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Sumário

foto da capa:

divulgação empresas e

Joffre Oliveira Júnior

6

Entrevista

Reordenação de foco amplia ações do IPT

Marcos Tadeu Pereira e Neusvaldo Lira de Almeida

10

Matéria de Capa

Em Sintonia com o Mundo

19

ABRACO Informa

21

Notícias do Mercado

24

Artigo & Instituição

33

Saúde & Segurança Ocupacional

39

Tecnologia & Novos Talentos

42

Opinião

10 razões pelas quais seus funcionários

não vestem a camisa Erik Penna

A revista Corrosão & Proteção é uma pu-blicação oficial da ABRACO – AssociaçãoBrasileira de Corrosão, fundada em 17 deoutubro de 1968, e tem como objetivo con-gregar toda a comunidade técnico-empre-sarial do setor, difundir o estudo da corro-são e seus métodos de proteção e controle,as experiências bem sucedidas e os princi-pais avanços tecnológicos.

Av. Venezuela, 27 , Cj. 412 Rio de Janeiro - RJ - CEP 20081-310 Fone (21) 2516-1962/Fax (21) 2233-2892www.abraco.org.br

DiretoriaEng. Jorge Fernando Pereira CoelhoPresidenteEng. Pedro Paulo Barbosa LeiteVice-presidente

Eng. Antônio Adolfo de O. FrotaDra. Denise de Souza FreitasM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta M.Sc. Hélio Alves de Souza Júnior -Force Tecnology BrasilEng. Laerce de Paula Nunes

Dra. Zehbour Panossian

Comunicação e MarketingGeorge Vasconcelos

Conselho Editorial Eng. Aldo Cordeiro Dutra - INMETRO Dra. Denise Souza de Freitas - INT Eng. Jorge Fernando Pereira Coelho -ROSEN BRASIL M.Sc. Gutemberg Pimenta - PETROBRAS -CENPESEng. Laerce de Paula Nunes - IEC Dr. Luiz Roberto Martins Miranda - COPPEDra. Zehbour Panossian - IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza Júnior – ForceTechnology BrasilDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGS M.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPT Dra. Olga Baptista Ferraz – INT Dr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenolle – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte - Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design - [email protected]

FotógrafoGilberto Rios

GráficaVan Moorsel Gráfica e Editora

As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

27

Fosfatização de Metais Ferrosos –

Parte 3 - A utilização prática das

diferentes camadas fofatizadas

por Zehbour Panossian e

Célia A. L. dos Santos

30

Comportamento de um organo silano

como inibidor de corrosão para

o aço carbono em HCl 2M

por Paulo Renato de Souza, Idalina

Vieira Aoki e Isabel Correia Guedes

34

Evolução no Tratamento de Superfícies

“do Cromatizante à Nanotecnologia” –

Parte 3 por Silvio Renato de Assis

36

Noções básicas sobre processo de

Anodização do Alumínio e suas Ligas –

Parte 1 por Adeval Antônio Meneghesso

Artigos Técnicos

C & P • Setembro/Outubro • 2006 3

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EMOS INÚMEROS EXEMPLOS DE NAÇÕES E EMPRESAS QUE SE DESENVOLVERAM BASEADAS NO

investimento contínuo na geração do conhecimento. É uma tarefa árdua que exige planeja-mento, comprometimento, investimento e, principalmente, visão de longo prazo. Nosso

país tem se destacado em diversas áreas do conhecimento, sendo reconhecido internacionalmentepela excelência de seus profissionais em campos complexos, como na indústria petrolífera e deaçúcar e álcool.

Diversos institutos de pesquisas ligados às universidades têm se destacado pela prestação deserviços relevantes para o desenvolvimento do setor de corrosão. E eles vêm sendo apresentadosna Revista Corrosão & Proteção, na seção Instituição. Primeiro, o Laboratório de Eletroquímicae Corrosão – LEC do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da Universi-

dade de São Paulo; depois, o Laboratório de Processos Quí-micos – ELETROCORR do Departamento de EngenhariaMetalúrgica da UFRGS, e agora o Laboratório de Corrosão eTratamento de Superfícies LABCORTS do Centro de Ciênciae Tecnologia de Materiais CCTM – IPEN / CNEN – SP. Emuitas outras estão programadas para a apresentação de seusperfis. O objetivo dessa apresentação individual dos labora-tórios é propiciar aos leitores uma exata dimensão do expertise

nacional, e as possibilidades que surgem a partir do funciona-mento adequado desses centros de excelência.

A atuação muito próxima dos centros de excelência com a indústria se traduz em maiorprodutividade e competitividade, menos riscos na operação e melhor controle dos processos. E,por outro lado, abre um campo imenso de atuação para os pesquisadores brasileiros no Brasil –esse é um dado importante, visto que o país tem se notabilizado por “exportar” muitas de suasmais primorosas “cabeças”. Essa junção de fatores levará inexoravelmente a uma relação ganha-ganha entre a universidade e a indústria.

Muitos exemplos desse compromisso mútuo podem ser dados, e um caso interessante podeser acompanhando na seção Entrevista desta edição. O tradicionalíssimo Instituto de PesquisasTécnicas de São Paulo – IPT está finalizando um processo de reorganização interna para atuarcom mais desenvoltura junto à iniciativa privada. E o mais importante, o primeiro grande temaapresentado aos clientes foi exatamente Tecnologia em Dutos, um sinal mais do que positivosobre a importância do tema em debates futuros, incluindo aí a corrosão em Dutos.

Se juntarmos a esse caldo de informação a notícia veiculada na mídia especializada sobrepetróleo e derivados sobre o fechamento do maior poço norte-americano, por problemas rela-cionados à corrosão interna, identificamos claramente a importância do negócio “corrosão” nasdiscussões sobre a infra-estrutura desse setor industrial.

Fica o registro de que o debate é agora. E não temos o direito de negar às nossas futurasgerações muito mais oportunidades para o desenvolvimento e inovação tecnológica. E os centrosde excelência são a prova de que os profissionais brasileiros são capazes de, com muita criativi-dade, inovar e encontrar soluções tecnológicas para o desenvolvimento do país.

Boa leitura!

Alberto Sarmento Paz

Editor

O conhecimento como geração de valor

Carta ao leitor

4 C & P • Setembro/Outubro • 2006

Todos têm a ganhar em

uma relação ganha-ganha

entre a universidade

e a indústria

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Produtos em Base Aquosa

Totalmente isentos de Crômio e de quaisquer

outros metais prejudiciais à saúde e ao meio

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à corrosão

Ausência total de fragilização por Hidrogênio

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Entrevista

Marcos Tadeu Pereira e Neusvaldo Lira de Almeida

O FINAL DO SÉCULO XIXo Brasil passava por umperíodo de efervescência.

Era o início da industrializaçãodo País e essa novidade mobili-zou diversas áreas do conheci-mento. Em São Paulo, era criada,em 1894, a Escola Politécnica, ecinco anos depois, para atenderàs crescentes demandas de en-saios de materiais de construção eàs necessidades do curso desen-volvido na Politécnica, era criadoo Gabinete de Resistência deMateriais, que se tornaria o nú-cleo básico do que viria a ser oInstituto de Pesquisas Tecno-lógicas – IPT.

Presente em todas as etapas dahistória contemporânea do Bra-sil, o IPT deu apoio técnico, porexemplo, à construção de estra-das de ferro no início do séculoXX, foi responsável pelos estudospara as fundações da Usina VoltaRedonda da Companhia Side-rúrgica Nacional, nos anos 40, edestacou-se na construção da pri-meira linha do metrô de SãoPaulo, nos anos 70. “Esses sãoalguns exemplos da atuação doinstituto, e entendemos porqueatualmente o IPT é associado àprodução técnica de qualidade,sejam serviços laboratoriais, co-mo ensaios e calibrações, sejamserviços tecnológicos especializa-dos e projetos de inovação e pes-quisa”, conta Marcos Tadeu Pe-reira, diretor técnico do IPT.

necessário uma reestruturação paraque continuássemos mantendo opropósito do instituto. São dois pon-tos que foram levados em conta: fo-car com muito mais intensidade ocliente e buscar recursos para a ma-nutenção de toda a nossa estrutura.Ao final de dois anos de trabalhomuito já foi feito. Temos hoje umainstituição muito mais ágil e dinâ-mica. Ainda vamos avançar, mas oIPT hoje tem uma configuraçãomais apropriada para as necessida-des do mercado e, na verdade, seguea tendência mundial dos institutosserem verdadeiros parceiros para odesenvolvimento da indústria.

Abrigar diversas áreas do co-nhecimento com alto grau deespecialização foi positivo nes-sa mudança?Marcos Tadeu – Quando começa-mos trabalhamos em torno de qua-tro “Rs” - refocalização, reorganiza-ção, redimensionamento e recom-pensa. Colocamos isso claramentepara os nossos pesquisadores e par-timos para a ação. Antes o IPTestava organizado de maneira clás-sica, ou seja, divisão de Civil, deMecânica, de Química, etc. Agora,aproveitando nossas competências,podemos atuar de forma transver-sal, o que atende de maneira muitomais adequada a complexidadetecnológica atual. Então, as divisõestécnicas foram desmontadas e fo-ram criados os centros tecnológicos.A competência do IPT ajudou en-

Reordenação de foco

amplia ações do IPT

O centenário Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, acompanhando as tendências globais,

se reestrutura para atender com maior agilidade as mais diversas demandas da indústria

Por Alberto Paz

A corrosão, por sua vez,ocupa uma das áreas de destaqueno instituto. O Laboratório deCorrosão e Proteção (LCP) foicriado em 1963 e hoje atua emtoda a área de tratamento desuperfícies, especialmente revesti-mentos anticorrosivos tantoorgânicos quanto metálicos. Atéo final de 2004, o LCP já haviaemitido 9.205 laudos técnicos,executado mais de 50 projetos depesquisa básica e publicado 265artigos técnicos em revistas espe-cializadas. “Além disso, os profis-sionais do LCP, que está ligadoao Centro de Integridade de Es-trutura e Equipamentos – Cin-tep, têm grande atuação junto àsentidades relacionadas ao negó-cio, especialmente com a ABRA-CO”, diz Neusvaldo Lira deAlmeida, pesquisador do LCP.

Para falar sobre essa nova eta-pa do IPT, sua atuação em dutose do LCP, Marcos Tadeu e Neus-valdo receberam a Revista Cor-rosão e Proteção.

O IPT vem passando por umareestruturação. A que se deveessa mudança e qual será a “no-va face” do IPT?Marcos Tadeu – O instituto histo-ricamente sempre se posicionou co-mo um elo entre a indústria e auniversidade. Nos últimos 25 anos,o IPT vem sofrendo com uma re-dução contínua de repasses de ver-ba e, em 2005, foi definido que era

6 C & P • Setembro/Outubro • 2006

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Em setembro, o IPT, por meiodo LCP, ajustou um convêniocom a ABRACO para organi-zar cursos e seminários. O queos profissionais podem esperardessa parceria?Neusvaldo – Somos parceiros delonga data da ABRACO, inclusivequase todos os profissionais do LCPsão associados. Eventualmente jáhavíamos organizado algumasações em conjunto, e o convênio decooperação surgiu da idéia de esta-belecermos algumas ações maisregulares. O Seminário de Reves-timento e Proteção Catódica paraDutos e Equipamentos foi o pri-meiro nesse acordo, organizado emsetembro, no IPT, teve como obje-tivo discutir medidas preventivas enovas tecnologias, além de conhe-cimento de novos projetos e identi-ficação de oportunidades de redu-ção de custos. No total, cerca de 80profissionais estiveram presentes, epuderam acompanhar informaçõestécnicas para seu dia-a-dia além detomar contato com novos temas,como a interferência da correntealternada nos dutos, um assuntoque o mundo inteiro está estudan-do e que não existe um conheci-mento bem fundamento a respeitodo fenômeno. Agora, IPT e ABRA-CO estão estudando um programapara 2007 para montarmos cursosde curta duração que atendam omercado. Não queremos ministrarcursos muito genéricos, estamosdetectando as demandas do merca-do por ações mais específicas parafechar a programação. •

Para maisinformações,acesse:www.ipt.br

tão a darmos uma nova forma aoinstituto em pouco tempo e comexcelência. Hoje, no IPT, cada la-boratório responde técnica e comer-cialmente pelos seus serviços.

O primeiro material de apre-sentação desenvolvido pelo IPTnessa nova fase foi sobre a Tec-nologia em Dutos, editado emsetembro. Pela avaliação doinstituto esse é um grande temae onde há espaço de atuação?Marcos Tadeu – Escolhemos ini-cialmente quatro grandes cadeiasde negócios para atuar: gás, petró-leo, cana-de-açúcar e transporte,em todas as questões de infra-estru-tura e maquinário. O tema dutosatravessa todos esses temas e, alémdisso, já tínhamos um histórico téc-nico bem consistente. A transversa-lidade que temos, com geólogos,químicos, especialistas em cristali-zação, biotecnologia, corrosão, etc.permite a prestação de um serviçoúnico e que atende às mais comple-xas necessidades das indústrias.Além disso, podemos também aten-der agências de fomento, como aFAPESP e FINEP, e as agênciasreguladoras.

Como é a atuação do Labora-tório de Corrosão e Proteção -LCP?Neusvaldo – Fazemos uma quan-tidade grande de ensaios, análisesde falha de corrosão e projetos dedesenvolvimento. Grande parte dotrabalho está hoje relacionado coma PETROBRAS, principalmentena área de desenvolvimento, ondesão cerca de 20 projetos tanto emcorrosão interna quanto externa.Como exemplo, o LCP desenvolveestudos na área de monitoramentoda corrosão interna (com mediçõesperiódicas para avaliar a agressivi-dade dos derivados que passamatravés dos dutos), sobre inibidoresde corrosão (nesse caso, avaliando adosagem certa para tornar a açãomais eficaz, e ajudando a selecio-nar os inibidores) e avaliar a in-

fluência de contaminantes no de-sempenho de pintura interna dedutos. Existem outras ações paracorrosão externa, tais como avalia-ção das características do solo ondeo duto está enterrado, e a influên-cia das correntes alternadas nosprocessos de corrosão dos dutos.

Podemos avaliar que o tema cor-rosão tem hoje uma importân-cia relevante para os negócios?Neusvaldo - Sem dúvida, o impac-to da corrosão na infra-estrutura dopetróleo, na sua cadeia de transpor-te é decisivo para o negócio. Aindústria tem que ter uma atuaçãocontínua de inovação, pois tanto ovazamento quanto as conseqüên-cias da ação, ambientais e sociais,podem causar perdas importantes.

C & P • Setembro/Outubro • 2006 7

• Definição do traçado de dutos e avaliação ambiental;• Ensaios e avaliação de desemepnho de dutos e suas interações;• Escoamento de fluidos e gestão metrológica de vazão;• Análise química de produtos transportados e geração de materiais de referência

pra fluidos e dutos;• Solucões em corrosão e proteção interna de dutos;• Monitoramento e prevenção de riscos ambientais e geológicos em áreas de dutos;• Análise de falhas mecânicas em dutos.

TECNOLOGIA EM DUTOS

Escolhemos

atuar inicialmente

em quatro cadeias

de negócios, e o

tema dutos atravessa

todas elas

Marcos Tadeu Pereira

O LCP hoje atua

em toda a área

de tratamento

de superfícies

Neusvaldo Lira de Almeida

“”

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também de plásticos (ABS), para evitar corrosão ou conferir-lhesaspecto decorativo. São quatro áreas detectadas dentro da galvanoplas-tia: sais, anodos (metálicos), processos químicos e equipamentos. Osdois principais se caracterizam por abrigar grandes corporações e serum mercado classificado como commodities. É na área de processosquímicos que são detectadas as principais evoluções nesse campo.

O processo químico de galvanização pode, em linhas gerais, serdividido em dois segmentos distintos, onde se percebe o maior impac-to de toda essa transformação, visando atender às exigências dos gran-des clientes. O primeiro deles é o de pré-tratamento de superfícies(limpeza e preparação da peça) – que utiliza em larga escala processosà base de fosfato, que vem sendo desbancado por uso de nanotecno-logia. O segundo mercado, a eletrodeposição (plating), são os acaba-mentos técnicos (anti-corrosivos) e/ou decorativos. Especialistas acre-ditam que na eletrodeposição já está consolidada a zincagem sem cia-neto e produtos como o cromo trivalente, mas os fornecedores de pro-cessos químicos têm um grande desafio: consolidar essas soluçõesjunto aos usuários da galvanização.

Na opinião da dou-tora em ciências e chefedo agrupamento de cor-rosão da divisão de me-talurgia do Instituto dePesquisas Tecnológicasdo Estado de São Paulo(IPT), Zehbour Panos-sian, desde os anos 80ocorreu um grande de-senvolvimento tecnoló-gico no segmento das in-dústrias que trabalhamcom tratamento de su-perfície no Brasil. “As empresas que atuam nessa área ficaram maisatentas às questões ambientais, de segurança industrial e sanitária”.Segundo a pesquisadora, a questão ambiental passou ao primeiroplano de discussões no cenário industrial, dentre as quais no planeja-mento de investimentos e principalmente quando trata da questão dasobrevivência. “A sociedade conscientizou-se de que o progresso denada vale se não forem implementadas condições mínimas de susten-tabilidade dos meios produtivos”.

Para a doutora Zehbour, as demandas por processos mais limpos esustentáveis tem sido extremamente positivas. “Cabe agora à socieda-de em geral o emprego de esforços para que a adoção de tecnologias ede práticas ambientalmente adequadas sejam efetivamente implemen-tadas, na medida em que estas comprovem sua viabilidade econômi-ca e se mostrem sustentáveis”.

Zehbour também chama a atenção para a necessidade de investi-mentos, por parte das empresas brasileiras, na área de pesquisa. “Onúmero de empresas nacionais que investem em pesquisa no Brasil é

INDÚSTRIA DE TRATAMEN-to de superfície caminhaa passos largos no Brasil.

Nos últimos anos, muitas em-presas do setor desenvolveram,basicamente apoiadas em parce-rias com congêneres européias,processos e técnicas que substi-tuem o fazer químico tradicional- que não se preocupa com osrejeitos tóxicos produzidos emlarga escala - por processos queempregam o uso de rotas sintéti-cas neutras, matérias-primas inó-cuas e renováveis, reduzindo oimpacto no ambiente e na saúdehumana. Nota-se tanto no con-tato com profissionais da indús-tria quanto com pesquisadoresligados aos centros de pesquisa

que a qualidade exigida nosprocessos de tratamentos gal-vânicos já está disponível no

Brasil, em patamarespróximos aos de

países maisi n d u s -trializa-dos. Oponto é

que essenível de exi-

gência é possí-vel de ser aten-

dido apenas porum grupo de gal-vânicas conside-radas de médioou grande portes,algo em torno de30 empresas noBrasil.

Para contex-tualizar, a galva-noplastia é o tra-tamento utilizadopara tratar super-

fícies de metais, emais recentemente

Matéria de Capa

Em Sintonia com o Mundo

Apesar dos baixos investimentos em P&D, as empresas brasileiras estão

alinhadas com as modernas práticas em tratamentos galvânicos

10 C & P • Setembro/Outubro • 2006

Zehbour: “Atenção às questões ambientais,de segurança industrial e sanitária”

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“Isto significa que o conteúdo tecnológico dos produtos ofertados pelaindústria brasileira terá de crescer substancialmente nos próximos anose que a força de trabalho do País terá de receber treinamento em umvolume muito maior do que o atual,para atuar de forma adequada com essesnovos produtos”.

Barbieri acredita que, para se con-quistar o nível exigido de conhecimentodos profissionais envolvidos com as ope-rações de galvanização, é necessáriosaber qual é o tamanho do setor de tra-tamento de superfície no Brasil.“Atualmente, não existe nenhum núme-ro oficial que revele esse dado. Tanto éque o sindicato está desenvolvendo umprojeto para conhecer mais o setor detratamento de superfície no Brasil. Emalguns casos, o problema é cultural. Muitas empresas preferem nãodivulgar informações. Em outros, são empresas que ainda não aten-dem à legislação vigente com relação às questões de meio ambiente epreferem não aparecer”.

Preocupação semelhante é demonstrada pelo presidente daAssociação Brasileira de Tratamento de Superfícies – ABTS, AiriZanini. “A busca pelo conhecimento é o grande diferencial para qual-quer tamanho de empresa no setor. É isso que vai garantir sua conti-nuidade”, avalia. Zanini diz que um dos principais focos da associaçãoé justamente abrir possibilidades para a disseminação do conhecimen-to, seja por meio de palestras e seminários, seja por divulgação de arti-gos técnicos nos veículos de comunicação da associação. “A ABTS é

uma entidade comprometidacom o desenvolvimento dosprofissionais do setor e, aomesmo tempo, incentiva odesenvolvimento das empresasque nele atuam”, concluiZanini.

Já o Sindicato da Indústriade Artefatos de Metais NãoFerrosos no Estado de SãoPaulo - Siamfesp, que agrega asempresas de um dos principaissetores-cliente dos processosde galvanização, aponta para a

quase zero. Quero destacar opapel da Atotech do Brasil, quefoi a primeira empresa até agoraa financiar uma bolsa-pesquisadestinada à galvanoplastia nonosso laboratório. Além dessa,existem outras duas empresasque colaboram com matéria-prima para pesquisa. Fora isso,todo investimento feito na áreade pesquisa é da iniciativa dosetor público. Não podemossimplesmente receber a tecnolo-gia que vem de fora. Contamoscom um grande número de pro-fissionais altamente qualificadospara desenvolver essas tecnolo-gias aqui mesmo no Brasil.Precisamos que as empresasinvistam em pesquisas”, dizZehbour.

Conhecer o setor

Paralelamente, mas em harmo-nia com essa nova forma de visãoda indústria de tratamento de su-perfície, surge a nanotecnologia,que coloca em xeque os proces-sos à base de fosfato, que exigemgastos elevados em tratamentosde efluentes. A nanotecnologiavisa criar novos materiais edesenvolver produtos e processosbaseados na crescente capacidadeda tecnologia moderna de ver emanipular átomos e moléculas.

Na opinião do vice-presiden-te do Sindicato da Indústria deProteção, Tratamento e Transfor-mação de Superfície do Estadode São Paulo (Sindisuper), Mar-co Antonio Barbieri, a nanotec-nologia ainda está começando.

C & P • Setembro/Outubro • 2006 11

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Metais sanitários efechaduras representam dois

dos principais usuários degalvanoplastia

Marco Antonio Barbieri, presidente doSindisuper

Denis Perez Martins, presidente doSiamfesp

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Galrei Galvanoplastia

Em busca constante para evitar a degradação do meio ambientee oferecer melhores condições de trabalho para seus colaboradores,

a Galrei Galvanoplastia Industrial traçou um caminho diferen-ciado: a parceria. “A iniciativa visa abrir a possibiliade de troca

de experiências entre as empresas do nosso ramo de ativida-de, obtendo melhores práticas na indústria de tratamentode superfície”, diz José Adolfo Gazabin Simões, diretor daGalrei.

Ele revela que o baixo custo é uma das principais van-tagens de se usar a parceria como ferramenta de troca de

conhecimento. “Como o processo é feito basicamente comempresas concorrentes, o ônus é praticamente zero e o resul-

tado é surpreendente. Da mesma forma que a indústria concor-rente abre suas portas para que nossos funcionários tenham acesso atroca de informações e experiências, nós da Galrei fazemos a mesmacoisa sempre que solicitado”.

Alfredo Teodoro Kuesteis Filho, Gerente industrial, destaca quealiado à busca da parceria está o investimento em tecnologia. “Nãobasta só a troca de informações. Temos que investir no setor tecno-lógico. Eu acredito que as empresas que não estiverem atentas a essarealidade, estão fadadas a fechar em um curto espaço de tempo”,diz. Ele acredita que o número total de empresas no segmento detratamento de superfície no Brasil deverá baixar para bem menos demil empresas no prazo de cinco anos. “As empresas que não inves-tiram terão muitas dificuldades para continuar operando”.

Surtec do Brasil

A alemã Surtec, fabricante de produtos para a decapagem, lim-peza e desengraxe, remoção de tintas, proteção à corrosão e produ-tos de eletrodeposição, é outra empresa que visa o cuidado com omeio ambiente e com os profissionais que atuam nesse segmento. Odiretor de pesquisa e desenvolvimento da empresa, Rolf Jansen, disseque a filial brasileira desenvolveu um processo de fabricação de pro-dutos eficientes, a ponto de permitir a produção com qualidade eem maior escala, conquistando melhor preço.

Para desenvolver toda tecnologia, a filial da Surtec no Brasilconta com centro tecnológico de primeiro mundo. “Esse centro étão importante como o centro que existe na Alemanha. Com tantatecnologia, o Brasil é considerado o segundo maior mercado com-

necessidade de todas as empresasde galvanoplastia se adequarem àlegislação ambiental específicapara o setor e, por outro lado,trabalha na busca de regulamen-tações atualizadas para reivindi-car junto aos órgãos públicosMunicipais, Estaduais e Federais,mudanças na legislação, que emalguns casos está obsoleta.

“Um dos programas que oSiamfesp participa e orienta seusassociados a conhecer é o Pro-grama de Prevenção e Risco Am-biental Galvânico (PPRAG)”, re-vela Denis Perez Martins, presi-dente da entidade. O PPRAGvisa a preservação da saúde e daintegridade física dos trabalha-dores, através da antecipação, re-conhecimento, avaliação e con-seqüente controle da ocorrênciade riscos ambientais existentesno ambiente de trabalho.

O presidente do Siamfespaponta como um entrave a po-lítica econômica. “Se de umlado o Banco Nacional de De-senvolvimento EconômicoSocial (BNDES) tem dinheiropara emprestar com taxa dejuros menores, do outro asexigências e a burocraciafazem o processo emperrar.Enquanto nossos governantesnão reduzirem a carga tributá-ria, os impostos e os juros, oempresário brasileiro vai terque usar a criatividade para semanter de pé”.

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Equipamento de raio-x para análise não-destrutiva, da Surtec do Brasil.

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da

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Luiz A. GarciaR.D. e Supervisor da Qualidade

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“Os produtos Dileta são estáveis e de fácilcontrole, o que nos proporcionatranqüilidade para atender àsnecessidades de nossos clientes.”

Rogério FornachariGerente Comercial

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“O uso dos produtos Dileta trouxe ganhode qualidade e redução de custos ao nossoprocesso.”

Vicente D. Jimenez PerezDiretor Industrial

Luiz Acácio TottiDiretor Administrativo/Financeiro

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banho, para aumentar a produtividade, reduzir rejeitos e diminuirparadas pode ser uma alternativa interessante para ampliar a competi-tividade das empresas de processos químicos”, avalia.

Atotech do Brasil

O diretor superintendente da Atotech do Brasil, Milton Silveiracomenta que a empresa atua em praticamente todos os segmentos detratamentos galvânico de superfícies para metais e plásticos. Alémdisso, fornece produtos para a produção de circuitos impressos e car-tões telefônicos. A Atotech possui ainda um departamento de equipa-mentos, que fabrica desde equipamentos auxiliares e periféricos, comolinhas completas para galvanoplastia.

Sempre buscando aperfeiçoar os processos químicos para trata-mento de superfície, a Atotech ressalta o desenvolvimento de equipa-mentos que, atuando conjuntamente com os produtos químicos, pro-porcionam uma produção mais segura e econômica. O último lança-mento é um recuperador de Níquel, tecnologia desenvolvida e paten-teada pela Atotech do Brasil. Este equipamento é utilizado para recu-perar níquel das águas de lavagem de banhos de Níquel eletrolítico.Todo o metal recuperado retorna para a solução de trabalho gerandoeconomia tanto no processo como no tratemento de efluentes. Secomparado a um evaporador, a grande vantagem do recuperador deNíquel da Atotech é o baixo consumo de energia. Outro fator impor-tante é a redução substâncial no consumo de água pois a água recupe-rada pode ser reaproveitada. Com o elevado preço do níquel metal edos sais de níquel, a economia gerada pode ser facilmente mensurada,diminuindo significativamente o impacto econômico na produção.

Votorantim Metais Níquel

A Votorantim Metais Níquel, únicaprodutora de níquel eletrolítico naAmérica Latina, disponibilizadiversas medidas e formas deanodos para os processos gal-vânicos, atendendo os maisdiversificados e exigentesmercados. Dentre as solu-ções para o segmento de gal-vanoplastia, a empresa desta-

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parado as outras empresas dogrupo. A expectativa do grupo éque o Brasil consiga atingir omesmo nível de faturamento noperíodo de um ano”, comentaRolf Jansen.

Dileta

A Dileta abastece, com pres-tação de serviço e fornecimentode peças próprias, os usuáriosdos produtos para pré-tratamen-to (limpeza), deposição químicae eletrolítica sobre todos os subs-tratos, pós-acabamentos (proteti-vo), sendo a única empresa noBrasil que disponibiliza todo onecessário para essa finalidade.Além disso, desenvolve processosavançados que se utilizam da Na-notecnologia.

Tadeu Barbosa Porto, gerentecomercial e de marketing da Di-leta, aponta alguns desafios parao setor. “A busca por soluçõesambientalmente corretas implicanecessariamente em investimen-tos. Mas dificilmente consegue-serepassar essa elevação de custo,portanto, as empresas têm queaumentar a produtividade daoperação”, explica. Um dos pon-tos apontados por Tadeu é agre-gar valor a operação de platingcom a associação à soluções quegarantam melhor desempenhoda aplicação pelos equipamentos.“Controlar com mais eficiência o

Laboratório de Desenvolvimento e Pesquisa da Atotech do Brasil

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CGP Centro Galvanotécnico Paulista Ltda. distribuidor CGL Coventya • Fone/Fax: (11) 6959.2844 • e-mail: [email protected] Coventya Ltda. distribuidor CGL Coventya • Fone: (19) 3922.8423 • Fone: (19) 3864.0674 • e-mail: [email protected]

Unidade Caxias do Sul - RSTelefone: (54) 2101.3800 • DDG: 0800.510.4555

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Unidade São Paulo - SPTelefone: (11) 4055.6600 • Fax: (11) 4057.1583

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tratamento de superfície:

Decorativo: cobre ácido,

níquel brilhante.

Protetivo: passivadores com nano

particulas isentos de cromo hexavalente.

Funcional: novos processos de níquel químico.

EquipamentosPara solucionar um dos mais complexos problemas

que as atividades produtivas enfrentam diariamente,

o da diminuição dos efluentes líquidos,

a CGL Coventya oferece o que há de mais

avançado no mundo: A Troca Iônica e a

Evaporação à Vácuo, possibilitando a

reutilização de água, através de

um circuito fechado.

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trolítico, e não há ociosidade. Desse volume, cerca de 55% é exporta-do para América Latina, Estados Unidos, Ásia e Europa, sempre paraaplicações nobres. A Votorantim Metais conta com duas minas paraextração de níquel, em Niquelândia (GO) e Fortaleza de Minas(MG), além de metalurgia em São Miguel Paulista (SP). A compa-nhia, que no último ano alcançou a marca de 27 mil toneladas deníquel produzidas, investe constantemente na expansão de negócio,aprimoramento de processos, geração própria de energia, projetos degestão ambiental e capacitação de profissionais.

Anion MacDermid

Segundo Gilberto Avanzo, diretor financeiro da AnionMacDermid, a empresa atua como fornecedora de produtos e proces-sos para a área de tratamentos de superfície, e, por meio da parceriaMacDermid, o grupo dispõe de produtos que se encaixam em todasrequisições.

Hoje o mercado,e não mais os forne-cedores, dita quaisitens devem ser for-necidos, por isso apreocupação com omeio ambiente ecom as normas.

Outros itens im-portantes para co-

mercializa-ção são os aprovados pelas indústrias automobilísticas eaeronáuticas. Com a globalização, a parceria em diversospaíses torna-se importante também no momento do forne-cimento de produtos químicos de alta qualidade.

O mercado brasileiro, com grandes parcerias, pode com-petir com as indústrias do setor e produzir itens de alta tec-nologia, como os que são produzidos na Europa, EUA e maisrecentemente China. Ainda sofremos com altas taxas gover-namentais, especialmente na importação de produtos quími-cos, muitas vezes necessários para fabricação destes itens.

Votorantim Metais Zinco

A Votorantim Metais Zinco, a sexta maior empresa pro-dutora de zinco eletrolítico (SHG – Special High Grade,com 99,995% de pureza) do mundo, líder na AméricaLatina é também a única empresa brasileira a produzir esseproduto, assim como outras ligas de zinco, em diferentesformatos, com a finalidade de serem utilizados nos proces-sos galvânicos existentes no mercado, tanto o processo ele-trolítico quanto, e principal-mente, o processo de galvani-zação por imersão a quente,nos segmentos de Galvani-zação Contínua e deGalvanização Geral. E é noprocesso por imersão aquente que a Votorantim Zinco recebe omaior volume de solicitações dos clientes relacionadas àsinovações de ligas.

que o NÍQUEL COINS, pro-duto especificamente desenvol-vido para aplicação nesse seg-mento, visto que, segundo dadosda empresa, sua melhor acomo-dação no cesto utilizado comoporta-anodos em banhos galvâ-nicos permite uma melhor den-sidade e, consequentemente,uma maior fluidez e aumento dasuperfície anódica, reduzindo-sea necessidade de reposição einterrupções do processo de gal-vanoplastia.

Além da galvanoplastia, oníquel é utilizado nos mercadosde aço inox, de fundições, desuperligas e ligas não-ferrosas.Segundo a Votorantim Metais, oníquel produzido pela empresapossui grau de pureza de 99,9%,superando os mais exigentespadrões internacionais de quali-dade. Hoje, a companhia temcapacidade de produzir 23 miltoneladas por ano de níquel ele-

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inviabilizar negociações.Atualmente a VMZ exporta

para Argentina, EUA, Europa eÁsia. O volume de exportaçãocorresponde a cerca de 25%das vendas. Em complemento,a empresa está em desenvolvi-mento de novos produtos emercados, ampliando assim,sua atuação global. •

Entre os produtos disponibilizados no mercado, estão: anodosde zinco de diferentes formatos e dimensões, i.e., retangulares, esfé-ricos (de duas polegadas), grânulos de zinco (lágrimas), incluindoainda lingotes de 25 kg e outros lingotes de ligas de zinco de 1 e até2 toneladas, chamados comercialmente de “jumbos”, além de ou-tros. Segundo dados da empresa, mais de 50% do zinco e ligas dezinco consumidos no Brasil é destinado ao segmento de galvaniza-ção. O mercado brasileiro, avalia, tem qualidade para atender àsexigências globais, porém falta infra-estrutura que permita atingiralguns mercados, onde os custos logísticos e lead time acabam por

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A PERSPECTIVA DO CLIENTE

Para Antonio Carlos de Oliveira Sobrinho, do TLQ CentroTecnológico da DaimlerChrysler, a outra novidade desse mercado éa tecnologia que foi desenvolvida para ajudar a montadora na esco-lha de seus fornecedores. “Eu estou falando do IMDS –International Material Data Systen, onde a empresa fornece especi-ficações técnicas sobre seu produto diretamente para as montadorascadastradas, conhecidas também como signatárias”.

As empresas cadastradas que compõe o IMDS são: BMW,DaimlerChrysler, Porsche, Fiat, Ford, Fuji, Hyundai, Isuku,Mazda, Mitsubishi, Nissan, Suzuki, Toyota, VW, Volvo, RenaultTruck e Mack Trucks. Vale lembrar que o IMDS surgiu a partir daaprovação da Diretiva Européia, que proíbe o uso de chumbo, cád-mio, mercúrio e cromo hexavalente no tratamento dos metais. Asempresas interessadas em conhecer um pouco mais sobre os mecanis-mos de funcionamento dessa nova ferramenta pode acessar o ende-reço eletrônico www.mdsystem.com. Sobrinho explica que o merca-do europeu é um dos mais exigente quando se trata da prática dotratamento de superfície ecologicamente correto. “A exigência inter-nacional é muito positiva para o Brasil.

Hoje a indústria nacional comercializa o seu produto interna-mente com o mesmo padrão de qualidade e a mesma tecnologia queopera com outros países no resto do mundo”.

Maurício Correa, profissional da área de tecnologia da GeneralMotors, também acha que as empresas de tratamento de superfícieapresentaram grande evolução nos últimos anos, buscando junto afontes de tecnologia produtos e processos de alta tecnologia objeti-vando atender às necessidades dos seus clientes.

“Eu acho que temos plenas condições de atender ao mercadoexterno sem deixar nada a desejar se compararmos a produtos e pro-cessos importados, porém alguns controles feitos nos aplicadores detratamento de superfície devem ser mais efetivos. Essa realidade sedeve aos processos químicos, que ainda contam com produtos queagridem menos o meio ambiente”, revela Correa. “Mas acompanha-

mos uma evolução. Atual-mente essas empresas têm apreocupação de desenvolver eapresentar novos produtosmenos agressivos ao meioambiente e também aos ope-radores que têm contato comestes produtos químicos, nestecaso os melhores exemplos sãoa eliminação do cianeto e docromo hexavalente”.

O executivo alerta paradois pontos quanto aos inves-timentos no setor: priorizar oinvestimento em linhas total-mente automatizadas para aaplicação dos produtos, paraobter ganhos de produtivida-de, e na conscientização etreinamento dos colaboradoresdas empresas de tratamento desuperfície. “Eu confio muitono potencial e na criatividadedos nossos aplicadores e fontesde tecnologia, que apesar dagrande concorrência do mer-cado externo, em alguns casossomos pioneiros no desenvol-vimento e aplicações de certosrevestimentos. É isto que nosdiferencia, a capacidade deinovar, criar”, ressaltaMaurício Correa.

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ABRACO Informa

EM AGOSTO, A IMPRENSA INTERNACIONAL DEU DESTAQUE À PARALISAÇÃO

da produção do maior campo de petróleo dos Estados Unidos, pertencente àBP, localizado no Alasca. Essa pode ser a primeira de várias iniciativas seme-lhantes. O motivo: a deterioração interna, por corrosão, dos oleodutos deprodução do campo de Prudhoe Bay, onde sugere o alto desgaste da infra-estrutura do setor do petróleo, principalmente no que se refere à contami-nação do meio ambiente e a imagem da CIA de petróleo.

Essa situação, porém, não deve, em curto prazo, ter um impacto impor-tante no mercado brasileiro. “Isso porque o nosso país é auto-suficiente naprodução de petróleo. Agora, se para os norte-americanos a deterioraçãodestes oleodutos provocou perdas incalculáveis, para o resto do mundo esseterrível acontecimento pode servir de exemplo de alerta para que as autori-dades e profissionais do setor tomem medidas corretivas e preventivas maisrígidas para que este tipo de acidente não ocorra mais”, comenta o M. Sc. Gu-temberg de Souza Pimenta, diretor da Associação Brasileira de Corrosão -ABRACO.

Este acidente deverá provocar uma perda de pelo menos 3% na produçãodo petróleo nos Estados Unidos, conforme relato em documentos obtidos naInternet “Isso significa que os norte-americanos deixarão de produzir aproxi-madamente 500 mil barris de petróleo por dia, podendo até inflacionar opreço do barril de petróleo. Além disso, como a falha ocorrida é do tipo cor-rosão interna, a demora para encontrar o local de vazamento, assim como suaextensão pode ser muito grande, o que poderá acarretar uma contaminaçãomaior do solo”.

Especialistas norte-americanos avaliam que o atual sistema de produção etransporte de petróleo deverá comprometer o fornecimento dos combustíveisnecessários durante a próxima década. Isso também afetará diretamente opreço do barril. A corrosão interna tem sido a causadora de vazamentos nosoleodutos dos EUA, estando relacionada a 16% de todos os acidentes re-gistrados entre janeiro e agosto de 2006, segundo a Divisão de Segurança dosOleodutos do Departamento de Transporte dos EUA. A agência calcula aperda de pelo menos 68 mil barris de petróleo no período em função da dete-rioração interna das tubulações.

A Agência Internacional de Energia (AIE), que foi criada em 1974, emresposta à crise do Petróleo de 1973-1974, informou que existem aproxi-madamente US$ 6 trilhões para ser utilizado até 2030 com o objetivo deatender às necessidades mundiais de petróleo e gás. Esses recursos estão libera-dos para a realização dos reparos necessários das unidades de produção depetróleo construídas na década de 70.

Fechamento de campo depetróleo indica desgaste da

infra-estrutura do setor

Falha provocada por corrosão interna serve de alerta

para que as autoridades e profissionais do setor tomem

medidas corretivas e preventivas mais rígidas

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A realização do Seminário sobreRevestimento e Proteção Catódicapara Dutos e Equipamentos, foi umainiciativa da ABRACO e do Institutode Pesquisas Tecnológicas do Estadode São Paulo – IPT. O evento, queaconteceu nos dias 20 e 21 de setem-bro, contou com a participação derenomados técnicos que proferiram,ao longo dos dois dias, palestras degrande interesse para os diversos seg-

mentos relacionados a revestimentos e proteção catódica.Segundo o presidente da entidade, Jorge Fernando Pereira Coe-

lho, a ABRACO sedia em suas dependências, o Comitê BrasileiroCB-43 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, res-ponsável, através de seus diversos comitês, pela elaboração de nor-mas nas áreas de pintura industrial e proteção catódica. “Acho im-portante que técnicos, fornecedores, usuários, institutos de ensino epesquisa participem das comissões de normalização”.

A doutora Zehbour Panossian, presente no seminário, disse sesentiu honrada e privilegiada pelo seminário ter acontecido nasdependências do IPT. “Espero que esse evento marque o começo deuma série de outros. É fundamental esse tipo de integração. Pre-cisamos cada vez mais trocar experiências e buscar o conhecimentoe essa é uma grande oportunidade”.

Palestras Apresentadas

• Estudo de Corrosão em Fundação de Torres Estaiadas - Sidney Pagotto – IPT

• Corrosão por Influência de Interferência de Linhas de Tração Eletrificadas - Antonio Carlos Valente – Comgás

• Corrosão em Estruturas Enterradas - Denise Freitas – INT• Utilização de Sondas de Resistência Elétrica para Monitoração

de Corrosão e de Proteção Catódica de Estruturas Enterradas ouSubmersas - Mauro Barreto – IEC

• Resultados da Inspeção e Reabilitação de Revestimento Externo em Dutos - Lásaro Andrade – TRANSPETRO

• Estudo de Corrosão por Corrente Alternada em Dutos Instalados em Corredores com Linhas de Transmissão Elétrica - Sergio Filho - IPT

• Evolução do Método PCM (Método de Atenuação de Corrente) e A-frame no Período de 2000 a 2006 - Jorge Dequeck – Sondeq

• Proteção Catódica de Equipamentos Submarinos em Águas Rasas e Profundas - Walmar Baptista – PETROBRAS/CENPES

• Ferramenta de Inspeção Pig de Corrosão e suas Aplicações na Detecção de Anomalias em Dutos - Reinaldo Neves – TRANSPETRO

• Proteção Catódica por Corrente Impressa em Estruturas MetálicasEnterradas ou Submersas. Desenvolvimento, Projeto e Instalação deLeito de Anodos - Luis Pivetta/Décio Barros – De Nora do Brasil

• Inspeção da Proteção Contra a Corrosão Externa de um DutoEnterrado pelos Métodos “CIPS e DCVG” - Nicola Alagia - Engeduto

Patrocinadores

ABRACO / IPT

Eleições 2006

A ABRACO - Associação Bra-sileira de Corrosão, que foi fun-dada em 1968, hoje com sedeprópria situada no Rio de Janei-ro, se prepara para a eleição desua nova diretoria. Nestas quasequatro décadas a ABRACO pro-moveu diversos cursos, semi-nários e congressos, envolvendoempresas privadas e estatais, uni-versidades, centros de pesquisas econsultores dedicados a corrosãoe sua prevenção.

A ABRACO tem como obje-tivo estatutário congregar profis-sionais de alto nível que estejamdiretamente voltados para o co-nhecimento e solução dos proble-mas de corrosão, assim como pro-mover intercâmbio com enti-dades nacionais e internacionais.Sem fins lucrativos, a entidade émantida através de anuidades desócios (empresa e pessoa física),de receitas vindas de realizaçõesde cursos, seminários e congres-sos de alta capacitação técnica ede patrocínio de empresas e insti-tuições governamentais de apoioà pesquisa.

20 C & P • Setembro/Outubro • 2006

PETROBRAS: 53 anos

A PETROBRAS comemora,em outubro, 53 anos de históriacomo a maior provedora deriquezas do Brasil. Para conti-nuar crescendo como uma com-panhia integrada de energia,com forte presença no mercadode petróleo, gás e derivados naAmérica Latina, a PETROBRASincorporou em seu escopo denegócios os biocombustíveis e asenergias renováveis e lançou umimportante plano de negócios2007 - 2011 que prevê investi-mentos de 87 bilhões de dólares.

Os recordes recentes de pro-dução e refino, aumentam as pá-ginas históricas de sucesso daempresa, iniciadas logo em suafundação em outubro de 1953.

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Notícias do Mercado

WEG Inaugura nova fábrica de tinta em pó

C & P • Setembro/Outubro • 2006 00

Com a presença de autori-dades regionais, dos fundadoresdo Grupo WEG, de clientes eda imprensa, foi inaugurada, noúltimo dia 23 de agosto, emGuaramirim, Santa Catarina, anova fábrica de tinta em pó daWEG Química. Foram gastoscerca de 15 milhões de reais naconstrução e implantação danova fábrica, que abrange umaárea total de nove mil metrosquadrados.

No discurso de abertura da cerimônia de inauguração, o diretor daWEG Química, Martin Werninghaus, fez questão de destacar que o altoinvestimento feito em tecnologia possibilitará um atendimento ainda me-lhor ao mercado consumidor, uma vez que sua produção será de 900toneladas/mês.

“A nova fábrica foi projetada com base em pesquisas feitas em todo omundo; utilizamos tecnologia de ponta e os melhores conceitos para pro-dução de tinta em pó. Contamos com estoque estratégico emergencial ecom uma equipe de assistentes técnicos em todo o Brasil que acompanha,interage e assessora nossos clientes, com rapidez, buscando as melhoresalternativas para resolução de problemas”, afirma Werninghaus.

Fundada em 1961, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, a WEG S.A. é,atualmente, a maior indústria de motores elétricos da América Latina,exportando para mais de 100 países em todos os continentes. A unidade detintas (WEG Química), no entanto, iniciou suas atividades em 1983,quando a WEG adquiriu a fábrica de tintas Michigan. “Hoje, a WEGQuímica já corresponde a seis por cento do faturamento de todo o grupo,que este ano deve girar em torno de 3,5 bilhões de reais”, conta Décio daSilva, presidente do Grupo WEG.

Com o auxílio da mais alta tecnologia, a WEG Química é uma daslíderes em vendas de tintas em pó, tintas líquidas, tintas anti-corrosivas evernizes desde 1993 e tem colocado à disposição do mercado produtos ino-vadores. Dos quais podemos destacar: a tinta em pó NOBAC, sistema derevestimento antimicrobiano do Brasil, a linha W-Zn, tinta em pó compropriedade anti-corrosiva do país e a linha W-Eco, que atende as normasnacionais e internacionais referentes à isenção de metais pesados.

“A unidade de tintas tem um comitê científico e tecnológico próprioque reúne anualmente diversos especialistas do mundo em tintas líquidas,em pó e resinas a fim de discutir as tendências de mercado a curto, médioe longo prazo. Nossos engenheiros trabalham com consultores externos nointuito de aprimorar processos e produtos, bem como de afinar as linhas dedesenvolvimento tecnológico”, explica Reinaldo Richter, gerente de vendasda WEG Química.

Em matéria publicada na Revista Conjuntura Econômica, da FundaçãoGetúlio Vargas, que aponta as 500 maiores companhias abertas do Brasil, aWEG subiu nove posições em relação ao ano passado e aparece em 94ºlugar. Além disso, a empresa catarinense figura pelo quinto ano consecuti-vo entre as 150 melhores do Brasil para se trabalhar, em pesquisa feita peloGuia Exame/Você S.A., onde é citada como exemplo na gestão de pessoas.

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A ABRACO esteve presente na FeiraRio Oil & Gas 2006, principal evento dePetróleo e Gás da América Latina. A con-ferência, que aconteceu na primeiraquinzena de setembro, é realizada a cadadois anos e desde sua primeira edição, em1982, vêm colaborando na consolidaçãodo Rio de Janeiro como “capital dopetróleo”, já que o estado concentra 80%de todo o óleo produzido no país, alémde 50% da produção de gás.

A Exposição foi uma importante vi-trine para as empresas nacionais e estran-geiras que apresentaram seus produtos eserviços, bem como, a conferência deu aoportunidade de discutir sobre os princi-pais temas relativos às inovações tecnoló-gicas. Para a edição 2006 da Rio Oil &Gas Expo and Conference o Lema esco-lhido foi: Auto-suficência do Brasil empetróleo: uma nova era de oportunidadese desafio

Feira Rio Oil & Gás 2006

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Artigo Instituição

Laboratório de Corrosão e Tratamento de Superfícies –

LABCORTS - CCTM IPEN/CNEN-SP

LABORATÓRIO DE COR-rosão e Tratamento deSuperfícies (LABCORTS)

do Centro de Ciência e Tecno-logia de Materiais (CCTM) doIPEN foi criado em 1978. A áreatotal ocupada pelos laboratóriosque compõem o LABCORTS éde aproximadamente 1500 m2.

As principais atividades reali-zadas nestes laboratórios são: 1. Pesquisas básicas e aplicadas

em todas as áreas de corro-são e seu controle.

2. Desenvolvimento de novosmateriais e revestimentosresistentes à corrosão.

3. Estudos da correlaçãomicroestrutura-corrosão demateriais e revestimentos

4. Consultoria nas diversas áreasde corrosão e seu controle.

5. Cursos especializados.As atividades destes laborató-

rios são complementadas com ainfra-estrutura disponível nosoutros laboratórios do CCTM,que incluem: cinco difratôme-tros de raios-X; dois microscó-pios eletrônicos de transmissão;um microscópio eletrônico devarredura; vários microscópiosóticos acoplados com analisado-

res de imagens; um FTIR; uma variedade de máquinas de ensaiosmecânicos; quase todas as técnicas para caracterizar materiais particu-lados; diversos tipos de fornos e acessórios para a preparação de novosmateriais em atmosferas controladas.

Equipe:A equipe atuante no LABCORTS – CCTM é constituída por 8

pesquisadores, sendo 4 em tempo integral, 10 alunos de pós-gradua-ção e 4 pós-doutores.

Os pesquisadores responsáveis pelo Laboratório de Corrosão eTratamentos de Superfícies do CCTM – IPEN/CNEN-SP são o Dr.Lalgudi V. Ramanathan, que atualmente também é o gerente doCCTM, e a Dra. Isolda Costa.

Os ensaios realizados nestes laboratórios consistem de:1. Ensaios eletroquímicos.

Equipamentos disponíveis: potenciostatos/galvanostatos, analisa-dores de resposta em freqüência (FRA), ZRA.

2. Ensaios acelerados para simulação de corrosão atmosférica.Equipamentos disponíveis: Câmaras de névoa salina para ensaios

cíclicos e contínuos, Câmaras de envelhecimento natural.

3. Corrosão a temperaturas elevadas em meios gasosos (en-saios isotérmicos e cíclicos de oxidação, sulfetação, erosão eerosão-oxidação).

Equipamentos disponíveis: Balanças termogravimétricas, Calorí-metro diferencial, Fornos com atmosfera controlada, Equipamentospara ensaios de erosão-corrosão.

4. Ensaios de caracterização de superfícies e de revestimentosmetálicos, cerâmicos, orgânicos e de conversão.

Equipamentos disponíveis: Cortadeiras, pHmetros, condutivíme-

Por Lalgudi

V. Ramanathan

e por Isolda

Costa

1Fig.1 -Laboratório

de ensaioseletroquímicos.

Fig.2 - Laboratório

de ensaios acelerados para

simulação de corrosão atmosférica

O LABCORTS envolve principalmente pesquisas e desenvolvimento de

materiais e revestimentos convencionais e avançados

2

24 C & P • Setembro/Outubro • 2006

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Produção científica A produção científica dos in-

tegrantes destes laboratórios noperíodo 2000-2006 foi:

Livros – 3Capítulos em livros – 12Periódicos – 75 Anais de congressos – 120

Parcerias (nacionais einternacionais):1. IAEA – Coordenação de

projetos sobre corrosão deelementos combustíveis nu-cleares que inclui a participa-ção de mais de 15 países.

2. Portugal /Instituto SuperiorTécnico

3. França – Université de Bour-gogne - Dijon

4. Universidade Estadual doCentro Oeste - UNICENTRO- GPEL (Grupo de Pesquisaem Eletroquímica)

5. Universidade de São Paulo –Departamento de EngenhariaQuímica •

tros, equipamentos para determinação de espessura, aderência, poro-sidade, perda de brilho de revestimentos.

As principais pesquisas em desenvolvimento nos laboratórios são:

(1) Interconectores metálicos para células combustíveis. Os objeti-vos deste projeto incluem desenvolvimento de ligas para uso comointerconectores em células a combustível estacionárias. O compostoLaCrO3 foi sintetizado ‘in situ’ durante oxidação das ligas, conferindoaumento da resistência à oxidação das ligas FeCr e FeCrAl.

(2) Corrosão de elementos combustíveis nucleares queimadosdurante armazenamento. O Dr. Lalgudi V. Ramanathan vem coorde-nando as atividades deste projeto da Agência Internacional de EnergiaAtômica (AIEA), que inclui a participação de 14 países.

(3) Revestimentos nanoestruturados. As principais atividades desteprojeto incluem obtenção de nanotubos de dióxido de Ti via anodiza-ção, e revestimentos nanoestruturados de carbetos de cromo via pro-cesso HVOF.

(4) Erosão-oxidação de diversas ligas e revestimentos. Foi construí-do um aparato para realizar ensaios de erosão-oxidação a temperatu-ras de até 900ºC. Com este aparato foi avaliada a resistência à erosãoe erosão-oxidação de vários materiais. Mapas de erosão-oxidação devários revestimentos e ligas foram elaborados para auxiliar na seleçãode materiais.

(5) Estudos para eliminação da fragilização por hidrogênio emtubos de elementos combustíveis nucleares de reatores de potênciatipo PWR fabricados com a liga Zircaloy-4.

(6) Controle da corrosão em temperaturas elevadas com revesti-mentos de óxidos de terras raras obtidos via processo sol-gel.

(7) Ligas resistentes à sulfetação em temperaturas elevadas. A inte-ração de materiais metálicos com enxofre ou gases contendo enxofreem temperaturas elevadas é extremamente rápida. Os sulfetos demetais comuns são termodinamicamente menos estáveis, fundem atemperaturas mais baixas e demonstram transições significativas naestequiometria, comparados com os óxidos correspondentes. Estãosendo desenvolvidas ligas com maior resistência à sulfetação.

(8) Instalação de um equipamento de MOCVD para obtenção derevestimentos micro/nanoestruturados. A técnica MOCVD deriva datécnica CVD, e foi desenvolvida nos anos 1990 para deposição demetais e cerâmicas. Os objetivos incluem obtenção e caracterização dedepósitos nanocristalinos de TiO2/TiNO e de Y2O3 sobre substratosmono e policristalinos.

(9) Estudos de corrosão e proteção de materiais metálicos para usocomo implantes. Está sendo investigada a resistência à corrosão deligas de Ti, aços inoxidáveis, e o efeito de revestimentos obtidos porprocessos de PVD e de revestimentos biocerâmicos obtidos por depo-sição assistida por feixe iônico nas propriedades de resistência à corro-são destas ligas.

(10) Tratamentos superficiais para proteção anti-corrosiva de ligas dealumínio e de zinco visando substituição do processo de cromatização.

(11) Revestimentos para proteção contra a corrosão de aços ao car-bono comuns. Está sendo investigado o efeito de modificações noprocesso de fosfatização para obtenção de camadas com melhores pro-priedades anti-corrosivas. Está também em estudo o efeito de inibido-res de corrosão para aços de uso como reforço em estruturas de con-creto na construção civil.

Fig. 3 - Laboratório de

ensaios deerosão-corrosão

3

Lalgudi V. Ramanathan

Eng. metalúrgico; M.Sc. e Ph.D. em Ciência

e Engenharia de Corrosão pelo Sir. John Cass

College of Science and Engineering, Inglaterra.

Gerente do Centro de Ciência e Tecnologia de

Materiais do IPEN/CNEN-SP.

Isolda Costa

Engenheira química; mestre em Tecnologia

Nuclear (Materiais) e Ph.D. em Corrosão pela

UMIST, Inglaterra.

Contatos com os autores:

(11) 3816-9356

icosta @ipen.br

C & P • Setembro/Outubro • 2006 25

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Artigo Técnico

Fosfatização de Metais FerrososParte 3 - A utilização prática dasdiferentes camadas fosfatizadas

fosfatizadas mais grossas, asquais, são constituídas de fos-fato de zinco, podendo tam-bém ser utilizadas camadasde fosfato de ferro obtido apartir de banhos à base defosfato diácido de ferro ou defosfato de manganês;

• pré-tratamento de superfíciessubmetidas à abrasão e aodesgaste, tais como pistões,anéis, eixos, girabrequins. Afosfatização aumenta a anco-ragem dos lubrificantes per-mitindo que o contato diretometal-metal nos primeirosmovimentos, chamados deassentamento, seja evitado.Isto previne o engripamentoe diminui o barulho própriode superfícies não-assentadas.Para esta aplicação são utiliza-das, quase que exclusivamen-te, camadas fosfatizadas àbase de fosfato de manganês.No entanto, camadas de fos-fato de zinco também podemser utilizadas;

• pré-tratamento para confor-mação mecânica. A fosfati-zação aumenta a ancoragem

S CAMADAS FOSFATIZADAS

são aplicadas para váriasfinalidades, dentre as

quais, as mais importantes são(Metals handbook, 1987; ISO9717, 1990; BS 3189, 1991;Rodzewich, 1974):• para melhorar a aderência

entre um metal e um não-metal (como madeira, plásti-co, borracha);

• pré-tratamento de superfíciesmetálicas para pintura. Coma fosfatização aumenta-se aancoragem das tintas o quemelhora a aderência destas econsegue-se reduzir a propa-gação da corrosão por debai-xo das camadas de tinta noslocais de danificação. Isto o-corre devido ao fato das ca-madas de fosfatos serem pou-co condutoras o que desfavo-rece o estabelecimento dascélulas de corrosão. Além dis-to, as camadas fosfatizadasaumentam a resistência aoimpacto e a flexibilidade dastintas. Para esta aplicação,geralmente, as camadas fosfa-tizadas são finas, densas comcristais pequenos e são cons-tituídas de fosfato de zincoe/ou de fosfato de ferro obti-do a partir de banhos à basede fosfato de metais alcalinose de amônio;

• pré-tratamento de superfíciesoleadas ou com graxas, como objetivo de proteção con-tra corrosão. A fosfatizaçãoaumenta a ancoragem destesprodutos, evitando a perdados mesmos por escorrimen-to. Para esta aplicação, emgeral, são utilizadas camadas

de lubrificantes mantendouma camada lubrificante en-tre duas superfícies sob pres-são (superfície da peça queestá sendo deformada e asuperfície da matriz de defor-mação). Para esta aplicação,as camadas fosfatizadas são,em geral, constituídas de fos-fato de zinco;

• como isolante elétrico. Ascamadas fosfatizadas apresen-tam alta resistividade sendopor esta razão utilizadas paraisolamento elétrico entre lâ-minas de transformadores, derotores, etc. Para esta finali-dade são, em geral, utilizadascamadas fosfatizadas de zincoe ferro.Além do tipo de fosfato, um

dos parâmetros importantes dese conhecer é o de massa de fos-fato por unidade de área1 quetambém direciona o uso das ca-madas fosfatizadas. Ao se tentarprocurar na literatura os valoresde massa de fosfato por unidadede área mais adequados parauma determinada aplicação, se-rão encontradas faixas diferentes,

As autoras relacionam os diferentes tipos de fosfatos com as diversas aplicações práticas

Por Célia A. L.

dos Santos

Por Zehbour

Panossian

C & P • Setembro/Outubro • 2006 27

TAB. 1 - VALORES DE MASSA POR UNIDADE DE ÁREA PARA CAMADAS FOSFATIZADAS

À BASE DE FOSFATO DE FERRO (ISO 9717, 1990; BS EN 12476, 2000)

Tipo de Massa por unidadeAplicação

fosfato de área (g/m2)Feph 0,1 a 1,5 Sem proteção suplementar, para proteção contra

corrosão entre operações de fabricação emambientes secos por períodos inferiores a 24 h

Fehph > 5 de preferência > 10 Com óleos, graxas ou ceras para proteção contracorrosão durante armazenamento e transporte

Feph 0,1 a 1,0 Como base para tintas ou vernizesNota: Feph - camadas obtidas a partir de fosfato de metais alcalinos ou de amônio

Fehph - camadas obtidas a partir de banhos à base de fosfato ferroso

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porém, da mesma ordem degrandeza. Por esta razão, nestetrabalho optou-se por apresentarfaixas indicadas por normas, queacabam sendo os valores maisadotados na prática.

As Tabelas de 1 a 4 apresen-tam, por tipo de fosfato, a faixade massa de camada por unidadede área para as diferentes aplica-ções. Em relação a elas, convémcitar ainda que:• as camadas de fosfatos desti-

nadas à proteção contra cor-rosão com ou sem aplicaçãode óleos, graxas e ceras, sãogeralmente submetidas, apósa fosfatização, a uma lavagemem uma solução contendoácido crômico2 ou outroscompostos selantes;

• as camadas fosfatizadas utili-zadas como base para tintas evernizes também são subme-tidas a uma lavagem conten-do ácido crômico2 ou outroscompostos para aumentar aresistência à corrosão. Porém,neste caso, após este estágio

devem ser lavadas primeira-mente com água corrente eem seguida com água deioni-zada para se ter garantia daausência de contaminantesna superfície os quais podemdeterminar a formação debolhas sob as camadas de tin-tas ou vernizes. Além disto,deve-se evitar o manuseiosem luvas das camadas fosfa-tizadas antes da aplicação detintas ou vernizes para evitarmarcas de impressão digital;

• camadas fosfatizadas à basede fosfato de zinco são asmais indicadas para a confor-mação mecânica. Para estafinalidade, estas camadasdevem ser neutralizadas apósa fosfatização com soluçõesfracamente alcalinas e, emseguida, deve ser aplicado umlubrificante. O estearato desódio (sabão) é muito empre-gado para lubrificação, mas,

TAB. 2 - VALORES DE MASSA POR UNIDADE DE ÁREA PARA CAMADAS FOSFATIZADAS

À BASE DE FOSFATO DE ZINCO (ISO 9717, 1990; BS EN 12476, 2000)

Massa por unidadeAplicação

de área (g/m2)1 a 5 Sem proteção suplementar, para proteção contra corrosão entre

operações de fabricação em ambientes secos por períodos inferiores a 24 h

> 5 de preferência > 10 Sem proteção suplementar, para proteção contra corrosão entreoperações de fabricação em ambientes secos por períodos inferiores a 7 dias

> 5 de preferência > 10 Com óleos, graxas ou ceras para proteção contra corrosão durante armazenamento e transporte

1 a 10 de preferência 1 a 4 Como base para tintas ou vernizes5 a 15 Trefilação de fios3 a 10 Extrusão de tubos de aço soldados4 a 10 Extrusão de tubos de precisão de aço5 a 20 Conformação a frio2 a 5 Estampagem com redução de espessura de parede5 a 15 Estampagem sem redução de parede> 10 (BS 3189, 1991) Para elementos de fixação26 a 32 (ASTM F 1137, 1993) Para elementos de fixação com tratamento suplementar

com óleo13 a 16 (ASTM F 1137, 1993) Para elementos de fixação com tratamento suplementar

com resinas epóxi rica em zinco

TAB. 3 - VALORES DE MASSA POR UNIDADE DE ÁREA PARA CAMADAS FOSFATIZADAS

À BASE DE FOSFATO DE ZINCO E DE CÁLCIO (ISO 9717, 1990; BS EN 12476, 2000)

Massa por unidadeAplicação

de área (g/m2)> 5 Com óleos, graxas ou ceras para proteção contra corrosão durante

armazenamento e transporte1 a 10 de preferência 1 a 4 Como base para tintas ou vernizes

TAB. 4 - VALORES DE MASSA POR UNIDADE DE ÁREA PARA CAMADAS FOSFATIZADAS

À BASE DE FOSFATO DE MANGANÊS (ISO 9717, 1990; BS 7371, 1996)

Massa por unidadeAplicação

de área (g/m2)> 5 de preferência > 10 Sem proteção suplementar, para proteção contra corrosão entre

operações de fabricação em ambientes secos por períodos inferiores a 7 dias

> 5 de preferência > 10 Com óleos, graxas ou ceras para proteção contra corrosão durantearmazenamento e transporte

3 a 5 Revestimentos constituídos principalmente de fosfato de manganês, obtidos a partir de banhos sem íons de ferro. Para componentes com pouca folga, como pistão de compressor de refrigeradores

5 a 20 Revestimentos constituídos de fosfato de ferro e manganês , obtidos a partir de banhos com íons de ferro. Para componentes com folga, como engrenagens

> 8 Para elementos de fixação

28 C & P • Setembro/Outubro • 2006

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C & P • Setembro/Outubro • 2006 29

emprega-se também o bórax,a cal ou o metassilicato desódio;

• camadas fosfatizadas à basede fosfato de manganês são asmais indicadas para superfí-cies deslizantes, nas quais sedeseja resistência ao desgastee à abrasão. Estas camadassão utilizadas com lubrifican-tes adequados;

• camadas fosfatizadas à basede fosfato de zinco ou a basede fosfato de manganês sãomais adequadas para elemen-tos de fixação, devendo serutilizadas oleadas.

Analisando-se a necessidadedo emprego das camadas fosfati-zadas, o tipo de camada e a suaespessura (massa por unidade deárea), pode-se fazer a seleção ade-quada do fosfato a ser utilizadopara o uso especificado.

A próxima edição abordará,com maiores detalhes, a forma-ção dos fosfatos sobre superfíciesferrosas com as reações e equilí-brios químicos envolvidos noprocesso de fosfatização.

Referências BibliográficasBS - British Standards. 1996. BS 7371:

part 9 - coatings on metal fasteners

– specification for phosphate or

phosphate and oil coatings. 4p.

BS - British Standards. 2000. BS EN

12476: phosphate conversion coa-

tings of metals. Method of specify-

ing requirements. 15 p.

ISO – International Organization for

Standardization. 1990. ISO 9717:

phosphate conversion coatings for

metals, method of specifying requi-

rements. 15 p. •

1 Convém esclarecer que a massa de

fosfato por unidade de área é uma

medida da espessura da camada de fosfa-

to, portanto estas duas denominações

serão utilizadas indistintamente neste

trabalho. Deve-se citar que a massa de

fosfato por unidade de área é a mais uti-

lizada na prática, com a denominação

massa de fosfato.

2 O emprego deste processo está sendo

desestimulado devido à toxicidade do

íon Cr6+.

Zehbour Panossian

Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo

– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –

LCP. Doutora em Ciências (Fisico-Química)

pela USP. Responsável pelo LCP.

Célia A. L. dos Santos

Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo

– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –

LCP. Doutora em Química (Fisico-Química)

pela USP. Pesquisadora do LCP.

Contato com as autoras:

[email protected] / [email protected]

fax: (11) 3767-4036

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Artigo Técnico

30 C & P • Setembro/Outubro • 2006

Comportamento de um organo silanocomo inibidor de corrosão

para o aço carbono em HCl 2M

peração de poços de petróleo,somado a um baixo impactoambiental.Palavras-chave: Organo-silano,inibidor de corrosão, aço carbo-no, ácido clorídrico.

1. IntroduçãoNos últimos anos, os estudos

dos derivados do silano comoprotetores de superfícies de me-tais contra o ataque corrosivovem aumentando cada vez mais.Os resultados têm sido promis-sores para alguns metais comoalumínio e suas ligas, cobre e aço[1-3]. O copolímero de polioxial-quileno e polidimetilsiloxanomodificado (CPPM) é uma mis-tura de polímeros de elevadopeso molecular, utilizada comer-cialmente como tensoativo, quepor possuir baixo HLB [4], fun-ciona como emulsificante deágua em óleo. No levantamentobibliográfico, nenhum trabalhorelacionado a este composto co-mo inibidor de corrosão foi en-contrado. No entanto, as suascaracterísticas motivaram o seuestudo com esta finalidade.

2. Materiais e MetodologiaEmpregadaNeste trabalho foi usado co-

mo inibidor de corrosão para oaço carbono ABNT 1010 umcopolímero de polioxialquilenoe polidimetilsiloxano modifica-do (CPPM) com peso molecu-lar de 17.000g/mol em meio deHCl 2 M.

O estudo do CPPM comoinibidor de corrosão foi iniciadopelos ensaios gravimétricos ondeos corpos-de-prova (cdp) foram

ResumoOBJETIVO DESTE TRABA-lho é investigar o desem-penho de um organo-si-

lano, copolímero de polioxialqui-leno e polidimetilsiloxano modi-ficado (CPPM), como inibidorde corrosão para aço ABNT1010 em meio de ácido clorídri-co 2M. Para avaliar a eficiênciadesta molécula como inibidor decorrosão foram utilizadas asseguintes técnicas: ensaios gravi-métricos, medidas de potencialde corrosão, curvas de polariza-ção potenciodinâmicas anódicase catódicas, e espectroscopia deimpedância eletroquímica (EIE).Com o uso dessas técnicas foipossível verificar a influência doCPPM no meio corrosivo. Dosensaios gravimétricos obteve-seuma eficiência maior que 93%para todas as concentrações estu-dadas. As curvas de polarizaçãopotenciodinâmicas anódicas ecatódicas mostram que o CPPMage como inibidor do tipo misto.Os diagramas de impedânciamostram que o organo-silano for-ma um filme sobre a superfíciedo aço carbono, resultado que éobservado através dos valores deresistência de transferência carga(Rtc) obtidos dos diagramas deimpedância em baixas freqüên-cias. Concluí-se assim que o usodo organo-silano em solução deHCl 2M para aço carbono, pro-move uma proteção significativacontra a corrosão, sendo umcomposto promissor no uso co-mo inibidor de corrosão em si-tuação práticas e reais onde setem elevada acidez como banhosde decapagem e fluidos de recu-

Por Paulo

Renato de

Souza, Idalina

Vieira Aoki e

Isabel Correia

Guedes

tratados superficialmente comlixas d’água de granas 320, 400 e600, foram lavados com água des-tilada, álcool, acetona e secos emcorrente de ar quente. A seguirforam pesados em balança analí-tica com precisão de décimo demiligrama e imersos no meio cor-rosivo. Ao final dos ensaios, oscdp’s foram retirados, lavados,secos e pesados. A velocidade decorrosão foi calculada em mg/(cm2. ), segundo a equação:

onde corr é a velocidade decorrosão, m é a variação demassa, A é a área exposta na solu-ção e t é o tempo de imersão. Osensaios foram realizados em tri-plicata e o tempo de imersão foide duas horas. A eficiência, , foicalculada a partir da seguinteequação:

onde 0 é a velocidade decorrosão obtida sem o inibidor e

i é a velocidade de corrosão napresença do inibidor.

Com objetivo de compararos resultados da técnica gravimé-trica com os resultados das cur-vas de polarização, os valores develocidade de corrosão obtidosforam convertidos para densida-de de corrente de corrosão, icorr,pela seguinte equação:

sendo que F é a constante deFaraday e equivale a 96.500C eEq é o equivalente grama do metal.

As medidas eletroquímicasforam obtidas em um Potencios-tato/Galvanostato EG&G Prin-

corr =m

A.t

= 0 - i

0

icorr = corr . FEq

O trabalho investiga a eficiência de um inibidor ambientalmente

amigável à base de polissilanos

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Pelos diagramas de Bode, Fi-gura 1b, observa-se que o ângu-lo de fase é crescente com o au-mento das concentrações deCPPM e esses altos valores apa-recem em uma grande faixa defreqüência, o que está associadoà formação de um filme mais pro-tetor na superfície do aço. Nosdiagramas de Bode pode-se tam-bém observar que os valores dosmódulos de impedância a baixasfreqüências são crescentes paramaiores concentrações do inibi-dor indicando a maior proteçãocontra corrosão na presença deste.

As curvas de polarização po-tenciodinâmicas anódicas e ca-tódicas (Fig. 2), mostram que o

das, as taxas de corrosão foramdrasticamente reduzidas alcan-çando uma eficiência de 97%. Acomparação dos valores de icorre eficiência obtida pelas duas téc-nicas estudadas, mostra que sãode mesma ordem de grandeza.

Os ensaios eletroquímicosmostram que os valores de Ecorr

(Tab. 1) foram levemente altera-dos em relação ao valor obtido naausência do inibidor, indicandoque a molécula estudada deve agircomo inibidor misto de corrosão.

Através dos diagramas impe-dância de Nyquist (Fig. 1a) obser-va-se uma diferença significativados resultados obtidos com apresença do CPPM e o obtidona ausência deste. O diagramasem o inibidor, apresenta apenasum arco capacitivo em altas fre-qüências. Nos diagramas com apresença do inibidor, observa-sea presença de dois arcos capaciti-vos, o primeiro em altas freqüên-cias e o segundo em freqüênciasintermediárias. Os diâmetros dosarcos capacitivos a altas freqüên-cias aumentam de acordo com oaumento das concentrações doinibidor, o que deve estar asso-ciado à formação de um filmeadsorvido na superfície do metal.Os arcos capacitivos em freqüên-cias intermediárias são observa-dos na presença do inibidor ecom diâmetro maior para con-centrações crescentes do inibidor,indicando que os processos detransferência de carga entre ometal e o meio ficam menos in-tensos na presença de maior con-centração de inibidor.

TAB. 1 - VALORES DE VCORR, ICORR, E ECORR PARA O AÇO CARBONO EM MEIO DE HCl 2M NA

AUSÊNCIA E PRESENÇA DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DO CPPM.

Ensaios de Imersão Ensaios EletroquímicosConc. Vcorr icorr Eficiência, Ecorr icorr Eficiência,

(M) (mg.cm-2.t-1) (A.cm-2) (%) (mV) (A.cm-2) (%)

0 4,7 ± 0,33 4,5.10-3 0 -372 2,6.10-3 01.10-6 0,35 ± 0,03 3,3.10-4 93,0 -352 3,8.10-4 851.10-5 0,19 ± 0,02 1,8.10-4 96,0 -360 1,5.10-4 941.10-4 0,16 ± 0,02 1,6.10-4 96,5 -362 5,1.10-5 981.10-3 0,13 ± 0,01 1,2.10-4 97,0 -365 6,5.10-5 98

ceton Applied Research (PARmodelo 273) associado a umanalisador de freqüências So-latron 1255. Foi usado como re-ferência um eletrodo de pra-ta/cloreto de prata (Ag/AgCl)conectado a um capilar Luggin ecomo contra eletrodo foi usadauma folha de platina com áreaplana exposta de 15cm2. O ele-trodo de trabalho, aço ABNT1010, teve área plana exposta de1cm2. Os corpos-de-prova tive-ram o mesmo tratamento super-ficial realizado para os ensaiosgravimétricos.

Para as medidas de potencialde corrosão (Ecorr), os cpd’s foramimersos no meio corrosivo, ondeo sistema evoluiu espontanea-mente durante uma hora, tempoeste suficiente para a estabiliza-ção do potencial de corrosão.

A seguir foram obtidos os es-pectros de impedância eletroquí-mica, cuja faixa de freqüência es-tudada foi de 50kHz a 25mHz.Foram feitas dez leituras pordécada de freqüência e foi usadauma perturbação no potencial deamplitude de 10mV.

As curvas de polarização po-tenciodinâmicas anódicas e cató-dicas foram obtidas em uma fai-xa de potenciais de –500mV a+500mV em relação ao potencialde corrosão. Foi usada uma velo-cidade de varredura de 0,5mV/s.

Todos os experimentos foramconduzidos em meio natural-mente aerado e na temperaturade 25°C.

3. Resultados e DiscussõesOs resultados dos ensaios

gravimétricos e eletroquímicosque foram obtidos para o açoABNT 1010 em meio de ácidoclorídrico 2M, em ausência epresença do CPPM são apresen-tados na Tabela 1. Os resultadosmostram que o CPPM age comoeficiente inibidor de corrosãopara o aço ABNT 1010 em meiode ácido clorídrico 2M. Paratodas as concentrações estuda-

C & P • Setembro/Outubro • 2006 31

Fig. 2 - Curvas de polarização potenciodinâmicasanódicas e catódicas para o aço ABNT 1010 em meio de HCl 2M na ausência e presença de diferentes concentrações de CPPM.

Fig. 1 - Diagramas de impedância.(a) Nyquist. (b) Bode.

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Vários especialistas na área discutirão técnicas preventivas como monitoramento, revestimentos, entre outras,

além de apresentar novas tecnologias e avaliar tendências do mercado.

CPPM age como um eficienteinibidor de corrosão para o açoABNT 1010 nas condições estu-dadas, onde todas as curvas depolarização apresentam-se pola-rizadas em relação àquela obtidana ausência do inibidor, ou seja,tanto as reações de dissolução doaço quanto às reações de libera-ção de H2 foram inibidas, o quepermite concluir que o CPPMage como inibidor misto, poréma polarização das reações catódicasé um pouco mais acentuada paratodas as concentrações estudadas.

4. ConclusõesCom os resultados obtidos

neste trabalho conclui-se que oCPPM age como um eficienteinibidor de corrosão para o açocarbono ABNT 1010 em meiode ácido clorídrico 2M.

Os valores de potencial decorrosão e as curvas de polariza-

ção indicam que o CPPM atuacomo inibidor misto de corrosão.

Pelos diagramas de impedân-cia constata-se que o CPPMforma um filme protetor sobre asuperfície do aço nas condiçõesde ensaio.

Os resultados obtidos dasdiferentes técnicas estudadas sãoconcordantes entre si.

AgradecimentosÀ CAPES e à CNPq pelo

suporte financeiro.

Referências Bibliográficas[1] BECCARIA, A. M., LAURA, C.,

Corrosion Science, 1999, 26, 885-899[2] ZUCCHI, F., GRASSI, V.,

Frignani, A., TRABANELLI, G.,Corrosion Science, 2004.

[3] SCHAFTINGHEN, T. V., PEN,C. L.; TERRYN, H., HORZEN-BERGER, F., Electrochimica Acta,2004, 49, 2997-3004.

[4] GE Advanced Materials – Silicones.Organofunctional silanes for adhe-sive and sealant applications. Silwet

silanes, products and applications.Disponível em: http://www.gesili-cones.com •

Paulo Renato de Souza

Mestre Engenheiro Químico, Doutorando

do Programa de Engenharia Química da

EPUSP e Docente do SENAI na área de

Corrosão e Tratamento de Superfícies.

Idalina Vieira Aoki

Professora Doutora responsável pelo

Laboratório de Eletroquímica e Corrosão

(LEC) do Departamento Engenharia

Química da EPUSP.

Isabel Correia Guedes

Professora Doutora do Departamento

de Engenharia Química da EPUSP-

pertence ao LEC

Contato com os autores:

[email protected];

[email protected] ; [email protected]

fax: (11) 3031-3020

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Saúde & Segurança Ocupacional

A Falsa Impressão de EstarProtegido

podíamos ou que dispúnhamos.Porém, essas tais medidas de pro-teção eram realmente eficazes?Ou, apenas nos traziam aparentesensação de segurança?

Da mesma forma, por analo-gia, como vimos nos protegendoem nosso ambiente de trabalho?Os Equipamentos de ProteçãoIndividual e Coletiva instaladossão realmente eficazes? Funcionamcomo devem? Protegem? Ou,apenas nos passam a agradávelsensação de estarmos protegidos?

A importância deste questio-namento reside no fato de às ve-zes, ser melhor não utilizar umdeterminado EPI, que utilizá-lode forma errada. É melhor nãoutilizar um determinado EPI,

que utilizar um EPI errado. E,quanto a isto, são três os aspectosà abordar:1. O EPI foi corretamente espe-

cificado? Neutraliza efetiva-mente o risco ao qual esta-mos expostos? Tenho visto,mais de uma vez, por exem-plo, trabalhadores expostos anévoas e vapores diversos,utilizando máscaras com fil-tros inadequados; ou pior,máscaras para poeiras. Ao tra-balhador, geralmente, fica asensação de estar protegidoquando na verdade não esta.

2. O EPI corretamente especifi-cado foi adquirido de um

iante dos recentes acon-tecimentos, presenciadospor todos nós e, à época,

exaustivamente divulgado portodas as mídias; assunto da se-mana em todas as rodas, comoem cidade do interior quandoperturbada por qualquer aconte-cimento atípico, ocorreu-me oseguinte: Estamos melhor comos ataques terroristas do PCC,que sem eles.

Senão, vejamos: aprendi nasdisciplinas de Saúde e SegurançaOcupacional, que o maior con-tribuinte para acidentes, doenças,etc., são na verdade os relaciona-dos à falta de informação ou des-conhecimento do risco. A menosdo “stress” causado pela onda de

boatos e tentativa de se instauraro pânico na população, os even-tos patrocinados pelo PCC - eseus comparsas em todos os esca-lões, indubitavelmente contri-buíram para tomarmos conheci-mento (ou nos lembrarmos) dorisco a que estamos, diuturna-mente, exposto. E, conhecendoo risco, podemos, ao menos,dele nos defender. Deixamos detrabalhar, trancamo-nos em casa,tiramos nossos filhos da escola, etantas outras coisas, deixamos defazer com o intuito claro e ine-quívoco de nos defender do riscoconhecido. Aplicamos, na épo-ca, as medidas de proteção que

A importância de questionar as medidas de proteção para saber se,

afinal, se está mesmo protegido

Por José Adolfo

Gazabin Simões

José Adolfo Gazabin Simões

Diretor do SINDISUPER e Centralsuper,

Diretor da Galrei Galvanoplastia Industrial

[email protected]

fax: (11) 4075-1888

Por vezes, é melhor não utilizar equipamento

de proteção do que utilizá-lo de maneira errada.

Daí a necessidade de conhecer sua especificação,

sua origem e seu uso correto

fabricante idôneo? Foi testa-do e avaliado quanto sua efi-cácia? Possui C.A. - Certi-ficado de Aprovação, emitidopor órgão competente? Mui-tos são os produtos fabrica-dos sem a observância dequalquer norma técnica.Saber se estes produtos real-mente protegem, só após aocorrência de um eventoindesejável.

3. Se o EPI foi corretamenteespecificado e neutraliza orisco, e se foi adequadamenteadquirido de um fabricanteidôneo, estamos utilizando-ode maneira correta? Porexemplo, os protetores auri-culares do tipo de inserção,são comumente utilizados demaneira inadequada; ou pelacolocação ou pela conserva-ção. Comuns são os casos deotites e infecções causadaspor protetores auriculares su-jos ou contaminados.

Finalmente, se não questio-narmos ao menos os três quesi-tos colocados, mesmo conhe-cendo os riscos, podemos conti-nuar a ele expostos, acreditandoque não existe, pela falsa impres-são de que foi neutralizado. E,neste caso, estaríamos melhorsem o EPI que com eles: aomenos, tomaríamos conheci-mento (ou nos lembraríamos)dos riscos a que estamos, diutur-namente, expostos. •

C & P • Setembro/Outubro • 2006 33

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Artigo Técnico

Com este artigo, explicou-se a evolução dos cromatizantes e passivadores e, a partir dele, inicia-se

uma nova fase, a do estudo da evolução da nanotecnologia dentro do tratamento de superfícies

Evolução no Tratamento deSuperfícies “do Cromatizante à

Nanotecnologia” – Parte 3

res, nanocompósitos, biomate-riais, chips entre outros). O ob-jetivo principal é chegar em umcontrole preciso e individualdos átomos.

A palavra “nanotecnologia”foi utilizada pela primeira vezpelo professor Norio Tanigu-chi, em 1974, para descrever astecnologias que permitam aconstrução de materiais a umaescala de 1 nanômetro (1nm =1 milionésimo de mm). Para seperceber o que isto significa,imagine uma praia com 1000km de extensão e um grão deareia de 1 mm, este grão estápara esta praia como um nanô-metro está para o metro.

1ª Fase de DesenvolvimentoA nanotecnologia está sendo

utilizada para apresentar novostipos de passivação, através deuma solução coloidal (emulsói-de) de material `à base de SiO2

e sais de Cr+3. O princípio ativo é baseado

nos emulsóides, onde a viscosi-dade é geralmente muito maiorque a da água e a tensão super-fial é menor. Portanto, a estabi-lidade destas soluções depende,em grande parte, da natureza domeio em que estão dispersas aspartículas: pH, concentração deCr+3 e Inibidores.

O produto em questão é umcomposto inorgânico nano-particulado para utilização empassivadores trivalentes. Pro-porciona melhor resistência àcorrosão, cuja principal utiliza-ção será para os casos em quenão é permitido o uso de selan-tes ou que haja desgaste mecâ-

NTES DE ENTRARMOS NA

terceira e última partedo trabalho aqui expos-

to, gostaria de aproveitar paraelucidar algumas dúvidas queme foram apresentadas em rela-ção à segunda parte do trabalho:

• Quando me refiro à presençade oxigênio na camada, en-tenda-se como o mesmo sen-do proveniente das moléculasde água presentes na camadade passivação. Não se trata deoxigênio livre, mas sim na for-ma combinada. O hidrogê-nio das moléculas de águapresentes na camada de pas-sivação não pode ser analisa-do pelo Espectrômetro deEnergia Dispersiva. A libera-ção desse oxigênio, se dá naforma combinada, como va-por d’água;

• Assim sendo, quando analisoos grãos presentes na superfí-cie, os mesmo também pode-riam ser classificados comohidróxidos.

NanotecnologiaA nanotecnologia está asso-

ciada a diversas áreas (como amedicina, eletrônica, ciência dacomputação, física, química,biologia e engenharia dos mate-riais) de pesquisa e produção naescala nano (escala atômica). Oprincípio básico da nanotecno-logia é a construção de estrutu-ras e novos materiais a partir dosátomos. É uma área promisso-ra, mas que dá apenas seus pri-meiros passos, mostrando, con-tudo, resultados surpreendentes(na produção de semiconduto-

Por Silvio

Renato de Assis

nico intenso (necessidade doefeito de auto-cura).

Características:• Camada de 300 à 500 nm• Excelente resistência à

corrosão• Ótima autocicatrização• Opera em temperatura

ambiente• Resistência da camada à

temperatura até 210ºC • Proporciona maior vida útil

do passivador devido à baixadissolução de Zinco e Ferro

• Ausência de aditivos orgâni-cos e agentes complexantes

• Isento de fluoretos • Custo mais baixo se compa-

rado aos passivadores triva-lentes com utilização deselante

Desvantagens• Alto Custo na Montagem em

relação ao cromatizante hexa-valente

Composição da Camada1

As figuras na página seguin-te apresentam como é a camadado passivador nanoparticulado.Na figura 1, temos uma visãosuperior da camada, com umaampliação de 500 vezes, e aquitambém podemos perceber aformação de grãos. Na figura 2,numa visão angular com 2.500vezes de ampliação, podemosperceber mais claramente, alémdos grãos, que a superfície estáuniformemente irregular, fatoesse devido à “saída” de água dacamada passivada. Também po-demos visualizar que por baixodos grãos, apesar da ruptura da

34 C & P • Setembro/Outubro • 2006

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AgradecimentoAgradeço a todos os que aju-

daram a realizar esse estudo eprincipalmente aos leitores da re-vista, que fizeram com que talartigo tivesse grande repercussãoem nossa área.

Gostaria de avisá-los que esseestudo foi o primeiro de muitosna busca do conhecimento datecnologia que oferecemos e apli-camos em nossos clientes, e que,em breve, já teremos uma novafase de estudos, com novos grausde conhecimento atingidos.

Pessoas envolvidas no estudoFábio F. J. Cardoso - Gerente de ProcessosPaulo Brito - RepresentanteTécnico-ComercialSilvio Renato de Assis - Gerente de Suporte à Clientes e deAssistência TécnicaFernanda Mendes Bereta - Assistente Técnica deDesenvolvimento •

Referências(1) As fotos microscópicas foram feitas no

Microscópio de Varredura Eletrônica do

Instituto de Geociências da USP

(2) Análise feita por Espectrômetro de

Energia Dispersiva. A variação de cor

apresentada representa a variação de

elementos conforme sua massa média.

(3) Os corpos de prova utilizados neste

estudo são chapas de ferro, banhadas em

Zinco Alcalino e posteriormente

Cromatizadas ou Passivadas, sofreram um

corte em X até a base e foram submetidas

à 96 horas de Salt Spray, conforme norma

ABNT MB 787

camada provocada pela expul-são de água, houve a recupera-ção do passivador.

Já na figura 3, foram anali-sados dois pontos distintos dacamada depositada: ambos nu-ma área sem grãos, porém umsobre uma região de cor clara eoutro sobre uma região de corescura, e obtivemos os seguintesresultados e conclusões:

Resistência à Corrosão

Podemos visualizar que apóso Salt Spray3, o corpo de provaNÃO apresenta corrosão bran-ca, tanto onde houve o corte,como no restante do corpo deprova.

Esse processo apresentou re-sistência à corrosão de, no míni-mo, 576 horas de Salt Spray.

Ampliação do corte

C & P • Setembro/Outubro • 2006 35

Zn O Cr Si ConclusãoPonto 1: 66,6% 22,8% 0,4% 8,7% Demonstra que a camada de passivadorPonto 2: 56,9% 28,9% 0,3% 13,1% é quase isenta em Cromo e concentrada

em Silicio e Água

Silvio Renato de Assis

[email protected]

fax: (11) 2139-7500

1 2

3

Fig. 1 - Visão superior com 500 vezes de ampliação

Fig. 2 - Visão angular com 2500 vezes de ampliação 2

Fig. 3 - Visão superior com2500 vezes de ampliaçãopara análise de pontos na

camada depositada

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Artigo Técnico

36 C & P • Setembro/Outubro • 2006

Noções básicas sobre processo de Anodização do Alumínio

e suas Ligas - Parte 1

Por Adeval

Antônio

Meneghesso

Colaborador:

João Inácio

Gracciolli

(Surface

Finishing - CBA)

IMAGEM DO ALUMÍNIO É

definida e fixada pelo aca-bamento aplicado sobre

sua superfície. Essa afirmativaconstata a importância dos pro-cessos empregados para essa fina-lidade, que determinam as carac-terísticas protetivas e/ou decora-tivas de alta durabilidade.

A anodização é um processomuito aceito e bem definidopara produzir uma película deco-rativa e protetiva de alta qualida-de nas ligas de alumínio, abran-gendo um amplo espectro deaplicações, algumas das quaisbastante especificas, tais comoanodização técnica (Dura) parapeças que estão sujeitas ao des-gaste por abrasão e como camadaprotetora para refletores e capaci-tores eletrolíticos, anodizaçãobrilhante para frisos, anodizaçãoem cores para ornamentos eutensílios domésticos e anodiza-ção para fins arquitetônicos (ja-nelas, portas, fachadas, gradis,boxes de banheiro, etc.), na cons-trução civil.

A anodização é um processocientifico, cujos parâmetros quí-micos e eletroquímicos podemser mantidos sob controle. Entre-tanto, quando esse controle é fei-to de modo inadequado, ocor-rem defeitos no acabamento dasuperfície prejudiciais a sua apa-rência, resultando em uma máperformance da camada anódicafinal.

Para a obtenção desse efeitodecorativo e protetivo deve-se to-mar alguns cuidados quanto aoacabamento de superfície das pe-ças, à estrutura metalúrgica das li-gas utilizadas, ao pré-tratamento,

à anodização, propriamente dita,e à selagem da camada anódica.Essa camada por ser uma oxida-ção eletrolítica do próprio metal,irá salientar os defeitos existentesou mesmo revelar irregularidadesque não são visíveis no metal bru-to. Alguns processos de pré-trata-mento disponíveis podem escon-der ou eliminar a maioria das irre-gularidades superficiais, mas emcondições metalúrgicas da liganão podem ser controladas pelaanodização e dependem do pro-cesso utilizado na fundição dometal, do controle de processosde extrusão e de laminação du-rante a sua fabricação.

A Química do Alumínio

O alumínio é um metal queaparenta ser inerte a ação atmos-férica, isso devido a uma fina ca-mada de óxido que se forma na-turalmente sobre sua superfície,todavia, é um metal bastante rea-tivo. O metal alumínio é um ele-mento que reage com ácidos e ál-calis com evolução de hidrogênio.

Reações químicas do Alumínio

com ácidos

A diluição de alumínio emuma solução de ácido sulfúricoaquecida irá formar o sal sulfatode alumínio, com liberação dehidrogênio da seguinte forma:

3 Al + 3 H2SO

4� 2 Al

2(SO

4)

3+ 3 H

2

Da mesma forma, o alumínioadicionado a uma solução deácido fosfórico, reage:

6 Al + 2 H2PO

4� 2 Al

3PO

4+ 3 H

2

Em solução de ácido nítricoou ácido crômico o alumínio

não se dissolve, ocorrendo umapassivação pela formação de umfilme de óxido. A imersão doalumínio em uma solução deácido fluorídrico irá produzirum filme insolúvel de fluoretode alumínio (solúvel no excessode ácido fluorídrico), da seguin-te forma:

2 Al + 6 HF � 2 AlF3

+ 3 H2

Reações químicas do Alumínio

com álcalis

A maioria dos metais não-ferrosos, como; níquel, cobre,zinco, etc., tem reações similaresà do alumínio, com uma exce-ção importante, pois são dissol-vidos em solução de ácido nítri-co. Os metais cobre, níquel eferro são dissolvidos por álcalis,como hidróxido de sódio ou car-bonato de sódio. Quando me-tais como zinco, bismuto esta-nho, alumínio, etc., são coloca-dos em solução de soda cáustica(hidróxido de sódio) à quente,eles se dissolvem formando umsal e desprendem hidrogênio.No caso do alumínio é formadoum sal conhecido como alumi-nato de sódio:

2 Al + 2 NaOH � 2 NaAlO2

+ 3 H2

Esse sal resultante se ioniza,produzindo íons de sódio comcargas positivas e íons de alumí-nio com cargas negativas:

NaAlO2� Na

+

+ AlO2

Metais que possuem a capa-cidade de produzir sais, os quaispodem estar presentes como íonmetálico em ânions ou cátions,são conhecidos como metaisAnfoteros.

A Anodização é um processo muito aceito e bem definido para produzir

uma película decorativa e protetiva de alta qualidade

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alumínio podeser efetuadopor vários ti-pos de proces-sos, a saber:

Desengraxecom Solventes

Os solven-tes são usadospara removergrandes quantidades de contami-nantes orgânicos, como óleos egraxas presentes na superfície doalumínio. Os resíduos de massade polimento e lustração sãofacilmente removidos pela maio-ria dos solventes quando a limpe-za é feita imediatamente após asoperações de polimento.

Desengraxe AlcalinoÉ o método mais utilizado

para a limpeza do alumínio esuas ligas, sendo de fácil aplica-ção nas operações de produção eos custos dos equipamentos sãobaixos. Normalmente são for-mulações que não agridem asuperfície do alumínio, manten-do o brilho do polimento mecâ-nico, removendo e emulsifican-do os contaminantes orgânicos.

Fig. 1 -Fluxogramados estágiosbásicos noprocesso deanodização

Processo de AnodizaçãoO processo de anodização é

composto por uma série de eta-pas básicas (Fig.1), comuns a to-dos os tipos de anodização, sen-do que cada processo adquireuma característica própria queidentifica o tipo de acabamento.

Etapas Básicas do Processode Anodização

1ª Etapa - Montagem / Enganchamento

Consiste em fixar os perfis oupeças nas gancheiras de alumínioou titânio, de tal forma que per-mita um bom contato elétrico. Ocontato peça - gancheira deve serbem firme para não permitir des-locamentos durante a movimen-tação da carga entre os vários es-tágios da anodização ou pela agi-tação de ar utilizado em algunstanques da linha de anodização.

Gancheiras“Gancheira” ou “Suporte” é o

dispositivo no qual são fixadas aspeças a serem anodizadas, sendoque o sucesso da anodização de-pende de um eficiente projeto degancheiras, normalmente fabrica-das em ligas de alumínio, devemprivilegiar os seguintes quesitos;• Permitir a fácil montagem e

desmontagem das peças• Permitir uma distribuição

simétrica dos pontos de con-tato da peça com a gancheira

• Dimensionamento elétricoadequado evitando perdas econsumo excessivo de energiaelétrica

• Permitir o rápido escoamen-to de gases liberados pelasreações químicas através deposicionamento adequadodas peças na gancheira.

• A gancheira deve ser versátilpermitindo o enganchamen-to de diferentes tipos e formasde peças na mesma gancheirapelo uso de acessórios comomolas, ganchos, alicates, mor-sas, arames, pinças, etc. (Fig.2)

Decapagem das Gancheiras(remoção da camada anodica)

Devido a alta resistividadeelétrica da camada anódica, apóscada ciclo de anodização, as gan-cheiras devem ser decapadas (dis-solução da camada de óxido dealumínio), a fim de se garantirum bom contato elétrico daspeças que nelas serão montadas.

A remoção da camada de óxi-do pode ser por via química, pelaimersão da gancheira em soluçãoácida e após lavagem em umasolução fortemente alcalina desoda cáustica que fará dissoluçãoda camada de óxido de alumínio,ou por via mecânica, pelo uso deuma lixadeira que fará a remoçãomecânica da camada de óxido dealumínio.

2ª Etapa – Desengraxe /Lavagem

O desengraxe é efetuado paralimpar os produtos de alumínioremovendo gorduras, óleos e ou-tros resíduos aderentes ao metal,utilizando-se uma solução aquosalevemente ácida ou alcalina, oqual deve, também, remover fil-mes de óxidos da superfície.

O desengraxe da superfície do

C & P • Setembro/Outubro • 2006 37

Fig. 2 -Gancheiras de perfis de

alumínio comfixação atravésde pinças tipo

alicate

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0,04 %. Aconselha-se o uso dasligas da série 6.000 para perfis aserem anodizados e chapas dasérie 1000. A taxa de remoção de100 g/m2 é normalmente ade-quada para produzir um acaba-mento satisfatório, tanto emchapas como em extrudados.

Quanto mais alta a tempera-tura de trabalho mais rápida seráa taxa de remoção. A temperatu-ra máxima do processo deve serde 65ºC e controlada através doresfriamento da solução.

Quanto maior o teor de alu-mínio dissolvido mais lenta seráa taxa de ataque. A soda cáusticalivre e o alumínio dissolvido estãoem equilíbrio, como mostradona reação (b), portanto, como onível de alumínio cresce no ata-que, existe a tendência da reação(b) deslocar-se da esquerda para adireita. Para evitar esta ocorrência,é necessário aumentar o nível desoda cáustica livre no ataque.Assim, numa orientação aproxi-mada o nível de soda cáusticalivre deve ser igual ao nível dealumínio dissolvido (Al3+).

4ª Etapa – NeutralizaçãoConsiste em neutralizar o fil-

me de solução de fosqueamento,que permanece aderido ao mate-rial, após a lavagem com água. ANeutralização é realizada pararemover quaisquer partículas deintermetálicos ou hidróxidos pre-sentes na superfície do alumínio,após o ataque alcalino e a lava-gem. Esse é um processo a tem-peratura ambiente não consu-mindo energia. Tem como finali-dade neutralizar os efeitos dosresíduos alcalinos, bem como dis-solver compostos formados emdecorrência das reações químicasdos elementos de liga do alumí-nio, durante a fase de fosquea-mento. •

• A temperatura da solução defosqueamento deve ser man-tida acima de 20ºC

2 Al + 2 NaOH + 2 H2O � 2 NaAlO2 + 3 H2O (a)

Quando uma dessas condi-ções é ignorada, principalmente aprimeira, ocorre o desbalancea-mento da reação, tornando-seirreversível pela formação de umprecipitado de hidróxido de alu-mínio na forma de pedra nasparedes e no fundo do tanque,enquanto a concentração de sodalivre aumenta por causa da sodaformada pela seguinte reação:

NaAlO2 + 2 H2O � Al(OH)2 + NaOH (b)

O precipitado de hidróxidode alumínio gerado torna-se durodevido à perda de água e trans-forma-se em alumina pela ocor-rência da seguinte reação:

2 Al(OH)3� Al2O3 + 3 H2O (c)

Essa reação irreversível ocorreem soluções velhas e/ou soluçõesque sofreram um resfriamento abai-xo de 20ºC sendo que todo pre-cipitado endurecido deve ser re-movido do fundo e das paredes dotanque através de ação mecânica.

Fosqueamento Acetinado /Aveludado

Este tipo de acabamento nor-malmente é obtido por ataquealumínio em solução de sodacáustica ou pela combinação deum tratamento mecânico, porexemplo jateamento, combinadocom o ataque na solução de sodacáustica. O grau do fosqueamen-to dependerá de algumas premis-sas adotadas:• Liga e tempera do material

que está sendo atacado• Quantidade de metal removi-

da pelo ataque • Tipo do ataque usado e as

condições de operação Para a obtenção de uma boa

performance do fosqueamentoacetinado, o teor de Fe na liga,deve estar entre 0,16 – 0,30 % eo teor de Zn não deve exceder

Desengraxe ÁcidoUmas das principais funções de

um desengraxante ácido é a remo-ção dos óxidos da superfície antesda pintura, camada de conversão,abrilhantamento ou anodização.

A remoção de óleos e gordurasda superfície do perfil também érealizada pelo desengraxante ácidode modo satisfatório.

LavagemA lavagem em água é feita após

o desengraxe e após cada uma dassubseqüentes fases do processo apli-cado, (pré-tratamento para pintu-ra, anodização, etc.). Sua finalida-de é garantir a ausência de resí-duos na superfície das peças pro-venientes da etapa anterior. É afase mais importante do processo,pois pode ser uma fonte perma-nente de contaminação. Exige di-mensionamento correto das vazõesde água, estabelecendo um perfei-to balanceamento entre a lavageme o consumo de água, utilizando-setécnicas como sistema de spray,cascata e agitação para esse fim.

3ª Etapa – FosqueamentoO fosqueamento pode ser

considerado como uma limpezada peça de alumínio em processo,entretanto, o tratamento comsolução alcalina, usualmente 5 a10 % de soda cáustica, aditivadacom inibidores de ataque, resultaem um acabamento superficialacetinado nos perfis de alumíniopara aplicação arquitetônica.

Mecanismo de reações que ocorrem no banho de fosqueamento

Conforme a equação apresen-tada a seguir o aluminato de só-dio será facilmente mantido emsolução, caso sejam preservadas asseguintes premissas:• Manter a relação correta entre

soda cáustica livre e alumíniodissolvido.

• A solução possuir um podero-so agente complexante do alu-minato.

38 C & P • Setembro/Outubro • 2006

Eng. Adeval Antônio Meneghesso

Diretor superintendente da Italtecno do

Brasil – Contato: Fax.: (11) 3825-7022

[email protected]

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Tecnologia & Novos Talentos

Avaliação da eficiência dos silanosaplicados em estruturas de concretoarmado com corrosão por íons cloretos

corrosão, que é o período no qual as substâncias agressivas penetramavançando progressivamente até a armadura (Tuutti, 1982)[4]. Helene(1993)[3] coloca que a duração da fase de iniciação deve corresponderà estimativa da vida útil de projeto da estrutura quanto à corrosão dasarmaduras. Esta despassivação pode ocorrer devido à presença de clo-retos no concreto. Uma vez despassivada, dá-se início a fase de propa-gação, e já se observam manifestações típicas do fenômeno da corrosão.

A relação água/cimento é um dos principais fatores que limitam a pe-netração de cloretos devido à influência na porosidade, ou seja, na for-ma, no volume e na distribuição do tamanho de poros. Quanto me-nor a relação água/cimento menor o ingresso de substâncias agressivas.

Visando o aumento da durabilidade e conseqüentemente da vidaútil das estruturas de concreto armado, cada vez mais se tem empre-gado várias técnicas para proteger e reparar as estruturas de concretoarmado atacadas pela corrosão. Entre estas técnicas que vem sendoutilizadas, destacam-se as diferentes pinturas à base de silanos inibido-res de corrosão.

Os silanos são substâncias hidrofugantes com moléculas extrema-mente pequenas, por este motivo possuem capacidade e compatibili-dade para penetrar e molhar fácil o concreto, ao mesmo tempo emque vai ocorrendo ligações de interligação com o substrato e com aprópria camada passivante da armadura. Um dos objetivos da utiliza-ção de pinturas de proteção é garantir a impermeabilidade do concre-to, os silanos atuam penetrando nos poros e capilares de modo a for-mar uma fina película protetora, hidrófuga e incolor.

Considerando a gama de produtos e sistemas para prevenção doreparo de estruturas de concreto, estudos foram feitos para contribuirno conhecimento dos mecanismos de funcionamento dos diferentessilanos inibidores de corrosão analisados, que possam fundamentarem quais condições poderiam ser aplicados, produzindo uma qualida-de satisfatória nas estruturas de concreto armado. Visto que da maio-ria das pinturas à base de silanos não são conhecidos o seu real com-portamento e sua eficácia, são necessários testes de laboratório quecomprovem sua eficiência. Ou seja, o conhecimento da viabilidadetécnica e econômica destes sistemas, não apenas as informações divul-gadas pelos fabricantes, obtendo subsídios para correta avaliação daadequação destes às mais diversas situações de campo.

2. Procedimento Experimental

2.1.Materiais UtilizadosForam moldados corpos-de-prova de argamassa armados com os

seguintes materiais: Cimento Portland Composto com Pozolana(CPII-Z 32), aço CA-60, silanos inibidores de corrosão e areia natu-ral oriunda da região.

Trabalho do Grupo de Pesquisa e Recuperação Estrutural - RECUPERAR, da Engenharia Civil

da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco - UPE/Poli

Participação das autoras noLatincorr 2006. Da esq. para à

dir.: Kalline Almeida, ElianaMonteiro, Oladis Trocónis de

Rincón (Comitê Organizador doevento) e Manuela Queiroz.

1. IntroduçãoBRASIL POSSUI UMA COS-ta marítima superior a7.400 km de extensão,

região onde se concentra a maiorparte das metrópoles e da popu-lação, conseqüentemente há umgrande número de obras de con-creto armado sujeitas à ação dosagentes agressivos provenientesda névoa salina, os Íons Cloreto.Andrade (1997)[2] pesquisou aincidência de manifestações pa-tológicas em estruturas de con-creto no estado de Pernambuco,chegando a conclusão que a cor-rosão das armaduras é o causadorda maior parte dos danos nasestruturas de concreto, sendoresponsável por aproximada-mente 62% das manifestaçõespatológicas registradas nas edifi-cações.

A despassivação determina ofim do período de iniciação da

Por: Kalline da

Silva Almeida,

Manuela Queiroz

Oliveira, Eliana

Cristina Barreto

Monteiro e Béda

Barkokébas Jr

C & P • Setembro/Outubro • 2006 39

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são parcial em solução de 5% deNaCl durante 2 dias. A condiçãode secagem consistiu em disporos corpos de prova em estufaventilada, mantendo-se a tempe-ratura em 50ºC. Na condição deimersão parcial manteve-se onível da solução do recipiente emuma posição que corresponde àmetade da altura da área deexposição da barra. Deste modo,tem-se absorção por capilaridadee, uma vez que ocorra a satura-ção, temos o processo de difusão.A freqüência de medição dasvariáveis eletroquímicas era feitaao final de cada semiciclo.

A grandeza medida ao longodo ensaio foi potencial de corro-são (Ecorr). Para as medidas dasvariáveis eletroquímicas, utili-zou-se um voltímetro de altaimpedância, eletrodo de referên-cia (eletrodo de cobre/sulfato decobre, para medida de potencialde corrosão).

3. Resultados e Discussão Observando os resultados

obtidos, notou-se que os valoresde potencial de corrosão dasséries com relação a/c 0,4 sãomelhores que os encontradospara as relações a/c 0,7.

Para a relação água/cimento0,4 pôde-se notar que, ao longodo experimento, o Material Bmostrou melhor desempenho, oqual pôde ser verificado devidoaos valores mais eletropositivosdo potencial. Enquanto que para

O cimento foi escolhido basicamente pelofato de este ser o cimento mais usado emPernambuco atualmente. O aço utilizado foi dotipo CA-60, obtido por trefilação de fio máqui-na, produzidos segundo as especificações daNBR 7480/96. O diâmetro utilizado foi de 5mm.

No presente trabalho foram utilizadas trêsmarcas de silanos inibidores de corrosão, defi-nidas como material A, material B, material C.Elas consistem basicamente em tintas que sãoaplicadas na superfície do concreto e que agemcomo barreiras para o acesso dos agentes agres-sivos.

O material A consiste de uma resina de sili-cone líquida à base de silano-siloxano, com densidade de 0,79 g / cm3

e um Ph que varia de 8 a 9,5. O material B consiste de um silano-silo-xano líquido, branco e inodor, com densidade que varia entre 0,96 e1,00 g / cm3 e um Ph que varia de 6 a 9. O material C consiste de umsilano-siloxano líquido e transparente, com densidade de 0,8 kg / litroe um Ph que varia de 9,5 a 10,5.

Segundo os fabricantes, os silanos apresentam um penetrante nãoformador de película, com moléculas extremamente pequenas, garan-tindo maior penetração através dos vazios e capilares do concreto. Oque garante, segundo eles, maior reatividade de suas moléculas com amatriz cimentícia, proporcionando superficial e profunda hidrofobici-dade de todo o volume da peça estrutural, com a vantagem de totaltransparência, o que garante a visualização original da estrutura.

Além disso, promove, adicionalmente, o aumento da densidade depeças estruturais novas e o fechamento total de todos os poros do con-creto, impedindo a penetração de líquidos contaminantes, reações decarbonatação e a perniciosa ação da chuva de vento.

Portanto, segundo os fabricantes, este somatório de benefíciosgarante não só a tão desejada durabilidade da estrutura, como tambéma beleza arquitetônica superficial do concreto totalmente isenta depelícula estranha.

Neste trabalho nos detemos a comparar os silanos de um mesmosistema com uma série de referência, sem a aplicação dos silanos.

2.2. Metodologia UtilizadaOs corpos de prova do presente trabalho foram confeccionados nas

dimensões de 60 x 80 x 25 mm, com duas barras de 5.0 mm de diâ-metro, 100 mm de comprimento e com cobrimento de 10 mm.

Os corpos-de-prova foram confeccionados de argamassa armadacom traço elaborado em massa de 1:3, com consumo de cimento de462 kg/m3. Para cada material foram feitos dois corpos-de-prova,variando a relação água/cimento (0,4 e 0,7). As séries dos corpos-de-prova consistiram no revestimento da superfície do concreto com trêsmarcas de pinturas a base de silanos e corpos-de-prova tidos comoreferência, ou seja, sem aplicação dos silanos.

A cura foi feita na câmara úmida no período de 7 dias. Depois decurados os corpos de prova permaneceram em ambiente de laborató-rio por 15 dias, com umidade relativa em torno de 80% e temperatu-ra de aproximadamente 30°C.

Em seguida, deu-se início ao ensaio com cloretos onde os corposde prova foram submetidos a ciclos de secagem durante 5 dias e imer-

Duração da fase de iniciação em dias para corpos deprova submetidos a ambientes contaminados por cloretospara ambas as relações água/cimento.

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a relação água/cimento 0,7 ob-servou-se que o Material A mos-trou melhores resultados entre osdiversos materiais.

Em ambos os casos a primei-ra série a despassivar foi sempre ade referência, ou seja, a sem apli-cação da pintura à base de sila-nos. Deve ser verificado que osmelhores resultados apresenta-dos foram os da série do Ma-terial A, sendo esta a última adespassivar.

Através da utilização da téc-nica do potencial de corrosãoavaliou-se o desempenho daspinturas utilizadas, como tam-bém a duração da fase de inicia-ção de corrosão, nos dando in-formações sobre a probabilidadede se ter corrosão e a possívelvida útil das séries confecciona-das com os distintos materiais.O momento da despassivaçãoem todos os ensaios foi detecta-do quando o potencial de corro-são atingiu o valor de –350 mVcomo propõe a ASTM-876[1].

Com base nos resultadosnotou-se que para a relação a/c0,4 o material B apresentoumaior fase de iniciação, en-quanto que para relação a/c 0,7o material A apresentou maiorfase de iniciação em relação aosoutros materiais. Pode-se tam-bém notar que para relaçãoágua/cimento 0,4 as séries deensaio apresentaram maior fasede iniciação quando compara-das à relação água/cimento 0,7.

4. ConclusõesConsiderando as condições de ensaios aqui

apresentadas podemos concluir para silanos estu-dados:• A redução da relação água/cimento melhora o

desempenho dos três tipos de silanos utiliza-dos, quanto à corrosão por cloretos.

• O Material A teve o melhor desempenho emrelação à corrosão por cloretos, principalmen-te para a relação água/cimento 0,7.

• Com a técnica utilizada, foi possível classifi-car os materiais estudados em ordem decres-cente de desempenho, quanto a ambientescontaminados por cloretos:

Material A >Material B > Material C

5. Referências[1] AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Standard test

method for acid-soluble cloride in mortar and concrete. ASTM C 1152: 1992.Philadelphia: Annual Book of ASTM Standards.

[2] ANDRADE, J.J.O. Durabilidade das estruturas de concreto armado: análise dasmanifestações patológicas nas estruturas no estado de Pernambuco. 1997. 148p.Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. PortoAlegre.

[3] HELENE, P.R.L. Contribuição ao estudo da corrosão em armaduras de concre-to armado. 1993. 231p. Tese (Livre-Docência) - Escola Politécnica, Universi-dade de São Paulo. São Paulo.

[4] TUUTTI, K. (1982). Corrosion steel in concrete. Swedish Cement andConcrete Research Institute, Stockolm, 469p. •

Kalline da Silva Almeida

Aluna da Graduação em Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de

Pernambuco – UPE / POLI, integrante do grupo de Pesquisa em Recuperação Estrutural

- RECUPERAR. Contato: [email protected].

Manuela Queiroz Oliveira

Engenharia Civil formada pela Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco –

UPE / POLI, integrante do grupo de Pesquisa em Recuperação Estrutural – RECUPERAR.

Contato: [email protected]

Eliana Cristina Barreto Monteiro

Professora, Doutora em Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de

Pernambuco – UPE / POLI, coordenadora do grupo de Pesquisa em Recuperação

Estrutural – RECUPERAR. Contato: [email protected]

Béda Barkokébas Jr

Professor, Doutor em Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de

Pernambuco – UPE / POLI. Contato: [email protected]

fax (81) 2119 4125 A/C Eliana Cristina Barreto Monteiro

Ensaio do Potencial de Corrosão

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Opinião

EUS FUNCIONÁRIOS PRE-cisam vestir a camisa”.

Esta é uma frase escu-tada em vários cantos de di-versas empresas há algum tem-po. O que muitos superioresprecisam refletir, é que certasvezes não damos a “camisa”para este colaborador e, mesmoassim, exigimos que ele a vista.

A “camisa” na verdade sim-boliza as informações, o co-nhecimento sobre tudo quecerca a companhia. Todos osseus colaboradores deveriamsaber o que você sabe, pois gos-tamos e amamos apenas o quede fato conhecemos. E quantomais se conhece um determina-do assunto, mais nos aprofun-damos nele, e o amor será con-seqüência.

Normalmente achamos quenossa equipe já domina quasetudo, portanto desafio você afazer um teste simples, porémfundamental, quando quere-mos maior interação e compro-metimento dos que compõe oquadro executivo do menor aomaior escalão.

Note que, rotineiramente,preferimos falar de assuntos quedominamos e quanto mais sa-bemos, mais queremos aprendersobre tal.

Segue uma sugestão queaplico nos treinamentos queministro em várias empresas.

Tenho certeza que se surpre-enderá com o feedback.

42 C & P • Setembro/Outubro • 2006

Erik Penna

10 razões pelas quais seus funcionários não vestem a camisa

Um roteiro simples e direto pode ajudar sua empresa a detectar falhas no processo de comunicação.

Sem conhecimento não haverá comprometimento dos colaboradores

Erik PennaGraduado em Economia com Pós-Graduação em Marketing, atualmente é professor

do Senac e coordenador do NJE (Núcleo de Jovens Empreendedores) do CIESP.

www.equilibria.com.br / E-mail: [email protected]

Normalmente, por mais que os chefes achem que todos irãotirar nota 10, a média tem estado em torno de 50%, ou seja, 5 acer-tos apenas.

Já pensou se alguém resolver usar apenas metade da roupa?Não é só o presidente, diretor, gerente ou vendedor que devem

ter acesso a esses valiosos dados, mas sim todos os funcionários daempresa.

Cientes dessas respostas, todos poderão se tornar parte inte-grante da organização, ou seja, passar a ser um peixe “dentro”d’água e poder então, vestir a camisa.

Com isso sua companhia ganhará mais divulgadores e vende-dores, que não atuam diretamente na área comercial. •

1. Qual o nome completo da sua empresa?

2. Qual a origem do nome ou por que sua empresatem esse nome?

3. Quais são os produtos e serviços que suaorganização comercializa?

4. Quais os principais diferenciais da suacorporação?

5. Há quantos anos a empresa existe?

6. Qual a região de atuação?

7. Quais são os 5 maiores ou melhores clientes?

8. É detentora de algum prêmio importante? Qual?

9. Exporta seus produtos ou serviços?Para quais países?

10. Na sua opinião, quais as funções ou atividadesque um diretor de empresa deve desempenhar?

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