14
04/04/2016 Transferência: art. 128 do CTN. Transladação da sujeição passiva para não contribuinte em razão de fato posterior ao surgimento da obrigação. 1) Inadimplência 2) Infração à lei contrato social ou estatuto? Deve ser imposto ao responsável = prestação exigível do contribuinte. Sujeição passiva no direito tributário. A responsabilidade por transferência, comporta: solidariedade, subsidiariedade e pessoal. Será o sujeito passivo solidária com o contribuinte; subsidiário com o contribuinte; pessoal com o contribuinte. Cada hipótese se encaixa em uma dessas situações. A responsabilidade por transferência pode ser por: sucessão; terceiros e sócio gerentes. - Responsabilidade solidária : mais de um devedor solidário por uma mesma dívida. Quando eu tenho mais de uma pessoa praticando o fato gerador eu tenho um consórcio. Eu tenho um contribuinte responsável pelo pagamento de tributo. Como existe a solidariedade entre o contribuinte e o responsável. A responsabilidade é solidária do responsável por transferência. A Fazenda Pública pode exigir de qualquer um dos responsáveis a integralidade do pagamento,

caderno1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Caderno de direito tributário 2016

Citation preview

Page 1: caderno1

04/04/2016

Transferência: art. 128 do CTN.

Transladação da sujeição passiva para não contribuinte em razão de fato posterior

ao surgimento da obrigação.

1) Inadimplência

2) Infração à lei contrato social ou estatuto?

Deve ser imposto ao responsável = prestação exigível do contribuinte.

Sujeição passiva no direito tributário.

A responsabilidade por transferência, comporta: solidariedade, subsidiariedade e

pessoal. Será o sujeito passivo solidária com o contribuinte; subsidiário com o

contribuinte; pessoal com o contribuinte. Cada hipótese se encaixa em uma dessas

situações.

A responsabilidade por transferência pode ser por: sucessão; terceiros e sócio

gerentes.

- Responsabilidade solidária: mais de um devedor solidário por uma mesma dívida.

Quando eu tenho mais de uma pessoa praticando o fato gerador eu tenho um

consórcio. Eu tenho um contribuinte responsável pelo pagamento de tributo. Como

existe a solidariedade entre o contribuinte e o responsável. A responsabilidade é

solidária do responsável por transferência. A Fazenda Pública pode exigir de

qualquer um dos responsáveis a integralidade do pagamento, e o pagamento de

um aproveita os demais, (mesma coisa que vimos no direito civil). Não existe

benefício de ordem na solidariedade. A fazenda pode exigir de um ou de outro o

pagamento do tributo. Ex. sujeito comprou o imóvel e não pagou um imposto.

Houve o dever do tabelião pagar o tributo, ele deve responder conjuntamente com

o contribuinte. É mais fácil pro fisco alcançar o patrimônio do tabelião (numa

hipótese em que o mesmo é milionário).

- Responsabilidade subsidiária: Na subsidiariedade existe benefício de ordem

(contribuinte depois eu responsável. O responsável para pedir que seja observada

Page 2: caderno1

a ordem). Normalmente, o responsável evoca a subsidiariedade para não pagar o

tributo primeiro. Na subsidiariedade o terceiro é responsável somente se o

devedor original não pagar a obrigação.

Solidariedade -> não existe benefício de ordem. O fisco não fica adstrito a uma

ordem de preferencia e pode agir de modo discricionário contra o contribuinte ou

responsável solidário. Apenas o interesse comum autoriza a aplicação da

solidariedade. Prevista no art. 124 I. Pessoas que tenham interesse comum

(pessoas que praticaram conjuntamente o fato gerador, como os contribuintes em

consórcio) na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; II.

Pessoas expressamente designadas por lei.

Subsidiariedade -> existe benefício de ordem.

- Responsabilidade por sucessão: relação jurídica que passa do predecessor ao

adquirente do direito. Art. 130 ao 133 do CTN. Ex. aquisição de estabelecimento

comercial com débitos tributários.

Sucessão imobiliária: compra e venda de bens imóveis (responsabilidade solidária

entre o adquirente e o transmitente). Quando eu compro um imóvel eu comprador

preciso fiscalizar o vendedor (administração de desincumbe da sua função de

fiscalização para diminuir o tamanho da máquina estatal). O próprio contribuinte

desempenha uma função de “auditor fiscal”. Quando eu compro o imóvel a pessoa

que vendeu pode ter dividas, bens penhorados, pode ter sido penhorado o bem que

está sendo vendido. Preciso tirar as certidões do imóvel e da pessoa para saber se a

certidão é negativa ou positiva (se eu compro um imóvel com débitos tributários

por solidariedade eu passo a ser o devedor desse tributo. Todos os tributos que

recaiam sobre o imóvel, se não foi pago – inadimplência - passa para o novo

adquirente. A professora acha que a responsabilidade com o contribuinte não é

solidaria e nem subsidiaria). A escritura deve possuir a comprovação da quitação

dos tributos.

Art. 130; sucessão imobiliária. Parágrafo único.

Os débitos relativos ao bem passam do predecessor ao adquirente do imóvel. A

professora acha que ele vai responder sozinho pessoal e exclusivamente, sem

evocar solidariedade ou subsidiariedade (é algo bastante divergente na doutrina).

Page 3: caderno1

A Fazenda sempre defende a responsabilidade por solidariedade, pois para ela é

mais fácil cobrar.

06/04/16

Sucessão comercial: art. 132 a 133.

- Fusão

- Transformação

- Incorporação

- Cisão

Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou

incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato

pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas

jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada

por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou

sob firma individual.

De acordo com o art. 132, a dívida passa do predecessor ao adquirente. A

pessoa jurídica nova, fruto da reorganização societária, é a nova dona da dívida. A

dívida acompanha o cnpj. Se eu dividir uma empresa, uma cisão ou incorporar uma

empresa a outra (gerando outro cnpj) a pessoa jurídica nova, fruto da fusão,

transformação, incorporação ou cisão passa a ser devedora dos tributos da antiga.

A dívida acompanha essa reorganização societária e transfere-se para as “novas

empresas frutos dessas transformações”.

Se eu extinguir a pessoa jurídica (minha empresa) e aquela atividade que ela

exercia abriu outra empresa, com a mesma ou outra razão social a dívida passa

para a nova pessoa jurídica.

É difícil extinguir uma pessoa jurídica com débito tributário, normalmente você

não vai conseguir dar baixa. Se a pessoa extinguir e não abrir nenhuma outra

pessoa jurídica a pessoa fica com o nome sujo (a dívida não sai da conta corrente

Page 4: caderno1

da fazenda, permanece ad eternum). A dívida pode prescrever para ser cobrada,

mas a pessoa continua com o nome sujo.

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por

qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou

profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou

sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou

estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato.

I – Integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

(a pessoa física ou jurídica que adquirir o fundo de comércio responde pelos débitos

daquele fundo integralmente sem participação do contribuinte, se o alienante cessar a

expoloraçao. Vendi minha clínica médica. Quem comprou e continuar com a respectiva

atividade, passa a ser o devedor daqueles tributos. A fazenda acha um jeito de receber o

tributo – quem comprou o fundo de comércio deveria saber dos tributos pendentes, pois

ele passa a ser o novo devedor. Tenho uma relação de poder com o fato gerador (com a

relação jurídica tributária). Existem alienação de empresas por valores ínfimos, devemos

desconfiar pois devem estar cheio de débitos de natureza tributária).

II – Subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro

de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo

de comércio, indústria ou profissão. Se o sujeito vendeu o fundo de comércio, empresa ou

etc. e o outro continuou a atividade, esse outrem vai responder integralmente pelas

dívidas anteriores (pessoa física, pessoa natural ou jurídica). Se a pessoa que vendeu o

fundo de comercio e abre um outro negócio, não precisa ser nem a mesma atividade,

exercendo outra atividade, quem compra tem que prestar atenção se a pessoa que vendeu

vai continuar atividade industrial ou comercio. A pessoa que comprou descobre que a

pessoa continuou exercendo atividade comercial industrial ou profissional (ou continuou

ou parou por um tempo para se livrar da responsabilidade tributária) continua

respondendo solidariamente com o comprador.

§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:

I – Em processo de falência;

II – De filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.

§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for:

I – Sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo

devedor falido ou em recuperação judicial;

Page 5: caderno1

II – Parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do

devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou

III – Identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o

objetivo de fraudar a sucessão tributária.

§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade

produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo

prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o

pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

Responsabilidade de terceiros:

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação

principal pelo contribuinte, respondem solidariamente (SUBSIDIARIEDADE) com este nos

atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; O filho menor não pagou o

tributo que devia, os pais são responsáveis mesmo sem ter praticado o fato gerador, sendo

impossível exigir do filho menor. Se é impossível, para a professora não pode haver

solidariedade entre o filho e o pai como está descrito no artigo. Essa responsabilidade é

pessoal na verdade.

II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;

III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;

IV – O inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

V – O síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo

concordatário;

VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre

os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de

caráter moratório.

Art. 135. São PESSOALMENTE responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:I – As pessoas referidas no artigo anterior;

Page 6: caderno1

II – Os mandatários, prepostos e empregados;III – Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

É a responsabilidade dos sócio gerentes. A empresa tinha que pagar ICMS e não pagou. A responsabilidade pessoal do sócio gerente existe quando um ato infracional dele desencadear o nascimento de uma relação jurídica. Ai ele age de maneira dolosa e essa ação dolosa gerou um incidente de relação jurídica tributária.

11/05/16As contribuições podem ser de ação provocante ou provocada. A base de cálculo é nos casos das contribuições o elemento intermediário.A base imponível das contribuições – normalmente –

Contribuição de iluminação pública: é um tributo municipal. Art. 149-A.

Contribuição de melhoria: essa contribuição é devida em razão de obra pública que gere a valorização de um imóvel. Ex. uma obra pública custeada por todos, valorizando um imóvel. Não é justo a obra deixar alguém mais rico do que era antes, por isso crio um tributo que busca devolver ao Estado aquela mais valia de acréscimo patrimonial.Ex: pavimentação asfáltica. Só pode ser cobrada depois da conclusão da obra, e efetivamente tiver valorizado.

22/06/16Todos devem sentir na mesma intensidade o pagamento do imposto da renda. A progressividade leva a generalidade.

Princípio da generalidade:- Carga tributária aplicada com isonomia e justiça;- Igual sacrifício econômico para aqueles que se encontrem na mesma situação jurídica;

Eu pago mais de acordo com a minha maior riqueza {tributação}

Princípio da capacidade contributiva: art. 145 da CF, §1º. Todos devem pagar de acordo com a sua capacidade contributiva (capacidade contributiva: quem tem mais paga mais; quem tem menos paga menos; quem não tem não paga nada).

Para que a capacidade contributiva se realize a proporcionalidade atende isso. Quem tem 100 mil paga o % disso; quem tem 1 milhão paga 1% disso. No entanto, a proporcionalidade não leva a generalidade.

Page 7: caderno1

A proporcionalidade leva a situação de quem tem mais paga mais, mas não leva a generalidade. Por ex. quem tem 100 mil reais e paga 15% sobre 100 mil reais sente mais o pagamento do imposto do que quem tem 1 milhão de reais e paga 15% dos 1 milhão. Ele sente menos o impacto da tributação, pois sobra mais dinheiro para ele. É 15% para quem tem 100 mil e para quem tem 1 milhão. Nesse sentido a proporcionalidade não gera o mesmo impacto na carga tributária. Uns sentem mais que outros. A proporcionalidade não leva a uma generalidade fielmente, pois o sentimento vai ser diferente a carga tributária.

A progressividade leva a generalidade, nesse caso. Tributação progressiva para que seja genérica. Pratica-se a progressividade de acordo com a base de cálculo (progressividade em relação a alíquota). A alíquota é proporcional ou progressiva. A proporcional é a mesma, a proporcional aumenta de acordo com o aumento da base de cálculo.A base de cálculo é a renda do imóvel. Ex: IPTU é o imóvel, IPVA é o automóvel. A alíquota é uma quota da riqueza que o Estado estabelece para si a título de imposto.

O pedaço da base de cálculo é proporcional ou progressivo. Progressivo: se a sua riqueza for 300 mil sua riqueza será 3%; se for 500 mil será 5%; se for 1 milhão 10%.

Conforme cresce a riqueza a tributação fica mais pesada, ficando observada a generalidade. É fato incontroverso que é a progressividade que leva a generalidade da tributação.

Estado Fiscal: busca nas receitas tributarias suas fontes primarias de recursos; financiamento das instituições democráticas. Tenho uma distribuição de riquezas na sociedade, buscando a realização de uma justiça social.

A distribuição no Estado liberal ficou desigual. A progressividade além de levar a generalidade, faz com que o mais rico fique mais pobre e o mais pobre fique mais rico (lentamente, ao longo de décadas). A tributação progressiva leva a uma situação de redistribuição de riquezas.

O que é um Estado justo socialmente?

- Conceito fundamental para o direito

- Abstrato

- Indeterminado

- Alta carga valorativo

Page 8: caderno1

O conceito de justiça muda de uma sociedade para a outra, dotado de alta carga valorativa. Depende da moral média de uma sociedade. Qual o propósito do princípio da capacidade contributiva? Quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos, quem não tem nada não paga nada. Norteia a questão da solidariedade, para que eu tenha uma tributação solidária eu tenho densificar princípios. O princípio da capacidade contributiva tem uma alta carga de valores, pretende uma justiça fiscal.

Tipke autor alemão. O conceito de capacidade contributiva envolve justiça, ética e moral. A redistribuição é uma questão ética e moral. Conceitos muito abstratos.Num conceito mais positivista, cada ramo do direito tem um critério de justiça. E que o direito tributário elegeu o critério de justiça a capacidade contributiva. É através dela que se realiza a justiça fiscal.

Art. 145, §1º da Constituição Federal: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Sempre que possível se refere em relação aos impostos indiretos referente aos

impostos dos produtos. Eu compro uma BMW, mas subjetivamente eu não tenho

como pagar o IPVA da BMW e nem o ICMS embutido no automóvel. Eu só comprei

porque eu economizei. Se eu comprar uma garrafa de R$500 de vinho. Como eu

vou observar a capacidade contributiva dessa pessoa? O sempre que possível é

clausula morta. Observar a seletividade da tributação, ou seja, o mesmo deve ser

seletivo em razão da essencialidade do produto. Os produtos mais essenciais

devem ter uma tributação menor de ICMS; os menos essenciais como cigarro

devem ter uma tributação maior.

Isonomia conforme Constituição de Weimar: art. 134.

Constituição italiana art. 53: Todos estarão obrigados a contribuir às despesas públicas

em proporção a sua capacidade contributiva. O sistema tributário inspirasse-se em

critérios de progressividade.

Brasil: Uma regra de generalidade e duas de progressividade.

Page 9: caderno1

Capacidade contributiva: é a aptidão para pagar tributos Capacidade econômica: aquele que tem potencialidade de renda ou de

direitos, possui uma universalidade de bens. Ex: alguém que receba 2 mil reais e tem um carro, tem um imóvel pouco valorizado. Ela tem uma universalidade de bens, possui capacidade econômica o que não significa que ela tem capacidade contributiva, pois ela tem o mínimo para viver com dignidade. Quem tem capacidade econômica não tem necessariamente capacidade contributiva. A capacidade contributiva é a aptidão para pagar impostos, mas a pessoa ganha 2 mil reais e possui o mínimo existencial para viver com dignidade. Quem tem apenas o necessário para viver com dignidade não deveria pagar impostos diretamente. Capacidade contributiva existe superado o mínimo vital. Livro prof. Ricardo Lobo Torres. Mínimo necessário sobre o qual não deve incidir nenhuma tributação.

Capacidade financeira: é liquidez para pagamento. Sujeito ganha R$4mil e em um sorteio ganha um BMW. A capacidade contributiva é objetiva e subjetiva para a professora, ou seja, a objetiva se revela com o próprio bem, não interessando para a legislação se eu sou rica ou pobre. Se eu manifestar a riqueza eu tenho que pagar tributo. Na verdade, é subjetiva também para o professor Roque. Se eu não puder pagar o IPVA da BMW devo vende-la. Quem tem a BMW não tem liquidez para pagar o imposto, não tem capacidade financeira. Tem capacidade econômica e contributiva, mas não tem financeira. Ter capacidade econômica (tem o salário, a casa – revela riqueza acima da dignidade da pessoa humana) não significa necessariamente ter capacidade financeira.

Francesco Moschetti:

Capacidade contributiva

APTIDÃO PARA CONTRIBUIR quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos, quem não tem não paga, RESPEITADO O MÍNIMO EXISTENCIAL, qualificado por um dever de SOLIDARIEDADE. A progressividade leva a solidariedade na tributação.

A capacidade contributiva na sua primeira concepção surgiu da teoria do benefício. Mas ela está superada, pois quem usava mais serviço público pagava mais tributo do quem usava menos. Ela foi superada pela teoria do sacrifício, “pagar um tributo é um sacrifício e cada um se sacrifica de acordo com sua riqueza”.

APTIDÃO PARA CONTRIBUIR

RESPEITADO O MÍNIMO EXISTENCIAL

QUALIFICADA POR UM DEVER DE SOLIDARIEDADE (PROGRESSIVIDADE)

Page 10: caderno1

Tax free: quem não é da sociedade europeia e compra coisa na Europa recebe ele de volta, pois não tem dever de solidariedade com a sociedade europeia. Também se insere a ideia de não exportar tributos. Você recebe de volta quer pela solidariedade quer por não exportar tributos.

CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

Só existe capacidade contributiva entre o mínimo existencial e a vedação contributiva, existindo um limite mínimo (mínimo existencial) e um limite máximo (vedação contributiva), ou seja, não pode ser tão alta a ponto de tomar o bem.

O estado não pode absorver o patrimônio total da pessoa. Pela aferição da alíquota sei se o tributo é ou não confiscatório.

CAPACIDADE CONTRIBUTIVAMÍNIMO EXISTENCIAL VEDAÇÃO CONTRIBUTIVA