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Força Aérea Portuguesa
BASE AÉREA N.º 6
CANDIDATURA AO PRÉMIO DEFESA NACIONAL E AMBIENTE
24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
31 de maio de 2017
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6
Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
2
Índice RESUMO ............................................................................................................................................ 4
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 5
1. ENQUADRAMENTO ...................................................................................................................... 7
1.1. Enquadramento Histórico da Base Aérea Nº 6 ................................................................. 7
1.2. Localização Geográfica ..................................................................................................... 8
1.3. Caracterização Geral da BA6 ............................................................................................ 8
1.3.1. Pessoal .......................................................................................................................................... 9
1.3.2. Infraestruturas ................................................................................................................................ 9
1.3.3. Missão ......................................................................................................................................... 10
2. DESCRIÇÃO DA AÇÃO E SUA FINALIDADE .................................................................................... 12
2.1. Ações Ambientais do Quotidiano .................................................................................... 12
2.2. Ações Ambientais Sustentáveis ...................................................................................... 13
2.2.1. Aproveitamento de reboque para armazenagem de contentores ................................................ 14
2.2.2. Roteiro Natural da BA6 ................................................................................................................ 15
2.2.3. Reutilização de cubas de plástico de 500l para criar contentores de resíduos ............................ 17
2.2.4. Uniformização da identificação dos contentores de resíduos ...................................................... 18
2.2.5. Substituição de lâmpadas pouco eficientes por lâmpadas LED .................................................. 19
2.2.6. Instalação de um sistema solar térmico ....................................................................................... 21
2.2.7. Patch do Gabinete da Qualidade e Ambiente .............................................................................. 22
2.3. Monitorização e medição................................................................................................. 23
2.3.1. Análises ao efluente tratado na ETAR ......................................................................................... 24
2.3.2. Análises à qualidade da água das para consumo humano .......................................................... 24
2.3.3. Hortas comunitárias ..................................................................................................................... 26
2.3.4. Consumo de papel ....................................................................................................................... 26
2.3.5. Consumo de água........................................................................................................................ 26
2.3.6. Consumo de gás natural .............................................................................................................. 28
2.3.7. Consumo de energia elétrica ....................................................................................................... 29
2.3.8. Produção de resíduos .................................................................................................................. 30
2.4. Comunicação ................................................................................................................... 32
3. RECURSOS ENVOLVIDOS ........................................................................................................... 34
3.1. Recursos humanos .......................................................................................................... 34
3.2. Recursos materiais .......................................................................................................... 34
3.3. Recursos financeiros ....................................................................................................... 35
4. IMPACTE NA COMUNIDADE ......................................................................................................... 36
4.1. Projetos de Investigação Científica ................................................................................. 36
4.2. Reutilização de Materiais ................................................................................................ 37
4.3. Eficiência Energética ....................................................................................................... 37
4.4. Atividades de Escutismo ................................................................................................. 38
4.5. Peditório Nacional de Pilhas e Baterias .......................................................................... 38
5. CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO ................................................................................................. 39
5.1. Água de Consumo ........................................................................................................... 39
5.2. Água Bruta (captações) ................................................................................................... 39
5.3. Água Residual ................................................................................................................. 40
5.4. Registos Obrigatórios ...................................................................................................... 41
6. DEMONSTRAÇÃO DOS CONTRIBUTOS ......................................................................................... 42
6.1. Preservação do ambiente ............................................................................................... 42
6.2. Utilização eficiente dos recursos ..................................................................................... 43
6.3. Inovação no âmbito ambiental ........................................................................................ 43
6.4. Relevância nas questões ambientais .............................................................................. 44
6.5. Valorização na concretização ......................................................................................... 45
6.6. Educação e mudança de comportamentos ..................................................................... 45
6.7. Replicabilidade das ações desenvolvidas ....................................................................... 45
6.8. Definição de indicadores do projeto ................................................................................ 46
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6 Prémio Defesa Nacional e Ambiente
24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
3
6.9. Sustentabilidade .............................................................................................................. 46
CONCLUSÕES .................................................................................................................................. 48
ANEXO A – POLÍTICA AMBIENTAL DA BA6 ........................................................................................ 51
ANEXO B – PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 2016 ...................................................................... 53
ANEXO C – MATRIZES DE IDENTIFICAÇÃO DOS ASPETOS E IMPACTES AMBIENTAIS ............................. 55
ANEXO D – LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES EXISTENTES NA BA6 E RESPETIVOS ESTATUTOS DE AMEAÇA ....................................................................................................................................................... 73
ANEXO E – ALGUMAS DAS ESPÉCIES DESCRITAS NO ROTEIRO NATURAL DA BA6 ............................... 76
ANEXO F – PLANO DE AUDITORIAS INTERNAS DE AMBIENTE .............................................................. 81
ANEXO G – ASPETO VISUAL DO PORTAL INTERNO DO GQA ............................................................... 83
ANEXO H – PANFLETOS DE SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL ................................................................... 84
ANEXO I – PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 2017 ........................................................................ 87
Índice de Figuras
Figura 1 - Comandante Sacadura Cabral. ...................................................................................... 7
Figura 2 - Localização geográfica da BA6. ..................................................................................... 8
Figura 3 - Perspetiva aérea da BA6. ............................................................................................... 8
Figura 4 - Distribuição percentual de efetivos. ................................................................................ 9
Figura 5 - Roteiro Natural da BA6. ................................................................................................ 16
Figura 6 - Cubas de 500 litros reutilizadas. .................................................................................. 17
Figura 7 - Identificadores de resíduos. ......................................................................................... 18
Figura 8 - Coletores solares junto ao alojamento de sargentos. .................................................. 22
Figura 9 - Patch do GQA. .............................................................................................................. 23
Figura 10 – Captação de água em 2015 e 2016. ......................................................................... 27
Figura 11 - Evolução do consumo mensal de água em 2015 e 2016. ......................................... 27
Figura 12 - Consumo de gás natural em 2015 e 2016. ................................................................ 28
Figura 13 - Evolução do consumo mensal de gás natural em 2015 e 2016. ............................... 29
Figura 14 - Consumo de eletricidade em 2015 e 2016. ................................................................ 30
Figura 15 - Evolução do consumo mensal de energia elétrica em 2015 e 2016. ......................... 30
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6
Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
4
Resumo
A Base Aérea N.º 6 (BA6), localizada no Montijo, tem vindo a implementar,
ao longo dos anos, medidas que se traduzem numa melhoria contínua da
qualidade do ambiente, através da execução do Sistema de Gestão Ambiental
existente, tendo ganho já o Prémio da Defesa Nacional e Ambiente em 2013.
Desde então, o trabalho na área do ambiente tem sido realizado e
desenvolvido de forma a inovar e encontrar oportunidades de melhoria, não só
de acordo com os recursos existentes, mas também com a realidade e missão
da BA6. Nesse sentido, foram realizadas atividades ambientais sustentáveis e
inovadoras, destacando-se a elaboração de um Roteiro Natural da BA6, onde
estão descritas as principais espécies que compõem a fauna e flora existente na
Unidade, o percurso pedestre que deve ser realizado para as contemplar e onde
é possível constatar a compatibilidade entre a missão e a preservação da
biodiversidade existente. Este documento constitui, sem sombra de dúvida, um
dos principais motivos de orgulho e satisfação que deram azo a esta
candidatura.
Outros projetos também incorporados nas ações sustentáveis são o
aproveitamento de um reboque para armazenar contentores de resíduos
perigosos, a criação de um circuito de pontos de recolha de papel/cartão porta a
porta, e ainda, a instalação de alguns equipamentos, com o objetivo de poupar
energia e entrar no mundo das energias renováveis.
Para além destas ações realizaram-se ainda atividades ligadas ao
quotidiano da Unidade, desde a separação e encaminhamento de resíduos até à
realização de auditorias internas.
Com esta candidatura ao Prémio de Defesa Nacional e Ambiente 2016, a
BA6 pretende não só demonstrar o trabalho que tem vindo a ser realizado mas
também partilhar conhecimentos e experiências com outras Unidades militares,
objetivando a melhoria contínua de todo o Sistema de Gestão Ambiental das
Forças Armadas, em particular, da Força Aérea Portuguesa.
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6 Prémio Defesa Nacional e Ambiente
24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
5
Introdução
A Base Aérea N.º 6 (BA6) encontra-se localizada na península do Montijo,
em pleno Estuário do Tejo, mais concretamente a su-sudoeste da Reserva
Natural do Estuário do Tejo (RNET). Esta área é considerada de elevada
importância para a biodiversidade, tendo sido designada como Zona de
Proteção Especial para Aves Selvagens (PTZPE0010) e incluída na Lista
Nacional de Sítios, com a designação de Sítio do Estuário do Tejo
(PTCON0009). Fora do âmbito nacional, esta área foi incluída também na Lista
de Sítios da Convenção Ramsar (Convenção sobre Zonas Húmidas de
Importância Internacional) e na Rede de Áreas Importantes para as Aves
(PT021).
Estando esta Unidade inserida numa área tão sensível e importante do
ponto de vista ambiental, não poderia deixar de ter o “ambiente” como
preocupação, apostando na sua preservação, em paralelo com o cumprimento
da missão que lhe foi atribuída. Em termos de Gestão Ambiental, a BA6 possui
quatro manuais, três deles referentes a procedimentos gerais e atribuição de
responsabilidades para a proteção do ambiente e outro focado essencialmente
na Gestão de Resíduos. Um dos grandes desafios do Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) implementado prende-se com a preservação dos recursos
naturais existentes, de onde podemos destacar os aquíferos subterrâneos que
abastecem a BA6, a floresta autóctone da Unidade e a restante fauna e flora
existente.
A BA6, sendo umas das Unidades mais operacionais da Força Aérea
Portuguesa, produz anualmente uma quantidade exorbitante e variada de
resíduos, desde resíduos sólidos urbanos (diferenciados e indiferenciados) a
resíduos perigosos (resíduos hospitalares, óleos usados, entre outros). De forma
a reduzir ao máximo o impacte ambiental associado à produção dos mesmos, foi
implementado pela BA6 um Sistema de Gestão de Resíduos, que tem como
base o MBA6 340-3 (A) Manual do Sistema de Gestão de Resíduos da BA6, já
referido anteriormente, cuja última atualização data de 2014.
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6
Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
6
Esta candidatura está assente essencialmente nas atividades relacionadas
com a gestão de resíduos, no aproveitamento dos recursos disponíveis na
Unidade, na valorização da sua biodiversidade e na melhoria da eficiência
energética, evitando assim o consumo de novos recursos naturais e reduzindo,
consequentemente, a despesa da Unidade. Inserido no contexto de preservação
da biodiversidade, foi elaborado um documento que descreve na perfeição
aquilo que de melhor a BA6 possui, desde as principais espécies a ter em conta
como todo o meio ambiental envolvente, apelando para a sua preservação. O
princípio base será sempre tentar estabelecer uma relação de benefício mútuo
entre os recursos naturais e a atividade operacional existente. Todas estas
considerações podem ser evidenciadas com maior detalhe ao longo desta
candidatura.
“POR UMA BA6 AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL”
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6 Prémio Defesa Nacional e Ambiente
24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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Figura 1 - Comandante Sacadura Cabral.
1. Enquadramento
1.1. Enquadramento Histórico da Base Aérea Nº 6
Na década de 30 houve um crescimento
bastante significativo ao nível da aviação em
Portugal, com o surgimento da Escola de
Aviação Naval do Bom Sucesso em Lisboa e,
mais tarde, do Centro Aeronaval do Montijo,
um projeto do Comandante Sacadura Cabral
(Figura 1), cuja autorização de construção
surgiu em maio de 1938 através do Decreto
N.º 28630.
Com esta infraestrutura, passava-se a dispor de pistas asfaltadas, acessos
para aviões anfíbios e criava-se a capacidade para albergar seis esquadras de
voo. 0.
Embora a autorização tenha sido concedida em 1938, apenas a 2 de
janeiro de 1953 (data da primeira Ordem de Serviço) é que ocorreu a
transferência do Centro de Aviação. A 3 de março de 1953, com a publicação da
Portaria N.º 14.281, o então denominado Centro de Aviação Naval Sacadura
Cabral passou oficialmente a designar-se por Base Aérea N.º 6.
Desde então e até aos dias de hoje, as aeronaves operadas nesta Unidade
foram as seguintes: o LOCKHEED PV2 HARPOON, vocacionado para a Luta
Antissubmarina; o P2V5 NEPTUNE, orientado para o Patrulhamento Marítimo e
Busca e Salvamento; o P-3P, utilizado em missões de Patrulhamento Marítimo e
Luta Antissubmarina; o avião de transporte DOUGLAS DC-6; helicópteros
ALOUETTE III e SA-330 PUMA; os caças FIAT G-91 e, mais recentemente, o
avião CASA 212 AVIOCAR.
Atualmente, para o desempenho da missão que lhe foi atribuída, a BA6
conta com as frotas C-130 HERCULES para a execução de missões de
Transporte; C-295M para efetuar missões de Transporte, Vigilância Marítima e
Busca e Salvamento; FALCON 50 para o Transporte Aéreo Especial (por
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Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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exemplo de altas entidades ou de órgãos para transplante) e helicópteros EH-
101 MERLIN para Transporte, Busca e Salvamento e Vigilância e
Reconhecimento.
Sob o lema “Força e Grandeza de Ânimo”, a BA6 tem contribuído de forma
decisiva para o cumprimento da missão da Força Aérea, elevando bem alto o
nome de Portugal. Prova disso é a atribuição da condecoração da Ordem Infante
D. Henrique, em 1998, por Sua Excelência o Presidente da República, Dr. Jorge
Sampaio.
1.2. Localização Geográfica
A BA6 situa-se na margem sul
do rio Tejo, na península do Montijo,
tal como se pode observar na Figura
2, e tem como vizinhos os concelhos
do Montijo e de Alcochete,
pertencentes ao distrito de Setúbal.
As coordenadas de localização
GPS da Unidade são as seguintes:
38° 43’ 27.4548’’ N
-9° 0’ 41.9544’’ W
Figura 2 - Localização geográfica da BA6.
1.3. Caracterização Geral da BA6
Esta Unidade é constituída por
cerca de 884 hectares de área, 480
dos quais correspondem a área
florestal, tal como se pode observar
na Figura 3. A restante área alberga
tanto as infraestruturas aeronáuticas
como as de apoio à atividade aérea.
Figura 3 - Perspetiva aérea da BA6.
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24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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1.3.1. Pessoal
No ano 2016, a
BA6 teve um efetivo
médio de 756 elementos
(militares e civis), cuja
distribuição pode ser
observada na Figura 4.
8%
23%
46%
23%
CIVIS
OFICIAIS
SARGENTOS
PRAÇAS
Figura 4 - Distribuição percentual de efetivos.
Para além dos efetivos aqui contabilizados, importa referir que na BA6
desempenham funções outros militares e civis afetos ao Centro de Treino e
Sobrevivência da Força Aérea (CTSFA) e à Esquadra de Helicópteros da
Marinha (EHM), Unidades localizadas nesta Base, o que resulta seguramente
numa média total anual a rondar os 900 efetivos.
Distribuídos pelas diversas subunidades e serviços, desempenham as
funções de Delegado de Ambiente 17 militares, que colaboram diretamente com
o Gabinete de Qualidade e Ambiente da Unidade e com o Oficial de Ambiente,
desde a identificação dos aspetos ambientais e necessidades de material de
caráter ambiental até à sensibilização dos militares e civis da respetiva
subunidade/serviço.
1.3.2. Infraestruturas
Em virtude da vasta área que ocupa, a BA6 apresenta, para além das
infraestruturas aeroportuárias (pistas, caminhos de rolagem, placas de
dispersão, entre outras infraestruturas), duas áreas onde se concentram as
várias edificações de apoio: a área do aquartelamento e a chamada zona NATO.
Na área do aquartelamento, para além das infraestruturas da EHM e do
CTSFA, existe a Esquadra 751 (hangar e edifício da área operacional),
Alojamentos, Messe, Edifício do Comando, Armamento, Centro de Saúde,
Esquadra de Abastecimento, Esquadra de Manutenção Base, Esquadra de
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Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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Manutenção de Material Eletrotécnico, Esquadra de Manutenção de Material
Aéreo, Esquadra de Polícia Aérea, Secção de Combustíveis e Clubes. Na zona
NATO estão instalados os edifícios e respetivos hangares da área operacional,
Esquadras 501 e 502 e ainda a Esquadra de Tráfego Aéreo. Fora destas duas
grandes áreas existem algumas infraestruturas dispersas, como a Estação de
Tratamento de Águas Residuais, os Paióis, três furos para captação de água,
um reservatório de água, que permite a distribuição da água potável captada
para consumo, a Casa Branca e outros edifícios e infraestruturas de apoio.
1.3.3. Missão
A BA6 tem como missão garantir a prontidão das Unidades Aéreas
atribuídas, a exploração dos serviços de aeródromo e de rádio ajudas, executar
as tarefas logísticas e administrativas de apoio geral, garantir a segurança militar
e a defesa imediata da Unidade. Em paralelo, a BA6 apoia logística e
administrativamente o CTSFA e a EHM, nos termos dos respetivos protocolos.
Já o CTSFA tem como missão ministrar cursos de sobrevivência e
salvamento individual, nomeadamente em ambientes de natureza nuclear,
radiológica, biológica ou química (NRBQ), assim como no domínio do
reconhecimento e inativação de engenhos explosivos. Relativamente à EHM, a
sua missão fundamental é garantir o aprontamento dos helicópteros Westland
Lynx MK95 da Marinha Portuguesa.
As áreas de missão para as quais as Unidades Aéreas da BA6 contribuem
são a preservação de vidas e bens e o transporte aéreo. Dentro do âmbito da
preservação de vidas e bens destacam-se: - busca e salvamento; - evacuações
aeromédicas; - vigilância marítima e transporte de órgãos para transplante.
Relativamente ao transporte aéreo, estão abrangidas as seguintes atividades: -
transporte aéreo logístico; - transporte de altas entidades; - transporte aerotático
e operações humanitárias.
As Unidades Aéreas que realizam as missões operacionais mencionadas
anteriormente são as Esquadras 501 – “Bisontes”, 502 – “Elefantes”, 504 –
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24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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“Linces” e 751 – “Pumas”. A Esquadra 504 encontra-se em destacamento
permanente no Aeródromo de Trânsito N.º 1.
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Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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2. Descrição da ação e sua finalidade
No cumprimento da sua missão, a BA6 desenvolve diariamente um
conjunto de atividades suscetíveis de causar danos ambientais a vários níveis.
Como tal, no planeamento e execução dessas mesmas atividades, é
imprescindível proteger o ambiente, através da implementação de medidas e
realização de ações que ajudem a mitigar e prevenir a poluição da água, dos
solos, da atmosfera e de todas as componentes vitais do nosso planeta,
reduzindo a pegada ecológica da Unidade. De maneira a articular todas essas
ações, está implementado um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) que tem por
base, fundamentalmente, a Política Ambiental da Unidade, presente no Anexo A,
e quatro manuais de proteção ambiental da BA6, que seguem os mesmos
princípios dos manuais de proteção ambiental da Força Aérea (MFA’s 340) e da
norma portuguesa EN ISO 14001.
2.1. Ações Ambientais do Quotidiano
Ao longo do ano 2016, as ações ambientais realizadas, relacionadas com o
quotidiano da Unidade foram, entre outras, as seguintes:
a. Gestão do parque de armazenamento temporário de resíduos
industriais local (PATRIL), nomeadamente, organização,
acondicionamento e encaminhamento de resíduos para empresas
licenciadas;
b. Limpeza dos separadores de hidrocarbonetos e gorduras e
encaminhamento para uma entidade licenciada;
c. Corte e controlo da vegetação existente nos espaços verdes, nas
zonas de acesso à pista e áreas circundantes, de forma a diminuir o
risco de incêndio;
d. Controlo e monitorização da qualidade da água dos furos da Unidade
e da água de consumo humano, de forma a salvaguardar a saúde
pública;
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6 Prémio Defesa Nacional e Ambiente
24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
13
e. Controlo da qualidade do efluente tratado na ETAR e manutenção da
mesma;
f. Aquisição de materiais para prevenção e contenção de derrames;
g. Realização de ações de sensibilização e criação de panfletos
elucidativos;
h. Definição do Programa de Gestão Ambiental de 2016 (Anexo B);
i. Atualização da Matriz de Aspetos e Impactes Ambientais das várias
subunidades e serviços (Anexo C);
j. Realização de duas auditorias ambientais internas, uma à área de
manutenção da Esquadra 501 e outra à área de manutenção da
Esquadra 751.
Para além das tarefas referidas anteriormente, encontra-se neste momento
em curso a atualização dos manuais de proteção ambiental da BA6 para que
fiquem em consonância com a última atualização da Norma Portuguesa EN ISO
14001, seguida pela Unidade.
2.2. Ações Ambientais Sustentáveis
Como foi referido no início desta candidatura, o aproveitamento e
valorização dos recursos disponíveis na Unidade, a valorização e preservação
da biodiversidade, assim como a melhoria da eficiência energética, são alguns
dos pontos-chave da gestão ambiental da BA6, tanto em 2016 como nos anos
anteriores, servindo de motivação para a participação da Unidade no Prémio
Defesa Nacional e Ambiente.
As ações ambientais que se seguem contribuíram, sem dúvida alguma,
para aprimorar o comportamento responsável e sustentável da Unidade:
a. Aproveitamento de um reboque fechado abatido para armazenar os
contentores de resíduos produzidos pela Esquadra 751 e pela OGMA,
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Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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empresa que executa alguns trabalhos específicos de manutenção do
EH-101 Merlin;
b. Criação de um Roteiro Natural da BA6;
c. Reutilização de cubas de plástico de 500l para criar contentores de
resíduos;
d. Uniformização da identificação dos contentores de resíduos da
Unidade;
e. Criação de um percurso de recolha de papel “porta-a-porta”;
f. Substituição de lâmpadas e luminárias pouco eficientes por lâmpadas
LED;
g. Instalação de painéis solares térmicos para o aquecimento das águas
quentes sanitárias.
h. Criação do Patch do Gabinete da Qualidade Ambiente (GQA).
2.2.1. Aproveitamento de reboque para armazenagem de contentores
A Esquadra 751 e a OGMA, entidade externa com parceria com a Força
Aérea, partilham o mesmo Hangar há vários anos, o que, em conjunto, resulta
numa quantidade de produção de resíduos bastante considerável, desde
plásticos e caixas de cartão, aos mais variados tipos de resíduos perigosos. Os
resíduos, tanto de uma como de outra, eram, até há bem pouco tempo,
armazenados em contentores devidamente identificados, dentro do hangar. No
entanto, como alguns destes se tratam de resíduos perigosos, o método de
armazenagem não era o mais adequado, existindo o sério risco de ocorrer
algum acidente grave. Para além disso, estes resíduos ocupavam uma área
bastante significativa, o que diminuía o espaço de manobra e a fluidez dos
trabalhos de manutenção ali realizados, que por si só já não são nada fáceis de
executar.
Surgiu então a necessidade de encontrar uma solução que fosse benéfica
para todos, sem descurar a vertente ambiental. Inicialmente, pensou-se em
construir um anexo junto ao Hangar, mas, dadas as restrições financeiras,
transversais a todas as unidades da Força Aérea, optou-se por arranjar uma
alternativa que não implicasse custos monetários significativos.
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6 Prémio Defesa Nacional e Ambiente
24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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A solução encontrada pelo GQA recaiu em adaptar um antigo reboque já
abatido, que em tempos serviu de instalação às comunicações móveis, para o
fim pretendido – a armazenagem de resíduos. Como este equipamento não se
encontrava adaptado para o fim desejado, foi necessário solicitar à Esquadra de
Manutenção Base a remoção da parte eletrónica existente e a abertura de uma
entrada ampla para os contentores passarem, assim como a remoção do
sistema de deslocamento (rodas e suspensão).
Concluídos os trabalhos de adaptação à nova realidade, a carcaça do
antigo reboque (contentor) foi colocada na parte exterior do hangar da Esquadra
751, numa zona de fácil acesso. Os antigos contentores onde estavam
armazenados os resíduos foram retirados do hangar e instalados dentro da
carcaça do reboque, libertando espaço dentro do edifício, outrora repleto de
resíduos.
Desta forma, conseguiu-se solucionar um problema complicado com
recursos que dificilmente seriam reaproveitados, salvaguardando o meio
ambiente.
2.2.2. Roteiro Natural da BA6
Dada a localização da BA6, em pleno estuário do Tejo, e a sua importância
para a vida de muitas espécies, surgiu a ideia de criar um documento com o
registo da biodiversidade aí existente, de forma a valorizá-la e preservá-la,
chamando a atenção para o esforço que esta Unidade tem feito em conciliar a
vertente operacional com a sua realidade ambiental.
Ao longo do ano 2016 foi então compilada a informação recolhida durante a
realização de um estágio curricular no GQA, onde foram contabilizadas um total
de 73 espécies diferentes (ver Anexo D), e completada essa mesma informação
com inúmeras pesquisas biográficas e visitas de campo efetuadas pelo Oficial
de Ambiente e pelo Chefe do GQA, sendo de realçar o empenho e colaboração
demonstrados por todos os militares que de alguma forma contribuíram para que
fosse possível documentar a biodiversidade da BA6. Estando todos estes
conteúdos compilados documentalmente, nada melhor do que mostrar, tanto aos
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6
Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
16
efetivos da Unidade como ao exterior, aquilo que de melhor existe em termos
ambientais, desde o ecossistema em si até às espécies autóctones que são
parte integrante do mesmo. De certa forma, também a missão da Força Aérea
sai enriquecida.
No Roteiro da BA6, desenvolvido ao longo de 2016 e cuja versão final irá
ser publicada em 2017, pode encontra-se a descrição pormenorizada da
biodiversidade aí existente, nomeadamente a identificação, caracterização e
registo fotográfico das espécies mais importantes (entre elas algumas
ameaçadas) e do ecossistema formado, assim como um mapa do percurso ideal
para vislumbrar muitas das espécies mencionadas neste documento. As
espécies com maior abundância são a pega-azul (Cyanopica cyanus), em
termos de fauna e o pinheiro-manso (Pinus pinea), em termos de flora. No leque
das espécies mais raras estão a raposa (Vulpes vulpes), que se julga que
existam menos de 5 exemplares na Base e um dragoeiro (Dracaena draco),
relativos à fauna e flora, respetivamente.
Na Figura 5,
pode observar-se o
aspeto visual da
capa do documento
e o percurso criado
para que as
pessoas possam
contemplar aquilo
que de mais belo a
BA6 tem para
oferecer em termos
de biodiversidade.
Pode ainda
observar-se no
Figura 5 - Roteiro Natural da BA6.
Anexo E, a descrição de algumas das espécies descritas no Roteiro Natural
da BA6 e a constituição do roteiro em si.
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24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
17
2.2.3. Reutilização de cubas de plástico de 500l para criar contentores de resíduos
Visto que a gestão dos resíduos da Unidade é uma preocupação
constante, no sentido de se proceder à diminuição da quantidade de resíduos
indiferenciados produzidos e da melhoria da eficiência na valorização dos
mesmos, é extremamente importante disponibilizar os equipamentos
necessários para a sua correta separação. Desta forma, foram transformadas
cubas com uma capacidade de aproximadamente 500 litros para armazenar
resíduos perigosos, entre os quais, absorventes e panos contaminados com
resíduos perigosos, filtros de óleo, plásticos, entre outros.
Estas cubas têm a finalidade de apoiar a segregação dos resíduos no local
de produção que, posteriormente, são encaminhados para empresas
especializadas e licenciadas no tratamento final.
Os contentores
encontram-se
devidamente
identificados/etiqu
etados,
promovendo a
correta utilização
pelos produtores
de resíduos, tal
como mostra a
Figura 6.
Figura 6 - Cubas de 500 litros reutilizadas.
Esta medida tem contribuido ativamente para a valorização dos resíduos,
fazendo com que, mais resíduos sejam enviados para reciclagem e,
consequentemente, menos para aterro.
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Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
18
2.2.4. Uniformização da identificação dos contentores de resíduos
No último ano, o GQA fez um esforço para melhorar e uniformizar a
identificação dos contentores de resíduos das várias subunidades e serviços,
criando um template específico para esse fim.
Esta ação teve como objetivo ajudar a simplificar a tarefa, algumas vezes
complicada, de separar corretamente os resíduos, evitando que se misturem por
exemplo resíduos perigosos com resíduos que não estejam contaminados com
substâncias perigosas, o que dificulta o encaminhamento dos mesmos e acresce
o valor da fatura final que a Unidade tem de pagar à empresa que recebe os
resíduos, uma vez que os custos variam proporcionalmente com a quantidade
(peso dos resíduos).
As folhas de identificação de resíduos propriamente ditas são constituídas
pelo nome, código LER, aviso de perigosidade e algumas recomendações do
que se deve ou não depositar no contentor em questão, tal como mostra a
Figura 7. Para aumentar a resistência e o tempo de duração das fichas de
identificação, forraram-se as folhas com acrílico.
Estas são fixadas
preferencialmente na parede, por
cima do local exato onde o
contentor de cada tipo de resíduo é
depositado, isto para ser bem
visível e não se perder ou deteriorar
com o tempo e movimentação de
contentores. Ainda assim, quando
tal não é possível, o identificador é
fixado diretamente numa parte
visível do contentor.
Figura 7 - Identificadores de resíduos.
Ao longo do último ano verificou-se que os resíduos aparecem muito
menos vezes depositados incorretamente, o que revela o sucesso desta ação,
em conjunto com as atividades de sensibilização e esclarecimento realizadas
pelo GQA.
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19
2.2.5. Substituição de lâmpadas pouco eficientes por lâmpadas LED
Ao longo do ano 2016, a Esquadra de Manutenção de Material
Eletrotécnico Terrestre (EMMET) foi substituindo, em diversos locais e serviços
da BA6, lâmpadas pouco eficientes (incandescentes, fluorescentes, entre
outras), à medida que estas se iam fundindo, por lâmpadas LED, muito mais
eficientes e cuja poupança de energia por lâmpada chega, em alguns casos,
perto dos 80%. Alguns exemplos de locais onde foi aplicada esta medida são o
clube de oficiais, onde se substituíram cerca de 15 lâmpadas de halogéneo de
50W GU10 de potência por lâmpadas LED de 5W, os projetores da porta de
armas, que passaram a ter lâmpadas LED de 50W em vez das anteriores de
500W e a torre de paraquedas, que passou a ter lâmpadas de 10W em vez de
50W.
Apesar desta iniciativa de substituição ter contribuído para o aumento da
eficiência energética e para o cumprimento do Programa de Gestão Ambiental
de 2016, nomeadamente em termos de redução do consumo de energia elétrica,
o ideal seria substituir, mesmo sem estarem fundidas, todas as lâmpadas e
sistemas de iluminação que mais consomem energia e que passa mais tempo
ligados, por equipamentos LED, o que iria resultar numa poupança muito mais
significativa e visível.
Nesse sentido, a EMMET analisou diversos equipamentos, entre os quais
bombas de retorno dos sistemas de águas quentes sanitárias, os consumos de
energia reativa e fez ainda um levantamento da iluminação existente, tendo
contabilizado 304 postes de iluminação pública constituídos por lâmpadas de 70
a 80W de potência, 82 luminárias com 224W de potência no Hangar da
Esquadra 751 e lâmpadas fluorescentes com potências de 18, 36 e 58W na
maioria das áreas de trabalho e nas zonas de passagem. Chegou-se à
conclusão que o consumo médio de energia elétrica dos postes de iluminação
que se encontram ligadas na área de aquartelamento (85), na porta de armas
(24), na Secção Cinotécnica (5), na ETAR (1) e na zona NATO (10) é de
4790kWh por mês, o que corresponde a um custo de 526€ mensais,
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Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
20
considerando que o preço médio de eletricidade para o período da noite é de
0,11€ por kW.
Com base nessa informação, foi desenvolvido um trabalho de investigação
relativamente à melhor forma de poupar energia na utilização das bombas de
calor, de energia reativa e uma prospeção de mercado, em empresas nacionais,
visando a substituição das lâmpadas e luminárias identificadas por lâmpadas ou
sistemas de iluminação mais eficientes.
Da análise efetuada, conclui-se o seguinte:
a. Relativamente à iluminação pública, se as lâmpadas forem
substituídas por tecnologia LED, haverá uma poupança de 66,7%,
com um retorno financeiro estimado de 3,5 meses tendo em conta a
solução mais barata. Por cada 100 lâmpadas substituídas, haverá
uma poupança anual de cerca de 30670kWh de energia elétrica, o
que equivale a 3374€/ano.
b. Para o hangar da Esquadra 751, a substituição da iluminação
existente por iluminação fluorescente com regulação de fluxo, iria
reduzir os custos anuais com energia elétrica em 8400€. O custo de
investimento seria de aproximadamente 40000€, pelo que o tempo de
retorno rondaria os 4 anos e meio.
c. Quanto à iluminação das áreas de trabalho, se forem substituídas as
lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LED, poderão haver reduções
até 68% no consumo de energia. Ainda nas áreas de trabalho, mas
referentes à Esquadra 751, poderão ocorrer poupanças até 72%. Nas
zonas de passagem, reajustando a distribuição e o dimensionamento
da iluminação e substituindo as lâmpadas existentes por lâmpadas
LED, a redução poderá chegar aos 68% no caso de lâmpadas
fluorescentes e 87% no caso de lâmpadas incandescentes. Já nos
armazéns de trabalho, onde a iluminação está constantemente ligada,
se forem trocadas as lâmpadas por iluminação LED, as reduções
poderão chegar aos 68%. Os custos por unidade com IVA incluído são
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de 6,41€ para lâmpadas de 18W, 9,61€ para lâmpadas de 36W e
11,35€ para lâmpadas de 54W.
d. No caso das bombas de retorno dos sistemas de aquecimento,
instaladas nos alojamentos para manter a água quente em toda a
canalização, devem ser instalados sensores de temperatura para que
as bombas de circulação só liguem quando a temperatura dentro da
tubagem desça para um mínimo preestabelecido, minimizando-se
assim as perdas de energia sob a forma de calor. O custo estimado
para cada equipamento é de 29,36€ com IVA incluído.
e. Relativamente à energia reativa, sabe-se que esta só tem custos para
a Unidade nos períodos das horas de ponta e cheias (das 8h00 às
22h00 no ciclo de inverno e das 9h00 às 23h00 no ciclo de verão).
Como neste momento a Unidade possui baterias de condensadores
instaladas em 6 postos de transformação que fazem a correção do
fator de potência, a Unidade não paga energia reativa consumida.
Acontece é que no período das horas de vazio a carga compensada
diminui, o que faz com que os condensadores estejam a fornecer
energia reativa, que é a que está a ser cobrada atualmente pelo
fornecedor de eletricidade, cerca de 200 a 300€ por mês. Este custo
poderá ser totalmente eliminado se forem adquiridos relógios e os
respetivos contadores, com um custo unitário estimado de 232€ com
IVA incluído, e programados para desligar as baterias de
condensadores durante o período das horas de vazio.
Posto isto, pode concluir-se que a aplicação destas medidas em simultâneo
pode reduzir bastante a fatura de energia elétrica da Unidade, assim como
contribuir diretamente para a redução da pegada de carbono da BA6.
2.2.6. Instalação de um sistema solar térmico
Durante o ano 2016, de forma a baixar a fatura de gás natural da Unidade,
melhorar a eficiência energética e utilizar formas de energia mais “limpas”, foi
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6
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Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
22
implementado um sistema solar térmico com circulação forçada, constituído por
3 conjuntos de coletores solares, um deles localizado junto ao alojamento de
oficiais sul e os outros dois junto ao alojamento de sargentos norte e sul (Figura
8).
Estes coletores foram
requisitados pela EMMET
e adquiridos pela BA6
ainda durante o ano de
2015 mas apenas
chegaram em 2016. Ao
todo, os três conjuntos de
coletores custaram à
Figura 8 - Coletores solares junto ao alojamento de sargentos.
Unidade, em 2015, cerca de 28000€.
Apesar de terem sido instalados e postos a funcionar apenas em meados
de maio, já com quase metade do ano decorrido, a Unidade conseguiu poupar
cerca de 8000m3 (99000kWh) de gás natural entre junho e outubro, altura em
que a água dos alojamentos referidos anteriormente foi aquecida
exclusivamente por intermédio da energia solar captada pelos coletores. Feitas
as contas, a Unidade poupou cerca de 5000€ em gás natural em apenas cinco
meses. Em novembro e dezembro voltou a haver consumo de gás natural
devido à menor disponibilidade de energia solar e por se verificarem descidas da
temperatura exterior, o que se traduziu numa maior necessidade de energia para
aquecer as águas quentes sanitárias.
2.2.7. Patch do Gabinete da Qualidade e Ambiente
Embora não se trate de uma medida ou ação que interfira diretamente com
a melhoria do desempenho ambiental da Unidade, a criação de um patch do
GQA (ver Figura 9), para além de ser uma tradição de todas as subunidades da
força aérea, reforça, de certa forma, a importância do trabalho que tem sido
desenvolvido ao longo dos anos. Isto porque no seu aspeto visual, estão
explícitos conceitos e símbolos que representam as áreas de atuação do GQA.
Realça também a ideia de que o caminho a seguir tem de ter como principal
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24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
23
objetivo melhorar continuamente todos os processos, não só associados à
qualidade e ao ambiente, mas também relacionados com tudo o que interfere
com a missão, para que todos se aproximem o mais possível da perfeição, tal
como transmite a frase em latim gravada no patch – “ut per gradus
excellentia”.
Estão também estampadas no patch as quatro
esquadras de voo da BA6, que representam a
missão para a qual todos trabalham, o globo
terrestre que se pretende preservar, onde
estão representados os membros da NATO e
ainda os quatro objetivos fundamentais da
gestão de qualidade – Plan, Do, Check, Act –
que também são transversais à gestão
ambiental, visando a melhoria contínua de
processos e produtos.
2.3. Monitorização e medição
No âmbito do processo de Gestão Ambiental foram definidos objetivos e
traçadas algumas metas, cujo cumprimento é necessário monitorizar. Assim
sendo, são efetuados reportes mensais por parte dos diversos serviços
envolvidos neste processo para o GQA, que trata de compilar e analisar a
informação que lhe é fornecida e, se achar necessário, dar indicações e
recomendações para que as metas estabelecidas no Programa de Gestão
Ambiental sejam cumpridas.
O Programa de Gestão Ambiental, complementado com o Plano Anual de
Auditorias de Ambiente (ver Anexo F), constituem os elementos fundamentais da
Política Ambiental da Unidade, pois permitem efetuar a monitorização e medição
do grau de cumprimento dos objetivos ambientais e introduzir, em tempo útil, as
medidas necessárias para os alcançar.
Figura 9 - Patch do GQA.
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6
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Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
24
2.3.1. Análises ao efluente tratado na ETAR
Um dos aspetos que é alvo de monitorização trata-se do tratamento das
águas residuais da BA6, realizado na ETAR desta Unidade.
O tratamento realizado na ETAR consiste nas seguintes etapas: tratamento
preliminar (gradagem), tratamento biológico por lamas ativadas com arejamento
prolongado, seguido de estabilização do efluente líquido em lagoas de
maturação, tratamento final e tratamento de fase sólida.
Terminadas estas etapas, o efluente, resultante do tratamento, é
descarregado no Rio Tejo.
A monitorização das águas residuais, enquadrada no Programa de
Controlo de Qualidade do Efluente da ETAR (PCQEE) da BA6, tem o objetivo de
verificar se o tratamento está a ser realizado corretamente, isto é, se os
parâmetros estão dentro dos valores limite de emissão (VLE) estipulados na
licença da ETAR e permitidos por lei, despistando possíveis falhas ou avarias no
sistema que possam interferir negativamente para a qualidade do efluente
tratado.
São então efetuadas mensalmente análises ao efluente de forma a medir
alguns parâmetros como o pH (20ºC), carência química de oxigénio (CQO),
carência bioquímica de oxigénio (CBO5), sólidos suspensos totais (SST) e óleos
e gorduras. Trimestralmente, para além dos parâmetros mencionados
anteriormente, são contabilizados também os teores de fósforo total e azoto
total.
Durante o ano 2016, as análises efetuadas demonstraram que todos os
parâmetros verificados estavam dentro dos VLE admissíveis.
2.3.2. Análises à qualidade da água para consumo humano
Dada a missão e as atividades militares praticadas na BA6, onde se
enquadram, entre muitas outras, a manutenção e o abastecimento de
combustível a aeronaves e viaturas, podem ocorrer acidentalmente derrames de
óleo, combustível ou outro tipo de fluido contaminante, que ao infiltrar-se no solo
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acabe por contaminar os aquíferos subterrâneos da Unidade ou linhas de água
adjacentes.
De forma a controlar este aspeto, e dando cumprimento ao Programa de
Controlo de Qualidade da Água (PCQA) da BA6, foram efetuadas análises tanto
à água da rede de distribuição (uma vez por mês) como à água bruta das
captações (três vezes por ano).
Segundo os resultados das análises realizadas às captações de água,
todos os parâmetros, à exceção dos “fenóis”, demonstraram estar dentro dos
valores máximos admissíveis (VMA). Prontamente, o GQA comunicou estes
resultados à Direção de Infraestruturas e foram realizadas novas análises para
se perceber a evolução do parâmetro não conforme, cujo valor foi diminuindo
gradualmente nas análises seguintes, encontrando-se atualmente em
conformidade com a legislação.
Em relação à água de consumo humano, foram também realizadas
diversas análises em 2016, que revelaram a existência de dois parâmetros não
conformes relativamente aos valores paramétricos estipulados no Decreto-lei
306/2007 de 27 de Agosto, perfazendo 1,3% de resultados não conformes,
percentagem inferior à do ano anterior. Esses parâmetros foram o “PH”, numa
análise realizada em fevereiro, e as “bactérias coliformes”, numa análise
extraordinária em maio, solicitada pelo Oficial de Ambiente, ao bebedouro do
hangar da manutenção da Esquadra 501.
Relativamente ao “PH”, foi encontrado um valor de 6,1, quando o valor
paramétrico estipulado, segundo a escala de Sorensen, está compreendido
entre 6,5 e 9. As análises efetuadas nos meses seguintes mostraram que o valor
do “PH” já se encontrava dentro dos limites definidos, pelo que não foi
necessário proceder a mais nenhum tipo de ação.
Já as “bactérias coliformes” apresentaram um valor de 2 u.f.c./100 ml
(sendo que o VMA é de 0 u.f.c./100 ml), muito provavelmente devido à falta de
limpeza da torneira de onde foi retirada a amostra. Como precaução, a torneira
foi desinfetada e interditada até virem os resultados de uma contra-análise,
realizada em junho, que revelou a inexistência de “bactérias coliformes”.
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Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
26
2.3.3. Hortas comunitárias
As hortas comunitárias são um projeto que surgiu em 2013 na BA6 e que
constitui uma das grandes iniciativas do GQA nos últimos anos, sendo por isso
importante analisar anualmente se o espaço está a ser utilizado devidamente, se
os militares e civis com parcelas ocupadas ainda as utilizam e se é necessário
proceder a algum tipo de alteração ou requalificação.
Segundo os dados recolhidos no final de 2016, estão ocupadas 16 parcelas
do terreno destinado às hortas comunitárias, havendo apenas 6 parcelas livres,
o que representa numa ocupação de 72%. Como no mesmo período do ano
transato a ocupação era de 68%, significa que houve um acréscimo de 4% na
mesma, refletindo-se assim o sucesso e viabilidade deste projeto.
2.3.4. Consumo de papel
Em 2016 verificou-se que o consumo de papel se fixou nas 1062 resmas
(1060 de papel A4 e 2 de papel A3), o que equivale a um consumo 13% superior
ao do ano anterior, onde foram consumidas apenas 937 resmas de papel (855
de papel A4, 14 de papel A3 e 68 de papel A5).
A meta estabelecida em 2016 foi de reduzir o consumo de papel em 1%
relativamente a 2015, o que pela análise dos dados referidos anteriormente não
foi conseguido. Tal deveu-se em parte à renovação e atualização de diversos
documentos, a outras questões burocráticas, à impressão de identificadores de
resíduos com vista à uniformização da identificação dos contentores, assim
como à possível despreocupação dos serviços em imprimir apenas os
documentos estritamente necessários e dar primazia à utilização da plataforma
eletrónica e-Docs.
2.3.5. Consumo de água
A quantidade total de água captada pelos furos da BA6 em 2016 foi de
177630 m3. Comparativamente com o ano transato, onde se registou uma
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27
captação de 160.030 m3, houve um aumento substancial, mais concretamente
11% (ver Figura 10).
Visto que a meta de
redução delineada para
este parâmetro era de
1%, o objetivo esteve
longe de ser cumprido.
Para este desfecho
contribuíram bastante as
inúmeras fugas
detetadas em alguns
locais da rede em 2016,
Figura 10 – Captação de água em 2015 e 2016.
nomeadamente nas condutas de abastecimento mais antigas e degradadas,
que provocaram um desperdício de muitos milhões de litros de água.
De forma a tentar identificar o período em que as fugas ocorreram e
relacionar com os reportes que chegaram ao GQA, analisa-se de seguida a
Figura 11.
Analisando a
Figura 12 percebe-se
que em fevereiro,
março, abril, outubro
e novembro de 2016
houve aumentos
bruscos nos
consumos de água,
face a 2015, o que
levanta a
Figura 11 - Evolução do consumo mensal de água em 2015 e 2016.
possibilidade de perdas de água na rede.
Comparando com os reportes recebidos, quatro em abril, dois em julho e
um em outubro, percebe-se que as roturas detetadas em abril já existiam muito
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6
Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
28
provavelmente desde fevereiro e que a fuga detetada em outubro só terá sido
resolvida perto do final do mês de novembro.
A não existência de contadores de água em vários pontos estratégicos da
rede impediu que algumas fugas fossem descobertas rapidamente, o que
impossibilitou a rápida resolução das mesmas, levando a um desperdício de
muitos milhões de litros de água e contribuindo bastante para o incumprimento
da meta delineada. Este fator dificultou também a análise dos dados, obrigando
à formulação de várias hipóteses.
2.3.6. Consumo de gás natural
No que concerne ao consumo de gás natural, a meta de redução delineada
(1%) foi alcançada, tendo-se registado um decréscimo de 4,69 % no consumo
face ao ano de 2015. Ao todo, foram consumidos 213204 m3 de gás natural em
2016, como é possível observar na Figura 12.
De forma a perceber-se qual a origem deste decréscimo, fez-se, à
semelhança do ponto anterior, um gráfico com a distribuição mensal do
consumo de gás natural.
A partir da
análise da Figura
13 percebe-se
que os meses de
janeiro, fevereiro
e dezembro são
os que
apresentaram
maior decréscimo
no consumo face
a 2015, que se
Figura 12 - Consumo de gás natural em 2015 e 2016.
explica sobretudo pelo inverno rigoroso de 2015 e devido a uma avaria no
sistema de aquecimento central em dezembro de 2016, que se manteve
inativo durante esse mesmo período.
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6 Prémio Defesa Nacional e Ambiente
24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
29
O aumento
brusco verificado no
mês de março de
2016, relativamente ao
mesmo mês do ano
anterior, está
relacionado com a
manutenção do
aquecimento ligado
nos alojamentos e no
Figura 13 - Evolução do consumo mensal de gás natural em 2015 e 2016.
edifício do comando, dois dos maiores consumidores de gás natural, por ainda
se verificarem temperaturas baixas no exterior dos edifícios.
Relativamente às descidas verificadas em maio, junho, julho, agosto,
setembro e outubro de 2016, face ao mesmo período de 2015, devem-se
sobretudo à instalação de um conjunto de três coletores solares, a funcionar
desde maio, junto a alguns alojamentos da Unidade, o que permitiu, durante o
período mencionado, aquecer as águas quentes sanitárias desses alojamentos
utilizando exclusivamente energia solar.
2.3.7. Consumo de energia elétrica
Relativamente à energia elétrica, a meta estabelecida para 2016 foi
também de reduzir o consumo em 1% face ao ano anterior. Ao todo foram
consumidos na BA6 2511042 kWh de energia elétrica, o que resulta num
decréscimo de 4,77% comparativamente a 2015, tal como mostra a Figura 14.
Posto isto, conclui-se que a meta foi largamente superada.
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6
Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
30
Para se perceber
melhor o que esteve
na origem deste
decréscimo, fez-se
também um gráfico
com a distribuição do
consumo mensal de
energia elétrica, tal
como mostra a
Figura 15, onde se
pode constatar que
Figura 14 - Consumo de eletricidade em 2015 e 2016.
os meses onde ocorreu um maior decréscimo no consumo de energia elétrica
face a 2015 foram janeiro e fevereiro, o que se deveu, entre outros fatores, ao
inverno rigoroso vivido em
2015. As restantes
reduções verificadas
durante o ano estão
ligadas sobretudo ao
esforço realizado pela BA6
em aplicar medidas de
redução de consumo de
Figura 15 - Evolução do consumo mensal de energia elétrica em 2015 e 2016.
energia elétrica, como a substituição gradual de algumas lâmpadas pouco
eficiente por lâmpadas LED.
2.3.8. Produção de resíduos
Para além dos consumos de energia, água, papel e das análises efetuadas
à qualidade da água para consumo e à qualidade do efluente tratado na ETAR,
foi contabilizada também a quantidade de resíduos que se produziram na BA6
no ano de 2016.
Na contabilização dos resíduos perigosos (constituídos essencialmente por
absorventes contaminados, óleos de motor e lubrificações, filtros de óleo,
resíduos hospitalares, clofluorcarbonetos, solventes, embalagens contaminadas,
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24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
31
lâmpadas fluorescentes, pilhas e acumuladores), óleos e gorduras alimentares,
resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), foram utilizados os
dados das Guias de Acompanhamento de Resíduos fornecidas pelas empresas
que os vieram recolher e encaminhar para destino final.
Relativamente ao cálculo dos resíduos diferenciados (papel/cartão,
plástico/metal e vidro) e indiferenciados, realizou-se uma estimativa, já que as
firmas que vêm recolher estes resíduos passam também por outros locais,
independentes da Unidade, havendo a mistura desses resíduos com os nossos.
Tipo de resíduo Quantidade
[kg] Quantidade
[ton] Papel e Cartão 49200 49,2 Plástico e Metal 44400 44,4
Vidro 25600 25,6 Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) 844480 844,5
Perigosos 14474 14,5 Óleos e Gorduras Alimentares 7240 7,2
REEE 1614 1,6 Total 987008 987,0
Considerando o número total de contentores e ecopontos, a capacidade
máxima de cada contentor, o número de vezes que as firmas vieram recolher, e
que os contentores de resíduos indiferenciados, ecopontos de cartão e vidro são
recolhidos a 80 % da sua capacidade máxima, obtiveram-se os resultados
expressos na tabela anterior.
Conclui-se então que o tipo de resíduo que se produziu em maiores
quantidades em 2016 foi o RSU, proveniente sobretudo dos serviços de limpeza
dos edifícios e dos restos de comida das messes. Ainda assim, é de salientar
que os valores encontrados tanto para os resíduos depositados nos ecopontos
como nos contentores de resíduos diferenciados são apenas uma estimativa, já
que não se sabe qual era a ocupação exata de cada contentor em cada recolha.
Força Aérea Portuguesa BASE AÉREA N.º 6
Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
32
2.4. Comunicação
A comunicação adjacente ao SGA da BA6, uma das ferramentas
fundamentais para transmitir aos militares e civis aquilo que é, pode e deve ser
feito em termos ambientais, encontra-se dividida em duas componentes, sendo
elas: a comunicação interna e comunicação externa.
Relativamente à comunicação interna, o GQA utiliza o GroupWise, o
telefone fixo e o portal interno da BA6 (ver Anexo G) como principais
ferramentas de difusão de informação respeitante à gestão ambiental e gestão
de resíduos, disponibilizando igualmente regulamentação interna aplicável ao
ambiente, suportes digitais das ações de sensibilização realizadas na Unidade, o
plano de auditorias ambientais internas e ainda um separador destinado às
hortas comunitárias.
Para além do portal interno da BA6, o GQA utiliza outras formas de
divulgação de conteúdos relativos ao SGA, como o brífingue semanal do Grupo
Operacional e as Reuniões Gerais de Comando, onde estão presentes todos os
Chefes de Serviço.
Outra forma de comunicação interna utilizada pelo GQA, e talvez a mais
importante de todas, é a realização de ações de sensibilização presenciais, tanto
individualmente, junto dos diferentes serviços, como para toda a Unidade. No
ano de 2016 foram realizadas 8 ações de sensibilização de caráter ambiental,
que tiveram como alvo militares e civis da BA6. Estas tiveram como finalidade
sensibilizar todos os intervenientes para as diferentes situações ambientais
existentes na BA6, nomeadamente nos deveres que todos os militares e civis
têm relativamente à correta separação de resíduos.
Foram ainda elaborados e divulgados panfletos (ver Anexo H) alusivos às
metas e recomendações de poupança hídrica e energética da BA6.
Em termos de comunicação externa, a Unidade preocupa-se sobretudo em
transmitir às entidades externas, que executem algum tipo de atividade
operacional ou pretendam visitar a BA6, a legislação interna existente em termos
ambientais, disponibilizando-se sempre para as receber e acompanhar naquilo
que for necessário.
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24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
33
Esse acompanhamento refletiu-se bastante em 2016 pelo facto de terem
ocorrido diversos estudos ambientais por parte de entidades externas à
Unidade, entre os quais se destacam um trabalho de doutoramento relativo ao
estudo do charroco (espécie piscícola existente no rio Tejo), um trabalho de
doutoramento relativo ao estudo do chapim real e chapim azul (aves nidificantes
em Portugal) e diversos estudos de impacte ambiental relacionados com o
projeto “Portela + 1”, como é o caso do estudo de monitorização de aves com
radar ou do estudo de um oleoduto, pelas firmas PROFICO e Easy Ambiente,
respetivamente.
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Prémio Defesa Nacional e Ambiente 24ª Edição
Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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3. Recursos envolvidos
3.1. Recursos humanos
Globalmente, tendo em consideração todas as ações ambientais
conduzidas pelo GQA, onde o Chefe do Gabinete e o Oficial de Ambiente
executam o SGA e assessoram o Comandante da Unidade para a tomada de
decisões de caráter ambiental, pode afirmar-se que todos os militares da BA6
contribuíram, de uma forma ou de outra, para que fosse possível levar a cabo
todas as ações preconizadas anteriormente. Ainda assim, importa dar especial
destaque a cada um dos 18 Delegados do Ambiente que, nos seus
setores/subunidades respetivos, ajudaram a melhorar a separação e o
encaminhamento de resíduos, através da sensibilização e participação ativa nas
tarefas ambientais da Unidade.
3.2. Recursos materiais
Durante o ano 2016 foram adquiridos alguns materiais com vista a
melhorar o SGA, como tinas de retenção e rolos absorventes para conter
potenciais derrames, funis de enchimento de bidões para prevenir derrames e
facilitar a trasfega de óleos e solventes, e ainda, sacos de plástico para distribuir
pelos diferentes serviços e criar pontos de recolha seletiva em cada um deles.
Para além dos materiais adquiridos foram reaproveitados outros que já não
tinham nenhuma utilidade aparente, de forma a evitar gastos adicionais e
dispendiosos. Alguns dos materiais reutilizados foram cubas de plástico de 500l
para criar contentores improvisados de resíduos e um reboque abatido para
solucionar o problema da localização inadequada dos contentores de resíduos
perigosos da Esquadra 751.
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24ª Edição Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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3.3. Recursos financeiros
Para a aferição das despesas associadas à gestão ambiental da Unidade,
expressos na tabela que se segue, foram contabilizados, através de dados
facultados pelas Aquisições, os custos de todos os serviços e materiais que de
alguma forma estão relacionados com o SGA.
Atividades de Gestão Ambiental de 2016 Custos
Análises de controlo da qualidade da água para consumo 2.154,96€
Análise extra de controlo à quantidade de fenóis presente na água para consumo 92,25€
Análises de controlo à qualidade do efluente da ETAR 865,97€
Recolha de resíduos indiferenciados 23.839,40€
Recolha de resíduos perigosos 3.769,63€
Recolha de óleos e gorduras alimentares 1.414,50€
Remoção de vespeiro 110,70€
Trabalhos de desmatação, jardinagem e abate de árvores 8.805,32€
Aquisição de 80 sacos de plástico amarelo (125 l) 348,34€
Aquisição de 6 Tinas de retenção de derrames 2.521,87€
Aquisição de 4 rolos absorventes universais 556,21€
Aquisição de 10 funis de enchimento para bidões de 220 l 864,64€
Total 45.343,79€
Agrupando estes custos em categorias, sendo elas, encaminhamento de
resíduos, análises de água e efluente tratado na ETAR, limpezas florestais e
aquisição de materiais, a maior fatia de despesa está associada ao
encaminhamento de resíduos, representando 64%. Este facto revela uma vez
mais a importância de separar devidamente os resíduos, de forma a reduzir a
quantidade de resíduos indiferenciados e perigosos produzidos e,
consequentemente, os custos associados. Os custos da aquisição dos coletores
solares (28008€) não foram aqui contabilizados porque entraram no orçamento
de 2015.
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4. Impacte na comunidade
Desde há alguns anos até esta parte, a BA6 tem-se preocupado em
estabelecer laços de proximidade com a comunidade envolvente, em virtude da
missão que desempenha na sociedade e da crescente responsabilização
ambiental que as entidades do estado procuram adotar.
4.1. Projetos de Investigação Científica
No seguimento da ideia referida no ponto anterior, a Unidade estabeleceu
protocolos com algumas instituições do ensino superior para que fossem
desenvolvidos projetos de investigação científica que acrescentassem valor e
conhecimento acerca da biodiversidade que nos rodeia.
Um desses projetos, que se vai prolongar também pelo ano 2017, tratou-se
de um estudo do Chapim Real (Parus major) e Chapim Azul (Cyanistes
caeruleus) levado a cabo pela Dr.ª Bárbara Pires, da Universidade de Évora,
que consiste em monitorizar o comportamento selvagem destas duas espécies
de aves, nomeadamente os períodos de nidificação e a contabilização de ninhos
e ovos.
A par deste estudo, foi realizado ao longo dos anos 2015 e 2016 um estudo
de uma espécie piscícola existente no estuário do Tejo, Halobatrachus
didactylus, usualmente designada de “charroco”, por elementos do Instituto
Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida e da Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa. O referido estudo consistiu essencialmente
em analisar o comportamento desta espécie no período de reprodução e estimar
o número de exemplares existentes.
Por fim, no âmbito de um estágio curricular de um aluno da Escola Superior
de Tecnologia de Setúbal, foi efetuado um trabalho de identificação e
caracterização das espécies pertencentes à fauna e flora da BA6, assim como
um estudo sobre a lagarta processionária, um inseto desfolhador responsável
por parasitar várias espécies de árvores. Este trabalho contribuiu bastante para
a realização do Roteiro da BA6, um dos projetos desta candidatura.
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4.2. Reutilização de Materiais
Embora a reutilização de materiais, como foram os casos de
aproveitamento de cubas de plástico de 500l para a colocação de resíduos,
assim como a adaptação de um reboque abatido para a colocação dos
contentores da Esquadra 751, não tenha muita visibilidade no exterior, interfere
positivamente na comunidade. Isto porque o reaproveitamento dos materiais
referidos anteriormente vai evitar impactes negativos, como a diminuição das
matérias-primas extraídas para o fabrico de novos contentores de resíduos ou
de materiais de construção, e prolongar o tempo de vida útil dos materiais,
evitando a deposição destes em aterro e, consequentemente, libertando espaço
para outros resíduos com maior necessidade.
4.3. Eficiência Energética
A melhoria da eficiência energética tem sido um dos pontos pelos quais a
Unidade mais tem batalhado. Exemplo disso mesmo foi a aquisição e instalação
de lâmpadas mais eficientes (LED), em detrimento de lâmpadas mais baratas e
menos eficientes (incandescentes e fluorescentes). Para além de serem mais
eficientes, as lâmpadas LED duram geralmente mais tempo, tendo garantias de
2 anos.
O impacto positivo desta medida na comunidade está relacionado com o
aumento de vida útil das lâmpadas, assim como a diminuição do consumo de
recursos naturais para a produção de eletricidade. Além do mais, as lâmpadas
LED não possuem mercúrio, ao passo que uma lâmpada incandescente de 70W
tem normalmente 10,2 mg desta substância perigosa, passível de contaminar
solos e recursos hídricos
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4.4. Atividades de Escutismo
Ao longo dos últimos anos, a BA6 tem sido um importante parceiro do
agrupamento dos Escuteiros do Ar da paróquia do Samouco, visto que
disponibiliza frequentemente o espaço e algumas infraestruturas para que os
escuteiros possam realizar as suas atividades (acampamentos e outros
exercícios de escutismo), recebendo em troca a sua colaboração nas diversas
atividades ambientais que a BA6 organiza. No último ano realizou-se um acordo
entre a Unidade e esta Associação para que a sede passe a funcionar na BA6,
num edifício junto à Casa Branca que tem estado encerrado e cuja utilização é
inexistente. Já decorrem entretanto trabalhos de remodelação e adaptação do
espaço à nova realidade.
4.5. Peditório Nacional de Pilhas e Baterias
Uma outra ação que teve como objetivo colaborar com a comunidade
externa foi a participação no 8 º Peditório Nacional de Pilhas e Baterias usadas,
onde a Ecopilhas, entidade nacional gestora de resíduos de pilhas e
acumuladores, com a ajuda de milhões de pilhas e baterias que recebe
gratuitamente de diversas entidades no mês de dezembro, doa equipamentos
que contribuem para a evolução tecnológica do Serviço de Otorrinolaringologia
do Instituto Português de Oncologia (IPO). Com o contributo da BA6,
aproximadamente 200 kg de pilhas e baterias, e de milhares de outras
entidades, foi oferecido um equipamento de observação clínica, composto por
uma cadeira de observação e um móvel de apoio, que possibilitará um
posicionamento e conforto do doente mais favorável na análise e execução da
técnica endoscópica.
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5. Cumprimento da legislação
De maneira a cumprir com determinados requisitos legais, foram realizadas
diversas ações e procedimentos ao longo do ano 2016 que são descritos e
analisados de seguida.
5.1. Água de Consumo
Segundo o Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de agosto, transversal a todas
as entidades gestoras de água destinada ao consumo humano, a BA6 tem que
analisar a qualidade da água de consumo periodicamente e verificar a
conformidade dos valores obtidos com a legislação indicada anteriormente.
Em 2016 foram realizadas diversas análises, divididas em 3 tipos de
controlo – controlo de rotina 1, controlo de rotina 2 e controlo de inspeção – que
analisam parâmetros químicos, microbiológicos e indicadores com e sem valores
paramétricos, de acordo com o que está preconizado no Programa de Controlo
da Qualidade da Água (PCQA) de 2016.
No ano de 2016 foi analisado um total de 15 parâmetros, tendo-se
verificado que 98,7% desses se encontravam conformes. Os parâmetros que se
mostraram não conformes foram o “ph de campo”, numa análise realizada em
fevereiro, e as “bactérias coliformes” numa análise extraordinária realizada a um
bebedouro do hangar da manutenção da Esquadra 501 em maio. Relativamente
a esta última, o bebedouro foi desinfetado e ficou inoperativo até virem os
resultados da contra-análise, que demonstrou já não haver motivos de
preocupação.
5.2. Água Bruta (captações)
Segundo o Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de agosto, a água bruta destinada
ao consumo humano deve ser analisada a montante do tratamento, ou seja,
diretamente das zonas de captação. O mesmo diploma define em que meses as
análises devem ser realizadas e os parâmetros a analisar, assim como o Valor
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Máximo Recomendado (VMR) e o Valor Máximo Admissível (VMA) para cada
parâmetro.
Nas análises efetuadas às 3 captações existentes na Unidade, apenas um
parâmetro – os fenóis – esteve acima do VMA (1 μg/L). Para controlar este
aspeto foi comunicado à Direção de Infraestruturas o sucedido e realizadas
contra-análises, no sentido de se confirmar os valores de concentração do
parâmetro não conforme. As últimas análises efetuadas, requisitadas
especificamente para medir a concentração de fenóis, demonstraram que o valor
de concentração tinha baixado em relação à análise anterior, situando-se abaixo
dos 4 μg/L, valor mínimo que o método utilizado pelo laboratório consegue
medir. Já no ano 2017, as últimas análises realizadas, em janeiro, revelaram que
os valores já se encontram normalizados
Relativamente à quantidade de água captada, as licenças dos furos
estipulam como valores máximos de captação anual 19800 m3 para o furo NATO
(AC1), 58800 m3 para o furo Novo (PS1) e 139400 m3 para o furo do Alto das
Pedras (PS2). A quantidade de água captada em 2016 foi de 1805 m3 no AC1,
56251 m3 no PS1 e 119574 m3 no PS2. Comparando os valores da quantidade
de água captada com os valores estipulados nas licenças dos respetivos furos
pode constatar-se que nenhum deles ultrapassou o limite estabelecido,
comprovando-se desta forma o cumprimento dos limites de captação instituídos.
5.3. Água Residual
No âmbito das águas residuais, a legislação nacional aplicável é o Decreto-
Lei n.º 236/98 de 1 de agosto. De acordo com este diploma, a frequência de
amostragem e de realização de determinações analíticas deve ser efetuada de
acordo com o determinado e fixado na licença de utilização dos recursos
hídricos para descarga de águas residuais. A BA6 efetuou as análises de acordo
com o preconizado e os parâmetros analisados estavam todos conformes com
os valores estabelecidos no documento referido anteriormente.
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5.4. Registos Obrigatórios
De acordo com o Decreto-Lei n.º 178/2006 de 5 de setembro e a Portaria
n.º 1408/2006 de 18 de dezembro e atendendo às alterações preconizadas pelo
Decreto-Lei n.º 73/2011 de 17 de junho, anualmente todas as entidades
responsáveis por sistemas de fluxos específicos de resíduos têm que preencher
mapas de registos específicos. No início do ano contabiliza-se a produção de
resíduos do ano transato e é efetuado o respetivo registo no Sistema Integrado
de Licenciamento do Ambiente (SILiAmb).
Para além desta obrigatoriedade, segundo o Decreto-Lei n.º 56/2011 de 21
de abril, todos os operadores de equipamentos fixos de refrigeração que
executam determinadas atividades em equipamentos fixos de refrigeração e
bombas de calor que contenham gases com efeito de estufa têm de divulgar, até
31 de março de cada ano, através do preenchimento de um formulário
disponível no portal da Agência Portuguesa do Ambiente, o tipo e a quantidade
de gases fluorados existente nos diversos equipamentos, o que foi igualmente
cumprido em 2016.
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Por uma BA6 Ambientalmente Sustentável
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6. Demonstração dos contributos
6.1. Preservação do ambiente
A preservação do ambiente é, sem dúvida alguma, um dos assuntos que
maior preocupação tem suscitado por parte do Comando e restantes órgãos nos
últimos anos, tanto pela localização geográfica da BA6 (incluída numa Zona de
Proteção Especial para Aves Selvagens junto ao Estuário do Tejo) e a
representatividade de espécies autóctones, como pela missão da Unidade em si,
que sairá tanto mais valorizada quanto maior for a sua compatibilização com o
meio natural em que se insere.
Nesse sentido, de forma a preservar o meio ambiente, a Unidade tem
adotado diversas medidas, entre muitas as seguintes:
a. Correta segregação de resíduos nas diversas áreas da manutenção
de aeronaves e viaturas, havendo vários contentores devidamente
identificados para cada tipo de resíduo. Os resíduos são
posteriormente recolhidos por empresas licenciadas, havendo a
garantia de que são tratados de forma sustentável;
b. Realização de várias ações de sensibilização ambiental nos diversos
setores, abrangendo temáticas que vão desde a separação de
resíduos até à eficiência energética e hídrica;
c. Substituição de lâmpadas fluorescentes e incandescentes por
lâmpadas LED, mais económicas, duradouras e que permitem poupar
energia;
d. Instalação de coletores solares, de forma a reduzir os consumos de
gás natural, utilizando formas de energias renováveis;
e. Aplicação de tinas de retenção junto de contentores de óleos e outras
substâncias perigosas, evitando que possíveis derrames contaminem
o solo e recursos hídricos.
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6.2. Utilização eficiente dos recursos
Ao longo de cada ano, tem sido feito um esforço para se reduzir os
consumos de recursos, como a água potável, o gás natural, a eletricidade ou o
papel. A existência de um programa ambiental, com metas de redução e ações
para as atingir comprovam-no. Algumas medidas aplicadas neste sentido, já
mencionadas no capítulo 2, foram as seguintes:
a. Instalação de lâmpadas pouco eficientes (incandescentes e
fluorescentes) por lâmpadas LED;
b. Instalação de coletores solares.
Estas medidas, em conjunto, permitiram reduzir os consumos de energia elétrica
e gás natural.
6.3. Inovação no âmbito ambiental
No capítulo da inovação, a BA6 destacou-se neste último ano,
principalmente pela concretização da ideia de transpor para um livro a riqueza
ambiental da Unidade, isto é, as principais espécies existentes, em termos de
fauna e flora, as espécies mais ameaçadas, e ainda, o roteiro que pode e deve
ser feito para as vislumbrar, nascendo desta forma o Roteiro Natural da BA6.
Através da leitura deste documento, tanto os militares como os civis podem mais
facilmente aprender a lidar e interagir com o ecossistema desta Unidade, sem
colocar em risco as espécies que nele coabitam
A adaptação de um antigo reboque para armazenar contentores de
resíduos foi outra das soluções implementadas que conseguiu resolver um
problema que interferia tanto com a operacionalidade da área da manutenção
como com a correta separação de resíduos, reaproveitando algo que dificilmente
seria utilizado noutra atividade e resolvendo, ao mesmo tempo, a falta de
disponibilidade financeira para construir uma infraestrutura de raiz. Este exemplo
mostra na perfeição que a inovação e o improviso são muitas vezes uma mais-
valia para a resolução de problemas. O mesmo se aplica a outra ação já
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44
retratada anteriormente - o reaproveitamento de cubas de 500l para criar
contentores de resíduos.
A utilização de energias renováveis, neste caso particular a energia solar,
é outra das ações inovadoras, pelo menos nesta Unidade, que contribuiu para
uma redução substancial do consumo de gás natural e, consequentemente,
reduziu o consumo de combustíveis fósseis.
6.4. Relevância nas questões ambientais
Ao longo dos últimos anos, várias têm sido os estabelecimentos
universitários e entidades externas à Unidade que têm contribuído com estudos
e investigações sobre a fauna e flora existente na BA6.
Um dos estudos realizados na Unidade, inserido num estágio curricular
realizado no GQA, permitiu reunir bastante informação, de um total de 73
espécies, que foi posteriormente aproveitada para começar a desenvolver o
documento, anteriormente referido, o Roteiro Natural da BA6.
Outro estudo que tem tido resultados práticos bastante satisfatórios,
nomeadamente no controlo praga da lagarta processionária, tem sido o estudo
do chapim azul e real. Desde que os ninhos foram espalhados pela extensa área
de pinhal e começaram a ser habitados, houve uma redução exponencial dos
casos de pinheiros danificados pela lagarta, já que tanto o chapim real e azul
como outras espécies de aves, que coabitam os ninhos são predadores da
lagarta processionária.
Ainda dentro da mesma temática de colaboração, a BA6 orgulha-se de ter
contribuído, mais uma vez, para o Peditório Nacional de Pilhas e Baterias
usadas, onde a Ecopilhas, entidade nacional gestora de resíduos de pilhas e
acumuladores, com a ajuda de milhões de pilhas e baterias que recebe
gratuitamente de diversas entidades, doa equipamentos que contribuem para a
evolução tecnológica do Serviço de Otorrinolaringologia do Instituto Português
de Oncologia (IPO).
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6.5. Valorização na concretização
A realização de ações de sensibilização, onde se incluem os resultados do
Programa de Gestão Ambiental de cada ano, assim como a divulgação de
conteúdos de cariz ambiental, que elucidam o estado delicado em que o meio
ambiente se encontra são um dos fatores que mais contribuem para a mitigação
de atitudes negligentes para com o meio ambiente. Essa tem sido uma das
grandes batalhas travadas pelo GQA.
A elaboração do Roteiro Natural da BA6 é outra das ações que consciente
ou inconscientemente fará com que os militares fiquem a conhecer melhor o
ecossistema em que estão inseridos, a biodiversidade existente e passem a
admirar e dar valor à riqueza natural que todos têm na Unidade, transmitindo
valores sustentáveis entre si.
6.6. Educação e mudança de comportamentos
As ações de sensibilização de cariz ambiental que tiveram lugar nesta
BA6, foram sem dúvida alguma, um dos maiores contributos para incentivar
tanto os militares como civis para a adoção de comportamentos sustentáveis,
seguindo e cumprindo a Política Ambiental da Unidade. Estas ações tiveram
duas componentes, a componente teórica e a componente prática, justamente
para reforçar a ideia de que todos somos responsáveis pelos nossos atos.
Utilizando mais uma vez o exemplo dos resíduos, por ser também uma das
áreas mais delicadas e difíceis de controlar, foi transmitido de forma elucidativa
a mensagem de que “todos somos responsáveis pelos resíduos que
produzimos”, portanto todos têm o dever de os separar corretamente, até porque
existem meios para tal.
6.7. Replicabilidade das ações desenvolvidas
Praticamente todas as ações descritas no capítulo 2 podem e devem ser
replicadas em outras Unidades. Ainda assim, de todas essas ações é de
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destacar a aposta nas energias renováveis, tanto pelos benefícios financeiros
que trazem como pelo contributo que dão relativamente à preservação dos
recursos naturais não renováveis.
Mesmo sabendo que equipamentos como coletores solares, painéis
solares, entre outros, têm um custo inicial algo elevado, e mesmo sabendo as
limitações financeiras pelas quais o país e as Forças Armadas, em particular,
atravessam, o retorno financeiro proveniente da poupança de energia, é
conseguido, na maioria dos casos, num curto espaço de tempo, compensando
totalmente o investimento inicial. Ainda assim, devem ser estudadas com algum
rigor quais as opções que melhor se ajustam a cada caso, isto porque cada
Unidade tem as suas particularidades, necessidades energéticas e
condicionantes financeiras.
6.8. Definição de indicadores do projeto
Os resultados obtidos do Programa de Gestão Ambiental 2016 revelaram
que algumas medidas implementadas tiveram sucesso, nomeadamente as que
estão relacionadas com a poupança de energia elétrica, cujo consumo baixou
4,77%, e as medidas relacionadas com a poupança de gás natural, que baixou
4,69%. Tendo em conta que a meta colocada no início de 2016 era de diminuir
todos os consumos em 1%, as reduções energéticas alcançadas excederam as
expetativas.
Já os consumos de água e papel ficaram bastante aquém das metas
traçadas, pois tanto um como outro tiveram subidas superiores a 10%, quando
se pretendia que decrescessem no mínimo 1%.
Todos estes resultados podem ser observados pormenorizadamente no
subcapítulo 2.3.
6.9. Sustentabilidade
O início do ano 2017 não implicou de forma alguma o fim das boas ações
preconizadas em 2016, mas sim o aumento da exigência das metas ambientais
e a adição de novos objetivos, que visam sempre a melhoria contínua do SGA.
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A elaboração do Programa de Gestão Ambiental 2017 (Anexo I), já
assinado pelo comandante da BA6 e difundido no portal interno do GQA,
mostram que o esforço desenvolvido até aos dias de hoje será mantido e
reforçado em alguns aspetos, pois só assim se conseguem mitigar impactes
ambientais e contribuir de forma clara e decisiva para a melhoria contínua do
ambiente.
Relativamente às metas delineadas para 2017, todas elas são mais
exigentes, visto que o objetivo passou a ser reduzir todos os consumos em 2%
face à média do último triénio, quando no ano transato o valor estava fixado em
1%. Para além disso, adicionaram-se duas novas componentes, o consumo de
combustível das viaturas rodoviárias militares e a quantidade de impressões,
cujas reduções se pretende que sejam também de 2%, no mínimo.
Assim sendo, o esforço feito até agora não será desaproveitado, servindo
isso sim para reforçar aquilo que de melhor foi realizado e corrigir no futuro o
que não correu tão bem no passado.
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Conclusões
Perante a riqueza e importância ambiental da área em que está inserida, a
BA6 não poderia deixar de apostar na proteção ambiental e na preservação da
biodiversidade em seu redor. Muito embora o cumprimento da missão que lhe
está atribuída constitua uma grande pressão ambiental, o desafio que a BA6
aceitou passa todos os dias pelo cumprimento dessa mesma missão sem
comprometer o ambiente, tendo sido esse o mote necessário para efetuar a
candidatura ao Prémio da Defesa Nacional e Ambiente, mostrando assim o
trabalho desenvolvido no cumprimento desse mesmo desafio.
A BA6 desenvolve um conjunto de atividades suscetíveis de causar danos
ambientais a vários níveis e, como tal, no planeamento e execução dessas
mesmas atividades, torna-se imprescindível proteger o ambiente, através da
implementação de medidas que ajudem a mitigar e prevenir a poluição.
De maneira a monitorizar e medir os resultados das ações desenvolvidas,
delineou-se, tal como em anos anteriores, um programa de análises à água de
consumo humano e à água proveniente diretamente das captações (PCQA), um
programa de análises ao efluente da ETAR (PCQE), e fez-se o controlo do
consumo de papel, água, energia elétrica, gás natural e da utilização das hortas
comunitárias. Verificou-se que, face às metas e objetivos delineados, tanto a
redução do consumo de água como a redução do consumo de papel não foram
ao encontro do estabelecido (redução de 1%), tendo ambos os parâmetros
aumentado significativamente, 11% e 13%, respetivamente. As restantes metas
foram largamente ultrapassadas, visto que o consumo de gás natural e energia
elétrica decresceram aproximadamente 5%.
A comunicação inerente ao SGA, tanto interna como externa, permitiu dar
a conhecer o que é feito neste âmbito. Em ambos os casos, tanto o portal
interno como os brífingues e ações de sensibilização foram importantes meios
de divulgação da informação.
Para a realização da ação descrita nesta candidatura, a BA6 dispôs dos
recursos humanos possíveis: o Chefe do Gabinete da Qualidade e Ambiente em
exclusividade e o Oficial do Ambiente e os Delegados da Qualidade e Ambiente
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em acumulação de funções. No âmbito da proteção ambiental foi adquirido
algum material, que representou a segunda parcela mais importante do
montante total despendido pela BA6, logo a seguir aos custos com o
encaminhamento e tratamento de resíduos.
O contributo da BA6, no que diz respeito ao desempenho ambiental, não
ficou circunscrita ao seu perímetro, pois parte desta ação envolveu a
comunidade exterior. Para tal, estabeleceram-se protocolos com instituições de
ensino superior e de investigação científica no âmbito da proteção ambiental e
valorização da biodiversidade.
Relativamente às ações ambientais preconizadas destacaram-se a
substituição de lâmpadas pouco eficientes por lâmpadas LED, a instalação de
coletores solares de forma a gerar energia térmica, e consequentemente,
diminuir o consumo de combustíveis fósseis como o gás natural, a criação de
um Roteiro Natural da BA6, que retrata a biodiversidade com a qual Unidade
interage diariamente, muitas vezes sem se aperceber, e muitos outros exemplos
que poderão ser seguidos por outras instituições e Unidades Militares.
Descrita a ação realizada, que sustentou a presente candidatura, avaliou-
se essa mesma ação quanto à demonstração do seu contributo real em termos
de preservação do ambiente. O que foi descrito nos parágrafos anteriores só se
tornou uma realidade inovando na identificação de soluções com pouca ou sem
expressão orçamental, sempre que possível com recurso ao que estava
disponível na Unidade. Como exemplos apresentou-se a adaptação de
infraestruturas existentes para o armazenamento temporário de resíduos e o
aproveitamento de cubas para criar locais de recolha seletiva nos vários setores
da Unidade.
A inovação presente nesta candidatura também se prendeu com a
divulgação ambiental explanada na compilação das espécies que coabitam a
Unidade e com a aposta na mudança de comportamentos, que teve como alvo
não só os militares e civis da Unidade, mas também as entidades externas que
contactam com a BA6.
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Outra interação inovadora, que trouxe à BA6 conhecimento no âmbito da
proteção da biodiversidade e que potenciou o seu desempenho organizacional
do ponto de vista do desenvolvimento sustentável, foi o estabelecimento de
protocolos com instituições de ensino superior e de investigação científica.
Por fim, considera-se que os objetivos do Prémio da Defesa Nacional e
Ambiente estão contemplados na presente candidatura, pois esta retrata o
esforço desenvolvido pela BA6 no sentido de adotar um comportamento
ambientalmente correto e sustentável, respeitando e valorizando sempre a
biodiversidade do meio em que se insere.
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Anexo A – Política Ambiental da BA6
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Anexo B – Programa de Gestão Ambiental 2016
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Anexo C – Matrizes de identificação dos Aspetos e Impactes Ambientais
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Anexo D – Levantamento das espécies existentes na BA6 e respetivos estatutos de ameaça
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Anexo E – Algumas das espécies descritas no Roteiro Natural da BA6
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Anexo F – Plano de Auditorias Internas de Ambiente
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Anexo G – Aspeto visual do portal interno do GQA
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Anexo H – Panfletos de sensibilização ambiental
Reduzir o consumo de energia elétrica anual em 1% é o objetivo!
Passo a passo atPasso a passo atéé chegar chegar àà excelência!!excelência!!
Então Então adeqadeqúúe o seu posto de trabalho de forma a tirar o melhor e o seu posto de trabalho de forma a tirar o melhor proveito da luz natural.proveito da luz natural.
Não deixe os aparelhos elNão deixe os aparelhos elééctricos no modo standctricos no modo stand––byby durante mais de durante mais de 30 minutos.30 minutos.
Sabe quanto custa numa sala uma lâmpada de 60 W ficar acesa em Sabe quanto custa numa sala uma lâmpada de 60 W ficar acesa em mméédia 7 horas por dia, durante 20 dias por mês?dia 7 horas por dia, durante 20 dias por mês?
((60W x 7h/dia x 20 dias/mês )/1000W/ kW) x 0.12 €/kWh)= 1 €/mês (por lâmpada)
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Antes de ir almoAntes de ir almoççar:ar:
Desligue o monitor do computador;Desligue o monitor do computador;Desligue o computador ou coloqueDesligue o computador ou coloque--o em modo o em modo standstand--byby;;Desligue as luzes e aquecedores da sala;Desligue as luzes e aquecedores da sala;
Ao final do dia:Ao final do dia:
Desligue as luzes, o computador, o monitor e todos os outros apaDesligue as luzes, o computador, o monitor e todos os outros aparelhos relhos eleléétricostricos desnecessdesnecessáários.rios.
Reduzir o consumo de energia elétrica anual em 1% é o objetivo!
Passo a passo atPasso a passo atéé chegar chegar àà excelência!!excelência!!
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Despeje bem o lDespeje bem o lííquido contido nas garrafas de plquido contido nas garrafas de pláástico e reduza o stico e reduza o seu tamanho antes de as colocar no seu tamanho antes de as colocar no ecopontoecoponto amarelo!amarelo!
Espalme as caixas de cartão antes de as colocar no Espalme as caixas de cartão antes de as colocar no ecopontoecoponto azul!azul!
Aproveite bem o espaço de armazenamento dos ecopontos!