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5/11/2018 Cap 03 Renascimento Cultural - slidepdf.com
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R ENASCIMENTO CULTURAL
- Por que o termo Renascimento?
Inspiração na antiguidade clássica. Inspiração não é retorno.
- Transformação cultural desencadeada entre os séculos XIV e XVIII, e que faz parte do
conjunto de transformações que atingiu a Europa na passagem da Idade Média para a
Idade Moderna, período de transição do feudalismo para o capitalismo.
Período de mudanças na sociedade, na cultura, na política e na economia.
Transição da cultura medieval para a moderna, rompendo o monopólio cultural da
Igreja.
- Berço do Renascimento: Itália (Gênova, Veneza, Florença).
- Primeira manifestação de cultura burguesa, laica, racional e científica.
- Não foi uma ruptura, mas sim transição.
- Aprofundamento de uma série de renascimentos desencadeados desde o séc. XI, pois a
influência greco-romana fez sentir-se por toda a Baixa Idade Média.
• Fatores que geraram o Renascimento e a proeminência da Itália:
- O renascimento comercial pelo Mar Mediterrâneo.
Reativou o intercâmbio cultural entre o Ocidente e o Oriente.
- Itália ocupava posição geográfica estratégica.
Gera desenvolvimento econômico das cidades italianas e faz surgir forte burguesia
mercantil, que exerceu monopólio do comércio de especiarias orientais (cravo,
canela, pimenta etc.) pelo Mar Mediterrâneo, estimulando o intercâmbio cultural face
o contato com civilizações orientais.
Gera a urbanização das cidades, que se tornam o pólo de irradiação do Renascimento,
devido à ascensão política e econômica da burguesia que financiava a nova cultura.
Existência de Mecenas, que financiavam e protegiam intelectuais e artistas
renascentistas. Protegiam da Santa Inquisição promovida pela Igreja Católica.
Concentrava os principais artistas e cientistas. Com a queda de Constantinopla, em
1453, capital do Império Bizantino, muitos cientistas e artistas fogem pra Grécia e
Roma.
Na Itália a cultura clássica foi melhor conservada.
Comércio com os árabes que, durante a Idade Média tinham invadido a Europa e
levado boa parte das obras de arte para o Oriente. Com o restabelecimento do
comércio, essas obras retornam ao Ocidente.
Torna-se o centro difusor de novos hábitos, valores e culturas.
- Resultado: Cultura ficou vinculada à visão de mundo burguesa.
- Retomada de estudo de obras clássicas greco-romanas.
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- Aperfeiçoamento da imprensa: seus efeitos só foram sentidos no último século desse
movimento.
-
• Periodização:
-Trecento (1300 – 1399, séc. XIV): valorização da arte sacra.
- Quatrocento (1400 – 1499, Sé. XV): transição entre a arte sacra e a arte profana.
- Cinquecento (1500 – 1550, séc. XVI): valorização da arte profana.
• Características:
- O Homem renascentista encarnava a visão de mundo do burguês novo-rico, oposta à
moral e à ética da aristocracia medieval.
Individualista, racionalista, otimista, naturalista e hedonista (paixão pelos prazeres
humanos).
- Humanismo: Característica principal do renascimento. Valorização da figura humana
(alegria, tristeza, raiva etc).
- Classicismo: Reinterpretou a cultura greco-romana clássica à luz de uma nova época.
- Criticismo: Crítica aos valores medievais, idade das trevas, em que nada existiu.
- Antropocentrismo: Homem como centro do universo em contraposição ao teocentrismo
(Deus como centro do universo) medieval.
- Racionalismo: desenvolvimento da razão. Razão como centro de tudo.
- Individualismo: pessoas assumem as suas obras.
- Naturalismo: explicação dos fenômenos da natureza pela ciência.
- Hedonismo: valorização dos prazeres humanos.
- Otimismo:
• Renascimento Italiano nas Letras:
- Dante Alighieri: precursor (anterior ao Trecento), não usou o latim, usou o toscano.
-Trecento: Francisco Petrarca e Giovanni Boccacio.
- Quatrocento: período mais fraco.
Criada a Escola de Filosofia Neoplatônica de Florença, financiada por Lourenço de
Médici, maior mecenas italiano.
Paggio, Beccadelli, Filelfo e Pontano.
Paganismo militante e utilização de temas eróticos.
Extremada reação contra a fé e a moral cristãs.
- Cinquecento: Roma passou a ser a capital literária.
O toscano foi sistematizado e imposto como língua nacional.
Nicolau Maquiavel (1469 - 1527)
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- "O Príncipe": Estado unificado, poder centralizado, e liberto da Igreja.
- Homem era mau por princípio.
- Abriu caminho para a criação de uma teoria política.
• Renascimento Italiano nas Artes Plásticas:
- A escultura e a pintura deixam de ser artes secundárias e subordinadas à arquitetura e à
pintura, e tornam-se independentes.
- O corpo humano voltou a ser o ideal estético de beleza e fonte de inspiração.
- No Quatrocento foi introduzida a pintura a óleo, que demora mais a secar do que a àgua, e
permite uma maior demora na pintura e também correções. A partir de então, a pintura
tornou-se mercadoria, pois passou a ser executada em telas.
- O Renascimento italiano entra em decadência na segunda metade do séc. XVI.
Grandes Navegações transferiram o eixo econômico para o Atlântico.
- Itália havia perdido o monopólio comercial de produtos orientais.
A Igreja afastou-se do mecenato (a Contra-Reforma condenava as manifestações
culturais renascentistas).
A cultura renascentista, por ser elitista, não conquistou as camadas populares. Estas,
distantes desse processo artístico, não opuseram obstáculos às perseguições
desencadeadas pela Igreja Católica.
• Renascimento em outros países da Europa:
- A expansão do Renascimento coincidiu com a consolidação de grande parte dos Estados
Modernos.
- A cultura renascentista adaptou-se às condições específicas de cada país, mas em nenhum
conseguiu igualar o grau de desenvolvimento italiano.
- O segundo em importância foram os Países Baixos, pois no séc. XVI, detinham o
comando da Revolução comercial.
Erasmo de Roterdã (1466 - 1536) foi o grande vulto do renascimento literário e
filosófico dos Países Baixos. Ele era considerado o "Príncipe dos Humanistas".
- Procurou conciliar o racionalismo renascentista com o cristianismo.
- Propunha a auto-reforma católica.
- Na Alemanha não alcançou níveis significativos.
Grande fracionamento político;
Colapso comercial;
Reforma Luterana;
Guerras religiosas (católicos x protestantes).
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- Na Inglaterra foi prejudicado pela Guerra dos Cem Anos e pela Guerra das Duas Rosas.
Os maiores expoentes foram Morus e Shakespeare.
- Na França, também foi prejudicada pela Guerra dos Cem Anos. Destacam-se
Montaigne, na Filosofia e Rabelais, na Literatura.
- Na Espanha, foi prejudicada pela Contra-Reforma e pela descoberta do Novo Mundo. A
maior expressão foi Cervantes.
- Em Portugal , foi prejudicado pelos mesmos motivos da Espanha. Camões foi a figura
máxima.
• Desenvolvimento Científico no Renascimento:
- Não foi tão fértil quanto nas artes.
- Na astronomia, Copérnico derrubou a teoria geocêntrica (terra como centro), da Igreja, e
substituiu-a pela heliocêntrica (sol como centro), defendida pelos humanistas.
Kepler e Galileu aperfeiçoaram sua teoria e o telescópio.
- Na medicina, André Versálio pesquisou o corpo humano, dissecando cadáveres; Miguel
Servet, descobriu a pequena circulação; William Harvey descobriu o retorno do sangue ao
coração pelas veias.
- A Reforma e a Contra-Reforma impuseram o fim do Renascimento.
Permaneceram o racionalismo e o espírito crítico influenciando o empirismo inglês
(séc. XVII) e o iluminismo francês (séc. XVIII), quando a burguesia já estava
amadurecida para criar e impor a sua cultura à sociedade européia.