8
Quando se Pensa” Fernando Pessoa (Ortónimo)

"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: "Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

“Cansa Sentir Quando se

Pensa”Fernando Pessoa

(Ortónimo)

Page 2: "Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

Poema Simbologia da noite na poesia pessoana Caracterização do estado de espírito do

sujeito poético Identificação dos recursos mais

expressivos Integração do poema nas temáticas do

ortónimo

Índice

Page 3: "Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

Poema: “Cansa sentir quando se pensa”

Cansa sentir quando se pensa. No ar da noite a madrugar Há uma solidão imensa Que tem por corpo o frio do ar.

Neste momento insone e triste Em que não sei quem hei de ser, Pesa-me o informe real que existe Na noite antes de amanhecer.

Tudo isto me parece tudo. E é uma noite a ter um fim Um negro astral silêncio surdo E não poder viver assim.

(Tudo isto me parece tudo. Mas noite, frio, negror sem fim, Mundo mudo, silêncio mudo - Ah, nada é isto, nada é assim!)

Page 4: "Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

Há uma insistência significativa no campo

semântico de noite, e no de silêncio, através dos vocábulos: “noite”, “antes de amanhecer”, “negro astral”, “negror sem fim”, “silêncio surdo”, “Mundo mudo” e “silêncio mudo”, que simbolizam o movimento noturno e silencioso, demonstrando a incapacidade do sujeito poético de aceitar a sua condição humana, e a sua inquietação perante a ausência de respostas por parte da noite, como se esta fosse alguém que o conseguisse ajudar.

Simbologia da noite na poesia

pessoana

Page 5: "Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

Tristeza: “Neste momento insone e triste” Incerteza: “Em que não sei quem hei de

ser” Solidão : “Há uma solidão imensa /Que

tem por corpo o frio do ar.” Dúvida: “Tudo isto me parece tudo” Incapacidade de viver a vida : “E não

poder viver assim.” Confusão interior: “Ah, nada é isto, nada

é assim!”

Caracterização do estado de espírito do sujeito

poético

Page 6: "Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

Dupla Adjetivação e hipálage: “Neste

momento insone e triste” Perífrase: “No ar da noite a madrugar” Poliptoto: “negro” e “negror” Sugestão repetitiva do silêncio: “ silêncio

surdo”, “Mundo mudo” e “silêncio mudo” Adjectivação e metáfora: “Há uma solidão

imensa/Que tem por corpo o frio do ar” Enumeração: “Mas noite, frio, negror sem

fim,/Mundo mudo, silêncio mudo –” Anáfora: “Mundo mudo, silêncio mudo –” Paradoxo: “Ah, nada é isto, nada é assim!”

Identificação dos recursos mais expressivos

Page 7: "Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

Integração do poema nas

temáticas do ortónimo

Cansa sentir quando se pensa. No ar da noite a madrugar Há uma solidão imensa Que tem por corpo o frio do ar.

Neste momento insone e triste Em que não sei quem hei de ser, Pesa-me o informe real que existe Na noite antes de amanhecer.

Tudo isto me parece tudo. E é uma noite a ter um fim Um negro astral silêncio surdo E não poder viver assim.

(Tudo isto me parece tudo. Mas noite, frio, negror sem fim, Mundo mudo, silêncio mudo - Ah, nada é isto, nada é assim!)

Dor de pensar e dicotomia sentir/pensar

A solidão do ser interior

Enigma do ser e angústia existencial

A ilusão do real Necessidade de evasão

da realidade (através da noite)

Incerteza, inquietação, confusão e dúvida do sujeito poético

A incapacidade de viver a vida

Page 8: "Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

Trabalho realizado pelas alunas:

Clique no ícone para adicionar uma imagem

Oxana Marian nº18Cristina Popescu nº7

12ºM