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Cultura do Cana-de-açúcar Prof. Moises Zucoloto Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas Universidade Federal do Espírito Santo 29932-540 - São Mateus – ES E-mail: [email protected] Universidade Federal do Espírito Santo Centro Universitário Norte do Espírito Santo Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas Bibliografia •Paranhos, S.B., Cana-de-açúcar. Cultivo e utilização. Campinas, Fundação Cargill, v I; v II, 1987. •Quimbrasil. Cana-de-açúcar. Do plantio a colheita. São Paulo Quimbrasil Dept o técnico., 1978. 8p. •Planalsucar. Programa nacional de melhoramento da cana-de-alçúcar. Piracicaba, SP, PLANALSUCAR, 1979. 18p. •Suzuki, P., Biossintese e acúmulo de sacarose em cana-de-açúcar. Piracicaba, ESALQ:USP., 1983. 96p

Cana Primeira Aula I

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  • Cultura do Cana-de-acar

    Prof. Moises ZucolotoDepartamento de Cincias Agrrias e BiolgicasUniversidade Federal do Esprito Santo29932-540 - So Mateus ESE-mail: [email protected]

    Universidade Federal do Esprito Santo

    Centro Universitrio Norte do Esprito Santo

    Departamento de Cincias Agrrias e Biolgicas

    Bibliografia

    Paranhos, S.B., Cana-de-acar. Cultivo e utilizao. Campinas, Fundao Cargill, v I; v II, 1987.Quimbrasil. Cana-de-acar. Do plantio a colheita. So Paulo Quimbrasil Deptotcnico., 1978. 8p.Planalsucar. Programa nacional de melhoramento da cana-de-alcar.Piracicaba, SP, PLANALSUCAR, 1979. 18p.Suzuki, P., Biossintese e acmulo de sacarose em cana-de-acar. Piracicaba, ESALQ:USP., 1983. 96p

  • Histrico

    A maioria dos pesquisadores admitem que a cana tenha surgido primeiramente na Polinsia; Indonsia, Filipinas e Norte da frica como expanso natural nos dois mil anos aps o primeiro registro.

    Seu surgimento deve ter ocorrido entre 10 e 12 mil anos.

    CENTRO DE ORIGEM DAS.OFFICINARUM A REGIO

    DA MALSIA -INDONSIA

  • DOMESTICAO DA CANA

  • Introduzida na China por volta de 800 a.C onde o acar cru j era produzido

    400 a.C. atingiu a ndia e a Prsia em 500 a.C pela expedio do Imperador Persa Drio, provindo da ndia.

    Theopharstus em 287 a.C., descreveu a cana como uma maravilha o Mel que est em um basto.

    A cana-de-acar, foi introduzida no Egito por volta de 641 de nossa era.

    O acar foi introduzido na Europa pelas cruzadas e pelos rabes.

    No ano 700, o produto asitico j era cultivado em Chipre.

    No Marrocos o mesmo ocorreu em 709 e, na Espanha, em 714.

    Os italianos, em especial os venezianos, dominaram o comrcio do acar com o norte da Europa.

  • Os portugueses entraram em cena em 1420: "O prncipe D. Henrique (mandou) levar para Madeira, cana-de-acar da Siclia e mestres entendidos no fabrico de acar."

    Manufatura do acar

    Extrao do acar na Sicilia (Itlia), 1584

    Produo do acar em Veneza (Itlia).

  • J em meados do sculo XV, Portugal tornou-se o principal produtor mundial de acar.

    Em 1498, D. Manoel estabeleceu uma cota de exportao, que foi limitada a 120 mil arrobas para conter os preos.

    Em1506 a cana foi introduzida em Cuba pelos espanhis.

    Com a melhoria dos preos, em 1516 o rei D. Manoel, de Portugal, promulga o primeiro alvartratando de promover o plantio da cana no Brasil.

    Naquele mesmo ano, D. Manoel, alm de machados, enxadas e outras ferramentas, enviou colnia, um homem prtico e capaz, com instrues para instalar um engenho de acar, mandando fornecer-lhe ferro, cobre e mais todo o material necessrio para a construo.

  • "A meados do sculo XVI, Portugal parecia admitir e mesmo incentivar o deslocamento da produo aucareira para o Brasil.

    Disto estavam bem conscientes os prestamistas e futuros senhores, que erguiam seus engenhos no Brasil, com um olho no mercado ' internacional' e outro nas vantagens aqui encontradas."

    Em 1532 Martin Afonso de Souza funda o primeiro engenho de acar brasileiro, em So Vicente, Litoral de So Paulo.

    Em 1535 Jernimo de Albuquerque funda o primeiro engenho de acar no Nordeste, em Pernambuco, chamado de engenho da Nossa Senhora da Ajuda, nas proximidades de Olinda.

  • Em 1613 primeira referncia no Brasil ao novo engenho de 3 cilindros.

    Antiga moenda de cana-de-acar.Hawaii Sugar planters Research Institute

  • Produo de acar em Havana Cuba sculo XIX.

  • Captura dos escravos

    Com a interrupo de relaes porturias entre Portugal e Holanda, a idia de tomar o Nordeste brasileiro tomou corpo na corte holandesa.

    Holandeses desembarcaram no Brasil em 1630.

    Os holandeses foram expulsos em 1654 mas levaram o conhecimento e as tcnicas do cultivo da cana para as Antilhas e para a Amrica Central.

    Essas terras, que ficavam mais prximas da Europa, substituram o acar brasileiro no mercado e a agricultura brasileira recebeu um grande golpe.

  • Em 1741 Introduo da cana-de-acar nos E.U.A, no Estado da Louisiana.

    Em 1801 Primeira fbrica de acar de beterraba em Kunern, na Alemanha.

    Em 1802 Imigrantes chineses na ilha Lanai (Hawai) iniciam fabricao de acar.

    1815 Primeiro engenho a vapor na ilha de Itaparica (Brasil).

    2000 2001 pior crise de produo de cana-de-acar no Brasil devido a problemas climticos (seca), e baixos preos dos produtos, com grande endividamento dos usineiros.

    2001 O apago trouxe uma crise interna de energia, surgindo um campo promissor para a cadeia produtiva da cana-de-acar, com a co-gerao de energia a partir da biomassa em particular os resduos de cana.

    2005 Vitria do Brasil na OMC contra o subsidio europeu.

  • Processamento do acar de

    beterraba

    rea plantada na Europa de 2 milhes de hectares

  • O caldo cozido era depositado em formas e deixados em purga por 5 dias e aps retirados das formas, produzindo os pes de acar.

    Como era produzido o acar?

  • Po de acar

  • Importncia econmica

    lcool Hidratado (mistura azeotrpica binria) mnimo 92,6o INPM

    Anidro 27% na gasolina

    GL = % de lcool em volume a 15o C

    Produo mundial

  • Cana destinada Produo de Acar e de lcoolBrasil

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    80%

    90%

    100%

    64/65

    66/67

    68/69

    70/71

    72/73

    74/75

    76/77

    78/79

    80/81

    82/83

    84/85

    86/87

    88/89

    90/91

    92/93

    94/95

    96/97

    98/99

    00/01

    02/03

    04/05

    perc

    en

    tua

    l

    Cana para lcoolCana para Acar

  • CARRO LCOOL (E100) - 1925

    1O CARRO COMERCIAL 100% LCOOL (FIAT 147) 1979

    % ETANOL NO

    GASOOL

    1977: 4,5%

    1979: 15%

    1981: 20%

    1985: 22%

    1998: 24%

    2001: 20/24%

    2012: 24%

    2014: 27%

    COMBUSTVEL CICLO OTTO PRODUO E CONSUMOA AGROINDSTRIA DA CANA-DE-ACAR UMA VISO ENERGTICA

    Acar

    Bruto acar cru para exportao

    Cristal branco

    Standad refinarias brasileiras

    Superiorconsumo interno

    Especialexportao

    Refinado

    Consumo per capita = 52 kg Brasil 22 kg mundo

  • Produo e Demanda Mundial de Acar

    Fonte: Embrapa

    Sete pases concentram 60% da produo de acar; Brasil, ndia e EUA so responsveis por 40%.

    Principais produtores mundiais

    Fonte: FAS Attach Reports

  • Acar refinado granulado.

    Acar refinado amorfo.

    Glacar - O conhecido acar de confeiteiro.

    O xarope invertido - Com 1/3 de glicose, 1/3 de frutose e 1/3 de sacarose.

    Acar orgnico

    Produtos da cana-de-acar

    Sacarose

  • Outros produtos e subprodutos

    Cachaa ou pinga (38 a 54 o GL) leo fsel (0,05 a 0,20 L por 100 L de lcool) Melao (40 a 60 kg por t de cana moda) Leveduras (2,5 kg para cada 100 L de lcool) Cana forrageira Tortas de filtros (2,5 a 3,5% da cana moda) Bagao (280 kg por t cana) Vinhaa (10 a 18 L por litro de lcool) Co-gerao (potencial 12 mil MW) consumo

    brasileiro de 46 mil MW Crditos de carbono: (0,17 t de CO2 absorvida

    por t de cana produzida)

    Gerao energia Itaipu 14.000 MW

    Co-gerao 12.000 MW

    Consumo Br 46.000 MW

  • Plsticos bio-degradveis Bagao hidrolisado (alim. Animal) Furfurol extrado do bagao (altamente reativo) Bebidas cido ctrico cido ltico Glutamato monossdico lcool isoamilico Fibras sintticas Vernizes Dextranas, xantan, sorbitol, glicerol, ceras Policonazol (Cuba) Ligmed (Cuba)

  • SITUAO DA CANA-DE-ACAR

    A VISO ENERGTICA DA CANA-DE-ACAR

    CANA-DE-

    ACAR

    PURA

    ENERGIA

    1/3 DOCALDO DE

    CANA

    ACAR: O ALIMENTO (KCAL) MAIS BARATO DO MUNDO

    ETANOL: ENERGIA LIMPA E RENOVVEL

    1/3 DAPALHA

    ENERGIA LIMPA E RENOVVEL

    A AGROINDSTRIA DA CANA-DE-ACAR UMA VISO ENERGTICA

    1 t CANA

    ACARES 153 KG

    BAGAO(50% UMIDADE)

    276 KGPALHA

    (15% UMIDADE)165 KG

    608 x 103 KCAL

    598 x 103 KCAL

    512 x 103 KCAL

    1 t-CAMPO1718 x 103 KCAL 1718 x 10

    3 KCAL

    ENERGIA LIMPA E RENOVVEL1/3 DO

    BAGAO

    1,2 Barril PETRLEO

    1 BARRIL DE PETRLEO1386 x 103 KCAL

    ~

    =

  • REAS DE PRODUO DA CANA-DE-ACAR

    BENEFICIRIOS: 450.000 pequenos produtores de acar de beterraba da

    Europa;

    REA MDIA DAS PROPRIEDADES: 20 hectares ( Frana com 25% o maior

    produtor)-

    SUBSDIOS E PROTECIONISMO AO ACAR PELOS PASES DA UNIO EUROPIA

  • Transporte de cana, Nerja, Espaha, 1972

    Colheita cana, Puerto Rico, 1972

  • Transporte de cana-de-acar, Maui, Hawaii

    Processamento da can, Hawaii

  • Usina de acar, Hawaii

    Plntulas de cana-de-acarHawaii Sugar planters Research Institute

  • Fonte: UNICA, apud NEVES, CONEJERO e AMARAL (2009)

    Adaptado

    Classificao botnica da cana-de-acar

    Diviso ..................Embryophita Subdiviso.............Angiospermae Classe....................Liliopsidae Ordem.................... Famlia...................Poaceae Gnero...................Saccharum Espcie..................S.

  • Saccharum espcies (existem 30 espcies descritas)

    S. officinarum (2n=80):Colmos grossos originria da Nova Guine,

    Alto teor de sacarose e baixo perfilhamento

    S. sinense (2n=118):Comos finos, muito vigorosa, originria da

    China

    S. barberi (2n=variable)Colmos finos, muito vigorosa, originria da

    ndia

    S. spontaneumCana selvagem originria do

    sudeste da Asia; alto perfilhamento; importante no melhoramento.

    S. robustum JewietRazes penetram fundo no solo,

    resistente a pragas, doenas e seca

  • Saccharum officinarum

    2n = 80

    Saccharum officinarum

    2n = 80

    S.spontaneum

    2n = 40 - 128

    S.spontaneum

    2n = 40 - 128

    S.barberi/sinense2n = 60 - 205

    S.barberi/sinense2n = 81 - 171

    S.robustum2n = 81 - 124

    S.robustum2n = 60 - 125

    Modernas

    variedades

    2n 80 - 120

    Modernas

    variedades

    2n 80 - 120

    BASE GENTICA DAS VARIEDADES

    DOMESTICAO DA CANA-DE-ACAR

    Programa dirigido pelo botnico holands Soltwedel Diretor da Estao de Middem em Java no ano 1885 (Glagah x Loethers)

    Etimologia da palavra acar ndia............................Shekar rabes........................Al zucar Espanhol....................Azucar Portugueses...............Acar Francs......................Sucre Alemes.....................Zucker Ingleses.....................Sugar

  • Tradues da palavra cana-de-acar

    Espanhol...............caa de azucar Francs.................canne sugre Ingls.....................sugar-cane Alemo..................Rohrzucker e Zuckeron rabe.....................Sukkar

    Descrio da planta Latim Officina, ae........Fbrica, laboratrio

    Plantas eretas, perenes, rizomatosas

    Inflorescncia.....racemos arranjados em panculas.

    Espiguetas..... pares (1 sssil e 1 pedicelada), ambas desarticulando do eixo pela base

    Glumas....um pouco rijas, lema estril, homogeneamente hialina e a lema frtil, tambm hialina ou por vezes ausente

  • Descrio morfolgica

    Razes Colmo Folhas

    Inflorescncias

    Razes

  • Quantidade e porcentagem de razes

  • Gema (solo)...........Novos colmos e zonas radiculares (ns) emergem razes finas, numerosas e fibrosas

    Novos colmos (solo)..Razes adventcias, formando o sistema radicular fasciculado.

    Tamanho e profundidade...Depende da variedade, preparo solo, textura, idade e nmero de cortes, a maior parte surge aos 50 cm.

    Tcnicas agronmicas ... Sistema preparo solo, aplicao fertiliz... contr. plantas daninhas, irrigao ... contr. eroso ... culturas intecalares

    Tipos de razes ... razes superfic. absorv. razes de fixao ... razes de cordes

    Socas ... Corte dos colmos ... Brotao novas razes ... Razes mais superficiais (varia com solo trfego de mquinas e brotao).

    Colmos

  • Aspecto da touceira

    DENSA MDIA FROUXA

    Porte......Ereto, semi-ereto ou decumbente

    Fibrosos e aucarados (> fibras < sacarose)

    Ns ....... Gema, primrdios radiculares, regio cerosa, cicatriz da bainha.

    Funes do colmo: Sustentao, conduo gua e nutrientes, transloc. Acares e armazenamento de acares, acamamento (quebra domin. apical aumenta perfilhamento, inverso sacarose)

  • Xilema e Floema: paralelos no entren e nos ns ramificam para os entrens, folhas, gemas e razes primordiais (+fibras > dureza)

    Feixes vasculares: rodeados por parnquima ..clulas de armazenamento (caldo.....extrao do acar).

    Dimetros.....Fino < 3,0 cmMdio 3,0 a 5,0 cmGrosso > 5,0 cm

    Luminosidade deficiente produz colmos longos e finos

    Regies tropicais e subtropicais crescimento vigoroso vero (DL).

    Comprimento do colmo aumenta com o comprimento do dia.

    Temperatura aumenta comprimento, dimetro e nmero de entrens (superi a 20o C)

  • Localizadas na base dos ns, alternadas e opostas.

    Compostas de aurcula, lgula, bainha e dewlap (limbo).

    Bainha: invaginante com pelos lignificados (jocal) Limbo foliar: lanceolado, estreito, 60 a 150 cm

    comprimento X 2,5 a 10 cm de largura. Nervura central bem desenvolvida. Lgula: entre o limbo e a bainha (regio do colar)

    numerosos pelos simples, longos e alvo-translcidos.

    Aurcula: entre a bainha e o limbo....em um ou em ambos os lados da bainha.

    Folhas

  • Folhas

    A folhagem mais esparsa e delgada pode ser melhor do que folhagem densa e abundante, mas a sanidade das folhas novas bastante importante. Alm disso, as folhas novas, sendo menos quebradias, possibilitam uma arquitetura que permite maior superfcie exposta luz, aumentando assim a capacidade fotossinttica.

  • IAF Maior valor com plantas com 6 meses mximo nmero de colmos (cana-de-ano) Ideal IAF = 4 (intercepta 95% da radiao solar) varia de 2 a 8 em funo da cultivar, local e espaamento.

    Maior IAF maior produo de sacarose (sem sombreamento).

    Cana de ano (12 meses) plantio (set. out) colheita julho.

    Cana de ano e meio (18 mese) plantio (jan. abr) colheita (mai. dez) baixo cresc. (mai. set) maior cresc. (out. abr)

    Inflorescncia Pancula bastante ramificada Eixo principal...........rquis Espiguetas...... Pares (1 sssil e 1 pedicelada)

    ...Pelos sedosos.....3 a 4 glumas + 2 glumelas (lodculas) na base do ovrio.

    Flores hermafroditas com 1 vulo. Estilete duplo e estigma alongados, plumosos e

    de colorao arroxeada Estames numerosos (3) raramente produzem

    plen nas canas cultivadas (esterilidade provocada pela hibridao)

    Sementes tipo cariopse pequenas e marrom.

  • O florescimento da cana provoca a isoporizao do colmo, que normalmente ocorre entre junho julho, no sendo recomendado clones de maturao mdia ou tardia com esta caracterstica. O florescimento esta ligado diretamente temperatura, comprimento do dia, umidade do solo e cultivar, sendo sua maior ocorrncia devido a elevado nmero de dias com temperatura mnima acima de

    18o C e mximas abaixo de 31o C, no perodo de 25 de fevereiro a 20 de maro. Na maioria das cultivares so necessrios entre 12 e 12,5 horas de fotoperodo para a induo do florescimento. Para o melhoramento importante o florescimento, por isso o municpio de Camamu na Bahia ideal.

  • CANA NOBRE SC. XVII - XIX

    CANA CRIOULA

    CAIANA LISTADA

    PRETA KAVANGIRE

    Variedades At a dcada de 20 ....variedades

    nobres (caiana, roxa, rosa, etc) Epidemia de mosaico....diminuiu a

    produtividade .... Importao de variedades PJO

    1932 Importao de variedades Co (resistentes ao mosaico)

    Dcada de 50..... Importncia das variedades CB

  • Siglas das variedades

    PJO ... Proefstation Oest Java Co .... Coimbatores CB ... Campos Brasil NA ... Norte da Argentina IAC ... Instituto Agronmico de Campinas RB ... Repblica do Brasil (Planalsucar) SP ... So Paulo (Copersucar) CP ... Canal Point (USDA)

    INCIO DO MELHORAMENTO GENTICO DA CANA-DE-ACAR

    1889 - 1912

    ESTAES EXPERIMENTAISBARBADOS

    GUIANAREUNIO

    INDONSIA (JAVA)MAURITIUS

    AUSTRLIA (QUEENSLAND)HAVACUBA

    COIMBATORE, NDIA

  • CENSO VARIETAL SO PAULO

    EVOLUO DA PRODUTIVIDADE EM SO PAULO - I

    47 51 55 59 63 67 71 75 837943

    75 75

    70 70

    65 65

    60 60

    55 55

    50 50

    45 45

    40 40

    35 35

    30 30

    Co290

    t can

    a/h

    a

    A N O S

    Co419CB41-76

    NA56-79

  • EVOLUO DA PRODUTIVIDADE EM SO PAULO - II

    717273747576777879808182

    86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97

    t ca

    na

    /ha

    NA56-79

    SP70-1143SP71-1406

    SP71-6163SP70-1143

    RB72454

    SP70-1143SP71-6163

    (2)

    (2) = NA56-79

    (1975 - 90)

    (3)

    (3) = SP70-1143

    (1984 - 97)

    (4)

    (4) = RB72454 (1993 - )

    (1)

    (1) = CB41-76

    (1965 - 82)

    130

    120

    110

    100

    ND

    I CE

    (2)

    (2) = NA56-79

    (1975 - 90)

    (3)

    (3) = SP70-1143

    (1984 - 97)

    (4)

    (4) = RB72454 (1993 - )

    (1)

    (1) = CB41-76

    (1965 - 82)

    EVOLUO DE PRODUTIVIDADE

  • MODERNAS VARIEDADES

    Potencial biolgico da cana

  • Potencial biolgico da cana-de-acar

    POTENCIAL

    BIOLGICO345,6t/h a

    DEPENDENTE

    --CLIMACLIMA

    --SOLOSOLO

    --MANEJO FITOTCNICOMANEJO FITOTCNICO

    Variveis mais sensveis aos ganhos

    TCH

    Produo

    Fsica

    H = Altura mdia dos colmos

    D = dimetro mdio de colmos

    P = perfilhamento

    (no colmos/m linear)

    TCH = D2 x P x H(0,007854)/ E

  • Planta C4 .........(PEP) fosfoenolpiruvato Latitude............35 norte e 35 sul Germinao sementes...
  • PLANTA SOB ESTRESSE

    A PLANTA SOB ESTRESSE

  • Fsica Qumica Bitica

    Seca Poluio do ar Competio Temperatura Metais pesados Alelopatia Radiao Agroqumicos Herbivonia Inundao Toxinas Patgenos Vento pH Pragas Campo Magntico Salinidade Compactao solo Desbalano Nutricional

    FONTES DE ESTRESSE EM PLANTAS

    SOLO E CLIMA

  • SOLOS

    y = 6,8928x + 65,792R2 = 0,9205

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    0,0 1,0 2,0 3,0 4,0

    BASES TROCVEIS meq/100 g

    REN

    DIM

    ENTO

    , t/h

    a

    RELAO ENTRE O RENDIMENTO DA CANA E A SOMA DE BASES (SB).

  • Relao entre produtividade agrcola e a saturao em bases na sub-superfcie do solo

    0,0

    50,0

    100,0

    150,0

    200,0

    250,0

    300,0

    350,0

    400,0

    TRe LRe LRmeso LRd LRac

    SOLOS

    kg/h

    a/di

    a

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60 V%

    1o CORTE 2o CORTE V%

    y = 4,8864x + 49,87R2 = 0,6652

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0

    CTC meq/100 g

    REN

    DIM

    ENTO

    , t/h

    a

    RELAO ENTRE O RENDIMENTO DA CANA E A CAPACIDADE DE TROCA

    DE CTIONS (CTC).

  • y = 3866,9x + 2621,1R2 = 0,3536

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    7000

    8000

    9000

    0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2

    ESPESSURA DO HORIZONTE A (m)

    PRO

    DUT

    IVID

    AD

    E D

    E G

    RO

    S (t/h

    a)

    RELAO ENTRE A PRODUTIVIDADE DA CANA E A ESPESSURA DO

    HORIZONTE A.

    DESENVOLVIMENTO RADICULAR EM SOLO EUTRFICO

  • DESENVOLVIMENTO RADICULAR EM SOLO MESOTRFICO

    DESENVOLVIMENTO RADICULAR EM SOLO DISTRFICO

  • DESENVOLVIMENTO RADICULAR EM SOLO EPIEUTRFICO

    DESENVOLVIMENTO RADICULAR EM SOLO CRICO

  • DESENVOLVIMENTO RADICULAR EM SOLO LICO

    Eutrfico-Al

    lico+Al

  • NOVA PROPOSTA DE CLASSIFICAO DE

    AMBIENTES DE PRODUO

    DISPONIBILIDADE DE GUA+

    NUTRIENTES

    SOLO ARGILA%

    M.O.

    %

    AREIA FINA

    %

    AREIA GROSSA

    % SILTE

    %

    A 20 1 70 5 5

    B 20 1 5 70 5

    Disponibilidade de gua : No Solo A maior que SOLO Bdevido a maior concentrao de areia fina.

    EFEITO DA AREIA FINA NA DISPONIBILIDADE DE GUA

  • FRAO GRANULOMTRICA

    ARGILA AREIASILTE

    Condies ambientais (Kopfler 1989) Apta T ma > 20o C e D ha < 200 mm Marginal por restrio trmica T ma entre 18 e

    20o C e temperatura do ms de julho > 14o C e D ha < 200 mm

    Marginal por restries hdricas irriga. suplementares T ma > 18o C e D ha entre 200 e 400 mm

    Marginal a inapta por falta de estao de repouso por frio ou por seca T ma > 24o C e D ha nulo

    Inapto por insuficincia hdrica D ha > 400 mm Inapta por carncia ou geadas T ma < 18o C e

    T m de julho < 14o C.

  • EXIGNCIAS CLIMTICAS Luz .... O comprimento do colmo aumenta com o aumento do

    comprimento da luz 10 a 14 horas, sendo reduzido para fotoperodos longos entre 16 e 18 horas.

    Temperatura 30 e 34 oC ideal .... Acima de 35 oC e abaixo de 21 oC praticamente nulo o crescimento; acima de 38 oC TAL diminui aumentando a respirao (consumo de sacarose) ... Partes jovens se congelam com temperaturas inferiores a 0 oC ... Gemas apicais morrem com temperaturas entre -1 e - 3,3 oC enquanto que as laterais morrem com temperaturas -6 oC; sendo consideradas letais para as folhas temperaturas em torno de 2,5 a -5,0 oC. Precipitao ... 1.100 a 1.500 mm ... Durante a maturao o ideal que ocorra uma menor precipitao (restrio hdrica). Dficit hdrico provoca um aumento no teor de fibras (interndios mais curtos)

    Valores de Kc (coeficiente da cultura)

  • Cana soca ...... mximo = 4,4 mm por diamnimo = 2,2 mm por diamdio = 3,2 mm por dia

    Cana-planta......mximo = 4,5 mm por diamnimo = 2,3 mm por diamdio = 3,3 mm por dia

    Consumo de gua

    CANA-DE-ACARSo gastos 45 a 50 litros de gua para a produo de 1 Kg de massa verde.HUNSIGI (1993)

    Consumo de gua

  • TEMPERATURA EM SO PAULO

    NORMAIS TERMOPLUVIOMTRICASRIBEIRO PRETO, SP

    1961/90

    0,0

    50,0

    100,0

    150,0

    200,0

    250,0

    300,0

    JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZMES

    Prec

    ipita

    cao

    (mm

    )

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    Fonte: IAC

    Perodo de

    moagem