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Sustentáveis Caminhos BOLETIM INFORMATIVO DO IMS - INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE | EDIÇÃO NÚMERO 24 | ANO 2 - JUNHO 2013

Caminhos Sustentáveis Junho

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Page 1: Caminhos Sustentáveis Junho

SustentáveisCaminhos

BOLETIM INFORMATIVO DO IMS - INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE | EDIÇÃO NÚMERO 24 | ANO 2 - JUNHO 2013

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Ao leitor

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Província Marista Brasil Centro- Norte

Superior Provincial

Ir. Wellington Mousinho de Medeiros

Conselheiros Provinciais

Ir. Alexandre Lucena Lôbo

Ir. Ataide José de Lima

Ir. José de Assis Elias de Brito

Ir. José Wagner Rodrigues da Cruz

Superintendência Socioeducacional

Dilma Alves

Superintendência de Organismos Provinciais

Ir. James Pinheiro dos Santos

Superintendência de Operações Centrais

Artur Nappo Dalla libera

Gerência Social

Cláudia Laureth Faquinote

Instituto Marista de Solidariedade

Diretora

Shirlei Silva

Informativo Caminhos Sustentáveis

Coordenação da Publicação

Rizoneide Amorim

Jornalista Responsável

Diagramação

Textos

Edição

Oniodi Gregolin

/imsmarista @marista_ims /comsolims

Acompanhe nosso trabalho nas redes sociais!

Mais uma vez chegamos até sua casa ou seu trabalho, caro leitor. E uma satisfação para nós do IMS (Instituto Marista de Solidariedade) partilhar contigo nossas vitórias e nossa trajetória. Nesta edição, trazemos as in-formações sobre nosso trabalho no mês de junho que nos proporcionou algumas belas oportunidades de encontrar pessoalmente muitos de vocês nas atividades que executamos pelo País. Gostaríamos de destacar o lan-çamento oficial de dois novos projetos do IMS: a Rede CFES Sudeste e a Rede Brasileira de Comercialização Solidária, em parceria com a Secreta-ria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. Ambos foram apresentados ao público em Belo Horizonte durante um grande seminário de integração que reuniu mais de 130 pessoas que participarão dos dois projetos. Foram três dias de trocas de experiências e motivação para começarmos, juntos, a fazer desses projetos uma ação que mudará nossas vidas. Quando juntos podemos mais e é conectando pontos que unimos esforços e nos tornamos mais fortes. Também gos-taríamos de destacar a 106º Feira de Economia Solidária apoiada pelo Projeto Nacional de Comercialização Solidária e que ocorreu em Teresina, Piauí. A longa trajetória deste projeto já começa a se encerrar e nas pró-ximas edições partilharemos com vocês os frutos dessa história. Uma boa leitura e obrigado pela parceria de sempre.

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Sandra Magalhães nasceu em 1962 em Morrinhos, um pequeno município do interior do Ceará. Aos 10 anos, mu-dou-se para Fortaleza e aos 22 anos se formou em Serviço Social. Em 1984 foi contratada pela Prefeitura de Fortaleza e passou a trabalhar na Secretaria de Habitação. Foi designada a coordenar o projeto de urbanização do Conjunto Palmeira, uma imensa favela, sem ne-nhuma infraestrutura urbana, ao sul da capital. Foi ali, na periferia de Fortaleza, que desabrochou a grande líder política e militante. Sandra participou ativamente dos muti-rões comunitários para urbanização do Conjunto Palmeira. Dias e noites se reu-niu com os moradores, reforçou os pro-cessos participativos, ajudou a organizar várias associações locais, envolveu-se com a comunidade de tal forma que era impossível não considerá-la como filha daquela comunidade. E se o encanto de construir um bairro tijolo a tijolo não bastasse, essa mistu-ra de trabalho, envolvimento e emoção foram ainda mais longe. Nada tão sim-ples, ou tão espetacular, que Sandra tenha simplesmente se apaixonado por um líder comunitário do bairro: Joaquim Melo, com quem viveu amorosamente toda sua vida.Concluída a urbanização do Conjunto Palmeira, em 97, Sandra já era um mis-to de líder popular e técnica respeitada na municipalidade. Trabalhou em várias secretarias, foi assessora parlamentar,

coordenou estudos e pesquisas para o poder público. Mas o destino já estava selado e o Conjunto Palmeira era sua casa em definitivo. Foi lá que em 1998 foi co-criadora do Banco Palmas e sua já agitada e insur-gente vida começaria um novo ciclo. Coordenadora de projetos do banco comunitário se envolveu de forma pro-funda com a comunidade e ajudou a criar vários serviços solidários no cam-po das finanças solidária, da comercia-lização, da capacitação profissional e da educação transformadora. No Banco Palmas ela conheceu a Economia So-lidária a qual se dedicou, integralmen-te, de forma apaixonada os últimos 15 anos de sua vida.Engajou-se profundamente nos movi-mentos de Economia Solidária de todo o Brasil. Participou da luta pela criação da Senaes-MTE (Secretaria Nacional de Economia Solidaria – Ministério do Tra-balho e Emprego) e do FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidaria). Orga-nizou encontros, plenárias e conferên-cias nacionais. Participou na organiza-ção de várias edições do Fórum Social Mundial. Discursou para o presidente Lula no II Fórum de Inclusão Financeira do Banco Central com a mesma sim-plicidade que palestrou nas colônias

de hansenianos na Amazônia. Ajudou na criação de mais de 50 bancos co-munitários em 19 estados do Brasil. Ultrapassou fronteiras, colaborou de forma decisiva com o Governo de Hugo Chaves na Venezuela. Ministrou pales-tras sobre Economia Solidária e moe-das sociais em fóruns internacionais em mais de 15 países. Mostrou que outro mundo e outro modelo de economia já são possíveis. Criou um batalhão de amigos por onde andou. Sorriu, encantou e brilhou nos quatro cantos do planeta. Escreveu li-vros, educou uma geração, deixou uma saudade imensa em cada um de nós. Lutou durante três anos contra um câncer de mama sem nunca perder o humor e a alegria. Finalmente resolveu partir em 14 de junho de 2013 e lá de cima sacudiu suas longas tranças e os respingos de seu cabelo, como num ti-lintar de magia acordou multidões que resolveu sair as ruas em grandes ma-nifestações. Agora, sapeca como é, esta se juntando a um monte de outros companheiros no céu e dizendo a DEUS: “Oi, querido, olha aquele povão reunido em Santa Maria, é tudo gente boa, dá coragem e saúde pra eles e diz que a gente man-dou um beijo”!

O adeus a Sandra

Magalhães

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Informativo Caminhos Sustentáveis 3jun

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por João Joaquim de Melo Neto Segundo

Adeus

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O IMS (Instituto Marista de So-lidariedade) recebeu, no início de junho (04) a visita pastoral do Ir-mão Superior Provincial, Welling-ton Mousinho. O provincial, que estava acompanhado da gerente Social Claudia Laureth, visitou o IMS na parte da tarde. No institu-to, foi acolhido por toda a equipe de Brasília que apresentou a ele parte do trabalho e dos projetos executados.A diretora do IMS, Shirlei Silva,

conduziu o encontro, que foi ini-ciado com um momento de ora-ção. Após isso, perpassou a histó-ria do IMS desde a sua fundação até o momento atual, detalhando ações e parcerias estratégicas do

Superior Provincial visita sede do IMS

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instituto. “É uma grande alegria, para nós, receber o Provincial em nossa casa. Possibilitou sentarmos ao redor da mesma mesa e dialo-garmos sobre nossa missão como colaboradores Maristas engajados na dimensão social do Instituto”, afirmou a diretora.Irmão Wellington se mostrou

muito feliz com a visita e tam-bém agradeceu a oportunidade de conviver, mesmo que brevemente, com a equipe. “Eu gostaria que todos os irmãos e colaboradores pudessem sentir isso tudo que estou experimentando, de estar próximo das unidades sociais de nossa Província. É uma sensação de alegria e satisfação conhecer

pessoalmente o trabalho que de-senvolvemos na dimensão da soli-dariedade”, explicou Mousinho.Na sua fala, o Provincial abordou

os aspectos de internacionalização e transculturalidade que a Igreja, como um todo, e principalmente a Congregação dos Irmãos Maristas devem observar. “A necessidade de nos abrirmos é um chamado de nosso Superior Geral Ir. Emili Turú. No continente Americano, assim como no Brasil, se percebe um grande avanço na dimensão da solidariedade. O fechamento nos empobrece, devemos nos abrir e partilhar, fazer unidos em um mes-mo coração”, encorajou a equipe do IMS.

Devemos nos abrir e par-tilhar, fazer unidos em um mesmo coração.

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Os últimos dias de junho foram marca-dos por mais um encontro do Chá com Prosa: Direitos Humanos em Pauta que na ocasião trouxe convidados para de-baterem “O Trabalho Infantil e a Lei da Aprendizagem”. O evento ocorreu no Escritório Central da PMBCN (Província Marista Brasil Centro-Norte), no dia 27, e contou com a participação de adoles-centes, assistentes sociais, universitários e colaboradores Maristas. O encontro foi aberto pelo Ir. James Pinheiro dos Santos, Superintendente de Organismos Provinciais da PMBCN, e trabalhou na perspectiva do tema da erradicação do trabalho infantil, que será discutido, em Brasília (DF), no mês de outubro, durante a III Conferência Global sobre o Trabalho Infantil.Participam do debate como palestran-

tes convidadas a procuradora do Traba-lho, Valeska do Monte, e a coordenadora geral de preparação e intermediação da mão de obra juvenil da Secretaria de Po-líticas Públicas do Ministério do Trabalho e Emprego, Flávio José da Costa . Os debates contam, ainda, com as presen-

Adolescentes e jovens debatem Lei da Aprendizagem em Brasília

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ças dos jovens ex-aprendizes do Centro Salesiano do Menor (CESAM/DF), Carlos Vinícius e Ághata Sales. O debate foi me-diado pela a analista do IMAS, a pedago-ga Joseane Barbosa.Em sua fala, Valeska abordou a erra-

dicação do trabalho infantil, trazendo fatos como a antiga Constituição ante-rior a de 1988, que permitia o trabalho a partir dos 12 anos. “Os legisladores foram amadurecendo e a constituição garantiu a proteção integral à crianças e adolescentes”, explicou. A procura-dora também foi categórica ao afirmar que necessitamos alterar a consciência individual de cada um ainda no cerne da educação, para assim poder garantir resultados positivos no futuro. “Preci-samos alterar esse ‘padrão cultural de tolerância’”, finalizou.O Chá com Prosa é realizado, desde

2011, pelo Instituto Marista de Solida-riedade (IMS) e pelo Instituto Marista de Assistência Social (IMAS) que tem o ob-jetivo de desenvolver esforços para pro-mover debates e ações que contribuam para os direitos humanos em nosso país.

Chá com Prosa

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O IMS (Instituto Marista de Solidarieda-de) participou nos dias 26 e 27 de junho do Seminário Internacional Memória e Compromisso promovido pela Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo vincu-lado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O evento foi realizado no CCB (Centro Cultural de Brasília) e teve como objetivo relembrar a partici-pação de cristãos no processo de anista política e de redemocratização do Brasil na década de 1980. Para a CBJP, o resgate dessa memó-

ria é fundamental para fazer justiça aos que vivenciaram diversas violações de direitos e para alimentar as esperanças em tempo de opressão, bem como para lançar luzes aos desafios da atualidade. Por isso, o evento provocou reflexões a cerca da conjuntura político-social brasi-leira com discussões que envolveram o modelo atual de Estado e de desenvolvi-mento adotado pelo país e suas conse-quências para a sociedade.A reflexão contou com a presença de

nomes como padre Oscar Beozzo, Ha-milton Pereira, padre Leonel Narvaez, Maria Clara Bingemer, Maria Vitória Be-

nevides, frei Carlos Mesters, pastor Wal-ter Altmann, dom Celso Queiroz, entre outros.O encontro foi pautado em análises da

conjuntura nacional, internacional e ecle-sial, do período ditatorial. A reflexão deu--se no sentido de entender quais eram os desafios teológicos e institucionais da Igreja nesse período. Os participantes ainda acompanharam falas sobre os cris-tãos em luta por transição em diversos países; resgate de experiências e memó-ria da atuação dos cristãos e instituições cristãs; e uma reflexão sobre justiça de transição e desafio cristão de reconcilia-ção, entre outros temas.

Memória e Compromisso

O Seminário consiste na primeira fase do projeto Memória e Compromisso. Esse projeto é realizado em parceria com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e conta com apoio da Comissão Nacional da Verdade e da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal.O projeto também conta com a parti-

cipação do padre Zezinho e Frei Betto, que não participaram do Seminário, mas vão colaborar em outras etapas (como a publicação do livro, do DVD e do CD com as conclusões do projeto).

Seminário Memória e Compromisso relem-bra luta de cristãos na redemocratização

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 6 jun2013

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106ª Feira apoiada pelo Projeto Nacional de

Comercialização Solidária

A 106ª feira de Economia Solidária, apoiada pelo PNCS (Projeto Nacional de Comercialização Solidária) ocorreu em Teresina, Piauí, entre os dias 20 e 21. Com uma programação bastante diversificada, a I Feira do Comércio Jus-to e Solidário de Teresina contou com a presença de mais de 100 empreen-dimentos de 14 municípios do Estado que expuseram e comercializaram seus produtos na Praça Rio Branco da ca-pital.O evento, realizado pelo Fórum Esta-

dual de Economia Solidária (Feespi) e pelo Projeto Nacional de Comercializa-ção Solidária, em parceria com vários órgãos governamentais e não governa-mentais, objetivou promover e estimular o consumo de bens e serviços produzi-dos pelos empreendimentos de econo-mia solidária, tendo em vista a capaci-

dade que possuem em gerar trabalho e renda, e ao mesmo tempo, distribuir de forma justa a riqueza que geram. Dando as boas-vindas aos empreen-

dedores e visitantes do evento, a secre-tária do Trabalho, Larissa Maia, esteve na praça, onde ressaltou a importância da feira. “A Economia Solidária é um ne-gócio inclusivo, baseado no preço justo para quem produz e para quem compra e foi com esse critério que nós, junto ao Governo do Estado, nos organizamos para que a feira acontecesse, divulgan-do e promovendo os empreendimentos e provando que a economia solidária é uma alternativa de carreira e geração de renda” disse.Durante os dois dias, a Praça Rio

Branco foi palco de exposição e comer-cialização de produtos da área de con-fecção, artesanato, biojoia e agricultura

Piauí

familiar. Dentre eles, os doces, a cajuína, o sabão líquido e os remédios caseiros produzidos pelo Coletivo de Mulheres Trabalhadoras Rurais (CMTR-PI), que trouxe ao evento representantes de 7 municípios. “O Coletivo tem como objetivo empoderar a mulher empre-endedora e incentivá-la para que gere sua própria renda. Sendo assim, não poderíamos faltar a esse encontro que une grupos de objetivos em comum e dá uma grande visibilidade aos nossos produtos”, diz a coordenadora da Cole-tiva, Maria José.O PNCS é executado pelo IMS (Insti-

tuto Marista de Solidariedade) em par-ceria com a Senaes-MTE (Secretaria Nacional de Comercialização Solidária – Ministério do Trabalho e Emprego). Até o fim do Projeto, que se encerra ainda neste ano, serão realizadas 108 feiras.

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A capital mineira foi o palco, no dia 13 de junho, do lançamento de dois novos projetos que o IMS (Instituto Marista de Solidariedade) começará a executar para o próximo triênio. Os projetos “Rede Brasi-leira de Comercialização Solidária” e “Rede CFES Sudeste (Centro de Formação e Apoio a Assessoria Técnica em Economia Solidária)” foram oficialmente inaugurados com a presença do movimento da Economia Solidária brasileiro, de autoridades locais e federais e, também, com a presença da Umbrasil (União Marista do Brasil).A mesa de abertura, que ocorreu no Anfiteatro do Colégio Marista

Dom Silvério, contou com a presença da diretora do IMS, Shirlei Silva; do presidente da Umbrasil, Ir. José Wagner Rodrigues Cruz; do repre-

IMS lança dois novos projetos em

parceria com a Senaes/MTE e FBES

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 8 jun2013

NovosDesafios

sentante da Senaes (Secretaria Nacional de Economia Solidária), Manoel Vital de Carvalho Filho; e de representantes do Fórum Mineiro de Economia Popular e Solidária, FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidária), Superin-tendência Regional do trabalho e Emprego de Minas Gerais, Rede Sudeste das/os Educadoras/es, Prefeitura de Belo Horizonte, da

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Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 9jun

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jan2013Cáritas Brasileira e, por fim, do Conselho Estadual de Economia Solidária.Para o presidente da Umbrasil e

Conselheiro da PMBCN (Província Marista Brasil Centro-Norte), da qual o IMS faz parte, o lançamen-to destes dois projetos é o ponto culminante de uma caminha que começou em 1995 quando da fundação do IMS em Belo Horizon-te. “Dentro da instituição Marista o IMS tem incidido internamente essa nova lógica de comerciali-zação na base do comércio justo e solidário, ajudando os colégios a entender essa nova lógica, mas nas urbanidades dos nossos estu-dantes e educadores. Temas como a Economia Solidária, o ambiente rural e da cidade, entendimento de um mercado justo, entram em nossas disciplinas da matriz cur-ricular. É preciso preparar o cida-dão em novas lógicas mais siste-máticas, na percepção de contar

com o novo que ainda desconhe-ce”, explicou Cruz. “Todo esse movimento resulta no evento de hoje, e trago o exemplo do funda-dor da congregação Marista, que é São Marcelino Champagnat, que circulou o mundo inteiro, e, com certeza, se deparou com várias experiências como estas que es-tão aqui hoje”, finalizou.Vital Filho, da Senaes, trouxe o

exemplo dos cristãos mundo afora que se organizam em redes para caminhar juntos. “O que Marista fez nos últimos anos foi formar re-des e temos, hoje, o coroamento, uma vitória para construir um tra-balho de formação. Uma rede de formadores é um exército da paz, de um mundo novo. Necessitamos trabalhar um elemento econô-mico, trabalhar mais fortemente para fazer de forma diferente e se organizando de forma coletiva”, afirmou Filho. Já para João Lopes, do FBES, “os dois projetos, para

o movimento de ecosol, são como duas bandeiras de luta: acredita-mos na luta de uma comercializa-ção justa e solidária, diferenciada, e é por meio dela construímos outro modelo de sociedade e de economia, que já existe e já fun-ciona”, pontuou.Ambos os projetos lançados são

voltados para a economia solidá-ria, com o intuito de formação de redes: um de formadores e ou-tra para o fortalecimento de uma rede nacional de comercialização solidária. Os dois desenhos serão executados por meio de convênio com a Senaes, ligada ao MTE (Mi-nistério do Trabalho e Emprego) e são uma estratégia do Governo Federal para o Programa Brasil Sem Miséria. O projeto Rede CFES Sudeste será executado nos qua-tro estados da região Sudeste e o Rede Brasileira de Comercializa-ção Solidária em 25 estados mais o Distrito federal.

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Ainda no p r ime i ro d ia do Seminár io de Lançamento dos Pro je tos “Rede Bras i -le i ra de Comerc ia l i zação So l idá r ia” e “Rede CFES Su-des te (Cent ro de Formação e Apo io a Assessor ia Téc-n ica em Economia So l idá-r ia ) ” , que fo ram o f i c ia lmen-te inaugurados no d ia 13 de junho em Be lo Hor i zon te (MG) , ocor reu um pa ine l so-bre a “Economia So l idá r ia como Es t ra tég ia para a Su-peração da Misér ia e da De-

Minas Gerais

Seminário promove debate sobre economia solidária e

desenvolvimento local

s igua ldade Soc ia l ” . A mesa fo i conduz ida por Manoe l V i -ta l de Car va lho F i lho , d i re to r do depar tamento de fomen-to a Economia So l idá r ia da Senaes (Secre ta r ia Nac iona l de Economia So l idá r ia – Mi-n is té r io do Traba lho e Em-prego ) , e por Sebas t iana A l -mi re , represen tan te do FBES (Fórum Bras i l e i ro de Econo-mia So l idá r ia ) .Ambos os deba tedores f i -

ze ram um para le lo en t re a Economia So l idá r ia e a su-

peração das des igua ldades em nosso Pa ís , t razendo e lementos cons t i tu ídos pe lo mov imento e , também, por po l í t i cas púb l i cas que fo-menta ram o segmento . V i ta l F i lho , re lembrou a I Con fe-rênc ia Nac iona l de Econo-mia So l idá r ia , na qua l f i cou re fo rçada que a Economia So l idá r ia é uma es t ra tég ia de desenvo lv imento , se ja l oca l ou nac iona l .“Fazer economia so l idá r ia

é t raba lhar desenvo lv imen-

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 10 jun2013

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Informativo Caminhos Sustentáveis 11jun

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Participantes do seminário que reuniu mais de 130 pessoas em MG

to e é t raba lhando com de-s igua ldades soc ia i s que se faz todo o sen t ido . Quando fa lamos em desenvo lv imen-to não temos que se esque-cer da economia . Ana l i sando nossa rea l idade econômi-ca no Bras i l pe rcebemos o quão soc ia l é a economia e sua face a f i rma c la ramente que a gen te t raba lha o eco-nômico numa perspec t i va da so l ida r iedade . É t raba lhando com a economia que temos como en f ren ta r a misér ia e a pobreza , e la é rea lmente uma es t ra tég ia de desen-vo l v imento” , a f i rmou V i ta l F i lho . “Dent ro do Prog rama Bras i l Sem Misér ia fa lou-se de uma secre ta r ia para c r ia r esse ob je t i vo . Na hora de d i v id i r pape is , a economia so l ida r ia f o i pa ra t raba lhar inc lusão p rodut i va . V imos que tem campo e c idade e den t ro do governo tem es-t ru tu ras que t raba lham nos do is campos . Quando o lha-mos nos cen t ros u rbanos e a Senaes é um pro tagon is ta para es te t raba lho” , con t i -nuou V i ta l .Para Sebast iana, a forma-

ção é o desaf io necessár io para consegui r avançar a inda mais na conquis ta de novas lu tas. “O urbano é o nosso grande desaf io . Já conquis-tamos grandes apoios para o campo e temos que reco-nhecer a lu ta camponesa e daqueles que morreram por conta da lu ta. Nós, da c idade, acabamos nos acomodando, prec isamos garant i r a po l í t i -cas. Quando V i ta l co loca que a formação é um processo”, f ina l i zou.

Alimentação dos participantes do Seminário foi preparada pela Rede de Alimentação Sabor Mineiro Uai, uma rede de Economia Solidária

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Muitos de vocês já devem ter obser-vado as Conferências locais de Meio Ambiente que já vem ocorrendo nos últimos meses em suas cidades ou estados. Se não viu vai ver e essa é apenas a primeira etapa para a Con-ferência Nacional do Meio Ambiente chega à sua quarta edição com o ob-jetivo de contribuir para a implemen-tação da Lei 12.305/2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sóli-dos (PNRS). A meta é qualificar poder público, setor privado, sociedade civil organizada, cooperativas de catado-res e cidadãos em geral no grande esforço nacional para reduzir a ge-ração dos resíduos sólidos, assumir

Informativo Caminhos Sustentáveis . . . . . 12 jun2013

Conferências de Meio Ambiente começam a ocorrer

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Contexto Sustentável

Foto do mês: Ciranda feita durante o Seminário de Lançamento dos Novos Projetos do IMS em homenagem a Sandra Magalhães que havia falecido naquele dia.

responsabilidades com a construção de uma sociedade sustentável e lan-çar um novo olhar sobre os resíduos sólidos, reconhecendo-os como um bem econômico e de valor social, ge-rador de trabalho e renda e promotor da cidadania.A 4ª CNMA traz duas novidades em

relação às edições anteriores: as con-ferências livres e a conferência virtu-al. Essas duas novas modalidades de participação configuram um processo que avança em relação às três con-ferências anteriores, estabelecendo um espaço para que toda a população interessada discuta e contribua para o tema dos Resíduos Sólidos.

Convocada pela Portaria MMA nº 185, de 04 de junho de 2012, a 4ª CNMA vai centrar a discussão da Po-lítica Nacional de Resíduos Sólidos em quatro eixos: 1) Produção e Con-sumo Sustentáveis, 2) Redução dos Impactos Ambientais, 3) Geração de Emprego e Renda e 4) Educação Am-biental. Entre no site da Conferência e obtenha mais informações, como por exemplo, onde e quando ela ocorrerá na sua cidade ou estado. Envolva-se nessa ação e faça valer o seu direito a democracia. Saiba mais no www.conferenciameioambiente.gov.br. Com informações do site oficial da 4ª

CNMA.