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“Cansa Sentir Quando se
Pensa”Fernando Pessoa
(Ortónimo)
Poema Simbologia da noite na poesia pessoana Caracterização do estado de espírito do
sujeito poético Identificação dos recursos mais
expressivos Integração do poema nas temáticas do
ortónimo
Índice
Poema: “Cansa sentir quando se pensa”
Cansa sentir quando se pensa. No ar da noite a madrugar Há uma solidão imensa Que tem por corpo o frio do ar.
Neste momento insone e triste Em que não sei quem hei de ser, Pesa-me o informe real que existe Na noite antes de amanhecer.
Tudo isto me parece tudo. E é uma noite a ter um fim Um negro astral silêncio surdo E não poder viver assim.
(Tudo isto me parece tudo. Mas noite, frio, negror sem fim, Mundo mudo, silêncio mudo - Ah, nada é isto, nada é assim!)
Há uma insistência significativa no campo
semântico de noite, e no de silêncio, através dos vocábulos: “noite”, “antes de amanhecer”, “negro astral”, “negror sem fim”, “silêncio surdo”, “Mundo mudo” e “silêncio mudo”, que simbolizam o movimento noturno e silencioso, demonstrando a incapacidade do sujeito poético de aceitar a sua condição humana, e a sua inquietação perante a ausência de respostas por parte da noite, como se esta fosse alguém que o conseguisse ajudar.
Simbologia da noite na poesia
pessoana
Tristeza: “Neste momento insone e triste” Incerteza: “Em que não sei quem hei de
ser” Solidão : “Há uma solidão imensa /Que
tem por corpo o frio do ar.” Dúvida: “Tudo isto me parece tudo” Incapacidade de viver a vida : “E não
poder viver assim.” Confusão interior: “Ah, nada é isto, nada
é assim!”
Caracterização do estado de espírito do sujeito
poético
Dupla Adjetivação e hipálage: “Neste
momento insone e triste” Perífrase: “No ar da noite a madrugar” Poliptoto: “negro” e “negror” Sugestão repetitiva do silêncio: “ silêncio
surdo”, “Mundo mudo” e “silêncio mudo” Adjectivação e metáfora: “Há uma solidão
imensa/Que tem por corpo o frio do ar” Enumeração: “Mas noite, frio, negror sem
fim,/Mundo mudo, silêncio mudo –” Anáfora: “Mundo mudo, silêncio mudo –” Paradoxo: “Ah, nada é isto, nada é assim!”
Identificação dos recursos mais expressivos
Integração do poema nas
temáticas do ortónimo
Cansa sentir quando se pensa. No ar da noite a madrugar Há uma solidão imensa Que tem por corpo o frio do ar.
Neste momento insone e triste Em que não sei quem hei de ser, Pesa-me o informe real que existe Na noite antes de amanhecer.
Tudo isto me parece tudo. E é uma noite a ter um fim Um negro astral silêncio surdo E não poder viver assim.
(Tudo isto me parece tudo. Mas noite, frio, negror sem fim, Mundo mudo, silêncio mudo - Ah, nada é isto, nada é assim!)
Dor de pensar e dicotomia sentir/pensar
A solidão do ser interior
Enigma do ser e angústia existencial
A ilusão do real Necessidade de evasão
da realidade (através da noite)
Incerteza, inquietação, confusão e dúvida do sujeito poético
A incapacidade de viver a vida
Trabalho realizado pelas alunas:
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12ºM