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DIVISÃO LEGISLATIVA
Câmara Municipal de Cubatão Estado de São Paulo
476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
ATA DA 38ª SESSÃO ORDINÁRIA DO 1º ANO LEGISLATIVO
DA 15ª LEGISLATURA
REALIZADA EM 17 DE NOVEMBRO DE 2009
PRESIDÊNCIA - Sr. José Roberto Azzoline Soares.
SECRETARIAS - Sr. Severino Tarcício da Silva e
Sr. Geraldo Cardoso Guedes.
- Às 16:05 horas, sob a Presidência do Sr. José Roberto Azzoline
Soares, é procedida a verificação de presença dos Srs. Vereadores.
FOLHA DE PRESENÇA
ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS SIMDONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO SIMFRANCISCO LEITE DA SILVA SIMGERALDO CARDOSO GUEDES SIMJOÃO SANTANA DE MOURA VILLAR SIMJOSÉ APARECIDO DOS SANTOS SIMJOSÉ ROBERTO AZZOLINE SOARES SIMMARIA APARECIDA PIERUZI DE SOUZA JUSTIFICADAPAULO TITO FARDER SIMSEVERINO DE OLIVEIRA MELO SIMSEVERINO TARCÍCIO DA SILVA SIM
(a) José Roberto Azzoline Soares (a) Severino Tarcício da Silva
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
O SR. PRESIDENTE - Havendo número legal, em
nome de Deus e da Lei, declaro abertos os trabalhos da presente Sessão
Ordinária.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Peço a
palavra, Sr. Presidente, para solicitar que seja observado 01 minuto de silêncio,
em homenagem póstuma à Srª. Maria Ângela, que faleceu ontem, no Hospital da
nossa cidade. Ela teve um gesto carinhoso em vida e deixou autorizada a doação
de todos os seus órgãos, para que eles possam salvar outras vidas.
O SR. PRESIDENTE - Esta Presidência solicita, que
tal homenagem póstuma seja estendida à Srª. Elza Campina, mãe do servidor
Maurício André Campina, falecida recentemente.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Aceito a
adenda, Sr. Presidente.
- Posto a votos, é aprovado o requerimento verbal do Vereador
Geraldo Cardoso Guedes, incorporado da adenda do Vereador José Roberto
Azzoline Soares.
- A Casa, respeitosamente, observa 01 minuto de silêncio.
O SR. PRESIDENTE - Esta Presidência registra e
agradece pela presença às Galerias da Casa, aos estudantes do ensino
fundamental da “Escola Pueri Domus”, localizada no Estado de São Paulo. Os
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
estudantes estão visitando a Câmara Municipal de Cubatão, com o objetivo de
conhecer o “Projeto A Casa é Sua” e estão acompanhados de Professores e de
Agentes de Turismo, da “Terra Nativa”. Agradece também, às Professoras
Maria Luiza, Vânia Zilda de Lucena e à Assistente de Coordenação, Heloise
Helena Batista. Obrigado a todos pela presença.
- É colocado à disposição dos Srs. Vereadores, para conhecimento
e eventual exame, o seguinte:
EXPEDIENTE DA MESA
CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA
DO EXECUTIVO
Of. n° 257/2009/SEJUR - Comunicando sanção ao Projeto de Lei n°
061/2009, promulgando a Lei n° 3.339, de 28 de
outubro de 2009.
Of. n° 264/2009/SEJUR - Comunicando sanção ao Projeto de Lei
Complementar n° 066/2009, promulgando a Lei
Complementar n° 58, de 05 de novembro de
2009.
Of. n° 265/2009/SEJUR - Encaminhando Mensagem Aditiva ao Projeto de
Lei que “ALTERA A DENOMINAÇÃO DO
CARGO QUE MENCIONA E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS”.
Of. n° 272/2009/SEJUR - Comunicando sanção ao Projeto de Lei n°
085/2009, promulgando a Lei n° 3.334, de 12 de
novembro de 2009.
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Of. n° 276/2009/SEJUR - Encaminhando para apreciação Projeto de Lei que:
“AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A
EFETUAR TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA
À COMPANHIA MUNICIPAL DE TRÂNSITO
– CMT, NA IMPORTÂNCIA DE R$ 758.000,00
(SETECENTOS E CINQUENTA E OITO MIL
REAIS) E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
Of. n° 277/2009/SEJUR - Comunicando Veto Total ao Projeto de Lei n°
062/2009.
Of. n° 278/2009/SEJUR - Encaminhando nos termos Regimentais, Razões do
Veto Total, aposto ao Projeto de Lei n° 062/2009,
que: “DISPÕE SOBRE A INSTALAÇÃO DE
PAINEL OPACO ENTRE OS CAIXAS E OS
CLIENTES EM ESPERA, EM TODAS AS
AGÊNCIAS BANCÁRIAS E INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS LOCALIZADAS NO
MUNICÍPIO DE CUBATÃO E DA OUTRAS
PROVIDÊNCIAS”.
Of. nº 279/2009/SECAD - Encaminhando cópias de Decretos, referente aos
meses de julho, agosto, setembro, outubro e
novembro de 2009.
Of. nº 280/2009/SECAD - Encaminhando cópias de Portarias, referente aos
meses de setembro e outubro de 2009.
Of. n° 398/2009/GP - Em atenção ao Requerimento n° 112/09, de autoria do
Vereador Severino Tarcício da Silva.
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Of. n° 403/2009/GP - Em atenção ao Requerimento n° 191/09, de autoria do
Vereador Adeildo Heliodoro dos Santos.
Of. n° 404/2009/GP - Em atenção ao Requerimento n° 187/09, de autoria do
Vereador Severino Tarcício da Silva.
Of. n° 405/2009/GP - Em atenção ao Requerimento n° 156/09, de autoria do
Vereador José Roberto Azzoline Soares.
Of. n° 406/2009/GP - Em atenção ao Requerimento n° 209/09, de autoria do
Vereador José Roberto Azzoline Soares.
Of. n° 407/2009/GP - Em atenção ao Requerimento n° 208/09, de autoria do
Vereador José Roberto Azzoline Soares.
Of. n° 279/2009/SEJUR - Encaminhando para apreciação Projeto de Lei que:
“AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A
INSTITUIR NO MUNICÍPIO O CARTÃO
CIDADÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
DIVERSOS
Do Dr. Clermont Silveira Castor.
Requerimento s/n° Solicitando dar ciência aos Srs. Vereadores da aprovação
da PSV (Proposta de Súmula Vinculante) n° 32, do
Supremo Tribunal Federal, de 29 de outubro de 2009.
Do Ver. Francisco Leite da Silva
Projeto de Lei s/n° que: “DISPÕE SOBRE EDITAL DE CONCURSO
PÚBLICO MUNICIPAL”.
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CORRESPONDÊNCIA EXPEDIDA
AO EXECUTIVO
Of. nº 1207/2009 Em atendimento a solicitação do Vereador Severino Tarcício
da Silva, Presidente da Comissão Permanente de Justiça e
Redação, para fins de apreciação do Projeto de Lei
Complementar n° 84/2009, de autoria do Executivo.
Of. nº 1208/2009 Encaminhando cópia do Projeto de Lei n° 85/09, de autoria
do Poder Executivo, que “AUTORIZA O PODER
EXECUTIVO A CELEBRAR CONVÊNIO COM O
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A
RECEBER MEDIANTE REPASSE EFETUADO
ATRAVÉS DA SECRETARIA DE ECONOMIA E
PLANEJAMENTO, RECURSOS FINANCEIROS A
FUNDO PERDIDO, BEM COMO A ABRIR CRÉDITO
SUPLEMENTAR NA IMPORTÂNCIA DE R$
100.000,00 (CEM MIL REAIS)”, aprovado em Sessão
Extraordinária, realizada no dia 10 do corrente mês.
Of. nº 1209/2009 Encaminhando cópia do Projeto de Lei n° 76/09, de autoria
da Vereadora Maria Aparecida Pieruzi de Souza, que
“DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DO INGRESSO OU
PERMANÊNCIA DE PESSOAS UTILIZANDO
CAPACETE, GORRO OU QUALQUER TIPO DE
COBERTURA QUE OCULTE A FACE, NOS
ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, PÚBLICOS
OU ABERTOS AO PÚBLICO, NAS ÁREAS COMUNS
DE CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS E ÔNIBUS
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
COLETIVOS MUNICIPAIS E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS”, aprovado em Sessão Ordinária,
realizada no dia 10 do corrente mês.
Of. nº 1210/2009 Encaminhando cópia da Ata da 33ª Sessão Ordinária,
realizadas em 13 de outubro de 2009, aprovadas em 10 do
corrente mês.
Of. nº 1212/2009 Comunicando, realização de Audiência Pública, no Plenário
deste Legislativo, no próximo dia 19 de novembro de 2.009,
às 15h00, para apresentação de: a) - Plano Plurianual do
Município de Cubatão para o período 2010 a 2013; b) -
Diretrizes Gerais para a elaboração da Lei Orçamentária do
Município de Cubatão para o exercício de 2010 e; c) - Peça
Orçamentária que Estima a Receita e Fixa a Despesa do
Município de Cubatão para o exercício de 2010.
Of. nº 1213/2009 Em atendimento a solicitação do Vereador Severino Tarcício
da Silva, Presidente da Comissão Permanente de Justiça e
Redação, para fins de apreciação do Projeto de Lei n°
77/2009, de autoria do Executivo.
Of. nº 1214/2009 Em atendimento a solicitação do Vereador Severino Tarcício
da Silva, Presidente da Comissão Permanente de Justiça e
Redação, para fins de apreciação do Projeto de Lei n°
83/2009, de autoria do Executivo.
Of. nº 1218/2009 Em atenção a Indicação nº 694/09, de autoria do Vereador
Donizete Tavares do Nascimento.
Of. nº 1219/2009 Em atenção a Indicação nº 695/09, de autoria do Vereador
Donizete Tavares do Nascimento.
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Of. nº 1220/2009 Em atenção a Indicação nº 696/09, de autoria do Vereador
Francisco Leite da Silva.
Of. nº 1221/2009 Em atenção a Indicação nº 697/09, de autoria do Vereador
Francisco Leite da Silva.
Of. nº 1222/2009 Em atenção a Indicação nº 698/09, de autoria do Vereador
Francisco Leite da Silva.
Of. nº 1223/2009 Em atenção a Indicação nº 699/09, de autoria do Vereador
Francisco Leite da Silva.
Of. nº 1224/2009 Em atenção a Indicação nº 700/09, de autoria do Vereador
Geraldo Cardoso Guedes.
Of. nº 1225/2009 Em atenção a Indicação nº 701/09, de autoria do Vereador
Geraldo Cardoso Guedes.
Of. nº 1226/2009 Em atenção a Indicação nº 702/09, de autoria do Vereador
Geraldo Cardoso Guedes.
Of. nº 1227/2009 Em atenção a Indicação nº 703/09, de autoria do Vereador
Geraldo Cardoso Guedes.
Of. nº 1228/2009 Em atenção a Indicação nº 704/09, de autoria do Vereador
Severino de Oliveira Melo.
Of. nº 1229/2009 Em atenção a Indicação nº 705/09, de autoria do Vereador
Severino de Oliveira Melo.
Of. nº 1230/2009 Em atenção a Indicação nº 706/09, de autoria do Vereador
Severino de Oliveira Melo.
Of. nº 1231/2009 Em atenção a Indicação nº 707/09, de autoria do Vereador
Severino de Oliveira Melo.
Of. nº 1232/2009 Em atenção a Indicação nº 708/09, de autoria do Vereador
Severino de Oliveira Melo.
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Of. nº 1233/2009 Em atenção a Indicação nº 709/09, de autoria do Vereador
Severino de Oliveira Melo.
OFÍCIO CIRCULAR
Ao Executivo, a Sociedade de Melhoramentos da Vila São José e a
Imprensa em geral.
Of. Circ. n° 137/09 - Encaminhando cópia do Requerimento n° 211/09, de
autoria do Vereador Paulo Tito Farder.
As Sociedades de Melhoramentos do Jardim Casqueiro, Parque São Luiz,
Jardim Nova República e Bolsão Sete, Bolsão Nove, Vila Elizabeth e a
Imprensa em geral.
Of. Circ. n° 138/09 - Encaminhando cópia do Requerimento n° 216/09, de
autoria do Vereador Paulo Tito Farder.
Ao Executivo, as Sociedades de Melhoramentos da Vila Natal, do Conjunto
Mário Covas, da Vila Esperança, a Associação Esportiva, Cultural e Lazer
Vila Esperança, a ACELC do Conjunto Mário Covas, aos Jornais e TV’s da
Região e Rádios Comunitárias do Município.
Of. Circ. n° 139/09 - Encaminhando cópia do Requerimento n° 217/09, de
autoria do Vereador Paulo Tito Farder.
O SR. PRESIDENTE - Comunico que se encontra à
disposição dos Srs. Vereadores na Divisão Legislativa da Casa, a Ata da 36ª
Sessão Ordinária, realizada no dia 03 de novembro de 2009.
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- Não havendo objeções, são consideradas aprovadas as Atas das
34ª e 35ª Sessões Ordinárias e a Ata da 16ª Sessão Extraordinária, realizadas
respectivamente, nos dias 20 e 27 de outubro de 2009.
- Lido, a Casa toma ciência do seguinte:
Processo nº 1315/2009.Requerimento nº 0135/2009.Autor: Geraldo Cardoso Guedes.Assunto: COMISSÃO ESPECIAL DE VEREADORES PARA TRATAR
JUNTO ÀS AUTORIDADES COMPETENTES SOBRE O RETORNO DA POLI/USP PARA CUBATÃO.
Data: 06/08/2009
Sr. Presidente,
Srs. Vereadores:
RELATÓRIO PARCIAL
Aos quatro dias do mês de agosto do corrente ano, foi aprovado nesta Casa o
Requerimento nº 135/2009, de autoria do ilustre Vereador Geraldo Cardoso
Guedes, para tratar junto às autoridades competentes sobre o retorno da
POLI/USP para Cubatão. Aos vinte dias do mês de agosto, houve a instalação da
Comissão, onde deliberaram por unanimidade por: após a reunião com a
Magnífica Reitora onde esta CEV tratou dos diversos assuntos pertinentes ao
regresso da POLI/USP para Cubatão. Também foi abordado o tema USP/Junior,
onde fora deliberado oficiar-se a UNE, UBES e UEE/SP para a criação de um
fórum permanente de apoio do retorno desta importante Universidade para nosso
município. Realizada nova reunião na Reitoria da Usp com os membros desta
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CEV, para elaborarem minuta do Estatuto da Fundação Municipal de Educação
que irá gerir os recursos da Universidade em Cubatão. Reunião realizada no
anfiteatro do Executivo onde abordaram sugestões apresentadas pelo presidente
da CEV, vereador Geraldo Guedes solicitando aos técnicos da prefeitura que os
membros do Conselho Curador sejam eleitos e não nomeados: “O Conselho tem
que ser eleito por um colegiado e não indicado, pois se trata de uma Fundação e
não de uma autarquia” finalizou. O presidente da CEV Geraldo Guedes
classificou como proveitoso o encontro na USP, bem como a reunião com os
técnicos do Executivo: “A Comissão de Vereadores cumpriu o seu papel. Agora
aguardamos com urgência que o Executivo envie para a Câmara, o PL que vai
criar a fundação que irá gerir os recursos da Poli-USP, na cidade. Nunca
estivemos tão próximo deste retorno” finalizou. Tendo em vista que até o
presente momento não obtivemos os resultados esperados para deliberações
sobre o referido assunto e destinações finais a peleja reapresentaremos novo
pedido de CEV para dar prosseguimento ao processo.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.
(aa) Geraldo Cardoso GuedesPresidente
José Aparecido dos Santos Maria Aparecida Pieruzi de Souza Relator Membro
- Lido e posto a votos, nos termos do inciso VIII, do artigo 134 do
Regimento Interno, é aprovado o seguinte requerimento:
REQUERIMENTO Nº 219/2009
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
Tendo em vista o vencimento do prazo da Comissão Especial de
Inquérito, nomeada pela Resolução n° 2636/2009, para “APURAR JUNTO
AOS ÓRGÃOS COMPETENTES, TODOS OS FATOS QUE LEVARAM
O TEATRO MUNICIPAL DE CUBATÃO À SITUAÇÃO EM QUE SE
ENCONTRA HOJE”, sem que os objetivos da mesma tenham sido plenamente
alcançados, é que REQUEIRO, observadas as formalidades regimentais e
ouvido o Douto Plenário, a prorrogação por mais 45 (quarenta e cinco) dias da
presente CEI.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) Paulo Tito Farder
- Lido e posto a votos, nos termos do parágrafo 2º, do artigo 134 do
Regimento Interno, é aprovado o seguinte requerimento:
REQUERIMENTO Nº 220/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
REQUEIRO, observadas as formalidades regimentais e ouvido o
Douto Plenário, a formação de Comissão Especial, composta por (03) três
Vereadores, para no prazo regimental, tratar junto às autoridades competentes
sobre o retorno da Poli/USP para Cubatão.
REQUEIRO, outrossim, a concessão de adiantamento, na forma da
Lei, para fazer frente às despesas com a presente Comissão Especial de
Vereadores e que a composição da Comissão seja a idêntica a dos Processos
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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527/09 e 1315/09 - Requerimento 042/09 e 135/09 respectivamente, que tratam
do mesmo assunto e que deverão ser apensados ao presente trabalho.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(aa) Geraldo Cardoso Guedes
- É lido o seguinte requerimento:
REQUERIMENTO Nº 221/2009Senhor Presidente;Senhores Vereadores;Senhora Vereadora:
REQUEIRO, observadas as formalidades regimentais, após ouvido
o Douto Plenário, constituir Comissão Especial, composta de 04 (quatro)
vereadores, para no prazo regimental “APURAR A QUANTIDADE
EXISTENTE E AS RAZÕES DA FALTA DE AMBULÂNCIAS EM
NOSSO MUNICÍPIO, BEM COMO FISCALIZAR JUNTO AS
SECRETARIAS AFETAS OS PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA
SANAR A FALTA DESSE EQUIPAMENTO VITAL PARA O SOCORRO
DE NOSSOS MUNÍCIPES”.
REQUEIRO, também, que seja disponibilizado adiantamento (lei.
2.060/92), para fazer frente às despesas desta comissão e para dar publicidade
dos atos praticados pela comissão.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(aa) Francisco Leite da Silva
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Peço a
palavra, Sr. Presidente, pois entendi que o Vereador solicita a formação de uma
Comissão Especial composta por 04 Vereadores, portanto, proponho uma
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
adenda ao requerimento do nobre Vereador Francisco Leite da Silva, para que a
Comissão Especial seja composta por 03 ou 05 Vereadores.
O SR. PRESIDENTE - Esta Presidência consulta o
autor do requerimento, se aceita a adenda proposta pelo Vereador Geraldo
Cardoso Guedes.
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Sr.
Presidente, eu aceito a adenda proposta pelo Vereador, para que a Comissão
Especial seja composta por 05 Vereadores.
- O Vereador João Santana de Moura Villar solicita e o Sr.
Presidente determina ao Sr. 1º Secretário, que procede nova leitura do
requerimento.
- Posto a votos, nos termos do parágrafo 2º, do artigo 134 do
Regimento Interno, é rejeitado o requerimento.
O SR. PRESIDENTE - Está portanto, rejeitado o
requerimento.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - (Pela
ordem) - Sr. Presidente, solicito à V Exª, que registre o nome apenas dos
Vereadores que votaram favoravelmente à aprovação do requerimento.
O SR. PRESIDENTE - Votaram favoravelmente à
aprovação, os Vereadores Francisco Leite da Silva, Geraldo Cardoso Guedes e
Severino Tarcício da Silva.
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES -
Obrigado, Sr. Presidente.
- Lidas, são devidamente encaminhadas pela Presidência, as
seguintes indicações:
INDICAÇÃO Nº 710/2009Senhores Vereadores,Nobres Pares:
INDICO à Mesa da Câmara, observadas as formalidades
regimentais, para que solicite a Excelentíssima Prefeita Municipal de Cubatão,
Sra. Profª Marcia Rosa de Mendonça Silva, que determine ao setor competente,
o conserto do buraco existente na Rua Dr. Francisco Teixeira Pinto Jr, em frente
ao nº 72, Vila Paulista, Cubatão.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) Adeildo Heliodoro dos Santos
INDICAÇÃO Nº 711/2009Senhores Vereadores,Nobres Pares:
INDICO à Mesa da Câmara, observadas as formalidades
regimentais, para que solicite a Excelentíssima Prefeita Municipal de Cubatão,
Sra. Profª Marcia Rosa de Mendonça Silva, que determine ao setor competente,
a reforma dos brinquedos, localizados ao da Escola “Mario de Oliveira
Moreira”, no bairro Vale Verde.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) Adeildo Heliodoro dos Santos
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INDICAÇÃO Nº 712/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
INDICO à Mesa da Câmara, observadas as formalidades
regimentais, expedir ofício a Senhora Prefeita, solicitando providências
imediatas junto a CMT para instalar tachões no leito carroçável da Rua
Embaixador Pedro de Toledo esquina com Avenida Pedro José Cardoso.
INDICO, ainda, que cópia da presente propositura seja enviada, aos
jornais da região que circulam no Município, ACIC e Rádios Comunitárias da
cidade.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) Donizete Tavares do Nascimento
INDICAÇÃO N° 713/2009Senhor Presidente,Senhores Vereadores e Vereadora:
INDICO à Mesa da Câmara, observadas as formalidades legais e
ouvido o Douto Plenário, seja encaminhado oficio a Excelentíssima Senhora
Prefeita Municipal, solicitando que seja determinado aos órgãos competentes
“LIMPEZA E ROÇADA DE MATO DO CANTEIRO (PRONTO SOCORRO
INFANTIL) AV. MARTINFONTES S/N”.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) Francisco Leite da Silva
INDICAÇÃO Nº 714/2009Senhor Presidente,Senhores Vereadores e Vereadora:
INDICO à Mesa da Câmara, observadas as formalidades legais e
ouvido o Douto Plenário, seja encaminhado oficio a Excelentíssima Senhora
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Prefeita Municipal, solicitando que seja determinado aos órgãos competentes
“LIMPEZA E ROÇADA DE MATO DO CANTEIRO (PROJETO
CONVIVER) RUA DR. FERNANDO COSTA N°181”.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) Francisco Leite da Silva
INDICAÇÃO Nº 715/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
Excelentíssima Senhora Prefeita Municipal de Cubatão, o Conjunto
Habitacional João Paulo II, inaugurado em meados de 2006, conta com
aproximadamente setecentas famílias.
Ocorre que, logo após sua inauguração com o movimento de
diversos moradores fora instalado uma estação de coletagem e tratamento de
esgoto, onde a mesma encontra-se com seus alambrados totalmente
deteriorados, a tampa de proteção da cisterna não existe, o mato toma conta do
local, a parte hidráulica e elétrica estão expostas, o mau cheiro toma conta do
lugar. Os riscos eminentes de sérios acidentes talvez até fatais são prementes
causando preocupação principalmente aos pais das diversas crianças moradoras
do referido bairro.
Diante do acima exposto é que INDICO, à Mesa da Câmara
observada as formalidades regimentais, seja oficiado a Senhora Prefeita
Municipal, solicitando URGENTES, providências para a execução dos serviços
necessários para a segurança do local.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) Geraldo Cardoso Guedes
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
INDICAÇÃO Nº 716/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
O bairro do Jardim Nova República situa-se em área onde o solo
natural era constituído por manguezal, esta localização proporciona o rápido
crescimento da vegetação existente.
Com o referido crescimento da vegetação, também podemos
constatar o aumento de insetos peçonhentos, mosquitos, moscas e etc. Na
entrada do bairro ao lado esquerdo temos uma pequena praça e ao lado direito
temos a UME Martim Afonso. Em ambos os lados observamos a péssima
situação do mato, onde há uma proliferação de insetos e, principalmente do
mosquito da dengue.
Diante do exposto é que INDICO, à Mesa da Câmara observada as
formalidades regimentais, seja oficiado a Sra. Prefeita Municipal, solicitando
URGENTES providências para a devida roçada do mato, bem como a total
pintura das referidas praças.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a)Geraldo Cardoso Guedes
INDICAÇÃO Nº 717/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
Este Vereador morador do Jardim Nova República ouviu diversas
reclamações por parte dos moradores e usuários quanto ao péssimo estado de
conservação da quadra de esportes localizada à Rua José Rodrigues dos Santos,
sua pintura inexiste, sujeira, mato, e ausência total de iluminação, bem como, a
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
área contígua onde os bancos e mesas estão totalmente deteriorados causando
sérios riscos de acidentes.
Apesar de estarem usando a referida quadra à precariedade é sem
sombra de dúvidas preocupante, pois à prática de modalidades esportivas torna-
se difícil no local.
Diante do acima exposto é que INDICO, à Mesa da Câmara
observada as formalidades regimentais, seja oficiado a Senhora Prefeita
Municipal, solicitando URGENTES, providências, junto ao setor competente a
fim de reformar a referida quadra.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) Geraldo Cardoso Guedes
INDICAÇÃO Nº 718/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
Este Vereador em recente visita aos diversos bairros de nosso
município, constatou o péssimo estado de conservação de várias ruas e calçadas,
trazendo total desconforto para os motoristas e pedestres que circulam na região.
Quero aqui destacar que o trecho da Rua Acácia dos Santos Pereira,
no Jardim Real (Bolsão 9), apresenta enorme afundamento em sua camada
asfáltica necessitando de urgente reparo, esta Rua é de suma importância pois a
mesma é o principal acesso ao bairro.
O mal estado de conservação deste trecho de rua poderá causar
acidentes aos motoristas que circulam pelo local, trazendo assim maiores
complicações à Prefeitura Municipal.
Diante do acima exposto é que INDICO, à Mesa da Câmara
observada as formalidades regimentais, seja oficiado a Senhora Prefeita
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Municipal, solicitando URGENTES, determinações para realização dos
serviços acima elencados.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a)Geraldo Cardoso Guedes
INDICAÇÃO Nº 719/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
Indico à Mesa da Câmara, na forma regimental, expedir ofício a
Exma. Sra. Prefeita Municipal de Cubatão, Profª Marcia Rosa de Mendonça
Silva, para gestões junto a ALL (América Latina Logística), para estudos
visando solucionar o problema de acumulo de água entre o muro e a linha
ferroviária, no campo do E.C.Vera Cruz, no Jd. 31 de Março, de forma que
impeça a formação de criadouros de insetos.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) José Roberto Azzoline Soares
INDICAÇÃO Nº 720/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
Considerando que no presente ano foi realizado em nosso
município, os “JOGOS ESCOLARES DE CUBATÃO”, instituído pela Lei
Municipal n° 3.155 de 13/04/2007, regulamentado pelo Decreto n° 9.080 de
31/05/2007, INDICO, à Mesa da Câmara, na forma regimental, expedir ofício a
Exma. Sra. Prefeita Municipal de Cubatão, Profª Marcia Rosa de Mendonça
Silva, para gestões junto a Secretária Municipal de Educação e à Secretária
Municipal de Esportes e Lazer, a fim de realizar no próximo ano os “JOGOS
ESCOLARES DE CUBATÃO”, com a participação de todas as escolas
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
integrantes da rede pública e privada de Ensino Fundamental e Médio, instalada
em nosso Município.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) José Roberto Azzoline Soares
INDICAÇÃO Nº 721/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
Indico à Mesa da Câmara, na forma regimental, expedir ofício a
Exma. Sra. Prefeita Municipal de Cubatão, Profª Marcia Rosa de Mendonça
Silva, para gestões junto aos setores competentes, a fim de enviar a está Casa de
Leis, Projeto de Lei criando estacionamento de bicicletas em locais de grande
afluxo de públicos.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) José Roberto Azzoline Soares
INDICAÇÃO Nº 722/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
Indico à Mesa da Câmara, na forma regimental, expedir ofício a
Exma. Sra. Prefeita Municipal de Cubatão, Profª Marcia Rosa de Mendonça
Silva, para gestões junto a C.M.T., a fim de fixar novos redutores de velocidade
na Avenida Joaquim Miguel Couto em frente ao Batalhão da Policia Militar,
visto que os lá existentes estão desgastados e os motoristas que ali trafegam não
estão respeitando os limites de velocidade, incorrendo em riscos de acidentes.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) José Roberto Azzoline Soares
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
INDICAÇÃO Nº 723/2009Senhor Presidente,Nobres Vereadores:
Considerando as inúmeras reclamações de autuações por velocidade
acima do permitido registrado no radar localizado na Av. Martins Fontes, pela
falta de sinalização mais efetiva, Indico à Mesa da Câmara, na forma
regimental, expedir ofício a Exma. Sra. Prefeita Municipal de Cubatão, Profª
Marcia Rosa de Mendonça Silva, para gestões junto a C.M.T., a fim de efetuar
melhorias na sinalização indicativa do citado radar, para melhor orientação dos
motoristas que ali trafegam.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) José Roberto Azzoline Soares
INDICAÇÃO Nº 724/2009Senhor Presidente,Nobres Pares:
O Governo Federal através do PAC (Programa de Aceleração e
Crescimento) irá destinar à Cubatão, em especifico ao bairro da Vila Esperança
R$ 118 milhões para o Programa de Urbanização e Recuperação Ambiental.
Entre as principais metas estão à melhoria das condições habitacionais desses
moradores previstos para acontecerem até 2014.
Infelizmente o dia a dia das famílias que moram nesta localidade
tem sido cada vez mais difícil, já que não tem nenhum tipo de investimento por
parte dos governos Federal e Municipal. Ambos justificam a carência devido ao
não inicio das obras e, conseqüente, a liberação dos recursos.
Um dos exemplos da precariedade do bairro está no Caminho Frei
Damião (Conforme fotos em anexo) onde reside a Senhora Edila Olívia Santos
Silva, que reivindica uma solução para o estado lastimável e crítico das
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
condições habitacionais do local, vivendo em condições sub humanas, na mais
falta de higiene e qualidade de vida, mostrando que infelizmente o Poder
Público não chega até esta comunidade, que pede socorro.
Indico à Mesa da Câmara, observadas as formalidades regimentais
que seja expedido ofício a Excelentíssima Srª Prefeita Municipal no sentido de
que determine as Secretarias Municipais de Assistência Social, Obras e Serviços
Públicos, Administração, Negócios Jurídicos e Planejamento para que atuem em
conjunto o mais rápido possível para de fato solucionar os problemas desta
comunidade, residentes no Caminho Frei Damião, bairro Vila Esperança.
Indico ainda que do deliberado seja dada ciência aos jornais e
rádios comunitárias da região em geral, bem como as Sociedades de
Melhoramentos da cidade.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009.(a) Maria Aparecida Pieruzi de Souza
INDICAÇÃO Nº 725/2009Senhor Presidente,Senhores Vereadores,Senhora Vereadora:
INDICO à Mesa da Câmara, observadas as formalidades
regimentais expedir ofício a Excelentíssima Senhora Prefeita Municipal,
solicitando reparos na calçada na Rua Bahia localizada no bairro Vila Santa
Rosa onde o calçamento se encontra em péssimas condições em ambos os lados
da rua.
INDICO, ainda, que do deliberado seja dada ciência às Rádios
Comunitárias e aos Jornais que circulam na Baixada Santista.
Sala, Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2.009.(a) Severino de Oliveira Melo
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
INDICAÇÃO Nº 726/2009Senhor Presidente,Senhores Vereadores,Senhora Vereadora:
INDICO à Mesa da Câmara, observadas as formalidades
regimentais expedir ofício a Excelentíssima Senhora Prefeita Municipal,
solicitando reparos na calçada na Rua São Francisco de Assis localizada no
bairro Vila São José onde o calçamento se encontra em péssimas condições em
ambos os lados da rua.
INDICO, ainda, que do deliberado seja dada ciência às Rádios
Comunitárias e aos Jornais que circulam na Baixada Santista.
Sala, Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2.009.(a) Severino de Oliveira Melo
INDICAÇÃO Nº 727/2009Senhor Presidente,Senhores Vereadores,Senhora Vereadora:
INDICO à Mesa da Câmara, observadas as formalidades
regimentais expedir ofício a Excelentíssima Senhora Prefeita Municipal,
solicitando reparos na calçada na Av. Bandeirantes localizada no bairro Vila São
José onde o calçamento se encontra em péssimas condições em ambos os lados
da rua.
INDICO, ainda, que do deliberado seja dada ciência às Rádios
Comunitárias e aos Jornais que circulam na Baixada Santista.
Sala, Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2.009.(a) Severino de Oliveira Melo
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
INDICAÇÃO Nº 728/2009Senhor Presidente,Senhores Vereadores,Senhora Vereadora:
INDICO à Mesa da Câmara, observadas as formalidades
regimentais expedir ofício a Excelentíssima Senhora Prefeita Municipal,
solicitando reparos na calçada na Rua Maria Cristina localizada no bairro
Casqueiro onde o calçamento se encontra em péssimas condições em ambos os
lados da rua.
INDICO, ainda, que do deliberado seja dada ciência às Rádios
Comunitárias e aos Jornais que circulam na Baixada Santista.
Sala, Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2.009.(a) Severino de Oliveira Melo
O SR. PRESIDENTE - Esgotado o expediente da
Mesa, esta Presidência informa ao Plenário da Casa, que conforme entendimento
entre os líderes de Bancada dos Partidos com assento neste Poder Legislativo,
devido à relevância dos processos pautados na Ordem do Dia desta Sessão,
excepcionalmente, nós passaremos à Ordem do Dia, mantendo-se a ordem das
inscrições dos Srs. Vereadores, para a apresentação de trabalhos.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - (Pela
ordem) - Sr. Presidente, eu sei que os Vereadores receberam o comunicado,
mas como Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento desta Casa, quero
dizer a todos, que hoje foi aberto o prazo, de 10 dias, para a apresentação de
emendas ao PPA e ao Orçamento anual.
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DIVISÃO LEGISLATIVA
Câmara Municipal de Cubatão Estado de São Paulo
476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
O SR. PRESIDENTE - Está registrada a “questão de
ordem”, Vereador Geraldo Guedes. Solicito ao Sr. 1º Secretário, que proceda a
verificação de presença dos Srs. Vereadores, para prosseguimento da Sessão.
- Procedida a verificação de presença dos Srs. Vereadores, o Sr. 1º
Secretário registra que há número legal.
O SR. PRESIDENTE - Havendo número legal,
passaremos à Ordem do Dia.
- Passa-se à
O R D E M D O D I A
- Entra em discussão única o ofício nº 028/2009, processo nº
1.352/2009, de autoria do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que
“Encaminha cópia do parecer emitido nos termos do artigo 32 da Lei
Complementar n° 709, de 14/01/93, pela Primeira Câmara e Tribunal Pleno, em
Sessões de 16/09/08 e 29/04/09, acompanhado de cópia do relatório e voto de
Exmo. Relator, bem como anexos e acessórios a ele vinculados, relativos às
Contas do exercício de 2006”.
- São lidos os seguintes pareceres:
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
PEDIDO DE REEXAME
59 TC-003101/026/06
Município: Cubatão
Prefeito(s): Clermont Silveira Castor
Exercício: 2006
Requerente(s): Prefeitura Municipal de Cubatão.
Em Julgamento: Reexame do Parecer da E. Primeira Câmara, em Sessão de
16-09-08, publicado no D.O.E. de 01-10-08.
Advogado(s): Maurício Cramer Esteves e outros.
Acompanha(m): TC-003101/126/06, TC-003101/226/06 e TC-003101/326/06
e Expediente(s): TC-040812/026/06, TC-000141/026/07 e
TC-006113/026/06.
Auditoria atual: GDF-3 - DSF-I.
Em sessão de 16.09.08, a Egrégia Primeira Câmara decidiu pela
emissão de parecer desfavorável à aprovação das contas da Prefeitura do
Município de Cubatão, referentes ao exercício de 2006, tendo em vista a
transgressão da regra constitucional, que disciplina o pagamento de Precatórios
Judiciais.
O parecer emitido foi devidamente publicado no D.O.E. de
01.10.08 (fl. 143).
Inconformada, a Prefeitura do Município de Cubatão, por seu
Procurador regularmente constituído (fls. 75/77), interpôs PEDIDO DE
REEXAME, protocolado em 20.10.08 (fls. 146/178).
A Recorrente argumentou, inicialmente, que “De fato, no exercício
de 2006, o Exmo. Sr. Prefeito não efetuou o depósito da totalidade dos valores
devidos à título de pagamento dos precatórios não alimentares abrangidos pela
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
moratória constitucional do artigo 78, do ADCT. Entretanto, vale lembrar que
tratava-se da 5ª parcela da moratória, sendo as quatro anteriores regularmente
honradas, tanto assim que foi atestada a regularidade das contas municipais nos
exercícios anteriores”.
Argumentou, ainda, que a “... bem da verdade, o que houve no
Município de Cubatão foi uma situação bem diferente daquela enfrentada por
outros entes públicos, dentre eles os Municípios de Dobrada e Socorro,
mencionados no julgado... devemos esclarecer ponto crucial para a correta
apreciação da matéria, qual seja, ter ou não o Município de Cubatão deixando
de pagar a 5ª parcela. Como podemos constatar dos documentos acostados neste
procedimento, a Municipalidade refez os cálculos das 04 últimas parcelas e
apurou pagamentos superiores ao devido considerando a metodologia de cálculo
que computa os juros moratórios somente entre a data do vencimento da parcela
e a data do depósito judicial respectivo”.
Prosseguindo, afirmou que “... no lugar da quinta parcela seria
necessário fazer um acerto, donde os referidos pagamentos anteriores de juros
feitos além do devido seriam compensados com o valor correto devido à título
de 5ª parcela, creditando-se aos credores, contudo, eventual saldo favorável após
a referida compensação. E foi exatamente isso o que foi feito pela
Municipalidade, motivo que culminou com o APARENTE não pagamento da
parcela em descumprimento à mandamento constitucional”.
Por fim, ponderou que “... se houve revisão dos juros,
DEVIDAMENTE AUTORIZADO PELO PODER JUDICIÁRIO... para reduzi-
lo, EVIDENTE O EXMO. SER. PREFEITO MUNICIPAL CUMPRIU COM
MÉRITOS A SUA FUNÇÃO PÚBLICA, ZELANDO PELO ERÁRIO E
BUSCANDO ONERAR AINDA MENOS OS COFRES DO MUNICÍPIO!!!
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DIVISÃO LEGISLATIVA
Câmara Municipal de Cubatão Estado de São Paulo
476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
NÃO HOUVE FALTA DE PAGAMENTO MAS SIM PAGAMENTO DA 5ª
PARCELA COM COMPENSAÇÃO DE PARTE DO SEU MONTANTE COM
OS JUROS PAGOS A MAIS NAS QUATRO PRIMEIRAS PARCELAS, O
QUE DEU ENJESO AO APARENTE NÃO PAGAMENTO... a Municipalidade
Cubatense vem discutindo em Juízo e, obtendo êxi to , em suas discussões
acerca da incidência ou não dos juros moratórios e compensatórios em
continuação, defendendo a ora recorrente que tais juros só seriam devidos entre
a data do vencimento da parcela e o seu efetivo pagamento, até mesmo por
resguardo do Erário!!”. (grifo do texto)
Examinando a matéria, a Assessoria Técnica (fls. 182/183),
ressaltando que “... os documentos que acompanham o Pedido de
Reexame sob exame são datados de anos posteriores ao destas contas,
ou seja, os seus efeitos somente repercutirão quando do exame dos
seus respectivos exercícios. Assim, resta patente que referidos argumentos já
foram devidamente apreciados pelos setores desta Casa, e, a conclusão a que se
chegou foi utilizada para a fundamentação da emissão r. Parecer ora recorrido”,
manifestou-se pelo não provimento do apelo.
O órgão técnico, em Parecer Jurídico de fls. 184/186, considerando
como “... inaceitáveis as razões apresentadas pelo Peticionário, eis que o
montante de precatórios, efetivamente, pago não atende ao mínimo considerado
satisfatório pela jurisprudência desta E Corte de Contas; ou seja, valores
equivalentes aos ofícios requisitórios do exercício maios a décima parte do
montante concernente aos períodos anteriores”, opinou pelo conhecimento e não
provimento do Pedido de Reexame, no que foi acompanhada por sua ilustre
Chefia (fl. 187).
Da mesma forma, a Secretaria Diretoria Geral (fls. 188/190),
30
DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
destacando que “... os argumentos recursais não se prestam para demover o
desrespeito à sistemática constitucional dos precatórios. Discutir, judicialmente,
a metodologia empregada no cálculo dos juros moratórios, aliás, nos exercícios
subseqüentes ao analisado (fls. 152/187), não exime a obrigação do pagamento
de parcelas vencíveis no período relativas aos precatórios alimentares e, ainda,
os pagamentos ocorridos nos exercícios de 2007 e 2008 não socorrem o
responsável, porquanto desrespeitam os princípios da anualidade e competência
das contas", concluiu pelo conhecimento e não provimento do pedido.
É o relatório.
Pedido de REEXAME interposto pela Prefeitura do Município de
Cubatão, por seu Procurador regularmente constituído, objetivando a reforma da
decisão da Egrégia Primeira Câmara, que emitiu parecer DESFAVORÁVEL à
aprovação das contas do Executivo, referentes ao exercício de 2006, tendo em
vista o descumprimento da regra constitucional, que disciplina o pagamento de
Precatórios Judiciais.
Em preliminar, recurso em termos, dele conheço.
Quanto ao mérito, a exemplo dos órgãos técnicos da Casa,
entendo que deva prevalecer o julgamento de primeiro grau, que teve como
fundamento a falta de pagamento dos precatórios.
Como Vossas Excelências já tiveram oportunidade de verificar no
relatório previamente disponibilizado em nossa rede interna, as razões do apelo
não conseguiram descaracterizar o fundamento da decisão originária.
Com efeito, a análise de todo o processado demonstra que o
procedimento adotado pela Prefeitura do Município de Cubatão não obedeceu à
regra consignada no artigo no 100, da Constituição Federal, como atestaram os
órgãos técnicos da Casa.
31
DIVISÃO LEGISLATIVA
Câmara Municipal de Cubatão Estado de São Paulo
476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
A Recorrente sustentou que “... no exercício de 2006, o Exmo. Sr.
Prefeito não efetuou o depósito da totalidade dos valores devidos à título de
pagamento dos precatórios não alimentares abrangidos pela moratória
constitucional do artigo 78, do ADCT. Entretanto, vale lembrar que tratava-se da
5ª parcela da moratória, sendo as quatro anteriores regularmente honradas, tanto
assim que foi atestada a regularidade das contas municipais nos exercícios
anteriores ... o que houve no Município de Cubatão foi uma situação bem
diferente daquela enfrentada por outros entes públicos, dentre eles os
Municípios de Dobrada e Socorro, mencionados no julgado... devemos
esclarecer ponto crucial para a correta apreciação da matéria, qual seja, ter ou
não o Município de Cubatão deixando de pagar a 5ª parcela. Como podemos
constatar dos documentos acostados neste procedimento, a Municipalidade refez
os cálculos das 04 últimas parcelas e apurou pagamentos superiores ao devido
considerando a metodologia de cálculo que computa os juros moratórios
somente entre a data do vencimento da parcela e a data do depósito judicial
respectivo”.
Entretanto, tais argumentos não descaracterizam as irregularidades
detectadas e nem afastam os sólidos fundamentos do respeitável voto condutor,
prolatado pelo eminente Conselheiro Edgard Camargo Rodrigues, que com
peculiar propriedade e brilhantismo, abordou a matéria, ao afirmar que: “... o
Executivo empenhou e pagou no exercício apenas 6,67% do saldo das
obrigações (R$ 1.990.115,58). Alega o signatário que os precatórios
alimentícios exigíveis no período em exame foram pagos no exercício seguinte
(janeiro a março de 2007); todavia, as medidas anunciadas não se apresentam
aptas a alterar o desacerto apurado e poderão, eventualmente, beneficiar o
exame dos demonstrativos do exercício de 2007, consoante, aliás, jurisprudência
32
DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
deste Tribunal - Processo TC - 2678/026/05, Reexame das contas do município
de Iporanga, exercício de 2005, sob a relatoria do Conselheiro Renato Martins
Costa, apreciadas na sessão de 24.10.2007... Da mesma forma não há prevalecer
o argumento de que o Executivo aguarda o pronunciamento do Poder Judiciário
em face de ações movidas objetivando a discussão dos valores dos precatórios
decorrentes de indenizações diversas e desapropriações especialmente porque
eventuais pedidos judiciais de recálculo não se apresentam aptos a suspender a
exigibilidade da obrigação, destacando-se a inexistência de medida liminar que
ampare tal pretensão. Cabe ressaltar que o E. Tribunal Pleno, na sessão de
07.02.07, ao apreciar o Pedido de Reexame interposto contra a emissão de
parecer desfavorável às contas do Prefeito de Socorro, relativas ao exercício de
2004 (TC - 1.963/026/04 - Sessão de 07.02.2007), afastou justificativa da
origem de que a falta de pagamento dos precatórios deveu-se à discussão
judicial sobre a forma de cálculo e conseqüente incidência de juros
compensatórios acrescidos ao montante principal da dívida”.
Assim, nada de novo foi trazido aos autos para alterar a conclusão
anterior, uma vez que a irregularidade não foi esclarecida com fatos e
documentos capazes de demonstrar eventual erro no juízo emitido por esta Casa.
Nestas condições, permanecendo inalterada a situação processual,
acolhendo as manifestações unânimes dos órgãos técnicos da Casa, VOTO pelo
NÃO PROVIMENTO do Pedido de Reexame, confirmando o Parecer
emitido, por seus próprios fundamentos.
Eduardo Bittencourt CarvalhoConselheiro
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DIVISÃO LEGISLATIVA
Câmara Municipal de Cubatão Estado de São Paulo
476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
PARECERProc.TC-003101/026/06. Pedido de Reexame. Município: Cubatão. Prefeito: Clermont Silveira Castor.Exercício: 2006. Requerente: Prefeitura Municipal de Cubatão. Em Julgamento: Reexame do Parecer da E. Primeira Câmara, em sessão de
16.09.08, publicado no DOE em 01.10.08. Advogados: Maurício Cramer Esteves e outros.
EMENTA: Pedido de reexame em face de parecer desfavorável às contas
de Executivo municipal. Descumprimento da regra constitucional que
disciplina o pagamento de precatórios judiciais. Nada de novo foi trazido
aos autos para alterar a conclusão anterior, uma vez que a irregularidade
não foi esclarecida com fatos e documentos capazes de demonstrar eventual
erro no juízo emitido por esta Casa. Conhecido. Não provido. V.U.
Vistos, relatados e discutidos os autos. O E. Plenário do Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo, em sessão de 29 de abril de 2009, pelo voto dos
Conselheiros Eduardo Bittencourt Carvalho, Relator, Antonio Roque Citadini,
Fulvio Julião Biazzi, Cláudio Ferraz de Alvarenga, Renato Martins Costa e
Robson Marinho, na conformidade das correspondentes notas taquigráficas,
resolveu conhecer do pedido de reexame e, quanto ao mérito, tendo em vista as
razões expostas no voto do relator juntado aos autos, negou-lhe provimento,
confirmando, por seus próprios fundamentos, o respeitável parecer emitido.
Publique-se.
São Paulo, 11 de maio de 2009.
(aa) Edgard Camargo Rodrigues Eduardo Bittencourt Carvalho Presidente Relator
Não houve discussão. O relatório e voto juntados correspondem ao
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
inteiro teor das notas taquigráficas referentes à sessão do Tribunal Pleno do dia
29 de abril de 2009.
SDG-1, em 30 de abril de 2009.(a) Lia Aparecida Nuzzi Garcia
Agente da Fiscalização Financeira - AdministraçãoRespondendo pela Chefia
COMISSÃO DE FINANÇAS E ORÇAMENTOProcesso nº 1352/2009Ofício nº GDF - 3 - 028/2009Autor TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - 3ª
DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO.Assunto “ENCAMINHA CONTAS DA PREFEITURA MUNICIPAL
DE CUBATÃO, RELATIVAS AO EXERCÍCIO DE 2006.” Ref. TC 3101/026/2006Data 07/08/2009
PARECER
Chega a esta Comissão para análise, parecer sobre as Contas
Municipais de Cubatão, referente ao exercício de 2006, encaminhado pelo
Egrégio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, apreciadas nos termos do
artigo 24 da Lei Complementar n° 709/93, para ser submetida à deliberação
deste Legislativo, em consonância com o constante no inciso XVII, do artigo 19,
da LOM, obedecidos os preceitos do artigo 31 e seus parágrafos, da Constituição
Federal.
Às fls. 215/217, encontra-se o Parecer da Douta Assessoria Jurídica
da Casa, que adotamos e a seguir transcrevemos.
“Acompanham o presente expediente além dos relatórios técnicos,
demais anexos e acessórios a ele vinculados.
35
DIVISÃO LEGISLATIVA
Câmara Municipal de Cubatão Estado de São Paulo
476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Os relatórios que sustentam o voto do Relator, revelam que o
Executivo no exercício de 2006 não excedeu o limite de despesas com pessoal,
índice apurado de 49,75%, conforme o disposto no artigo 20, incisos III, letra
“b” da LEI Complementar n° 101/00, bem como atendeu aos dispositivos
constitucionais no tocante à aplicação de recursos na saúde, 16,71% e na
manutenção do ensino 26,55%.
A maior parte das impropriedades apontadas no Relatório ensejou
apenas recomendações à origem.
Surge inconteste no Parecer exarado pela irregularidade das Contas
analisadas, que a falta relativa aos precatórios judiciais revestiu-se de força
suficiente para comprometer as Contas do Prefeito à época.
Não prevaleceu perante àquele Egrégio Tribunal, o argumento do
Executivo, de que aguarda o pronunciamento do Poder Judiciário em face de
ações movidas, objetivando a discussão dos valores dos precatórios decorrentes
de indenizações diversas com desapropriações, em especial sobre a forma de
cálculo e conseqüente incidência de juros compensatórios acrescidos ao
montante principal da dívida.
A questão prende-se ao fato de que o Município ao efetuar revisão
geral nos precatórios, chegou à conclusão que no lugar da quinta parcela
(questão que gerou a diferença nos pagamentos a menor) seria necessário fazer
um acerto, donde os referidos pagamentos anteriores de juros feitos além do
devido seriam compensados com o valor correto devido a título de 5ª parcela,
creditando-se aos credores, contudo eventual saldo favorável após a referida
compensação.
Assevera o Chefe do Executivo à época que no âmbito judicial
obteve êxito na pretendida redução dos juros e, em decorrência não houve falta
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DIVISÃO LEGISLATIVA
Câmara Municipal de Cubatão Estado de São Paulo
476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
de pagamento da 5ª parcela, e sim, compensação de parte do seu montante de
juros, juntando para tanto, as decisões do Supremo Tribunal Federal (fls
150/179).
Houve pedido de reexame com base nesses julgados. Entretanto o
Egrégio Tribunal de Contas manteve o parecer pela irregularidade em razão do
descumprimento da regra constitucional que disciplina o pagamento de
precatórios judiciais.
A matéria em questão é polêmica e envolve teses jurídicas
conflitantes.
A procuradoria da Municipalidade manteve-se irredutível sobre o
cálculo de juros alusivos aos precatórios devido a sua lesividade ao interesse
público, entendimento este que também comungamos.”
Assim, esta Comissão é pela rejeição do Parecer oriundo do
Egrégio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo quanto às Contas da
Prefeitura do exercício de 2006.
Entretanto, quanto ao mérito, deixamos ao Douto Plenário a análise
de sua conveniência e oportunidade.
S.M.J. é este o nosso Parecer.
Sala das Comissões, 29 de outubro de 2009.
(a) Geraldo Cardoso Guedes Presidente e Relator
(a) João Santana de Moura Villar Adeildo Heliodoro dos SantosVice-Presidente Membro
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
COMISSÃO DE FINANÇAS E ORÇAMENTOProcesso nº 1352/2009Ofício nº GDF - 3 - 028/2009Autor TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - 3ª
DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO.Assunto “ENCAMINHA CONTAS DA PREFEITURA MUNICIPAL
DE CUBATÃO, RELATIVAS AO EXERCÍCIO DE 2006.” Ref. TC 3101/026/2006Data 07/08/2009
PARECER EM SEPARADO
É de autoria do Egrégio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
o Ofício que - “ENCAMINHA CONTAS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE
CUBATÃO, RELATIVAS AO EXERCÍCIO DE 2006.”
Este Vereador, membro da Comissão de Finanças e Orçamento, não
concordando com o Parecer do ilustre Presidente e Relator da Comissão,
Vereador Geraldo Cardoso Guedes, passa a exarar Parecer em separado sobre a
matéria, de acordo com o Artigo 43, do Regimento Interno.
Em análise das Contas da Prefeitura Municipal de Cubatão, o
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo concluiu pela emissão de Parecer
Desfavorável, com base ao não atendimento de determinação Constitucional,
qual seja, pagamento de precatórios judiciários.
Considerando as justificativas dos relatórios deste órgão técnico,
apontadas às fls. 137/143, bem como fls. 192/197, entendo que devidamente
justificada a Emissão do Parecer Desfavorável do Tribunal.
Observe-se, pois, que nem mesmo o valor principal dos Precatórios
do Exercício em comento (2006) foram quitados regularmente naquele ano, haja
vista que a Prefeitura Municipal pagou a quantia de R$ 1.990.115.58 (fls. 140).
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Assim, diante de todo o exposto, este Vereador opina
contrariamente ao Parecer exarado pelo Presidente e Relator da Comissão, pela
manutenção do Parecer desfavorável oriundo do Tribunal de Contas do Estado
de São Paulo quanto às Contas da Prefeitura do Exercício de 2006.
Quanto ao mérito, cabe ao Douto Plenário decidir a conveniência e
oportunidade de sua aprovação.
Este é o nosso Parecer, S.M.J.
Sala das Comissões, 04 de novembro de 2009.
(a) Adeildo Heliodoro dos SantosMembro
O SR. PAULO TITO FARDER - Peço a palavra, Sr.
Presidente, para justificar a ausência da Vereadora Maria Aparecida Pieruzi de
Souza, que se encontra numa audiência na Justiça Federal.
O SR. PRESIDENTE - Ausência justificada,
Vereador. Estão em discussão os pareceres.
O SR. DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO
- Peço a palavra. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu me vi no direito de usar a
palavra, para falar a respeito da decisão desta Casa de Leis. Nós sabemos que a
decisão do Tribunal é técnica e a nossa é política. Na época, eu fiz parte da
“Administração Clermont”, ocupando um cargo com status de Secretário, que no
caso, era de Administrador Regional e depois, tive o prazer de voltar a esta Casa
de Leis, como Vereador. Acompanhei bem esse problema dos precatórios. Na
época, nós formamos uma Comissão e fomos a Brasília, onde falamos com o
Deputado Federal Antonio Carlos Mendes Thame e com outros Deputados
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Federais, exatamente sobre isso. No ano 2000, a emenda 30 da Constituição
Federal, permitiu o parcelamento de todos os precatórios em 10 anos, ou seja, o
montante poderia ser dividido. Está presente às Galerias da Casa, o “Luiz
Valério”, da Vila Parisi, que tem lutado tanto por isso e sabe que é verdade.
Então, “Luiz”, eu quero deixar bem claro, que não sou contra o pagamento dos
precatórios, mas quero dar a minha opinião sobre isso e tenho que ser coerente
com ela. A dívida foi parcelada e foram pagas 06 ou 07 parcelas, mas naquela
época, o ex-Prefeito Clermont deixou de pagar 02 parcelas. Como Vereador, eu
fui contrário à atitude dele, assim como o foram os Vereadores Geraldo Guedes,
“Tucla” e “Alemão”, que também faziam parte do grupo de apoio à
Administração. Nós fomos contrários. Quando li atentamente este parecer do
Tribunal de Contas, dizendo que não houve nenhum fato novo, resolvi vir aqui,
para dizer que houve um fato novo, mas infelizmente, quando o projeto veio
para esta Casa, esse fato novo já era intempestivo, ou seja, estava fora do tempo.
Houve a aprovação da Súmula 32 do STF e não quero dizer aqui, que mesmo
havendo atraso, não se paga juros, mas essa aprovação anulou todos os juros dos
precatórios. Faço questão de ler: “Por sua maioria, o Supremo aprovou verbete
que consolida jurisprudência firmada no sentido de que não cabe o pagamento
de juros de mora sobre os precatórios no período compreendido entre a sua
expedição - inclusão no Orçamento das entidades de direito público...” e assim
sucessivamente. Então, houve um fato novo, mas infelizmente para o ex-Prefeito
Clermont, foi publicado no dia 29 de setembro e salvo o melhor juízo, o projeto
já havia sido protocolado nesta Casa de Leis. Acho que foi baseado nessa
Súmula, que o Vereador Geraldo Guedes, Presidente da Comissão, já antecipou
que será contrário ao parecer do Tribunal de Contas. Sei que será uma decisão
de cada um, sei que o Plenário é soberano e por isso, não estou querendo
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
estimular ninguém a mudar o voto. Quero sempre estar com a minha consciência
tranqüila, assim como os demais Vereadores. Lembro-me que no passado, o ex-
Prefeito falava: “Ah, eu não vou pagar os precatórios”, mas qual era a intenção
dele? Verificar o cálculo dos precatórios, que não era condizente com a
realidade. A prova disso é essa Súmula do Supremo Tribunal Federal. Como eu
já disse, esse fato novo foi intempestivo, mas ele poderia ter sido utilizado no
projeto. Sei que o voto é político. Não estou aqui fazendo a defesa do ex-
Prefeito, mas como peguei essa Súmula há pouco, fiz questão de lê-la, para
deixar registrado nos Anais desta Casa. Se houvesse vários itens errados nesse
processo, tudo bem, mas a rejeição das Contas foi especificamente por causa
desse problema dos precatórios. A Súmula do STF está aqui e quero deixar bem
claro, que não tenho nada contra. Naquela época, o ex-Prefeito Clermont
entendeu, que o cálculo dos precatórios não era condizente com a realidade e por
isso, ele não pagou todas as parcelas. Lutei juntamente com o “Fernando”, para
que os precatórios fossem pagos integralmente e hoje, ainda acompanho a luta
dele. Agora, esse fato novo veio a ser consolidado com a aprovação da Súmula
Vinculante nº 32, no Supremo Tribunal Federal. Se não me falha a memória,
houve apenas 01 voto contrário à aprovação, do Ministro Marco Aurélio Mendes
de Faria Mello, mas os demais Ministros votaram favoravelmente. Então, eu não
poderia deixar de registrar nos Anais desta Casa, que a Súmula Vinculante nº 32
ganhou força de lei. Infelizmente, não sei qual será o resultado da votação,
porque cada Vereador tem liberdade de votar conforme seu pensamento, com o
que acha que é certo. Sempre respeitarei a decisão dos demais Vereadores.
Inclusive, eu informei a minha decisão à Prefeita Marcia Rosa e ao Vereador
“Dinho”, que é o líder dela nesta Casa, porque sempre votarei de acordo com a
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
minha consciência. Não é o momento de declarar o voto, mas queria apenas
justificar a minha decisão. Por enquanto, era só, Sr. Presidente.
O SR. SEVERINO TARCÍCIO DA SILVA - Peço
a palavra. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, ouvi atentamente as palavras do
Vereador Donizete, mas também faço questão de usar esta tribuna, para explicar
o motivo pelo qual votarei favoravelmente ao parecer do Tribunal de Contas.
Respeito o Vereador Donizete, que falou com propriedade sobre a emenda nº 30,
da Constituição Federal e sobre a Súmula Vinculante nº 32, do Supremo
Tribunal Federal. Vereador, eu entendo que nesse caso cabe recurso, portanto, se
o ex-Prefeito entender que está sendo prejudicado, ele poderá recorrer. Agora,
em todos os meus discursos nesta Casa, eu tenho deixado bem claro, que sempre
votarei de acordo com a minha consciência e com a legalidade dos fatos. As
Contas referentes ao exercício de 2006 foram analisadas minuciosamente,
mesmo porque, o Tribunal de Contas não mandaria algo para esta Casa com o
intuito único de prejudicar alguém. Não vejo por esse ângulo, vejo sempre de
forma minuciosa e dentro da realidade. O ex-Prefeito Clermont falou sobre
precatórios durante 08 anos de governo, mas ele se esqueceu de um fato
importante, que a maioria desses precatórios é oriundo da Vila Parisi, onde
centenas de pessoas foram prejudicadas e muitas delas até morreram sem
receber o que tinham direito. Vereador, esta é a minha posição. Reconheço que
são poucos proprietários, mas é um direito adquirido, líquido e certo. O ex-
Prefeito deveria ter tido o devido cuidado de observar a situação e não “dar um
calote”, como ele o fez. Houve algumas desapropriações embasadas em
pesquisas ambientais, mas o que foi feito? Outra destinação: a Ecopátio. Quem
passar por aquela brilhante área da extinta Vila Parisi, onde hoje está instalada a
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Ecopátio, perceberá claramente, que a empresa cobra um valor absurdo de
aluguel: 6.800 reais por mês. O que também dá para perceber claramente, é que
a Ecovias fatura mais de 100 mil reais por mês naquela área. O ex-Prefeito
poderia ter utilizado esse dinheiro para pagar as famílias, que foram
desapropriadas e deixadas ao léu, por causa dele mesmo. Isso ele deixou de
observar. A Prefeitura de Cubatão tem que pagar ao ano, calcula-se mais ou
menos, em torno de 25 milhões de reais de precatórios, mas não paga. É preciso
deixar bem claro, que quanto mais se dá calote, quanto mais se deixa de pagar, a
dívida aumenta. Portanto, a situação é preocupante. Na minha concepção, o caso
é até de Polícia Federal. O ex-Prefeito não pagou os precatórios, sob o
argumento de não concordar com o pagamento dos juros de mora. Portanto, ele
deveria ter pagado o valor principal e depositado o valor moratório em juízo,
mas não o fez e era a obrigação dele! Em 2004, o então ex-Prefeito Clermont,
foi reeleito sob o argumento de que não fez nada nos anos de 2000 à 2004,
porque teve que pagar precatórios de governos anteriores, mas o que ele fez?
Deixou ao léu centenas de famílias que moravam na Vila Parisi.
- O Vereador Donizete Tavares do Nascimento solicita um aparte
ao orador.
O SR. SEVERINO TARCÍCIO DA SILVA - Sr.
Presidente, gostaria que o Vereador Donizete não me interrompesse. Eu não lhe
concedo um aparte, Vereador. Também quero deixar registrado nos Anais desta
Casa, que parabenizo à turma do PT, que já declarou que votará favoravelmente
à aprovação do parecer do Tribunal de Contas. Quero antecipar que votarei
favoravelmente ao parecer do Tribunal de Contas, mas quero deixar bem claro,
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
que as Contas da atual Prefeita também serão rejeitadas e com certeza, eu estarei
aqui votando contrariamente, porque já temos denúncias sobre o “casamento
comunitário”, sobre o “material esportivo”, sobre “crianças menores em motel”
e outras mais. Estarei aqui votando contrariamente às Contas da atual Prefeita e
espero que a turma do PT também o faça, porque quando votamos algo tão
relevante, é importante que venhamos nesta tribuna justificar o nosso voto.
Vereador, eu quero deixar bem claro, que não tenho nada contra ninguém. Estou
votando de acordo com a minha consciência, baseado nos fatos por mim
levantados. Antecipo que votarei favoravelmente ao parecer do Tribunal de
Contas. Era só, Sr. Presidente.
O SR. DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO
- (Pela ordem) - Sr. Presidente, quero agradecer ao Vereador “Doda” por não
ter me concedido um aparte. Também quero deixar registrado nos Anais desta
Casa, que nenhuma dessas desapropriações foi feita pelo “Governo Clermont”.
O SR. PRESIDENTE - Está registrado, Vereador.
Continuam em discussão os pareceres.
O SR. JOÃO SANTANA DE MOURA VILLAR -
Peço a palavra. Sr. Presidente, nobres Pares, compreendo e até aceito a defesa
do nobre Colega e Advogado, Vereador Donizete, mas creio, salve o melhor
juízo, que ocorreram alguns equívocos de percurso. Não iria nem fazer uso da
palavra, mas como houve esses equívocos e o Vereador “Doda” salientou a
importância da justificativa do voto, sinto-me obrigado a justificar o meu voto.
Bem, todos sabem que fiz parte do grupo de apoio ao ex-Prefeito Clermont, que
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
fui líder dele nesta Casa, mas quando se debatia o pagamento dos precatórios, eu
falava para ele: “Pague, nem que seja o principal”. Naquela época, os
Secretários diziam que ele não deveria pagar os precatórios, o Departamento
Jurídico da Prefeitura exarava parecer, citando que ele não deveria pagar os
precatórios, mas eu sempre falava para ele, assim como falo para a Prefeita
Marcia Rosa, que na hora de votar, quem vota é o Vereador, Secretário não tem
poder nenhum de voto, Secretário não aglutina eleitores para eleger um Prefeito
ou uma Prefeita. Essas são as minhas colocações políticas. Vamos agora à parte
técnica: o Vereador falou da Súmula 32, que fala sobre o pagamento parcelado e
eu vou falar também da Súmula Vinculada, que também foi aprovada e que diz
que não precisa pagar os juros de mora. Excelente, mas não é dito que não tem
que pagar o valor principal. O valor principal tem que ser pago. O que o Prefeito
pede aqui? Ele pede o reexame das Contas, com relação ao ocorrido em 2006,
que foi o não pagamento da 5ª parcela dos precatórios. O Prefeito tenta fazer,
através do Sr. “Cramer” e de outros excelentes Advogados, uma “barganha”
com o Estado, assim: “Ora, como nós pagamos a primeira parcela, o valor
principal e os juros de mora e pagamos a segunda, a terceira e a quarta, da
mesma forma, então, o que nós pagamos a mais de juros, fica pela 5ª parcela”.
Não existe isso! Não existe para o Tribunal de Contas do Estado, nem para o
Tribunal de Justiça, esta figura, essa troca de uma coisa pela outra. Seria assim,
Vereador “Alemão”: “Eu devo para V Exª 500 mil reais, o Vereador Geraldo
Guedes deve a mim 300 mil reais. Aí, eu pago à V Exª 200 mil reais e V Exª
acerta com o Vereador Geraldo os outros 300 mil reais”. Não existe isso! Cada
um deve ser responsável pela sua dívida. Isso sempre foi esclarecido e eu
sempre deixei bem claro, que defendo aqui o campo político, mas faço questão
de ressaltar o técnico e tecnicamente, os grandes Advogados do Dr. Clermont,
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
deixaram-no “vendido”. Assim foi com o grande Secretário de Planejamento,
com o grande Secretário do Jurídico e com todos aqueles que disseram: “Não
precisa pagar”. Disseram mais: “O senhor está com 70 e poucos anos de idade.
O senhor não vai para a cadeia não!”. Portanto, é errado orientar assim. Ele
deveria ter pagado o valor principal e agora, com a homologação da Súmula
Vinculante, que diz que os juros não têm que ser pagos, com certeza, todos os
Vereadores estariam votando e rejeitando o parecer contrário emitido pelo
Tribunal de Contas do Estado. Portanto, eu me vejo obrigado, obrigado sim, a
concordar, porque aqui há um fato, que só quem pode questionar é o Dr.
Clermont e várias vezes eu disse a ele: “Quando todos os Secretários forem
embora, o senhor vai responder sozinho”. É isso o que está ocorrendo, ele vai
responder sozinho. Assim foi com o ex-Prefeito Passarelli, com o ex-Prefeito
Nei Serra e assim será com a “Marcia”. Portanto, Prefeito que não ouve
Vereador e ouve Secretário, acaba passando por isso. No momento da votação,
acompanharei o posicionamento do grupo do qual faço parte neste momento.
Era só, Sr. Presidente.
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Peço a
palavra. Sr. Presidente, nobres Vereadores, no que se refere ao meu voto, eu já
vou deixar registrado nos Anais desta Casa, que acompanharei a decisão do
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, pois entendo que no tempo que
foram gerados esses precatórios, o Prefeito poderia muito bem tê-los pagado.
Pela honestidade que ele tinha, segundo vários Vereadores já me antecederam
aqui, ele foi omisso. Quero deixar bem claro, que não estou votando juntamente
com a Bancada do PT, estou votando de acordo com a minha consciência e
acompanharei a decisão do Tribunal de Contas. Não adianta os Vereadores
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Adeildo e “Billa” sorrirem, pois eu não estou votando com eles, eu estou
acompanhando o Tribunal de Contas e isso é um direito meu. Nesta semana, foi
muito alardeado, o seguinte: “O Vereador vai votar, porque o ex-Prefeito está no
Partido dele”. Não se trata disso, trata-se da minha consciência, da minha
honestidade, pois se “o cara” errou, ele tem que pagar pelo seu erro. Portanto,
Sr. Presidente, eu acompanharei o Tribunal de Contas do Estado. Era só, Sr.
Presidente.
O SR. ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS -
Peço a palavra. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós estamos aqui hoje,
discutindo o parecer sobre as Contas do Executivo, referentes ao ano de 2006,
do ex-Prefeito Municipal Clermont Silveira Castor. Como Membro da Comissão
de Finanças e Orçamento, quando eu tive acesso ao processo, para exarar o
parecer, eu procurei verificar e ter toda a preocupação também com a questão
técnica. Eu estive como Secretário de Finanças e Orçamento durante os
primeiros 100 dias deste governo e a todo o momento, a preocupação que nós
tínhamos e o que eu solicitava à equipe, nas reuniões com os Secretários,
conversando com a Prefeita Marcia Rosa, era que disponibilizássemos uma
verba, para fazer frente ao menos ao pagamento do valor principal dos
precatórios, porque o valor principal é um valor que não se discute. Ele é
incontroverso. Não tem discussão judicial. O que acontece hoje aqui, na
discussão que estamos tendo, com relação ao Tribunal de Contas ter rejeitado as
Contas do ex-Prefeito, de 2006, é que justamente de 01 de janeiro a 31 de
dezembro do ano de 2006, o Prefeito não realizou o pagamento do valor
principal dos precatórios. Esse é o detalhe. No dia 13 de abril do corrente ano,
por exemplo, a Prefeita Marcia Rosa pagou 09 milhões, 915 mil reais, referentes
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ao valor dos precatórios. Portanto, quando o Vereador “Doda” fala da sua
preocupação, quando ele diz que sabe que as Contas da Prefeita serão rejeitadas
lá na frente e tal, parecendo até que ele tem “bola de cristal”. Vereador, não
precisa fazer essa torcida, pois eu tenho certeza absoluta, de que com o trabalho
coerente e dentro de lei que está sendo realizado, não haverá nenhum problema
com as Contas da Prefeita, por mais que V Exª esteja torcendo contra. O
“casamento comunitário” foi um sucesso e se Deus quiser, no ano que vem, ele
será realizado novamente. Certamente, por todo o empenho da Prefeita e da sua
equipe, ele repetirá o seu sucesso. Voltando a falar especificamente do parecer
sobre as Contas do ex-Prefeito Clermont Silveira Castor, eu cito a
irresponsabilidade dele não somente no passado, porque neste ano, quando nós
assumimos o governo, ele também foi irresponsável e deixou para o atual
governo, 14 milhões de reais em caixa e 44 milhões de dívidas a pagar. A
mesma Lei de Responsabilidade Fiscal que imputa aos Prefeitos a
responsabilidade de pagar os precatórios, dívida essa que o ex-Prefeito não
pagou o valor principal, também diz que um Prefeito não pode deixar dívida em
caixa de um governo para o outro, digamos assim. Ele deixou 14 milhões de
reais em caixa e 44 milhões de reais a pagar, assim, foram 30 milhões de reais a
pagar. O atual governo foi responsável, chamou os fornecedores, conversou e
pagou a todos eles. Volto a repetir, foram 30 milhões de reais a pagar, fora isso,
houve aquele seqüestro de 17 milhões de reais e mais 04 milhões de reais de
precatórios alimentares. Ainda assim, nós tivemos fôlego e mesmo com todas as
dificuldades, com a crise financeira, com 88 milhões de reais até o momento,
nós conseguimos pagar 09 milhões, 915 mil reais de precatórios no mês de abril.
Portanto, isso é ter responsabilidade, a mesma responsabilidade, que
infelizmente, o ex-Prefeito Clermont Silveira Castor não teve e não somente
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
com relação ao pagamento do valor principal da 5ª parcela dos precatórios, mas
também com relação ao que ocorreu com as demais parcelas. Ele preferiu ouvir
o Secretário de Planejamentos, Sr. Carlos Marques e não realizar o pagamento,
deixando assim a cidade com uma dívida enorme para ser discutida. Quando nós
falamos em irresponsabilidade, o ex-Prefeito deixou-nos a preocupação de
discutir a questão dos juros e esse ponto é importante sim, tanto é, que a Prefeita
Marcia Rosa também está discutindo essa questão. O referencial, é que o valor
principal dos precatórios do ano de 2006, não foi pago no ano de 2006. Por
conta disso, eu já antecipo que o meu voto será pela manutenção do parecer
contrário às Contas, exarado pelo Tribunal de Contas do Estado, logicamente,
respeitando o que falou o Vereador Donizete, sobre o voto também ser político.
Nós o respeitamos, porque desde o início, quando o Vereador veio fazer parte do
grupo de apoio ao governo, ele expressou o seu posicionamento e hoje, vem
aqui referendá-lo. O meu voto será favorável à aprovação do parecer. Era só, Sr.
Presidente.
O SR. SEVERINO DE OLIVEIRA MELO - Peço a
palavra. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu quero “pegar um gancho” nas
palavras do meu Colega “Tucla” e do meu Colega “Doda”, para dizer que
política é coisa séria. Ninguém deve deixar a dívida para o outro pagar. Aqui,
diz-se, “quem casar com a viúva, que tome conta dos filhos”, mas não é bem
assim, não é bem assim, a coisa é séria. Se o ex-Prefeito deixou 14 mil reais em
caixa e 44 mil reais de dívida, ele deixou uma diferença grande. Não é? Dinheiro
não cai do céu, para se obter dinheiro é preciso lutar, trabalhar. Quero dizer
também, que o meu Colega “Doda” disse que se houver algo errado na hora da
apreciação das Contas do Executivo, ele pode estar na situação ou na oposição,
que o seu voto será contrário à aprovação. Nós também pensamos assim. Se por
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acaso, daqui a 01 ano ou 02 anos, as Contas da nossa Prefeita não forem
aprovadas pelo Tribunal de Contas, nós também o acompanharemos, porque o
lado que pesa para um, também pesa para o outro. Se as Contas da Prefeita não
forem aprovadas, nós também votaremos contra. Como falaram os Colegas
“Doda” e “Tucla”, nós temos que ficar do lado de quem está certo, seja da
oposição ou da situação. Na hora certa, nós temos que fazer um trabalho certo,
para que os nossos munícipes não nos olhem com maus olhos. Como disse o
Vereador “Tucla”, os Secretários estão ao lado da Prefeita ou do Prefeito só
enquanto ela ou ele estiver cumprindo o mandato, porque depois, quando o
mandato acabar, quem vai responder por alguma coisa errada, será aquele que
ocupou a Cadeira. Quem conquista votos para o candidato a Prefeito, são os
Vereadores, porque Secretários não saem às ruas para buscar votos não.
Portanto, que esta situação sirva de exemplo para a nossa Prefeita, para que ela
olhe com bons olhos para os Vereadores da sua base governista e para todos
aqueles que estão do nosso lado. O meu voto será favorável à aprovação do
parecer do Tribunal de Contas. Era só, Sr. Presidente.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Peço a
palavra. Sr. Presidente, nobres Vereadores, é lógico que a discussão aqui não é
jurídica, a discussão aqui é política. O voto será político, não adianta dizer que
viu o parecer técnico do Tribunal ou que não viu o parecer técnico do Tribunal.
Não é nada disso, o voto será político. Se fosse ao contrário, teríamos que votar
da mesma forma. Diz-se que no ano que vem, poderá ser assim ou assim, mas eu
não vou fazer nenhum pré-julgamento, prevendo se as Contas da Prefeita serão
aprovadas ou rejeitas. Serão os técnicos da Prefeitura que ajudarão a Prefeita a
não ter suas Contas rejeitadas. É lógico que hoje, com relação ao parecer do
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Tribunal, eu acompanhei o parecer jurídico exarado pela Assessoria desta Casa e
votarei, de forma muito consciente, favoravelmente à aprovação do parecer que
assinei. Ainda ontem, nós pedimos ao Secretário “Limongi”, que nos
encaminhasse cópia de todos os precatórios devidos pela cidade, com as devidas
correções. Quem quiser concordar, que concorde, mas eu nunca concordei com
o pagamento de 20 milhões de reais para a Ilha do Tatu. Ficaram sem pagar
durante 30 dias e depois, foram acrescidos mais 06 milhões de reais de juros, só
para a Ilha do Tatu. Penso o mesmo com relação aos outros precatórios, exceto
os da Vila Parisi, cujos valores serão pagos aos ex-proprietários dos terrenos e
eu sempre defendi que fossem pagos. Dizia-se que não podia pular a ordem
cronológica, não podia pagar para um e não pagar para os outros, portanto,
pagando-se para um, precisar-se-ia pagar para os outros, com o que, não se
concordava. Eu continuo não concordando. Acho que devemos dar continuidade
a esse trabalho. Fiz parte de uma Comissão Especial de Inquérito, que denunciou
o caso para todos os Ministérios possíveis em Brasília. Pedimos ao próprio SPU
e ao próprio Governo Federal, que nos ajudassem. Bastava dizerem que a Ilha
do Tatu era área, não de marinha, porque a Marinha não tem terra, a Marinha
tem é água, mas área do Serviço de Patrimônio da União. O pagamento daqueles
precatórios, no valor de 26 milhões de reais, foi uma grande injustiça. Há quem
diga pela cidade, que nós pagamos quase 80 milhões de reais de precatório, para
uma empresa falida, que se instalou na “Linha Amarela”, em São Vicente,
deixou os ônibus apodrecerem e depois entrou com uma ação, um tal de lucro
cessante e recebeu uma fortuna da nossa cidade. Eu também não concordo com
esses precatórios e quero dizer que não vou parar por aqui. Eu vou continuar
recorrendo a Brasília e quem sabe a situação seja revista, apesar de que é muito
difícil neste país, alguém devolver algum dinheiro que recebeu indevidamente.
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Eu tenho absoluta certeza, que o dono da Ilha do Tatu não vai devolver os 26
milhões de reais para a nossa cidade, mas nós temos que recorrer, nós não
podemos ficar omissos. É lógico que os precatórios deveriam ter sido pagos,
pelo menos no valor principal, mas a Súmula que vem agora do Supremo
Tribunal, aponta que há jurisprudência em vários Estados. Diz-se numa hora,
que deve se pagar, depois, diz-se que não deve se pagar, portanto, é muito
conflitante essa questão jurídica, essa questão dos juros de mora e de outros
juros que existem. Eu não sei como pode, porque se nós depositamos um
dinheiro no Banco, não rende tantos juros dessa forma, no entanto, alguns
precatórios rendem juros demais. Uma dívida de 20 milhões de reais, que não é
paga em 30 dias, rende 06 milhões de reais de juros! Houve um precatório, que
passou por 08 setores da Prefeitura num único dia e ninguém nos ajudou.
Ninguém ajudou a nossa cidade, nem o ex-Procurador Geral da União, Geraldo
Brindeiro, nem o Procurador “Francisco” e olha que nós recorremos a todos
eles. “Ajudem a nossa cidade”. “Estão lesando a nossa cidade”. “Esse dinheiro
não é devido”. Ninguém conseguiu nos ajudar e como o justo, paga pelo
devedor, aqueles pequenos proprietários, que tinham pouca coisa na Vila Parisi,
também ficaram sem receber devido a esse problema. É lógico que o julgamento
aqui hoje, realmente é político. Não estou defendendo o ex-Prefeito Clermont,
primeiro, porque não sou Advogado, segundo, porque ele também não me
contratou para defendê-lo, estou defendendo apenas o meu parecer, porque eu
disse “não” ao Tribunal de Contas. Daqui a 04 anos, se alguma Conta for
rejeitada e a maioria estiver do lado da Prefeita, com certeza, eu também
rejeitarei as Contas da Prefeita, mesmo que sejam aprovadas. Ainda hoje, o
Prefeito de Santos, “Papa”, disse: “Enquanto essa PEC não for aprovada, grande
parte das Prefeituras do Brasil terá suas Contas rejeitadas, devido aos
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
precatórios”. Então, Sr. Presidente, devemos até fazer uma grande pressão em
Brasília, para que os Deputados coloquem em pauta essa matéria. Isso não é
para que o Clermont não pague não, ele tem que pagar sim pelos seus erros, se é
que está errado, mas meu pensamento é sobre o meu parecer jurídico. Depois,
não poderão vir aqui no ano que vem, com o discurso de que as Contas da
Prefeita foram rejeitadas, porque ela não pagou os precatórios, pagou apenas o
valor principal. Era só, Sr. Presidente.
O SR. JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS - Peço a
palavra. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, serei bem objetivo e rápido. A nossa
cidade vem sofrendo, ao longo de muitos anos, com esse grave problema da
falta de gestão pública. Temos aqui mais um exemplo disso. Aqui se arrecada
muito dinheiro. Acho que Cubatão tem um grave problema, que é ter muito
dinheiro. Aí, as pessoas que trabalham na gestão pública não sabem o que fazer
e na maioria das vezes, fazem coisas indevidas. O Vereador Geraldo Cardoso
Guedes tem razão, quando diz que se formos questionar a legalidade e a
legitimidades de muitos desses precatórios, nós veremos que foram montantes
tirados do Município, que poderiam ter sido investidos em Educação, em Saúde,
em qualificação profissional e etc. Ainda hoje, quando fiz um discurso durante a
inauguração do Plano de Atenção à Educação, eu disse que a maioria dos nossos
trabalhadores vive nos nossos gabinetes, pedindo emprego, porque não tem
qualificação profissional e porque a cidade não oferece vagas de emprego. A
culpa é de quem governou, de quem cometeu esses equívocos, essas
ilegalidades. O ex-Prefeito Clermont Silveira Castor, em que pese a sua tentativa
de segurar o dinheiro na nossa cidade, cometeu um equívoco jurídico, uma
ilegalidade, por isso, ele recebeu esse parecer do Tribunal, contrário às suas
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Contas. Nós também não sabemos o que foi feito com esse dinheiro. Ele não
pagou, mas nós também não sabemos o que foi feito, portanto, penso que daqui
pra frente e tenho convicção plena de que isso vai acontecer, a Prefeita Marcia
Rosa precisará conduzir o Município num outro patamar de gestão pública, o
que é a sua obrigação, como também o era dos outros, para que possamos ter
uma cidade desenvolvida, que dê garantia de qualidade de vida à população, que
dê oportunidade, que dê mais Educação, mais Saúde, enfim, que seja uma cidade
onde as pessoas tenham o orgulho de dizer, que moram em Cubatão. Quero
dizer com isso, que votarei acompanhando o parecer do Tribunal de Contas,
porque entendo que o ex-Prefeito deveria ter pagado, no mínimo, o valor
principal da dívida e quem o orientou a não pagá-lo, errou e agora, tem que
ajudá-lo a se defender. Era só, Sr. Presidente.
- Ninguém mais desejando fazer uso da palavra, é encerrada a
discussão.
O SR. PRESIDENTE - Esta Presidência informa ao
Plenário da Casa, que será colocado em votação o parecer prévio do Tribunal de
Contas, que é pela rejeição das Contas do Poder Executivo, referentes ao
exercício de 2006, obedecendo as disposições contidas no § 2º, do artigo 31 da
Constituição Federal e no § 2º, do artigo 35 da Lei Orgânica do Município,
combinado com os artigos 70, letra “b”, inciso IV e artigo 71, do Regimento
Interno. A fim de que não pairem dúvidas, será feita a chamada nominal, por
ordem alfabética, dos Srs. Vereadores. Aqueles que estiverem de acordo com o
parecer do Tribunal de Contas, que é acompanhado pelo parecer em separado do
Vereador Adeildo Heliodoro dos Santos, Membro da Comissão de Finanças e
Orçamento, responderão “pela aprovação” e os que forem contrários,
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
responderão “pela rejeição”. Esta Presidência esclarece finalmente, que são
necessários 2/3 dos votos dos Vereadores que integram este Poder, ou seja, 07
votos, para a rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas. Solicito ao Sr. 1º
Secretário, que proceda a chamada nominal dos Srs. Vereadores, por ordem
alfabética, para votação em aberto.
- Procedida a chamada nominal dos Srs. Vereadores, por ordem
alfabética, verifica-se que responderam “pela aprovação”, os Vereadores
Adeildo Heliodoro dos Santos, Francisco Leite da Silva, João Santana de Moura
Villar, José Aparecido dos Santos, Paulo Tito Farder, Severino de Oliveira Melo
e Severino Tarcício da Silva e “pela rejeição”, os Vereadores Donizete Tavares
do Nascimento, Geraldo Cardoso Guedes e José Roberto Azzoline Soares.
Registrando-se a ausência da Vereadora Maria Aparecida Pieruzi de Souza.
O SR. PRESIDENTE - Solicito ao Sr. 1º Secretário,
que proceda a apuração dos votos e proclame o resultado da votação.
- Procedida a apuração dos votos, o Sr. 1º Secretário proclama o
seguinte resultado: 07 votos “pela aprovação”, 03 votos “pela rejeição” e 01
ausência.
O SR. PRESIDENTE - Face ao resultado da
votação, estão portanto, rejeitadas as Contas da Prefeitura Municipal de
Cubatão, relativas ao exercício de 2006 e nos termos regimentais competentes, a
Mesa fará publicar o Decreto Legislativo, referente a esta decisão do Plenário.
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- Entra em 1ª discussão o projeto de lei nº 081/2009, processo nº
2.226/2009, de autoria da Srª. Prefeita Municipal, que “Reestrutura o Conselho
de Defesa do Patrimônio Cultural de Cubatão e dá outras providências”.
- Lidos e postos a votos, são sem debate, aprovados os seguintes
pareceres:
COMISSÃO DE JUSTIÇA E REDAÇÃOProcesso nº 2226/2009Projeto de Lei nº 0081/2009Autora Marcia Rosa de Mendonça SilvaAssunto “REESTRUTURA O CONSELHO DE DEFESA DO
PATRIMÔNIO CULTURAL DE CUBATÃO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”
Data 22/10/2009.
PARECER
É de autoria da Excelentíssima Sra. Prefeita Municipal MARCIA
ROSA DE MENDONÇA SILVA, o Projeto de Lei que - “REESTRUTURA O
CONSELHO DE DEFESA DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE
CUBATÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
A propositura encontra-se acompanhada de Mensagem Explicativa,
onde sua Autora assevera que o objetivo desta é obter a autorização deste
Legislativo para reestruturar o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de
Cubatão, assim como, definir os procedimentos a serem adotados com vistas ao
tombamento de bens, uma vez que a atual legislação não dispõe de medidas
eficazes para a proteção do mesmo. A iniciativa se adequa aos pressupostos de
origem do Executivo e está redigido em regulares formas.
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Nos aspectos cuja análise cabe a esta Comissão, o Técnico, Jurídico
e Legal, não de vislumbra óbice a sua normal tramitação. Quanto ao Mérito,
cabe ao Douto Plenário o entendimento de sua conveniência e oportunidade de
sua aprovação.
S.M.J. é este o nosso Parecer.
Sala das Comissões, 06 de novembro de 2009.
(aa) Severino Tarcício da SilvaPresidente e Relator
Maria Aparecida Pieruzi de Souza Donizete Tavares do Nascimento Vice-Presidente Membro
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ASSISTÊNCIA SOCIAL.Processo nº 2226/2009Projeto de Lei nº 0081/2009Autora Marcia Rosa de Mendonça SilvaAssunto “REESTRUTURA O CONSELHO DE DEFESA DO
PATRIMÔNIO CULTURAL DE CUBATÃO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”
Data 22/10/2009.
PARECER
É de autoria da Excelentíssima Sra. Prefeita Municipal, o Projeto de
Lei que “REESTRUTURA O CONSELHO DE DEFESA DO
PATRIMÔNIO CULTURAL DE CUBATÃO E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS”.
Às fls. 18/19 encontra-se a Mensagem Explicativa, onde a ilustre
autora da propositura esclarece seu objetivo amplamente explanado através do
Parecer exarado pela Comissão de Justiça e Redação de fls. 24, que nos
antecedeu. Assim, nos aspectos que cabe a esta Comissão a análise, não se
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
vislumbra óbice a sua normal tramitação. Quanto ao mérito, cabe ao Douto
Plenário a análise da conveniência e oportunidade de sua aprovação.
S.M.J. é este o nosso Parecer.
Sala das Comissões, 11 de novembro de 2009.
(aa) João Santana de Moura VillarPresidente e Relator
Donizete Tavares do Nascimento Adeildo Heliodoro dos Santos Vice-Presidente Membro
O SR. PRESIDENTE - Aprovados os pareceres,
favoráveis à tramitação, será o projeto de lei nº 81/09 apreciado artigo por
artigo.
O SR. DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO
- Peço a palavra, Sr. Presidente, para solicitar à V Exª que consulte o Plenário,
para que de acordo com o dispositivo regimental pertinente, o presente projeto
de lei seja apreciado por grupos de artigos, do 1º ao 10, do 11 ao 20, do 21 ao
30, do 31 ao 40, do 41 ao 50 e do 51 ao 58, dispensando-se a leitura dos
mesmos, dada a extensão da propositura.
- Posto a votos, é aprovado o requerimento verbal do Vereador
Donizete Tavares do Nascimento.
- Posto a votos, por grupo de artigos, é sem debate, aprovado em 1ª
discussão o projeto de lei nº 81/09.
O SR. PRESIDENTE - Está portanto, aprovado em
1ª discussão o projeto de lei nº 81/09.
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
- Entra em 1ª discussão o projeto de lei nº 082/2009, processo nº
2.227/2009, de autoria da Srª. Prefeita Municipal, que “Altera a redação de
dispositivo da Lei Municipal nº 2.875, de 07 de novembro de 2003, alterado pela
Lei Municipal nº 3.109, de 24 de julho de 2006, que dispõe sobre a composição
do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – COMUSAN e
dá outras providências”.
- Lidos e postos a votos, são sem debate, aprovados os seguintes
pareceres:
COMISSÃO DE JUSTIÇA E REDAÇÃOProcesso nº 2227/2009Projeto de Lei nº 0082/2009Autora Marcia Rosa de Mendonça SilvaAssunto ALTERA A REDAÇÃO DE DISPOSITIVO DA
LEIMUNICIPAL Nº 2.875 DE 07 DE NOVEMBRO DE 2003, ALTERADO PELA LEI MUNICIPAL Nº 3109 DE 24 DE JULHO DE 2006, QUE DISPÕE SOBRE A COMPOSIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – COMUSAN, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Data 22/10/2009.
PARECER
É de autoria da Excelentíssima Sra. Prefeita Municipal MARCIA
ROSA DE MENDONÇA SILVA, o Projeto de Lei que - “ALTERA A
REDAÇÃO DE DISPOSITIVO DA LEI MUNICIPAL Nº 2.875 DE 07 DE
NOVEMBRO DE 2003, ALTERADO PELA LEI Nº 3109 DE 24 DE
JULHO DE 2006, QUE DISPÕE SOBRE A COMPOSIÇÃO DO
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL - COMUSAN, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
A propositura encontra-se acompanhada de Mensagem Explicativa,
onde sua Autora assevera que o objetivo desta é obter a autorização deste
Legislativo para alterar a redação de dispositivos das Leis Municipais nºs 2875
de 07 de novembro de 2003 e 3109 de 24 de julho de 2006, com a finalidade de
alterar a composição do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e
Nutricional, agilizando o espaço político de discussão sobre a segurança
alimentar e cidadania, concorrendo assim para elevar a qualidade dos serviços e
o direito da participação civil na definição das diretrizes relacionadas à
segurança alimentar no Município. A iniciativa se adequa aos pressupostos de
origem do Executivo e está redigido em regulares formas.
Nos aspectos cuja análise cabe a esta Comissão, o Técnico, Jurídico
e Legal, não se vislumbra óbice a sua normal tramitação. Quanto ao Mérito,
cabe ao Douto Plenário o entendimento de sua conveniência e oportunidade de
sua aprovação.
S.M.J. é este o nosso Parecer.
Sala das Comissões, 06 de novembro de 2009.
(aa) Severino Tarcício da SilvaPresidente e Relator
Maria Aparecida Pieruzi de Souza Donizete Tavares do Nascimento Vice-Presidente Membro
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ASSISTÊNCIA SOCIAL.Processo nº 2227/2009Projeto de Lei nº 0082/2009Autora Marcia Rosa de Mendonça Silva
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Assunto ALTERA A REDAÇÃO DE DISPOSITIVO DA LEI MUNICIPAL Nº 2.875 DE 07 DE NOVEMBRO DE 2003, ALTERADO PELA LEI MUNICIPAL Nº 3109 DE 24 DE JULHO DE 2006, QUE DISPÕE SOBRE A COMPOSIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - COMUSAN, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Data 22/10/2009.
PARECER
É de autoria da Excelentíssima Sra. Prefeita Municipal MARCIA
ROSA DE MENDONÇA SILVA, o Projeto de Lei que “ALTERA A
REDAÇÃO DE DISPOSITIVO DA LEI MUNICIPAL Nº 2.875 DE 07 DE
NOVEMBRO DE 2003, ALTERADO PELA LEI Nº 3.109 DE 24 DE
JULHO DE 2006, QUE DISPÕE SOBRE A COMPOSIÇÃO DO
CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL - COMUSAN, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
Às fls. 04 encontra-se a Mensagem Explicativa, onde a ilustre
autora da propositura esclarece seu objetivo amplamente explanado através do
Parecer exarado pela Comissão de Justiça e Redação de fls. 10, que nos
antecedeu. Assim, nos aspectos que cabe a esta Comissão a análise, não se
vislumbra óbice a sua normal tramitação. Quanto ao mérito, cabe ao Douto
Plenário a análise da conveniência e oportunidade de sua aprovação.
S.M.J. é este o nosso Parecer.
Sala das Comissões, 11 de novembro de 2009.
(aa) João Santana de Moura Villar Presidente e Relator
Donizete Tavares do Nascimento Adeildo Heliodoro dos Santos Vice-Presidente Membro
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
O SR. PRESIDENTE - Aprovados os pareceres,
favoráveis à tramitação, será o projeto de lei nº 82/09 apreciado artigo por
artigo.
- Lido e posto a votos, artigo por artigo, é sem debate, aprovado em
1ª discussão o projeto de lei nº 82/09.
O SR. PRESIDENTE - Está portanto, aprovado em
1ª discussão o projeto de lei nº 82/09.
- Entra em 1ª discussão o projeto de lei nº 086/2009, processo nº
2.231/2009, de autoria da Srª Prefeita Municipal, que “Altera a redação dos
artigos 4º e 5º, da Lei nº 2.386, de 16 de dezembro de 1996 e alterações
posteriores e dá outras providências”.
- Lidos e postos a votos, são sem debate, aprovados os seguintes
pareceres:
COMISSÃO DE JUSTIÇA E REDAÇÃOProcesso nº 2.231/2009.Projeto de Lei nº 0086/2009.Autora: Marcia Rosa de Mendonça Silva.Assunto: ALTERA A REDAÇÃO DOS ARTIGOS 4º E 5º DA LEI Nº
2386, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1996 E ALTERAÇÕES POSTERIORES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Data: 22.10.2009.
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
PARECER
É de autoria da Excelentíssima Senhora Prefeita Municipal, o
Projeto de Lei que “ALTERA A REDAÇÃO DOS ARTIGOS 4º E 5º DA
LEI Nº 2386, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1996 E ALTERAÇÕES
POSTERIORES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
Às fls. 11 encontra-se o Parecer exarado pela Douta Assessoria da
Casa que adotamos e a seguir transcrevemos.
“A propositura encontra-se devidamente acompanhada de
Mensagem Explicativa, onde se assevera que seu objetivo é a autorização deste
Legislativo para alterar a redação dos artigos 4º e 5º da Lei Municipal nº 2386,
de 16 de dezembro de 1996, com vistas a alteração da composição do Conselho
Municipal de Educação e de suas respectivas Câmaras, de modo a dar
publicidade à mesma e desvincular aquele órgão do calendário eleitoral,
permitindo uma ligação estável entre as mudanças da chefia do Poder Executivo.
A iniciativa se adequa aos pressupostos de origem do Executivo e está redigida
em regulares formas.”
Nos aspectos que nos cabe analisar, o técnico, jurídico e legal, não
se vislumbra óbice a sua normal tramitação. Quanto ao mérito, cabe ao Douto
Plenário decidir a conveniência e oportunidade de sua aprovação.
S.M.J. é este o nosso Parecer.
Sala das Comissões, 06 de novembro de 2009.
(aa) Severino Tarcício da Silva Presidente e Relator
Maria Aparecida de Souza Donizete Tavares do Nascimento Vice-Presidente Membro
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ASSISTÊNCIA SOCIAL.Processo nº 2.231/2009.Projeto de Lei nº 0086/2009.Autora: Marcia Rosa de Mendonça Silva.Assunto: ALTERA A REDAÇÃO DOS ARTIGOS 4º E 5º DA LEI Nº
2386, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1996 E ALTERAÇÕES POSTERIORES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Data: 22.10.2009.
PARECER
É de autoria da Excelentíssima Senhora Prefeita Municipal, o
Projeto de Lei que “ALTERA A REDAÇÃO DOS ARTIGOS 4º E 5º DA
LEI Nº 2386, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1996 E ALTERAÇÕES
POSTERIORES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
Às fls. 07/08 encontra-se a Mensagem Explicativa, onde a ilustre
autora da propositura esclarece seu objetivo amplamente explanado através do
Parecer exarado pela Comissão Permanente de Justiça e Redação de fls. 13, que
nos antecedeu. Assim, nos aspectos que cabe a esta Comissão a análise, não se
vislumbra óbice a sua normal tramitação. Quanto ao mérito, cabe ao Douto
Plenário a análise da conveniência e oportunidade de sua aprovação.
S.M.J. é este o nosso Parecer.
Sala das Comissões, 11 de novembro de 2009.
(aa) João Santana de Moura Villar Presidente e Relator
Donizete Tavares do Nascimento Adeildo Heliodoro dos Santos Vice-Presidente Membro
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
O SR. PRESIDENTE - Aprovados os pareceres,
favoráveis à tramitação, será o projeto de lei nº 86/09 apreciado artigo por
artigo.
- Lido e posto a votos, artigo por artigo, é sem debate, aprovado em
1ª discussão o projeto de lei nº 86/09.
- Durante a votação do artigo 1º, verifica-se a seguinte declaração
de voto:
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, nós estamos aqui reunidos, discutindo os
projetos de lei e cobrando, mas eu sinto muito pela situação que passa a minha
cidade. Eu queria que os nobres Colegas que fazem parte do grupo de apoio ao
governo, tomassem alguma atitude com relação ao que está acontecendo no
nosso Município. No domingo, a cidade passou por uma situação muito difícil e
eu só vejo economia nesta cidade, eu só ouço alguns Vereadores falarem que
estão economizando. Entretanto, nobres amigos, eu acho que com a vida e com a
saúde, nós não temos que economizar. Na semana passada, no período da tarde,
eu e os Vereadores Geraldo Guedes e “Doda”, fizemos uma visita à Garagem da
Prefeitura. Sr. Presidente e nobres Vereadores, é uma vergonha o que vemos na
nossa cidade, pois nós temos somente 15 ambulâncias, para atender a mais de
130 mil habitantes no nosso Município. No domingo, aconteceu um incidente na
Praça Princesa Isabel e os munícipes chamaram a ambulância, para atender a um
munícipe conhecido como “Muínha”. A ambulância demorou mais de 01 hora e
meia para chegar ao local. Este Vereador, preocupado, assistindo o sofrimento
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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daquele funcionário público, com uma faca na mão, telefonou para o SAMU,
conseguiu ser atendido, mas disseram que não havia ambulância. Oh, meu Deus!
Vereador Adeildo, cadê as nossas ambulâncias? Cadê? Eu ouço V Exª falar
tanto aqui no Plenário sobre economia, mas nós deixaremos o povo da cidade
morrer, Adeildo? Está na hora de acordar, Vereador! Já vai fazer quase 01 ano
desta Administração e eu só estou vendo morte e desastre na Saúde da cidade.
Este Vereador acompanhou o atendimento ao munícipe, sendo que a ambulância
só chegou após 01 hora e meia. Depois, eu fui até lá, para saber o porquê do
atraso e havia somente 03 ambulâncias para atender aos chamados na cidade e
ainda por cima, uma das ambulâncias estava disponível num evento na Vila
Esperança. Tendo em vista o término do meu tempo regimental, voltarei a falar
Sr. Presidente. O meu voto é favorável à aprovação do artigo 1º. É só, Sr.
Presidente.
- Durante a votação do artigo 2º, verificam-se as seguintes
declarações de voto:
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, acho que a nossa cidade está uma vergonha e acho
que nós temos que tomar uma atitude. Temos 15 ambulâncias no Município,
mas apenas 03 estão atendendo aos chamados. Eu estava falando aqui, que fui
até a Vila Esperança, mas não sou contra a ambulância ser utilizada para evento
nenhum, mesmo porque, onde há aglomeração de pessoas, tem que haver uma
ambulância à disposição. Voltei ao SAMU e fui informado pelos funcionários,
que havia apenas 02 ambulâncias atendendo aos chamados e mais 01 na Vila
Esperança. Meus amigos, é uma vergonha o que eu vejo nesta cidade! Eu nunca
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DIVISÃO LEGISLATIVA
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
vi a nossa cidade passar pelo que ela está passando. Aí, é capaz de “os caras”
dizerem: “É oposição”, é isso e é aquilo. Vamos acordar, nós 11 Parlamentares,
para tomar uma posição. Apresenta-se pedido de formação de Comissão aqui,
mas ele é rejeitado! V Exªs não querem apurar a verdade? Tem que se apurar a
verdade, porque é a vida do nosso povo que está em jogo. Fomos eleitos para
fiscalizar, para cobrar e está na hora de Vereador aqui falar sério para o povo.
São publicadas notícias boas nos jornais, dizendo que a Prefeita está em alta e
tal, mas papel aceita tudo. Vamos andar pelos bairros, vamos cobrar pela
disponibilização de mais ambulâncias. Por onde passa, pelos bairros onde passa,
o Secretário promete que vai haver ambulância, mas isso é uma mentira. É uma
mentira desse Secretário! Teve um tal de “Brito”, que liberou uma ambulância lá
para a Vila Esperança, com medo do “Miúdo”. Ele nem conhece o “Miúdo”.
Depois, usaram o nome do Vereador Geraldo Guedes, dizendo que ele estava lá
e estava “segurando” a ambulância. Eu disse: “O Vereador não faz isso”. O
Vereador estava lá almoçando, comendo um galo. Agora, deixar de me mandar
uma ambulância e deixar de atender a cidade, é uma vergonha. Nobres Colegas,
está na hora de nós acordarmos, está na hora de nós acordarmos. Sr. Presidente,
eu nunca apresentei um projeto de lei aqui e pedi para que alguém votasse
favoravelmente à aprovação. Nunca pedi para ninguém votar a favor, cada um
vota de acordo com a sua consciência, mas está na hora de nós acordarmos,
gente! Não é conversa do Vereador não, está aqui, no papel e a Assessoria de
Imprensa da Prefeitura ainda veio dizer, que era mentira do Vereador. “É
mentira do Vereador”. “É mentira do Vereador”. Tudo deste Vereador é
mentira? O caso do motel é mentira? Nós fomos lá, 06 Vereadores, mas votaram
contra a formação de uma Comissão, para defender não sei quem. Meus irmãos,
está na hora de nós acordarmos. Todos os Parlamentares desta Casa de Leis têm
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que acordar para a Saúde em Cubatão, para a vida em nossa cidade, porque nós
moramos aqui. Agora, esses “gafanhotos” que vêm de fora, não conhecem
ninguém e é por isso que acontecem essas coisas. O meu voto é favorável. É só,
Sr. Presidente.
O SR. ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS -
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, inicialmente, eu gostaria de responder à última
fala do Vereador “Bigode”, quando ele diz: “Vereadores, está na hora de nós
acordarmos”. Vereador, se V Exª está dormindo nesses 10 meses, eu não sei,
mas eu estou acordado. Já começa por aí. Se ele está dormindo, eu não sei. É
complicado. Vereador, vamos acordar para a vida. Quem fala do governo da
Marcia Rosa e defende a Prefeita Marcia Rosa, são os seus 10 filhos, não sou eu
sozinho não. É a população de Cubatão, com os seus 10 filhos, defendendo-a,
pedindo para V Exª apoiar o governo, pedindo para V Exª apoiar o governo.
Agora, V Exª fala sobre a área da Saúde, fala que não está havendo
investimentos na Saúde, mas V Exª que vá acompanhar lá na Secretaria de
Finanças, porque nesta semana, foram investidos mais de 500 mil reais na Saúde
de Cubatão, com a compra de equipamentos para o Pronto Socorro, coisa que
não foi feita na Administração anterior. Então, V Exª procure obter as
informações primeiro. Com relação às ambulâncias, infelizmente, esse é um
problema que nós temos, por causa da bagunça nas Administrações anteriores,
que compravam ambulâncias aqui e ali, da marca tal e tal, de qualquer jeito.
Agora, nós temos a solução. As ambulâncias serão locadas, para que não
tenhamos mais esse tipo de problema. Então, antes de querer “fazer novela”,
“fazer teatrinho” aqui, Vereador, V Exª verifique a situação. Verifique. V Exª
poderia ter comparecido hoje ao lançamento do Plano de Atenção à Educação.
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
Vereador, todas as escolas de Cubatão, todas as unidades de ensino de Cubatão,
serão reformadas. Deste ano até 2010, serão reformadas 16 escolas. Por quê?
Porque a Prefeita está acordada e tem Vereador que está acordado. A maioria
está acordada. Se V Exª está dormindo, V Exª que acorde para a vida e vá ver o
que está acontecendo, porque chegar aqui com esse discurso, dizendo “nhé, nhé,
nhé, nhé, nhé, nhé”, é complicado. Verifique de fato o que acontece. Verifique o
que nós já conseguimos na Educação. O número de bolsas de estudo foi
ampliado. O transporte para os estudantes foi ampliado. O transporte coletivo,
que estava um caos, que era o maior problema na cidade, foi solucionado pela
“Administração Marcia Rosa”. A Educação tem melhorado. V Exª escutou do
Secretário Municipal de Educação, que mais de 500 crianças não tinham os
“parquinhos”, as EMEI’s, não tinham onde estudar, mas a partir de 2010,
nenhuma criança ficará fora da escola. É isso que V Exª deve verificar,
Vereador, acordando para a vida e sabendo o que está acontecendo. É muito
fácil vir aqui e fazer aquele discurso, de quem até parece que está torcendo para
que dê errado. Fique tranqüilo, Vereador, porque por enquanto, são 61,5% da
população que aprovam o governo e isso, com todos os problemas que nós
tivemos neste ano, com a queda na arrecadação, conforme já foi dito, mas eu
tenho certeza, que com o planejamento que está sendo realizado, este número
vai aumentar muito mais. O meu voto é favorável. É só, Sr. Presidente.
O SR. SEVERINO TARCÍCIO DA SILVA - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, já quero declarar o meu voto favorável à aprovação
do projeto de lei como um todo. Aproveitando a grande oportunidade de hoje, eu
gostaria de lembrar a todos desta Casa e a todos que estão nos prestigiando
através da “TV Legislativa”, que no dia 20 de novembro, nós comemoraremos o
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, um dos mais importantes nomes
da história do nosso país, por tudo aquilo que fez em prol da emancipação da
raça negra. Essa data ainda é mais importante na nossa cidade, quando sabemos
que temos aqui, cerca de 57% da população formada de afro-descendentes. Por
conta disso, aproveito para homenagear toda aquela população de descendentes,
para homenagear a nossa cidade e informo que já estamos encaminhando projeto
de lei fixando feriado à data, a exemplo do que ocorre em outros municípios da
nossa região. Eu estava ouvindo atentamente o meu amigo, Vereador “Bigode”,
que fez questão de trazer aqui, um dado verificado não somente pelo Vereador,
como por mim e pelo Vereador Geraldo Guedes, quanto à carência de
ambulâncias na nossa cidade. Isso é público, notório e real, ninguém aqui está
inventando, muito menos torcendo contra. Às vezes, eu fico ouvindo o Vereador
“Dinho” e prestando atenção em algumas palavras que ele usa. Ele usou uma
expressão forte, “torcendo para dar errado”. Esta é uma expressão forte,
Vereador. Eu acho que V Exª tem que prestar mais atenção, ao ouvir e ao falar.
Nenhum Vereador aqui é leviano, para ficar torcendo pela miséria da nossa
cidade não. Se a Prefeita está olhando a realidade dos fatos com outros olhos, é
outra coisa. Eu nunca torci, em momento algum, pela miséria da nossa cidade,
se não, eu não estaria morando aqui, se não, eu teria saído candidato a Vereador
na cidade de São Vicente, de Santos, de Mongaguá, de Peruíbe, de Praia Grande.
Porque há Vereadores aí, que comentam que pretendem investir naquelas áreas.
Eu entendo muito bem isso, agora, não venha aqui com discurso demagógico,
dizendo que tem Vereador torcendo contra e apontando para mim e para o
Vereador “Bigode”, porque eu nunca torci para que desse errado. Se a atual
Prefeita ficou aqui por 08 anos, comprometendo-se com a cidade, falando algo
que não pôde cumprir até a presente data, é dela a culpa. Às vezes, V Exª fala
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476º Ano da Fundação do Povoado e 60º de Emancipação Político Administrativa
aqui, usa palavras, como se V Exª fosse o Prefeito, como se V Exª fosse
executar, como se V Exª tivesse a certeza de que amanhã fosse acontecer algo,
que nós temos acompanhado há algum tempo e não vemos acontecer. A falta de
ambulância dita pelo Vereador “Bigode” é real, porque eu estive lá e constatei o
fato. Como o meu tempo regimental está acabando, eu voltarei a falar no
próximo artigo. É só, Sr. Presidente.
O SR. PAULO TITO FARDER - Sr. Presidente,
nobres Pares, realmente, os Vereadores “Doda” e “Bigode” estão falando a
verdade, mas esse assunto foi objeto de debate no início deste mandato, no
entanto, foi repercutir somente agora? Ontem, eu estava conversando com o
Secretário Municipal de Saúde, na pré-conferência que houve no Rotary Clube,
na Vila Natal e realmente, ele se mostrou muito triste com a falta de
ambulâncias na nossa cidade. O Dr. Vandejacson é um Secretário responsável,
mas por questões que já foram mencionadas nesta Casa de Leis, ele não pode
fazer muita coisa com relação à falta de ambulâncias. O Vereador “Dinho” tem
razão, quando fala que esse problema será resolvido apenas com a
disponibilização de novas ambulâncias. Uma ambulância deve ter apenas 02
anos de uso, mas nós sabemos que a mais nova que se encontra na nossa cidade,
talvez tenha mais de 05 anos. Isso era de responsabilidade do governo anterior,
portanto, não podemos julgar a atual Administração. Ela não dará continuidade
ao trabalho da Administração anterior, no entanto, as pessoas insistem em
cobrar, para que as responsabilidades do passado sejam resolvidas de uma hora
para outra. Os resultados já começaram a aparecer nesta cidade. Quando o atual
Secretário Municipal de Educação assumiu a Pasta, havia 450 crianças
aguardando vagas em creches e hoje, não há mais nenhuma. Isso é verdade,
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tanto o é, que V Exª, eu e o Vereador “Dinho” questionamos o Secretário
Municipal de Educação e saímos satisfeitos com as respostas que obtivemos. No
passado, nenhum Vereador da oposição era recebido na Prefeitura, para falar
sobre os problemas dos bairros da nossa cidade, mas hoje, os Vereadores da
oposição podem fazer isso, porque há um governo democrático. Todos nós
sabemos que ainda há muitas coisas a fazer na cidade, mas não podemos “tapar
o sol com a peneira”. Este governo já demonstrou realmente, que está com o
objetivo de solucionar os problemas que afetam a população desta cidade. É
importante reiterar, que neste primeiro ano de governo, o Orçamento está
comprometido com a solução de problemas de governos anteriores, mas no
próximo ano, nós teremos um Orçamento que realmente atenderá às
necessidades da nossa cidade. Enfim, acho importante que as pessoas tenham
coerência e responsabilidade, para falar sobre os problemas da nossa cidade. O
meu voto é favorável à aprovação do artigo 2º. É só, Sr. Presidente.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, o Aeroporto Internacional de Congonhas será
reformado, assim como eu também escuto do Secretário Municipal de Finanças,
Edgar Brandão Júnior, que todas as escolas da nossa cidade serão reformadas. O
Vereador “Bigode” falou sobre a falta de ambulâncias em Cubatão. Pode ficar
tranqüilo, Vereador, porque foi aberta uma concorrência e uma empresa lá de
Osasco enviará 08 ambulâncias para Cubatão. Pode ficar tranqüilo, Vereador, é
uma empresa lá de Osasco. Espero que eu não precise recorrer novamente ao
Poder Judiciário, para que haja o fornecimento do medicamento ao
“Guilherme”, porque fiz isso no passado, contra o próprio governo do qual eu
fazia parte. O governo tentou descumprir o acordo e solicitei ao meu Advogado,
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que pedisse as prisões do Secretário de Saúde e do Prefeito daquela época. Eu já
disse para o Dr. Vandejacson, que não quero repetir essa situação com ele, mas
hoje, o “Guilherme” tomará a última dose do remédio e precisará de mais
medicamento. Não sou Advogado, como eu já disse, mas defenderei o Dr.
Vandejacson, porque ele é um homem sério, inclusive, eu disse isso a ele. Fiz
muitas críticas ao Dr. Vandejacson nesta Casa, mas enquanto ele não tiver
autonomia para comprar os medicamentos, ficará difícil. É muito difícil para a
pessoa que está à frente da Pasta de Saúde, não ter autonomia para resolver os
problemas da área da Saúde! É difícil ter que comprar tudo através dessa tal
“Super Secretaria”. A Secretaria Municipal de Finanças não tem a função de
comprar, tem a função de pagar. Quem tem que comprar areia, pedra e cimento,
é o Secretário Municipal de Obras, quem tem que comprar medicamentos, é o
Secretário Municipal de Saúde e assim por diante. Agora, houve a centralização
de tudo na Secretaria Municipal de Finanças e aí, é lógico, o Edgar Brandão
Júnior faz todas as compras, junto com o Márcio Ferraro. Então, fica difícil, se
não tomar conta dessas coisas. Acredito que o Secretário Municipal de Educação
apenas assinará as ordens de serviço relativas às reformas das escolas. Quero até
pedir ao Sr. Presidente, que encaminhe um ofício à Prefeita, solicitando
informações sobre a verba QESE. É um nome esquisito, mas acho que é assim
que se pronuncia. Trata-se de recursos recolhidos pelo Governo Federal e
redistribuídos aos municípios, para serem investidos obrigatoriamente na área da
Educação. A verba QESE fica depositada no Banco do Brasil, portanto,
precisamos saber quanto há disponível, para conhecermos melhor a realidade. O
Vereador falou alguns números aqui, mas eu não estou entendendo. Sr.
Presidente, não assinarei mais os Balancetes que vêm da Prefeitura para esta
Casa. Não irei mais assiná-los, porque veio um Balancete da Prefeitura, assinado
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pela Prefeita Marcia Rosa, dizendo que fez isso, que fez aquilo, que teve um
“superávit” de 08 milhões logo no começo, que havia 75 milhões, que deviam
67 milhões e que sobraram 08 milhões. Aí, aqui nesta Casa de Leis, fala-se que a
Administração anterior deixou para pagar 14, 48, portanto, eu não entendo para
quê nós assinamos esses Balancetes. Quanto ao artigo 2º, o meu voto é
favorável. É só, Sr. Presidente.
O SR. DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO
- Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu não iria fazer uso da palavra na apreciação
deste projeto de lei, mas como estão fazendo cobranças da área da Saúde, quero
deixar registrado nos Anais desta Casa, que hoje, eu também liguei para o Dr.
Vandejacson e pedi para ele, o fornecimento semanal de um remédio, que custa
400 reais, para medicar uma moça que está com câncer. Ele fará a parte dele,
encaminhará o pedido para o setor de compras. Infelizmente, há alguns trâmites
que devem ser respeitados, porque existe a lei da licitação, mas, às vezes,
quando se trata de uma aquisição pequena, a compra deve ser direta. Então,
muitas vezes, são problemas de tramitação. A lei nº 8.666, não permite à
Prefeita, comprar ambulâncias sem realizar uma licitação. Entendo o Vereador
“Bigode”, porque ele luta pelos bairros-Cota. Não vim a esta tribuna para fazer
média com ninguém, mas tenho que ser justo. Gostaria que o Vereador “Dinho”
prestasse atenção no que vou falar, porque tenho idade para ser pai dele. Às
vezes, eu escuto algumas críticas ao Vereador “Dinho”, mas tenho que ser justo.
Estou cumprindo o meu quarto mandato e nunca vi um líder de Prefeito, com
essa idade, fazer uma liderança com tanta honestidade. O Vereador “Tucla”
também foi um grande líder do ex-Prefeito nesta Casa. O Vereador “Dinho” tem
respeitado todos os Vereadores do grupo de apoio à Prefeita, pois quando
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cobramos alguma coisa dele, nós temos o retorno. Ontem mesmo, eu cobrei dele
a solução para um problema na área da Saúde e rapidamente, eu obtive uma
resposta. Então, a palavra “demagogo” não serve para o Vereador “Dinho”.
Acho que não temos que achar que somos “os donos da verdade” quando
ocupamos esta tribuna, porque aqui não há Advogados e não há Médicos, somos
todos Vereadores. Acho que os discursos devem ser mais voltados para a
realidade, para os fatos que ocorrem na nossa cidade. É muito fácil vir aqui,
“bater” e fazer um discurso bonito. Tenho visto algumas coisas nesta Casa, mas
eu não concordo. Não adianta me provocarem, porque eu sempre manterei a
minha postura. O Vereador “Dinho” está apenas defendendo a Administração,
porque ele é o líder da Prefeita nesta Casa e isso, não é fazer demagogia. Nunca
pedi nada pessoal para ele, peço apenas melhorias para a nossa cidade. Vejo
alguns Vereadores fazendo discursos afoitos e às vezes, até falando coisas sem
querer. Acho que a palavra “demagogo” deveria ser riscada do nosso
vocabulário. Acho que nesta Casa, deveria ser proibido chamar um Colega de
demagogo. Cada um faz o discurso que quer, cada um fala o que quer e é por
isso que temos o direito à réplica. Então, eu não concordo com certos discursos.
Quero deixar bem claro, que o Vereador “Dinho” tem sido um grande líder da
Prefeita. Outro dia, ouvi o Vereador “Dinho” falando para um Secretário: “Estou
aqui defendendo a Prefeita Marcia Rosa, mas em primeiro lugar, estou
defendendo a população da minha cidade”. Não citarei nem o nome do
Secretário. Não estou aqui fazendo média com ninguém, tenho apenas
observado a postura do Vereador “Dinho”. Quero deixar registrado nos Anais
desta Casa, Vereador “Dinho”, que sinceramente... Tendo em vista o término do
meu tempo regimental, voltarei a falar posteriormente, porque não deu tempo de
completar o meu raciocínio. É só, Sr. Presidente.
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O SR. JOÃO SANTANA DE MOURA VILLAR -
Sr. Presidente, nobres Pares, eu não gostaria de falar o que vou falar, mas fui o
primeiro Vereador a fazer denúncias sobre a falta de ambulâncias na cidade.
Infelizmente, não ocorreram as mudanças que esperávamos, mas também
concordo com a colocação do Vereador Paulo Tito, quando ele diz, com muita
propriedade, que algumas ambulâncias já passaram da época de serem
substituídas. Fico satisfeito também com o Vereador Geraldo Guedes, porque
ele sabe muito mais das coisas do que nós, que somos da situação. Quando ele
afirmou aqui, que virão 08 ambulâncias para Cubatão, isso era verdadeiro. Eu
entendo o nobre Vereador “Bigode”, que no afã de defender a população, disse
que o Secretário é mentiroso, que o Secretário não trouxe ambulância, mas tudo
isso Vereador, é conseqüência da inconseqüência da Administração anterior,
diga-se se passagem, do Sr. Raul Borin, que não comprou ou não licitou ou não
fez um contrato de terceirização das ambulâncias. Entretanto, existe um
contraponto, pois a nossa cidade, nos 08 anos da Administração anterior e em
mais 08 anos de outras Administrações, nunca captou nenhum órgão humano
para doação, mas nesta semana, houve a segunda captação de órgãos, feita pela
Dr. Viviane, que por acaso, trabalha nesta Câmara. Eu quero até parabenizar à
família do doador, que consentiu a doação dos seus órgãos. O Vereador Geraldo
Guedes conhece a família. Eu quero dizer ainda, que isso vai permitir maior
sobrevida a alguns outros seres humanos. Portanto, isso é importante para o
Hospital de Cubatão, isso é estar na frente ou pelo menos emparelhado com
outros hospitais, que possuem suporte técnico muito maior. Podemos não ter
ainda o suporte técnico necessário, mas como bem frisou o Vereador “Dinho”,
foram investidos agora 500 mil reais no Pronto Socorro. Se os juros desses
precatórios não precisassem ser pagos, se esse valor fosse investido na Saúde,
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nós teríamos ali um Hospital bastante equipado, realizando captação de órgãos e
proporcionando uma sobrevida maior às pessoas. Quanto às ambulâncias, elas
chegarão de Osasco, como disse o Vereador Geraldo Guedes, mas enfim, não
importa de onde elas cheguem, o que importa é que as ambulâncias venham para
atender à população. Assim, com certeza, V Exª poderá falar aqui, que o
Secretário e a Prefeita conseguiram adquirir as ambulâncias e que elas estão
atendendo aos bairros-Cotas, ao Jardim Nova República. O que nos importa
Vereador, é que a população seja atendida. Com certeza, mexeu com a “Rosa”,
mexeu comigo e nós estaremos aí, dando apoio a ela e acreditando que as
ambulâncias chegarão para atender à população. O meu voto é favorável à
aprovação do artigo 2º. É só, Sr. Presidente.
O SR. SEVERINO DE OLIVEIRA MELO - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, eu quero ressaltar as palavras dos Vereadores
“Tucla” e Geraldo Guedes, de que 08 ambulâncias virão para o nosso
Município. Eu fico alegre em saber dessa resposta. No entanto, quero falar de
outro assunto aos munícipes presentes, pois um deles ficou meio bravo agora
pouco. Ele não deve culpar os Vereadores, porque os pais dos alunos já estão
sendo ouvidos e o erro não foi da nossa Prefeita, nem dos Vereadores e nem
tampouco dos pais. Se houve algum engano, no caso, foi do Prefeito de São
Caetano do Sul, que disse que na cidade dele não havia motel. Os munícipes não
devem ficar ameaçando nenhum Vereador, porque nós somos responsáveis
apenas pelo o que fazemos e se existe alguma culpa aí, ela é do Prefeito lá de
São Caetano do Sul, que enganou o povo. Os pais dos alunos estão sendo
ouvidos e quem agiu errado, vai pagar pelo que está devendo. Não adianta os
munícipes dizerem que os Vereadores vão precisar de votos e que vão passar na
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porta da casa deles, porque os 06 Vereadores que foram lá estão empenhados em
apurar o caso, aliás, não somente os 06 Vereadores, mas sim, os 11 Vereadores
da Casa. Por isso, se houve algum imprevisto, foi de responsabilidade do
Prefeito de lá, que falou que na cidade de São Caetano do Sul não existia motel.
Com relação à Saúde na cidade, eu quero dizer mais uma vez, que fico contente
em saber que virão 08 ambulâncias para Cubatão. O meu voto é favorável à
aprovação do artigo 2º. É só, Sr. Presidente.
O SR. JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, quero falar aqui ao Vereador “Bigode”, que a nossa
postura nesta Casa, graças a Deus, tem sido de muita coerência, procurando
sempre apontar os caminhos para a cidade se desenvolver. Em todas as minhas
falas, eu sempre tenho procurado apontar projetos, apontar caminhos, falar da
Educação, da Saúde, enfim, falar que a cidade pode muito mais e se ela está
assim, é porque faltou gestão pública eficiente e comprometida com as causas
mais nobre da população. Se há hoje em dia em Cubatão, um cinturão de
pessoas abaixo da linha de pobreza, é porque faltou gestão eficiente da parte dos
governos que passaram por aqui, pois a cidade sempre ostentou riqueza. Este
Vereador que vos fala, respeita os Companheiros e não aceita ouvir dizerem, que
ele está dormindo ou que ele não está percebendo as coisas acontecerem. Eu
sempre lhe tratei com respeito, continuarei sempre lhe tratando com respeito e
tenho o maior respeito pelo seu trabalho, pela sua liderança, porque se V Exª
está aqui, é porque existem pessoas que acreditaram no seu projeto político.
Acontece que eu não sou incoerente, pois na reunião da audiência pública, eu
questionei do Secretário, a questão das ambulâncias, que é um problema grave
na cidade. Falamos sobre isso ontem e ainda hoje, eu falei com o “Diretor de
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Suprimentos”. Nós sabemos que é uma questão, que não deveria estar
acontecendo. Eu já falei isso aqui na tribuna desta Casa e continuo falando, mas
também quero dizer, que não reconhecer os avanços que já foram alcançados em
10 meses, é uma questão de opinião pública e política. Eu entendo que os
avanços estão acontecendo, acho que nós temos que avançar muito mais e
sabemos que dá para avançar. Sendo assim, eu me sinto muito tranqüilo quanto
à minha postura e digo à V Exª, que nós estamos aqui para apontar os caminhos
e para fiscalizar o Executivo. Essa é a nossa função. O meu voto é favorável à
aprovação do artigo 2º. É só, Sr. Presidente.
- Durante a votação do artigo 3º, verificam-se as seguintes
declarações de voto:
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, eu não poderia deixar de falar ao nobre amigo
“Dédinho”, que eu não falei que alguém estava dormindo, eu falei que nós
temos que fiscalizar a cidade. Vereador “Dédinho”, V Exª está querendo dizer,
que isto aqui em minhas mãos, não é verdade? Eu queria que V Exª fosse lá.
Agora, V Exª se doeu, porque eu citei o nome de um cidadão chamado “Brito”.
Eu não sei quem é esse cidadão, que não conhece a nossa cidade. Eu disse que
aqui nesta cidade, está cheio de “gafanhotos”, que eu nem sei que são. Quero
dizer ao Vereador “Dédinho” e aos nobres Vereadores que me escutam, que eu
nunca vou “levantar falso” de ninguém, que eu nunca vou ser contrário ao que a
Prefeita está fazendo de bom pela minha cidade. Eu não vou torcer contra, estou
torcendo para que dê certo. Agora, vir aqui falar dos Prefeitos anteriores, que o
ex-Prefeito está devendo! Meus irmãos, quando vocês “entraram lá”, vocês
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sabiam o que estava acontecendo na cidade. Eu acho que está na hora de um
Pastor vim aqui pregar, conversar ou sei lá o quê. Pára com isso! Pára como
isso! O Vereador Adeildo disse que eu vim aqui para fazer teatro. O Teatro é lá
fora e ele está fechado Vereador. Eu estou cobrando aqui, Vereador, o que vocês
prometeram para a cidade. Estou cobrando as ambulâncias para atender aos
munícipes e não somente aos munícipes que moram nas Cotas. Eu quero
parabenizar ao Vereador “Tucla”, que com uma posição muito bacana, defendeu
e falou. Eu confio que V Exª será o líder da Prefeita. Entretanto, ele está ali
dizendo que não quer ser. Tudo bem. Portanto, Sr. Presidente e nobres
Vereadores, eu não faço teatro, eu ando pela cidade e não estou dormindo. Já V
Exª, eu não vejo! V Exª vem aqui defender a Prefeita, promete que vai fazer.
Vereador, Deus queira que sim, que o nosso “Senhor do Bom Jesus” resolva
todos os problemas da cidade! Mas, Vereador, eu ainda não vi nada na cidade,
pois as ruas estão cheias de buracos, a população está reclamando e V Exª ainda
vem aqui dizer, que a cidade está bela e bonita! Com as praças cheias de matos e
de buracos! Nesta semana, uma senhora caiu e eu disse: “Vá a Justiça. Faça um
Boletim de Ocorrência, pois a Prefeitura terá que lhe pagar, terá que lhe
indenizar”. Então, Vereador, eu não faço teatro e não vou me calar não! Eu não
vou me calar enquanto estiver aqui! Eu fui eleito, nobre Vereador “Dédinho”,
para fiscalizar. Fui eleito pela população de Cubatão e é ela quem vai me julgar.
Agora, quem faz parte do governo, diz que está resolvendo, que está resolvendo,
mas eu não vejo nada. Já faz quase 01 ano de Administração. Vereador, eu estou
falando para acordarem para os anos seguintes, porque daqui a pouco, haverá
eleição novamente e aí, veremos o que irão fazer, para ganhar os votos da
população. Isso tem que acabar aqui. O nobre Vereador Paulo Tito também
falou: “Dou valor. É verdade, Vereadores Bigode e Doda”. Vereador Paulo Tito,
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eu não estou falando mentira. O meu voto é favorável à aprovação do artigo 3º.
É só, Sr. Presidente.
O SR. PAULO TITO FARDER - Sr. Presidente,
nobres Pares, o Vereador “Bigode” tem toda a razão, quando ele vem a esta
tribuna e diz que é papel do Vereador averiguar e investigar. Eu acho que ele
está correto, mas acontece que quando ele chega às repartições públicas, para
averiguar as possíveis causas das denúncias que recebe, ele deveria ter um
pouco mais de respeito com os funcionários. Às vezes, ele chega às repartições,
intimidando os funcionários e esse não é o papel de nenhum Vereador. Eu
gostaria inclusive que ele ouvisse o que estou falando, para que pudesse se
corrigir. Está certo, Vereador “Bigode”? Estou falando aqui, que quando V Exª
chegar às repartições, tem que tomar um pouco mais de cuidado ao se dirigir aos
funcionários, porque na maioria das vezes, eles não têm culpa dos eventuais
problemas que possam estar acontecendo. É importante que nós também
tenhamos postura nesse sentido. O próprio Secretário admite a existência desse
problema citado pelo Vereador, mas ele está envidando esforços no sentido de
resolvê-lo, tanto que já foi falado aqui pelo Vereador Geraldo Guedes, que 08
ambulâncias chegarão brevemente à nossa cidade, para poder sanar o problema.
Acredito que somente 08 ambulâncias não resolverão totalmente o problema,
mas pelo menos será alguma coisa. Acho importante que vejamos também,
aquilo que está acontecendo de bom na cidade. É lógico e óbvio, que ainda há
muito que se fazer, mas reitero que já podemos ver muitas coisas feitas pela
cidade. Infelizmente, a Secretaria de Obras não pôde executar nenhuma obra até
agora, porque ela está simplesmente tapando buracos. Tapa-se um buraco hoje e
na semana seguinte, ele volta a abrir. Esses são problemas que infelizmente
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acontecem. É preciso contratar mais mão-de-obra, mas o Ministério Público e o
Tribunal de Contas vêm em cima, portanto, algumas leis que precisam ser
cumpridas, engessam a Administração. Não queremos que aconteça nesta
Administração, o que aconteceu em Administrações anteriores. É importante
que tenhamos responsabilidade e coerência, para cobrar aquilo que é devido. O
nosso papel realmente é cobrar, é fiscalizar, mas sempre com responsabilidade.
O meu voto é favorável à aprovação. É só, Sr. Presidente.
O SR. JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, o nobre Vereador “Bigode” deve ter algo contra os
Pastores, porque é a segunda vez que ele cita nos seus discursos, dirigindo-se a
mim, a referência aos Pastores. Eu acho, Vereador, que V Exª está cometendo
um grande equívoco, porque os Pastores, na sua maioria, são condutores de boas
ovelhas. Acho que V Exª tem que fazer uma reflexão e reavaliar a vossa fala,
porque tenho muito orgulho da amizade que mantenho com os Pastores e
entendo que na sua maioria, são pessoas de bem, que precisam e devem ser
respeitadas. Com relação ao problema das ambulâncias, V Exª não prestou
atenção no que eu estava falando. V Exª fica ao telefone e não presta atenção.
Eu falei que esse problema é sério mesmo e que precisa ser corrigido, mas como
V Exª não prestou atenção, achou que eu estava negando um problema que
realmente existe. Ele existe e nós estamos tentando resolver, coisa que no
passado não se fazia. Se as ambulâncias estão todas quebradas hoje, é porque no
ano passado o problema já existia e não foi resolvido, mas nós vamos resolvê-lo.
Quando falo o “nós”, é porque entendo que fizemos legitimamente parte de uma
campanha, na qual dizíamos que iríamos procurar promover a transformação
necessária à cidade. Portanto, incluo-me nesse sistema e me sinto responsável
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pela busca da solução do problema. Voto favoravelmente à aprovação. É só, Sr.
Presidente.
O SR. JOÃO SANTANA DE MOURA VILLAR -
Sr. Presidente, nobres Pares, eu entendo até que a ovelha rebelde, Vereador
“Bigode”, não esteja errada, mas como toda boa ovelha, o Pastor um dia a
resgatará. Sempre há um lado bom na Saúde e eu estou aqui para falar desse
lado bom da Saúde. Eu já falei sobre a captação de órgãos, o que nunca havia
acontecido na nossa cidade e quero lembrar agora, da campanha “Catarata
Zero”, cujo autor da propositura foi o Vereador Geraldo Cardoso Guedes. Desde
o início da campanha na nossa cidade, há 08 anos, já foram operadas por volta
de mil pessoas e só neste ano, já foram operadas 150 pessoas. Eu quero dizer
que “a Saúde vai bem, obrigado”, mas muito há que se fazer. V Exª fala da
escassez no número de ambulâncias na cidade, mas isso é público e notório.
Todos nós sabemos disso, principalmente eu e os Vereadores Geraldo Guedes,
“Alemão”, Donizete e “Dinho”, que estávamos aqui no mandato anterior. V Exª
também sabe disso, porque prestou serviço na Secretaria de Saúde por algum
tempo e presenciou o problema. Então, também não adianta fingirmos que os
problemas são todos desta Administração. Esse problema veio da Administração
passada, que nós tanto ajudamos também. Então, Vereador, não adianta nós
ficarmos apenas nesse capítulo, há mais alguns capítulos que nós temos que
denunciar, para que a Administração tome uma atitude. É por isso que eu falo
sempre, que fazer oposição à Administração é natural e ninguém aqui está
torcendo para que dê errado. O negócio é apontar onde estão os erros, para que a
Administração possa acertar. Tenho dito e reafirmo sempre, que qualquer
Prefeito que for eleito e como o Vereador Geraldo Guedes tem a pretensão de
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ser Prefeito, eu já disse isso a ele também, terá que ouvir e atender aos
requerimentos e indicações dos Vereadores, para que não precise nem sair às
ruas. O Vereador só pede aquilo que a população clama. Há o clamor geral pelas
ambulâncias, pelo fornecimento de alguns medicamentos pontuais e tudo isso
está sendo providenciado. Agora, duvidar do Secretário Municipal de Saúde é o
mesmo que duvidar que o governo vá dar certo. Assim como eu creio na
“Administração Marcia Rosa”, eu também tenho a certeza, de que esse é um dos
poucos Secretários que tem total credibilidade, para que eu possa vir aqui e
defendê-lo. Não gosto de defender Secretário, porque Secretário vai embora e
leva o dinheirinho da cidade. Já a Prefeita há de continuar aqui, como moradora
na cidade, como cidadã cubatense. Eu acredito que V Exª já deu o seu recado
quanto às ambulâncias, o que já repercutiu na Administração, tanto que a
Prefeita acabou de me ligar, dizendo: “Pode falar para o Bigode, que nós vamos
atendê-lo”. Então, Vereador, o pedido de V Exª será atendido e não se torne
mais rebelde do que já é, porque se não, V Exª se tornará uma ovelha muito
rebelde. O meu voto é favorável. É só, Sr. Presidente.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, caro amigo “Bigode”, talvez, quando usamos a
palavra “mentiroso”, nós empregamos uma palavra muito pesada. Seria melhor
se disséssemos que alguém faltou com a verdade, porque dá no mesmo. Ouvi o
discurso do Vereador Paulo Tito e o parabenizo pelas palavras. Hoje, nesta
Assembléia, pois não estou nem mais chamando de Sessão, mas nesta
Assembléia, está tudo maravilhoso. É “ovelhinha”, é “rebelde”, é um que não
gosta de Pastor, é o outro que gosta de Pastor e assim vai. Eu gostaria de pedir
ao Vereador “Bigode”, que continuasse sim a visitar o Pronto Socorro à meia-
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noite, à 01:00 da manhã, assim como a outros locais da cidade. É lógico que
cada Vereador tem um tipo de atuação no Município e realmente, nenhum
Vereador aqui dorme. Nós precisamos disso. Ainda ontem, no Pronto Socorro,
eu repeti a frase que disse aqui na última terça-feira. Uma moça foi mal atendida
no Pronto Socorro, o Médico a desatendeu, a Enfermeira também e a
ambulância estava cheia de lama, cheia de podridão, transportando uma paciente
lá da raiz da serra. De repente, chegou uma pessoa e me disse: “Mas, Vereador,
o senhor não viu como melhorou tanto?”. Eu respondi: “Olha, Santo Agostinho
já disse, o Geraldo Alckmin também disse e eu já falei e vou repetir: eu prefiro
aqueles que me criticam àqueles que me bajulam. A senhora não vai poder me
prestar nenhuma informação, primeiro, porque a senhora não estava aqui, quem
estava aqui era a Enfermeira Patrícia. Quando o Médico atendeu mal à gestante,
a senhora também não estava aqui, então, eu não aceito isso. Eu só aceito que
atendam melhor e que respeitem as pessoas”. Não basta que instalem uma
televisão de plasma no PS, porque não se começa a humanização com uma
televisão de plasma. É necessário que o Vereador continue andando pela cidade
e é necessário que ele preste atenção às coisas sim. Eu estive ontem lá no
CAMP, estive hoje na Vila São José e como disse o Vereador “Tucla”, o
reclame é geral sim. Então, o que é prioridade? Tem que haver prioridades. Eu
acho que a disponibilização de ambulâncias para atender à população, é
prioridade. Hoje uma munícipe reclamou, porque a ambulância demorou 50
minutos para atender a um chamado. Parece que quando houve o acidente,
depois de muita insistência, pediram aos Policiais da ROTA que socorresse à
vítima, o que eles não podem fazer. Os Policiais da ROTA começaram a ligar,
apavorados, atrás de uma ambulância e aí, ela chegou. Chamou-se um
Tomógrafo e ele só chegou às 09:21 horas, para fazer a tomografia. Já havia um
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trauma do tamanho de uma bola de pingue-pongue. O Médico chegou logo
depois, à meia-noite e cinco minutos, para avaliar a tomografia e fazer a
cirurgia, que acabou às 04:30 da manhã. Eu estive lá no dia seguinte e me
disseram: “Tem 99% de chances de ir a óbito”. Nós estamos falando de vida,
não estamos apenas falando de política. O meu voto é favorável ao artigo 3º. É
só, Sr. Presidente.
- Durante a votação do artigo 4º, verificam-se as seguintes
declarações de voto:
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, as discussões nas Sessões devem ser calorosas.
Quero falar para o nobre Companheiro “Dédinho”, que não tenho nada contra
ele e nem contra Pastor. V Exª não entendeu. Eu até acho que deva vir um Pastor
a esta Casa, para orar e acalmar os ânimos de todos os Vereadores da situação,
porque eles não aceitam críticas.
- Presentes às Galerias se manifestam, dirigindo-se ao orador.
- O Sr. Presidente faz soar a campainha.
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Eu não
trago torcida para esta Casa. O povo vê o que acontece na cidade. Eu não
preciso que ninguém bata palmas para mim. Quero apenas ajudar a solucionar os
problemas da cidade. Todos nós sabemos que essa “ferida” vem desde lá atrás,
desde os 03 governos anteriores. Sei que a atual Prefeita não conseguirá mudar
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as coisas em 01 dia, mas ela deve pelo menos melhorar a área da Saúde. O
Vereador Geraldo Guedes falou sobre o tempo que as ambulâncias demoram em
chegar até os bairros e ele tem razão. Muitas vezes, nós estamos verificando
juntos os problemas que existem na nossa cidade. Não chamei nenhum Vereador
de dorminhoco. Todos nós Vereadores traçamos os nossos objetivos, porque
fomos eleitos para trabalhar pelo povo da nossa cidade. Fui eleito com 1.399
votos, faltou apenas 01 voto para chegar aos 1.400 votos, portanto, tenho que
trabalhar pelo povo que me elegeu. Alguns munícipes estão solicitando uma
mudança no itinerário dos ônibus da “Linha 13”, que faz o percurso Ilha
Caraguatá - Terminal Rodoviário. Então, Vereador, eu não posso ficar calado,
porque fui eleito para trabalhar pelo povo de Cubatão. Não posso chegar aqui e
falar que está tudo tranqüilo. Não é, Vereador “Tucla”? Eu sempre serei assim,
falo a Língua Portuguesa errada, não sou um Doutor, mas o povo me elegeu
assim mesmo. Acho que viverei mais um pouquinho, portanto, pode ser até que
eu me inscreva num curso de Direito e daqui a 04 ou 05 anos, esteja formado um
Doutor, para falar bonito, mas o povo me elegeu deste jeito, portanto, é deste
jeito que defenderei a minha população e a minha cidade. Agora, quero dizer,
que estou torcendo para que esta Administração dê certo. Se Deus quiser, esta
Administração dará certo. Quero pedir ao Vereador “Dinho”, que ele não fale
mais da minha família. Espero que ele “coloque um ponto final” nisso!
Vereador, a minha família não votou na Marcia Rosa, votou no “Passarelli” para
Prefeito e no “Bigode” para Vereador. O Vereador “Dinho” fica incentivando a
minha família a falar que votou na Prefeita Marcia Rosa. Fique tranqüilo,
Vereador, porque no “13” a minha família nunca votará, pelo menos enquanto
eu estiver vivo, porque depois de morto, não posso garantir nada. Sou favorável
à aprovação do projeto de lei. É só, Sr. Presidente.
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O SR. JOÃO SANTANA DE MOURA VILLAR -
Sr. Presidente, nobres Pares, o Vereador “Bigode” sabe que eu tenho muito
apreço por ele, mas há controvérsias no discurso dele, quando ele diz que todos
os seus filhos votaram não no “Passarelli”, mas nele. Creio que pelo menos 02
votos eu tive da família dele, ou então, alguém me enganou, mas tudo bem.
Agora, voltando ao assunto das ambulâncias, todos aqui lembram, porque foi
público e notório, que a “Rede Globo” e a “Rede Record” apresentaram por
algum tempo, o estado de calamidade pública que vivia a Saúde no Rio de
Janeiro. Hoje, começaram a apresentar um especial sobre a cidade de São Paulo.
Não sei se todos viram ontem, que a “Rede Record” apresentou um especial
sobre a Saúde em São Paulo. Cada vez que vejo a situação da Saúde em outras
cidades, eu falo: “Graças a Deus, que a situação da Saúde na nossa cidade não
está assim”. O Vereador Geraldo Guedes lamentou pela demora para se fazer
uma tomografia numa senhora, que me parece que veio a óbito, mas foi
noticiado ontem pela televisão, que aqui pertinho, subindo para São Bernardo,
uma senhora deu entrada no hospital com AVC e só foi atendida pelo Médico de
plantão, depois de 12 horas. A Médica desta Casa pode me corrigir se eu estiver
errado. Então, o que ocorreu com aquela senhora? Fatalmente ela veio a óbito,
não chegou nem a ser atendida. Por quê? Porque há muita negligência na Saúde
no país inteiro. Cada vez que eu assisto essas matérias, Vereador “Bigode”, eu
tenho a certeza de que na nossa cidade não ocorrerá isso. Não sei se V Exª sabe,
mas é habitual as pessoas trazerem parentes de outras cidades, para serem
operados no Hospital do nosso Município. O “Dr. Élcio”, que é Oftalmologista
no nosso Hospital, disse que ele é mais conhecido em Surubim do que aqui em
Cubatão, porque muitas pessoas daquela cidade, de outras cidades e de outros
Estados, vêm ser operadas no nosso Hospital. Daqui a pouco, o Hospital da
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nossa cidade será habilitado em especialidades oftalmológica e cardiovascular,
porque todos os pacientes com esses problemas vêm ser atendidos aqui em
Cubatão. Portanto, aqui na nossa cidade, não está ocorrendo o que ocorre aqui
pertinho, como eu falei, em São Bernardo, em Santo André, onde uma
ambulância demora 12, 16 horas para atender a um chamado e com um detalhe,
uma ambulância do SAMU, cujo atendimento a um chamado, segundo
normatização técnica, não pode ultrapassar 01 hora. Voltarei a falar
posteriormente. O meu voto é favorável à aprovação do projeto de lei. É só, Sr.
Presidente.
O SR. JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, ouvindo as palavras do Vereador “Tucla”, lembrei-
me que há algum tempo, quando se falava das coisas boas de um hospital,
porque não há nenhum 100% perfeito, eu usei esta tribuna para dizer que nada é
tão bom, que não possa ser melhorado. Entendo dessa forma mesmo e a minha
posição sempre foi bastante coerente, porque mesmo fazendo parte do governo,
eu sempre apontei caminhos para que a cidade pudesse se desenvolver. Naquela
época, Vereador, eu já falava que mesmo o hospital sendo bom, ele poderia ser
melhorado e continuo defendendo essa tese. Todos nós sabemos que dá para
melhorar a Saúde. O problema da Saúde Pública no Brasil é gravíssimo, mas
Cubatão ainda se supera. Temos a convicção de que dá para melhorar a Saúde
em Cubatão, nós estamos trabalhando para isso. Inclusive, o valor do contrato
com a Pró-Saúde foi dobrado, justamente para que a empresa possa prestar um
serviço de alta qualidade. Cubatão tem condições de prestar um serviço de alta
qualidade na Saúde, na Educação, no Transporte, enfim, em todas as áreas.
Cubatão tem condições de melhorar a qualidade de vida do povo cubatense.
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Tenho defendido nesta Casa, que a mudança da sociedade tem que passar,
necessariamente, pelos investimentos fortes na Educação. Hoje, eu participei,
com muita honra, com muito orgulho e muita satisfação, do lançamento do
Plano de Atenção à Educação, no Jardim Costa e Silva. Entendo que se houver
um investimento forte na Educação, na qualificação profissional dos
Professores, na valorização do servidor da área da Educação, como foi
apresentado hoje no PAE, a nossa cidade dará um salto de qualidade. Entendo
que devemos caminhar dessa forma, apontando caminhos e discutindo projetos,
que possam efetivamente melhorar a vida das pessoas que moram em Cubatão.
De outra forma, quero dizer ao Vereador “Bigode”, que dou por encerrado esse
assunto, essa discussão, que não acrescenta, não valoriza e não resolve
efetivamente os problemas da nossa cidade. Voto favoravelmente à aprovação
do projeto de lei. É só, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - Está portanto, aprovado em
1ª discussão o projeto de lei nº 86/09.
- Entra em 1ª discussão o projeto de lei nº 012/2009, processo nº
299/2009, de autoria do Vereador Severino Tarcício da Silva, que “Autoriza o
Poder Executivo a instituir no âmbito da Administração Municipal a Ouvidoria
Pública do Município de Cubatão, com a finalidade de combater a corrupção, a
impunidade e a má gestão pública, e dá outras providências”.
O SR. PRESIDENTE - Na última Sessão Ordinária,
estava em discussão o parecer da Comissão de Justiça e Redação, favorável à
tramitação do projeto de lei nº 12/09, quando a Sessão foi encerrada face ao
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término do seu horário regimental. Já usaram a palavra em discussão, os
Vereadores Adeildo Heliodoro dos Santos e Geraldo Cardoso Guedes. Continua
em discussão o parecer.
O SR. SEVERINO TARCÍCIO DA SILVA - Peço
a palavra. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, para as pessoas que estão aqui me
ouvindo e para as pessoas que estão em casa, quero dizer que na semana
passada, foi retomada a transmissão das Sessões desta Casa, por isso, hoje ela
continua sendo levada ao ar pela nossa “TV Legislativa”. Desse modo, uma
parcela de pessoas do nosso Município, que não tinha condições de conhecer a
atuação de alguns Vereadores, agora, com a volta da “TV Legislativa”, terá e
poderá assistir o nosso empenho, na busca de melhorias para a cidade. Por conta
disso, eu acho muito importante esclarecer, que o presente projeto de lei, de
minha autoria, que está sendo apreciado hoje, parece que não terá o apoio da
base de sustentação da Srª Prefeita. As pessoas presentes às Galerias e as
pessoas que estão em casa nos assistindo, podem se perguntar, por que será?
Será que o projeto de lei é ruim? Será que ele é ilegal? Por que será? Este
projeto de lei, de minha autoria, cria a Ouvidoria Pública Municipal na nossa
cidade. É um projeto de lei de grande interesse para a nossa população, pois
permite que os munícipes tenham acesso direto, para suas reclamações e suas
denúncias. É um projeto de lei, que só viria a beneficiar a cidade. Iniciativas
semelhantes a esta, já vêm sendo implantadas há muitos anos, não somente em
Santos, como também em várias outras cidades da região. Inclusive, na cidade
de Santos, ela foi implantada pelo saudoso Prefeito à época, David Capistrano
Filho, que era do PT. Portanto, aqui em Cubatão, nós poderíamos ter acesso a
esse tipo de benefício, com a aprovação deste projeto de lei que apresentei, mas
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ao que me parece, a Bancada de Vereadores que apóia a Srª Prefeita, mais uma
vez, já optou pela rejeição da presente propositura. Simplesmente, porque a idéia
partiu de um Vereador da oposição, que conseqüentemente, não apóia a
Administração. Na semana passada, o líder da Prefeita disse que iria discordar
do projeto de lei e iria rejeitá-lo. Por outro lado, os Vereadores do grupo de
sustentação da Srª Prefeita, disseram que o projeto de lei é inconstitucional,
porque dentre outras coisas, ele cria cargos. Para mim, isso não tem nada a ver,
porque ainda neste ano, nós aprovamos projetos de lei nesta Casa, inclusive
vários, que expressamente criaram despesas, criaram obrigações a terceiros,
fixaram multas e implantaram planos, em geral, de obrigações. Tudo isso, em
tese, inconstitucional, mas foram aprovados unanimemente. Somente para
lembrar, os projetos de lei foram de autoria dos Vereadores “Dinho”, “Alemão”,
Geraldo Guedes e também da Vereadora “Nega”, ou seja, este Poder
Legislativo, em outras oportunidades, aprovou projetos de lei, com unanimidade
de votos, que em tese, seriam inconstitucionais. Portanto, por que será? Por quê?
O projeto de lei que este Vereador está apresentando, é um projeto bom, é um
projeto reconhecido como bom até pelos Vereadores da oposição, é um projeto
que cria a Ouvidoria Pública Municipal. Será que eles não o aprovarão, porque
eu tenho um posicionamento contrário à Administração? Será que é por que nós
apontamos algumas coisas erradas que vêm acontecendo e por que eu me coloco
na oposição? Caso seja assim, como fica o discurso da democracia e da
liberdade de pensamento? Principalmente a atual Prefeita, usou aqui a liberdade
de pensamento, o discurso das idéias e da democracia, durante os 08 anos que
esteve nesta Casa. O que significa tudo isso? Será que tudo isso era mentira?
Será que tudo isso foi demagogia, para enganar a população? Eu não quero
assumir aqui um discurso de vítima, muito pelo contrário, mas sou obrigado a
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reconhecer, que com a rejeição deste projeto de lei, a Bancada governista
demonstrará somente o seu autoritarismo, a sua posição antidemocrática, pois
caso reconhecesse, como já reconheceu, que o projeto de lei é bom, com certeza,
iria aprová-lo. Como foi bem lembrado pelo Vereador “Bigode”, hoje foi
rejeitado nesta Casa, um requerimento de sua autoria, que permitiria a formação
de uma Comissão de Especial de Vereadores, para poder verificar a situação das
ambulâncias na cidade. Isso foi discutido aqui na Casa exaustivamente, foi
discutido aqui a carência de ambulâncias no nosso Município. É preciso deixar
claro, que nós formamos um grupo de oposição democrático e que não fazemos
oposição somente por fazer. Em momento algum nos posicionamos nesta
tribuna, dizendo inverdades, apontando fatos ou coisas não verdadeiras, pelo
contrário, nós temos ajudado aqui a Administração. O Vereador “Tucla” usou
bem as minhas palavras, pois quando um Vereador apresenta um requerimento,
uma indicação ou um projeto de lei nesta Casa, o seu único intuito, o seu único
objetivo, é ajudar a Administração e o crescimento da nossa cidade. Eu gostaria
que os munícipes que estão assistindo esta Sessão, refletissem sobre o que está
acontecendo, pois a presente propositura é reconhecidamente de interesse de
todos, inclusive dos próprios Vereadores e da Srª Prefeita. Não é possível, Sr.
Presidente, que este Legislativo continue abrindo mão da sua independência,
para se sujeitar aos desígnios da Srª Prefeita. Isso não vem ocorrendo de hoje.
Nós Vereadores, temos que ter uma visão do que é bom e do que é ruim para o
nosso povo. O projeto de lei que cria a Ouvidoria é de fato bom para todos e
para toda a cidade. Se nós não dermos o devido respeito ao nosso direito, quem
o dará? É evidente que ninguém. Eu queria pedir mais uma vez aos nobres
Colegas que se opõem ao projeto, que reflitam. Quando eu me manifestei nesta
Casa, inúmeras vezes, eu sempre respeitei os projetos de lei dos Colegas
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Vereadores, tanto na Comissão de Justiça e Redação, quanto aqui em Plenário.
Fiz isso, por entender que as proposituras vinham somente beneficiar a nossa
população. Eu nunca votei contrário à aprovação de nenhum projeto de lei de
autoria de Vereador, a menos que ele fosse inconstitucional, até porque, a minha
análise na Comissão de Justiça e Redação, é justamente e exclusivamente pela
legalidade. Entretanto, quantos projetos autorizativos chegam aqui e após
conversar com os Colegas Donizete e “Nega”, ambos da Comissão de Justiça e
Redação, nós votamos favoravelmente, exarando até o “tramitando”, por serem
proposituras de autoria dos Vereadores e por serem bons projetos, alguns até de
autoria da Prefeita. Então, ao ser rejeitada a presente propositura, sob a alegação
de que ela é autorizativa, o precedente que será aberto nesta Casa hoje me
preocupa. O que eu já citei aqui, eu repito, não foram 01, 02 ou 03, foram vários
os projetos de lei autorizativos aprovados nesta Casa. Este meu projeto de lei,
que cria a Ouvidoria Pública Municipal em Cubatão, com a finalidade de
combater a corrupção, a impunidade e a má gestão pública, só beneficiaria a
cidade. Como eu já disse, existe uma Ouvidoria Municipal em Santos há vários
anos, ela foi implantada na época, pelo então Prefeito do PT, David Capistrano
Filho. Foram-nos passados vários detalhes sobre esse projeto em Santos, pelo
Francisco La Scala Júnior, que é o Ouvidor Público daquela cidade, que estão
aqui. Foi apresentada uma emenda ao meu projeto de lei, pela Assessoria desta
Casa, mas ele está “completinho”. A Prefeita poderia muito bem utilizá-lo e
posteriormente, fazer até as emendas pertinentes ou fazer ainda o que ela
quisesse. Ela poderia apresentar de melhorias ao mesmo. Ele está completo, ele
está da forma como o Francisco La Scala Júnior me passou. Portanto, é uma
propositura que só iria beneficiar a nossa cidade e a nossa população. A
população poderia telefonar, quando houvesse um buraco numa determinada
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rua, uma árvore causando problema, uma denúncia a fazer, uma corrupção a
denunciar e etc. Haveria um cadastro, as pessoas ficariam acompanhando e
obteriam as respostas. Tenho certeza que os Vereadores irão refletir sobre isso.
Eles vão perceber que já foram aprovados nesta Casa, não 01, 02 ou 03, mas
vários projetos de lei dessa mesma natureza. Não podemos aceitar o que disse o
Vereador “Dinho” na semana passada, que a Bancada vai rejeitar a propositura,
mas depois a Prefeita encaminhará para cá projeto de lei semelhante,
aproveitando até o conteúdo deste. Ora, por que não se aprova o projeto, que
está perfeito? Por que ela não faz as adaptações necessárias, para que nós o
aprimoremos ou ela mesma o aprimore? Este é um projeto, que eu volto a dizer,
só viria a beneficiar a nossa população. Projetos semelhantes, criando
Ouvidorias Públicas, já vêm sendo aprovados nas cidades vizinhas, aonde a
iniciativa vem dando certo. A população vem aprovando esse tipo de trabalho,
fazendo mais de 12 mil ligações durante o ano. Tendo em vista o término do
meu tempo regimental, era só, Sr. Presidente.
- Ninguém mais desejando fazer uso da palavra, é encerrada a
discussão. Posto a votos, é rejeitado o parecer.
- Durante a votação, verificam-se as seguintes declarações de voto:
O SR. ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS -
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, este projeto de lei começou a ser discutido na
semana passa e já naquele dia, nós apontamos aqui um caminho, sugerido pela
Bancada governista. Diferentemente do que o Vereador “Doda” coloca nas suas
palavras, quando fala em autoritarismo da Bancada governista, quando fala que
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o grupo de apoio é antidemocrático e que a Prefeita é demagoga, isso não
acontece. A proposta deste projeto de lei, como eu já mencionei na semana
passada, consta no plano de governo da Prefeita Marcia Rosa, porque é um dos
compromissos que ela assumiu, referente à criação da Ouvidoria Pública. Isso já
está em estudo no Jurídico da Prefeitura. Eu mesmo cheguei a apresentar uma
emenda a este projeto de lei, para tentar salvá-lo, digamos assim, mas mesmo
com a emenda proposta, que foi rejeitada na semana passada, nós não
conseguiríamos torná-lo viável. A propositura menciona: “criará serviço on-
line”, “criará atendimento 0800” e tal. Essas iniciativas não são de competência
da Câmara. Demonstrando que não há perseguição, quando V Exª fala sobre a
aprovação de projetos de lei, eu acho que ontem ou hoje, chegou a esta Casa, o
veto a um projeto de lei de minha autoria, mencionado inclusive por V Exª. A
minha propositura foi vetada pelo Executivo. Na reunião que tivemos com a
Bancada governista, na semana passada, nós solicitamos explicações a respeito
dos projetos de lei autorizativos. Foi-nos explicado pela Secretaria de Negócios
Jurídicos da Prefeitura, que até mesmo na Assembléia Legislativa, já não existe
mais hoje esse tipo de trâmite, porque estava dando problema com a Justiça. Eu
até conversei sobre isso há pouco com o Vereador “Alemão”, porque o último
projeto de lei da pauta é autorizativo e a Bancada governista vai rejeitá-lo. Nós
entendemos que a propositura é relevante e eu tenho certeza que o Vereador
“Alemão” depois apresentará um requerimento, solicitando que a Prefeita envie
para cá projeto de lei semelhante, para que aí sim, nós possamos aprová-lo, sem
nenhum tipo de problema. Então, é isso. Eu encaminho a votação para que o
projeto de lei seja rejeitado, tendo em vista a questão da competência, porque
não é da competência deste Legislativo e sim do Executivo, a apresentação
desse tipo de propositura. É só, Sr. Presidente.
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O SR. SEVERINO TARCÍCIO DA SILVA - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, realmente, Vereador “Dinho”, V Exª falou uma
coisa correta, a Prefeita vetou o seu projeto de lei, acontece que V Exª esqueceu
de dizer, que a vossa propositura foi aprovada aqui nesta Casa, pelos Colegas
Vereadores, por unanimidade, até em respeito ao coleguismo, o que não vai
acontecer com este meu projeto de lei. Eu fui o primeiro a me posicionar
favoravelmente à vossa propositura, já no parecer da Comissão de Justiça e
Redação. Eu exarei parecer favorável na Comissão de Justiça e Redação e votei
favoravelmente à aprovação aqui em Plenário. Uma coisa é um Vereador votar
favoravelmente à aprovação, outra coisa é a Prefeita vetar a propositura. São
coisas totalmente diferentes, são Poderes independentes, são obrigações e
direitos diferentes. Ela pode vetar quantos projetos de lei quiser, agora, é preciso
deixar bem claro, que como eu já disse aqui, o projeto de lei de V Exª também
era autorizativo, também criaria despesas para os Bancos, mesmo assim, nós o
aprovamos. O fato de dizer “criar”, “criar”, aponta que se cria se quiser, fica a
cargo da Prefeita. É muito fácil falar: “Ah, o projeto está criando”. Não. É mais
fácil dizer assim: “A Prefeita quer que rejeite, vamos rejeitar”. Isso é
perseguição, isso é perseguição, porque estou na oposição. Eu não rejeito projeto
de lei de Vereador, a não ser que, como eu falei, o projeto seja inconstitucional.
Quando se trata de um projeto como este, que cria a Ouvidoria e que recebeu
emenda do Vereador, que ficou prejudicada com a aprovação do parecer
conjunto, o caso é outro. V Exª disse que apresentou emenda ao projeto de lei,
mas como foi dito na Sessão passada, V Exª nem sequer justificou o motivo da
apresentação da emenda. Eu falei e volto a repetir, que apresentarei emendas
semelhantes a proposituras futuras e eu quero ver qual moral V Exª terá, para
questionar as minhas emendas aqui neste Plenário. “Suprime o artigo tal”.
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“Suprime o artigo tal”. Só isso. O Vereador não explicou o motivo. Eu quero
deixar isso aqui registrado, Sr. Presidente, porque foi aberto um precedente.
Geralmente, quando apresentamos emendas a uma propositura, nós sempre as
apresentamos com justificativas. Eu tenho certeza que este projeto de lei só
traria benefícios a nossa população. Eu espero que a Prefeita envie para cá, um
projeto de lei de combate à corrupção, mas que seja um projeto de lei pelo
menos parecido com este, que ofereça à população a condição de apresentar o
seu reclamo, a sua angústia. Espero que não seja um projeto como o que ela
enviou para esta Casa no início do ano, que recebeu inclusive inúmeras
emendas, de autoria deste Vereador e da Vereadora “Nega”. Portanto, Vereador,
eu gostaria que os Colegas do grupo de apoio refletissem e votassem
favoravelmente à aprovação deste projeto de lei. É só, Sr. Presidente.
O SR. JOÃO SANTANA DE MOURA VILLAR -
Sr. Presidente, nobres Pares, ouvi atentamente o discurso do Vereador “Dinho”,
o discurso do Vereador “Doda”, que inclusive é líder do meu Partido e falo, que
política é assim. Não há perseguição política, não há nada disso não. Este
projeto de lei realmente criará cargo e já houve uma discussão aqui, sem que se
falasse com a Prefeita, para saber se o projeto de lei seria aprovado ou não.
Tanto que foi apresentada até uma emenda, para que ele saísse da pauta.
Particularmente, eu me comprometi com V Exª, que se a propositura fosse
retirada, nós brigaríamos com a Prefeita, para que enviasse rapidamente para cá
um projeto de lei semelhante, em cuja mensagem explicativa constaria que o
anteprojeto era de V Exª. O Vereador “bateu o pé” e disse que não queria dessa
forma. Vou contar uma outra coisa, que aconteceu hoje. Eu conversei com o
Vereador Geraldo Cardoso Guedes sobre o projeto de sua autoria, dizendo:
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“Geraldo, estou apresentando uma emenda ao seu projeto, para que ele saia da
pauta e vou ter uma conversa com a Prefeita ainda hoje, para que ela receba os
representes do pessoal que trabalha com moto-frete e envie para cá um projeto
de lei sobre isso”. Não importa se a propositura é de autoria da Prefeita ou de
autoria de algum Vereador, o importante é que a categoria seja atendida. O
Vereador Geraldo, ao contrário de V Exª, concordou com a idéia, tanto que eu já
elaborei a emenda e o projeto de lei dele sairá da pauta. Assim que terminar a
Sessão, eu irei lá falar com a Prefeita, para que ela receba os representantes dos
condutores de moto-frete e envie o projeto de lei para cá rapidamente. Por que
isso? Primeiro, porque vai atender à categoria. Segundo, porque todos já sabem
que a propositura é de autoria do Vereador Geraldo Cardoso Guedes, acontece
que por uma questão de legalidade, ela não poderia ter sido apresentada pelo
Vereador. Então, a Prefeita que envie o projeto de lei para cá, que com certeza
ele será aprovado. Não adianta balançar a cabeça, Vereador. Isso é
constitucional. Vereador não pode legislar em matérias que criem cargos e
ponto. Vereador não pode legislar em matéria financeira. Não fomos nós que
determinamos isso, foi o Congresso Nacional. Então, não adianta V Exª balançar
a cabeça, indicando que não, que está insatisfeito, porque eu também estou
insatisfeito com um monte de coisas. Se V Exª consultar a minha pasta, verá que
o número de requerimentos diminui a cada ano. Por quê? Porque hoje eu estou
no grupo de apoio e ao invés de apresentar requerimentos, eu vou lá e peço:
“Olha, asfaltem tal rua, no Parque São Luiz”. Quando dá, eles vão lá e asfaltam,
mas quando não dá, eu fico aguardando, como todo mundo. Agora, não adianta
entrarmos numa discussão que tende a ir para o campo pessoal, falando de
moral, de dignidade. Tudo isso é questão de ponto de vista, é questão de valores.
Não estou aqui para dar sermão em ninguém, mas as discussões dentro desta
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Casa poderiam ser bem mais politizadas do que vêm sendo. Declinarei o meu
voto assim que o Presidente anunciar a votação. É só, Sr. Presidente.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, já dizia o velho Ulysses Guimarães: “Não há
soberania, sem democracia”. Escutei as discussões sobre os projetos
autorizativos, daquilo que pode e daquilo que não pode. Também não costumo
retirar projetos que eu apresento, prefiro que votem favoravelmente ou
contrariamente. Falando em projetos inconstitucionais, quero lembrar o artigo
36 da Lei Orgânica do Município. A Prefeita precisa revogar a lei que institui o
Professor de Filosofia nas escolas, porque até hoje isso não foi cumprido. Na
época, inclusive, o projeto de lei foi de autoria da ex-Vereadora e atual Prefeita
Marcia Rosa. Nós apreciamos o projeto de lei e ele foi aprovado por
unanimidade nesta Casa, mas o ex-Prefeito o vetou. Quando o veto do ex-
Prefeito chegou nesta Casa de Leis, nós o rejeitamos. Então, é necessário que a
Prefeita envie outro projeto para cá, revogando essa lei e não basta apenas
revogar a lei, tem que colocar o Professor de Filosofia nas escolas. Da mesma
forma, quero fazer uma cobrança ao Presidente desta Casa, para que ele
encaminhe um ofício à Srª. Prefeita, solicitando informações sobre aquele
projeto de lei que nós aprovamos em 1ª e 2ª discussões, utilizando inclusive o
recurso de Sessão Extraordinária, que ajuda financeiramente as entidades que
cuidam de pessoas usuárias de drogas, já que as famílias não têm condições de
cuidar delas. A Administração deve repassar o dinheiro para as entidades ou
também deve revogar essa lei, para não perder a validade, que é até o dia 31 de
dezembro. Então, eu acho que a Prefeita deve revogar algumas leis, como por
exemplo, aquela que institui a creche particular em Cubatão, cujo projeto de lei
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inclusive, foi de autoria da atual Prefeita. É necessário que essas leis sejam
realmente executadas, senão, nós estamos perdendo tempo nesta Casa. Espero
que o ano vindouro seja bem melhor. Eu torço para isso. O Vereador “Tucla”
fala que eu quero ser Prefeito, mas ele também quer, aliás, todos nós, 11
Vereadores desta Casa, queremos ser Prefeito, Deputado, Senador, Presidente da
República e assim por diante. Se um dia eu for eleito Prefeito desta cidade, se
Deus e o povo me derem essa oportunidade, com certeza, eu jamais quero
ganhar do pior Prefeito ou da pior Prefeita da história de Cubatão. Eu quero
ganhar do melhor Prefeito ou da melhor Prefeita da história de Cubatão, porque
aí eu terei compromisso. Se uma pessoa substitui um Prefeito ruim, o pouco que
ela fizer, já será bom demais. O meu voto é favorável à aprovação do parecer. É
só, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - Está portanto, rejeitado o
parecer favorável à tramitação do projeto de lei nº 12/09, que automaticamente
está prejudicado e seguirá para a Secretaria da Casa, para as devidas
providências.
- Entra em 1ª discussão o projeto de lei nº 050/2009, processo nº
1.246/2009, de autoria do Vereador Geraldo Cardoso Guedes, que “Dispõe
sobre o serviço de transporte de pequenas cargas denominado motofrete, e dá
outras providências”.
- É encaminhada à Mesa, a seguinte emenda:
EMENDA AO PROJETO DE LEI Nº 050/2009
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Altera a redação do artigo 1º, que passa a viger com a seguinte
redação:
“Art. 1º - O serviço de entrega e coleta de pequenas cargas por
meio de motocicletas no Município, denominado
motofrete, será executado mediante prévia e expressa
autorização da Prefeitura, nos termos da presente Lei”.
Sala Dona Helena Meletti Cunha, 17 de novembro de 2009. (a) João Santana de Moura Villar
O SR. PRESIDENTE - Tendo em vista o
recebimento de emenda, de autoria do Vereador João Santana de Moura Villar, o
presente projeto de lei é retirado da pauta e retornará às Comissões Permanentes
competentes.
- Entra em 1ª discussão o projeto de lei nº 088/2009, processo nº
2.233/2009, de autoria do Vereador José Roberto Azzoline Soares, que “Fica o
Poder Executivo autorizado a instituir no Calendário Oficial do Município de
Cubatão, o FESTIVAL DE JESUS, e dá outras providências”.
- É lido e posto em discussão, o seguinte parecer:
COMISSÃO DE JUSTIÇA E REDAÇÃOProcesso nº 2233/2009.Proj. Lei nº 088/2009.Autor: José Roberto Azzoline Soares.Assunto: FICA O PODER EXECUTIVO AUTORIZADO A INSTITUIR
NO CALENDÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE
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CUBATÃO, “O FESTIVAL DE JESUS”, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Data: 23.10.2009.
PARECER
É de autoria do nobre Edil JOSÉ ROBERTO AZZOLINE
SOARES, Projeto de Lei que - FICA O PODER EXECUTIVO
AUTORIZADO A INSTITUIR NO CALENDÁRIO OFICIAL DO
MUNICÍPIO DE CUBATÃO, “O FESTIVAL DE JESUS”, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
A propositura encontra-se devidamente acompanhada de
Justificativa, onde se assevera que seu objetivo é autorizar ao Executivo a incluir
no calendário Oficial do município de Cubatão o “Festival de Jesus”, a ser
realizado anualmente no período carnavalesco em data e local definido pela
Municipalidade. A iniciativa se adequa aos pressupostos de origem do
Legislativo, estando redigido em regulares formas. Nos aspectos que nos cabe
analisar, o técnico, jurídico e legal, não se vislumbra óbice a sua normal
tramitação.
Quanto ao Mérito, cabe ao douto Plenário o entendimento de sua
conveniência e oportunidade de sua aprovação.
S.M.J. é este o nosso Parecer.
Cubatão, 06 de novembro de 2009.
(aa) Severino Tarcício da Silva Presidente e Relator
Maria Aparecida Pieruzi de Souza Donizete Tavares do Nascimento Vice-Presidente Membro
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O SR. ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS -
Peço a palavra. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu disse que o projeto de lei
anterior, do Vereador “Doda”, era autorizativo, porque ele autorizava a instituir
a Ouvidoria Pública em Cubatão, mas este projeto de lei do Vereador “Alemão”,
também é autorizativo. Uma das diretrizes do “Governo Marcia Rosa”, é
implementar os projetos autorizativos. Conversei com o Vereador “Alemão” e
explanei para ele, que a Prefeita já tem um compromisso firmado com todas as
pessoas que solicitaram a elaboração deste projeto de lei, tão relevante para a
nossa cidade. Afinal de contas, instituir uma data no Calendário Oficial do
Município, para comemorar o “Festival de Jesus”, é trazer coisas boas para a
nossa cidade. Então, a Administração está sugerindo ao Vereador “Alemão”,
que ele encaminhe este pedido ao Executivo, através de um requerimento, para
que vários Vereadores possam subscrevê-lo, como por exemplo, os Vereadores
Donizete, “Dédinho”, “Billa”, enfim, todos nós, Vereadores desta Casa de Leis.
A Prefeita já tem o compromisso assumido, de encaminhar um projeto de lei
semelhante para esta Câmara, para que nós possamos apreciá-lo e aprová-lo o
mais rápido possível, até porque, como já foi dito aqui, é apenas uma questão de
competência. Portanto, deixaremos de votar favoravelmente à aprovação deste
projeto de lei, mas quando matéria semelhante vier a esta Casa, elaborada pelo
Poder Executivo, aí sim, nós votaremos favoravelmente. Por enquanto, era só,
Sr. Presidente.
O SR. DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO
- Peço a palavra. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, falei para o Vereador
“Dinho”, que sempre vou respeitar a opinião do grupo de apoio, mas eu tenho a
minha opinião, assim como o Vereador “Tucla” também tem a dele. Portanto,
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não posso deixar que o grupo decida o meu voto. Falei com o Vereador “Dinho”
e em nome da comunidade da Igreja São Francisco de Assis, eu peço que V Exª
repense essa decisão. Eu também tinha um posicionamento sobre os projetos
autorizativos, mas já presenciei vários projetos bons serem aprovados nesta
Casa, como por exemplo, aquele que o ex-Vereador Zaqueu Queiroz apresentou
no passado, que institui no Calendário Oficial do Município, a “Marcha para
Jesus”, que hoje reúne vários Evangélicos. Eu trabalho no “Festival de Jesus” e
para quem não conhece, esse evento acontece no período do Carnaval. Juntam-
se pessoas de toda a região, de várias cidades e às vezes, até de todo o país, para
permanecer em oração na Igreja São Francisco de Assis, enquanto o pessoal está
pulando os 04 dias de Carnaval. Então, eu gostaria até que o Vereador “Dinho”
repensasse essa decisão. Tenho certeza, que toda a comunidade da Igreja São
Francisco de Assis ficará muito triste, caso este projeto de lei seja rejeitado. Eu
iria apresentar um projeto de lei semelhante, mas o Vereador “Alemão” teve
essa iniciativa, a pedido do Padre “Antonio”. Então, eu gostaria que essa decisão
fosse repensada, porque nós sabemos o quanto o “Festival de Jesus” é
importante. O Vereador “Dinho” sabe que eu sou coerente, portanto, jamais
poderia votar contrariamente a um projeto de lei, que institui no Calendário
Oficial do Município, o “Festival de Jesus”, uma festa na qual eu trabalho,
juntamente com a minha família e com o Vereador “Alemão”. Reitero: gostaria
que essa decisão fosse repensada. Poderíamos até solicitar a suspensão da
Sessão por 05 minutos, para que pudéssemos discutir sobre este projeto de lei. A
Prefeita pode até vetá-lo posteriormente, mas se esta Casa reprová-lo, o ônus
será muito pesado. O Vereador “Billa” também faz parte da comunidade da
Igreja São Francisco de Assis, portanto, ele também está numa situação difícil.
Temos que conversar, nós não podemos tomar decisões intempestivas. Vamos
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solicitar a suspensão da Sessão por 05 minutos, para que possamos discutir
sobre este projeto de lei. Sabemos o quanto a Igreja São Francisco de Assis
contribui com a grande Cubatão, na pessoa do Padre “Antonio”. A Prefeita
Marcia recebeu o apoio de uma maioria naquela igreja. Portanto, de coração, eu
gostaria que o Vereador Adeildo repensasse o voto neste projeto de lei hoje.
Vamos deixar esse ônus para a Prefeita. Eu fico até triste e falo com muita
tristeza do projeto de lei de autoria do Vereador “Alemão”. Eu jamais votarei
contrário a este projeto de lei, custe o que custar, porque eu tenho o meu coração
voltado para um projeto religioso, no qual eu trabalho. Neste momento, eu fiquei
até triste, quando ouvi falarem que irão votar contrariamente à aprovação da
propositura. Eu já quero antecipar que o meu voto será favorável, Vereador
“Alemão”. Espero que seja solicitada a suspensão da Sessão por 05 minutos,
para que possamos discutir este projeto de lei, porque realmente, quem não
conhece o “Festival de Jesus”, pode ter certeza, que se um dia o conhecer,
jamais será contrário a ele. No entanto, nós temos que respeitar os votos de
todos os Vereadores. Eu estou no grupo e já disse isso ao Vereador “Dinho”,
mas eu jamais votarei contrário a este projeto de lei. Tenho certeza de que a
“Comunidade São Francisco” ficará muito triste com esta Casa de Leis, mas nós
temos que respeitar os votos dos Vereadores. Não é ainda o momento de se
votar, pois estamos em discussão, mas eu voltarei a falar. Era só, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - Eu agradeço ao Vereador
Donizete pelas suas palavras. Continua em discussão o parecer.
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O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - (Pela
ordem) - Sr. Presidente, quero dizer que quantas vezes forem necessárias, eu
votarei favoravelmente à propositura e “palmas para Jesus”.
O SR. SEVERINO TARCÍCIO DA SILVA - Peço
a palavra. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o Vereador Donizete foi muito feliz
nas suas palavras, quando pediu para o grupo de apoio refletir sobre o voto.
Parabéns, Vereador! Eu volto a dizer, Sr. Presidente, que este também é um
projeto de lei, que de certa forma, cria despesas, mas eu não voto contrário à
aprovação de projeto de lei de autoria de Vereador, mesmo sendo ele
autorizativo, mesmo entendendo que ele crie despesas. Isso, porque nós temos
que ter coleguismo dentro desta Casa. É preciso deixar registrado, que não existe
projeto que não seja autorizativo, que não crie despesas. Isso existirá em
qualquer projeto que apresentemos nesta Casa. Então, o Vereador tem que
mudar a nossa Lei Orgânica Municipal ou a partir de hoje, não apresentar mais
nenhum projeto, porque todo e qualquer projeto que for apresentado nesta Casa,
será autorizativo e criará despesas. Eu sei que estou sendo perseguido por ser
oposição ao governo. Eu sei que os meus projetos de lei não “passarão” nas
votações desta Casa, pois o “rolo compressor” passará como um trator por cima
deles, porque eu sou do grupo de oposição, mas eu vou continuar insistindo, pois
eu não sou de sentir-me derrotado. Eu apresentarei vários outros projetos de lei e
tenho certeza que uma hora, a oposição aprovará um deles. Volto a dizer e a
registrar nos Anais desta Casa, que não existe projeto que não seja autorizativo e
que não crie despesas. No entanto, Vereador “Alemão”, em lealdade à V Exª,
que é o meu Presidente, o meu amigo, eu já antecipo que o meu voto será
favorável à aprovação do projeto de lei. Era só, Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE - Eu agradeço ao Vereador
“Doda” pelas suas palavras. Continua em discussão o parecer.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Peço a
palavra. Sr. Presidente, nobres Vereadores, “Eli, Eli, lamá sabactâni”. “Não
abandona não, faça a tua vontade, Senhor”. Eu não vejo como inconstitucional e
já disse que se for para ser dessa forma, mandem todas as leis oriundas desses
projetos para esta Casa, para que elas sejam revogadas. Então, eu concordo com
o Vereador Donizete, votemos a favor do projeto de lei, aí, a Prefeita o veta, mas
quando encaminhar para cá o veto, ela já encaminha junto outro projeto de lei.
Aí sim. Ela também pode fazer isso com relação a todas as festas, cujos projetos
passaram por aqui. A Prefeita pode mandar revogar todas as leis e criar novas
leis. Primeiro, porque elas não estão sendo cumpridas mesmo! Houve a “Marcha
para Jesus” neste ano, mas ninguém ficou sabendo. O evento teve tanto apoio,
que ninguém ficou sabendo. Então, talvez, sei lá, certas leis também pudessem
ser revogadas. É melhor a Prefeita reunir todas as leis cujos projetos foram dela
e foram aprovados quando ela era Vereadora, as leis cujos projetos eu apresentei
e eu aprovei como Vereador e mandá-las para esta Casa. Vamos liquidá-las.
Vamos fazer como na Câmara da cidade de São Luiz, no Maranhão. Não é,
Vereador “Tucla”? Lá existiam mais de 02 mil leis, mas todas elas foram
revogadas e foram criadas um pouco mais 100 leis. Ficou uma Lei Orgânica
“pequenininha”, que todo mundo entende. Até a própria Constituição Federal é
inconstitucional, pois o povo tem direito à Saúde, à Educação, à Segurança,
enfim, tudo isso é direito do povo e dever do Estado, mas nós não temos Saúde,
não temos Segurança, não temos Educação, não temos um monte de coisas.
Então, a Constituição Federal é inconstitucional. Portanto, é necessário mudar
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também as Leis Federais. Mandem isso para o Congresso Nacional, para o
Senado Federal, para que eles revejam também a Constituição Federal. Nós
precisamos ter mais coerência neste país, porque caso contrário, daqui a pouco,
o Vereador não faz nada. Isso é o que já se diz lá fora. Quando o Vereador
apresenta uma propositura ou um requerimento, que é rejeitado ou vetado, o
mesmo cidadão que às vezes vem aqui cobrar algum discurso, quando chega lá
na rua, diz: “Olha, está ruim mesmo, precisa tomar providência”, aí, eu digo:
“Mas, de que forma vamos tomar?”. Então, são coisas complicadas. Nós
precisamos mesmo fazer uma reflexão, viu, Vereador “Dédinho”. V Exª já me
chamou, para que pudéssemos mudar o Regimento Interno e a Lei Orgânica
Municipal. Sr. Presidente, vamos pedir ajuda ao nosso Corpo Jurídico, para que
fazer isso, para que nós possamos evitar esses equívocos, que talvez coloquem
as pessoas e os Vereadores até em situação de constrangimento. Não é, Vereador
“Billa”? Porque, se não, no domingo, V Exª vai à igreja, para receber a
eucaristia e os cristãos vão olhar e dizer: “Ele votou contra Jesus”. Olha, que
situação constrangedora! Portanto, é um constrangimento desnecessário. Eu vejo
como desnecessário esse tipo de constrangimento. Já pensou, se lá na Igreja São
Judas Tadeu, eu votasse contra alguma coisa para São Judas Tadeu, o “Santo das
Causas Impossíveis”? Como é que eu entraria na Paróquia, no domingo? Como
é que eu iria cumprimentar o Padre? Então, é constrangedor sim, para os
Vereadores que participam naquela igreja. Eu sei que a questão é
inconstitucional, então, talvez, antes do projeto de lei chegar aqui no Plenário,
nós poderíamos ter discutido sobre ele lá em cima, para não discuti-lo aqui. Isso,
para não ficarmos discutindo tanta coisa aqui e perdendo tempo. Perdendo
tempo, sim! Perdendo tempo! Eu discurso de um lado, o Vereador “Doda” do
outro, o Vereador Paulo Tito do outro, um Vereador concorda, o outro não
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concorda e isto é a democracia. A democracia é assim que se faz, discutindo
ponto de vista, ninguém é obrigado a concordar comigo e eu também não sou
obrigado a concordar com os outros. Entretanto, é lógico que no momento da
votação, eu votarei favorável a Jesus. Por que não? Volto a falar. Era só, Sr.
Presidente.
O SR. JOÃO SANTANA DE MOURA VILLAR -
Sr. Presidente, nobres Pares, eu já disse aqui algumas vezes, que sobre fé,
religiosidade e futebol, eu jamais entraria seriamente na discussão, mas vou ter
que entrar seriamente na discussão, primeiramente, porque Jesus não é um
produto, para ser aceito ou para ter festival. A Palavra é bem clara: “Eu os
aceito, tornai-se santo como eu”. Aí, o Vereador Donizete, o Vereador
“Alemão”, até o Vereador Geraldo Guedes, o Vereador “Dédinho”, argumentam
que têm que votar favorável, porque é para a comunidade aonde eles vão. Nós
não estamos aqui representando a comunidade católica ou a comunidade
evangélica, mesmo porque, existe a lei que trata da Sessão da “Semana da
Família”, mas somente os Padres vêm aqui. Não convidam nenhum Pastor. Por
quê? O Pastor não tem família? Também não convidam nenhum espírita. Por
quê? O macumbeiro não tem família? Isso sim é uma grande demagogia dentro
da política. Nós temos processos muito mais importantes para aprovar aqui
dentro, do que ficar brincando com a Palavra de Deus, brincando com o
“Festival de Jesus”. É brincadeira! Às vezes, “querem me passar”, como se eu
fosse um grande “trouxa”, que não conhece algumas coisas! Podem até dizer:
“O Diabo também conhece a Bíblia” e é verdade. Ele foi o anjo preferido de
Deus, o Lúcifer. Ele era o regente das coisas de Deus. Querem falar do
Evangelho? Eu conheço sobre o Evangelho, pois eu também fui pregador do
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Evangelho durante muitos anos e saí quando olhei para as coisas carnais. Aqui,
nós estamos olhando somente as coisas carnais. Foi falado também sobre São
Judas, mas se Deus deu ao homem o livre arbítrio de falar com Ele, porque eu
tenho que falar com São Judas, para São Judas falar com Deus. Eu não quero
entrar neste tema para discutir, porque nós vamos entrar em religiosidade. Foi
combinado, foi claro, projeto de lei autorizativo não passa, portanto, o meu voto
será contrário à aprovação do projeto de lei. É com você, líder. Se você votar
favorável ou for votar favorável, dar-me-á o direto, de público e eu já estou
falando, de votar como eu quiser, sem acompanhar orientação sua e nem da
Prefeita. Era só, Sr. Presidente.
- Ninguém mais desejando fazer uso da palavra, é encerrada a
discussão. Posto a votos, é aprovado o parecer.
- Durante a votação, verificam-se as seguintes declarações de voto:
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, eu já declaro o meu voto favorável à aprovação,
porque este projeto de lei é de autoria do nosso amigo “Alemão” e eu também
sou católico. Portanto, eu não teria como votar contra. Quando o nobre Colega
Paulo Tito solicitou a suspensão da Sessão, eu disse que não iria me retirar deste
Plenário, para ir discutir o projeto de lei na ante-sala do Plenário. Este projeto de
lei se refere à Igreja e a Igreja apoiou a Prefeita. Vou votar favoravelmente à
aprovação, Sr. Presidente, sem discussão. É só, Sr. Presidente.
O SR. ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS -
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, antes mesmo de o Vereador “Tucla” se
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pronunciar, eu já havia falado com o Vereador “Dédinho” sobre o meu
posicionamento. Como eu já disse anteriormente, mesmo antes do início da
apreciação desta propositura, os projetos de lei autorizativos não terão o condão
de ser sancionados pelo Poder Executivo. Portanto, vou manter aqui o meu
posicionamento, de votar contrariamente à aprovação desse tipo de projeto. No
caso de a propositura ser aprovada, eu sei que a Prefeita vai vetá-la e depois, vai
encaminhar uma nova proposta a esta Casa de Leis, à qual, aí sim, eu votarei
favoravelmente à aprovação. No caso de a propositura ser rejeitada, ela também
encaminhará uma nova proposta para cá. Então, independentemente de o projeto
de lei ser aprovado ou não, com o voto favorável da maioria ou não, eu tenho
certeza absoluta, que depois a Prefeita encaminhará para cá propositura
semelhante a esta. Agora, sendo autorizativo, o projeto de lei não tem condição
legal de ser aprovado. Como eu já falei, com o veto ou sem o veto, a iniciativa
será aprovada no futuro, pois a Prefeita deverá encaminhar proposta semelhante
a esta Casa de Leis. O meu voto é contrário. É só, Sr. Presidente.
O SR. SEVERINO TARCÍCIO DA SILVA - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, é o rolo compressor. Nós podemos chamar a
Prefeita de “rolo compressor” e já podemos até pensar em fechar as portas da
Câmara, Sr. Presidente. A atual Prefeita ficou por 08 anos nesta Casa e não
apresentou nenhum projeto de lei autorizativo? Eu preciso levantar isso, porque
eu não estive aqui durante os 08 anos em que ela foi Vereadora, mas eu tenho
certeza que ela deve ter apresentado pelo menos uma propositura dessas. Será
que ela terá a hombridade de revogar seu próprio ato, de quando esteve nesta
Casa por 08 anos? Eu espero que ela tenha, eu espero que ela tenha, porque hoje
está acontecendo algo, que está deixando cada um dos Vereadores aqui
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realmente entristecido. Até Vereadores que fazem parte do grupo de apoio.
Apesar de sermos Vereadores e apesar de debatermos no campo das idéias e das
discussões, pois aqui é o local para isso, nós começamos a olhar para trás e ver
que a nossa Lei Orgânica Municipal, o nosso Regimento Interno e a
Constituição Federal, estão sendo rasgados aos poucos, ou melhor, estão sendo
rasgados totalmente. Vemos que Vereador em Cubatão realmente não é
respeitado, a Câmara não é respeitada. No primeiro momento, quando a Prefeita
enviou para cá aquele projeto de lei de combate à corrupção, nós já vimos ali,
que o poder seria totalmente retirado desta Câmara. Graças a Deus, nós não
aprovamos aquele projeto de lei, porque qualquer um que analisar aquela
propositura, vírgula por vírgula, verá que ela retira totalmente o poder desta
Casa, deixando tudo a cargo da Prefeita. Vê-se que ela “puxa tudo para ela”, ela
é a deusa, ela é a sabedora de tudo, ela pode tudo. Ela pode tudo e Vereador não
pode nada! A partir de hoje, nem um projeto o Vereador pode apresentar mais
nesta Casa. Como disse o líder da Prefeita na Casa, “não passa mais projeto
autorizativo”. Então, mostre-me um projeto, um, um, Vereador, que não seja
autorizativo! Mostre-me um que não trate de gasto para a Administração.
Mostre-me um que não diga: “Faça ou não”. Não existe. Todo e qualquer
projeto, mexe pelo menos com uma folha de sulfite! Então, Sr. Presidente, isso
que dizer, que a vereança acabou nesta Casa. Acabou. Como foi dito aqui, os
Vereadores que fazem parte do grupo de apoio não deixarão passar mais nada de
projeto. Isso me deixa triste. Cadê a nossa democracia? Cadê a nossa liberdade?
Rasgou-se tudo. Nós estamos voltando à época do coronelismo. Nós estamos
voltando à época, em que se dizia: “Olha, você recebe o seu salário ali, mas só
gasta aqui, porque quem manda aqui, sou eu. É tudo comigo e para vocês nada”.
Nós precisamos nos unir, nós precisamos abrir os olhos, nós precisamos atentar
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para cada conselho aprovado nesta Casa. A partir de hoje, Sr. Presidente, nós
precisamos analisar cada projeto de lei que vem “do outro lado”, porque esta
Casa não está sendo respeitada em nada. Eu voto favoravelmente à aprovação,
Sr. Presidente, porque nunca deixaria de votar favoravelmente à aprovação de
um projeto de lei dessa natureza. É só, Sr. Presidente.
O SR. PAULO TITO FARDER - Sr. Presidente,
nobres Pares, realmente, alguns temas são difíceis de se discutir, principalmente
quando se trata de religião. Cada um tem a sua. Acho que todos nós acreditamos
em Deus, mas há também as leis, as normas, que temos que respeitar e cumprir.
Não é verdade que estamos voltando à época do coronelismo, tanto é que há
Vereadores do grupo de apoio, que votarão favoravelmente à aprovação do
projeto de lei de autoria do Vereador “Alemão”. Não tenho dúvida nenhuma,
que em sendo esta propositura aprovada por esta Casa e vetada pelo Executivo,
apenas por uma questão de vício de competência, a Prefeita enviará novo projeto
de lei para cá, o mais rápido possível, que aí sim, estando enxuto e legal, ele
poderá ser aprovado, na forma da lei. Então, neste momento, em que fazemos
parte do grupo que dá sustentação ao governo e quando há a orientação para que
rejeitemos a propositura, cabe a este grupo acatar e votar, de forma coesa,
principalmente aqueles que fazem parte do PT, de acordo com o que foi
determinado. Não tem como ser diferente. A decisão foi tomada a partir de uma
conversa, de uma discussão, não foi uma decisão de cima para baixo, houve
ponderações, cada um expôs o seu ponto de vista. Nós estamos simplesmente
dando uma demonstração de como funciona a democracia. O meu voto é
contrário à aprovação do projeto de lei. É só, Sr. Presidente.
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O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, reafirmo o meu voto favorável. Quando eu disse
que não estou discutindo aqui religião, é porque estou discutindo evento
religioso. Uma coisa é diferente da outra. Cada um tem uma fé, cada um tem
uma crença. Eu sou católico, eu sou devoto de Nossa Senhora Aparecida e posso
até pedir, mas quando peço, elevo os meus pensamentos ao céu. É lógico que eu
não vou discutir com o “Tucla”, porque ele foi pregador de igreja, foi tudo isso e
eu nunca preguei em igreja, eu apenas participava de alguns trabalhos, como de
grupos de mutirão, da equipe “Reviver”, fui coordenador do “Curso de Noivos”
da Paróquia São Judas Tadeu e etc. Eu não estou discutindo religião e que isso
fique bem claro. Eu estou falando de um evento religioso, o que existe em vários
locais. O que eu disse anteriormente, é que a Prefeita deveria enviar para esta
Casa, a revogação de todos os projetos de lei autorizativos aprovados até hoje,
os atuais e os do passado, porque são todos inconstitucionais. Falei que
deveriam ser todos revogados. A propositura da “Festa da Nossa Senhora da
Lapa”, por exemplo. Então, que ela encaminhe para cá a revogação da lei e já
envie um novo projeto, relativo ao assunto, só que de autoria do Executivo. O
mesmo aconteceria com a “Festa de São Judas Tadeu”, com a “Festa da Carne
Seca”, com a “Festa da Banana”, cujo autor foi o ex-Vereador “João Mineiro”,
com a “Festa da Chuleta” e com todas as outras festas. Revogue-se tudo. Se ela
tiver o interesse em realizar alguma festa na cidade, então ela que mande o
projeto de lei para cá, de autoria do Executivo. Foi isso o que disse. Há também
a “Rainha Gay”, o “Cãobatão”, de autoria do Vereador “Tucla”, aprovado
recentemente e etc. Então, que ela mande a revogação e já mande a propositura
substituta, de autoria do Executivo, para que não seja inconstitucional. Fui
bastante coerente no meu discurso, quando falei dos eventos. Eu não falei, em
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nenhum momento, sobre a religiosidade de ninguém. Primeiro, porque eu
respeito o macumbeiro, o espírita, o católico, o evangélico. Eu vou a quase todas
as igrejas evangélicas e encontro muitos Pastores. Todos eles me respeitam e eu
respeito-os também. Eu não vou discutir religião, em nenhum momento. Eu
torço pelo Palmeiras, mas ninguém nunca me ouviu discutir sobre time de
futebol neste Plenário e nem em lugar nenhum. Também não discuto futebol,
discuto apenas idéias. Acho que foram sancionadas neste ano, 03 ou 04 leis
nesse sentido, portanto, que se revoguem todas elas. Caso a Prefeita tenha
interesse, sancione a lei e posteriormente, encaminhe a revogação para esta
Casa, através de uma propositura de autoria dela. Jamais discutirei crença de
ninguém, jamais discutirei Jesus, São Judas ou Nossa Senhora Aparecida. Cada
um acredita naquilo que quer acreditar. Eu sou muito temente a Deus e elevo
meus pensamentos ao céu, através das minhas orações, para pedir proteção à
nossa querida Nossa Senhora Aparecida e a São Judas Tadeu. O meu voto é
favorável à aprovação do parecer. É só, Sr. Presidente.
O SR. SEVERINO DE OLIVEIRA MELO - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, eu sei que este é um projeto autorizativo, que é de
competência do Poder Executivo, mas se todos nós existimos, sejamos
Católicos, Evangélicos ou Espíritas, “Aquele lá de cima” é o responsável, se não
fosse Ele, nós não existiríamos. Votarei favoravelmente ao projeto de lei, não
porque ele é de autoria do “Alemão” ou porque o Padre “Antonio” é Pároco da
Igreja São Francisco de Assis. Eu simplesmente estou cumprindo uma ordem
“Daquele lá de cima”. Acho que se o “Billa” existe, se a Marcia Rosa existe, é
pelo poder “Daquele lá de cima”. O meu voto é favorável à aprovação do
parecer. É só, Sr. Presidente.
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- As Galerias se manifestam: palmas.
O SR. DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO
- Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o Vereador “Tucla” sabe o respeito que eu
tenho por ele. Conheço o nobre Colega e sei que ele tem um coração bom. Às
vezes, ele fala certas coisas na hora, mas depois, acaba sempre refletindo.
Quando foi instituída a “Semana da Família” em Cubatão, através de um projeto
de lei de minha autoria, o Vereador “Tucla” era Presidente desta Casa e naquela
época, ele me deu um grande presente, convidando-me para presidir a Sessão
Solene comemorativa à “Semana da Família”. Nunca esquecerei essa atitude do
Vereador “Tucla”. Agora, aquele projeto de lei não se referia apenas à Igreja
Católica. O projeto instituiu a “Semana da Família”, mas nada impede que haja
pessoas de outras religiões nesse evento. Nada impede! Não havia nada impondo
isso no projeto de lei. Falo com propriedade, porque o projeto de lei que instituiu
a “Semana da Família” era de minha autoria. Então, queria apenas deixar isso
bem claro. Outra coisa, Vereador “Dinho”, eu acho que se nós fazemos parte de
um grupo, temos que ser coerentes com os nossos atos. Tive um problema muito
sério com a Administração passada, por causa de um projeto de lei que foi
apresentado neste Legislativo. Eu acho que se fazemos parte do grupo de apoio,
nós temos que discutir os projetos da Prefeita antes de apreciá-los. Agora,
quanto aos projetos deste Legislativo, nós temos que ter a competência de
decidir o nosso voto. Lembro-me que na época do “Governo Passarelli”, quando
o ex-Vereador José Jaime Ruivo era Presidente desta Casa, eu falei para o ex-
Prefeito: “Prefeito, o senhor está lá no Executivo, mas quem decide aqui no
Legislativo, somos nós Vereadores”. Eu não estive presente na reunião sobre os
projetos autorizativos, mas acho que em alguns casos, nós temos que repensar, a
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não ser quando o projeto de lei seja de autoria de algum Vereador e crie cargos.
Volto a frisar: o projeto de lei do Vereador “Doda” criava cargo sim. Agora,
quando for um projeto autorizativo, de autoria de um Vereador, que não crie
cargos, nós temos que repensar sim. Todos os projetos da Prefeita têm que ser
discutidos pelo grupo de apoio. Agora, quando forem projetos de autoria de
qualquer Vereador deste Legislativo, cada um deve ter a liberdade de votar
como quiser. Com relação a este projeto do Vereador “Alemão”, eu sei que é
difícil, porque faço parte do grupo de apoio... Inclusive, a Prefeita pode até
tomar uma atitude amanhã e eu terei que respeitá-la. Posso até perder o meu
mandato, mas jamais, jamais votarei contrariamente à aprovação deste projeto,
porque faço parte da comunidade São Francisco de Assis e tenho que votar de
acordo com a minha consciência. Quero deixar registrado nos Anais desta Casa,
que votarei favoravelmente a todos os projetos de lei referentes a qualquer
segmento religioso. Respeito muito a opinião de todos os Colegas, mas a minha
também tem que ser explanada e respeitada. Então, votarei de acordo com a
minha consciência e espero que a Prefeita não vete este projeto de lei. Tenho
certeza que a Prefeita não vetará este projeto de lei, porque ela tem muito
carinho por todas as comunidades de todas as igrejas da cidade. Volto a frisar,
que o falecido “Zaqueu” apresentou um projeto de lei nesta Casa, que instituiu
no Calendário Oficial do Município, a “Marcha para Jesus”. É um evento que
une vários segmentos religiosos. Conheço o Vereador “Tucla”, sei que ele tem o
posicionamento dele e com certeza, eu o respeito, mas o meu posicionamento
também tem que ser respeitado. O meu voto é favorável à aprovação do parecer.
É só, Sr. Presidente.
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O SR. JOÃO SANTANA DE MOURA VILLAR -
Sr. Presidente, nobres Pares, lembro-me de quando entrei nesta Câmara, em
2001, no meu primeiro mandato, logo mostrei para que vim. A minha primeira
discussão aqui dentro foi com o ex-Vereador Romeu Magalhães, que já estava
nesta Casa há 20 anos. Então, foi para mostrar o que vim fazer nesta Casa.
Lembro-me também, que fui orientado assim por algumas pessoas, que tinham
mais tempo do que eu como Vereador nesta Casa: “Não se discute religião, com
a mídia e com o Judiciário”. Eu já discuti assuntos com a mídia e com o
Judiciário, mas não esperava nunca ter que discutir religiosidade. As pessoas
falam em crença, mas quando invocam o nome do Padre “a”, do Padre “b” ou do
Padre “c”, estão falando em religião sim. Quero deixar bem claro, que votarei
contrariamente ao projeto de lei, não porque ele se refere à Igreja Católica, à
Igreja Protestante ou ao Kardecismo. Respeito todas as religiões, mas a prova é
única: só um caminho leva a Deus e é Jesus. Não existe outro caminho.
Ninguém diz na Bíblia, que São Judas leva para Deus e que Nossa Senhora
Aparecida leva para Deus. A Bíblia é o Livro Sagrado de Deus, que menciona
que o único caminho é Jesus. A Bíblia também menciona duas portas, uma larga
e uma estreita, sendo que a estreita é espinhosa e dolorosa. Quero fazer uma
pergunta para todos que estão presentes. Independentemente de a Prefeita vetar
ou não este projeto de lei, independentemente de ter o voto da maioria dos
Vereadores ou não, o evento é realizado todos os anos, não é? (Pausa). Não é
verdade? Então, a realização do “Festival de Jesus” independe da aprovação
deste projeto de lei. Quem crê no trabalho desenvolvido pelas Igrejas Nossa
Senhora da Lapa e São Francisco de Assis, acompanhará o evento,
independentemente do “Festival de Jesus” estar instituído no Calendário Oficial
do Município ou não. Essa sim é a grande discussão. Se a base governista
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apresentar um projeto de lei, para revogar o Carnaval em Cubatão, mesmo
assim, haverá Carnaval em Cubatão. Não adianta a Prefeita revogar todas as
festas que foram instituídas no Calendário Oficial do Município, como a
“Rainha Gay”, a “Festa da Carne Seca”, a “Festa do Frango”, enfim, todas as
festas que foram propostas pelos Vereadores e aprovadas no passado.
Independentemente de a Prefeita rejeitar, reprovar ou revogar leis, as festas
continuarão ocorrendo na nossa cidade, porque são manifestações populares. Da
mesma forma, acontece com a fé religiosa das pessoas, porque o “Festival de
Jesus” é promovido pelas Igrejas Católicas, independentemente do meu querer e
do querer da Prefeita Marcia Rosa, os fiéis continuarão realizando o evento.
Ponto. É isso o que se discute. É só, Sr. Presidente.
O SR. JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, quero reiterar o meu apoio ao Vereador Donizete
pelas palavras, que na minha visão, foram colocadas com muito bom senso. O
Vereador externou a preocupação com relação à situação deste projeto de lei,
que é super delicada, mas no meu ponto de vista, também é super importante. A
religiosidade tem que ser respeitada e preservada, mas a prerrogativa do
Vereador tem que ser garantida. É claro, há um grupo, há um projeto, há uma
orientação, mas toda regra tem exceção. Nesses momentos, nós temos que ter a
condição de ter a liberdade de escolher o melhor caminho, de acordo com o que
diz o nosso coração e a nossa consciência. O meu coração me diz que o projeto
de lei do Vereador “Alemão” tem que ser aprovado, portanto, eu tenho que votar
favoravelmente e é isso o que vou fazer. Por isso, respeito a posição dos
Companheiros, respeito a posição do Vereador “Tucla”, mas não vou nem entrar
no debate sobre a questão religiosa, pois como já foi falado, cada um tem a sua
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religião, cada um deve respeitar o outro e ter o seu encontro com Deus. Eu vou
entrar somente na questão da prerrogativa do Vereador. Toda regra tem exceção
e isso deve ser respeitado. O meu voto é favorável à aprovação do parecer. É só,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - Está portanto, aprovado o
parecer favorável à tramitação, registrando-se 03 votos contrários à aprovação e
o projeto de lei nº 88/09 será apreciado artigo por artigo.
- Lido e posto a votos, artigo por artigo, é sem debate, aprovado em
1ª discussão o projeto de lei nº 88/09
- Durante a votação do artigo 1º, verifica-se a seguinte declaração
de voto:
O SR. DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO
- Sr. Presidente, Srs. Vereadores, vou usar a palavra somente para corrigir um
erro que cometi. Assim como eu disse que o Vereador “Tucla” me concedeu o
prazer de presidir a Sessão comemorativa à “Semana da Família”, eu também
não posso me furtar de falar sobre o Vereador “Alemão”, pois ele teve a mesma
postura do Vereador “Tucla”. Como eu fui o autor do projeto de lei que instituiu
a comemoração, o Vereador também me concedeu esse grande privilégio. O
meu voto é favorável à aprovação do artigo 1°. É só, Sr. Presidente.
- Durante a votação do artigo 2º, verificam-se as seguintes
declarações de voto:
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O SR. ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS -
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu estou aqui prestando bastante atenção nas
falas dos Vereadores, mas também acabei ouvindo alguns jovens, que estão ali
em cima, nas Galerias, sempre fazendo algum comentário a respeito de cada
votação. Neste momento, eu quero me dirigir a eles, mas primeiramente, quero
esclarecer, que eles não falaram isso, eu estou apenas me expressando aqui. Eu
nunca roubei e nunca fiz esquema. Eu entrei na política para trabalhar pelas
pessoas e para ver o que é melhor para elas. Eu não tolero qualquer tipo de
esquema, de jogatina, de qualquer coisa errada que aconteça. Quando declarei
hoje o meu voto contrário, eu não quis dizer que sou contrário ao teor da
propositura, não é nada disso. O que eu estou dizendo, é que pela legalidade, em
minha opinião, o projeto de lei não tem condições de ser aprovado. Como foi
dito aqui anteriormente, sobre os vários eventos que aconteceram na cidade,
como o da Nossa Senhora da Lapa, de São Judas Tadeu, sempre houve o apoio
da Administração e eu tenho a total certeza, que durante os 04 anos de governo,
nós continuaremos tendo esse apoio, com ou sem a aprovação de projeto. Isso
não interessa. Existe sim o compromisso e eu já falei isso para o Vereador
“Alemão”, logo no início da Sessão, de que ainda que o presente projeto de lei
seja rejeitado pelos Vereadores ou assim que ele for encaminhado ao Executivo,
caso seja vetado, a sua iniciativa voltará para esta Casa, na forma de um projeto
de lei de autoria da Prefeita, para que possa ser aprovado e aí sim, contará com o
meu voto favorável. Até porque, as causas que defendem qualquer coisa para o
bem, sem entrar no mérito da questão religiosa, eu estou sempre ao lado,
defendendo. Eu também sou religioso, também sou católico, já participei do
“TLC”, por duas oportunidades, na Igreja Nossa Senhora da Lapa e estou aqui
para defender os anseios da população. Se a população, seja de uma comunidade
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específica ou não, solicitou que fosse apresentado este projeto de lei,
logicamente que nós vamos votar a favor dele, mas no momento certo. Por isso,
hoje, neste momento, eu me coloco contrário ao projeto de lei, pela questão da
competência, mas, em minha opinião, assim que ele for apresentado da maneira
correta, pela Prefeita, aí sim, o meu voto será favorável e eu também farei uso da
palavra, para declarar por quê. Neste momento, o meu voto é contrário à
aprovação do artigo 2°. É só, Sr. Presidente.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, eu me lembro de uma votação havida no ano de
2002 e naquela época, o voto era secreto. Naquela ocasião, 14 Vereadores
votaram a favor de um projeto. Eu votei contrário. Havia uma grande
manifestação aqui em cima, com ameaça de bater, de matar, ameaça de um
monte de coisa, mas eu nem me preocupei com aquilo. Aí, o Prefeito vetou a
propositura. O Prefeito vetou! Então, o projeto foi aprovado por 14 votos
favoráveis, eles discursaram, foram aplaudidos, foi uma maravilha, uma coisa
bonita, que eu nunca vi igual. V Exª não estava aqui, viu, Vereador Adeildo.
Quando o veto chegou aqui, foi engraçado, porque um “moço” veio aqui e disse:
“Parabéns. O senhor vai aceitar o veto do Prefeito”. Eu respondi: “Lógico. Votei
contrário ao projeto, agora ele o vetou e eu vou acompanhá-lo, pois tenho que
ser coerente”. Aí, no final da votação, foram 14 votos favoráveis ao veto do
Prefeito e 05 votos contrários. Portanto, se este projeto de lei for vetado pela
Prefeita, eu tenho certeza absoluta de que o veto dela será rejeitado, mas
também, se não o for, é melhor que já votem contrário ao projeto de lei agora.
Não esperem a Prefeita vetá-lo, depois enviar o veto para esta Casa, para
aceitarem o veto. Já sabemos que se vier para cá um veto a esta propositura, 03
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votos serão favoráveis a ele, os votos dos Vereadores “Tucla”, “Dinho” e Paulo
Tito. Então, se for para o veto vir para cá e depois aparecerem outros votos
favoráveis a ele, aí, será incoerência. Tenho absoluta certeza, viu, Vereador
Adeildo, pois eu que tenho muito respeito por V Exª, pela sua família, pela
religiosidade sim do seu tio “Toninho Trevo”, pois foi assim que eu o conheci lá
na Vila Parisi, mas não adianta a Prefeita vetar a propositura, pois se ela vetar,
perderá o veto. Portanto, parabéns, Sr. Presidente, pelo seu projeto de lei, que
institui essa festividade no calendário cultural da Paróquia São Francisco de
Assis. Com muito louvor, eu vou dizer sim ao seu projeto de lei e se ele for
vetado, eu vou dizer não ao veto. É só, Sr. Presidente.
O SR. JOÃO SANTANA DE MOURA VILLAR -
Sr. Presidente, nobres Pares, seguindo o raciocínio do nobre Vereador Geraldo
Guedes, ainda que venha o veto ao projeto de lei, ainda que seja mantido o
projeto de lei e rejeitado o veto, caberá à V Exª, Sr. Presidente, sancioná-lo. Aí,
acontecerá o quê? A festa será feita, o festival será feito. Mas, ele já não foi
realizado no ano passado? E também no outro ano que se passou? Então,
algumas coisas independem da lei, é isso o que eu estou querendo colocar. É
uma discussão que se traz, porque aqui é uma Casa política. Eu vou falar sem
demagogia, pois não sou nem demagogo e nem hipócrita. Isso tem na Bíblia,
não podemos ser hipócritas e eu não sou. Este é um projeto político, não é um
projeto porque é bom para a cidade. Eu gosto muito do Vereador “Alemão”, mas
este é um projeto político e tem que ser projeto político, porque V Exª é político.
Ele é para “ficar bem com a comunidade e depois dizer”. Aí, vem a discussão:
“Mas, eu também tenho voto lá”. Quem tem voto, corre atrás do seu voto
naquela comunidade. Portanto, não vamos dizer que não é voto político. Estão
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dando voto político, porque são políticos e eu tenho uma orientação para votar.
O Vereador “Doda” até parece que nunca foi Vereador, pois ele fala assim: “O
grupo de apoio, o rolo compressor”. É assim que funciona no Município de
Cubatão, no de São Vicente, no de Santos. Quem tem grupo, mostra porque tem
grupo e o grupo maior, vence o grupo menor. Existem as exceções, mas elas são
de cunhos pessoais. O Vereador “Alemão” congrega na mesma igreja. O
Vereador Donizete na mesma igreja. O Vereador Geraldo Guedes também vai à
igreja. O “Billa” é da mesma igreja. O “Dédinho” é da mesma igreja. Enfim,
todos vão à igreja e graças a Deus, que lá têm muitos votos a serem dados.
Então, é assim que funciona, estão votando porque é de cunho político. Agora,
eu não seria hipócrita de dizer: “Olha, eu vou votar também, porque vou à
comunidade”. Eu não vou àquela comunidade. Eu tenho muitos votos dentro da
igreja, tenho certeza, mas são de pessoas que acreditam no trabalho do Vereador
“Tucla”, enquanto Vereador e enquanto político, mas eu não faço política com
religião. Não faço, Vereador! Quando eu servia a Deus, na igreja evangélica e
era candidato a Vereador, eu nunca, nunca usei o púlpito para falar de política,
porque o púlpito é um lugar santo, para falar de santo e de Deus e o resto é
“conversa fiada”. Está sendo apreciado aqui hoje, um projeto de lei político,
religioso, onde os interesseiros no voto daquela comunidade religiosa estão
votando favoravelmente. Isso é claro e ululante. Ninguém aqui é criança,
ninguém aqui é tão bobo, a ponto de dizer: “Não, eles são católicos ferrenhos e é
por isso que estão aprovando”. Porque independentemente de o projeto ser
aprovado ou não, Vereador “Doda”, o “Festival de Jesus” já existe e ele é
realizado sem o apoio ou com o apoio da municipalidade, eu não sei como
funciona, mas ele existe. Então, o meu voto é contrário, por quererem apresentar
um trabalho religioso, misturando com política. É só, Sr. Presidente.
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O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, eu já declaro o meu voto favorável à aprovação
do projeto de lei do Vereador “Alemão”. Sou católico, graças a Deus, confio
muito Nele e acredito que haja apenas um Deus. Sou favorável à aprovação da
propositura e não para ir atrás de voto não, mas por reconhecer que este é um
trabalho de um amigo Vereador e por entender que a religião faz parte da
política também. Todo mundo sabe disso. Eu não concordo com o nobre
Vereador “Tucla”, quando ele diz que um e outro recebem votos lá. Eu não
concordo com isso, porque nós recebemos votos de todos os lugares, recebemos
votos de católicos, de evangélicos e etc. Eu votarei a favor da aprovação deste
projeto e gosto do Padre “Antonio”, que é são-paulino como eu e nós estamos
chegando lá. Não é? Eu não posso falar nada, porque “os caras” estão
revoltados, porque o Palmeiras está ficando para trás. Votarei a favor do projeto,
porque ele é de autoria do nobre amigo “Alemão”. Parabéns, “Alemão” e
parabéns, Padre “Antonio”, pela iniciativa de realizar essa festa, porque dia
desses, houve uma comemoração aqui atrás da Prefeitura, que foi alvo de
reclamação dos Padres. Os Secretários subiram todos no altar e não precisava
disso, pois quem deveria estar em cima do altar, eram apenas os Padres e os seus
auxiliares. Então, eu estou votando a favor não por causa de “a” ou de “b”, estou
votando a favor porque o projeto é muito bom. O meu voto é favorável. É só, Sr.
Presidente.
O SR. SEVERINO TARCÍCIO DA SILVA - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, quero aproveitar a oportunidade e já declarar o meu
voto favorável à aprovação. Eu estava prestando atenção, quando o Vereador
“Tucla” estava aqui, falando folcloricamente, dizendo que aconteça o que
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acontecer com este projeto, que seja ele rejeitado ou vetado, a Prefeita
futuramente implantará a iniciativa. Eu até concordo, Vereador, só que é preciso
deixar bem clara a questão autorizativa, que é o que está sendo discutido nesta
Casa, além da questão do respeito com a Câmara e com os Vereadores, a
questão do respeito à democracia e à liberdade. Eu acho que há coisas, que
precisamos deixar bem claras. Eu não vejo este projeto como político, Sr.
Presidente, como um projeto que só vise a política. Ao ajudar na aprovação
desta propositura, eu não estou pensando, em momento algum, em freqüentar a
igreja do autor do projeto, a partir de amanhã. Muito pelo contrário, eu estou
votando favoravelmente à aprovação, em respeito ao Colega Vereador, em
respeito ao projeto de lei, que será benéfico para a nossa população. É um
evento que já vem acontecendo e do qual a nossa população já vem
participando, portanto, eu não poderia, de forma alguma, votar contrariamente à
aprovação do projeto. Eu não estou fazendo política em cima deste trabalho,
muito pelo contrário, eu nunca fui àquela igreja para pedir votos. Nunca fui. O
Padre “Antonio” me convida em determinadas oportunidades, mas eu, até por
uma questão de respeito, não tenho ido. Política todos nós fazemos, votos todos
nós queremos, estar eleito todos nós queremos, mas é uma questão de respeito.
Enquanto nós falamos em democracia nesta Casa, enquanto nós falamos em
liberdade, serão vetados todos os projetos de lei desta Câmara! Eu volto a
desafiar aqui, eu volto a desafiar: apresentem-me um projeto que não seja
autorizativo, apresentem-me um projeto que não crie despesa! Apresentem-me,
apresentem-me, que eu quero ver! Todo e qualquer projeto cria despesa, nem
que seja de uma folha de papel, mas cria. Agora, ficou claro nesta Casa, que a
partir de hoje, não adianta mais apresentarmos projetos de lei, porque eles serão
vetados. A Prefeita quer “puxar os projetos” todos para ela. Está claro isso.
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Olha, projetos em Cubatão agora, só com o nome da Prefeita Marcia Rosa. Não
tem mais projetos de Vereador. A partir de 17 de novembro de 2009, acabou a
democracia de Vereador apresentar projetos na cidade. Esqueçam, hein! Que
absurdo! Isso é o cúmulo do cúmulo do absurdo! Tendo em vista o término do
meu tempo regimental, é só, Sr. Presidente.
O SR. SEVERINO DE OLIVEIRA MELO - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, eu não iria mais usar a palavra, mas resolvi falar de
novo, porque quando falamos no nome de Deus, nós precisamos ter respeito.
Como eu já falei, se eu e todos nós estamos aqui, é porque dependemos Dele.
Não sei se ao sair daqui, eu conseguirei chegar à minha casa. Não sei se posso
bater com o carro ou sofrer um ataque cardíaco fulminante. Não sei se posso
morrer antes de chegar à minha casa. Parabenizo ao Vereador “Alemão” pela
propositura, já declaro que votarei favoravelmente à sua aprovação e se a Marcia
a vetar, como disse o Vereador “Tucla”, a festa será realizada do mesmo jeito.
Quero dizer que não existe esse negócio de votarmos favoravelmente à
aprovação de um projeto de lei como este, pensando em política. Durante a
campanha eleitoral, teve candidato que realizou 400 reuniões, enquanto eu não
realizei nenhuma. Teve candidato que fez 16 comícios, enquanto eu fui a 01 ou a
03. Tinha Colega do meu Partido, que dizia assim: “Esse aí não tira 500 votos”.
Só que Aquele lá de cima, estava olhando o que eu faço pelo meu próximo. Se
for preciso, eu dôo um órgão meu para qualquer pessoa. Eu faria isso pelo meu
amigo “Dédinho”, por exemplo, porque nós somos amigos não por causa da
política, nós ficamos amigos pessoais. Se ele precisasse de um órgão meu para
sobreviver, eu o doaria para ele, porque somos amigos como amigos mesmo,
não como políticos. Essa amizade, “Dédinho”, nós preservaremos pelo resto das
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nossas vidas. Nós votaremos favoravelmente à aprovação deste projeto de lei,
não pelo nosso Colega “Alemão”, mas porque a propositura é boa para a nossa
cidade e porque aí está o nome de Deus. Mesmo que o Vereador “Alemão” não
tivesse apresentado este projeto ou ainda que ele seja vetado, de qualquer jeito,
nós realizaremos a festa ao nosso Senhor, ao Todo Poderoso, Àquele que nos
colocou aqui na Terra. Se não fosse Ele, nós não estaríamos aqui. Como eu falei
para todos, eu posso nem conseguir sair daqui, pois posso sofrer um ataque
cardíaco fulminante naquela cadeira. Eu fiquei tão emocionado, que poderia até
ter sofrido um mal súbito. Qual seria o interesse que eu teria, na aprovação deste
projeto de lei do meu Colega? Angariar votos? Não, porque eu poderia ter
morrido agora, ali naquela cadeira. Só Ele lá de cima, é Quem sabe por quantos
dias eu poderei ficar vivo. O meu voto é favorável. É só, Sr. Presidente.
O SR. JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, quero agradecer ao Vereador “Billa” pelas palavras.
Tenha certeza, Vereador, que para mim é uma honra ser considerado seu amigo
e também tenha a certeza, que a contrapartida é extremamente verdadeira. Conte
sempre comigo, Vereador. Tenho um enorme carinho pela sua pessoa. V Exª é
humilde, determinado e tem boa vontade. Tenho certeza absoluta, que
caminharemos juntos, construindo um futuro melhor para a nossa cidade. É com
muita honra, que voto favoravelmente à aprovação deste projeto de lei. Quero
parabenizar ao Vereador “Alemão” pela iniciativa. Tenho certeza, que como
essa festa já vem acontecendo há algum tempo, no próximo ano ela será melhor
ainda. Tenho uma grande satisfação de participar e contribuir com a nossa
comunidade. É só, Sr. Presidente
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- Durante a votação do artigo 3º, verificam-se as seguintes
declarações de voto:
O SR. ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS -
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, antes de falar sobre os projetos de lei, eu
gostaria de registrar e parabenizar ao Advogado André Simões Louro, que hoje
foi eleito o novo Presidente da OAB Seccional de Cubatão. Eu ainda não tenho
os números oficiais, mas me parece que o Dr. André Simões Louro foi eleito
com 210 ou 212 votos. Quero parabenizar, mais do que tudo, à categoria dos
Advogados, porque em todas as eleições anteriores, eu nunca vi um clima tão
cordial e amistoso entre as chapas presentes. Todos estavam conversando em
rodinhas, batendo papo e sorrindo. Foi um clima agradável. Tenho certeza, que
quem ganhará com isso, será a Subseção da Ordem dos Advogados em Cubatão.
Então, parabéns ao Dr. André Simões Louro e a todos os Advogados, que
participaram desse pleito na cidade de Cubatão no dia de hoje. Agora, falarei a
respeito dos projetos de lei. O Vereador “Doda” questionou aqui, se eu terei
moral para votar neste projeto de lei, isso, aquilo e tal. Primeiro, Vereador,
parece-me que o senhor está com a memória curta. Quero apenas relembrá-lo,
que na semana passada, eu acabei votando contrariamente à emenda apresentada
por mim, para não criar uma distorção, como o senhor mesmo disse, evitando
que outros Vereadores pudessem apresentar emendas daquele tipo. Segundo,
que não existe coronelismo aqui, Vereador. V Exª fala sobre coronelismo,
demagogia, isso, aquilo e tal, sempre critica, pontua daqui e dali, mas não é da
maneira como o senhor fala. Eu mesmo comentei aqui, que o meu projeto de lei
foi vetado. Agora, o projeto de lei de V Exª, sem as emendas apresentadas nesta
Casa de Leis, criava o cargo de Ouvidor, inclusive com “status” de Secretário
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Municipal, para receber o mesmo valor de salário. Não havia condições, de
maneira nenhuma, de o projeto de lei ser aprovado daquela forma.
Posteriormente, o projeto de lei foi aperfeiçoado, com emendas apresentadas
pela própria Assessoria desta Casa, mas mesmo assim, não ficou correto. Estou
aqui, explanando a situação, porque alguns Vereadores votaram contrariamente
e outros favoravelmente a este projeto de lei, de autoria do Vereador “Alemão”.
No passado, muitos projetos autorizativos eram apresentados, inclusive na
Assembléia Legislativa, mas hoje, não estão sendo mais apresentados. Temos
aqui o nosso Regimento Interno e se alguma coisa está errada, V Exª que tente
modificar em Brasília, como já foi dito aqui. Quando se trata de matéria
financeira, infelizmente, não é da nossa competência, nós não podemos
apresentar esse tipo de projeto de lei. Eu também queria apresentar um projeto
de lei assim, mas infelizmente, não posso. Então, como eu apresentarei o meu
trabalho? Através de requerimento, para que ele possa ser encaminhado ao
Poder Executivo. A Prefeita não quer que todos os projetos sejam apenas de
autoria dela, mas ela tem uma função, para a qual foi eleita. O meu voto é
contrário à aprovação do parecer, pelos motivos já explicados anteriormente. É
só, Sr. Presidente.
O SR. SEVERINO TARCÍCIO DA SILVA - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, confesso que não iria mais fazer uso da palavra,
mas todas às vezes que sou citado nesta tribuna, é lógico, sou obrigado a me
defender. Ora, Vereador, está claro que este projeto de lei é autorizativo, está
claro que a Prefeita irá vetá-lo e está claro, que a Prefeita está querendo tirar o
direito de democracia de todos nós, Vereadores desta Casa. Agora, se V Exª não
gosta da verdade, da realidade dos fatos, é outra coisa. Na verdade, a Prefeita
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está querendo tirar o nosso poder de legislar. Desafio V Exª, a vir mostrar aqui,
um projeto de lei apresentado nesta Casa, que não tenha sido autorizativo. Não
existe projeto de lei que não seja autorizativo. Há muitos anos que os
Vereadores vêm discutindo sobre isso nesta Casa de Leis. Ora, todos os projetos
são autorizativos e a Prefeita tem a prerrogativa de aceitá-los ou não. Agora, eu
não posso admitir que o Vereador venha utilizar esta tribuna, para dizer palavras
que não condizem com a realidade, com os fatos. A realidade, é que foi dito por
V Exª, que a partir de hoje, todo e qualquer projeto de autoria de Vereador, será
vetado pela Prefeita, para que depois ela possa encaminhar um projeto
semelhante, de autoria dela, para esta Casa de Leis. Isso é o quê? Não é
coronelismo? Não é tirar o poder de todos nós, Vereadores desta Casa? Então, o
Vereador não tem mais poder de apresentar um projeto autorizativo. Quantos
projetos de lei autorizativos a atual Prefeita apresentou nesta Casa, na época em
que ela era Vereadora? Portanto, a Prefeita que tenha dignidade, repito, tenha
dignidade, de analisar os projetos autorizativos que ela apresentou nesta Casa
quando era Vereadora. Tenho certeza, que ela como Vereadora, durante 08 anos
nesta Casa, apresentou vários projetos autorizativos. Quero ver se ela revogará
as leis oriundas dos seus próprios projetos. Acompanharei durante os 03 anos
que faltam deste mandato, se a Prefeita terá essa dignidade. Uma vez que a
Prefeita está tirando o nosso direito de verear, ela também deve se auto-cercear e
fazer justiça, porque não é justo não podermos apresentar um projeto de lei.
Hoje foi dito nesta Casa, que todos os projetos de lei autorizativos serão vetados,
porque a Prefeita quer apresentar projetos semelhantes, com o nome Marcia
Rosa. Não podemos admitir isso, de forma alguma! Volto a dizer: hoje o poder
de verear do Vereador foi tirado nesta Casa e isso me deixa constrangido e triste,
porque nós Vereadores fomos eleitos para defender a nossa cidade, para
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apresentar os reclamos da nossa população. Voltarei a falar na apreciação do
próximo artigo, para comentar sobre o requerimento do Vereador “Bigode”, que
foi rejeitado, sobre as crianças que dormiram no motel e outras coisas mais.
Voto favoravelmente à aprovação do parecer. É só, Sr. Presidente.
O SR. DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO
- Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero apenas dizer ao líder da Prefeita, que a
Imprensa pode até falar que “o grupo de apoio rachou”, mas em momento algum
isso aconteceu, porque este é um projeto de lei atípico. O Vereador “Dinho” é
inteligente e também sabe respeitar a opinião de todos. Ele teve a opinião dele e
respeitou a dos demais Vereadores que fazem parte do grupo de apoio.
Vereador, pode até gravar o que vou dizer, o veto é um poder discricionário da
Prefeita, ela pode vetar ou não qualquer projeto, mas tenho certeza, que ela não
vetará este projeto de lei. Tenho certeza absoluta, porque conheço a Marcia Rosa
e sei o respeito que ela tem por todas as religiões. Falo com propriedade, porque
faço parte da comunidade da Igreja São Francisco de Assis e a Prefeita esteve lá,
conversando com o Padre “Antonio”. Portanto, tenho certeza que ela não vetará
este projeto de lei. O que institui este projeto de lei? O “Festival de Jesus” no
Calendário Oficial do Município. O projeto de lei não está dizendo que gerará
despesa, apenas instituirá uma data no Calendário Oficial do Município. Eu vi
faixas pela cidade, divulgando a “Corrida Tia Jô” e foi inclusive a atual Prefeita
Marcia Rosa, quem apresentou o projeto de lei, na época em que ela era
Vereadora nesta Casa. Naquela época, o projeto de lei da “Corrida Tia Jô” foi
rejeitado, mas como Prefeita, ela encaminhou uma propositura semelhante, que
foi aprovada nesta Casa. Então, Vereador “Dinho”, para o bom andamento do
grupo, para o bem do Poder Legislativo, eu acho importante que tenhamos um
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posicionamento diferente com os projetos dos Vereadores. Com certeza, eu
entendi que o projeto do Vereador “Doda” iria criar despesa e por isso, votei
contrariamente à aprovação, mas isso não quer dizer, que todos tinham que votar
contrariamente, assim como eu também posso votar favoravelmente a qualquer
outra propositura. Então, eu acho que nós temos que ter esse posicionamento,
para que esta Casa de Leis caminhe melhor. Com relação ao grupo de apoio, eu
sempre tive a minha posição. Os projetos da Prefeita têm que ser discutidos com
a Prefeita. Inclusive, quando entrei para o grupo de apoio, eu falei para a
Prefeita e o Vereador “Dinho” sabe disso, que não votaria contrariamente à
aprovação das Contas do ex-Prefeito Clermont, porque nesse caso, tratar-se-ia
de um voto político. Acho que “gratidão não tem prescrição”. Fui Secretário do
ex-Prefeito Clermont, fui Vereador na mesma época que ele e fiz parte do grupo
de apoio dele. Então, deixei isso bem claro para a Prefeita e ela entendeu. Como
eu já disse, o Vereador “Dinho” sabia disso. Este projeto de lei do “Alemão” me
pegou de surpresa, porque eu achei que ele seria aprovado por unanimidade.
Quero apenas deixar bem claro, que em momento algum o líder da Prefeita foi
desrespeitado, pelo contrário, temos um grande respeito por ele, só que este é
um projeto de lei atípico. Como eu já disse e vou repetir, há coisas que nos
pedem uma posição. Eu jamais votaria contrariamente a este projeto de lei e não
por ele ser de autoria do Vereador “Alemão”, pois ele poderia ser do Vereador
Geraldo Guedes ou de qualquer outro Vereador, que eu agiria da mesma forma.
Então, quero apenas deixar registrado nos Anais desta Casa, que sempre temos
respeitado o posicionamento do líder do grupo, mas acho que este projeto de lei
deveria ser discutido melhor. Quando for assim Vereador, acho que nós temos
que sentar e conversar, pois pode ser até que consigamos convencer o autor da
propositura a retirá-la. Realmente, não poderia haver votação contrária a este
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projeto de lei e para terminar o meu discurso, pois caso contrário, nós teremos
que prorrogar a Sessão, eu registro o meu voto favorável à aprovação do artigo
3º. Sr. Presidente, eu tenho certeza de que a Prefeita não irá vetar a propositura.
É só, Sr. Presidente.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, eu já peço ao Presidente da Casa, que se for
necessário, prorrogue a Sessão por 10 minutos e se ainda for preciso, por mais
10 e mais 10 minutos, para que nós possamos realmente discutir o nosso ponto
de vista. Eu vou me ater a não falar mais sobre o projeto de lei, porque já votei
favorável a ele e se pudesse, votaria favorável mais 10 vezes ao projeto de lei de
autoria de V Exª. Eu recebi aqui um reclamo de uma senhora, de uma mãe, que
mandou um pedido à Secretaria da Saúde, dizendo que se o seu filho precisa
tomar o remédio “Pidomag”. Eu a ajudei durante 08 anos, um laboratório nos
ajudou e depois, através de uma ação judicial, nós conseguimos obter o
fornecimento do remédio pela Prefeitura. Um Médico da cidade já esteve até na
Barra Funda, preparado para dizer que o paciente não precisava tomar o
medicamento, mas chegando lá, o Médico viu que ele precisava tomar o
medicamento. O garoto corre risco de vida se não tomá-lo. Dá uma febre alta
nele e depois uma crise de convulsão. Há muito, vem sendo pedido esse
remédio. Depois, exigiram que mandasse um requerimento. O requerimento foi
feito e ela me encaminha, dizendo que se não for entregue o remédio... Ela
escreve: “Sendo que o mesmo é necessário para a sobrevivência do meu filho”.
Não é meu filho não, Vereador “Bigode”, é filho de uma munícipe. Eu não estou
elogiando o Secretário de Saúde, pois eu só digo quando a coisa tem que ser
dita, mas segundo o Secretário, caso dependesse só dele, ele já tinha comprado o
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remédio. Infelizmente, o Sr. Edgard Brandão Junior contestou até o “apagão da
Infraero”, numa contestação inusitada. “Como pode um Dirigente da Infraero,
opinar sobre um problema técnico, mecânico de uma aeronave”. Então, eu
espero que da mesma forma que ele opinou inusitadamente sobre o “apagão da
Infraero”, quando 150 vidas foram ceifadas naquele acidente com o avião da
TAM, ele não faça o mesmo com o medicamento do “Guilherme”, porque os
ossos do “Guilherme” até “derretem”, se ele não tomar esse remédio. O direito
ao remédio foi ganho através de ação na Justiça. O Advogado que eu contratei,
interpôs uma ação contra o ex-Prefeito e nós ganhamos a causa, porque a vida
do menino depende do medicamento. Da mesma forma, Sr. Edgard Brandão, eu
recebi aqui a informação, de que uma pessoa lá da Vila São José, o “Sr.
Aloísio”, também precisa tomar um remédio de nome tão esquisito, é
“Poliestirenossulfonato de Cálcio”. Ele precisa tomar esse medicamento, se não,
pode não resistir e chegar a óbito. Eu gostaria até que a nossa Prefeita ouvisse
isso. Quem sabe, ela assiste esta Sessão. Não é, Sr. Presidente? E manda o
“Edgard” comprar esse remédio. O meu voto é favorável à aprovação do artigo
3°. É só, Sr. Presidente.
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - Sr.
Presidente, nobres Vereadores, o Vereador Geraldo Guedes não deve ter
entendido o que eu falei. Eu sei quem é o “Guilherme” e também conheço muito
bem o seu menino, Vereador. Como funcionário público e como Motorista desta
Casa, eu já fui várias vezes buscar esse remédio, fornecido por um laboratório
em São Paulo. Eu também quero deixar registrado nos Anais desta Casa de Leis,
que os Vereadores foram eleitos para fiscalizar e aqui não tem grupo “rolo
compressor”. Cada Vereador vota de acordo com a sua posição e isso é muito
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bonito. Quando eu citei que tinha que trazer um Pastor para cá, o nobre
Vereador “Dédinho” escutou e até falou que eu tinha alguma coisa contra os
Pastores, mas hoje a Sessão está tão boa, o nome do Senhor Jesus foi tão
mencionado, que até melhorou esta Casa de Leis. Nós aprovaremos o presente
projeto de lei, mas agora, já se fala em vetá-lo. Se a Prefeita vetá-lo, nós
ganharemos a votação novamente e rejeitaremos o veto. Quero dizer ao
Vereador Adeildo, que o voto de cada Vereador é importante e não precisa pedir
para eles votarem e tal. O Colega “Billa” até iria passar mal, mas quando se
falou no nome de Jesus, que tinha que “votar para Jesus”, o Colega “Billa” se
animou. Então, vejam como é o grupo de apoio aqui. Nós estamos votando um
bom projeto de lei para a cidade. Quando nós “abrimos os olhos da
Administração” para algumas coisas, é para que tenhamos tudo de bom. Eu
tenho certeza de que a Prefeita recebeu votos de pessoas de dentro da igreja.
Assim como o Vereador “Tucla” disse, que cada um vai lá buscar votos, as
pessoas da igreja a elegeram. O candidato lá seria o Vice-Prefeito, Arlindo
Fagundes Filho, mas aí, mudaram, para apoiar a Prefeita e os votos das pessoas
da igreja foram direcionados para ela. Os fatos estão aí, Vereador “Dinho”, mais
uma vez, a maioria está votando do lado da oposição e V Exª viu, que o nosso
Colega “Billa” quase passou mal, mas quando se falou no nome de Jesus, ele se
animou, falou e votou, acompanhando o grupo de oposição ao governo. O meu
voto é favorável à aprovação do artigo 3º. É só, Sr. Presidente.
- Durante a votação, verifica-se o seguinte:
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - Sr.
Presidente, tendo em vista a proximidade do término do horário regimental da
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Sessão, solicito à V Exª que consulte o Plenário, para que nos termos dos
dispositivos regimentais, a Sessão seja prorrogada pelo tempo mínimo, ou seja,
10 minutos.
- Posto a votos, é aprovado o requerimento verbal do Vereador
Geraldo Cardoso Guedes.
O SR. PRESIDENTE - Está portanto, aprovado o
requerimento verbal do Vereador Geraldo Cardoso Guedes e a Sessão será
prorrogada por 10 minutos.
- Durante a votação, verifica-se mais a seguinte declaração de voto:
O SR. JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS - Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, quero aqui tocar no tema, que gerou tanta polêmica.
Eu estava ali ouvindo os Vereadores e um reclamo com relação ao projeto de lei
autorizativo. Na minha concepção, quando você faz um projeto de lei
autorizativo, você está autorizando a Prefeita a fazer algo que ela nem pediu,
que ela nem sugeriu, portanto, na verdade, é uma atividade muito mais política,
para “forçar a barra”, do que uma questão legal. Aí, o Vereador “Doda”, com
todo o seu conhecimento jurídico, que eu respeito muito, comentou. Eu penso
que ao invés de apresentarmos projetos de lei autorizativos, nós poderíamos
apresentar projetos de lei, mesmo dentro da Constituição Federal, sem gerar
despesas e nem criar cargos, ou ainda, requerimentos, muito bem
fundamentados, sugerindo à Prefeita que encaminhe para esta Casa, projeto de
lei referente ao assunto que nos é pertinente. Na minha humilde avaliação, o
projeto de lei autorizativo é simplesmente uma questão mais política, para
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quando você deseja criar qualquer assunto que venha ao encontro do interesse da
comunidade e você, não podendo fazê-lo em projeto de lei, porque sabe que é
inconstitucional, cria um projeto de lei autorizativo, para “forçar a barra”
política. Eu penso que o melhor caminho seria aprovar um requerimento nesta
Casa, solicitando o envio de um projeto de lei sobre alguma coisa que seja
importante para a nossa cidade. Poderia ser até mesmo uma indicação. Com
isso, nós não teríamos esse problema de precisar votar contrariamente aos
projetos de lei autorizativos. Na minha visão, entendo que isso seria melhor.
Falei agora pouco, que para toda regra existe exceção e estou votando a favor do
presente projeto de lei autorizativo, de autoria do Vereador “Alemão”, pelo
motivo da nossa religiosidade e porque o “Festival de Jesus” já vem sendo
realizado há muito tempo. No entanto, a minha tendência é votar contrário a
projetos de lei autorizativos. Como eu já disse, entendo que nesses casos, é
melhor você fazer um requerimento ou uma indicação. O meu voto é favorável à
aprovação do artigo 3º. É só, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - Está portanto, aprovado em
1ª discussão o projeto de lei nº 88/09, registrando-se 03 votos contrários à
aprovação.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - (Pela
ordem) - Sr. Presidente, houve apenas 01 voto contrário à aprovação. Não são
03 votos contrários, é apenas 01.
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O SR. PRESIDENTE - Nobre Vereador, os
Parlamentares que votaram contrariamente à aprovação, registraram seus votos
antes de sair do Plenário.
O SR. GERALDO CARDOSO GUEDES - (Pela
ordem) - Está bom, Sr. Presidente, então na semana que vem, eu irei para casa
e deixarei os meus votos registrados aqui.
O SR. DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO
- (Pela ordem) - Sr. Presidente, o Vereador Geraldo Cardoso Guedes tem
razão. Os Vereadores que se retiraram do Plenário, deixaram seus votos
registrados com relação aos artigos nos quais eles falaram. Já na apreciação
desses dois últimos artigos, eles não estão presentes. Portanto, acho que deveria
ser registrado apenas 01 voto contrário à aprovação. Acho que a Assessoria
Jurídica da Casa deveria ser consultada.
O SR. PRESIDENTE - Nobre Vereador, o projeto de
lei é matéria vencida. Esta Presidência aproveita a oportunidade, para levar ao
conhecimento de todos, que as eleições para os Membros do Conselho Tutelar
deste Município, serão realizadas no dia 13 de dezembro de 2009.
O SR. FRANCISCO LEITE DA SILVA - (Pela
ordem) - Sr. Presidente, quero dizer que concordo com os Vereadores Geraldo
Guedes e Donizete, porque V Exª falou que o projeto de lei é matéria vencida,
mas os Vereadores que eram contrários à aprovação da propositura, não estão
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mais em Plenário. Senão, daqui a pouco, todos nós sairemos do Plenário e
deixaremos tudo registrado, da Sessão todinha.
O SR. PRESIDENTE - Está registrada a “questão de
ordem”, Vereador. Esgotada a pauta da Ordem do Dia, não havendo nenhum
orador inscrito em Explicação Pessoal e nada mais havendo a tratar, declaro
encerrada a presente Sessão Ordinária.
- LEVANTA-SE A SESSÃO. (19:57 horas).
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