Caminho e Caráter Da Revolução Brasileira

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    Caminho e Carter daRevoluo Brasileira

    rico Sachs (Ernesto Martins)

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    !rimeira Edio" Escrito em 1970, quando o autor se encontrava exilado naAlemanha. Circulou no mesmo ano no Brasil entre militantes da esquerdarevolucionria, em edio mimeora!ada "rovidenciada "ela orani#ao $ol%tica&"erria. & documento ' com"osto "or quatro "artes distintas. (Ernesto )artins*!oi um codinome utili#ado "or Eric +achs em seus escritos durante a ditaduramilitar. $arte diitali#ado e revisado em out-007, com /ase na coletnea (Andarcom os $r"rios $'s*, Belo 2ori#onte, +E34AC. 19956 $arte diitali#ada emset-007 e revisada com /ase em c"ia mimeora!ada datada de 1970.#onte Centro de Estudos 8ictor )er.$ranscrio" $er :alcn%$M&" :ernando A. +. Ara;

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    toda Am'rica atina, as quais se viram o/riadas a uma"reci"itada reviso de suas conce"Ges ideolicas e, no"oucas ve#es, se sentiram !oradas a en!ati#ar "ro!issGes de!' socialista "ara "oder so/reviver.

    $ara a ela/orao de uma estrat'ia e ttica marxista noContinente, o sim"les a/andono da tese da revoluo/uruesa no ' o /astante. & recuo ttico e as "ro!issGes de!' socialista, na maioria das ve#es, servem s "ara enco/rir o@conservadorismo das conce"Ges de luta su"eradas e amanuteno de "rinc%"ios e "rticas "equenoD/uruesas so/um rtulo novo.

    F o movimento revolucionrio, que se nomeia marxistaDleninista, tem que ter claro, no s os o/

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    classes que os encarnam "odem desenvolver a solidariedadecontinental necessria luta de emanci"ao e su"erar os"articularismos =chauvinistas= e interesses locais, quecaracteri#am a !ase das lutas /uruesas.

    Ento, isto sini!ica que a Am'rica atina e que re"resenta outro "onto do de/ate. Aconstatao do o/

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    s'rie de "ro/lemas que a sociedade /uruesa em decadJncia

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    Consequente com essa linha "o"ulista, "arte de=movimentos= e =lutas "o"ulares= "ara chear atrav's da!ormao de =!rentes "o"ulares= ao a"oio a =overnos"o"ulares=. +e )arx Jnin"or sua ve# dedicouconsidervel luar nas suas "olJmicas "ara resta/elecer osconceitos revolucionrios do marxismo. 2o

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    tam/'m serve eralmente a seundas intenGes. Essastentativas mecanicistas de enerali#ar ex"eriJncias "odem,consciente ou inconscientemente, serem ocasionadas "elo!enLmeno de querer ver o desenvolvimento das lutas de

    classe em escala internacional como continuao da "r"riarevoluo @assim como existiram enerais que viram em cadanova uerra o "rosseuimento da uerra anterior. Ca/e aosrevolucionrios dos demais "a%ses reti!icar esse erro a tem"o.

    )as o modelo tam/'m ' trans"ortado consciente ouinconscientemente @o resultado ser o mesmo "orqueconv'm "ara sustentar conce"Ges "ol%ticas

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    o/

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    As circunstncias histricas concretas que "ossi/ilitaram aexecuo da revoluo chinesa so conhecidas. A revoluo/uruesa, cu

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    tinham que inorar "or muito tem"o as divisGes de classe nascidades.

    nse"arvel de revoluo chinesa ' o conceito da 3uerra

    $o"ular 4evolucionria que se caracteri#ou "ela "rolonadacon!rontao armada entre unidades uerrilheirascam"onesas e o Ex'rcito da re"resso. $roteidas "or /asesli/eradas, essas unidades uerrilheiras cresceram durantemais de 0 anos de luta, de reimento a /riadas, divisGes eex'rcitos. A revoluo vai do cam"o at' as cidades que socercadas e tomadas no !inal da uerra e cu

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    cheou a cola/orar com a 4evoluo e que continuacola/orando, o !e# de"ois da vitria comunista e o !e# "orqueno tinha outra sa%da levando em conta os meios de coeroque o overno revolucionrio dis"unha. sso ' o que h de

    concreto so/re a =cola/orao de /uruesia nacional=, mastrataDse evidentemente de uma ex"eriJncia di!icilmentea"licvel a nosso terreno na atual !ase de luta.

    S evidente tam/'m que nossos com"anheiros chinesesconhecem esses !atos to /em como ns. +e continuamsustentando a !ico da =cola/orao da /uruesia nacional= erecomendam a "artici"ao das /uruesias nacionais na=revoluo antiDim"erialista e anti!eudal= dos "ovos da Usia,

    U!rica e Am'rica atina, isso tem causas e ra#Ges concretas.Em "rimeiro luar, enerali#am a situao reinante na

    China "r'Drevolucionria a todo mundo ca"italistasu/desenvolvido e a/straem as condiGes sociais e histricasreinantes nas diversas reiGes. $ara eles trataDse evidente eenericamente de vencer as !ases /uruesas do "rocessorevolucionrio @4evoluGes ?acionalDKemocrticas, quedesem/ocar como na China @?ova Kemocracia nosocialismo, mas que quer ser tratado e iniciado a /ase dealianas de classe da revoluo /uruesa. & que "elo menosno caso da Am'rica atina

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    com"letamente di!erente. 2o

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    dividiu em classes, que se com"ortam con!orme os interessessociais criados "ela sociedade ca"italista. ?osso "ro/lemamais urente ' dar consciJncia de classe ao "roletariado e o;nico caminho "ara isso ' no deixar nenhuma iluso so/re

    os interesses de classes existentes na sociedade.&utamos contra uma sociedade ca*italista

    $&VCA &$E4U4A, desde a sua !undao @"odeDse di#erque !oi essa uma das ra#Ges de sua !undao, de!endeu atese da revoluo socialista como ;nica soluo "oss%vel dos"ro/lemas sociais no Continente e es"eci!icamente no Brasil.:omos os "rimeiros e "or muito tem"o os ;nicos no "a%s que

    se deram ao tra/alho de uma !undamentao terica e que"rocuraram tirar as consequJncias "rticas da situao. Aindaque, desde loo, devemos muito aos tra/alhos "ioneiros decom"anheiros de outros "a%ses latinoDamericanos, como oequatoriano )anuel Austin Auirre.

    %nhamos cheado a duas conclusGes /sicas

    a que a Am'rica atina no conheceu em sua histriarevoluGes /uruesas no sentido euro"eu ou asitico, onde a

    /uruesia das cidades com"actuava e at' "artici"ava de umaluta "o"ular contra uma velha ordem !eudal.

    A Am'rica atina no conheceu o !eudalismo como ordemsocial "r"ria, a"esar das tentativas es"ontneas dosdesco/ridores e conquistadores de trans"ortar "ara o ?ovo)undo os valores reinantes ainda em suas "trias. &continente !oi conquistado, "ovoado e desenvolvido @isto ',su/desenvolvido em !uno do ca"italismo mundial, no inicio

    "rinci"almente "elo ca"italismo mercantil, e !ormado "elasnecessidades deste. $artici"ou "assivamente desse sistemaca"italista desde o in%cio, !onte de acumulao "rimitiva "araas )etr"oles e reserva "ara !uturas ex"ansGes do sistema.Huando se li/ertou do estado colonial direto, continuou como!ornecedor de mat'rias "rimas, mercado e dom%nio das)etr"oles ca"italistas at' ser a/sorvido e interado aoim"erialismo, que enlo/ou essas reiGes em um sistemamundial sem necessitar destruir a decom"or velhas relaGes

    !eudais, como na Usia "or exem"lo. A mis'ria latinoD

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    americana, tal como a conhecemos atrav's de sua histria,

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    ca"italistas. A classe dominante do Continente no !e# mais eno !a# mais do que se ada"tar s necessidades doca"italismo mundial, sem "oder su"erar seu "a"el dede"endente. Esta =continuidade na troca=, re"resenta um

    !ator !undamental na anlise histrica e dial'tica. )as noinstante de realar o !enLmeno da =continuidade na troca=,:rancO deixa em seundo luar o sini!icado do saltoqualitativo, que re"resenta a trans!ormao das economiasarrioDmercant%s, de caracter%sticas coloniais, em ca"italistaindustrial su/desenvolvidas dentro do contexto eral das lutasde classes em escala internacional. Entretanto, no sea"erce/eu da im"ortncia do surimento do "roletariadoindustrial o de sua interveno no cenrio da "ol%tica latinoD

    americana e isso ex"lica "orque a"esar de ver claramente ainca"acidade da /uruesia de enca/ear ou "artici"ar dequalquer movimento revolucionrio e de ver a soluosocialista como a ;nica sa%da "ara os "ro/lemas vitais doContinente considera, entretanto, essa luta so/ o nulo da=li/ertao nacional=.

    $ara a discusso em termos de uma estrat'iarevolucionria, tal como se est dando atualmente, '

    im"ortante ter em mente o quanto essa situao cont'm deelementos que "odem ser levados em conta. anto arevoluo russa como a chinesa, em escala ainda maior,tiveram tare!as da revoluo /uruesa "ara cum"rir. A maisim"ortante era a da trans!ormao do cam"o, que havia sidoo /aluarte do antio reime. Em am/os os casos > na Chinanovamente em rau muito maior > essa inerJncia darevoluo /uruesa in!luiu ativamente "ara asseurar avitria socialista.

    A situao na Am'rica atina

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    dos "a%ses, tradiGes de =uerras cam"onesas=, como sederam na histria euro"'ia e asitica. Rma exceo a essarera est re"resentada "elos "a%ses que antes da conquista

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    a. levar a /uruesia ur/ana ao "oder e isso com todas asconsequJncias de ada"tao do a"arato estatal a suanecessidade6

    /. a trans!ormao do cam"o, cu

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    virtude de uma coo"erao que "redomina contra a ameaado socialismo e da revoluo mundial.

    A coo"erao antaLnica entre as "otJncias im"erialistas

    encontra sua "rolonao lica nas relaGes entre essas e as/uruesias nacionais do mundo ca"italista su/desenvolvido.?a Am'rica atina e no Brasil, isso teve como consequJnciaserais

    a. que !icou limitado o cam"o de mano/ras "ara as/uruesias nativas, que "eriodicamente sou/eramex"lorar as contradiGes entre "otJncias im"erialistas@Estados Rnidos, nlaterra, Alemanha, etc. "aramelhorar suas "r"rias "osiGes6

    /. uma aceitao e crescente de"endJncia do dom%nio doim"erialismo norte americano em uma associaoeconLmica, na qual o ca"ital im"erialista "artici"a naindustriali#ao, ocu"a "osiGes de mando virtual e in!luidecisivamente no ritmo das atividades econLmicas.

    A =coo"erao antaLnica=, no li/era o mundo ca"italistade choques internos em todos os n%veis, altos e /aixos. 2

    momentos em que o antaonismo "arece "redominar, em queas /uruesias nacionais ameaam com uma "ol%tica externa=inde"endente=, se re/elam contra os esquemas do :undo)onetrio lnternacional e nacionali#am em"resas estraneiras"articularmente im"o"ulares. & mesmo !enLmeno se d entreas "r"rias "otJncias im"erialistas nos momentos derelaxamento "eridico da tenso internacional. Kesa"arecequando sure um novo recrudescimento da tensointernacional e, como na :rana em 19XM, quando o reime

    ca"italista est "osto em cheque. A "ra#o "revalece acoo"erao "ela manuteno do sistema.

    ?a Am'rica atina o !enLmeno ' "articularmente "resentenas cidades e no cam"o e nas crises econLmicas audas. ?osmomentos em que os antaonismos vem su"er!%cie, ao"osio /uruesa, entretanto, no visa o sistema em si e 'limitada de antemo "elos interesses de autoDconservao. Ao"osio ' diriida unicamente contra o sistema de

    distri/uio da mais valia "rodu#ida "elo "roletariado doContinente, da qual o im"erialismo leva a "arte de leo.

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    Huando conseue melhorar sua "osio na sociedade como im"erialismo @o que nem sem"re acontece na realidade, a/uruesia nativa continua cola/orando com o im"erialismoem novos termos.

    Hue esse "rocesso est vivo no Continente, demonstramos exem"los do $eru e da Bol%via de antes do ol"e deBan#er. & $eru, na mesma semana em que ex"ro"riou aem"resa de m !ama =nternacional $etroleum Co*, outorououtras trJs concessGes de ex"lorao "etroleira a com"anhiasnorteDamericanas =inde"endentes= em condiGes =maisvanta

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    o!iciais tra#ia consio a ideoloia da classe m'dia isolada do"oder. & !enLmeno "ersiste at' ho

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    circunstncias, a atuao do Ex'rcito "eruano tem um du"locarter

    a. re!ormador, no sentido de ada"tar a estrutura social do

    "a%s s necessidades da /uruesia ur/ana, e

    /. "reventivo, no sentido de eliminar o "otencialrevolucionrio existente, "rinci"almente no cam"o, "araarantir o desenvolvimento da sociedade /uruesaDca"italista.

    & que os o!iciais =revolucionrios= "eruanos e /olivianostem em comum ' sua ideoloia nacionalista, que "odeadquirir mati#es os mais diversos, mas que se situa noterreno da de!esa da sociedade /uruesa. sso, dito de"assaem, ' tam/'m caracter%stica de um rande setor dao!icialidade /rasileira, de mais /aixa raduao @a=interde"endJncia= de Castelo Branconunca cheou a ser"o"ular entre eles. )as as consequJncias "rticas dessenacionalismo latente de"endem das necessidades o/

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    se distinue de seus "recursores italianos e alemes somente"elo !ato de no haver conseuido uma mo/ili#ao demassas como sustentculo de seu reime. A estrutura e asituao eral do "a%s ainda no erou o !enLmeno !ascismo.

    +omente "ermitiu co"iar os m'todos de re"resso.Entretanto, o que a ditadura militar /rasileira tem em

    comum com o !ascismo @e ainda como /ona"artismo"o"ulista ' que se trata de um overnoindireto da /uruesia. Ainda que ha

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    Em "rinc%"io a"oiamos todas as lutas "arciais, todo omovimento que a inclusive militarmente.

    Em outras "alavras, "ode e deve surir uma !ase detransio em que a velha ordem /uruesa este

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    "ela "rimeira ve#, uma estrat'ia lo/al da revoluomundial nos quatro "rimeiros Conressos da nternacional Comunista. A resoluo adotada @no 8Conresso, "revJ que o "roletariado e os "artidos

    comunistas, que no interam e nem a"iam os overnos/urueses, "odem se encontrar em situaGes nas quais seim"Ge a "artici"ao e a sustentao de overnos nosocialistas, so/ a condio que esse ato leve adiante o"rocesso revolucionrio @como !oi a "ers"ectiva naquelemomento e evite a vitria de um movimento de direita quetenda a destruir o movimento o"errio @!ascismo. aloverno

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    /uruesia e "rocuraro !a#er com que a estrutura /sica dasociedade /uruesa "asse ilesa "elas convulsGes at' que"ossa ser nova e a/ertamente consolidada.

    omemos os exem"los do ex'rcito convencional noso/rou uma "edra em "' > a revoluo marchou "ara !rentea"esar e raas a de!eco da ala "equenoD/uruesa do)ovimento X de Fulho.

    A "rtica das lutas sociais na Am'rica atina com"rovouque o 3overno de ransio, entretanto, no ' um "odersocialista, nem a Kitadura do $roletariado, assim como ademocracia revolucionria no se identi!ica com a democraciasocialista. 4e"resenta uma encru#ilhada no caminhorevolucionrio. +e este overno se limita aos m'todos dedemocracia /uruesa, ou tenta resta/elecJDla, "re"ara ocaminho "ara a restaurao do "oder /uruJs. $ara se im"ore se manter deve lanar mo de m'todos democrticos queso/re"assem e destruam a democracia /uruesa, ainda nosendo, entretanto, socialista.

    $odeDse "eruntar "or que o "roletariado, se est emcondiGes de esta/elecer tal overno, no instituiimediatamente a Kitadura do $roletariado e o socialismo.)as, essa "erunta a/strai as relaGes de !oras existentesem cada momento concreto do "rocesso revolucionrio.A/strai a situao de seus aliados nos diversos momentos do

    "rocesso e dos termos em que esto dando seu a"oio classeo"erria. A/strai, !inalmente, a situao do "r"rio

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    "roletariado, de sua atuao o/

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    vanuardas esto tomando atualmente no "a%s. $ara quedesem"enhemos o "a"el de vanuarda ho19X

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    +e a caracteri#ao socialista da revoluo no Brasil !oiuma das causas !undamentais do surimento da $ol%tica&"erria, outra, no menos decisiva, !oi a sua de!inio"roletria. A interveno direta da classe o"erria e sua

    liderana so/re as demais classes e camadas o"rimidas dasociedade ' "remissa "ara a revoluo, nas condiGes doBrasil, atinir os o/

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    Euro"eu. :oi a saturao da mais recente onda deindustriali#ao no Brasil e suas consequJncias sociais e"ol%ticas que !i#eram a classe dominante temer "elamanuteno do sistema e entrear o "oder s !oras

    armadas, como arantia da ordem existente.Rma ve# esta/elecida a contradio !undamental como

    sendo entre ca"ital e tra/alho assalariado, t%nhamos deen!rentar as consequJncias. ratavaDse antes de tudo dede!inir a !ora motri# do "rocesso revolucionrio. Estim"l%cito conce"o materialista e histrica do marxismoque a !ora motri# da revoluo se encontra nos centros de"roduo, que sustentam a sociedade, e como estes, lenta

    mas seuramente, tinhamDse mudado "ara as cidades comoresultado da industriali#ao, no havia mais d;vidas so/re o"a"el do "roletariado industrial como classe heemLnica no"rocesso revolucionrio. :alar de uma classe heemLnicasini!ica raciocinar em termos de uma aliana de classes eesta, em termos /rasileiros, tinha de a/raner al'm da classeo"erria industrial, os tra/alhadores do cam"o e as camadasradicali#adas da "equenaD/uruesia ur/ana. :alamos decamadas radicali#adas e no da "equenaD/uruesia,

    contraditria e dividida e que re"resenta tam/'m umareserva da /uruesia na luta de classes @a

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    F assinalamos que a caracteri#ao da revoluo/rasileira como socialista no sini!ica ainda que as condiGes

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    de Batista. E !oi essa consciJncia e a o"osio ativa ao reimeque a uerrilha conseuiu catalisar e que condu#iu reveinsurrecional e revoluo socialista. odavia, e isso ex"licatam/'m a "ol%tica interna e externa de Cu/a nos dias de

    ho

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    Entre as classes o"errias maiores do Continente, '"rovavelmente a mexicana que se encontra num estio deamadurecimento mais remoto ainda. radiGes histricas"articulares> "a%s de maior revoluo arria do Continente

    e que mais tarde iniciou o "rocesso de industriali#ao>atrasaram o "rocesso de !ormao "ol%tica do "roletariado. Aisso se eralmente emescala reional> mani!estouDse contra a ditadura. As reveserais de )inas e de &sasco, no !undo, eram reves "ol%ticas,a"esar das reivindicaGes terem se limitado ao terrenosalarial. ?o se "ode a!irmar, todavia, que o "roletariado

    /rasileiro

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    desinterao do $CB, como veremos em seuida. )as "aracom"reender o !enLmeno em toda a sua am"litude temos de!a#er um /alano critico do desenvolvimento o/ aditadura /ona"artistade 3et;lio 8aras, e nos anos do "sDuerra, nas !ases de ex"anso industrial do "a%s. Ela '"roduto dessas !ases maiores mais recentes daindustriali#ao, iniciada com a instalao da ind;stria

    "esada, comeada em 8olta 4edonda, e "ouco ou quase nadatem em comum com o

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    & resultado dessa situao !oi que a

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    $ela mesma ra#o, tanto antes como de"ois da queda!inal de 8aras, o $artido Comunista Brasileiro neouDse aatacar a estrutura sindical criada "elo Estado ?ovo nosmoldes do sindicalismo italiano dos tem"os do !ascismo,

    contentandoDse com "ostos de c;"ula nas direGes sindicais,em aliana com os velhos "eleos. A estrutura sindical nomudou at' os dias de ho

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    "roletariado como classe. & movimento comeou lentamente,como resultado da intensi!icao da "ol%tica in!lacionista dooverno Qu/itschecO. & $CB, em/ora ainda des!rutasse domono"lio =marxista= na classe o"erria, en!rentou essa nova

    onda em "osio mais !raca do que em 195N. iquidando a!ase sectria do )ani!esto de Aosto, "rocurou ada"tarDse auma situao de semilealidade e o !e# voltando s "osiGesde cola/orao de classe com a /uruesia, so/ um novortulo. $restes, voltando do esconderi

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    "rinci"almente entre os dois candidatos /urueses, entre o=nacionalista= 3eneral ott, e o demaoo "o"ulista FnioHuadros. Este

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    !im da d'cada dos anos N0, a /uruesia /rasileira, todavia, o $CB e seus aliados no con!iavam noacatamento da "alavra de ordem "elos o"errios, que nodis"unham de orani#aGes de /ase nas em"resas. &sre!ormistas tam/'m no se dis"unham a encora

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    Em +o $aulo, onde o "roletariado era "oliticamente maisretra%do em virtude das dece"Ges do "assado, tam/'m aschamadas reves "ol%ticas @em a"oio a "ol%ticos /urueseseralmente !racassaram. )as na reve de reivindicaGes

    o"errias, de 19X, o "roletariado "aulista se lem/rou dassuas tradiGes de luta e a "arede !uncionou nos "r"rioslocais de tra/alho, onde orani#aGes de /ase !oramim"rovisadas na hora.

    S "reciso levar em conta tam/'m que as reves no eramnacionais. imitavamDse a uns "oucos centros industriaismaiores. ?o interior do "a%s no havia orani#ao. +omenteno decorrer das reves e so/ a "resso de /aixo, se !ormou a

    Central +indical, a /ase da aliana entre $CB e "eleos, masque no cheou a alterar o n%vel de orani#ao o"erria no"a%s.

    :oi nessa situao que o "roletariado en!rentou a crise"ol%tica que "recedeu ao ol"e militar de 19X5. $aracom"letar o quadro ' "reciso destacar aluns !enLmenosainda.

    $rimeiro, a "enetrao de Bri#ola no meio da classeo"erria. $ara conseuir isso, ada"tou a sua linuaem situao radicali#ada. :alava em =classes dominantes= e=ex"lorados=> sem com isso descuidar das suas relaGes coma /uruesia nacional, na medida em que essa ainda lhe davacr'dito. A dece"o com Fanoe a atitude d;/ia do $CB !e#que ele conseuisse vencer as descon!ianas do "roletariadoindustrial e que suas alocuGes radio!Lnicas encontrassem um";/lico crescente. +eus a"elos a !avor da criao de =3ru"osde &n#e= encontraram eco nas reiGes mais a!astadas do "a%se c'lulas e /ases sindicais inteiras do $CB comearam ainorar "raticamente as diretri#es "artidrias e se colocaram dis"osio de Bri#ola.

    Em seundo luar, o cam"o comeou a se movimentar emseuida classe o"erria e em de"endJncia da cidade. $oucotem"o antes tinha !racassado o intento de orani#ar as =iasCam"onesas= em escala nacional. As ias s tomaramim"ortncia reionalmente, no ?ordeste, es"eci!icamente nas

    reiGes aucareiras de $ernam/uco e $ara%/a. ?o resto doBrasil, no "assavam de "equenas ilhas isoladas. Em troca,

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/g/goulart_joao.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/g/goulart_joao.htm
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    os "rimeiros anos da d'cada de X0 assistiram ao surimentode sindicatos rurais e orani#ao de cam"oneses em /asesim"rovisadas, acom"anhadas de invasGes de terras. &movimento s estava em seu comeo e como os cam"oneses

    no tinham condiGes de se orani#arem, nemnacionalmente, nem em m/ito reional, !icou a mercJ doritmo das con a no ser indiretamente "ela oriem socialdos marinheiros > mas que indicava o caminho. A /uruesiacom"reendeu a ameaa e tratou de dar o ol"e, antes que omovimento se alastrasse.

    4esumindo, os "oucos meses antes do des!echo do ol"etinham contri/u%do mais do que anos anteriores "ara oamadurecimento o/

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    quando as ditas correntes estavam em !ranca de/andada etinham desa"arecido, o "roletariado !oi a ;nica classe ur/anaque se mantinha como classe contra o ol"e. :oi uma "osiode!ensiva, mas a classe estava unida. Estava sem liderana. A

    velha, re!ormista e "o"ulista, tinha desa"arecido e a nova,revolucionria, no tinha surido ainda. E sem um "artidorevolucionrio no se com"leta o "rocesso de trans!ormaoda classe em siem uma *ara si.

    colocao *ol8tica de*ois do 3ol*e

    A Kitadura )ilitar mudou as condiGes de luta, mas noalterou o "ro/lema !undamental das relaGes de classe e do

    "rocesso revolucionrio no Brasil.& "ro/lema !undamental continua a ser a !ormao do

    "roletariado, a conquista de sua inde"endJncia ideolica e"ol%tica. A mo/ili#ao das massas "roletrias so/ /andeira"r"ria e sua interveno ativa na "ol%tica nacional ' o ;nicomeio "ara alterar as relaGes de classe, que deram luar ditadura militar.

    A essa concluso a $ol%tica &"erria

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    /uruesaDlati!undiria s :oras Armadas eescolhendo o acerto com o im"erialismonorteDamericano=.

    sso no sini!ica que ns restrinimos o "rocessorevolucionrio no Brasil atuao do "roletariado, como osnossos cr%ticos de ontem e ho

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    conscienti#ao da classe o"erria estaremdadas, o "roletariado di!icilmente dar esse"asso decisivo so#inho, de !ora "r"ria. $araa !ormao da classe o"erria inde"endente

    ' necessria a atuao de aitadores e"ro"aandistas revolucionrios, que de!inam"ara ela os seus interesses, des"ertem a suasolidariedade de classe e a autocon!iana nasua !ora, lideremDna nas lutas "arciais eindiquem claramente os seus o/

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    naquele momento, eram indis"ensveis "ara aorani#ao de vanuardas o"errias.

    ra/alhamos em dois n%veis. $rimeiro, "enetramos

    diretamente nas !/ricas e nos /airros, !ormando quadroso"errios, criando orani#aGes de /ase e dando o exem"loda atividade revolucionria no seio da classe6 seundo,diriimoDnos nova esquerda, que estava surindo de"ois dool"e de maneira con!usa, mediante uma s'rie de lutasinternas nas orani#aGes tradicionais, "rinci"almente o $CB.3rande "arte da nossa literatura estava destinada a esse !ime concentrava seu "eso na im"ortncia, na orientao e nas"articularidades do tra/alho o"errio. &s resultados se

    !i#eram sentir durante a reorani#ao da nova esquerda e oesta/elecimento de !rentes !ormais e tcitas nas !/ricas e/airros. :omos !avorecidos nesse sentido "elo comeo de ummovimento em ascenso da classe o"erria, em 19XX, queatiniu o seu aue em 19XM, "ara recuar novamente "erantea re"resso do novo ol"e.

    ?em as reves erais de )inas nem de &sasco teriam sidoreali#adas sem o insistente e concentrado tra/alho da $ol%tica&"erria no seio do "roletariado e

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    & =marxismoDleninismo= da maioria da nova esquerda noteve muito !Lleo. )as, "ara "oder dar continuidade luta,im"GeDse o esclarecimento do "ro/lema !undamental "ara aesquerda /rasileira em que consiste a conce"o marxistaD

    leninista da luta de classes e da revoluo "roletriaI m"GeDse voltar s !ontes, "ara ter o crit'rio da medida.

    Mar &nin e o *a*el do *roletariado

    Kesde que )arx, na =)is'ria da :iloso!ia=, de!iniu o"rocesso de trans!ormao do "roletariado de classe em siclasse *ara si, isto ', da trans!ormao de uma classe queexiste o/

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    em"enho de !ormar o "roletariado mundial inde"endente,coveiro do ca"italismo. A tare!a dos revolucionrios>escreveu ele, e isso era quase um testamento leado aoscom"anheiros de luta> em todos os "a%ses modernos

    @industriali#ados consiste em orani#ar o "roletariado em"artido "ol%tico.

    Jninretomou essa herana em circunstncias"articulares. 4etomouDa num "a%s que no tinha !eito aindanem a tentativa de revoluo /uruesa e onde esta aindaestava na ordem do dia6 e a retomou numa '"oca que sedestacou "elo in%cio da revoluo mundial.

    ?o comeo da sua atividade "ol%tica militante, colocou deimediato a !undao do "artido do "roletariado da 4;ssiacomo "ro/lema !undamental e "rimordial. 8e

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    im"ortante "elo seu n;mero e "ela suaconcentrao nos randes centros "ol%ticos do"a%s. $or isso se enanam "ro!undamente osque acusam a socialDdemocracia russa de

    estreite#a, de tender a !a#er caso omisso dasmassas da "o"ulao tra/alhadora, "araatender somente aos o"errios de !/ricas.Ao contrrio, a aitao nas camadasavanadas do "roletariado ' o caminho maisseuro, o ;nico caminho "ara conseuirtam/'m o des"ertar de todo o "roletariadorusso=.

    =Ao radical russo "arece !requentemente queo socialDdemocrata, em luar de chamar deum modo direto e imediato os o"erriosavanados luta "ol%tica, a!irma anecessidade de desenvolver o movimentoo"errio, de orani#ar a luta de classes do"roletariado6 "areceDlhe que a socialDdemocracia retrocedeassim do seudemocratismo, relea a um seundo "lano a

    luta "ol%tica. )as, se h retrocesso,somente "ode se tratar do retrocesso do qual!ala o "rov'r/io !rancJs T' "reciso recuar"ara saltar melhorT.=

    =A um "artidrio da =8ontade do $ovo= oconceito da luta "ol%tica ' equivalente aoconceito da con:ura"ol%tica... )as @os socialDdemocratas sem"re acreditaram econtinuam a acreditar que essa luta no deveser reali#ada "or aluns con

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    ?o "retendemos a/usar de citaGes, masaqui Jnincoloca de maneira sucinta os "ro/lemas!undamentais da !ormao de um "roletariado como classe eas tare!as decorrentes de uma vanuarda. S evidente que a

    questo da concentrao de !oras no ' um *rinc8*iodomarxismo trataDse de um "ro/lema de rela+es de 6orasedo rau de amadurecimento do "roletariado. Huesto de"rinc%"io ' a !ormao e orani#ao do "roletariado, mastodo movimento tem de sa/er decidir se o n;mero dequadros dis"on%vel ' /astante "ara que a orani#ao sededique a mais de uma !rente e desem"enhe de !ato um"a"el na luta de classe.

    Hue essa conce"o de luta deu os resultados dese

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    contrrio, havia sa%do do "ovo, !iurava entreos ex"lorados.=

    ?o se deve "erder de vista que essa situao descrita

    "or Jninse deu sete anos de"ois da "u/licao das=are!as=, citada mais acima, quando se tinha dado in%cio aotra/alho sistemtico na classe o"erria e dois anos de"ois da!undao do $artido, que !oi em 190. &s li/erais ainda"uderam duvidar da ca"acidade revolucionria do "roletariadorusso. & $artido era !raco e os quadros "oucos, mas comosalientou o "r"rio Jnin

    =?o o/stante, o "anorama mudou "orcom"leto no curso de uns "oucos meses. Ascentenas de socialDdemocratasrevolucionrios se trans!ormaramT"rontamenteT em milhares, os milhares seconverteram em dirientes de dois ou trJsmilhGes de "roletrios. A luta "roletriasuscitou uma rande e!ervescJncia e, em"arte, um movimento revolucionrio no seiode uma massa de cam"oneses de cinquentaa cem milhGes de "essoas6 o movimentocam"onJs re"ercutiu no Ex'rcito e "rovocouinsurreiGes de soldados, choques armadosde uma "arte do Ex'rcito contra outra.Assim, "ois, um "a%s enorme, de 1W0 milhGesde ha/itantes, se lanou 4evoluo... =@T+o/re a 4evoluo 4ussa de 190N=> 3ri!osde Jnin.

    +e citamos aqui o exem"lo de revoluo "roletria dado"or Jnin, no o !a#emos com o intuito de querer su/stituir aanlise dos !atores que caracteri#am as lutas de classes noBrasil, nem queremos di#er com isto que a situao na4;ssia, em 190N, era semelhante a do Brasil de ho

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    do "roletariado e, consequentemente, o "a"el quedesem"enhava nas lutas de classe. $or isso mesmo "odemoscitar o caso russo como eem*lode colocao do"ro/lema. Jninmostra o m.todomarxista a"licado

    "rtica revolucionria.$odemos escolher outros exem"los a luta de classes em

    escala internacional est rica em ex"eriJncias, "ositivas eneativas, e todas aquelas colhidas em "a%ses ca"italistas,onde

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    !arte ''' 4 teoria e a *rtica

    =$oissem

    o"ovotra/alhadorsoim"otentes

    todos osJnerosde/om/as.=@Jni

    nEm -ue consiste o to 6alado *a*el da classeo*eraria0

    2o

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    continua a "ro"aar =!rentes de unidade "atriticas=, aheemonia da classe o"erria ' ideolica e se mani!estaatrav's da liderana do "artido revolucionrio@concretamente, do $CdoB. A revoluo, que se reali#a

    mediante a 3uerra $o"ular, vai do cam"o "ara a cidade e sua!ora motri# "rinci"al so os cam"oneses /rasileiros. ?o '"reciso um conhecimento "articularmente a"ro!undado "arasa/er que o $CdoB decalca o modelo da revoluo chinesa"ara o cenrio nacional. 4a;l 8illa@1

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    /uruesia=, > nas melhores tradiGes do "o"ulismo "restista.?o ' "or acaso a ausJncia "rtica do $CdoB nas lutaso"errias contra a ditadura. Estava ausente nas reves de)inas como tam/'m na de &sasco. E onde "oderia ter estado

    "resente, como na 3uana/ara em 19XM, sa/otou a reve dosmetal;ricos da mesma maneira e dentro da mesma linha dovelho $CB.

    $ela conce"o terica que essa corrente tem darevoluo /rasileira e "ela sua "rtica "ol%tica diria, a=heemonia do "roletariado= do $CdoB, no "assa de um"rinci"io a/strato, de um tri/uto o/riatrio que se "aa aosclssicos do marxismo, mas no tem consequJncia "rtica

    aluma.?o extremo o"osto da escala das orani#aGes da nova

    esquerda /rasileira encontramos os ru"os e aru"amentos,que suriram direta ou indiretamente so/ o im"acto do=de/raismo= ada"tado as suas necessidades imediatas. $aratais correntes, inde"endente das diverJncias que as se"aramentre si, o "artido no "ode desem"enhar o "a"el =chinJs=,de re"resentante ideolico do "roletariado

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    #ona ttica=. rataDse evidentemente de uma variante da=uerra "o"ular=, mas com uma di!erena o "a"el docam"onJs ' to "ouco de!inido como o do o"errio na lutaatual. & vcuo ' "reenchido "ela classe m'dia =ela constitui

    atualmente uma das !oras mais com/ativas=.8eremos em seuida que esse =atualmente= no ' to

    transitrio como "oderia "arecer e que a classe m'dia=com/ativa= serve de /ase "ara a ela/orao de toda umaestrat'ia. $ara com"reender melhor o !enLmeno, lemos em=&"eraGes e tticas de uerrilhas= @4etradu#ido does"anhol

    =&s revolucionrios no "odem atinir seuso/

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    interesse =imediato= ' o socialismo, mas o o/

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    do "rocesso revolucionrio. Esses com"anheiros que !icaramsinceramente sur"reendidos quando desco/riram que osleninistas tinham sido =insurreicionalista=, no tinham deixadoem nenhum momento das suas atividades "ol%ticas de "aar

    o seu tri/uto ao "a"el do ="roletariado na revoluo/rasileira=.

    S evidente que, "or /aixo de uma !ina ca"a de=marxismoDleninismo= e "or trs das "ro!issGes de !' derevoluo socialista, se a/riam as conce"Ges mais diversasde luta de classe. E do mesmo modo como> nas "alavrasde )arx> no se "ode

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    o seu tri/uto revoluo socialista e heemonia do"roletariado, chea concluso que o ;nico caminho ' =umlono "rocesso de luta armada, que levar atrs de si massascrescentes e resolutas at' a tomada do "oder=. A !orma de

    luta armada ' a uerra de uerrilhas.& documento no coloca nem a luta armada, nem a sua

    !orma es"ec%!ica, dentro do contexto da luta de classes noBrasil. $ara a 8A4, a uerrilha ' a luta de classes, ' arevoluo. A luta armada existe inde"endente de qualquerconsiderao de con

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    estrat'ico e ttico lo/al esta/elecido deantemo. E ' atrav's da uerrilha quecriaremos o ex'rcito revolucionrio deli/ertao nacional, o ;nico que tem

    ca"acidade "ara aniquilar as !oras militaresdos orilas.= @=+o/re a uerrilha rural=.

    Em que se /aseia esse "lano estrat'ico eralI Emaluma ex"eriJncia viva de luta de classes na Am'ricaatinaI )arihelaex"lica

    =& "rinci"io /sico da estrat'iarevolucionria nas condiGes de uma crise"ol%tica "ermanente ' desencadear tanto nacidade como no cam"o um tal volume deaGes revolucionrias que o inimio se vJo/riado a trans!ormar a situao "ol%tica emuma situao militar. Ento, odescontentamento alcanar todas ascamadas e os militares sero res"onsveisa/solutos "or todos os a/usos=. @=+o/re"ro/lemas e "rinc%"ios estrat'icos=.

    ?o se "ode a!irmar que se trate de uma estrat'iaela/orada /ase de ex"eriJncia das lutas de classe noContinente, ou /ase de uma anlise das relaGes de classesda sociedade /rasileira, a qual "rocuramos em vo nosdocumentos > a no ser que se queira tomar como anlise asim"les constatao de que o "ovo est o"rimido edescontente. rataDse de uma estrat'ia constru%da /ase de"remissas su/

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    reem a vida da sociedade e trans!ormar essas situaGes emrevoluo, na medida em que sou/erem mo/ili#ar e diriir aclasse revolucionria "ara "reencher o seu "a"el. $oisrevoluo sini!ica a su/stituio do dom%nio de uma classe

    "or outra classe.oda a atividade militante, tanto de )arxcomo de Jnin,estava marcada "ela de!esa e a"licao desseconhecimento. )arx, no !im da sua "rimeira ex"eriJnciarevolucionria de 1M5M, !oi o/riado a en!rentar a!aco Zillich>+cha""erna ia dos Comunistas, "orqueessa queria continuar as insurreiGes a todo custo. )ostrouele como a situao revolucionria tinha sido "rovocada "elacrise econLmica e como a su"erao dessa crise im"edia

    naquele momento um recrudescimento do movimentorevolucionrio, que tinha so!rido derrotas militares. A situaomudara e os revolucionrios tinham de se ada"tar scondiGes criadas "ara "oder "re"arar o "roletariado "araen!rentar melhor as novas situaGes revolucionrias, quesuririam inevitavelmente, "orque ' a "r"ria sociedade quese encarrea de "rodu#iDlas. )as os revolucionrioscertamente no "reencheriam seu "a"el se insistissem em/ater com a ca/ea contra a "arede. & mesmo "ro/lema, em

    outros termos, )arxen!rentou ainda quase no !im da vida,nas lutas com os ade"tos de BaOunin, cu

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    con a "rtica de todos os ru"os da chamada uerrilhaur/ana !oi a mesma. )as aora temos o direito de "eruntar

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/marighella_carlos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/marighella_carlos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/marighella_carlos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/marighella_carlos.htm
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    "orque tomou essa atitude, da qual no

    "odia inorar que se chocava !rontalmente com toda aex"eriJncia e ensinamento leninistas. S verdade que, "oucoantes do seu assassinato "ela "ol%cia "aulista, em umaentrevista concedida a Conrad Ketre#, na revista =:ront=,declarou no ser mais marxistaD leninista =ortodoxo=. )as at'onde existe aqui um marxismoDleninismo =noDortodoxo=I

    $arece ter sido a conce"o !undamental e contraditria,que teve da revoluo /rasileira, o que melhor ex"lica os

    equ%vocos de )arihela. Em/ora no aceitasse os esquemas emodelos dos nossos =chineses= ortodoxos > esse caminho lhe"arecia "ro/lemtico de mais "ara o Brasil, onde ocam"esinato tem outras caracter%sticas > acreditou que arevoluo "oderia se movimentar do cam"o "ara a cidade. Asoluo, acreditou ele ter encontrado no "recedente cu/ano eassim tomou elementos em"restados das duas revoluGes"ara a !ormao do seu ="lano estrat'ico=. & !ato ' que noaceitou o =!oco catalisador= de Che 3uevarae se decidiu "elo

    =Ex'rcito de i/ertao=. )as no ' toda s%ntese que 'dial'tica.

    & exem"lo chinJs era im"ortante "ara o "lano dele,"orque !oi

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    Esta "ers"ectiva no se d "ara a revoluo /rasileira,em/ora ho

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    Aqui temos uma inter"retao um "ouco unilateral daex"eriJncia cu/ana. Huando a uerrilha desceu da serra, as!oras armadas de Batistano estavam destru%das ainda,a"esar de todas as derrotas que so!reram. Ainda "er!a#iam

    1N ve#es, "elo menos, o n;mero de uerrilheiros em armas.A mquina do Estado )ilitar /uruJs, todavia, no "Lde airmais contra as massas "orque estas estavam em reve eralinsurrecional vitoriosa, o que "ermitiu uerrilha entrar em2avana sem dar um tiro. :oi a com/inao desses dois!atores, o da uerrilha, que "ossi/ilitou a reve nas cidades evitria dessa reve que "ermitiu uerrilha "enetrar nascidades, que re"resentou o trao !undamental da 4evoluoCu/ana. )as em Cu/a no houve =Ex'rcito de i/ertao

    ?acional=. A uerrilha !oi o catalisador de um "rocessorevolucionrio, =um "equeno motor que "unha em movimentoum rande motor=, como disse :idel. E os dois motores semovimentaram na mesma direo.

    Como surir ento o Ex'rcito de i/ertao ?acional noBrasilI Ka mesma maneira como na revoluo chinesaI Essecaminho )arihela

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    im"acto do "roletariado da cidade, suas conclusGes deviamser di!erentes.

    A "o"ulao do cam"o, tra/alhadores assalariados,

    meeiros, "osseiros e "equenos cam"oneses, s vai semovimentar, orani#ar e intervir nas lutas de classe em escalanacional, em torno de um movimento "roletrio nas cidades,em torno de uma classe o"erria, que de!enda os interesseselementares dos seus aliados no cam"o e os ensine a lutar,dando o exem"lo da "r"ria luta. $or isso, no "resentemomento e "or alum tem"o, o ="ro/lema chave= no ' a=questo cam"onesa= e, sim, a situao do "roletariado semo qual no resolveremos o "ro/lema do cam"o6 e a =#ona

    estrat'ica= ' a cidade, onde essa classe o"erria tem de ser!ormada e mo/ili#ada.

    E "or isso, a uerrilha s "ode desem"enhar no Brasil um"a"el semelhante ao que desem"enhou em Cu/a, isto ', decatalisador de um "rocesso revolucionrio, cu

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    imediatas e, atrav's dessa atividade /uscamanhar as massas "ara a revoluo.

    A ditadura militar, em troca, no admite a

    luta reivindicatria e lana contra eladecretos "roi/itivos, leis de exceo e,so/retudo uma "otJncia de !oo crescente e,"ortanto no vacila em re"rimir com chum/oas mani!estaGes de rua.

    As orani#aGes que restrinem suasatividades ao tra/alho de massas atrav's daluta reivindicatria e com vistas a suatrans!ormao em luta "ol%tica, terminamredu#idas im"otJncia !rente su"erioridadearmada do inimio.

    A outra conce"o, acerca do tra/alho demassas e das relaGes com o "ovo, ' o dasorani#aGes cu

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    a!irmaGes de se tratar de uma nova =conce"o acerca dotra/alho de massas= e que =as massas se alutinam= emtorno desse ="otencial de !oo=, no h luar "ara as=massas= nesta !orma de luta, travada "or ru"os herm'ticos

    que "ensam substituira ao das massas, que a ditaduramilitar =no admite=.

    Em seundo luar, e isso a ex"eriJncia de dois anosmostrou "ara quem no sou/e a"roveitar as liGes dahistria, a massa lone de se alutinar em torno do ="otencialde !oo=, se retraiu, caiu na "assividade e a =8anuarda$ol%ticoD)ilitar=, a"esar da aur'ola romntica que conseuiucriar em muitas camadas, est ho

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    terroristas. Kesta maneira, o =dever de cada revolucionrio '!a#er a revoluo=, levado s ;ltimas consequJncias, nos levade volta aos tem"os de )ax +tirner.

    $ara o marxismo e "ara o leninismo, luta armadasem"re!oi e continua sendo luta de classes armadae no a o/ra deru"os ou indiv%duos, "or mais hericos que se "ossamrevelar. uta armada sini!ica armar uma classe ou uma!aco de classe, mas sini!ica, em todo caso, armar massasde o"rimidos.

    )arxdeixou claro isso em todas as revoluGes euro"'iasque assistiu e es"ecialmente em relao astticas /aOuninistase /lanquistas. Jninde!endeu e !omentoua uerrilha ur/ana na 4evoluo 4ussa de 190N. )as setratou de uma situao revolucionria e a uerrilha ur/anaservia "ara "re"arar o levante do "roletariado de +o$eters/uro e de )oscou. & que ele entendia "or uerrilhaur/ana era a ao de "equenos ru"os de o"errios armadosque sa%ram das !/ricas "ara di#imar e desmorali#ar as !orasda re"resso.

    A luta armada, em termos marxistas, sem"re !oi econtinua sendo inse"arvel da estrat'ia eral da revoluo,que "ode ser desenvolvida levando em conta os !atoresmateriais da luta de classe, as con

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    isolados das massas. E seu isolamento das massas ' o "reoda sua so/revivJncia como ru"os armados.

    Com/ater a !ico da =luta armada= e redu#iDla s suas

    verdadeiras "ro"orGes de ttica terrorista no sini!ica aderira uma =linha "aci!ica=, como "rocuram !a#er crer osa"oloistas da dita ttica. ?o Brasil de ho

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    sanria. 3rande "arte dos rearu"amentos havidos nos;ltimos dois anos na nova esquerda !oi "roduto da destruiode ru"os inteiros, cu

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    duelo entre =ru"os armados= e re"resso, a no ser que sese"arem da classe e se interem aos ru"os militares. Al'mdisso, viram como, nos ;ltimos dois anos, se "erderamsistematicamente os seus quadros em virtude da =luta

    armada= e se "erdeu o a"oio de orani#aGes inteiras que,/em ou mal, sustentavam as atividades nas !/ricas.

    ?o !oi sem motivos que a massa no se =alutinou=. E osquadros dessa =luta armada= e levaram !rente, com os recursos que tinham adis"osio, a o/ra revolucionria e no deixaram que a !lamase extinuisse. Eles no nutriram as ilusGes imediatistas daesquerda =armada= e no tinham as satis!aGes duvidosas dasaGes es"etaculares que re"ercutiram na im"rensa /uruesa.)as sa/iam e continuam sa/endo que no s no se li/ertaum "ovo de 90 milhGes com =aGes es"etaculares=, como

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    tam/'m no se trans!orma uma sociedade dessa maneira.Estes so os !iadores da !utura revoluo socialista e"roletria do Brasil.

    E mais uma ve5 &nin+e ns, "ara encerrar esse ca"%tulo, evocamos mais uma

    ve# Jnin, no o !a#emos "ara !orar "aralelos histricos. &s"aralelos se im"Gem, todavia, atrav's da histria das lutas declasses da '"oca moderna, na medida em que sucessivos"a%ses so a/sorvidos "ela evoluo do ca"italismo, criandoas vrias classes que constituem a sociedade /uruesa. Eestas classes, em condiGes de estrutura social semelhante,

    desenvolvem !requentemente reaGes ideolicassemelhantes. sso se d tam/'m em relao a uma classecriada "ela sociedade /uruesa, a qual, !alando !rancJs,"ortuuJs, russo ou es"anhol, "arece tradu#ir as mesmasid'ias de uma l%nua "ara outra, em/ora insista cada ve#mais em estar !a#endo uma contri/uio nova e oriinal "araa soluo dos "ro/lemas dos seus "a%ses. rataDse da"equenaD/uruesia da sociedade ca"italista, tam/'mchamada de classe m'dia "elos anloDsaxGes, mais

    "ramticos. rataDse do /ero da maioria das ideoloiasdominantes, desde os "reconceitos da vida diria at' as=ciJncias sociais= das universidades /uruesas. S da "equenaD/uruesia que surem os ideloos que di#em ao ca"italismonacional o que !a#er "ara "roteer seus interesses autctonese que di#em ao "roletariado o que !a#er "ara "roteer os seus=interesses= socialistas. [s ve#es so os mesmos ideloosque se encarream das duas tare!as. E quanto menosdesenvolvido o movimento o"errio, e quanto mais /aixo o

    n%vel de sua !uso com o marxismo, mais alta ' a vo# dosideloos da classe m'dia.

    $or isso "arece que ns > e no somente ns > estamosaora na !ase das doenas in!antis, "elas quais outros "ovos"assaram antes de ns. Em todo caso no se "ode near quens estamos de/atendo aluns dos "ro/lemas !undamentais ede "rinc%"io do +ocialismo "roletrio que Jnin

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    =luta armada= no est em contradio com o tra/alho demassas, que, ao contrrio, ' ho asseuram os socialistasDrevolucionrios6 "or'm, ao mesmo tem"o,recomendam #elosamente ao $artido atoscomo o assassinato de +i"iauin "orBalmshev, ainda que todo o mundo sai/a eve nem"oderia ter, "ela !orma como !oi reali#ado>nenhuma relao com as massas e que

    aqueles que o cometeram no con!iavamnem contavam com nenhum a"oio ou ao

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/marighella_carlos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/partido_soc_revoluc.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/partido_soc_revoluc.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/partido_soc_revoluc.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/partido_soc_revoluc.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/marighella_carlos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/partido_soc_revoluc.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/partido_soc_revoluc.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/partido_soc_revoluc.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/partido_soc_revoluc.htm
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    concreta da multido. &s socialistasDrevolucionrios no "erce/em,inenuamente, que sua inclinao "ara oterror est unida "or mais estreitas relaGes

    causais ao !ato de terDse encontrado desde o"rimeiro momento, e de seuir encontrandoDse, marem do movimento o"errio, semtratar sequer de se converter no "artido deuma classe revolucionria que sustente sualuta de classe.=

    E se )arihelaa!irma que a ditadura militar =no admite aluta reivindicativa= e lana contra ela =so/retudo uma

    "otJncia de !oo crescente e, "ortanto no vacila em re"rimircom chum/o as mani!estaGes de rua=, que, "ortanto o seucaminho ' de =violJncia, do radicalismo e do terrorismo, as;nicas armas que "odem ser o"ostas e!icientemente violJncia inumervel da ditadura...=, o que distinue ele deum socialistaDrevolucionrio do in%cio do s'culoI Jnin,citando os socialistasD revolucionrios

    =Contra a multido, a autocracia tem ossoldados6 contra as orani#aGesrevolucionrias a "ol%cia secreta e noDsecreta6 "or'm o que "oder salvDla deindiv%duos isolados ou de "equenos c%rculos,que se "re"aram constantemente "ara oataque, inclusive conservando secretasrelaGes entre si e que atacamI ?enhuma!ora a

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    =Exortar ao terror, orani#ao deatentados contra os ministros "or "essoasisoladas e c%rculos desconhecidos entre si,num momento em que os

    revolucionrios carecemde !oras emeios su6icientes"ara diriir as massas,que

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    ativa neste "rocesso de ela/orao dem'todos e meios de luta.

    +em near em "rinc%"io, de maneira aluma,

    nem a violJncia nem o terror, exiimos quese tra/alhasse na "re"arao de !ormas deviolJncia que "revissem e asseurassem a"artici"ao direta das massas. ?o!echamos os olhos ante a di!iculdade destatare!a, "or'm tra/alharemos com !irme#a etenacidade "ara cum"riDla, sem que nosturvem as o/

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    direta=. Esse !enLmeno

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    o"errios e uma retirada, em caso de cheada da "ol%cia.+a/emos tam/'m que nesse, como em casos anteriores, seaiu com meios insu!icientes mas a ex"eriJncia indica ocaminho do !uturo.

    Antes de tudo, "or'm, queremos deixar claro, que =lutaarmada= no ', "ara ns, nenhum !etiche "ara su/stituir aluta de classes. $ara ns a uerra continua sendo =acontinuao da "ol%tica com outros meios=. E o "ro/lema 'criar as condiGes "ol%ticas "ara "oder "assar "ara o estioda luta armada, "ara "oder armar a classe.

    Huando !alamos em criar as condiGes "ol%ticas, re!erimoDnos s condiGes que uma vanuarda revolucionria "odecriar, isto ', !ormar e orani#ar a classe o"erria, e a sua lutaarmada ser a continuao lica da sua luta "ol%ticaconsciente contra o reime. E o "r"rio reime seencarrear de "re"arar o terreno "ara isso.

    Kar consciJncia de classe ao "roletariado no se conseueindo s !/ricas "ara convidar os o"errios a aderir a =lutaarmada=. sso, na melhor das hi"teses se conseue com umou outro o"errio, desliandoDo da classe. &rani#ar o"roletariado, tam"ouco, se conseue querendo trans!ormartoda reve em luta armada. Com isso s se conseuedi!icultar ratuitamente as reves. :ormar e orani#ar o"roletariado s se conseue mediante um tra/alho "ol%tico, deconscienti#ao, de aitao e "ro"aanda, de lutas dirias ede lutas "arciais contra o reime.

    E "or isso insistimos de novo ' a !ormao dessa classeo"erria, ou "elo menos dos seus setores decisivos, que

    re"ercutem na classe toda, a "remissa que cria as condiGesde luta armada. A mo/ili#ao do "roletariado re"ercutir emtoda a sociedade /rasileira e modi!icar as relaGes de !orasna luta de classes. ?o s "re"arar ela mesma comoex'rcito de uerra civil e re"resentar o "lo nacional "ara aorani#ao das massas cam"onesas, como se !ar sentir nas"r"rias !oras armadas, em escala muito maior do que em19X5.

    )as, nesse "rocesso, ns temos um "a"el ativo a"reencher e esse no consiste em travar uma luta armada

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    mirim e querer "rovocar uma miniDuerra civil, es"erando queas massas se =alomerem=. $ara anhar as massas"roletrias ' "reciso tra/alhDlas, conscienti#Dlas e ensinDlas a lutar.

    A!inal, como di# a cano que !oi cantada

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    rande instrumento do qual "odiam se utili#ar !oi aAssociao nternacional dos ra/alhadores, a $rimeiranternacional. Esta tinha um "a"el limitado e de !ato noso/reviveu ao choque entre os continuadores das velhas

    seitas ut"icas o os marxistas, mas um dos seus resultadosmais im"ortantes @em/ora demorasse a surir !oi a !undaode "artidos "ol%ticos da classe o"erria na maioria dos "a%sesindustriali#ados de ento. F assinalamos tam/'m que esses"artidos re"resentaram o resultado material da !uso domarxismo com o movimento o"errio da '"oca, causa e e!eitoda !ormao de uma classe o"erriapara sie que crescerame se !ortaleceram de tal maneira que em !ins do s'culo"assado "oderiam "ensar em se reunir novamente em uma

    nternacional. :ormaram a +eunda nternacional, que !oi a"rimeira criada /ase da doutrina de )arxe Enels.

    Esta +eunda nternacional, revolucionria durante a"rimeira "arte da sua existJncia @como divisor de uas"odeDse, rosso modo, tomar o ano de 190N, re"resentava omarxismo, terico e "rtico, tal como tinha sido deixado"or )arxe Enels. ?o demorou, todavia "ara que a +eundanternacionaldeenerasse com"letamente como instrumento

    de lutas revolucionrias e se ada"tasse sociedade/uruesaDca"italista e se interasse nela. Como "Ldeacontecer issoI $rinci"almente "or trJs ra#Ges.

    Em "rimeiro luar, !oi !undada em condiGes em que aluta "roletria ainda se desenvolvia no terreno da sociedade/uruesa. ?a maioria dos "a%ses das seGes associadas nternacional, o "ro/lema da revoluo /uruesa no tinhasido solucionado e as =4e";/licas Kemocrticas*enca/eavam os "roramas de ao. E mesmo nos "a%sesonde este "ro/lema estava su"erado, como a :rana, no se"odia colocar o "ro/lema da revoluo socialista, da tomadado "oder "ela classe o"erria.

    Em seundo luar, a r"ida ex"anso do marxismo nas;ltimas d'cadas do s'culo "assado, !oi acom"anhada "elore/aixamento do seu n%vel.4osa uxem/uro

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    imediata. Jnin, "or sua ve#, destacava o "erio da"enetrao de elementos "equenoD/urueses no movimentoo"errio, os quais em ve# de assimilar o socialismo cient%!ico,tra#iam consio as ideoloias da "equenaD/uruesia "ara as

    !ileiras "roletrias, e ele considerava esse !enLmenores"onsvel "elo revisionismo. A limitao dos o/

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    novas tare!as. & socialismo cient%!ico tinha de serdesenvolvido e isso s "oderia ser !eito /ase do "r"riom'todo materialista e dial'tico de )arxe Enels. $ara "oderdesenvolvJDlo, antes de tudo, era "reciso resta/elecer as

    cateorias revolucionrias do marxismo, =esquecidas= nostem"os da +eunda nternacional. Jninem"reendeu essao/ra6 no !oi o ;nico que se dedicou a isso, mas !oi quemreali#ou o tra/alho mais com"leto e mais sistemtico.Ada"tou o marxismo !ase im"erialista do ca"italismo.

    & que tinha sido inicialmente uma necessidade terica,loo se tornou uma im"osio "rtica com a 4evoluo de&utu/ro na 4;ssia. $ela "rimeira ve# um "roletariado tinha

    reali#ado uma revoluo vitoriosa e tomado o "oder e issomudou radicalmente as condiGes e o/

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    internacional. Existia a ia Es"artaquistaalem, em tornodeuxem/uroe ie/Onecht@que "ouco de"ois !oramassassinados, mas que somente em 191, a"s a a/sorodos socialistas inde"endentes, se tornaria e!etivamente um

    "artido diriindo um setor da classe o"erria. &s "rinci"ais"artidos, o !rancJs, italiano, etc. se !ormaram de"ois dacriao da nternacionalem )oscou. Jnin, a"esar de cientedessas !raque#as, tinha tido "ouca escolha. :undoua nternacionalassim mesmo "ara criar uma lideranarevolucionaria, que "udesse en!rentar as tare!as que asituao revolucionria colocava na ordem do dia. Ele tinha"ouco tem"o, a tentativa tinha de ser !eita, antes que a ondarevolucionaria se esotasse.

    A tentativa !alhou. Em 191-, Jnine a lideranada nternacionaltinham cheado concluso que a "rimeiraonda da revoluo mundial tinha "assado, sem que aKitadura do $roletariado se esta/elecesse al'm das !ronteirasrussas. A tare!a da nternacionalera ada"tar a sua estrat'iae ttica nova situao criada e "re"arar o "roletariado "araque "udesse en!rentar a "rxima onda revolucionria emmelhores condiGes.

    & "onto vulnervel da nova nternacional!oi a !raque#ados "artidos que a com"useram. ?o tanto a !raque#anum'rica em termos de militantes6 essa !oi su"erada emmuitos "a%ses em relativamente "ouco tem"o, mas a sua!raque#a terica, aravada "ela !alta de ex"eriJncia etradiGes "r"rias. &s "artidos comunistas tinham deamadurecer "ara "oder cum"rir a sua misso e essa !oi umadas "reocu"aGes maiores deJnin, "rinci"almente de"ois de191, quando era evidente que eles tinham tem"o "ara isso.+ini!icava, todavia, na realidade, que a erceiranternacionalainda no era "roduto da !uso do leninismocom o movimento o"errio existente. ?a melhor dashi"teses era um "roduto incom"leto6 mas tinha a sua ra#ode ser como instrumento desse "rocesso em andamento.

    & "rocesso de !uso e de amadurecimento dos "artidosnacionais no cheou a se consumar. A !raque#a ideolica ematerial dos "artidos tinha criado uma extrema de"endJnciade "arte deles em relao ao $artido Comunista da Rnio

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/spartakistas_liga_spartakus.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/luxemburg_rosa.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/liebknecht_karl.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/spartakistas_liga_spartakus.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/luxemburg_rosa.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/liebknecht_karl.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htm
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    +ovi'tica, o ="artido diriente=, o ;nico que tinha !eito umarevoluo vitoriosa, e esse !enLmeno se acentuou de"ois damorte de Jnin, em 195. ?o ' que antes no tenhaexistido, mas o "r"rio Jnin"rocurou su"erar essa de!iciJncia

    do ro internacional. Em uma das suas ;ltimasintervenGes, no 5] Conresso, Jninlanou uma advertJnciaque era ao mesmo tem"o uma autocr%tica. Kisse quea nternacionaltinha adotado demasiadas resoluGes=russas=, isto ', rediidas em uma linuaem que o"roletariado do &cidente no entendia. A classe o"erria do&cidente no "odia !a#er a revoluo, imitando a russa, mascriando as suas "r"rias !ormas de luta, ada"tadas suarealidade.

    &s sucessores de Jninno tinham essa "reocu"ao.Em"enhados em audas lutas internas, as !acGes hostis do$CR+ se "reocu"avam antes de tudo em o/ter dos demais"artidos da nternacionala"oio contra os seus adversrios.anto +talincomo rotsOsu/ordinavam os "ro/lemas e o!uturo do comunismo mundial aos seus interesses!accionistas. E a !raque#a e de"endJncia da nternacional, "orsua ve#, !i#eram com que ela !orosamente a"oiasse a !aco

    mais !orte, a que se identi!icava com a liderana da Rnio+ovi'tica, "ara em seuida tornarDse um sim"les instrumentodela.

    & resto de vo# e de autodeterminao quea nternacionaltinha tido ainda nos tem"os de Jnin, !oi"erdida na !ase das lutas de !acGes no "artido russo. Aes"inha dorsal da nternacional !oi que/rada na Alemanha,com o a!astamento de mais de N.000 quadros, na maioriavelhoses"artaquistase que mais tarde !ormaram a &"osioComunista Alem. & exem"lo alemo !oi re"etido nos"rinci"ais "artidos, onde +talinse a"ressava em ocu"ar oscaros com elementos de con!iana dele.A"esar disso, mutilada e ex"urada, a nternacionalainda erarevolucionria. +eu ultraDesquerdismo sim"lrio e sua tticado =socialD!ascismo= causou a derrota do "roletariado alemo,mas seu o/

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    A rande reviravolta veio com o 7] Conresso danternacional, com a "ol%tica da =:rente $o"ular=,quando +talin, atrav's da volta de Kimitro!!, desco/rira aexistJncia de uma =/uruesia "roressista= nos "a%ses

    im"erialistas do &cidente, a qual merecia o a"oio.A nova linha !oi "osta a "rova, quase imediatamente

    de"ois, na Es"anha, onde um "roletariado com/ativo tinhares"ondido ao ol"e militar com uma insurreio, isto ', comum in%cio de revoluo. :oi, de !ato, a "rimeira ve#, desde ostem"os de Jnin, que se tinha criado uma situaorevolucionria num "a%s euro"eu. & Cominterne o $artidoComunista Es"anhol en!rentaram essa nova situao criada

    com a "alavra de ordem in'dita $rimeiro anhar a uerracivil, de"ois a revoluo.

    2avia se !ormado na Es"anha um seundo "artidocomunista, o $artido &"errio de Rnidade )arxista @$&R).Era um "artido ainda novo, com a existJncia de um ano,a"roximadamente. +ua maior !raque#a era ser um "artidoreional da Catalunha, mas tinha uma viso n%tida dos"ro/lemas lo/ais da Es"anha. 4eivindicava, "ara anhar auerra contra :ranco

    a. a imediata inde"endJncia do )arrocos es"anhol,onde :rancotinha a sua /ase6

    /. a imediata ex"ro"riao das randes "ro"riedades deterras, "ara anhar os cam"oneses, soldados do ex'rcitode :rancoe

    c. o esta/elecimento de um overno o"errio, "ois somente

    tal overno "oderia travar uma uerra revolucionria eessa era a ;nica "ers"ectiva "ara derrotar o !ascismo.

    & $artido Comunista Es"anhol no "Lde acom"anhar esse"rorama. Era "arte do Cominterne este

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    es"anhis, os li/erais, que nunca teriam aceito a "erda dascolLnias, ou a sim"les ex"ro"riao das terras e, muitomenos, uma uerra revolucionria. $ortanto, o o/

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    de antemo "ol%tica externa sovi'tica, que "retendia salvara aliana com as =Kemocracias &cidentais= "ara os tem"os de"sDuerra. & mesmo destino so!reu a revoluo rea.

    &nde mais claramente se "Lde ver o novo "a"el dos"artidos comunistas, !oi exatamente na tlia e na :rana.4e"etindo a "rtica dos "artidos da +eunda nternacionalno"sD"rimeira uerra, l%deres comunistas entraram emovernos /urueses, eralmente como ministros de tra/alho,neutrali#ando assim o antaonismo da classe o"erria. E oso"errios italianos e !ranceses, )as "or que levantaraora esse "eso de um "assado, que "ara ns ' histriaI Sto im"ortante isso !rente situao e aos "ro/lemas queestamos en!rentandoI

    S im"ortante sim. E ' decisivo "ara ns com"reender edierir este "assado, "ara "oder su"erar as suasconsequJncias. rataDse de certo modo, do nosso "assado,"ois somos "arte do movimento comunista internacional.+entimos as suas consequJncias no cenrio nacional einternacional, que ho

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    revolucionria do "sDuerra. =Erros= histricos desse Jnerono se cometem im"unemente e o "reo que "aamos ' a"resente desarticulao do comunismo mundial, ' o !ato dasvanuardas revolucionrias nos diversos "a%ses,

    isoladamente, ainda terem de =remar contra a corrente=.Em seundo luar, temos a% as consequJncias diretas

    so/re o

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    contra a visita de Eisenho\erao Brasil. E todas essas !ases,voltas e reviravoltas, a e a% a/stra%mos o caos extremoda "ol%tica sovi'tica durante e de"ois de +talin.

    Em "rimeiro luar, h a tendJncia de toda revoluovitoriosa de ver a revoluo mundial como continuao da"r"ria. sso ' com"reens%vel, "ois os revolucionrios

    vitoriosos se inclinam a enerali#ar sua ex"eriJncia e ascondiGes de luta que as !ormou. & !enLmeno tem a sua

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/eisenhower.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/stalin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/stalin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/eisenhower.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/internacional.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/stalin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/stalin.htm
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    com"lementao natural na atitude das novas eraGes derevolucionrios nos "a%ses ca"italistas as quais comeam aquerer co"iar o "rocesso revolucionrio vitorioso, que =deucerto=. Huando, de"ois de alum tem"o, sacri!%cios e

    desastes, se desco/re que as meras c"ias e imitaGes =noderam certo*, vemos !acilmente a tendJncia o"osta de

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    inter"retaGes cu/anas duvidosas so/ro o carter do reimemilitar "eruano. F antes, a im"rensa cu/ana tinha reveladouma estranha incom"reenso da reve de )aio na :rana,"a%s com que manteve relaGes relativamente /oas, "elo

    menos com o overno de Ke 3aulle. Em todos esses casos serevelam tendJncias de su/ordinao dos interesses darevoluo mundial e do "roletariado internacional aosnacionais do "a%s socialista.

    ?o caso da China, o mesmo !ato se mani!esta em umn%vel di!erente. & seu "ro/lema no ' tanto o rom"imentoimediato do seu isolamento, "ara o qual a liderana chinesaencontrou meios de su"ortDlo. & "ro/lema cardinal da China

    ' o con!lito com a Rnio +ovi'tica, que cont'm muitoselementos de contradio nacionais, de "otJncias, cu

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    am/'m no caso chinJs, temos um outro "recedente dasu/ordinao de interesses do "roletariado de um "a%sca"italista aos da "otJncia socialista. emos a ex"eriJncia dandon'sia, onde um "artido comunista de orientao chinesa

    "raticou uma "ol%tica de cola/orao de classes, em !unodas relaGes externas da China com a ndon'sia. am/'mnesse caso os resultados so conhecidos.

    S evidente que as contradiGes de interesses, que surementre "otJncias socialistas e o "roletariado de "a%sesca"italistas, no "odem ser antaLnicas, nem !undamentais.A "ra#o, os interesses so comuns. rataDse da derrota doca"italismo mundial, uma velha as"irao do "roletariado de

    todos os "a%ses e cu

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    marxismoDleninismo. As relaGes entre as "otJnciassocialistas e o "roletariado dos "a%ses ca"italistas sre"resenta um entre muitos. &utro, !undamental, re"resentaas mudanas qualitativas que o im"erialismo so!reu a"s a

    +eunda 3uerra. 2 a tendJncia de interao dos "a%sesim"erialistas mais !racos "elos mais !ortes. 2o

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    metr"oles, =as cidades= em escala mundial. Essa conce"o,de!inida "ela "rimeira ve# "or BuOharinno Conresso dos$ovos &rientais em 190, ho tantocomo as lutas na tlia> uma retomada do "rocessorevolucionrio em "a%ses im"erialistas. Em seundo luar, aonda revolucionria, de"ois de ter mudado de rumos "ara o&riente, atinindo a China, Cor'ia e o 8ietn do ?orte,declinou da mesma maneira como no &cidente. Ela estanounas :ili"inas, Vndia e ndon'sia, do mesmo modo como naEuro"a. & ;ltimo im"ulso desta seunda onda da 4evoluo)undial alcanou Cu/a, mas no cheou mais a atinir o

    continente americano.E, !inalmente, est no interesse do "roletariado mundial

    que o "rximo ciclo da revoluo mundial atin

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    socialismo ' resultado e neao da sociedade ca"italista. E,se o im"erialismo sou/e causar uma inverso dos rumos darevoluo mundial, no sentido de se ter iniciado nos "a%sesmais atrasados, a historia mostra que "aamos um "reo "or

    isso. As revoluGes em "a%ses su/desenvolvidos "rodu#em um=socialismo su/desenvolvido=,

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    tornar uma nternacional, criou durante seus W0 anos deexistJncia uma miniatura do Comintern, sustentada "orseitas, que se dividiram e su/dividiram a s ve#es se!undiram de novo em lutas internas, que re!letiram a sua

    im"otJncia de intervir nas lutas de classes.?o menos arti!iciais, todavia, so as tentativas de criar

    novos centros da revoluo mundial, nos moldes e emsu/stituio da velha )oscou "erdida. S arti!icial, "orque aluta do "roletariado mundial no "ode ser mais diriida "orum centro eor!ico. & centro, que !a# !alta, deve ser criado"elas vanuardas revolucionrias do "roletariado mundial. Atentativa de su/stituir a ca%da imaem de +talin"ela de )ao

    seDuncomo che!e mundial do comunismo, a "rtica dos"artidos ="rDchineses= ' motivada, em rande "arte, "elodese !ato que se !e# sentir com maior "eso de"ois doa!astamento de Jnin, mas que

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    )ais limitadas ainda so as "ossi/ilidades da revoluochinesa "ara !iurar como centro =orientador= do "roletariadomundial. A ex"eriJncia de luta o"erria da revoluo arriachinesa est muito menos desenvolvida do que era a

    dos /olcheviques"ara en!rentar os "ro/lemas da luta"roletria em "a%ses mais industriali#ados. E, ao contrrio daliderana revolucionria russa, a qual em rande "arteconhecia o &cidente, tinha convivido com sua classe o"erriae "artici"ado ativamente da luta contra o revisionismo e ore!ormismo da +eunda nternacional, a lideranarevolucionria chinesa, "elas condiGes em que travou sualuta, !oi !orada a um isolamento nacional, que im"licavanuma inorncia de !ato dos "ro/lemas de luta de classes nos

    centros do mundo ca"italista a do neoDrevisionismo stalinista.Basta com"arar as o/ras de Jnine as de )aoDseDun"araver a di!erena da "ro/lemtica de luta e de ex"eriJncias.Ex"eriJncia viva.

    2 mais de vinte anos, ainda em "leno "sDuerra,quando suriu em diversos "a%ses o clamor "ara a !undaode uma nova nternacional,Auust halheimer, "ouco antesdo seu !alecimento em Cu/a, "reviu que o "roletariado

    internacional ia carecer desse instrumento de luta durante umintervalo de tem"o /astante rande. +alientou ele anecessidade de continuar a o/ra interrom"ida da !aseleninista da erceira nternacional e isso s "oderia ser !eitoada"tando os seus "rinc%"ios erais realidade nacional decada "ais. & caminho da criao de umanova nternacionalcomea "ela !ormao de "artidosnacionais.

    2 um outro as"ecto do "ro/lema, so/re oqual halheimer chamou a ateno. ?um mundo em que atera "arte da sua "o"ulao

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    Essa "ers"ectiva, que temos de en!rentar, no sini!icaque temos de nos encerrar em nossa realidade nacional ees"erar condiGes !avorveis no resto do mundo "ara a!ormao de uma nova nternacional. ?o ' essa a conce"o

    leninista de luta de classes em escala mundial. emos deesta/elecer e estreitar os v%nculos com todas aquelasorani#aGes semelhantes $ol%tica &"erria, que este

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