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Canteiros de obras no centro da questão: gerenciamento, aplicabilidade e planejamento desde
um estudo de caso e segundo NR-18
Julho/2019
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 10, Edição nº 17 Vol. 01 Julho/2019
Canteiros de obras no centro da questão: gerenciamento,
aplicabilidade e planejamento desde um estudo de caso e segundo
NR-18
Fernanda Bruno Ferreira – [email protected]
MBA em Gerenciamento de obras, qualidade e desempenho da construção
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Goiânia, GO, 30 de novembro de 2018
Resumo
A partir de um estudo de caso observado na cidade de Goiânia-GO será abordado uma série
de problemas inerentes aos canteiros de obras objetivando analisar distintas soluções a fim de
preservar a segurança, limpeza e organização desse local de trabalho. Deste modo, o estudo
faz um apanhado de certos problemas causados, principalmente, pela falta de planejamento
desses espaços. Para tanto, recorreu-se as determinações NR-18 (Condiçoes e Meio Ambiente
de trabalho na Indústria da construção, 2011) e NBR-12284 (Áreas de vivência em canteiros
de obras, 1991). Ao final, demonstrar-se-á como um gerenciamento apropriado dos locais
envolventes a obras permite a redução de acidentes, maior eficiência no controle do fluxo das
materias primas utilizadas além de reduzir o tempo da obra. O estudo faz um apanhado dos
problemas causados pela falta do planejamento dos canteiros de obras. Sendo assim, analisou-
se a construção localizada em Goiânia-GO e verificou-se a conformidade com as
determinações constantes da NR-18 (Condições e Meio Ambiente de trabalho na Indústria da
construção, 2011), NBR-12284 (Áreas de vivência em canteiros de obras, 1991). Sendo assim
é levado em consideração o fato de que um bom gerenciamento diminui acidentes e leva as
empresas a terem mais eficiência e rentabilidade durante a execução da obra.
Palavras-chave: Canteiro de Obras, Planejamento, NR-18, Gestão de Processo
1. Introdução
Independentemente do seu porte, toda obra, deve, prioritariamente, ser iniciada com a
formalização de um canteiro de obras adequado, pois é neste espaço que haverá um grande
fluxo de funcionários e, também, onde será depositado os materiais e equipamentos
necessários para execução do projeto contratado.
Assim sendo, a falta de um manejo apropriado do canteiro pode levar o responsável
pela obra a ter que executá-lo de forma irregular e desorganizada, gerando diversos problemas
como armazenamento inadequado de materiais cujo desdobramento é constatado a partir do
desperdício e até perda dos mesmos; ademais do estabelecimento de um conturbado ambiente
em que funcionários e materiais dividem o mesmo espaço sem uma lógica estabelecida,
contribui, sobremaneira, para o surgimento de graves acidentes. Logo, é de suma importância
compreender que a má elaboração do canteiro de obras pode trazer grandes problemas durante
as etapas de execução, ocasionando atrasos, gastos desnecessários e, mais que certamente,
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prejuízos!
Com a implantação da NR 18 (2011), responsável pelas “Condições e meio ambiente de
trabalho na indústria da construção” a empresa será incumbida de fazer um planejamento de
qualidade contendo layout do canteiro de obras, reservando os espaços necessários para áreas
de vivência e materiais. Além de ser possível à construtora fazer uso de um bom profissional
para cuidar da logística buscando a melhor condição para o meio.
Uma obra ideal visa agilidade nas atividades construtivas, alinhada a um gerenciamento
eficiente dos materiais. Aplicando-se um projeto de logística, tem-se o controle da
movimentação e da necessidade dos materiais, do tempo de deslocamento e das atividades
que interferem na produtividade. Através desta gestão, temos o controle da quantidade de
materiais necessários, para que não sejam comprados em excesso (demandando a
implementação de um segundo espaço para) haja a necessidade de improvisar um local para
estocá-los. Dessa maneira tem-se um cronograma detalhado a ser seguido, e, se bem
organizado, a obra flui com eficiência e qualidade.
Quando o canteiro de obra está mal planejado, disposto e organizado, invariavelmente
acontece um atraso no cronograma da obra e, isso, por sua vez, reflete na elevação dos custos
e num maior tempo de execução da obra, sem falarmos na possibilidade de se lidar com mais
riscos de acidentes.
Sendo assim, ao tratar uma obra com um canteiro segundo a normativa a tendência é ter
uma obra de boa qualidade e que atenda as perspectivas. Dessa maneira, com base nas normas
regulamentadoras é que o estudo de caso se torna de suma relevância na avaliação prática da
organização do canteiro de obras, pois possibilita a completa análise dos diferentes
procedimentos realizados no planejamento e funcionamento do canteiro e a real aplicabilidade
das mesmas.
O discernimento da realidade nos canteiros de obras tem como objetivo identificar os
principais problemas e dificuldades para seu funcionamento, de acordo com estudos vigentes.
Com isso, este trabalho se justifica apresentando as soluções do estudo de caso através de
consultas aos acervos bibliográfico e eletrônico, buscando o projeto ideal e eficaz para
determinadas obras de construção civil.
2. Canteiro de obras
O canteiro de obras pode ser definido como o local destinado à execução dos trabalhos
do ambiente da obra e instalação dos equipamentos e ferramentas necessárias para a execução
destes trabalhos (OLIVEIRA; SERRA, 2006). Segundo a NR-18 (2011), o canteiro de obras é
“a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de
uma obra”. Tommelein (1992 apud SAURIN, 1998) dividiu os variados objetivos de um bom
planejamento de canteiro em duas categorias principais:
Objetivos de alto nível: promoção de atividades eficientes e seguras, além de manter
alta a motivação dos trabalhadores. Portanto, os objetivos de alto nível estão diretamente
relacionados com a qualidade e com a boa impressão perante os clientes;
Objetivos de baixo nível: Trata-se de metas de otimização da produção, como
minimização de tempo, de pessoal e de materiais, além de evitar obstruções ou quaisquer
empecilhos ao desenvolvimento das atividades
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Conforme o item 18.2.1 da NR-18 (2011, p. 2): o primeiro passo para implantação do
Canteiro de Obras é à comunicação à Delegacia Regional do Trabalho das seguintes
informações: Endereço correto da obra e do contratante, empregador ou condomínio, além da
qu alificação deste; Tipo de obra; Datas previstas de início e de conclusão da obra e número
máximo previsto de trabalhadores na obra.
Segundo o item 18.3 da NR-18 (2011, p.2) são obrigatórios à elaboração e o
cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais,
contemplando os aspectos constantes na norma e outros dispositivos complementares de
segurança. Além disso, o PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição do
Órgão Regional do Ministério do Trabalho. Este Programa deve ser elaborado e executado
por profissional legalmente habilitado na área de Segurança do Trabalho e sua implementação
é de responsabilidade do empregador ou do condomínio. O Item 18.3.4 da NR 18 (2011, p. 2)
descreve todos os documentos que integram o PCMAT, sendo eles: Memorial sobre
condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em
consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas
preventivas; Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de
execução da obra; Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem
utilizadas; Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;
Layout inicial do canteiro de obras contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento
das áreas de vivência; Programa educativo contemplando a temática de prevenção de
acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária.
2.1 Processos de planejamento, técnicas e projeto de canteiros de obras.
O processo de planejamento e projeto de canteiro demanda uma série de conceitos, que
podem ser analisados em diferentes obras da literatura e, através destas, podemos analisar as
principais características de cada uma.
Segundo Ferreira e Franco (1998), para a definição do processo de produção, devem ser
analisados o processo global e os subprocessos específicos dentro de uma visão holística do
empreendimento. Assim, analisam-se os fluxos e os ciclos da produção, evitando a ocorrência
de perdas; identificam-se as atividades que agregam e as que não agregam valor em relação
aos desejos e expectativas dos clientes internos e externos, atendendo às especificações que
traduzem suas necessidades.
O planejamento da execução de edifícios, de acordo com a nova filosofia e com
princípios de racionalização, é uma estratégia que deve ser devidamente incorporada ao
processo de planejamento, com vistas à obtenção de melhores resultados através de uma
análise holística do empreendimento. Este diagnóstico deve contribuir para a elaboração de
um projeto de produção e do canteiro de obras, evolutivo e integrado ao longo do tempo e
entre todos os seus elementos. (FERREIRA; FRANCO, 1998)
Saurin e Formoso (2006) consideram a existência de quatro etapas necessárias para o
planejamento de canteiros, sendo elas:
Etapa Um - Diagnóstico de canteiros de obra existentes: O método de diagnóstico
proposto consiste da aplicação conjunta de três ferramentas: uma lista de verificação
(checklist), elaboração de croqui do layout e registro fotográfico.
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Etapa Dois - Padronização das instalações e dos procedimentos de planejamento: A
padronização não é uma estratégia a ser utilizada indiscriminadamente em qualquer situação,
fazendo-se necessário um estudo criterioso da sua real necessidade e profundidade de
implantação.
Etapa Três - Planejamento do canteiro de obras propriamente dito: Esse processo deve
ser realizado através de um procedimento sistematizado, compreendendo cinco etapas
básicas:
▪ Análise Preliminar: envolve a coleta e a análise de dados, sendo fundamental para a
execução qualificada e ágil das demais etapas.
▪ Arranjo físico geral: a etapa de definição do arranjo físico geral envolve o
estabelecimento do local em que cada área do canteiro irá situar-se, devendo ser estudado o
posicionamento relativo entre as diversas áreas. Nesta etapa, por exemplo, define-se de forma
aproximada a localização das áreas de vivência, das áreas de apoio e da área do posto de
produção de argamassa;
▪ Arranjo físico detalhado: envolve o detalhamento do arranjo físico geral, no qual é
estabelecida a localização de cada equipamento ou instalação dentro de cada área do canteiro.
Nesta etapa define-se, por exemplo, a localização de cada instalação dentro das áreas de
vivência, ou seja, as posições relativas entre vestiário, refeitório e banheiro, com as
respectivas posições de portas e janelas;
▪ Detalhamento das instalações: definido o arranjo físico do canteiro, faz-se necessário
planejar a infraestrutura fundamental ao funcionamento das instalações. Desta forma, com
base nos padrões da empresa, devem ser estabelecidos, por exemplo, a quantidade e tipos de
mesas e cadeiras nos refeitórios, quantidades e tipos de armários nos vestiários, entre outros.
▪ Cronograma de implantação: este cronograma deve apresentar graficamente o
sequenciamento das fases de layout, além de explicitar as fases ou eventos da execução da
obra (concretagem de uma laje, por exemplo) que determinam uma alteração no layout.
Etapa Quatro - Manutenção da organização dos canteiros, baseando-se na aplicação dos
princípios dos programas 5S: Os programas 5S visam criar nas organizações um ambiente
propício à implantação de programas de qualidade, através do desenvolvimento de cinco
práticas ou sensos nos indivíduos: descarte ordem, limpeza, asseio e disciplina (OSADA,
1992).
▪ A primeira prática, o descarte, tem como princípio identificar materiais ou objetos que
são desnecessários no local de trabalho e então encaminhá-los ao descarte, retirando-os do
canteiro de obras. Além de liberar áreas do canteiro, o descarte pode resultar em benefícios
financeiros através da venda dos materiais. É importante lembrar que esse Senso não significa
apenas jogar as coisas fora: devem-se distinguir os materiais e objetos que não são necessários
e verificar a possibilidade de seu uso por parte de algum outro setor.
▪ A segunda prática, a organização, visa estabelecer lugares certos para todos os objetos,
diminuindo o tempo de busca pelos mesmos. A implementação da prática pode se dar através
de comunicação visual e padronização. Vale ressaltar também que quando se fala em
organização não se está referindo apenas à arrumação física do ambiente, mas também do
planejamento dos trabalhos diários, pois organizar a sequência das tarefas que deverão ser
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realizadas durante o dia e separar o tempo necessário para a execução de cada uma são
atividades essenciais para o aumento da produtividade pessoal e profissional.
▪ A terceira prática, a limpeza, além de tornar mais agradável o ambiente de trabalho,
melhora a imagem da empresa perante clientes e funcionários e facilita a manutenção dos
equipamentos e ferramentas. Um local mais limpo é mais transparente, permitindo a
identificação visual de problemas e facilitando o acesso aos equipamentos.
▪ A quarta prática, o asseio ou segurança, tem como objetivos conscientizar os
trabalhadores acerca da importância de manter a higiene individual, assim como de manter
condições ambientais satisfatórias de trabalho, tais como os níveis de ruído, de iluminação e
de temperatura.
▪ A última prática, a da disciplina, visa desenvolver a responsabilidade individual e a
iniciativa dos trabalhadores, podendo ser desenvolvida através do treinamento. Esta prática
pode ser medida, por exemplo, através dos níveis de utilização dos equipamentos de proteção
individual (EPI).
2.2 Elementos do canteiro de obras
Cada parte que compõe um canteiro é denominada “elemento” do canteiro. Alguns
podem não ser obrigatórios, dependendo do tipo de obra, enquanto outros podem ser
acrescentados em situações particulares (LINS, 2012).
Os elementos do canteiro podem ser aqueles que estão ligados diretamente com o
processo de produção, como por exemplo, os locais reservados no canteiro para armação de
ferragem ou carpintaria ou também podendo estar ligados de forma indireta dando apoio a
produção, no caso das áreas destinadas para estoque de materiais no interior do canteiro de
obras. Existe uma classificação para estes elementos de acordo com sua finalidade.
Segundo a NB-1367 (Áreas de vivência em canteiro de obras. 1991), o canteiro de
obras se destina à execução e ao apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se
em áreas operacionais e áreas de vivência.
Figura 1 - Localização das Instalações no Canteiro de Obras
Fonte: Guia orientativo áreas de vivência (2015). Disponível em:
(http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf).
A figura 1 mostra o exemplo do layout da localização de instalações no canteiro de
obras.
2.3 Áreas Operacionais
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Segundo Saurin e Formoso (2006), as áreas de apoio compreendem aquelas instalações
que desempenham funções de apoio à produção, abrigando funcionários durante a maior parte
ou durante todo o período da jornada diária de trabalho.
Esta área é subdividida em:
a) Portaria: Localizada junto à porta de acesso do pessoal; Suficientemente ampla
para manter o estoque de EPI a ser oferecido aos visitantes; Normalmente as dimensões de
2,20 m x 3,30 m ou 3,30 m x 3,30 m são suficientes; Deve ser localizada de modo que os
vigias possam controlar o acesso à obra; O encarregado da portaria deve anotar o nome e a
identidade dos visitantes; não permitir a entrada de visitantes sem os EPIs determinados pelas
normas da empresa; consultar a administração ou gerência da obra, para autorização de acesso
aos visitantes.
b) Escritório: Dependências para engenheiros, estagiários, mestre de obras,
auxiliares de escritório e técnicos de segurança do trabalho; As dimensões usuais de
escritórios são 3,30 m x 3,30 m ou 3,30 m x 2,20 m; O escritório deve estar localizado nas
imediações do portão de entrada de pessoas. Deve tornar o escritório um ponto de passagem
obrigatória no caminho percorrido por clientes e visitantes ao entrar no canteiro. E ainda é
importante que a instalação esteja no local que permita a visualização global do canteiro de
obras. (SAURIN; FORMOSO, 2006).
c) Almoxarifado: O principal fator a considerar no dimensionamento do
almoxarifado é o porte da obra e o nível de estoques da mesma, o qual determina o volume de
materiais e equipamentos que precisam ser estocados (SAURIN; FORMOSO, 2006); Deve
situar-se idealmente, próximo a três outros locais do canteiro, de acordo com a seguinte
ordem de prioridades: ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e escritório; Deve
ser mantido limpo e arrumado; Deve ser localizado de modo a permitir uma fácil distribuição
dos materiais pelo canteiro;Configuração interna deve ser dividida em dois ambientes: um
para armazenamento de materiais e ferramentas e outro para sala do almoxarife, com janela de
expediente, através da qual são feitas as requisições e entras. (SAURIN; FORMOSO, 2006)
2.4 Áreas de vivência
Segundo Sampaio (1998), áreas de vivência são áreas destinadas a suprir as
necessidades básicas humanas de alimentação, higiene, descanso, lazer, convivência e
ambulatória, devendo ficar fisicamente separadas das áreas laborais. Uma das mais
importantes conquistas dos trabalhadores da indústria da construção foi a obrigatoriedade,
prevista na NR-18, da implantação de áreas de vivência nos canteiros de obra. As exigências
da norma vão desde a implantação de áreas de lazer e refeitórios até a instalação de
ambulatório médico, banheiros, alojamentos, telefones comunitários e bebedouros com água
filtrada.
Apresentam-se, a seguir, alguns itens da NR-18 com suas exigências e recomendações.
Os canteiros de obras devem dispor de:
a) Instalações sanitárias: Entende-se como instalação sanitária o local destinado
ao asseio corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. As
instalações sanitárias devem: Ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene; Ter
pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante; Não se ligar diretamente com
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os locais destinados às refeições; Ser independente para homens e mulheres, quando
necessário; Ter ventilação e iluminação adequadas; Ter instalações elétricas adequadamente
protegidas; Ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), ou
respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município onde a obra está sendo
realizada; Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um
deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes
sanitários, mictórios e lavatórios. A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório com
espaçamento de 0,60 m² (sessenta centímetros quadrados), 1,00 m² (um metro quadrado) para
vaso sanitário e 0,60m² (sessenta centímetros quadrados) para mictório, na proporção de 1
(um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de 0,80m²
(oitenta centímetros quadrados) para chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada
grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.
Segue exemplo de instalações sanitárias, conforme figura 02.
Figura 2 - Exemplo de Instalações Sanitárias
Fonte: Guia orientativo áreas de vivência (2015). Disponível em:
(http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf).
b) Vestiário: Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos
trabalhadores que não residem no local. A localização do vestiário deve ser próxima aos
alojamentos e/ou à entrada da obra, sem ligação direta com o local destinado às refeições. Os
vestiários devem: Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente; Ter pisos de
concreto, cimentado, madeira ou material equivalente; Ter cobertura que proteja contra as
intempéries; Ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso; Ter
iluminação natural e/ou artificial; Ter armários individuais dotados de fechadura ou
dispositivo com cadeado; Ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta
centímetros), ou respeitando-se o que determina Código de Obras do Município onde a obra
está sendo realizada; Ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza; Ter
bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m (trinta
centímetros).
Segue exemplo de vestiários conforme imagem 03.
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Figura 3 - Exemplo de Vestiário.
Fonte: Guia orientativo áreas de vivência (2015). Disponível em:
(http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf).
c) Alojamento: Conforme o item 18.4.1.1 da NR 18 (2011, p.3) os alojamentos são
obrigatórios somente nos casos onde houver trabalhadores alojados e devem ter: Paredes de
alvenaria, madeira ou material equivalente; Piso de concreto, cimentado, madeira ou material
equivalente; Cobertura que proteja das intempéries; Iluminação natural e/ou artificial; Área
mínima de 3,00m2 (três metros quadrados) por módulo cama/armário, incluindo a área de
circulação; Ter pé-direito de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) para cama simples e
de 3,00m (três metros) para camas duplas; Não estar situados em subsolos ou porões das
edificações; Ter instalações elétricas adequadamente protegidas.
Segue exemplo de alojamento conforme figura 04.
Figura 4 - Exemplo de Alojamento.
Fonte: Guia orientativo áreas de vivência (2015). Disponível em:
(http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf).
d) Local para refeições: Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local
adequado para refeições e o mesmo deve ter: Paredes que permitam o isolamento durante as
refeições; Piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável; Cobertura que proteja das
intempéries; Capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das
refeições; Ventilação e iluminação natural e/ou artificial; Lavatório instalado em suas
proximidades ou no seu interior; Assentos em número suficiente para atender aos usuários;
Estar situado em subsolos ou porões das edificações; Não ter comunicação direta com as
instalações sanitárias; Ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou
respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município onde a obra está sendo
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realizada. É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca para os
trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo equivalente,
sendo proibido o uso de copos coletivos.
Segue exemplo de refeitório, conforme figura 5.
Figura 5 - Exemplo de Refeitório.
Fonte: Guia orientativo áreas de vivência (2015). Disponível em:
(http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf).
e) Cozinha: Somente quando houver preparo de refeições e a mesma deve ter:
Ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão;
Pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o
Código de Obras do Município da obra; Piso de concreto, cimentado ou de outro material de
fácil limpeza; Cobertura de material resistente ao fogo; Iluminação natural e/ou artificial; Pia
para lavar os alimentos e utensílios; Possuir instalações sanitárias que não se comuniquem
com a cozinha, de uso exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios,
refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura; Possuir equipamento de
refrigeração para preservação dos alimentos; Instalações elétricas adequadamente protegidas;
É obrigatório o uso de aventais e gorros para os que trabalham na cozinha.
Segue exemplo de cozinha conforme figura 6.
Figura 6 - Exemplo de Cozinha.
Fonte: Guia orientativo áreas de vivência (2015). Disponível em:
(http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf).
f) Lavanderia: Somente onde estiver trabalhadores alojados, sendo assim as áreas
de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado, para que o
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trabalhador alojado possa lavar secar e passar suas roupas de uso pessoal. Este local deve ser
dotado de tanques individuais ou coletivos em número adequado, conforme figura 07.
Figura 7 - Exemplo de Lavanderia.
Fonte: Guia orientativo áreas de vivência (2015). Disponível em:
(http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf).
g) Area de Lazer: Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação
dos trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim, conforme
figura 08.
Figura 8 - Exemplo de Área de Lazer
Fonte: Guia orientativo áreas de vivência (2015). Disponível em:
(http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf).
h) Ambulatórios: É determinado que os ambulatórios devam ser instalados
quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores, conforme
figura 09.
Figura 9 - Exemplo de Ambulatório.
Fonte: Guia orientativo áreas de vivência (2015). Disponível em:
(http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf)
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2.5 Demais componentes da NR18
Seguem resumidamente os demais itens que compõem a NR-18:
a) Demolição: Antes de se iniciar a demolição, as linhas de fornecimento de
energia elétrica, água e demais instalações devem ser desligadas. As construções vizinhas à
obra de demolição devem ser examinadas, no sentido de preservar a integridade física de
terceiros. Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente
habilitado.
b) Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas: Muros, edificações vizinhas e
todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser escorados. Os serviços
de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter responsável técnico legalmente
habilitado. Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação
devem ter sinalização de advertência permanente.
c) Carpintaria: Deve ser dotada de mesa estável sem irregularidades, com
dimensionamento suficiente para a execução das tarefas. As lâmpadas de iluminação da
carpintaria devem estar protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas. A
carpintaria deve ter piso resistente, nivelado e antiderrapante, com cobertura capaz de
proteger os trabalhadores contra quedas de materiais e intempéries.
d) Armações de Aço: A dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem
ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies
resistentes, niveladas, não escorregadias e afastadas da área de circulação de trabalhadores. É
obrigatória a colocação de pranchas de madeira, firmemente apoiadas sobre as armações nas
fôrmas para a circulação de operários. É proibida a existência de pontas verticais de
vergalhões de aço desprotegidas.
e) Estruturas de Concreto: As fôrmas devem ser projetadas e construídas de modo
que resistam às cargas máximas de serviço. O uso de fôrmas deslizantes deve ser
supervisionado por profissional legalmente habilitado. Os suportes e escoras de fôrmas devem
ser inspecionados antes e durante a concretagem por trabalhador qualificado. Durante a
desforma devem ser viabilizados meios que impeçam a queda livre de seções de fôrmas e
escoramentos, sendo obrigatórios a amarração das peças e o isolamento e sinalização ao nível
do terreno.
f) Estruturas Metálicas: As peças devem estar previamente fixadas antes de serem
soldadas, rebitadas ou parafusadas. Na edificação de estrutura metálica, abaixo dos serviços
de rebitagem, parafusagem ou soldagem, deve ser mantido um piso provisório, abrangendo
toda a área de trabalho situada no piso imediatamente inferior. As peças estruturais pré-
fabricadas devem ter pesos e dimensões compatíveis com os equipamentos de transportar e
guindar.
g) Operações de Soldagem e Corte a Quente: Somente podem ser realizadas por
trabalhadores qualificados. O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento
adequado à corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou choques no
operador. É proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo às
garrafas de O2 (oxigênio).
h) Escadas, Rampas e Passarelas: A madeira a ser usada para a construção de
escadas, rampas e passarelas deve ser de boa qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que
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comprometam sua resistência. Deve estar seca, sendo proibido o uso de pintura que encubra
imperfeições. As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e
materiais devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé. A transposição de
pisos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros) deve ser feita por meio
de escadas ou rampas. É obrigatória a instalação de rampa ou escada provisória de uso
coletivo para transposição de níveis como meio de circulação de trabalhadores.
i) Medidas de Proteção contra Quedas de Altura: É obrigatória a instalação de
proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção e materiais. Em
todo o perímetro da construção de edifícios com mais de quatro pavimentos ou equivalente, é
obrigatória a instalação de uma plataforma principal na altura da primeira laje, logo depois da
concretagem. Esta plataforma deve ter no mínimo 2,50m (dois metros e cinquenta
centímetros) de projeção horizontal. Acima dela, devem ser instaladas plataformas
secundárias em balanço a cada três lajes.
j) Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas: As disposições deste item
aplicam-se à instalação, montagem, desmontagem, operação, teste, manutenção e reparos em
elevadores de transporte de material ou de pessoas em canteiros de obras ou frentes de
trabalho. Os equipamentos de transporte vertical de materiais e pessoas devem ser projetados,
dimensionados e especificados tecnicamente por profissional legalmente habilitado. Toda
empresa usuária de equipamentos de movimentação e transporte de materiais e/ou pessoas
deve possuir o seu “Programa de Manutenção Preventiva” conforme recomendação do
locador, importador ou fabricante. Devem ser tomadas precauções especiais quando da
movimentação de materiais, máquinas e equipamentos próximos às redes elétricas.
k) Andaimes e Plataformas de Trabalho: Os projetos de andaimes do tipo
fachadeiro, suspensos e em balanço devem ser acompanhados pela respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART). Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de
modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estarão sujeitos. Somente
empresas regularmente inscritas no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia),
com profissional legalmente habilitado pertencente ao seu quadro de empregados ou
societário, podem fabricar andaimes completos ou quaisquer componentes estruturais. A
madeira para confecção de andaimes deve ser de boa qualidade, seca, sem apresentar nós e
rachaduras que comprometam a sua resistência, sendo proibido o uso de pintura que encubra
imperfeições.
l) Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética: É obrigatória a observância das
condições de utilização, dimensionamento e conservação dos cabos de aço utilizados em
obras de construção, conforme o disposto na norma técnica vigente NBR 6327/83 - Cabo de
Aço/Usos Gerais da ABNT 2004.
m) Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos: Devem ser utilizadas técnicas que
garantam a estabilidade das paredes de alvenaria da periferia. Os quadros fixos de tomadas
energizadas devem ser protegidos sempre que no local forem executados serviços de
revestimento e acabamento.
n) Telhados e Coberturas: É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de
segurança para fixação de mecanismo de ligação por talabarte acoplado ao cinto de segurança
tipo paraquedista. Nos locais sob as áreas onde se desenvolvam trabalhos em telhados e ou
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coberturas, é obrigatória a existência de sinalização de advertência e de isolamento da área,
capazes de evitar a ocorrência de acidentes por eventual queda de materiais, ferramentas e/ou
equipamentos. É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas
sobre fornos ou qualquer equipamento do qual possa haver emanação de gases, provenientes
ou não de processos industriais. É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados
ou coberturas em caso de ocorrência de chuvas, ventos fortes ou superfícies escorregadias. É
proibida a concentração de cargas em um mesmo ponto sobre telhado ou cobertura.
o) Serviços em Flutuantes: Os serviços em flutuantes devem atender às
disposições constantes no Regulamento para o Tráfego Marítimo e no Regulamento
Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar, do Ministério da Marinha.
p) Locais confinados: Nas atividades que exponham os trabalhadores a riscos de
asfixia, explosão, intoxicação e doenças do trabalho, devem ser adotadas medidas especiais de
proteção, como por exemplo, treinamento e orientação, o uso de EPI e o acondicionamento
adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis.
q) Instalações Elétricas: A execução e manutenção das instalações elétricas
devem ser feitas por profissional qualificado. Os transformadores e estações abaixadoras
devem ser instalados em local isolado, com acesso apenas ao profissional habilitado e
qualificado;
r) Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas: A operação de máquinas e
equipamentos que exponham o operador ou terceiros a riscos só pode ser feita por trabalhador
qualificado e identificado por crachá. Devem ser protegidas todas as partes móveis dos
motores, transmissões e partes perigosas das máquinas ao alcance dos trabalhadores. Toda
máquina deve possuir dispositivo de bloqueio para impedir seu acionamento por pessoa não
autorizada. As máquinas, equipamentos e ferramentas devem ser submetidos à inspeção e
manutenção de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes, dispensando-se especial
atenção a freios, mecanismos de direção, cabos de tração e suspensão, sistema elétrico e
outros dispositivos de segurança. As ferramentas devem ser apropriadas ao uso a que se
destinam, proibindo-se o emprego das defeituosas, danificadas ou improvisadas, devendo ser
substituídas pelo empregador ou responsável pela obra.
s) Equipamentos de Proteção Individual: A empresa é obrigada a fornecer aos
trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento, consoante às disposições contidas na NR 6 - Equipamento de Proteção
Individual – EPI 2001.
t) Armazenagem e Estocagem de Materiais: O Armazenamento não deve
prejudicar o trânsito de pessoas, de materiais e o acesso aos equipamentos de combate a
incêndio;
u) Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores: O transporte coletivo
de trabalhadores em veículos automotores dentro do canteiro ou fora dele deve observar as
normas de segurança vigentes.
v) Proteção Contra Incêndio: É obrigatória a adoção de medidas que atendam, de
forma eficaz, às necessidades de prevenção e combate a incêndio para os diversos setores,
atividades, máquinas e equipamentos do canteiro de obras. Deve haver um sistema de alarme
capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção. Os canteiros de obra devem
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ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas no correto manejo do material
disponível para o primeiro combate ao fogo.
w) Sinalização: O canteiro de obras deve ser sinalizado com diversos objetivos,
como por exemplo: identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras; indicar as
saídas por meio de dizeres ou setas; advertir contra perigo de contato ou acionamento
acidental com partes móveis das máquinas e equipamentos; advertir quanto ao risco de queda;
alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, identificar acessos, circulação de veículos e
equipamentos na obra; identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis,
explosivas e radioativas.
x) Treinamento: O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de 6
(seis) horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas
atividades. Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e
operações a serem realizadas com segurança.
y) Ordem e Limpeza: O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e
desimpedido, notadamente nas vias de circulação, passagens e escadarias. Entulho e quaisquer
sobras de materiais devem ser regulamente coletados e removidos. Por ocasião de sua
remoção, devem ser tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e
eventuais riscos. É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais
inadequados do canteiro de obras.
z) Tapumes e galerias: É obrigatório o fechamento do canteiro com tapumes ou
barreiras de modo que se possa evitar a entrada de pessoas estranhas à obra. A placa deve
reservar um espaço para a colocação do selo do Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia (CREA), devendo conter ainda o nome dos responsáveis técnicos pela execução
da obra e pelos projetos e serviços complementares.
Todos os itens mencionados acima estão detalhadamente descritos na norma, um
determinado serviço deve ser executado obedecendo tanto a sua respectiva norma como a
NR-18 (2011), ou qualquer outra norma de segurança que cite o mesmo, pois elas são
elaboradas para serem aplicadas em conjunto e não se contradizem de maneira que uma ação
fique com duas interpretações.
3. Programa experimental
Este trabalho trata-se de uma pesquisa qualitativa, mais especificamente um estudo de
caso sobre um canteiro de obras e as normativas. A pesquisa qualitativa é uma modalidade de
pesquisa em que o pesquisador se preocupa com dados que vão além dos números,
diferentemente do que acontece nas pesquisas quantitativas. De acordo com Silveira e
Córdova (2009, p. 31), com a utilização da pesquisa qualitativa não é necessário se preocupar
com a representatividade numérica, mas apenas, com o aprofundamento da compreensão de
um grupo social, dos interessados, de uma organização, etc. Através dos métodos qualitativos
os pesquisadores buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito,
porém, não quantificam os valores e as trocas simbólicas e também não se submetem a prova
de fatos, pois os dados que foram analisados são não-métricos e se valem de diferentes
abordagens.
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O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa qualitativa na qual se estuda um caso
em particular, um assunto em particular; o foco está em apenas um indivíduo, ou em um
grupo. No caso deste trabalho, o estudo se dará em torno do canteiro de uma obra em
andamento.
À vista das informações citadas, como já mencionadas, os dados levantados neste
trabalho foram coletados a partir da visita de uma obra em processo de construção, a qual teve
seu perfil observado. Foi solicitada a permissão ao profissional responsável na obra para
realizar as visitas, evitando-se desta forma quaisquer constrangimentos.
Com o auxílio de uma máquina fotográfica e um esboço do terreno, foi feito o
acompanhamento da obra escolhida, sendo ela localizada em Goiânia e por motivos da não
autorização da empresa visitada, não será divulgado dados como nome e localização exata da
obra e/ou empresa.
Coletaram-se informações fundamentais para analisar o layout do canteiro utilizado na
situação de estudo, com objetivo de observar a disposição da construção e a distribuição de
materiais e máquinas utilizados. Observaram-se ainda as condições de trabalho em que os
trabalhadores se encontravam as condições de higiene das áreas de vivência (caso existentes)
e dos banheiros.
Além das fotografias, utilizou-se outro instrumento de coleta de dados para este
trabalho: os questionários. Estes são um instrumento de pesquisa muito útil, pois permitem ao
pesquisador recolher informações sobre um determinado assunto em um curto espaço de
tempo, independentemente do número de informantes. São diferentes das entrevistas, que são
basicamente questionários, porém feitos de forma oral, registrados a partir de vídeos ou
gravações em áudio.
Optou-se pelo uso dos questionários devido à dificuldade de obter boas gravações em
um ambiente como um canteiro de obras, devido ao barulho das máquinas e equipamentos.
Além disso, acredita-se ser o mais plausível instrumento de coleta de informações dos
responsáveis pelas obras, devido ao fato de o questionário permitir o total anonimato do
pesquisado, evitando constrangimentos e/ou omissão de informações importantes. Dessa
forma, os objetivos desta pesquisa foram transformados em perguntas, posteriormente
incluídas nos questionários. As perguntas foram elaboradas de forma clara, para que não haja
dúvidas ao leitor e ao pesquisado, em um modelo de questionário com perguntas abertas. O
modelo de questionário utilizado neste estudo de caso pode ser visualizado no Anexo 1.
Finalmente, para desenvolver esse trabalho foi necessário definir o perfil da obra a ser
analisada e levar em consideração alguns dados, como a área da construção que se deseja
fazer em cada obra e a quantidade de operários, tendo em vista que esta quantidade define a
utilização ou não do PCMAT- Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho. Este
estudo baseia-se nas regras do PCMAT e das regras contidas na NR-18 (2011) para fazer uma
análise no layout do canteiro visitado, verificando qual está em concordância com as
exigências. Pontuaram-se os aspectos positivos e negativos da obra visitada, concluindo este
trabalho com uma reflexão a respeito dos aspectos que podem ser melhorados para trazer
inúmeras vantagens à empresa construtora, como: apresentar um layout da reorganização do
canteiro de obras (caso necessário), boas condições de trabalho, cuidados com o meio
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ambiente e todas as orientações da norma que proporcionem um ótimo desenvolvimento da
construção civil.
O empreendimento estudado localiza-se no Setor Aeroporto, na cidade de Goiânia, em
Goiás. Seu canteiro contempla um residencial vertical que pode ser considerado de médio a
alto padrão. A equipe técnica é composta por: 02 engenheiros, 01 auxiliar de engenharia, 03
estagiários. 01 mestre de obras, 01 encarregado técnico, 01 técnico de segurança do trabalho,
11 pedreiros, 17 ajudantes, 01 pintor, 01 eletricista, 01 carpinteiro e 20 funcionários
terceirizados.
A obra está com cerca de 68% de seu andamento concluído. A partir da visita, foi
realizado um diagnóstico do canteiro de obras através da observação, aplicação da lista de
verificação e registro fotográfico. Cada um destes itens foi discutido detalhadamente nos
tópicos que se seguem:
3.1 Lista de Verificação
A lista de verificação é a mais abrangente dentre as ferramentas, permitindo uma ampla
análise qualitativa do canteiro, no âmbito da logística e do layout. Todos os elementos devem
satisfazer certos requisitos (NR-18/2011) ou padrões mínimos de qualidade para o
desempenho satisfatório de suas funções. Os itens contidos na lista foram definidos da forma
mais objetiva possível, tentando possibilitar a verificação visual da sua existência ou não,
dispensando medições, consultas a outras pessoas ou a projetos da obra. A lista de
verificação, no anexo 2, engloba a aplicação de alguns itens que estão na norma
regulamentadora 18.
3.2 Visita à obra
O refeitório utilizado é bastante satisfatório para atender a todos os trabalhadores. A
figura 10 abaixo retrata o refeitório da obra estudada, que atende a algumas condições
impostas na NR- 18/2011, como: Piso de concreto cimentado; Paredes que permitam o
isolamento durante as refeições; Capacidade para garantir o atendimento de todos os 30
(trinta) trabalhadores no horário das refeições; Lavatório próximo ao refeitório; Pé direito
adequado de 2,90m; Todos os resíduos das refeições são levados à cozinha e descartados em
lixeiras que comportam apenas resíduos orgânicos; Fornece água potável, filtrada e fresca
para os trabalhadores e não usam copos coletivos.
Somente a ventilação e iluminação do local que não satisfaz a norma regulamentadora,
pois o local é escuro e desprovido de ventilação natural ou artificial.
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Figura 10 – Refeitório
A obra não possui cozinha, pois as refeições são terceirizadas e já chegam prontas ao
local.
Os vestiários (figuras 11 e 12) cumprem a maioria das exigências da norma
regulamentadora, sendo: Paredes de alvenaria; Piso de concreto; Armários individuais, alguns
dotados de fechaduras; Pé direito de 2,90m; Bancos para os funcionários com largura mínima
de 0,30m.
Em relação ao descumprimento da norma temos que, nem todos os armários possuem
portas e cadeados, tornando-se de uso coletivo, sendo assim possibilitada a perda ou furtos de
objetos pessoais dos funcionários. Em relação à limpeza e à higiene, os vestiários encontram-
se em péssimo estado de manutenção e faltam iluminação e ventilação naturais.
Figura 11 – Vestiário. Figura 12 – Armários na área dos vestiários
As instalações sanitárias na obra (figuras 13 e 14) estão localizadas próximas ao
vestiário e possuem: Pé direito de 2,90m; Chuveiros de plástico elétricos, possuindo
aterramento adequado; Possui espaçamento previsto pela norma sendo, lavatório com
espaçamento de 0,60m², vaso sanitário com 1,00 m² e chuveiro com 0,80m²; Revestimento do
piso de concreto sendo um piso antiderrapante;
Em relação às condições de higiene, limpeza e conservação as instalações sanitárias
encontram-se em uma situação não adequada.
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Figura 13 – Instalações sanitárias. Figura 14 - Área de Banho.
O escritório da obra visitada atende todos os itens da norma, sendo: Fica próximo ao portão
de entrada, com posição estratégica para que seja possível ver grande parte da construção;
Atende as dimensões determinadas possuindo: 3,30m por 2,80m; O escritório possui piso de
concreto; além de possui mesas, armários e ferramentas suficientes para atender as
necessidades dos funcionários e abrigar todos os documentos técnicos da construção.
Figura 15 – Escritório do Engenheiro, mestre de obras e estagiários
Os cimentos ficam bem armazenados, sobre pallets e em locais que não ficam expostos
a ações da natureza, da maneira como é recomendado pela norma. É possível ver como é feita
a armazenagem e os cuidados tomados com o cimento na figura 16, estes cuidados são para
que não tenha perca do material.
A carpintaria cumpre algumas das obrigações da norma, como: Todas as atividades com
máquinas e equipamentos são feitas por carpinteiros recebendo treinamento admissional; Os
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operários trabalham com os EPIs necessários à função, sendo que existem placas alertando
para o uso de EPIs e proibindo a entrada de pessoas não autorizadas; Mesa que atende à
demanda de serviço; Os equipamentos dispõem de um manual de instruções e livro de
inspeções.
Figura 16 - Depósito de cimentos. Figura 17 – Carpintaria.
A respeito do armazenamento de materiais como brita e areia, pode-se dizer que estão
dispostos de forma que não atrapalhe o fluxo de pessoas, materiais e veículos; porém, pode-se
observar na figura 18 que o depósito de brita se mistura com o deposito de madeira, tornando
assim a área desorganizada.
Figura 18 – Armazenamento de brita Figura 19 – Armazenamento de areia.
Os materiais e ferramentas em gerais são bem armazenados conforme figura 20, e a
empresa possui um quadro de controle de materiais, onde o fluxo de saída dos equipamentos é
controlado de acordo com os nomes dos funcionários.
Na figura 21 é possível ver o quadro com a função de controle dos materiais retirados
do almoxarifado por funcionários.
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Figura 20 – Armazenagem de equipamentos Figura 21 – Almoxarifado.
4. Conclusão
Ao término deste estudo, conclui-se que a obra visitada, cumpria a maioria dos
requisitos previstos pela NR 18/2011 no quesito áreas de vivência e áreas de apoio,
apresentando uma boa fluidez no canteiro de obras, seja na circulação de materiais, pessoas e
segurança dos funcionários. Todavia, isso não impediu a identificação de distintos problemas
tais como falta de iluminação (citar o/os ambiente/s), trancas nos armários dos funcionários,
armazenamento inadequado de materiais ocasionando a mistura desses. Poder-se-ia
argumentar que essas situações são inerentes à qualquer canteiro de obra, porém, tal
raciocínio impede, justamente, a adoção de procedimentos e o estabelecimento de uma
logística orientadas para um melhor aproveitamento desse espaço.
Ao contrário do que alguns profissionais imaginam acerca do termo “canteiro”, esse não
possui nada de periférico ou marginal em uma obra, senão, o contrário. O exame feito ao
longo dessa reflexão demonstra os possíveis riscos de se desconsiderar os efeitos nocivos de
uma má programação, organização e distribuição até mesmo em locais cuja situação de
trabalho encontra-se muito próximo daquilo considerado apropriado por inúmeros
profissionais e pela literatura especializada.
Recomendou-se, ao final, a adoção de medidas direcionadas para erradicação desses
problemas, com a segurança de se promover a consolidação de um canteiro de obra pautado
por princípios inerentes aos mais destacados pilares da engenharia: harmonia no ambiente de
trabalho, eliminação dos acidentes, erradicação das sobras de materiais e, por fim,
conservação do meio ambiente desde um manejo sustentável.
5 Referências
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumo:
elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
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ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: citações:
elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: formatação
de trabalhos acadêmicos. Rio de Janeiro, 2002.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NB-1367. Áreas de Vivência em
Canteiros de Obra. 1991.
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Acesso em 20/03/2017.
CHAGAS, A.T.R. O questionário na pesquisa científica. FECAP, vol. 1, n. 1, janeiro –
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DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Cortez, 1991.
FERREIRA, E. A. M.; FRANCO, L. S. Metodologia para elaboração do projeto de
canteiro de obras do edifício. São Paulo, 1998.
FERREIRA, R. S. O. Guia orientativo áreas de vivência: guia para a implantação de áreas
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<http://cbic.org.br/arquivos/Guia_Areas_Vivencia.pdf>. Acesso em 10/04/2017.
ILLINGWORTH, J.R. Construction: methods and planning. London: E&FN Spon, 1993.
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SAMPAIO, J.C.A. Manual de aplicação da NR 18. São Paulo: PINI, 1998, 529p.
SAURIN, T. A.; FORMOSO, C. T. Planejamento de Canteiros de Obra e Gestão de
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SAURIN, T.A. Método para diagnósticas e diretrizes para planejamento de canteiros de
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VALOTTO, Daniel Vitorelli. Busca de informação: gerenciamento de resíduos da
construção civil em canteiro de obras. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) –
Universidade Estadual de Londrina, 2007.
ANEXO 1: ENTREVISTA REALIZADA COM ASSISTENTE DE ENGENHARIA
1. Qual cargo que você ocupa na empresa e há
quanto tempo?
Auxiliar de Engenheiro Civil, 2 anos.
2. A empresa segue à risca as normas da NR-18? Sim, a empresa utiliza a NR 18 nos planejamentos
necessários.
3. Quais as condições de trabalho? No canteiro de obras as condições são boas,
fiscalizamos o uso de EPI’s e todas as áreas do canteiro
foram bem projetadas.
4. Existe áreas de vivência? Sim, durante a elaboração do projeto do canteiro de
obras, seguimos a NR 18, e nossas áreas de vivencias
estão como as exigidas por norma.
5. Quais benefícios a empresa oferece aos
funcionários?
Disponibiliza produtos da horta cultivada na obra,
disponibiliza campanha de vacinação, alimentação
entre outros.
6. Houve algum acidente neste canteiro? Quais? Nenhum acidente.
7. Você considera esse canteiro um ambiente
higienizado, organizado e limpo?
Sim, desde o começo foi passado aos funcionários que
após a utilização de maquinas ou materiais, para fazer a
limpeza dos resíduos que ficam, além de ser reforçado
quando necessário para que o canteiro de obras
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permaneça organizado e limpo.
8. Como é feito a limpeza da área de vivência e
canteiro?
Diariamente, duas vezes ao dia.
9. Qual a carga horária máxima dos
trabalhadores?
8 horas diárias mais as horas extras, seguindo as
normas da CLT.
10. Os trabalhadores recebem algum treinamento?
Qual?
Sim. Treinamento das normas vigentes para as obras e
as normas da empresa.
11. Os trabalhadores usam EPI’s regularmente? Sim, e fiscalizamos se estão sendo utilizados durante a
jornada de trabalho. Além de serem verificados o
estado dos EPI’s.
12. Existe uma estimativa de perda de materiais? Temos o controle de materiais perdidos ou
desperdiçados, pois fazemos um balanço de gastos e
economia.
13. Algum material pode ser reaproveitado em
outra obra? Qual?
Fazemos reaproveitamento de poucos materiais, alguns
possuem coletas seletivas semanalmente, como o caso
do isopor.
14. Existe alguma política para a diminuição de
desperdício de materiais?
Sim, a obra visa esse tipo de política.
15. Existe alojamento na obra? Não possui alojamento na obra.
16. Existe vestiário na obra? Sim, vestiários e banheiros também, todos conforme a
norma regulamentadora.
17. A empresa cumpre o PCMAT? Sim, uma das qualidades desta empresa é a
preocupação com a saúde e segurança de seus
funcionários.
Canteiros de obras no centro da questão: gerenciamento, aplicabilidade e planejamento desde
um estudo de caso e segundo NR-18
Julho/2019
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 10, Edição nº 17 Vol. 01 Julho/2019
ANEXO 2: LISTA DE VERIFICAÇÃO
Canteiros de obras no centro da questão: gerenciamento, aplicabilidade e planejamento desde
um estudo de caso e segundo NR-18
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Canteiros de obras no centro da questão: gerenciamento, aplicabilidade e planejamento desde
um estudo de caso e segundo NR-18
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