Caldeiraria - Procedimento de Seguranca

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CPM - Programa de Certificao de Pessoal de Manuteno

CaldeirariaProcedimento de Segurana e Higiene do Trabalho

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Procedimento de Segurana e Higiene do Trabalho - Caldeiraria

SENAI - ES, 1996

Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderrgica de Tubaro) Elaborao: Carlos Roberto Sebastio (SENAI)

SENAI - Servio Nacional de Aprendizagem Industrial DAE - Diviso de Assistncia s Empresas Departamento Regional do Esprito Santo Av. Nossa Senhora da Penha, 2053 - Vitria - ES. CEP 29045-401 - Caixa Postal 683 Telefone: (27) 3325-0255 Telefax: (27) 3227-9017

CST - Companhia Siderrgica de Tubaro AHD - Diviso de Desenvolvimento de Recursos Humanos AV. Brigadeiro Eduardo Gomes, n 930, Jardim Limoeiro - Serra - ES. CEP 29163-970 Telefone: (27) 3348-1333

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SumrioSegurana e Higiene do Trabalho.......................................... 05 Introduo ......................................................................... 05 Acidente do Trabalho ............................................................. 06 Definio ........................................................................... 06 Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado ............. 07 Identificao das Causas do Acidente ............................... 08 Classificao do Acidente.................................................. 11 Padro Operacional........................................................... 12 Equipamento de Proteo...................................................... 13 Introduo ......................................................................... 13 Equipamento de Proteo Coletiva.................................... 13 Equipamento de Proteo Individual ................................. 14 Riscos Ambientais.................................................................. 20 Introduo ......................................................................... 20 Classificao dos Riscos ................................................... 20 Fatores que Colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos Sade ............................................................................. 21 Vias de Entrada dos Materiais Txicos no Organismo....... 22 Riscos Qumicos................................................................ 23 Riscos Fsicos.................................................................... 25 Riscos Biolgicos............................................................... 27 Principais Medidas e Controle dos Riscos Ambientais....... 28 Medidas Relativas ao ambiente ......................................... 28 Medidas Relativas ao pessoal ........................................... 30 Riscos de Eletricidade............................................................ 32 Introduo ......................................................................... 32 O que Eletricidade .......................................................... 32 Lei de OHM ....................................................................... 33 Efeitos da Corrente Eltrica ............................................... 34 Principais Sintomas Causados pelo Choque ..................... 35 Riscos Eltricos ................................................................. 36 Cuidados nas Instalaes Eltricas ................................... 37 Medidas Preventivas em Instalaes Eltricas .................. 37 Aterramento Eltrico .......................................................... 39 Noes Bsicas de Demarcaes de Segurana ...................40 Introduo ..........................................................................40

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Cores e Sinalizao na Segurana do Trabalho.................40 Noes Bsicas de Combate Incndio.................................48 Princpios Bsicos do Fogo ................................................48 Condies Propcias para a Combusto.............................51 Combusto .........................................................................55 Combate Incndio ...........................................................65 Tipos de Equipamentos para Combate Incndios ...........68 Primeiros Socorros..................................................................78 Introduo ..........................................................................78 Material necessrio para Emergncia.................................79 Ferimentos .........................................................................80 Hemorragias.......................................................................84 Queimaduras......................................................................87 Choque Eltrico ..................................................................88 Calor...................................................................................89 Frio .....................................................................................91 Estado de Choque..............................................................92 Desmaios ...........................................................................93 Convulso ..........................................................................94 Intoxicaes e Envenenamentos ........................................95 Corpos Estranhos...............................................................97 Fraturas e Leses de Articulao .......................................98 Acidentes por Animais Peonhentos ..................................100 Parada Cardaca - Massagem Cardaca.............................102 Parada Respiratria - Respirao Artificial .........................104 Resgate e Transporte de Pessoas Acidentadas .................106 Controle Ambiental..................................................................113 Meio Ambiente....................................................................113 Poluio..............................................................................113 Controle Ambiental na CST ................................................116 Padronizao Ambiental.....................................................116 Responsabilidade Ambiental ..............................................117

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Segurana e Higiene do Trabalho

Introduo sabido que o brasileiro, tradicionalmente, no se apega Preveno, seja ela de acidentes do trabalho ou no. A nossa formao escolar no nos enseja qualquer contato com tcnicas de Preveno de Acidentes, nem ao menos com a sua necessidade. Assim, at o nosso ingresso no mercado de trabalho e, assim mesmo, dependendo do setor de atividade e, pior ainda, da empresa em que trabalharemos, que teremos o primeiro contato com a Preveno de Acidentes, isso, j na idade adulta! Na verdade, embora de forma precria, a nica vez em que normalmente temos alguma noo de preveno no lar, atravs da me, ao nos puxar a orelha, dar-nos umas palmadas por alguma travessura, mas, incoerentemente, , tambm, no prprio lar que somos desafiados, pela primeira vez, a demonstrar coragem, praticando o Ato Inseguro, juntamente, pelo prprio pai. Da, a grande necessidade que a empresa moderna tem de aplicar recursos, investir em treinamento, em equipamentos e em mtodos de trabalho para incutir em seu pessoal o Esprito Prevencionista e, atravs de tcnicas e de sensibilizao, combater em seu meio o Acidentes do Trabalho que, conforme tem sido demonstrado, atinge forte e danosamente a Qualidade, a Produo e o Custo.

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Acidente do Trabalho

Definio O Acidente toda e qualquer ocorrncia imprevista e indesejvel, instantnea ou no, que provoca leso pessoal ou de que decorre risco prximo ou remoto dessa leso. Se tal ocorrncia estiver relacionada com o exerccio do trabalho, estar, ento, caracterizado o Acidente de Trabalho. Trocando o conceito em midos: A ocorrncia imprevista por no ter um momento prdeterminado (dia ou hora) para acontecer. preciso distinguir previsto/imprevisto de previsvel/imprevisvel. O "previsto" significa programa, enquanto o "previsvel" sugere possibilidade. Assim, pode-se dizer que o acidente previsvel em funo de circunstncias (uma escada de degraus defeituosos, um mecnico esmerilhando sem culos, por exemplo), isto , existe a possibilidade, clara, de ocorrer o acidente. No entanto, a ocorrncia no est prevista, por no estar programada. O indesejvel, bvio, por no se querer o acidente. Da, se algum, intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra outro e o atinge, caracteriza-se o acidente, apesar de o indivduo ter desejado atingir o outro. Isso se d porque a ocorrncia caracterizada em funo da vtima (ou vtima potencial) e claro que ela no queria ser atacada. O "instantnea ou no" faz a diferena entre o acidente tpico, como o conhecemos (queda, impacto sofrido, aprisionamento, etc.) e a doena ocupacional ou do trabalho (asbestose, saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidente propriamente dito a ocorrncia que tem conseqncia (leso) imediata em relao ao momento da ocorrncia (queda = fratura, luxao, escoriaes). A Doena Ocupacional conseqncia mediata em relao exposio ao risco (exposio ao vapor de chumbo hoje, saturnismo aps algum tempo). O acidente, no implica, necessariamente em leso, podendo ficar somente no risco de provoc-la (acidente sem vtima). Assim, a queda de uma marreta, por exemplo, o acidente que pode ser com vtima (provoca leso) ou sem vtima (no atinge ningum). A ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), em sua NB o 18 (Norma Brasileira n 18) focaliza o acidente sob os seguintes aspectos:___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 6

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Tipo: Classifica o acidente quanto sua espcie, como Impacto de Pessoa Contra (que se aplica aos casos em que a leso foi produzida por impacto do acidentado contra um objeto parado, exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento de objeto); Queda com Diferena de Nvel (ao da gravidade, com o objeto de contato estando abaixo da superfcie em que se encontra o acidentado); Queda em Mesmo Nvel (movimentado devido perda de equilbrio, com o objeto de contato estando no mesmo nvel ou acima da superfcie de apoio do acidentado); Atrito ou Abraso; Aprovisionamento, etc.

Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado Sob todos os ngulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalho apresenta fatores altamente negativos no que se refere ao aspecto humano, social e econmico, cujas conseqncias se constituem num forte argumento de apoio a qualquer aes de controle e preveno dos infortnios ocasionais. Aspecto Humano Bastaria a consulta as estatsticas oficiais, que registram os acidentes que prejudicam a integridade fsica do empregado, para conhecimento do grande ndice de pessoas incapacitadas para o trabalho e de tantas vidas truncadas, tendo como conseqncia a desestruturao do ambiente familiar, onde tais infortnios repercutem por tempo indeterminado. Aspecto Social Em referncia a este aspecto, vamos analisar o acidente do trabalho e suas conseqncias sociais, visando a estes dois aspectos: o acidente do trabalho como efeito; o acidente do trabalho como causa. Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele resulta de uma ao imprudente ou de condies inadequadas, isto , quando ele resulta de uma inobservncia das normas de segurana; pode-se consider-lo como causa quando se tem em vista as conseqncias dele advindas. Como se deduz, so imensurveis, em termos de extenso e proporo, as conseqncias dos acidentes do trabalho. Mas, o importante diante de todos os aspectos que possam ser apresentados, que as pessoas se inteiram dessa realidade,___________________________________________________________________________________________________ SENAI Departamento Regional do Esprito Santo 7

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interessando-se pela aplicao correta das medidas de preveno do acidente, para no se tornarem vtimas do mesmo. Aspecto Econmico Um dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes do trabalho, o prejuzo econmico cujas conseqncias atingem ao empregado, a empresa, a sociedade e, em uma concepo mas ampla, a prpria nao. Quanto ao empregado, apesar de toda a assistncia e das indenizaes recebidas por ele ou por seus familiares atravs da Previdncia Social, no caso de acidentar-se, os prejuzos econmicos fazem-se sentir na medida em que a indenizao no lhe garante necessariamente o mesmo padro de vida mantido at ento. E, dependendo do tipo de leso sofrida, tais benefcios, por melhores que sejam, no repararo uma invalidez ou a perda de uma vida. Na empresa, os prejuzos econmicos derivados dos acidentes variam em funo da importncia que ela dedica preveno de acidentes. A perda ainda que de alguns minutos de atividade no trabalho traz prejuzo econmico, o mesmo acontecendo com a danificao de mquinas, equipamentos, perda de materiais etc. Outro tipo de prejuzo econmico refere-se ao acidente que atinge o empregado, variando as propores quanto ao tempo de afastamento do mesmo, devido gravidade da leso. As conseqncias podem ser, dentre outras: a paralisao do trabalho por tempo indeterminado, devido impossibilidade de substituio do acidentado por um elemento treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influncia psicolgica negativa que atinge os demais empregados e que interfere no rtmo normal do trabalho, levando sempre a uma grande queda da produo. Em termos gerais, esses so alguns fatores que muito contribuem para os prejuzos econmicos tanto do empregado quanto da empresa.

Identificao das Causas do Acidente fundamental que se entenda que a busca da causa de um acidente no tem, absolutamente, o objetivo de punio, mas, sim, o de encontrar a partir das causas, as medidas que possibilitem impedir ocorrncias semelhantes. A causa do acidente pode estar em fatores hereditrios (herana sangnea) ou de meio-ambiente (cultura). Pode, tambm, originar-se de falha pessoal. Clareando: a Hereditariedade, processo de transmisso de caractersticas fsicas e mentais dos ascendentes (pais, avs, etc.) para os descendentes (filhos, netos, etc.), quando o ambiente propcio, manifesta-se sob a forma de fobias, principalmente as claustrofobia ( medo de___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 8

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lugares fechados), acrofobia (medo de altura), etc., e de outras formas. Tal manifestao interfere na formao do homem, dando oportunidade ao afloramento das falhas pessoais (atitudes imprprias, inadequadas, por exemplo: imprudncia, negligncia, exibicionismo, insubordinao, etc.). A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos Inseguros ou criar/permitir Condies Inseguras. Resumindo: o acidente tem origem nos antecedentes hereditrios e no meio-ambiente da primeira infncia do homem. As caractersticas indesejveis, herdadas (hereditariedade) ou adquiridas (meio-ambiente) manifestam-se atravs da falha pessoal que, por sua vez, induz o homem a criar ou permitir a condio insegura e/ou praticar o ato inseguro, que so as causas aparentes do acidente que pode, ou no, resultar em leso pessoal. Para esclarecer, imaginemos uma situao: a companhia admite um novo empregado que ter a ocupao de escarfador. O candidato selecionado jovem e a CST sua primeira empresa. At ento, trabalhar no quiosque do pai, na praia de Camburi, o dia todo, vontade, de sunga, vez por outra tomando uma aguinha de coco, enquanto inspecionava biqunis e similares. Pois bem, esse rapaz comea a trabalhar na CST e, aps treinamento, se v todo equipado para o trabalho; possivelmente, no se adaptar, sentir-se- agoniado, preso: A SITUAO MUITO DIFERENTE E A TENDNCIA CHEGAR AO ACIDENTE. Ato Inseguro O Ato Inseguro a desobedincia a um procedimento seguro, comumente aceito. No necessariamente a desobedincia a norma ou procedimento escrito, mas tambm quelas normas de conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Na caracterizao do Ato Inseguro cabe a seguinte questo: nas mesmas circunstncias uma pessoa prudente agiria da mesma maneira? Um exemplo: no se conhece nenhuma norma escrita que oriente para no se segurar, na palma da mo, um ferro eltrico aquecido, porm, se algum o fizer, estar cometendo um Ato Inseguro. O Ato Inseguro ocorre em trs modalidades: Omisso: A pessoa No Faz o que deveria fazer. Exemplo: Deixar de impedir equipamento. Comisso: A pessoa faz o que No Deveria Fazer Exemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou autorizado.

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Variao: A pessoa faz algo De Modo Diferente do que deveria fazer. Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar de descer pela escada. claro que a "Omisso" implica em existncia/conhecimento de norma/procedimento especfico. Quanto s "Comisso" e "Variao", a desobedincia pode ocorrer ao prprio bom senso, no, necessariamente a normas/procedimentos/instrues. Condio Insegura A Condio Insegura so as condies de ambiente, cuja correo no so da alada do acidentado. A Condio Insegura compreende mquinas, equipamentos, materiais, mtodos de trabalho e deficincia administrativa. Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condio insegura em quatro classes: Mecnica: mquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem proteo, inadequado, etc. Fsica: "Lay-out" (arrumao, passagens, espao, acesso, etc.). Ambiental: Ventilao, iluminao, poluio, rudo, etc. Mtodo: Procedimento de Trabalho inadequado, padro inexistente, processo perigoso, mtodo arriscado, superviso deficiente, etc. A Condio Insegura ocorre, tambm, em trs modalidades, todas elas, derivadas das posies de comando: Negligncia: (corresponde omisso do Ato Inseguro): deixar de fazer o que deve ser feito. Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir prticas inseguras. Impercia: derivada da falta de conhecimento/experincia especfica. Mandar Fazer sem Estabelecer Procedimento Exemplo: No fixar padro/procedimento de trabalho. Imprudncia: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido. Exemplo: Mandar improvisar ferramenta. importante frisar que a Condio Insegura e Ato Inseguro so a causa final de um acidente, ou seja, a ao que deflagrou a ocorrncia, a "gota d'gua" que fez transbordar o contedo do___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 10

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copo, mas outros fatores concorreram para a ocorrncia e esses fatores, "as causas de causa" precisam ser identificadas para a preveno. Da, a importncia de estudar as "Hereditariedade e Meio-Ambiente" (muito difcil para a indstria comum) e as "Falhas Pessoais", estas mais visveis, a partir das convivncia e observao. Alis, as convivncia e observao precisam ser valorizadas. A observao to importante que a sua negligncia tem o poder de alterar o Ato Inseguro para a Condio Insegura. verdade, a norma diz que se um ato inseguro vem sendo cometido repetidas vezes, por tempo suficiente para ter sido "observado" e "corrigido" e no , deixa de ser Ato para ser Condio Insegura, enquadrando-se como "Negligncia" da superviso.

Classificao do Acidente O acidente pessoal, em termos de gravidade da leso que provoca, classificado de duas maneiras: 1 Se o acidente provoca leso tal que impea o acidentado de retornar ao trabalho, em suas funes, no dia imediato ao da ocorrncia, ele dito Com Leso, Com Afastamento, o conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmo que o acidentado possa trabalhar, em suas funes, no dia seguinte ao da ocorrncia, a leso pode ser classificada de "Com Afastamento" (CPT), desde que dela resulte uma incapacidade permanente, por exemplo, a perda de uma falange (n) de um dedo. 2 Se a leso decorrente do acidente no impede o acidentado de trabalhar no dia seguinte ao da ocorrncia, temos o conhecido SPT (Sem Perda de Tempo), oficialmente classificado de Leso Sem Afastamento. importante frisar que tal classificao se refere unicamente gravidade da leso e do acidente. Podemos ter acidentes at mesmo impessoais de alta gravidade.

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Padro Operacional o estabelecimento do mtodo correto e, consequentemente, seguro de execuo do trabalho. Fundamentado no conhecimento do trabalho, exige constante aperfeioamento, adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que fazer. O Padro Operacional somente pode ser considerado se estiver registrado (escrito), ser conhecido e estar ao alcance de _ todos os envolvidos no trabalho. Seu ponto chave o Detalhe, o detalhe que no pode ser negligenciado ou esquecido, j que, de imediato, a curto, mdio ou longo prazos pode representar o fracasso do trabalho, do seu trabalho. Ningum est mais capacitado que voc para saber qual a melhor maneira de executar o seu trabalho. Organizando a tarefa, discutindo-a com seus colegas, aperfeioando-a sempre e mantendo o seu registro, voc chegar naturalmente ao Padro ideal quer requer constantes avaliaes e adequaes, obtidas atravs de Anlise de Riscos que , em resumo, a ferramenta de atualizao do Padro. Lembre-se, o Padro Operacional precisa ser registrado, escrito e receber constantes adequaes. O bom Padro Operacional no sobrevive sem retoques. Busque o Padro junto ao seu Gerente Supervisor, ele o centralizador, o catalisador do Padro, voc o usurio, o gerador de aperfeioamento do mesmo. Zele por ele que seu melhor companheiro.

A IMPORTNCIA DO DETALHE: "Pela falta de um cravo, a ferradura foi perdida; Pela falta da ferradura, o cavalo foi perdido; pela perda do cavalo, o cavaleiro se perdeu; pela perda do cavaleiro, a batalha foi perdida, pela perda da batalha, o reino foi perdido, e tudo porque um cravo de ferradura foi perdido!"Benjamim Frankilin

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Equipamentos de Proteo

Introduo A CST, conforme Portaria 3.214 do MTb, NR4, uma empresa enquadrada no Grau de Risco 4 (risco elevado de acidentes) e portanto, podem existir nos locais de trabalho, condies que podero acasionar danos sade ou integridade fsica do empregado. Estes riscos devem ser neutralizados ou eliminados por meio da utilizao dos equipamentos de proteo, que oferecem: Proteo Coletiva: indistintamente. beneficiam a todos os empregados

Proteo Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o equipamento. Nota: A empresa obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento, nas seguintes circunstncias: a) Sempre que as medidas de proteo coletiva forem tecnicamente inviveis ou no oferecerem completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenas profissionais e do trabalho; b) Enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas; c) Para atender situao de emergncia.

Equipamento de Proteo Coletiva - EPC So os que, quando adotados, neutralizam o risco na prpria fonte. As protees em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de isolamento de operaes ruidosas; os exaustores de gases e vapores; as barreiras de proteo; aterramentos eltricos; os dispositivos de proteo em escadas, corredores, guindastes e esteiras transportadoras so exemplos de proteo coletivas.___________________________________________________________________________________________________ SENAI Departamento Regional do Esprito Santo 13

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Equipamento de Proteo Individual - EPI Definio O equipamento de proteo individual (EPI) todo dispositivo de uso individual, de fabricao nacional ou estrangeira, destinado a proteger a sade e a integridade fsica do trabalhador. Seleo do EPI A seleo deve ser feita por pessoal competente, conhecedor no s dos equipamentos como, tambm, das condies em que o trabalho executado. preciso conhecer as caractersticas, qualidade tcnicas e, principalmente, o grau de proteo que o equipamento dever proporcionar. Caractersticas e Classificao dos EPI Pode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do corpo que devem proteger: Proteo da Cabea Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou projetado e de impacto contra objeto imvel e somente estar completo e em condies adequadas de uso se composto de: *Casco: o capacete propriamente dito; *Carneira: armao plstica, semi-elstica, que separa o casco do couro cabeludo e tem a finalidade de absorver a energia do impacto; *Jugular: presta-se fixao do capacete cabea. O capacete de celeron se presta, tambm, proteo contra radiao trmica.

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Proteo dos Olhos culos de segurana: Protegem os olhos de impacto de materiais projetados e de impacto contra objetos imveis. Os culos de segurana utilizados na CST so, comprovadamente, muito eficazes quanto proteo contra impactos. Para a proteo contra aerodispersides (poeira), a CST fornece os culos ampla viso, que envolvem totalmente a regio ocular. Onde se somam os riscos de impacto e intensa presena de aerodispersides (poeira), a afetiva proteo dos olhos se obtm com o uso dos dois EPI - culos de segurana (culos basculavel) culos ampla viso, ao mesmo tempo.

11 Proteo Facial Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e de calor radiante, podendo ser acoplado ao capacete. articulado e tem perfil cncavo e tamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem toc-lo, sendo construdo em acrlico, alumnio ou tela de ao inox.

Proteo das Laterais e Parte Posterior da Cabea___________________________________________________________________________________________________ SENAI Departamento Regional do Esprito Santo 15

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Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabea (nuca) de projeo de fagulhas, poeiras e similares. Para uso em ambientes de alta temperatura, o capuz equipado com filtros de luz, permitindo proteo tambm contra queimaduras. Proteo Respiratria Mscaras: Protegem as vias respiratrias contra gases txicos, asfixiantes e contra aerodispersides (poeira). Elas protegem no somente de envenenamento e asfixias, mas, tambm, da inalao de substncias que provocam doenas ocupacionais (silicose, siderose, etc.). H vrios tipos de mscaras para aplicaes especficas, com ou sem alimentao de ar respirvel.

Proteo de Membros Superiores Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o brao, inclusive o punho, contra impactos cortantes e perfurantes, queimaduras, choque eltrico, abraso e radiaes ionizantes e no ionizantes. Luvas: Protegem os dedos e as mos de ferimentos cortantes e perfurantes, de calor, choques eltricos, abraso e radiaes ionizantes. Proteo Auditiva Protetor auricular: Diminui a intensidade da presso sonora exercida pelo rudo contra o aparelho auditivo. Existem em dois tipos bsicos: *Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de poliuretano ou PVC), que introduzido no canal auditivo.

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*Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e protege tambm o sistema auxiliar de audio (sseo). O protetor auricular no anula o som, mas reduz o rudo (que o som indesejvel) a nveis compatveis com a sade auditiva. Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se o som mais o rudo, sem que este afete o usurio.

Proteo do Tronco Palet: Protege troncos e braos de queimaduras, perfuraes, projees de materiais particulados e de abraso, calor radiante e de frio. Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membros inferiores - alguns modelos (tipo barbeiro) protegem tambm os membros superiores - contra queimaduras, calor, radiante, perfuraes, projeo de materiais particulados, ambos permitindo uma boa mobilidade ao usurio.

Proteo da Pele Luva qumica: Creme que protege a pele, membros superiores, contra a ao dos solventes, lubrificantes e outros produtos agressivos. Proteo dos Membros Inferiores___________________________________________________________________________________________________ SENAI Departamento Regional do Esprito Santo 17

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Calado de segurana: Protege os ps contra impactos de objetos que caem ou so projetados, impactos contra objetos imveis e contra perfuraes. Por norma, somente de segurana o calado que possui biqueira de ao para proteo dos dedos. Perneiras: Protegem a perna contra projees de aparas, fagulhas, limalhas, etc., principalmente de materiais quentes.

Proteo Global Contra Quedas Cinto de segurana: Cintures anti-quedas que protegem o homem nas atividades exercidas em locais com altura igual ou superior a 2 (dois) metros, composto de cinturo, propriamente dito, e de talabarte, extenso de corda (polietileno, nylon, ao, etc.) com que se fixa o cinturo estrutura firme.

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Guarda e Conservao do EPI Quando na troca de usurio De um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados, cada vez em que h troca de usurio. Guarda do EPI O empregado deve conservar o seu equipamento de proteo individual e estar conscientizado de que, com a conservao, ele estar se protegendo quando voltar a utilizar o equipamento. Conservao do EPI O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. Sempre que possvel, a verificao e a limpeza destes equipamentos devem ser confiados a uma pessoa habilitada para esse fim. Neste caso, o prprio empregado pode se ocupar desta tarefa, desde que receba orientao para isso. Muitos acidentes e doenas do trabalho ocorrem devido no observncia do uso de EPI. A eficcia de um EPI depende do uso correto e constante no trabalho onde exista o risco. Exigncia Legal para Empresa e Empregado O uso de equipamento de proteo individual, alm da indicao tcnica para operaes locais e empregados determinados, exigncia constante de textos legais. A Seo IV, do Captulo V da CLT, cuida do Equipamento de Proteo Individual em dois artigos, a saber: "Art. 166 - A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteo individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes e danos sade dos empregados." "Art. 167 - O equipamento de proteo s poder ser posto venda ou utilizado com a indicao do Certificado de Aprovao do Ministrio do Trabalho - CA. Por outro lado, a regulamentao de segurana e medicina do trabalho em sua Norma Regulamentadora 1 - item 1.8, cuida minuciosamente do Equipamento de Proteo Individual, mencionando, entre outras coisas, as obrigaes do empregado, que incluem o dever de utilizar a proteo fornecida pela empresa.

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Riscos Ambientais

Introduo Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que neles desenvolvida, um ou mais fatores ou agentes que, dentro de certas condies, iro causar danos sade do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscos ambientais. Os riscos ambientais exigem a observao de certos cuidados e a tomada de medidas corretivas nos ambientes, se pretende evitar o aparecimento das chamadas doenas do trabalho. A Portaria 3214 de Segurana e Medicina do trabalho do Ministrio do Trabalho na sua Norma Regulamentadora de n 09, contempla o Programa de Proteo aos Riscos Ambientais PPRA - que tem como objetivo de antecipao, identificao, avaliao e controle de todos os fatores do ambiente de trabalho que podem causar doenas ou danos sade dos empregados. Segue-se uma srie de informaes bsicas relativas aos Riscos Ambientais, com enumerao dos principais fatores, das condies possveis de risco para a sade e das medidas gerais para o controle desses fatores nos ambientes de trabalho.

Classificao dos Riscos Os riscos ambientais esto divididos em trs grupos: riscos qumicos, riscos fsicos e riscos biolgicos. Riscos Qumicos So representados por um grande nmero de substncias que podem contaminar o ambiente de trabalho. Riscos Fsicos So representados por fatores do ambiente de trabalho que podem causar danos sade, sendo os principais: o calor, o rudo ou barulho, as radiaes, o trabalho com presses anormais, a vibrao e a m iluminao.

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Riscos Biolgicos So representados por uma variedade de microrganismos com os quais o empregado pode entrar em contato, segundo o seu tipo de atividade, e que podem causar doenas.

Fatores que colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos Sade Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, ir causar obrigatoriamente um dano sade. Para que isso ocorra, preciso que haja uma inter-relao entre os fatores que sero expostos a seguir: O tempo de exposio Quanto maior o tempo de exposio, de contato, maiores so as possibilidades de se desenvolver um dano sade e vice-versa. A concentrao do contaminante no ambiente Quanto maiores as concentraes, maiores as chances de aparecerem problemas. O quanto a substncia txica Algumas substncias so mais txicas que outras se comparadas em relao a uma mesma concentrao. A forma em que o contaminante se encontra Isto , se em forma de gs, lquido ou neblina, ou poeira. Isto tem relao com a forma de entrada do txico no organismo, como ser visto adiante. A possibilidade de as pessoas absorverem as substncias Algumas substncias s so capazes de entrar no organismo por inalao ou, ento, pela pele. Deve-se acentuar que importante conhecer cada caso em separado. Havendo dvida quanto existncia ou no de perigo, o interessado deve procurar um membro da CIPA ou do Servio Especializado ou, ainda, o seu gerente.

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Vias de Entrada dos Materiais Txicos no Organismo Trs so as formas pelas quais os materiais txicos podem penetrar no organismo humano: Por inalao Quando se est num ambiente contaminado, pode-se absorver uma substncia nociva por inalao, isto , pela respirao.

Por contato com a pele, ou via cutnea A pele pode absorver certas substncias se houver contato, mesmo que por poucos instantes. Dessa forma, o txico pode atingir o sangue e causar dano sade.

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Por ingesto ou seja, ao se engolir, acidentalmente, o txico Isso acontece muito quando so comidos ou bebidos alimentos que esto contaminados com quantidades no visveis de substncias nocivas. por essa razo que nunca se deve fazer as refeies no prprio posto de trabalho. E, tambm, no se deve ir para o refeitrio ou para casa sem antes efetuar um perfeito asseio pessoal: lavar as mos e rosto com sabo e bastante gua.

Riscos Qumicos As substncias qumicas podem estar na forma de gases, vapores, lquidos, fumos, poeiras e nvoas ou neblinas. Por exemplo: Vapores Emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em geral, desengraxantes como o tetracloreto de carbono, o tricloroetileno. Gases Monxido de carbono, gases dos processos industriais como o gs sulfdrico. Lquidos Que podem ser corrosivos, como os cidos e a soda custica, ou irritantes, causando doenas da pele. Muitos lquidos tambm podem ser absorvidos pela pele, causando prejuzo sade.

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Nvoas ou neblinas Nos banhos de galvanoplastia, fosfatizao e outros processos, onde se formam nvoas ou neblinas de cidos. Fumos Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos so pequenas partculas de metal ou de seus compostos, provenientes do banho que ficam suspensos no ar. Poeiras ou ps P de serragem, poeira de rebarbao de peas fundidas no jateamento de areia ou granalha de ao.

Principais Efeitos no Organismo Dentre os efeitos dos riscos qumicos no organismo, destacam-se, como principais, os seguintes: Irritao Irritao dos olhos, nariz, garganta, pulmes, da pele. Geralmente, as substncias que causam irritao se encontram na forma de gs ou vapor, mas podem, tambm, estar no estado lquido ou slido. Exemplos: vapores de cidos, a amnia (amonaco), certas poeiras. A irritao da pele causada pelo contato direto com lquidos ou poeiras, sendo exemplos os solventes "thinners", e a poeira de cavina. Asfixia Ou seja, falta de oxignio no organismo. Exemplos: monxido de carbono (CO), gs carbnico (CO2), acetileno. Anestesia Isto , uma ao sobre o sistema nervoso central, causando estado de sonolncia ou tonturas. Geralmente, as substncias anestsicas esto no estado de gs ou vapor. Exemplos: vapores de ter etlico, acetona. Intoxicao Pode ser causada tanto por inalao como por contato com a pele ou ingesto acidental do txico, que pode estar na forma slida, lquida ou gasosa. Exemplos: benzol, toluol, tricloroetileno, metanol, gasolina, inseticidas, fumos de chumbo, p de chumbo (nas tipografias).___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 24

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Pneumoconiose Isto , uma alterao da capacidade respiratria devido a uma alterao no pulmo da pessoa. As substncias que causam esse tipo de doena esto na forma de poeira. Exemplos: poeira de slica livre cristalizada, contida no p de mrmore, areia, carepa de fundio (areia), poeira de amianto ou asbesto, ps de algodo.

Riscos Fsicos H fatores no ambiente do trabalho cuja presena, tendendo aos limites de excesso ou falta, podem tornar-se responsveis por variadas alteraes na sade do empregado. Calor O calor ocorre geralmente em fundies, siderrgicas, cermicas, indstrias de vidro, etc. Quanto aos efeitos, sabe-se que o organismo pode adaptar-se aos ambientes quentes, dentro de certos limites. Quando h exposio excessiva ao calor, pode ocorrer uma srie de problemas, como cimbras, insolao ou intermao, ou, ainda, uma afeco nos olhos chamada de catarata. Rudo ou barulho Ocorre na indstria em geral, mas, principalmente, nas tecelagens, estamparias, no rebarbamento por marteletes nas fundies, etc. O rudo excessivo tem vrios efeitos no ser humano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade, entre outros. Entretanto, seu efeito principal, comprovado quando as pessoas so expostas a altos nveis de rudo por tempos longos, o dano audio, que leva a vrios graus de surdez. Radiao infravermelho o calor radiante cujos efeitos so, justamente, os mencionados acima em "calor". Onde h corpos aquecidos, h calor radiante que emitido em todas as direes. Radiao ultravioleta um tipo de radiao que est presente principalmente nas seguintes operaes: solda eltrica, fuso de metais a temperatura muito alta, nas lmpadas germicidas, nos geradores de ozona. Seus efeitos so trmicos, causando queimaduras, eritemas (vermelhido) na pele, e, tambm, inflamao nos olhos (conjuntivite). Os efeitos so retardados, aparecendo com maior fora 6 a 12 horas aps a exposio.___________________________________________________________________________________________________ SENAI Departamento Regional do Esprito Santo 25

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Radiaes ionizantes Podem ser provenientes de materiais radioativos ou de aparelhos especiais. Exemplos: aparelhos de raio-x (quando indevidamente utilizados), radiografias industriais de controle (gamagrafia). Os efeitos das exposies descontroladas a radiaes ionizantes, por mau controle dos processos, so em geral srios: anemia, leucemia, certos tipos de cncer e efeitos que s aparecem nas geraes seguintes (genticos). Trabalhos com presses anormais So os trabalhos em que o homem submetido a presses diferentes da atmosfrica, na qual vive normalmente. Esses trabalhos exigem um controle rgido das operaes, principalmente na etapa de descompresso e volta presso normal. Ocorrncia: em trabalhos submarinos, no trabalho em tubulaes e caixes pneumticos. Os efeitos so: problemas nas articulaes, desde dores at paralisia, e outros problemas mais graves que podem ser fatais. Vibraes As vibraes ocorrem, principalmente, nas grandes mquinas pesadas: tratores, escavadeiras, mquinas de terraplanagem, que fazem vibrar o corpo inteiro, e nas ferramentas manuais motorizadas que fazem vibrar as mos, braos e ombros. Os problemas provenientes das vibraes aparecem em geral aps longo tempo de exposio (vrios anos). No caso de vibrao do corpo inteiro, podem aparecer dores na coluna, problemas nos rins, enjos (mal de mar); no caso de vibraes localizadas nas mos e braos, podem aparecer problemas circulatrios (m circulao do sangue) e problemas nas articulaes. O tempo longo de exposio e fatores como o frio tm muita influncia no aparecimento desses problemas. M iluminao A iluminao inadequadas nos locais de trabalho pode levar, alm de ser causa de baixa eficincia e qualidade do servio, a uma maior probabilidade de ocorrncia de certos tipos de acidentes e a uma reduo da capacidade visual das pessoas, o que um efeito negativo muito importante em alguns tipos de trabalho que exigem ateno e boa viso.

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Riscos Biolgicos So os microrganismos presentes no ambiente de trabalho que podem trazer doenas de natureza moderada e, mesmo, grave. Eles se apresentam invisveis a olho nu, sendo visveis somente ao microscpio. Exemplos: as bactrias, bacilos, vrus, fungos, parasitas e outros. Todos esto sujeitos contaminao por esses agentes, seja em decorrncia de ferimentos e machucaduras, seja pela presena de colegas doentes ou por contaminao alimentar. Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras, pode ocorrer, entre outras, a infeco por ttano que pode at matar o empregado. Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho os micrbios que causam hepatite, tuberculose, micose das unhas e da pele. Se o pessoal da copa e cozinha no tiver higiene e asseio, pode ocorrer contaminao das refeies, tendo como possvel conseqncia as diarrias. Para preveno, usam-se as seguintes medidas: vacinao;

equipamento de proteo individual;

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rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho;

controle mdico permanente.

Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais As principais medidas de controle dos riscos ambientais podem referir-se ao ambiente ou ao pessoal:

Medidas relativas ao ambiente Substituio do produto txico O produto txico pode ser substitudo por outro produto menos txico ou inofensivo. Esta a medida ideal, desde que o substituto tenha qualidades prximas s do original. Tambm, deve-se tomar cuidado para no se criar um risco maior, substituindo um produto txico por outro menos txico mas altamente inflamvel. Exemplos de substituies corretas: benzeno substitudo pelo tolueno; substituio de tintas base de chumbo por tintas base de zinco; jateamento com areia substitudo por jateamento de xido de alumnio, etc.___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 28

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Mudana do processo ou equipamento Certas modificaes em processos ou equipamentos podem reduzir muito os riscos ou, at, elimin-los. Exemplos: pintura a imerso ao invs de pintura a pistola (diminuindo-se a formao de vapores dos solventes); rebitagem substituda por solda (menor barulho). Enclausuramento ou confinamento Consiste em isolar determinada operao do resto da rea, diminuindo assim o nmero de pessoas expostas ao risco. Exemplos: cabine de jateamento de areia; enclausuramento de uma mquina ruidosa. Ventilao Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de formao do contaminante, ou diluidora, que aquela que joga ar limpo dentro do ambiente, diluindo o ar contaminado. Exemplos: nos tanques de solventes, nas operaes com colas, nas operaes geradoras de poeiras, nos rebolos de rebarbamento de peas fundidas.

Umidificao Onde h poeiras, o risco de exposio pode ser eliminado ou diminudo pela aplicao de gua ou neblina. Muitas operaes, feitas a mido, oferecem um risco bem menor sade. Exemplos: mistura de areias de fundio, varredura a mido. Segregao Segregao quer dizer separao. Nesta medida de controle, separa-se a operao ou equipamento do restante, seja no tempo seja no espao. Separar no tempo quer dizer fazer a operao fora do horrio normal do resto do pessoal; separar no espao significa colocar a operao a distncia, longe dos demais. O nmero de pessoas expostas ficar bastante reduzido e aqueles que devem ficar junto operao iro receber proteo especial.___________________________________________________________________________________________________ SENAI Departamento Regional do Esprito Santo 29

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Boa manuteno e conservao Rigorosamente, estas medidas no podem ser consideradas formas especficas de preveno de riscos. Entretanto, so complementos de quaisquer outras medidas. Muitas vezes, a m manuteno a causa principal dos problemas ambientais. Os programas e cronogramas de manuteno devem ser seguidos risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantes dos equipamentos. Exemplos: rudo excessivo em estruturas e mancais; vazamentos de produtos txicos; superaquecimento. Ordem e limpeza Boas condies de ordem e limpeza e asseio geral ocupam um lugar-chave nos sistemas de proteo ambiental. O p, em bancadas, rodaps e pisos, que se deposita nas horas calmas, pode rapidamente ser redispersado, no ar da sala, por correntes de ar, movimento de pessoas ou funcionamento de equipamentos. O asseio sempre importante e onde h materiais txicos importantssimo, primordial. A limpeza imediata de qualquer derramamento de produtos txicos importante medida de controle. Para a limpeza de poeira, deve ser preferida a aspirao a vcuo; nunca o p deve ser soprado com bicos de ar comprimido, para efeito de limpeza. impossvel manter um bom programa de preveno de riscos ambientais sem um preocupao constante nos aspectos de ordem e limpeza.

Medidas relativas ao pessoal Equipamento de Proteo Individual O equipamento de proteo individual deve ser sempre considerado como uma segunda linha de defesa, aps serem tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nas situaes onde no so eficientes medidas gerais e coletivas relativas ao ambiente, a critrio tcnico, o EPI a forma de proteo, aliada limitao da exposio.

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O uso correto do EPI por parte do empregado, o conhecimento das suas limitaes e vantagens, so aspectos que todo empregado deve conhecer atravs de treinamento especfico, coordenado pelo pessoal especializado em Segurana e Medicina do Trabalho. Especial cuidado deve ser tomado na conservao da eficincia do EPI, sob pena de o mesmo se tornar uma arma de dois gumes, fornecendo ao empregado confiana numa proteo inexistente. Limitao de exposio A reduo dos perodos de trabalho tornam-se importante medida de controle onde e quando todas as outras forem impraticveis por motivos tcnicos, locais (fsicos) ou econmicos, no se conseguindo reduzir ou eliminar o risco. Assim, a limitao da exposio, dentro de critrios bem definidos tecnicamente, pode tornar-se uma soluo eficiente em muitos casos. Exemplos: controle do tempo de exposio ao calor. s presses anormais, s radiaes ionizantes. Controle Mdico Exames mdicos pr-admissionais e peridicos so medidas fundamentais de carter permanente, constituindo-se numa das atividades principais dos servios mdicos da empresa. Uma boa seleo na admisso pode evitar a contratao de pessoas que tm maior sensibilidade e que poderiam adquirir doenas relacionadas com certas atividades. Os exames mdicos peridicos dos empregados possibilitam, alm de um controle de sade geral do pessoal, a descoberta e a deteno de fatores que podem levar a uma doena profissional, num estgio ainda inicial e com pouca probabilidade de danos.

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Riscos de Eletricidade

Introduo A eletricidade de grande utilidade no mundo atual, facilitando muito o trabalho nas indstrias, acionando mquinas e equipamentos. Proporciona, tambm, conforto e bem-estar em casa, acendendo lmpadas, fazendo funcionar rdios televisores, geladeiras, aquecedores etc. A eletricidade uma forma de energia (energia eltrica) transportada atravs de condutores (fios eltricos), sendo muito conhecidas trs das suas unidades, que so: volts (V), ampres (A) e watts (W). A tenso, medida em V (volts), o potencial eltrico e pode-se fazer analogia com a presso d'gua numa tubulao. Pode-se ter vrias voltagens, como, por exemplo, numa fbrica onde existe tenso de 110 V para as lmpadas, de 220 V para acionar pequenos aparelhos, de 440 V para acionar motores e equipamentos e, mesmo, tenses maiores. A corrente eltrica (I), medida em ampres (A), em analogia com a rede de gua, a vazo. A corrente depende da solicitao do aparelho eltrico, assim como a vazo da torneira depende de quando se abre a vlvula. A multiplicao da tenso pela corrente eltrica d a potncia (P), que medida em watts (W) ou c.v. (cavalo-vapor). Em eletricidade, h outro fator importante: a resistncia eltrica (R), medida em Ohm (), que, a grosso modo, pode ser comparada com a perda de carga de uma tubulao ou de um escoamento de fluido. Mas, enquanto uma rede d'gua no mata, quando se toca na tubulao, a energia eltrica, que tanto benefcio traz, pode matar pelo choque eltrico.

O que Eletricidade Para uma maior compreenso dos acidentes e riscos causados pela eletricidade, preciso explicar alguns conceitos e algumas caractersticas da eletricidade.___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 32

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Lei de OHM A Lei de Ohm estabelece que a corrente eltrica que atravessa um condutor est em proporo direta diferena de potencial e em proporo inversa resistncia do condutor. SMBOLO V I R SIGNIFICADO Corrente Tenso Resistncia UNIDADE volts (V) ampres (A) Ohms ()

Da lei de Ohm tem-se que: I = V/R. Segundo essa lei, para uma dada tenso, que geralmente fixa (110, 220, 440 volts), quanto maior for a resistncia eltrica menor ser a corrente. Exemplo: V = 110 volts Para R = 10 I = 110/10 = 11 Ampres V = 110 volts Para R = 20 I = 110/20 = 5,5 Ampres Para acontecer qualquer acidente com uma pessoa, necessrio que passe pelo seu corpo uma determinada corrente e, conforme o lugar por onde passa e o tempo de contato dessa corrente, terse- a gravidade e o tipo de efeito do acidente. Como se v anteriormente, a corrente depende da tenso e da resistncia eltrica, e a passagem da corrente eltrica pelo corpo humano depende da resistncia eltrica do mesmo. A resistncia eltrica do corpo humano depende de diversos fatores, como exemplo variao da tenso aplicada, tipo de pele, os meios internos como vasos sangneos e sistema nervoso, tipo de contato e condio da pele. Existem dois tipos principais de resistncia do corpo humano, sendo a cutnea (da pele) a que oferece maiores variaes de valores, dependendo da espessura da pele no local, da umidade da pele, variando de 1.000 a 100.000 Ohms, podendo atingir valores maiores. A outra resistncia, a dos meios internos, varia menos, de 500 a 1.000 Ohms aproximadamente. Portanto, a resistncia eltrica do corpo humano varia de 1.500 a 100.000 Ohms, em mdia.

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EFEITOS DA CORRENTE ELTRICA

Considerando que uma corrente de 25 miliampres pode causar acidentes fatais, e considerando-se uma resistncia de 1.500 Ohms para o corpo humano, tem-se: V = I x R = 0,025 x 1.500 = 37,5V Portanto, uma tenso de 37,5 volts j poder causar acidentes fatais em casos especiais de contato. Intensidade (miliampres) 1 1a3 3a9 Estado Possvel de Choque Normal Normal Normal Perturbaes Possveis Resultado Final Provvel Normal Normal Normal

Nenhuma Pequena sensao desagradvel Sensao de choque desagradvel; contraes musculares Sensaes dolorosas; contraes musculares violentas; dificuldade de respirar; perturbaes circulatrias

9 a 20

Morte aparente

Restabelecimento ou Morte

20 a 100

Morte aparente

Sensao insuportvel; contraes musculares violentas; asfixia; perturbao circulatria; desmaios.

Restabelecimento ou Morte

acima de 100

Morte aparente

Desmaios; asfixia imediata; fibrilao ventricular.

Morte

O tempo de contato com a corrente muito importante na gravidade dos acidentes, porque, como foi visto na tabela anterior, determinadas intensidades de corrente produzem contraes musculares que levam asfixia e fibrilao ventricular, o que, por tempo prolongado, causa acidente fatal ou, ento dificulta a recuperao. Estima-se em menos de 2 minutos o tempo de choque em que as contraes musculares levam asfixia. O trajeto da corrente no corpo humano tem grande influncia para as conseqncias do choque eltrico, pois mais difcil reanimar uma pessoa com fibrilao ventricular, que exige um processo de___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 34

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massagem cardaca, difcil de se executar, do que uma pessoa que, simplesmente, tem uma asfixia e que pode ser reanimada com o processo de respirao artificial. Abaixo, um tipo de contato eltrico onde h passagem de corrente eltrica pelo corpo e a porcentagem de corrente que passa pelo corao:

Principais Sintomas Causados pelo Choque As principais conseqncias devidas a choques eltricos podem ser divididas em dois tipos; os que causam: Choques que no causam leses orgnicas Os casos de pequenos choques eltricos de simples descargas eltricas de baixa intensidade num intervalo de tempo pequeno, sem causar danos, em que a vtima sente apenas um formigamento no local de contato; Os choques eltricos um poucos mais fortes, por pouco tempo, quando a pessoa atingida sofre uma violenta contrao muscular; Os choques eltricos em que a vtima, alm da violenta contrao muscular, sofre um estado de comoo que se dissipa rapidamente; Os choques eltricos que, causando a contrao dos msculos das regies prximas do contato, levam a leses profundas, como queimadura no local e outros acidentes, por exemplo, quedas. Choques que causam leses orgnicas: A vtima do choque eltrico fica em estado de morte aparente devido a um ou mais fatores que so explicados abaixo:___________________________________________________________________________________________________ SENAI Departamento Regional do Esprito Santo 35

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Inibio do centro respiratrio. o caso em que devido ao choque eltrico os msculos respiratrios se contraem violentamente e perdem a sua capacidade muscular, podendo levar parada respiratria; Fibrilao do corao. o caso em que, aps a passagem de uma corrente eltrica pelos msculos do corao, estes entram num estado de batimento insatisfatrio, fazendo que o corao no execute a sua funo de bombear sangue.

Riscos Eltricos Como j foi visto, at uma tenso de 37,5 volts poder causar um acidente fatal em determinadas condies. Como a maioria das instalaes eltricas so de uma voltagem de 110 V ou mais, sempre existiro perigos potenciais de acidentes eltricos. Os principais tipos de riscos eltricos so: Fios e partes metlicas sob tenso, desprotegidos, que podero ser tocados acidentalmente ou sem conhecimento de que estejam energizados. Mquinas, equipamentos e ferramentas que estejam com suas carcaas energizadas, devido a falha do isolamento interno da sua fiao, podero causar choques eltricos quando no aterradas eletricamente e quando a mo do operador estiver mida ou ele estiver sobre o piso mido sem calados apropriados. Estes tipos de contato podero causar o surgimento de uma diferena de potencial entre uma pessoa e a terra e com isso a passagem de corrente eltrica atravs do seu corpo. Alm desses acidentes, o choque eltrico poder desencadear outros efeitos mais graves como, por exemplo, os casos em que a vtima, aps o contato com partes energizadas da instalao em lugares altos, em passarelas ou andaime, pode sofrer uma queda, se no estiver devidamente segura no local. Existe o risco de se provocar incndio devido a um condutor subdimensionado ou por haver nele uma sobrecarga, ou seja, a corrente que passa no condutor mais que a corrente que ele pode suportar, a ponto de o seu isolamento entrar em deteriorao, com conseqente curto-circuito. Ligaes de fios com contatos mal feitos criaro uma maior resistncia eltrica que poder aquecer o local da ligao. Desligar chave tipo faca, com aparelhos ligados, poder fazer com que haja a formao do arco voltaico (formao de fasca), o que___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 36

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poder ser perigoso, principalmente em ambiente onde se armazenam inflamveis.

Cuidados nas Instalaes Eltricas Algumas providncias so essenciais. Deve-se, assim: Tomar alguns cuidados com as instalaes eltricas como, por exemplo, no deixar fios, partes metlicas ou objetos expostos que possam ser tocados por pessoas. Em casos de emergncia, colocar placas de advertncia de forma bem visvel com o nome do responsvel; No deixar chaves tipo faca e nem quadro de comando de fora expostos, com suas partes energizadas oferecendo riscos de contato acidental; Proteger os equipamentos eltricos de alta tenso atravs de guardas fixas, como cercas, ou instal-los em locais que no oferecem perigo; Usar fiao correta para as ligaes, dimensionando a bitola da mesma de acordo com a carga (corrente) que ir conduzir, usando para isso, de preferncia, as tabelas da NB-3 da ABNT; Proteger as instalaes eltricas, usando fusveis e disjuntores para que, em caso de sobrecarga, o circuito seja desligado, queimando o fusvel ou desligando o disjuntor, provocando o corte do fornecimento de energia e com isso no danificando a instalao eltrica e o equipamento; Ao ligar um aparelho e uma tomada eltrica ou ao fazer uma ligao de um aparelho a uma rede eltrica, verificar se a tenso da linha de fornecimento corresponde do aparelho e se, ligando-se o aparelho, no se ir sobrecarregar a linha, provocando a queima do fusvel, queda de disjuntores ou danos na fiao eltrica; No ligar simultneamente mais de um aparelho mesma tomada de corrente; Usar ferramentas manuais com isolamento eltrico; Certificar se o circuito eltrico esta energizado ou no, atravs do detector de tenso; Identificar o nvel de tenso das instalaes eltricas, e colocar placas de advertncia. Medidas Preventivas em Instalaes Eltricas As medidas a seguir tm importncia capital na preveno de acidentes.

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Somente usar material, aparelhos e equipamentos, de qualidade comprovada; Permitir a instalao e manuteno somente por profissionais qualificados e obedecendo s normas tcnicas vigentes no pas; Manter as instalaes e os aparelhos em timo estado de conservao e manuteno; Tomar cuidado em qualquer servio nas instalaes eltricas, mesmo as de baixa tenso; Usar somente fios com capacidade adequada para o equipamento a ser utilizado, devidamente protegidos contra toque acidental, preferivelmente isolados e protegidos mecanicamente, fazendo-se a instalao area ou por eletroduto (condute) rgido ou flexvel; Aterrar eletricamente as carcaas e as protees metlicas dos equipamentos. Ver, no fim deste captulo, como aterrar adequadamente mquinas e equipamentos; Proteger de toques acidentais os equipamentos sob tenso, colocando-os dentro de caixas especiais ou cercando-os com barreiras fixas (cerca de tela ou balaustrada). Nos acidentes de origem eltrica, o nmero de casos fatais poder ser consideravelmente diminudo se medidas de socorros forem postas imediatamente em prtica, j que o tempo de exposio corrente um fator muito importante no agravamento deste tipo de acidentes. E o ideal que todos conheam os mtodos de primeiros socorros para acidentes causados por eletricidade ou, pelo menos, o pessoal que trabalha com ela ou em lugares onde o risco de choques eltricos alto. Na reanimao de um acidentado, devem-se observar alguns cuidados como, por exemplo: antes de tocar no corpo da vtima, procurar livr-la do circuito eltrico, com segurana e rapidez; no usar as mos nuas ou qualquer objeto metlico para cortar o circuito ou afastar fios; usar luvas ou bastes isolantes; verificar se o desligamento da corrente no causar uma grande queda da vtima e, se isto for ocorrer, procurar um meio de ampar-la. Passos a seguir na reanimao: a) desligar imediatamente circuito; b) mover o menos possvel a vtima; c) examine as narinas, abra a boca, desenrole a lngua e retire objetos estranhos (dentaduras, palitos, alimentos, etc.) se for o caso;___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 38

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d) se for o caso de respirao artificial, seguir as instrues do Captulo de Primeiros Socorros; e) afrouxar o colarinho e peas de roupa que impeam a livre circulao; f) se for o caso, iniciar imediatamente a massagem cardaca.

Aterramento Eltrico O aterramento eltrico uma maneira entre vrias de eliminar os riscos: Choque eltrico - proveniente de defeitos de equipamentos eltricos e causado por processos industriais; Incndios ou exploses - resultantes da manipulao de produtos inflamveis e/ou explosivos. Alm das duas finalidades mencionadas, ele mais comumente utilizado com o propsito de oferecer segurana aos equipamentos e s instalaes eltricas. O emprego do aterramento eltrico, quando visa proteo de equipamentos e instalaes eltricas, normalmente se d quer como meio de proteo s instalaes eltricas, quer como meio de proteo a equipamentos eltricos; tal o caso dos dispositivos como o pra-raios, que visam a proteger as linhas areas quanto aos perigos decorrentes de sobretenses ou, ento, a evitar a interferncia que surge em equipamentos eletrnicos devido falta do aterramento eltrico. Em ambos os casos descritos acima, os cuidados a serem observados na instalao no so to crticos quanto aqueles dirigidos proteo de pessoas, por causa dos riscos de choque eltrico e quanto proteo de instalaes, no caso de incndios e exploses. A obrigatoriedade do uso do aterramento eltrico como medida de controle dos riscos provenientes do uso da eletricidade, dada pela portaria 3214 de 8 de junho de 1978 do Ministrio do Trabalho, atravs da Norma Regulamentadora n 10, "Instalaes e Servios em Eletricidade".

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Noes Bsicas de Demarcaes de SeguranaIntroduo Sendo, a viso, a capacidade sensitiva mais usada pelo homem (aproximadamente 87% das sensaes recebidas passam pelo rgo da viso), e como em muito caso h necessidade de uma rpida distino entre o perigoso e o seguro, ou da localizao de certos equipamentos, com segurana e rapidez, resolveu-se padronizar o uso das cores. Com o uso de cores padronizadas, pode-se, em caso de incndio, localizar os equipamentos de combate ao fogo, com rapidez, distinguir os dispositivos de parada de emergncia de mquinas ou notar suas partes perigosas. O uso de tubulaes pintadas em cores padronizadas permite distinguir cada elemento transportado em uma tubulao entre diversas tubulaes existentes dentro de uma empresa.

Cores e Sinalizao na Segurana do Trabalho Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para preveno de acidentes, identificando os equipamentos de segurana, delimitando reas, identificando as canalizaes empregadas nas empresas para a conduo de lquidos e gases, e advertindo contra riscos. Devero ser adotadas cores para segurana em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. A utilizao de cores no dispensa o emprego de outras formas de preveno de acidentes. O uso de cores dever ser o mais reduzido possvel, a fim de no ocasionar distrao, confuso e fadiga ao trabalhador. As cores aqui adotadas sero as seguintes: Vermelho, amarelo, branco, preto, azul, verde, laranja, prpura, lils, cinza, alumnio, marrom. A indicao em cor, sempre que necessria, especialmente quando em rea de trnsito para pessoas estranhas ao trabalho, ser acompanhada dos sinais convencionais ou a identificao por palavras. Vermelho O vermelho dever ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteo e combate a incndio. No dever ser usada na indstria para assinalar perigo, por ser de___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 40

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pouca visibilidade em comparao com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). empregado para identificar: Caixa de alarme de incndio; Hidrantes; Bombas de incndio; Sirene de alarme de incndio; Extintores e sua localizao; Indicaes de extintores (visvel distncia, dentro da rea de uso do extintor); Localizao de mangueiras de incndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho); Tubulaes, vlvulas e hastes do sistema de asperso de gua; Transporte com equipamentos de combate a incndio; Portas de sadas de emergncia; Rede de gua para incndio (SPRINKLERS); Mangueira de acetileno (solda oxiacetilnica).

A cor vermelha ser usada excepcionalmente com sentido de advertncia de perigo: Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construes e quaisquer outras obstrues temporrias; Em botes interruptores de circuitos eltricos para paradas de emergncia. Amarelo Em canalizaes, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases no liqefeitos.

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O amarelo dever ser empregado para indicar assinalando:

"Cuidado!",

Partes baixas de escadas portteis; Corrimes, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco; Espelhos de degraus de escadas; Bordos desguarnecidos de aberturas no solo (poo, entradas subterrneas, etc.) e de plataformas que no possam ter corrimes; Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente; Faixas no piso de entrada de elevadores e plataformas de carregamento; Meios-fios, onde haja necessidade de chamar ateno; Paredes de fundo de corredores sem sada; Vigas colocadas baixa altura; Cabines, caambas, guindastes, escavadeiras, etc; Equipamentos de transporte e manipulao de material tais como: empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques, etc; Fundos de letreiros e avisos de advertncia; Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes da estrutura e equipamentos em que se possa esbarrar; Cavaletes, porteiras e lanas de cancelas; Bandeiras como sinal de advertncia (combinado ao preto); Comandos e equipamentos suspensos que ofeream risco; Pra-choques para veculos de transporte pesados, com listras pretas. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos sero usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalizao. Branco O branco ser empregado em: Passarelas e corredores de circulao, por meio de faixas (localizao e largura); Direo e circulao, por meio de sinais; Localizao e coletores de resduos; Localizao de bebedouros;___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 42

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reas em torno dos equipamentos de socorro de urgncia, de combate a incndio ou outros equipamentos de emergncia; reas destinadas armazenagem; Zonas de segurana. Preto O preto ser empregado para indicar as canalizaes de inflamveis e combustveis de alta viscosidade (ex.: leo lubrificante, asfalto, leo combustvel, alcatro, piche, etc.). O preto poder ser usado em substituio ao branco, ou combinado a este quando condies especiais o exigirem. Azul O azul ser utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentao de equipamentos, que devero permanecer fora de servio. Empregado em barreiras e bandeirolas de advertncia a serem localizadas nos pontos de comando, de partida, ou fontes de energia dos equipamentos. Ser tambm empregado em: Canalizaes de ar comprimido; Preveno contra movimento acidental de qualquer equipamento em manuteno; Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potncia. Verde O verde a cor que caracteriza "segurana". Dever ser empregado para identificar: Canalizaes de gua; Caixas de equipamentos de socorro de urgncia; Caixas contendo mscaras contra gases; Chuveiros de segurana; Macas; Fontes lavadoras de olhos; Quadros para exposio de cartazes, boletins, avisos de segurana, etc;

Porta de entrada de salas de curativos de urgncia; Localizao de EPI; caixas contendo EPI;___________________________________________________________________________________________________ SENAI Departamento Regional do Esprito Santo 43

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Emblemas de segurana; Dispositivos de segurana; Mangueiras de oxignio (solda oxiacetilnica). Laranja O laranja dever ser empregado para identificar: Canalizaes contendo cidos; Partes mveis de mquinas e equipamentos; Partes internas das guardas de mquinas que possam ser removidas ou abertas; Faces internas de caixas protetoras de dispositivos eltricos; Faces externas de polias e engrenagens; Botes de arranque de segurana; Dispositivos de corte, bordas de serras, prensas; Prpura A prpura dever ser usada para indicar os perigos provenientes das radiaes eletromagnticas penetrantes de partculas nucleares. Dever ser empregada a prpura em: Portas e aberturas que do acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade; Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados; Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados; Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiaes eletromagnticas penetrantes e partculas nucleares. Lils O lils dever ser usado para indicar canalizaes que contenham lcalis. As refinarias de petrleo podero utilizar o lils para a identificao de lubrificantes.

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Cinza Cinza Claro O cinza claro dever ser usado para identificar canalizaes em vcuo. Cinza Escuro O cinza escuro dever ser usado para identificar eletrodutos. Alumnio O alumnio ser utilizado em canalizaes contendo gases liqefeitos, inflamveis e combustveis de baixa viscosidade (ex.: leo diesel, gasolina, querosene, leo lubrificante, etc.). Marrom O marrom pode ser adotado, a critrio da empresa, para identificar qualquer fluido no identificvel pelas demais cores. Cores em Mquinas O corpo das mquinas dever ser pintado em branco, preto ou verde. Cores em Canalizaes As canalizaes industriais, para conduo de lquidos e gases, devero receber a aplicao de cores, em toda sua extenso, a fim de facilitar a identificao do produto e evitar acidentes. Obrigatoriamente, a canalizao de gua potvel dever ser diferenciada das demais. Quando houver a necessidade de uma identificao mais detalhada (concentrao, temperatura, presses, pureza, etc.), a diferenciao far-se- atravs de faixas de cores diferentes, aplicadas sobre a cor bsica. A identificao por meio de faixas dever ser feita de modo que possibilite facilmente a sua visualizao em qualquer parte da canalizao. Todos os acessrios das tubulaes sero pintados nas cores bsicas de acordo com a natureza do produto a ser transportado. O sentido de transporte de fluido, quando necessrio, ser indicado por meio de seta pintada em cor de contraste sobre a cor bsica da tubulao. Para fins de segurana pelo mesmo sistema de cores que as canalizaes.___________________________________________________________________________________________________ SENAI Departamento Regional do Esprito Santo 45

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Sinalizao para Armazenamento de Substncia Perigosas O armazenamento de substncias perigosas dever seguir padres internacionais. Para fins do disposto no item anterior, considera-se substncia perigosa todo o material que seja, isoladamente ou no, corrosivo, txico, radioativo, oxidante, e que durante o seu manejo, armazenamento, processamento, embalagem, transporte, possa conduzir efeitos prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos, ambiente de trabalho. Smbolos para Identificao Movimentao de Materiais dos Recipientes na

Na movimentao de materiais no transporte terrestre, martimo, areo e intermodal, devero ser seguidas as normas tcnicas sobre simbologia vigentes no pas. Rotulagem Preventiva A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos sade dever ser feita segundo as normas constantes deste item. Todas as instrues dos rtulos devero ser breves, precisas, redigidas em termos simples e de fcil compreenso. A linguagem dever ser prtica, no se baseando somente nas propriedades inerentes a uma produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes do uso, manipulao e armazenagem do produto. Onde possa ocorrer misturas de duas ou mais substncias qumicas, com propriedades que variem, em tipo ou grau daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rtulo dever destacar as propriedades perigosas do produto final. Do rtulo devero constar os seguintes tpicos: Nome Tcnico do Produto; Palavra de Advertncia, designando o grau de risco; Indicaes de Risco; Medidas Preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas; Primeiros Socorros; Informaes Para Mdicos, em casos de acidentes; Instrues Especiais em Caso de Fogo, Derrame ou Vazamento, quando for o caso.

No cumprimento do disposto no item anterior dever-se- adotar o seguinte procedimento: Nome Tcnico Completo___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 46

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O rtulo especificando a natureza do produto qumico. Exemplo: "cido Corrosivo", "Composto de Chumbo" etc. Em qualquer situao a identificao dever ser adequada, para permitir a escolha do tratamento mdico correto, no caso de acidente. Palavra de Advertncia As palavras de advertncia que devem ser usadas so: "PERIGO" - para indicar substncias que apresentam alto risco. "ATENO" - para substncias que apresentam risco leve. Indicao de Risco As indicaes devero informar sobre os riscos relacionados ao manuseio de uso habitual ou razoavelmente previsvel do produto. Exemplos: "Extremamente Inflamveis", "Nocivo se Absorvido Atravs da Pele", etc. Medidas Preventivas Tm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas para evitar leses ou danos decorrentes dos riscos indicados. Exemplos: "Mantenha Afastado do Calor, Fascas e Chamas Abertas" e "Evite Inalar a Poeira". Primeiros Socorros Medidas especficas que podem ser tomadas antes da chegada do mdico.

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Noes Bsicas de Combate Incndio

Princpios Bsicos do Fogo Para nossa prpria segurana, devem-se conhecer os dois aspectos fundamentais da proteo contra incndio. O primeiro aspecto o da preveno de incndios, isto , evitar que ocorra o fogo, utilizando certas medidas bsicas, as quais envolvem a necessidade de se conhecerem, entre outros itens:

a) b) c) d)

as caractersticas do fogo; as propriedades de risco dos materiais; as causas de incndios; o estudo dos combustveis.

Quando, apesar da preveno, ocorre um princpio de incndio, importante que ele seja combatido de forma eficiente, para que sejam minimizadas suas conseqncias. A fim de que esse combate seja eficaz, deve-se, ainda:

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a) conhecer os agentes extintores; b) saber utilizar os equipamentos de combate a incndios; c) saber avaliar as caractersticas do incndio, o que determinar a melhor atitude a ser tomada. Pode-se definir o fogo como a conseqncia de uma reao qumica denominada combusto, que produz calor ou calor e luz. Para que ocorra essa reao qumica, dever-se- ter, no mnimo, dois reagentes que, a partir da existncia de uma circunstncia favorvel, podero combinar-se. Os elementos essenciais do fogo so: combustvel (carbono, hidrognio) comburente (oxignio); calor (energia de ativao). Combustvel Em sntese, combustvel todo material, toda substncia que possui a propriedade de queimar, de entrar em combusto.

Os combustveis podem apresentar-se em 3 estados fsicos: slido (madeira, papel, tecidos, etc.); lquido (lcool, ter, gasolina, etc.); gasoso (acetileno, butano, propano, etc.).

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Comburente Normalmente, o oxignio combina-se com o material combustvel, dando incio combusto. O ar atmosfrico contm, na sua composio, cerca de 21% de oxignio. Para demonstrar a importncia do recomendamos a seguinte experincia: oxignio na reao,

1 acender uma vela; 2 colocar um copo de material resistente ou um recipiente de vidro sobre a vela. Observe que a chama diminuir gradativamente at a extino do fogo; isso porque o oxignio existente no recipiente vai sendo consumido na reao, at atingir uma quantidade insuficiente para mant-la.

Genericamente, o comburente definido como "mistura gasosa que contm o oxidante em concentrao suficiente para que em seu meio se desenvolva a reao de combusto". Calor o elemento que fornece a energia de ativao necessria para iniciar a reao entre o combustvel e o comburente, mantendo e propagando a combusto, como a chama de um palito de fsforos. Note-se que o calor propicia: a) elevao da temperatura; b) aumento do volume dos corpos; c) mudana no estado fsico das substncia.

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H casos de materiais em que a prpria temperatura ambiente j serve como fonte de calor, como o magnsio, por exemplo.

Condies Propcias para a Combusto Alm dos elementos essenciais do fogo, h a necessidade de que as condies em que esses elementos se apresentam sejam propcias para o incio da combusto. Se uma pessoa trabalha em um escritrio iluminado com uma lmpada incandescente de 100 watts e, alm disso, ela fuma, haver no ambiente: Combustvel: mesa, cadeira, papel, etc.; Comburente: oxignio presente na atmosfera; Calor: representado pela lmpada incandescente ligada e pelo cigarro acesso. Apesar de esses trs elementos estarem presentes no ambiente, s ocorrer incndio, se, por distrao da pessoa que est trabalhando, uma folha de papel, por exemplo, encostar no cigarro aceso. Neste caso, o calor do cigarro aquecer o papel e este comear a liberar vapores que, em contato com a fonte de calor (brasa do cigarro), se combinar com o oxignio do ar e entrar em combusto.

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IMPORTANTE: Somente quando o combustvel se apresentar sob a forma de vapor (ou gs), ele poder, normalmente, entrar em ignio. Se esse combustvel estiver no estado slido ou lquido, haver necessidade de que seja aquecido, para que comece a liberar vapores ou gases. Esquematicamente, podem-se considerar vrios casos: aquecimento a) slido ----------------------------------> vapor Exemplo: Papel

aquecimento Exemplo: Parafina

aquecimento

b) slido -------------------------> lquido --------------------------> vapor

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aquecimento c) lquido ----------------------------------> vapor Exemplo: leos combustveis d) gs (j se apresenta no estado fsico adequado combusto) Exemplo: Acetileno

Quanto ao oxignio, ele dever estar presente no ambiente, em porcentagens adequadas. Para cada combustvel haver a necessidade da presena de uma porcentagem mnima de oxignio, a partir da qual a mistura poder entrar em combusto. A concentrao de oxignio abaixo desse limite inviabiliza a combusto, pois a mistura combustvelcomburente estar muito "rica". Reao em Cadeia Toda reao qumica envolve troca de energia. Na combusto, parte da energia desprendida dissipada no ambiente, provocando os efeitos trmicos derivados do incndio; o restante continua a aquecer o combustvel, fornecendo a energia (fonte de calor)) necessria para que o processo continue. Didaticamente, representa-se a reao qumica da seguinte forma: COMBUSTVEL + COMBURENTE FONTE DE IGNIO LUZ + CALOR + FUMOS + GASES (vapor) Essa reao vai ter uma velocidade de propagao relacionada com diversos fatores, tais como temperatura, umidade do ar, caractersticas inerentes ao material combustvel, forma fsica desse material (slido bruto ou particulado, lquido, etc.), condies de ventilao aspectos que sero adiante analisados:

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ER - Energia das substncias reagentes EA - Energia de ativao EI = ER + EA = Energia do processo que desencadeia a reao EP = Energia final dos produtos da reao E1 = parte da energia desprendida que reaproveitada no processo, continuando a aquecer as substncias reagentes; E2 = parte da energia desprendida que dissipada no ambiente. Tringulo do Fogo Os trs elementos bsicos para que um fogo se inicie so, portanto, o material combustvel, o comburente e a fonte de ignio ou fonte de calor. A representao grfica desse conjunto tradicionalmente chamada de Tringulo do Fogo.

Conforme ao exposto no item anterior, a propagao do fogo vai depender da existncia de energia suficiente para manter a reao em cadeia.___________________________________________________________________________________________________ CST Companhia Siderrgica de Tubaro 54

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