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17CAPTULO 2NDICES FSICOS1 - INTRODUOndices fsicos so valores que tentam representar as condies fsicas de um solo no estadoem que ele se encontra. So de fcil determinao em laboratrios de geotecnia e podemservir como dados valiosos para identificao e previso do comportamento mecnico dosolo.Embora existam em nmero considervel - alguns j em desuso - todos os ndices fsicospodem ser obtidos a partir do conhecimento de quaisquer trs deles.Em um solo ocorrem, geralmente, trs fases: a slida, a lquida e a gasosa. Os ndices fsicosso, direta ou indiretamente, as diversas relaes de peso, massa ou volume destas trsfases.2 - PRINCIPAIS NDICES FSICOSAdmita-se a abstrao apresentada na Figura 2.1 em que as trs fases: a slida, a lquidae a gasosa possam permanecer isoladas. esquerda est a coluna de volume e direita acoluna de peso onde:VaVwVsVvVt WwWsWtARGUASLIDOSFigura 2.1 - Amostra IdealizadaFredlund (19XX), alm das trs fases citadas, acrescenta uma quarta que seriaformada pela pelcula contrctil que se forma na fronteira entre a fase lquida ea fase gasosa nos vazios dos solos no saturados, devido tenso superficial dagua.Quadro 2.118sgsWV Eq.2Para evitar equvocos freqentes mesmo entre engenheiros, reafirma-se aqui oconceito de peso e o de massa de um corpo. O peso uma fora, igual massadocorpomultiplicadapelaaceleraodagravidade(W=Mg)eportanto,varivel com esta. Sua unidade no Sistema Internacional (SI) o Newton comseusmltiplos e submltipos. A massa de um corpo uma propriedade constantedaquele corpo. Sua unidade o grama com seus mltiplos e submltiplos.Quadro 2.2sgsMV Eq.3Vt= volume total da amostra;Vs= volume da fase slida da amostra;Vw= volume da fase lquida;Va= volume da fase gasosa;Vv= volume de vazios da amostra = Va + Vw;Wt= peso total da amostra ;Wa= peso da fase gasosa da amostra;Ws= peso da fase slida da amostra;Ww= peso da fase lquida da amostra.Comse considera o peso da fase gasosa igual a zero, o peso da fase slida igual aopeso seco da amostra.Alguns ndices fsicos so obtidos com a massa e no com o peso do material. Neste caso,pode-se pensar na Figura 2.1 com a coluna da direita sendo uma coluna de masssa, ondeMt seria a massa total da amostra, Mw a massa da fase lquida da amostra e Ms a massada fase slida.2.1 - PESO ESPECFICO DAS PARTCULAS - ?g o peso da fase slida por unidade de volume. Sendo umarelao de fora por volume a unidade usada no SI o kN/m3e seus mltiplos e submltiplos.2.2 - MASSA ESPECFICA DAS PARTCULAS - ?g a massa da fase slida por unidade de volume. Sendo umarelao de massa por volume a unidade mais usada a t/m3,quenumricamenteigualaog/cm3,preferidaemlaboratrios de geotecnia.19A tonelada (t) muito usada noBrasilcomo unidade demassa,valendo106gramas.Otermotecnicamentemaisadequadoparaestevalorseriaomegagrama (Mg) mas ser mantido neste livro o termo consagrado no pas.Quadro 2.3ggg Eq.4g gsw wG Eq.5w ws sW Mw 100 100W M Eq.6Considerando que o peso de um corpo o produto de suamassa pela acelerao da gravidade (W = Mg) fcil concluirque a massa especfica das partculas pode ser obtida com arelaodopesoespecficodosgrospelaaceleraodagravidade:2.3 - DENSIDADE RELATIVA DOS GROS - Gs a razo entre a massa ou o peso especfico da parteslida e a massa ou o peso especfico de igual volume degua pura a 4EC. Como uma relao de massas ou depesosespecficos,Gsadimensionaleportantodemesmo valor numrico em qualquer sistema de unidade.2.4 - TEOR DE UMIDADE - w a relao entre a massa ou o peso da gua contida no solo e a massa ou o peso de suafase slida, expressa em percentagem.Aumidadevariateoricamentede0a4.Osmaiores valores conhecidosnomundosoos dealgumas argilas japonesas que chegam a 1400%.Em geral os solos brasileiros apresentam umidadenatural abaixo de 50%. Se ocorre matria orgnica,esta umidade pode aumentar muito, podendo chegar at a 400% em solos turfosos.O valor de Gs pode ser uma indicao do tipo de solo. Se:2,6 < Gs< 2,8 6 solo inorgnico (maioria dos solos brasileiros);2,9 < Gs6 solo inorgnico contendo ferro;Gs< 2,5 6 solo orgnico;Gs< 2,2 6 solo essencialmente orgnico (turfa).Quadro 2.420wrvVS 100VEq.7tnattWV Eq.8sdtWV Eq.9satsattWV Eq.102.5 - GRAU DE SATURAO - Sr a relao entre o volume de gua e o volume de vazios de umsolo, expressa em percentagem. Varia de 0% para um solo secoa 100% para um solo saturado.2.6 - PESO ESPECFICO APARENTE (OU NATURAL) - ? (ou ?nat) a relao entre o peso total e o volume total da amostra.2.7 - PESO ESPECFICO SECO - ?d definido como o peso especfico aparente para a situaode umidade nula. Obtm-se com a relao entre o peso secoe o volume total da amostra.2.8 - PESO ESPECFICO SATURADO - ?sat a relao entre o peso da amostra saturada (Wsat) e ovolume total.Cada vez mais usada entre os geotcnicos, especialmente entre os que trabalham comresduosslidos,aumidadevolumtrica(? ),tambmexpressaempercentagemedefinida como a relao entre o volume de gua e o volume total da amostra.Quadro 2.5A ocorrncia s das fases slida e lquida bastante comum. Neste caso todos os vaziosdo solo encontram-se ocupados por gua e o solo chamado de saturado. A condiode saturado no admite meio termo: ou um solo est saturado ou no est; por isto, aexpresso "parcialmente saturado",bastante utilizada para referir-se a um solo com altode grau de saturao, no correta.Quadro 2.621subsubtWV Eq.11tnattMV Eq.12g Eq.13sdtMV Eq.142.9 - PESO ESPECFICO SUBMERSO - ?sub a relao entre o peso da amostra submersa (Wsub) e ovolume total.2.10 - MASSA ESPECFICA APARENTE (OU NATURAL) - ? (ou ? nat) a relao entre a massa total e o volume total da amostra.De forma anloga Eq. 4, fcil concluir que a massa especficaaparenteounaturalpodeserobtidacomarelaodopesoespecfico aparente ou natural pela acelerao da gravidade:2.11 - MASSA ESPECFICA SECA - ? d definido como a massa especfica aparente para a situaoEmcondionaturalnoseencontramsolossecos(ausnciadafaselquida).Emlaboratrio isto pode ser conseguido facilmente mas torna-se necessrio definir o que solo seco uma vez que as partculas de argilas tm uma pelcula de gua que as envolve,chamada gua adsorvida, que faz parte de sua estrutura. Esta gua est submetida apresses altssimas que fazem com que se apresente congelada temperatura ambiente.Dependendo da temperatura de secagem, parte ou at toda gua adsorvida pode serremovida junto com a gua livre dos vazios o que daria diferentes pesos secos em funoda temperatura da estufa. Para resolver isto, convenciona-se em Mecnica dos Solosquesolosecoaquelequeapresentaconstnciadepesoemduaspesagensconsecutivas aps secagem em uma estufa de 105 a 110E.Quadro 2.7Quase sempre o solo submerso considerado saturado - nesta condio, o ?natdeste solo o ?sat - muito embora, o solo submerso estar saturado nem sempre a realidade, especialmente em argilas, em que comum a existncia de bolhasdegasretidasnosvazios,produzidaspelaatividadebiolgicadosmicrorganismos presentes.Quadro 2.822ddg Eq.15satsattMV Eq.16satsatg Eq.17subsubtMV Eq.18subsubg Eq.19vsVeVEq.20vtVn 100VEq.21de umidade nula. a relao entre a massa seca e o volume total da amostra.Tambmpode-seobteramassaespecficasecacomaEq. 15.2.12 - MASSA ESPECFICA SATURADA - ? sat: a relao entre a massa da amostra saturada e o volumetotal da amostra.Da mesma forma pode-se obter a massa especfica saturadacom a Eq. 17.2.13 - MASSA ESPECFICA SUBMERSA - ? sub a relao entre a massa da amostra submersa e o volumetotal da amostra.De forma anloga pode-se obter a massa especfica submersacom a Eq. 19.2.14 - NDICE DE VAZIOS - e a relao entre o volume de vazios e o volume de slidos.Embora possa variar, teoricamente, de 0 a 4, o menor valorencontrado em campo para o ndice de vazios de 0.25 (parauma areia muito compacta comfinos) e o maior de 15 (parauma argila altamente compressvel).2.15 - POROSIDADE - narelaoentreovolumedevazioseovolumetotaldaamostra, expressa em percentagem.23stdttWWVW ss wdttWW WVW+ s wsdtt1W WW1WV+ Teoricamente varia de 0 a 100%. Na prtica varia de 20 a 90%.3 - PROBLEMAS PROPOSTOS E RESOLVIDOS1 - A partir do peso especfico aparente (?) e da umidade de um solo (w), deduza umaexpresso para o peso escfico seco (?d).SOLUO:Como pode-se ver na Eq.9,.sdtWV Dividindo-se o numerador e o denominador por Wt:Substituindo-se Wt por Ws + Ww (v. Figura 2.1):Invertendo-se o numerador e o denominador, tem-se:Substituindo-se e:wsWw 100WttWV 24NA NT~~ EWtFigura 2.2 - Perfil de solod1w11001+ dw1100 +Eq.22o que leva a:Considerando o empuxo, ache uma relao para o peso especfico submerso (?sub).SOLUO:2 - Se o solo est submerso, passa a atuar nas partculas o empuxo de gua que umafora vertical, de baixo para cima, igual ao peso do volume de gua deslocado. Considere-se, como mostra a Figura 2.2, uma amostra de solo submersa e saturada, com volume Vte peso Wt:Pelo equilbrio de foras na direo vertical, tem-se:sub tW W E Eq.23sendo:Wsub= o peso submerso da amostra;Wt= peso da amostra ao ar;25sub sat w Eq.24E = empuxo.Pode-se ainda escrever: t sub t sat t wV V V o que leva a:3 - Ache uma relao biunvoca entre o ndice de vazios (e) e a porosidade (n).SOLUO:Por definio: vtVn 100VDividindo-se o numerador e o denominador por Vs:vstsVVn 100VVSubstituindo-se Vt por Vs + Vv (v. Figura 2.1):vss vsVVn 100V VV+Como:vsVeVen 1001 e+Eq.25ou ainda:26n100en1100Eq.264-Apartirdasdefiniesbsicasdosndicesfsicos,cheguesseguintesrelaesimportantes:gw11001 e+ +Eq.27swwG 11001 e _+ , +Eq.28ssat wG e1 e+ +Eq.29gd1 e +Eq.30gde 1 Eq.31rsS wG e100 100 Eq.325 - Mostre um esquema demonstrativo para a determinao dos principais ndices fsicosobtidos em uma amostra indeformada de argila trazida ao laboratrio.Conhecendo-se trs indces fsicos de um solo, todos os demais podem ser obtidos. Paraconhecer-se estes trs ndices, determina-se no laboratrio o volume da amostra (Vt), suamassa na condio natural (Mt) e aps seca em estufa (Md) e a densidade relativa dosgros (Gs).Para a determinao do volume o mtodo mais usado a moldagem de uma amostra emuma forma geomtrica simples - em geral cilndrica - na qual se possa determinar o volumeatravs de uma frmula conhecida. Outra alternativa pesar a amostra ao ar, cobri-la comparafina e pes-la submersa; aplicando o princpio do empuxo pode-se chegar facilmenteao volume da amostra (v. exerccio 19).27Figura 2.3 - DinammetroA determinao da massa da amostra obtida com a utilizao de uma balana comum delaboratrio. Em geral, as balanas de laboratrio so de compensao e medem a massado corpo. A determinao do peso de um corpo exige a utilizao de um dinammetro, i.e.,um medidor de fora. A Figura 2.3 mostra um dinammetro muito utilizado por vendedoresambulantes de pescado em cidades de veraneio no litoral do pas - e por isto conhecidopopularmente por balana de peixeiro - que mede a fora necessria para distender umamola calibrada.A massa seca obtida aps secagem da amostra em estufa de 105 a 110C, at ocorrera constncia de massa, i.e., em duas pesagens consecutivas, espaadas por um tempo noinferior a 30 minutos, obtenha-se o mesmo valor na balana. Tratando-se de amostras desolo orgnico, sugere-se o uso de estufa de 60C para evitar a queimada matria orgnica.Mtodos alternativos usados para acelerar a secagem das amostras - como a adio delcool amostra, com queimas sucessivas - s podem ser usados quando comparaesprvias garantirem, para aquele solo, a validade do processo.A determinao da densidade relativa dos gros pode ser feita a partir da proposta daABNT/NBR-6508paraadeterminaodamassa especfica dos gros de solo.Comestesquatrovalores,pode-seseguiromodelo da Figura 2.4 para obter-se os ndicesfsicos desejados. Cabe observar que a simplesdivisodospesosespecficosobtidos,pelaaceleraodagravidadegforneceasmassasespecficas equivalentes.28VtMt Mdg s wG ttMgV gde 1 dw1100 t ddM Mw 100Men 1001 e+srwG100S 100essat wG e1 e+ +sub sat w GsFigura 2.4 - Seqncia proposta para determinao dos ndices fsicossat secasecaam +vidro am vidroam vidro vidroM M68,959 62,011w = 100=100 = 25,8 %M M 62,01 35,046++ 6 - Um recipiente de vidro e uma amostra indeformada de um solo saturado tem massa de68,959 g. Depois de seco baixou para 62,011 g. A massa do recipiente 35,04 g e o pesoespecfico dos gros 28 kN/m3. Determine o ndice de vazios, a porosidade e o teor deumidade da amostra original.SOLUO:TEOR DE UMIDADE - wA partir da Eq. 6, pode-se escrever:NDICE DE VAZIOS - eAplicando-se Eq. 5 e Eq. 32, tem-se:29sat swtM g G e 0,0572 x 9,81 2,79 e9,81V 1 e 0,0283 1 ee 0,75+ + +rsS 100e 0.75100 100w 100 100 27%G 2,79 gwrw 28 25,8 x100 9,81 100e 0,74S 100100 100 POROSIDADE - nAplicando-se a Eq. 25:e 0 74n100 = 42,41 %1 e 1 0 74 + +,,7 - Uma amostra de solo saturado tem um volume de 0,028m3emassade57,2kg.Considerando que os vazios esto tomados por gua, determinar o ndice de vazios, o teorde umidade e o peso especfico seco deste solo. Considerar Gs = 2,79.NDICE DE VAZIOS - eSe o solo est saturado, Sr = 100% e ?nat = ?sat. Aplicando-se as Eq. 16, 17 e 29:TEOR DE UMIDADE - wAplicando-se Eq. 32, tem-se:PESO ESPECFICO APARENTE SECO - ?d:A partir das Eq. 5 e Eq. 30, tem-se:30rsat wS 100e e100 100e ew 32 5100 100 18 83 9 811 e 1 ee 0 89+ + + +,, ,,g grw3gS w 32.5 100e 0 89100 100 100 9 81 10026 86 kN/m .,,3 s wdG 2 79 x 9 8115 61 kN/m1 e 1 0 72 + +, ,,,8 - Um solo saturado tem um peso especfico aparente de 18,83 kN/m3 e umidade de32,5%. Calcular o ndice de vazios e o peso especfico dos gros do solo.NDICE DE VAZIOS - eSe o solo est saturado, Sr = 100% e ?nat = ?sat. Usando as Eq 29 e 32, tem-se:PESO ESPECFICO DOS GROS - ?gDa Eq. 32 e 5, tem-se:9 - A massa de uma amostra de argila saturada 1526 g. Depois de seca em estufa passaa ser 1053 g. Se Gs = 2,7, calcule e, n, w, ?, ?d.(Resp.: e = 1,21 ; n = 54,81 % ; w = 44,92 % ; ? = 17,37 kN/m3 ; ?d = 11,99 kN/m3)10 - Em um solo saturado so conhecidos o peso especfico aparente (? = 20,1 kN/m3) eseu teor de umidade (w = 23%). Encontre a densidade relativa dos gros deste solo.(Resp.: Gs = 2,71)11 - Em um solo saturado Gs = 2,55 , ?nat = 17,65 kN/m3. Calcule o ndice de vazios e aumidade deste solo.31w t ss sM M M 28,81 24,83w 100 100 16,03%M M 24,83 -63 t-6tM g 28,81 x 10x 9,8119,06 kN/mV 14,83x 10 (Resp.: e = 0,94 ; w = 36,8%)12 - Em uma amostra de solo so conhecidos o ?sub, w e Gs. Encontre o peso especficoseco, o ndice de vazios e o grau de saturao em funo dos valoresconhecidos.(Resp.:swsubG 1e 1 Eq.33s subdsG G 1 Eq.34( )s subrs w subwG100SG 1 Eq.3513-Um recipiente de vidro e uma amostra indeformada de um solo saturado pesaram0,674 N. Depois de seco em estufa o peso tornou-se 0,608 N. O recipiente de vidro pesa0,344 N e o peso especfico dos gros do solo 27,5 kN/m3. Determinar o ndice devazios e o teor de umidade da amostra original.(Resp.: e = 0,70 ; w = 25%)14 - Por imerso em mercrio o volume de uma amostra siltosa foi determinado igual a14,83 cm3. Sua massa, no teor natural de umidade era 28,81 g e depois de seca em estufa24,83 g. O peso especfico dos gros era 26,5 kN/m3. Calcule o ndice de vazios e o graude saturao da amostra.Aplicando a Eq. 6 tem-se:com a Eq. 8 pode-se achar o peso especfico aparente:Com a Eq. 27 pode-se achar o ndice de vazios:32Argila siltosa mdiaAreia medianamente compacta0 -2 -4 -6 -(m)NANTFigura 2.5 - Perfil do terrenogw 16,031 26,5 1100 100 19,061 e 1 ee 0,61 _ _ + + , , + +t ssW W 0,39 0,28w 100 39,28%W 0,28 gww26,5 16,03 x x 1009,81 100S 100 100 70,59%e 0,61 e com as Eq. 5 e 32 acha-se, finalmente o grau de saturao:15-DoperfildeterrenomostradonaFigura2.5,retirou-seumaamostraa6mdeprofundidade. O peso da amostra foi de 0,39 N e aps secagem em estufa foi de 0,28 N.Sabendo-se que Gs = 2,69, pede-se: w, e, ?nat, ?sub.Como a amostra estava submersa a considerao de estar saturada plenamente aceitvel,logo: Sr = 100 %. Considerando a Eq. 6, tem-se:333 snat sat wG e 2,69 1,069,81 17,87 kN/m1 e 1 1,06+ + + +srw 39,28G 2,69 x100 100e 1,06S 100100 100 3sub sat w17,87 9,81 8,06 kN/m A Eq. 32 permite determinar o valor do ndice de vazios:Com a Eq. 29 pode-se calcular o ?sat:e finalmente, com a Eq. 24:16 - As amostras A, B ,C e D foram recolhidas por meio da cravao de um cilindro deao de 1 litro de volume e massa de 100 g, com paredes suficientemente finas para noalterar o volume inicial da amostra. Foram tomadas todas as precaues para preservar aumidade da amostra at sua chegada em laboratrio onde foram pesadas dentro do cilindroe depois levadas para uma estufa a 110E C at chegar-se constncia de peso. Foramobtidos os seguintes resultados: AMOSTRAS A B C Dmassa da amostra + cilindro (g) 1520 2050 1450 2030massa da amostra seca (g) 1210 1640 1165 1720Tabela 2.1 - Dados do problema 16Admitindo-se Gs = 2,65, determinar os pesos especficos aparentes e secos, os teoresde umidade, os ndices de vazios e os graus de saturao dessas amostras,A B C D? (kN/m3) 13,93 19,13 13,24 18,93w (%) 17,36 18,90 15,88 12,2134A B C D-63 areiaburacoareiaM g 1500 x 10x 9,81V 0,788 m18,63 -63nat1080 x 10x 9,8113,41 kN/m0,788 ?d (kN/m3) 11,87 16,09 11,43 16,87e 1,19 0,62 1,27 0,54Sr (%) 38,65 81,34 33,01 59,84Tabela 2.2 - Resposta do problema 1617 - Escavou-se um buraco em um terreno, retirando-se 1080 g de solo. Logo emseguida preencheu-se este buraco com 1500 g de uma areia seca com peso especficoaparente de 18,63 kN/m3. Calcular o peso especfico seco, o ndice de vazios e o graude saturao deste terreno sabendo-se que de uma parcela do solo retirado do buracodeterminou-se a umidade do terreno em 14% e a densidade relativa dos gros em 2,5.Este problema representa um ensaio de frasco de areia, usado para determinaes "insitu", do peso especfico natural do terreno.O primeiro passo do ensaio em campo, consiste em escavar-se, cuidadosamente, umburaco no solo na forma aproximada de um cilindro de 20 cm de dimetro por 15 cm dealtura. Aps isto, preenche-se o buraco com uma areia de peso especfico conhecido,determinando-se a massa de areia necessria para ench-lo; o volume do buraco podeser determinado a partir da massa da areia que preencheu o buraco e do pesoespecfico, previamente conhecido, da areia. Com a massa do terreno retirado paraescavar o buraco e o volume do mesmo, determina-se o peso especfico natural doterreno.Massa da areia necessria para preencher o buraco = 1500 g; peso especfico destaareia = 18,63 kN/m3, logo, de acordo com a Eq. 8, o volume do buraco ser:Massa do material retirado para fazer o buraco = 1080 g; volume do buraco =0,788 m3, logo o peso especfico natural do terreno ser:e o peso especfico poder ser obtido a partir da Eq. 22:35Ar g i l a s i l t o s a m d i aAr e i a me d i a n a me n t e c o mp a c t a0-2-4-6-( m )N AN TFigura 2.6 - Perfil do terrenosG= 100rw 142 5100 100S 100 32 28e 1 05 ,, %,sww 14G 1 2 5 1100 10013 41 9 811 e 1 ee 1 08 _ _+ + , , + +,, ,,3 kN/md13 4111 77w 141 1100 100 + +,,O ndice de vazios com a Eq. 28:Finalmente o grau de saturao pode ser obtido com a Eq. 32:18 - Retirou-se uma amostra a 3 m de profundidade no perfil abaixo, com massa de18,0 kg e volume de 0,011 m3. Sabendo-se que a densidade relativa dos gros destesolo 2,69, calcule:- o peso especfico natural;- o peso especfico submerso;- o ndice de vazios;- a umidadeA amostra retirada a 3 m de profundidade encontrava-se na camada argilosa, 1,0 macima do lenol fretico. Nestas condies, a considerao de a amostra estar saturada(por capilaridade) plenamente aceitvel tratando-se de uma argila. Com estaconsiderao de Sr = 100%, pode-se resolver facilmente o problema.36VaVwVsVvVtARGUASLIDOSCERAVcVamFigura 2.7 - Amostra idealizada(Resp.: ?nat = 16,05 kN/m3, ?sub = 6,24 kN/m3, e = 1,66 ; w = 61,55%)19 - O volume de uma amostra irregular de solo foi determinado, cobrindo-se a amostracom cera e pesando-a ao ar e debaixo d'gua. Encontre o ?d e o Sr deste solo sabendoque:- massa total da amostra ao ar = 184 g- massa da amostra envolta em cera, ao ar = 203 g- massa da amostra envolta em cera, submersa = 80 g- umidade da amostra = 13,6%- densidade relativa dos gros = 2,61- peso especfico da cera = 8,2 kN/m3.Admitindo-se a amostra idealizada mostrada na Figura 2.7:O empuxo, que igual ao peso de gua deslocado pela submerso da amostra, obtidopela diferena da pesagem ao ar e submersa, e portanto:( )-3ar submersoE W W 203 80x 10x 9,81=1,21 N logo, o volume total (amostra + cera) ser igual a:-3-4 3am cerawE 1,21 x 10V 1,23 x 10m9,81+ o peso da cera ser igual a:373 kN/md18 015 85w 13 61 1100 100 + +,,, x 9,81s wdG 2 61e 1 1 0 6215 85 ,,,( ) ( )-3c am am ceraW M M g 203 184x 10x 9,81=0,19 N+ o volume de cera ser igual a:-3-4 3 cccW 0,19 x 10V 0,23 x 10m8, 2 o volume da amostra ser:-4 -4 -4 3am t cV V V 1,23 x 10 0,23 x 10 1,0 x 10m o peso especfico da amostra pode ser obtida com as Eq. 12 e 13:-3 33 amam -4amM g 184 x 10x 9,81 x 1018,0 kN/mV 1,0 10 o peso especfico seco da amostra com a Eq. 22:o ndices de vazios com as Eq. 5 e 31:e, finalmente, o grau de saturao com a Eq. 32:r13,62,61100S 100 57,65 %0,62 20 - Uma amostra de solo saturado tem o volume de 0,0396 m3 e massa de 79,2 kg. Adensidade relativa dos gros 2,75.a) considerando que os vazios esto tomados por gua pura, determinar o teor de383 ttM 0,07922,0 mV 0,0396 s wsalamg wsalW WV + Eq.36ssat wG e 2,75+eg2 x 9,81 =9,811 e 1+ee = 0,75 + +rsS 100e 0,75100 100w 100 100 27,27%G 2,75 umidade e o ndice de vazios deste solo.b) considerando agora que a gua dos vazios seja salgada (com os sais totalmentedissolvidos), tendo o peso especfico de 10,1 kN/m3, determinar o peso de gua pura,o peso do sal e o ndice de vazios desta amostra.a) para esta situao aplica-se as Eq. 12, 16, 29 e 32:b) neste caso, como os sais nos vazios esto completamente dissolvidos, eles noocupam espao adicional ao da gua; com a dissoluo integral, as molculas de salocuparo os espaos entre as molculas da gua, portanto, na amostra saturada comgua salgada, o volume de vazios (Vv) ser igual ao volume de gua nos vazios (Vw) eigual ao volume de gua salgada nos vazios (Vwsal):v w wsalV V V o volume total da amostra ser igual:am s v s wsalV V V V V + +comoe, pode-se escrever:ssgWVwsalwsalwsalWV o peso da amostra (Wam) igual a:39( )3sal wsal wW W W 0,174 0,16910 5,01 N am s wsalW W W +Eq.37am wsal wsalamg wsalW W WV + -3wsal wsalwsal79,2 x 10 x 9,81 W W0,03962,75 x 9,81 10,1W 0,174 kN +3 wsalwsalwsalW 0,174V 0,0173 m10,1 w wsal wW V 0,0173 x 9,81 0,169 kN aplicando-se o valor de Ws obtido na Eq. 37 na Eq. 36, tem-se:que leva a:o volume de gua salgada nos vazios (Vwsal) ser:como o volume de gua salgada igual ao volume de gua, o peso de gua ser:o que d para o peso de sal:o ndice de vazios poder ser calculado com a Eq. 20: v wsals am wsalV V 0,0173e 0,77V V V 0,0396 0,0173 21 - Retirou-se uma amostra de argila do fundo do mar. Para determinar seu volume,cobriu-se a amostra com parafina e determinou-se sua massa ao ar e debaixo d'gua,obtendo-se:- massa da amostra ao ar = 12 Kg;- massa da amostra coberta com parafina ao ar = 13 Kg;- massa da amostra coberta com parafina debaixo d'gua = 3,5 Kg.40tsVV1 e+Eq.383s400000V 243902 m1 0,64 +Admitindo-se que a gua existente nos vazios da amostra tem peso especfico de10,3 kN/m3, pede-se o peso do sal contido nos vazios da amostra. Considerar:- peso especfico da parafina = 8,2 kN/m3;- densidade relativa dos gros = 2,65.(Resp.: ?nat = ?sat = 14,18 kN/m3 ; e = 2,71 ; w = 102,1%)22 - A construo de um aterro consumir um volume de 400.000 m3 de solo deemprstimo com um ndice de vazios aps a compactao de 0,64. H trs jazidas quepodem ser utilizadas com as seguintes caractersticas:JAZIDA DISTNCIA (km) eSerrinha 3 1,85Araras 5 0,78Pitomba 4 1,1Tabela 2.3 - Dados do problema 22Admitindo-sequeopreodotransportedomaterialporkmsejaigual,qualajazidaeconomicamente mais favorvel?Neste caso, independentemente do ndice de vazios original, o volume de slidos a serutilizado no aterro tem que ser igual nas trs jazidas, uma vez que o volume total no aterroe o ndice de vazios final so os mesmos. A partir da Eq. 20 para o ndice de vazios pode-se chegar expresso a seguir:o que leva a:Conhecido o Vs, pode-se achar o volume total que ter que ser trazido de cada jazida, paraser no aterro um volume total compactado de 400000 m3 com um ndice de vazios de 0,64.Para isto usa-se a mesma expresso anterior e monta-se a tabela:JAZIDA NDICE DEVAZIOSDISTNCIAkmVOLUMETOTAL m3CUSTOTOTALSerrinha 1,85 3 695122 2085365,8541Araras 0,78 5 434146 2170731,71Pitomba 1,1 4 512195 2048780,49Tabela 2.4 - Resposta do problema 22A coluna deCUSTO TOTAL teria que ser multiplicada pelo custo do kilmetro parafechar-se o custo de cada jazida, porm como este preo o mesmo para todas as jazidas,a opo Pitomba a mais favorvel.23 - Uma amostra de um solo argiloso apresentava os seguintes ndices fsicos: ?nat = 18,5kN/m3 , ?g = 27 kN/m3 e w = 15%. Qual o volume de gua a ser acrescentado para quea amostra fique completamente saturada ?INDCE DE VAZIOSAplicando-se a Eq. 28:sww 27 15G 1 1100 9,81 10018,5= 9,811 e 1 ee 0,68 _ _+ + , , + +UMIDADE DE SATURAOConsiderando-se, na Eq. 32,Sr = 100 % , tem-se a umidade para o solo saturado:satse 0,68w 100 24,65%27G9,81 Um volume de 1 m3 deste solo pesa 18,5 kN/m3. Considerando a Eq. 6, pode-se chegar:o00wwt w wwWW 15w 100 W W 100 18,5 WW 2,41 kN 42O que leva ao peso de slido:s t wW W W 18,5 2,41 16,09 kN E portanto, o peso de gua de um m3 da amostra saturada :satsatw sw 24,65W W 16,09 3,97 kN100 100 O que faz com que o volume de gua a acrescentar, necessrioparasaturar1 m3 deamostra:sat 0w wwwW W3,97 2,41V 1000 158 litros9,81 24 - Uma amostra de areia tem uma porosidade de 34%. A densidade relativa dos gros igual a 2,7. Calcule o peso especfico seco e o saturado desta areia.(Resp.: ?d = 17,48 kN/m3 ; ?sat = 20,82 kN/m3)25 - Determinou-se a umidade de duas amostras iguais de um solo argiloso, utilizandodiferentes estufas para a secagem das amostras: na amostra A usou-se uma estufa de 300C e na amostra B uma de 110 C. de se esperar que:G - a umidade determinada para o solo A seja maior que a do solo B;G - a umidade determinada para o o solo A seja menor que a do solo A;G - a umidade determinada para o o solo A seja igual a do solo B;G - nenhuma das respostas anteriores.(Resp.: de se esperar que a umidade determinada para o solo A seja maior que a umidadedeterminada para o solo B porque a estufa de 300 ir retirar parte da gua adsorvida daspartculas levando a um peso seco menor para a amostra A e, por conseqncia, a umaumidade maior).26 - Em uma amostra de solo, tem-se : Gs = 2,75 e w = 43%. Determinou-seopesoespecfico aparente deste solo duas vezes, sendo ?1=16,7kN/m3 e ?2 = 18,6 kN/m3.Sabendo-se que houve erro em um dos ensaios, qual o peso especfico correto?Como so conhecidos trs ndices fsicos da amostra pode-se calcular qualquer outro quese queira. Um caminho possvel para determinar um erro nestes casos, achar ndicesfsicos com faixas limitadas e verificar se estes limites so obedecidos. O ndice que maisse adequa a isto o grau de saturao que tem limites de 0% a 100%. O primeiro passoento ser calcular o grau de saturao admitindo o peso especfico de 16,7 kN/m3:433 1d116,711,68 kN/mw 431 1100 100 + +3 2d218,613,0 kN/mw 431 1100 100 + +g1d12,75 x 9,81e 1 1 1,3111,68 g2d22,75 x 9,81e 1 1 1,0713,0 s11w 43G 2,75100 100S 100 100 90,3%e 1,31 s22w 43G 2,75100 100S 100 100 110%e 1,07 CLCULO DE Sr1:Aplicando.se as Eq. 22, 31 e 32, tem-se:O valor de Sr1 no d nenhuma indicao de erro.CLCULO DE Sr2:Fazendo o mesmo para o segundo ensaio:Como Sr tem que ser menor ou igual a 100% o valor de ? = 18,6 kN/m3 incorreto eportanto o peso especfico da amostra deve ser considerado igual a 16,7 kN/m3.27 - Um certo volume de lodo (resduo industrial) dever ser estocado em laboratrio paradeposio de slidos. Sabe-se que o lodo contm 20% em peso de slidos, sendo seu pesoespecfico 11,28 kN/m3. Aps sedimentao total foi retirada uma amostra indeformada dosedimento, tendo um volume de 35,4 cm3 e massa de 50,3 g. Depois de seca em estufa esta44amostra teve sua massa alterada para 22,5 g. Determinar o peso especfico dos gros, ondice de vazios do lodo e o ndice de vazios do sedimento.SEDIMENTOPESO ESPECFICO APARENTECom a Eq. 12 e 13 chega-se a:350,39,81 13,94 kN/m35,4 TEOR DE UMIDADE50,3 22,5w 100 123,5%22,5 PESO ESPECFICO DOS GROSComo o sedimento decantou em gua a consideraodeSr=100% correta, logo,usando-se a Eq. 28:s sss123,5G G10013,94 9,81 G 2,95123,51 G100+ +o que leva a 3g2,95 x 9,81 29,04 kN/m123,5e 2,95 3,66100 ' LODOWs = 0,20 WtUMIDADE45w t tlodos s tW W Ww 100 1 100 1 100 400%W W 0,20 W _ _ , ,NDICE DE VAZIOSUsando as Eq.28, chega-se equao:swwG 1100e 1 11,87 _+ , 28 - Duas pores de solo (1) e (2) da mesma amostra apresentam respectivamente w1 =10% e w2 = 25%. Quanto da poro (1), em peso, deve ser acrescentado poro (2)para obter-se a umidade final da mistura igual a 22% ?Da Equao 2.5 tira-se:t s ts sW W W ww 1001W W 100 +( )( )1122fftststsWpara a porao1 1,10WWpara a porao2 1,25WWpara a mistura final1,22W ' %%A ltima expresso pode ser escrita: 1 21 2t ts sW W1,22W W++ou ainda: 1 21 2t tt tW W1,22W W1,10 1,25++46da tira-se: 12ttW0,22WIsto , a mistura de 22 g do solo (1) com 100 g do solo (2) produzir uma amostra com w= 22%.29 - Uma camada arenosa de e = 0,60 sofreu o efeito de um terremoto de tal forma quea espessura desta camada reduziu-se em 3% da espessura inicial. Pede-se o ndice devazios desta areia depois do terremoto.ANTES DO TERREMOTO 0s00espessura da camada = Hvolume de solidos = Vvolume total = A Hindice de vazios inicial = e 0,60'DEPOIS DO TERREMOTO 0s0fespessura da camada = 0,97 Hvolume de solidos = Vvolume total = A x 0,97 Hindice de vazios final = e'A partir da Eq. 38 e considerando que o volume de slido no se altera com o terremoto,pode-se chegar expresso:0 00 fA H A x 0,97 H1+e 1+eSubstituindo-se o valor de e0 encontra-se ef = 0,55.