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Jornal Mensal - €0,01 [email protected] Director: Francisco Morais Barros Parceira do Jornal de Lisboa Nº147 - MAIO20 - ANO XII DIOGO MOURA, FILIPE PONTES, ANDRÉ COUTO PÁG. 13 A NOSSA BANCADA DE OPINIÃO PÁGS. 14/15 CAMPO DE OURIQUE | PÁG. 04 FREGUESIA JÁ FEZ MAIS DE 2000 ENTREGAS DE BENS E MEDICAMENTOS Em pouco mais de um mês de estado de emergência, a Junta de Freguesia de Campo de Ourique tem apoiado idosos e grupos de risco e vai iniciar uma segunda ronda de desinfeção de ruas. SANTA MARIA MAIOR | PÁG. 05 DESINFEÇÃO PERMANENTE NAS RUAS DA FREGUESIA As equipas multidisciplinares garantem a manutenção de altos padrões de higiene nos espaços públicos e vias de Santa Maria Maior. PENHA DE FRANÇA | PÁG. 06 NOVA SECRETARIA ONLINE Para manter a autarquia ao serviço da sua população, a Junta da Penha de França tem os serviços de Secretaria a funionar online. AVENIDAS NOVAS | PÁG.07 JUNTA DISTRIBUI KITS-REFEIÇÃO Junta acorre a novas situações de carência dando apoio alimentar. Presidente da Freguesia e funcionários que se voluntariam distribuem kits-refeições. SÃO VICENTE | PÁG. 08 JUNTA APOIA A POPULAÇÃO DURANTE O ESTADO DE EMERGÊNCIA No início desta pandemia, a Junta de Freguesia de São Vicente reorganizou todos os sectores para adequar os seus recursos ao serviço da população. CAMPOLIDE | PÁG.09 FESTEJAR COM OS VIZINHOS “Campolide Canta os Parabéns!”, foi o nome escolhido para um projecto da Junta de Campolide que leva consolo aos mais idosos num dia fundamental, o do seu aniversário. MISERICÓRDIA | PÁG. 10 JUNTA GARANTE AJUDA ALIMENTAR A FAMÍLIAS A Junta da Misericórdia ajuda as famílias mais carenciadas da freguesia com cabazes de bens alimentares, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. SÃO DOMINGOS DE BENFICA | PÁG. 11 JUNTA DISTRIBUI 30 MIL MÁSCARAS Prevenir o contágio comunitário e proteger a população residente, são objectivos da Junta de São Domingos para promover a distribuição de 30 mil máscaras. LUMIAR | PÁG. 12 CRAVOS NAS RUAS CELEBRAM 25 DE ABRIL A Junta do Lumiar levou as comemorações do 25 de Abril até aos seus residentes com cravos colocados na rua para quem os quisesse levar. CÂMARA E JUNTAS “ALIMENTAM” MAIS 1.500 FAMÍLIAS > APOIO À POPULAÇÃO O “Mercado Solidário” vai garantir bens alimentares a mais 1.500 famílias de Lisboa. Esta iniciativa da Câmara de Lisboa em conjunto com as Juntas de Freguesia destina-se a apoiar famílias durante o período de confinamento. E a escoar os produtos agrícolas de pequenos produtores e comerciante DESTAQUE | PÁG. 03

CAMPO DE OURIQUE FREgUEsIA já FEz MAIs DE 2000 Câmara e ... · CRAvOs nAs RUAs CElEbRAM 25 DE AbRIl A Junta do Lumiar levou as comemorações do 25 de Abril até aos seus residentes

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Jornal Mensal - €0,[email protected]: Francisco Morais Barros

Parceira doJornal de Lisboa

Nº147 - MAIO20 - ANO XII

DIOgO MOurA, fILIPE PONTES, ANDrÉ COuTO PÁg. 13

A NOSSA BANCADA DE OPINIÃOPÁGS. 14/15

CAMPO DE OURIQUE | PÁG. 04 FREgUEsIA já FEz MAIs DE 2000EntREgAs DE bEns E MEDICAMEntOsEm pouco mais de um mês de estado de emergência, a Junta de Freguesia de Campo de Ourique tem apoiado idosos e grupos de risco e vai iniciar uma segunda ronda de desinfeção de ruas.

sAntA MARIA MAIOR | PÁG. 05 DEsInFEçãO PERMAnEntE nAs RUAs DA FREgUEsIAAs equipas multidisciplinares garantem a manutenção de altos padrões de higiene nos espaços públicos e vias de Santa Maria Maior.

PEnHA DE FRAnçA | PÁG. 06 nOvA sECREtARIA OnlInEPara manter a autarquia ao serviço da sua população, a Junta da Penha de França tem os serviços de Secretaria a funionar online.

AvEnIDAs nOvAs | PÁG.07 jUntA DIstRIbUI kIts-REFEIçãOJunta acorre a novas situações de carência dando apoio alimentar. Presidente da Freguesia e funcionários que se voluntariam distribuem kits-refeições.

sãO vICEntE | PÁG. 08 jUntA APOIA A POPUlAçãODURAntE O EstADO DE EMERgênCIA No início desta pandemia, a Junta de Freguesia de São Vicente reorganizou todos os sectores para adequar os seus recursos ao serviço da população.

CAMPOlIDE | PÁG.09FEstEjAR COM Os vIzInHOs “Campolide Canta os Parabéns!”, foi o nome escolhido para um projecto da Junta de Campolide que leva consolo aos mais idosos num dia fundamental, o do seu aniversário.

MIsERICÓRDIA | PÁG. 10 jUntA gARAntE AjUDA AlIMEntAR A FAMílIAsA Junta da Misericórdia ajuda as famílias mais carenciadas da freguesia com cabazes de bens alimentares, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa.

sãO DOMIngOs DE bEnFICA | PÁG. 11 jUntA DIstRIbUI 30 MIl MásCARAsPrevenir o contágio comunitário e proteger a população residente, são objectivos da Junta de São Domingos para promover a distribuição de 30 mil máscaras.

lUMIAR | PÁG. 12 CRAvOs nAs RUAs CElEbRAM 25 DE AbRIlA Junta do Lumiar levou as comemorações do 25 de Abril até aos seus residentes com cravos colocados na rua para quem os quisesse levar.

Câmara e Juntas“alimentam” mais 1.500 famílias

> APOIO à POPulAçÃO

O “Mercado Solidário” vai garantir bens alimentares a mais 1.500 famílias

de Lisboa. Esta iniciativa da Câmara de Lisboa em conjunto com as Juntas de

Freguesia destina-se a apoiar famílias durante o período de confinamento. E a

escoar os produtos agrícolas de pequenos produtores e comerciante

DEstAQUE | PÁG. 03

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Programas de apoio das freguesias à População de lisboa (Covid-19)Para Residentes com mais de 60/65 anos, com doença crónica ou em quarentena determinada por autoridade de saúde

Freguesia Programa Serviço Contacto "Horário (Dias Úteis)”

AjudaCentro Comercial Digital da Ajuda

- Vamos às compras por siBens essenciais e farmácias 800 210 088 09h às 15h

Alcântara Alcântara mais próxima - Rede de

Apoio ComunitárioBens essenciais e farmácias

924 429 832 924 058 265 924 435 203

(Sem indicação)

Alvalade Entrega de compras ao domicílio Bens essenciais e farmácias 211 358 611 09H30 às 16h

Areeiro Entrega de compras em casa Bens essenciais e farmácias218 400 253 218 400 130

Até às 15h

ArroiosNão saia de casa! Nós vamos às

compras por siBens essenciais e farmácias

967 879 074 [email protected]

09h30 às 15h

Avenidas Novas Apoio Social Covid 19 Apoio e qualquer necessidade 918 717 854 09h30 às 16h

Beato Medidas de apoio Bens essenciais e farmácias218 681 107

[email protected](Sem indicação)

BenficaNão saia de casa! Nós vamos às

compras por siBens essenciais e farmácias

217 123 003/4 [email protected]

09h30 às 16h

Belém Belém consigo Bens essenciais e farmácias 929 056 330 09h30 às 13h - 14h30 às 18h

Carnide Amigos mais que prováveisBens essenciais, farmácias e

passeio de animais931462200

[email protected](Sem indicação)

Campolide Campolide vai às compras! Bens essenciais, farmácias e

passeio de animais938 934 090 24h/24h

Campo de Ourique Projecto Radar Bens essenciais e farmácias213 931 300 916 278 153

09h às 18h

Estrela SOS Estrela (Sem indicação)915 243 647 911 543 879

09h às 20h todos os dias

Lumiar Quietinho em casa Bens essenciais e farmácias968 136 267

[email protected] às 16h

Marvila Se precisar de nós, telefone (Sem especificações) 218 310 350 09h às 13h

Misericórdia Medidas de contenção e apoioBens essenciais e farmácias e

pequenas reparações213 929 800 (Sem indicação)

OlivaisEstamos a ligar para todos os

idosos da FreguesiaBens essenciais e farmácias

218 540 690 919 477 100

(Sem indicação)

Parque das NaçõesProteja-se! Fique em casa. Nós

vamos às compras por siBens essenciais e farmácias

911 877 477 918 711 066

[email protected] às 13h - 14h30 às 18h

Penha de FrançaEstá isolado? Fique em casa e

ligue para a JuntaBens essenciais, farmácias e

passeio de animais968 830 031 09h às 18h

Santa Clara Rede de Apoio Bens essenciais e farmácias

915 339 624 935 415 371

[email protected] [email protected]

09h às 13h - 14h às 18h

São Vicente Novas medidas Bens essenciais e farmácias218 863 191

[email protected] às 18h

Santa Maria Maior Nós por si Bens essenciais e farmácias 218 870 067 09h30 às 13h - 14h às 17h30

Santo AntónioNão saia de casa. Nós fazemos

as compras por siBens essenciais e farmácias 932 432 552 09h às 16h

São Domingos de BenficaNão saia de casa. Nós fazemos

as compras por siBens essenciais e farmácias

800 502 510 919 301 413

[email protected] às 16h

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ABRIL20

> PANDEMIA

“mercado solidário” alimenta mais 1.500 famíliase garante escoamento de pequenos produtoresO “Mercado Solidário” vai garantir bens alimentares a mais

1.500 famílias de Lisboa. Esta iniciativa da Câmara de Lisboa

em conjunto com as Juntas de Freguesia destina-se a apoiar

famílias durante o estado de emergência e a escoar os

produtos agrícolas de pequenos produtores e comerciantes.

satisfazer o acesso a bens de primeira necessidade aos lisboetas e garantir a sobrevivência dos pequenos produtores e comerciantes dos mercados de Lisboa foram objectivos assumidos pela Câmara Municipal de Lisboa que estiveram na base da iniciativa “Mercado Solidário”.O “Mercado Solidário” dirigiu-se, na fase inicial de implementação no iní-

cio de Abril passado, a acorrer às necessidades sobretudo de famílias que habitam em bairros municipaios.Agora, em pareceria com as Juntas de Freguesia da capital, o “cabaz solidário de frescos” passa a ser alargado a todos os territórios, passando a abranger mais 1.500 famílias, além das 300 que já beneficiavam da iniciativa camarária.Assim, o “Mercado Solidário” alarga o “cabaz solidário de frescos” a todos os ter-ritórios, a todas as freguesias, independentemente de terem bairros municipais ou não, e chegarão a mais 1.500 famílias, além das 300 que já estavam abrangidas, de acordo com Paula Marques, vereadora Habitação na Câmara de Lisboa.Com o “Mercado Solidário” a Câmara de Lisboa adquire os produtos aos produto-res e, depois, com o envolvimento das associações de moradores e das Juntas de Freguesia, faz a distribuição pela famílias mais necessitadas. A “cesta de produtos” que é distribuída é essencialmente constituída por frescos, como fruta, legumes, batatas e ovos, além de pão.De acordo com declarações de Paula Marques à Comunicação Social, a Câmara apelou a “mais esforços para estar na linha da frente da resposta solidária no ter-reno”. Assim, a partir desta semana o programa foi alargado a outras freguesias da cidade, contando com a participação das Juntas de Lisboa.A propósito desta iniciativa, Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, referiu que se trata de uma apelo para que os idosos “fiquem nas suas casas”, devi-do ao surto de covid-19. Pelo que a Câmara de Lisboa se reuniu por videochamada

com as juntas de freguesia, para montar uma rede de apoio ao sistema de alimen-tação.“Para os idosos poderem ficar nas suas casas – sublinhou Fernando Medina – pre-cisamos de ter a confiança e a certeza de que nada lhes faltará, em especial em ma-téria de alimentação”. Para Medina é “absolutamente essencial que os mais velhos fiquem em casa e se protejam mais do que todos os outros”.

Pé de Página

sAlvAçãO nACIOnAl

POr FRAnCIsCO MORAIs bARROs

P ara o bem e para o mal, o pós-pandemia do novo Coronavírus vai ser marcado por sensíveis modifi-cações do quotidiano das pessoas, das empresas, da comunidade em geral. Mesmo que ainda ninguém

saiba, em concreto, enumerar essas alterações de hábitos e de vivências, é para todos uma certeza que nada será como antes.Na política caseira, as consequências da pandemia são vis-lumbráveis. Senão uma evidência.O crescimento do défice, o aumento dos desempregados, as falências, o apoio do Estado a empresas estratégicas, numa palavra, a crise vai levar ao divórcio litigioso entre o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda com o Partido Socialista.O Governo de António Costa vai ter de apresentar um Or-

çamento para 2021 que nem bloquistas, nem comunistas podem deixar passar. Mas o Governo não pode cair. É inadmíssivel, na actual conjuntura económico-social, so-mar à crise gerada pela Covid 19, uma crise política.Inevitavelmente, o discurso de Rui Rio de convergência com o conceito de Salvação Nacional vai ter espaço para ganhar força e poder ser uma realidade.António Costa, o Governo, o PS, Rui Rio, o PSD, e até, o CDS de Xicão, com o beneplácito do Presidente da Repú-blica, não podem, em nome da coerência, deixar isto ir ao charco.Portanto, com todos no Governo ou com todos a apoiar o Executivo, um Governo de Salvação Nacional é o horizon-te. Com o “arco da governação” a voltar ao pré-costismo.

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JORNAL DAS

MAIO20

sãO DOMIngOs DE bEnFICACAMPO DE OURIQUE

> APOIO

Freguesia já fez mais de 2000 entregas de bens e medicamentosEm pouco mais de um mês de estado

de emergência, a Junta de Freguesia de

Campo de Ourique tem apoiado idosos

e grupos de risco e vai iniciar uma

segunda ronda de desinfeção de ruas.

todas as semanas, 2050 idosos que vivem na Freguesia de Campo de Ourique são con-tactados, por telefone, por colaboradores da Junta de Freguesia, que acompanham a sua situação. «São 1400 pessoas que foram iden-

tificadas pela Rede Radar, da Santa Casa da Miseri-córdia, os 400 alunos da Universidade Sénior e os 250 frequentadores dos Passeios Culturais Sénior da Junta de Freguesia. Pessoas que vivem sozinhas e têm mais de 65 anos. Para além dos contactos telefónicos tam-bém recebem mensagens, nos telemóveis, com infor-mações e conselhos úteis», explica Pedro Costa, vogal da Junta de Freguesia e coordenador operacional da Rede de Apoio em Emergência da Junta de Freguesia. Para que essas pessoas possam estar em casa, em se-gurança, a Junta de Freguesia disponibiliza, também, um serviço gratuito de entregas de compras de super-mercado e farmácia. «Até dia 24 de abril já tínhamos feito cerca de 2000 entregas. Além disso, a Junta tam-bém está a confecionar e entregar 1350 as refeições es-colares, por semana, às crianças que a elas têm direito e, em alguns casos, as famílias desses alunos também foram incluídas», acrescenta. «Nesta altura de grande emergência, os nossos recursos estão todos focados na segurança e apoio aos moradores da Freguesia. Também por isso, reforçámos os apoios sociais a mui-tas das famílias que já os recebiam e estamos a apli-car as novas regras da Câmara Municipal de Lisboa, através do Fundo de Emergência Social, que agiliza o processo de atribuição de apoio», afirmou Pedro Cos-ta. Este Fundo de Emergência, reforçado pela CML, destina-se a agregados familiares carenciados, em situação de emergência habitacional grave e/ou si-tuação de carência económica emergente e /ou vejam os seus rendimentos significativamente diminuímos em consequência de quarentena ou isolamento pro-filático, despedimento, ausência de respetivo subsí-dio, diminuição súbita de rendimentos provenien-

tes de prestações sociais ou atraso ou suspensão de rendimentos do trabalho resultantes da situação de emergência que o País está a viver. Mas a Junta tam-bém tem estado a substituir, no terreno, algumas das instituições que apoiavam os mais desprotegidos. «O centro de dia da Misericórdia está fechado, como se sabe e, por isso, também tem sido a Junta a distribuir essas refeições pelos utentes, a pedido a Santa Casa que, logo no início do período de confinamento nos pediu ajuda porque não tinha meios para fazer essas entregas. E temos estado a apoiar as famílias que re-cebiam refeições através da Reefood, que suspendeu a atividade nos primeiros dias de recolhimento em casa», diz Pedro Costa, «e celebrámos um acordo com a ARS, de maneira a podermos apoiar as pessoas que são encaminhadas pela Unidade de Saúde Familiar

para os centros de diagnóstico COVID e que não têm carro próprio. Para que essas pessoas não tenho de usar transportes públicos, a Junta paga o transporte, que é feito pelos Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique». Mesmo à distância, a Junta de Freguesia tem estado a estudar metodologias para retomar as aulas da Universidade Sénior.Com grande parte dos funcionários em teletrabalho, a Junta de Freguesia distribuiu por três locais diferen-tes aqueles que não podem trabalhar a partir de casa e dividiu as equipas de higiene urbana em turnos se-manais. Através de uma parceria da Junta com os Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique, todas as ruas da Freguesia já foram desinfetadas com uma substância que é inofensiva para humanos e animais e «a partir de 4 de maio vamos voltar a fazer uma segunda desin-feção de toda a Freguesia.

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JORNAL DAS

MAIO20

sãO DOMIngOs DE bEnFICAsAntA MARIA MAIOR

As equipas multidisciplinares garantem a

manutenção de altos padrões de higiene

nos espaços públicos e vias de Santa

Maria Maior.

Alimpeza regular e a manutenção da qua-lidade do espaço público de Santa Maria Maior é, desde há muito, uma preocupação da Junta de Freguesia, que se torna ainda mais importante perante as circunstâncias

da pandemia Covid-19. Assim, nas últimas semanas, tem sido levado a cabo um importante esforço de de-sinfeção das ruas, que congrega o trabalho de equi-pas multidisciplinares dos serviços de Manutenção, Higiene Urbana e Espaço público. Nenhuma área é deixada por tratar, desde as praças e ruas mais largas da Baixa e do Chiado, às vias e becos do Castelo, de Alfama e da Mouraria. O produto usado nos trabalhos é um desinfetante de largo espetro, que tem na sua composição elementos biocidas, ou seja, que atuam na eliminação de microrganismos e vírus. Elimina também com facilidade restos de gordura, proteína e sangue, além de maus odores.

Desinfeção permanente nas ruas da freguesia

Distribuição de máscaras

Autilização de máscaras nas situações em que não é possível a perma-nência em casa é defen-

dida como uma das ferramen-tas mais eficazes de combate à propagação do coronavírus. Tal levou a Junta de Freguesia a ini-ciar a distribuição gratuita de máscaras junto da população, de forma a tornar mais seguras as saídas imprescindíveis.As máscaras escolhidas são feitas em material lavável

e reutilizável e possuem barrei-ra microbiana e são certificadas para 75 lavagens. Isto significa que podem ser utilizadas por diversas vezes, o que será impor-tante nas semanas e meses que se adivinham. Para a população recenseada em Santa Maria Maior, os pedidos

são realizados através da linha telefónica 218 802 000. As máscaras são embaladas e distribuídas por equi-pas da Junta de Freguesia.

Fado no Átrio. De 27 de abril a 15 de maio há “Fado no Átrio” para ouvir em direto na Rádio Amália e no Facebook da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior. Às segundas, quartas e sextas-feiras, pelas 18h, vão acontecer sessões de fado ao vivo, com fadistas “da nossa praça”, numa iniciativa da Junta de Freguesia. Conheça o alinhamento em www.jf-santamariamaior.pt. A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior apoia o Fado!

AçãO DE sEnsIbIlIzAçãO jUntO DA COMUnIDADE DO bAnglADEsHDecorreu a 22 de abril uma ação de sensibilização

para a Covid-19, promovida pela Junta de Freguesia

de Santa Maria Maior, junto da comunidade bengali. A

ação teve como objetivo consciencializar a população

oriunda do Bangladesh para a situação de pandemia, as

medidas a adotar e as normas a seguir. Nesta iniciativa,

participaram, a convite do Presidente da Junta de

Freguesia, Miguel Coelho, o presidente do CIB-Centro

Islâmico do Bangladesh–Mesquita Baitul, Rana Taslim

Udin, o embaixador Ruhul Alam Siddique, e o imã Abu

Sayed. A ação privilegiou o contacto direto e foi auxiliada

pela distribuição de folhetos informativos em bengali e

carro de som.

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JORNAL DAS

MAIO20

sãO DOMIngOs DE bEnFICAPEnHA DE FRAnçA

> SErvIçO ONlINE

Nova secretaria

> COMBAtEr CArêNCIAS

Apoio a quem precisa

Para manter a autarquia ao serviço da

sua população, a Junta da Penha de

França tem os serviços de Secretaria a

funionar online.

AJunta de Freguesia da Penha de França pas-sou a contar com uma secretaria online. Através de www.jf-penhafranca.pt, clican-do no separador ‘fazer’, podem ser pedidos atestados como os de agregado familiar, de

residência, de união de facto, de insuficiência econó-mica, para estrangeiros, entre outros, sem necessida-de de deslocação. Durante esta fase de pandemia, os documentos pedidos são remetidos ao requerente por email.

C ontinuamos a proteger quem está em risco e isolado e quem está economicamente desfavo-recido. Com bens da Mercearia Social, doados pelos seus parceiros, com o apoio da Câmara

Municipal de Lisboa - com quem estamos a colabo-rar na recolha e entrega de refeições -, bem como da Areas Portugal pelos alimentos que nos disponibiliza-

ram. Desde o dia 16 de março já foram entregues mais de mil refeições prontas e cerca de 350 cabazes com alimentos, entre outros apoios. Se reside na Penha de França, estiver num grupo de risco e isolado ou a pre-cisar de auxílio ligue para 968 830 031 ou 210 532 377, entre as 9h00 e as 18h00, durante os dias úteis. Cuide de si, cuide de todos.

ECONOMIADAR APOIO AO COMéRCIO lOCAlDesde o início do período de confinamento, a Junta de

Freguesia disponibilizou no seu site ( www.jf-penhafranca.

pt ) os contactos dos restaurantes com take away e/

ou entrega em casa, bem como as mercearias, talhos,

farmácias e papelarias que estão em funcionamento

na Penha de França. A esta lista juntaram-se depois

as lojas para animais, veterinários e oficinas. Uma

divulgação que prende prestar um serviço aos cidadãos,

mostrando os negócios que estão abertos e facilitando

as compras de produtos essenciais perto de casa, em

segurança e privilegiando o comércio de proximidade.

Para os negócios, constitui um impulso de divulgação

para a oferta existente a que se soma o apoio do

Penha Empreende, projeto criado em 2017, que neste

momento esta à disposição de empresas, negócios,

projetos sociais e de empreendedores, disponibilizando

informação económica e ajudando a navegar nas medidas

tomadas pelo Governo e Câmara Municipal de Lisboa

para minimizar o impacto económico das medidas

de contenção da pandemia de Covid-19. Se precisar,

contacte o Penha Empreende através do email penha.

[email protected]

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JORNAL DAS

MAIO20

sãO DOMIngOs DE bEnFICAAvEnIDAs nOvAs

Junta acorre a novas situações de

carência dando apoio alimentar.

Presidente da Freguesia e funcionários

que se voluntariam distribuem kits-

refeições.

Apandemia de covid-19 veio acentuar situa-ções de carência às quais a Junta de Fre-guesia de Avenidas Novas tem respondido, nomeadamente, desde o início do estado de emergência, através da distribuição de kits-

-refeição para suprir necessidades alimentares.A presidente Ana Gaspar está no terreno, juntamen-te com uma equipa de funcionários da JFAN que se voluntariaram para esta missão. No período que vi-vemos, os constrangimentos colocados pelo distan-ciamento social têm exigido um empenho especial de todos. Perante a dedicação que têm demonstrado

nesta tarefa, a presidente agradeceu publicamente o contributo dos motoristas, dos colaboradores do de-partamento da Cultura, da Brigada de Intervenção Rápida e da Delegação no Mercado do Bairro Santos, bem como dos professores da Piscina e do Polidespor-tivo das Avenidas Novas, pelo trabalho que têm feito nesta importante área de intervenção da Junta de Fre-guesia.

> PElOurO DA SAúDE

Distribuição de kits-refeição na Freguesia de Avenidas Novas

> PElOurO DA SAúDE

Como lidar com o isolamento social

> PElOurO DA HIGIENE urBANA

Desinfeção urbana na autarquia

PElOurO DA COMuNICAçÃOREsPOstA RáPIDASe tem questões a tratar com a Junta de Freguesia de

Avenidas Novas, evite deslocações – use a Resposta Rápida:

[email protected]; 913 393 174

PElOurO DA INtErvENçÃO SOCIAlAPOIO A FREgUEsEs COM MAIs DE 65 AnOs EM sItUAçãO DE IsOlAMEntODurante a crise sanitária, a Junta de Freguesia de Avenidas

Novas presta apoio especial a fregueses com mais de 65

anos, com doença crónica e em isolamento, efetuando a

compra de bens alimentares e medicamentos para evitar que

estas pessoas tenham de sair de casa. O serviço pode ser

solicitado de segunda a sexta, das 9h30 às 16h00, através do

número 918 717 854.

PElOurO DA COMuNICAçÃOsEtOR AlIMEntAR E OUtROs sERvIçOs DIsPOnívEIs nAs AvEnIDAs nOvAsHá variados estabelecimentos do setor alimentar da

Freguesia de Avenidas Novas que estão a funcionar.

Descubra quais têm serviço de entrega ao domicílio

ou de take-away em https://www.jf-avenidasnovas.pt/

images/2020/04/SETOR-ALIMENTAR.pdf

Mas dispõe de outros serviços abertos ao público na sua

Freguesia. Saiba quais em https://www.jf-avenidasnovas.pt/

images/2020/04/OUTROS-SERVIOS_1.pdf

Caso queria inteirar-se de todos os estabelecimentos em

laboração em Lisboa, clique em https://www.lisboa.pt/covid-

19/a-cidade/comercio-e-servicos

PElOurO DA SAúDElInHA DE APOIO PsICOlÓgICOO isolamento e o distanciamento social podem provocar

stress, nervosismo ou ansiedade extrema, dificuldade em

dormir e incapacidade para realizar as actividades do dia a

dia. Se experienciar algumas destas situações é importante

conversar com um profissional de saúde. A Junta de

Freguesia de Avenidas Novas disponibiliza uma linha de

apoio psicológico com a Dra. MadelonSchamarella, Psicóloga

Clínica e Gestalt Psicoterapeuta. Ligue 913 393 174 e saiba

como pode obter acesso a este serviço gratuito.

PElOurOS DA CulturA E DO DESPOrtOO QUE FAzER EM CAsA?Ficar em casa - é o nosso maior ato de solidariedade quando

o país tenta debelar a epidemia do novo coronavírus. Mas,

mesmo em confinamento doméstico, podemos encontrar

muita coisa para fazer. Da cultura ao exercício, a página do

Facebook da Junta de Freguesia de Avenidas Novas oferece-lhe

sugestões, dicas e aulas para manter mente sã em corpo são.

ADra. Madelon Schamarella, psicóloga clínica que ministra a aula de Relações Humanas na Academia Sénior das Avenidas Novas, ajuda--nos a lidar com o isolamento social, apresen-

tando, todas as segundas-feiras, no Facebook da Junta de Freguesia de Avenidas Novas, estratégias desenvol-vidas pela Ordem dos Psicólogos para enfrentarmos os constrangimentos que vivemos atualmente em confinamento doméstico. Desde como evitar e resol-

ver conflitos, aos conselhos para gerir uma casa com filhos, como lidar com a ansiedade, a trabalhar e estu-dar em casa. À quinta-feira às 15h há uma sessão em direto no Facebook da Junta de Freguesia de Avenidas Novas na qual os temas são debatidos e os fregueses podem colocar questões em tempo real.Pode encontrar aqui os temas já desenvolvidos. https://www.jf-avenidasnovas.pt/resposta-rapida/relacoes-humanas

A Junta de Freguesia de Avenidas Novas está a exe-cutar uma operação de desinfeção de todo o seu território com uma solução de hipoclorito de sódio. O produto é aplicado em locais onde se dá contacto

das pessoas com as superfícies. É atribuída especial aten-ção a unidades de saúde, terminais de transportes, con-tentores de resíduos e suas envolventes. Na primeira volta

à Freguesia foram aplicados 3 500 litros de solução desinfe-tante em 300 horas de trabalho. A equipa da Higiene Urba-na da JFAN leva agora a cabo a segunda volta de desinfeção da Freguesia. Pode informar-se do andamento dos traba-lhos no site (https://www.jf-avenidasnovas.pt/resposta--rapida) ou no Facebook (https://www.facebook.com/JFA-venidasNovas/) da Junta de Freguesia de Avenidas Novas.

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JORNAL DAS

MAIO20

sãO DOMIngOs DE bEnFICAsãO vICEntE

No início desta pandemia, a Junta de

Freguesia de São Vicente (JFSV)

reorganizou todos os sectores para

adequar os seus recursos ao serviço da

população.

Com uma das primeiras medidas do Gover-no - encerramento das escolas e a indicação das escolas de referência para acolhimento das crianças e jovens – o Pelouro da Educa-ção manteve-se em estreita articulação com

os Agrupamentos de Escolas para a identificação das novas necessidades. Dessa identificação, manteve os funcionários, em rotatividade, na escola de aco-lhimento indicada pelo Agrupamento de Escolas de Gil Vicente, para assegurar o acompanhamento das crianças que daquele apoio iriam necessitar. Nos res-tantes estabelecimentos de ensino que iriam ver as suas portas encerradas, efetuou conjuntamente com as equipas de funcionários e professores, a desinfeção dos três estabelecimentos de ensino públicos da sua área geográfica. Em cooperação com a Câmara Mu-nicipal de Lisboa (CML), a equipa da Componente de Apoio à Família (CAF) assegurou os contactos com os Encarregados de Educação, para reforçar o reconheci-mento da necessidade de apoio às refeições escolares. Estas sinalizações, são igualmente referenciadas aos Coordenadores dos Estabelecimentos de Ensino das 3 escolas de JI/Ensino Básico da freguesia de São Vi-cente, para adequação das entregas das refeições gra-

tuitas. Neste período, o Pelouro de Intervenção Social Sénior, iniciou os contactos com a população Sénior a partir das listagens do projeto RADAR e da sua base de dados para a identificação das situações familiares mais prementes. Face ao número de pessoas/famílias indicadas, os Pelouros da Intervenção Social Sénior e Intervenção Social Infância e Juventude, passaram a articular esforços para que este trabalho passas-se também a ser realizado pela equipa do programa Crescer em São Vicente junto da população sénior. Igualmente, a equipa multidisciplinar “Crescer em São Vicente”, passou a realizar apoio psicológico para crianças e adultos, tão necessário em tempo de confi-namento. A 18 de março, a Junta de Freguesia iniciou o serviço de entregas de bens de primeira necessidade e de farmácia, para residentes da freguesia em situação mais vulnerável, para pessoas com mais de 65 anos, para pessoas sob quarentena obrigatória ou profiláti-ca com sinalização pelo SNS24 (sem limite de idade) e para doentes crónicos. Os pedidos registados através da linha de atendimento telefónico, por e-mail e pelas sinalizações das equipas, são depois adquiridos quer nas grandes superfícies comerciais, quer no comércio tradicional, pelos funcionários que realizam trabalho

presencial. Durante o Estado de Emergência, as equi-pas das diversas áreas do Ambiente Urbano e Espa-ços Verdes, continuaram no terreno, com orientação e coordenação permanente do executivo, reforçando tarefas que nesta altura são ainda mais relevantes. São disso exemplo, a limpeza e desinfeção diária de paragens de autocarro, praças, ecopontos, papeleiras e caixotes. Com o encerramento dos equipamentos desportivos, o Executivo da JF, deliberou a doação das proteções descartáveis de calçado para uso clínico que se encontravam na Piscina de São Vicente e que, de acordo com as instruções da Direção Geral da Saúde, foram entregues no Hospital Curry Cabral, a unidade hospitalar de primeira linha no combate ao Covid-19. A equipa de professores do Desporto disponibilizou várias atividades na internet, que podem ser acompa-nhadas em casa e que incluem modalidades como a Ginástica para Séniores, Powerfit, Yoga, Pilates e Zum-ba. Também o projeto Crescer em São Vicente e a CAF disponibilizaram, através dos canais digitais da Junta, diversas atividades lúdicas e pedagógicas para serem experimentadas no domicílio durante o período de confinamento. Para além das publicações na página de internet e redes sociais institucionais, a JFSV criou a página com o endereço ‘www.covid-19.saovicente.pt’, que agrega informação útil da Junta e da Câmara Mu-nicipal, como a lista dos estabelecimentos comerciais da freguesia que se mantêm abertos ou oferecem ser-viços de entrega ao domicílio, a forma de proceder face às alterações da recolha de lixo ou os materiais criados pelas várias iniciativas da JFSV para este período de crise pandémica.

Texto – Rita Moura; Fotos - João Nelson Ferreira

> AO SErvIçOS DOS rESIDENtES

Junta de Freguesia apoia a população durante o Estado de Emergência provocado pelo COVID-19

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JORNAL DAS

MAIO20

sãO DOMIngOs DE bEnFICACAMPOlIDE

> COMBAtEr ISOlAMENtO

Festejar com os vizinhos“Campolide Canta os Parabéns!”, foi o

nome escolhido para um projecto da

Junta de Freguesia de Campolide (JFC)

que leva consolo aos mais idosos num

dia fundamental, o do seu aniversário.

Dificilmente Maria da Glória esquecerá o dia 16 de Abril de 2020, quando completou 74 anos. Eram três e meia da tarde, tocou o tele-fone. Atendeu, mas não imaginava a surpre-sa: “Olá Maria da Glória, está em casa? Sim?

Sabe quem fala? É o André, da Junta de Freguesia de Campolide”. Mas a surpresa com o contacto do Presi-dente da Junta de Freguesia de Campolide (JFC) ainda não se ficaria por ali.“Disse para eu me deslocar à janela que tinham uma surpresa para mim, e eu fui: estava um grupo do outro lado do passeio, e quando eu apareci cantaram-me os parabéns”, recorda, justamente emocionada, esta mo-radora da R. Dom Carlos Mascarenhas.O que esta Vizinha descreve passou-se no âmbito da iniciativa “Campolide Canta os Parabéns!”, uma ideia

desenvolvida pela JFC a pensar na sua população com mais de 65 anos. Diariamente, um conjunto de volun-tários e funcionários vão a casa de Vizinhos e Vizi-nhas aniversariantes cantar os parabéns e deixar-lhes uma pequena oferta e um cabaz com alimentos. Esta forma original de combater o isolamento e a solidão tem recolhido inúmeros elogios públicos e um inte-resse generalizado dos meios de Comunicação social, tendo levado mesmo o Presidente da JFC a ser convi-dado para falar sobre ela, bem como das restantes me-didas de combate à pandemia, em programas como

“Nunca Desistir ou “A Tarde é Sua” (ambos da TVI). Ao mesmo tempo, esta deslocação “aproveita a neces-sidade de todos fazermos um pequeno passeio higié-nico, no caso dos voluntários, esta deslocação cumpre essa função”, acrescenta. Para a selecção dos festeja-dos, procedeu-se a um levantamento dos aniversa-riantes seniores dos meses de Abril e Maio.Tudo é preparado com um número controlado de pes-soas em cada acção, o respeito pelas regras de segu-rança e tendo em conta a proximidade entre a morada do voluntário e a do aniversariante.

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JORNAL DAS

MAIO20

sãO DOMIngOs DE bEnFICAMIsERICÓRDIA

> APOIO A CArENCIADOS

Junta garante ajuda alimentar a famílias

> EStuDO

AAAF/CAF e Projeto Intervir com atividades digitais na freguesia

ficha técnica Director francisco Morais BarrosEditor Media titulo Unipessoal, Lda.

Sede Rua Almeida e Sousa, 44, 4ºC, 1350-014, Lisboa Redação Rua Francisco Rodrigues Lobo, nº 4-A, 1070-134, Lisboa

Tel 21-8861666 | NIPC 510776213 | Nº de Registo na ERC 125327 | Depósito Legal: 270155/08 | Tiragem mínima: 15.000 exemplares | Periodicidade: MensalAs opiniões expressas nos artigos de Opinião são exclusiva responsabilidade dos seus autores. Os textos da secção “Jornal das Freguesias” são da responsabilidade das autarquias em causa.

Paginação Paulo Vasco SilvaPropriedade carlos freitas (NIF: 209711876)impressão fiG, S.a. Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra

Estatuto Editorial - O Jornal de Lisboa rege-se por critérios jornalísticos de Rigor e Isenção, respeitando todas as opiniões ou crenças. O Jornal de Lisboa é um órgão de Informação de referência, ge-neralista, pluralista, sem qualquer dependência de ordem ideológica, política e económica, e tem como objectivo fundamental assegurar a todos os leitores o direito à Informação. O Jornal de Lisboa respeita os direitos e deveres constitucionais da Liberdade de Expressão e de Informação. O Jornal de Lisboa distingue, criteriosamente, as notícias do conteúdo opinativo, reservando-se no direito de ordenar, interpretar e relacionar os factos e acontecimentos. O Jornal de Lisboa compromete-se a respeitar o sigilo das suas fontes de informação, não admitindo, em nenhuma circunstância, a quebra desse princípio, respeitando a legislação em vigor. O Jornal de Lisboa assume o direito de emitir opinião própria, sobre todas as notícias, em editorial, sempre no respeito integral pela Lei em vigor. O Jornal de Lisboa cumpre a Lei de Imprensa e as orientações definidas neste Estatuto Editorial e pela sua Direcção.

A Junta de freguesia da Misericórdia

ajuda as famílias mais carenciadas da

freguesia com cabazes de bens

alimentares, em parceria com a Rede de

Emergência Alimentar e o Mercado

Solidário da Câmara Municipal de

Lisboa.

Com os tempos difíceis provocados pelo CO-VID-19, muitas famílias da freguesia da Mi-sericórdia procuraram ajuda junto da au-tarquia para fazer face às suas necessidades mais básicas. Rapidamente a junta de fregue-

sia procurou uma solução e aderiu à Rede de Emer-gência Alimentar, promovida pelo Banco Alimentar contra a fome. Com o lema “Ajudar não pode parar”, esta rede visa apoiar quem tem baixos recursos eco-nómicos e não tenha capacidade de suportar o custo

de alimentação. Porém, com o aumento do número de famílias a ne-cessitar de apoio alimentar, esta autarquia aderiu também ao Mercado Solidário promovido pela Câ-

mara Municipal de Lisboa e que disponi-biliza os alimentos frescos comprados di-retamente aos produtores que vendem nas feiras de Lisboa. Desta forma, para além dos cabazes de bens distribuídos todas as semanas, foi possível também reforçar com cabazes de fruta as famílias apoiadas com refeições confecionadas.

Ninguém fica para trás! Se está em situação de carência e pretende receber esta ajuda, deverá contactar a junta de freguesia da Mise-ricórdia.

A s atividades de Componente de Apoio à Fa-mília e do Projeto Intervir reinventaram-se para continuarem a acompanhar os diferentes grupos destes projetos. Durante o período de

Férias da Páscoa, e com a missão de ajudar a ocupar o tempo e fazer companhia a todos os que estão em casa, os monitores das AAF/CAF e Projeto Intervir propuseram várias atividades e desafios que conta-ram com uma grande adesão por parte das famílias.Estas atividades foram o pontapé de saída para a con-

tinuidade do projeto teleCAF e do projeto Intervir du-rante o período letivo, mas de forma digital. Para isso foi elaborada uma programação de atividades diárias, pensadas, preparadas e editadas pelos monitores do CAF. A programação começou no dia 27 de abril e têm sido apresentadas atividades de diferentes áreas como o Teatro, o Conto, a condição física, receitas saudáveis ou entrevistas a trabalhadores essenciais como Higie-ne Urbana e enfermeiro.

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MAIO20

A Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica tem atualmente identificados e monitorizados muitos idosos da Freguesia, aos quais acrescem famílias carenciadas, beneficiárias de apoio so-

cial em diferentes respostas da Junta de Freguesia. Face ao atual contexto, é fundamental continuar a assegurar a proteção destas famílias como a Junta está a fazer des-de o inicio desta Pandemia. De forma a garantir o apoio psicossocial a estes fregueses e otimizando os recursos existentes, são quatro as medidas de apoio disponíveis:Acompanhamento ao idoso via telefónica e visita domi-ciliária (se necessária), por forma a identificar necessi-dades e diminuir o isolamento social; Apoio às compras de bens de primeira necessidade e medicamentos a fregueses com + de 65 anos, doentes crónicos e uten-tes do atendimento social; Apoio alimentar às famílias carenciadas identificadas na rede de apoio interinstitu-cional da freguesia; Apoio alimentar (pequeno almoço, almoço e lanche às crianças das nossas Escolas, dos Es-calões A , B e NEE (Necessidades Educativas Especiais);

A autarquia apela a familiares e vizinhos que conheçam pessoas nestas circunstâncias, possam entrar em con-tacto com a Junta de Freguesia através deo email [email protected] ou do telefones com os números 217 248 610 / 919 301 413.

sãO DOMIngOs DE bEnFICAsãO DOMIngOs DE bEnFICA

> PrEvENçÃO DE CONtÁGIO COvID 19

Junta de Freguesia distribui30 mil máscaras comunitárias

> APOIO A rESIDENtES

Ninguém ficará para trás!

Prevenir o contágio comunitário e

proteger a população residente, são

objectivos da Junta de São Domingos

para promover a distribuição de 30 mil

máscaras.

AJunta de Freguesia de São Domingos de Ben-fica, tendo por base as recentes orientações da Direção-Geral de Saúde (DGS) sobre a recomendação do uso de máscaras comu-nitárias especialmente em locais fechados

com elevado número de pessoas, procedeu à aquisição de 30 mil máscaras têxteis, sociais e reutilizáveis para distribuir pela população de São Domingos de Benfica. O kit, contendo duas máscaras, será distribuído muito brevemente nas caixas de correio da Freguesia de São Domingos de Benfica com o objetivo de assim chegar a toda a população da autarquia. Esta é uma ação no âm-

bito do combate à COVID 19 que conta com o apoio da Roux Professional – Fábrica de Fardas, empresa têxtil localizada na Freguesia de São Domingos de Benfica. A Junta de Freguesia apela a que cada residente se proteja--se e aos outros: “Fique em casa. Nós tratamos do resto!”

JORNAL DAS

PrEvENçÃOjUntA E MODAtEX UnIDOs nA EntREgA DE MAtERIAl DE PROtEçãO A InstItUIçõEs DA FREgUEsIANo âmbito das medidas

de prevenção de combate

à COVID-19 na nossa

Freguesia, a Junta está

a proceder à entrega de

máscaras e outro material

de proteção individual

nas instituições de

solidariedade da nossa

Freguesia que prestam apoio à população mais vulnerável.

Desta forma a Freguesia ajuda a reforçar os meios de

proteção individual dos utentes e funcionários da APCL –

Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, do Centro Social

e Paroquial de São Domingos de Benfica e do Centro Social

e Paroquial de São Tomás de Aquino, sendo que outras

instituições da Freguesia serão igualmente contempladas ao

longo dos próximos dias com a entrega de idêntico material

de proteção. Esta iniciativa foi preparada em parceria com a

MODATEX – Centro de Formação Profissional da Indústria

Têxtil, Vestuário, Confeção e Lanifícios, que tem a sua sede

na freguesia de São Domingos de Benfica, e que há muito

é um parceiro da Junta, nomeadamente no projeto de

empregabilidade Rede São Domingos Emprega. Este projeto

revela-se como um bom exemplo de um movimento de

solidariedade em rede na Freguesia. Durante a próxima

semana, irá começar a distribuição de 30.000 máscaras

comunitárias à população de São Domingos de Benfica.

EStuDO EM CASARECOlHA sOlIDáRIA DE MAtERIAl InFORMátICOCom o objetivo de poderem ser ajudados alguns alunos

das nossas Escolas, cujas famílias têm maiores dificuldades

económicas para fazer frente às necessidades de ensino

à distância que agora se impõem, a Junta de Freguesia de

São Domingos de Benfica iniciou uma recolha solidária

de material informático tendo em vista a criação de um

banco de equipamentos que possam ser posteriormente

distribuídos por aqueles alunos. Deste modo apelamos ao

espírito solidário das empresas e particulares que se queiram

associar a esta ação para que possam doar computadores

portáteis, desktops ou tablets que já não utilizem, mas que

se encontrem em condições de funcionamento, por forma

a que os mesmos possam vir a ser utilizados pelos nossos

alunos que deles necessitem. Estes equipamentos poderão

ser entregues na Junta de Freguesia de São Domingos

de Benfica ou, em alternativa, agendar uma recolha do

equipamento bastando para tal contactar-nos através

do email [email protected] ou pelo telefone

217248610. A Junta de São Diomingos apela: “Ajude-nos a

ajudar quem mais precisa!”

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JORNAL DAS

MAIO20

sãO DOMIngOs DE bEnFICAlUMIAR

> 46 ANO DA rEvOluçÃO

Cravos nas ruas celebram 25 de Abril

> SOlIDArIEDADE

Apoio à população

A Junta do Lumiar levou as

comemorações do 25 de Abriul até aos

seus residentes com cravos colocados

na rua para quem os quisesse levar.

neste dia 25 de abril de 2020, não podendo a população celebrar como habitualmente na rua e com os amigos e família o Dia da Liberdade, a Junta de Freguesia colocou em vários pontos do Lumiar, em parceria com

a Câmara Municipal de Lisboa (CML), cravos para a população que possa, de passagem, querer levar um cheiro de Abril para casa. Também as entregas de me-dicamentos, produtos alimentares e refeições quen-tes foram complementadas com a entrega de cravos. A Junta de Freguesia do Lumiar assinalou ainda esta data juntando-se à população que à janela compare-ceu cantando o Grândola Vila Morena, em vários pon-tos da Freguesia.

COMBAtE AO COrONAvíruSDEsInFECçãO DO EsPAçO PúblICO Prossegue por toda a Freguesa a operação de lavagem

e desinfeção do espaço público articulada com a CML

no âmbito da contenção da epidemia de COVID-19,

com especial incidência em passeios, mobiliário urbano,

papeleiras e contentores, ecopontos e ecoilhas, paragens e

abrigos de passageiros e terminais de transporte.

Importa deixar um especial agradecimento a todos

os profissionais da higiene urbana que se mantêm

incansavelmente ao serviço, assegurando o reforço da

segurança de todos num momento especialmente exigente.

D esde o início da pandemia que a Junta de Fre-guesia está na rua, com cerca de 56 funcio-nários e 30 voluntários, a apoiar as várias ne-cessidades emergentes da população. Feito o

balanço do primeiro mês, a nossa ação no plano ali-mentar e de acesso a bens de primeira necessidade tem aumentado todos os dias:

Programa de apoio “Quietinho em casa”Aquisição e entrega de produtos alimentares e medi-camentos a pessoas que se integram em grupos de ris-co e se encontram em casa em isolamento social. No primeiro mês foram 489 pedidos, com uma média de 26 entregas diárias.

entrega de refeições quentesEquipas da autarquia procedem ao apoio ao progra-ma gerido pelo Município de entrega de refeições quentes, que abrange 161 pessoas diariamente.

refeições escolaresA Junta de Freguesia do Lumiar tem ainda apoiado

e dado encaminhamento a pedidos para o apoio en-quadrado pelo programa de acesso a refeições escola-res a alunos dos escalões de ação social A e B.

apoio através de cabazes alimentaresNo primeiro mês, triplicou o apoio, cobrindo agora 166 famílias cabazes alimentares (num universo de cerca de 555 pessoas), recorrendo ao protocolo com Banco Alimentar, aquisição direta de bens pelo exe-cutivo da Freguesia e algumas ofertas de produtores.

ação mercado solidárioA Junta do Lumiar integra ainda a rede criada pela CML pa s, que são integrados nas respostas alimen-tares.

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A pandemia veio afectar todos e anunciar novos tempos. Desconhece-se a longitude

da sua permanência e os danos causados ao país, às suas gentes, empresas e

instituições. Sabemos que o nosso dia-a-dia terá de se adaptar a novas normas

de protecção, à minimização de riscos em contactos sociais, profissionais e

públicos. Em Lisboa, o impacto financeiro desta crise já se sente no tecido

empresarial. As medidas anunciadas pelo Governo são parcas, burocráticas e

demoram a chegar a quem mais precisa. Nas micro, pequenas e médias empresas

(20 mil em Lisboa) os sócios-gerentes são abandonados à sua sorte. Cabeleireiros,

cafés, talhos, frutarias, sapateiros e um mundo infindável de negócios estão suspensos

por arames. Pensando neles o CDS apresentou na CML uma proposta de relançamento

económico no valor de 200 milhões de euros, afectando uma parte a fundo perdido (para

colmatar as falhas declaradas do Estado) e outra de crédito. A esquerda (PS+PCP+BE)

chumbou. Um fundo com capacidade para apoiar o comércio local, as lojas com história e

todas as micro, pequenas e médias empresas, foi rejeitado! Foi uma rejeição liminar sem

proposta alternativa. O que a CML proporciona às empresas da cidade limita-se à isenção das

taxas de ocupação de via pública e de publicidade até Junho. Um apoio importante, mas que

não abrange sequer metade das empresas da cidade. Paralelamente, anunciou a linha Lisboa

Empreende, de apoio às start-ups, que já existe há 2 anos. Perante este cenário, e com quase

370 milhões de euros disponíveis, o apoio ao tecido empresarial da cidade é “poucochinho”.

Da Câmara espera-se previsibilidade a médio prazo, com a extensão dos prazos de isenção

até aos 6 meses subsequentes ao fim do estado de emergência e alargamento das isenções

das tarifas de saneamento e resíduos sólidos a todas as empresas, conforme o CDS propôs e

Medina e BE, chumbaram. Da Câmara espera-se que seja um parceiro robusto e credível, num

momento de crise que não foi gerado pelo mercado, e um garante de estabilidade do tecido

empresarial, no momento em que milhares de negócios correm o risco de fechar. Esperamos

que o tempo não nos dê razão, porque será mau sinal para as empresas lisboetas. Contudo,

a CML e as Juntas de Freguesia, em particular os trabalhadores de serviços essenciais, têm

manifestado um espírito de entrega e serviço público que merece a nossa gratidão. Num

momento difícil, sem experiência adquirida, importa ter a humildade de, diariamente, irmos

aprendendo com a evolução da pandemia e a ponderação nas medidas a tomar. Volto a apelar

à Câmara que actue firmemente nas áreas críticas que necessitam de apoio: distribuição de

EPI´s e desinfectante aos lares; apoio na elaboração dos planos de contingência; exigir do

Governo a priorização dos anunciados testes a utentes e técnicos dos lares; teste a idosos

isolados e respectivos cuidadores; distribuição de máscaras aos cidadãos ou entrega a IPSS

para venda, a preços reduzidos, revertendo o valor para as mesmas.

Vivemos num cenário de hipóteses e incertezas, onde todos dão o seu melhor, e onde somos

permanentemente confortados pelo espírito solidário e guerreiro dos Portugueses, através

da sua indómita vontade de ultrapassar de obstáculos. Nada é mais forte e resiliente. Força

e esperança para todos! Diogo Moura Presidente da concelhia de Lisboa do CDS e deputado municipal

Obrigado àqueles que têm garantido que temos as condições de saúde pública

ideais nos nossos centros urbanos. O vosso trabalho de higiene urbana é

essencial e todos estamos muito gratos, por isso começo assim este texto,

enaltecendo o vosso esforço e dedicação. Por cada noite, por cada dia. Com

sol ou chuva, com frio ou calor. Os cantoneiros de limpeza de Campolide estão

nas nossas ruas a realizar um trabalho essencial ao bem-estar de toda a nossa

Freguesia. Muitas vezes aplicam substâncias perigosas. Todas as vezes realizam

trabalhos que nos permitem circular nas nossas ruas com a máxima segurança que estes

tempos incertos permitem. Por vezes esquecidos durante estes meses, quero colocá-los lado

a lado com outros grupos profissionais e destacar o papel que têm na nossa vida, mesmo

quando não nos apercebemos. Foram várias as madrugadas que os acompanhei transmitindo

o meu apoio, o apoio de todos os Vizinhos e Vizinhas. Encontrei sempre homens e mulheres

sorridentes e comprometidos com a importância do seu trabalho. Foi em Campolide. Foram

os trabalhadores de Higiene Urbana da minha Freguesia, mas também foi à porta de cada um

dos que me está a ler, com os trabalhadores das suas Freguesias. Como foi em Campolide

foi o João Alves, nosso Encarregado, que numa noite em que os acompanhei, me disse:

“Temos um contrato de trabalho, temos estabilidade, mas é para estarmos na linha da frente

quando é preciso, sem olhar ao risco, e esta foi uma das vezes em que foi, da mesma forma

que estivemos quando houve tempestades.” Nem o João nem nenhum outro trabalhador

da Higiene Urbana, Espaços Verdes ou Espaço Público fugiram a nada ou viraram a cara à

luta nesta fase. Nem mesmo quando, por força da rotatividade das equipas, ficaram em casa

recebendo menos. A Câmara Municipal de Lisboa foi boa escola de trabalho e vida para estes

profissionais. Agora as Juntas de Freguesia continuam esse legado. Em Campolide, a postura

empenhada que têm estes trabalhadores e trabalhadoras torna esta missão mais acessível. O

bem-estar dos nossos Vizinhos e Vizinhas é, também, assegurado por esta equipa dedicada.

Queremos que os conheçam e que os valorizem, como nós fazemos. Queremos que confiem

no seu trabalho e na sua boa vontade, como eles merecem. Recolhem o lixo que fazemos

e higienizam as nossas ruas. Têm os seus receios, têm as suas famílias, mas continuam a

arriscar-se por nós, sem vacilar. “Isto é uma missão e uma escola de vida que nos é incutida

desde o início”, disse-me o João. Uma missão nobre, que deve ser reconhecida por todos. A

nossa terá de ser facilitar-lhes o trabalho o mais possível e dizer, sempre que possível e mais

uma vez: Obrigado! André Couto Presidente da Junta de Fraguesia de Campolide

Novos tempos, momento de agir

Os indispensáveis que nunca se dispensaram de nós!

Lisboa nos pós troika suplantou de ano para ano a receita orçamental através de

receitas provindas fundamentalmente das vendas extraordinárias de património

com foi o caso dos terrenos da antiga feira popular e os terrenos do aeroporto,

crescimento da receita em sede de IMI e IMT seja pelas atualizações e

crescimento nos valores tributáveis, quer pelo encaixe com vendas provindas

dos vistos Gold. Nos últimos anos bateram-se recordes de receitas também

na cobrança na famosa taxa turística que viu o seu valor duplicado e alargada a

cobrança a passageiros de cruzeiros. A inclusão da Carris no perímetro de Municipal

permitiu também à CML suplantar os valores de receitas para além dos 1000 milhões de

euros nos últimos 3 anos, valores que cavaram uma larga diferença face aos 2ºs e 3ºs maiores

municípios em montante de receita refiro-me ao Porto e Vila Nova de Gaia. Em paralelo

com este crescimento altamente sustentado no aumento do turismo e no imobiliário, Lisboa

manteve a tendência de decréscimo da população e agravando o esvaziamento do centro

histórico para números sem comparação na história se compararmos uma população de

800 000 habitantes face aos atuais poucos mais de 500 000. Cresceu receita, cresceu a

autonomia financeira e diminuiu consideravelmente a dependência do endividamento, mas

ao mesmo tempo aumento a despesa, despesa fundamentalmente rígida e que colocará

desafios ao município no futuro próximo. Uma Câmara, principalmente de uma capital não

pode ter apenas receita para comportar despesa de pessoal, tem de ter capacidade intervir

com investimento público e com capacidade de atrair população. Não ter aproveitado os anos

de folga o orçamental coloca o Município de Lisboa como um dos principais candidatos a

ser afetado por esta quebra na receita que terá de compensar de alguma forma, nesta nova

forma de confinamento orçamental. Esperemos que não seja prejudicada a democracia, nem

aqueles que como eu continuam a resistir e a habitar esta bela cidade com mais impostos,

taxas e taxinhas. Assumido confinado a Lisboa!

Filipe Pontes Economista, ex-Autarca do PSD

Confinamento Orçamental

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MAIO20

Omomento que vivemos, actualmente, é de uma enorme exigência e desafia-nos na busca de soluções para garantir a saúde, o bem-estar e a segurança da população. Os trabalhadores que asseguram tarefas essenciais são de valorizar e, destes, destacamos os trabalhadores municipais que, como o PCP referiu no Voto de Louvor apresentado na CML, “contribuem para que a cidade de Lisboa continue

a preservar as condições de manutenção da vida colectiva tal como a conhecemos”. Mas neste contexto difícil que vivemos, é também muito importante olhar para os problemas que os restantes trabalhadores enfrentam. Despedimentos abusivos, cortes de salários, alterações discricionárias de horários, incumprimento da lei nas medidas de apoio aos filhos, incumprimento de regras de higiene, segurança e saúde, entre tantos outros atropelos. A propósito da pandemia, do Estado de Emergência, das medidas excepcionais, temos assistido a abusos e arbitrariedades impostos a muitos trabalhadores, que estão cada vez mais coarctados nos seus direitos de organização e defesa. Na cidade e também no país. E esse agravamento da exploração e consequente empobrecimento de milhares de pessoas também tem um custo para toda a sociedade, num futuro muito próximo.

Para o PCP, só defendendo os salários e pensões e protegendo direitos será possível criar emprego e assegurar o desenvolvimento nacional. Também é fundamental deixar uma palavra sobre o Serviço Nacional de Saúde. Com todas as limitações e carências, o SNS é hoje uma ferramenta crucial e insubstituível. É primordial a sua defesa e reforço, não só para agora mas também a pensar no futuro, para que seja o instrumento real e concreto para uma resposta adequada e universal, revertendo opções erradas dos últimos anos e suas consequências nas respostas de saúde ao dispor da população da cidade. Nestes tempos estranhos, em que as rotinas e as responsabilidades ganham contornos diferentes, não perdemos o norte ao calendário. Em Abril assinalámos mais um aniversário da nossa extraordinária Revolução, que nos trouxe a Liberdade, a Democracia, o exercício de Direitos. Que nos permitiu tantas conquistas – o SNS é uma delas! – que perduram e devemos defender e celebrar. O 1º de Maio faz 130 anos e é, de igual forma, indispensável a sua comemoração num momento da nossa história em que os direitos de milhares de trabalhadores portugueses estão tão ameaçados. Combater o vírus, sim, mas sempre defendendo os direitos!

Combater o vírus, defender direitosPOr nAtACHA AMARO >> Deputada Municipal do PCP

A luta das nossas vidasPOr séRgIO CIntRA >> Presidente da Concelhia do Ps de lisboa

O Corona vírus não distingue ou poupa fronteiras e latitudes, não escolhe classes sociais, géneros ou grupos etários. Contudo, existe uma natureza não democrática e assimétrica da atual pandemia por impactar de forma diferenciada certos estratos sociais, nomeadamente pela sua inserção no mercado de trabalho, pelas suas condições habitacionais, pelos níveis de isolamento social, entre outras. Nos

últimos tempos as expressões “confinamento”, “isolamento” e “distanciamento social” têm estado na ordem do dia. Estas expressões que no fundo visam combater a propagação do vírus não nos devem fazer esquecer de que as pessoas mais vulneráveis precisam, mais do que nunca, da nossa proximidade, pois nas atuais circunstâncias estas pessoas têm menor possibilidade de reagir, de se proteger da pandemia e das consequências que ela traz na redução do sistema de oportunidades. O impacto material e psicológico é grande e num clima de medo, risco, incerteza e insegurança todos temos de desenvolver diferentes estratégias de adaptação e sobrevivência. Estamos num dos maiores combates das nossas vidas e agora, mais do que nunca, a sociedade e as pessoas em situação de maior vulnerabilidade precisam do esforço de todos os atores sociais. Não podemos baixar os braços! O esforço é coletivo, todos desempenhamos um papel vital no combate às consequências sociais desta crise. Juntos temos de garantir que Todos têm as mesmas condições de acesso aos serviços e aos bens de primeira

necessidade. Temos conseguido responder na hora certa com a resposta mais adequada, mas não nos podemos esquecer que a par da ação direta, temos de pensar em novos recursos das políticas públicas para evitar o agravamento das desigualdades sociais e, paralelamente, aplanarmos a curva da pobreza e da exclusão através de uma política integrada de apoio às famílias e aos cidadãos em situação de maior precaridade. Os tempos são difíceis, mas a cidade de Lisboa têm desde a primeira hora, algo que a distingue e diferencia, Liderança e União. A liderança tem um rosto e um nome, Fernando Medina. Liderança, ao identificar as prioridades e os programas de apoio imediato para os diversos agentes culturais e sociais da cidade, ao criar condições de segurança para uma resposta rápida e estruturada no apoio aos Lisboetas e suas instituições. União entre Todos os eleitos municipais com especial destaque para os 24 Presidentes das Freguesias da nossa cidade, as quais juntamente com a Rede Social trabalham desde o primeiro instante com uma forte rede de parceria e partilha, onde o trabalho de todas as entidades na “linha da frente” é absolutamente extraordinário. Ao longo dos séculos, foram várias as entidades que ajudaram a cidade de Lisboa a enfrentar flagelos dramáticos, como epidemias e até um terramoto devastador. Foram também elas que ajudaram a escrever a história da nossa cidade, tal como hoje, todos também estamos a escrever diariamente a história de Lisboa e de Portugal. Juntos conseguiremos fazer a diferença !!!

U so de máscaras, um imperativo, para já, para todos e em qualquer lugar público!A incerteza é o maior inimigo de qualquer estratégia. Se há variáveis que não podemos controlar, nesta batalha contra um vírus desconhecido e agressivo, outras há que podemos e devemos gerir com toda a assertividade, especialmente no que respeita à prevenção e contenção. As recomendações da DGS têm seguido

uma trajectória errática, com contradições evidentes que afrontam o bom senso e chegam sempre tarde à realidade. Foi assim no reconhecimento da perigosidade do vírus, foi assim quando decidiram seguir o conselho absurdo do Conselho nacional de saúde, de não encerrar escolas (felizmente o governo desautorizou-os e decidiu fechar as escolas no dia seguinte), está a ser assim com o uso de máscaras. Não sou especialista em saúde, nem pretendo qualquer discussão técnica, apenas identificar contradições que têm impactado negativamente na construção de uma estratégia sólida e eficaz. Os países que já passaram pelo pico da epidemia, China e Coreia do Sul, recomendam vivamente, quase suplicam, para que seja imposto o uso obrigatório de máscaras. Ambos consideram que esta é uma medida indispensável, não a única, mas fundamental para o sucesso de todas as outras. A

República Checa, desde o início, adoptou uma estratégia determinada em utilizar todas as medidas de contenção, sendo o uso de máscara obrigatório nos espaços públicos. Os resultados parecem evidenciar a virtude desta opção, a República Checa tem 1/3 dos números de casos de Portugal por milhão de habitantes. Do Japão surgem estudos que evidenciam a possível propagação do vírus pelo ar (micro-droplets), seja em consequência das micro-partículas emitidas pela tosse, por um espirro, ou mesmo numa conversa com alguém infectado. Investigações tornadas públicas, da Universidade Oxford, vão no mesmo sentido. Poderão dizer que não é 100% eficaz, para quem as usa, é verdade, mas são um travão à emissão de partículas contaminantes. A máscara de cada um protege o próximo e assim protegem-se todos. Sabemos que a economia não aguentará um confinamentos por tempo indeterminado, quanto mais depressa adoptarmos medidas de redução das fontes de contagio, mais depressa invertemos a curva e poderemos regressar todos, mesmo que gradualmente, ao trabalho. Em vésperas de um levantamento de algumas restrições, é imperativo o uso obrigatório em todo o espaço público.

Máscaras em LisboaPOr nUnO CORREIA DA sIlvA >> vereador do CDs na Câmara de lisboa

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MAIO20

COVID - 19 POr RUI PAUlO FIgUEIREDO >> Deputado Municipal do Ps

As consequências, em todo o mundo, da pandemia da COVID-19 têm sido enormes. Portugal e Lisboa não são exceção, no que a essas consequências diz respeito, quer em termos de saúde quer em termos económicos.No entanto, os prognósticos iniciais, de muitos especialistas, eram piores

e, até à data, o nosso SNS tem demonstrado uma resiliência que surpreendeu muita gente. Também, poucos duvidam, porque as políticas de isolamento, sem precedentes, têm tido um impacto significativo no “achatamento da curva”.De igual modo, a cadeia de abastecimento às populações não sofreu interrupções e os serviços essenciais mantiveram-se a funcionar. Com o esforço diário de milhares de portugueses que continuaram a sair à rua e a trabalhar arduamente.Agora, que o número de infetados está a diminuir, incluindo hospitalizações e mortes por dia, enfrentamos outro desafio: como voltar, como país e cidade, à atividade?Do meu ponto de vista, as decisões devem basear-se no que sabemos agora, não nas projeções dos piores cenários, usando factos e conhecimentos científicos.Primeiro, sabemos que vários estudos recentes sugerem que a taxa de mortalidade, se infectados, é menor do que as estimativas iniciais e que mostram, também, uma taxa de infecção muito mais ampla e uma menor taxa de doenças graves. De igual modo, que a grande maioria das pessoas jovens e saudáveis não é hospitalizada.Segundo, sabemos também que proteger as pessoas com mais idade e em risco ajuda a evitar a superlotação do SNS.Terceiro, devido ao medo e ao foco único na COVID-19, percebe-se que outras pessoas estão a morrer ou a atrasar diagnósticos pois cuidados médicos críticos não estão a ser fornecidos. Não por falta de capacidades dos sistemas de saúde, embora estes tenham adiado e atrasado consultas, mas porque milhões, em todo o mundo, deixaram de ter assistência médica crítica por medo de contraírem a doença no hospital.Por fim, sabemos igualmente que o isolamento total evita ampla imunidade da população, prolonga o problema e agrava a recessão económica.

Assim sendo, uma vez que as curvas foram achatadas, devemos, neste momento, usar a ciência médica e as evidências que reunimos para limitar os danos acumulados pelo amplo isolamento e pela recessão económica.A estratégia, para mim, deve concentrar-se em diferentes planos. Sempre, como diz António Costa, de modo faseado, e com a humildade de voltar atrás, se tal for necessário.Desde logo, importa proteger os mais vulneráveis e regulamentar o acesso aos centros de acolhimento de idosos. Os planos de contingência de cada lar devem ter orientações racionais de distanciamento para os idosos e suas famílias, incluindo o auto-isolamento dos levemente doentes. Sem com isso os condenar a não terem visitas.Máscaras devem ser necessárias nos transportes e em outros espaços de elevada concentração de pessoas. Em conjugação com medidas de espaçamento horário das deslocações e de distanciamento social e controlo de entradas em cada local.Sabemos que crianças e jovens com boa saúde têm menos riscos de doença grave por causa da COVID-19, portanto, a lógica poderá permitir abrir a maioria das escolas.Com precauções sensatas e padrões de higienização, a maioria dos locais de trabalho e empresas podem, de igual modo, reabrir. Mantendo, todavia, o teletrabalho e a rotação/reserva operacional de trabalhadores.Isso salvaria vidas, impediria a superlotação de hospitais, restabeleceria cuidados de saúde vitais para todos e permitiria que a socialização essencial gerasse imunidade entre aqueles com pouco risco de consequências graves.Ao mesmo tempo, mitigaria a recessão económica. E, neste domínio, políticas públicas robustas são necessárias. Na Europa, no país e na cidade!Agora, tudo depende de nós! Com cautela e cuidado, poderemos reabrir a economia e voltar à vida.Estas medidas, sem precauções adequadas, podem também conduzir ao aumento exponencial da pandemia.Cada um de nós, tem de continuar a fazer a sua parte!

Debelar a Covid-19POr AntÓnIO CARDOsO >> Presidente da junta de Freguesia de são Domingos de benfica

Cinco anos depois de se ter invertido o terrível momento que Portugal atravessou com a crise económica e financeira, e quando Portugal se preparava para, pela segunda vez na História da III República Portuguesa, terminar o ano com um superavit, eis que o mundo se viu confrontado com uma pandemia, causada pelo novo coronavírus que a todos vem

trazendo a COVID-19. O imprevisível apanágio da história da humanidade.Hoje já não se discute a qualidade da intervenção do Governo de António Costa na adaptação dos recursos nacionais a esta dura realidade surgida. Uma qualidade internacionalmente reconhecida, que suscitou mesmo, por parte da Direita espanhola, a patética reação parlamentar pelo reduzido número de óbitos em Portugal, ao contrário do caso espanhol.Este extraordinário êxito português ficou a dever-se à inultrapassável dedicação e competência dos nossos profissionais da Saúde, mas por igual ao nosso excelente Serviço Nacional de Saúde e à capacidade de comando e controlo do Governo, com ênfase particular para a Ministra da Saúde, mas também por via da orientação técnica da Direção-Geral da Saúde.Passada esta primeira fase, muito bem sucedida, terá agora lugar uma abertura progressiva ao regresso à nova normalidade tão desejada quão evidente. Uma

abertura que dará início à retoma da vida económica do País, onde os portugueses, com a sua reconhecida capacidade de adaptação, constituem a melhor garantia do êxito por todos desejado.Depois da unidade conseguida na histórica reunião do EUROGRUPO, liderado pelo Ministro das Finanças, Mário Centeno, sucedeu-se a do CONSELHO EUROPEU, que reforçou as linhas antes definidas, orientando, para umas semanas mais tarde, uma ampliação, ainda mais concertada e abrangente, daquelas. Tudo olhando a solidariedade tão essencial da Europa.O que agora se tenta operar é uma concertação internacional e auto-sustentável com vista ao futuro do nosso Planeta. Um objetivo para que se impõe uma ponderação profunda da palavra do Papa Francisco, mas também de António Guterres, hoje Secretário-Geral da ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS.Por fim, temos ainda de manter a esperança de que a UNIÃO EUROPEIA saiba merecer este seu nome, e que nós, PORTUGAL, consigamos aprender com a presente provação, em ordem a nos organizarmos para um futuro sempre pleno de novidades, muitas delas dolorosamente inesperadas. E temos já hoje esta certeza forte: Portugal vai ser capaz de debelar a COVID-19.

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ficha técnica Director francisco Morais BarrosEditor Media titulo Unipessoal, Lda.

Rua Francisco Rodrigues Lobo, nº 4-A, 1070-134,Campolide, Lisboa Portugal

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Paginação Paulo Vasco SilvaPropriedade carlos freitasimpressão fiG, S.a.

Apoiar os mais necessitados e combater o isolamentoAjudar os residentes a ultrapassar as

contingências da pandemia é o

objectivo da Junta de Arroios que

desenvolveu programas para apoiar

os mais carenciados e dependentes.

Programa “Não Saia de Casa” e entrega de refeições confeccionadas diariamente. Até ao momento solicitaram este apoio 224 agregados familiares. Os pedidos são maioritariamente efetuados por pessoas

com mais de 60 anos e do sexo feminino. Entre-gamos também até ao momento refeições confe-cionadas ao domicilio de agregados em situação de carência económica (96 agregados familiares); cabazes alimentares de emergência (32 agregados familiares) e projecto zero desperdício (53 agrega-dos familiares). Por outro lado, e para além do pro-grama “Atendimento Social por telefone”, a Junta de Arroios desenvolveu a campanha “Bicicleta So-lidária”, em conjunto com a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, cujo o objetivo é angariar donativos para aquisição de géneros alimentares que foram doados à Junta de Freguesia para apoio social de proximidade. No âmbito da iniciativa conjunta que a autarquia mantém com o Largo Residências, foram recebi-dos, até ao momento, 14 doentes encaminhados pelo Hospital Curry Cabral, testados positivo CO-

VID19, que foram integrados, até estarem recupe-rados, no Hostel – LARGO Residências. Para acor-rer às necessidades dos mais carenciados, a Junta angariou donativos de mais de duas dezenas de entidades, associações, particulares e empresas, sobretudo de alimentos, vestuário, produtos de higiene, produtos de proteção (máscaras e visei-ras), refeições confeccionadas e donativos finan-ceiros. A Junta de Arroios conta com 22 pessoas a

dar apoio directo a estes programas, assim como 6 voluntários, sendo apoiadas instituições da Fre-guesia com produtos e géneros . No site e na pági-na do Facebook da Freguesia há mais informações disponíveis, nomeadamente quanto a estabeleci-mentos abertos na autarquia, divulgação de “Uma história por dia, não sabe o bem que lhe fazia”, “Mercado no Bairro Online”, campanhas “#Veri-ficaPrimeiro”, “Fique em Casa” e Gerir o Stresse.

sãO DOMIngOs DE bEnFICAARROIOs

Lisboa Valente e CorajosaNo final do mês de Abril, estamos prestes a encerrar o estado de emergência. Foram 2 meses muito difíceis. Para as famílias, para as empresas e para quem nos governa. Vivemos tempo de muitas incertezas, mas também de esperança. Lisboa não

virou a cara à luta. Uma parte de nós ficou em casa, a tratar dos seus e muitas vezes em teletrabalho. Mas, não podemos

nem devemos esquecer os milhares de trabalhadores que todos os dias saíram de casa para nos tratar da saúde, da higiene urbana, da segurança, do nosso abastecimento alimentar. E sublinhar o setor dos transportes e da construção civil que nunca parou. Agora é tempo de virar a página. A reabertura da atividade económica e social, deve ser feita de forma gradual e responsável. Paralelamente às decisões da União Europeia e do Governo, é necessária uma visão estratégica consistente para Lisboa. Apoiar os lisboetas. Os mais idosos, as famílias, os mais pobres, as empresas. A crise é profunda, mas juntos e solidários vamos sair dela. Há um horizonte de esperança e estou otimista. Por fim, fica uma sugestão. As TVs vivem de desgraças e instigam o medo nas pessoas. Vejam o menos possível. O otimismo cultiva-se e é muito útil na vida. João Pessoa e Costa

Ninguém pode ficar para trásLisboa vive a sua nona semana desde o início do registo de casos de afetados pela pandemia. As medidas de confinamento social e de encerramento de atividades não essenciais, num quadro de emergência determinado pela necessidade de proteger a saúde pública, mudaram a

cidade. Ruas quase desertas, estabelecimentos comerciais e restaurantes e cafés fechados, hotéis e alojamento local vazios. Uma paragem no tempo

como se tudo tivesse sido cristalizado, aguardando um renascer futuro. E como será esse renascimento que aos poucos se anuncia? Certamente gradual e temeroso face às incertezas e gerador de realidades desconhecidas até agora e com as quais nos deveremos habituar a conviver. Nas relações sociais, na economia, nos transportes, nas escolas, nas atividades conhecidas de recreio e lazer e noutras que naturalmente surgirão. São novos tempos os que aí vêm. Preparemo-nos para eles. Nesses tempos novos que se anunciam não podemos deixar de olhar com cuidado atenção para aqueles que, por mais frágeis ou mais intensamente fragilizados, vão precisar de mais apoio social. Idosos, desempregados, crianças, sem abrigo e os novos pobres que as crises sempre geram. A Câmara Municipal tem estado atenta e ativa. Que assim continue. Porque, como aprendi no serviço militar, ninguém pode ficar para trás!. Leonel Fadigas

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Caríssimos Dirigentes Associativos,Caríssimos Amigos,

Os tempos que correm são difíceis para todo o mundo, para o País e consequentemente para todo o Associativismo e Regionalismo.

O adversário é muito difícil, não tem jornadas nem datas programadas, está escondido, é cobarde e ataca ao mínimo descuido possível.

Atravessamos uma fase da vida muito dificil, a que não estávamos preparados para enfrentar esta luta tão desigual.

Para nós, dirigentes associativos mais novos ou nem por isso, de certeza que nunca enfrentámos nas nossas actividades, quer desportivas quer culturais ou recreativas, um adversário tão dificil e que tanta luta nos dá e que exige cuidados muito especiais.

Infelizmente, pensava a maioria de nós que o COVID 19 só iria surgir nos outros países e que neste belo país à beira plantado nunca entraria e nada ocorreria.

Enganámo-nos e a prova está à vista, há já longo tempo tudo está parado, as pessoas confinadas às suas residências, ao teletrabalho e com as Televisões a entrarem-nos em casa e a mostrarem-nos quer no nosso País, quer no mundo em geral, as maiores desgraças possíveis.

Os mais velhos, da minha faixa etária, por muitas coisas más passámos na nossa juventude, desde suportarmos a ditadura, andarmos na guerra colonial, passarmos por outras epidemias mas jamais esperávamos passar por esta situação que veio alterar o dia a dia de todos, dos mais pobres aos mais bem posicionados na vida.

Os mais novos, que felizmente por nada disso passaram, habituados a todas as facilidades da vida, à época digital, tudo facilidades, tudo completamente diferente do que os pais e avós enfrentaram e que dum momento para o outro se viram também eles confinados à clausura das suas casas, sem hipóteses de frequentarem os seus locais de distracção ou outros, enfrentando situações, hábitos e costumes que jamais idealizariam.Isto só prova que acima de toda a ganância, desprezo pelo próximo, das guerras políticas, dos cada vez maiores interesses pessoais em detrimento do colectivo, do poder económico a espezinhar tudo e todos, do continuo aumento das diferenças sociais, do aumento crescente dos pobres e sem abrigos, etcetc....que acima de tudo isso e sem que nos apercebamos há a MÃE NATUREZA que nos comanda e que não houve a nossa indignação, nem a nossa revolta nem os nossos pedidos e de vez em quando surpreende-nos com tufões, tempestades e outras catástrofes, que em segundos destroiem tudo aquilo que havia sido construido, muitas vezes com desprezo pela vida humana, para já não se falar do degradar do universo com a alta poluição, os degelos nas zonas polares e eis que dum momento para o outro surge algo que ninguém controla repentinamente, que destrói e arrasa tudo e tudo sem olhar a extractos sociais ou outros e que a todos obrigou a meter na toca como o coelho, neste caso o COVID 19.

Perante a realidade e acompanhando toda esta crise sanitária e económica, também o Associativismo e o Regionalismo foram fortemente afectados e bem assim os Clubes, Associações e Casas Regionais, estando todos encerrados, o que poderá por ainda mais em causa a subsistência de muitas e muitas Colectividades que sempre

viveram em crise, mas que com esta situação, ainda mais lhes paralisou a sua fraca receita de tesouraria, as suas actividades lúdicas, culturais e desportivas e até o afastamento dos seus Associados, muitos deles que faziam destas instituições a sua segunda casa.Em relação à ACCL o mesmo sucede, estando esta totalmente paralisada e com as realizações programadas (desportivas, culturais e recreativas), todas suspensas.

Temos dialogado com todos os nossos parceiros envlvidos naquelas realizações e em conjunto foi acordada a total suspensão de todas as actividades, sendo decidido que nos manteremos atentos ao desenrolar dos acontecimentos relacionados com pandemia do COVID 19, cumpriremos rigorosamente todas as directrizes emanadas de todas as entidades competentes, desde DGS, Presidência da República, Governo, CML e consequentemente das entidades desportivas, nomeadamente a FPF e AFL.Assim, enquanto estas entidades não derem luz verde para se recomeçarem as actividades e voltarmos de novo à normalidade, todos os eventos que estavam planeados por ambas as partes, foram cancelados ou adiados para datas posteriores, dependendo do evoluir da pandemia.

Estamos cientes de que no futuro nada voltará a ser igual, contudo não equacionámos nunca o cancelamento de qualquer actividade programada, quer desportiva, quer cultural, quer regionalista, mas essa situação poderá surgir, sendo que caso a caso iremos dando informações mais detalhadas.Assim:

• 43ª CORRIDA DA LIBERDADE / 25 ABRIL – SUSPENSA• 7º TORNEIO DE TÉNIS DE MESA (16 e 17 MAIO) – SUSPENSO• 6º ENCONTRO ASSOCIATIVISMO E REGIONALISMO (29, 30 e 31 MAIO) – SUSPENSO• 4º TORNEIO FUTSAL CIDADE DE LISBOA – SUSPENSO• SESSÕES DA GALA FADO (Outubro e Novembro) – PREVÊ-SE A REALIZAÇÃO DE ACORDO COM O PROGRAMADO• GALA DE FADO NO SALÃO NOBRE DA CML (Novembro) - PREVÊ-SE A REALIZAÇÃO DE ACORDO COM O PROGRAMADO

No referente às restantes actividades da ACCL, embora esta esteja também paralisada pelas circunstâncias expostas, está, contudo solidária com todos os Clubes, Associações e Casas Regionais e disponivel para em conjunto com todos vós, sermos solidários e se necessário, exigirmos perante as entidades governamentais, que possamos ser olhados de igual maneira de como estão a ser tratados e bem e que a ACCL apoia as pequenas, médias e microempresas.

A todos vós dirigentes associativos (homens e mulheres) / Amigos, a ACCL aconselha-os a cumprirem todas as normas emanadas pelas autoridades sanitárias e referentes a esta pademia, não desanimem, pensamento positivo e esperança de que em breve possamos de novo trocar um abraço real e que as nossas actividades normais do Associativismo e Regionalismo sejam retomadas e consigamos reconduzir todos os nossos Clubes, Associações e Casas Regionais ao nível que eles anteriormente atingiram e se possível ultrapassá-lo.

António VicenteVice-Presidente da ACCL

COmuniCaDO