organizada, assim como os homens, as mulheres pos-suem a mesma paixão. Carol descreve exatamente a

Elas vão ao campo, mas não levam jeito para Suelen, a maria-chuteira assumida que atucana a equipe do Divino na novela global. Muito além de ver as pernas e correr atrás da fama dos boleiros, as fanáticas pelo esporte da região discutem posições táticas, brigam pelo time e repetem o papel do homem no estádio

Fanáticas por futebol e de sa

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sensação que tonifi ca seus músculos quando inva-de o sentimento: “Essa coisa de fi car

arrepiada ao ver a torcida cantar, de comemorar uma

nova contratação, de sair em carreata e berrar até a garganta

doer e no outro dia ir trabalhar sem voz, mas com o uniforme vermelho e branco. Tor-cer é isso. Envolve. Nos faz sentir vivos”.

Para Carol, a blondie que inocula o Internacio-nal na corrente sanguínea, a paixão pelo futebol veio naturalmente. Quase como o código genético. “Meu pai é muito ligado ao esporte. Sempre gostei de estar metida no meio. Aprecio assistir às parti-das com ele, não só do Inter, mas dos outros times também”. Carol aproveita para instigar o oponente - “Sem esquecer de secar o Greminho”, sorri ela. Pai e fi lha colorados sentam na sala e dialogam a grande linguagem de pais e fi lhos parceiros: dis-cutem passes, fazem exclamações e interjeições. “Agradeço todos os dias por ter nascido colorada e mais por meu pai ter me ensinado o que é amar um grande time, que possui 103 anos de glórias e con-quistas, o chamado Campeão de Tudo.” O discurso de Carol é infl amado, até para uma mera reporta-gem de jornal. Imaginem no Beira-Rio.

O que fez com que a mulher passou a torcer com paixão igual ou maior do que a masculina foi a ida até ao estádio. Carol, a jornalista que acompanha o pai aos locais desde pequena, tem noção da trans-formação de paradigmas: “Com o passar dos anos, o futebol ser um esporte voltado especifi camente ao público masculino”.

A mulher conquistou o seu espaço no trabalho, e com a equiparação salarial e com o esporte, não poderia deixar de ser diferente. A mulher até vi-rou presidente. Além disso, para Carol, os homens deixaram de lado o preconceito e começaram a le-var suas esposas ao estádio. “Antes não levavam porque tinham medo das piadinhas e brincadeiras, mas como o número foi crescendo, o preconceito

acabou sendo vencido peelas, ótimo para o time, impulso. Os especialistdizem que a torcida é o 1jogador em campo. “Hojcomum ver várias mulheestádio, muitas delas nemrido ou namorado, combinmesmo. Torcem, vibram e ctime do coração. O futeboe quando se gosta de um tium novo capítulo de uma nvas, se rói as unhas, grita, xdefende a camisa até deba

A “Geral” é seu camCom 1 aninho, Daiane St

ra camiseta do Grêmio. Eratime, hoje com 26 anos, tlor dentre os irmãos, que nque a pequena levasse fé estava ali, traçado nos olhpredominantemente verdea luz, eles tornam-se azuiscida e do gol, eles ofuscamA modelo este ano está emgando o time em cidades 25 partidas e visitou inúm

Eleita com mais de 75 Torcida do Grêmio, pelo pocampo dando a volta olímpsito, cada evento para o qualegria imensa. As criançamuito boa.” Ela diz sentir-giada. “Receber o aplausoé para qualquer um. Saio sorriso de orelha a orelhao meu trabalho está sendodo.” Fazer parte da história“Tudo isso que está acontcritível, de uma felicidade

3 de agosto de 2012 3

Texto: Andréia [email protected]

alto alto

da. É uma honra ser a Bela da Torcida do Grêmio.”A musa incorpora a torcedora de fé porque sabe

de quem é a missão de levar o jogo avante. A torcida gremista sempre foi de marcar no estádio. E ela não perde uma disputa: ou no campo, ou na televisão.

Em frente da tela, a tensão acirra. “Fico nervosa e ansiosa, pois parece que quando estou no está-

dio, eles podem me ouvir gritando e tentan-do ajudar, já pela televisão é em vão.” Ela

sorri, e para provar que entende de fute-bol, passa pela prova dos nove. O que é impedimento, Daiane?

“É quando o jogador do time que ataca lança a bola para o companheiro

e, no momento que é lançada a bola, ele está um passo à frente da defesa, mesmo

que por centímetros.” Daiane sabe, com tantas ho-ras de expertise nos estádios, ela conhece o talento de cada jogador e perdeu a conta de quantas vezes discutiu com colegas por amor ao time. “Nos últimos meses, mudei um pouco e tentei manter a calma, mas é ouvir alguém falar mal do meu tricolor que vou na defesa.”

Tanto Carol quanto Daiane são defensoras com unhas e dentes. E se precisar mostrar os dentes, elas não se fazem de rogadas. Daiane acredita que os con-cursos de beleza serviram para introduzir as mulhe-res nos estádios. Há décadas, era reduto masculino e dedicado às marias-chuteiras. Existia preconceito. “Hoje elas ainda vão, e você percebe quem são elas pelo modo de se vestir.” Torcedora que é torcedora não engole o palavrão. É quase uma redenção, um elogio ao local. Um ato de fé. É assim que tem de ser. “As mulheres torcem de igual para igual com os homens. Assim como eles, torcemos e não abrimos mão, não fi camos trocando de time e nem mudando de opinião. Xingamos e também apoiamos. Desde o momento em que a mulher começou a ter mais par-ticipação no futebol, torcendo e acompanhando seu time, ela é tão torcedora e entendedora quanto os homens.”

da. É uma honA musa inc

de quem é a mgremista semperde uma d

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Tanto Carounhas e dentenão se fazem dcursos de belres nos estáde dedicado às“Hoje elas ainpelo modo denão engole oelogio ao locser. “As mulhehomens. Assimmão, não fi camde opinião. Ximomento em ticipação no ftime, ela é tãhomens.”

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elo cansaço.” Bom para que acabou ganhando

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m precisam ir com o ma-nam entre amigas e vão comemoram o gol do seu l é uma paixão nacional, ime, é como acompanhar novela, se cria expectati-xinga o juíz e o melhor, se aixo d’água.”

minhoteff ens ganhou a primei-

a e foi destino. A musa do tem um pai, único trico-não “insistiu” tanto para na torcida da Geral. Mas

hos, um tanto cristalinos, es, mas conforme o dia e . E com a vibração da tor-

m totalmente o oponente. m uma empreitada divul-e jogos: já participou de eras cidades no sul.mil votos como Bela da

ortal Uol, ela desfi la pelo pica. “Cada cidade que vi-ual sou convidada, é uma as passam uma energia se uma gremista privile- da torcida gremista não de lá radiante, com um

e com a certeza de que o reconhecido e aprova-a do Grêmio a emociona. ecendo comigo é indes-que não pode ser medi-

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Se existe uma região no mundo que tem mais gincanas e gincaneiros que aqui, nós do Mazup desconhecemos. Um exemplo é o arroio-meense Júnior Schneider. Ele e sua turma estão organizando a II Gincana do Curê, a mesma equipe vencedora da Gincana The Horse deste ano, também de Arroio do Meio. A gincana será neste fi m de semana, e as surpresas estarão no enigma de sábado à noite, com duração prevista até domingo de meio-dia. Por tanto equipes, se aqueçam que o bicho vai pegar.

Formatura em alto estiloA estrelense Mariana Huber se forma hoje à noite no

curso de Direito, da PUC, em Porto Alegre. A glamourosa festa organizada no Dado Bier do Shopping Bourbon Country vai contar com uma bela surpresa: a Mari estará com um lindo e exclusivo vestido feito por Marco Tar-rago. Além de ser um grande momento de orgulho para a mãe Sheyla, sua amiga Kátia Eckert, que nos contou todos os detalhes, afi rma que a festa será um arraso.

Welcome to BélgicaO lajeadense Marcos Cardoso juntou seus

amigos e foi curtir as baladas da Europa. Na viagem, eles passaram por Barcelona,

Ibiza e Bélgica, onde curtiram um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo, o Tomorrowland. Foram três dias

de muita sonzeira e encontros. Cardoso disse que encontrou muitos brasileiros

pela viagem, que durou 12 dias, além de ver a galera do Pânico da Band e o DJ

Marcos Schultz.

Maurício e os amigos em grande estilo pelo velho

continente

Júnior em cumprimento de tarefa em uma das gincanas de sua vida

curtimosfotos divulgação

A vida é uma gincanam mais

Mazup

m a

na

Na GloboDespontando no meio artístico

está a atriz lajeadense Gabrie-la Munhoz. Nesta semana, ela apareceu no programa Encontro com Fátima Bernardes, da Rede Globo. A moça interpretou uma esposa que se comunicava com um amigo americano na internet e levantou a questão se isso se caractareziva como traição no relacionamento.

Nós, do Mazup, desejamos todo sucesso à garota e que bri-lhe cada vez mais na nossa tela.

Gabi Munhoz em Encontro com Fátima Bernardes

reprodução TV Globo

#eurotripQuem está no maior ar europeu é

Julia Thetinski. Além de curtir as férias, a garota arrumou as malas e o playlist

para curtir o maior festival de heavy metal do mundo, o Wacken Open Air,

que fi ca em Wacken, uma cidade do interior da Alemanha. O evento come-

çou ontem e vai até amanhã. E claro, ela está aproveitando pra fazer a Euro Trip,

percorrendo Paris, Alemanha, Holanda e outros países do velho continente. Julia está acompanhada do namorado, Rafael

Monteiro, e dos amigos Leandro Hau-bert e Karine Kuhn.

Julia no Jardim de Monet, em Giverny, próximo de Paris