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Informe Comercial Paga Peão. Conheça a lenda do despenhadeiro Paga Peão. Conheça a lenda do despenhadeiro Culinária Fritada do Gaúcho na sua mesa Página 2 Genealogia Descendentes podem ajudar pesquisas Contracapa Artigo A origem dos Parques Florestais Página 6 Condesus Prefeito de Agudo é reeleito à presidência Contracapa Foto Maiquel Rosauro Página 3 Informe Comercial 7 de Janeiro de 2011 • Edição 212

Caderno Quarta Colônia - Edição 212

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Informe ComercialSexta-feira, 7 de Janeiro de 2011

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Paga Peão. Conheça alenda do despenhadeiroPaga Peão. Conheça alenda do despenhadeiro

CulináriaFritada do Gaúchona sua mesa

Página 2

GenealogiaDescendentes podemajudar pesquisas

Contracapa

ArtigoA origem dosParques Florestais

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CondesusPrefeito de Agudo éreeleito à presidência

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Chegou a sua vez

Da Redação

Este informe comercial circula encartado nos jornais Diário de Santa Maria e Zero Hora em 37cidades do Centro de Distribuição de Santa Maria e Centro de Porto Alegre.

Escritório RBS Jornais Santa Maria

Avenida Maurício Sirotsky Sobrinho, 25, Bairro Patronato. Telefone (55) 3220-1844. Santa Maria-RS

Gerente comercial: Ronaldo Carvalho - e-mail: [email protected]

Produção: Plano Comunicação Ltda e departamento comercial dos jornais Diário de Santa Maria e Zero Hora

Planejamento e marketing: Angélica Pereira

Contato Comercial: (55) 3220-1824

Jornalista responsável: Maiquel Rosauro (MTb/RS 13334)

Projeto gráfico/diagramação/arte final: André Machado Fortes

Foto da Capa: Maiquel Rosauro

Expediente

Fale conosco! Mande suas críticas e sugestões dematérias para o e-mail: [email protected]

O leitor Douglas Pereira Pasqualin enviou esta bela imagem de Vale Vêneto. Afotografia foi batida em frente à Igreja de Corpus Christi.

Mande você também a sua imagem dos belos lugares da Quarta Colônia.

São João do Polêsine

Foto Douglas Pereira Pasqualin / Arquivo Pessoal

Ingredientes- 12 ovos- pitada de sal- pimenta do reino- colher (das de sopa) farta de farinha de trigo- 500 g de carne moída- azeite de oliva- 1 pimentão verde- 1 pimentão vermelho- 2 tomates- 1 cebola- 2 colheres (sopa) de azeitonas- 250 g de queijo mussarela ralado- 100 g de queijo parmesão ralado

Fritada do Gaúcho

Participe você também. Envie sua receitapara o e-mail “[email protected]”.

Foto Divulgação www.temperartee.blogspot.com

Modo de fazer- Bater os ovos manualmente, acrescentar

a farinha, o sal e a pimenta (reserve);- Refogar muito bem a carne, em duas co-

lheres de azeite de oliva;- Acrescentar, bem picados, os pimentões,

os tomates (sem pele e sem sementes), acebola e as azeitonas (sem caroço). Re-fogar muito bem;

- Despeje, sobre o refogado, a mistura

de ovos (que estava reservado) espa-lhando bem;

- Quando estiver cozido e dourado, desli-ga o fogo;

- Acrescente o queijo mussarela e oparmesão;

- Leve ao forno até gratinar.ObservaçãoUsar desde o início, frigideira (grande) quepossa ir ao forno (retire o cabo).

AcompanhamentoArroz branco e feijão.

Esta receita foi enviada pelo leitor AntônioJosé Campos Figueiró, de Porto Alegre.

Envie a fotografia para o e-mail “[email protected]” com seu nome comple-to, número de identidade, cidade em que reside, telefone para contato e umabreve descrição da foto.

Em uma festa na virada para 1972, na casade Cosmo, estão os jovens Wood, Stock, LadyJane, Rê Bordosa, Rampal, Nanico e Meiaoito,que vivem intensamente o vapor barato totaldo flower power brasileiro ao explodir dosfogos de Ano Novo. Trinta anos se passam enossos heróis, agora carecas e barrigudos, en-frentam as dificuldades de um mundo cada vezmais individual e consumista. Família, filhos, tra-balho, contas a pagar e solidão são conceitosque não combinam com o universo inconse-qüente desses “bichos-grilos” perdidos no tem-

Wood & StockRestinga Sêca

po. O jeito é dar ouvidosà voz sábia de Raulzito eressuscitar a velha banda de rock’n’roll.

Wood & Stock - Sexo, Orégano e Rock N’Roll (2006), dirigido por Otto Guerra, seráexibido no Cineclube Orion, na próxima quin-ta-feira, 13 de janeiro, às 19h. A sessão fazparte do ciclo Férias Animadas.

O cineclube fica na Avenida Júlio deCastilhos, 676, sala 2, em Restinga Sêca. Asessão é gratuita. Mais informações no sitewww.cineclubeorion.com.

Voltamos! Após uma semana de des-canso, o Caderno Quarta Colônia volta acircular semanalmente nos jornais ZeroHora e no Diário de Santa Maria. Como fôlego recuperado e a alma renovada,temos agora um encontro marcado emtodas as sextas-feiras até o final do ano.

Porém, não vou conseguir realizaresta tarefa sem a sua ajuda. Lembraaquela receita deliciosa que só você sabefazer? Ou aquela foto sensacional quevocê bateu lá pelos lados de Faxinal ou

Nova Palma? Pois bem, preciso que vocênos envie este material através do e-mail“[email protected]”.

Fotos sociais de pessoas que moremna Quarta Colônia, críticas e sugestõesde matérias também são muito bem-vindas. Conto com a sua colaboração,juntos teremos boas histórias para con-tar todas as sextas-feiras.

Um forte abraço e um excelente 2011!Maiquel Rosauro - jornalista responsável

pelo Caderno Quarta Colônia

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O segredo do precipício> Maiquel Rosauro

Ovento corta o silêncio do valeenquanto os últimos raios de solse despedem das terras de Es-

trela Velha. Na margem oposta, em Pi-nhal Grande, no alto de um despenha-deiro é possível observar as primeirasluzes a iluminar as casas do municípiovizinho. Embora não seja o local maisindicado para sevisitar no final dodia, é no despedirdo entardecer quese levantam os tra-ços vermelhos desol que lembram osangue das inúme-ras vidas abreviadasno precipício.

O mirante selva-gem formado poruma pequena cla-reira com chão depedra está envoltoem um antigo mis-tério, até hoje pou-co revelado. Umalenda, passada de pai para filho há vá-rias gerações, conta que um fazendeirodono daquelas terras um dia brigou comum de seus funcionários sem acertarsuas contas. O peão, que havia ido tra-balhar para um vizinho, começou a co-brar a dívida.

Certo dia, o fazendeiro convocou seuex-funcionário para receber sua parte. Oencontro foi marcado na encerra dasmulas, onde o patrão esperava com asonças (antigas moedas de ouro). O pa-trão encontrava-se um pouco adiante,sentando em um tronco caído, na pon-ta do cerro. Tão logo chegou ao local, opeão foi jogado precipício abaixo. A len-da diz que o fazendeiro continuou pa-gando vários de seus empregados damesma forma. Desde então, o local fi-

cou conhecido como Paga Peão.O conto foi narrado pelo historiador

Firmino Chagas Costa, no livro “PinhalGrande - Contribuição ao Estudo daHistória do Município”. Segundo ele, ahistória é muito conhecida na região.

- A primeira vez que escutei a lendafoi de uma professora em Júlio deCastilhos. Depois disso, muitas pessoasme relataram a mesma fábula em Pinhal

Grande durante apesquisa para o li-vro - relata Costa.

Hoje, moramnas terras onde selocaliza o Paga Peãoos produtores ru-rais Nilceu RoqueMichelon e CleusaCansin. Com a tra-dicional recepti-vidade dos mora-dores da QuartaColônia, eles rece-bem pacientemen-te os turistas quechegam até suap r o p r i e d a d e .

Os visitantes de primeira viagem costu-mam ter dificuldades para achar o local.

Não há placas indicando como che-gar até o Paga Peão. O trajeto pode serfeito de carro, em estrada de chão. Ocaminho inicia na entrada do municí-pio de Pinhal Grande, pouco após pas-sar pelos silos da unidade São Cristovãoda Cooperativa Agrícola Mista de NovaPalma (Camnpal). É preciso dobrar àesquerda em uma placa que indica a di-reção rumo à Usina Hidrelétrica deItaúba. Depois de percorrer cerca de 19quilômetros, é necessário dobrar nova-mente à esquerda em uma placaindicativa à localidade de Medianeira.Após mais oito quilômetros, chega-se atéo fim da estrada - exatamente na casa deRoque e Cleusa. Na propriedade, é pre-

O segredo do precipício

Notícias

Fotos Maiquel Rosauro

Paga Peão, a fronteira natural entre Pinhal Grande e Estrela Velha é o cenário de uma antiga lendaRoque e Cleusa Cansin estão acostumadoscom os visitantes que chegam a suapropriedade pedindo informações de comochegar ao despenhadeiro

ciso percorrer cerca de 1000 metros,contornando um açude e passando pordentro de uma lavoura até chegar aoprecipício.

- Não me importo em receber visi-tantes na minha propriedade. As pesso-as têm curiosidade de conhecer o PagaPeão, é um lugar lindo que todos devemapreciar - argumenta Roque.

Embora o trajeto até o local tenha suasdificuldades, a vista é fascinante. Osparedões que protegem o suave deslizardas águas do Rio Jacuí são as testemu-nhas ocultas do segredo do cruel fazen-deiro. Como a paisagem é incapaz dedenunciar as mortes que ocorreram nolocal, restou apenas o entardecer verme-lho para lembrar a antiga lenda.

Foto Firmino Costa / Arquivo Pessoal

Sentado na pedraque forma o

mirante do PagaPeão, o produtor

rural RoqueMichelon observa a

imensidão dosparedões separa-dos pelo Rio Jacuí

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Em Foco

Faxinal do SoturnoA 20ª Exposição Feira Agroindustrial e

Comercial de Faxinal do Soturno (ExpoFax)ocorreu de 3 a 5 de dezembro, no ParqueMunicipal de Exposições. O evento foi umsucesso de público e mostrou as potencialidadesda região. Veja alguns empreendedores quefizeram sucesso na feira.

Envie sua foto!Envie sua foto!○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Se você mora na Quarta Colônia, envie também uma foto para a colunaEm Foco através do e-mail “[email protected]”. Não deixe de citar onome e sobrenome das pessoas que aparecem na fotografia. Envie tambémseu nome completo, número de identidade e telefone de contato.

Fotos Maiquel Rosauro

> Gustavo Marin Pega Bem Moda Íntima

> Fernanda Martins e Mariane Foletto Antonio Meneghetti Faculdade

> Mirella Ramos, Franciele Soga e Andréia Brondani Viaggiotur

> Daniela Soares eCátia Dal’Ongaro

Pega BemModa Íntima

> Gilvan Gomes, Margarete Ferrari e Simone Pienis Ferrari Motos

> Ernesto e Luana Biacchi Pioneira Movéis

> Mauro Lobler e Girseo, Carmem e Gisele Dotto Girseo Avanir Dotto Máquinas Agrícolas

> André Canzian, Jocelaine Scolari e Marcos Uliana Camnpal

> Jurema e Carlos Eduardo Casali Anhanguera-Uniderp

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Na Balada

AgudoVeja mais fotos em www.sitezoom.net

Fotos Vagner Martins / www.sitezoom.net / 1º e 6.11.2010

Colabora!Se você tem dicas de bandas ou blogs, mande para nós através do e-mail:[email protected].

Somzera!Pedrinho & LéoÉ uma das duplas mais requisitadas pelas boates

da região. Eles são presença constante graças ao seu envolvente sertane-jo universitário. Você pode conhecer a história da dupla e baixar cançõesde graça no site www.pedrinhoeleo.com.

Foto Divulgação

Monique Borges e Bruna Kipper

Daniele Dessbesell eSandra Dessbesell

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Daiane Pretzel eCristiam Cabrera

Cassiana Kleinpaul,Daiane Pretzel,Tawana Bortoloto,Elisangela Felipini eMagliane Alvez

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Magliane Alves eRoger Eduardo

Muller

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Daniela Benetti eLeandro Mainardi

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Condesus

endo já feito abrir-se-em-flor[2] o fundamento-da-palavra[3] que havia de ser, tendo já feito abrir-se-em-flor um único amor na sabedoria contida em seu ser-de-céu[4] em virtude de seu saber que se abre-em-flor, fezque se abrisse-em-flor um canto[5] sagrado em solidão.

Antes que a terra existisse, no meio da noite antiga quando nada seconhecia, fez que se abrisse-em-flor para si mesmo em sua solidão umcanto sagrado. (Ayvu Rapyta dos Guaranis) [6]

A nossa história frente ao mundo, dialética entre o eu e o não eu,

até pouco tempo atrás era denominada de civilização,contemporaneamente de cultura. Como produto social à cultura,com toda a dinâmica técnica e científica do presente é e se dá, toda-via, de forma processual, afirmada e transformada por cada novageração. Construção síntese da história da nossa espécie, pro-duto e resultado de um momento da vida, de mili-onésimas de um segundo quando comparadocom os 4,5 bilhões da Pachamama.

“A socialização é o processo pelo qualsomos historicizados. Sobre a páginaem branco que é ainda a nossa vidasão inscritas as regras de compor-tamento do contexto social quenos vê nascer e que abriga nossaexistência. Elas constituem umverdadeiro mapa - inconsciên-cia mecanizada - de nossas pos-sibilidades e impossibilida-des.”[7] Mapa que a cada des-coberta, superficial ou profun-da, nos reorganiza e nos situatanto frente as coisas de foracomo com as de dentro,interações que nos permitemperceber, a cada pouso do olhar,o não visto do visto, o encoberto eo descoberto em suas nuanças, for-mas, movimentos e propriedades queestão abertas aos nossos sentidos e queganham vida em nós a cada novo recorte,seja em relação a elementos concretos comosimbólicos, vibrações que impressionam os nossossentidos adensando os circuitos e a percepção de ser eler o mundo.

Em 1869, um grupo de moradores de Montana (USA),organizaram uma expedição (Washburn-Langford-Doane) paraexplorar Yellowstone. Entre montanhas nevadas e florestas milenaresesse grupo recolheu espécimes de plantas, nomearam sítios de bele-za paisagística e, ao voltar ao cotidiano de suas vidas, não ficaramsomente com as lembranças da aventura. Eles colocaram na práticaa idéia, de Cornelius Hedges, participante da expedição, de trans-formar aquele paraíso em Parque Nacional, um santuário para apreservação da vida, para a pesquisa científica, visitações

José ItaquiSecretário Executivo do [email protected]

T

GeoGeo Pachamama [1]

controladas e isto ocorreu há não mais de 139 anos, quando em1871 foi criado o Parque Nacional deYellowstone.

Esse grupo de pessoas, de cidadãos, viram e sentiram maravilha-dos a floresta, as montanhas, os rios, paisagens, fauna e todo aqueleambiente único tanto nas suas potencialidades econômicas como nasua beleza paisagística. Maravilha imensurável que não podia terum outro fim que o dever de preservá-la para compartilhá-la com asfuturas gerações. Foi com esta consciência que estes cidadãos foramos precursores, referência de quando se fala em Parques Florestais,em preservação do patrimônio natural. É deste olhar, desta capaci-dade de estar frente a uma árvore, uma flor, um ser vivo ou umaobra de arte e poder emocionar-se, lê-la não somente em suas pro-priedades minerais, biológicas, estéticas, técnicas ou econômicas,mas também como ser ou a coisa em si e de informação, como docu-

mento único que conta sobre si mesmo, como de suas rela-ções com o meio natural, social e cultural. É esta

capacidade de leitura que precisamos construirsobre o nosso patrimônio natural, sobre as

diferentes manifestações da vida e de nós,frágeis filhos da biosfera, delicada e frá-

gil pele da Mãe Terra.

[1] Pachamama é uma deusa ve-nerada pelos povos indígenasdos Andes. Pachamama é geral-mente traduzida como MãeTerra. Em aimará e quechua mama = mãe / pacha = mundo ou terra, e mais tarde alargadoem um sentido moderno como

o cosmos ou o universo.[2] Abrir-se em flor significa criar.

[3] Já veremos, também entre osastecas e maias, que o “fundamen-

to” é onde se apóia, repousa, assenta,e as casas “se põem de pé”. Da mesma

maneira a humanidade é “palavra”, masna sua “palavra” se assenta no Grande Pai Ori-

ginário antes da criação (“abrir-se em flor”) douniverso.

[4] Ser-de-céu é o divino.[5] Entre os Ava-Katu o oporaiva é o “cantor”. O “canto” é a expres-

são humana suprema, é o lugar onde o divino originário e o hu-mano se unem, onde se unem o indivíduo e a comunidade, ahistória e o futuro (a “terra sem mal”), a Terra, a selva, o céu. É arealização plena do “ser” dos tupi-guaranis.

[6] DUSSEL, Enrique, 1492 O ENCOBRIMENTO DO OUTRO,Editora Vozes 1993.

[7] INFANTINO, Lorenzo - El debate modernidad pos-modernidad, Pontosur - 1991.

www.ahruall.blogspot.com

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Ajude a contar a históriada imigração italiana

Ajude a contar a históriada imigração italiana

Notícias

Fotos Maiquel Rosauro

> Maiquel Rosauro

OCentro de PesquisasGenealógicas (CPG) deNova Palma reúne

1.634 sobrenomes italianos deimigrantes que chegaram à Quar-ta Colônia a partir de 1878. Hádados precisos de quantos inte-grantes vieram em cada família,a data de chegada ao Brasil, aquantidade de filhos que tive-ram, com quem casaram e asdatas de casamento e batismo.No local, que fica junto a CasaParoquial, também é possívelpesquisar a origem dos antepas-sados graças aos milhares dedocumentos buscados em diver-sos municípios pelo padre LuizSponchiado. Hoje, a coleta dematerial continua através dosdescendentes que vão fazer suapesquisa no CPG.

- As pessoas vêm aqui e sem-pre deixam alguma informaçãorelevante. Há dados completos dealgumas famílias até os dias de

Liriana Stefanello, Sandra Lago e Valter Fréo mostram osgrandes cadernos que guardam a história da região

Valores mínimos para a pesquisaSimples: R$ 10,00 Para cidadania: R$ 30,00Atestado: R$ 50,00 Histórico: R$ 10,00 a laudaÁrvore genealógica: R$ 100,00

hoje - explica Valter Fréo, funci-onário do Centro.

Pe. Luiz morreu em 16 demarço de 2010, mas o seu lega-do continua sendo a principalfonte de pesquisa da história daregião. Ele conseguia os docu-mentos de batismo e registro decasamento junto às paróquias. Apartir deste material eram mon-tadas as árvores genealógicas.

O acervo inaugurado em 1º dejunho de 1984 recebe inúmerosvisitantes, sendo que muitos sãode outros países. Atualmente,está sendo realizado o trabalho deinformatização do local. Destaforma, a pesquisa poderá se tor-nar mais rápida e dinâmica.

O CPG é mantido pela Pre-feitura Municipal de Nova Pal-ma, Associação Italiana e MitraDiocesana. Funciona de segun-da à sexta-feira, das 7h30min às11h30min e das 13h30min às17h30min. Veja no quadro osvalores cobrados para realizar suapesquisa.

Registro deviagem da

Itália aoBrasil de 8 de

fevereiro de1896 é um

dos maisantigos

documentosdo CPG

Os moradores de Linha Quarta, co-munidade de Silveira Martins, têm umencontro marcado nas tardes de domin-go. Eles se reúnem no salão da comuni-dade para manter viva uma tradição queseus antepassados trouxeram da Itália:jogar Cinquilho.

Munidos de um baralho espanhol e dediversas fichas que valem R$ 0,25 cadauma, os jogadores se divertem saltandorimas e batendo forte na mesa enquantolargam as cartas. Cada jogador leva, emmédia, de R$ 10,00 a R$ 15,00 paraapostar durante o jogo. A diversão é ga-rantida, salvo um pequeno detalhe.

Calendário de Eventos

• • • • • • • • • • • • • • • • • •A programação é fornecida pelas prefeitu-ras municipais e instituições promotoras.

Qualquer alteração não é de responsabili-dade do Caderno Quarta Colônia.

São João do Polêsine

43º Baile do ChoppQuando: Sábado (8 de janeiro)Onde: Sace PolesinenseHorário: 23hIngresso: R$ 15,00Atração: Baile com a banda Novo Rumo

Restinga Sêca

Abertura Oficial dos Jogos de VerãoQuando: Sábado e domingo (8 e 9 de

janeiro)Onde: Balneário das TunasHorário: Durante todo o dia

Ivorá

Festa em honra aos Três MartiresQuando: Domingo (9 de janeiro)Onde: Comunidade de Três Mártires

(pertence ao município de Júlio deCastilhos, mas faz parte da Paróquiade Ivorá)

Horário: 10h30 missa; 12h30 almo-ço (risoto churrasco: gado e ovelha,saladas diversas), 19h - domingueiracom o grupo As Gurias, de PortoAlegre

Ingresso: Adulto - R$ 13,00; Infantil -R$ 7,00

Informações: (55) 3289-5128

Agudo

Escolha da Garota Balneárioe da Garota Simpatia

Quando: Domingo (9 de janeiro)Onde: Balneário Friedrich, no Rincão

do PinhalHorário: A partir das 15hAtração: Banda Santa CruzIngresso: R$ 8,00

Prefeito de Agudo é reeleitopara a presidência do Condesus

Cinquilho reúne moradoresde Linha Quarta

O prefeito de Agudo, Ari Alvezda Anunciação, foi reeleito para apresidência do Consórcio de De-senvolvimento Sustentável daQuarta Colônia (Condesus). Aeleição com os nove prefeitos dosmunicípios que formam oCondesus ocorreu em 21 de de-zembro, na sede da entidade, emSão João do Polêsine. O mandatoé de dois anos.

Após o pleito, foi realizada aentrega dos Planos de Habitaçãode Interesse Social. O projeto mostracomo podem ser solucionados os pro-

Hélio Pozzobom (de boné azul, à frente), Ge-raldo Comalego, Antonio Maffini, NiltonSegatto, André Milani e Euclides Balen (da es-querda à direita) durante partida de Cinquilho

- A gente mais perde do que ganhanesse Cinquilho - afirma o jogadorEuclides Balen.

Foto Maiquel RosauroFoto Maiquel Rosauro

Prefeito Ari Alves da Anunciação (em pé) dirige oCondesus nos próximos dois anos

blemas no setor de cada município nospróximos onze anos.