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CÂNCER DE MAMA Maria da Conceição M. Ribeiro

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CÂNCER DE MAMA

Maria da Conceição M. Ribeiro

O Brasil apresenta um quadro sanitário em que se

combinam doenças ligadas à pobreza típicas dos

países em desenvolvimento. O câncer está entre

as primeiras causas de morte no Brasil.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) apresentou um

estudo que estimou para o ano de 2014, 57.120 casos

novos de câncer de mama, com um risco estimado de

56,09 casos a cada 100 mil mulheres

Evolução da Doença em estágios SESTÁGIO 1 – tumor com 2 cm ou menos de diâmetro,

probabilidade de sobrevida de 5 anos com tratamento é de 80%.

EESTÁGIO 2 – o tumor atinge os nódulos linfáticos axilares,

probabilidade de sobrevida de 5 anos com tratamento é de 70%.

EESTÁGIO 3 – o tumor invade nódulos linfáticos ou atinge nódulos

mamários, probabilidade de sobrevida de 5 anos com tratamento é de

45% a 32%.

EESTÁGIO 4 – o tumor atinge órgãos distantes como ossos e fígado,

probabilidade de sobrevida de 5 anos com tratamento é de 5%.Câncer

de mama é o tumor mais freqüente diagnosticado no mundo.incidência

após os 40 anos de idade.

Fatores de Risco

História Familiar

Idade

História do câncer prévio

Hiperplasia atípica

Nuliparidade ou gravidez acima de 31

anos

Menarca precoce ou menopausa tardia

Hormônios

Dieta

Prevenção e detecção precoce

Auto – exame das mamas;

Exame clínico das mamas;

Exame etiológico

Mamografia:

esta modalidade de exame está garantida para todas as

mulheres através da Lei 11.664/2008, lei federal que

garante as mulheres a partir dos 40 anos de idade à

realização do exame de mamografia na rede SUS

Ultra – Sonografia

O resveratrol é um polifenol que pode

ser encontrado principalmente nas

sementes de uvas, na película das

uvas pretas e no vinho tinto.

O resveratrol é a nova esperança no

tratamento do câncer de mama. Esse

polifenol age como um fitoestrógeno

capaz de se ligar e ativar receptores de

hormônio estrogênio. Além disso, é

antioxidante, antiinflamatório e estimula

a morte de células malignas.

Diferenciação entre tumores benignos

e malignos

CRITÉRIOS BENIGNOS MALIGNOS

Pseudocápsula Presença freqüente Geralmente ausente

Crescimento Lento, expansivo e bem

delimitado

Rápido, infiltrativo com

delimitação imprecisa

Morfologia Reproduz o aspecto de

tecido de origem

Caracteres diferentes do

tecido de origem

Mitoses Raras e típicas Freqüentes e atípicas

Antigenicidade Ausente Presente, embora

geralmente fraca

Metástases Não ocorrem Freqüentes

EEncapsulação — Os tumores benignos geralmente não têm cápsulas

verdadeiras, e sim pseudocápsulas fibrosas, que se formam em decorrência da

compreensão dos tecidos vizinhos pelo crescimento lento e expansivo do tecido

tumoral.

JJá no caso dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado e

infíltrativo do tecido não permite a formação das pseudocápsulas.

CCrescimento — Os tumores benignos freqüentemente exibem crescimento

lento e expansivo, possuindo em estroma adequado, com um bom suprimento

vascular, raramente mostrando necrose e hemorragia.

OOs tumores malignos, ao contrário por sua rapidez e desorganização no

crescimento, pelo seu caráter infiltrãtivo e por seu alto índice de multiplicação

celular, geralmente apresentam uma desproporção muito grande entre o

parênquima tumoral e o estroma vascularizado.

TTal comportamento explica a razão por que, com freqüência, esses tumores

exibem áreas extensas de necrose ou hemorragia.

Mitoses — Nos tumores benignos, as figuras de

mitose são raras e todas têm aspecto típico. Já no

caso dos tumores malignos, as figuras de mitose são

vistas em maior número e podem ter aspecto atípico.

Metástase - A metástase constitui o crescimento

neoplásico secundário, a distancia, sem continuidade

com o foco primitivo. As principais vias de

disseminação tumoral são:

o Linfática;

o Sangüínea;

o Transcavitária;

o Perineural;

o Por transplante.

VARIAÇÕES NAS MASSAS DA MAMA

Características Alterações fibrocísticas Fibroadenomas Malignidade

Idade 30 – 60 anos, regride

depois da menopausa,

exceto com a terapia com

estrogênio

Puberdade até a

menopausa

40 – 80 anos

Número Isolado ou múltiplo Geralmente isolado Geralmente isolado

Forma Arredondado Arredondado,

discóide ou lobular

Irregular ou estrelado

Consistência Macia a firme, usualmente

elástica.

Geralmente firme Firme ou endurecida

Mobilidade Móvel Móvel Pode estar fixada à pele ou

aos tecidos subjacentes

Sensibilidade Geralmente dolorosa Geralmente indolor Geralmente indolor

Sinais de retração Ausentes Ausentes Podem estar presentes

Tatamento Medicamentoso

= Medicamento para o câncer de mama

trastuzumabe (nome comercial Herceptin )

pode reduzir em até 1/3 o número de morte

por câncer de mama. A jurisprudência dos

tribunais brasileiros já se pronunciou

positivamente no sentido de ser o

fornecimento do TRASTUZUMABE

(HERCEPTIN) direito do cidadão acometido

por câncer de mama.(Suares, defensor público)

Brasil aprova remédio contra câncer

de mama em estágio Avançado

TYKERB é um medicamento indicado ao tratamento do câncer de mama em estágio avançado e com presença da proteína HER2, que age como um verdadeiro ―combustível‖ para o tumor. Esse tipo de tumor de mama corresponde entre 20% e 30% de todos os casos de câncer de mama e atinge principalmente mulheres jovens.

Normalmente, o tumor ―positivo para HER2‖, como é chamado, é tratado com outra droga, o HERCEPTIN. Algumas pacientes, no entanto, não respondem ou deixam de responder ao medicamento, sendo indicado TYKERB que age onde o Herceptin deixou de agir.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CÂNCER DE MAMA

Procedimento cirúrgico Descrição

Procedimentos de conservação da mama:

Lumpectomia;

Excisão ampla;

Mastectomia parcial;

Mastectomia segmentar;

Quadrantectomia.

Termos relativamente sinônimos para descrever a

retirada de quantidades variadas de tecido mamário,

incluindo o tecido maligno e algum tecido

circunvizinho para garantir margens limpas; os

linfonodos axilares também são removidos com esses

procedimentos no caso de câncer do tipo invasivo.

Dissecção de linfonodos axilares Retirada parcial ou total dos linfonodos axilares

imersos em tecido adiposo para determinação da

extensão da disseminação da doença; o mais

importante determinante isolado para o prognóstico e

para a necessidade de tratamento auxiliar.

Mastectomia total Retirada apenas do tecido mamário; este

procedimento é geralmente feito para o tratamento do

carcinoma in situ, tipicamente ductal.

Mastectomia radical modificada Retirada do tecido mamário e uma dissecção de um

linfonodo axilar; os músculos peitorais maior e menor

permanecem intactos.

Mastectomia radical Retirada do tecido mamário juntamente com os

músculos peitorais maior e menor em conjunto com a

dissecção de um linfonodo axilar.

Assistência de Enfermagem no pré – operatório

Realizar visita pré-operatória de

enfermagem

Apoio emocional ao familiar

Ansiedade relacionada ao medo do

câncer

Distúrbio da imagem do corpo

relacionado à perda de parte do corpo

Orientar quanto à realização da dieta

zero de 8 horas e higiene corporal e

mobilidade do membro.

Detectar anormalidades de pele que

empeçam o ato cirúrgico.

Promover a profilaxia de infecções no

pós – operatório através do banho

corporal, tricotomia e anti-sepsia da

área cirúrgica.

Orientar quanto às rotinas da unidade

Verificar sinais vitais

Checar exames pré – operatórios

Conferir mapa cirúrgico: Atentar para

o nome da cliente, cirurgia proposta

lateralidade e leito.

Proceder aos registros de enfermagem:

evolução de enfermagem no

prontuário e preenchimento do

histórico de enfermagem.

Déficit de conhecimento relacionado

ao desconhecimento de rotinas

perioperatória

Risco para infecção relacionado ao uso

do dreno

Dor aguda relacionada à incisão e a

perda da imagem

Ações de enfermagem no Intra-Operatório

Recebimento do paciente no C.C.

proporcionando lhe ambiente calmo, para

diminuir a ansiedade

Admitir o paciente no C.C.

Posicionar o paciente na mesa cirúrgica para

realizar anestesia e cirurgia e realizar

cateterismo vesical.

Instalar a placa neutra de unidade de eletro

– cirurgia.

Realizar registro de enfermagem

Assistência de enfermagem no pós – operatório

imediato Checar no prontuário, as perdas líquidas

do paciente, procedimento realizado em

intercorrências no trans – operatório.

Perdas: Impresso de Anestesia. Ato

cirúrgico: impresso da cirurgia.

Realizar o exame físico, avaliar pele e

mucosas, investigando alterações

presentes (cianose, temperatura,

coloração)

Observar e avaliar o curativo (algia local,

sangramento, hematomas, lesões alérgicas

do adesivo.

Verificar sinais vitais de 15 em 15 minutos

na 1ª hora de 30 em 30 minutos na 2ª

hora e de hora em hora nas horas

subseqüentes.

Cuidado com o dreno de sucção

convencional relaciona a cicatrização da

ferida removendo os fluídos que podem

retardar o tecido de granulação.

Exercer pressão negativa no dreno para

permitir a aderência das camadas de

tecido.

Verificar o local de inserção do dreno

Medir e avaliar a secreção drenada.

Realizar curativo compressivo na inserção

do dreno.

Manter membro afetado elevado para

evitar edema linfático.

Precauções com a mão e o braço afetado

em relação a punção venosa,

intramuscular e verificação de PA.

Evitar a ânsia de vômito, pois esta pode

aumentar a ansiedade.

Avaliar nível de consciência.

Instalar balanço hídrico.

Posicionar adequadamente a paciente

mantendo a cabeça lateralizada para o

lado direito com intuito de evitar

broncoaspiração.

Pós – operatório mediato e tardio

Controle rigoroso do balanço

hídrico.

Monitorizarão dos sinais vitais.

Evitar a ânsia de vômito, pois

esta pode aumentar a ansiedade.

Distúrbios psicoemocionais:

conversar com paciente para

diminuir ansiedade e medo,

solicitar avaliação da psicologia,

solicitar avaliação médica quanto

à administração de

medicamentos.

Evolução de enfermagem.

Orientar quanto às ações de

auto cuidado.

Orientar quanto aos cuidados

com o local cirúrgico, óstio do

dreno, mensurações de

drenagem, com o membro

referente à lateralidade cirúrgica.

Orientar quanto a perda da

mama e a mudança na aparência.

Evitar exposição ao calor no

intuito de diminuir o edema.

Orientar quanto à perda de

sensibilidade e de força motora

do braço afetado.

Pesar relacionado à perda da

mama e à mudança na aparência

Realizar visita de no pós –

operatório de enfermagem,

avaliado a sistematização da

assistência de enfermagem na

pré e no pós – operatório.

Cirurgia Reconstrutora (Mamoplastia)

Depois da mastectomia, algumas mulheres optam for fazer a

cirurgia reconstrutora, que fornece considerável beneficia psicológico.

A cirurgia reconstrutora está contra-indicada quando a mulher

apresenta câncer de mama localmente avançado, mestático ou

inflamatório.

Quando a mulher decide pela cirurgia reconstrutora no momento

da mastectomia, ela evita a futura cirurgia, embora o tempo operatório

total aumente.

É importante que as mulheres compreendam que a reconstrução

não interfere com o tratamento do seu câncer de mama e a mama

reconstruída nunca será idêntica à natural. A reconstrução possui três

estágios: o primeiro é a criação do broto mamário, o segundo consiste

em alcançar simetria com a mama contra lateral e o terceiro é a

criação de complexo mamilo – aréola.

Expansores teciduais com implantes permanentes

O cirurgião plástico cria uma bolsa

dentro do músculo peitoral.

Procedimentos de transferência tecidual

Consiste em usar o próprio tecido do

paciente e o transferir para o sítio da

mastectomia usar retalho miocutâneo do

reto transverso do abdome, músculo glúteo

ou músculo latíssimo do dorso.

Reconstrução do Mamilo – Aréola

O mamilo é criado usando um enxerto

cutâneo da região interna da coxa ou dos

grandes lábios, porque essa pele apresenta

pigmentação mais escurecida que a pele na

mama reconstruída. Depois que o enxerto

do mamilo cicatrizou, faz – se uma tatuagem

para micropigmento.