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N°18 17/137 A 02 de novembro de 2017 137ª Edição CAMPEONATO DE FUTEBOL MINEIRO FEMININO 2017 Sábado, 4, tem primeira semifinal contra o campeão 2016 América no Joaquim Portugal Vamos empurrar nossas futebolistas a depois desafiarem o Ipatinga! P or ter vencido as quatro partidas da primeira fase em suas respectivas chaves, o Athletic, América e Ipatinga, mais o Frigoarnaldo (melhor pontuado entre os demais seis clubes) são os semifinalistas do Estadual Feminino. Pelo regulamento da competição definir que o 1º lugar geral – Ipatinga, saldo de 20 gols – disputará contra o 4º lugar geral – Frigoarnaldo –, ambos se enfrentarão sábados 4 e 11 em Contagem e Ipatinga. Como na classificação conjunta entre os quatro classificados para a semifinal o América ficou em 2º lugar geral, pelo saldo de 9 gols, e o Athletic em terceiro, com saldo de 6 gols, ambos se confrontam sábado 4, às 15h, no estádio são-joanense athleticano Joaquim Portugal, e sábado 11 no mesmo horário no campo do 'Baleião', em BH. Assim, amantes do futebol em São João e região estão convidados a prestigiar o Athletic contra o campeão 2016, que foi o América. Para essas difíceis semifinais, o Athletic conta com o reforço de jogadora ex-santista (atacante Tcheury Goya) e goleira ex-corinthiana (Karen Xavier). Toda força para nosso futebol vencer e depois enfrentar o Ipatinga – vice-campeão 2016 – nas finais! Compareça! Ingresso: R$ 10. Crianças até 7 anos e sócios do Athletic: entrada franca. Estudantes e adultos acima de 60 anos: meia-entrada (R$ 5). O jogo será transmitido pela Rádio São João Del Rei. Quem está na microrregião do Campo das Vertentes, sintonizar AM 970Khz. Para quem está distante, transmissão online: http://radiosaojoaodelrei.com.br/ Cris Mattos / Federação Mineira de Futebol

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N°18 17/137 A 02 de novembro de 2017137ª Edição

CAMPEONATO DE FUTEBOL MINEIRO FEMININO 2017

Sábado, 4, tem primeira semifinal contra o campeão 2016 América no Joaquim Portugal

Vamos empurrar nossas futebolistas a depois desafiarem o Ipatinga!

Por ter vencido as quatro partidas da primeira fase em suas respectivas

chaves, o Athletic, América e Ipatinga, mais o Frigoarnaldo (melhor pontuado entre os demais seis clubes) são os semifinalistas do Estadual Feminino.

Pelo regulamento da competição definir que o 1º lugar geral – Ipatinga, saldo de 20 gols – disputará contra o 4º lugar geral – Frigoarnaldo –, ambos se enfrentarão sábados 4 e 11 em Contagem e Ipatinga.

Como na classificação conjunta entre os quatro classificados para a semifinal o América ficou em 2º lugar geral, pelo saldo de 9 gols, e o Athletic em terceiro, com saldo de 6 gols, ambos se confrontam sábado 4, às 15h, no estádio são-joanense athleticano Joaquim Portugal, e sábado 11 no mesmo horário no campo do 'Baleião', em BH.

Assim, amantes do futebol em

São João e região estão convidados a prestigiar o Athletic contra o campeão 2016, que foi o América. Para essas difíceis semifinais, o Athletic conta com o reforço de jogadora ex-santista (atacante Tcheury Goya) e goleira ex-corinthiana (Karen Xavier).

Toda força para nosso futebol vencer e depois enfrentar o Ipatinga – vice-campeão 2016 – nas finais! Compareça!

Ingresso: R$ 10. Crianças até 7 anos e sócios do Athletic: entrada franca. Estudantes e adultos acima de 60 anos: meia-entrada (R$ 5).

O jogo será transmitido pela Rádio São João Del Rei. Quem está na microrregião do Campo das Vertentes, sintonizar AM 970Khz. Para quem está distante, transmissão online: http://radiosaojoaodelrei.com.br/

Cris Mattos / Federação Mineira de Futebol

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N°18 17/137 B 02 de novembro de 2017137ª Edição

Basquete adulto alvinegro, bronze no JIMI, disputa segundo título da Liga Amadora de Basquete MG

inalista da Liga

FAmadora de Basquete de Minas Gerais,

dentre dez equipes (nove da Grande BH), o Athletic tem sábado, 11, na capital, jogo decisivo para buscar o título de campeão 2017.

Por se tratar de uma decisão de título no sistema

'melhor de três jogos', e o Athletic ter perdido a primeira partida (82 a 86) para o UUUIII Thug Life, só pode vencer no dia 11 para ter novo jogo decisivo domingo, 12, também em BH.

O Athletic foi campeão em 2016 (LINKhttp://www.athleticclub.com.br/ar

quivos/121356091216_ac118.pdf) nas mesmas condições: perdeu o primeiro jogo, mas reverteu nos dois seguintes. A equipe foi medalha de bronze (LINKhttp://www.athleticclub.com.br/arquivos/184733191017_ac136.pdf ) nos Jogos do Interior de Minas – JIMI 2017 – dia 15 de outubro: terceira melhor dentre 59 concorrentes.

Futsal AC Sub-15 vai à etapa final do Jojuninho dias 16 a 19 em Lavras

O futsal Sub-15 do Athletic, representando São

João del-Rei, enfrentou no último fim de semana de outubro três cidades do sudoeste mineiro na segunda etapa do Jojuninho, em São Lourenço. Às duas vitórias (uma por 8 a 0) e uma derrota na primeira etapa em Baependi, acrescentou agora mais duas vitórias (sobre

Itanhandu e Itaú de Minas) e um empate (com Poços de Caldas). Um dos oito classificados para a fase final, enfrentará dias 16 a 19 próximos, em Lavras, novamente Poços de Caldas e cidades vencedoras ou perdedoras do primeiro e segundo jogos. O Jojuninho (Jogos da Juventude Sub-15) é promovido pela Associação Esportiva dos Municípios do

Sudoeste de Minas Gerais – Assesmig.

Repondo energia na volta de São Lourenço

N°18 17/137 C 02 de novembro de 2017137ª Edição

10º TORNEIO DA PRIMAVERA DE VOLEIBOL FEMININO

Só deu A nas finais: Associação Acaraí, de Arantina, e Athletic!

Cem moças de nove equipes de cinco entidades esportivas de quatro municípios

mobilizaram-se em passes, alavancas, cortadas, manchetes, bloqueios, contra-ataques, peixinhos e 'quebradas de munheca' no sábado 28 e domingo 29 de outubro na Praça de Esportes do Athletic.

Das quatro equipes Sub 13 (11 a 13 anos) e cinco Sub 15 (até 15 anos), saíram-se melhor a Associação Acaraí, de Arantina (campeã nas duas categorias), e o Athletic (vice-campeão em ambas). Participaram também Atlanta Voleibol, de Barbacena; Escola do Vôlei, de Conselheiro Lafaiete; e Centro Esportivo São Judas, de São João del-Rei.

O presidente do Athletic, Cláudio

Gonçalves, entregou medalhas e troféus às equipes finalistas do 10º Torneio da Primavera de Voleibol Feminino, promovido anualmente pelo clube. Ele agradeceu a participação das equipes, técnicos, árbitros, mesários, patrocinadores e Secretaria Municipal de Esportes e

Lazer.

O Athletic é o principal fomentador do vôlei feminino de lazer e competitivo em São João del-Rei. E se prepara para formar equipe Sub-17. Junte-se a nós!

Leia nas páginas seguintes pequenas entrevistas com uma jogadora de cada entidade, torcedores e duas jogadoras de vôlei do Athletic no final dos anos 50. Boa leitura!

VEJAM VÍDEOS NOS LINKSABAIXO:

https://www.facebook.com/joao.ramalhoneto/videos/10212139581823023/

https://youtu.be/tw-YmgiBHwsAC Sub-15: Larissa, Ana Luiza, Kaylane, Gabriela Canaan, Alessandra, Gabriela Vale, professor Marcelo Augusto; Agachadas: Maria Clara, Gabriela Assis, Gabriela Reis, Luísa, Bárbara

Associação Acaraí, de Arantina, Sub 13 e Sub 15

N°18 17/137 D 02 de novembro de 2017137ª Edição

10º TORNEIO DA PRIMAVERA DE VOLEIBOL FEMININO

Ana Letícia, da equipe Sub-15 do Atlanta, de Barbacena, comemorará seu 14º aniversário em dezembro agradecendo ao voleibol. Por quê? Ela existe pela modalidade esportiva ter aproximado seus pais. Conta a mãe, Alexsandra Teixeira: “Já o conhecia da escola, e ele jogava. Entrei para o time de vôlei para ficar perto dele”. Ana Letícia começou a jogar em abril de 2016. “Entrei na

escolinha porque já tinha um pouco de vontade e por minha mãe me contar histórias de quando jogava”. Ana joga com óculos – “uma armação velha, que nunca quebrou” – de 4 e 2 graus. “Minha mãe assina autorização para se responsabilizar em caso de ferimento”. Mas vê longe sua permanência no vôlei: “pretendo continuar porque gosto. Meus pais gostam de me acompanhar

nas viagens de jogo. Fico hospedada com a equipe, eles na casa de parentes ou hotel”.

Luciana Lopes, da equipe Sub-15 da Escola do Vôlei, de Conselheiro Lafaiete, 14 anos, começou a gostar de vôlei aos 7, ao acompanhar a irmã maior em jogos em escola pública. Daí não parou. “Fui chamada no início do ano pelo Olympico de Belo Horizonte, clube revelador de atletas. Mas ficou difícil para meus pais

me levarem diariamente de carro 100 km de ida, mais a volta. No meio do ano um técnico de Varginha me chamou para treinar lá. Meus pais me apoiaram, mas preferi o estudo. Jogo em três times: da escola onde estudo, de um clube e

da Escola do Vôlei. Meu foco é no vôlei. Até hoje minha mãe, que também joga, me acompanha nas viagens. Já fui pelo menos a dez cidades”.

Convidada pelo Olympico

Nascida do voleibol

Escola do Vôlei de Lafaiete Sub 15

Atlanta Voleibol de Barbacena Sub 15

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N°18 17/137 E 02 de novembro de 2017137ª Edição

10º TORNEIO DA PRIMAVERA DE VOLEIBOL FEMININO

Pequenina Arantina, grandinha no vôlei

Lavínia Aquino Nunes, da equipe Sub-13 da

Associação Acaraí, de Arantina, 11 anos, apresenta indiretamente seu berço natal: “minha cidade só tem vôlei, futsal e natação, e só tem uma escola esportiva”. Uma dos 2.800 e poucos habitantes – somada área urbana e rural –, Lavínia diz que se interessa pelo vôlei desde os 5-6 anos ao acompanhar o pai, professor de educação física, à época treinador na Associação Acaraí. “Na mesma época que meu pai deixou de dar treinos por virar diretor de escola estadual em cidade vizinha, é que entrei, no Sub-11. Já fui jogar em cidades perto e

em Volta Redonda, no Estado do Rio, e fui noutras com meu pai para ver jogos. Minha irmã Jade, de 7 anos, por me ver sempre chegando dos treinos, começou agora no vôlei. Também gosto de cantar. Quero estudar engenharia civil, porque gosto de desenhar e de

matemática”. Projetar estruturas de concreto armado pode ter alguma relação com arquitetar belas jogadas maleáveis que desestruturam o adversário? Lavínia olha cismada para a amiga jogadora Arian ao lado, pensa...: “acho que não”. Será?

Escola do Vôlei de Lafaiete - Sub 13

N°18 17/137 F 02 de novembro de 2017137ª Edição

10º TORNEIO DA PRIMAVERA DE VOLEIBOL FEMININO

Do futebol ao vôlei, “adaptação difícil, estranha no início”Pai ex-jogador profissional – Ingridy Silva, do Sub-15 do Centro Esportivo São Judas (bairro Caieira), 15 anos, 1º ano do ensino médio, explica: “só entramos no torneio Primavera para ter noção de jogo, pois treinamos há menos de seis meses. Por isso perdemos as quatro partidas por 2 sets a zero”. Nascida em Caratinga mas desde os 10 anos em São João, diz que sempre foi “apaixonada por futebol. Cresci nesse meio. Meu pai Ronaldo foi zagueiro profissional do Madureira. Eu jogava com meus irmãos gêmeos seis anos mais velhos na rua e brincava em campo quando meu pai nos levava aos seus jogos em Caratinga. Aos 7 entrei em escolinha de futsal

feminino da prefeitura. Já em São João, ampliei meu gosto para futebol de campo aos 12 anos. Na Escola Estadual Doutor Garcia de Lima, era a única menina a jogar com meninos, que me tratavam de igual para igual. Animei meninas a disputar futsal na Copa Recreio da escola, mas se resumiu a um ano. Tentei formar um time na escola para

participar do último Jogos Escolares de Minas Gerais – JEMG –, mas não consegui. Futebol de campo na minha idade não tem em São João. Então, iniciei há pouco no vôlei. No início foi estranho, difícil de me adaptar. Sou agitada, imperativa, falo demais, fiz muita aula de dança. O jogo de vôlei é mais calmo”. E sorri, feliz.

Centro Desportivo São Judas - São João del-Rei - Sub 15

N°18 17/137 G 02 de novembro de 2017137ª Edição

10º TORNEIO DA PRIMAVERA DE VOLEIBOL FEMININO

“Emoção é coisa muito forte, tem que colocar pra fora!”Uma e meia da tarde dominical, encerrada a final que fez do Athletic Sub-13 vice-campeão do 10º Torneio de Primavera, equipes alinhadas para receber medalhas e troféus, a capitã alvinegra Cristal Rezende, 13 anos, rosto desconsolado, chora um pouco. Colega da equipe passa os dedos sob seus olhos para retirar lágrimas, outra a abraça. “Sou muito emotiva. Faço as coisas que gosto com intensidade. Sou capitã do time desde o início do ano. Capitã tem que estar

dentro do jogo, independente do placar. Puxar as meninas pra cima, sempre com prazer e diversão dentro da quadra, porque quando pára de ser isso, vira obrigação. Tenho que segurar o time dentro do jogo. Treinamos muito, time potencial e entrosado. Mas não deu. Acabou o jogo, a ficha caiu. Aí fiquei triste, e chorei”. A jovem Cristal – nome de dois significados:

claro, vidro transparente; e o outro,elo – é sinônimo do primeiro sentido e antônimo do segundo. Ano passado também chorou, mas de alegria: o Sub-13 foi campeão. “Emoção é coisa muito forte. Tem que colocar pra fora!”. Cristal tem desde este ano a irmã Rubi, 10 anos, na escolinha e equipe Sub-11 de vôlei do Athletic. Duas jóias, como anunciam seus nomes.

AC Sub-13 Vice-campeão: Isabela Pinto, Ana Flávia, Gabriela, Bruna, Ana Serpa, Fernanda Couto, professor Marcelo Augusto; Ana Leite, Cristal, Isabelle, Laura, Fernanda Boari, Jasmyn

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N°18 17/137 H 02 de novembro de 2017137ª Edição

10º TORNEIO DA PRIMAVERA DE VOLEIBOL FEMININO

Vozes da arquibancada: “Poder para as mulheres no mundo!”Além dos gritos ritmados da torcida “A-Cê!” “A-Cê!” (abreviatura de Athletic), “La-fá!” “La-fá!” (abreviatura de Lafaiete), seguidos de palmas igualmente cadenciadas e dos berros de “ERRÔÔÔÔ!!!” para perturbar o adversário em momento de passe ou sacada, também povoou o ginásio o som da bateção repicada de garrafas de plástico de água mineral vazias no concreto da arquibancada.

A pequena Gabriela, 3, era uma. Conta a tia, sócia Daniele Carvalho: “Ela bate por ver os demais. No início achou que era foguete, morreu de medo. Mas aí mostrei o que era, e virou batedora de garrafa plástica”. A filha de Daniele, Fernanda Carvalho, foi vice-campeã pelo Sub-13 Athletic. “Já meu menino Bernardo faz escolinha e joga nas equipes futsal e futebol do clube. Quando viajam para jogar,

algumas vezes vão só, noutras acompanhamos atrás de carro”.

Os sócios Pedro Câmara e Jordana observam ao lado da filha Laura, há poucos minutos vice-campeã pelo clube no Sub-13, o jogo final do Sub-15. “Laura joga desde os 4 anos porque a mãe joga vôlei de lazer duas tardes semanais no clube. Laura foi indicada a melhor do jogo finalista e melhor ponteiro da

sua categoria no torneio. Esporte é importante por complementar a educação: joga-se em equipe e aprende-se a perder. Enquanto a mãe grita e faz torcida barulhenta, 'confusão', sou calmo: bato palmas e o coração reage calorosamente. Até os 24 anos joguei pólo aquático no Rio”. Laura trocou a camisa suada da partida por camiseta com inscrição em inglês: “Poder para as mulheres no mundo!”.

Atlanta Voleibol de Barbacena - Sub 13

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N°18 17/137 I 02 de novembro de 2017137ª Edição

MEMÓRIA: VOLEIBOL ALVINEGRO NOS ANOS 1950

Nilza Alvarenga participou do Campeonato Regional do Interior de Vôlei e

Basquete pela equipe alvinegra no cinqüentenário do Athletic, em 1959, e em outros. Abrevia histórias daqueles anos: “na sala de aula do colégio Nossa Senhora das Dores, eu enviava bilhetinho, escondido das freiras, para minhas colegas Regina e Amanda (ver foto), marcando para nos encontrarmos na escadaria da igreja de São Gonçalo para irmos juntas aos treinos de vôlei, dirigido pelo técnico Coqueiro, às 16 horas no Athletic. As irmãs vicentinas achavam que era bilhetinho para

namorado, chamavam nossos pais, e ficávamos de castigo copiando até eles chegarem, sem poder sair. Fui presidente do clube de vôlei do colégio.

Tinha vizinhas que jogavam vôlei no Minas (Tijuco). Íamos juntas todo dia ao cinema. Mas quando a equipe do Athletic ganhava, as amigas 'mineiras' sumiam, ficavam de mal conosco. Quando o Minas ganhava, era o contrário.

Naquele tempo tínhamos apenas equipe adulta, a maioria na faixa etária dos 17 anos. Viajei pelo Athletic em estradas de terra –

quase todas eram assim – para Lavras, Divinópolis, Belo Horizonte. A viagem para BH durava mais ou menos um dia inteiro. Depois que chegávamos ao hotel – que a equipe técnica chamava de concentração – não podíamos sair.

Meus dois filhos, Gustavo 'Babú' e Henrique, praticaram natação, tênis, vôlei e peteca no Athletic. 'Babú' joga toda quarta à noite na turma de pelada de futsal, na quadra principal.

(*) = Falecidas

“Bilhetinhos ocultos para irmos juntas aos treinos no Segredo davam rolo com as freiras”

Equipe vôlei do Athletic no fim dos anos 1950, defronte antiga sede do AC na avenida Tiradentes: Lisete Lima Lopes, Vanda Leme Lopes (*), Sônia Ratton, Nilza Alvarenga, Alda Oliveira, Amanda Martins Ferreira (*), Arlete Oliveira (*), Teresinha Pinheiro, Regina Salomé de Oliveira (*), Maria Lúcia Monteiro, Sônia Ratton

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N°18 17/137 J 02 de novembro de 2017137ª Edição

MEMÓRIA: VOLEIBOL ALVINEGRO NOS ANOS 1950

Jogos da Primavera no Rio: “Vai mexer com boneca, menina!”

Maria Ratton, 75, sexta de dez filhos do ex-presidente do Athletic

Dario de Castro Monteiro (gestão 1933-35), relembra seu início no vôlei há seis décadas: tinha 14 anos, gostava muito de natação, e o pessoal do vôlei tinha que me carregar para os treinos. Lembro de todos os técnicos da época: Ademar, de natação, que morava no clube; e os de vôlei, Ourique de Oliveira, 'Coqueiro', Valdir e Altamiro Braga.

Nosso time era bom. Tínhamos a Lisete, que considero a maior atleta de vôlei de São João e de Minas Gerais à época, enquanto nosso opositor local, o Minas, tinha a Lins. Ambas foram chamadas para a Seleção de Minas. Athletic versus Minas tinha charanga e era muito animado, no futebol e no vôlei. Mas, pela realidade local colocar o Athletic e Minas como 'inimigos', nossas equipes nunca juntaram as melhores jogadoras para formar uma seleção são-joanense e disputar os Jogos da Primavera no Rio de Janeiro, em setembro. O Athletic foi duas vezes. Ficávamos hospedadas no Ginásio Caio Martins, em Niterói,

hoje estádio do Botafogo. Joguei contra o Fluminense, Botafogo e Escrete de Recife, entre outros. Uma vez um juiz do Recife roubou de nós a favor de equipe de sua terra, e toda a torcida invadiu o campo a nosso favor. Eu tinha 14 anos. A torcida opositora gritava para mim: “vai mexer com boneca! Sai daí, menina!”.

Quando em viagem, as jogadoras maiores de idade podiam passear à noite. Eu não! Para encerrar: quando eu participava de competições de natação em BH, nossa equipe ia até Barbacena de ônibus, e de lá pegava o trem do Rio para a capital, e vice-versa!

Equipe vôlei Athletic no final da década de 50: Maria Ratton, Ruth, Alda, Lisete, Vanda, Edir, Marta Ratton, Vilma Cantelmo

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