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1 J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia : Teorias e Aplicações à Economia B Parte 4 – Integração entre microeconomia e macroeconomia e implicações sobre as políticas econômicas Construções mais complexas das funções consumo, investimento, demanda e oferta de moeda, fazendo uso do instrumental microeconômico convencional na definição delas, permitem uma integração entre a microeconomia e a macroeconomia. Verifica-se como o modelo IS/LM se comporta com essas novas funções.

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Parte 4 – Integração entre microeconomia e macroeconomia e implicações sobre as

políticas econômicas

Construções mais complexas das funções consumo, investimento, demanda e oferta

de moeda, fazendo uso do instrumental microeconômico convencional na definição

delas, permitem uma integração entre a microeconomia e a macroeconomia. Verifica-se como o modelo IS/LM se comporta com essas novas funções.

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Capítulo 11A Função Investimento

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Aula AnteriorCAPÍTULO 10 – A função consumo

10.1 A escolha do consumidor;

10.2 A formulação de ANDO-MODIGLIANI: a hipótese do ciclo de vida;

10.3 A formulação de FRIEDMAN: a teoria da renda permanente;

10.4 A formulação de DUESENBERRY: considerando a renda relativa;

10.5 Outras formulações para a função consumo;

10.6 Uma equação síntese para a função consumo e seus impactos no modelo IS/LM;

10.7 Estimativas da função consumo no Brasil

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Nesta AulaCAPÍTULO 11 – A função investimento

11.1 O investimento privado em estoques;

11.2 O investimento privado em residências;

11.3 O investimento em capital fixo;

11.4 O investimento no modelo IS/LM;

11.5 Impactos da política fiscal sobre os investimentos privados;

11.6 Estimativas da equação de investimento no Brasil.

Page 5: Cap11 macro

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Relembrando....

Introdução

• Cada projeto de investimento apresenta um custo de instalação (CI) e um fluxo esperado de rendas líquidas (Rt, Rt+1,

Rt+2, ..., Rt+n).

nnt

22t1t

tr1

R

r1

R

r1

RRCIVA

CI

Rt

Rt+1

Rt+2 Rt+3

Rt + n – 1

Rt+n

t + n – 1 t + n t + 1 t t + 2 t + 3

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6

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Relembrando....

Introdução

nnt

22t1t

tr1

R

r1

R

r1

RRCIVA

VA

Projetos de investimento

VA0

i0

r1 > r0

VA1

i1

i = i(r) 0r

i

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• O investimento do setor privado compõe-se de:

– investimento em estoques;

– investimento residencial; e,

– investimento em capital fixo.

Introdução

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• Investimento em estoques:

– investimento planejado

(o único considerado na equação da curva IS)

– investimento não planejado.

O investimento privado em estoques

Page 9: Cap11 macro

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• Investimento em estoques:

– investimento planejado

(o único considerado na equação da curva IS)

– investimento não planejado.

• Como a manutenção desses estoques implica a perda de oportunidade de aplicar os recursos correspondentes na compra de ativos financeiros, tem-se que quanto maior é a taxa de juros, menor é o valor do investimento em estoques.

O investimento privado em estoques

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• Investimento em estoques:

– investimento planejado

(o único considerado na equação da curva IS)

– investimento não planejado.

• De outro lado, quanto maior é o nível de demanda agregada (que em equilíbrio se iguala à produção agregada), maior deverá ser o valor do investimento planejado em estoque.

O investimento privado em estoques

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iE = iE(y, r)

Em que

iE é o investimento planejado em estoque;

y = renda interna

r = taxa de juros

O investimento privado em estoques

0yiE

0riE

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Loja

Vende 30 carros/mês

Mantém estoque =

1 mês de venda

Vendas caem para 25 carros/mês

O investimento privado em estoques

Indústria

Vende 30 carros/mês

Investimento não planejado

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Loja

Vendas caem para 25 carros/mês

1º mês: acumula 35 carros nos estoques

2º mês: acumula 40 carros nos estoques

O investimento privado em estoques

Indústria

Vende 30 carros/mês

Investimento não planejado!

Investimento não planejado

Page 14: Cap11 macro

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Loja

2º mês: acumula 40 carros nos estoques

Reduz compra para ajustar os estoques em 25 carros (venda mensal)

O investimento privado em estoques

Indústria

Vende 15 carros no 3º mês

Vende 20 carros no 3º mês

Vende 25 carros/mês

Queda na produção!

Investimento não planejado

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“... Antes da recessão há uma redução na demanda agregada, refletida em uma leve queda nas vendas. Porém, a produção não responde muito e os estoques” (no caso são estoques não planejados) “crescem naturalmente. Então, as empresas decidem se livrar de seus estoques; reduzindo a produção e planejando vender seus estoques; esta é uma redução intencional. Em quase todas as recessões pós Segunda Guerra Mundial tem havido um estágio no qual a produção cai quase que brutalmente, quando as empresas intencionalmente decidem alinhar seus estoques” (isto é, colocá-los no nível do estoque planejado). “E este corte acentua a recessão.”

O investimento privado em estoques Investimento não planejado

DORNBUSCH & FISCHER (1991, p. 353)

Este fenômeno é considerado como ciclo de estoques.

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O investimento privado em residências

• O investimento em residências depende do preço obtido pela venda delas.

iR = f(PH)

Em que

iR é o investimento em residências

PH é o preço de venda das residências

• PH é determinado pelo cruzamento da curva de demanda de residências com a curva de estoque de residências.

0P

i

H

R

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O investimento privado em residências

P1H

P0H

PH

H0

DD0

DD1

SS

quantidade de residências

Determinação do preço das residências.

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18

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O investimento privado em residências

P1H

P0H

PH

H0

DD0

DD1

SS

quantidade de

residências

A posição da curva de demanda de residências depende da taxa de retorno dos outros ativos (taxa de retorno esta representada pela taxa de juros, r), da riqueza da população (W) e do retorno líquido obtido pela propriedade do imóvel (rI).

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O investimento privado em residências

P1H

P0H

PH

H0

DD0

DD1

SS

quantidade de

residências

• O aumento de r desloca a curva de demanda da para a esquerda, diminuindo PH.

• O aumento de W e de rI deslocam a curva de demanda para a direita, aumentando PH.

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O investimento privado em residências

IH r.W,rgP

0r

PH

0W

PH 0

r

P

I

H

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O investimento privado em residências

IRR r.W,rii

0r

iR

0W

iR 0

r

i

I

R

HR Pfi IH r.W,rgP

Portanto, o investimento privado em residências aumenta quando diminui a taxa de juros, aumenta a riqueza e/ou eleva o retorno real líquido dos imóveis.

Page 22: Cap11 macro

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O investimento em capital fixo

• Há três teorias bastante divulgadas sobre o investimento em capital fixo.

• A primeira delas baseia-se na hipótese do acelerador, a qual afirma que o investimento líquido depende da variação do produto esperado.

• Ou seja, a empresa decide quanto irá investir com base em sua expectativa de produção.

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O investimento em capital fixo

• Há três teorias bastante divulgadas sobre o investimento em capital fixo.

• A primeira delas baseia-se na hipótese do acelerador, a qual afirma que o investimento líquido depende da variação do produto esperado.

• De acordo com essa teoria, o il (investimento líquido) é uma fração do crescimento do PIB.

il = y.

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O investimento em capital fixo

• Há três teorias bastante divulgadas sobre o investimento em capital fixo.

• A segunda teoria é chamada de Teoria Neoclássica do Investimento e o associa com a hipótese do acelerador, com a produtividade marginal do capital e com o custo de uso do capital.

• (será discutida em detalhes)

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O investimento em capital fixo

• Há três teorias bastante divulgadas sobre o investimento em capital fixo.

• Finalmente, há a teoria do q de Tobin, que associa o nível de investimento com o preço de mercado das ações e títulos das empresas.

• Considera que as empresas irão realizar investimento líquido (e, portanto, aumentar o seu estoque de capital) se o preço de mercado de suas ações e títulos superar o preço efetivo do empreendimento.

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O investimento em capital fixo

• Há três teorias bastante divulgadas sobre o investimento em capital fixo.

• O q de Tobin é a razão entre o valor de mercado da empresa (ou seja, a soma dos valores de suas ações e títulos, como as debêntures) dividido pelo custo de reposição do estoque de capitais.

• Haveria investimento líquido positivo quando q for maior do que 1.

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Estoque de capital de equilíbrio

• Considere a função de produção:

y = y(N, K)

em que:

y = produto por unidade de tempo;

N = quantidade de horas-homem por unidade de tempo; e,

K = estoque de capital (inclui instalações e equipamentos).

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Estoque de capital de equilíbrio

• Considere a função de produção:

y = y(N, K)• Define-se:

• CU = custo nominal de uso do capital fixo (ou custo nominal de utilização do capital fixo), entendido como o valor implícito de aluguel atribuído ao uso do equipamento, que inclui a depreciação e o custo dos juros.

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Estoque de capital de equilíbrio

• Considere a função de produção:

y = y(N, K)• Define-se:

• PMgK é o produto marginal físico do capital

(indica o aumento de produto advindo do acréscimo de uma unidade de capital).

PMgKPK

RT

K

QPMgK

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Estoque de capital de equilíbrio

• Considere a função de produção:

y = y(N, K)• Para a firma maximizar a massa de lucros é

necessário que:

CUPMgKP

K

CT

K

RT

PMgKPK

RT

CUK

CT

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• Considere uma função de produção específica, tipo Cobb-Douglas, com dois fatores de produção, K = capital e N = trabalho:

y = K N1–

• Esta função de produção, cuja soma dos expoentes referentes aos insumos é um, apresenta retornos constantes de escala, ou seja, dobrando a quantidade de insumos há a produção em dobro.

é o parâmetro indicador de progresso tecnológico.

CUPMgKP Estoque de capital de equilíbrio

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• Considere uma função de produção específica, tipo Cobb-Douglas, com dois fatores de produção, K = capital e N = trabalho:

y = K N1–

• Tem-se:

K

NKNK

K

yPMgK

111

K

yPMgK

CUPMgKP Estoque de capital de equilíbrio

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KE é o estoque de capital de equilíbrio

PCU

yKE

K

yPMgK

CUPMgKP

Estoque de capital de equilíbrio

P

CU

K

y

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• O estoque de capital de equilíbrio eleva-se:• com um aumento na demanda pelo produto (e o

conseqüente aumento de y).• O estoque de capital de equilíbrio cai:

• com um aumento no custo real de uso de capital.

PCU

yKE

Estoque de capital de equilíbrio

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• O estoque de capital de equilíbrio (KE ) aumenta devido aos acréscimos na renda (y) e nos preços (P) e decresce quando o custo nominal de uso do capital (CU) se eleva.

P,CU,yKK EE

Estoque de capital de equilíbrio

0y

KE

0CU

KE

0P

KE

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Em que

ikb = investimento total em capital fixo, ou investimento bruto

ikl = investimento líquido em capital fixo

ikr = investimento de reposição em capital fixo

rlb ikikik

A função demanda de investimento em capital fixo

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• o investimento de reposição depende do nível de estoque de capital.

rlb ikikik

A função demanda de investimento em capital fixo

ikl = KE ikr = KE

em que = taxa de depreciação

• o investimento líquido depende de mudanças no nível de equilíbrio do estoque de capital.

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PCU

yKik E

l

A função demanda de investimento em capital fixo

• Considerando a função de produção Cobb-Douglas, tem-se:

• Supondo que CU/P (custo real de uso do capital) é constante:

yCU

Pik l

Page 39: Cap11 macro

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A função demanda de investimento em capital fixo

• Em longo prazo e sem variações em CU/P, é o crescimento do produto (ocasionado pelo crescimento da demanda) que fornece o nível de investimento líquido em capital fixo.

• Esta relação entre mudança na magnitude do produto e o nível de investimento líquido em capital fixo constitui o princípio do aceleradorprincípio do acelerador.

• Esse princípio introduz uma relação dinâmica no modelo de comportamento da economia.

yCU

Pik l

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A função demanda de investimento em capital fixo

• Para uma função de produção geral:

ikb = KE (y, CU, P) + KE

• Se a função de produção for Cobb-Douglas e

CU/P for constante, tem-se:

Relação do acelerador

Mostra como o acréscimo do PIB (y) determina o investimento privado bruto.

Eb Ky

CU

Pik

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A função demanda de investimento em capital fixo

Relação do acelerador

• A relação do acelerador na função investimento

bruto em capital ocasiona uma dificuldade interessante quanto a realização de políticas de estabilização a curto prazo.

Eb Ky

CU

Pik

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A função demanda de investimento em capital fixo

Relação do acelerador Eb Ky

CU

Pik

t1

ikr

y

KE

tempo0

Estoque de capital fixo

ProdutoInvestimento

• y é fixo

• para gerá-lo, KE

também é fixo

• Logo, só existe investimento ikr

Page 43: Cap11 macro

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A função demanda de investimento em capital fixo

Relação do acelerador Eb Ky

CU

Pik

t1

ikr

y

KE

tempo0

Estoque de capital fixo

ProdutoInvestimento

• Suponha que em t1 o governo adote uma política fiscal de aumento de seus gastos e uma política monetária para impedir a alta da taxa de juros.

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A função demanda de investimento em capital fixo

Relação do acelerador Eb Ky

CU

Pik

t1

ikr

y

KE

t2 tempo0

Estoque de capital fixo

ProdutoInvestimento

• y sobe, até estabilizar-se a partir de t2.

• A partir de t2, tem-se um novo KE,

• com um novo ikr constante.

Page 45: Cap11 macro

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A função demanda de investimento em capital fixo

Relação do acelerador Eb Ky

CU

Pik

t1

ikl

ikr

y

KE

t2 tempo0

Estoque de capital fixo

ProdutoInvestimento

• O ikl será zero a partir de t2.

• Entre t1 e t2 o ikl terá de crescer e diminuir.

Page 46: Cap11 macro

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A função demanda de investimento em capital fixo

Relação do acelerador Eb Ky

CU

Pik

t1

ikl

ikb

ikr

y

KE

t2 tempo0

Estoque de capital fixo

ProdutoInvestimento

• Entre t1 e t2, o ikb tem o formato da curva do ikl, distanciando desse pelo montante do investimento de reposição.

Page 47: Cap11 macro

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A função demanda de investimento em capital fixo

Relação do acelerador Eb Ky

CU

Pik

t1

ikl

ikb

ikr

y

KE

t2 tempo0

Estoque de capital fixo

ProdutoInvestimento

• É esse comportamento que gera dificuldades no modelo a curto prazo.

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A função demanda de investimento em capital fixo

• Deve-se estar atento ao fato do princípio do acelerador poder não se aplicar se a economia estiver operando com um substancial excesso de capacidade de produção, isto é, a uma baixa taxa de utilização da capacidade instalada.

• Nesse caso, o estoque de capital efetivo é maior que o estoque de capital de equilíbrio, de tal forma que um aumento do produto pode igualar o estoque de capital de equilíbrio àquele efetivamente existente, causando pouco efeito sobre o investimento líquido.

Page 49: Cap11 macro

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A função demanda de investimento em capital fixo

• Portanto, na medida em que existe um grande excesso de capacidade de produção, a política fiscal pode aumentar a demanda (e, conseqüentemente, o PIB) sem encontrar a dificuldade descrita sobre o comportamento do investimento líquido.

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t

PEPEPEr

P

CU

O custo de uso do capital

• Suponha que uma máquina seja adquirida ao preço real PE.

• O custo de uso do bem de capital é:

EPrPEP

CU PE

tPE

EP

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O custo de uso do capital

• A taxa de juros apresenta três componentes:

RI = custo de oportunidade do empréstimo possível de ser concedido com os lucros não distribuídos;

RT = uma taxa padrão de retorno sobre títulos;

RA = a razão média entre retornos e preços das ações.

totaltoinvestimen

açõesdeemissãoR

totaltoinvestimen

títulosdeemissãoR

totaltoinvestimen

internosrecursosRr ATI

EPrPEP

CU

Page 52: Cap11 macro

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O custo de uso do capital

• A taxa de juros apresenta três componentes:

• Normalmente, RI é menor que RT e RA.

• Assim, à medida que os lucros aumentam, a importância de RI aumenta, diminuindo r.

• A redução de r diminui CU/P, aumentando ikb.

• De outro lado, a elevação de RT eleva r, que eleva CU/P e diminui ikb.

• Fica, portanto, evidenciado que o investimento depende positivamente dos lucros e negativamente da taxa de juros dos empréstimos bancários.

EPrPEP

CU

totaltoinvestimen

açõesdeemissãoR

totaltoinvestimen

títulosdeemissãoR

totaltoinvestimen

internosrecursosRr ATI

Page 53: Cap11 macro

53

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• A taxa de juros apresenta três componentes:

• A redução do imposto de renda sobre os lucros das empresas e a concessão de incentivos fiscais às empresas aumentam os recursos internos das empresas, reduzindo o valor de r.

• A redução de r diminui o valor de CU/P, o que causa o aumento do investimento bruto em capital fixo.

O custo de uso do capital EPrPE

P

CU

totaltoinvestimen

açõesdeemissãoR

totaltoinvestimen

títulosdeemissãoR

totaltoinvestimen

internosrecursosRr ATI

Page 54: Cap11 macro

54

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O investimento no modelo IS/LM

• Os modelos desenvolvidos se classificam como sendo de estática comparativa.

• Não há a preocupação em explicar o que de fato ocorre na passagem do ponto de equilíbrio inicial ao final em termos da trajetória seguida pelas variáveis e do tempo necessário a esse ajuste (o que é tratado em modelos dinâmicos).

• Assim, nossa atenção não se centrará no investimento líquido, mas sim no investimento de reposição (que faz parte do equilíbrio inicial e do equilíbrio final).

Page 55: Cap11 macro

55

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O investimento no modelo IS/LM

• O investimento líquido é considerado nos modelos de crescimento econômico e nossa atenção é focada nos modelos de determinação de renda.

• Se y KE ikr ikb r

Page 56: Cap11 macro

56

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O investimento no modelo IS/LM

• Para um modelo dinâmico, tem-se a expressão

ikb = KE(y, CU, P) + KE para o investimento.

• Para um modelo estático tem-se:

ik = ik(r, y)• A equação do investimento em estoques planejados

é:

iE = iE(y, r)

• A equação de investimento em residências é:

iR = iR(r, W, rI)

Page 57: Cap11 macro

57

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O investimento no modelo IS/LM

ik = ik(r, y)

iE = iE(y, r)

iR = iR(r, W, rI)

i = i(y, r, W, rI)

Considere que a riqueza (W) e a taxa de retorno líquida sobre os imóveis (rI) sejam constantes. Logo:

i = i (y, r)

Sendo

0r

i e 0

y

i

Page 58: Cap11 macro

58

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O investimento no modelo IS/LM

i = i (y, r) fórmula geral para a função investimento • Uma versão específica para a função investimento

pode ser: i = b0 + b1r + b2y,

em que:b1 é a sensibilidade do investimento a variações da

taxa de juros (b1 < 0)b2 é a sensibilidade do investimento a variações da

renda (b2 > 0)b0 mede os efeitos das expectativas de lucros nas

decisões de investimento

Page 59: Cap11 macro

59

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O investimento no modelo IS/LM

i = i (y, r) fórmula geral para a função investimento

• Esta expressão torna a curva IS menos inclinada em relação à que se obteve quando i = i(r).

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O investimento no modelo IS/LM

i+g

i(y1)+g

g

i+g = s+t

s+t

s+t

yy0y1

r0

r1

r

45º

i(y0)+g

r2 i(y, r)i(r)

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O investimento no modelo IS/LM

i+g

i(y1)+g

g

i+g = s+ts+t

s+t

yy0y1

r0

r1

r

45º

i(y0)+g

r2 i(y, r)i(r)

• Pode ocorrer das curvas no quadrante noroeste se deslocarem muito para a esquerda e a curva IS ser positivamente inclinada no espaço y versus r.

• Isto ocorrerá quando a propensão marginal a gastar (PMgG) for maior que 1

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O investimento no modelo IS/LM

• Equilíbrio no mercado de produto para uma economia fechada:

y = c + i + g

• Para o equilíbrio no mercado de produto ser mantido, necessita-se que:

y = ( c + i + g)

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O investimento no modelo IS/LM

y

i

y = ( c + i + g)• Considerando os gastos do governo como sendo

constantes:

PMgG = PMgC* + PMgI

Sendo:

PMgC* = propensão marginal a consumir da

renda total = (PMgC*

PMgC).

PMgI = propensão marginal a investir =

y

c

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O investimento no modelo IS/LM

• Se PMgG > 1, um dado aumento na renda, aumenta (c + i + g) mais do que o aumento de y.

Ou seja, se PMgG > 1 ( c + i + g) > y. • Se nada além do aumento de y for feito, tem-se

desequilíbrio no mercado de produto. Assim, para manter o equilíbrio no mercado de produto, quando a renda aumenta, a taxa de juros deve subir para diminuir i.

• Assim, com PMgG > 1 é necessário que r e y aumentem para manter o mercado de produto em equilíbrio.

• Isto implica a curva IS ser positivamente inclinada no plano cartesiano y versus r.

y

)gic(PMgG

y = ( c + i + g)

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O investimento no modelo IS/LM

• Mas se PMgG < 1, um dado aumento na renda aumenta (c + i + g) de um valor menor do que o aumento de y.

Ou seja, se PMgG < 1 ( c + i + g) < y. • Para manter o mercado de produto em equilíbrio quando a

renda aumenta, a taxa de juros deve cair, de modo a aumentar i.

• Assim, ocorrendo PMgG < 1 é necessário que y e r.• Isto implica a curva IS ser negativamente inclinada no

espaço y versus r.

y

)gic(PMgG

y = ( c + i + g)

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O investimento no modelo IS/LM

• No restante deste curso será suposto que PMgG < 1, ou seja, (PMgC* + PMgI) < 1.

y

)gic(PMgG

y = ( c + i + g)

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Impactos da política fiscal sobre os investimentos privados

• No modelo básico da Síntese Neoclássica e no modelo geral dos novos keynesianos – quando se trabalhou com a função investimento i = i(r) – constatou-se que uma política fiscal de aumento de gastos do governo (g) aumentava a renda (y), mas diminuía o investimento i, pois a taxa de juros r subia.

• Agora, pela expressão i = i(r , y) fica-se na dúvida sobre o comportamento de i quando r e y sobem (pois o aumento de r diminui i, mas o aumento de y aumenta i).

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Impactos da política fiscal sobre os investimentos privados

• A iso-investimento é o lugar geométrico das combinações (y, r) que dão o mesmo valor do investimento privado.

• Elas são positivamente inclinadas, pois um aumento de r necessita de um aumento de y para i ficar constante

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Impactos da política fiscal sobre os investimentos privados

• As curvas de iso-investimento que se situam mais à direita (considerando como referência a origem dos eixos cartesianos) indicam maior nível de investimento, pois para um mesmo r implicam em maior y.

y1 yy0

i1

i1

i0

i0

r0

r

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Impactos da política fiscal sobre os investimentos privados

021 biybrb

• Considerando a expressão linear para a função investimento (i = b0 + b1r + b2y), tem-se:

ybbirb 201

yb

b

b

b

b

ir

1

2

1

0

1

1

2

b

b é a tangente da inclinação da iso-investimento e tem

valor positivo, pois b1<0 e b2>0.

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Iso-investimetos menos inclinadas que a LM

No ponto (y1, r1) o nível de investimento privado é menor

do que no ponto (y0, r0).

Impactos da política fiscal sobre os investimentos privados

Iso-investimetos mais inclinadas que a LM

No ponto (y1, r1) o nível de investimento privado é maior

do que no ponto (y0, r0).

y0 yy1

r0

r1

r

i0

i0

I0

I1

S0L

M

S1i1

i1

y0 yy1

r0

r1

r

i0

i0

I0

I1

S0L

M

S1

i1

i1

g

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Estimativas da função investimento no Brasil

em que:ILPR = investimento privado líquido a preços de 1975;POP = população (em milhões de habitantes);YDR = renda disponível do setor privado (a preços de 1975);YDR1 = renda disponível do setor privado no ano anterior (a preços de 1975);POP1 = população no ano anterior (em milhões de habitantes);EAMP = empréstimos das autoridades monetárias para o setor privado (a

preços correntes);IGP = deflator implícito do produto (base 1975);MR = importação de bens e serviços (a preços de 1975); e,XR = exportações de bens e serviços (a preços de 1975).

POP

XRMR4257,0

ΡΟΡIGP

EAMP0,3696

ΡΟΡ1

ΥDR1

ΡΟΡ

ΥDR0,29760,54

ΡΟΡ

ILPR

Estatística t (3,40) (8,31) (2,53)

R2 = 0,9756 DW = 2,34 n = 19

Elasticidade (0,08) (0,40) (0,63)

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Estimativas da função investimento no Brasil

• A equação acima mostra que o investimento privado líquido por habitante responde às variações do produto, à disponibilidade de empréstimos reais e à poupança real do setor externo.

• Como no Brasil não existia um mercado organizado de capitais de longo prazo na década de 1970, utilizou-se como proxy da disponibilidade de empréstimos aqueles concedidos por agências governamentais (e não as taxas de juros desses empréstimos).

POP

XRMR4257,0

ΡΟΡIGP

EAMP0,3696

ΡΟΡ1

ΥDR1

ΡΟΡ

ΥDR0,29760,54

ΡΟΡ

ILPR

Estatística t (3,40) (8,31) (2,53)

R2 = 0,9756 DW = 2,34 n = 19

Elasticidade (0,08) (0,40) (0,63)

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Estimativas da função investimento no Brasil

• Uma parte da poupança externa serve para financiar os investimentos privados. Por isso, foi utilizada a variável (MR – XR).

• Os valores das elasticidades mostram a maior importância da poupança externa e dos empréstimos governamentais

influenciando o , do que o impacto do crescimento do

PIB per capita.

POP

XRMR4257,0

ΡΟΡIGP

EAMP0,3696

ΡΟΡ1

ΥDR1

ΡΟΡ

ΥDR0,29760,54

ΡΟΡ

ILPR

Estatística t (3,40) (8,31) (2,53)

R2 = 0,9756 DW = 2,34 n = 19

Elasticidade (0,08) (0,40) (0,63)

POP

ILPR

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Estimativas da função investimento no Brasil

• Por fim, é importante ressaltar que a equação acima é uma estimativa do investimento privado líquido e não do bruto.

POP

XRMR4257,0

ΡΟΡIGP

EAMP0,3696

ΡΟΡ1

ΥDR1

ΡΟΡ

ΥDR0,29760,54

ΡΟΡ

ILPR

Estatística t (3,40) (8,31) (2,53)

R2 = 0,9756 DW = 2,34 n = 19

Elasticidade (0,08) (0,40) (0,63)

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Próxima Aula

CAPÍTULO 12 – A função demanda de moeda

12.1 O modelo clássico sobre a demanda de moeda;

12.2 O modelo de expectativas regressivas;

12.3 O modelo da composição ótima dos ativos;

12.4 O modelo da demanda de moeda para transações;

12.5 O modelo de Friedman para demanda de moeda;

12.6 Comparação e sintetização dos modelos de demanda de moeda e impactos na curva LM;

12.7 Estimativas de equação de demanda de moeda no Brasil.

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Referências Bibliográficas

• ASSIS, M. A estrutura e o mecanismo de transmissão de um modelo macroeconométrico para o Brasil (MEB). In: Revista Brasileira de Economia, 37(4): 483-512, out./dez. 1983.

• BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira. Campinas: Alínea, 2006

• BLANCHARD, O. Macroeconomia: teoria e política econômica. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

• BRANSON , W.H. e LITVACK, J.M. Macroeconomia, São Paulo: Habra, 1978.

• DORNBUSCH, R. & FISCHER, S. Macroeconomia. 5a edição. São Paulo: Makron/Mcgraw-Hill, 1991.

• MANKIW, N.G. Macroeconomia: Rio de Janeiro: LTC, 2004.