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Capítulo 3: Processos Capítulo 3: Processos de Industrialização e de Industrialização e
Sistemas de Sistemas de EmbalagensEmbalagens
Alunos: Mônica Menegatti Mendes
Vinícius Borges V. Maciel
Campinas – SP, 31 de outubro de 2008
TP 244 A – Embalagem e Estabilidade de Alimentos
Prof° Dr. José de Assis
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOTécnicas de conservação
Objetivos das técnicas de conservação
Vida de prateleira
◦ IFT: período de tempo decorrido entre a produção e o consumo do produto, no qual o mesmo é caracterizado pelo nível satisfatório de qualidade, avaliado pelo valor nutritivo, sabor, textura e aparência.
Embalagem de alimentos
Tipos de embalagem - Sistemas de embalagens
PRESERVAÇÃO DE PRESERVAÇÃO DE ALIMENTOSALIMENTOSTécnicas de preservação:
◦Métodos: químicos, físicos e biológicos
Métodos de conservação:◦Calor (cozimento, pasteurização, esterilização,
processamento asséptico, branqueamento, secagem/desidratação)
◦Frio (refrigeração e congelamento)
◦Fermentação◦Adição de solutos ◦Irradiação◦Alta pressão◦Microondas em alimentos
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DO ALIMENTOS PELO USO DO
CALORCALORObjetivos do tratamento térmico:
Aumentar a estabilidade dos alimentos; Retardar ou prevenir o crescimento
microbiano; Destruir os microrganismos mais prejudiciais; Aumentar a vida de prateleira dos produtos.
Utilização de elevadas temperaturas Calor úmido: causa desnaturação e coagulação
das enzimas – mais eficiente que o calor seco; Calor seco: causa a oxidação dos compostos
orgânicos das células.
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DO ALIMENTOS PELO USO DO
CALORCALORCozimento:
Alimentos mais palatável; Inativa e/ou destrói enzimas e
microrganismos.
Pasteurização: Enzimas ativas e microrganismos patogênicos
podem ser inativados; Aumento da vida de prateleira dos produtos; A temperatura não deve ultrapassar 100°C; Utilização de métodos combinados; Pasteurização lenta; Pasteurização rápida.
Esterilização comercial: Inativação de microrganismos patogênicos
e deteriorantes; Aumento significativo na vida útil dos
produtos; Temperatura igual ou superior a 121°C; Destinado para produtos de baixa acidez.
Processamento asséptico: UHT: utilização de temperaturas de 130°-
150°C por 6 segundos; Ocorre em duas etapas.
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DO ALIMENTOS PELO USO DO
CALORCALOR
Branqueamento: Inativação de enzimas que poderiam causar
reações de deterioração como escurecimento; Reações enzimáticas são responsáveis por
alterações sensoriais e nutricionais principalmente durante a estocagem;
Reduz a carga microbiana inicial.
Secagem e desidratação Secagem: eliminação parcial de água,
redução no peso e volume; Desidratação: uso de calor artificial. Umidade,
temperatura e corrente de ar controlados.
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DO ALIMENTOS PELO USO DO
CALORCALOR
Uma das técnicas mais utilizadas pela população
Objetivos: Controle da proliferação microbiana; Controle das reações químicas, por exemplo as
reações enzimáticas.
Princípio básico da conservação pelo frio:
Manter a temperatura abaixo da ideal para o crescimento microbiano e reações enzimáticas.
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DO ALIMENTOS PELO USO DO
FRIOFRIO
Refrigeração: Utilizada para manter a qualidade dos
alimentos frescos; Uso de temperaturas entre -1 e 7°C.
Ocasiona o retardamento: Crescimento de microrganismos; Perda de umidade; Reações químicas deteriorativas como
oxidação lipídica, autólises de peixes, perda de coloração e diminuição do valor nutritivo de alimentos;
Redução da atividade metabólicas de tecidos de plantas e animais.
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DO ALIMENTOS PELO USO DO
FRIOFRIO
Congelamento: Método bastante satisfatório: preserva o flavor, cor e
valor nutritivo dos alimentos; Produz efeitos prejudiciais aos alimentos, dependendo
do tipo de congelamento e da natureza do alimento.
Redução da temperatura (-18 a -24°C): Resultado: cristalização de parte da água livre do
alimento.
Duas formas de congelamento: Congelamento lento: formação de grandes cristais de
gelo; Congelamento rápido: formação de pequenos cristais de
gelo, o que danifica menos a estrutura da parede celular dos alimentos.
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DO ALIMENTOS PELO USO DO
FRIOFRIO
Aplicação de fumaça aos produtos alimentícios: (produzida pela combustão incompleta de algumas madeiras (selecionadas), serragem, carvão, etc.)
Diminui o teor de água: juntamente com os constituintes da fumaça formados durante o processo (aldeídos, fenóis e ácidos alifáticos), proporcionam ao alimento barreiras físicas e químicas eficientes contra o ataque e atividade dos microrganismos
Utilização em conjunto com outras tecnologias: salga, cura, fermentação, etc.
Aplicação: carnes bovinas, pescados e embutidos
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS POR DEFUMAÇÃOALIMENTOS POR DEFUMAÇÃO
Utiliza crescimento controlado de microrganismos selecionados, que modificam a textura, o sabor, o aroma e as propriedades nutricionais dos alimentos.
Fermentação alcoólica Utilizada na elaboração de bebidas alcoólicas
fermentadas (vinho e cerveja) e fermento-destiladas (aguardente, run, uísque, conhaque, tequila, gin, etc.)
Açúcares solúveis transformam-se em álcool como produto principal;
Transformação realizada por enzimas; Principal levedura utilizada: Saccharomyces
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS POR ALIMENTOS POR FERMENTAÇÃOFERMENTAÇÃO
Fermentação acética: Largamente utilizada na produção de vinagre; Oxidação do álcool por bactérias acéticas - Acinobacter
e Gluconobacter;
Fermentação láctica: Muito utilizada na conservação de alimentos; Produtos de origem vegetal: picles, chucrute, azeitonas; Produtos de origem animal: queijos, salame, leites
fermentados; Utilização de microrganismos selecionados – cultura
starter – para alimentos de baixa acidez (leite e carnes);
Necessidade de métodos combinados.
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS POR ALIMENTOS POR FERMENTAÇÃOFERMENTAÇÃO
Controle de umidade: Não há retirada de água do alimento; Ocorre a captura da água livre no alimento pelo
soluto, tornando a água indisponível para utilização por microrganismos e reações químicas.
Solutos mais utilizados: Açúcar: bastante utilizado na produção de
geléias; Sal: muito empregado na produção de carne
seca e carne de sol.
Método utilizado como alternativa a refrigeração e congelamento
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS POR ADIÇÃO DE ALIMENTOS POR ADIÇÃO DE
SOLUTOSSOLUTOS
FAO define aditivos: “uma substância não nutritiva adicionada intencionalmente ao alimento, geralmente em quantidades pequenas para melhorar a aparência, sabor, textura e propriedades de armazenamento.”
Atenção: aditivos consumidos em excesso podem causar danos à saúde;
Exemplos: corantes, aromatizantes, conservantes, antiumectantes, antioxidantes, estabilizantes, acidulantes, espessantes, edulcorantes, etc.
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DE ALIMENTOS PELO USO DE
ADITIVOSADITIVOS
Origem relativamente recente: estudos mais aprofundados após a Segunda Guerra Mundial
Radiações ionizantes: partículas alfa, raios beta, raios X e raios gama (fonte mais comum – Cobalto 60)
Conhecida como processo frio
Efeitos das radiações: retardam as reações químicas e neutralizam os radicais livres aumentando a vida útil dos alimentos
Os alimentos irradiados podem ser consumidos imediatamente após a dose de radiação ionizante
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS POR IRRADIAÇÃOALIMENTOS POR IRRADIAÇÃO
Eficiência do processo pode ser afetada por:
Fatores intrínsecos: pH, Aw, composição do alimento Fatores extrínsecos: temperatura, umidade,
atmosfera
Ponto de vista tecnológico: satisfaz plenamente o objetivo de proporcionar aos alimentos estabilidade química e microbiológica, condições de sanidade e longo período de armazenamento
Aplicações: especiarias, condimentos e mais recentemente no Brasil – frango
Símbolo usado antigamente:
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS POR IRRADIAÇÃOALIMENTOS POR IRRADIAÇÃO
Tecnologia inovadora: utilização de altas pressões destruição microbiológica as reações enzimáticas são desaceleradas
Características sensoriais: pouco afetadas se comparada a tratamentos
térmicos convencionais – pasteurização e esterilização
Desvantagem: elevado custo de implantação, limitando sua aplicação a produtos de alto valor agregado
CONSERVAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS POR ALTA ALIMENTOS POR ALTA
PRESSÃOPRESSÃO
EMBALAGENS X ALIMENTOSEMBALAGENS X ALIMENTOS
Função das embalagens
Influência das embalagens na vida de prateleira dos produtos
Qualidade dos alimentos diretamente relacionada as características do produto, do sistema de embalagem utilizado e do sistema de distribuição empregado
A embalagem não melhora a qualidade do produto
MATERIAISMATERIAIS DE EMBALAGEMDE EMBALAGEMEmbalagens metálicas: grande
resistência mecânica e a corrosão
Polímeros sintéticos: plásticos (termoplásticos e termofixos)
Embalagens a base de celulose (celofane)
Laminados flexíveis (papel e celofane)
Embalagens de vidro
PROPRIEDADES DAS EMBALAGENSPROPRIEDADES DAS EMBALAGENS
Barreira ao vapor de água:Materiais com melhor barreira ao vapor de água:
laminação com folha de alumínio, BOPP, PVDC, metalização de substratos como PET
Barreira a gases:Principalmente a O, N e CO
Barreira a luzMetalização reduz sensivelmente a percentagem
de transmissão de luzAditivos, pigmentos e laminação de folhas de
alumínio melhoram a barreira a luz
Processamento asséptico: Acondicionamento de um produto estéril em
ambientes “limpos” – isentos de contaminação; Pode-se utilizar produtos não esterilizados –
caso dos alimentos frescos (produtos lácteos fermentados);
Fechamento asséptico e hermético da embalagem – as embalagens já estão esterilizadas;
Muito utilizado para alimentos líquidos (leites, sucos, vinhos, etc.), pastosos (produtos lácteos, iogurtes, purê de frutas, produtos de tomates) e particulados (purês de frutas com pedaços).
SISTEMAS DE EMBALAGENS SISTEMAS DE EMBALAGENS PARA ALIMENTOSPARA ALIMENTOS
Processamento asséptico:
◦ Vantagens: Armazenamento dos produtos sem refrigeração; Aumento significativo na vida útil dos produtos; Grande variedade de tipos de materiais de
embalagens; Possibilita processamento e acondicionamento
contínuos; Reduz custos de energia durante o armazenamento do
produto.
◦ Desvantagens: Alto capital de investimento; Alimentos particulados não são facilmente
manipulados; Produtos sólidos são de difícil processamento.
SISTEMAS DE EMBALAGENS SISTEMAS DE EMBALAGENS PARA ALIMENTOSPARA ALIMENTOS
Embalagens ativas:
Surgiu como resposta às mudanças do perfil dos consumidores e tendências de mercado;
Interagem com o alimento;
Exemplos: absorvedores de O2, etileno, umidade, CO2, flavor/odor, etc.;
Algumas aplicações: pães, bolos, bolachas, queijos, carnes, peixes frescos, vegetais minimamente processados, frutas, produtos desidratados, cereais, sucos de frutas, etc.;
SISTEMAS DE EMBALAGENS SISTEMAS DE EMBALAGENS PARA ALIMENTOSPARA ALIMENTOS
Embalagens inteligentes: Inovação tecnológica para atender ao novo
perfil dos consumidores e mercado; Apresentam capacidade de transmitir
informações sobre as funções e propriedades dos alimentos embalados;
Providenciam meios de garantir a integridade das embalagens, evidências de adulteração, segurança e qualidade do produto;
Aplicações: rastreabilidade e autenticidade; Incluem: indicadores tempo-temperatura,
crescimento microbiano, danos mecânicos, provas de adulteração e tecnologias anti-roubo.
SISTEMAS DE EMBALAGENS SISTEMAS DE EMBALAGENS PARA ALIMENTOSPARA ALIMENTOS
APLICAÇÕES DE ALGUNS APLICAÇÕES DE ALGUNS SISTEMAS DE EMBALAGENSSISTEMAS DE EMBALAGENS
Alimentos frescos (carnes vermelhas, ovos, frutos do mar, frutas e verduras)
Produtos lácteos (leite pasteurizado, leite UHT, leite fermentado (iogurtes) , manteiga e queijo)
Cereais e snacks foods (cereal matinal)
Bebidas (água, café, suco, bebidas carbonatadas)
Surgiu na Grã-Bretanha em 1940
Tecnologia em fase de estudos
Utilização de radiações eletromagnéticas
Freqüência: geralmente de 2450 MHz
Materiais de embalagens podem transmitir, refletir ou absorver a radiação
MICROONDAS EM ALIMENTOSMICROONDAS EM ALIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEREDO, H.M.C. Fundamentos de estabilidade de
alimentos. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2004. 195 p.
FELLOWS, P.J. Food processing technology: principles and pratice. New York: Ellis Horwood, 1988. 505 p.
FENNEMA, O.R. Introduction to food preservation. In Principles of Food Science. Part II. Physical Principles of Food Preservation. M. KAREL; O.R. FENNEMA and D.B. LUND (Eds.), Marcel Dekker, Inc., New York, 1975.
OHLSSON, T.; BENGTSSON, N. Minimal processing technologies in the food industry. Woodhead Publishing Limited, Cambridge England, 2002.
ROBERTSON, G.L. Food packaging: principles and practice. New York: Marcel Dekker, 1992. 676 p.
ROSS, R.P.; MORGAN, S.; HILL, C. Preservation and fermentation: past, present and future. International Journal of Food Microbiology, Amsterdam, v.79, n.1/2, p. 3-16, 2002.