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Cancro Oral Programa de Intervenção Precoce Encontro Regional de Internos e Orientadores do Algarve Junho 2014 USF LAUROÉ ACES CENTRAL INTERNO 1º ano: BERNARDO PESSOA ORIENTADOR: DR. CARLOS SOUSA

Cancro Oral · • Sexo fem e pop. jovem • 6º cancro mais comum em todo o mundo ... variável, geralmente branca ou avermelhada, uma massa mais ou menos endurecida ou

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Cancro Oral P r o g r a m a d e

I n t e r v e n ç ã o P r e c o c e

Encontro Regional de Internos

e Orientadores do Algarve – Junho 2014

USF LAUROÉ – ACES CENTRAL

INTERNO 1º ano: BERNARDO PESSOA

ORIENTADOR: DR. CARLOS SOUSA

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Cancro Oral Objectivo

1. Destacar a importância do Médico de Família na

prevenção e diagnóstico precoce do Cancro Oral

1. Apresentar o Programa de Intervenção Precoce do

Cancro Oral

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Definição

• Cancro Oral: “Conjunto de tumores malignos que afectam qualquer localização da

cavidade oral, dos lábios à garganta, (incluindo as amígdalas e a faringe) Classificação Internacional de Doenças

• O cancro oral está inserido no grupo do Cancro da Cabeça e Pescoço representando

85% destes. (1)

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Epidemiologia e Factores de Risco

• H:M 2:1

• >45a

• Sexo fem e

pop. jovem

• 6º cancro mais comum em

todo o mundo

• 2,8% de todos os cancros

• 2000: incidência de 9,4 por

100.000 habitantes

• 2006: incidência de 13,7 por

100.000 habitantes

População de risco Factores de Risco

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Prognóstico

• Apesar dos avanços ocorridos nos últimos

anos no diagnóstico e tratamento do cancro

oral este continua a ter uma taxa de

mortalidade bastante elevada. Estima-se que

cerca de 6 em cada 10 doentes de cancro oral

morram nos 5 anos após a data do seu

diagnóstico.

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Prognóstico

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Prognóstico

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Papel do Médico de Família na identificação

do doente de risco

História clínica + Exame Objectivo

• História da Doença Actual (disfagia, aftas, rouquidão, etc)

• Antecedentes Pessoais (Patologia oral, imunossupressão, etc)

• Antecedentes Familiares (Neoplasias, patologia autoimune, etc)

• Medicação Habitual (Corticoides, Tratamento hormonal, etc)

• Hábitos Tabágicos / Etanólicos (2)

• Hábitos Alimentares

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História clínica + Exame Objectivo

Papel do Médico de Família na identificação

de lesões suspeitas

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Apresentação • A localização mais comum é no pavimento da boca, bordo lateral da língua e no

palato mole.

• Mais de 90% destes cancros são carcinomas afectando o epitélio da mucosa oral. Os

restantes correspondem a formas mais raras de tumores que incluem os linfomas,

sarcomas, melanomas, etc.

• Os carcinomas da cavidade oral podem manifestar-se como uma mancha, de cor

variável, geralmente branca ou avermelhada, uma massa mais ou menos endurecida ou

uma úlcera que não cicatriza.

• A maior parte das lesões são indolores na sua fase inicial, tornando-se

progressivamente dolorosas.

• São sinais de alarme:

• Úlceras persistentes;

• Áreas endurecidas ou de crescimento tecidular;

• Lesões que não cicatrizam;

• Mobilidade dentária;

• Dor, parestesia, disfagia;

• Lesões brancas e vermelhas, linfadenopatia.

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Apresentação

Fig 1. Carcinoma do bordo da íngua Fig 2. Carcinoma rebordo alveolar

Fig 3. Leucoeritroplasia Fig 4. Ulcera da superfície da língua

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Tratamento

• Nos estadios iniciais, a excisão cirúrgica da massa neoplásica pode ser curativa;

• Na maioria dos casos, o tratamento associa a cirurgia com radioterapia e / ou

quimioterapia. O factor chave para o tratamento é o diagnóstico precoce das lesões,

factor que melhora significativamente as taxas de sobrevivência à doença;

• Estadios avançados da doença podem ter indicação para cirurgia paliativa.

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Medidas de prevenção do Cancro Oral:

• Adopção de um estilo de vida saudável;

• Cessação do consumo de tabaco;

• Diminuição do consumo de álcool;

• Consumo regular de vegetais frescos e frutas

como factor protetor;

• Ações de sensibilização à população onde se

alerta para:

• Feridas na boca que não cicatrizam

• Rouquidão persistente

• Caroço no pescoço

• Dificuldade em engolir

• Alteração da cor ou textura nas gengivas,

língua, palato ou lábios

Papel do Médico de Família na Prevenção

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• Inicio: 1 Março 2014

• Objectivo: 1 mês entre identificação de lesão suspeita e chegada dos casos

positivos ao IPO (Lisboa, Porto ou Coimbra)

• Realizado por: 240 Médicos Dentistas distribuidos pelo país

• Biópsias enviada para: Ipatimup

• 5000 biopsias no primeiro ano do programa

• Prioridade aos utentes com >40A fumadores e com hábitos etanólicos

Programa de Intervenção Precoce do Cancro Oral

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IPO IPATIMUP

Médico de família

Dentista

Dentista

especializado

Paciente

Programa de Intervenção Precoce do Cancro Oral

Bioópsia

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Programa de Intervenção Precoce do Cancro Oral

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1. O Cancro Oral é uma patologia ainda com elevada incidência e com uma taxa de mortalidade

elevada apesar dos avanços da Medicina;

2. A incidência tem aumentando nas faixas etárias mais jovens assim como no sexo feminino;

3. Actualmente a intervenção médica mais eficaz é

através da Prevenção e Diagnóstico Precoce, onde o

Médico de Famíllia representa um papel fundamental ;

4. O Médico de Família deve por rotina examinar

a cavidade oral da população de risco de desenvolver

Cancro Oral;

5. Em Portugal estão agora implementados os meios

para a deteção e referenciação rápida das lesões

suspeita.

Mensagem final

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1- Majchrzak E, Szybiak B, Wegner A, Pienkowski P, Pazdrowski J, Luczewski L,Sowka M, Golusinski P, Malicki J,

Golusinski W. Oral cavity and oropharyngeal squamous cell carcinoma in young adults: a review of the literature.

Radiol Oncol. 2014 Jan 22;48(1):1-10. eCollection 2014 Mar. Review. PubMed PMID:24587773; PubMed Central

PMCID: PMC3908841;

2- Simard EP, Torre LA, Jemal A. International trends in head and neck cancer incidence rates: Differences by country,

sex and anatomic site. Oral Oncol. 2014 May;50(5):387-403. doi:10.1016/j.oraloncology.2014.01.016. Epub 2014 Feb

13. PubMed PMID: 24530208;

3- Santos LL, Medeiros L. Oncologia Oral. ISBN 978-972-757-782-8

4- Brocklehurst P, Kujan O, O'Malley LA, Ogden G, Shepherd S, Glenny AM. Screening programmes for the early

detection and prevention of oral cancer. Cochrane Database of Systematic Reviews 2013, Issue 11. Art. No.: CD004150.

DOI: 10.1002/14651858.CD004150.pub4;

5- Direção Geral de Saúde. Portugal: Doenças oncológicas em números – 2013. ISSN: 2183-0746;

6- Direção Geral de Saúde. Norma DGS 021/2013. Tratamento do cancro da cavidade oral;

7- Direção Geral de Saúde. Norma DGS 002/2014. Projeto de Intervenção Precoce do Cancro Oral;

8- Grupo de trabalho da DGS e OMD. Intervenção Precoce do Cancro Oral – Guia para profissionais de saúde

Bibliografia

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