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CAPA-PPA-2016-2019 - portal.saude.pe.gov.brportal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/ppa_2016... · GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Art. 6º Esta Lei entra em vigor

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  • PPA 2016-2019

  • ESTADO DE PERNAMBUCO

    GOVERNADOR PAULO HENRIQUE SARAIVA CMARA

    VICE-GOVERNADOR RAUL JEAN LOUIS HENRY JNIOR SECRETRIOS

    SECRETARIA DA CASA CIVIL

    Antnio Carlos dos Santos Figueira

    SECRETARIA DA FAZENDA Mrcio Stefanni Monteiro Morais

    SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRRIA Nilton da Mota Silveira Filho

    SECRETARIA DE SADE Jos Iran Costa Jnior

    SECRETARIA DE EDUCAO Frederico da Costa Amancio

    SECRETARIA DE ADMINISTRAO Milton Coelho da Silva Neto

    SECRETARIA DE TRANSPORTES Sebastio Igncio de Oliveira Jnior

    SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTO Danilo Jorge de Barros Cabral

    SECRETARIA DE CINCIA, TECNOLOGIA E INOVAO Lcia Carvalho Pinto de Melo

    SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL Alessandro Carvalho Liberato de Mattos

    SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO Thiago Arraes de Alencar Nores

    SECRETARIA DE TURISMO, ESPORTES E LAZER Felipe Augusto Lyra Carreras

    SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL, CRIANA E JUVENTUDE Isaltino Jos do Nascimento Filho

    SECRETARIA DAS CIDADES Andr Carlos Alves de Paula Filho

    PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Antnio Csar Cala Reis

    SECRETARIA DE JUSTIA E DIREITOS HUMANOS Pedro Eurico de Barros e Silva

    SECRETARIA DE CULTURA Marcelino Granja de Menezes

    SECRETARIA DE IMPRENSA Ennio Lins Benning SECRETARIA DA MICRO E PEQUENA EMPRESA, TRABALHO E QUALIFICAO Evandro Jos Moreira de Avelar

    SECRETARIA DA MULHER Slvia Maria Cordeiro

    SECRETARIA DA CONTROLADORIA GERAL DO ESTADO Rodrigo Gayger Amaro

    SECRETARIA DE HABITAO Marcos Baptista Andrade

    GABINETE DO GOVERNADOR Ruy Bezerra de Oliveira Filho

    CASA MILITAR Eduardo Jos Pereira da Silva (Em Exerccio)

    SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE Srgio Luis de Carvalho Xavier

    GABINETE DE PROJETOS ESTRATGICOS Renato Xavier Thibaut

  • SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTO

    Secretrio de Planejamento e Gesto

    Danilo Jorge de Barros Cabral

    Secretrio Executivo de Planejamento, Oramento e Captao

    Adriano Danzi de Andrade

    Secretrio Executivo de Desenvolvimento do Modelo de Gesto

    Maurcio Serra Moreira da Cruz

    Secretria Executiva de Gesto Estratgica

    Hlida Campos Pereira Lima

    Secretrio Executivo de Gesto por Resultados

    Nelson Barreto Coutinho Bezerra de Menezes

    Secretrio Executivo de Apoio aos Municpios Flvio Guimares Figueiredo Lima

    Gerente Geral de Planejamento e Oramento do Estado

    Gabriela Ramos Souza Cruz

    Gerente de Oramento do Estado

    Silvio Jos de Oliveira Lins

    Gerente de Suporte ao Planejamento Plurianual

    Nelsileine Borba de Queiroz

    Gestor de Estudos Oramentrios, Acompanhamento e Avaliao

    Severino Pereira de Andrade

    Gestora de Elaborao Oramentria, Articulao e Orientao

    Cristiane Tarini Duarte e Nascimento

    Gestora de Aperfeioamento do Processo de Planejamento e Oramento do Estado

    Katarina Pitombeira Bezerra dos Santos

    Equipe de Servidores Ana Roberta Leandro dAlmeida, Andr Luiz Wanderley de Siqueira de

    Moura Leite, Breno Galindo Cavalcanti, Bruno Braga Gomes dos Santos, Clarissa Leal Bittencourt Martins, Diogo Machado Lima, Emily Morgan Caldas Macdo, Fabiano Oliveira da Mota, Fellipe Gustavo Silva Ferreira Lima, Flvia Curvo Diniz, Gilberto Trindade Henriques Nunes, Isabella Resende de Oliveira, Jorge Carlos Mattar, Marcelo Arajo Dantas, Mauro Atade da Silva Jnior, Natlia Cezar Vieira Vita, Noel Teixeira Lopes Neto, Renata Pimentel de Queiroz, Rodrigo Valena de Barros Corra, Victor Hugo Vita Barbosa e Walter Vera Cruz de Magalhes Jnior

  • Colaborao Especial Tania Bacelar de Araujo

    Equipe da Gerncia de Desenvolvimento do Modelo de Gesto da SEDMG Equipe Tcnica da Agncia Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - CONDEPE/FIDEM

    Apoio Logstico-Administrativo

    Andressa Ferraz Rollim, Deivd Cesar da Silva, Dijanara Freitas Silva, Luana Mirelle da Silva Vasconcelos e Sueli Barbosa da Silva

  • GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    LEI N 15.703 , DE 21 DE DEZEMBRO DE 2015.

    Dispe, em cumprimento ao que preceitua o

    artigo 124, 1, inciso IV, da Constituio do

    Estado de Pernambuco, com a redao dada pela

    Emenda Constitucional n 31 de 27 de junho de

    2008, sobre o Plano Plurianual do Estado, para o

    perodo 2016-2019, e d outras providncias. O GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO:

    Fao saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 A presente Lei dispe sobre o Plano Plurianual para o quadrinio 2016-2019,

    apresentando o elenco das perspectivas e objetivos estratgicos que norteiam a atuao da

    Administrao Pblica Estadual, alm dos programas, aes e subaes, de forma

    regionalizada.

    1 Para o cumprimento das disposies do Plano Plurianual 2016-2019 de que trata o

    caput, consideram-se:

    I- Perspectiva: opo estratgica que permite ao Governo e sociedade visualizar o grau

    de contribuio para realizao da viso de futuro, com o desenvolvimento social equilibrado,

    comprometido com a melhoria das condies de vida do povo e com a preparao do Estado

    para o novo ciclo da economia de Pernambuco;

    II- Objetivo Estratgico: resultado ou estado desejado que a administrao pblica

    estadual deseja alcanar nas reas setoriais de atuao, estando consubstanciados em nmero

    de doze objetivos, agrupados segundo as perspectivas, relacionados nos anexos que

    acompanham a presente Lei;

    III- Programa: conjunto articulado de aes, rgos executores e pessoas motivadas para

    o alcance de um objetivo comum, podendo ser classificado em dois tipos:

    a) Programa Finalstico: aquele que resulta em bens e servios ofertados diretamente sociedade pela Administrao Pblica Estadual; e

    b) Programa de Gesto, Manuteno e Servios ao Estado: aquele que orienta as aes destinadas ao apoio, gesto e manuteno da atuao governamental, composto por aes

    no tratadas nos Programas Finalsticos, resultando em bens ou servios ofertados ao prprio

    Estado, podendo ser composto, inclusive por despesas de natureza tipicamente administrava.

    IV- Ao: operao da qual resultam produtos representados por bens ou servios

    para atender aos objetivos de um programa; e

  • GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    V- Subao: subttulo de detalhamento da ao, utilizado especialmente para especificar a localizao fsica ou objetos contidos na ao.

    2 A localizao espacial das subaes realizada respeitando-se a diviso do Estado em 12 (doze) Regies de Desenvolvimento, quais sejam:

    I- Regio de Desenvolvimento Serto de Itaparica RD 01: Belm do So Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta, Itacuruba, Jatob, Petrolndia, Tacaratu;

    II- Regio de Desenvolvimento Serto do So Francisco RD 02: Afrnio, Cabrob, Dormentes, Oroc, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande;

    III- Regio de Desenvolvimento Serto do Araripe RD 03: Araripina, Bodoc, Exu, Granito, Ipubi, Moreilndia, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena, Trindade;

    IV- Regio de Desenvolvimento Serto Central RD 04: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, So Jos do Belmonte, Serrita, Terra Nova, Verdejante;

    V- Regio de Desenvolvimento Serto do Paje RD 05: Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaba, Flores, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixab, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, So Jos do Egito, Serra Talhada, Solido, Tabira, Triunfo, Tuparetama;

    VI- Regio de Desenvolvimento Serto do Moxot RD 06: Arcoverde, Betnia, Custdia, Ibimirim, Inaj, Manari, Sertnia;

    VII- Regio de Desenvolvimento Agreste Meridional RD 07: guas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejo, Buque, Caets, Calado, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Itaba, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Pedra, Salo, So Joo, Terezinha, Tupanatinga, Venturosa;

    VIII- Regio de Desenvolvimento Agreste Central RD 08: Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba, Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de So Flix, Caruaru, Cupira, Gravat, Ibirajuba, Jataba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Pesqueira, Poo, Riacho das Almas, Sair, Sanhar, So Bento do Una, So Caetano, So Joaquim do Monte, Tacaimb;

    IX- Regio de Desenvolvimento Agreste Setentrional RD 09: Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, Frei Miguelinho, Joo Alfredo, Limoeiro, Machados, Orob, Passira, Salgadinho, So Vicente Frrer, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambuc, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lrio, Vertentes;

    X- Regio de Desenvolvimento Mata Sul RD 10: gua Preta, Amaraji, Barreiros, Belm de Maria, Catende, Ch Grande, Corts, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Pombos, Primavera, Quipap, Ribeiro, Rio Formoso, So

  • GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Benedito do Sul, So Jos da Coroa Grande, Sirinham, Tamandar, Vitria de Santo Anto, Xexu;

    XI- Regio de Desenvolvimento Mata Norte RD 11: Aliana, Buenos Aires, Camutanga, Carpina, Ch de Alegria, Condado, Ferreiros, Glria de Goit, Goiana, Itaquitinga, Itamb, Lagoa do Carro, Lagoa de Itaenga, Macaparana, Nazar da Mata, Paudalho, Timbaba, Tracunham, Vicncia; e

    XII- Regio de Desenvolvimento Metropolitana RD 12: Abreu e Lima, Araoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Itamarac, Itapissuma, Jaboato dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife, So Loureno da Mata, Fernando de Noronha.

    Art. 2 O presente Plano Plurianual 2016-2019 composto pelos seguintes anexos:

    I- Anexo I: trata da contextualizao do Estado, da viso estratgica de desenvolvimento de longo prazo, do planejamento territorial, do Modelo de Gesto Todos por Pernambuco e dos objetivos estratgicos do Governo; e

    II- Anexo II: composto por um conjunto de relatrios estratificados segundo os objetivos estratgicos, estrutura programtica dos rgos setoriais, discriminadas de acordo com os programas, aes e subaes e seus respectivos produtos, unidades, metas fsicas e regionalizao, alm dos custos globais dos programas para o quadrinio 2016-2019.

    Art. 3 Os valores financeiros contidos na presente Lei esto calculados a preos correntes de Julho de 2015.

    Art. 4 Sero realizadas revises anuais do Plano Plurianual de que trata esta Lei, atravs de Leis especficas.

    1 Fica o Poder Executivo autorizado, atravs da Secretaria de Planejamento e Gesto do Estado, a compatibilizar os valores dos Programas, Aes e Subaes do Plano Plurianual PPA 2016-2019, aos ajustes que vierem a ser realizados na Lei Oramentria Anual, para o exerccio de 2015.

    2 As subaes descritas no Anexo II, da presente Lei, constituem meras indicaes informativas, podendo ser redistribudas, alteradas, excludas e acrescidas de novas, diretamente no sistema corporativo E-Fisco, atravs da Secretaria de Planejamento e Gesto, respeitadas as finalidades das aes.

    Art. 5 O Poder Executivo apresentar Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, por ocasio da abertura de cada sesso legislativa, Relatrio Anual de Ao de Governo, do exerccio anterior, apresentando os resultados obtidos e aes alcanadas, segundo a estratgia de Governo.

  • GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    Art. 6 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao, contando-se os seus efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2016.

    Palcio do Campo das Princesas, Recife, 21 de dezembro do ano de 2015, 199 da Revoluo Republicana Constitucionalista e 194 da Independncia do Brasil.

    PAULO HENRIQUE SARAIVA CMARA Governador do Estado

    DANILO JORGE DE BARROS CABRAL MRCIO STEFANNI MONTEIRO MORAIS

    ANTNIO CARLOS DOS SANTOS FIGUEIRA ANTNIO CSAR CALA REIS

  • ANEXO I

  • NDICE

    APRESENTAO .................................................................................................................................................. 11

    1. CONTEXTUALIZAO DO ESTADO - O DESENVOLVIMENTO RECENTE DE PERNAMBUCO ...... 13

    1.1. O CONTEXTO MUNDIAL ........................................................................................................................... 13

    1.2. O CONTEXTO NACIONAL ......................................................................................................................... 14

    1.3. A TRAJETRIA DE PERNAMBUCO ......................................................................................................... 17

    1.4. OS DESAFIOS A ENFRENTAR NO PERODO 2016-2019 ................................................................... 26

    2. PERNAMBUCO 2035 - PLANO ESTRATGICO DE DESENVOLVIMENTO DE LONGO PRAZO ..... 30

    3. PLANEJAMENTO TERRITORIAL - FOCO REGIONAL .............................................................................. 36

    4. MODELO DE GESTO TODOS POR PERNAMBUCO - APERFEIOAMENTO E AVANOS ........... 61

    4.1. REFERENCIAIS METODOLGICOS ......................................................................................................... 61

    4.2. FASES DO MODELO ................................................................................................................................... 64

    4.2.1. FASE DE IMPLANTAO ....................................................................................................................... 64

    4.2.2. FASE DE MATURIDADE: INOVAO ................................................................................................. 65

    4.2.3. FASE DE DISSEMINAO: APOIO AOS MUNICPIOS .................................................................... 66

    4.3. INTEGRAAO DO MODELO COM A ESTRUTURA ORAMENTRIA ............................................. 66

    5. OBJETIVOS ESTRATGICOS DO GOVERNO DO ESTADO ..................................................................... 72

  • APRESENTAO

    A formulao do Plano Plurianual - PPA 2016-2019, principal instrumento de planejamento das aes de governo a mdio prazo, de importncia especial, uma vez que nortear as polticas a serem executadas pelo Governo Estadual nos prximos quatro anos. Para atender aos desafios atuais e futuros, o presente documento possui a misso de permitir que a populao do Estado se beneficie do conjunto de oportunidades que se vislumbrem, mesmo em um cenrio econmico desafiador.

    Para nortear sua elaborao, o Governo definiu diretrizes, objetivos e

    estratgias, formando o conjunto de polticas estruturantes que fundamentam a indicao dos programas, aes e metas dos rgos.

    Essas polticas foram formuladas considerando que o papel estatal de fomentar

    o desenvolvimento soma-se aos esforos empreendidos pelos vrios atores sociais e demais entes federativos na busca do bem-estar da populao. A cooperao e a solidariedade, combinadas com a ao coordenadora e articuladora do Governo Estadual, so fundamentais para estimular as oportunidades de desenvolvimento do Estado e garantir a entrega qualificada de servios e produtos aos diversos segmentos da sociedade.

    Na elaborao do Plano Plurianual, levou-se em considerao os subsdios do

    Programa de Governo e dos Seminrios Regionais, o legado programtico dos rgos estaduais, o Modelo de Gesto Todos por Pernambuco e, como referncia de longo prazo, o Plano Estratgico de Desenvolvimento - Pernambuco 2035 .

    O Plano Plurianual tambm representa uma oportunidade para o

    aprimoramento do Modelo de Gesto Todos por Pernambuco, baseado nas premissas de dilogo com a sociedade, transparncia, responsabilidade e controle social, foco em resultados e parceria com os municpios.

    O PPA 2016-2019 possui dois Anexos. O Anexo I contm cinco captulos que

    relatam: a) a contextualizao do Estado - o desenvolvimento recente de Pernambuco; b) uma sntese da viso estratgica de desenvolvimento de longo prazo - Pernambuco 2035; c) o planejamento territorial - foco regional; d) o Modelo de Gesto Todos por Pernambuco; e e) os Objetivos Estratgicos. J o Anexo II apresenta os relatrios da estrutura programtica dos rgos setoriais, alinhados de acordo com os Objetivos Estratgicos, Programas, rgos Executores, Aes e

    11

  • Subaes, detalhadas segundo os atributos de produto, unidade de medida e metas fsicas regionalizadas, alm do custo total dos Programas, para o perodo 2016 e 2017-2019.

    12

  • 1. CONTEXTUALIZAO DO ESTADO - O DESENVOLVIMENTO RECENTE DE PERNAMBUCO

    O PPA 2016-2019 vai contribuir para a sociedade pernambucana enfrentar as

    dificuldades associadas ao momento de crise no qual vive o Brasil, com impactos em Pernambuco, ao mesmo tempo em que d prosseguimento ao esforo de consolidao de um ciclo exitoso de desenvolvimento que se instalou no Estado nos anos recentes.

    Apesar das ameaas advindas de um cenrio mundial que se tornou

    crescentemente adverso para os chamados pases emergentes entre eles o Brasil com impactos negativos associados tambm s dificuldades enfrentadas pela China nos anos recentes, e dos problemas internos que afligem o Brasil, se espera que o pas retome o crescimento de sua economia e construa uma estratgia capaz de valorizar suas potencialidades e aproveitar oportunidades que lhe sejam favorveis. E que Pernambuco mantenha a trajetria exitosa que construiu nos anos recentes.

    1.1. O CONTEXTO MUNDIAL

    O momento em que se elabora o presente PPA marcado pela deteriorao do ambiente mundial no que se refere a maioria dos pases ditos emergentes. que a crise mundial que eclodiu nos Estados Unidos em 2008 e afetou fortemente, no incio, as maiores economias do mundo, teve desdobramentos nos anos mais recentes que atingiram tambm os pases em desenvolvimento, com destaque para a Rssia e Brasil, no mbito dos BRICS. Em paralelo, a China alm de enfrentar novos desafios, montou um plano decenal que prev a reduo do ritmo de crescimento de sua economia de 10% ao ano para 7% ao ano, ao mesmo tempo em que busca aumentar o peso estratgico do consumo interno na sua estratgia de desenvolvimento econmico, face a dificuldades que passa a encontrar para manter o espao conquistado no comercio mundial. Impacto forte da desacelerao chinesa, num contexto mundial de crise generalizada, se verifica no mercado de commoditties, cujos preos despencam, o que afeta fortemente o Brasil, fechando uma das principais janelas de oportunidades que o favoreceu na dcada inicial do presente sculo.

    Mas o ambiente mundial no est marcado apenas por uma crise financeira de

    grandes propores. A crise econmica teve desdobramentos srios no campo social, com destaque para o aumento do desemprego, mesmo em pases com populaes bem qualificadas e com respaldo da herana do Estado do Bem-Estar,

    13

  • como o caso de diversos pases da Europa Ocidental. Isso sem falar em situaes agudas como a dos gregos.

    Por outro lado, a crise ambiental permanece igualmente grave, associada a

    problemas como o aquecimento global. So cada vez mais frequentes tragdias associadas a fenmenos naturais, que so tratadas no rol dos chamados eventos extremos. Elas esto a requerer um novo padro de relao das sociedades humanas com a natureza, o que passa, inclusive por uma alterao profunda no modelo consumista e de desperdcio inaceitvel que serviu de referncia a muitas sociedades nos ltimos sculos. Mas essa no uma transio fcil.

    Para alm dessas crises, transformaes profundas vm se processando no

    ambiente mundial, como a marcha na direo da chamada sociedade do conhecimento. Ela se associa a mudanas importantes de paradigmas tecnolgicos, como a transio da era da eletromecnica para a era da eletrnica, ou a passagem do mundo analgico para o digital. Por sua vez, crescente a importncia da produo agrcola baseada na gentica abrindo espao para os transgnicos - e na biologia (base da agricultura orgnica), ambas questionando a era da agricultura baseada na qumica. Tais mudanas caminham mais rpido num mundo que ficou mais prximo, por conta da revoluo nos meios de comunicao, baseadas no uso de novas tecnologias da informao.

    Neste contexto de crise ambiental, econmica e social, e de alteraes

    importantes nos padres que foram hegemnicos nos sculos anteriores, uma boa nova o debate sobre o prprio conceito de desenvolvimento. Cada vez mais se questiona que o desenvolvimento seja apenas um processo de ampliao da riqueza econmica e se avana na direo de cobrar o dilogo da dimenso econmica com a ambiental, a social, a cultural.

    Portanto, o contexto mundial marcado por instabilidade, crises e grande

    sofrimento para muitos, deixa um alerta de preocupao e obriga a todos a conviver com a incerteza, mas clama, sobretudo, por novas concepes e novos posicionamentos.

    1.2. O CONTEXTO NACIONAL

    O Brasil foi relativamente pouco afetado pela crise financeira mundial no seu momento inicial, resultado de mudanas que vinha realizando desde a redemocratizao, mesmo tendo ela coincidido com o momento da crise da dvida externa que cobrou pesado preo sociedade nacional, em especial aos brasileiros

    14

  • mais pobres. Entre erros e acertos, a sociedade brasileira foi buscando novos rumos e logrou no apenas domar a hiperinflao, mas experimentar um novo padro de crescimento. Experimentou tambm fazer dialogar com a ampliao da produo e dos investimentos produtivos, com a reduo da pobreza e com um incio da diminuio da profunda desigualdade social e regional que sobrara como herana do sculo XX.

    Assim, a primeira dcada do sculo XXI ficou marcada por uma melhoria

    significativa do ambiente macroeconmico, como mostram os principais indicadores neste campo, mas igualmente pela retomada do crescimento econmico e pela melhoria do perverso quadro social nacional, ao mesmo tempo em que a democracia se firmava.

    A partir de 2004 e at a crise de 2008/09, a economia brasileira apresentou

    taxas de crescimento significativas (chegando a 6,1% em 2007) e o dinamismo do mercado interno estimulou o investimento produtivo, ao mesmo tempo em que a reduo da relao Dvida/PIB (de 51,3% em 2002 e 55% em 2003 para 36% em 2008) abria espao para um programa de investimento governamental o PAC. Dinamismo do consumo rimava com retomada do investimento, sinalizando numa boa direo.

    Paralelamente, o dinamismo do mercado mundial de commodities estimulara

    as exportaes brasileiras, gerando crescentes saldos comerciais e nas transaes correntes do Balano de Pagamentos. Neste contexto, a antiga vulnerabilidade externa se reduz e o pas passa a acumular reservas internacionais em volume significativo.

    Com bancos pblicos recuperados e slidos, o pas enfrentou bem o pico da

    crise de liquidez e manteve o sistema de crdito funcionando adequadamente, ao mesmo tempo em que polticas pblicas anticclicas estimulavam o consumo. A crise faz o PIB declinar em 2009 (- 0,6%), mas a recuperao vem rpida, tanto que em 2010 o pas tem sua economia crescendo a 7,5% a.a.

    No prolongamento do ambiente mundial desfavorvel, no entanto, a economia

    brasileira desacelera, principalmente no perodo recente (em especial ps 2013). Como mostram os dados da Tabela 1, a seguir, a produo industrial tende ao declnio e, do lado da demanda, o consumo das famlias apresenta, sucessiva e consistentemente, taxas declinantes revelando dificuldade crescente de se manter como um dos elementos chave da dinmica econmica nacional. Em paralelo, o investimento apresenta comportamento muito irregular ao mesmo tempo em que as exportaes perdem fora, impactadas pelo cmbio adverso e, sobretudo, pela

    15

  • queda dos preos das commodities antes referidos. Tabela 1 - Brasil: Taxa de crescimento do PIB trimestral com respeito ao mesmo perodo do ano anterior - (%) Jan-Dez/2010 Jan-Dez/2014

    O Governo Federal, por sua vez, insiste nas polticas anticclicas que deram bom resultado no momento inicial da crise mundial, mas no respondiam mais no perodo recente. Com a economia j em desacelerao e a receita pblica sofrendo impactos do novo quadro, amplia polticas de apoio ao consumo que terminam por influir nas contas pblicas e gerar problemas no lado fiscal.

    Em paralelo, a inflao mostra tendncia de alta e a ao do Banco Central se

    concentra na elevao da taxa de juros, o que dificulta retomar o crescimento. No perodo mais recente, j em 2015, um programa de ajuste fiscal com cortes

    nas despesas primrias convive com medidas de corte inflacionrio (como o ajuste dos preos da energia e da gasolina) em meio a um ambiente poltico adverso. A economia amplia a desacelerao e deve fechar o ano com queda importante, enquanto a taxa de inflao supera o topo da meta. Tal quadro afeta o mercado de trabalho, com queda na taxa de criao de empregos formais, aumento do desemprego e reduo da massa salarial. O consumo retrai-se afetando o comrcio e j atingindo os servios.

    O investimento no consegue decolar, influenciado pelas altas taxas de juros

    que estimulam as aplicaes financeiras e pelo ambiente poltico impregnado de incertezas. Impactadas pelos desdobramentos da Operao Lava Jato, as principais empresas de servios de engenharia enfrentam dificuldades.

    Tal contexto no permite prever retomada imediata do crescimento, que deve

    aguardar novas iniciativas. O cenrio prometido para 2016 de melhora gradual,

    Setor de atividade 2010 2011 2012 2013 2014Agropecuria 6,8 5,6 -2,5 7,9 0,4Indstria 10,4 4,1 0,1 1,8 -1,2Servios 5,8 3,4 2,4 2,5 0,7PIB a preos de mercado 7,6 3,9 1,8 2,7 0,1Consumo das famlias 6,4 4,8 3,9 2,9 0,9Consumo da administrao pblica 3,9 2,2 3,2 2,2 1,3Formao bruta de capital fixo 17,8 6,6 -0,6 6,1 -4,4Exportao de bens e servios 11,7 4,8 0,5 2,1 -1,1Importao de bens e servios (-) 33,6 9,4 0,7 7,6 -1,0Fonte: Contas Nacionais Trimestrais - IBGE. Elaborao CEPLAN.

    16

  • mas o primeiro ano do prximo PPA ainda ser de dificuldades. As apostas mais favorveis so para os anos finais do perodo desse Plano.

    1.3. A TRAJETRIA DE PERNAMBUCO O ambiente no qual se elabora o presente PPA portador de muitas incertezas,

    como se viu acima. Pernambuco sente impactos importantes advindos do ambiente mundial e nacional. De uma situao de grande dificuldade enfrentada nas dcadas finais do sculo XX, o Estado se reposicionava e aparecia como um dos mais atraentes locais para se investir e para se viver, no Brasil, nos anos 2005-2013. Mais recentemente o Estado sente reflexos das adversidades que marcam o quadro nacional. Trs momentos compem sua trajetria nas dcadas recentes. As dificuldades das dcadas finais do Sculo XX

    Pernambuco no engatara bem no perodo do II Plano Nacional de

    Desenvolvimento, da era Geisel. Ao contrrio de estados como a Bahia ou Maranho, que sediaram investimentos de porte, Pernambuco teve que pensar uma alternativa prpria e est a a origem do Complexo Porturio Industrial de SUAPE.

    O mergulho do Brasil na crise da dvida externa nos anos 80 do sculo XX, crise

    esta que afetou principalmente o setor pblico brasileiro, fragilizando-o, coincidiu com a consolidao do processo de abertura poltica que consegue se firmar, mesmo num ambiente econmico adverso. Consegue, assim, a sociedade brasileira, reduzir o grau de adeso do pas cartilha neoliberal que se impunha mundo afora. Mesmo assim, no escapou de um processo de privatizao amplo, de uma abertura comercial e financeira rpida e do desmonte do Estado, acossado por uma dvida pblica que crescia rapidamente, impondo cortes nas polticas pblicas.

    Pernambuco continuou, nesse contexto, sem grandes oportunidades e sofreu,

    especialmente na sua indstria, os impactos negativos do contexto nacional. A privatizao do Sistema Siderbrs, por exemplo, atingiu seu parque metal mecnico pelo nus dos custos de transportes advindos do fim dos subsdios cruzados antes existentes. Por sua vez, a abertura comercial rpida - e consequente acirramento da concorrncia, em especial com a China -, levou de roldo outros segmentos, como o txtil e confeco (esta, sobrevivendo aps estratgia de informalizao num Plo do Agreste do Estado). Resultado: sua economia no acompanhou sequer o dinamismo apresentado pelo Nordeste (perdeu peso relativo na Regio, enquanto o Cear avanava) e experimentou uma taxa de crescimento de 1,97% a.a. do perodo 1985-2005, valor inferior ao da taxa mdia de 2,2% a.a. exibida pelo Brasil no seu

    17

  • conjunto, nesse mesmo perodo. Embora focos de resistncia tenham surgido como a expanso do polo de

    fruticultura em Petrolina, a germinao do complexo de Tecnologia da Informao (TIC) que se consolida no Porto Digital, a consolidao do polo de servios modernos (sade, servios prestados s empresas, servios ligados ao turismo, cultura e entretenimento, entre outros) e a recuperao da sua antiga funo de polo de logstica/distribuio, a situao estadual era reveladora de grandes dificuldades.

    A crise experimentada por sua base industrial permite falar numa ntida

    tendncia a desindustrializao aps todo o esforo feito pela SUDENE. Um indicador claro desta tendncia que o peso da indstria de transformao declina fortemente na economia estadual (de 25% em 1985 para 11% em 2005).

    Esse ambiente no permitiu avanos significativos no quadro social, apesar de

    conquistas importantes trazidas pela Constituio Federal de 1988, como a que estendeu a Previdncia ao meio rural e trouxe a cobertura do Estado aos sertanejos pernambucanos e nordestinos que assistiam atnitos ao fim da cultura do algodo (nica fonte de renda monetria da maioria dos produtores do semirido).

    Pernambuco chega ao final do sculo XX com vrios indicadores sociais

    inferiores aos de outros estados do Nordeste, como ocorre com a mortalidade infantil (61,8 mortes em mil crianas nascidas vivas), ndice superior mdia regional (59 mortes), com a esperana de vida ao nascer de 62,7 anos, portanto menor que a do Nordeste (64,8 anos) e que a de todos os outros estados nordestinos (exceto Alagoas).

    O quadro da educao bsica era inaceitvel, ainda em meados da primeira

    dcada do sculo XXI. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP) do Ministrio da Educao, a rede estadual de Educao Bsica de Pernambuco apresentava baixssimos indicadores de aproveitamento escolar, tendo alcanado, em 2005, o pior desempenho dentre os Estados do Pas no ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB) nos anos finais do ensino fundamental (5 a 8 sries), com a nota 2,4. O desempenho dos estudantes do Ensino Mdio, considerado a ltima etapa da educao bsica, tambm apresentava resultados abaixo da mdia nacional, com IDEB de 2,7.

    18

  • A retomada do crescimento na primeira dcada do Sculo XXI e suas causas Mudanas importantes ocorrem na realidade pernambucana na primeira

    dcada do sculo XXI, associadas, sobretudo, a retomada de polticas nacionais - muitas delas favorveis s regies mais pobres do pas -, a alteraes em duas polticas da Petrobrs (a de refino e a de compras), redefinio do padro de crescimento da economia nacional, entre outras.

    O conjunto dos estados do Nordeste passa a apresentar forte dinamismo no consumo das famlias (lideram, junto com os do Norte, as vendas no comrcio varejista, segundo dados do IBGE/PMC), a ter taxas de crescimento do emprego formal superiores mdia nacional (6,3% contra 5,4%, entre 2003 e 2010), a ver o valor do rendimento mdio real das pessoas de 10 anos ou mais de idade apresentar taxa anual de crescimento (6,2% entre 2004 e 2009 contra 4,5% da mdia nacional, segundo a PNAD 2009, produzida pelo IBGE), entre outros indicadores favorveis.

    Pernambuco tambm foi impactado positivamente pelo avano das polticas de

    transferncia de renda, pela importante elevao real do salrio mnimo, pela ampliao e democratizao do crdito ao consumidor, que estimularam o consumo das famlias, em especial o consumo popular. A partir de 2004 passa a apresentar elevadas taxas de crescimento das vendas no varejo, medidas pela Pesquisa Mensal do Comrcio, do IBGE (7,2% em 2004, 14% em 2005, 6,2% em 2006, 9,9% em 2007). O dinamismo do consumo atraiu investimentos, tanto de empresas locais como de grandes empresas nacionais e mundiais.

    Em 2005, o PIB estadual cresce (4,2%), acima da mdia nacional (3,2%). E a

    partir da, mantm esta trajetria, como mostra o Grfico 1 a seguir.

    19

  • Grfico 1 - Brasil, Nordeste, Pernambuco: Taxas de Crescimento Anual do PIB (2000-2010)

    Fonte: IBGE; Condepe/Fidem; BNB/Etene/Ciest Dados estimados, sujeitos a retificao

    Um fato relevante da construo desta nova trajetria foi a deciso da

    Petrobrs de instalar em SUAPE a Refinaria Abreu e Lima, como resultado da sua nova poltica de refino (pela qual deixava de ampliar suas velhas refinarias). Logo em seguida, sua nova poltica de compras comea a estimular a retomada da indstria naval do pas e Pernambuco atraiu estaleiros de grande porte para SUAPE. Associada presena da refinaria, unidades da cadeia da petroqumica destinaram-se ao Estado. Um antigo propsito de atrair projetos estruturadores comeava a se mostrar realidade.

    A existncia de SUAPE se revelou como fator relevante na construo deste

    novo momento da vida econmica estadual. O esforo de longos anos, em meio a um contexto adverso, comeava a dar sinais de retorno. Um porto moderno e estrategicamente localizado no corao do mercado nordestino, com excelente acessibilidade a grandes mercados no exterior, e dotado de uma excelente retro - rea industrial chama a ateno dos investidores.

    Importante tambm o momento em que vivia o Governo Estadual, com

    finanas equilibradas e uma administrao que, adotando o planejamento

    20

  • estratgico e a gesto por resultados, se mostra segura dos rumos a imprimir a seu trabalho e cobra eficcia e eficincia dos gerentes, servidores e colaboradores. Negociando bem e realizando o prometido, gera um ambiente de credibilidade que impacta favoravelmente os empreendedores que buscam o Estado.

    Em paralelo, o Programa de Acelerao do Crescimento PAC, lanado pelo

    Governo Federal, trazia para Pernambuco grandes obras (Ferrovia Transnordestina, interligao de bacias partindo das margens pernambucanas do Rio So Francisco, duplicao da BR 101 no litoral oriental nordestino, amplo programa de infraestrutura hdrica proposto pelo Governo Estadual, entre outras). Pouco depois, os investimentos em habitao do programa Minha Casa, Minha Vida comeam a ser realizados.

    Com todos esses investimentos, a construo civil explodiu. Sua produo, que

    cresceu 15,7% em 2009, se ampliou em 26,1% em 2010 e 30% no primeiro semestre de 2011, segundo dados do IBGE. J o emprego formal no setor cresceu 23,7% entre 2005 e 2010 contra 7% da mdia estadual e entre junho de 2010 e junho de 2011 cresceu 37% contra 9,6% da mdia do Estado, segundo dados do Ministrio do Trabalho (RAIS).

    Por fim, a sinergia que se criara entre o Governo federal, o estadual, o

    empresariado, as universidades, as entidades da sociedade civil, as agncias de financiamento, entre outras instituies, geravam um clima positivo. Ele atinge o estado de nimo da populao e claramente percebido pelos que chegavam a Pernambuco pensando em investir. O bloco de investimentos e suas caractersticas

    O principal vetor das mudanas nesse perodo foi, sem dvida, o bloco de

    investimentos pblicos e privados que o Estado foi capaz de atrair. So investimentos na base produtiva de Pernambuco, que se reorganizava, e na infraestrutura econmica, urbana e educacional, que se ampliou e requalificou.

    A dinmica foi to forte que era difcil medir o tamanho do bloco de

    investimentos produtivos em instalao e confirmados para os anos seguintes, pois a cada dia surgia um novo empreendedor confirmando sua presena no Estado ou anunciando a expanso de seus negcios. O Ministrio do Desenvolvimento, atravs da Renai, estimou em US$ 33 bi o montante de investimentos anunciados para Pernambuco naqueles anos. A Empresa SUAPE anunciou, s na rea do seu complexo, investimentos da ordem de US$ 22 bi. Tais nmeros do a dimenso do impacto esperado numa economia cujo PIB em 2008, medido pelo IBGE, era de R$ 70,4 bilhes.

    21

  • Por sua vez, o Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) contribuiu para fomentar, em Pernambuco, investimentos nas reas de infraestrutura de logstica, energtica e urbana/social. So destaques, neste sentido, os investimentos realizados para implantao da Ferrovia Transnordestina, a estruturao de rodovias, a refinaria de petrleo, a ampliao da rede de gasodutos e de investimentos que asseguram a oferta de energia. Especificamente na rea da infraestrutura social e urbana merecem referncia os investimentos em habitao e na ampliao do acesso gua, saneamento, e energia eltrica (Luz para Todos).

    Ainda, no que se refere aos investimentos pblicos, cabe uma referncia ao

    esforo realizado pelo Governo Estadual. Num ambiente de receita em ascenso, impulsionada pelo bom desempenho da economia, Pernambuco amplia sua capacidade. Os investimentos e inverses financiados com convnios e operaes de crdito atingem patamares que possibilitam a implementao de projetos de grande efetividade. S em SUAPE, os investimentos executados pela Empresa (com recursos prprios e do Poder Executivo) passaram de uma mdia de R$ 173 milhes em 2003-2006 para R$ 1,023 bi, no perodo 2007-2010.

    No que diz respeito aos investimentos produtivos, a caracterstica mais

    importante que eles se concentraram na atividade industrial, justamente aquela que enfrentou maiores problemas nas dcadas finais do sculo XX. Pode-se afirmar, assim, que o Estado viveu um novo ciclo de industrializao, que impulsionou mudanas importantes: i) introduziu no tecido econmico estadual segmentos novos, como a indstria de petrleo & gs, a naval, a petroqumica, a automobilstica, a farmacoqumica; e ii) redefiniu segmentos tradicionais como o alimentar, o txtil, a metal mecnica, a indstria de material eltrico.

    A importncia do Porto de SUAPE e a localizao estratgica no Nordeste

    Brasileiro, por sua vez, consolidam Pernambuco como o maior centro logstico do Nordeste e lcus estratgico da atividade de distribuio. A expanso da movimentao de cargas pelo Porto de SUAPE um indicador desta potencialidade: de 4,3 milhes de toneladas em 2005 para 9 milhes de toneladas em 2010, mais que dobrando em cinco anos. No que se refere a contineres, a movimentao passa de 179 mil em 2005 para 326 mil em 2010, um crescimento de 82% no perodo.

    Um mercado de trabalho dinmico

    O impacto social mais importante da trajetria de Pernambuco na segunda

    metade da primeira dcada do sculo XXI foi observado no comportamento do mercado de trabalho, em especial no que se refere criao de empregos formais.

    Como se destacou anteriormente, o Nordeste apresentou um excelente

    desempenho na criao de empregos formais no pas, segundo dados do Ministrio

    22

  • do Trabalho (atravs da RAIS). Dos 10,8 milhes de novos postos formais criados entre dezembro de 2005 e dezembro de 2010 no Brasil, o Nordeste responde por 2,2 milhes, o que representa 20,3% (percentual bem superior ao peso do PIB regional no total nacional).

    Pernambuco, por sua vez, criou 441,1 mil oportunidades de emprego formal

    neste mesmo perodo, que coincide com o da retomada mais firme do crescimento de sua economia, o que representou um crescimento de 40% no estoque de empregados em apenas cinco anos, situando o estado entre os lderes do ritmo de crescimento do emprego no pas.

    Importante ressaltar que do ponto de vista da localizao dos novos postos de

    trabalho criados, os dados do Ministrio do Trabalho aqui referidos indicam que as maiores taxas de crescimento do emprego formal entre 2005 e 2010 se deram em regies de muito baixa densidade econmica. Este o caso do Serto Central que passa de um estoque de 8.608 empregos para 20.270, um acrscimo de 11.662 vagas, registrando, assim, um crescimento de 135,5% entre 2005 e 2010. J no Serto do Araripe, os 12.906 empregos formais existentes foram ampliados em mais 7.202, o que representa acrscimo de 55,8%. J no Serto do Moxot foram adicionados 5.593 empregos formais no mesmo perodo, um acrscimo de 54% em relao ao estoque existente em 2005.

    A presena de grandes obras nas proximidades foi um dos vetores mais

    importantes de criao de novas oportunidades de emprego formal no interior do Estado.

    J no mercado formal da RMR houve um acrscimo de 41%. Em paralelo, a taxa

    de desemprego mdia mensal declinou no espao metropolitano, enquanto o rendimento mdio real das pessoas ocupadas crescia de R$ 930,64 para R$ 1.094,29 no mesmo perodo, segundo o IBGE/Pesquisa mensal de emprego.

    Como se v, o mercado de trabalho se dinamizou, o que estimulava os

    pernambucanos a se qualificarem para acessar as novas oportunidades. Os avanos na educao e no combate violncia

    A educao se tornou uma preocupao importante, especialmente frente

    nova realidade econmica do estado. Segundo o IBGE na PNAD realizada em 2009, a fora de trabalho pernambucana tinha 6,6 anos de estudo, em mdia, colocando o estado em patamar acima da mdia nordestina (6,3 anos), mas ainda abaixo da mdia nacional (7,5).

    23

  • Esta preocupao menor quando se trata da fora de trabalho com nvel

    superior de escolaridade, posto que na populao com mais de 25 anos e com diploma de nvel superior, Pernambuco (com 6,8%) situava-se bem no Nordeste, atrs apenas da Paraba (7,5%), embora tenha ndice ainda inferior mdia nacional (9,5%). Investimentos importantes foram feitos na interiorizao da oferta de ensino superior, desde a criao da UNIVASF (situada em Petrolina/Juazeiro da Bahia) at a implantao de campi novos pela UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco e a UPE - Universidade de Pernambuco, alm da expanso e interiorizao da rede de Institutos Federais de Ensino. Isso vem beneficiando jovens residentes nas proximidades de cidades como Caruaru, Vitria de Santo Anto, Garanhuns, Serra Talhada, entre outras. Dados dos Censos Demogrficos mostram que entre 2000 e 2010 o nmero de pessoas frequentando a graduao na data do Censo cresceu 116% no Brasil e 136% em Pernambuco.

    Por sua vez, investimento estratgico foi realizado pelo Governo estadual na

    formao de nvel mdio, com a significativa ampliao da rede de escolas mdias e profissionais. Com a implantao do Programa de Educao Integral (Lei Complementar 125/2008), se consolidou no estado uma rede de escolas de alta qualidade em horrio integral (08 horas dirias) e semi-integral (mdia de 6 horas dirias). Em 2010 havia em Pernambuco 173 escolas (65 em horrio integral e 108 em horrio semi-integral) que atendem a 67.371 alunos em 116 municpios, incluindo o Distrito de Fernando Noronha.

    Dentre os avanos sociais associados a esse novo ciclo de desenvolvimento de

    Pernambuco, merece destaque os alcanados na luta contra a violncia.

    Os indicadores de violncia colocavam Pernambuco entre os estados do Brasil em situao mais grave. As dificuldades econmicas que enfrentara e a elevao do desemprego nos anos finais do sculo XX explicam em parte o agravamento da situao. O Pacto pela Vida foi a resposta buscada para enfrentar este desafio, e os avanos alcanados estimulam a perseguir este caminho.

    O ano de 2010 foi o quarto consecutivo de reduo da taxa de Crimes Violentos

    Letais Intencionais CVLI no Estado, sendo a melhor da srie histrica desde 1996. Dezembro de 2010 registrou 25 meses consecutivos de reduo dessa taxa, quando o Estado apresentou a menor taxa absoluta mensal observada desde 1996. No acumulado de 2006 at dezembro de 2010, 1.916 vidas foram salvas.

    24

  • A trajetria estadual na segunda dcada do Sculo XXI e a conjuntura em 2015

    Num ambiente mundial marcado pelos desdobramentos da crise mundial e pelo recuou do crescimento chins, e pela retrao gradual do crescimento da economia brasileira nos anos ps 2010, como se destacou anteriormente, Pernambuco no poderia deixar de sofrer impactos negativos na sua trajetria de desenvolvimento.

    Com mostra o Grfico 2, a seguir, a economia pernambucana seguiu tendncia

    nacional de desacelerao, ps 2010, embora apresente taxas superiores mdia do pas.

    Grfico 2 - Brasil e Pernambuco: Taxa de crescimento do PIB (%) 2007-2014

    No primeiro semestre de 2015 o PIB de Pernambuco teve retrao de 1,1%

    quando comparado a igual perodo de 2014, enquanto a economia brasileira declinou 2,1%, segundo o IBGE.

    Embora tendendo a resistir melhor ao ambiente adverso, a economia

    pernambucana foi fortemente atingida pelo impacto da coincidncia no tempo da concluso das obras da refinaria (que mobilizou cerca de 42 mil trabalhadores) e da crise nacional que se agudiza em 2015.

    Seu mercado de trabalho, que vinha de uma fase muito positiva na dcada

    anterior, duramente afetado. O desemprego volta crescer e o estoque de empregos formais tem taxa de queda superior mdia nacional e regional, com

    5,4 5,3

    2,8

    7,7

    5,7 4,9

    3,2 2,0

    6,2 5,0

    -0,2

    7,6

    3,9

    1,8 2,7

    0,1

    -1,0

    1,0

    3,0

    5,0

    7,0

    9,0

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

    PE BR

    Fonte: Sistema de Contas Regionais, Agncia CONDEPE/FIDEM e IBGE (*) Base: igual perodo do ano anterior

    25

  • Pernambuco liderando a reduo de empregos formais entre os estados nordestinos.

    S na construo civil, forma queimados 38 mil empregos entre junho de 2014

    e junho de 2015, segundo da RAIS/MTb. Pernambuco tambm lidera no Nordeste, em 2015, a queda do rendimento

    mdio real do trabalho principal das pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referncia, medido pelo IBGE na PNAD Continua.

    Associado a esse mal momento do seu mercado de trabalho, as vendas no

    varejo de Pernambuco sofreram queda de 4,3% no acumulado do primeiro semestre de 2015 comparado a igual perodo do ano anterior, contra 2,2% da mdia nacional. Esse desempenho negativo afetou praticamente todos os segmentos do varejo pernambucano, exceto o de farmcia e perfumaria e o de outros artigos de uso pessoal e domstico.

    A situao fiscal do Governo estadual tambm vem sendo afetada, com a

    Receita Total no primeiro semestre de 2015 apresentando queda nominal de 5,4% quando comparada do mesmo perodo de 2014. Por sua vez, a receita de capital caiu 86% nesse mesmo perodo.

    Como se v, o PPA est sendo elaborado numa conjuntura bastante adversa.

    1.4. OS DESAFIOS A ENFRENTAR NO PERODO 2016-2019 Para o perodo do prximo Plano Plurianual, aqui apresentado, o novo ciclo

    inaugurado em Pernambuco, em meados da dcada passada, deixou uma herana importante que ajudar o Estado a ultrapassar o momento de dificuldade que caracteriza 2014/2015. Importantes realizaes do Governo em todas as regies e setores levaram Pernambuco a resgatar a liderana perdida no Nordeste e a firmar-se como referncia de gesto pblica inovadora.

    Destaque especial merece o importante bloco de investimentos industriais aqui

    realizado, que possibilita atuao na busca de complementar elos estratgicos de cadeias que aportaram no estado e ir alm, buscando a dinamizao de atividades tercirias modernas, uma das foras da economia estadual. Os avanos sociais conquistados criam tambm um novo lastro que fortalece sua populao na busca de novas oportunidades de desenvolvimento e bem-estar.

    26

  • Um dos ativos importantes para atravessar esse momento de transio a existncia de um planejamento de longo prazo o PERNAMBUCO 2035 que aponta para uma viso de futuro vivel e bem fundamentada na sua exitosa trajetria recente. Com uma carteira de projetos estratgicos tanto pblicos como privados, tal plano aponta oportunidades claras e define metas alcanveis at 2020, tendo sido um dos referenciais importantes para a montagem do presente PPA 2016-2019.

    Dentre os desafios a enfrentar, destacam-se:

    A garantia de uma vida melhor para todos

    Os esforos do Governo de Pernambuco estaro voltados para a elevao da

    qualidade da educao pblica e para o incentivo cultura, pois atravs da educao, do conhecimento e da valorizao das suas razes que o Estado se tornar mais competitivo e ter uma sociedade mais tolerante e menos desigual.

    Ser dada, da mesma forma, nfase prestao dos servios de sade, cuja

    oferta vem sendo significativamente ampliada, interiorizada e requalificada desde o perodo anterior. Consolidar este esforo, concretizando o acesso aos servios de sade de qualidade para todos os pernambucanos, um objetivo que vai mobilizar o Governo nos prximos anos.

    A reduo da violncia ser mantida atravs do controle permanente dos

    ndices de criminalidade, da promoo de aes de ressocializao e de polticas pblicas de incluso social.

    A mobilidade urbana e intermunicipal ser beneficiada por novas iniciativas de

    melhoria da qualidade do transporte pblico, e a promoo do desenvolvimento urbano priorizar a expanso do acesso moradia e a promoo do incentivo a prticas esportivas e de lazer.

    Em paralelo, continuaro a ser valorizadas aes que atuam na expanso e na

    melhoria da qualidade da oferta hdrica. O objetivo universalizar o acesso dos pernambucanos gua e ao esgotamento sanitrio para seus usos residencial e comercial.

    O desenvolvimento social e a promoo dos Direitos Humanos

    Nos ltimos anos, o Governo de Pernambuco, assumindo um papel de

    articulao com as esferas federal e municipal, trabalhou para o fortalecimento da

    27

  • rede de proteo social e ampliou as aes destinadas aos segmentos em vulnerabilidade. Os programas Me Coruja Pernambucana, Chapu de Palha e Governo Presente, concebidos nesse perodo, foram implementados para permitir o atendimento integral a esse pblico especfico.

    Na agenda central das polticas pblicas estaduais, para os prximos anos,

    constaro aes e iniciativas para a contnua promoo do desenvolvimento social. Nesse sentido, ser trabalhada a ampliao da eficcia da rede de proteo social e de assistncia aos mais pobres, proporcionando, desse modo, o aumento do acesso desses pernambucanos aos servios pblicos essenciais. Esto previstas ainda a implementao de iniciativas que promovam a incluso produtiva desses cidados. O ambiente criado pelo ciclo de desenvolvimento recente, muito favorvel, ajudar nesta tarefa.

    No que se refere aos Direitos Humanos, o Governo do Estado obteve muitos

    avanos nas polticas de apoio a grupos historicamente discriminados. A Secretaria da Mulher, criada em 2007, um grande exemplo que reafirma o compromisso com uma poltica de promoo da igualdade de gnero. Da mesma forma, a instituio do Comit Estadual da Promoo da Igualdade Racial permitiu o fortalecimento de polticas de combate ao racismo. A partir de agora, as aes do Governo estaro direcionadas para o avano na garantia dos direitos humanos, por meio da ampliao das polticas pblicas que consolidem a perspectiva da plena cidadania, a incluso de grupos em situao de risco e a promoo da igualdade de gnero.

    A construo de novo momento de crescimento econmico

    Com maior interiorizao, crescente valorizao da dimenso ambiental e a

    significativa ampliao do grau de integrao das empresas locais nas cadeias produtivas, novas e existentes h tempo no estado, Pernambuco tende a se inserir positivamente no cenrio nacional dos prximos anos. O contexto adverso de crise escala mundial e nacional torna este desafio ainda maior e certamente o comportamento do Brasil nesses prximos anos ser fundamental para definir os avanos possveis e redefinir seu rumo. Como se espera que o Brasil retome sua trajetria de crescimento j em 2016 ou no mximo em 2017, e use suas potencialidades para construir uma nova trajetria, Pernambuco deve manter seus esforos para consolidar as conquistas do recente ciclo positivo que experimentou na primeira dcada do presente sculo e para avanar em vrias frentes para as quais apresenta oportunidades ou vantagens competitivas.

    Ampliar significativamente investimentos em inovao e em pesquisa e

    28

  • desenvolvimento desafio a ser valorizado, em especial face a um novo momento que j se vivencia, mesmo em tempos de crise, com o setor privado escolhendo Pernambuco para abrigar importantes Centros de Pesquisa, como o fez a FCA (colocando no Recife um de seus quatro centros mundiais de pesquisa da atividade automotiva) ou a Moura ( cujo Centro de Pesquisa Edson Moura Moror, em Belo Jardim, se prope estar na ponta do conhecimento em sua rea de atuao).

    Atrair investimentos em infraestrutura econmica e empreendimentos

    estruturadores para o Estado, no contexto do novo modelo de financiamento previsto para o pas, no qual o setor privado ter maior protagonismo , sem dvida, um outro desafio importante para os prximos anos. Investir em infraestrutura social continuar sendo uma das prioridades do Estado.

    A incluso dos pernambucanos em um mercado de trabalho em transformao

    Em destaque, a importncia do Estado de investir em formao tcnica e

    profissional. O investimento j realizado neste campo estratgico e a mobilizao de recursos federais e de outras fontes deve merecer prioridade para prosseguir nesse rumo. Uma vantagem a ser potencializada a boa estrutura de oferta j instalada no Estado, representada pelas Universidades, Sistema S, rede estadual, entre outras. Pernambuco vai ampliar a estrutura pblica para a educao tecnolgica e fortalecer o ensino superior, pois tais iniciativas iro reforar diferenciais competitivos que o Estado j apresenta.

    O incentivo produo cientfica e tecnolgica e a interiorizao do

    conhecimento aliada promoo do desenvolvimento econmico do interior do Estado, atravs da ampliao da estrutura de apoio ao pequeno agricultor familiar e ao agronegcio, so de fundamental importncia na criao de novas oportunidades para os pernambucanos e configuram como itens centrais desta agenda nos anos do PPA ora apresentado. A valorizao da dimenso ambiental do desenvolvimento

    Nos ltimos anos, a proteo e recuperao do meio ambiente se configuraram

    como objetivo estratgico da gesto pblica. A sustentabilidade ambiental , portanto, uma meta constante e que vai ganhar dimenso. O grande desafio ser o de conciliar crescimento econmico com instalao ou crescimento de empresas e gerao de empregos com o respeito dinmica da natureza.

    Para tanto, as medidas de base contemplaro o incentivo utilizao de fontes

    de energia no poluentes e ao gerenciamento dos resduos slidos, bem como,

    29

  • sero promovidas iniciativas que estimulem a preservao ambiental e o uso adequado do patrimnio natural do Estado.

    A disseminao do Modelo de Gesto

    Um grande desafio de todo governo consiste em desenvolver as prprias

    instituies, tornando-as cada vez mais eficazes na gesto dos recursos e na entrega de servios pblicos com qualidade. Nesse sentido, o PPA traz aes e iniciativas para melhoria contnua do Modelo de Gesto de Pernambuco, com o objetivo de manter o equilbrio fiscal, ampliar o apoio aos municpios e valorizar os seus servidores.

    2. PERNAMBUCO 2035 - PLANO ESTRATGICO DE DESENVOLVIMENTO DE LONGO PRAZO

    Para que o desenvolvimento seja contnuo e permanente, faz-se necessrio

    consolidar um bom desempenho econmico e social, e, principalmente, preparar o Estado para uma mudana de patamar de crescimento frente aos novos desafios.

    Este o propsito da Estratgia de Desenvolvimento Pernambuco 2035:

    definir as aes e iniciativas dos governos estadual e municipais, orientar os projetos e decises da sociedade e dos agentes econmicos a serem implementados nos prximos 20 anos e projetar um novo ciclo de desenvolvimento sustentvel, criando um crculo virtuoso nas prximas dcadas.

    A fim de consolidar essa projeo de longo prazo, o Pernambuco 2035

    organiza e articula com o cuidado em manter uma iseno programtica e poltica um conjunto convergente e sinrgico de aes pblicas e privadas, tendo como base uma rigorosa anlise tcnica do cenrio scioeconmico e considerando a realidade atual do Estado no que tange a projetos e obras em andamento.

    Conceitualmente, o Pernambuco 2035 no o plano de um governo, mas sim

    um plano de Estado, que foi concebido atravs de um processo participativo envolvendo o Governo, Especialistas e a Sociedade com a finalidade de preparar e orientar Pernambuco e os pernambucanos nesta caminhada para o futuro. Neste ano de 2015, o Pernambuco 2035 juntamente com o Programa de Governo Paulo Cmara e com o Seminrio Todos por Pernambuco 2015 foi base para a construo do Mapa da Estratgia do Governo 2015-2018. Importantes conceitos como Inovao, Produtividade e Competitividade foram importados diretamente do Pernambuco 2035 e incorporados aos objetivos estratgicos do governo.

    30

  • Na prtica, a estratgia de longo prazo auxiliar a definio no mbito do governo do Estado das bases para a elaborao das prximas quatro edies do PPA (Planos Plurianuais), de horizonte de quatro anos, bem como a programao oramentria de cada um dos anos da gesto pblica governamental. O diagrama a seguir ilustra a relao entre essa estratgia de longo prazo, o PPA e os oramentos governamentais com a diferena de responsabilidades e de prazos.

    Diagrama 1 Estratgia e instrumentos de planejamento governamental

    O PPA detalhado no oramento anual e expressa os programas e aes que devem ser implementadas em cada ano, refletindo diretamente a estratgia do governo. Na medida em que a estratgia de longo prazo expresse um sentimento convergente da sociedade, as prioridades estratgicas orientaro a formulao do PPA e dos oramentos anuais em cada ciclo de planejamento governamental. dessa forma que a estratgia de longo prazo aponta o caminho e as medidas necessrias o que no pode deixar de ser feito que projetam Pernambuco das condies atuais para o futuro desejado ao longo dos prximos anos.

    Todavia, o futuro comea a ser construdo desde agora com as aes, medidas

    e projetos que amadurecem e geram resultados no mdio e longo prazo. O planejamento estratgico de longo prazo assume uma postura antecipatria das tendncias e, atravs da Viso de Futuro de Pernambuco, apresenta o futuro do Estado esperado e desejado pela sociedade. A partir da formulao qualitativa desse futuro desejado, essa Viso de Futuro se objetiva na definio de metas a serem perseguidas pela estratgia, utilizando indicadores para acompanhar a evoluo de Pernambuco nos prximos anos.

    A Viso de Futuro de Pernambuco aonde queremos chegar? foi construda

    no escopo desse Projeto, a partir de um exerccio de cenarizao, ou seja,

    31

  • projetando os desdobramentos futuros do ambiente externo e a postura da sociedade e do governo. A postura proativa e inovadora da sociedade e do governo a condio central para alcanar essa viso de futuro e deve estar alinhada implementao com eficincia e eficcia de medidas e iniciativas estruturadoras do desenvolvimento, com incluso e igualdade de oportunidades. Importante salientar, contudo, que o nvel de aproximao de Pernambuco com essa viso de futuro depende ainda das circunstncias externas: cenrios mundial e nacional.

    Nos prximos 20 anos, a expectativa que Pernambuco continuar

    experimentando um crescimento econmico alto apesar do cenrio nacional desafiador , dado que, a partir de 2008, Pernambuco reverteu a tendncia histrica de crescer abaixo do Brasil. Como consequncia disso, esperada para o futuro uma elevao da competitividade e multipolaridade do Estado, permitindo uma insero na economia nacional e global, bem como, melhoria da qualidade dos servios pblicos, avanos em infraestrutura e inovao, integrao equilibrada do territrio e desenvolvimento diferenciado do Semirido com sustentabilidade, convergindo em melhorias dos indicadores sociais e da qualidade de vida. Com a implementao das aes propostas no Programa PE 2035, Pernambuco ser, cada vez mais, um lugar prspero com qualidade de vida e baixa desigualdade social e territorial. Com economia competitiva e integrada nacional e internacionalmente, instituies slidas e confiveis, governos inovadores e gesto eficiente, sustentado por uma sociedade ativa, participativa e inovadora.

    O documento da Estratgia de Desenvolvimento Pernambuco 2035 traz

    textualmente a Viso de Futuro: em 2035, Pernambuco estar entre os cinco melhores estados do Brasil para se viver, empreender e prosperar, o que se expressa em cinco pilares centrais do desenvolvimento ou cinco eixos estratgicos cuja articulao e interao de resultados constroem o futuro desejado para Pernambuco pelos pernambucanos: Educao e Conhecimento, Instituies de Qualidade, Qualidade de vida, Prosperidade e Coeso Social e Territorial.

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  • Diagrama 2 Pilares da Viso de Futuro de Pernambuco Pernambuco 2035

    Educao e Conhecimento o componente fundamental do salto para o futuro: aumenta a competitividade, fortalece a tolerncia e a democracia e reduz as desigualdades sociais. A melhoria da qualidade do ensino em todos os nveis e a intensificao da formao do capital humano com qualificao profissional em larga escala, estimula o empreendedorismo e contribui positivamente para a atratividade do Estado.

    As Instituies de Qualidade so um pilar central da Viso de Futuro de

    Pernambuco que contemplam o aumento da confiana pela sociedade em agentes econmicos e instituies. Segurana jurdica, simplicidade burocrtica, eficincia e qualidade da gesto pblica e privada facilitam a vida das pessoas e tambm estimulam o empreendedorismo e a competitividade.

    A Qualidade de Vida se expressa nos objetivos combinados e complementares

    de sustentabilidade ambiental, sade, segurana pblica e defesa social, habitabilidade, mobilidade e conectividade entre as pessoas, assegurando conforto e vida segura e saudvel.

    O pilar Prosperidade se expressa no dinamismo da economia e na

    competitividade sistmica, com inovao e aumento da produtividade que viabilizam a integrao competitiva da economia pernambucana na economia global.

    33

  • Por fim, a Coeso Social e Territorial tem sua essncia na igualdade de

    oportunidades entre os pernambucanos (com reduo da pobreza e das desigualdades sociais), nas relaes polticas e sociais de tolerncia e na civilidade e cooperao num ambiente democrtico, que se expressa tambm na integrao equilibrada do territrio em termos econmicos e de qualidade de vida.

    Os cinco Eixos Estratgicos elencados, por sua vez, so desdobrados em catorze

    reas de Resultado, detalhadas em grandes blocos temticos para os quais so construdas metas especficas para o perodo 2015/2035 e a serem operacionalizadas em projetos. O diagrama a seguir apresenta a distribuio dessas reas de Resultado por Eixo Estratgico.

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  • Diagrama 3 Eixos Estratgicos e reas de Resultado Pernambuco 2035

    A Viso de Futuro de Pernambuco para 2035 est apresentada nas reas de

    Resultado contemplando, para cada uma delas, duas informaes bsicas: Onde estamos?, com um breve diagnstico da rea e Aonde queremos chegar?, com a explicitao qualitativa (com base em indicadores) da viso de futuro em cada rea e sua evoluo nas prximas dcadas.

    Para que isso pudesse ser transformado em aes e resultados, fez-se

    necessrio, alm de desenhar uma rota detalhada de longo prazo (o Plano Estratgico de Longo Prazo, em sentido estrito), desdobrar essa rota em uma Carteira de Projetos Estruturadores com um plano de investimentos pblicos, privados e em parcerias, todos com horizonte nos prximos 20 anos.

    Os Projetos de Interesse Pblico, que so 50, esto distribudos em dez reas

    de resultado: educao, sade, segurana, mobilidade, habitao, sustentabilidade, recursos hdricos, incluso social, participao social e instituies de qualidade. J a Carteira de Projetos de Interesse Privado abrange outras cinco reas de resultado: rede de cidades, insero global, inovao, infraestrutura e competitividade. Cada uma dessas carteiras contm em seu escopo um grupo de aes, que foram desenhadas para serem executadas nos prximos 20 anos, contribuindo para as mudanas que levaro ao alcance da Viso de Futuro para o Estado.

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  • Para a elaborao do PPA 2016-2019, foram elencados da carteira de Interesse

    Pblico alguns projetos, os quais foram transformados em aes e subaes. Os demais projetos do Pernambuco 2035, que no foram inseridos neste PPA, permanecem, ento, como um legado passvel de ser transformado futuramente em novas aes e subaes.

    3. PLANEJAMENTO TERRITORIAL - FOCO REGIONAL

    O Estado de Pernambuco, localizado no centro-leste da Nordeste do Brasil e um dos nove estados dessa Regio, possui uma rea de 98.311 km2, com uma populao de 8,8 milhes de habitantes distribuda nos 184 municpios, agrupados segundo as doze Regies de Desenvolvimento do Estado, com suas especificidades prprias, indo desde a Regio Metropolitana, passando pela Zona da Mata, Agreste e Serto.

    A heterogeneidade existente nessas Regies bastante representativa,

    devendo ser considerada no planejamento governamental, quando da formulao das polticas pblicas de alcance regional. No desenvolvimento das suas polticas estaduais, o Governo de Pernambuco busca levar em conta as oportunidades e desafios associados a essas perspectivas regionais.

    A seguir apresentada uma breve caracterizao de cada Regio de

    Desenvolvimento com os respectivos mapas, onde podero ser visualizados seus municpios e algumas variveis especficas desses espaos territoriais, alm de um descritivo dos temas mais citados nos Seminrios Regionais e uma correlao com as aes planejadas, por Objetivo Estratgico relacionado.

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  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO SERTO DE ITAPARICA - RD 01

    Situada no Centro Oeste de Pernambuco, limita-se com os Estados da Bahia e de Alagoas e com as RDs do Serto Central, Serto do So Francisco, Serto do Paje e Serto do Moxot. Tem rea de 9.508,656 km e densidade demogrfica de 14,11 hab/km.

    Formada por 07 municpios: Belm de So Francisco, Carnaubeira da Penha,

    Floresta, Jatob, Itacuruba, Tacaratu e Petrolndia, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, tinha uma populao de 134.212 hab, que representava 1,53 % da populao do Estado. A populao urbana era 77.140 hab e a rural 57.072 hab.

    Os municpios mais populosos so Petrolndia (32.492 hab), Floresta (29.285

    hab) e Tacaratu (22.068 hab). Cinco dos sete municpios so banhados pelo rio So Francisco, o que possibilita o uso da irrigao. O clima o semirido, com temperatura mdia anual acima dos 25C, chuvas escassas e mal distribudas. A vegetao caracterizada palas caduciflias, cactceas, bromeliceas e xerfilas. A economia da regio tem como base a atividade da caprinovinocultura e agricultura irrigada. Alm dessas, a piscicultura e o ecoturismo.

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  • Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 1.566.040 e o PIB per capita (R$) 11.441. O ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,486 e em 2010 atingiu 0,617, inferior ao do estado (0,673). Entre os maiores ndices esto Jatob (0,645), Belm de So Francisco (0,642) e Floresta (0,626).

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  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO SERTO DO SO FRANCISCO - RD 02

    Situada no Extremo Sudoeste de Pernambuco, limita-se com os Estados da Bahia e Piau e com as Regies do Serto Central, Serto de Itaparica e Serto do Araripe. Tem rea de 14.652,680 km e densidade demogrfica de 29,67 hab/km.

    Formada por 07 municpios: Afrnio, Cabrob, Dormentes, Lagoa Grande,

    Oroc, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista, sendo que os quatro fazem parte da Regio Administrativa Integrada de Desenvolvimento - RIDE do Polo Petrolina/Juazeiro, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma populao de 434.713 hab, que representa 4,94% da populao do Estado. A populao urbana era 280.787 hab e a rural 153.926 hab.

    Os municpios mais populosos so Petrolina (293.962), Santa Maria da Boa

    Vista (39.435) e Cabrob (30.873). A Regio cortada pelas bacias hidrogrficas dos rios Pontal, Garas, Brigida e Terra Nova. Seu clima semirido com altas temperaturas, e a precipitao pluviomtrica anual varia de 350 e 550 mm. A vegetao predominante de caatinga hiperxerfila com espcies que vo de arbustiva arbrea de pequeno porte.

    A economia da regio tem como base a agricultura irrigada, destacando-se a

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  • uva, o melo, a manga, a cebola e o tomate, entre outros, alm da vitivinicultura. Merece destaque, tambm, o comrcio, os servios (logstica, gastronomia), cultura e artesanato. A regio conta ainda com o Aeroporto Internacional de Cargas.

    Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 4.933.196 e o PIB per capita (R$) 10.992. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,537 e em 2010 atingiu 0,671, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores ndices esto: Petrolina (0,697), Cabrob (0,623) e Oroc (0,610).

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  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO SERTO DO ARARIPE - RD 03

    Situada na Extremidade Noroeste de Pernambuco, limita-se com os Estados do

    Cear e Piau e com as RDs do Serto Central e Serto do So Francisco. Tem rea de 11.547,941 km e densidade demogrfica de 26,64 hab/km.

    Formada por 10 municpios: Araripina, Bodoc, Exu, Granito, Ipubi, Morelndia,

    Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade, onde de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma populao 307.642 hab, que representava 3,50% da populao do Estado. A populao urbana era de 165.062 hab e a rural 142.580 hab.

    Os municpios mais populosos so Araripina (77.302 hab), Ouricuri (64.358 hab)

    e Exu (31.636 hab). A Regio cortada pelas bacias hidrogrficas dos rios Brgida, Garas e Terra Nova. Seu clima semirido com temperaturas mdias anuais de 25 C. e precipitao pluviomtrica anual que varia de 450 e 600 mm. H ocorrncia de reas de altitude, que variam de 850 a 1.000 m, a exemplo da Chapada do Araripe, onde predominam temperaturas amenas e precipitaes pluviomtricas mais elevadas. A vegetao da Regio a caatinga hipoxerfila de porte arbreo arbustivo e, nas reas de maiores altitudes, a floresta tropical.

    41

  • A economia da regio tem como base a extrao e beneficiamento da gipsita,

    possuindo a maior reserva do Brasil. Destaca-se, ainda, indstria de calcinao e pr-moldados. Na agropecuria destacam-se o sorgo, mandioca, a caprinocultura e a bovinocultura de leite. Merece destaque, ainda, a apicultura, tendo Araripina como maior produtor do Brasil, alm do turismo, nas encostas da Chapada do Araripe. A construo civil e a rea de servios e comrcio so outros destaques.

    Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 1.808.060 e o PIB per capita (R$) 5.793. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,421 e em 2010 atingiu 0,579, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores ndices esto: Araripina (0,602), Moreilndia (0,600), Granito (0,595) e Trindade (0,595).

    42

  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO SERTO CENTRAL - RD 04

    Situada no Noroeste de Pernambuco, limita-se com os Estados do Cear e da Paraba e com as RDs do Serto do Paje, Serto de Itaparica, Serto do So Francisco e Serto do Araripe. Tem rea de 9.121,14 km e densidade demogrfica de 18,9 hab/km.

    Formada por 08 municpios: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, So Jos

    do Belmonte, Serrita, Terra Nova e Verdejante, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, tinha uma populao de 171.307 hab, que representava 1,95% da populao do Estado. A populao urbana era 97.752 hab e a rural 73.555 hab.

    Os municpios mais populosos so: Salgueiro (56.629 hab), So Jos do

    Belmonte (32.617 hab) e Parnamirim (20.224 hab). A regio cortada pela bacia hidrogrfica do rio Brgida, Terra Nova e Paje. O clima o semirido, com temperatura mdia anual de 26C, chuvas escassas com precipitao pluviomtrica variando entre 392 a 795 mm. Paisagem natural caracterizada pelo bioma caatinga, onde so marcantes os cactos e as bromlias.

    A economia da regio tem como base o turismo e a agropecuria - com

    destaque para a atividade da caprinovinocultura -, comrcio e servios, alm da

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  • apicultura e do turismo. Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 1.273.266 e o PIB per capita (R$) 7.350. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,474 e em 2010 atingiu 0,627, inferior ao do estado (0,673). Entre os maiores ndices esto: Salgueiro (0,669), So Jos do Belmonte (0,610) e Verdejante (0,605).

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  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO DO SERTO DO PAJE - RD 05

    Situada no Centro Norte de Pernambuco, limita-se com o Estado da Paraba e

    com as RDs do Serto Central, Serto de Itaparica e Serto do Moxot. Tem rea de 8.769,896 km e densidade demogrfica de 35,87 hab/km.

    Formada por 17 municpios: Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumb,

    Carnaba, Flores, Iguarac, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, So Jos do Egito, Serra Talhada, Solido, Tabira, Triunfo e Tuparetama, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, tinha uma populao de 314.603 hab, que representava 3,58% da populao do Estado. A populao urbana era 199.726 hab e a rural 114.877 hab.

    Os municpios mais populosos so: Serra Talhada (79.232 hab), Afogados da

    Ingazeira (35.088 hab) e So Jos do Egito (31.829 hab). A regio cortada pela bacia hidrogrfica dos rios Paje, Moxot e Ipanema. O clima o semirido, com temperatura mdia anual de 27C e chuvas escassas com precipitao pluviomtrica variando entre 350 e 600 mm. Na RD, destaca-se o Brejo de Altitude, localizado na Serra da Baixa Verde, onde se localiza o municpio de Triunfo, chegando altitude de 1.100 m.

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  • A economia da regio tem como base o turismo e a agropecuria, estando a atividade da caprinovinocultura presente em todos os municpios. Outras atividades que se destacam na regio so a construo civil, administrao pblica e comrcio.

    Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 2.254.628 e o PIB per capita (R$) 7.108. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,481 e em 2010 atingiu 0,626, inferior ao do estado (0,673). Entre os maiores ndices esto: Triunfo (0,670), Serra Talhada (0,661) e Afogados da Ingazeira (0,657).

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  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO SERTO DO MOXOT - RD 06

    Situada no Centro de Pernambuco, limita-se com os Estados da Paraba e de Alagoas e com as RDs Agreste Central, Agreste Meridional, Serto do Paje e Serto de Itaparica. Tem rea de 9.045,45 km e densidade demogrfica de 23,91 hab/km.

    Formada por 07 municpios: Arcoverde, Betnia, Custdia, Ibimirim, Inaj,

    Manari e Sertnia, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, tinha uma populao de 212.556 hab, que representava 2,42% da populao do Estado. A populao urbana era 133.324 hab e a rural 79.232 hab.

    Os municpios mais populosos so Arcoverde (68.793 hab), Custdia (33.855

    hab) e Sertnia (33.787 hab). A regio cortada pela bacia hidrogrfica dos rios Moxot, Ipanema, Ipojuca e

    Paje. O clima o semirido, com temperaturas elevadas, chuvas escassas e mal distribudas e vegetao xerfila.

    A economia da regio tem como base a caprinovinocultura, a agricultura e os

    servios. Outras atividades que se destacam na regio so o artesanato e a apicultura.

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  • Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 1.474.563 e o PIB per capita (R$) 6.805. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,476 e em 2010 atingiu 0,603, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores ndices esto: Arcoverde (0,667), Sertnia (0,613) e Custdia (0,594).

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  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE MERIDIONAL - RD 7

    Situada no Sudeste de Pernambuco, limita-se com o Estado de Alagoas e com as RDs Mata Sul, Agreste Central e Serto do Moxot. Tem rea de 10.756,46 km e densidade demogrfica de 58,92 hab/km.

    Formada por 26 municpios: guas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejo,

    Buque, Caets, Calado, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Itaba, Jucat, Jup, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Pedra, Salo, So Joo, Terezinha, Tupanatinga e Venturosa, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma populao de 641.727 hab, que representava 7,30% da populao do Estado. A populao urbana era de 370.818 hab e a rural 270.909 hab.

    Os municpios mais populosos so: Garanhuns (129.408 hab), Buque (52.105

    hab), Bom Conselho (45.503 hab) e guas Belas (40.235 hab). A regio cortada pelas bacias hidrogrficas dos rios Munda, Ipanema, Una e

    Moxot. Seu clima semirido, com precipitaes pluviomtricas anuais que variam de 500 a 1.000 mm. Nas reas mais elevadas, ocorre o clima tropical de altitude, com precipitaes pluviomtricas variando 900 a 1.300 mm e

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  • temperaturas mais amenas, em mdia 20 C. A vegetao da regio nas reas de brejo do tipo florestal e nas reas semiridas do tipo caatinga hipoxerfila de porte arbreo arbustivo.

    A economia da regio tem como base a pecuria bovina, especialmente leiteira, e no turismo. Destacam-se, ainda, a construo civil, administrao pblica, indstria de transformao, comrcio e servios.

    Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 4.490.103 e o PIB per capita (R$) 6.916. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,426 e em 2010 atingiu 0,576, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores indices esto: Garanhuns (0,664), Lajedo (0,661) e Venturosa (0,592).

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  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE CENTRAL - RD 08

    Situada ao Leste de Pernambuco, limita-se com o Estado da Paraba e com as Regies da Mata Sul, Agreste Setentrional, Agreste Meridional e Serto Moxot. Tem rea de 10.103,53 km e densidade demogrfica de 103,85 hab/km.

    Formada por 26 municpios: Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba,

    Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de So Flix, Caruaru, Cupira, Gravat, Ibirajuba, Jataba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Pesqueira, Poo, Riacho das Almas, Sair, Sanhar, So Bento do Uma, So Caietano, So Joaquim do Monte e Tacaimb, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma populao de 1.048.968 hab, que representava 11,92% da populao do Estado. A populao urbana era de 807.285 hab e a rural 241.683 hab.

    Os municpios mais populosos so: Caruaru (314.912 hab), Gravat (76,458

    hab), Belo Jardim (72.432 hab) e Pesqueira (62.931 hab). A regio cortada pelas bacias hidrogrficas dos rios Ipojuca, Una e Capibaribe.

    Seu clima semirido com precipitao pluviomtrica anual que varia de 450 e 600 mm. H ocorrncia de reas de brejos de altitude, onde predominam temperaturas

    51

  • amenas e precipitaes pluviomtricas mais elevadas, em torno de 700 mm a 1000 mm. A vegetao da regio a caatinga hipoxerfila de porte arbreo arbustivo e, nas reas de brejo, a floresta tropical.

    A economia da regio tem como base a indstria de

    transformao/confeces, hortifruticultura, avicultura, comrcio, pecuria de leite, turismo, artesanato, construo civil, rendas e bordados. Seus atrativos naturais e culturais so o Povoado de Cimbres (Pesqueira), Festas Juninas, Bacamarteiros, Bandas de Pfanos e Renascena.

    Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 9.085.770 e o PIB per capita (R$) 8.524. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,479 e em 2010 atingiu 0,622, inferior ao do Estado (0,673) Entre os maiores ndices esto: Caruaru (0,677), Gravat (0,634) e Belo Jardim (0,629).

    52

  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE SETENTRIONAL - RD 09

    Situada ao Nordeste de Pernambuco, limita-se com o Estado da Paraba e com as Regies da Mata Norte, Mata Sul e Agreste Central. Tem rea de 3.535,934 km e densidade demogrfica de 148,91 hab/km.

    Formada por 19 municpios: Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, Frei

    Miguelinho, Joo Alfredo, Limoeiro, Machados, Orob, Passira, Salgadinho, Santa Cruz do Capibaribe, So Vicente Frrer, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lrio e Vertentes, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma populao de 526.905 hab, que representava 5,99% da populao do Estado. A populao urbana era 348.860 hab e a rural 178.045 hab.

    Os municpios mais populosos so: Santa Cruz do Capibaribe (87.582 hab),

    Surubim (58.515 hab) e Limoeiro (55.439 hab). A regio cortada pela bacia hidrogrfica do Rio Capibaribe. Na regio,

    registra-se a presena de fontes trmicas e hidrominerais. O clima o semirido, com temperatura mdia de 25C. A precipitao pluviomtrica varia entre 450 mm a 600 mm. A vegetao a caatinga de porte arbreo-arbustiva.

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  • A economia da regio tem como base a agropecuria, indstria de transformao/confeces, hortifruticultura, avicultura, comrcio, servios, turismo e artesanato. Seus atrativos naturais e culturais so os stios histricos e arqueolgicos, as belezas naturais, bordados e frivolit.

    Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 3.624.032 e o PIB per capita (R$) 6.732. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,468 e em 2010 atingiu 0,615, inferior ao do estado (0,673). Entre os maiores ndices esto: Limoeiro (0,663), Surubim (0,635) e Toritama (0,618).

    54

  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO MATA SUL - RD10

    Situada ao Sudeste de Pernambuco, limita-se com o Estado de Alagoas, com o Oceano Atlntico e com a Regies Metropolitana, Mata Norte, Agreste Setentrional, Agreste Meridional e Agreste Central. Tem rea de 5.182,934 km e densidade demogrfica de 141,55 hab/km.

    Formada por 24 municpios: gua Preta, Amaragi, Barreiros, Belm de Maria,

    Catende, Ch Grande, Cortez, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Pombos, Primavera, Quipap, Ribeiro, Rio Formoso, So Benedito do Sul, Sirinham, So Jos da Coroa Grande, Tamandar, Vitria de Santo Anto e Xexu, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma populao 733.447 hab, que representa 8,34% da populao do Estado. A populao urbana era 538.347 hab e a rural 195.100 hab.

    Os municpios mais populosos so: Vitria de Santo Anto (129.974 hab),

    Escada (63.517 hab) e Palmares (59.526 hab). A regio cortada pelas bacias hidrogrficas dos rios Ipojuca, Sirinham e Una.

    Seu clima tropical quente e mido, com temperatura mdia anual de 24C. Apresenta chuvas mais abundantes do que nas pores norte e vegetao mais

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  • exuberante. Ressalta-se o fato da cobertura vegetal da floresta atlntica ter sido fortemente suprimida no processo de ocupao histrica, contribuindo para degradao da biodiversidade dessa Regio. Nos dias atuais, a minerao desordenada de argilas e areia vem provocando eroso e assoreamento de corpos dgua.

    A economia da regio tem como base a agroindstria sucroalcooleira e o

    turismo na rea litornea. No setor industrial destaca-se a indstria de transformao com a produo de alimentos, bebidas e de minerais no metlicos. Nos servios, o destaque para o setor pblico, servios imobilirios e o comrcio. Na agropecuria da regio, merece destaque o municpio de Vitria de Santo Anto, por apresentar a maior produo de hortalias do Estado.

    Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 4.490.103 e o PIB per capita (R$) 6.916. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,426 e em 2010 atingiu 0,576, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores ndices esto: Escada (0,632), Palmares (0,622) e Rio Formoso (0,613).

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  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO DA MATA NORTE - RD 11

    Situada na extremidade nordeste de Pernambuco, limita-se com o Estado da

    Paraba, com o Oceano Atlntico e com as Regies Metropolitana, Mata Sul e Agreste Setentrional. Tem rea de 3.219,376 km e densidade demogrfica de 179,33 hab/km.

    Formada por 19 municpios: Aliana, Buenos Aires, Camutanga, Carpina, Ch de

    Alegria, Condado, Ferreiros, Glria do Goit, Goiana, Itamb, Itaquitinga, Lagoa do Carro, Lagoa de Itaenga, Macaparana, Nazar da Mata, Paudalho, Timbaba, Tracunham e Vicncia, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma populao 577.191 hab, que representa 6,56% da populao do Estado. A populao urbana era 441.303 hab e a rural 135.888 hab.

    Os municpios mais populosos so: Goiana (75.644 hab), Carpina (74.858 hab) e

    Timbaba (53.825 hab). A regio cortada pelas bacias hidrogrficas dos rios Goiana e Capibaribe. Seu

    clima tropical quente e mido. Apresenta precipitao mdia anual entre 800 mm e 2.000 mm. Formao vegetal que corresponde floresta atlntica.

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  • A economia da regio tem como base a agroindstria sucroalcooleira e o turismo na rea litornea. No setor industrial, vem se transformando num polo pujante dentro da economia estadual, atravs da implantao de plantas industriais de alto nvel tecnolgico como a Hemobrs (uma das ncoras do polo farmacoqumico) e o Polo Automotivo capitaneado pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Destaca-se, ainda, a indstria de transformao, com a produo de alimentos, papel e cimento. Nos servios, o destaque para o setor pblico, servios imobilirios e o comrcio.

    Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 4.731.081 e o PIB per capita (R$) 8.121. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,480 e em 2010 atingiu 0,627, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores ndices esto: Carpina (0,680), Nazar da Mata (0,662) e Paudalho (0,639).

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  • REGIO DE DESENVOLVIMENTO METROPOLITANA - RD 12

    Situada na extremidade leste de Pernambuco, limita-se com o Oceano Atlntico e com as Regies da Mata Norte e Mata Sul. Tem rea de 2.787,469 km e densidade demogrfica de 1.324,92 hab/km.

    Formada por 14 municpios: Abreu e Lima, Araoiaba, Cabo de Santo Agostinho,

    Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Ilha de Itamarac, Itapissuma, Jaboato dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife e So Loureno da Mata, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma populao 3.693.177 hab, que representava 41,98% da populao do Estado. A populao urbana era 3.591.806 hab e a rural 101.371 hab.

    Os municpios mais populosos so: Recife (1.537.704 hab), Jaboato (644.620

    hab) e Olinda (377.779 hab). A regio cortada pelas bacias hidrogrficas dos rios Beberibe, Capibaribe,

    Botafogo e Pirapama. Seu clima tropical litorneo quente e mido. Temperatura mdia anual de 25C. Apresenta precipitao mdia anual, no Recife, de 2.450 mm. Na rea urbanizada (mais a leste da regio) encontram-se os esturios, formando uma plancie circundada por morros e tabuleiros. Nas reas mais a oeste, destacam-

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  • se remanescentes da mata atlntica e mananciais. A regio o centro econmico do Estado. As atividades ligadas aos servios

    modernos e indstria de transformao so as mais importantes da regio, alm da administrao pblica. Destacam-se ainda, com relevncia, os polos mdico, educacional e de tecnologia da informao - com o porto digital. Outro destaque so as atividades tursticas e culturais. Uma economia dinmica, devido, sobretudo, ao incremento das atividades no Complexo Industrial Porturio de Suape, principalmente as ligadas ao segmento de petrleo, gs, offshore e naval. Possui dois portos - do Recife e o de Suape -, e o Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre.

    Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 75.933.066 e o PIB per capita (R$) 20.267. O ndice

    de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,631 e em 2010 atingiu 0,737, superior ao do Estado (0,673). Entre os maiores ndices esto: Recife (0,772), Olinda (0,735) e Paulista (0,732).

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  • 4. MODELO DE GESTO TODOS POR PERNAMBUCO - APERFEIOAMENTO E AVANOS

    4.1. REFERENCIAIS METODOLGICOS

    O Modelo Todos Por Pernambuco, a partir de sua implementao em 2008,

    introduziu novos paradigmas para o processo de Planejamento Estratgico do Estado: primeiramente, ao entender que a definio da estratgia precede a ao. Selecionou e disseminou intensamente um conjunto de Objetivos a serem perseguidos ao longo da gesto, orientando, de forma sinrgica, a ao de todo o Governo, invertendo a lgica de planejamento at ento vigente na mquina pblica, que se baseava em planos estratgicos desenvolvidos isoladamente pelos rgos e depois agrupados. Em paralelo, reaproximou de forma mais efetiva, as atividades de Planejamento e Oramento alinhando dinamicamente os instrumentos formais de planejamento - PPA, LDO e LOA.

    O Modelo Todos