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DIVISÃO LEGISLATIVA Câmara Municipal de Cubatão Câmara Municipal de Cubatão Câmara Municipal de Cubatão Câmara Municipal de Cubatão Estado de São Paulo Estado de São Paulo Estado de São Paulo Estado de São Paulo 481º Ano da Fundação do Povoado e 65º de Emancipação Político Administrativa 2 CONFERE COM O ORIGINAL QUE ME FOI APRESENTADO Rozemeri de França Abreu Santos Chefe da DVL ATA DA 2ª SESSÃO SOLENE DO 2º ANO LEGISLATIVO DA 16ª LEGISLATURA REALIZADA EM 10 DE ABRIL DE 2014 PRESIDÊNCIA - Sr. Wagner Moura dos Santos ORADOR OFICIAL - Sr. Eduardo Suplicy. - Às 20h16m, sob a Presidência do Sr. Wagner Moura dos Santos, é instalada a presente Sessão Solene. O SR. PRESIDENTE - Em nome de Deus e da Lei, declaro instalada a presente Sessão Solene, comemorativa ao 65º aniversário da emancipação político-administrativa do Município de Cubatão. Convido as componentes do Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão introduzirem no Plenário da Casa, o Sr. Dr. Antônio Sérgio Messias, DD Delegado Titular de Polícia de Cubatão. - Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa, onde toma assento à Mesa, o Sr. Antônio Sérgio Messias. O SR. PRESIDENTE - Convido as componentes do Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão

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481º Ano da Fundação do Povoado e 65º de Emancipação Político Administrativa

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CONFERE COM O ORIGINAL

QUE ME FOI APRESENTADO

Rozemeri de França Abreu Santos Chefe da DVL

ATA DA 2ª SESSÃO SOLENE DO 2º ANO LEGISLATIVO DA 16ª LEGISLATURA

REALIZADA EM 10 DE ABRIL DE 2014

PRESIDÊNCIA - Sr. Wagner Moura dos Santos

ORADOR OFICIAL - Sr. Eduardo Suplicy.

- Às 20h16m, sob a Presidência do Sr. Wagner Moura dos Santos,

é instalada a presente Sessão Solene.

O SR. PRESIDENTE - Em nome de Deus e da Lei,

declaro instalada a presente Sessão Solene, comemorativa ao 65º aniversário da

emancipação político-administrativa do Município de Cubatão. Convido as

componentes do Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em

Comissão introduzirem no Plenário da Casa, o Sr. Dr. Antônio Sérgio Messias,

DD Delegado Titular de Polícia de Cubatão.

- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,

onde toma assento à Mesa, o Sr. Antônio Sérgio Messias.

O SR. PRESIDENTE - Convido as componentes do

Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão

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QUE ME FOI APRESENTADO

Rozemeri de França Abreu Santos Chefe da DVL

introduzirem no Plenário da Casa, o Ilmo. Sr. Dr. Frederico dos Santos Messias,

MM Juiz de Direito da 4ª Vara Cível de Santos.

- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,

onde toma assento à Mesa, o Sr. Frederico dos Santos Messias.

O SR. PRESIDENTE - Convido as componentes do

Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão

introduzirem no Plenário da Casa, a Exma. Sra. Maria Lúcia Prandi, DD

Deputada Federal.

- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,

onde toma assento à Mesa, a Sra. Maria Lúcia Prandi.

O SR. PRESIDENTE - Convido as componentes do

Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão

introduzirem no Plenário da Casa, a Exma. Sra. Profa. Marcia Rosa de

Mendonça Silva, DD Prefeita Municipal de Cubatão.

- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,

onde toma assento à Mesa, a Sra. Marcia Rosa de Mendonça Silva.

O SR. PRESIDENTE - Convido as componentes do

Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão

introduzirem no Plenário da Casa, o Exmo. Sr. Eduardo Suplicy, DD Senador e

Orador Oficial desta solenidade.

- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,

onde toma assento à Mesa, o Sr. Eduardo Suplicy.

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Rozemeri de França Abreu Santos Chefe da DVL

O SR. PRESIDENTE - As demais autoridades

presentes, considerem-se fazendo parte integrante da Mesa Diretora desta Casa.

Solicito ao Serviço de Cerimonial, que anuncie as demais autoridades presentes.

A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - Boa noite

a todas e a todos. A Câmara Municipal de Cubatão agradece pelas presenças às

seguintes autoridades: Sra. Regina Célia de Oliveira, representando neste

momento a Deputada Estadual Telma de Souza, Sra. Darcy Chumbo de

Mendonça, Presidente do Fundo Social de Solidariedade de Cubatão, Sr.

Donizete Tavares do Nascimento, Vice-Prefeito Municipal de Cubatão, Sr.

Marco Fernando da Cruz, Superintendente da Companhia Municipal de

Trânsito, Sra. Ana Maria Rodrigues de Oliveira, Superintendente da Caixa de

Previdência dos Servidores Municipais de Cubatão, Sr. Almir Silva Moura,

Presidente da CURSAN, Sr. Alberto Macedo de Carvalho Sarabando, Secretário

Municipal de Obras de Cubatão, Sr. Genivaldo Linhares Brandão, Secretário

Municipal de Assistência Social de Cubatão, Dr. Paulo de Toledo Ribeiro,

Secretário Municipal de Negócios Jurídicos de Cubatão, Sr. Welington Ribeiro

Borges, Secretário Municipal de Cultura de Cubatão, Sr. Reinaldo Takarabe,

Secretário Municipal de Turismo de Cubatão, Dr. José Eduardo Limongi França

Guilherme, Procurador Chefe do Município de Cubatão, Sr. Silvano Lacerda,

Secretário Municipal de Habitação de Cubatão, Sr. Adalberto Ferreira da Silva,

Secretário Municipal de Planejamento de Cubatão, Sra. Silvana Araújo Santos,

Secretária Municipal de Meio Ambiente de Cubatão, Professor Fábio Oliveira

Inácio, Secretário Municipal de Educação de Cubatão, Sr. Armando Campinas

Reis Júnior, Secretário Municipal de Segurança Pública e Cidadania de Cubatão,

Sr. Carlos Alberto Benincasa, Secretário Municipal de Emprego e

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Rozemeri de França Abreu Santos Chefe da DVL

Desenvolvimento Sustentável de Cubatão, Sra. Rennè Castro Fernandes,

Secretária Municipal de Esportes e Lazer de Cubatão, Sr. José Carlos Ribeiro

dos Santos, Secretário Chefe do Gabinete da Sra. Prefeita de Cubatão, Sr.

Fernando Alberto Henriques Junior, Secretário Municipal de Comunicação

Social de Cubatão, Sr. João Marcos Pires Correa, Secretário Municipal de Saúde

interino de Cubatão, Sr. André Takagochi, Secretário Municipal de Finanças de

Cubatão, Sr. Ronaldo Cardoso de Souza, Auditor Chefe da Secretaria de

Auditoria e Controladoria Interna de Cubatão, Sra. Damares de Oliveira Santos,

Presidente do PT de Peruíbe, Sr. Gilberto Benzi, Vereador e 1º Secretário da

Câmara Municipal do Guarujá, representando neste momento o Presidente da

Câmara de Guarujá, Sr. Marcelo Squassoni, Sr. Ronaldo Francisco Rezende,

representando neste momento o Vereador Manoel Constantino dos Santos, da

Câmara Municipal de Santos, Sr. Conrado Carrasco, Vereador da Câmara

Municipal de Itanhaém, Sr. Antônio Teixeira Gomes, Presidente da Associação

Comercial e Industrial de Cubatão, Sr. Mário Sérgio Gochi, ex-Vereador desta

Casa, Sr. Luiz Carlos Costa, ex-Vereador desta Casa, Dr. Florisvaldo de Oliveira

Cajé, ex-Vereador desta Casa, Sr. Welinghton Ribeiro da Silveira, ex-Vereador

desta Casa, Sra. Rozemeri de França Abreu Santos, ex-Vereadora desta Casa, Sr.

Carlos Augusto Costa, Presidente da Associação Luso Brasileira de Cubatão, Sr.

Francisco Barbosa, Diretor da TOP Viagens, Sr. Luiz Carlos Bezerra, Gerente

de Relações Internacionais da Usiminas, Sr. Arnaldo de Souza Junior, Gerente

da Caixa Econômica Federal de Cubatão, Sra. Carolina da Cruz Costa, Gerente

de Comunicação da Petrobras, Engenheiro Valdir José Caobianco, Diretor do

CIESP, Sr. Nelson Machado Reis, Presidente do Lions Club de Cubatão, Eliaci

Edilton dos Santos, representando o Diretor do SENAI, Sr. Marcos Cardoso

Pereira e Dr. Milton Barbosa Rabelo, Vice-Presidente da OAB de Cubatão,

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Rozemeri de França Abreu Santos Chefe da DVL

neste momento representando o Presidente, Sr. Luiz Marcelo Moreira. A

Câmara ainda agradece a todos pelas presenças. Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE - Neste momento, teremos a

execução do Hino de Cubatão, interpretado pelo Quarteto formado por

integrantes do Coral Zanzalá, acompanhados pelo Pianista Décio Carrion, com

arranjo do Maestro Roberto Farias e a seguir do Hino Nacional Brasileiro,

interpretado pelos Musicistas Rodrigo Araújo Vilela e Thiago Xavier Barbosa,

que compõem o Duo de Saxofones da Banda Marcial de Cubatão, que tem sob

sua regência o Maestro Alexandre Felipe Gomes.

- Respeitosamente, a Casa ouve a execução dos Hinos de Cubatão

e Nacional Brasileiro, respectivamente.

O SR. PRESIDENTE - Concedo a palavra ao Exmo.

Sr. Vereador Ivan da Silva, para que em nome do Poder Legislativo, proceda a

saudação ao Orador Oficial desta solenidade, Exmo. Sr. Eduardo Suplicy, DD

Senador.

O SR. IVAN DA SILVA - (Lê).

“A vida longeva de Eduardo Matarazzo Suplicy na política não é

obra do acaso. Carismático e querido em todo o Brasil, Suplicy segue em seu

terceiro mandato como Senador da República. Homem público, respeitado por

todas as cores partidárias, é um especialista em Economia, que demonstra

grande preocupação com a equidade social, a distribuição de renda e a garantia

de uma vida digna a cada brasileiro. É um grande defensor de que todo cidadão

possa usufruir da riqueza produzida em seu país.

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Eduardo Matarazzo Suplicy nasceu na capital paulista em junho de

1941. Filho de Paulo Cochrane Suplicy e Filomena Matarazzo Suplicy. É

bisneto do Conde Francesco Matarazzo, empresário italiano que criou o maior

complexo industrial da América Latina.

O bisavô é considerado o símbolo da industrialização do Brasil,

tendo fundado e presidido o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo e a

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

A mãe, dona Filomena, viveu até os 105 anos, tendo falecido em

2013. Mãe de 11 filhos, dona Filomena dedicou grande parte de sua vida à

assistência social e à capacitação profissional de jovens carentes.

As referências familiares do Senador Eduardo Suplicy colocam

sobre seus ombros a responsabilidade de seguir um caminho de sucesso e

honradez. Sua trajetória demonstra que ele tem atendido a este chamado com

competência e brilhantismo.

Empreendedorismo, carisma, competência, trabalho e altruísmo,

portanto, são valores que chegaram ao Senador paulista por meio de seu DNA.

Cada característica que lhe chegou pela tradição familiar e sangue dos

antepassados é vista em sua atuação, como Político, Professor, Escritor; como

um homem que busca justiça social de forma incansável.

Eduardo Suplicy foi o primeiro Senador eleito da história do Partido

dos Trabalhadores, o PT, legenda que ajudou a fundar. Na segunda candidatura,

para o mandato de 1998 a 2006, obteve a maior votação para o cargo em todo o

País, com mais de 6,7 milhões de votos. Na terceira candidatura, para o mandato

atual, que começou em 2007 e termina em 2014, foram 8,9 milhões de votos,

mais de 47% dos votos válidos.

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No início da vida política, foi eleito Deputado Estadual pelo extinto

MDB, entre 1979 e 1983. Do Legislativo Estadual, foi eleito, em 1983,

Deputado Federal. Em 85, candidatou-se à Prefeitura de São Paulo e, em

seguida, ao Governo do Estado. Em 1988, foi o Vereador mais votado para a

Câmara Municipal de São Paulo, com mais de 201 mil votos. Presidiu a Casa de

Leis paulistana e deu transparência a atos do Legislativo. Em 1992, concorreu

novamente à Prefeitura de São Paulo.

Como Senador, eleito pela primeira vez para o mandato de 1991 a

1999, Eduardo Suplicy ocupou por três vezes o cargo de líder do PT no Senado

Federal. Em 2003, em seu segundo mandato, assumiu a presidência da Comissão

de Relações Exteriores e Defesa Nacional para o biênio 2003/2004.

O Político sempre foi atuante, alcançando o recorde de

pronunciamentos em seu primeiro mandato como Senador. Foram 1.202 falas

em plenário.

Uma lista divulgada anualmente pelo Departamento Intersindical de

Assessoria Parlamentar (Diap) o coloca entre os dez Políticos mais influentes do

País e principais formadores de opinião, ao lado de ex-Presidentes da República.

Cadernos especiais publicados pelo jornal Folha de São Paulo,

“Olho no Congresso", o apontam como um dos dez Senadores mais assíduos da

Casa Legislativa.

O carisma do Senador também atinge os jovens, fato marcante para

um Político contemporâneo. Em pesquisa da Folha de São Paulo, de 1998, em

seu caderno Folhateen, Eduardo Suplicy foi escolhido como o melhor Político

do Brasil.

Entre seus principais Projetos de Lei está o Programa Renda Básica

de Cidadania, sancionado pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva como a lei

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10.835 em 08 de janeiro de 2004. A Renda Básica de Cidadania garante o acesso

às riquezas do País a toda a população, a começar pela parcela da população que

menos se beneficia da distribuição dos recursos.

Pelo projeto, todo brasileiro terá o direito de receber anualmente um

benefício monetário, suficiente para atender às despesas mínimas de cada pessoa

com alimentação, educação e saúde.

Cumprindo uma promessa de campanha, o Senador tentou

apresentar duas vezes uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para

reduzir o mandato dos Senadores para quatro anos. Não conseguiu, no entanto, o

número necessário de assinaturas. Em 1999, conseguiu apresentar a proposta

que, em 2001, acabou rejeitada.

Sua atuação também modificou a história do País. Partiu dele a

iniciativa de apresentar requerimento que culminou com uma das mais

importantes Comissões Parlamentares de Inquérito do Brasil – a CPI que acabou

com o impeachment do Presidente Fernando Collor de Mello.

Suplicy também sempre se envolveu na luta pela reforma agrária,

tendo sido um dos principais interlocutores entre o Movimento dos

Trabalhadores Rurais e o Governo Federal. O Senador esteve na maioria dos

locais onde houve conflitos de terras e assassinatos de trabalhadores. Sua missão

era intermediar o diálogo com o Governo e garantir a segurança aos militantes.

Uma pesquisa de 1997 o apontou como o brasileiro mais

empenhado na luta em favor da reforma agrária.

O Senador brasileiro tem diversas pesquisas e livros publicados e

participou de inúmeras missões internacionais. Em muitas delas, inclusive, levou

seu projeto do Renda Mínima de Cidadania a governos e plateias de intelectuais,

apontando-o como exemplo para a erradicação da pobreza e da miséria.

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Incansável na luta pela equidade na distribuição de renda, é paciente ao falar dos

benefícios de uma maior justiça social e contundente ao demonstrar que, apenas

desta forma, pode-se fazer uma sociedade mais justa e pacífica.

Administrador de Empresas e Economista, Suplicy foi Pesquisador

do Centro de Pesquisa e Publicações na Escola de Administração de Empresas

da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. É Professor concursado da

fundação desde 1966. Mestre e PhD em Economia pela Universidade do Estado

do Michigan. Pós-doutor pela Universidade de Stanford.

Foi casado com Marta Suplicy, atual Ministra da Cultura, com

quem tem três filhos: André, João e Eduardo, mais conhecido como Supla.

Supla e João Suplicy são músicos e inspiram o pai, que se tornou um

apaixonado por esta arte.

Eduardo Matarazzo Suplicy tem uma história de incansáveis

batalhas pelo próximo. Abnegado e entusiasmado, demonstra que apenas

lutando pelo bem do próximo, por justiça social, por uma sociedade mais

igualitária, pode-se alcançar um caminho de sucesso. Apenas trabalhando

arduamente em prol do outro pode-se obter o respeito e o amor de cada

brasileiro. Um exemplo de líder e de homem que cada um de nós segue e

admira.

Por tudo o que foi aqui relatado e por todo o trabalho que,

SABEMOS, ainda irá desenvolver, é que o Senador Eduardo Matarazzo Suplicy,

é nosso Orador Oficial desta solenidade”.

- Palmas prolongadas.

O SR. PRESIDENTE - Tenho a honra de conceder a

palavra ao Exmo. Sr. Eduardo Suplicy, DD Senador e Orador Oficial desta

solenidade, para proferir o discurso oficial.

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O SR. EDUARDO SUPLICY - Sr. Presidente da

Câmara Municipal de Cubatão, Vereador Wagner Moura dos Santos, eu fico

feliz e honrado de estar aqui hoje. Quero cumprimentar a querida Prefeita

Marcia Rosa de Mendonça Silva. Lembro-me de ter estado aqui em fevereiro do

ano passado, num momento muito difícil para a cidade, depois da ocorrência de

uma extraordinária tempestade que abalou a situação de mais de quatro mil

famílias, que ficaram sem moradia. Naquele dia, eu acompanhei a Prefeita e

pude ver a sua dedicação, do lado da sua equipe e do lado dos Vereadores desta

Câmara Municipal. Dialogamos bastante naquele dia. Há pouco, a Prefeita e o

Presidente Wagner Moura me disseram sobre os passos que têm sido dados,

inclusive junto à CDHU, para concretizar a solução da problemática que então

ocorreu. Como Senador, eu quero me colocar à disposição de Cubatão, para

ajudar na solução do problema que não é tão fácil de ser resolvido, dada a

gravidade daquela intempérie e das suas consequências. Quero cumprimentar a

mãe da Prefeita, Sra. Darcy Chumbo de Mendonça, que é Presidente do Fundo

Social de Solidariedade de Cubatão. Também quero cumprimentar o Vice-

Prefeito, Sr. Donizete Tavares do Nascimento, a minha querida Deputada, minha

Colega há tantos anos lá no Congresso Nacional, que agora reassume o seu

mandato, Maria Lúcia Prandi, que tantas vezes me acompanhou em inúmeras

jornadas aqui na Baixada Santista. Quero cumprimentar o Juiz Frederico dos

Santos Messias, da 4ª Vara Cível da Comarca de Santos. Muito obrigado por

estar aqui. Hoje eu escolhi um tema que tem muito a ver com o trabalho de V.

Exa., que é justamente a busca e a realização da justiça. Quero cumprimentar o

Dr. Antônio Sérgio Messias, Delegado de Polícia Titular de Cubatão. Também

quero cumprimentar os Vereadores Fábio Alves Moreira, Severino Tarcício da

Silva, César da Silva Nascimento, Fábio Moura dos Santos, Jair Ferreira Lucas e

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Ivan da Silva. Muito obrigado por terem me honrado com este convite. Gostaria

de ler todos os nomes das pessoas que estão aqui presentes, mas como a Sra.

Mestre Cerimonial já o fez, eu peço licença para entrar no assunto do meu

discurso. Quero agradecer a todos pelas presenças. Inclusive, temos presentes

alguns Vereadores de outros municípios, como o Conrado Carrasco, de

Itanhaém e o Gilberto Benzi, do Guarujá. Também agradeço a todos os

Secretários Municipais presentes. Fiquei pensando um pouco ao chegar a

Cubatão e refleti um pouco sobre a história da cidade, as suas dificuldades. Nos

anos 70 e 80, Cubatão começou a ser caracterizada por uma cidade com

problemas extraordinários de poluição, devido ao seu desenvolvimento

industrial, pois aqui estão localizadas diversas indústrias, como a Cosipa, a

Petrobras, a Rhodia, a Refinaria e outras. Cubatão chegou a um ponto de ser

considerada a cidade mais poluída do mundo. Eis que houve uma reação muito

importante por parte da comunidade, dos moradores e dos seus responsáveis. No

início dos anos 90, Cubatão ganhou um título da ONU, por ser a cidade que

mais havia conseguido avançar no controle da poluição. Então, isso se constitui

num marco histórico. Eu estava lendo sobre o histórico de Cubatão e em alguns

momentos, Cubatão se apresentou como uma cidade de grandes problemas,

inclusive de violência até com os seus Prefeitos, pois dois Prefeitos foram

assassinados neste Município. Portanto, querida Prefeita Marcia Rosa, esteja

sempre em ótima saúde e longe de quaisquer ameaças, mas felizmente V. Exa. é

uma Prefeita reeleita, porque Cubatão foi a última cidade considerada de

Segurança Nacional onde não se elegiam os Prefeitos. Felizmente, agora está

elegendo os Prefeitos e V. Exa. foi reafirmada na última eleição, como Prefeita,

em 2012. É importante que isso esteja acontecendo. Dentre os municípios

paulistas, Cubatão tem uma renda “per capita” superior à média do Estado. Se

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examinarmos o senso de 2010, a média da renda “per capita” do produto interno

bruto do Estado de São Paulo, era de 32 mil, 454 reais. Cubatão tinha 46 mil,

348 reais em 2010, o que significa que tem uma potencialidade econômica

maior do que a maior parte dos municípios paulistas e brasileiros, obviamente,

porque São Paulo tem uma das maiores rendas “per capitas” no Brasil. Tive

como informação em 2013, que Cubatão tem cento e vinte e um mil e oitocentos

e quarenta e oito habitantes, mas quero perguntar a V. Exa.: este dado é o mais

recente de Cubatão? (Pausa). Então, tem em torno de cento e vinte e dois mil

habitantes. Quero falar para vocês sobre a realização de justiça. Quero lembrar

que em 2005, eu fui assistir a uma aula do Professor Amartya Sen e do Professor

Philippe Van Parijs, na Universidade de Harvard, sobre “Justiça Social e

Diversidade Cultural” e justiça em termos de instituições. No seu livro

“Desenvolvimento Como Liberdade”, Amartya Sen nos fala de coisas muito

interessantes, onde ele afirma que se o desenvolvimento for para valer é de

significar maior grau de liberdade para todos na sociedade. Eu fui assistir à

primeira aula desse curso ministrado por esses dois Professores. Um deles

iniciou dizendo: “Olha, nós vamos examinar aqui quais são aqueles

instrumentos de política econômica, de política social, que poderão contribuir

para elevar o grau de justiça na sociedade”. Quando houve a abolição da

escravidão, por exemplo, elevou-se o grau de justiça na sociedade. Se nós

provermos boas oportunidades de educação para todos os meninos e meninas,

para todos os jovens aqui em Cubatão e em todo o Brasil, para os adultos que

não tiveram boas oportunidades quando eram crianças, estaremos elevando o

grau de justiça na sociedade. Se nós, num país com tamanha desigualdade ainda,

no que diz respeito à propriedade da terra, realizarmos mais aceleradamente

ainda a reforma agrária, estaremos contribuindo para maior equidade. Se

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provermos boa assistência no sistema de saúde pública no Brasil, um Sistema

Único de Saúde para toda a população, também estaremos contribuindo para

elevar o grau de justiça. Se expandirmos as operações de microcrédito, a

exemplo do que tem feito mais recentemente o Brasil ou do que fez Muhammad

Yunus em Bangladesh, estaremos elevando o grau de justiça. Se nós

estimularmos as formas cooperativas de produção, dadas às características de

estarem, as cooperativas, sempre constando, a todos seus membros, sobre como

produzir e como distribuir melhor a riqueza produzida, nós também estaremos

elevando o grau de justiça. Então, disse Amartya Sen também naquele curso:

“Nós estaremos examinando em que medida a instituição de uma renda básica

incondicional, para todas as pessoas na sociedade, como normalmente

argumenta o Professor Philippe Van Parijs...”, que estava dando aula, “e como

defende o Senador Eduardo Suplicy, que hoje está aqui nos visitando, em que

medida vai ou não elevar o grau de justiça na sociedade”. Eu fiquei muito

contente com aquela observação, porque mais e mais, eu tenho acreditado, tenho

divulgado e distribuído essa boa nova para todos. A Prefeita Marcia Rosa sabe,

porque já estive dialogando com ela sobre isso e aqui até renovo, a ela mesma,

ao Vice-Prefeito, aos Vereadores e ao Presidente Wagner, que quem sabe um dia

Cubatão possa se tornar, em breve, um exemplo pioneiro da Renda Básica de

Cidadania. Gostariam que eu dissesse melhor a respeito da história de como isso

começou? Gostariam que eu lhes explicasse? (Pausa). Aquele que me saudou,

dizendo que sou diferente de tudo o que está aí, como é o seu nome? (Pausa)

“Amilton”. Você sabe a música de 1985, então sabe toda a minha história. Já leu

o meu livro também? O “Renda de Cidadania”? Conhece o livro? (Pausa). Poxa,

vida! Pela internet? (Pausa). Então, você não recebeu o livro ainda? (Pausa). Ah,

e gostaria de ler? (Pausa). Então, acho que ele merece um livro, né?

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- Palmas.

O SR. EDUARDO SUPLICY - O livro vai com uma

Cartilha, com “Uma História Feliz”, que o Cartunista Ziraldo fez. Há algum

tempo, eu encontrei o Ziraldo e disse: “Eu gostaria muito que você pudesse fazer

uma Cartilha, para explicar ao povo o que é a Renda Básica de Cidadania” e ele,

que é um emérito Cartunista, é reconhecido inclusive pelas crianças, disse-me:

“Eduardo, escreva uma carta para as crianças, explicando o que é, porque eu

gosto muito de você e da proposta. Envie-me, que eu vou lhe dar de presente”.

Então, eu escrevi uma carta para os meus netos. Hoje eu tenho seis netos, mas

no ano passado eram cinco netos, de 04 a 11 anos. Daí, ele me mandou de volta

o trabalho, com essa Cartilha, que como Senador eu pude imprimir lá no

Senado. Estas daqui eu posso distribuir a todos os presentes. (Pausa) Ah, já está

sendo distribuída. Daí eu li para os meus netos, assim, em 04 minutos e eles

disseram: “Vovô, eu compreendi tudo”. Então, falei para o Ziraldo que

preencheu inteiramente o propósito. Prefeita Marcia, ao sair de casa hoje, como

o fez? Pela janela? (Pausa). Como saiu de casa hoje? Saiu pela janela? (Pausa).

Saiu pela porta. É o nome do meu livro, que eu acho que já lhe dei e está na

sétima edição. Eu queria lhes contar uma novidade. Acabei de saber que uma

das principais Editoras da França, a Calman-Lévy, que publicou livros do

Escritor Marcel Proust e em francês, do Celso Furtado, aprovou recentemente,

traduzir o meu livro em francês.

- Palmas.

O SR. EDUARDO SUPLICY - O nome do livro é

“Renda de Cidadania, a Saída é pela Porta”, exatamente para procurar mostrar

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que se desejamos, como é a vontade maior da Presidenta Dilma, erradicar a

pobreza extrema, a pobreza absoluta, criar uma sociedade justa e civilizada e se

quisermos prover dignidade e liberdade a todos, uma solução tão de bom senso

quanto a forma como a Prefeita Marcia Rosa saiu de casa, pela porta, é

instituirmos uma Renda Básica de Cidadania. Felizmente, o Brasil é o primeiro

país do mundo cujo Congresso Nacional aprovou uma Lei e não sei se todo

mundo sabe, não sei se o Juiz Frederico sabe, para instituir a Renda Básica de

Cidadania. Diz a Lei que será instituída por etapas, a critério do Poder

Executivo, iniciando-se pelos mais necessitados, como faz hoje o “Programa

Bolsa Família”, que tem avançado, até que um dia venhamos a ter uma renda

básica incondicional para todas as pessoas. Será importante que nós então

compreendamos o porquê pagar a todos. Eu queria dizer que essa ideia eu

explico no meu livro, que começa com a história da humanidade. O Mestre

Confúcio, 520 anos antes de Cristo, observou que a incerteza é pior ainda que a

pobreza e pode alguém sair de casa se não pela porta? Aristóteles, 300 anos

antes de Cristo, escreveu política, observou que política é a ciência de como

alcançar o bem comum, uma vida justa para todos. Para isso, nós precisamos

realizar a justiça política, que precisa ser precedida da justiça distributiva, que

torna mais iguais aos desiguais. Se formos examinar o Antigo Testamento, qual

a palavra mais citada nele, dentro da Bíblia, em hebraico? “Tzedaka”.

“Tzedaka”: ensinou o Rabino Henry Sobel, que é citada quinhentos e treze

vezes, que significa justiça social, justiça na sociedade. Era o grande anseio do

povo judeu e do povo palestino.

- Palmas.

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O SR. EDUARDO SUPLICY - No Livro do Êxodo,

dos Provérbios, heterônimo de Davi e Isaac, sempre está a palavra “tzedaka”. Se

formos ao Novo Testamento, então no Livro dos Apóstolos, está que eles

juntaram todos seus bens e passaram a viver de tal maneira em solidariedade, de

tal forma, a prover cada um de acordo com as suas necessidades. Se formos

olhar as parábolas de Jesus, que todos aqui conhecem bem, como a do senhor da

vinha, veremos que Jesus disse que o senhor da vinha contratou inúmeros

trabalhadores ao longo da jornada, na primeira, na segunda, até a última hora do

dia. Com cada um combinou aquilo que ambos consideravam justo. Ao chegar o

final do dia, começou o pagamento pelo último que ali chegara. Quando pagou

ao primeiro, este lhe perguntou: “Mas como? O senhor está me pagando o

mesmo que ao último que aqui chegou? Eu trabalhei mais do que ele”. “Ora,

você não percebe que eu estou lhe pagando exatamente o que ambos

considerávamos como justo? E que o último que aqui chegou também necessita

receber o necessário para a sobrevivência da sua família?”. Se formos olhar a

Segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios, ele ali diz aos “corintianos”, que

conhecem bem, que: “Todos deveremos sempre seguir o exemplo de Jesus que,

em sendo tão poderoso, resolveu se solidarizar e viver dentre os mais pobres, de

tal maneira que conforme está escrito, para que haja justiça, para que haja

igualdade, toda aquela pessoa que teve uma safra abundante, não tenha demais e

toda aquela pessoa que teve uma safra pequena, não tenha de menos”. Se formos

olhar o que pensam os seguidores de Maomé, do Islamismo, do Alcorão, como

os quatro Califas que escreveram o “Livro dos Radis”, “Omar”, o segundo deles,

observou que toda aquela pessoa que detém um grande patrimônio, deve

destinar uma parcela deste patrimônio para os que pouco ou nada têm. Se

formos examinar o que diz o Budismo, Dalai Lama, por exemplo, em “Uma

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Ética para o Novo Milênio”, diz que se for para aceitar o consumo suntuoso dos

mais ricos, nós precisamos antes garantir a sobrevivência de toda a humanidade.

Podemos seguir um pouco mais adiante na História e nos depararmos com

Thomas More, aquele que viveu ao tempo de Henrique VIII, na Inglaterra,

quando a Inglaterra tinha um extraordinário poder de domínio sobre a terra, era

riquíssima. Henrique VIII, como Thomas More, era um homem muito influente,

um Teólogo, foi Presidente da “Câmara dos Comuns”, como o Wagner. Eis que

a certa altura, Henrique VIII diz para seu amigo Thomas More: “Escreva para

mim uma justificativa, para eu me casar outra vez, porque minha mulher não me

dá herdeiros”. “Ah, eu não posso, não é no que eu acredito. Não vou escrever

algo que não tenho condição de fazê-lo”. Por causa disso ele acabou sendo

julgado e condenado à morte, decapitado. Antes, porém, escreveu ensaios como

“Utopia”, em 2016. Querida Maria Lúcia, se quiser ir comigo, vou a Louvain,

Universidade Católica de Louvain, aonde se vai fazer uma homenagem aos 500

anos de “Utopia”. No “Livro Primeiro de Utopia”, Thomas More diz, através do

diálogo entre um Cardeal Arcebispo e o viajante português Rafael Hitlodeu, que

eles estavam discutindo que a pena de morte instituída naquela época, na

Inglaterra, não havia colaborado para diminuir a criminalidade violenta, os

assaltos, os roubos, os assassinatos. Eis que o viajante português Rafael Hitlodeu

diz ao Cardeal Arcebispo: “Muito mais eficaz do que infligir esses castigos

horríveis a quem não tem alternativa, senão de primeiro, tornar-se um ladrão,

para daí ser transformado em cadáver, é você assegurar a sobrevivência das

pessoas”. Com base nesta reflexão, um amigo de Thomas More, chamado Juan

Luis Vives, espanhol, escreveu para o Prefeito da cidade flamenga de Bruges:

“De subventione pauperum sive de humanis necessitatibus”, onde pela primeira

vez propõe a garantia de uma renda para um município. Isso foi de alguma

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forma aplicado em Ypres, cidade flamenga, naquela época. Podemos seguir um

pouco mais adiante. Na História, nos deparamos em 1795 com outro Thomas,

um dos maiores ideólogos das Revoluções Americana e Francesa. Refiro-me a

Thomas Paine. Nascido em 1736, na Inglaterra, ele tornou-se amigo mais tarde

de Benjamin Franklin, aquele homem que inventou o para-raios, inventou os

óculos. Antes só se usavam os monóculos. Ele persuadiu o Thomas Paine a ir

viver na América, antes da independência. Para lá ele foi. Um coletor de

impostos arguto, observador de costumes e de valores, que passou a escrever

ensaios, a ponto de o Presidente George Washington escrever para um amigo,

dizendo que nenhum outro ensaio tivera tamanha influência sobre a mente dos

americanos, para lutarem por sua independência, quanto “Common Sense”,

“Senso Comum”, publicado e divulgado em cento e cinquenta mil exemplares,

algo fantástico para aquela época, nas ruas da Filadélfia e das treze colônias, em

janeiro de 1776. O que aconteceu? 06 meses depois, em 04 de julho de 1776, os

americanos proclamaram a sua independência. O que dizia Thomas Paine em

“Senso Comum”? Dizia que contraria o bom senso que uma ilha domine um

continente e coisas como tais. Acontece que proclamada à independência, ele

começou a se sentir muito perseguido por suas ideias consideradas tão ousadas e

progressistas. Então, ele resolveu voltar para a sua terra natal, mas chegando de

volta à Inglaterra, o que aconteceu? Começaram a queimar seus livros:

“Imaginem! Este homem, responsável pela perda da nossa principal colônia!”.

Então, ele resolveu ir para a França e de tal maneira se engajou na luta por

liberdade, igualdade e fraternidade, que 03 anos após a Revolução Francesa de

1789, embora estrangeiro, ele foi eleito constituinte francês. Nesta qualidade, em

1795, publicou vinte páginas, falou para a Assembleia Nacional da França um

texto de vinte páginas, que está aqui reproduzido, “Justiça Agrária”, onde ele diz

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que a pobreza é algo que tem a ver com a civilização e a instituição da

propriedade privada. Ali na América, onde ele havia estado antes da

independência, não enxergara tamanha destituição e pobreza, porque lá a

propriedade era comum dentre os índios, quanto em comparação com o que

observava na Europa, nas vilas e cidades europeias de então. Ele considerava de

bom senso que uma pessoa que cultive a terra, realize uma benfeitoria na terra,

possa usufruir do seu trabalho na sua propriedade. Era seu plano que toda pessoa

que então obtém uma renda do seu trabalho na sua propriedade, possa destinar

uma parcela de seu rendimento para um fundo que a todos pertencerá. Deste

fundo, uma vez acumulado, se pagará a cada pessoa residente naquele país, um

capital básico e uma renda básica, como um direito inalienável de todos,

participarem da riqueza comum daquela nação. Isso deveria ser um plano para

todos os países. Poderíamos seguir para 1848, quando Karl Marx escreveu “O

Manifesto Comunista”, com Friedrich Engles e mais tarde os volumes de “Das

Kapital”, “O Capital”. Mais tarde ainda, em 1875, quando ele escreveu uma

crítica ao programa de Gotha, observou que numa sociedade mais amadurecida,

os seres humanos vão se portar de tal maneira, a poder se inscrever como lema

de sua sociedade, a cada um de acordo com a sua capacidade, a cada um de

acordo com as suas necessidades. Isso faz lembrar o que estava lá nos Atos dos

Apóstolos e na Segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios. Quando chegamos

ao século XX, Bertrand Russel, em “Caminhos para a Liberdade”, uma reflexão

sobre o Sindicalismo, o Anarquismo, o Socialismo, os grandes movimentos que

abalaram a Europa antes da Primeira Guerra Mundial, observou que o seu plano

era exatamente esse, que cada pessoa deveria receber o necessário para a sua

sobrevivência e daí pra frente cada um iria obter aquilo que conseguisse por seu

talento, esforço, criatividade, dedicação e assim por diante, mas a ninguém

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deveria ser negado o mínimo para a sua sobrevivência. Se formos daí para

frente, há centenas de Economistas, Filósofos, no mais largo espectro, desde

pessoas como John Maynard Keynes, Jo Ann Robinson, Abba Lerner, Oscar

Ameringer, Friedrich von Hayek, Milton Friedman, George Stigler, James

Tobin, John Kenneth Galbraith, Martin Luther King, o Bispo que recebeu o

Prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu e dezenas de outros. Estão todos

mencionados aqui no meu livro. No estudo que fui fazendo ao longo desses

últimos anos, eles passaram a defender o direito de todos receberem uma renda

mínima, seja através de um imposto de renda negativo ou positivo. Quem ganha

muito, paga uma parcela de seu rendimento à Receita Federal, é o imposto de

renda positivo. Quem não ganha até certo patamar passaria a receber uma

parcela da diferença entre aquele patamar e um nível de renda. Na primeira vez

em que eu cheguei ao Senado Federal, em 1991, eleito em 1990, eu havia

aprendido sobre o conceito do “Programa de Garantia de Renda Mínima”,

através de um imposto de renda negativo. Eu apresentei um primeiro projeto de

garantia de renda mínima, através de um imposto de renda negativo, nessa

forma. Ele foi aprovado em dezembro de 1991 por todos os Senadores, mas já

naquele ano, em um diálogo feito com Economistas simpatizantes do Partido

dos Trabalhadores, quando eu apresentei a ideia, um deles, José Marcio

Camargo, disse a mim: “Eduardo, é uma boa ideia, mas seria bom se iniciarmos

a garantia de uma renda mínima para as famílias carentes, desde que as suas

crianças estejam indo às escolas”. Um dos principais problemas brasileiros é

justamente o número grande de pais e mães que não tendo o suficiente para dar

o que comer a sua família, resolve colocar as crianças desde os 07, 08, 09, 10,

11 anos de idade para trabalhar precocemente e assim elas deixam de ir às

escolas. Se provermos um complemento de renda às famílias carentes, desde que

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as suas crianças estejam indo às escolas, nós iremos cortar um dos círculos

viciosos da pobreza. Em 1994, ele escreveu sobre isso na “Folha de São Paulo”.

Cristovam Buarque, que era do PT e José Roberto Magalhães Teixeira, que era

do PSDB, Prefeito de Campinas, apresentaram as propostas de garantia de renda

mínima relacionadas às oportunidades de educação, que foram implementadas

em 1995. A partir daí, Antônio Palocci e tantos outros Prefeitos, em Ribeirão

Preto, em Belo Horizonte, em Belém, em Mundo Novo e por tantas outras

cidades, inclusive em Santos e aqui na Baixada Santista, passaram a adotar

programas de renda mínima relacionados à educação. Em 1997, o Congresso

Nacional aprovou projetos para que o Governo Federal passasse a financiar os

municípios que adotassem programas nessa direção. Em 2001, no “Governo

Fernando Henrique”, ele fez com que a União pagasse 100% dos gastos dos

municípios que adotassem programas naquela direção. Daí também veio o

“Bolsa Alimentação” e o “Auxílio Gás”. No início do “Governo Lula”, ele

apresentou o “Programa Cartão Alimentação”, para prover 50 reais num cartão,

que só poderiam ser gastos em alimentos para as famílias carentes. Em outubro

de 2003, a equipe do Presidente Lula resolveu criar o “Programa Bolsa Família”,

que iria justamente racionalizar e unificar aqueles quatro programas que eu

acabei de mencionar. Então, foi criado o “Programa Bolsa Família”, que

completou recentemente 10 anos. O “Programa Bolsa Família” está atendendo

hoje aqui em Cubatão, segundo os últimos dados oficiais do Ministério do

Desenvolvimento Social, inclusive a Prefeita Marcia Rosa pode confirmar, três

mil, quinhentas e sessenta e oito famílias. Dados que eu obtive hoje. Pelo

próprio MDS, o total de famílias cadastradas com renda “per capita” mensal até

140 reais era de quatro mil, seiscentas e sessenta cinco famílias. Portanto,

76,64% das famílias estão com uma proporção mais alta que a média nacional,

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um pouco abaixo desta e mais alta do que a média do Estado de São Paulo, que

segundo dados de hoje é de 66,9%. Então, está avançando, mas ainda faltam mil

e oitenta e sete famílias para atingir as quatro mil, seiscentas e cinquenta e cinco

famílias. Quem sabe todos aqui conheçam as regras do “Programa Bolsa

Família”. Levante a mão quem sabe explicar todas as regras do “Programa Bolsa

Família”, por favor. (Pausa). Quem sabe, levante a mão, por favor. (Pausa). Eu

queria que alguém que saiba bem as regras do “Programa Bolsa Família”, viesse

aqui conversar comigo. A senhora de óculos, que levantou a mão, sabe todas as

regras do “Programa Bolsa Família” hoje? (Pausa). Pode falar mais alto, que não

estou conseguindo ouvir? (Pausa). A senhora sabe o valor do benefício para

cada pessoa? (Pausa). A senhora quer que eu recorde? Posso explicar? (Pausa).

São 21h24m, vou pedir a todos que prestem a atenção, de quanto tempo vou

precisar para explicar as regras do “Bolsa Família”. Toda família no Brasil, em

Cubatão e em todos os cinco mil, quinhentos e setenta e tantos municípios

brasileiros, caso a sua renda familiar por pessoa, “per capita”, não atinja pelo

menos 140 reais por mês, digamos assim: pai, mãe e três crianças, 05 vezes 140,

é igual a 700, se não atingir pelo menos 700 reais, essa família de cinco pessoas

tem direito a receber o benefício “Bolsa Família”. Quanto é o benefício? Caso a

renda familiar “per capita” não atinja sequer 70 reais por mês, digamos 05 vezes

70, é igual a 350, o benefício básico começa com 70 reais por mês para a

família. Isso para todas as famílias com renda familiar “per capita” abaixo de

140 reais. Mais 32, 64, 96, 128 ou 160 reais, se nessa família houver uma, duas,

três, quatro, cinco ou mais crianças de até 15 anos e 11 meses. 38 mais 38,

somando, são 76, se na família houver um ou dois adolescentes, homem ou

mulher, na faixa de 16 a 18 anos. Há condicionalidades: se a mãe estiver

grávida, deve fazer o pré-natal na rede pública de saúde do Município, até que

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nasça o bebê, para ver como está a saúde da mãe e a do bebê. Os pais devem

levar as crianças até 06 anos de idade na rede pública de saúde, para realizarem

as respectivas vacinas, de acordo com o Calendário do Ministério da Saúde. As

crianças de 07 a 15 anos e 11 meses precisam frequentar pelo menos 85% das

aulas. Os adolescentes pelo menos 75% das aulas. Essas são as

condicionalidades. A Presidente Dilma Rousseff, há 03 anos, em 2011,

conclamou a sociedade, isto é, os Governos Estaduais, os Governos Municipais,

as Sociedades Civis Organizadas, os Sindicatos, as entidades empresariais, ou

seja, nós cidadãos, Vereadores, Senadores, Deputados, para se porventura

encontrarmos em qualquer lugar aqui de Cubatão ou em qualquer lugar do

Brasil, famílias que estejam de acordo com as regras que eu acabo de definir e se

porventura não estiverem ainda recebendo o benefício do “Bolsa Família”, é

nosso dever informar a essas famílias: “Vá lá, à Secretaria de Desenvolvimento

Social e se inscreva, porque você passa a ter o direito de receber”. Ademais, no

ano passado, a Presidenta Dilma Rousseff iniciou a chamada fase do “Brasil

Carinhoso”, que significa o quê? Se numa família beneficiária do “Bolsa

Família”, consideradas a sua renda, do pai, da mãe e de quem mais estiver na

família, mais o benefício do “Bolsa Família”, tal qual eu acabo de descrever, ou

seja, se somadas essas duas quantias e dividido pelo número de pessoas na

família, não se garantindo pelo menos 70 reais a cada uma por mês, o Governo

Federal complementará o que falta, para o município pagar pelo menos 70 reais

para cada família beneficiária do “Bolsa Família”. Portanto, hoje, no Brasil,

podemos considerar que o “Programa Bolsa Família”, considerado atrelado ao

“Brasil Carinhoso”, está a garantir, em tese, 70 reais por mês para cada

brasileiro e cada brasileira. Outra coisa: o “Programa Bolsa Família”, em

dezembro de 2003, tinha cerca de três milhões e meio de famílias beneficiárias.

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A cada ano foi aumentando e hoje são 14 milhões, 55 mil famílias beneficiárias.

O efeito foi altamente positivo. Os dados do IBGE indicavam, por exemplo, em

1996, que estávamos dentre os três países mais desiguais do mundo, com

“Coeficiente de Gini” de desigualdade de 0,61. Em 2001 e 2002, estávamos com

um “Coeficiente de Gini” de desigualdade de 0,59. Todos os anos, até

chegarmos a 2012, foi diminuindo, até chegarmos a 0,51. Não estamos mais

entre os três países mais desiguais. Agora estamos em décimo sexto ou décimo

sétimo lugar. Então, ainda temos muito que progredir. Pois bem, são 21h30, eu

precisei um pouco mais de 05 minutos pra explicar o “Bolsa Família”. Agora

vou explicar a Renda Básica de Cidadania. Vamos supor que os cidadãos aqui

presentes, os Vereadores, o Presidente da Câmara e a Prefeita, tendo me

convidado para ser hoje o Orador Oficial, saiam daqui persuadidos de que seja

uma boa ideia e tal como eu o fiz, escrevam à Presidenta Dilma, assim como

todos os oitenta e um Senadores escreveram, sugerindo que ela constitua um

grupo de trabalho para estudar os passos em direção à Renda Básica de

Cidadania. Faltou eu dizer aqui, que ao longo dos anos 90, estudando mais e

mais todas as formas de garantia de renda e de transferência de renda, eu fiquei

persuadido de que ainda melhor do que um imposto de renda negativo, para

prover a garantia de uma renda mínima, ainda melhor que o “Bolsa Família” que

acabo de explicar, será o dia em que instituirmos uma renda básica

incondicional. Já é Lei, foi aprovada em dezembro de 2002 no Senado, em

dezembro de 2003 na Câmara, foi ao Presidente “Lula” e graças ao diálogo que

eu tive com o relator da matéria, o Senador Francelino Pereira, que me disse:

“Eduardo, é uma boa ideia, mas que tal você aceitar um parágrafo que diga que

ela será instituída por etapas, a critério do Poder Executivo, começando pelos

mais necessitados, até que um dia todos venham a ter?” e eu achei de bom

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senso, resolvi aceitar e graças a isso, o Ministro da Fazendo, Antônio Palocci,

em janeiro de 2004, disse ao Presidente “Lula”: “Como é para ser instituído por

etapas, é factível, pode sancionar” e ele sancionou. Ora, quando vai acontecer?

Quando todos compreendermos bem todos os seus benefícios. Suponhamos que

vocês tenham achado muito boa ideia e escrevam, como eu e os demais

Senadores, à Presidenta Dilma e ela comece a estudar. Não vai dar para

implantar no mês que vem ou no ano que vem, mas quem sabe, em 2016, até

porque o Papa Francisco vai chegar ao Brasil em 2017 outra vez, já preparando

o ambiente, ela então, junto com a Prefeita Marcia Rosa e com o Governador

que for eleito, vai anunciar: “A partir de janeiro de 2017, todas as pessoas no

Brasil, em Cubatão, no Estado de São Paulo, não importa sua origem, raça, sexo,

idade, condição civil ou mesmo socioeconômica, passará a ter o direito de

receber uma Renda Básica de Cidadania, como um direito de todos

participarmos da riqueza comum da nossa nação”. Eu queria só que anotassem,

porque são 21h33m. Vai começar com um pouco mais do que paga o “Bolsa

Família”, para ser melhor do que é esse programa positivo. Porém, para ser

melhor, vamos começar com 80 reais por mês, mas um dia vai ser 100 reais, um

dia 200, um dia 500, um dia 1.000 e mais e mais, com o progresso da nação, a

ninguém será negado. São 21h38m: quanto tempo demorou Vereador Ivan, para

eu explicar a Renda Básica de Cidadania? (Pausa). Só a Renda Básica, o que eu

acabo de falar? (Pausa). 05 minutos. Eu lhes pergunto: foi mais fácil

compreender como funciona o “Programa Bolsa Família” ou a Renda Básica de

Cidadania? Qual o mais fácil de compreender, Presidente?

O SR. PRESIDENTE - Deu para entender os dois

muito bem, Senador.

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O SR. EDUARDO SUPLICY - O senhor

compreendeu bem os dois? Mas, qual foi mais fácil para o povo compreender

como funciona?

O SR. PRESIDENTE - A Renda Básica de

Cidadania.

O SR. EDUARDO SUPLICY - Primeira vantagem,

mas há outras vantagens. Eliminamos inteiramente qualquer burocracia em saber

quanto cada um ganha no mercado formal ou informal. Eliminamos qualquer

estigma ou sentimento de vergonha da pessoa precisar dizer: “Eu só recebo

tanto, por isso necessito tal complemento de renda”. Eliminamos também o

fenômeno da dependência, que acontece quando se tem um sistema que diz:

“Quem não recebe até determinado patamar, passa a ter direito de receber tal

complemento”. A pessoa está por decidir: “Vou ou não iniciar esta atividade,

que vai me render este tanto?”, “Mas, se eu iniciá-la, receber este tanto, daí vem

o governo e me retira o que eu estava recebendo naquele programa. Daí, talvez

eu desista e entre na armadilha da pobreza e do desemprego”, “Ah, mas esse

Senador Suplicy quer pagar uma Renda Básica até para quem não estiver

empregado e talvez nem queira trabalhar!”, “Será que não vai estimular a

ociosidade?”, “O que vamos fazer com aquelas pessoas que têm uma tendência

inarredável à vagabundagem?”. Tem alguém com esta tendência aqui? Levante a

mão, por favor! (Pausa). Pensemos um pouco: não estariam aqui, às 21h30m,

ouvindo o Senador, para ver como melhorar a vida em Cubatão e no Brasil, não

é? Pensemos um pouco em nós, seres humanos. Todos nós, homens e mulheres,

amamos fazer uma porção de coisas, mesmo sem remuneração no mercado. As

mães quando estão amamentando seus nenês, a qualquer hora do dia, da noite ou

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da madrugada e nós, pais e mães, quando estamos cuidando de nossas crianças

para que bem se alimentem, eduquem, se desenvolvam, mesmo quando nossos

pais e avós são mais idosos e precisam do nosso carinho e atenção, fazemos com

toda energia. Nas comunidades de bairro, nas igrejas de todas as denominações,

nos centros e diretórios acadêmicos, quantos de nós não estamos lá sempre

realizando atividades porque nos sentimos úteis, não é? Na nossa Constituição

se assegura o direito à propriedade privada. Isso significa, prezado Juiz, que

aquela pessoa que detém a propriedade de uma fábrica, de uma usina, de um

banco, de um hotel, de um restaurante, de uma fazenda, de um título financeiro,

de uma propriedade imobiliária, pode receber juros, lucros, aluguéis, os

rendimentos do capital. Eu lhes pergunto: diz a nossa Lei Maior que para

receber tais rendimentos do capital, a pessoa precisa necessariamente comprovar

que esteja trabalhando, que suas crianças e adolescentes estejam indo à escola?

Não. Mesmo assim, Antônio Ermírio de Moraes, por exemplo, trabalhava todo

dia quando estava em boa saúde. Ia à Votorantim de noite, ia à Beneficência

Portuguesa e fazia um trabalho beneficente, voluntário, tão positivo. Todas as

pessoas com mais recursos fazem questão de que suas crianças e adolescentes

estejam indo às melhores escolas. Ora! Se nós asseguramos aos mais ricos o

direito de receber tais rendimentos sem aquelas condicionalidades, por que não

estendermos a todos, ricos e pobres, o direito inalienável de todos participarmos,

pelo menos um pouco, da riqueza comum de nossa nação? Será que não é de

bom senso, ainda mais quando pensamos em certos aspectos da nossa história?

Por mais de três séculos, milhões de pessoas foram arrancadas de sua terra natal,

na África, para virem aqui ajudar na acumulação de capital de tantas famílias,

sem que recebessem uma remuneração que não fosse viver numa senzala e ter

uma alimentação que fazia com que os escravos tivessem uma expectativa de

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vida pouco superior a 30 anos de idade. Ou então, quando pensamos em certos

aspectos do Brasil moderno. O Presidente “Lula” costumava dizer que parece

que Deus é brasileiro, veio morar no Brasil, ajudou a Petrobras a encontrar, no

fundo do Oceano Atlântico, uma extraordinária reserva petrolífera, que vai

permitir ao Brasil, com os recursos do Pré-Sal, erradicar a pobreza absoluta,

prover educação boa, desenvolvimento tecnológico, científico e cultural para

todos nós. Parece de bom senso. Algum dos Senhores Vereadores já foi a algum

lugar do mundo onde existe aplicação de algo assim? Pergunto-lhes: querem

conhecer? (Pausa). O Senhor quer conhecer? (Pausa). Venha aqui um

“pouquinho”, por favor.

- Convidado pelo orador, o Vereador César da Silva Nascimento

adentra o Plenário, onde se posiciona ao lado da Mesa Diretora.

O SR. EDUARDO SUPLICY - Permita-me, Sr.

Presidente. Vereador César, no início dos anos 60, o Prefeito de uma pequena

vila de pescadores, bem menor que Cubatão, observou que de lá saía uma

grande riqueza na forma da pesca. A Prefeita de Cubatão observa que daqui sai

uma grande riqueza na forma dos derivados de petróleo refinado, do aço, de

tantos produtos, tantas coisas. Dali saía a pesca, mas boa parte da população

continuava pobre. Então, o Prefeito disse: “Vamos criar um imposto de 3%

sobre o valor da pesca para instituir um fundo que pertencerá a todos”. “Mais

um imposto? Sou contra!”. Houve uma enorme resistência. Demorou 05 anos,

Prefeita, para persuadir a comunidade. Uma vez instituído, deu tão certo, que 10

anos depois, aquele Prefeito, Jay Hammond, tornou-se o Governador do Estado

do Alasca. Acontece que o Alasca, no final dos anos 60, encontrou na Baía de

Prudhoe, ao Norte do Alasca, como nós, no Brasil, na camada pré-sal, mais

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recentemente, enorme reserva petrolífera. Em 1976, aquele ex-Prefeito, agora

Governador, Jay Hammond, diz aos seus trezentos mil cidadãos: “Nós

precisamos pensar não apenas na geração presente, mas na vindoura, porque o

petróleo, como outros recursos naturais, não é renovável. Vamos, então, separar

pelo menos 25% dos royalties decorrentes da exploração dos recursos naturais,

para formar um fundo que pertencerá a todos”. Ele quis que todos debatessem e

votassem. Setenta e seis mil disseram “sim”, trinta e oito mil “não”. Dois para

um: venceu! Aqueles recursos, os 25% dos “royalties”, passaram a ser aplicados

no Fundo Permanente do Alasca: em “U.S. funds”, títulos de renda fixa, ações

de empresas do Alasca, contribuindo para diversificar a sua economia, ações de

empresas dos Estados Unidos, internacionais, inclusive da Petrobras, da Vale do

Rio Doce, do Itaú, do Bradesco, das mais rentáveis empresas brasileiras. Isso

significa que nós contribuímos para que eles fizessem isso lá. Até

empreendimentos imobiliários. O fundo passou de 01 bilhão de dólares, no

início dos anos 80, para 49 bilhões de dólares hoje. Suponhamos que estivesse o

Vereador César da Silva Nascimento. Posso lhe fazer uma pergunta pessoal? Na

sua família quantos são, em casa?

O SR. CÉSAR DA SILVA NASCIMENTO -

Somos cinco.

O SR. EDUARDO SUPLICY - Cinco pessoas:

marido, mulher e “cinco” filhos. Cinco não, três filhos. Marido, mulher e três

filhos. Se o Vereador César e os demais gostarem da ideia, a Prefeita também e

resolverem fazer algo semelhante aqui, entre 1º de janeiro e 31 de março, o

Vereador César preencheria um requerimento, um “application form”, uma

página só, dizendo que é César da Silva Nascimento, trabalha na Câmara

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Municipal de Cubatão, responde por suas crianças de até 18 anos, por elas

recebe. Tem que demonstrar que está vivendo aqui há 01 ano ou mais e se foi

viajar: “Fui até o Alasca verificar o que o Senador Suplicy explicou, se era uma

boa ideia. Fui ver e achei que valeu a pena. Propus aqui e agora está valendo

também em Cubatão”. Poucas perguntas mais e duas pessoas que o conhecem

bem, testemunham que a declaração é verdadeira. Se estivesse lá e assim tivesse

agido, entre 1º de janeiro e 31 de março, ao chegar à última semana de setembro

ou primeira de outubro, por transferência eletrônica para sua conta bancária ou

se preferiu, por cheque enviado à sua residência, se lá estivesse residindo há 01

ano ou mais, teria recebido, nos primeiros anos 80, 300, depois 400, depois 500

e assim por diante. Em 2008, quando o preço do petróleo foi “lá para cima”,

cada residente há 01 ano ou mais no Alasca, recebeu 03 mil, 269 dólares por

pessoa. Numa família de cinco pessoas, como a do César, seriam 16 mil e 300

dólares para a família, pelo direito de todos partilharem da riqueza comum do

Estado do Alasca. Qual foi a consequência? Em 1980, antes de começar isso, o

Alasca era o mais desigual dos cinquenta estados norte-americanos. O mais

recente “Coeficiente de Gini” de desigualdade mostra que o Alasca, 30 anos

depois dessa experiência, tornou-se o mais igualitário dos cinquenta estados

norte-americanos. Hoje, é considerado “suicídio político” para qualquer

liderança do Alasca, propor o fim desse sistema. O que o senhor achou da ideia?

O SR. CÉSAR DA SILVA NASCIMENTO -

Maravilhosa. Espero que nós consigamos implantá-la em nossa cidade. Seria

maravilhoso!

O SR. EDUARDO SUPLICY - Vamos perguntar ao

povo aqui. Alguém aqui não gostou da proposta? Levante a mão, por favor.

(Pausa). Todos gostaram?

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- Palmas.

O SR. EDUARDO SUPLICY - Está na hora? Eu

estou concluindo mesmo. Eu quero lhes dizer, que ainda mais levando em conta

o problema que ocorreu aqui em Cubatão, em fevereiro de 2012, é mais do que

justo que a cidade seja beneficiada pelo “Programa Minha Casa, Minha Vida”.

Como Senador, eu quero me colocar à disposição da Prefeita e dos Vereadores,

que junto com a Deputada Maria Lúcia Prandi, nós iremos transmitir a

mensagem ao Ministro das Cidades e à Presidenta Dilma, porque será ótimo se

Cubatão fizer parte do “Programa Minha Casa, Minha Vida”, tendo em vista

inclusive os problemas que aqui ocorreram. Quero me colocar à disposição da

população. Cubatão já está entrosada com o programa da CDHU, para avançar,

mas se não há o suficiente, eu me disponho a ajudar Cubatão a ampliar os

programas habitacionais, que também são tão importantes. A Renda Básica de

Cidadania constitui um dos instrumentos de política econômica para a

realização, a construção, de uma sociedade justa. Apenas para concluir, porque

tenho poucos minutos, permita-me lhes dizer que tenho a convicção, assim

como o Filósofo e Economista Philippe Van Parijs, de colocar em prática os

princípios da justiça, elaborados por John Rawls, no livro “Uma Teoria da

Justiça”, uma obra de 1971. São os princípios: igual liberdade, diferença e

igualdade de oportunidades. Vou explicar os três princípios. Igual liberdade

significa que toda pessoa deve ter um conjunto de liberdades básicas

fundamentais, como o de ir e vir, o de livre expressão, o de livre associação, o

de votar e ser votado e outros, que deve ser estendido a todos na sociedade. O

princípio de diferença diz que se for para haver alguma diferença

socioeconômica num país, só deverá existir se for para beneficiar os que menos

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têm e de maneira a prover igualdade e oportunidades a todos. Como explicar o

princípio da diferença? Suponhamos que aqui nós tenhamos um bom time de

futebol, mas queremos fazer com que o nosso time seja o campeão neste ano.

Contudo, em nosso time há alguns Jogadores formidáveis de futebol, de

basquete, digamos como o “Pelé”, como o “Garrincha”, como o Neymar, como

a Hortência, como a Marta e assim por diante. Então, nós vamos dizer a esses

craques: “Olha, como vocês jogam excepcionalmente bem, nós vamos dar a

vocês uma remuneração melhor do que a nossa, para que vocês deem o melhor

de si. Nós também vamos receber alguma coisa para dar o nosso melhor, de tal

maneira a ver se o nosso time tenha o melhor resultado possível”, ou seja, nós

vamos até concordar que haja diferenças de remuneração entre nós e esses

craques formidáveis, mas para o benefício de todos nós. O Professor

Philippe Van Parijs, no seu livro “Real Liberdade para Todos”, explica bem que

se quisermos aplicar bem esses princípios de justiça, o melhor será instituir uma

Renda Básica de Cidadania, cuja maior vantagem é justamente aquilo que eu

mencionei no início, de aumentar o grau de liberdade para todos na sociedade.

Por exemplo, para aquele jovem que por falta de alternativa para a sua

sobrevivência resolve se tornar um “aviãozinho”, um membro da quadrilha de

narcotraficantes ou para aquela jovem, que pela mesma razão, às vezes por não

ter o que dar de comer aos seus em casa, resolve então vender o seu corpo,

enfim, para essas pessoas, no dia em que houver uma Renda Básica de

Cidadania, para elas próprias e para todos da sua família, elas vão ganhar o

poder e dizer: “Não, eu não vou aceitar essa única alternativa, que vai ferir a

minha dignidade, que vai colocar a minha saúde, a minha vida em risco. Agora,

quem sabe eu possa fazer um curso, aguardar um tempo, porque eu e todos na

minha família temos o suficiente pelo menos para nos alimentar, poder ter

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alguma condição de vida. Então, vou aguardar um pouco, fazer um curso, até

que surja uma oportunidade mais de acordo com a minha vocação e com a

minha vontade”. É neste sentido, portanto, que a Renda Básica de Cidadania

elevará o grau de liberdade e de dignidade a todos desta sociedade. Quem sabe

Cubatão, em breve, possa ser um exemplo da Renda Básica de Cidadania. Muito

obrigado prezado Presidente desta Câmara, Vereador Wagner Moura. Agradeço

muito pela oportunidade de explicar a todos. Não vou ter o meu livro para todos,

mas acho que tenho o suficiente para cada Vereador. Obrigado!

- Palmas prolongadas.

O SR. PRESIDENTE - Esta Presidência convida os

Vereadores que integram este Poder, para prestarmos juntos, justa homenagem

ao Exmo. Sr. Eduardo Suplicy, DD Senador e Orador Oficial desta solenidade.

- Sob palmas, o Sr. Presidente e os Vereadores presentes, prestam

justa homenagem ao Sr. Eduardo Suplicy.

O SR. EDUARDO SUPLICY - “Câmara Municipal

de Cubatão. Estado de São Paulo. Homenagem do Poder Legislativo Cubatense

ao Exmo. Senador Eduardo Suplicy, Orador Oficial da Sessão Solene

comemorativa ao 65º aniversário da emancipação político-administrativa do

Município de Cubatão. Cubatão, 10 de abril de 2014. 481 anos da fundação do

povoado, 65 anos da emancipação. Vereador Wagner Moura dos Santos,

Presidente, Vereador César da Silva Nascimento, Vice-Presidente, Vereador

Ivan da Silva, 1º Secretário, Vereador Fábio Alves Moreira, 2º Secretário,

Vereadores Adeildo Heliodoro dos Santos, Ademário da Silva Oliveira,

Aguinaldo Alves de Araújo, Fábio Moura dos Santos, Jair Ferreira Lucas,

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Ricardo de Oliveira e Severino Tarcício da Silva”. Agora, gostaria de retribuir

esta homenagem, dando a cada um dos Vereadores um exemplar do meu livro.

Espero que tenha para todos.

- Palmas prolongadas.

O SR. PRESIDENTE - Neste instante, convido os

Musicistas Rodrigo Araújo Vilela e Thiago Xavier Barbosa, que formam o Duo

de Saxofones da Banda Marcial de Cubatão, que tem sob sua regência o Maestro

Alexandre Felipe Gomes, para uma apresentação artística especial.

- Os Musicistas Rodrigo Araújo Vilela e Thiago Xavier Barbosa,

interpretam as canções: “Blue Eyes Crying In The Rain”, de autoria de Willie

Nelson e “Samba do Avião”, de autoria de Antônio Carlos Jobim.

- Palmas prolongadas.

O SR. PRESIDENTE - Concedo a palavra à Exma.

Sra. Professora Marcia Rosa de Mendonça Silva, DD Prefeita Municipal de

Cubatão.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

- Boa noite a todas e a todos. Quero cumprimentar muito especialmente o nosso

Senador da República, fundador do Partido dos Trabalhadores, único Partido ao

qual me filiei em toda a minha vida. Quero dizer, Suplicy, que eu tenho muito

orgulho de estar caminhando com você por todos esses anos. Eu tenho orgulho

da sua história, o Brasil tem orgulho da sua história e como o Ivan leu aqui, o

Brasil reconhece o seu trabalho, sua história, sua dedicação por um país mais

justo, mais igualitário. É uma honra recebê-lo em Cubatão como Orador Oficial,

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para comemorar os 65 anos da emancipação político-administrativa da nossa

cidade. Parabéns!

- Palmas.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

- Quero cumprimentar o Dr. Antônio Carlos Messias, Delegado Titular do

Município de Cubatão. Quero cumprimentar o nosso sempre Juiz, Dr. Frederico

Messias. Quero cumprimentar a nossa Deputada Federal, Maria Lúcia Prandi.

Quero cumprimentar os Vereadores desta Casa, começando aqui pelo Jair,

Companheiro do PT. Quero cumprimentar o Jair, conhecido como “Jair do Bar”.

Quero cumprimentar o Ivan, o Fábio Moura, aliás, eu já ia errar né, porque são

irmãos. Nós temos nepotismo aqui na Câmara, o Fábio é irmão do Presidente,

que é o Wagner. Quero cumprimentar aqui o César, que todos já sabem que não

tem cinco filhos! Não é, César? Por enquanto. Quero cumprimentar o nosso

Vereador “Roxinho”. Quero cumprimentar a Primeira-Dama do Município, que

se retirou agora, há poucos minutos, a minha mãe, “Dona Darcy”. Agradeço a

ela pela presença, não só aqui na Casa, mas na minha vida, na vida da minha

família e na vida desta cidade, ajudando as pessoas que mais precisam. Quero

cumprimentar o Presidente da Câmara, Wagner Moura e parabenizar aqui pela

indicação do Orador Oficial, o Senador da República Suplicy. Quero

parabenizá-lo, Wagner, pelo seu trabalho na condução desta Casa, junto com os

Vereadores, que têm a responsabilidade, como bem colocou aqui o nosso

Senador, de lutar todos os dias, incansavelmente, por uma cidade mais justa,

mais humana, mais igualitária, mais democrática. Principalmente mais

igualitária, limpa e ética. Parabéns!

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- Palmas.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

- Quero cumprimentar ainda o Vereador de Itanhaém, “Conrado” e o Vereador

“Gilberto”, do Guarujá, que foi embora, mas tudo bem, vale o cumprimento,

porque ele ficou até quase agora. Quero cumprimentar o Waldir Caobianco,

representando o CIESP aqui em Cubatão e agradecer pela parceria das indústrias

da nossa cidade com o governo e com a população. Quero agradecer à

“Carolina”, representando a Refinaria de Cubatão. Quero agradecer ao Vereador

“Soares”, do DEM, Vereador do Guarujá, ao “Marcelo”, Presidente da Câmara

do Guarujá, ao Vereador “China”, do PMDB, também do Guarujá, ao Vereador

“Tody”, do PMDB, do Guarujá e ao Vereador “Nicolaci”, do PROS, também do

Guarujá. O Guarujá presente aqui na nossa cidade. Quero agradecer e

cumprimentar os Companheiros Vereadores “Jura” e “Alfredo”, da cidade de

São Vicente. Quero cumprimentar ex-Vereadores também, pois quem passa,

constrói, escreve a história neste local, que é o templo da democracia. Sempre

digo que o Legislativo é o templo da democracia brasileira. Quero cumprimentar

a “Zilda”, que é ex-Vereadora e cumprimentar o Armando Campinas Reis, ex-

Presidente desta Casa. Não vou conseguir citar todos e todas, mas cumprimento

a todos os Secretários e Secretárias, equipes do nosso governo aqui presentes,

por meio do meu Secretário Jurídico, “Dr. Toledo”. Na pessoa do “Dr. Toledo”,

cumprimento toda a equipe de governo. Vou ser bem breve, Suplicy, começando

pelo final da sua fala e dizendo que esta cidade tem o “Minha Casa, Minha

Vida”, que é um projeto em andamento. É preciso que se entenda que numa

democracia, nós não vamos lá, construímos a casa e “ponto final”. Não é só ter o

recurso, a vontade, o desejo, o sonho, a demanda, a carência da nossa população.

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Temos uma região e gostaria que o senhor levasse essa preocupação mais uma

vez ao Senado da República, em que os problemas ambientais são imensos.

Cada vez que vamos fazer alguma coisa que mexa com questão ambiental, nós

ficamos dependentes de licenças ambientais, por 05, 10 anos, para conseguir

mexer em alguma coisa. Queria lembrá-lo e agradecer-lhe, Senador, por sua

visita aqui, a população lembra, em 22 de fevereiro de 2013, quando metade da

nossa população estava debaixo d’água. Havia sessenta e cinco mil pessoas

debaixo d’água, pessoas que perderam tudo e o “tudo” dessas pessoas, era muito

pouco, mas era tudo que elas tinham. Um dos grandes problemas da nossa

cidade é a questão do desassoreamento dos rios. Nós estamos, há 30 anos,

pedindo para desassorear os rios desta cidade, que transbordaram e deixaram a

população debaixo d’água. Aí tem os entraves burocráticos, as licenças

ambientais e principalmente a questão da responsabilidade dos entes federados,

sendo de responsabilidade do Governo do Estado o desassoreamento dos rios.

Esta é uma reivindicação da comunidade, que “correu lista”, fez abaixo-assinado

nas ruas, colheu mais de cento e cinquenta mil assinaturas, pedindo ao Governo

do Estado, com urgência, o desassoreamento dos rios. Graças a Deus neste ano,

até o momento, nós não tivemos nenhuma tragédia. Apesar das chuvas intensas

em alguns períodos, nós não tivemos a tragédia do ano de 2013. Com relação

aos projetos habitacionais do “Minha Casa, Minha Vida”, a Vila dos Pescadores,

por exemplo, está incluída no projeto habitacional “Minha Casa, Minha Vida”.

O projeto habitacional do PAC, que envolve a Vila Esperança, envolve sete mil

famílias, também está em andamento. Eu queria dizer que quanto aos projetos

habitacionais, o Município de Cubatão – o Município de Cubatão –

proporcionalmente, tem o maior projeto habitacional deste país. Deste país!

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- Palmas.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

- Hoje nós não retiramos as pessoas simplesmente: “Olha, vou construir aqui,

tira todo mundo e joga debaixo da ponte”. Para começar a construção do projeto

do PAC, na Vila Esperança, nós tivemos que antes construir novecentos e

quarenta unidades habitacionais. Eu quero lembrar que o Wagner era, na época,

Secretário de Obras e conduziu o processo da construção dessas novecentos e

quarenta unidades habitacionais, em que nós removemos a comunidade do

CAIC, para lá iniciarmos a construção do projeto habitacional. Então, os

projetos caminham e muitas vezes não com a velocidade do nosso sonho, do

nosso desejo, da nossa vontade, mas eles estão acontecendo como nunca

aconteceram em nenhum outro momento da história deste país. Acho que o

Senador foi muito feliz quando falou dos projetos encaminhados pelo Presidente

“Lula” e pela Presidente Dilma, que mudaram a história do nosso país, muito

especialmente na questão da renda, na questão da inclusão à Educação, na

questão da Saúde e na questão habitacional. Nós vivemos uma grande revolução

do ponto de vista da inclusão social. No entanto, registro aqui, na data de hoje,

em que comemoramos no dia de ontem, 65 anos de emancipação político-

administrativa do Município de Cubatão, que esta é uma cidade, Senador, para

ninguém esquecer. Não esquecer o que é Cubatão, tanto do ponto de vista

ambiental, do que significou esta cidade receber o primeiro polo petroquímico

deste país, do que significou esta cidade abrigar a primeira usina geradora de

energia, do que significou para o país esta cidade levar água para toda a região

da Baixada Santista, do que significou e significa para o país, esta cidade abrigar

a primeira refinaria da Petrobras e umas das maiores siderúrgicas do país, que é

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a Usiminas, antiga Cosipa, do que significou para esta cidade ser conhecida

como “Vale da Morte” e recuperar sua autoestima somente em 1992, com o

reconhecimento pela ONU, como “Cidade-símbolo da Recuperação Ambiental”.

No entanto, o passivo social está presente. Quando o senhor cita aqui, que são

aproximadamente quatro mil famílias que têm direito ao “Bolsa Família” em

Cubatão, porque têm uma renda inferior a 70 reais por pessoa, nós temos desse

percentual aproximadamente vinte mil pessoas. Então, nós temos 22% desta

população dependente de complementação de renda. Aí, eu entro na contradição

quando os dados apontam que a arrecadação “per capita” é uma das maiores do

Estado de São Paulo e do país. Para onde vai, a riqueza que esta cidade produz?

Onde está a riqueza que a cidade produz? Quando se quer discutir seriamente a

questão da distribuição da renda e da questão tributária, muitas vezes pessoas

que não agem com a decência e a boa fé que são necessárias, levam esse debate

para aquilo que é pequeno. Para se discutir Receita Tributária, nós temos que

discutir sobre tributos. Não existe milagre, tem que dividir. O senhor sempre

colocou isto. Quem tem mais tem que dividir com quem tem menos. Não tem

segredo. Não existe a possibilidade de criar recurso, criar riqueza, sem que haja

essa justiça na distribuição dessa riqueza. Aí, eu digo que esta cidade, Senador, é

exemplo para o Brasil e para o mundo, do que não se deve fazer. O senhor bem

disse aqui, que Cubatão foi a última cidade a ter autonomia política, a poder

eleger o seu próprio Prefeito e após a conquista da autonomia, a cidade elegeu

dois Prefeitos, que antes eram Interventores e que permaneceram no poder

durante 20 anos. O que significou não eleger Prefeitos? O que significou para

Cubatão não ter uma Constituição que exigisse ingresso através de concurso

público? Eu vou dizer o que significou. Significou uma folha de pagamentos

hoje, que é proporcionalmente a maior do Brasil inteiro: 350 milhões de reais.

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Significou Senador, salários dos quais muitos dizem: “Ah, mas ninguém

recebe”. Claro, a Prefeita corta, mas corta com benefícios e chegam a mais de 30

mil por mês. Salários que chegaram a 50, 60, 70, 80, 90, 100, 120, 167 mil reais

por mês! Está lá no holerite do funcionário. Holerite abate teto constitucional,

porque um dia esse funcionário ainda quer buscar na Justiça o direito de receber

a vergonhosa quantia de um salário de 167 mil reais, quando grande parte do

nosso povo mora em palafitas, em cima do mangue, sem o mínimo de dignidade,

numa cidade tão rica como a nossa. É aí onde está o dinheiro.

- Palmas.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

- Mudar isso é uma história de luta e enfrentamento muito grande, porque eu até

entendo que quem está ganhando seus 50 mil há muito tempo, foi porque

alguém colocou ele lá, alguém incorporou ao salário dele, alguém deu os

benefícios para ele. Ele tem uma família muito grata a ele, né? Muitas pessoas

muito gratas e também tem uma renda que foi comprometida. As pessoas

passam a viver de acordo com a sua renda e alguém diz: “Vou cortar”, aí, você

muda a vida das pessoas. Agora, esse passivo, infelizmente, Senador, não foi

visto em 1988, quando o Brasil promulgou a Constituição da República

Brasileira. Não contabilizaram o déficit e a dívida do passado. Entregaram as

Prefeituras aos Prefeitos, para o período da democracia, com precatórios, dívidas

e uma “máquina pesada, emperrada” e difícil de governar com democracia, com

seriedade e com distribuição de renda. Então, deste passivo, Cubatão é exemplo.

Tive a oportunidade de participar de um Congresso em Brasília, onde estavam

mais de cinco mil Prefeitos, representados, do Brasil inteiro. Tive que assistir, o

que foi projetado no telão, dizendo: “Olha a cidade que tem a maior injustiça na

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distribuição de renda do ponto de vista dos salários dos funcionários públicos

contratados antes de 1988”. É a minha cidade, é Cubatão. Hoje, Senador, eu

tenho funcionário público que mora lá no barraquinho humilde. Muitos

funcionários estão inscritos no “Minha Casa, Minha Vida”, porque eles ganham

um salário líquido de 900, no máximo 1.000 reais e aí, nós complementamos

com o “Cartão Cidadão” e tantos outros projetos que nós temos, como o “ticket

alimentação”. Agora, enquanto esse leva 1.000 reais para casa, estando

trabalhando, muitas vezes, 30, 35 anos como funcionário público, outros

“entraram pelas portas dos fundos” e em pouquíssimo tempo se aposentaram e

levam para a sua aposentadoria, vivendo em outros lugares, merrecas de 35, 40

mil reais por mês, para gastar em outro lugar. É por isso que a cidade de

Cubatão é vista o tempo inteiro como a cidade da contradição: a cidade rica e o

povo pobre. A cidade rica e o povo pobre! Enfrentar esse problema não é

trabalho para uma Prefeita sozinha, não é para um Senador da República

sozinho. Tem que ser trabalho de uma cidade inteira. As pessoas têm que se

envolver nesta cidade, para buscar essa justiça que muitos clamam. O Dr.

“Frederico” está aqui, ele é um Juiz e sabe que está na Constituição, que todo

mundo tem direito à educação. Dr. “Frederico”, um Juiz me deu 24 horas e disse

assim numa liminar: “Prefeita, coloca essa criança na creche”. Quando eu

cheguei aqui, Dr. “Frederico”, tinham trezentas e poucas vagas em creches, hoje

têm quase quatro mil vagas, mas mesmo assim, eu não consigo colocar todas as

crianças em creches.

- Palmas.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA - Aí,

Dr. Frederico, uma liminar de um Juiz dá o direito a uma criança passar na

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frente de tantas outras mais excluídas, tão mais excluídas, que não conseguiram

chegar a um Advogado. Aí, ela passa na frente para ser atendida. Eu quero dizer

que nós administramos o melhor hospital público do país inteiro. Quem conhece

sabe. Só que Santos fecha a Maternidade e para onde o pessoal vai? Vem para

Cubatão. A falta de atendimento na Saúde nas cidades da região faz com que as

pessoas venham para esta cidade. Aí a fila do medicamento aumenta, a fila para

a UTI aumenta. Eu já presenciei e não foi uma vez só, pessoas que nasceram

nesta cidade, vieram para cá na época dos bananais. Eu sou uma delas. Sou

descendente de pessoas que vieram pra cá na época em que Cubatão era um

grande bananal. Vi pessoas que morreram, porque não tinha um leito de UTI.

Hoje nós temos doze leitos de UTI, mas nenhum deles estava ocupado por

nenhum munícipe da nossa cidade. Tem alguma coisa errada. Tem alguma coisa

errada quando se distribui recursos do Governo do Estado, quando o Estado

distribui aos municípios e não distribui igualmente à nossa cidade. Isso é justiça

social. Nós recebemos do Governo do Estado 0,1% de verba para a Saúde! As

outras cidades recebem leitos e medicamentos. Itanhaém recebeu duzentos

leitos, mas é uma cidade que não comporta uma população para serem utilizados

duzentos leitos. Aqui nós não recebemos um leito. Aqui nós recebemos

promessas, muitas promessas, mas uma solidão muito grande para governar

tantos problemas. Falta no olhar de todos aqueles que são gestores, aquilo que

temos que colocar no peito, que é o amor pelas pessoas. Amor! Só isso! Se você

conseguir colocar dentro do teu peito o amor pelas pessoas e que você precisa

cuidar das pessoas, independentemente da bandeira partidária que eles tenham,

da religião em que elas estejam e que você precisa cuidar de todas as pessoas

com amor, com igualdade, com fraternidade, você estará construindo, dia a dia,

um país melhor, um país mais justo, um país mais humano.

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- Palmas.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

- Eu costumo comemorar vitórias, porque eu acho que a nossa vida, o tempo

inteiro, é de luta, de luta e nós fazemos as nossas escolhas. Eu comemoro

vitórias. Há pessoas que não têm capacidade de comemorar vitórias e aí, elas

comemoram a derrota alheia. É o tamanho da pobreza.

- Palmas.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

- Este é o tamanho da pobreza. Eu queria finalizar dizendo, Senador, que

quando eu cheguei a esta cidade não tinha cinema, não tinha teatro, não tinha

abrigo nos pontos de ônibus, não tinha Cobrador dentro dos ônibus, sequer tinha

ônibus, porque eram todos velhos, quebrados. Não tinha vaga em creche, não

tinha elevador nas escolas. Eu tenho hoje uma cidade que tem o maior parque

público de toda a região da Baixada Santista, que tem cinema, que tem teatro.

Todas as escolas com dois pavimentos têm elevador. Eu cheguei aqui e até teve

gente reclamando sobre isso no desfile: “Prefeita, mas tem gente reclamando,

que tem ar-condicionado quebrado nas escolas”. Eu falei: “Que bom! Que bom,

porque quando eu cheguei aqui não tinha nem ventilador nas escolas. Eu

coloquei os ares-condicionados nas escolas”.

- Palmas.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

- É claro que no verão intenso o ar condicionado quebra mesmo, como quebra

na nossa casa e há dificuldade hoje para encontrar pessoas especializadas para

consertar. Hoje, até quem compra, tem que aguardar um tempo para instalar. As

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nossas UBS’S, construídas em parceria com o Governo Federal, todas, têm ar-

condicionado. O nosso Hospital tem ar-condicionado em todos os quartos, ou

seja, nós temos hoje uma cidade que não tínhamos. Temos muito, mas muito,

mas muito, Senador, para fazer, nós temos muito para fazer, mas essa disposição

de luta nós também temos. Vamos entregar agora, neste ano, o maior Centro

Vocacional Tecnológico de toda a região Sudeste. Está aqui o Presidente do

CIESP, que foi um grande parceiro, junto com as empresas da cidade, muito

especialmente a Usiminas. O “Luiz” está aqui e a Usiminas colaborou na

construção desse Centro Vocacional Tecnológico, para a qualificação dos nossos

jovens para o mercado de trabalho. Nós fomos selecionados, dentre muitos

municípios brasileiros, para receber agora, com o “Programa Mais Médico”, do

Governo Federal, a Universidade de Medicina, que será instalada nesta cidade

ainda neste ano, com vestibular e ingresso em janeiro de 2015. Esta é uma

grande conquista.

- Palmas.

A SRA. MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

- Nós já estamos também na fase de aprovação do projeto, para o início das

obras e toda a fase mais difícil, que é projeto, aprovação, licença, já foi

concluída, para a construção do primeiro shopping. Olha que coisa: esta, que é

uma das cidades mais antigas do país, está recebendo o primeiro shopping, que,

aliás, será um mega shopping. Com uma torre de trinta e dois andares, com salas

de escritório, com hotel de bandeira Íbis, internacional, no chamado “Quarteirão

da Saúde”. São novos empregos, uma nova cidade, um novo perfil, porque nós

apresentamos o tempo todo, ao longo da nossa gestão, do nosso governo,

Cubatão para São Paulo, para os empresários, para os investidores.

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Apresentamos suas potencialidades, sua riqueza e a capacidade que temos de

crescer e crescer muito e desta vez com distribuição de renda e com justiça

social. Esse grande shopping também compõe a Avenida Martins Fontes e o

“Quarteirão da Saúde”. Por compensação social à construção desse grande

investimento, temos quilômetros de ciclovias, que serão restauradas pelos

empreendedores. Teremos também a construção da maternidade da “Rede

Cegonha”, ali ao lado, no prédio da antiga Policlínica. Estamos em parceria com

o Governo Federal, iniciando neste ano também, o nosso novo Centro de

Especialidades Médicas, um projeto que começamos a discutir há 02 anos, mas

que iniciaremos neste ano. Às vezes, eu escuto as pessoas falando assim: “Olha,

cadê a Policlínica?”. Lógico, as pessoas sabem que ela vai sair, então ficam

cobrando antes. É bom saber: vai sair sim! O Centro de Especialidades Médicas

será entregue neste ano de 2014. Serão construídas cinco novas Unidades

Básicas de Saúde. Estamos ampliando vários programas e projetos sociais de

inclusão, para garantir aquilo que foi aprovado lá em 1996, que é o direito da

criança estar na sala de aula em período integral e independentemente se a mãe

está trabalhando ou não. É direito da criança, é direito dela estar numa escola em

período integral. Não trancada numa escola, mas com atividades em período

integral. Esta cidade, como o senhor pôde ver na nossa Banda Marcial, nos

nossos grupos artísticos, tem uma Escola Técnica de Música, que nenhuma outra

cidade tem. Nós temos investimentos na Saúde, na Educação, na Cultura e no

Esporte, que nos permitem a transversalidade da política educacional,

garantindo aos nossos jovens período integral com valorização da pessoa

humana. É preparar o ser humano para a vida, não meramente para o mercado de

trabalho, para que ele seja uma pessoa feliz, construa uma família feliz e seja

capaz de ajudar a construir uma cidade feliz, uma país feliz, uma nação feliz. É

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este o recado que eu tenho para dar nesses 65 anos da cidade. Que Deus abençoe

a nossa cidade, que Deus a alimente e que cada um de nós tenhamos a força para

dominar dentro de nós o nosso lado não bom, deixando aflorar sempre os olhos

da bondade, da fraternidade e da igualdade. Muito obrigada a todos!

- Palmas prolongadas.

O SR. PRESIDENTE - Neste momento, o Corpo

Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão entregará flores à Sra. Prefeita

Marcia Rosa, pela passagem do seu aniversário.

- Sob palmas, o Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão

entrega flores à Sra. Marcia Rosa.

O SR. PRESIDENTE - Esta Presidência, em nome

de todos os Vereadores que integram este Poder, agradece pela participação ao

Exmo. Sr. Eduardo Suplicy, DD Senador e Orador Oficial desta solenidade.

Agradece pela presença à Exma. Sra. Prefeita Municipal de Cubatão, Profa.

Marcia Rosa de Mendonça Silva, ao Dr. Antônio Sérgio Messias, DD Delegado

Titular do Município de Cubatão, ao Exmo. Dr. Frederico dos Santos Messias,

MM Juiz de Direito da 4ª Vara Cível de Santos, à Exma. Sra. Maria Lúcia

Prandi, DD Deputada Federal, bem como, aos Vereadores e ex-Vereadores desta

Casa e às demais autoridades presentes. Agradece aos Vereadores “Roxinho”,

César, “Jair do Bar”, Ivan, Fábio Moura e “Doda”, presentes nesta Sessão.

Agradece também pela participação aos Cantores João Paulo Reis, Deblas

Alves, Róbson Dimas e Daniela Martins, integrantes do Coral Zanzalá e ao

Pianista Décio Carrion, bem como ao Duo de Saxofones e ao Corpo

Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão. Agradece pelo brilhantismo dado

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ao evento. Agradece ainda à Imprensa e à comunidade em geral, pelo prestígio

dado a esta Sessão. Por fim, agradece aos funcionários desta Casa pela

organização e à Petrobrás, nas pessoas da Sra. Carolina da Cruz Costa, Gerente

de Comunicação e do Sr. Rogério Daisson Santos, Gerente Geral da Refinaria

Presidente Bernardes de Cubatão, pelo apoio dado à solenidade. Declaro

encerrada a presente Sessão Solene.

- LEVANTA-SE A SESSÃO. (22h36m).