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Campanha reivindicatória 2010/2011

Aumento real e redução de jornada já!A ECONOMIA BRASILEIRA CRESCE A TODO VAPOR; OS EMPRESÁRIOS FATURAM COMO NUNCA. E NÓS TRABALHADORES, COMO FICAMOS?

Jornal do Sindicato dos Químicos do ABC agosto de 2010 - nº 1257

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Dilma Rousseff, candidata do PT à presidência, dis-para e aumenta vantagem para oito pontos sobre seu ad-versário José Serra (PSDB). Dilma agora tem 41% das in-tenções de voto, enquanto Serra tem 33% e Marina Silva(PV) 8%. Segundo o Vox Populi, Dilma venceria Serra num

possível segundo turno por46% a 38%. A petista lideratanto entre os homens comoentre as mulheres, em todasas faixas e níveis de ensino.

No estado dePernambuco, terranatal do presidenteLula, Dilma tem li-derança absolutacom 64% dos votos,enquanto Serratem apenas 26%.

Acampanha reivin-dicatória 2010/2011 teve início no

dia 23 de julho, em Ribei-rão Pires, quando o Sindi-cato dos Químicos do ABCreuniu trabalhadores e tra-balhadoras de 36 empresasquímicas da região. Duran-te o encontro, eles amadu-receram diversas propos-tas de reivindicações eco-nômicas e sociais que serãorediscutidas em nível esta-dual e apresentadas ao se-tor patronal durante as ne-gociações da ConvençãoColetiva. Também fizeramuma reflexão sobre os ru-mos atuais da política eco-nômica e social no país, se-guida de uma análise dosetor químico na região, noBrasil e no mundo.

Leia mais na página 3

Dilma 41%, Serra 33% e Marina 8%PESQUISA VOX POPULI MOSTRA PETISTA 8 PONTOS À FRENTE DO TUCANO

Lula entregamoradias em Diadema

Pág. 3

Aula de intolerânciada Colgate

Pág. 5

Gestão segura esaudável em debate

Pág. 6

Jovens rurais equímicos fazem

intercâmbioPág. 6

Subsede de SãoBernardo inaugurada

com homenagensPág. 8

Os participantes da Conferência decidem iniciarimediatamente um trabalho de mobilização em várias

fábricas da região do ABC para discutir com ostrabalhadores (as) as propostas da campanha

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CHARGE

Publicação do Sindicato dos Trabalhadores(as)nas Indústrias Químicas, Petroquímicas,Farmacêuticas, Tintas e Vernizes, Plásticas,Resinas Sintéticas, e Explosivos do ABCD,Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Presidente: Paulo Antônio Lage

Secretário Geral e de Imprensa: SidneyAraújo dos Santos

Jornalistas: Ariovaldo Malaquias (MTb12.758) e

Gislene Madarazo (MTb 36.373)

Colaboração: Nilton Freitas, Thomaz FerreiraJensen, Josenildo Melo e André Araújo deAlmeida

Projeto Gráfico e Diagramação: MariaCristina Colameo

Fotografia: Dino Santos

Ilustração: Márcio Baraldi

Redação: Av. Lino Jardim, 401 - S.André - SP- CEP: 09041-030 - Tel.: 4433-5800

E-mail: imprensa@quimicosabc.org.br

site: www.quimicosabc.org.br

CTP e impressão: Bangraf

Tiragem desta edição: 21.000 exemplares

Permitida a reprodução desde que citada afonte. O jornal não se responsabiliza pordeclarações de terceiros e matériasassinadas.

REGIONAL

FRASE

EDITORIALCURTAS

Expediente

Estresse prejudica trabalhadoresAs doenças relacionadas ao es-tresse e à depressão encabeçama lista de transtornos mentais ecomportamentais que mais afas-taram trabalhadores em 2009,afirma estudo da Fundacentro. OMinistério da Previdência conce-deu 12.277 auxíl ios-doençaacidentários nessa categoria –91% do total.

Emprego formal bate recordeO emprego formal está aumen-tando desde 2004, na esteira doforte crescimento econômico noBrasil. Segundo o IBGE, em 2010pela primeira vez o total de tra-balhadores com carteira assina-da superou os 50% da mão deobra, batendo recorde.

Ficha Limpa está valendoO Tribunal Superior Eleitoraldecidiu (10/06) validar a Lei daFicha Limpa já para as eleiçõesdeste ano. Segundo a lei, os polí-ticos que forem condenados portribunais estão impedidos dedisputar cargos eletivos.

Criança ainda trabalhaSegundo estudo da OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT), onúmero de crianças trabalhadorasem todo mundo diminuiu muitopouco (apenas 3%): de 222 milhõespara 215 milhões entre 2003 e2008. Mas o estudo consideroualarmante o aumento do trabalhona faixa de 15 a 17 anos, que pu-lou de 52 milhões para 62 milhões.

Banda Larga barata e eficienteO governo Lula anunciou o PlanoNacional de Banda Larga, que bai-xa os preços ao usuário e amplia acobertura da Internet. Os movi-mentos sociais que há anos lutampela democratização da comuni-cação saudaram a iniciativa. Masas multinacionais da telefonia, dagrande imprensa e dos partidosdas elites torceram o nariz.

Bilhete Único é realidade em São Bernardo

O Cartão Legal, espécie de Bi-lhete Único, já permite ao usuáriode ônibus de São Bernardo do Cam-po ter a tarifa integrada entre aslinhas, a exemplo de São Paulo queintegra linhas de ônibus, metrô etrens.

O cadastro para utilizar o Car-tão Legal se iniciou em 19 de julho,primeiro para idosos de 60 a 65anos, aposentados, pensionistas eportadores de deficiência. Depoisserão atendidos os usuários devale-transporte e os estudantes. Ocadastramento de idosos com mais

de 65 anos é opcional, mas com obilhete eles poderão passar pelacatraca, o que não ocorre hoje sema apresentação do RG.

Cerca de 50 mil moradores domunicípio devem fazer o cadastro.

Cartão Legal sai na horaBasta comparecer à loja do Car-

tão Legal, localizada na rua Mare-chal Deodoro, 769, no centro. A uni-dade funciona de segunda a sexta-

feira, das 8h às 17h, e aos sábadosdas 8h às 12h. O bilhete é entreguena hora e pode ser utilizado imedi-atamente nas linhas municipais.

Importante: antes de ir à loja énecessário primeiro agendar pelosite www.cartaolegal.com, ou pelotelefone 0800-7710191. Na loja, seráfeito um pré-atendimento para averificação de documentos e infor-mações gerais.

PROMESSA DE CAMPANHA FOI CUMPRIDA”, AFIRMA O PREFEITO LUIZ MARINHO

“Se eleito, quero que aminha avaliação comogovernador do estadoseja as notas dos alu-nos das escolas darede pública”

Aloizio Mercadante, senador do PT e candidato a gover-nador do estado de São Paulo, em sabatina promovidapelo portal UOL e o jornal Folha de São Paulo

Voltamos ao nosso cotidiano:cuidar da casa, encontrar os ami-gos, fazer as contas para ver que,logo, logo, teremos decisões impor-tantes pela frente: campanha sala-rial e escolha de candidatos à pre-sidência, ao senado federal e à Câ-mara dos Deputados, ao governo doEstado e à Assembléia Legislativado Estado.

O momento é propício paraavançarmos: a economia e a produ-ção industrial estão crescendocomo conseqüência do acerto nacondução da política econômicapelo governo que gera tambémconfiança, que se transforma porsua vez em novos investimentos eaumento da oferta de emprego. Hámuito não vivíamos uma situaçãoconjuntural tão favorável para aclasse trabalhadora.

E isso faz aumentar nossa aten-ção a duas disputas importantesque se aproximam: a primeira, paraassegurar que vamos continuar au-mentando nosso poder de comprapor meio do aumento real de salá-

Passado a Copa do Mundo....rios. A segunda, para garantir quevamos continuar avançando emtermos de crescimento sustentá-vel, geração de emprego, distribui-ção de renda, melhoria da educa-ção, da segurança, da saúde, doacesso à internet etc.

Os dois momentos decisivosestão profundamente associadosum ao outro, pois setores da elitebrasileira não se conformam em terde compartilhar com milhões debrasileiros/as os ganhos e benefí-cios que em épocas anteriores usu-fruíram sozinhos.

Não adianta, portanto, ga-nharmos a disputa trabalhista comalgumas conquistas sociais e eco-nômicas se, na disputa eleitoral vi-ermos a perder tudo que conquis-tamos até o momento. E vice-versa:obter aumento reale algumas vanta-gens que se perde-riam meses depois,devido umad e s a c e l e r a ç ã oeconômica, dis-

pensas, terceirização, redução dedireitos, enfraquecimento do sindi-cato etc.

Portanto, temos que prepa-rar o time para ganhar as duas de-cisões: a de categoria química e ade classe trabalhadora como umtodo. Conscientizar os companhei-ros/as nas empresas sobre a neces-sidade de participar das assembléi-as da campanha salarial e para vo-tar com consciência de classe e ci-dadania nos/nas melhores candida-tos/as à presidência, ao governo eaos legislativos federal e estadual.Essa é a nossa tarefa imediata.

Paulo LagePresidente

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NACIONAL

CATEGORIA

Lula entrega moradias nafavela Naval

Durante solenidade de entregade novas moradias a 252 famíliasque viviam em barracos na favelaNaval, em Diadema (16/07), o pre-sidente Lula criticou o governo doEstado de São Paulo pela demoraem conceder licenças ambientaispara as obras do PAC.

“É importante que os prefeitosfaçam essa briga, porque em nívelfederal a gente consegue liberar (averba) com a rapidez necessária.Mas não podemos esperar a vonta-de de um burocrata que está com a

bunda em uma cadeira, com ar-con-dicionado, sem se preocupar comoé que o povo está vivendo”, criti-cou Lula.

A construção dos apartamentosna Naval custou R$ 13,8 bilhões efaz parte da primeira etapa do pro-jeto de urbanização da área. “Mi-nha primeira casa em São Paulo eranuma ribanceira. Quando chovia,era tanta a lama que dó dava paraandar de galochas...”, lembrou opresidente, muito aplaudido pelosmoradores, apesar do frio e chuva.

“Este ano, vamos negociar aConvenção Coletiva em um cená-rio bastante positivo de crescimen-to econômico do país e do setorquímico”, afirmou Thomaz FerreiraJensen, assessor do Dieese no Sin-dicato dos Químicos do ABC, du-rante a Conferência Reivindicató-ria (23/07). Ele apresentou dadosque evidenciam a completa recu-peração da indústria química emrelação aos efeitos da crise inter-nacional de 2008 e 2009. O cresci-

Ousar lutar, ousar vencer!POR AUMENTO REAL DESALÁRIOS, REDUÇÃO DEJORNADA PARA 40 HORASSEMANAIS E MELHORESCONDIÇÕES DE TRABALHO

mento expressivo nos índices devolume de produção e de vendasinternas do segmento de produtosquímicos de uso industrial esse anojá superam os ótimos indicadoresdos anos anteriores à crise.

Estatísticas do DIEESE mos-tram que a inflação acumulada atéa data-base da categoria química(1º de novembro) deverá ficar em5,28% (INPC/IBGE). Cerca de 95%das categorias com data-base noprimeiro semestre deste ano con-quistaram reajuste acima da infla-ção, percentual melhor do que o ve-rificado nos primeiros meses do anopassado. A atual política do gover-no Lula de valorização do saláriomínimo certamente está impulsio-nando as categorias na luta por au-mentos reais, tanto nos salários

gerais, como nos pisos.“O piso salarial da categoria é

o mínimo que um trabalhador devereceber. Portanto, a lição de valori-zação permanente do salário míni-mo deve inspirar a categoria a con-quistar significativo aumento parao piso este ano”, afirmou oeconomista. Thomaz reite-rou ainda que a redução dajornada de trabalho para 40horas semanais, sem redu-ção de salários e com au-mento do valor da hora-ex-tra, tem um impacto insig-nificante de 1,5% no custototal das empresas.

PropostasEste ano, a categoria

negocia também as cláusu-las sociais da Convenção.Durante a Conferência,além das propostas econô-micas, os trabalhadores su-geriram diversas melhoriasno acordo anterior, entreelas a extensão da licença mater-nidade para 180 dias, pagamento

“O governo Lula fez uma claraopção pelo combate à pobreza: in-cluiu socialmente milhões de bra-sileiros, fortaleceu o mercado in-terno, estimulou a produção ecriou milhares de empregos”. Comessa afirmação, o professor Fran-cisco Rozsa Funcia (foto), da Uni-versidade Municipal de São Cae-tano do Sul, defendeu as iniciati-vas do atual governo ao analisar aconjuntura política, econômica esocial do país durante a Conferên-cia Reivindicatória.

Segundo o professor: “Paracombater a crise mundial de 2008,o governo Lula reduziu impostose ampliou o crédito, além de usaras reservas acumuladas. As medi-das estimularam o consumo inter-no, ampliaram as classes A, B e Ce reduziram as D e E. O Brasil re-

cuperou a sua economia em tem-po recorde”.

Embora exista um cenário decrescimento sustentável no país,o professor considera que setoresimportantes da sociedade (sindi-catos, empresas, instituições etc.)deveriam ser chamados pelo go-verno para participar da formula-ção das políticas de crescimento.

Crescimento sustentável exigeparticipação social

das férias em dobro, combate à ter-ceirização e ao assédio moral, ca-pacitação para representantes daCIPA etc. As propostas serão siste-matizadas para posterior discussãocom toda a categoria no estado.

Conferência: É preciso que todo trabalhador e trabalhadora dacategoria conheça as reivindicações e saiba por que está lutando

Representantes colocam suas propostasde pauta para discussão e aprovação da

plenária

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Pode cair valor de planos desaúde para idosos

O Cadastro Nacional de Infor-mações Sociais (CNIS) contém asinformações cadastrais, vínculosempregatícios, remunerações men-sais e contribuições dos trabalha-dores brasileiros. Mensalmente, asempresas são obrigadas a atualizaressas informações no CNIS por meioda GFIP – Guia do FGTS, mas podehaver falhas.

Os dados são utilizados para oreconhecimento de direitos previ-denciários, com base na legislação.Se as informações estiverem corre-tas, a concessão do benefício do

trabalhador será no imediato. Casoestejam incorretas, o segurado tematé 30 dias para apresentar os do-cumentos.

É fácil atualizar os dadosPara requerer os seus direitos

previdenciários (aposentadoriaetc.) é preciso ter os dados atuali-zados e corretos no CNIS.

O Extrato de Informações Pre-videnciárias contém os vínculos eremunerações que constam do Ca-dastro Nacional de InformaçõesSociais – CNIS. Ele é fornecido nasAgências da Previdência Social e

acessado pelo Portal da Previdên-cia Social mediante senha (informa-ções na Central 135).

Os correntistas do Banco doBrasil podem imprimir o ExtratoPrevidenciário nos terminais deauto-atendimento ou no portal dobanco na internet.

Você pode solicitar a inclusão,exclusão ou correção desses dadosmediante a apresentação de docu-mentos nas Agências da Previdên-cia Social.

Não deixe para depois. Fiqueatento e assegure seus direitos.

A Agência Nacional de SaúdeSuplementar (ANS) anunciou queestuda uma forma de reduzir o altocusto dos planos de saúde paraidosos. Os idosos ganham menosque os trabalhadores da ativa, maspagam as mensalidades mais ca-ras nos planos. A estratégia é fi-nanciar os idosos mediante a cria-

ção de um “fundo saúde”, forma-do por um percentual da mensali-dade paga às operadoras privadas.Com isso, o idoso teria reservaspara evitar o pagamento de men-salidades mais caras.

CaloteA ANS vai inscrever na Dívida

Ativa da União as operadoras deplanos de saúde que acumularamdívidas num total de R$ 370 mi-lhões com o Sistema Único de Saú-de. Os planos devem esse dinheiroao SUS por atender segurados querecorreram ao sistema público aoinvés de receberem atendimentona rede particular conveniada.

SEUS DIREITOS

Dados corretos facilitam concessão deaposentadoria

A Convenção Coletiva é clara:toda empresa está obrigada amanter serviço de atendimentomédico ou de enfermaria paraos trabalhadores em turnos derevezamento (24 horas), inclusi-ve sábados, domingos e feria-dos. Também deve, por lei, pro-videnciar meio de transportenecessário à prestação de pri-meiros socorros.

Direito de recusaÉ assegurado ao trabalhador oDireito de Recusa a executar de-terminado trabalho que ele ava-lie como prejudicial à sua saúdeou integridade física por falta demedidas adequadas de proteção.Quando ocorrer, o trabalhadordeverá comunicar o fato ao seusuperior e ao setor de seguran-ça, higiene e medicina do traba-lho da empresa, cabendo a taisinstâncias investigarem eventu-ais condições inseguras e rela-tar o ocorrido à CIPA. Não se dei-xe enganar, sua vida vale mais!

ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS

Aposentado(a) e pensionistaVocê está à procura de um plano de saúde com carências reduzidas e preços baixos?

Ligue agora para a Associação dos Aposentados Químicos do ABCTel.: 4433 5819

Proteção no trabalhoPor lei, toda máquina ou equipa-mento de trabalho deve disporde mecanismos de proteção. Paramáquinas que operam com mo-vimentos repetitivos e cortantesa lei exige placas de aviso sobrerisco e prevenção, afixadas emlocal e dimensão visível, além deum período de treinamento parao operador.

Nossa luta não começou hoje!INFOGRÁFICO

Observe nos gráficos a evolução dos aumentos reais no piso salarial e na PLR dacategoria química ao longo dos anos. Apesar dos avanços, o custo da hora de trabalhono Brasil ainda é um dos mais baixos do mundo.

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CATEGORIA

Truculência da Colgate não impede ato de protesto

Os trabalhadores da indústriafarmacêutica EMS aprovaram em as-sembléia (20/07) um plano de cargose salários e um plano de metas paraa PLR, acordado entre a empresa, oSindicato e o SUR. Na avaliação deRonaldo de Oliveira, coordenador daregional de São Bernardo, “o planode cargos salários deve atingir mais de 80% dos trabalhadores”.

A EMS e o Sindicato também acertaram a implantação desse plano omais breve possível, através do setor administrativo. Para Ronaldo “ostrabalhadores da EMS precisam descobrir o seu potencial de poder, poisjuntos com certeza chegarão a muitas outras conquistas”.

Os trabalhadores da Ouro Fino(Ribeirão Pires), fabricante de ba-nheiras, conquistaram uma reivin-dicação de anos: a implantação doprograma de PLR. O programa,acordado entre a empresa e os re-presentantes do Sindicato e CIPA,vai apresentar apenas um indica-dor, com valor máximo (base) e va-

O ato de protesto realizado noportão de entrada da Colgate-Palmolive (26/07) mobilizou váriossindicatos da região e cumpriu seuobjetivo: atrasar a entrada dos tra-balhadores (as) do turno da tardepara demonstrar o descontenta-mento com a proposta de PLR (Par-ticipação nos Lucros e Resultados)apresentada pela empresa.

Há mais de um mês trabalhado-res e empresa negociam o valor daPLR, mas não chegaram a um acor-do. Em assembléia, eles rejeitaram

CADEADO NO PORTÃO, POLÍCIA E MUITA INTIMIDAÇÃO. NADADISSO CONSEGUIU BARRAR A MANIFESTAÇÃO DOSTRABALHADORES CONTRA A PLR

a proposta da empresa, considera-da pior que a do ano passado, e de-cretaram Estado de Mobilização,com paralisações surpresas deno-minadas “pipocas”.

“A partir de agora vamos reali-zar ações no comércio, nas lojas,nos supermercados, em toda a re-gião para denunciar como a líderde vendas no setor de higiene bu-cal trata seus trabalhadores”, dis-se o diretor do Sindicato dos Quí-micos do ABC e trabalhador naempresa, Wanderley Salatiel.

Cadeados e truculênciaTodos estavam revoltados

com as atitudes truculentas daempresa. Para esvaziar a mobi-lização e intimidar os partici-pantes, ela desviou o trajeto dosônibus que traziam os trabalha-dores, fechou os portões deacesso ao estacionamento comcadeados e com forte esquemade segurança impediu o turnoda manhã de sair para o pátio.Para completar, chamou a polí-cia. “A empresa será chamada adar explicações sobre essasações na Superintendência Re-gional do Trabalho e Emprego”,afirmou Salatiel.

PLR aprovada na CBCApós várias reuniões e inten-

sas discussões, o Sindicato juntocom a OLT e CIPA chegou a umacordo com a CBC (CompanhiaBrasileira de Cartuchos), situadaem Ribeirão Pires, sobre os indi-cadores e metas do programa dePLR/2010. Valeu a pena: os traba-lhadores conquistaram um au-mento bastante significativo so-bre o valor base do ano anterior.A PLR foi aprovada em assem-bléia por ampla maioria.

Greve garante antecipaçãoda PLR na Alpina

No dia 12 de julho, os trabalhadores da Alpina entraram em grevedebaixo de forte chuva. Segundo José Antonio (Tonhão), Secretario daRegional de São Bernardo, “não acreditei que com aquela chuva os traba-lhadores fossem à greve pela antecipação da PLR”.

Após três horas de paralisação, a direção da Alpina resolveu atender areivindicação dos trabalhadores. Todos estão de parabéns por mais essa vitória.

Braskem (Quattor) unificatabelas de turno

Os trabalhadores da Braskemtiveram participação direta atravésdo voto na escolha da jornada ehorários de trabalho visando a uni-ficação das tabelas de turno.

Após a compra da Quattor pelaBraskem, o Sindicato e o Grupo deTrabalho (GT) realizaram váriasreuniões com a nova direção bus-cando a unificação das tabelas, jáque as unidades trabalhavam emjornadas e horários diferentes.

Decisão nas urnasNo dia 31/05, teve início o pro-

cesso de votação para a escolhaentre as tabelas da PQU, Polietile-

nos e Braskem, além de outras trêspropostas sugeridas pelo GT e ostrabalhadores. Após a apuração,nenhuma das tabelas teve 50% maisum dos votos.

Uma votação em segundo tur-no decidiu entre a duas tabelasmais votadas: a PQU e Braskem. Aeleição teve início no dia 21/06 eterminou no dia 25/06, com a vitó-ria da tabela da PQU, que obteve300 votos, contra 157 da Braskem.

A nova tabela começa a vigo-rar na Polietileno a partir de 1º deagosto. Em 5 de agosto será a vezda Suzano. A PQU e Unipar já estãopraticando a nova jornada.

Plano de cargos e salárioserá implantado na EMS

Implantado programa de PLRna Ouro Fino

lor mínimo maior que o da Conven-ção Coletiva, seja a meta atingidaou não. A proposta foi aprovada emassembléia no dia 13 de julho. Va-leu a persistência dos trabalhado-res da Ouro Fino.

E na empresa em que você tra-balha? Como está a organizaçãopor um programa próprio de PLR?

Trabalhadores e Sindicatonegociam na Soplast

Foi formada uma Comissão detrabalhadores na Soplast (São Ber-nardo) especialmente para, juntocom o Sindicato, negociar com aempresa um plano de cargos e salá-rios. Este plano será implantadoapós aprovação em assembléia, a seragendada com os trabalhadores.

O Sindicato também negociou

com a empresa o cumprimento dalei de cotas que prevê a contrata-ção de pessoas com deficiência. Se-gundo Rodolfo Morette, diretor doSindicato e trabalhador na empre-sa, a Soplast já contratou essas pes-soas e ministrou treinamento espe-cial junto aos setores em que estãoatuando.

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SAÚDE DO TRABALHADOR

COMO É O TRABALHO, O LAZER,A CASA E O MODO DE VIDA DEJOVENS RURAIS? E DOSJOVENS URBANOS?

Essa rica troca de experiênci-as foi promovida pela parceria en-tre Sindicato dos Químicos doABC, Sindicato dos EmpregadosRurais e Sindicato da AgriculturaFamiliar, ambos de Ribeirão Bran-co e Guapiara, no 2º Intercâmbioentre Jovens Químicos e JovensRurais Assalariados e da Agricul-tura Familiar.

Na primeira etapa, os jovensquímicos do ABC passaram trêsdias (14 a 16/05) na região ruralconhecendo o trabalho assalaria-do numa fazenda de plantação detomates; depois visitaram famíli-as que vivem do cultivo de amei-xa, mandioca e repolho, e por fimse divertiram na tradicional Festado Divino.

A vez dos jovens rurais conhe-

FORMAÇÃO

2º Intercambio entre jovens ruraise jovens químicos

ceram o ritmo alucinado da regiãodo Grande ABC aconteceu na se-gunda etapa (11 e 12/06). Eles visi-taram duas empresas do setor plás-tico: a Soplast – com tecnologia deponta e uma das líderes do merca-do – e a Plastcooper – uma coope-rativa de trabalhadores.

Também ficaram impressiona-

Encontro temático:

“Gravidez naadolescência

e drogas”DIA 7 DE AGOSTO, ÀS 14 –RUA JURUBATUBA, 1610,

CENTRO DE SÃO BERNARDO

O Sindicato dos Químicos doABC, em parceria com o Coleti-

vo de Juventude, realizam oencontro temático “Gravidezna adolescência e drogas”. Oevento pretende discutir as

questões que envolvem asexualidade e o uso de drogasna adolescência. Todos estão

convidados.dos ao conheceram a estrutura doSindicato dos Químicos do ABC e otrabalho social desenvolvido peloProjeto Meninos e Meninas de Rua,de São Bernardo do Campo. À noi-te, a troca de experiências aconte-ceu jogando boliche e na festajunina do bairro Rudge Ramos,também em São Bernardo.

O risco químico pode estar mi-grando das grandes empresas parapequenas e médias, como conseqü-ência da estratégia patronal deterceirizar as atividades e proces-sos insalubres e perigosos que po-dem gerar acidentes químicos am-pliados e contaminações do ambi-ente e das pessoas.

Além disso, trabalhadores/as deempresas que fornecem para a indús-tria química ou que recebem dessasseus produtos e resíduos, podemestar mais expostos aos riscos.

Nessa cadeia de fornecedorese clientes estão os trabalhadores/as de mineradoras, processadoras,transportadoras, indústria de em-balagens, de alimentos, indústriaautomotiva, de construção civil,serviços de limpeza, cabeleireiros/as, recicladores urbanos (catado-res) etc.

Ciclo de vida do produto – umcompromisso de classe

Para enfrentar o risco de umproduto em suas diferentes etapasde fabricação, utilização e descar-te, os sindicatos dos diferentes ra-mos devem se unir e trocar maisinformações. Nesse sentido, as Re-

Semana de Segurança Química alerta:

Risco químico em pequenas empresas enos alimentos

des de Trabalhadores nas grandesempresas e de diferentes setorescumprem um papel estratégico nadefesa da nossa saúde e do meioambiente.

Agrotóxicos: contaminação nocampo e nos alimentos

O uso inadequado de agrotóxi-cos está contaminando trabalhado-res rurais, solo, cursos de água, fau-na e os alimentos que abastecemas cidades. A indústria químicadeveria encarar com mais respon-sabilidade essa prática que podeaumentar a incidência de câncer,

de alterações hormonais e dos fe-tos e neonatais.

Meta 2020 – compromisso detodos

Promovida pela ICEM e aFundacentro/MTE a Semana de Se-gurança Química realizada em SãoPaulo de 19 a 23/07 reuniu traba-lhadores, sindicalistas e especia-listas em segurança química deempresas e do setor público, com oobjetivo de atualizar a todos sobreas ações destinadas a alcançar, até2020, uma gestão internacional se-gura e saudável dos produtos.

Desde 21 de julho, o Institu-to Nacional do Seguro Social(INSS) está prorrogando o auxí-lio-doença para o trabalhadorafastado que espera por períciamédica. Com a decisão,publicada do Diário Oficial daUnião, acaba o corte automáticodo pagamento do benefício.

De acordo com as regras daalta programada do INSS, em vi-gor desde 2005, o segurado fica-va sem nenhuma fonte de sus-tento, caso não se recuperasse nadata prevista. Com a nova orien-tação, o segurado continua rece-bendo o benefício mesmo após adata definida pelo perito, até queseja feita uma nova perícia.

ImportantePara garantir o auxílio-doen-

ça, o trabalhador deve solicitara continuidade do benefício 15dias antes de vencer o prazo daalta programada. Depois, bastamarcar uma nova perícia, quepode ultrapassar 70 dias de es-pera. Quem já formalizou o pedi-do, mas está sem receber, terá opagamento reativado.

INSS garanteauxílio-doençadurante espera

pela perícia

Da esq. p/ dir.: Lady Virgínia (Cetesb), Fernando Sobrinho (Fundacentro) eNilton Freitas (Químicos do ABC)

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Cultura & Lazer

Diversão

Cultura

“Leitura nas Fábricas” emDiadema

Dez indústrias da cidade de Di-adema receberam minibibliotecascomposta por um acervo de 650 li-vros, computadores e impressoras.A instalação das unidades objeti-va incentivar o hábito da leitura ecriar novos pólos geradores de cul-tura entre os trabalhadores.

O chamado “Leitura nas Fábri-cas” nasceu da parceria entre o Mi-nistério da Cultura, prefeitura, sin-

dicatos e empresas locais, e vaidisponibilizar livros de literaturabrasileira, estrangeira, infantil, ju-venil, DVDs, livros didáticos, enci-clopédias etc.

É a primeira vez que bibliote-cas desse tipo são instaladas emfábricas, com a proposta de estimu-lar os trabalhadores das indústriasa ler no ambiente de trabalho. Oprojeto tem o apoio dos sindicatosdos Químicos, Metalúrgicos eConstrução Civil do ABC.

Com adesão inicial de dez fábri-cas (Apis Delta, Delga, IGP, Autometal,Legas, Grupo Papaiz, Uniforja, TRW,Uniferco e Metalpart), o programa atin-ge de imediato cerca de cinco mil tra-balhadores (as), mas com a exten-são do acervo aos familiares podechegar a 20 mil pessoas.

O Júnior conheceu um amigo de outroplaneta. Encontre as SETE diferenças

entre as cenas:

RESPOSTA: dente do Júnior, nave do ET, antena do ET, jornal, nariz do ET, bigode do pai, pé do pai.

Quadrinhos

A série “Nanotecnologia em Quadrinhos”aborda a presença da nanotecnologia nas indús-trias químicas, mostrando as incertezas sobre osimpactos à saúde dos trabalhadores e consumi-dores e ao meio-ambiente. Embora as empresasteimem em apresentar a nova tecnologia comouma maravilha sem riscos.

Elaborada com colaboração do Sindicato,a publicação mostra como os trabalhadorespodem atuar no local de trabalho para iden-tificar e prevenir riscos à saúde e ao meio-ambiente. A história em quadrinhos foi desenvolvida porThomaz Ferreira Jensen, economista e assessor técnico da subseção doDIEESE no Sindicato, e pelo antropólogo Antonio Gracias Vieira Filho.

Este projeto, iniciado em 2007, é desenvolvido em parceria com aFundacentro, Renanosoma, DIEESE, DIESAT e Sindicato dos Químicos doABC.A história em quadrinhos está disponível em nosso site:www.quimicosabc.org.br.

Nanotecnologia no ramoquímico é tema de HQ

Artes Plásticas

Curiós, beija-flores, co-rujas, sabiás e pintassilgos,entre outros. Pássaros quesurgem com intenso colori-do e realismo em cenáriosigualmente próximos à na-tureza. Essa fonte de inspi-ração realista integra o di-versificado mundo artísticode Fabíola Campos, a artis-ta da Exposição “Vestígi-os da Fauna”, do EspaçoArtequim.

Nascida em São Pau-lo, em maio de 1974,Fabíola é uma artista au-todidata. Iniciou sua car-reira nas Artes Plásticasaos 14 anos, através doestilo impressionista indo para o moder-no, mais ainda figurativo, mostrando suaversatilidade que é característica marcante em suas obras.

Seu currículo, que inclui exposições individuais e coletivas, tem comodestaque diversos prêmios da Associação paulista de Belas Artes e daAssociação Comercial de São Paulo.

Fabíola tem obras em coleçõesparticulares em vários países e fazparte do grupo de artistas brasilei-ros, com trabalhos divulgados naHolanda.

Nidy de OliveiraCuradora

Exposição Vestígios da Fauna

Serviço:Exposição: Vestígios da FaunaDe 21 de maio a 06 de agosto de 2010Segunda a Sexta-feira, das 9 às 18h.Av. Lino Jardim, 401Vila Bastos - Santo André

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CATEGORIA

A cerimônia de inauguração(16/07) da subsede do Sindicato dosQuímicos do ABC, em São Bernar-do do Campo, contou com a presen-ça de diversos representantes desindicatos, associações, parlamen-tares e autoridades da Grande SãoPaulo.

Durante o ato, o presidente doSindicato Paulo Lage demonstroua importância da aquisição. “É anossa casa. Não vamos mais pagaraluguel, não precisamos mais mu-dar, podemos organizar o espaçocomo quisermos... Todo associadodeve sentir orgulho em ter maisuma casa, obtida com a sua ajuda”.

Essa é a segunda subsede in-corporada ao patrimônio do Sindi-

Sindicato inaugura subsede própria em São Bernardo

SALAS RECEBEM NOME DESINDICALISTAS EMHOMENAGEM PÓSTUMA

cato, em cumprimento a uma reso-lução do último Congresso da ca-tegoria. A primeira subsede pró-pria, em Diadema, foi inauguradaem outubro de 2007.

HomenagensEste ano, o Sindicato comple-

ta 72 anos, o jornal Sindiquim 41anos e a COMSAT (Comissão deSaúde do Trabalhador) 20 anos,lembrou Paulo Lage, demonstran-do com fatos políticos a importân-cia da organização da categoriaquímica do ABC.

O Sindicato tambémprestou homenagem a trêsdirigentes já falecidos,dando os seus nomes a sa-las da subsede: JesuinoAlves de Oliveira, ex-dire-tor do Sindicato; AmiltonJosé dos Santos, ex-diretordo Sindicato e vereadorpelo PT em Rio Grande daSerra e Philadelpho Braz,sindicalista histórico e co-ordenador do Gipem (Gru-

po Indepen-dente de Pes-quisadores daMemória).

Lage des-tacou o valorde cada umdos compa-nheiros, acres-c e n t a n d o :“Quando ummilitante che-

gar aqui futuramente, ele terá opor-tunidade de conhecer um pouco dahistória de quem ajudou a cons-truir tudo isso”.

Festa de inauguração da subsede de São Bernardo doCampo e descerramento das placas em homenagem aos

companheiros Jesuíno, Amilton e Philadelpho, compresença dos seus familiares

Mercadante propõe mudança na educaçãoO candidato do PT ao governo

do Estado de São Paulo, senadorAloizio Mercadante, criticou a for-ma como o governo Serra/Goldmanconduz o ensino público. Para ele,a escola pública está sendoprivatizada “de forma cruel”. Issofica claro no resultado dos examesdo Enem 2009 (Exame Nacional doEnsino Médio), recentemente di-vulgado, onde entre os dez primei-ros colégios da lista, apenas um épúblico.

“Na minha visão, a educaçãotem de ser a prioridade das priori-dades”, desabafou Mercadante,que promete acabar com o sistemade “progressão continuada”, ondeo aluno é aprovado automatica-mente sem ter assimilado o conteú-do da matéria.

“A autoridade do professor estána avaliação. Pretendo trazer parao Estado o ensino em período inte-gral de forma progressiva”, afir-mou. Para ele, o investimento pode

ser compensado pelo crescimentoeconômico. “Recurso não é proble-ma, o que faltou até agora foi von-tade política. Países mais pobres,como o Uruguai, tomaram iniciati-vas semelhantes”, afirmouMercadante.

Pessoas comdeficiência

A nova sede da regional deSão Bernardo conta com a im-plantação de vários equipa-mentos de acessibilidade àspessoas com deficiência, en-tre os quais um elevador, ram-pas de acesso e suporte nosbanheiros.

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