Caderno Quarta Colônia - Edição 226

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    Informe ComercialSexta-feira, 15 de abril de 2011 1

    Informe Comercial15 de Abril de 2011 Edio 226

    Informe Comercial15 de Abril de 2011 Edio 226

    Pgina 3Pgina 3

    Receita Aprenda a fazer Nego Cansado

    Pgina 2

    GastronomiaMostra foium sucesso

    Pgina 7

    CrnicaLendas deIvor

    Pgina 2

    Entrevista Jorge Zacarias falasobre o Prodesus

    Pgina 6

    F o t o M a i q u e l

    R o s a u r o

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    Informe ComercialSexta-feira, 15 de abril de 20112

    Em Ivor, como em qualquer outrocanto deste planeta dos homens,acontecem pequenos fatos corri-queiros que, processados pela frtil ati-vidade da lngua inquieta a servio dafantasia colorida, viram lenda, marcadapelo exagero e pela irrealidade.

    H uns 5 anos, a esttua do PadroeiroSo Jos, existente no frontispcio da Igre- ja Matriz, de repente veio abaixo e seestatelou em mil pedaos, sem vtimas alamentar, felizmente. No bojo da esttuaandavam aninhadas abelhas africanas, comalguns favinhos de mel para o gasto do-mstico, mel que se esparramou pelo cho.O mel na esttua de So Jos comeou aexcitar a fantasia do povo. O mel, que noincio era s uma colherada, passou a umatijelinha e, com a histria contada erecontada, chegou a um balde, uma latade 20 quilos, vrias latas. Mel que foi ven-dido, mel que toda a Ivor passou no po,durante meses. Muita gente guarda aindaescondido esse mel. Um milagre de So Jos, de parceria com Santa Rita.

    Nos tempos hericos, dcada de 30,era moda subir o Monte Grapa e l reali-zar festas. Levavam-se bebidas, fazia-sechurrasco no topo do monte Everest deIvor. Hoje se conta que levaram at ca-nho de carbureto l para cima. Umnegro forudo carregou um saco de ci-mento de 60 quilos nas costas, sem des-cansar durante a longa e ngreme escala-da. Daqui a pouco, vo dizer que at jipesubiu ao Monte Grapa. Na verdade o que certo a respeito do Monte Grapa oque afirma o velho Tio Angelo Quatrin:O Monte Grapa nunca saiu do lugar.

    Monsenhor Busato tinha o costumesaudvel de visitar as escolas s segundas-feiras, a fim de testar os conhecimentos deReligio dos alunos. Indagava dos meni-nos qual havia sido o Evangelho lido naigreja no ltimo domingo. Certa feita,como um menino demorava na resposta,Monsenhor pegou em seus cabelos eria-dos e lhe sacudiu levemente a cabea,como para lhe avivar a memria. J no diaseguinte, correu voz de que o Monsehor

    havia puxado violentamente os cabarrancando um chumao ou suspenddo-o pelos cabelos. Daqui a pouco vzer que o menino foi dependurado nolho de rvore, pelos cabelos. Quem cum conto, acrescenta um ponto.

    Com o inventrio de Joanin Zancaconteceu coisa parecidade. JoaZancan realmente andava preocupadocausa de uma herana de terras depai, que teriam sido tomadas por desdentes do general Firmino de PaulaCruz Alta, e consultou um advoga Acabou-se dizendo que no havia dgado em Jlio de Castilhos e Santa ria, e mesmo em Porto Alegre, que tivesse sido consultado a respeito.

    Emlio Moreira, outra ivorense de dosa memria, era conhecido como pessoa que gostava muito de uva. Anada demais. Mas os boatos foramgrossando de tal forma que, pela ltverso, ele seria capaz de devorar deassentada com casca, gro e tudo, ade um parreiral de um hectare plantEra prefervel que casse uma chuvgranizo grosso do que passasse o Epor um parreiral. Como se v, a veiamorstica do ivorense das fortes.

    Lendas parecidas se formaram a peito da falta de higiene da fulanopreguia de sicrano, ou do relaxamdo beltrano. Ou das pernas comprido Chico Moro.

    Mas, qual a lenda dos binculosMonsenhor? Os binculos existiram eda existem em Ivor. Monsenhor os ucom freqncia, mas no com excluside, pois os emprestava a quem quisapreciar panoramas longnquos, at dodo Monte Grapa. Mas hoje se conta alguns colonos tinham respeito enopelo Monsenhor, por causa dos binlos. Consideravam-no um santo, umdente, milagroso, porque mostrava studo o que acontecia em suas lavourque Monsenhor assestava seus binde algum ponto alto, da torre at, e cisso tinham uma viso mais prxima ra dos acontecimentos distncia.

    O tango e a gastronomia

    Da Redao

    Humberto Didonet , Jornalista

    Os Binculos do Mosenhore outras lendas

    Dois importantes eventos ocorreram no final de semana passado na QuartaColnia. Em Silveira Martins, o Restaurante Val de Buia mais uma vez rece-beu a Noite de Tango. O evento que est em sua quinta temporada teve casacheia na noite de sbado e contou com a presena de artistas vindos direta-mente de Buenos Aires. Um espetculo nico que cada vez mais vem se conso-lidando na regio.

    J em Agudo, ocorreu a 5 Mostra Gastronmica da Quarta Colnia. Oevento contou com a participao de diversos empreendedores do ramo queatuam na regio. O bom pblico proveniente de diversos municpios ajudou adivulgar os produtos expostos e certamente ir auxiliar em futuros negcios.

    Boa leitura Maiquel Rosauro, jornalista

    Este informe comercial circula encartado nos jornais Dirio de Santa Maria e Zero Hora em 37cidades do Centro de Distribuio de Santa Maria e Centro de Porto Alegre.Escritrio RBS Jornais Santa Maria

    Avenida Maurcio Sirotsky Sobrinho, 25, Bairro Patronato. Telefone (55) 3220-1844. Santa Maria-RSGerente comercial: Ronaldo Carvalho - e-mail: [email protected] Produo: Plano Comunicao Ltda e departamento comercial dos jornais Dirio de Santa Maria eZero Hora Planejamento e marketing: Deane Falco - e-mail: [email protected] Contato comercial: (55) 3220-1824

    Jornalista responsvel: Maiquel Rosauro (MTb/RS 13334). Contato pelo fone (55) 96811384 ou peloe-mail [email protected] grfico/diagramao/arte final: Andr Machado FortesFoto da Capa: Maiquel Rosauro

    Expediente

    Nego Cansado Foto Divulgao

    Envie ou pea uma receita tpica da Quarta Colnia voc tambm.Entre em contato atravs do e-mail [email protected].

    Ingredientes4 ovos inteiros3 xcaras de acar 4 xcaras de leite2 colheres (sopa) de margarina 1 xcaras de farinha de milho2 colheres de sopa de farinha de

    trigo150g de coco ralado1 colher (sopa) de fermento em p

    bem cheia Margarina e trigo para untar a forma

    Modo de Preparo- Bata tudo no liquidificador;

    - Unte com a margarina uma forma redonda mdia e com um furo nomeio. Depois, polvilhe com trigo.Coloque a massa na forma e leve para

    Envie uma crnica sobre a Quarta Colnia voc tambm. Os textos devem ter entre 20 e25 linhas. Junto ao texto, mande seu nome completo, nmero de identidade e telefone para contato. As crnicas devem ser enviadas para o e-mail [email protected].

    A imagem desta ediofoi enviada pela leitora JliaViana da Cunha, de SantaMaria. A foto foi registra-da no porto de DonaFrancisca.

    Mande voc tambm asua imagem dos belos lu-gares da Quarta Colnia.

    assar em forno mdio, previamenteaquecido por 10 minutos;- Para saber se est assado espete a ponta de uma faa ou um palito. Se este

    sair limpo est pronto.

    A receita foi enviada pela leitora Lidiane Moreira , de Santa Maria.

    Foto Jlia Viana da Cunha / Arquivo Pessoal

    Dona Francisca

    Envie sua foto !Envie a fotografia para o e-

    mail [email protected] seu nome completo, n-mero de identidade, cidadeem que reside, telefone para contato e uma breve descri-o da foto.

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    Notcias

    > Maiquel Rosauro

    A alma portenha deslumbrou osolhares dos visitantes quelotaram o Restaurante Val de

    Buia, em Silveira Martins, no sbadopassado. A Noite de Tango, evento or-ganizado pela bailarina Astrid Balsellsque j est em sua quinta temporada,trouxe artistas de Buenos Aires para darum show e ensinar tango.

    A noite iniciou com uma aula coman-dada por Astrid e pelo bailarino MatiasRoldan. Cerca de 20 casais arriscaramos primeiros passos enquanto se diverti-am com a experincia. Com calma, osdois professores davam dicas de como semovimentar e a maneira de sentir amsica. Muitas vezes os participanteseram convidados a fechar os olhos e focarsua ateno apenas na cano de fundoe no corpo de seu par.

    Apesar do tango no fazer parte dacultura verde e amarela, Roldan afirmaque mais fcil ensinar os brasileiros adanar tango do que aos argentinos. Se-gundo ele, o diferencial est na espon-taneidade.

    Uma noite portenha no Val de Buia- O brasileiro mais animado e tem

    mais gosto pela msica. J o argentino mais reticente - compara.

    Esta foi a primeira vez que VirgniaRodriques e Lucas Colusso, de SantaMaria, danaram tango. Para eles, a ex-perincia foi nica.

    - Foi fantstico, aprendemos muito -argumentou Virgnia.

    J o casal Henrique Lucio Quincozese Zelina Munhoz, de Dom Pedrito, dizque o tango apaixonante. Eles no cos-tumam perder um evento do gnero emSilveira Martins e at j promoveram aNoite de Tango no municpio em queresidem.

    - Depois que voc aprende a entrar noritmo e sentir a msica, voc sai danan-do. O tango mexe muito com a sensibili-dade, pois voc no conversa com o par-ceiro de dana - argumenta Zelina.

    Segundo Zelina, o tango pode inclu-sive resolver problemas conjugais.

    - s vezes, quando estamos brabos umcom o outro, danamos um tango e nosacalmamos para resolver o problema. Aodanar o tango h um dilogo em siln-cio, o casal se comunica sem falar - ex-plica Zelina.

    Aps a aula, show comartistas argentinos

    Terminada a aula, o tpico jantar ita-liano do Restaurante Val de Buia foi ser-vido. Aps o pblico se deliciar com atbua de frios, a sopa de agnolini, as mas-sas e outras delcias, teve incio o showcom os artistas portenhos. Uma orques-tra de tango, com piano, bandonen,contrabaixo e violino iniciou o espet-culo.

    Em seguida, os cantores DiegoHernn e Cintina Torrano deram voz sbelas canes castelhanas. Entra uma eoutra cano, Astrid e Roldan danavamcom maestria.

    Aps a apresentao, o pblico foiconvidado a invadir o salo. Tango e can-es populares animaram o arrasta p quese estendeu pela madrugada.

    Fotos Maiquel Rosauro

    Matias Roldan e Astrid Balsells deramum show aps o jantar tpico italiano

    Orquestra vinda de Buenos Aires animou a noite

    Henrique Lucio Quincozes e Zelina

    Munhoz so apaixonados pela dana

    Casais aprenderam os primeiros passos de tango em evento noRestaurante Val de Buia

    Lucas Colusso e Virgina Rodriguesnunca haviam praticado tango

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    Em Foco

    Ivor A Linha Sete, em Ivor, recebeu a Festa Regional da Abbora no dia 27

    de maro. Mesmo com o dia chuvoso e o barro nas estradas de acesso, cen-tenas de visitantes marcaram presena no evento.

    Fotos Maiquel Rosauro

    > Priscila Simonetto eLoivo Alves

    > Marilene Filipine Reni Zorzi

    > Luis Marostega e Maria Elena Marostega

    > Jos Felin eNilza Prestes Felin

    > Gean Carlos Felin e Fabiana Felin

    > Albertina Carnelutti e Joliva Dall Ongaro

    > Luci Ferigolo Dalmolin

    > Diogo Zancan

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    Thaynara Luiza e Cristiane Pereira

    Na Balada

    AgudoVeja mais fotos em www.sitezoom.net

    F otos V a g ner Mar ti ns / w w w .si te z oom.net

    A programao fornecida pelas prefeituras municipais e instituies promoto-ras. Qualquer alterao no de responsabilidade do Caderno Quarta Colnia.

    Agenda

    Foto Naion Curcino / Prefeitura de Restinga Sca

    Envie sua foto !Envie sua foto !

    Envie a fotografia para o [email protected] com seu nome com-pleto, nmero de identidade, cidade em quereside e telefone.

    Nova PalmaTorneio de Futsal

    Quando: Sbado (16 de abril)Onde: Vila CruzHorrio: 13hInformaes: (55) 9925-0309Promoo: Grupo de Jovens eConselho Paroquial

    Ch da OASEQuando: Domingo (17 de abril)Onde: Caembor Horrio: 13hInformaes: (55) 9922-0038Promoo: Grupo da OASE

    AgudoEncontro de Famlias

    Quando: Sbado (16 de abril)Onde: Cascata RaddatzHorrio: 09h

    Jantar DananteQuando: Sbado (16 de abril)Onde: Clube CentenrioHorrio: 20h

    Atrao: Banda Novo Rumo

    Olimpada da AjuraQuando: Domingo (17 de abril)Onde: Ajura Horrio: 8h

    Encontro de IdososQuando: Domingo (17 de abril)Horrio: 14h30minOnde: Centro ComunitrioLuterano

    Promoo: IECLB de AgudoRestinga ScaInterseleo de Futsal

    Masculino - Trofu Heitorda Silva Lemos

    Quando: Domingo (17 de abril)Horrio: 9hOnde: Ginsio de Esportes Ro-mano Cantarelli

    Silveira MartinsFil Italiano

    Quando: Hoje (15 de abril)Onde: Clube Agrcola Recreati-

    vo Silveira MartinsHorrio: 20h

    Atrao: Coral Nonno Modes- to e Fisaorchestra Veneta Observao: levar um prato dedoce ou salgado

    Desfile e Exposio deCarros Antigos

    Quando: Domingo (17 de abril)Horrio: 9h - partida dos car-ros em Santa Maria; 10h - che-

    gada em Silveira Martins; 12h -almoo no Clube Agrcola e Re-creativo Silveira Martins (reser-

    vas para o almoo pelo fone(55) 3224-1055)Promoo: Associao de Ve-

    culos Antigos de Santa Maria (AVASM) e Associao Rota Tu-rstica e Gastronmica Santa Maria-Silveira Martins

    Pscoa SolidriaQuando: Quarta-feira (20 deabril)Horrio: 14hOnde: Salo Paroquial

    Atrao: Teatro VagaMundo

    Dona FranciscaFeira do Peixe

    Quando: Quinta-feira (21 deabril)

    Horrio: 8hPromoo: Secretaria Municipalda Agricultura e Meio Ambiente

    Missa Padre Manoel eCoroinha Adlio Daronch

    Quando: Quinta-feira (21 deabril)Horrio: 18hLocal: Igreja Matriz So JosPromoo: Igreja Catlica

    A prendinha restinguense AlanaRockembach fez bonito em Santo Augusto.

    A guria, representante do C.T.G. Laos de Amizade, de Vila Rosa, ficou em segundolugar na prova Vaca Parada Prendinha, na23 Festa Campeira do Rio Grande do Sul(Fecars), realizado em 27 de maro. O even-to organizado pelo MTG reuniu mais de 30regies tradicionalistas do Estado.

    Helen Schroer e Kelli Cristina Weise

    Francine Friedrich e Nataline Almeida

    Fernanda Bock e Catiesca Prochnow Paul

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    Condesus

    Hoje temos os prefeitos unidos

    e o nome Quarta Colnia forteO

    engenheiro agrnomo esupervisor regional daEmater, Jorge AndrDornelles Zacarias, 57anos, fez parte da comis-

    so que montou o Projeto de Desenvol-vimento Sustentvel da Quarta Colnia(Prodesus) h 15 anos. Na poca, ele erao chefe do escritrio da Emater deFaxinal do Soturno.

    Caderno Quarta Colnia - Como osenhor conheceu o Prodesus?

    Jorge Zacarias - Foi atravs do JosItaqui (ex-secretrio de Cultura deSilveira Martins, que originou o projeto,e atual secretrio executivo do Condesus).O Prodesus teve origem em uma verbade um programa de execuo descentra-lizada e veio atravs de uma reunio coma prefeita Valcerina (de So Joo doPolsine). Na poca, o programa tinha adisposio R$ 5 milhes para a execuode projetos. Foi lanado um desafio parans. No incio, eu era o coordenador emontamos uma equipe que tinha almde mim, o Itaqui, o Claudio Fioreze e oValcenir Giovelli. Ns trabalhamos pra-ticamente um ano e pouco em cima des-se projeto. Tnhamos como base um pro-

    jeto patrimonial na Quarta Colnia quea Anglica Villagrn, ento esposa doItaqui, vinha executando. Ento, agre-gamos o turismo, agricultura, pecuriae desenvolvimento. Ns queramos ins-talar uma nova matriz produtiva naQuarta Colnia e tambm resgatar acultura italiana da regio. Da se fez esseprojeto e dentro de um ano e pouco elefoi aprovado. Muita coisa foi cortada,mesmo assim se iniciou o trabalho.

    QC - Qual era a sua funo na co-misso?

    Zacarias - Eu e o Fioreze ficamos coma parte de agricultura familiar, a matrizprodutiva relativa s culturas eagroindstrias. O Giovelli ficou com aparte florestal e ambiental porque ele

    tem um conhecimento muito grandenessa rea. O Itaqui entrou na parte deturismo e ns inclumos alguma coisado trabalho da Anglica. A partir disso,ns formamos todo o corpo do projeto.

    QC - Teve alguma ideia sua em espe-cial que o senhor inseriu no projeto?

    Zacarias - No. A nossa principalideia em termos da agricultura era agre-gar valor. Nas pequenas propriedades,a nossa ideia era buscar a melhoria atra-vs do menor uso de agrotxicos e fazeruma transio agroecolgica. Ns tam-bm queramos agregar valor s cultu-ras de subsistncia e valorizar a fruti-cultura. Infelizmente, isso no foi pos-svel. Podemos dizer que as agroinds-trias praticamente tiveram incio naque-la poca. Elas vinham se desenvolven-do bem, mas esbarraram na burocraciada legalizao. Ainda hoje h uma bu-rocracia enorme.

    QC - Quais os benefcios que oCondesus trouxe?

    Zacarias - Ns comeamos a traba-lhar a psicultura, a fruticultura e de-pois entrou a olericultura. Comea-mos a ter um conhecimento bem

    maior em agroecologia e esta foi pra-ticamente a base para iniciarmos o tra-balho agroecolgico. Comeamos v-rios cursos, investimos na qualifica-o de profissionais e iniciamos algu-mas associaes.

    QC - Qual a principal avano con-quistado?

    Zacarias - O Prodesus foi uma gran-de ideia que deu origem sagroindstrias que temos hoje. Fizemosmuitas melhorias em algumas comuni-dades, principalmente na parte tursti-ca, que envolve a gastronomia. Mas aprincipal realizao foi mesmo a uniodas prefeituras na formao doConsedus. Hoje, os prefeitos buscam asreivindicaes das comunidades em con-

    junto. Nosso maior ganho foi po-ltico porque hoje temos os pre-feitos unidos e o nome QuartaColnia forte.

    QC - Qual a cultura mais sig-nificativa que o Prodesus im-plantou na Quarta Colnia?

    Zacarias - O gado leiteiro foio que mais se expandiu. Hoje,todos os municpios esto reto-mando e o gado leiteiro est en-trando cada vez mais forte gra-as ao investimento no manejo.

    A produo econmica e nes-sa base que estamos trabalhan-

    do. Tambm h bons trabalhos na fru-ticultura. Porm, na fruticultura o nos-so problema mercado. Tem muitaspessoas que iniciaram na poca e no se

    deram bem com a comercializao. Atu-almente, h alguns produtores que es-to conseguindo vencer essa barreira.Tambm destaco os sucos que ns nemimaginvamos que poderamos ter e al-guns pomares ecolgicos.

    QC - Passados 15 anos, como o se-nhor v a atuao do Condesus hoje?

    Zacarias - Depois que implantamoso Prodesus, ns nos desconectamos. OItaqui seguiu o projeto sozinho e nsda Emater e o Giovelli nos afastamos.O Condesus foi o grande ganho quetivemos, mas o que ns pretendamosmesmo ainda estamos remando paraconseguir, que so as melhorias nas co-munidades rurais. O nosso afastamen-to quebrou a ideia inicial de ficarmosno Condesus e montarmos umconselho em que vrias pessoas par-ticipassem, trouxessem ideias e fizes-sem a coisa funcionar.

    QC - Por que a Emater se afastou doCondesus?

    Zacarias - Sinceramente, no sei. A Emater simplesmente se afastou. Hoje,a Emater, quer queira ou no, tem maisramificao dentro dos municpios eatende todas as comunidades, mas estfora do Condesus. Com o afastamentono houve praticamente a continuida-

    de do trabalho de base. Muitas coisasboas foram feitas e temos que retomar.

    Foto Maiquel Rosauro

    Hoje, o que vemos o Condesus tante das outras entidades. S sobo Itaqui, que uma pessoa super iligente, mas est s. Ele t

    consultorias de universidades, os ediosos vm e fazem um bom trabamas vo embora e deixam o povo virar sozinho. Tem algum que predar continuidade a este trabalhoQuarta Colnia.

    QC - Ento, na sua opinio, falta al-gum que de assessoria 24 horas aosprodutores?

    Zacarias - Exatamente, falta esse mde campo. No adianta ns termoItaqui l sozinho com as suas granideias, isso fcil fazer, a ideia dsenvolvimento fcil ter. O problemcolocar ela em prtica, envolver a conidade e fazer ela realizar, porque amunidade precisa ter a confiana,que vivel e se dispor a trabalhar, o difcil. Muitas ideias boas morporque no envolvem realmente amunidade.

    QC - Como solucionar este pro-blema?

    Zacarias - preciso reunir as endades e debater. Eu no souCondesus, o Condesus somos todosda Quarta Colnia. Mas hoje a entide rene os prefeitos, o Itaqui e ngum mais. O Itaqui traz consultorias de universidades, os edantes participam e vo embora.

    contraponto de no conseguir maistegrar com a comunidade.

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    Notcias

    Sucesso de pblico e de vendas, as-sim foi a 5 Mostra Gastronmicada Quarta Colnia. O evento foi re-

    alizado no final de semana passado, noCentro Desportivo Municipal de Agu-do. Entre as delcias apresentadas, haviapratos como panquecas, nhoque, bife milanesa, lingia, cucas e muito mais.

    De acordo com o expositor Celito RoesDalmolin, do Restaurante La Sorella, deSilveira Martins, a participao no even-to importante para apresentar seus pra-tos para um grande pblico. Segundo ele,que j participou das outras edies, comum os clientes visitarem o evento edepois irem conhecer o seu restaurante.

    Opinio semelhante tem o expositorSolon Luiz Moro, do Balnerio Recantodo Moinho, de Ivor. a quinta vez queele participa do evento, o qual j lhe trou-xe muitos benefcios.

    - O objetivo principal da mostra di-vulgar os produtos e o nosso balnerio.Muitas pessoas no sabem que ns tra-balhamos l o ano todo e temos pratostpicos - relata Moro.

    Alguns expositores vieram de longepara mostrar seus produtos. o caso dePaula Anglica Rorato, que veio deBlumenau, Santa Catarina, exclusiva-

    Passeio de carros antigos neste final de semana Foto Divulgao / Clube Agrcola

    A gastronomia fez sucessoFotos Maiquel Rosauro

    A Associao de Veculos Antigos de Santa Maria(AVASM) promove neste domingo um desfile e exposiode carros antigos. O evento inicia em Santa Maria, compartida dos carros s 9h; chegada em Silveira Martins pre-vista para as 10h, com desfile pelas ruas da cidade; seguidopela exposio dos carros em frente ao Clube Agrcola eRecreativo Silveira Martins.

    Ao meio-dia, haver almoo no clube. Os interessadosdevem fazer reservas pelo fone (55) 3224-1055. Quempossui carro antigo tambm pode participar da exposio,mesmo sem ser scio da AVASM. Informaes com JoeBeltrame, pelo fone (55) 9971-9201. O desfile uma pro-moo conjunta da AVASM com a Associao Rota Turs-tica e Gastronmica Santa Maria-Silveira Martins.

    A Prefeitura de Restinga Seca esnalizando o Livro das PersonalidaFaro parte da obra os restinguensestres que emprestam seus nomes plogradouros do municpio. Para conco trabalho, a Secretaria de Cultura cessita de ajuda de familiares e condos de alguns personagens do livrocarecem de informaes.

    Os interessados em ajudar podentrar em contato com a PrefeitMunicipal, na Rua Moiss Cantar368, na Secretaria de Cultura, ou pfone (55) 3261-3200, ramal 223. V

    no quadro os nomes de logradouros biografia ainda incompleta.

    Ajude a contar ahistria das

    personalidades

    restinguenses

    Necessitam de informaes

    - Adelino Roso;- Adolfo Finger;- Albano Stumpf;- Albino Medeiros;- Alexandre Paiva;- Armando Alberto Gerke;- Carlos Becker;- Carlos Holszchuch;- Ccero Meyer;- Ervino Borchardt;

    - Felipe Giuliani;- Francisco Giuliani;- Francisco Simon;- Henrique Herzer;- Jos Milanesi;- Leonor Pires de Macedo;- Manuel Albino Carvalho;- Marcelo Gama;- Mariante Rodrigues da Silveira;- Martimiano Resende de Souza;- Obaldo Rosa;- Olmiro Cavalheiro;- Reinaldo Prade;- Prof. Adalberto Egon Schimitz.

    Passeio entre Santa Maria e Silveira Martinsseguido por uma exposio faro parte do evento

    mente para trabalhar no estande do Res-taurante Romilda, de Vale Vneto, dis-trito de So Joo do Polsine.

    - A me me ligou e disse que precisa-va da minha ajuda aqui na mostra - ex-plica Paula, que ainda contava com a aju-da de seu irmo Emerson Rorato.

    Mas no eram apenas delciasgastronmicas que estavam expostas. Opblico ainda pode conferir exposiode artesanato e de paisagismo.

    5 Mostra Gastronmica da Quarta Colnia reuniu um bom pblico no Centro Desportivo Municipal de Agudo

    Anglica Roratoapresentou o

    nhoquerecheado com

    queijo provolone e

    molho desalame

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    Notcias

    Agricultura

    sustentvel uma obrigao

    > Marcelo Figueiredo

    A reduo de custos de processosprodutivos na poca atual mais doque uma necessidade, se tornouuma obrigao. Um processo produtivode sucesso passou a ser resultado de umaequao em que o lucro apenas umadas condies de manuteno da ativi-dade empresarial saudvel. No mercadoatual do arroz, o alto custo de produoprovocado por vcios capitalistas trouxepara o pequeno agricultor algumas me-tas organizacionais para garantir alucratividade, mesmo com os altos ebaixos da economia.

    Conforme o agrnomo Carlos Zeriff,

    o setor agroempresarial vem demons-trando que aprendeu a lio e est mos-trando um aumento gradativo de pro-duo e garantia de supervit da balan-a comercial. Para Zeriff, o pequeno pro-dutor de arroz pode ser competitivo,independente de subsdios como ocor-reu at o final dos anos 80, no sculopassado.

    A Quarta Colnia uma regio pro-pcia, geogrfica e economicamente, paraa produo do arroz. O pequeno pro-dutor de arroz Geraldo Braga, de DonaFrancisca, relata que a partir do momen-to que adotou o sistema plantio diretoem arroz irrigado, em 1983, e um ma-nejo integrado de pragas, chegou a re-sultados que se alinham com o conceitode agricultura sustentvel.

    - Posso afirmar isto porque o ndicede produtividade se manteve nos pata-mares mdios da regio, mas diminude forma radical a utilizao de insetici-das e fungicidas ao ponto, de nas lti-mas nove safras, desde o ano 1993, noaplicar uma gota sequer destes produtos- afirmou Braga.

    Na propriedade de Braga, a quanti-dade de ingrediente ativo por rea deherbicida foi reduzida a menos de 50%do que era utilizado anteriormente. Oagricultor lembra que, todos estes argu-mentos contribuem para que o sistemade produo tenha tendncia de ser eco-logicamente equilibrado e competir como mercado.

    O sistema de plantio direto diminuiinstantaneamente a partir de sua ado-o o consumo de energia fssil de umacultura. A manuteno de restos cultu-rais sobre a superfcie do solo contribuipara diminuir a quantidade de carbonolivre na atmosfera.

    Para as safras atuais, tcnicas de ma-nejo que qualificam a produo e dimi-nuem os custos viabilizam a continui-dade de produo dos pequenos agricul-tores da Quarta Colnia.

    Segundo o tcnico agrcola, AndrFortes, cada vez mais o agricultor pro-cura assistncia tcnica para gastar me-nos ao produzir. O tcnico afirma que,s vivel produzir arroz em pequenaspropriedades se os custos forem cuida-dosamente controlados.

    Alto custo de produo do arroz obriga o produtor a se tornar mais competitivo

    O Dia Mundial da Sade foi comemo-rado em 7 de abril. Para marcar a data, aSecretaria Municipal da Sade de Faxinaldo Soturno realizou diversas atividades naPraa Vicente Pallotti com o tema Com-bate ao uso irracional dos antibiticos.

    Durante toda a manh uma equipede profissionais do Posto de Sade reali-zou diversos tipos de exames, como o daglicose e verificao da presso arterial.Quem tambm participou das ativida-des foram os agentes comunitrios dasade e a Brigada Militar, que realiza-ram um pedgio no qual foram distri-budos folders com orientaes sobre ouso indiscriminado de medicamentos.

    Segundo a Organizao Mundial daSade (OMS) as bactrias, vrus, fun-gos ou parasitas se tornam resistentes aosantibiticos devido ao mau uso dos re-mdios ou o abandono do tratamentoprescrito pelo mdico.

    Para a enfermeira responsvel pelo

    Profissionais combateram ouso irracional dos antibiticos

    Foram realizados mais de 500atendimentos na Praa Vicente Pallotti

    Foto Norton Avila / Prefeitura de Faxinal do Soturno

    Posto de Sade do municpio, LiMoro, a automedicao um dos pcipais fatores para este problema.

    - A automedicao pode fazer comas bactrias fiquem resistentes, podeem certos casos, ficar sem efeito emversos tipos de tratamentos como, exemplo, o da tuberculose, da malrio controle do HIV - explica Liana.

    Foto Marcelo Figueiredo

    A Prefeitura de Restinga Sca abriunovo processo de licitao para a Casada Quarta Colnia. No primeiro pro-cesso realizado entre fevereiro e marono houve interessados em administraro empreendimento.

    Processo de licitao da CasaQuarta Colnia reaberto

    A estrutura de 267,86 metros qdrados foi erguida pelo Consrcio desenvolvimento Sustentvel da QuColnia (Condesus) com recursosMinistrio do Desenvolvimento Agrno intuito de explorar o potencial tutico/gastronmico da regio. A casa junto ao trevo da comunidade de Sturio, na RSC 287.

    O valor mnimo mensal pago paraplorar o imvel de R$ 2 mil com cacia de trs meses. Do 4 ao 12 ms cobrado 50% do valor proposto, do ao 18, a taxa sobe para 75%. Os intesados podem apresentar uma proposto dia 5 de maio, s 15h. O edital podeacessado na sala 14 da Prefeitura ousite www.restingaseca.rs.gov.br.

    Foto Prefeitura de Restinga Sca

    Propostas para

    explorar aCasa

    devem serentregues

    at 5 demaio