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FACULDADE ANHANGUERA DE SUMARÉ
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
Elias Moraes Silva - RA: 5237101156
Wagner Peixoto Ribas da Silva- RA: 4236820333
CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Sumaré/SP
Abril de 2015
1
FACULDADE ANHANGUERA DE SUMARÉ
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
Elias Moraes Silva - [email protected]
Wagner Peixoto Ribas da Silva- [email protected]
CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Exercício apresentado ao Curso Superior
em Engenharia Elétrica como avaliação da
disciplina de Circuitos Elétricos II Professor
orientador: Paulo Zambrozi
Sumaré/SP
Abril de 2015
2
SUMÁRIO
Introdução............................................................................................................................03
Gerador Elétrico..................................................................................................................04
Exemplos de fonte de geração de energia.........................................................................05
Funcionamento do gerador de corrente alternada..........................................................07
Força Eletromotriz..............................................................................................................08
Tensão Continua.................................................................................................................10
Tensão Senoidal...................................................................................................................12
Tensão Eficaz.......................................................................................................................14
Diagrama Fasorial...............................................................................................................16
Circuitos resistivos em CA.................................................................................................18
Circuito RC..........................................................................................................................21
Circuito RC Série................................................................................................................21
Circuito RC Paralelo...........................................................................................................22
Impedância Equivalenete...................................................................................................22
Circuitos RL........................................................................................................................23
Circuitos RL Série...............................................................................................................23
Circuitos RL Paralelo.........................................................................................................24
Cálculo de Impedância Equivalente..................................................................................25
Circuitos RLC.....................................................................................................................25
Circuitos RLC Série...........................................................................................................26
Circuitos RLC Paralelo......................................................................................................26
Igualdades e diferenças entre Série e Paralelo.................................................................27
Transformada de Laplace..................................................................................................27
Cálculos de algumas transformada...................................................................................28
Propriedades da Transformada de Laplace.....................................................................29
Coclusão...............................................................................................................................31
Bibliográfia..........................................................................................................................32
3
1 – INTRODUÇÃO
Na corrente alternada, existem efeitos além que influenciam a passagem de corrente no
circuito; por exemplo, a indutância quando o circuito contém bobinas, ou a capacitância quando
o circuito contém capacitores. Deste modo, a razão tensão/corrente em um circuito de corrente
alternada não depende apenas das resistências elétricas do mesmo.
Por esse motivo, a razão entre tensão e corrente em um circuito de corrente alternada
recebe um outro nome: impedância, um termo que foi proposto por Oliver Heaviside em 1886.
Heaviside deu grandes contribuições à teoria eletromagnética, tendo reformulado as equações
de Maxwell na notação vetorial moderna. As contribuições de Heaviside também incluem o
cálculo vetorial, métodos de resolução de equações diferenciais e teoria de circuitos elétricos e
linhas de transmissão, além de ter introduzido outros termos como indutância, condutância e
eletretos.
A impedância de um circuito é composta de três componentes:
ZR: componente resistiva da impedância ou simplesmente resistência (R);
ZC: componente capacitiva da impedância ou reatância capacitiva (XC);
ZL: componente indutiva da impedância ou reatância indutiva (XL);
Uma outra grandeza importante na descrição de circuitos de corrente alterna é a freqüência das
tensões e correntes do circuito. A freqüência linear é medida em Hertz (Hz) e é igual ao número
de ciclos por segundo; seu símbolo é usualmente f. A freqüência angular é medida em rad / s e é
igual a taxa de variação da fase da corrente; seu símbolo é normalmente ω. A relação entre as
duas é:
ω = 2pi f
GERADOR ELETRICO
4
O gerador elétrico foi inventado em 1866 por Werner von Siemens, co-fundador da Siemens AG.
O tipo mais comum de gerador elétrico, o dínamo (gerador de corrente contínua) de
uma bicicleta, depende da indução eletromagnética para converter energia mecânica em
energia elétrica, a lei básica de indução eletromagnética é baseada na Lei de Faraday de indução
combinada com a Lei de Ampere que são matematicamente expressas pela 3º e 4º
equações de Maxwell respectivamente.
O dínamo funciona convertendo a energia mecânica contida na rotação do eixo do mesmo que
faz com que a intensidade de um campo magnético produzido por um imã permanente que
atravessa um conjunto de enrolamentos varie no tempo, o que pela Lei da indução de Faraday
leva a indução de tensões nos terminais dos mesmos.
A energia mecânica (muitas vezes proveniente de uma turbina hidráulica, à gás ou a vapor) é
utilizada para fazer girar o rotor, o qual induz uma tensão nos terminais dos enrolamentos que
ao serem conectados a cargas levam a circulação de correntes elétricas pelos enrolamentos e
pela carga.
No caso de um gerador que fornece uma corrente contínua, um interruptor mecânico ou
anel comutador alterna o sentido da corrente de forma que a mesma permaneça unidirecional
independente do sentido da posição da força eletromotriz induzida pelo campo. Os grandes
geradores das usinas geradoras de energia elétrica fornecem corrente alternada e utilizam
turbinas hidráulicas e geradores síncronos.
Gerador elétrico é um dispositivo capaz de manter uma diferença de potencial entre dois
pontos de um circuito elétrico, ele converte em energia elétrica, outras formas de energia,
como, por exemplo, pilhas e baterias nas quais ocorrem as conversões de energia química em
energia elétrica. Nas usinas hidrelétricas temos a transformação de energia mecânica das águas
em movimento em energia elétrica, através de geradores.
Nem toda energia elétrica gerada por um gerador é colocada à disposição do circuito
elétrico ao qual ele está ligado, isso ocorre, pois os geradores apresentam uma resistência
5
interna que será responsável pela dissipação, na forma de calor (ou efeito Joule) de parte da
energia elétrica gerada.
Energia útil = Energia Gerada - Energia Dissipada
EXEMPLOS DE FONTES DE GERAÇÃO DE ENERGIA
Energia hidráulica
É a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios em nosso país.
A água possui um potencial energético e quando represada ele aumenta. Numa usina
hidrelétrica existem turbinas que, na queda d`água, fazem funcionar um gerador
elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de uma usina provoque impactos
ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte considerada limpa.
Energia fóssil
Formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A
geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui
com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos
casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do
gás natural, o nível de poluentes é bem menor.
Energia solar
6
Ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado de implantação
proporcional a sua produção, é uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem
impactos ambientais. A radiação solar é captada e transformada para gerar calor
ou eletricidade.
Energia de biomassa
É a energia gerada a partir da decomposição, em curto prazo, de materiais orgânicos
(esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás metanoproduzido é usado para
gerar energia.
Energia eólica
Gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os
movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável, porém, ainda
pouco utilizada.
Energia nuclear
O urânio é um elemento químico que possui muita energia. Quando o núcleo é
desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As usinas
nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza
poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas
nucleares, embora raros, representam um grande perigo.
Energia geotérmica
Nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas
regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem utilizar este calor para
acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada.
Energia gravitacional
7
Gerada a partir do movimento das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado
de implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em energia afirmam que, no
futuro, esta, será uma das principais fontes de energia do planeta.
FUNCIONAMENTO DO GERADOR DE CORRENTE ALTERNADA
Um gerador de corrente alternada funciona com base na indução de força eletromotriz
num condutor em movimento dentro de um campo magnético, onde uma espira gira dentro de
um campo magnético, gerando uma tensão (FEM) e uma corrente induzidas.
Um gerador real consiste de muitas espiras em série e em paralelo formando conjuntos
de bobinas. O conjunto das bobinas num gerador é chamado enrolamento, que é montado em
torno de um núcleo de aço silício (material ferromagnético) e que constitui a chamada
armadura, onde é induzida a força eletromotriz (tensão).
O campo magnético produzido no gerador da figura acima é criado por um ímã
permanente. Nos geradores comerciais, o campo magnético é criado por um eletroímã
alimentado por uma fonte de corrente contínua.
O rotor é a parte que gira. O estator é a parte que permanece estacionária. Nos
geradores de corrente alternada a armadura pode estar no rotor ou no estator.
8
Nos geradores de corrente alternada de grande potência, encontrados nas usinas, a
armadura é fixa no estator e o campo magnético é que gira em torno delas. Como há um
movimento relativo entre elas, há a indução eletromagnética.
Todos os geradores, grandes ou pequenos, de corrente alternada ou de corrente
contínua, requerem uma fonte de potência mecânica para girar seus rotores. Esta fonte de
energia mecânica é chamada de fonte primária.
Fontes primárias são divididas em duas classes: para gerador de alta velocidade e baixa
velocidade. Turbinas a Vapor e a Gás são fontes primárias de alta velocidade, enquanto
máquinas de combustão interna (como motores a explosão), turbinas hidráulicas em quedas de
água e turbinas eólicas (hélices) são consideradas fontes primárias de baixa velocidade.
FORÇA ELETROMOTRIZ
Uma fonte de energia externa é necessária na maioria dos circuitos elétricos para
deslocar a carga através do circuito, tendo um componente que mantém a diferença de
potencial entre dois pontos do circuito, esse componente é a força eletromotriz
( abreviada Fem).
Uma fonte de força eletromotriz deve ser capaz de realizar trabalho sobre os portadores
de carga que nela entram. No seu interior, a fonte atua no sentido de deslocar cargas
positivas de um ponto de potencial mais baixo, para outro de potencial mais alto.
Quando uma corrente estacionaria se estabelece no circuito, uma mesma quantidade de
carga atravessa qualquer seção do circuito no tempo .Essa carga também penetra na
fonte de Fem pelo seu terminal negativo, saindo depois pelo positivo. Para acontecer isso
a fonte tem que realizar um trabalho sobre os portadores de carga (positivos), se
movendo na direção de potencial mais elevado, é uma relação entre a energia total que o
gerador fornece a uma determinada carga elétrica e o valor dessa carga é uma constante.
A unidade de Fem é o Joule/Coulomb1 Volt.
9
A chamada Fem de um gerador, na verdade, não é uma força, no sentido mecânico do
termo, não podemos medi-la em Newton, e sim uma diferença de potencial que o gerador
poderia fornecer se não houvesse perdas dentro do próprio gerador. Como essas perdas
são inevitáveis, pois o gerador também oferece uma resistência à passagem da corrente, a
diferença de potencial fornecida é sempre menor do que aquela originária do trabalho do
gerador.
Podemos definir uma fonte fem (gerador) como sendo um dispositivo em que energia
química, mecânica ou de outra natureza qualquer é transformada em energia elétrica. A
energia acumulada não aumenta, pois ela é convertida em energia interna no resistor é
dissipada sob a forma de calor produzida pelo efeito joule.
Resistência interna de um gerador
Quando a corrente atravessa o gerador, passa por condutores, que tem uma certa
resistência, que é a resistência interna (r), durante um intervalo de tempo, portanto nem
toda a energia elétrica que o gerador fornece é entregue ao circuito externo, pois uma
quantidade de calor aparece no resistor, devido ao efeito joule. Durante esse mesmo
tempo, uma quantidade de carga igual, terá sido deslocada através da força eletromotriz,
que terá realizado sobre ela um trabalho.
Tensão Continua. Como você bem sabe, uma tensão é chamada de continua ou constante pois o seu valor não se altera com o
tempo. Exemplo de geradores que geram tensão continua são as pilhas e as baterias. A Fig01 mostra o aspecto
físico, símbolo e curva da tensão em função do tempo deste tipo de gerador.
10
( a) ( b ) ( c )
Fig01: Gerador de tensão continua –
( a ) Aspecto físico ( b ) Símbolo e ( c ) gráfico da tensão em função do tempo
O gráfico da figura 1 mostra o comportamento da tensão nos terminais da bateria ao longo
do tempo: A tensão não muda, permanece constante.
Tensão Alternada
É uma tensão cujo valor e polaridade se modificam ao longo do tempo. Conforme o
comportamento da tensão então temos os diferentes tipos de
tensão: Senoidal, quadrada,triangular, pulsante, etc.
De todas essas, a senoidal é a que tem um maior interesse pois é a tensão que é gerada nas
usinas e que alimenta as industrias e residências. Antes de estudarmos mais a fundo a tensão
senoidal, vamos procurar conceituar melhor a tensão alternada. Seja o circuito da Fig02, no
qual temos duas baterias e uma chave que ora conecta a bateria B1 ao resistor, ora conecta a
bateria B2 ao resistor. Vamos supor que cada bateria fica conectada ao resistor durante 1s.
Como seria o gráfico da tensão em função do tempo nos terminais da bateria ?
11
( a ) ( b )
Fig02: Gerando uma tensão alternada quadrada - ( a ) Circuito ( b ) Tensão em função do
tempo
Observe:
O valor negativo significa que a polaridade da tensão mudou. O tempo que leva para
repetir uma mesma situação é 2s, sendo chamado de período (T). O valor máximo da tensão
é 12V (com qualquer polaridade, sendo chamado de valor de pico ou valor máximo VM). A
seguir estudaremos mais em detalhes a tensão senoidal.
Tensão Senoidal
É uma tensão que varia com o tempo de acordo com uma lei senoidal, portanto nesse caso
temos uma expressão matemática para expressar a tensão. A expressão matemática é :
12
ou em função do angulo
Onde VM (em V) é o valor de pico (valor maximo que a tensão pode ter) e
w em (rd/s) é a freqüência angular
(rd ou graus) é o angulo de fase inicial, é o ângulo num determinado instante t.
Observe que a relação entre ângulo e tempo é dada por :
q = q0 + w.t
Esta equação é análoga à equação que rege o movimento uniforme de um móvel:
S= S0+ v.t
A Fig03 mostra a sua representação gráfica em função do tempo e a Fig04 o gráfico em
função do angulo.
Representação gráfica de uma Tensão Senoidal
Uma tensão senoidal varia em função do tempo de acordo com uma lei senoidal, portanto a
sua representação será como na Fig03, mas a mesma tensão pode ser representada em
função do angulo, Fig04, (não esqueça que a função seno tem período de 360 graus ou de
2p rd), sendo a relação entre angulo e tempo dada por :
q =q0 +w.t A figura a seguir mostra o gráfico da tensão em função do tempo.
v(t)=10.sen(w.t)
13
Fig03: Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do tempo
O gráfico a seguir mostra a mesma tensão em função do angulo.
v(q)=10.sen(q ) existindo uma relação entre angulo e tempo dada por: q=w.t
Fig04: Representação gráfica de uma tensão senoidal em função do angulo
Na Fig03, VPP (em V) é chamado de tensão de pico a pico, T (em s) é o período (tempo que
o fenômeno leva para se repetir).
Pelos gráficos da Fig03 e Fig04 tiramos as seguintes conclusões:
14
como q =w.t se q =2 p
então o tempo será chamado de periodo (T) t = T logo:
2.p=w.T ou w = 2 p/T
O numero de ciclos completados segundos chamamos de freqüência (f). A freqüência está
relacionada com o periodo por:
f =1/T (Hz) logo podemos também escrever que:
w=2 .p.f
Tensão Eficaz
Para uma senoidal definimos o seu valor eficaz (VRMS ou VEF) como sendo igual ao valor de
uma tensão contínua que produzirá a mesma dissipação de potência que a tensão
alternada em questão. No caso de uma tensão senoidal o seu valor eficaz é calculado por:
Obs: considerar para efeito de calculo
Por exemplo uma tensão senoidal de 155V de pico é aplicada a uma resistência de 100
Ohms. Se ao mesmo resistor for aplicado uma tensão de 110V contínuos, a dissipação de
potência será a mesma.
15
( a ) ( b )
( d )
Fig05: ( a ) Tensão senoidal aplicada a um resistor de 100 Ohms;
( b ) Tensão continua de valor igual ao valor eficaz da tensão senoidal
aplicada a um resistor de 100 Ohms
16
Para a tensão senoidal representada na Fig05 os seus parâmetros serão: VP=VM=155V
VPP =310V
VRMS =155/1,41=110V
T=0,01666s=16,66ms portanto f= 1/0,0166 = 60 ciclos/s = 60Hz
w=2.p.60=377 rd/s q0=0
Um resistor de 100 Ohms ao ser conectado a essa tensão senoidal, dissipará a mesma
potência se for conectado a uma tensão CC de 110V
Diagrama Fasorial
É uma outra forma de representar uma tensão senoidal. A Fig03 mostra como é construído
o diagrama fasorial. Cada vetor (neste caso chamado de fasor), representa a tensão num
determinado instante. Observe que o ângulo que o fasor faz com o eixo horizontal
representa o ângulo da tensão naquele instante.
No exemplo da figura 6 a tensão representada tem a expressão: v(t)=10.sen(w.t) (V)
( a ) ( b )
Fig06: Diagrama fasorial Referencia Livros : Analise de Circuitos em CA e Circuitos em CA ;
Editora Érica; Rômulo Oliveira Albuquerque
O diagrama da Fig06a representa a tensão da Fig06b que no caso, no instante t=0 vale zero
e portanto a expressão da tensão em função do tempo é:
17
v(t) =VM.sen(wt) pois q0 (angulo de fase inicial) vale zero. Caso a tensão tivesse um angulo
inicial, a expressão seria dada por:
v(t) =VM.sen(wt+q0) se a tensão estiver adiantada ou
v(t) =VM.sen(wt - q0) se atrasada.
SINAL ADIANTADO Ex: v(t)=10.sen(w.t + q0) q0=900
( a )
SINAL ATRASADO Ex: v(t)=10.sen(w.t + q0) q0= - 900 ou q0= 2700
( b )
Fig07: Diagrama fasorial com angulo de fase inicial ( a ) Positivo (tensão adiantada) ( b )
18
Negativo (tensão atrasada)
Circuitos Resistivos em CA
Em um circuito puramente resistivo (só com resistências) alimentado com uma tensão
alternada (CA) a tensão e a corrente estão em fase, sendo a relação entre elas dada
pela lei de ohm, isto é :
U =R.I ou I = U/R sendo que usamos valores eficazes para I e U
Em termos de diagrama fasorial significa que os fasores representativos da tensão e da
corrente estão em fase. A Fig08 mostra o diagrama fasorial da tensão e da corrente e o
circuito.
Fig08: Circuito puramente resistivo - Diagrama fasorial de um circuito puramente resistivo
Potencia em CA em Circuito Resistivo
A potencia em CA é obtida pelo produto do valor instantaneo da tensão pela corrente
instantanea, isto é:
p(t)=v(t).i(t)
19
Fig10: Circuito puramente resistivo em CA - Potencia em CA
Se v(t)=VP.senwt (V), a corrente estará em fase com a tensão e será dada por i(t)=IP.senwt (A),
onde
Por exemplo, seja Vp=17V o que significa um valor eficaz de VRMS=12V
se a carga for R=4 Ohms, a corrente terá valor de pico de Ip= 4,25A e valor eficaz de IRMS=3A.
A figura a seguir mostra os graficos da tensão e da corrente em função do tempo e da potencia
instantanea (observe que o valor da potencia é sempre positivo).
20
Fig11: Circuito puramente resistivo em CA - Potencia em CA - Gráficos da tensão, corrente e
potencia instantanea
A potência dissipada no resistor será igual ao valor medio da potencia instantanea, e pode
ser calculado por:
P=VRMS.IRMS que no exemplo valem P=12V.3A=36W
21
Circuito rc
Os circuitos RC são circuitos onde um resistor de resistência R é associado em série a um
capacitor de capacitância C, assim como uma bateria de fem. E. É denominado circuito RC, filtro
RC ou malha RC. Ele consiste de um resistor e de um capacitor, podendo estar ligados tanto
em série quanto em paralelo, sendo alimentados por uma fonte de tensão.
Quando uma tensão alternada é aplicada sobre o circuito RC, a corrente continua adiantada em
relação a ela, só que de um ângulo menor que 90°, pois enquanto a capacitância tende a defasá-
la em 90°, a resistência tende a colocada em fase com a tensão.
CIRCUITO RC SÉRIE
Há uma diferença de potencial nas extremidades do resistor e também nas extremidades do
capacitor. Isto deve-se a queda de tensão gerada por cada um destes dispositivos. Sabe-se que,
segundo a lei das malhas de Kirchoff, que a soma das diferenças de potencial para qualquer
circuito fechado é nula. Se o circuito for de duas malhas ou mais a soma também é nula, pois
cada ramificação em particular é fechada. Isto equivale a dizer que a soma das intensidades das
tensões positivas é igual a soma das intensidades das tensões negativas.
Vendo o circuito como um divisor de tensão, vemos que a tensão sobre o capacitor é dada por:
22
e a tensão sobre o resistor é dada por:
.
CIRCUITO RC PARALELO
O circuito RC paralelo é geralmente de menor interesse que o circuito série. Isto ocorre em
maior parte pelo fato de a tensão de saída ser igual à tensão de entrada. Como resultado, este
circuito não atua como um filtro no sinal entrada, ao menos que este seja alimentado por
uma fonte de corrente.
IMPEDÂNCIA EQUIVALENTE
É calculada utilizando a mesma expressão para o calculo da resistência equivalente de dois
resistores em paralelo.
CIRCUITOS RL
23
A análise de circuitos RL e RC são similares. A maior diferença é que as respostas de ângulo de
fase são opostas – reatância indutiva cresce com a frequência, enquanto reatância capacitiva
decresce com a frequência.
Como nos circuitos RC, todas as correntes e tensões em qualquer tipo de circuito RL são
senoidais quando a tensão de entrada é senoidal.
Quando um circuito é puramente indutivo, o ângulo de fase entre a tensão aplicada e acorrente
total é 90º, com a corrente atrasada da tensão. Quando existe uma combinação de resistência e
de reatância indutiva em um circuito, o ângulo de fase da corrente em relação à tensão fica
situado entre 0 e -90º, dependendo dos valores de resistência e reatância.
Vale lembrar que indutores reais apresentam resistência de enrolamento, capacitância entre as
espiras, e outros fatores que tornam o comportamento do indutor diferente daquele de um
componente ideal.
CIRCUITO RL SÉRIE
Na prática um indutor apresenta uma resistência, e além disso podemos ter resistores
em série com o indutor, neste caso a corrente continuará atrasada em relação à tensão mas de
um angulo menor do que 90º
24
Para este circuito temos as seguintes expressões:
CIRCUITO RL PARALELO
Para a analise desse tipo de circuito, considera-se que um condutor é ideal
(corrente atrasada de 90º em relação à tensão). Nesse circuito a tensão do gerador V é a
mesma do resistor vR, e no indutor vL. Porém a corrente fornecida pelo gerador I é a soma
vetorial das correntes no resistor iR, e no indutor iL.
Não esqueça que num circuito paralelo a tensão em todos os elementos em paralelo é a
mesma, é a partir dessas características que construímos o diagrama fasorial.
25
CÁLCULO DA IMPENDÂNCIA EQUIVALENTE
Do ponto de vista de análise, não interessa saber qual a fase inicial da tensão da rede. O que importa realmente é
a defasagem entre a tensão total (tensão da rede) e a corrente total (corrente fornecida pela rede), e o que
determinará essa defasagem será a carga (R e L).
Para este circuito valem as seguintes expressões:
CIRCUITOS RLC
Um circuito RLC (também conhecido como circuito ressonante ou circuito aceitador)
é um circuito elétrico consistindo de um resistor (R), um indutor (L), e um capacitor (C),
conectados em série ou em paralelo.
O circuito RLC é chamado de circuito de segunda ordem visto que qualquer tensão ou
corrente nele pode ser descrita por uma equação diferencial de segunda ordem.
26
CIRCUITO RLC SÉRIE
Em um circuito RLC série a tensão total aplicada é a soma vetorial das tensões no resistor,
capacitor e indutor. Isto é:
v = vR+vL+vC
As tensões vL e vC estão defasadas 180° entre si, e a soma vetorial delas é a diferença entre
seus módulos, com fase igual a da tensão de maior de maior modulo.
Consiste de um resistor (R), um indutor (L), e um capacitor (C), conectados em série.
CIRCUITO RLC PARALELO
Em um circuito RLC paralelo a corrente total fornecida pelo gerador é a soma vetorial das
correntes no resistor, capacitor e indutor. Isto é:
i = iR+iL+iC
Uma maneira de recuperar as propriedades do circuito RLC, é através do uso da não-
dimensionalização.
Notações do circuito :
V - tensão da fonte de alimentação
I - corrente do no circuito
R - resistência do resistor
L - indutância do indutor
C - capacitância do capacitor
27
IGUALDADES E DIFERENÇAS ENTRE SÉRIE E PARALELO
As expressões para a largura de banda nas configurações em série e em paralelo são
inversas. Isto é particularmente útil para determinar se uma configuração em série ou em
paralelo deve ser utilizada no projeto de um circuito particular. Entretanto, na análise de
circuito, geralmente, a recíproca das duas variáveis posteriores é utilizada para caracterizar o
sistema
TRANSFORMADA DE LAPLACE
A Transformada de Laplace (TL) é melhor para a análise de transitórios no domínio do
tempo, pois permite que se leve em conta as condições iniciais do sistema. Além disso, as
grandes tabelas da TL encontradas na literatura englobam um número bem maior de pares de
transformadas conhecidas do que as de Fourier. Isto se deve, em parte, ao fato da variável de
freqüência da TF se restringir ao eixo imaginário do plano “s”. A TF só permite analisar
transitórios quando a função é limitada de zero a infinito, como é o caso do degrau unitário e do
impulso. No caso do seno, por exemplo, só permite a análise em regime permanente.
Para que se possa obter a TL de um sinal f(t), o mesmo deve satisfazer a condição
para positivo e real
onde s=+jtransformada
transformada inversa
CÁLCULO DE ALGUMAS TRANSFORMADAS
Sinal Exponencial Decrescente
Seja:
28
Então:
Sinal Impulso Unitário
f(t)=(t)
Funções Degrau
f(t)=u(t)
Sinais Senoidais
Função Rampa
PROPRIEDADES DA TRANSFORMADA DE LAPLACE
A Transformada de Laplace possui várias propriedades que, em geral, simplificam o cálculo da transformada se comparando com a aplicação direta da definição.Linearidade
Sejam f1(t) e f2(t) duas funções e a1 e a2 duas constantes, então:
29
L[a1
f1
(t)+a2
f2
(t)]=a1
L[f1
(t)]+a2
L[f2
(t)]
Função transladada em atraso ou deslocamento no tempo
Seja f(t) uma função, u(t) o degrau unitário e a uma constante, então:
L[f(t-a)u(t-a)]=e
-aS
L[f(t)]
Multiplicação de f(t) por e-at
Se L[f(t)]=F(s) então:
L
Mudança na escala do tempo
Se L[f(t)]=F(s), então:
L ou L
Convolução
Se f(t)=(t), h(t)=e-at e y(t)=f(t)*h(t)=e-at, então:
Como Y(s)=L[y(t)]
L[f(t)*h(t)]=F(s).H(s)=L[f(t)].L[h(t)] e L[f(t).h(t)]=F(s)*H(s)
Teorema da diferenciação complexa
Se f(t) é transformável por Laplace, então, exceto nos pólos de F(s) vale a seguinte relação:
L
No caso geral:
L , n=1,2,3,...
Teorema da diferenciação real
L onde
L[f(t)]=F(s) e f(0)=f(t)|t=0
Teorema da integração real
Se a função que resulta da integral é transformável por Laplace então sua transformada é dada por:
L
30
CONCLUSÃO
Designa-se por regime, solução ou resposta natural a dinâmica temporal de um circuito excitado
pelas energias armazenadas nos condensadores e nas bobinas que o constituem. Ao contrário dos
circuitos puramente resistivos, nos quais a ausência de fontes independentes determina o valor
nulo das correntes e das tensões no mesmo, os circuitos RC, RL e RLC sem fontes independentes
podem apresentar dinâmicas não nulas como resultado das energias eléctrica e magnética
inicialmente armazenadas nos condensadores e nas bobinas. Abordando o tópico de um outro
prisma, pode dizer-se que o regime natural é a dinâmica da descarga dos condensadores e das
bobinas, designadamente através de elementos dissipadores de energia, como as resistências.
31
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
1. D. Halliday, R. Resnick e J Merrill, Fundamentos de Física, vol. 3, (Editora LTC, RJ,1994), cap.
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Circuitos Elétricos - Carlos Peres Quevedo
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Johnson
Análise de circuitos - O'Malley
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