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Canção d’amigo para Ignácio Rangel Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário Rossini Corrêa SECRETARIA DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Canção d'amigo para Ignácio Rangel

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Pequeno almanaque comemorativo de seu primeiro centenário

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Canção d’amigo para

Ignácio Rangel

Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Rossini Corrêa

SECRETARIA DACIÊNCIA, TECNOLOGIA

E INOVAÇÃO

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Rossini Corrêa

Canção d’amigo para

Ignácio RangelPequeno almanaque comemorativo

do seu primeiro centenário

SECRETARIA DACIÊNCIA, TECNOLOGIA

E INOVAÇÃO

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Corrêa, Rossini Canção d’amigo para Ignácio Rangel. — São Luís: Engenho, 2015. 392 f.: il. ISBN 978-85-69805-00-7

1.Gêneros literários 2.Pequeno Almanaque comemorativo do seu primeiro centenário. I.Título CDU: 82

Copyright © 2015 by Rossini Corrêa

Flávio DinoGovernador do Estado do Maranhão

Bira do PindaréSecretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação

Jhonatan AlmadaSecretário-Adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

André Bello Secretário-Adjunto de Educação Profissional, Tecnológica e Inclusão Social

Nivaldo MunizSecretário-Adjunto de Inovação e Cidadania Digital

CADERNOS IGNACIO RANGEL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃOEdição Especial

DiagramaçãoPatrícia Régia Nicácio Freire

Impresso no BrasilTodos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, microfilmagem, gravação ou outro, sem escrita permissão do autor.

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I. Ignácio Rangel: resposta a um inquérito de Mônica Sinelli

II. Por ignácio rangel falará a história: Depoimento para Mônica Sinelli no centenário do economista brasileiro

III. Dois Rangéis em desfile pela faculdade de Direito do Recife

IV. Crônica das origens

V. Memória desta vida se consente

VI. Oh! Bendito o que semeia livros, livros, à mancheia

VII. Ensaios dispersos, publicados na revista do comércio, no segundo pós-guerra

VIII. Novos e velhos artigos, ensaios e aula inaugural dispersos

IX. Sete relevantes entrevistas dispersas

X. Pombo-correio voa depressa

XI. Pombo-correio voa depressa II

XII. Pombo-correio voa depressa III

XIII. Uma reportagem-depoimento com Ignácio Rangel

Sumário

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XIV. Bandeira Tribuzi sobre Ignácio Rangel

XV. Ignácio Rangel na academia maranhense de letras

XVI. Antes que me esqueça I

XVII. Assim falou Vamireh Chacon

XVIII. Florestan Fernandes e Fernando Henrique Cardoso

XIX. Coisas da terra...

XX. Assim falou Bresser Pereira

XXI. Solon pediu que Maureli Registrasse: duas legendas paternas

XXII. Antes que me esqueça II

XXIII. Proclamação no I Centenário de Ignácio Rangel

XXIV. Quando eu me chamar saudade...

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Para Anna Raphaela do Couto Corrêa, que foi grande amiga-mirim

do seu querido ‘Vovô Rangel’.

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‘Rangel era conhecido no meio intelectual: rápida per-cepção das coisas, humanismo límpido, facilidade de exposição das ideias. Sua nova biblioteca formava-se. Vimo-la ordenada, livros encadernados, anotados a lá-pis, dispostos por assunto. Dezenas e dezenas de volu-mes sobre a história clássica, gregos, romanos, cujo idio-ma, o latim, dominava perfeitamente. Plutarco, Tácito, Salústio; história medieval, moderna e contemporânea, obras básicas sobre filosofia; ficção, Balzac, Zola, Eça de Queiroz, Machado de Assis; economia, sua coleção vai dos clássicos aos modernos, inclusive os marxistas. Por fim, os poetas franceses, de preferência, de Racine aos simbolistas e parnasianos. A ciência, especialidade, não matava o artista, apenas contido por aquele ideal que lhe consumia a vida: salvar o Brasil do subdesen-volvimento’.

PAULO MERCADANTE

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PREFÁCIO

Rossini Corrêa, ao publicar, Canção d’amigo para Ignácio Rangel: pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário nos presenteia com uma belíssima home-nagem ao grande economista maranhense. O livro é acima de tudo um depoimento pessoal da relação de amizade e respeito que o autor estabeleceu com o mestre Rangel.

No ano em que se comemora o centenário de nasci-mento desse intelectual que produziu uma das mais originais interpretações da formação econômica e social do Brasil e no qual estão sendo publicados diversos textos e livros discutindo suas teorias e como estas foram ignoradas pela academia, rees-tabelecendo o que é seu por direito, isto é, uma obra que deve ser lida e discutida nos centros de Ciências Sociais e Humanas das universidades, bem como pelos policymakers, nada mais oportuno do que um depoimento pessoal como este.

Ao ler o livro de Rossini Corrêa, passamos a compreen-der o porquê da originalidade de Rangel. Nos mostra o Rangel “indivíduo”, com seus anseios, preocupações e paixões, não o Rangel “autor”. O Rangel indivíduo que foi provocado a desen-volver suas ideias, não o Rangel com estas já prontas. O melhor exemplo disso é o seu rompimento com o Partido Comunista. Como Rossini Corrêa afirma: “Se ali permanecesse, Rangel se-ria um militante de brilho, mas sem autonomia intelectual, a repetir fórmulas abstratamente construídas pelos 11 membros eleitos pelo Comitê Central do Partido Comunista, a realizar análises equivocadas da realidade, como aconteceu no Brasil, com a Aliança Nacional Libertadora, em 1935”. Se Rangel não rompesse com o PC não existiria a teoria da dualidade básica, não existiria a ousada intepretação da inflação brasileira nos anos de 1960; enfim, não haveria a imaginação criadora, tal como foi definida a obra de Rangel por Bresser-Pereira. Numa palavra, Rangel passou a pensar com a própria cabeça.

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E isso foi ótimo! Porque Rangel foi um cidadão do século XX e não se deixou contaminar pelos excessos ideoló-gicos daquela centúria. Sua formação humanista o blindou de posições sectárias e o fez enxergar o mundo de forma mais am-pla. Sua militância política foi por indignação, por isso, não se deixou seduzir pelo populismo “vulgar” que tanto esquerda e direita praticaram; e, talvez, ainda praticam. Por isso também, tornou-se um economista autodidata, cuja missão foi elabo-rar políticas públicas que articulassem crescimento econômico com justiça social.

Ignácio Rangel foi um republicano numa sociedade anti-republicana; um democrata, numa sociedade autoritária; um funcionário público probo, num sistema estatal corrupto; um pensador independente, num mundo intelectual polarizado ideologicamente. Um homem de esquerda que não sofria da “doença infantil” esquerdista. Um marxiano, não marxista.

Prof. Dr. Ricardo Zimbrão Affonso de PaulaDepartamento de Economia

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

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Canção d’amigo para

Ignácio RangelPequeno almanaque comemorativo

do seu primeiro centenário

ROSSINI CORRÊA*

*Conselheiro Federal da OAB, Professor e Advogado em Brasília. Filósofo do direito, Rossini Corrêa é autor, entre outros títulos, de Saber Direito - Tratado de Filosofia Jurídica; Jusfilosofia de Deus; Crítica da Razão Legal e Bacharel, Bacharéis: Graça Aranha, discípulo de Tobias e companheiro de Nabuco. Pertence à Academia Brasiliense de Letras.

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Quando conheceu e quais eram suas relações com Ignácio Rangel?

Conheci Ignácio Rangel em São Luís do Maranhão, em conexão com o então Instituto de Pesquisa Econômicas e Sociais – IPES, organismo que congregou uma plêiade de estudiosos – entre os quais, os sociólogos Maureli Costa, Pedro Braga, Leo Costa e José Caldeira e os economistas Raimundo Palhano, José Augusto dos Reis, Ana Maria Saraiva e Saturnino Moreira. Sociólogos e economistas, bem como agrônomos, a exemplo de José Policarpo Costa Neto, demógrafos, estatísticos e outros mais – cuja nominata é naturalmente mais extensa.

As minhas relações com Ignácio Rangel daí deriva-ram, tornando-se menos institucionais e, de maneira gradativa, cada vez mais pessoais, conformando uma amizade transgera-cional, que terminou por vencer o tempo, pois perpassou me-nos de uma década e meia e ultrapassará tanto a dele quanto a minha vida.

Fui casado com a excelente socióloga Maureli Costa e a amizade com o casal Rangel – Aliete e Ignácio – era tripla: minha, de Maureli e de nossa filha Ana Raphaela, que chama-va o velho economista de Vovô Rangel, retribuindo p afeto que lhe era dispensado.

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Que marcas teriam deixado nele momentos como: Envolvimento ainda muito jovem na luta armada

no Maranhão; Prisão no Rio de Janeiro; Rompimento com o Partido Comunista?

As marcas deixadas por momentos como luta armada no Maranhão, prisão no Rio de Janeiro e rompimento com o Partido Comunista foram indeléveis na existência de Ignácio Rangel.

Primeiro, porque no percurso rangeliano houve a constante peculiaridade da busca da unificação entre teoria e prática, prática e teoria, em um jogo de retroalimentação dialé-tica. Ter participado da luta armada no Maranhão configurou uma experiência vital, de quem, em certo sentido, abreviou o caminho e começou pelo fim, dentro da teoria da mudança e da revolução vigente no mundo. Creio que o episódio em questão preparou Ignácio Rangel para uma compreensão mais adequada de sua futura inserção no aparelho de planejamento do Estado, colaborando para a teoria e a prática de novos ní-veis de mudança de equilíbrio no Brasil.

Segundo, porque a prisão no Rio de Janeiro conferiu ao jovem Rangel uma possibilidade de convívio com parte do que o Brasil tinha de mais inteligente, cívico e generoso, ainda que pudesse ser – também – equivocado. O cárcere instau-rou o jovem Rangel no centro do debate em torno do Brasil e do mundo, em uma década fatal, a de 30, esmagada entre as duas Guerras Mundiais e marcada por extrema polaridade ideológica, subsequente à Crise de 29 e contemporânea de so-cialismo de Estado, crise do liberalismo, ascensão do fascismo e crescente apelo e legitimação do nazismo.

Terceiro, porque o rompimento com o Partido Comu-nista representou, para Ignácio Rangel, a possibilidade intelec-tual de existência de Ignácio Rangel, sem o que seria mais um militante a repetir fórmulas e cartilhas de uma teoria da revo-lução forjada em Moscou, pelo Politburo. Este era a elite sta-linista pensando ‘a revolução mundial’ a partir do ‘socialismo em um só país’ e ditando caminhos e políticas, entre 1917 e 1952, com instância executiva superior do Partido Comunista da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Se ali perma-necesse, Rangel seria um militante de brilho, mas sem autono-mia intelectual, a repetir fórmulas abstratamente construídas pelos 11 membros eleitos pelo Comitê Central do Partido Co-munista, a realizar análises equivocadas da realidade, como aconteceu no Brasil, com a Aliança Nacional Libertadora, em 1935. Ouvi inúmeras vezes Ignácio Rangel repetir que o maior anseio intelectual só poderia ser pensar com a própria cabeça. Rompendo com o Partido Comunista, Rangel carimbou o pas-saporte para pensar com a própria cabeça.

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Quais as cabeças que mais provocaram Rangel intelectualmente e por quê?

Quanto às influência intelectuais de Ignácio Rangel, no âmbito doméstico, houve a extraordinária influência do Juiz Mourão Rangel, seu Pai, formado no espírito iluminista da Re-volução Francesa, na Faculdade de Direito do Recife. Fora do círculo familiar, sem dúvida, a ascendência maranhense foi de Antônio Lopes, também advindo da Escola do Recife, que re-presentou uma referência intelectual com abertura sociológica, na formação do pensador maranhense.

Na esfera das ideias gerais, bem como, na específi-ca dimensão econômica, três influências foram marcantes na estrutura dinâmica do pensamento rangeliano: Karl Heinrich Marx, John Maynard Keynes e Nikolai Dimitrievich Kondratiev.

A peculiaridade de Ignácio Rangel residiu na capaci-dade de dialogia e de intertextualidade com os três – Karl Hein-rich Marx, John Maynard Keynes e Nikolai Dimitrievich Kon-dratiev – sem se reduzir a nenhum dos três, interpretando-os, reelaborando-os e construindo a si mesmo, na singularidade da sua perspectiva de teoria econômica.

Constato, inclusive, que aquilo que parecia inexorável teimosia em Ignácio Rangel a exemplo da teoria dos ciclos – vi uma vez Maria da Conceição Travares dizer-lhe: ‘é uma lou-cura! Nunca vi um velho mais teimoso’ – ser agora objeto de reconsideração completa. No brilhante livro A soma e o resto, Fernando Henrique Cardoso não enuncia outra coisa, ao pon-derar ‘ A crise econômica global de 2008 e 2009 deixou claro que o sistema capitalista é mais cíclico do que se pensava e que, portanto, a previsibilidade através do planejamento, da antecipação de medidas, é muito difícil’.

Finalmente, registro a singularidade intelectual de Igná-cio Rangel, em virtude da circunstância de que dispunha de cul-tura geral, transitando pelas humanidades, da literatura à econo-mia, com passagem obrigatória pela filosofia, história, sociologia e direito, em poliedro difícil de encontrar entre os economistas.

Rangel ficou conhecido por uma análise bastante original do marxismo. Que exemplos poderiam

ser citados da leitura peculiar que ele fez de Marx?

Em uma formação social periférica e dependente, como a do Brasil, a tentação era, como efetivamente foi, a de transplantar o modelo marxista para uma realidade estranha à sua paisagem europeia, típica da sociedade urbana e industrial do século XIX.

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Ou, alternativamente, o provável era que, por outra via, se fizesse mais do mesmo, produzindo o divorcio das ideias com a realidade, desembarcando aqui, mais uma vez, ideias fora do lugar, para recuperar a imagem de Sérgio Buar-que de Holanda. Este caminho foi o do Partido Comunista, com o transplante de toda uma teoria da revolução formulada pelo Politburo, na União Soviética de Josef Stalin.

O tratamento que Ignácio Rangel conferiu a Karl Marx correspondeu a uma apropriação criativa do seu instrumental metodológico e teórico, com a finalidade de, privilegiando a redução sociológica recomendada por Guerreiro Ramos, não deixar, em hipótese alguma, de conferir prioridade empírica às circunstâncias peculiares da formação social brasileira, em sua singular historicidade.

Daí que, no Karl Marx de Ignácio Rangel, não há a sua apropriação dogmática segundo as fórmulas da teoria da revo-lução do Politburo, que se tornaram regras de ferro do Partido Comunista no Brasil, despindo-o o economista brasileiro das crenças nele presentes ou dele derivadas. Quais? A crise geral do capitalismo, o desaparecimento das classes médias, o im-perialismo como último estágio do capitalismo, a total incom-preensão do agir histórico periférico, a exemplo da percepção de Simon Bolivar por Karl Marx, tipicamente etnocêntrica ou eurocêntrica e, no mínimo, a visão de Karl Marx quanto a des-truição colonial das formas de vida pré-capitalistas existentes nas Américas.

Em síntese, Ignácio Rangel depurou e reconstruiu o seu Karl Marx.

Na sua opinião, como ele estaria hoje avaliando a política econômica petista e o que proporia

para o crescimento do país?

Com fundamento no discurso econômico rangeliano, não tenho dúvida de que a política econômica petista seria ob-jeto de crítica e de discordância. O Ministro da Fazenda Guido Mantega é um conhecedor do pensamento de Ignácio Rangel, porém, no poder e na gestão, é menos o acadêmico Guido Mantega e mais uma peça na macro-articulação que define a política econômica do Brasil.

A preocupação rangeliana com a ativação dos recur-sos ociosos na economia brasileira, na dialética do setor pri-vado com o setor público, sempre representou, em última ins-tância, um compromisso com dinamismo e com o crescimento econômico no país.

No momento, as modestíssimas taxas de crescimento da economia brasileira, acompanhadas do crescente retorno do processo inflacionário e da retomada da ascensão dos ju-

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ros, sem dúvida, mereceriam a reprovação de Ignácio Rangel. Esse não poderia aplaudir o crescimento de 2% em 2012 e a previsão de, no máximo, 3% em 2013, ano em que a América Latina e o Caribe, na expectativa do Banco Mundial, com efei-to, tenderão a um crescimento de 3,5%.

As propostas de Rangel, acaso existentes, sem dúvi-da, seriam criativas e surpreendentes, com o chamamento à responsabilidade dos gestores da economia, que poderão ter perdido uma oportunidade histórica de melhor fomento do seu dinamismo, por meio da poupança advinda do comércio de graus e minérios com a China, enquanto esta crescia a taxas de 13%, como aconteceu no ano de 2007.

Além do seu escritório de advocacia, o senhor segue lecionando no Centro Universitário de

Brasília e no Instituto de Educação Superior de Brasília? Há nessas instituições, à semelhança dos existentes em outras universidades no País, núcleos de estudos sobre a obra de IR?

Permaneço lecionando e examinando teses no Brasil e fora dele. Não há lugar em que eu esteja, no qual, sendo cabível, não me reporte ao pensamento de Ignácio Rangel, ao discutir a vida nacional, inclusive, na sua dimensão jurídica, por ser a da minha mais orgânica atividade.

Não pode ser olvidada a conexão que o velho Rangel, fiel a si mesmo, estabeleceu entre dualidade e Código Civil. Ensino de maneira sazonal na Universidade Católica de Bra-sília – UCB, assessoro o Centro Universitário de Goiás – Uni – Anhanguera e estou, de forma constante, no Centro Univer-sitário de Brasília – UniCeub e, entre outros, no Centro Univer-sitário Instituto de Ensino Superior de Brasília – IESB.

Regra geral, não há núcleos de estudos sobre a obra de Ignácio Rangel nos referidos ambientes acadêmicos, mes-mo porque, a bem da verdade, houve uma implosão das Facul-dades de Economia no ensino universitário privado no Brasil, levando-as ao encolhimento ou ao desaparecimento, com o decréscimo visível da clientela.

Em que medida a crise da teoria econômica responde pelo processo de desconstrução universitária em epígrafe, à falta de quadros explicativos para a economia do mundo pós-moderno, é um debate que precisa ser travado.

De mim para mim, tudo que posso fazer, efetivamente faço, examinando, orientando ou co-orientando monografias, dissertações e teses, ao chamar atenção, promover o acesso, provocar a remissão ao pensamento de Ignácio Rangel, colhen-do sempre reiterado resultado: a surpresa e o deslumbramento.

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Os alunos terminam por conjugar surpresa e deslum-bramento, quanto à capacidade rangeliana de antever e de reconstruir as relações do público e do privado no Brasil, por exemplo, entre demais temáticas instigantes. Estas perpassam os caminhos da formação econômica, do processo inflacioná-rio, do setor de intermediação financeira, da dinâmica tecnoló-gica, da capacidade ociosa, dos movimentos cíclicos e das di-ferentes fases e formas de inserção na economia internacional.

Assim caminho levando comigo – nos espaços onde circulo – a semeadura do pensamento e a construção da per-manência de Ignácio Rangel, não por acaso, chamado de mes-tre dos mestres.

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Por Ignácio Rangel falará a história:Depoimento para Mônica Sinelli no centenário do economista brasileiro

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Ignácio Rangel – agora chamado saudade – foi um dos acontecimentos da inteligência na minha vida que, desde o nascedouro, transcorreu na luz, não no obscurantismo.

E, se o declaro, é para sublinhar que o grande economista, com vocação de historiador, conhecimento jurídico e refinada percepção de sociólogo, foi como o sol do meio dia, astro lumi-noso a sobreiluminar uma galeria esplendente. Sábio entre os inteligentes; criativo entre os aplicados; fiel a si mesmo entre os trânsfugas; fênix entre os que tombaram no caminho; con-victo entre os sem confiança; renascido entre os que jamais acreditaram – assim foi mestre Rangel.

Aliás, o mestre dos mestres, como o designou o Mi-nistro Bresser Pereira, quando lhe entreguei, certa feita, em Brasília, um exemplar de Um Fio de Prosa Autobiográfica com Ignácio Rangel, livro, ou pequena jóia, que arquitetei em com-panhia da socióloga Maureli Costa, do economista Raimundo Palhano e do ficcionista Pedro Braga. Não por acaso, foi de mestre dos mestres que, entre comovidos abraços, o Gover-nador Miguel Arraes qualificou Ignácio Rangel, junto a mim, depois de descer da mesa de palestrante em João Pessoa, no seminário comemorativo dos sentent’anos do mestre Celso Furtado, organizado por dois notáveis nordestinos: o historia-dor Sales Gaudêncio e o economista Marcos Formiga.

Miguel Arraes, na intimidade, talvez mais soberbo do que populista, sobre quem escutei o testemunho, no Palácio Campo das Princesas, de um mordomo de quatro décadas, ou quase, que o servira em três governos – manhãs, tardes, noites e madrugadas, muitas madrugadas, secas e molhadas – sem dele nunca escutar um simples ‘obrigado, muito obrigado’. Se verdade for, foi este homem, de quem, ao contrário, testemu-nhei o Ministro e Governador Moura Cavalcanti garantir tratar-se de pessoa de gestos largos, com vocação para a nobreza de

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atitudes, o Miguel Arraes que eu assisti, lado a lado com gran-de Rangel, recolhê-lo da cadeira no auditório repleto, para ali festejá-lo em reverência calorosa, na quente tarde paraibana.

Conheci pessoalmente Ignácio Rangel em São Luís do Maranhão. Leitor precoce, de livro já o fruíra na adoles-cência, ouvindo, em complemento, do poeta e do economista maranhense Bandeira Tribuzi o depoimento de que, na esfera da reflexão econômica, o Brasil nunca produzira um cérebro autônomo como o do brilhante pensador timbira. Seguiram-se manhãs, tardes e noites repetidas em São Luís, Recife e Brasí-lia, bem como João Pessoa, nas quais, algumas vezes, recebi o casal Rangel – Ignácio e Aliete – privando de sua companhia singular, chegando mesmo a hospedar o varão de Atenas na Veneza Brasileira

Em São Luís foram inúmeras as ocasiões em que nos encontramos, em uma cidade novamente povoada pelas presenças de Renato Archer e de Neiva Moreira, o primeiro, retornado da cassação e o segundo, egresso da cassação e do exílio, na qual debates e seminários reaconteciam, com a participação de Ignácio Rangel e o chamamento de personali-dades como Luiz Carlos Prestes, Antônio Callado, Marcos Frei-re, Jarbas Vasconcelos, Miguel Arraes, Ulysses Guimarães e Fernando Henrique Cardoso, sem o olvido de Teotônio Vilela, o menestrel das Alagoas.

Distinto hemisfério – mais constante – nasceu do con-tato do velho Rangel com o Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais – IPES, organismo público que existiu no Maranhão, advindo da chamada Revolução de 30, nos tempos de Paulo Ramos, então dirigido pelos jovens e lúcidos economistas José Augusto dos Reis e Raimundo Palhano, que ali congregava quadros técnicos de primeira água, advindos de consistente formação acadêmica.

Na Ilha do Amor os colóquios, debates e seminários rangelianos se multiplicaram, no antigo sobradão da Rua Por-tugal, na Praia Grande, em que ainda funcionava o primeiro elevador instalado no Maranhão. O mestre dos mestres evitava sempre as escadas pelas quais subira na juventude, ora as-cendendo pelo elevador preguiçoso, ora formando o grupo no mesão da térrea biblioteca. Daí decorreram momentos com a vocação da eternidade. Um mestre de saber cercado de ainda quase juvenis sociólogos, economistas, agrônomos, jornalis-tas, historiadores e outros mais, em debates infinitos, a rein-ventar o mundo, cujo único pecado foi a ausência de registro fonográfico daqueles momentos preciosos.

De maneira retrospectiva, compreendo aqueles ins-tantes como de puro exercício de responsabilidade do velho Rangel para com o futuro, nos quais espalhava ele sementes férteis, como agrimensor de sua frutificação. O mundo, o Brasil e o Maranhão por ali desfilavam como objetos de interesses centrais, em busca de dois elementos conectados: consciência

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e compromisso. Com efeito, contemporâneo do futuro, Ignácio Rangel venceu o tempo e consignou na agenda das gerações sucessivas, preocupações teóricas e práticas de que foi semen-te fecunda, fonte criativa e cadeia inteligente de transmissão.

Do convívio com egrégio economista em São Luís nas-ceu a pequena jóia, ou livro, intitulada Um Fio de Prosa Auto-biográfica com Ignácio Rangel. E ficaram os instantes de vida privada – na residência do seu irmão querido, Solon Sylvio de Mourão Rangel, situada na Rua Genésio Rêgo, nº 173, no Bairro do Monte Castelo – motivados pelo trabalho, ou na minha, debruçados sobre camaroadas, peixe pedra, torta de camarão, creme de bacuri e juçara de açaí, como dizia graça Aranha.

Em Brasília, reencontrei Ignácio Rangel, para cá deslocado em função de convite formulado por uma central de empreendedores, interessada em rediscutir a questão na-cional. Na oportunidade, em companhia do então jornalista – atualmente advogado maranhense radicado na Capital Fe-deral, Eduardo Antônio Leão Coelho – pude facilitar que este o entrevistasse, em matéria estampada no ‘Jornal de Brasí-lia-JBR’, ao qual emprestava a sua experiência de periodista econômico, desenvolvida na grande imprensa de São Paulo. Peregrinamos de extremo a extremo da Capital da Esperança, como a designou André Malraux, a usufruir da vitalidade e da disposição ainda visíveis, do sertanejo maranhense.

Em João Pessoa foi e não foi diferente. Baseados no Recife fomos no comboio para a Paraíba, em ônibus oficial em que estava o casal Rangel, acompanhado de uma carga pe-sada em cérebros, composta, entre outros, pelo geógrafo Mil-ton Santos. A motivação comemorativa estava nos setent’anos de Celso Furtado, ali a recepcionar, com o Governador Cunha Lima, convidados múltiplos: Armando Souto Maior, Paulo Bo-navides, Ulysses Guimarães, Miguel Arraes, Hélio Jaguaribe, Armando Mendes, Maria da Conceição Tavares, Fernando Pe-drão, Cristovam Buarque e muitos outros mais, que a memória esmaece. A salvo, naturalmente, Manuel Correia de Andrade, duas vezes notável, como historiador e como geógrafo.

Regressei para Recife em companhia do casal Rangel, em táxi solidário, posto que pareceu-nos melhor retornar logo, depois de uma semana de atividades, do que ficar à espera de transporte oficial por mais um dia. Na Mauriceia privamos ainda, antes do retorno do ilustre casal para o Rio de Janeiro. Desse encontro mais duas recordações são imorredouras. A primeira, relativa a Ignácio Rangel: vi-o alquebrado pela pri-meira vez, como se estivesse envelhecido décadas em um dia, depois de ter passado mal, salvo engano, em São Paulo, onde fora participar, a convite de Joelmir Beting, de um debate na ‘Folha’ ou no ‘Estado’, e onde, segundo Dona Aliete Martins Rangel, tivera um eclipse total. A segunda, ao testemunhar o encontro, no calçadão do Hotel Tambaú, do constitucionalista paraibano radicado no Ceará, Paulo Bonavides, com o home-

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

nageado economista Celso Furtado:

Eis o sol dos trópicos:

– Celso, que alegria! Parabéns...

Eis a lua da Sibéria:

– Bom dia... Como está o Senhor?

O último contato pessoal que mantive com Ignácio Rangel foi quando o hospedei no Recife, a caminho de São Luís, para a sua posse na Academia Maranhense de Letras. Conduzi o mestre dos mestres a duas conferências: uma, na Secretaria de Estado de Planejamento do Estado de Pernambu-co; outra, na Faculdade de Economia da Universidade Federal de Pernambuco. O co-cicerone foi meu sobrinho Fabrício Hen-rique Goulart do Couto Corrêa, que cogitava a hipótese de ser economista, mas terminou fiel a si mesmo e a sua gente, como excelente advogado.

Caminhei com o velho Rangel pelo teatro das Revolu-ções Libertárias de 1817 e derivadas, da resistência liberal e radical de 1824 e do vulcão social de 1848, de que seus ante-passados participaram ativamente. Bem como, em companhia do ilustre visitante, embalei-me pelos corredores do Palácio do Campo das Princesas, da Faculdade de Direito do Recife e dos antiquários livreiros confundidos com a alma esclarecida da cidade em que os seus ancestrais também derramaram san-gue e sonhos. Na companhia do mestre dos mestres, percorri passo a passo os monumentos comemorativos da bravura per-nambucana, um deles, o organismo vivo e pulsante da Rua da Praia, em rememória da Revolução Praieira.

Não fui a São Luís para a posse rangeliana na Acade-mia Maranhense de Letras. Por uma destas coisas estranhas da vida, no instante do seu falecimento no Rio de Janeiro, sou-be que começara para Ignácio Rangel a ‘Grande Viagem’ pelo filtro sensitivo da energia cósmica. Enfim, sinergia. Um telefo-nema, mais tarde, apenas confirmou o fato. Agora, às véspe-ras do centenário de nascimento do extraordinário brasileiro, a mim me satisfez sugerir que a Universalidade Federal do Mara-nhão lhe conceda – post mortem – o título de Doutor Honoris Causa, para seu engrandecimento institucional. A mensagem foi entregue a Jhonatan Almada. Tomara esteja a instituição à altura do homenageado. A mim me parece muito adequada a continuidade dos esforços para publicar a obra rangeliana – sobre o que tenho conversado com Raimundo Palhano – muito dispersa, a despeito da Obra Reunida, em dois volumes, pela Editora Contraponto, ao que parece, com o concurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Ficaram à margem artigos, estudos, ensaios e entrevistas de alto relevo. E também a sua epistolografia.

Perguntam-me sempre sobre o silêncio de Celso Furta-do sobre Ignácio Rangel. Acredito tratar-se de uma questão de

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vigência intelectual, a carga que, pelo silêncio ou pela palavra, Celso Furtado, Delfin Neto e Nelson Werneck Sodré, entre mui-tos outros, fizeram em desfavor do mestre dos mestres. O velho Rangel era senhor de uma significação histórica esplendente, de líder juvenil de a tomada militar, no Maranhão da Revolução de 30, do 24º Batalhão de Caçadores, Quartel do Exército e de preso na Ilha das Cobras, em consequência do fracassado golpe de Estado de 1935, promovido pela Aliança Nacional Li-bertadora. E, na esfera da formulação teórica, foi o economista maranhense o mais criativo e o mais original de todos os que pensaram a matéria em cinco séculos de Brasil.

Confidenciou-me Ignácio Rangel que, quanto mais co-nhecia Raul Prebisch, mais tomava consciência do tamanho da dívida de Celso Furtado para com o pensador argentino. O velho Rangel, pela autonomia criativa de formulação teórica, sem dúvida, era uma segura ameaça à pretensão de vigência intelectual deste e/ou daquele. Quanto a Celso Furtado, Ran-gel, o mestre dos mestres, junto a mim estava quando exibiu uma obra do economista paraibano – A Economia Brasileira (contribuição à análise do seu desenvolvimento) – por sinal, dedicada a Raul Prebisch, cujo exemplar ostentava uma de-dicatória do autor para o pensador maranhense, datada de 1954. A típica letra miúda ali estava, com a manifestação bem mais calorosa do que o compreensível silêncio posterior, pois a eclosão rangeliana em livros clássicos, como Dualidade Básica da Economia Brasileira e A Inflação Brasileira, ainda não começara.

A propósito do livro com dedicatória, leu-a Celso Fur-tado, devolvendo o exemplar ao mestre dos mestres, no mais espectral silêncio. Em seguida àquele gesto, permaneceu o notável economista paraibano em hierática solidão povoada, enquanto o sábio maranhense, voltando-se para mim, comen-tou tratar-se do melhor livro de quantos escrevera o homena-geado, que permanecera indisputável no conjunto de sua obra econômica.

Humano, demasiado humano... Por Ignácio Rangel falará a história. Quando, já muito doente, o velho lidador, para cravar a sete no alvo, a mim me declarou que viveria só três anos, talvez soubesse aquém do devido uma verdade magna. Qual? A de que, um triênio à frente, nenhuma conspiração do silêncio ou qualquer palavra malévola teriam capacidade de sepultar a verdade que Guerreiro Ramos entrevira e prefigura-ra, ao escrever o ‘Prefácio’ de Dualidade Básica da Economia Brasileira. Ignácio Rangel, na crônica das ideias no Brasil, é uma síntese de interpretação econômica ricamente original, capacidade criativa de análise histórica e dimensão teórica para a formulação de leis sociológicas.

Eis o motivo por que foi um só...

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Dois Rangéis em desfile pela faculdade de Direito do Recife3

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Certificado de realização de exames do curso de Direito

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Requerimento de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Declaração da Faculdade de Direito

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Requerimento de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Requerimento de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Requerimento de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Papel carta com selos dos Cor-reios de Recife

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Requerimento de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Certificado de realização de exames do curso de Direito

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Procuração para requerer Matrícula na Faculdade de Direito

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Certificado de realização de exames do curso de Direito

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Procuração para requerer Matrícula na Faculdade de Direito

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Requerimento de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Requerimento de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Declaração da Faculdade de Direito

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Requerimento de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Requerimento de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Certificado de realização de exames do curso de Direito

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Procuração para requerer Matrícula na Faculdade de Direito

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Certificado de realização de exames do curso de Direito

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Requerimento de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Requerimento de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Certificado de realização de exames do curso de Direito

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Procuração para requerer Matrícula na Faculdade de Direito

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Comprovante de pagamento de taxa de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Requerimento de matrícula

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

Requerimento de matrícula

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Papel carta com selos dos Correios de Recife

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4Crônica das

origens

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5 Memória desta vida se

consente

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6Oh! Bendito o que semeia livros, livros, à mancheia

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Ensaios dispersos, publicados na revista do comércio, no segundo pós-guerra7

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8Novos e velhos artigos, ensaios e aula inaugural dispersos

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9Sete relevantes entrevistas dispersas

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10Pombo-correio voa depressa

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Pombo-correio voa depressa II11

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13Uma reportagem-depoimento com

Ignácio Rangel

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14Bandeira Tribuzi sobre

Ignácio Rangel

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15Ignácio Rangel na Academia Maranhense de Letras

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16Antes que me esqueça I

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17Assim falou

Vamireh Chacon

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18Florestan Fernandes e Fernando

Henrique Cardoso

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19Coisas da terra...

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Notícia publicada no jornal O Estado do Maranhão, em 1994, muito provavelmente na coluna do escritor Pergentino Holanda, intitulada Coluna do PH.

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20Assim falou Bresser Pereira

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21Solon pediu que Maureli registrasse:

duas legendas paternas

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‘Se queres ser bom Juiz, ouve o que cada um diz’. E: ‘não jogues fora aquilo que vem às mãos, não vás atrás daquilo que está fugindo’. José Lucas de Mourão Rangel

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22Antes que me esqueça II

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23Proclamação no I Centenário de Ignácio Rangel

Rossini Corrêa*

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* Lida por Anna Raphaela do Couto Corrêa no Auditório do CCSo/Cidade Universitária, da Universidade Federal do Maranhão-UF-MA, no dia 26 de março de 2014,como parte da Mesa Redonda sobre a obra de Ignácio Rangel, composta por Rossini Corrêa, Rai-mundo Palhano e Joaquim Itapary.

Este 26 de março é como se fosse o verdadeiro dia 20 de fevereiro de 2014: estamos comemorando o Centenário

de Nascimento de Ignácio de Mourão Rangel, maranhense do sertão do Mirador, que foi Advogado, Jornalista militante e, sobretudo, o mais original pensador econômico da história intelectual do Brasil, em que exceleram figuras como o Bispo José da Cunha de Azeredo Coutinho, José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, Roberto Simonsen, Eugênio Gudin Filho e, entre outros, Mário Henrique Simonsen, Roberto Campos e o ainda ativo Antônio Delfim Netto.

Economista, portanto, proveniente dos bancos escola-res da Faculdade de Direito, onde tradicionalmente se estudava Economia Política, quando não havia Faculdades de Econo-mia no Brasil, Mestre Rangel o seria de maneira singular, pela percuciência com que refletiu sobre a realidade brasileira, em busca das leis sociológicas da sua formação, colocando-se na galeria em que estão Sérgio Buarque de Hollanda e Raízes do Brasil; Gilberto Freyre e Casa-Grande & Senzala; Caio Prado Júnior e Formação do Brasil Contemporâneo; a qual foi an-tecedida por Gilberto Amado e As Instituições Políticas e o Meio Social do Brasil e José Américo de Almeida e A Paraíba e seus Problemas; e sucedida por Celso Furtado e Formação Econômica do Brasil; Raymundo Faoro e Os Donos do Poder; Manuel Corrêa de Andrade e A Terra e o Homem no Nordeste; e, para ser conciso, Darcy Ribeiro e O Povo Brasileiro.

Gostaria – pelo princípio da devoção à amizade e sua vitória sobre a morte – de estar presente, pessoalmente, nesta Mesa Redonda sobre a Obra de Ignácio Rangel, integrante das comemorações do I Centenário de Ignácio Rangel Decifrador do Brasil –1914/2014, promovido pelo Conselho Regional de Economia do Maranhão, Universidade Federal do Maranhão e Academia Maranhense de Letras, dividindo-a com os ilustres maranhenses e donatários da capitania do meu afeto e da mi-nha admiração, Joaquim Itapary e Raimundo Palhano.

Itapary: Advogado, Jornalista e, enquanto Escritor – Poeta, Ensaísta e Cronista – que foi Superintendente da Su-perintendência do Desenvolvimento do Maranhão - SUDEMA, Deputado Estadual, Secretário de Estado, Presidente da Acade-mia Maranhense de Letras e, entre tantos outros cargos, Vice-Ministro de Estado da Cultura e Ministro de Estado da Cultura em exercício.

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

Palhano: Economista, Historiador e, enquanto Escri-tor – Poeta e Ensaísta – que foi Professor da Faculdade de Economia e Pró-Reitor da Universidade Federal do Maranhão, Diretor de Pesquisas do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais – IPES, Diretor-Presidente do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos – IMESC, Secretário Municipal de Educação, em Caxias-MA e, entre outros cargos, Vice-Presidente do Instituto Jackson Lago e Diretor-Geral da Escola de Formação de Governantes.

São dois maranhenses ilustres, em cuja companhia estaria eu, decerto, feliz e engrandecido. Imaginei que só o verso ‘Negou-me a sorte mesquinha’, estampado na décima estrofe do poema ‘Ainda Uma Vez Adeus’, de Gonçalves Dias poderia retratar o pesar de minha ausência nesta Mesa Redon-da sobre a Obra de Ignácio Rangel. Ei-la:

‘X Tudo, tudo; e na miséria

Dum martírio prolongado, Lento, cruel, disfarçado, Que eu nem a ti confiei; “Ela é feliz (me dizia)

“Seu descanso é obra minha.” Negou-me a sorte mesquinha...

Perdoa, que me enganei!’

Ganhando meu pão como Advogado, deveres profissio-nais retiveram-me no Rio de Janeiro, junto ao Tribunal Regional Federal – TRF2, envolvido na luta pelos interesses de clientes que entregaram a sua confiança à minha responsabilidade.

Não pude, em consequência, comparecer, mas realizei o aprendizado de um ensinamento de profunda elevação, na medida em que descobri que compareço, sim, restituindo a mi-nha ausência, como diria o Poeta Jorge Nascimento, ao me fazer representar por minha filha, Anna Raphaela do Couto Corrêa, herdeira, a melhor, do melhor da minha alma e grande amiga, nos verdíssimos anos, do seu inesquecível ‘Vovô Rangel’.

De onde a presente ‘Proclamação no Centenário de Ignácio Rangel’ constituir a minha contribuição nesta Mesa Re-donda, com a qual reafirmo, por todos os títulos, o significado do Mestre dos Mestres na cultura maranhense e na civilização brasileira.

Quanto à Terra Timbira, Ignácio Rangel representou, na geração de 30, reunida em torno do Cenáculo Graça Ara-nha, sob a égide de Antônio Lopes, o próprio compromisso de continuidade do Maranhão fiel a si mesmo, com as tradições de inteligência que o distinguiram na história geral da civiliza-ção brasileira. Continuidade, sem dúvida, porquanto o Desem-bargador Mourão Rangel e o Professor Antônio Lopes, ambos

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Canção d’amigo para Ignácio Rangel

formados pela Escola do Recife, plasmaram o seu espírito para o saber, no sentido mais castiço da expressão, militante, posto que corresponsável pelo destino das instituições nacionais. E assim foi.

No tocante ao Brasil, não houve causa pública rele-vante, desde a chamada Revolução de 30, de que estivesse ausente Ignácio Rangel, segundo bem comprova o testemunho breve e extraordinário, único em sua longa vida, encerrado nas páginas de Um Fio de Prosa Autobiográfica com Ignácio Ran-gel, por mim colhido em uma tarde já longínqua e inesquecível de São Luís-MA, em companhia da Socióloga Maureli Costa, do Economista Raimundo Palhano e do Escritor Pedro Braga. Ne-las se encontra revelado o homem de espírito público singular, envolvido até a medula, nos acontecimentos febris de Outubro de 30, Novembro de 35 e Novembro de 37, os quais definiram os caminhos problemáticos da modernidade brasileira.

Homem de espírito público redivivo e incessante, com efeito, foi o Mestre dos Mestres, que reapareceria no Segun-do Pós-Guerra, em busca da compreensão dos cenários mun-diais em que os destinos do Brasil passariam a se movimentar, como bem demonstram os escritos e documentos reunidos nos meus livros, um edito – A Lição da Transição no Brasil – e outro inédito – Canção d’Amigo para Ignácio Rangel: Peque-no Almanaque Comemorativo do seu Primeiro Centenário – com alguns materiais transplantados, em boníssima hora, por Jhonatan Almada, no livro a ser, em seguida, lançado, Ignácio Rangel, Decifrador do Brasil.

Daí a presença rangeliana na construção institucional do Brasil, em meio ao advento das empresas Petróleo Brasi-leiro S.A.-Petrobrás e Centrais Elétricas Brasileiras S.A.- Eletro-brás, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, do Instituto Superior de Estudos Brasileiros, bem como, do Plano de Metas, do Governo Juscelino Kubitschek e demais aconte-cimentos, que culminaram, de defesa em defesa da causa na-cional, no seu desamor a cargos, quando recusou o Ministério da Fazenda, no Governo João Goulart. Este, o Presidente da República derrubado pelo Golpe de Estado fascista, de malfa-dada memória, que no dia 31 de março de 2014 completará meio século, momento em que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – Presidido pelo maranhense Marcus Vinicius Furtado Coelho – promoverá o Ato Público denomina-do, sabiamente, ‘Para não Repetir’.

Depois de 31 de março de 1964 vieram, para Igná-cio Rangel, os rigores da perseguição explícita, as sutilezas da exclusão sistemática e a inutilidade da cortina de fumaça e da conspiração do silêncio, em torno de sua vida e de sua obra, lapidada, esta, enquanto cumpria a pena grega de ostracismo, só que em sua própria pátria.

Eis como o Mestre Rangel, escalado para a morte civil, com a mais eloquente resposta, isto é, a do pensamento criati-

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Pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

vo, se habilitou para a vida eterna da permanência histórica no pensamento econômico brasileiro, marcando-o pelo inusitado da sua capacidade de reflexão, recortada por uma profunda inteligência, organizada em uma visão de mundo sistêmica, de quem estudou a enciclopédia de saberes até chegar à formula-ção de uma síntese: a sua.

De mim para mim, só tenho a agradecer, sensibiliza-do, as palavras de João Batista Ericeira, prefaciador do livro Ig-nácio Rangel, Decifrador do Brasil, de que fui o inspirador do Doutorado Honoris Causa, Post-Mortem, que lhe foi conferido pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA, em gesto que enobrecerá para sempre o Reitorado do Professor-Doutor Nata-lino Salgado Filho. Fiquei repleto de contentamento, também, ao constatar que a Medalha Ignácio Rangel por mim sonhada, foi recepcionada pelo Conselho Regional de Economia do Ma-ranhão, que já a tornou institucionalmente sua, passando a entregá-la aos agraciados de cada ano, pelos serviços presta-dos aos economistas maranhenses.

Espero poder editar, ainda neste ciclo comemorativo do I Centenário de Ignácio Rangel, o livro Canção d’Amigo para Ig-nácio Rangel: Pequeno Almanaque Comemorativo do seu Pri-meiro Centenário, para, em seguida, continuar querendo mais, no tocante à difusão do pensamento do notável maranhense, que foi um dos grandes brasileiros de quaisquer tempos, como queríamos, sonhando juntos, a Socióloga Maureli Costa, o Eco-nomista Raimundo Palhano e o Escritor Pedro Braga.

Vamos conseguir. Como as ideias, os sonhos não mor-rem, como não morreu nem morrerá jamais Doutor Ignácio de Mourão Rangel, aqui presente, ora redivivo, palpitante entre nós, permitindo, biblicamente, que eu pergunte: ‘Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão’. Não está, porque o Mestre dos Mestres encontra a sua melhor resposta em Os Lusiadas, do seu amado Luís Vaz de Camões:

E também as memórias gloriosasdaqueles reis que foram dilatando

a Fé, o Império, e as terras viciosasde África e de Ásia andaram devastando,

e aqueles que por obras valerosasse vão da lei da morte libertando,

cantando espalharei por toda a partese a tanto me ajudar o engenho e arte.

Ao Doutor Ignácio de Mourão Rangel, que, por obras valorosas, da lei da morte se vai libertando neste I Centenário, que é uma festa do espírito, só quero e só posso dizer: meu ve-lho, meu amigo, um beijo na alma e até sempre, pois a eterni-dade celebrou para contigo um casamento de amor. Parabéns. Muito obrigado!

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24Quando eu me

chamar saudade...

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Rossini Corrêa, ao publicar, Canção d’amigo para Ignácio Rangel: pequeno almanaque comemorativo do seu primeiro centenário

nos presenteia com uma belíssima homena-gem ao grande economista maranhense. O livro é acima de tudo um depoimento pes-

soal da relação de amizade e respeito que o autor estabeleceu com o mestre Rangel.

No ano em que se comemora o centenário de nascimento desse intelectual que produ-ziu uma das mais originais interpretações da formação econômica e social do Brasil e no qual estão sendo publicados diversos

textos e livros discutindo suas teorias e como estas foram ignoradas pela academia, reestabelecendo o que é seu por direito, isto é, uma obra que deve ser lida e discutida

nos centros de Ciências Sociais e Humanas das universidades, bem como pelos poli-

cymakers, nada mais oportuno do que um depoimento pessoal como este.

SECRETARIA DACIÊNCIA, TECNOLOGIA

E INOVAÇÃO