Caderno Quarta Colônia - Edição 222

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    Informe ComercialSexta-feira, 18 de maro de 2011

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    Pgina 7Pgina 7

    Informe Comercial22 de Maro de 2011 Edio 222

    Informe Comercial18 de Maro de 2011 Edio 222

    ReceitaFaa um Mousse

    de Capuccino

    Pgina 2

    ArtigoMeio ambiente:

    quem paga a conta?

    Pgina 6

    CrnicaUm jantar na

    velha querncia

    Pgina 2

    ArquiteturaReforma preserva

    casaro de 1920

    Contracapa

    FotoMaiquelRosauro

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    Momento de acompanhar a colheita do arroz

    Da Redao

    Na chegada, abraos calorosos e pa-lavras proferidas em um dialetoque foi inventado ao longo de

    muitos anos e que sai espontaneamenteda boca desse povo. Povo bonito, hones-to, batalhador. Conversa vai, conversavem, juntamente com vinho, graspa ecerveja. Hora da janta. Sempre precedi-da pela tradicional orao dita em la-tim, francs, italiano ou grego. Varia con-forme vontade do tio Tata. Todos demos dadas. As irms rezam com muitaf - herana da vov Natalina. Os ho-mens riem e fazem graa. A mesa depedra e no pode ser removida. Quandoh visitante novo, sempre lhe solicita-do que d uma mozinha para arred-

    a. Fim da refeio. Uma movimentaorpida e ordenada se d. As tarefas sodivididas de forma harmoniosa e espon-tnea e tudo est limpo em poucos mi-nutos. Hora do discurso. O plpito trazido at a sala principal. Todos estosentados. Nessa hora, sinto a presenada minha vov querida, com seusolhinhos espertos e brilhantes e sua res-pirao ofegante. Lembro de quando elacantava ges bambino com sua vozinha

    Ana Lcia Didonet Moro

    Velha Querncia

    Este informe comercial circula encartado nosjornais Dirio de Santa Maria e Zero Horaem 37 cidades do Centro de Distribuio deSanta Maria e Centro de Porto Alegre.Escritrio RBS Jornais Santa MariaAvenida Maurcio Sirotsky Sobrinho, 25, Bair-ro Patronato. Telefone (55) 3220-1844. SantaMaria-RSGerente comercial: Ronaldo Carvalho - e-mail: [email protected]:Plano Comunicao Ltda e depar-tamento comercial dos jornais Dirio de San-ta Maria e Zero HoraPlanejamento e marketing: Anglica PereiraContato comercial: (55) 3220-1824

    Jornalista responsvel: Maiquel Rosauro (MTb/

    RS 13334). Contato pelo fone (55) 96811384

    ou pelo e-mail [email protected] grfico/diagramao/arte final:

    Andr Machado FortesFoto da Capa: Maiquel Rosauro

    Expediente

    Envie uma crnica sobre a Quarta Colnia voc tambm. Os textos devem ter entre 20 e25 linhas. Junto ao texto, mande seu nome completo, nmero de identidade e telefone paracontato. As crnicas devem ser enviadas para o e-mail [email protected].

    trmula, das pelanquinhas da sua mo edos seus longos cabelos brancos. Foi comela que aprendi a me comunicar com oolhar. Enfim, inicia-se a convocao depessoas para falar. No h uma pauta.O discurso livre. Qualquer assunto permitido, e muitas vezes o discurso doprimeiro serve de inspirao para os pr-ximos, mas nem sempre assim. Semmuitas regras, flui naturalmente, semvirar baguna. Todos ouvem atentamen-te enquanto o orador est no plpito.Nem uma palavra at o final do discur-so. Ouvem engasgados, com lgrimascaindo ou com um sorriso no canto daboca. No final, gritos de viva! e, maisrecentemente, uma cano do Raul que

    os primos eventualmente cantam: viva,viva, via a sociedade alternativa. Quan-do todos j falaram, ou nem todos (respeitado o direito de no querer fa-lar), iniciam-se os cantos. Cantos estesproferidos em dialeto do Vneto, e quenos proporcionam momentos ldicos enicos.

    Fao parte dessa famlia abenoada ede caractersticas peculiares e quero quemeus melhores amigos a conheam.

    A orizicultura a principal fonte de renda da regio, na qual o cultivo sedesenvolve em diversas pequenas propriedades. Embora o clima esteja colabo-rando nesta safra, os agricultores esto preocupados em relao a lucratividade

    do gro.Neste momento de incio de colheita, o reprter Marcelo Figueiredo con-

    versou com especialistas da rea e identificou as dificuldades que o setor en-frenta. Leia a matria na pgina 7 e veja a posio de Irga, Emater e da Secre-taria Estadual da Agricultura sobre a situao da orizicultura no Rio Grandedo Sul.

    Maiquel Rosauro, jornalista

    Mousse de Capuccino

    Participe voc tambm. Envie sua receita para oe-mail [email protected].

    Ingredientes

    Mousse:- Meio pacote de gelatina

    em p sem sabor (6g)

    - 3 claras

    - 1/2 xcara de ch deacar

    - 1 lata de creme de leite

    - 3 colheres de sopa depreparado em p paracapuccino

    Calda:

    - 1/2 xcara de ch deacar

    - 3 colheres de sopa de preparado em p para capuccino

    Modo de preparo

    Mousse:

    Em uma tigela pequena, coloque a gelatina com meia xcara de ch degua fria e leve ao fogo, em banho-maria, mexendo at dissolver. Reserve.

    Em uma panela, misture as claras com o acar e leve ao fogo mdio,mexendo sempre, por cerca de trs minutos. Retire do fogo, transfirapara a batedeira e bata at dobrar de volume.

    Em uma tigela, misture o creme de leite com o preparado em p paracapuccino e a gelatina reservado. Misture bem, junte as claras delicada-mente e coloque em taas. Leve geladeira por cerca de quatro horas ouat firmar.

    Calda:

    Em uma panela, coloque o acar, o preparado em p para capuccinoe meia xcara de ch de gua e leve ao fogo mdio at ferver. Deixe cozi-nhar por cerca de dois minutos e retire do fogo.

    Depois de frio, sirva regado sobre o mousse.

    A receita rende 10 pores.

    Esta receita foi enviada pela leitora Tiele Mayer, de Santa Maria.

    Foto Divulgao

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    Notcias

    Municpio segue

    em festa

    As comemoraes dos 19 anos deemancipao poltico-administra-tiva de Pinhal Grande prosseguemdurante a semana. Se voc pretende darum pulo no municpio para participardas festas (veja no quadro a programa-o), aproveite para visitar a Usina Hi-dreltrica de Itaba. O complexo um

    dos principais pontos tursticos da re-gio e est localizado na divisa com omunicpio de Estrela Velha.

    A barragem foi inaugurada em 1978.

    Ela considerada a maior usina instala-da no Rio Jacu, operando com quatrogeradores e 500 megawats de potncia.Da usina partem quatro linhas de trans-misso levando energia para Porto Ale-gre e regio Noroeste do Estado.

    A paisagem formada pelo lago artifi-cial do reservatrio e o morro que con-

    torna o curso do Jacu geram belas ima-gens. As visitas s instalaes da usinapodem ser previamente agendadas pelofone (55) 3327-4000.

    Programao

    Helga Pichler, de Porto Alegre, envioua Foto do leitor desta edio. O regis-tro foi realizado no ano passado durante

    Faxinal do SoturnoFoto Helga Pichler / Arquivo Pessoal

    Envie sua foto!Envie sua foto!

    Mande voc tambm a sua imagem dos belos lugares da Quarta Colnia.Envie a fotografia para o e-mail [email protected] com seu nome comple-

    to, nmero de identidade, cidade em que reside, tel efone para contato e umabreve descrio da foto.

    a Caminhada pela Paz, circuito Joo LuizPozzobon, entre Novo Treviso, distritode Faxinal do Soturno, e Nova Palma.

    Hidreltrica de Itaba um dos pontos tursticos mais conhecidos de Pinhal Grande

    Foto Maiquel Rosauro

    23 de maro7 Encontro Municipal das Mulheres

    Onde: Salo da Capela So Joo Maria VianeiHorrio: 14h30minPalestrante: Assessora tcnica da FetagTema: A mulher na Atualidade 24 de maro

    Curso de DocesOnde: Salo da Capela So Joo Maria VianeiHorrio: 9hInstrutoras: Bruna Mezzomo Neubauer eMarisete Rockenbach (extensionistas daEmater-Ascar/RS)

    25 de maroSade na Praa com a Equipe da Secreta-ria de Sade e ESF, verificao de Presso

    Arterial, HGT (Teste de Glicose) e orienta-es de Sade

    Onde: Praa da Capela So Joo Maria VianeiHorrio: 8h 26 de maro

    Inaugurao da ampliao das obrasda Casa de Sade So Jos

    Onde: Casa de Sade So JosHorrio: 16h 27 de maro

    10 Olimpada RuralOnde: Comunidade Assentamento Fazenda doSobradoHorrio: 8h - Abertura Oficial das competi-es; 8h30min - Incio das competies; Meio-dia - almoo; 13h - Apresentaes artsticas;18h - Encerramento

    Fonte: Secretaria de Cultura e Turismo de Pinhal Grande

    19 de maroInterselees de Futsal Feminino -

    8 EdioOnde: Ginsio Municipal de EsportesHorrio: 14h

    Missa em Ao de GraasOnde: Igreja Matriz So JosHorrio: 19h

    Coquetel de apresentao dascandidatas da Rainha da

    Olimpada Rural

    Onde: Cmara Municipal de VereadoresHorrio: 22hBaile com escolha da Rainha e

    Princesas da 10 Olimpada RuralOnde: Salo Paroquial do Bairro So JosHorrio: 23h30minAnimao: Banda Barbarella 20 de maroFeriado - Aniversrio do Municpio 21 de maro

    Inaugurao das obras de recuperaodos prejuzos das enxurradas

    em 2009 e 2010Onde: Avenida Integrao - Trevo Bairro SoJos - Horrio: 9h 22 de maro

    Teatro: As Aventuras de FortnioOnde: Salo da Capela So Joo Maria VianeiHorrio: 10h30min

    Teatro: O Mundo dos Brinquedos

    Onde: Salo da Capela So Joo Maria VianeiHorrio: 14h

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    Em Foco

    AgudoO Clube Centenrio, em Agudo, recebeu centenas de crianas e adolescentes

    na tarde do dia 6 de maro. Eles participaram da festa de Carnaval Infantil. Oevento contou com a presena de blocos de municpios da Quarta Colnia queformam a Associao Vale do Jacu Centro de Entidades Sociais (Avajaces) e coma escolha do Rei Momo e d Rainha Infantil do Clube Centenrio. As imagens

    foram enviadas pelo fotgrafo Erni Bock, de Agudo.

    > Rainha adulta do Carnaval do Clube Centenrio, Thiele NeuTischeler, e o Rei Momo Euclides Cardoso dos Santos, o Maarico

    Fotos Erni Bock

    > A maio-ria dos

    pequenosestava

    fantasiada

    > BlocoImperial,de Ivor

    > Bloco EDa?, de

    DonaFrancisca

    > Centenasde crianasparticiparamda festa

    > Rei Momo Infantil JohannBockenek Kummer

    > Rainha InfantilEduarda Soares

    Limberger

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    Na Balada

    Especial Carnaval

    Veja mais fotos emwww.sitezoom.net

    FotoMaiquel Rosauro

    Jssica Schumacher eFlvia Pilecco

    Horrio: 23h30minOnde: Sociedade General - Pi-cada do Rio

    Jantar Bingo

    Quando: Sbado (19 de mar-o)Horrio: 20hOnde: Escola Willy Roos

    Culto CampalQuando: Domingo (20 de mar-o)Horrio: 9h30minOnde: Parque da ComunidadePromoo: Comunidade Evan-glica

    Faxinal do Soturno

    Torneio InterseleesQuando: Domingo (20 de mar-o)

    Horrio: 8h30minOnde: Estdio MunicipalEusbio Roque BusanelloPromoo: Esporte Clube Cru-zeiro Apoio: Prefeitura Municipal /Departamento de Esporte eLazer

    Dona Francisca

    Festa do Padroeiro So JosQuando: Domingo (20 de mar-o)Horrio: 10h - Missa com pa-droeiros das comunidades;Meio-dia - Almoo

    Onde: Ginsio CinquentenrioPromoo: Conselho Paroquial

    Missa Pe. Manoel eCoroinha Adlio Daronch

    Quando: Segunda-feira (21 demaro)Horrio: 19 horasOnde: Igreja Matriz So JosPromoo: Igreja Catlica

    Restinga Sca

    14 Baile Municipal da 3 IdadeQuando: Sbado (19 de maro)Horrio: 14h

    Onde: Clube Sco

    Ivor

    Festa em honra aSo Jos - Ivor

    Quando: Domingo (20 de maro)Programao: 9h30mim - Procis-so com o padroeiro; 10h - Missasolene; Meio-dia - Almoo festivoservido nas mesasCardpio: Churrasco de gado,galeto, risoto, maionese, saladas epo caseiro.Valor do almoo: R$ 12,00Onde: Salo Paroquial de Ivor

    Nova Palma

    Torneio de Futsal Masculinoe Feminino

    Quando: Sbado (19 de maro)Horrio: 14hOnde: PinhalzinhoInformaes: (55) 9626-0066Promoo: Grupo de Jovens

    Festa da 3 IdadeQuando: Domingo (20 de maro)Horrio: 13h30minOnde: Vila CruzInformaes: (55) 9664-5648Promoo: Grupo Nossa Senhorada Sade

    AgudoJantar dos Destaques

    Quando: Hoje (18 de maro)Horrio: 20hOnde: Clube CentenrioPromoo: Acisa

    Baile (Grupo Presena)Quando: Sbado (19 de maro)

    A programao fornecida pelas prefeituras municipais e

    instituies promotoras. Qualquer alterao no deresponsabilidade do Caderno Quarta Colnia.

    Agenda

    Cineclube

    A entrada no cineclube gratuita.

    Cineclube OrionFilme: A Negao do BrasilQuando: Quinta-feira (24 de maro)Onde: Avenida Jlio de Castilhos,676, sala 2, em Restinga Sca

    Horrio: 19h

    Marilisa Wendiling, Arnildo Wendiling eRenata Tomazetti

    FotoJooCarlos Barcellos/www.sitezoom.net

    Marina Marchesan,Maiara Felipetto e Andrieli Druziam

    FotoVagnerMartins/www.sitezoom.net

    FotoMaiquel Rosauro

    Tamile Ziani, Karol Castro eLuciana Araujo

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    Ser que mais uma vez o meio ambiente

    quem vai pagar essa conta?

    Condesus

    N

    os ltimos meses muitose ouviu falar sobre aconstruo da usina hi-dreltrica de Belo Monteno Rio Xingu, estado doPar, dos benefcios e pre-

    juzos causados por este grande empre-endimento. Com a construo desta usi-na, pelo menos 400.000 hectares no co-rao da Floresta Amaznica sero inun-dados, expulsando 40.000 indgenas emoradores locais e destruindo o habitatprecioso de inmeras espcies de animaise plantas. A questo to polmica quej culminou no pedido de demisso dopresidente do IBAMA, Abelardo BaymaAzevedo e em diversas aes judiciais eliminares proibindo a construo daobra, devido a inmeras irregularidades.

    Poucos sabem, mas no Rio Grande doSul existem diversos projetos referentes

    a construes de usinas hidreltricas detamanho menor, porm, englobando osmesmos pontos de discusso: custos ebenefcios que tais obras iro acarretarpara a comunidade e o meio ambiente.Entre estes cabe destacar dois projetosque visam construo de usinas hidre-ltricas no Rio Uruguai, na regio noro-este do estado, as barragens de Panambie Garabi. Na regio, mais especificamen-te no municpio de Derrubadas, estlocalizado o ltimo grande remanescen-te de Mata Atlntica do Rio Grande doSul, o Parque Estadual do Turvo (PET).Esta foi a primeira Unidade de Conser-vao criada no estado em 1947, e con-ta com uma rea aproximada de 17 mil

    hectares de floresta estacional. Nos do-mnios do parque encontra-se o Salto do

    Yucum, a maior queda dgua em ex-tenso horizontal do mundo com 1.800metros de comprimento, podendo atin-gir at 12 metros de altura durante pe-rodos secos, sendo o local provido debeleza rara e incomparvel. O parquerecebe milhares de turistas todos os anos,vindos de vrias regies deste e de ou-tros estados do pas, alm de turistas depases vizinhos como a Argentina. NoPET encontram-se inmeras espcies dafauna que so raras e/ou ameaadas deextino, sendo que, para algumas de-las, o parque o nico, ou melhor, oltimo local de ocorrncia no estado.Como exemplo ressaltamos a ona-pin-tada, a anta, a perereca-de-vidro, e avescomo macucu, jacutinga e pica-pau-de-cara-canela. E esta a grande questoque queremos abordar: a construo des-sas duas hidreltricas ir afetar direta-mente, alm das caractersticas sociais daregio que se beneficia com o turismo,esta Unidade de Conservao que fun-damental para a preservao das espci-es da fauna da Mata Atlntica, isto semmencionar a flora presente na rea.

    O Salto do Yucum j vem sofrendo

    as consequncias da implantao de ou-tras usinas hidreltricas (Foz do Chapece It), que alteram significativamente ovolume de gua do Rio Uruguai perio-dicamente. Em alguns momentos, mes-mo na escassez de chuvas, o Salto en-contra-se submerso devido abertura dascomportas das usinas j existentes. Coma construo dessas duas usinas mencio-nadas, a lastimvel perda do Salto do

    Yucum seria inevitvel, prejudicando oturismo na regio. Outra consequncia,ainda mais grave decorrente da instala-o dessas hidreltricas refere-se ao lagoformado pelo represamento, o qual iracarretar na perda da rea de mata nati-va, alm, claro, da consequente perda

    de hbitat para espcies restritasas margens do rio e riachos adja-centes. Os peixes, por sua vez,podem ter seu fluxo natural im-pedido pelo represamento do rio.Um dos fatores preocupantes aproliferao de algumas espciesem detrimento de outras, au-mentando a competio por re-cursos e levando algumas espci-es extino. H ainda algumasespcies que necessitam subir oleito do rio para desovar prxi-mas as nascentes, fenmeno co-nhecido como piracema, umexemplo o dourado, espciepresente no Rio Uruguai que estaameaado de extino. Com essanova barreira, muitos peixes noconseguiriam cumprir este percurso eem consequncia, correriam srios ris-cos de extino local ou mesmo na na-tureza.

    Apesar de o parque possuir uma rearelativamente grande, para espcies demaior porte h a necessidade de uma reamuito maior para que populaes vi-veis persistam a longo prazo no ambi-ente. Estima-se que a rea do parque con-siga suportar apenas trs indivduos

    adultos de ona-pintada, pois a deman-da de um animal carnvoro deste portepor territrio e alimentao elevada.Poucos indivduos no viabilizam a per-sistncia de uma populao porque avariabilidade gentica empobrecidalevando a populao extino local acurto prazo. A ocorrncia de tal espcieno parque possvel somente devido asua comunicao direta com outras re-as florestadas na Argentina atravs doRio Uruguai. Portanto, um aumento sig-nificativo na largura do rio nas imedia-es do parque dever afetar o desloca-mento desta e de outras espcies entre oPET e a Argentina, que a principalfonte de indivduos para a rea, j que

    pelo lado brasileiro o parque rodeadopor lavouras de soja e no lado argentinoexistem grandes reas florestadas.

    Discusses esto sendo realizadas pe-los prefeitos e demais autoridades pol-ticas da regio, mas nossa preocupao de que tomadores de decises cheguem concluso de que a construo dessasusinas sejam mais rentveis economica-mente para alguns municpios. Mas equanto ao habitat das espcies que de-

    pendem daquela rea para sobreviver?Qual o nosso papel como cidadosperante a atual situao?

    Mesmo que nos parea distante, esteno um problema apenas dos munic-pios daquela regio, que iro perder como turismo, mas sim de todos ns que ire-mos perder uma rea extremamente im-portante em termos de beleza natural econservao da natureza. Mais uma vezcabe a pergunta: at quando o meio am-biente vai pagar a conta de polticas ob-sessivas de expanso e desenvolvimento?Cabe a todos ns refletirmos se, ao finalde tudo isso, no estaremos fadados apagar um alto preo pelas atitudes toma-das pelos governantes que elegemos.

    Jonas SponchiadoMestre em Biodiversidade Animal,PPGBA - UFSMGeruza Leal MeloMestre em Ecologia e Conservao,PPGEC - UFMS

    Foto Arquivo Parque Estadual do Turvo

    Foto Google Imagens

    O Parque Estadual do Turvo o ltimo reduto deona-pintada no Estado. O acesso s possvelpelo deslocamento de indivduos entre a florestaadjacente na Argentina atravs do Rio Uruguai

    Salto do Yucum, maior queda longitudinal do mundo, no Parque Estadual do Turvo, RS

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    A Associao Rota Turstica e Gastronmica SantaMaria - Silveira Martins e a Associao de Veculos An-tigos de Santa Maria (Avasm) esto organizando umpasseio de carros antigos e exposio das mquinas. Oevento ser realizado em Silveira Martins no dia 17 deabril, com sada prevista de Santa Maria s 9h. A chega-da no municpio da Quarta Colnia est prevista paraas 10h, com desfile pelas ruas da cidade.

    A exposio ir ocorrer nas imediaes do Clube Agr-cola e Recreativo Silveira Martins, apoiador do evento.Ao meio-dia, haver um almoo no clube com reservasantecipadas pelo fone (55) 3224-1055.

    A Exposio ser aberta aos proprietrios de carrosantigos e at mesmo os no scios da Avasm podem par-ticipar. A inscrio pode ser feita atravs do [email protected] ou pelo fone (55) 9971-9201.

    Exposio ir apresentar carros antigos

    Integrantes da Avasm organizam o passeio junto com a Associao Rota Turstica e Gastronmica Santa Maria - Silveira Martins

    Notcias

    Foto Maiquel Rosauro

    > Marcelo Figueiredo

    Muitos produtores de arroz daQuarta Colnia j iniciaram acolheita em suas lavouras e al-guns ainda esto com as mquinas pron-tas esperando o gro amadurecer. Emgeral, a colheita comea no fim do msde maro ou no incio de abril. A regioCentral referncia na produo devidoao clima e o alto nmero de agricultoresque dividem as reas produtivas, poden-do assim buscar a mxima produo atra-vs de uma assistncia consistente. Po-rm, a lucratividade preocupa.

    Segundo a Emater, nos municpios daQuarta Colnia cada produtor de arrozrealiza o plantio em pequenas proprie-dades. A prtica aumenta o ndice deprodutividade devido a uma melhordedicao aos cuidados que a cultura doarroz necessita.

    O presidente do Instituto RioGrandense do Arroz (Irga), GuilhermeThom, lembra que a safra tem tudo para

    Alta produtividade e baixa

    lucratividade na orizicultura

    Regio referncia na produo de arrozdevido ao clima e as reas produtivas

    atingir um alto nvel de produtividade.Thom diz que a semeadura e a floraodo arroz tiveram suas necessidadesfavorecidas devido ao clima e em regiescomo a central, o tipo de manejo utili-zado pelos agricultores reduz os custose aumenta o ndice de produo.

    Conforme o chefe do Escritrio Mu-nicipal de Faxinal do Soturno, MateusDall Asta, o arroz colhido at o momen-to no municpio chega a 10 toneladaspor hectare. O aumento de 2.300 to-neladas em relao safra anterior.

    - O rendimento de gro inteiro emalgumas lavouras ultrapassa a 60% - afir-

    ma Dall Asta.No municpio de Agudo, a Emater

    tem a expectativa que a produo superea safra de 2008 e 2009 com boa mar-gem. Conforme o tcnico agrcola VitlioLuiz Lago, a produtividade da safra 2008/2009 foi de 8.007Kg/ha. A safra 2009/2010 foi de 5.440Kg/ha em Agudo.

    Lago salienta que o produtor de Agu-do vive com grande dificuldade. Neste

    momento de incio da colheita, algunsprodutores recorrem a emprstimos pes-soais para realizarem a colheita.

    - O custo de produo alto, por issodeve-se procurar baixar estes custos eobter uma alta produtividade, isto queo mercado atual nos mostra claramente- alerta Lago.

    O preo pago pelo produto ainda baixo. Em cooperativas da regio o valor

    pago pela saca ainda no ultrapassa osR$ 25,00.

    Preocupao ronda o setorO secretrio da Agricultura, Pecuria

    e Agronegcio do Rio Grande do Sul,Luiz Fernando Mainardi, discursou paracerca de 800 produtores de arroz no Diade Campo do IRGA em Cachoeirinha,em 9 de maro. Ele reforou a posiodo governador Tarso Genro que afirmaser parceiro dos produtores para pressio-nar o governo Federal na busca por me-lhores condies para o orizicultor. Po-rm, Mainardi se apresentou preocupa-do com a situao atual.

    - J formamos grupos de trabalhos nacmara setorial para, entre outras coi-sas, tratar o problema do Mercosul - re-latou Mainardi.

    O secretrio afirmou que as mudan-as para o setor devem acontecer lenta-mente, pois existe um conjunto de me-didas para permitir que o produtor te-nha renda e que possa competir no mer-cado internacional.

    Foto Maiquel Rosauro

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    Igreja So Roqueem reformas

    Notcias

    O principal templo de Faxinal do Soturno, a IgrejaSo Roque, est em reformas. As vigas que sustentamas paredes esto sendo reforadas. Logo aps, ser tro-cado todo o telhado por aluzinco. A obra tem o valortotal de R$ 340 mil e espera-se que seja concluda emsetembro ou outubro deste ano. Neste perodo, as mis-sas que eram realizadas na igreja esto sendo celebra-das no salo paroquial.

    Conforme o presidente do Conselho Paroquial, Jor-ge Rechia, j foram arrecadados cerca de R$ 100 mil.O dinheiro que ainda falta ser buscado junto a co-

    munidade e atravs de festas e almoos promovidospela parquia.- Se nossos antepassados conseguiram construir a

    greja, no possvel que a gente no consiga reformar- compara Rechia.

    A igreja So Roque foi construda entre 1937 e 1939.O engenheiro responsvel foi Joo Lapitz, o mesmoque construiu a Igreja Nossa Senhora das Dores, em

    Santa Maria.Seu interiorpossui pinturasdo artista n-gelo Lazzarini,que por coin-cidncia tam-bm produziuos afrescos da

    Igreja das Do-res.

    Fotos Maiquel Rosauro

    Sobrado mantm viva a

    cultura dos imigrantes

    Sobrado foi reformado de forma que mantivesse sua fachada original

    Um casaro de pedra e barroconstrudo em 1920 quase per-deu suas formas originais h trsanos, na Linha Trs, em Nova Palma. Oagricultor Mauri Batista Binotto, mo-rador da casa, pretendia fazer uma re-forma e desmanchar o segundo andar daresidncia, deixando o sobrado com ape-nas o andar trreo. Porm, ao consultara Prefeitura Municipal de Nova Palma

    Mauri, Maiara e Miriamconservam a residncia

    A 6 Feira Regional da Abbora ser realizada emIvor entre os dias 26 e 27 de maro. Os preparativospara o evento que ocorrer nas comunidades de LinhaSete e Chapado j iniciaram. Dezenas de alunos queparticipam do Projeto Turno Inverso Mos Dadas pelaEducao esto produzindo os adornos para a feira.

    Eles desenvolvem toda a sua criatividade com pin-cis, tintas e tecidos decorando abboras, morangas eporongos para representar a estrela principal da feira,

    a abbora. Durante a feira, ela tambm ser apresen-tada em forma de pudim, sorvete, doce em calda, bom-bom, tortelli, quibebe e outras gostosuras da Terra de

    Alberto Pasqualini.

    Um memorial compostopor uma esttua em tama-nho natural do pastorRichard Rudolf Brauer eduas placas foi inauguradona ltima quarta-feira, no

    jardim do Instituto Cultu-ral Brasileiro Alemo de

    Agudo (ICBAA). Na oca-sio, tambm foi aberta amostra permanente sobre a

    vida do pastor no MuseuHistrico do instituto. Aexposio ficar mostra atdezembro.

    - Ele foi um homem deconciliao, um grande l-der espiritual para trs ge-raes de Agudo - alega opresidente do ICBAA, Paulo Augusto Wilhelm.

    O pastor Bauer completaria 100 anos na quarta-feirapassada. Ele faleceu em 04 de fevereiro de 1998, com87 anos. A escultura foi ofertada pelas famlias Walter,Otmar, Nilo e Otmar Dickow em reconhecimento degratido pela atuao espiritual do homenageado. J omemorial uma obra conjunta da Igreja EvanglicaLuterana, ICBAA, Lions Clube de Agudo, AssociaoHospital Agudo e Escola D. Pedro II, entidades as quais

    o pastor se dedicou. A Prefeitura e a Cmara de Verea-dores tambm lhe prestam uma homenagem.

    sobre seus planos, ele reviu sua decisoe investiu em uma reforma que preser-vasse a fachada original.

    - Me convenci de que a casa faz partedo patrimnio histrico do municpio,mantendo sua originalidade eu ajudo acontar a histria da imigrao italiana -argumenta Binotto.

    O agricultor mora no local com aesposa Miriam Luci Bertoldo Binottoe com a filha, Maiara Binotto, 12 anos.Ele fez um financiamento para reali-zar as obras na casa. A lamentar ape-nas o fato do casaro continuar esquen-

    tando demais no segundo andar du-rante o vero.

    - E como esquenta. por causa dosol que bate direto - ressalta Miriam.

    A casa foi construda pelos tios deMiriam. No incio do sculo passadoeles possuam uma olaria em Linha Trse aproveitavam as sobras de materialpara fazer o belo casaro. Na proprie-dade ainda h uma parreira que possuimais de 100 anos.

    O sobrado destaca-se por ter pou-cas e grandes peas. No segundo an-

    dar, h apenas quatro quartos. As gran-des janelas tambm mantm a origi-nalidade, com um sistema que nopermite que elas batam com o vento

    forte e quebrem algum vidro. A nicamudana na fachada a cor da pintu-ra, a nova tonalidade foi escolhida emconsenso pela famlia.

    Pastor Bauerrecebe homenagem

    Preparativos paraFeira Regional da

    Abbora j iniciaram

    Obras no interior da igreja

    Pastor completaria 100anos de idade naquarta-feira passada.Ele faleceu em 1998

    Foto Divulgao

    Foto Prefeitura de Ivor

    Crianas produzem adornos para a feira