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CADERNO DOIS www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015, Ano XXXIX, Nº 8901 Fundador/Diretor: Oscar Pires O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Síndrome Látex Alimentos: a desinformação pode matar A alergia ao látex é um perigo que está por todos os lados. O grupo de alérgicos só aumenta e a alergia é adquirida, então qualquer pessoa pode vir a desenvolver Isis Maria Borges Gomes [email protected] E mbora pouco conhecida, a Síndrome Látex Ali- mentos - SLA não é rara, e a cada dia mais pessoas vêm sendo diagnosticadas com es- te mal. Na verdade, para quem tem esta Síndrome Látex Ali- mentos, o perigo está por todos os lados. O látex está em muitos objetos do dia a dia, desde os bo- tões, fraldas, controle remoto, travesseiros, até os alimentos e luvas cirúrgicas. E uma das pio- res tem sido a moda dos balões. Por todos os lugares, lojas, su- permercados, farmácias, even- tos, os balões são a tônica. O grupo de alérgicos ao látex só aumenta e a alergia é adquiri- da, então qualquer pessoa pode vir a desenvolver. Daisy Fortes, de Farroupilha (RS), é portadora da síndro- me e criou o grupo nacional; e Claudia Rosolen, de Macaé, tem uma filha portadora, que está formando um movimen- to para a criação de uma ONG, alertando o risco de morte que os partadores correm se forem parar num hospital da cidade. O nitrilo é o material mais adequado para as luvas que vão estar em contacto com gêneros alimentícios que contenham gorduras e óleos, mesmo em pequenas concentrações. O QUE É SÍNDROME LÁTEX ALIMENTOS? A alergia ao látex é um tipo de alergia importante e que pode causar diversas reações alérgicas em indivíduos sensi- bilizados, principalmente por- que a substância está presente em diversos objetos, incluindo brinquedos, fraldas, frascos de produtos. Atualmente, o látex extra- ído da seringueira (Hevea Brasiliensis) é a principal ma- téria prima para a produção de borracha natural. Porém o extrato que é extraído pa- ra a confecção das borrachas contém componentes com alta capacidade alergênica, fazendo com que pessoas que tenham contato direto e con- tínuo com a pele constituam um grupo de risco para a sen- sibilização ao látex. EXPERIÊNCIA DE UMA PORTADORA Residindo em Macaé há al- gum tempo, Claudia Rosolen, conta que a filha Pietra Rosolen Marinho, hoje com 8 anos, nas- ceu prematura de 30 semanas. Ficou internada na UTI por 30 dias e nesse período foi muito exposta ao látex. Já na UTI neo- natal faziam chupeta de luva de látex para estimular sua sucção. Quando saiu da UTI seus problemas se agravaram: ela vomitava muitas vezes ao dia, chorava muito para ser ali- mentada, até que começou a se recusar a comer. Então suas internações começaram a ser muito frequentes e, em todas as internações, colocavam son- das nasointerais de látex para que ela pudesse se alimentar, e as fonoaudiólogas estimula- vam sua sucção com luvas de latex. “Enfim eu desconhecia completamente que o látex era um grande vilão e que causava alergias, e por isso nunca sequer questionei o seu uso em minha filha. Se eu pudesse imaginar as consequências disso jamais al- guém teria encostado na minha filha com essas luvas”, declara Cláudia. Foram dois anos de muita lu- ta e muitas internações e Pietra sempre muito estimulada com as luvas de látex em sua boca para que pudesse se dessensibi- lizar, como diziam as fonaudió- logas. Nesse período ela passou por duas cirurgias também. “Aos 3 anos de idade, ela fi- nalmente foi à escola, até en- tão, apesar de muitas tosses noturnas, eu jamais desconfiei de que ela tivesse qualquer tipo de alergia, até que durante uma festinha da escola a professora desceu com ela completamente inchada com a respiração difícil, e corremos para o hospital. Ela foi medicada com adrenalina. Eu fiquei apavorada, nunca ha- via visto um quadro daqueles e até então não sabia nada so- bre alergias, visto que não sou alérgica a nada. Imaginei que ela tivesse alergia a algum co- rante, jamais imaginei que um inofensivo balão fosse capaz de provocar uma reação tão horri- vel na minha filha que poderia inclusive tê-la matado se não fosse prontamente atendida”, contou a mãe de Pietra. Cláudia prossegue relatando que procurou um médico aler- gologista e encontrou a Dra. Martha Moretti, que a acom- panha até hoje e, já na primei- ra consulta, na anamnese, ela desconfiou da alergia ao látex. Para mim foi um choque, por- que jamais pude supor que o látex que foi tão utilizado por profissionais da área de saúde pudesse causar um estrago tão grande na qualidade de vida da minha filha”, disse. LUTA CONTÍNUA E DIÁRIA Segundo Cláudia, o pior es- tava por vir, pois ela não imagi- nava que essa alergia provocava alergias cruzadas com tantos alimentos tidos como super saudáveis, porque a proteína do látex é muito semelhante a de muitas frutas, verduras, cas- tanhas, grãos e uma vez sen- sibilizado ao látex, as chances de reações cruzadas são muito grandes. E o pior, a alergia ao látex é uma alergia adquirida 100% por exposição, mas 0% curável, sendo que a cada expo- sição essa alergia vai aumentan- do, podendo chegar a situações assustadoras como de algumas pessoas que sequer suportam partículas de látex no ar e não podem ingerir quase nenhum alimento, como é o caso da Daisy Fortes, que criou a pági- na no Facebook, “SLA- Síndro- me Látex Alimentos”, que está batalhando pela criação de uma associação para que essa alergia possa ser divulgada para que as pessoas se conscientizem que o látex adoece as pessoas e pa- ra que futuramente possamos aboli-lo dos hospitais, consul- tórios dentários, manipulação de alimentos, festinhas infantis (balões), etc. CUIDADOS INTENSOS E DIÁRIOS Claudia Rosolen revela que tem muito cuidado com sua fi- lha Pietra, porque além do látex ela já tem reação cruzada com banana, manga, coco e maracu- já, sendo que com o maracujá ela já teve uma reação alergica gravíssima, tendo inclusive que utilizar adrenalina. Na escola que ela estuda, to- dos estão cientes de sua alergia. Deixo com a coordenação e com a professora um laudo médico atestando sua alergia e a ne- cessidade de ser medicada em caso de reação, inclusive deixo os medicamentos necessários na escola. “Minha filha faz basquete, mas as bolas são de látex, então tive que comprar uma bola de couro para que ela pudesse pra- ticar com segurança o esporte que tanto ama. Os cuidados são diários, porque o látex es- tá presente em mais de 40 mil produtos, então tenho que es- tar em alerta constante, verifi- cando sempre se as roupas tem elásticos, o material escolar, os brinquedos, os locais onde va- mos comer, tenho que verificar o tipo de luva que é utilizado no restaurante, porque muitos es- tão usando as luvas de látex na preparação de alimentos, o que é extremamente perigoso por- que o látex entra no alimento podendo matar uma pessoa dependendo do grau de sensibi- lização dela. Tenho que verificar se os supermercados, hortifru- tis e açougues estão utilizando as luvas, enfim é uma loucura total”, contou. DESPREPARO HOSPITALAR Ela prossegue ressaltando que o seu grande medo é quan- do tem que levá-la ao hospital, porque infelizmente é o local menos seguro para ela. “O lá- tex está no ar. A cada retirada de luva de látex, suas partículas ficam suspensas por até 3 dias no ar e embora ela não esteja sensibilizada ao ponto de reagir ao látex no ar, a cada exposição a sensibilização vai aumentan- do”, afirmou. Cláudia frisa ainda que aqui em Macaé os hospitais não possuem salas latex-free, e os profissionais em geral des- conhecem a existência dessa alergia. Quando eu comunico, não dão muita importância e sequer existem luvas de vinil ou nitrílica para que ela possa ser atendida com segurança. “Então tenho sempre que le- var luvas e garrotes apropriados para que ela possa ser atendida com um mínimo de segurança. Mas o desconhecimento é tanto que muitas vezes quando impe- ço de tocarem nela com luvas de látex, o profissional tira na hora na frente da minha filha as luvas de látex e isso já provoca alergia nela”, revela. E continua: “Uma vez ela foi internada na Unimed, e embo- ra eu tenha direito a um quarto individual, ela teve que dividir com outro paciente e foi muito difícil porque as pessoas já en- travam com as luvas no quarto, até que consegui um quarto pa- ra ela e fixei um cartaz na porta informando sua alergia, mas mesmo assim as faxineiras en- travam no quarto com luvas de látex, a pessoa que entregava comida também, enfim, en- quanto a existência e gravidade dessa alergia não chegarem ao conhecimento público muitas pessoas continuarão adoecendo com o látex e quem já adquiriu vai piorar”, concluiu. EM VIAGEM Cláudia informa que é uma alergia muito difícil de convi- ver, porque é desconhecida por quem deveria conhecer, que são os médicos. Ela fica apavorada quando viaja com medo de al- gum acidente na estrada por causa do socorro. “Tenho pavor de estar inconsciente e de al- guém tocar na minha filha com luvas e equipamentos de látex, então em todas as viagens ela utiliza um broche identifican- do sua alergia ao látex, e no meu carro sempre tem luvas, garro- te e laudo médico identificando sua alergia, e um procedimen- to do hospital Albert Einsten informando como proceder com um paciente em centro cirúrgico alérgico ao látex. Mas mesmo assim me sinto muito angustiada, por saber que se ela precisar de uma cirurgia de emergência para ela pode ser fa- tal por não haver sala latex free em nenhum hospital de Macaé e pouquíssimas salas latex free no Brasil. Na minha bolsa sem- pre tenho adrenalina, corticóide e antihistamínico”, conta.

Caderno2 27 12 15

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Page 1: Caderno2 27 12 15

CADERNO DOISwww.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015, Ano XXXIX, Nº 8901 Fundador/Diretor: Oscar Pires

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Síndrome Látex Alimentos: a desinformação pode matarA alergia ao látex é um perigo que está por todos os lados. O grupo de alérgicos só aumenta e a alergia é adquirida, então qualquer pessoa pode vir a desenvolver

Isis Maria Borges [email protected]

Embora pouco conhecida, a Síndrome Látex Ali-mentos - SLA não é rara,

e a cada dia mais pessoas vêm sendo diagnosticadas com es-te mal. Na verdade, para quem tem esta Síndrome Látex Ali-mentos, o perigo está por todos os lados. O látex está em muitos objetos do dia a dia, desde os bo-tões, fraldas, controle remoto, travesseiros, até os alimentos e luvas cirúrgicas. E uma das pio-res tem sido a moda dos balões. Por todos os lugares, lojas, su-permercados, farmácias, even-tos, os balões são a tônica.

O grupo de alérgicos ao látex só aumenta e a alergia é adquiri-da, então qualquer pessoa pode vir a desenvolver.

Daisy Fortes, de Farroupilha (RS), é portadora da síndro-me e criou o grupo nacional; e Claudia Rosolen, de Macaé, tem uma filha portadora, que está formando um movimen-to para a criação de uma ONG, alertando o risco de morte que os partadores correm se forem parar num hospital da cidade.

O nitrilo é o material mais adequado para as luvas que vão estar em contacto com gêneros alimentícios que contenham gorduras e óleos, mesmo em pequenas concentrações.

O QUE É SÍNDROME LÁTEX ALIMENTOS?

A alergia ao látex é um tipo de alergia importante e que pode causar diversas reações alérgicas em indivíduos sensi-bilizados, principalmente por-que a substância está presente em diversos objetos, incluindo brinquedos, fraldas, frascos de produtos.

Atualmente, o látex extra-ído da seringueira (Hevea Brasiliensis) é a principal ma-téria prima para a produção de borracha natural. Porém o extrato que é extraído pa-ra a confecção das borrachas contém componentes com alta capacidade alergênica, fazendo com que pessoas que tenham contato direto e con-tínuo com a pele constituam um grupo de risco para a sen-sibilização ao látex.

EXPERIÊNCIA DE UMA PORTADORA

Residindo em Macaé há al-gum tempo, Claudia Rosolen, conta que a filha Pietra Rosolen Marinho, hoje com 8 anos, nas-ceu prematura de 30 semanas. Ficou internada na UTI por 30 dias e nesse período foi muito exposta ao látex. Já na UTI neo-natal faziam chupeta de luva de látex para estimular sua sucção.

Quando saiu da UTI seus problemas se agravaram: ela vomitava muitas vezes ao dia, chorava muito para ser ali-mentada, até que começou a se recusar a comer. Então suas internações começaram a ser muito frequentes e, em todas as internações, colocavam son-das nasointerais de látex para que ela pudesse se alimentar, e as fonoaudiólogas estimula-vam sua sucção com luvas de latex. “Enfim eu desconhecia completamente que o látex era um grande vilão e que causava alergias, e por isso nunca sequer questionei o seu uso em minha filha. Se eu pudesse imaginar as consequências disso jamais al-guém teria encostado na minha filha com essas luvas”, declara Cláudia.

Foram dois anos de muita lu-ta e muitas internações e Pietra sempre muito estimulada com as luvas de látex em sua boca para que pudesse se dessensibi-lizar, como diziam as fonaudió-logas. Nesse período ela passou por duas cirurgias também.

“Aos 3 anos de idade, ela fi-nalmente foi à escola, até en-tão, apesar de muitas tosses noturnas, eu jamais desconfiei de que ela tivesse qualquer tipo de alergia, até que durante uma festinha da escola a professora desceu com ela completamente inchada com a respiração difícil, e corremos para o hospital. Ela foi medicada com adrenalina. Eu fiquei apavorada, nunca ha-via visto um quadro daqueles e até então não sabia nada so-bre alergias, visto que não sou alérgica a nada. Imaginei que ela tivesse alergia a algum co-rante, jamais imaginei que um inofensivo balão fosse capaz de provocar uma reação tão horri-vel na minha filha que poderia inclusive tê-la matado se não fosse prontamente atendida”,

contou a mãe de Pietra.Cláudia prossegue relatando

que procurou um médico aler-gologista e encontrou a Dra. Martha Moretti, que a acom-panha até hoje e, já na primei-ra consulta, na anamnese, ela desconfiou da alergia ao látex. Para mim foi um choque, por-que jamais pude supor que o látex que foi tão utilizado por profissionais da área de saúde pudesse causar um estrago tão grande na qualidade de vida da minha filha”, disse.

LUTA CONTÍNUA E DIÁRIA

Segundo Cláudia, o pior es-tava por vir, pois ela não imagi-nava que essa alergia provocava alergias cruzadas com tantos alimentos tidos como super saudáveis, porque a proteína do látex é muito semelhante a de muitas frutas, verduras, cas-tanhas, grãos e uma vez sen-sibilizado ao látex, as chances de reações cruzadas são muito grandes. E o pior, a alergia ao látex é uma alergia adquirida 100% por exposição, mas 0% curável, sendo que a cada expo-sição essa alergia vai aumentan-do, podendo chegar a situações assustadoras como de algumas pessoas que sequer suportam partículas de látex no ar e não podem ingerir quase nenhum alimento, como é o caso da Daisy Fortes, que criou a pági-na no Facebook, “SLA- Síndro-

me Látex Alimentos”, que está batalhando pela criação de uma associação para que essa alergia possa ser divulgada para que as pessoas se conscientizem que o látex adoece as pessoas e pa-ra que futuramente possamos aboli-lo dos hospitais, consul-tórios dentários, manipulação de alimentos, festinhas infantis (balões), etc.

CUIDADOS INTENSOS E DIÁRIOS

Claudia Rosolen revela que tem muito cuidado com sua fi-lha Pietra, porque além do látex ela já tem reação cruzada com banana, manga, coco e maracu-já, sendo que com o maracujá ela já teve uma reação alergica gravíssima, tendo inclusive que utilizar adrenalina.

Na escola que ela estuda, to-dos estão cientes de sua alergia. Deixo com a coordenação e com a professora um laudo médico atestando sua alergia e a ne-cessidade de ser medicada em caso de reação, inclusive deixo os medicamentos necessários na escola.

“Minha filha faz basquete, mas as bolas são de látex, então tive que comprar uma bola de couro para que ela pudesse pra-ticar com segurança o esporte que tanto ama. Os cuidados são diários, porque o látex es-tá presente em mais de 40 mil produtos, então tenho que es-

tar em alerta constante, verifi-cando sempre se as roupas tem elásticos, o material escolar, os brinquedos, os locais onde va-mos comer, tenho que verificar o tipo de luva que é utilizado no restaurante, porque muitos es-tão usando as luvas de látex na preparação de alimentos, o que é extremamente perigoso por-que o látex entra no alimento podendo matar uma pessoa dependendo do grau de sensibi-lização dela. Tenho que verificar se os supermercados, hortifru-tis e açougues estão utilizando as luvas, enfim é uma loucura total”, contou.

DESPREPARO HOSPITALAR

Ela prossegue ressaltando que o seu grande medo é quan-do tem que levá-la ao hospital, porque infelizmente é o local menos seguro para ela. “O lá-tex está no ar. A cada retirada de luva de látex, suas partículas ficam suspensas por até 3 dias no ar e embora ela não esteja sensibilizada ao ponto de reagir ao látex no ar, a cada exposição a sensibilização vai aumentan-do”, afirmou.

Cláudia frisa ainda que aqui em Macaé os hospitais não possuem salas latex-free, e os profissionais em geral des-conhecem a existência dessa alergia. Quando eu comunico, não dão muita importância e sequer existem luvas de vinil

ou nitrílica para que ela possa ser atendida com segurança. “Então tenho sempre que le-var luvas e garrotes apropriados para que ela possa ser atendida com um mínimo de segurança. Mas o desconhecimento é tanto que muitas vezes quando impe-ço de tocarem nela com luvas de látex, o profissional tira na hora na frente da minha filha as luvas de látex e isso já provoca alergia nela”, revela.

E continua: “Uma vez ela foi internada na Unimed, e embo-ra eu tenha direito a um quarto individual, ela teve que dividir com outro paciente e foi muito difícil porque as pessoas já en-travam com as luvas no quarto, até que consegui um quarto pa-ra ela e fixei um cartaz na porta informando sua alergia, mas mesmo assim as faxineiras en-travam no quarto com luvas de látex, a pessoa que entregava comida também, enfim, en-quanto a existência e gravidade dessa alergia não chegarem ao conhecimento público muitas pessoas continuarão adoecendo com o látex e quem já adquiriu vai piorar”, concluiu.

EM VIAGEM

Cláudia informa que é uma alergia muito difícil de convi-ver, porque é desconhecida por quem deveria conhecer, que são os médicos. Ela fica apavorada quando viaja com medo de al-gum acidente na estrada por causa do socorro. “Tenho pavor de estar inconsciente e de al-guém tocar na minha filha com luvas e equipamentos de látex, então em todas as viagens ela utiliza um broche identifican-do sua alergia ao látex, e no meu carro sempre tem luvas, garro-te e laudo médico identificando sua alergia, e um procedimen-to do hospital Albert Einsten informando como proceder com um paciente em centro cirúrgico alérgico ao látex. Mas mesmo assim me sinto muito angustiada, por saber que se ela precisar de uma cirurgia de emergência para ela pode ser fa-tal por não haver sala latex free em nenhum hospital de Macaé e pouquíssimas salas latex free no Brasil. Na minha bolsa sem-pre tenho adrenalina, corticóide e antihistamínico”, conta.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 CADERNO DOIS Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

EDUCAÇÃO NA PONTA DO LÁPISpor AMÉLIA AUGUSTA GUEDES [email protected]

LIVROS & CIA

Livros:● O Papel da Escola Pública

no Brasil Contemporâneo, de Selma Garrido e Umber-to de Andrade Pinto. Editora Loyola;

● UMA Gramática Intuitiva, de Cristina Schumacher. Edi-tora EPU;

● EU Me Declaro Criança, de Ronaldo Monte. Editora Paulus;

DVD:● SALA de Aula: o último es-

paço público?● DANDO a Letra;● EDUCAÇÃO e Leitura;

NAVEGANDO

WWW.ESCOLAGAMES.COM.BR <http://www.es-colagames.com.br/>

Traz 48 jogos com di-versas temáticas desen-volvidos por uma equipe especializada. O site sepa-ra os games por matérias (Matemática, Português, Inglês, História, Geografia, Ciências) e por nível de di-ficuldade (fácil, médio ou difícil). Vale a pena visitar.

Os bons professores ninguém esquecePONTO DE VISTA

Mesmo afastadas há um bom tempo da escola, as pessoas têm muito que re-cordar sobre sua vivência escolar. Essas lembranças costumam ser úteis para de-monstrar o papel da escola e os impactos da escolari-zação na vida de cada um. Cada fato ajuda a compor o significado individual dessa instituição, significado esse que é construído com a in-fluência da origem social do aluno, das expectativas

depositadas por ele e pela família na escola e das ex-periências ali vivenciadas. Nos contatos que tivemos sobre as memórias escola-res, é interessante observar como as pessoas reconhe-cem a importância da esco-la em suas vidas, sobretudo na constituição de suas sin-gularidades. Esses relatos evidenciam que a influên-cia da cultura escolar não se restringe ao aspecto cog-nitivo. Ela também pode ser

relevante para conquistas no plano social e emocio-nal. Todavia, é importante destacar que essas contri-buições vêm das vivências mais desafiadoras e inte-ressantes passadas na es-cola ou por ela propiciadas. Os testemunhos de quem passou muitos anos na es-cola evidenciaram que nem tudo que lá é feito produz impactos positivos. Deter-minadas práticas inadequa-das podem deixar traumas e

até comprometer o desem-penho futuro da pessoa. É também curioso constatar que todos se lembram de boa parte de seus profes-sores. Alguns deixaram marcas positivas, outros nem tanto... As lembran-ças construtivas aparecem ligadas às qualidades pro-fissionais e pessoais desses mestres. Os competentes foram, sem dúvida, impor-tantes nas trajetórias indi-viduais. Muitos se lembram

não somente do nome mas também da aparência do professor, de seus hábitos e excentricidades, do modo de ele interagir com os alunos (se eram afetivos, compre-ensivos etc.) e de lidar com a produção do conhecimento (o tipo de assunto abordado, o enfoque dado), do nível de conhecimento da discipli-na, das atividades feitas na classe ou fora dela e do mo-do de conduzir as aulas (se eram atenciosos, se tinham

humor, se eram pacientes etc.). Para a maior parte das pessoas, os bons professores foram os que ensinaram de fato e se empenharam para que o aprendizado ocorres-se. E, sobretudo, os que não subestimaram os alunos. Qualquer trabalho desen-volvido deixará marcas no indivíduo. Portanto, é preci-so que prestemos atenção à nossa postura e à qualidade da escolarização que ofere-cemos a nossos alunos.

REVENDO E AVANÇANDO

“Acredite que você pode. Assim, você já está no meio do caminho”.

DICA

Alunos de 6º e 7º anos que não sabem ler e escrever. Como ajudá-los?

Esses alunos precisam rece-ber uma ajuda pedagógica dife-renciada, que reúna professo-res, coordenador pedagógico, diretor e famílias.

O primeiro passo é substi-tuir a avaliação genérica “não sabem ler e escrever” por uma mais minuciosa, mostrando o que eles sabem e o que po-dem aprender. Identifique os estudantes que não escrevem

convencionalmente, os que estão alfabéticos, mas não conseguem realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases, e aqueles que já localizam informações explícitas em textos curtos e familiares. O plano de apoio pedagógico deve ter em vista ampliar esses níveis de alfa-betização.

O segundo passo é planejar

um conjunto de ações voltadas a tempos didáticos distintos: intervenção na sala de aula, com a realização de ativida-des diferenciadas; e ações no contraturno, com ampliação do tempo de ensino.

Grupos de alunos de dife-rentes turmas com demandas comuns são uma boa estra-tégia. Neles, podem-se abor-dar a leitura e a escrita como

práticas sociais, articuladas a propósitos didáticos - a pu-blicação de um jornal mural, por exemplo. Além disso, é preciso discutir a formação de leitores e escritores com toda a equipe. A leitura e a escrita são ferramentas essenciais pa-ra a aprendizagem e todos os docentes são responsáveis por formar leitores, com base nas especificidades de cada área.

FAMÍLIA

Que resposta dar quando os pais reclamam de colegas dos �lhos?

É importante mostrar que a instituição não está sendo omissa. Em geral, alunos que sempre são alvo de reclamação apresentam um comportamen-to difícil e são necessárias ações específicas da equipe pedagógi-ca para ajudá-los na convivência com os pares. Por meio de uma linguagem clara e com exemplos

impessoais, explique aos pais como as interações sociais se desenvolvem, qual a concepção de conflitos adotada pela escola e que intervenções são realizadas. Diga que a criança não aprende a se relacionar espontaneamente. Trata-se de um processo contí-nuo, que só ocorre por meio das relações com o outro.

CRIANÇAS HIPERATIVAS NA ESCOLAFIQUE POR DENTRO

A hiperatividade é ampla-mente confundida com ati-vidade intensa, indisciplina e até com distúrbio. É comum as crianças serem ativas, as-sim como alunos desinteres-sados pela aula se tornarem bagunceiros, caracterizando a indisciplina. Mas, antes do educador classificar tudo co-mo hiperatividade, é preciso entender que esta é caracte-rizada pela atividade ininter-

rupta: o indivíduo fica ativo 24 horas por dia, até mesmo dormindo, com sono agitado ou insônia, e sua atividade chega à exaustão - mesmo que o corpo já não agüente, a men-te continua em ação.

É necessário entender que a hiperatividade em si não é doença, é um sintoma de al-gum distúrbio, como Trans-torno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH),

Transtorno Obsessivo Com-pulsivo (TOC) e outros dis-túrbios de aprendizagem ou comportamento. Mas ela também pode ser um sinal de depressão infantil: as crian-ças, ao contrário dos adultos, às vezes demonstram ina-bilidade para expressar seu verdadeiro estado emocional e, incapazes de se expressar, tornam-se agitadas apresen-tando uma depressão atípica

com hiperatividade. Esse é um dos pontos mais importantes a se considerar quando um es-tudante mostra-se hiperativo em sala de aula.

Antes de diagnosticar hipe-ratividade e imaginar que um medicamento possa “curar” seu aluno, deve-se analisar a causa, a doença, o distúrbio que está causando esse sinto-ma, pois, ao tratar a causa, o problema será sanado. Assim,

a simples medicação contro-la a hiperatividade, mas não trata o distúrbio que a causa. Portanto, é preciso reforçar: para sanar o problema deve-se detectar o distúrbio e suas comorbidades (quando um distúrbio se associa a outro ou apresenta características de dois ou mais distúrbios), tratando-o de acordo com suas características e necessidades.

A principal providência a

ser tomada pelo docente é in-dicar aos pais para que levem a criança a um bom profissio-nal e este detecte o real distúr-bio do estudante. Entretanto, o professor deve estar prepa-rado para explicar o porquê dessa indicação e ter bastante paciência com os responsáveis pelo aluno, pois é difícil, para a maioria deles, entender e aceitar que o filho possa apre-sentar algum distúrbio.

FELIZ ANO NOVO A TODOS OS LEITORES!

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 Caderno dois 3

Vip'S por ISIS [email protected]

“Quem pratica o mal odeia a

luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam

manifestas. Mas quem pratica

a verdade vem para a luz, para

que se veja claramente que

as suas obras são realizadas por intermédio

de Deus.”(João 3:20-21)

Quarta especialPessoa muito querida, e merece-

dora de toda a felicidade do mun-do, vai trocar de idade na próxima quarta-feira (30). Trata-se da Di-retora de O DEBATE, Zilma Pires, que vai curtir o seu dia em Cabo Frio

junto ao marido Oscar Pires. E por lá emendam réveillon e final de se-mana, numa bela comemoração de aniversário.

Mil parabéns, queridíssima ami-ga!!! Que Deus a abençoe muito!!!

A queridíssima Zilma, a aniversariante de quarta-feira, merecendo as mais lindas flores e manifestações de carinho

Três princesas lindas: a mamãe Juliana, a aniversariante, e as filhas Maitê e Luana

abraços de domingoDomingo passado foi dia

festivo para Carolina Lamo-glia Rios, por conta do seu

aniversário. Ela recebeu mui-tos abraços dos mais íntimos, em especial do filho Cliton

Junior e da irmã, a jornalista Eny Maria Rios.

Parabéns, amiga!!!

A aniversariante Graça com o marido Luiz Felipe em clima festivo

nova Companheira LeãoO movimento leonístico

macaense deu as boas vindas a uma nova integrante. Trata-se de Zamith Maria Teixeira, que tomou posse no Lions Clube

Macaé como Companheira Leão, durante assembleia festi-va, tendo como madrinha Nil-ma Ribeiro e como Investidor Gumercindo Moura.

Zamith junto à madrinha Nilma e o Investidor Gumercindo Moura, em noite de posse

A aniversariante Carolina sendo abraçada pela irmã Eny

Festa íntimaOutra aniversariante de do-

mingo foi a famacêutica Graça Nogueira. Ela curtiu o clima fes-

tivo junto ao marido Luiz Felipe Oliveira e familiares.

Mil parabéns!!!

A equipe de reportagem de o DEBATE sobrevoou Macaé, semana passada, a convite do ICMBio

seven esporteDando seguimento ao projeto iniciado este

ano, o médico Márcio José Crespo Schueler de Souza, proprietário da Seven Esporte, le-vou 72 pacientes para participar da corrida (circuito das estações etapa verão) no Rio de Janeiro, em busca de qualidade de vida, atra-vés da reeducação alimentar e atividades fí-sicas. O evento aconteceu no final de semana passado.

O médico vem orientando os seus pacien-tes, e tornando a vida de inúmeras pessoas de diferentes idades muito melhor. O objetivo da Seven Esporte é retirar a população do seden-tarismo, ajudando e encontrar uma atividade física ideal para cada paciente e, através da reeducação alimentar, levar saúde à popula-ção. O grupo vem crescendo a cada dia, com pessoas de todas as idades, desde crianças a idosos, e todos unidos buscando um envelhe-cimento saudável e qualidade de vida.

segunda festivaEm clima de muitos abraços na segunda-

feira esteve a querida Juliana Ventura. A linda sobrinha comemorou o seu aniversá-

rio, junto ao marido André, às filhas Luana e Maitê, e demais familiares.

Felicidades, querida! Deus a abençoe!!!

Horários especiais do shopping Plaza Macaé

O Shopping Plaza Macaé informa que as lojas funcionarão na véspera do Ano Novo (31/12) das 10h às 16h. E no dia 1º de janeiro de 2016, as lojas do shopping estarão fecha-das, sendo facultativa a abertura dos restau-rantes na Praça de Alimentação.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 CADERNO DOIS Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

EXPOSIÇÃO

Sucesso na Feira da Família e Economia Solidária em QuissamãOs artesãos colocaram em exposição seus belos trabalhos na Feira da Roça

O ambiente agradável e acolhedor atraiu muitas famílias para aproveitar o

clima ameno do fim da primave-ra, para fazer algumas compri-nhas de Natal, saborear pratos da culinária típica e aproveitar as apresentações musicais que fizeram parte da programação do evento.

As barracas de artesanato co-loriram a praça e encheram os olhos dos visitantes com tanta variedade de produtos, que foi difícil sair dali sem pelo menos uma lembrancinha para alguém da família. “Está tudo tão boni-

to, que não tem como resistir pelo menos a um presentinho” contou Fátima S. de Souza, mo-radora do bairro Caxias.

E nada como saborear uma boa comida depois das com-pras de Natal, através de várias opções no cardápio da feira, tais como: pastel, caldo de cana, so-pa de leite, croquete de carne seca, tapioca, entre outros; além de doces variados. E para deixar a noite ainda mais agradável pa-ra os visitantes, apresentações culturais para animar o evento.

Apresentando as tradicionais canções natalinas, o Coral In-

tergeracional de Jovens e Ido-sos encantou o público, seguido da garotada do Q’Batuque com ritmos baianos. Os dois grupos fazem parte dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Secretaria de As-sistência Social. E para fechar a noite de sexta-feira (19), a Ban-da 0800 não deixou ninguém parado.

Segundo a secretária de Assis-tência Social, Renata Queirós, a realização da Feira da Família e Economia Solidária, objetivou unir as famílias quissamaenses e esboçar o início da caminha-

da da Economia Solidária como uma alternativa para esse mo-mento de crise mundial.

“Sentimos uma enorme sa-tisfação ao ver a nossa comuni-dade unida, presente nos qua-tro cantos da Praça da Igreja Matriz prestigiando o evento. E mais ainda, ao percebermos que os artesãos de Quissamã já estão totalmente imbuídos do espírito da EcoSol”, enfatizou.

Para o secretário de Desen-volvimento Econômico, Fa-biano Barreto, foi positivo o resultado do evento. “Esse é um projeto que temos que per-

sistir, pois as famílias prestigia-ram o evento encontrando um ambiente agradável e saudável, além disso, os expositores pu-deram mostrar seus trabalhos e realizar algumas vendas”, des-tacou.

Feira de Artesanato - E para aquelas pessoas que deixaram para a última hora as compras de Natal, uma boa notícia: os ar-tesãos estarão nesta terça (22) e quarta-feira (23), na Praça ao lado as Casa do Empreendedor, das 9h às 16h. Normalmente eles já ocupam este espaço às quartas-feiras, junto com a Fei-

ra da Roça, mas com a proximi-dade do Natal, eles ganharam mais um dia para mostrar seus produtos.

De acordo com a coordena-dora do grupo de artesãos, Ana Claudia Rocha de Castro, a ideia de oferecer para a população mais dois dias de feira na se-mana do Natal foi dos próprios artesãos. “Com o resultado po-sitivo da feira no fim de semana, eles sugeriram ampliar os dias da Feira de Artesanato durante a semana de Natal, pensando naquelas comprinhas de última hora”, explicou a coordenadora.

O nome Feira da Família e Economia Solidária não poderia ser mais apropriado para o evento que aconteceu nas noites de sexta-feira (18) e sábado (19), na Praça Brigadeiro José Caetano, no Centro de Quissamã

ADILSON DOS SANTOS

CINEMA EM CASA

Um Divã para DoisO Dr. Bernie (Steve Carell)

é um famoso terapeuta de ca-sais que já resolveu muitos ca-sos bem complicados. Quando Kay (Meryl Streep) finalmente consegue arrastar seu tei-moso marido Arnold (Tommy Lee Jones) para o divã do Dr. Bernie nunca mais nada será como antes, pois dividir o mesmo divã com o marido será muito mais complicado do que dividir a mesma cama.

Comédia/Drama - Ano: 2012 - Duração: 93 minutos - Cor - 12 anos - Imagem Filmes

Perdidos Pra Cachorro 3Papi e sua família de quatro pa-

tas se mudam para um luxuoso hotel de Beverly Hills, com um spa de luxo canino. Mas há pro-blemas no paraíso quando Rosa, o menor membro do bando, sen-te-se menor e menos especial do que nunca. Agora, cabe a Papi ajudar a levantar sua autoestima, para que ela conviva bem em seu novo lar. Porém, antes que isso aconteça, os cachorros se envol-vem em várias confusões.

Comédia - Ano: 2012 - Dura-ção: 91 minutos - Cor -Livre - Dis-ney DVD

Sylvester Stallone lidera o maior e mais famoso grupo de mercenários do cine-ma! Ao aceitarem uma missão aparente-mente simples, o grupo é surpreendido e as coisas não saem como planejadas. O que era uma simples missão passa a ser uma questão de honra para a equipe. Além de enfrentarem Jean-Claude Van Damme e seu bando, o grupo terá que correr contra o tempo para evitar um in-cidente nuclear. Jason Statham, Bruce Willis, Jet Li, Dolph Lundgren, Arnold Schwarzenegger e o lendário Chuck Norris unem-se ao bando nesta missão cheia de ação.

Ação/Suspense - Ano: 2012 - Dura-ção: 94 minutos - Cor - 16 anos - Ima-gem Filmes

Os Mercenários 2

Você sonha em fugir das pressões da cidade gran-de? George (Paul Rudd) e Linda (Jennifer Aniston) é um casal estressado de Manhattan. Quando Ge-orge perde o emprego, a única opção é mudar para a casa do terrível irmão de George em Atlanta. A caminho de Atlanta, eles deparam com Elysium,

uma idí lica comunida-de que tem um estilo de vida bem diferente. Será que esse é o recomeço que eles precisam, ou Elysium vai causar mais problemas que solu-ções?

Comédia - Ano: 2012 - Duração: 98 minutos - Cor - 16 anos - Universal Pictures

Viajar é Preciso

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 CADERNO DOIS 5

CULTURA

Fundação Macaé de Cultura fecha o ano com saldo positivoO presidente Humberto Assumpção observou os ganhos que foram conferidos à capital do petróleo, na busca pelo resgate da memória do patrimônio histórico e cultural do município

Ao avaliar nesta segunda-feira (21), as ações exe-cutadas pela Fundação

Macaé de Cultura (FMC), em 2015, o presidente Humberto Assumpção observou os ganhos que foram conferidos à capital do petróleo, na busca pelo resgate da memória do patrimônio históri-co e cultural do município.

- Desde que assumimos, em junho deste ano, buscamos pro-mover uma gestão participati-va, cujo foco principal foi tornar Macaé uma cidade com identi-ficação e tradição, objetivando resgatar e preservar a memória do patrimônio histórico e cultu-ral do município, com ênfase à cultura popular - disse, conta-bilizando as ações realizadas ao longo de 2015.

As principais atuações da FMC foram a promoção de po-líticas públicas culturais, com incentivo e execução de ativida-des nos segmentos da música, dança e representações cênicas, em todas as vertentes de mani-festações culturais, inclusive a de caráter popular.

No último semestre, as ações ocorreram de forma gradativa, com ênfase às apresentações de teatro, música e dança rea-lizadas no Teatro Municipal de Macaé (TMM), para cerca de 46 mil espectadores. As apresen-tações dos grupos artísticos no projeto Ensaios Abertos, com a participação da Orquestra Po-pular de Macaé (OPM), Coral da Cidade, Grupo de Choro e Orquestra da Escola Munici-pal de Artes Maria José Guedes (Emart) também chamaram atenção e deram oportunidade ao público macaense de apre-ciar a música popular e erudita.

Já o espetáculo da Escola Mu-nicipal de Dança de Macaé con-clui as oficinas de ballet clássi-co, jazz, dança contemporânea e urbana (hip hop), oferecidas gratuitamente a crianças, ado-lescentes e jovens.

Assumpção destacou a rea-lização dos projetos da Vice-Presidência de Acervo e Patri-mônio Histórico, com sede no Solar dos Mellos - Museu da Cidade, que promoveram as habilidades de pesquisa, com-preensão e construção do co-nhecimento sobre a memória e identidade do município de

BOA LEITURA

Cinquenta Tons na PráticaSexo tem que ser como um soco

no estômago deve pegar você des-prevenido, fazendo com que perca o fôlego só de pensar no que está por vir. Sexo tem que fazê-lo pegar fogo, permitindo que uma par-te sua que você nem imagina que existe venha à tona. Carícias suaves e luz de vela nem sempre têm esse efeito. “50 Tons na Prática” é o guia que vai tornar cada noite sua uma fantasia erótica. Você encontrará neste guia ideias devassas que com certeza vão aguçar sua imaginação e deixar seus nervos à flor da pele. Dos autores Debra Macleod e Don Macleod, “Cinquenta Tons na Prá-tica” tem 124 páginas e é um lança-mento da Editora Nova Fronteira.

Profundamente SuaNeste ardente livro, detalhes

perturbadores da história de Gi-deon são revelados, e Eva se de-fronta com a reaparição de um fantasma do passado, enquanto os dois lutam para construir um futuro juntos. Segundo volume da trilogia “Crossfire”, “Profun-damente Sua” dá continuidade à jornada que Eva e Gideon come-çaram em “Toda Sua”, romance de Sylvia Day publicado em 34 paí-ses que já vendeu mais de 1 milhão de exemplares e 600 mil e-books só nos Estados Unidos. Com 256 páginas, o livro é um lançamento da Editora Paralela.

Você sabia que o envelhecimento é uma doença causada por ataques do nosso próprio sistema imunoló-gico? Mas como isso é possível? Ele não deveria nos ajudar? É ver-dade, mas a ciência provou que esse sistema pode se tornar perigoso. O envelhecimento e todas as doenças associadas a ele surgem quando o sistema imunológico se torna hi-perativo, isto é, quando seus com-ponentes, ou "soldados", atacam nosso organismo, e não apenas os vírus e as bactérias que deveriam estar combatendo. Neste livro, você saberá o que fazer para que suas defesas naturais atuem de forma equilibrada, repelindo ameaças de doenças, mas sem serem hiperati-vas. Isso permitirá que você tenha

Para Bella Swan, estar apaixonada por um vampiro é tanto uma fantasia como um pesadelo, costurados em uma perigosa realidade. Empurrada em uma direção por sua paixão por Edward Cullen e em outra por sua li-gação com o lobisomem Jacob Black, ela resistiu a um ano de tentação, per-da e conflito. O momento da escolha entre ser parte do mundo dos imortais e permanecer humana é o marco que poderá mudar o destino dos clãs de vampiros e de lobisomens. Agora que Bella tomou sua decisão, uma assusta-dora corrente de acontecimentos está para se desdobrar, com consequên-cias devastadoras. Quando as feridas

parecem prontas para ser cicatrizadas, e os confrontos da vida de Bella, resol-vidos, isso pode significar a destruição. Para sempre. Assombroso e de tirar o fôlego, “Amanhecer”, a aguardada conclusão da Saga Crepúsculo, escla-rece os mistérios e os segredos desse épico romântico que arrebatou milhões de leitores. O livro acompanha pôster exclusivo, impresso frente e verso. A “Saga Crepúsculo” já vendeu quase 6 milhões de exemplares no Brasil. O filme “Amanhecer - Parte 1” atraiu mais de 7 milhões de espectadores para os cinemas brasileiros. De Stephenie Meyer, o livro tem 576 páginas e é um lançamento da Editora Intrínseca.

não apenas uma vida longa, mas uma vida longa e saudável. O Dr. Mark Liponis, diretor médico do Canyon Ranch, apresenta um ino-vador Programa de Sete Passos com orien tações práticas sobre respiração, alimentação, sono, atividade física, sentimentos, am-biente externo e fortalecimento do organismo. Fáceis de seguir, essas sugestões vão ajudar você a viver muito e com o máximo de saúde, felicidade e bem-estar. Comece fa-zendo o teste da ultralongevidade para saber a que velocidade você está envelhecendo e, depois, co-loque em prática as sugestões do programa para desacelerar esse processo. Com 272 páginas, o li-vro é da Editora Sextante.

Amanhecer

Ultralongevidade

Macaé. "Cultura de Quintal", "Lugares de Memória", "Visita Guiada/Educação Patrimo-nial", "Série de Encontros no Solar", "Macaé em Fontes Pri-márias" e "Memória.doc" estão entre os planos de trabalho que foram desenvolvidos com cen-tenas de cidadãos participantes, tendo à frente das ações a histo-riadora Gisele Muniz.

Entre as ações de difusão e promoção dos museus, destaca-se as atividades realizadas du-rante a 9ª Semana Nacional de Museus, que teve o tema "Mu-seus e Memórias Indígenas" re-alizada em setembro deste ano.

O presidente da Fundação Macaé de Cultura ressaltou um ganho que a FMC teve este ano, com a Reforma Administrativa da prefeitura. "Por meio da re-forma promovida pelo prefeito Dr. Aluízio, a Vice-Presidência

de Promoção e Preservação da Identidade Cultural e Racial do Município (CPPIR) passou a fa-zer parte desta Fundação, com o objetivo de adotar políticas de ações afirmativas para reduzir progressivamente as desigual-dades e promover a ascensão socioeconômica da população negra e discutir questões que dizem respeito à discrimina-ção, racismo e preconceito", pontuou.

A CPPIR, que é presidida pela pedagoga Zoraia Dias, de-senvolveu ações de promoção e preservação da identidade cultural e racial como o projeto "Cabeça de Nego" que desenca-deou o "Fala Jovem", "Ciranda de Papo e Memória", "Medalha Carucango", "Oficina de Tur-bantes" e o curso de Formação Continuada aos Professores da Rede de Ensino, em parceria

com a Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A cultura popular, como ele-mento fundamental e insubsti-tuível na construção da própria identidade, é marca da atual gestão, através da manutenção do Polo de Cultura da Frontei-ra. Atividades de dança urbana, balé, jazz, capoeira, lambaeróbi-ca, percussão, teatro, oficina de artes, circo, ginástica localizada, corfebol (jogo holandês) e grafi-te fizeram parte da vida de 400 moradores daquela região.

Ainda em 2015, uma grande novidade foi a criação do Mu-lheres sem Fronteira, promo-vido pelo Polo Cultural e que contou com a parceria da CP-PIR, a Subsecretaria Municipal de Políticas para as Mulheres e da empresa Racco, que tem o objetivo de levar às mulheres da comunidade, conhecimentos e

experiências relevantes para o seu desenvolvimento familiar e de seus negócios, bem como oferecer um espaço para o di-álogo.

Para as artes visuais, a Gale-ria Hidemburgo Olive abriu es-paço para artistas plásticos da região e estudantes de pintura da Emart para expor seus tra-balhos de conclusão de curso. Foram diversas exposições, em destaque para a "Negro em Te-la" do artista Luciano Pau Ferro, que mostrou uma diversidade de cenários relativos à cultura africana e afro-brasileira. As obras ficam expostas na galeria até ano que vem.

No segundo semestre de 2015, a fundação firmou parce-rias com o objetivo de propor-cionar aos grupos artísticos e li-gados à cultura a divulgação dos seus trabalhos e um espaço para

a prática artística em todas as suas vertentes, no teatro e locais de espaço público, como o Solar dos Mellos, Praças das Artes e Veríssimo de Mello. Festival Fo-lia de Reis, Caminhada contra a Intolerância Religiosa, Festival Holístico Eco Yoga, Sábado em Cena, Encontro de Seresteiros e Macaé Cine foram alguns dos projetos que a FMC apoiou.

Foram destaque também a realização da primeira Confe-rência Regional de Cultura do Norte Fluminense (CRC/NF), que reuniu gestores da região e contou com a presença da se-cretária de Estado de Cultura, Eva Doris Rosental; a distri-buição de um acervo literário composto de mil exemplares para as bibliotecas públicas e comunitárias e a manutenção do Convênio Cine Clube Ma-caé-Petrobras.

O presidente Humberto Assumpção

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 CADERNO DOIS Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

COLUNA DA MULHER

VIVER BEM

SUPERAPETITE

Comer menos, só que mais vezes. Esse é o segredo de algumas personalidades

para manter a forma e, prin-cipalmente, a saúde. Aliado a exercícios físicos, o consumo dos alimentos em pequenas porções ao longo do dia - levan-do em conta, é claro, as calorias e a qualidade nutricional ideal para cada pessoa - é considera-do uma das melhores formas de emagrecer com saúde.

Esse tipo de divisão ativa o metabolismo. O corpo terá de trabalhar muito mais, já que precisa processar um número maior de refeições e o fracio-namento manterá o nível de energia disponível (glicose) constante, sem precisar guar-dá-las na forma de gordura. Ele recebe a mensagem de que não precisa depositar energia para uso futuro, já que está garantida a cada 3 ou 4 horas, afirmam os especialistas.

A ingestão dos alimentos em pequenas quantidades ao longo do dia deve incluir ali-mentos energéticos, constru-tores e reguladores, capazes de oferecer todos os nutrientes que o organismo necessita. O ideal é fazer entre cinco e seis refeições diárias em horários fixos e com moderação. O tem-po entre uma refeição e outra não deve ser menor que duas horas nem maior que quatro horas. Alguns alimentos não

podem faltar na dieta, como frutas, cereais, saladas, carnes grelhadas e queijos magros.

Uma das vantagens dessa forma de alimentação é o retar-damento do processo de enve-lhecimento. Já está comprovado que uma dieta bem equilibrada, rica em vitaminas, minerais e outros nutrientes importantes ao bom funcionamento celular, reduz a velocidade do envelhe-cimento. Isso é justificado pela presença constante de substân-cias com efeito antioxidante na dieta, afirmam os nutricionistas.

Com o passar dos anos, vamos acumulando os temíveis "radi-cais livres", que destroem as cé-lulas, impedindo a continuação da multiplicação celular normal. Nutrientes como a vitamina C, vitamina E e selênio neutrali-zam essas substâncias. Portan-to, quanto melhor a oferta de alimentos variados, coloridos e de preferência, sem a conta-minação por agroquímicos (os chamados "orgânicos"), maior será a ação antioxidante.

A seguir algumas dicas de co-mo se alimentar corretamente:

No café da manhã, utilize fru-tas variadas, de preferência in-teiras e não na forma de sucos. Escolha uma porção de cereais integrais ricos em fibras - aveia, granola, pães ou torradas inte-grais - ou produtos a base de mi-lho ou polvilho. Prefira laticínios desnatados - use regularmente

iogurtes ou faça vitaminas espe-ciais (leite + frutas + fibras).

No lanche da manhã varie com castanhas, nozes ou frutas. No almoço opte por saladas bem coloridas (mais de três cores), temperadas com azeite de oliva extra virgem. Mantenha sem-pre um tipo de vegetal refogado (cada dia um diferente) ou na forma de suflê. Escolha sempre um cereal: arroz integral ou ba-tatas, ou mandioca, ou massa, ou farofa. Coma feijões três vezes por semana, em média: feijão, ou lentilha, ou ervilha, ou grão de bico. Opte por peixes, frango (caipira), peru, carne vermelha (menor frequência).

O lanche da tarde os alimen-tos são semelhantes ao café da manhã. No jantar varie com so-pas ou caldos, ou saladas mais um grelhado (peixes/frango), ou omelete. Evite os cereais ou do-ces a partir do horário do jantar.

A ceia é opcional. Caso opte por ela, ingira castanhas ou io-gurtes magros (sugestão: acres-cente germe de trigo ou semente de linhaça triturada).

Importante: As quantida-des são relativas a cada pessoa; Utilize alimentos orgânicos; Mastigue lentamente; Hidrate-se constantemente (preferir água!); Saia do sedentarismo; Mantenha uma vida social ativa.

Não esqueça: para uma die-ta saudável consulte um nu-tricionista!

Alimentação fracionada mantém o corpo em forma, melhora o metabolismo e torna o processo de envelhecimento mais lentoGB IMAGEM

Aprenda a comer para ter beleza e saúde

Geralmente, ingerimos primeiros as guloseimas mais vistosas e depois pensamos no que realmente alimenta. O primeiro passo é aprender a conter a compulsão e saber incluir os doces e chocolates no cardápio de maneira saudável

Ingredientes: ●450 gramas de farinha de trigo ●50 gramas de manteiga

●1 xícara (chá) de leite ●80 gramas de açúcar ●1 tablete de fermento biológico fresco ●½ colher (sopa) de açúcar de baunilha ●75 gramas de castanha do Pará moída ●140 gramas de uva passa embebida em rum

●50 gramas de frutas cristalizadas ●1 colher (chá) de suco de limão

Preparo:●MISTURE o açúcar e o

fermento até ficar bem líquido ●JUNTE o leite e o suco de limão, raspe um pedacinho da casca deste último ●ACRESCENTE a manteiga, o açúcar de baunilha e uma parte da farinha de trigo, e misture

●COLOQUE as frutas cristalizadas e a uva passa ●AMASSE bem ●O restante da farinha de trigo vai sendo colocado aos poucos até que a massa solte das mãos ●ABRA a massa, faça um rolo e coloque em fôrma forrada com papel manteiga untado

●DEIXE descansar coberto e

em local arejado durante 2 horas ●LEVE ao forno préaquecido (180º) durante aproximadamente 1 hora, ou até ficar bem dourado ●RETIRE do forno, pincele com manteiga e polvilhe com açúcar de confeiteiro e canela em pó

Dica: ●NÃO tenha pressa ao assar o Stolen ●SE quiser, substitua as frutas cristalizadas por nozes moídas ●O Stolen pode ser moldado de acordo com sua preferência ao invés de ser colocado na fôrma

Stolen

O Stolen é um pão tradicional da culinária alemã e muito popular no Sul do Brasil. É ótimo no lanche da tarde pode ser guardado embalado em filme plástico durante alguns dias

Quem tem medo de anestesia?Só de ouvir a palavra “anes-tesia”, algumas pessoas tre-mem de medo. Nem mesmo os pacientes dos dentistas esca-pam desta fobia. No entanto, o procedimento garante con-forto aos pacientes; ninguém consegue imaginar uma cirur-gia realizada sem anestesia.

A anestesia é cada vez mais indispensável na área da saú-de. Dela dependem cirurgias e diversos procedimentos mé-dicos, trazendo mais confor-to e segurança para o pacien-te. Apesar de envolver muita tecnologia, e ser bastante se-gura, como tudo na Medicina envolve riscos. Uma consulta prévia com o anestesiologista, a realização de exames pré-operatórios, a escolha corre-ta do tipo de anestesia a ser empregada no paciente, além

de um bom equipamento de anestesia com toda a moni-torização indicada são alguns elementos-chave, explicam os especialistas nesta área médica.

Os especialistas explicam ainda que não há como reali-zar teste para se ministrar um ato anestésico, pois o próprio teste com os medicamentos usados pelo anestesiologista poderia levar a complicações indesejáveis. Assim, é funda-mental a consulta pré-opera-tória, na qual o médico veri-ficará a história do paciente, antecedentes que sinalizam prováveis complicações que podem ocorrer. Dessa ma-neira, é possível evitar a ad-ministração de determinados medicamentos ou adotarmos estratégias para a condução

da anestesia.O medo, portanto, costuma

ter origem no aspecto psico-lógico da perda da consciên-cia e, por conseguinte, da sua autonomia. Algumas pessoas não se sentem confortáveis ao depositar suas vidas nas mãos de outra pessoa, além dos ris-cos que o procedimento anes-tésico-cirúrgico pode resultar. Nestes casos, o paciente deve ser esclarecido em todas as suas dúvidas, o que certamen-te o deixará mais tranquilo e confiante no procedimento que irá realizar.

Para o sucesso da aneste-sia, o paciente tem papel fun-damental. Procurar por um médico qualificado, em local adequado, e de preferência dentro de ambiente hospi-talar são alguns itens muito

importantes. A formação ideal para o médico que vai aplicar anestesia inclui a graduação em Medicina e uma pós-gra-duação de três anos em Resi-dência Médica reconhecida pelo Ministério de Educação e Cultura e/ou Sociedade Brasileira de Anestesiologia, sendo conferido ao profissio-nal o título de Especialista. A atualização é efetuada pelos programas de educação con-tinuada realizados nas so-ciedades de especialidades, através de congressos, cursos e publicações.

Em termos de segurança a anestesiologia brasileira po-de ser considerada boa em comparação com a praticada em países de ponta. A aneste-siologia brasileira tem tradi-ção de contínua preocupação

com a segurança do paciente. A começar pela estrutura de formação de novos especia-listas, com a organização e avaliação dos Centros de En-

sino e Treinamento em todo o país, o compromisso com a educação continuada e atual-mente com recertificação dos especialistas.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 CADERNO DOIS 7

CIGARRAS DE MACAÉpor AURORA [email protected]

MENSAGEM DE FÉpor ROBSON OLIVEIRA

CIGARRAS DE MACAÉ - Neste domingo, 27 de dezembro vamos homenagear um poeta, amigo de nosso Coro de Cigarras de Macaé, autor do livro “O Jardim e o Fantasma”. Pra você nossa home-nagem, MARCO ANTÕNIO FURTADO

Minha mãe, no velho sofáde veludo verde,melancólica, fala

das saudades de Fefecur,pão de alemães de Teófilo Otoni.

Lembra os tempos de Monte Cristo,De Alcobaça e festas de antes.

Da vó italianae dos brilhantes

vendidos às pressasem cirurgia renal.

Fala dos tios. Leléia madrinha,Gustavo, Raul, Mário, José e bem mais.

Fala da guerrado boogie-woogie,

de Baíminas, da Cruzeiroe da Pannair.

Olha doces, empadas e pastéiscom olhar distante.

E num lenço, escondido,enxuga duas lágrimas

de uma festa longe.Estranha festa

o aniversário de gente grande.

FIM DE FESTAMarco Antonio Furtado

Querido amigo Marcos, já lemos seu livro de ponta a ponta e suas lindas poesias sempre nos sur-preendem.Desta vez o título nos chamou a atenção, “Fim de Festa”... Hoje, muitas festas estão real-mente no fim, outras apenas começando... Muitas pessoas se perguntando, valeu a pena? Saí dali tão triste, ou então, que maravilha, não poderia ser melhor... Presságio de que o ano que está chegando será maravilhoso!!! É, daqui a poucos dias estaremos em 2016, um ano que já se anuncia cheio de surpresas, cheio de perguntas... Você dirá, mas todo ano é assim! E diremos, nunca em nossos poucos anos de vida, e lá se vão mais de sessenta, sentimos tanta indignação com as notícias apresentadas nos jornais, rádio e TV, sem contar com a instantânea Internet... Enxugamos lágrimas todos os dias... A festa não está longe, está aqui ao lado, está na rua em que moramos, no nosso bairro, inunda nossa cidade, alastra-se pelo estado e toma conta do país... Um redemoinho de calamidades onde a Natureza perde para a conduta ética da gente grande e pensamos que a festa é mesmo estranha , pois no final nada levaremos, nada de empadinhas, brilhantes, pães... Só levaremos o que fizemos, e que fez bem a outrem ,nada mais... Cigarras cantam para 2016, que venha em cada um de nós o sentido de amor ao próximo, porque assim a festa não terá fim!!! Feliz 2016!

[email protected] <mailto:[email protected]>

Aurora Ribeiro Pacheco

Poder e VaidadeFala-se muito das misérias

humanas. Fala-se, sobrema-neira, da miséria econômica.

Mas, ao lado das misérias materiais há outras de maior gravidade, que são as misé-rias morais.

A vaidade é uma delas. Mistura-se a todas as ações humanas e mancha os pen-samentos mais delicados. Penetra o coração e o cé-rebro.

Planta má, a vaidade abafa a bondade. Todas as qualida-des são aniquiladas por seu veneno.

Faz com que os homens se esqueçam de Deus, que se constitui em socorro apenas implorado nos momentos de aflição, e jamais o Amigo convidado ao banquete da alegria.

A vaidade, por si só, se constitui em obstáculo ao progresso moral dos ho-mens, mas quando está de mãos dadas com o poder, torna-se nefasta.

Nos tempos em que as es-tradas poeirentas da Galileia ainda eram marcadas pelas sandálias humildes do Subli-me Galileu, um ensinamen-to singular ficou impresso na História, através de um diálogo do Cristo com um senador romano.

Jesus falou-lhe de humil-dade mas, aquele homem investido dos poderes e gló-rias transitórios, deixou-se arrebatar por uma onda de orgulho e questionava-se mentalmente:

Humildade? Que creden-ciais apresentava o profeta para lhe falar assim, a ele,

senador do Império Ro-mano, revestido de todos os poderes?

Lembrou a cidade dos Cé-sares, coberta de triunfos e glórias, cujos monumentos acreditava, naquele momen-to, fossem imortais.

Jesus, conhecedor das Leis eternas e imutáveis que re-gem a vida, percebendo seus pensamentos, respondeu com serenidade e firmeza:

Todos os poderes do teu império são bem fracos e todas as suas riquezas bem miseráveis...

As magnificências dos Cé-sares são ilusões efêmeras de um dia, porque todos os sábios, como todos os guer-reiros, são chamados no momento oportuno aos tri-bunais da justiça de Meu Pai que está no Céu.

Um dia, deixarão de exis-tir suas águias poderosas sob um punhado de cinzas misérrimas. Suas ciências se transformarão ao sopro dos esforços de outros tra-balhadores mais dignos do progresso.

Suas leis injustas serão tra-gadas no abismo tenebroso desses séculos de impiedade, porque só uma Lei existe e sobreviverá aos escombros da inquietação do homem: A Lei do amor, instituída por Meu Pai, desde o princípio da Criação...

Nesses ditos de Jesus, há um singular ensinamento: a transitoriedade das osten-tações humanas construídas sob os impositivos da vaida-de.

E Jesus tinha razão. Dois

milênios após, pouca coisa restou daquele Império tido como imortal. Restam hoje apenas algumas ruínas que o tempo se encarregará de extinguir.

Todavia, o tempo não lo-grará destruir os ensina-mentos grandiosos legados à Humanidade pelos cidadãos romanos que se dedicaram a construir patrimônios impe-recíveis, não sujeitos às leis da matéria.

Deus, antes de colocar a Humanidade sobre a face da Terra a enfeitou de be-lezas naturais, revestiu-a de todos os elementos e re-cursos necessários ao nosso bem-estar.

Para iluminar o dia, Ele nos deu o Sol, radiação glo-riosa. E para clarear as noites salpicou-as de estrelas, como se fossem flores de ouro.

E nós, o que temos para ofertar a Deus, senão o nosso coração?

Mas, longe de enfeitá-lo com alegrias, virtudes e es-peranças e permitir que Deus o penetre, só o fazemos quando o luto, as amarguras e decepções nos visitam e nos ferem.

Deixemos a vaidade de la-do e ofertemos o nosso cora-ção livre de dores.

Ofereçamo-lo a Deus co-mo homens, de pé, e não como escravos, de joelhos. Lembremo-nos de Deus também nas horas de alegria e felicidade.

Quem se humilha será exaltado e quem se exalta será?

HUMANIZAÇÃO

Pacientes de hospital de Casimiro de Abreu recebem visitas especiaisGrupos religiosos se uniram para levar alegria e descontração para os atendidos

Os corredores do Hospital Municipal Ângela Maria Simões Menezes se en-

cheram ainda mais de amor e carinho no último domingo, dia 20. Nesta data, represen-tantes de alguns grupos reli-giosos do município se uniram para levar alegria aos pacien-

tes que estavam internados na unidade. "Esta é uma política que está voltada para a huma-nização do atendimento, que tanto defendemos na saúde do nosso município", declarou Edson Mangefesti, secretário de Saúde

Antes da visita, todos se

prepararam e se vestiram de palhaços com direito a per-na de pau. De acordo com o secretário de Saúde, Edson Mangefesti, esses momen-tos colaboram bastante para o tratamento. "Nem todas as pessoas têm condições de receber visitas. Dessa forma,

esse carinho especial que eles recebem reflete com certeza na melhora de cada um. Esta é uma política que está vol-tada para a humanização do atendimento, que tanto de-fendemos na saúde do nosso município", disse.

Rosália Silva é mãe da pe-

quena Jussara, de apenas três anos, que estava internada na unidade e ficou feliz ao ver o Papai Noel. Ela ganhou uma boneca do bom velhinho. "Is-so é algo bem especial, ainda mais para as crianças que pas-sam por estes desafios. É uma forma de levar alegria para

todos nós".A última visita dos integran-

tes foi realizada no Dia das Crianças. Entretanto, o hospi-tal está aberto para parcerias com esta mesma finalidade. Os interessados devem ligar para o (22) 2778-3890 e fazer o agendamento.

A última visita dos integrantes a unidade foi no dia das crianças

MAGNO LOPES

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 CADERNO DOIS Macaé, domingo, 27 e segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O DEBATINHO por KÁTIA GOLOSOV [email protected]

Pequenos amados

O príncipe Tales

Ribeiro, vestido

lindamente de Papai

Noel

A linda Barbara da Mata Stephen, enfeitando o Natal de Papai Noel

Os belos irmãos Maria Clara Fernandes e João Miguel, em clima de festa Natalina

O talentoso João Pedro Passos, visitando o Papai Noel

O bonitão Theo Ribeiro e sua amiguinha, a princesa Sofi a, assim que ele a chama, em festa de Natal da escola

Chegamos ao fi m de mais um ano e posso concluir da seguinte maneira: todo es-te ano que ficamos juntos,

através de O Debatinho, foi muito prazeroso para mim. Espero que tenha conse-guido colocar em cada foto

aqui, algo que tenha feito vocês felizes, pois este foi o meu objetivo principal.

Então desejo para vocês,

meus lindinhos, que to-da a esperança, emoções e vitórias caiam como uma chuva de alegria, tornando

o mundo um lugar melhor para vocês viverem bem, pequenos. Desejo também do fundo do coração que a

promessa deste novo ano que se anuncia seja cheia de encantos e magias. Feliz Ano Novo!!!

Maria Clara Matos Lessa, curtindo de pertinho a magia do Natal