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Capim de Ribanceira
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Capim de Ribanceira
É madrugada e eu na beira da
estrada
A lua cheia minguada e de
repente apareceu
Um cavaleiro de bota e chapéu
de couro
Me lembrando um velho mouro
Lá fiquemo ele mais eu
Cruzou os pés, apiou do seu
cavalo
Dexou a rédea no talo de uma
roseira sem flor
Diz que seguia pelo mundo
solitário
E quebrava todo galho
Apartando toda dor
Quem não ouviu falar
Quem não quis conhecer
Aquele cavaleiro que vive pela
fronteira
Divulgando a reza brava do
capim de ribanceira
Aquele cavaleiro que vive pela
fronteira
Divulgando a reza brava do
capim de ribanceira
Enquanto o bule de café bulia a
brasa da fogueira
Refletia o seu olhar, eu pude
ver
Que ele sabia coisa até do outro
mundo
E essa noite eu fui aluno do seu
estranho poder
Com sete ponta duma rama
trepadera
E um ramo de avitera
O meu corpo ele tocô
Naquele instante me bateu uma
zonzera
E duma tosse cuspidera o
velhinho me livrô
E quem não ouviu falar
Quem não quis conhecer
Aquele cavaleiro que vive pela
fronteira
Divulgando a reza brava do
capim de ribanceira
Aquele cavaleiro que vive pela
fronteira
Divulgando a reza brava do
capim de ribanceira