Capítulo 7 - Medidas Mitigadoras

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7. MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATRIAS E PROJETOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO7.1 INTRODUO

A partir da identificao e classificao dos impactos ambientais potenciais decorrentes da realizao da Fase 1 de desenvolvimento do campo de Jubarte, localizado na parte norte da Bacia de Campos, em sua poro capixaba, a equipe multidisciplinar props aes que visam a reduo ou eliminao dos impactos negativos (medidas mitigadoras) e tambm aes objetivando a maximizao dos impactos positivos (medidas potencializadoras). Alm da apresentao das medidas mitigadoras e potencializadoras, o presente captulo contempla tambm os projetos ambientais elaborados visando implantao das medidas mitigadoras e/ou o acompanhamento/avaliao da eficcia destas medidas na reduo e/ou maximizao dos impactos. As medidas mitigadoras/reparadoras propostas foram baseadas na previso de eventos adversos potenciais sobre os itens ambientais destacados, tendo por objetivo a eliminao ou atenuao de tais eventos. As medidas potencializadoras propostas, conforme citado anteriormente, visam otimizar as condies de instalao do empreendimento atravs da maximizao dos efeitos positivos. Tais medidas mitigadoras e potencializadoras apresentam caractersticas de conformidade com os objetivos a que se destinam, conforme se segue: Medida Mitigadora Preventiva............Consiste em uma medida que tem como objetivo minimizar ou eliminar eventos adversos que se apresentam com potencial para causar prejuzos aos itens ambientais destacados nos meios fsico, bitico e antrpico. Este tipo de medida procura anteceder a ocorrncia do impacto negativo. Medida Mitigadora Corretiva .................Consiste em uma medida que visa restabelecer a situao anterior a ocorrncia de um evento adverso sobre o item ambiental destacado nos meios fsico, bitico e antrpico, atravs de aes de controle ou da eliminao/controle do fato gerador do impacto. Medida Mitigadora Compensatria........Consiste em uma medida que procura repor bens socioambientais perdidos em decorrncia de aes diretas ou indiretas do empreendimento. Medida Potencializadora ........ ...............Consiste em uma medida que visa otimizar ou maximizar o efeito de um impacto positivo decorrente direta ou indiretamente da implantao do empreendimento.

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7.2

MEDIDAS MITIGADORAS E POTENCIALIZADORAS

Apresentam-se a seguir as medidas mitigadoras, classificadas quanto ao seu carter preventivo, corretivo ou compensatrio, bem como as medidas potencializadoras propostas, correlacionando-as com os impactos ambientais potenciais identificados, com as aes do empreendimento geradoras do impacto considerado, com a fase do empreendimento e com o meio afetado. 7.2.1 MEIOS FSICO E BITICO

Apresentam-se a seguir as medidas mitigadoras preventivas e corretivas, bem como as medidas potencializadoras propostas para o empreendimento Jubarte Fase 1 referentes aos meios fsico e bitico. IMPACTO FASE ATIVIDADES MEDIDAS RESSUSPENSO DE SEDIMENTOS DO FUNDO OCENICO FASE DE IMPLANTAO Lanamento das linhas de escoamento e Ancoragem e posicionamento das unidades de produo Mitigadoras Preventivas

Considerou-se desnecessria a adoo de medida que venha reduzir este impacto tendo em vista que o mesmo foi considerado de magnitude fraca, reversvel e temporrio pois, segundo os estudos realizados, a nuvem de sedimento gerada por atividades tende a permanecer por poucas horas em suspenso no meio marinho e tem um raio de ao pequeno se comparado a rea total do campo de Jubarte. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS INTERFERNCIA NO AMBIENTE MARINHO POR DESCARTE DE EFLUENTES E RESDUOS FASES DE IMPLANTAO E PRODUO Atividades do Navio de Lanamento das Linhas de Produo e Atividades de Rotina das Unidades de Produo Potencializadoras

Como medida potencializadora para este impacto, a empresa dever garantir que a planta de tratamento do esgoto sanitrio da unidade (ORCA IIA 500, produzido pela EVAC Enviromental Solutions), se mantenha em funcionamento adequada ao tratamento com hipoclorito de sdio para desinfeco dos esgotos, evitando-se o lanamento no ambiente marinho de efluentes com organismos patognicos. Da mesma forma, os resduos alimentares, antes de serem descartados no mar, devero ser triturados conforme estabelecido na NORMAN 07, objetivando tambm contribuir com uma maior eficincia na potencializao deste impacto classificado como positivo por ser um forma de incrementar, mesmo de forma localizada e pequena, a produtividade local.

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Realizar um controle permanente das guas oleosas recolhidas nas unidades, atravs de sistemas automticos com sensores de leos. Garantir que os sistemas de hidrociclones gerem efluentes com teores de leos e graxas inferiores a 20 mg.l-1, conforme a Resoluo CONAMA 20. Da mesma forma, dever ser realizado um acompanhamento permanente da gua de resfriamento para garantir que a mesma no seja descartada ao mar com temperatura superior 40 C, conforme a Resoluo CONAMA 20. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS ALTERAO DA COMUNIDADE BENTNICA FASE DE IMPLANTAO Lanamento das linhas de escoamento e Ancoragem posicionamento das unidades de produo Compensatria

e

Para este impacto no so sugeridas medidas que venham a mitig-lo, lembrando, todavia, que o mesmo foi classificado como temporrio, local e reversvel devido a capacidade da comunidade bentnica de rapidamente recolonizar o substrato (Smith, 2001). Por outro lado, como medida compensatria, recomenda-se a execuo de levantamento de caracterizao da comunidade bentnica quando da implantao do Projeto de Monitoramento Ambiental constante deste documento. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS DESENVOLVIMENTO DE COMUNIDADES BIOLGICAS INCRUSTANTES FASE DE PRODUO Permanncia das unidades de Produo no Campo de Jubarte Potencializadoras

Recomenda-se no interferir no processo de incrustao da comunidade bentnica nas estruturas das unidades, permitindo assim que o desenvolvimento desses organismos (plantas e animais) venha aumentar a diversidade local e atrair outras populaes de peixes, moluscos e crustceos. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS ATRAO E DESENVOLVIMENTO DE ORGANISMOS MARINHOS FASE DE PRODUO Permanncia das unidades de Produo no Campo de Jubarte Potencializadoras

Assim como no impacto anterior, recomenda-se no interferir no processo de incrustao da comunidade bentnica, pois as mesmas permitiro a atrao de diversas populaes de peixes, moluscos e crustceos. Mais do que um atrator, as partes imersas das estruturas das unidades podero servir como refgio e recrutamento dessas comunidades funcionando como um recife artificial (Love et al., 2000). Para que ocorra o ciclo reprodutivo das espcies, especialmente de peixes, a excluso da pesca no entorno das unidades e no fundo submarino tem sido encarada como oportunidades de se criarem reas de Proteo Marinha e, com isso, promover a conservao de estoques.RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 3/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS

CONTAMINAO AMBIENTAL POR DERRAME ACIDENTAL DE LEO FASE DE PRODUO Permanncia das unidades de Produo no Campo de Jubarte Mitigadoras Preventivas e Corretivas e Compensatrias

Este impacto negativo, que poder atingir uma forte magnitude, dever contar inicialmente com medidas preventivas que procurem evitar a ocorrncia de acidentes. Caso ocorrido, as aes corretivas devero ser imediatamente implantadas, e por fim, se necessrio, a empresa dever ainda arcar com medidas compensatrias de forma a ressarcir danos os danos ambientais causados aos diversos ecossistemas. Dentre as medidas mitigadoras preventivas destacam-se a aplicao das normas de segurana com a finalidade de diminuir os riscos de acidentes. Assim, a empresa dever aplicar e exigir que sejam aplicadas pelos seus fornecedores, as normas de segurana cabveis cada atividade a ser executada. Para tal, deve-se proceder aos devidos treinamentos aos operadores embarcados, para que, em situaes de emergncia seja preservada a integridade e estabilidade do FPSO P-34, alm de preservar tambm as vidas humanas do pessoal embarcado. Paralelamente, tambm como medida mitigadora preventiva, dever ser implementado o Plano de Gerenciamento de Riscos para a unidade FPSO P-34, conforme apresentado no presente estudo. Ainda como medida preventiva, e tambm corretiva, a unidade dever ter o seu Plano de Emergncia Individual permanentemente atualizado e respaldado por um treinamento contnuo das instituies e recursos humanos envolvidos, o que deve contemplar: o estabelecimento das responsabilidades das instituies e pessoas envolvidas; os recursos humanos, materiais e financeiros disponveis; um conjunto detalhado de informaes tcnicas e cientficas referentes s provveis emergncias; as recomendaes para um Plano de Ao; a legislao aplicvel; a identificao e localizao de todas as instituies e pessoas envolvidas; e as referncias relativas a todos os recursos externos passveis de serem empregados em caso de necessidade. Adicionalmente, tambm de forma preventiva, deve-se implementar um sistema de controle e manuteno dos equipamentos e operaes que ofeream risco de derrames acidentais de leo nas estruturas submarinas e no FPSO P-34, de forma a garantir uma permanente avaliao de suas condies de funcionamento e segurana. Quanto s transferncias de leo da unidade para os navios aliviadores, as operaes no devem ser realizadas em situaes crticas de vento e correntes marinhas, o que aumenta o risco de rompimento de linhas e mangotes. Como medida corretiva, nos casos em que ocorrer um derramamento de leo de maiores propores a partir da unidade, a empresa dever recorrer a mtodos fsicos, qumicos e/ou biolgicos para conter e recuperar o volume derramado ou promover a sua degradao, antes que a mancha de leo atinja reas crticas em termos de valor ecolgico e scio-econmico, cuja eficcia e segurana devem ser previamente avaliadas e estabelecidas no Plano de Contingncia. Neste caso, cabe lembrar que em toda operao de emergncia devem ser considerados diversos critrios de prioridade, como a segurana das pessoas envolvidas, a proteo do meio ambiente, a segurana dos equipamentos e a defesa de reas e bens de valor social e econmico.RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 4/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

Por fim, como medida compensatria, caso as medidas mitigadoras preventivas e corretivas no sejam suficientes para evitar a propagao das plumas de disperso de leo, deve ser prevista a adoo de medidas compensatrias para os eventuais danos ambientais causados aos ecossistemas atingidos, alm de priorizada a imediata limpeza dos mesmos. Estas compensaes envolvem ainda, como se ver nas medidas previstas para o meio antrpico, indenizaes e apoio especfico comunidade pesqueira eventualmente atingida, alm do ressarcimento dos eventuais prejuzos do setor ligado ao turismo. Outras medidas compensatrias podero ser previstas aps avaliao da extenso dos prejuzos a estas atividades produtivas, bem como em funo daqueles provocados ao meio ambiente. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS CONTAMINAO AMBIENTAL POR ACIDENTE MOVIMENTAO DE CARGA FASE DE PRODUO Transporte de Insumos e Equipamentos por Rebocadores Mitigadoras Preventivas e Corretivas NA

Como medidas mitigadoras preventivas deve-se proceder ao treinamento dos operadores das embarcaes de apoio a fim de se evitar ou minimizar a ocorrncia de acidentes, e exigir das empresas contratadas uma efetiva manuteno da frota de embarcaes supply e dos equipamentos de transferncia de insumos existentes nessas embarcaes, de maneira a evitar acidentes advindos de falhas mecnicas, garantindo uma permanente avaliao de suas condies de funcionamento e segurana. Este treinamento dos operadores dos barcos suplly poder abordar a recuperao de cargas entamboradas a deriva no mar. As operaes de transferncias de leo diesel dos barcos supply para as unidades de perfurao no devem ser realizadas em situaes crticas de vento e correntes marinhas, o que aumenta o risco de rompimento de linhas e mangotes. Como medidas corretivas, em caso de ocorrer um derramamento de leo diesel de maiores propores, a partir das plataformas ou dos barcos supply, a empresa dever recorrer a mtodos fsicos, qumicos e/ou biolgicos para conter e recuperar o volume derramado ou promover a sua degradao, antes que a mancha de leo atinja reas crticas em termos de valor ecolgico e scioeconmico. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS PERTURBAO DE ORGANISMOS AQUTICOS FASE DE PRODUO Atividades de Rotina das Unidades de Produo Mitigadoras Preventivas

No foram propostas medidas que venham mitigar este impacto, pois foi considerado que a extenso das reas para evaso de organismos aquticos que possam ser perturbados pelo rudo e luminosidade das atividades de rotina das unidades so grandes. Os atributos associados a este impacto (fraca magnitude, local e temporrio) no justificariam a adoo de medidas que venham a mitig-los. Lembra-se, inclusive, que a luminosidade funcionaria para alguns organismos, lulas porRT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 5/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

exemplo, tambm como atratores, aumentando a diversidade local. O Programa de Monitoramento Ambiental permitir avaliar eventuais alteraes na biota decorrente deste impacto. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS INTERFERNCIA NO AMBIENTE PELO DESCARTE DE GUA DE PRODUO FASE DE PRODUO Atividades de Rotina das Unidades de Produo Compensatrias

Como medida compensatria pode-se relacionar a necessidade de um melhor acompanhamento dos efeitos destes descartes, atravs da implementao de Programa de Monitoramento Ambiental que privilegie amostragens a montante e a jusante das unidades, em relao ao sentido de deslocamento preferencial da corrente de superfcie, de forma a avaliar o comportamento dos parmetros fsicos, qumicos e fsico-qumicos e das comunidades pelgicas ao longo da pluma terica de disperso da gua de produo e da coluna dgua. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS ALTERAO DA QUALIDADE DO AR FASE DE PRODUO Atividades de Rotina das Unidades de Produo Mitigadoras Preventivas

Realizao de manuteno preventiva e operao adequada do flare e demais equipamentos com potencial para gerao de emisses atmosfricas. A proposio para o melhor conhecimento destas emisses faz parte do Projeto de Gerenciamento de Emisses Atmosfricas apresentado no item 7.2.2.1 deste relatrio. Este conhecimento poder subsidiar, no futuro, uma melhoria nos procedimentos de gerenciamento das emisses atmosfricas. No Projeto de Gerenciamento de Emisses Atmosfricas esto previstas as seguintes aes: - Caracterizao do gs associado (produzido junto ao leo), queimado na unidade; - Acompanhamento da operao do flare, atravs do envio ao IBAMA de smula do relatrio de inspeo e manuteno deste equipamento, bem como a notificao quanto a eventos ou anomalias operacionais, que possam redundar na alterao do perfil normal de emisses; - Inventrio das emisses atmosfricas de gs exausto, com base em fatores de emisso, contemplando os poluentes CO2, CO, NOx e SOx. - Anlise do impacto das emisses atmosfricas da P-34 atravs da modelagem da pluma de gs exausto da unidade, com base em modelo gaussiano de disperso. Desta forma, espera-se que a implementao deste projeto venha minimizar o impacto referentes alterao da qualidade do ar pelo descarte de emisses para a atmosfera.

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7.2.2

MEIO SOCIOECONMICO

Apresentam-se a seguir as medidas mitigadoras preventivas e corretivas, bem como as medidas potencializadoras propostas para o empreendimento Jubarte Fase 1 referentes ao meio socioeconmico. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS GERAO DE EXPECTATIVAS FASE DE PLANEJAMENTO E MOBILIZAO Deciso pela Implantao do Empreendimento Mitigadoras Preventivas

Tanto para as situaes de natureza positiva deste impacto, como para aqueles de natureza negativa, importante que se desenvolva e seja implementado um Projeto de Comunicao Social para atender s necessidades de esclarecimentos das populaes de um modo geral, informando sobre as caractersticas do empreendimento, suas relaes com as prefeituras da rea de influncia, sobretudo dos municpios localizados no sul do estado do Esprito Santo, e suas demandas em relao mo de obra e servios. Este Projeto encontra-se detalhado neste captulo do presente documento, e est direcionado aos diferentes pblicos existentes na rea. Este Projeto dever ser realizado para os vrios pblicos envolvidos com os diversos tipos de expectativas identificadas, permitindo os esclarecimentos necessrios para dissipar as expectativas j existentes, alm de favorecer uma integrao entre a comunidade e o empreendimento. Este projeto encontra-se detalhado neste captulo do presente documento. Tambm poder contribuir para a reduo das expectativas geradas no s por este empreendimento, mas pelo conjunto das atividades e perspectivas de produo offshore na Bacia do Esprito Santo, que os veculos de comunicao do estado tratem o potencial petrolfero do estado de forma mais realista e esclarecedora, sobretudo quanto ao prazo para implantao de novos projetos de produo em reas offshore, que, como se sabe, demandam, em mdia, 6 anos para se concretizarem. Neste sentido, a mdia tambm poder contribuir para a reduo das expectativas criadas pela indstria petrolfera no estado. No tocante ao potencial impacto positivo originado na tendncia do surgimento de indstrias e empresas de servios na rea de influncia do empreendimento, visando o atendimento s necessidades atuais e futuras originadas a partir do desenvolvimento das atividades petrolferas no estado do Esprito Santo, dever ser esclarecido junto s associaes que aglutinam estes empresrios a real potencialidade do setor, de forma que a expectativa gerada se torne de fato um impacto positivo atravs do incremento destes segmentos industrial e de servios.

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IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS

ATRAO DE POPULAO FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Mitigadoras Preventivas

Com a finalidade de evitar ou minimizar a migrao de populao que possa ser atrada pelo empreendimento, reafirma-se a necessidade de se estabelecer um Projeto de Comunicao Social bastante amplo e aberto, de forma a esclarecer o empreendimento aos moradores das comunidades dos municpios da rea de influncia e seus vizinhos, para que, alm de se conscientizarem das reais necessidades de mo de obra, se tornem tambm multiplicadores e disseminadores de informaes as pessoas que residem em outras regies. Tambm visando reduo da atrao de populaes aos municpios da rea de influncia, dever ser dada preferncia na contratao de mo de obra local. Para melhor atendimento a este quesito, torna-se necessria a intensificao dos cursos de treinamento e formao de mo de obra j oferecidos na rea. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS GERAO DE CONFLITOS FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Mitigadoras Preventivas

A implementao do Projeto de Comunicao Social, contendo os devidos esclarecimentos s populaes potencialmente atingidas pelo empreendimento, de grande importncia para que os potenciais conflitos possam ser reduzidos. A partir da implementao do Projeto de Comunicao, as partes envolvidas em eventuais conflitos decorrentes do empreendimento devero discutir em um espao comum, permitindo que segmentos da sociedade se manifestem diante do empreendedor, de forma a se obter a melhor forma de equacionar tais conflitos, ou, no mnimo, gerenci-lo de maneira satisfatria s partes envolvidas. de fundamental importncia o esclarecimento das atividades a serem desenvolvidas na Fase 1 do empreendimento Jubarte, especialmente comunidade mais diretamente afetada pela explorao petrolfera, representada pelas associaes e colnias de pescadores. Mesmo as atividades iniciais da explorao petrolfera, principalmente os levantamentos ssmicos, devero ser enfocados, de forma a mostrar sua importncia para a atividade, seus impactos e as medidas adotadas para a minimizao destes. Esclarecimentos acerca das medidas a serem adotadas em caso de derramamento acidental de leo tambm devero se efetuados no sentido de atenuar as expectativas e os conflitos. As medidas de segurana no trabalho e no transporte de produtos e resduos atravs de rebocadores supply tambm tendem a reduzir os conflitos, visto que reduzem a probabilidade de ocorrncia de acidentes.

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IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS

RISCO DE ACIDENTES COM TRABALHADORES EMBARCAES FASE DE PRODUO Transporte de Insumos e Equipamentos por Rebocadores Mitigadoras Preventivas

E

Inicialmente deve ser ressaltada a importncia da implementao do Plano de Gerenciamento de Risco e do Plano de Emergncia Individual elaborados especificamente para a unidade FPSO P-34, apresentados no presente documento. Estes dois planos possuem carter preventivo e corretivo, respectivamente. A Petrobras j desenvolve aes voltadas para a segurana do trabalhador, atendendo s normas do Ministrio do Trabalho, tendo inclusive em seu escopo, atividades de treinamento e capacitao. Alm disso, ainda como medida preventiva, est sendo proposto o Projeto de Treinamento dos Trabalhadores, que alm da parte voltada para as questes ambientais tem-se ainda a parte de segurana do trabalhador. Com a finalidade de diminuir os riscos de acidentes, inclusive martimos, a empresa dever aplicar e exigir que sejam aplicadas, pelos seus fornecedores, as normas de segurana cabveis a cada atividade a ser executada, sobretudo os preceitos e regulamentaes vigentes para o trnsito martimo. A exigncia de aplicao de normas de segurana resulta em medida prioritria para a preservao de vidas e bens materiais. Esta postura contribui tambm para a criao de um bom ambiente de trabalho, proporcionando segurana e confiana aos operadores e evitando o stress dos integrantes das diversas equipes envolvidas com as atividades de produo e suporte ao empreendimento. Neste sentido, caso necessrio, a empresa dever desenvolver um treinamento com operadores de embarcaes, com objetivo de reduzir os riscos de acidentes ao longo das rotas de rebocadores que possam promover a perda de bens materiais dos pescadores que realizam a pesca tradicional. O Projeto de Comunicao Social constitui-se tambm em uma medida mitigadora deste impacto, uma vez que, a correta informao sobre o empreendimento s associaes de pescadores e setores de navegao, no que se refere ao incremento das atividades na rea e o conseqente aumento do trfego martimo, contribui para diminuir conflitos e probabilidade de riscos de acidentes de vrios tipos. Com relao a acidentes com gasodutos ou oleodutos, cabe lembrar que na Fase 1 de Jubarte no sero implantados dutos para escoamento da produo, sendo o leo escoado por navios aliviadores, e o gs natural queimado no flare da unidade P-34. Com relao aos equipamentos no interior da unidade devem ser implantadas aes voltadas para a manuteno dos mesmos (preditiva, preventiva e corretiva).

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IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS

SOBRECARGA DE ESTRADAS DE ACESSO AO PORTO DE SUPPLY FASE DE PRODUO Transporte de Insumos e Equipamentos por Rebocadores Mitigadoras Preventivas

Visando atenuar a sobrecarga das estradas de acesso ao porto da Companhia Porturia de Vila Velha, e sobretudo o risco decorrente desta sobrecarga dever ser implantado um controle de itinerrios dos veculos de acesso ao porto, bem como uma sinalizao adequada, especialmente em locais de maior fluxo de veculos e nos acessos mais utilizados pelos veculos de carga. O Poder Pblico dever ainda executar obras de melhorias nas vias de maior utilizao, alm de promover regularmente a manuteno das mesmas. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS DERRAMAMENTO DE LEO COM PREJUZOS PESCA E AO TURISMO FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Mitigadoras Preventivas, Corretivas e Compensatrias

Este impacto negativo, que poder atingir uma forte magnitude, dever contar inicialmente com medidas preventivas que procurem evitar a ocorrncia de acidentes. Caso ocorrido, as aes corretivas devero ser imediatamente implantadas, e por fim, se necessrio, a empresa dever ainda arcar com medidas compensatrias de forma a ressarcir danos materiais causados a terceiros, notadamente aos setores de pesca e turismo, que se apresentam com maior probabilidade de sofrerem os maiores danos. Dentre as medidas mitigadoras preventivas destacam-se a aplicao das normas de segurana com a finalidade de diminuir os riscos de acidentes. Assim, a empresa dever aplicar e exigir que sejam aplicadas pelos seus fornecedores, as normas de segurana cabveis cada atividade a ser executada. Para tal, deve-se proceder aos devidos treinamentos aos operadores embarcados, para que, em situaes de emergncia seja preservada a integridade e estabilidade do FPSO P-34, alm de preservar tambm as vidas humanas do pessoal embarcado. Paralelamente, tambm como medida mitigadora preventiva, dever ser implementado o Plano de Gerenciamento de Riscos para a unidade FPSO P-34, conforme apresentado no Volume II do presente estudo. Como medida mitigadora corretiva a unidade dever sempre manter atualizado o seu Plano de Emergncia Individual, alm de treinamento em seus principais itens, atravs de simulados que confirmam, de fato, a sua aplicabilidade e, sobretudo, sua eficincia. Da mesma forma, a empresa dever manter seus Centros de Defesa Ambiental ou Centros de Recursos de Emergncia dotados de equipamentos de combate a poluio por leo no mar que estejam sempre aptos a entrar em operao, de forma a combater a disperso da mancha e recuperao mxima do volume de leo derramado. Da mesma forma, dever haver a preparao de um efetivo local, envolvendo a Polcia Militar, a Polcia Civil e o Corpo de Bombeiros para atuar em caso de derramamento, de forma imediata.RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 10/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

Como medida compensatria, caso as medidas mitigadoras preventivas e corretivas no sejam suficientes para evitar danos materiais, deve ser prevista a adoo de compensaes, atravs de indenizaes e apoio especfico comunidade pesqueira eventualmente atingida, como por exemplo, a substituio de redes e outros equipamentos danificados pelo produto derramado e pagamento de dirias compatveis, referentes ao perodo de afastamento da atividade. Para tal, a empresa deve sempre possuir um cadastro do nmero de pescadores profissionais que atuam junto as colnias e associaes de pesca em sua rea de influncia. Da mesma forma, caso o derramamento de leo atinja regies do litoral sob intensa explorao turstica, dever ser discutido o ressarcimento dos eventuais prejuzos do setor ligado ao turismo, alm de priorizadas as iniciativas de limpeza das reas atingidas, que devero utilizar preferencialmente a mo de obra ligada ao setor de turismo. Outras medidas compensatrias podero ser previstas aps avaliao da extenso dos prejuzos a estas atividades produtivas, bem como em funo daqueles provocados ao meio ambiente. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS PROBLEMAS DE SADE OCUPACIONAL FASE DE PRODUO Atividades de Rotina da Plataforma Mitigadoras Preventivas e Corretivas

A Petrobrs j desenvolve, de forma preventiva, aes voltadas para a sade do trabalhador, atendendo s normas reguladoras do Ministrio do Trabalho, as quais incluem treinamentos e capacitao nas atividades correlatas aos seus empreendimentos. Neste sentido, a Petrobrs dever exigir de suas empresas contratadas para execuo de servios em reas offshore o mesmo tipo de treinamento e capacitao. Da mesma forma, os exames peridicos realizados pela empresa contribuem de forma preventiva para a identificao e diagnstico precoce de eventuais distrbios ou problemas de sade ocupacional dos trabalhadores. A adoo das medidas relativas manuteno de uma boa convivncia a bordo, de um trabalho realizado de forma cooperativa, e de perodos de lazer e descanso ainda a bordo, visa, dentre outros objetivos, a reduo da ocorrncia de doenas ocupacionais, em cuja atividade existe uma maior ocorrncia. Estas iniciativas resultam em uma maior aceitao das dificuldades impostas pelo tipo de trabalho, tendendo a funcionar como uma compensao. De forma corretiva, quando diagnosticado problemas de sade ocupacional em qualquer funcionrio da empresa ou de suas contratadas, o mesmo dever ser afastado de suas atividades, recebendo, se necessrio, o devido acompanhamento por profissionais de servio social da empresa.

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IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS

INTENSIFICAO DAS DESIGUALDADES REGIONAIS FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Compensatrias

A rigor, no existem medidas preventivas para este impacto, uma vez que o posicionamento de cada municpio em relao linha de costa se trata de uma questo geogrfica, associado a uma questo legal referente distribuio dos royalties. Por outro lado, a localizao das sedes operacionais da empresa operadora em municpios litorneos ocorre em funo das facilidades operacionais e de logstica. Todavia, cabe ressaltar que poder se constituir em medida compensatria, por parte do Poder Pblico Estadual, a compensao dos municpios interiores e menos favorecidos economicamente, em funo do distanciamento da linha de costa, atravs de estmulos especficos a estas regies ou atravs de investimentos diretos nestes municpios no privilegiados pelo recebimento direto dos royalties do petrleo. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS DEMANDA POR BENS E SERVIOS FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Potencializadoras

Como principal medida potencializadora para este impacto deve-se priorizar a contratao de servios e a aquisio de bens nos municpios que compem a rea de influncia do empreendimento, ou mesmo em outros municpios pertencentes aos estados do Esprito Santo e Rio de Janeiro. A concretizao desta priorizao ir potencializar o impacto positivo provocado pelo empreendimento, atravs da estimulao dos setores comercial e de servios, que podem, por sua vez, estimular a produo nos demais setores da economia. Desta forma haver ainda um estmulo economia no mbito de influncia do empreendimento, onde forem realizados seus negcios. Deve-se considerar que esta priorizao vincula-se capacidade que estes mercados possuam de suprir as demandas dentro de suas especificidades. De modo geral, a prpria sociedade vem se mobilizando para atender estas demandas, algumas vezes atravs de incentivos das prefeituras, entretanto, devido a especificidade dos servios prestados, muitas vezes no possvel o atendimento a esta diretriz. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS AUMENTO DA PRODUO NACIONAL DE PETRLEO FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Potencializadoras

No foram previstas medidas potencializadoras para este impacto. Ressalta-se que dentre os objetivos principais do empreendimento encontra-se contemplado o aumento da produo nacional de hidrocarbonetos.

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IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS

GERAO E DISTRIBUIO DE ROYALTIES FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Potencializadoras

Embora no tenha sido proposta nenhuma medida potencializadora especfica para este impacto positivo, a populao dos principais municpios arrecadadores deste recurso financeiro deve ter cincia desta arrecadao pelo seu municpio, de forma a poder acompanhar, e, se necessrio, cobrar do Poder Pblico Municipal a aplicao destes recursos financeiros gerados pelos royalties em infra-estrutura, servios bsicos e projetos sociais. Acrescente-se ainda que o Projeto de Comunicao Social, na medida em que esclarece a populao, contribui para informar o cidado, qualificando-o para participar nos espaos de deciso para a gesto de interesses coletivos. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS GERAO DE EMPREGOS FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Potencializadoras

Como medida potencializadora deste impacto cita-se a contratao de servios e a compra de produtos no estado, na regio e nos municpios da rea de influncia do empreendimento, que iro resultar na gerao, direta e indireta, de postos de trabalho, contribuindo com a reduo do nmero de desemprego. A potencializao deste impacto se dar na medida em que o empreendedor aumente suas demandas nas respectivas reas acima citadas, devendo aumentar o volume de negcios e conseqentemente, dispondo mais postos de trabalho, seja direta ou indiretamente. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS GERAO DE TRIBUTOS FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Potencializadoras

Priorizar a compra de bens e a contratao de servios nos municpios da rea de influncia do empreendimento, na regio e no estado ser a melhor forma de potencializar o impacto positivo da gerao de tributos decorrentes da produo de petrleo na costa do estado do Esprito Santo. Estas aquisies de produtos e contratao de servios acarretam o pagamento de tributos de diversas ordens, seja ICMS, ISS, IPI, dentre outros que determinam um acrscimo na arrecadao federal, estadual e municipal, a depender do tipo de tributo gerado. Cabe destacar que esta aquisio de produtos e de servios nos municpios ou no estado do Esprito Santo dever ter prioridade desde que disponveis os itens requeridos.

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IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS

GERAO DE RENDA E ESTMULO ECONOMIA FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Potencializadoras

Como medida potencializadora para este impacto positivo recomenda-se que seja dada prioridade a contratao de mo de obra local, bem como compra de produtos e a contratao de servios nos municpios da rea de influncia do empreendimento. A aquisio de produtos e de servios contribuir para aumentar a gerao de recursos dentro dos municpios da rea de influncia, estendendo-se estes benefcios para a regio e o estado onde estes se localizam, incorrendo no acrscimo da renda e a uma dinamizao da economia nestas reas. importante se ressaltar que, o fato de o empreendimento se localizar no estado do Esprito Santo, determina, por si s, a potencializao das vantagens comparativas regionais e estaduais, o que coloca o estado no contexto de disputa por empreendimentos, especialmente nas atividades afins explorao petrolfera, ao nvel nacional. Considerando-se que a gerao de renda provm da adoo de recursos nos negcios realizados na contratao de pessoal, de servios e da compra de produtos e o conseqente pagamento de taxas e impostos, conclui-se que quanto maior o volume de negcios realizados no estado e nos municpios, maior a gerao de renda proveniente da atividade nestes locais. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS DESENVOLVIMENTO TECNOLGICO PARA PRODUO DE LEO PESADO FASE DE PLANEJAMENTO Deciso pela Implantao do Empreendimento Potencializadoras

Uma vez comprovada a eficincia e a viabilidade comercial do uso da tecnologia para produo de leo pesado em guas profundas, a medida potencializadora para este impacto ser a implantao de Sistemas Definitivos de Produo de petrleo, tanto no prprio campo de Jubarte, como nas demais reas das bacias de Campos, Esprito Santo e Santos onde existem reservatrios contendo leos com estas caractersticas. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS FORTALECIMENTO DA INDSTRIA PETROLFERA E NAVAL FASE DE PLANEJAMENTO Deciso pela Implantao do Empreendimento Potencializadoras

A melhor medida potencializadora para este impacto positivo consiste em priorizar a aquisio de equipamentos originrios destas indstrias, petrolfera e naval, bem como os reparos e manutenes nos equipamentos e embarcaes no Brasil, contribuindo para o contnuo fortalecimento destes segmentos industriais do pas.RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 14/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS

DEMANDA DE REAS PARA DISPOSIO DE RESDUOS FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Mitigadoras Preventivas

A principal medida mitigadora para este impacto consiste em procurar ao mximo o atendimento ao preconizado nos procedimentos constantes no Plano Diretor de Resduos da UN-ES, onde se encontra estabelecida a necessidade de minimizar, reciclar e reutilizar ao mximo os resduos resultantes das atividades petrolferas, minimizando a necessidade de novas reas para disposio de resduos. IMPACTO FASE ATIVIDADE MEDIDAS TRANSFORMAO NO PERFIL PRODUTIVO ESPRITO SANTO FASE DE PRODUO Permanncia das Unidades de Produo no Campo de Jubarte Potencializadoras DO

Considerando-se que o perfil produtivo do estado do Esprito Santo ser alterado de forma positiva, onde se ter um novo ingrediente a dividir com a indstria de transformao j implantada (celulose e siderurgia, principalmente), as medidas potencializadoras deste impacto devero se orientar no sentido de maximizar este impacto, reduzindo-se os potenciais impactos negativos e conflitos que podero surgir com o crescimento da indstria petrolfera no estado. Neste sentido, o governo estadual dever participar mais ativamente das principais decises deste setor, orientando e direcionando, por exemplo, a escolha dos locais das bases operacionais da empresa, como a futura sede da UN-ES, os futuros portos de supply, o parque de tubos e outras instalaes, de forma que sejam evitados conflitos com outras atividades e mesmo com os interesses de crescimento ou preservao ambiental dos municpios aonde estas instalaes vierem a se implantar.

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7.3

PROJETOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO

Com base nas atividades e interferncias previstas para as fases de planejamento e mobilizao, implantao e produo do empreendimento em questo, bem como na anlise de impactos ambientais, desenvolvida no presente Estudo de Impacto Ambiental e nas suas respectivas medidas mitigadoras, foram desenvolvidos os Projetos Ambientais constantes deste item, que se encontram descritos a seguir. 7.3.1 PROJETO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL

1) JUSTIFICATIVA A instalao e operao de uma unidade de produo de hidrocarbonetos uma atividade com potencial poluidor, desta forma, faz-se necessrio o acompanhamento de seus impactos potenciais na regio ocenica, decorrentes das atividades de descarte de gua de produo, guas de resfriamento, guas de lavagem e chuva e de derrames acidentais de leo. Visando o atendimento ao Termo de Referncia ELPN/IBAMA N 005/03 foi elaborado o presente Projeto de Monitoramento Ambiental baseado em especificaes tcnicas desenvolvidas pela equipe do CENPES que esto sendo realizadas em outros campos e unidades da Petrobras na Bacia de Campos. Os autores deste Projeto de Monitoramento procuraram adaptar as especificaes tcnicas para o monitoramento do ambiente pelgico e bentnico da rea de Influncia Direta da unidade de Produo FPSO P-34. Desta forma, tem-se o objetivo de procurar unificar os procedimentos de monitoramento ambiental visando obteno de dados cientficos potencialmente comparveis entre os diversos campos na mesma bacia sedimentar. Neste Projeto so apresentadas a durao, a malha amostral, os parmetros, as metodologias de coleta, preservao e de anlise, entre outros comentrios, que devero ser desenvolvidos no Monitoramento Ambiental da unidade de produo FPSO P-34. Com o monitoramento proposto, pretende-se fornecer elementos tcnicos e cientficos para acompanhar os eventuais impactos previstos no EIA/RIMA e subsidiar a tomada de deciso quanto gesto ambiental do empreendimento. 2) OBJETIVOS - GERAL O presente programa ter como objetivo principal identificar e avaliar os possveis efeitos no meio ambiente oriundos da atividade de produo de hidrocarbonetos, nas reas de influncia direta da unidade FPSO P-34.

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- ESPECFICOS - Avaliar as qualidades fsicas e qumicas da gua do mar; - Avaliar a composio qumica e granulomtrica do sedimento e a comunidade bentnica; - Monitorar as variaes quali-quantitativas das comunidades planctnicas e nectnicas com relao a sua distribuio espacial e temporal; - Caracterizar atravs de ensaios fsicos, qumicos e ecotoxicolgicos a gua produzida e o leo produzido com os organismos-teste Mysidopsis juniae e Lytechinus variegatus. 3) METAS As principais metas so: A) Dispor de informaes sobre as caractersticas da qualidade da gua e da comunidade biolgica na rea de influncia direta, durante a fase de operao da unidade de produo FPSO P-34; B) Fornecer informaes sobre o nvel de influncia do empreendimento sobre o meio ambiente marinho; C) Dispor da caracterizao fsico-qumica e ecotoxicolgica da gua e do leo produzidos pela unidade FPSO P-34. As metas citadas acima, juntamente com os indicadores ambientais, encontram-se organizadas na Tabela 7.3.1-1. 4) INDICADORES DE IMPLEMENTAO DAS METAS A Tabela 7.3.1-1 apresenta a descrio detalhada dos indicadores ambientais.

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Tabela 7.3.1-1: Resumo das metas e indicadores ambientais descritos. Neste quadro esto apresentados os procedimentos adotados para atendimento da meta e prazo para concluso dos mesmos.Metas Indicadores ambientais associados Procedimento para atendimento da meta meta Realizao de coletas em todas as Caractersticas hidrobiolgicas estaes determinadas em duas ndices relativos estrutura da campanhas (perodo seco/chuvoso), comunidade pelgica Variao temporal e espacial da anlise das amostras e elaborao do comunidade biolgica pelgica relatrio consolidado Avaliao dos organismos incrustantes Realizao de avaliao fotogrfica das estruturas fixas da unidade, anlise de amostras e elaborao do da unidade relatrio consolidado Caractersticas fsico-qumicas do Realizao de coleta em todas as sedimento estaes determinadas em uma nica ndices relativos estrutura da campanha para caracterizao geral comunidade biolgica bentnica Variao espacial da comunidade do ambiente bentnico anlise das Prazo para atendimento da meta 12 meses aps a concesso da licena ambiental

A

12 meses aps a concesso da licena ambiental

12 meses aps a concesso da licena ambiental

B

amostras e elaborao do relatrio biolgica bentnica Caractersticas hidrobiolgicas Realizao de coletas em todas as ndices relativos estrutura da estaes determinadas em duas comunidade biolgica pelgica campanhas (perodo seco/chuvoso), Variao temporal e espacial da anlise das amostras e elaborao do 12 meses aps o descarte de comunidade biolgica pelgica relatrio consolidado gua produzida atingir Bioacumulao nos organismos Realizao de coleta de organismos 3 1.000m /dia nas estruturas fixas da unidade P-34, anlise de amostras e elaborao do incrustantes da plataforma Ecotoxicidade do leo produzido relatrio consolidado Realizao de testes de ecotoxicidade 6 meses aps a concesso da licena ambiental

C

com amostras do leo produzido Caracterizao fsico-qumica na gua Realizao de ensaios para 6 meses aps o incio do caracterizao fsico-qumica da gua descarte de gua produzida produzida produzida Ecotoxicidade da gua produzida Realizao de ensaios para avaliao 6 meses aps o incio do descarte de gua produzida da ecotoxicidade da gua produzida

5) PBLICO-ALVO Este projeto tem como pblico alvo os rgos de fiscalizao ambiental, a comunidade cientfica e a sociedade em geral. 6) METODOLOGIA O Projeto de Monitoramento Ambiental da unidade FPSO P-34 dever se iniciar aps obteno da Licena de Operao, sendo composto por duas campanhas anuais, correspondentes aos perodos de inverno e vero. Estas campanhas sero desenvolvidas a cada trs anos, isto , para cada ano de monitoramento tem-se um perodo de dois anos sem realizao de campanhas. Assim, para Fase 1 de desenvolvimento do campo de Jubarte prev-se a realizao de 4 campanhas de monitoramento 2 no primeiro ano e mais 2 no quarto ano de produo. Esta periodicidade, a princpio se justifica pela homogeneidade do efluente a ser descartado, pelo aumento gradativo dos volumes de gua produzida a ser descartada, associado ainda ao fato de que as alteraes passveis de ocorrerem no ambiente se manifestarem a mdio e longo prazo.RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 18/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

Certamente, os resultados do primeiro ano de campanha, ao serem confrontados com os dados de background j existentes, permitiro a confirmao da sugesto de periodicidade apresentada anteriormente. Caso contrrio, aps este primeiro ano, a periodicidade sugerida poder ser alterada. Ressalta-se que a periodicidade acima proposta refere-se ao monitoramento do ambiente marinho. Com relao a caracterizao fsico-qumica e ecotoxicolgica da gua e do leo produzidos no FPSO P-34, sugere-se a realizao de apenas duas campanhas no primeiro ano, no havendo necessidade de sua manuteno peridica, uma vez que no se espera alteraes significativas na qualidade dos mesmos. Observa-se que o foco do monitoramento ser o entorno da unidade FPSO P-34, tendo o monitoramento as seguintes caractersticas: Prazo para Realizao da Primeira Campanha de Amostragem: at 6 meses aps a emisso da Licena de Operao. Ressalta-se que a segunda campanha de amostragem dever ser realizada 6 meses aps a primeira campanha.

6.1) Estratgia Amostral - QUALIDADE DA GUA - Estaes: As amostras de gua devero ser coletadas em 12 (doze) estaes distantes da plataforma a 100, 500, 1.000 e 3.000 m, como apresentada na Figura 7.3.1-1. - Profundidade de coleta: Sero coletadas amostras na superfcie, na termoclina, abaixo e acima desta (50% da profundidade da termoclina para cima ou para baixo) a 50, 100, 150 e 200 m. Nas estaes centrais dever ser coletada gua tambm nas profundidades de 10, 20, 30 e 40 metros. - SEDIMENTO E BENTOS O sedimento e o bentos sero coletados, em uma nica vez, ou seja, em uma nica campanha de amostragem, em todas as estaes, distribudas no entorno da unidade FPSO P-34. - REAS CONTROLE Como a avaliao do bentos ter uma abordagem exploratria, para reconhecimento das caractersticas da rea no entorno do FPSO P-34, no ser necessrio o estabelecimento de rea controle. Para a avaliao do compartimento pelgico (plncton, qualidade da gua e ncton) ser determinada uma estao-controle apenas, localizada montante da rea de influncia direta. NECTOFAUNA As amostras da ictiofauna sero obtidas por pesca de espinhel, a ser realizada na estao 1 e na estao 3, a jusante desta com relao as correntes predominantes. 6.2) Procedimentos de Coleta e Anlise - GUA As amostras de gua devero ser obtidas com uma garrafa de Niskin (revestida com teflon) em cada profundidade amostrada. A exceo refere-se s amostras para anlises de contaminantes orgnicos (hidrocarbonetos e fenis), devendo esta ser realizada em garrafa do tipo Go-Flo teflonada.RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 19/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

390500 7651500

391000

391500

392000

392500

393000

393500

394000

394500

395000

395500

396000

396500 7651500

CONTROLE7651000 7651000

1

# S#

3000m

7650500

7650500

-1300

-12007650000

7650000

117649500

# S#

3000m

1000m 8

# S

500m

5 #

# S6

100m 2

# S P-34 ## SS3 4

# S#

7649500

# S#

7

7649000

9

# S10

7649000

# S

7648500

7648500

7648000

7648000

Projeo : UTM Datum : SAD69 - Fuso 24 S Escala : 1:20.000

7647500

12

# S#

7647500

7647000

# S#390500 391000 391500 392000 392500 393000

# S Pontos de coleta de gua # S Arrastos de zooplncton e ictioplncton#

Cotas Batimtricas

7647000

Coleta de fitoplncton

13

Sentido das correntes predominantes7646500 395000 395500 396000 396500

7646500

393500

394000

394500

FIGURA 7.3.1-1 : Malha Amostral para o monitoramento ambiental na rea de influncia do FPSO P-34.

PARMETROS Temperatura* Salinidade* Condutividade* Transparncia* PH* Oxignio Dissolvido* Fosfato

Nitrito

Estimado a partir do desvio padro e do fator de calibrao Nitrato Niskin ( 1L congelamento) Reduo em coluna de Cd-Cu Estimado a partir do seguido de diazotao desvio padro e do fator (Grasshoff et al., 1983) de calibrao Nitrognio amoniacal Niskin ( 1L congelamento) Mtodo azul de indofenol Estimado a partir do (Parsons et al., 1984) desvio padro e do fator de calibrao Silicato Niskin (1L congelamento) Mtodo silicomolibdico Estimado a partir do (Grasshoff et al., 1983). desvio padro e do fator de calibrao Material particulado em suspenso Niskin (2L; filtrao em fibra de Mtodo gravimtrico vidro 0,45 m e filtros armazenados # MPS1 na geladeira) Carbono orgnico dissolvido Filtrado obtido aps a filtrao do Filtrado novamente COD1 MPS acidificado com cido acidificado e submetido fosfrico oxidao cataltica em alta # (armazenados na geladeira) temperatura Carbono orgnico Mesmos filtros utilizados no MPS Filtros acidificados e oxidados Particulado COP1 atravs de combusto # HPAs 16 prioritrios2 Go-Flo (1,7 L - extrao com diclorometano) EPA 8270C 2ng.L-1 Unesco (1984) (CG-EM) (preservao em geladeira) EPA - 8015 n-alcanos2 (CG-FID) 48ng.L-1 Sulfetos Fenis Clorofila-a1 Niskin (preservao com acetato de zinco e conservao em geladeira) Go-Flo (preservao com cido sulfrico e conservao em geladeira) Niskin (2 4 L; filtrao em membranas de celulose 0,45 m e filtros congelados) Standard Methods no. 4500 0,01 mg/l

METODOLOGIA DE COLETA METODOLOGIA E PRESERVAO ANALTICA CTD (perfilagem contnua) at # 200m de profundidade CTD (perfilagem contnua) at # 200m de profundidade CTD (perfilagem contnua) # Disco de Secchi # Potenciometro # Niskin (primeira amostrada Mtodo de Winkler drenada) Niskin ( 1L congelamento) Ortofosfato mtodo fosfomolibdico e Fosfato total digesto em meio cido e anlise pelo mtodo anterior (Grasshoff et al., 1983) Niskin ( 1L congelamento) Mtodo da diazotao (Grasshoff et al., 1983)

LIMITE DE DETECO # # # # # # Estimado a partir do desvio padro do branco e do fator de calibrao

mtodo SMWWE com 1g/l separao de troca inica Extrao acetona 90%, uso de 0,02 g.L-1 espectrofotmetro (Mattos, 2001).

* Anlises ou medies que devem ser feitas a bordo do Navio. 1 Filtrao deve ser realizada a bordo 2 Extrao do material deve ser feita a bordo

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- PLNCTON FITOPLNCTON Amostras de gua devero ser coletadas com garrafa de Niskin. Para cada profundidade estabelecida dentro da massa de gua tropical, devero ser coletadas 2 a 4 L de gua e imediatamente fixados com formaldedo a 2% neutralizado com brax. Em laboratrio, as amostras devero ser analisadas, seguindo o mtodo de sedimentao (Utermhl, 1958). A anlise do microfitoplncton dever ser realizada com identificao em nvel de classe, famlia, gnero ou at espcie, sempre que possvel. Os tipos devero ser desenhados ou fotografados para que, aps possvel identificao, as informaes possam ser futuramente resgatadas e atualizadas. ZOOPLNCTON As coletas sero realizadas atravs de arrastos horizontais de sub-superfcie, dentro da massa de gua tropical (AT), utilizando rede cilndrico-cnica de 200 m de abertura de malha, com fluxmetro acoplado na boca da rede. Imediatamente aps a coleta o material dever ser fixado e conservado em formaldedo diludo a 4% em gua do mar e tamponado. Em laboratrio, os organismos zooplanctnicos devero ser contados e triados sob microscpio estereoscpico. Na triagem as amostras podero ser fracionadas com o auxlio de um fracionador (Folsom Plankton Sample Splitter). Os organismos devero ser triados at um limite mnimo de 100 indivduos (Frontier, 1981) por grupo. Para a triagem de Copepoda dever ser utilizado o mtodo de subamostras com subamostrador de volume conhecido (10 mL). A identificao dos grupos dever ser feita sob microscpio estereoscpico e microscpio. Os organismos coletados devero ser identificados no menor nvel taxonmico possvel. ICTIOPLNCTON Para a coleta de ovos e larvas de peixes as amostragens devero ser realizadas de preferncia ao entardecer. O ictioplncton dever ser coletado atravs de arrastos oblquos, atravs da estratgia superfcie-termoclina-superfcie dentro da massa de gua tropical (AT), utilizando rede do tipo bong, cilndrico-cnica com abertura de malha de 500 m e equipada com um depressor e um fluxmetro para estimar o volume de gua filtrada. Aps as coletas, imediatamente, as amostras devero ser fixadas com formaldedo diludo 4%, preparado com gua do mar e tamponado. Em laboratrio, os ovos e larvas de peixes devero ser totalmente triados sob microscpio estereoscpico. O nmero de indivduos coletados devero ser extrapolado para um volume padro de 100 ind. m-3. As larvas de peixes devero ser identificadas com auxlio de microscpio estereoscpico, no mnimo at famlia. Tanto para o fitoplncton quanto para o zooplncton e ictioplncton, devero ser apresentados: a riqueza (S), a densidade (N), a diversidade, atravs do ndice de Shannon-Wiener, (H loge) e o ndice de uniformidade (J), anlise de varincia paramtrica (ANOVA - para verificao daRT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 22/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

diferenas significativas da abundncia dos principais grupos taxonmicos entre a rea impactada e a rea controle, respeitando as variaes entre as massas dgua). SEDIMENTO As amostras de sedimentos devero ser coletadas com Box-corer e a adequao da amostra coletada deve ser averiguada seguindo os seguintes critrios: completo fechamento do Box-Corer; no haver evidncia de lavagem do sedimento superficial; distribuio homognea de sedimento no interior do amostrador; mnima perturbao do sedimento superficial; 15 cm como profundidade mnima da amostra.

Aps o lanamento e recolhimento do aparelho a bordo, a gua da interface com o sedimento dever ser cuidadosamente retirada com um sifo para no causar distrbio na superfcie do sedimento. Para amostragem do sedimento, devem ser retirados mini-testemunhos (cada um com 5x5cm de lado) e cada um deve ser estratificado em: 0-2 cm da camada superficial; 2-5cm e 510cm. Fsico-Qumica do Sedimento Para anlises de metais e hidrocarbonetos deve ser avaliado somente o estrato de 0-2cm. Os demais parmetros fsico-qumicos (granulometria, carbonato, carbono orgnico total , etc.) devem ser analisados por estratos (0-2, 2-5 e 5-10cm). Amostras para anlise de cada parmetro sero obtidas em testemunhos individuais. Amostras de sedimento, para serem utilizadas com contra-provas, devem ser coletadas e armazenadas at a finalizao do relatrio. Os parmetros abaixo devero ser analisados no sedimento coletado, seguindo mtodos padronizados relacionados na tabela. Os laboratrios contatados devero obrigatoriamente apresentar os resultados de controle de qualidade analtica das suas anlises.PARMETROS HPAs 16 prioritrios METODOLOGIA DE COLETA METODOLOGIA E PRESERVAO ANALTICA Recipente de alumnio Para extrao: descontaminado com hexano EPA 3550B Para quantificao: EPA 8270C CG-EM Recipente de alumnio Para extrao: descontaminado com hexano EPA 3550B Para quantificao: UNEP/IOC/IAEA (1992) 200g de sedimento em saco plstico Diferena aps calcinao 200g de sedimento em saco plstico Oxidao via mida 200g de sedimento em saco plstico Diferena aps acidificao # Folk (1968) e 200g de sedimento em saco plstico Silte/argila por pipetagem # 200g de sedimento em saco plstico Espectrometria de absoro Limites de deteco atmica recomendados com base em peso seco (g/g): Al( 5) Fe (5), Ba(1),Cu (0,5),Cr (0,5),Pb (0,5),Cd (0,06) ,Zn (1),Ni (0,8),V(1),Hg (0,01) e Mn(1) LIMITE DE DETECO 1 ng.g-1

n-alcanos

10 ng.g-1

Matria orgnica total Carbono orgnico total Carbonatos Granulometria Metais (Al, Fe,Ba,Cu,Cr,Pb,Cd,Zn,Ni,V,Hg e Mn)

# Deve ser calculado Segundo Skoog&Laery (1992)

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Os procedimentos laboratoriais para anlises de hidrocarbonetos devero seguir as recomendaes das seguintes metodologias: Purificao do extrato (cleanup) com base no mtodo EPA 3630 (fracionamento em coluna) para obteno da F1: frao saturada e F2: frao aromtica. A anlise de n-alcanos, isoprenides (pristano e fitano) e MCNR deve ser realizada na frao de saturados, segundo mtodo EPA 8015B adaptado, utilizando cromatografia gasosa (CG-FID). A anlise dos HPAs e seus homlogos alquilados ser realizada utilizando-se, com algumas adaptaes, os procedimentos adotados no mtodo EPA 8270C, utilizando a tcnica de cromatografia gasosa acoplada espectrometria de massas (CG-EM). As recuperaes dos surrogates sero apresentadas junto com os resultados das amostras. Apresentar todos os cromatogramas e grficos gerados.

-

Quanto aos metais, as determinaes analticas devem ser acompanhadas das anlises de branco e dos materiais certificados de referncia, de maneira que sejam apresentados os percentuais de recuperao da metodologia utilizada para cada metal analisado e o resultado do branco de processo. BENTOS Para amostragem da endofauna bntica deve ser amostrada uma rea mnima de 0,09m2, correspondente a 9 amostras dos mini-corers da colmia do box-corer. As fraes de cada testemunho devem ser fixadas separadamente bordo para melhor conservao das amostras. Deve ser utilizado formol 10% tamponado com brax. Em laboratrio, as amostras devero ser lavadas cuidadosamente em peneiras de 300 m . As fraes de cada um dos nove mini-testemunhos podem ser unidas e lavadas conjuntamente, gerando 3 amostras por Box-corer (0-2, 2-5 e 5-10cm). Os organismos triados devem ser triados sob microscpio estereoscpico, separados em grandes grupos (Mollusca, Crustacea, Annelida, Echinodermata, entre outros) e conservados em lcool a 70% e identificados ao menor nvel taxonmico possvel por especialistas. Devero ser apresentados: a riqueza (S), a densidade (N), a diversidade, atravs do ndice de Shannon-Wiener, (H loge) e o ndice de uniformidade (J), anlise de varincia paramtrica (ANOVA - para verificao da diferenas significativas da abundncia dos principais grupos taxonmicos entre a rea impactada e a rea controle). Devem ser feitas correlaes entre a composio da endofauna e as caractersticas fsico-qumicas do substrato, assim como avaliaes sobre a variao vertical do sedimento coletado em cada estrato. 6.3) Etapas de Execuo

- MOBILIZAO Contratao da equipe tcnica necessria implementao do Programa de Monitoramento

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- DESENVOLVIMENTO O programa ser desenvolvido atravs da realizao das campanhas oceanogrficas, contemplando coletas de amostras e medies in situ, e posteriores, atividades de laboratrio envolvendo a anlise das amostras coletadas, a triagem e identificao dos organismos coletados, atividades de interpretao dos dados e de integrao entre os parmetros mais relacionados. - PRODUTOS Sero produzidos os seguintes padres de documentao: - Relatrios de Campanha: descrio de cada uma das duas campanhas oceanogrficas anuais desenvolvidas durante o monitoramento, apresentando as metodologias empregadas e as coletas realizadas, sinalizando possveis problemas operacionais, alm de tambm contabilizar e descrever as amostras obtidas. - Relatrio Ecotoxicolgico: descrio das caractersticas fsico-qumicas e ecotoxicolgicas do leo produzido pela Unidade e da gua de produo. Sero gerados dois documentos independentes, respeitando o descritivo de metas apresentado no item 5.1.C do presente Programa. - Relatrio Anual Consolidado: descrio de todas as metodologias, resultados obtidos e discusso ao final de cada uma das Fases do Programa de Monitoramento Ambiental, visando o atendimento dos objetivos gerais e especficos expostos. 7) ACOMPANHAMENTO E AVALIAO O Projeto ser acompanhado, atravs de Relatrios Gerenciais Semestrais que informaro sobre o andamento do mesmo e de Relatrios Tcnicos Consolidados Anuais gerados pelas partes executoras, conforme apresentado no subitem 6.3 do presente projeto. A avaliao dar-se- atravs da anlise pela equipe de meio ambiente da UN-ES e por tcnicos da Gerncia de Biotecnologia e Ecossistemas do CENPES. 8) INTER-RELAES COM OUTROS PLANOS E PROJETOS O Projeto de Monitoramento Ambiental estar relacionado diretamente com o Projeto de Controle da Poluio Gerenciamento de Efluentes Lquidos. As informaes obtidas nestes dois programas devero ser analisadas em conjunto. 9) ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGAIS E/OU OUTROS REQUISITOS. No Projeto de Monitoramento Ambiental, devero ser observados os seguintes requisitos legais:

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Lei n. 6.938, de 31.08.81: Dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao, com redao alterada pelas Leis ns. 7. 804/89 e 8.028/90; Lei n. 7.347, de 24.07.85: Disciplina a Ao Civil de Responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, com redao alterada pelas Leis ns. 8.078/90, 8.884/94 e 9.494/97; Lei n. 9.478, de 06.08.97: Dispe sobre a Poltica Energtica Nacional, as atividades relativas ao monoplio de petrleo, institui o Conselho de Poltica Energtica e a Agncia Nacional do Petrleo; Lei n. 9.605, de 12.02.98: Dispe sobre as sanes penais e administrativas decorrentes das condutas e atividades lesivas ao meio ambiente; Decreto n. 83.540, de 04.06.79: Regulamenta a aplicao da Conveno Internacional sobre Responsabilidade Civil de danos provocados por poluio de leo, de 1969; Decreto Legislativo n. 60/95: Conveno Internacional para Preveno da Poluio do Mar Decreto n. 2.508/98: Conveno Internacional para Preveno da Poluio do Mar Portaria IBAMA n. 113, de 25.09.97: Dispe sobre o Cadastro Tcnico de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais Resoluo CONAMA n. 01, de 23.01.86: Dispe sobre o Estudo e o Relatrio de Impacto Ambiental - ElA/RIMA, com redao alterada pelas Resolues CONAMA ns. 11/86, 05/87 e 237/97 Resoluo CONAMA n. 06, de 24.01.86: Determina a publicao dos pedidos de licenas ambientais, sua renovao e concesso Resoluo CONAMA n. 20, de 16.06.86: Estabelece a classificao das guas doces, salobras e salinas no territrio nacional Resoluo CONAMA n.06, de 17.10.90: Dispe sobre a produo, importao, comercializao e uso de dispersantes qumicos empregados nas aes de combate aos derrames de petrleo Resoluo CONAMA n. 23, de 07.12.94: Institui procedimentos especficos para o licenciamento das atividades relacionadas explorao e lavra de jazidas de combustveis lquidos e gs natural EXPROPER Resoluo CONAMA n. 237, de 19.12.97: Dispe sobre o licenciamento ambiental

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10) CRONOGRAMA FSICO-FINANCEIRO Abaixo est representado o cronograma fsico das atividades relativas operacionalizao da campanha oceanogrfica no primeiro ano do monitoramento ambiental.

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ATIVIDADES 1 Mobilizao Coleta Tratamento da amostra Tratamento de dados Anlise das informaes Interpretao Relatrio parcial Interao Relatrio Final 2 3 4 5

MESES 6 7

8

9

10

11

12

- RECURSOS NECESSRIOS Segue abaixo uma estimativa de recursos humanos, financeiros e fsicos necessrios para execuo do Projeto de Monitoramento Ambiental:RECURSOS HUMANOS ESTIMATIVA PRELIMINAR Equipe de Tcnicos Especialistas do CENPES, UN-ES, Universidades e empresas prestadoras de servios na rea ambiental (qumicos, bilogos, engenheiros qumicos, oceangrafos, tcnicos qumicos, etc.). Estima-se que mais de 30 diferentes profissionais estaro envolvidos na execuo do programa. So estimados recursos da ordem de US$ 200 x 103 /ano (referentes contratao de servios e despesas com embarcao) para execuo do programa de monitoramento. NOTA: Neste custo no esto includos os Homens-Hora de tcnicos da PETROBRAS, nem o uso de seus equipamentos e instalaes. Laboratrios de Ecotoxicologia do CENPES/Gerncia de Biotecnologia e Ecossistemas Laboratrio de Meio Ambiente do CENPES/ Gerncia de Qumica Laboratrio de Fludos da UN-BC Laboratrios de Oceanografia Qumica, Ecotoxicologia e de Biologia Marinha de Empresas e das Universidades Navio Oceanogrfico

FINANCEIROS

FSICOS

11)

RESPONSABILIDADE PROJETO/PROGRAMA

INSTITUCIONAL

PELA

IMPLEMENTAO

DO

A instituio responsvel pela implementao do Projeto de Monitoramento Ambiental a PETROBRAS/Unidade de Negcio da Bacia do Esprito Santo UN-ES, atravs da Gerncia de Segurana, Meio Ambiente e Sade (SMS). - Endereo: Av. Fernando Ferrari s/n , Campus Universitrio, Goiabeiras, Vitria/ES, Caixa Postal 019010, Cep: 29060-973. - Telefone: (27) 3235-4670........................ Fax: (27) 3235-4640 O suporte tcnico ser efetuado pelo Setor de Biotecnologia e Ecossistemas do CENPES.

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12) RESPONSVEIS TCNICOSPROFISSIONAIS Srgio Luiz Costa Bonecker Ana Cristina Teixeira Bonecker N IBAMA 197864 197867 CONSELHOS REGIONAIS CRBio-2 n 12.638/02 CRBio-2 n 07.237/02

13) REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS E CITAES CHESTER, R. Marine Geochemistry. 2 ed. London: Chapman & Hall, 1993. 698p. CUNHA, S.B. & GUERRA, A.J.T. (Orgs.) Avaliao e Percia Ambiental. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. 284p. LAWS, E.A. Aquatic Pollution: An Introductory Text. 2 ed. New York: John Wiley & Sons, Inc, 1993. 610p. SCHUURMANN, G.; MARKERT, B. Ecotoxicology: Ecological Fundamentals, Chemical Exposure and Biological Effects. New York: John Wiley, 1997. 900p. TOMMASI, L.R. Estudo de Impacto Ambiental. So Paulo:CETESB, 1994. 355p. 7.3.2 PROJETO DE CONTROLE DA POLUIO

O projeto de controle da poluio justifica-se pela necessidade de se descrever os procedimentos a serem adotados para garantir a reduo ou manuteno de padres de desempenho ambiental predefinidos. O projeto atua nos processos correntes de gerao de resduos slidos, efluentes lquidos e emisses atmosfricas associados atividade, prevenindo os impactos decorrentes. Desta forma, atendendo ao preconizado no Termo de Referncia, apresenta-se a seguir o Projeto de Controle da Poluio, que se encontra subdivido em trs partes, uma vez que este projeto engloba reas especficas do gerenciamento ambiental. Assim, so apresentados projetos individualizados relativos ao controle dos resduos slidos, emisses atmosfricas e efluentes lquidos. 7.3.2.1 Projeto de Controle das Emisses Atmosfricas

1) JUSTIFICATIVA O presente programa de gerenciamento se justifica pela necessidade de monitoramento e gerenciamento das emisses atmosfricas geradas pela unidade FPSO P-34, a ser localizada no Campo de Jubarte, poro norte na Bacia de Campos, a aproximadamente 77 km do Pontal de Ubu, municpio de Anchieta, litoral sul do Estado do Esprito Santo, ficando ancorada nas seguintes coordenadas UTM: 7.648.825 N, 394.454 E, Datum SAD 69. Segundo a literatura (Pitts&Pitts, 1986), (Seinfeld, 1986), as emisses atmosfricas associadas a processo de combusto dependem basicamente de trs fatores: as caractersticas do combustvel, a tecnologia de combusto empregada e o estado de manuteno do equipamento.RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 28/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

No FPSO P-34 o gs produzido ter uma parte consumida internamente nos equipamentos da unidade, como os turbo geradores, sendo o excedente queimado na tocha do flare, uma vez que no existir linha de escoamento para o continente. Alm destas emisses no flare da unidade, outras emisses esto previstas para ocorrerem em funo das atividades na unidade P-34, como por exemplo, os gases provenientes do funcionamento dos motores, turbinas e caldeiras que utilizam como combustvel gs combustvel e leo diesel e o gs natural liberado do sistema de gs combustvel, em reduzidos volumes, por ocasio de despressurizaes em emergncias ou mesmo para manuteno. As emisses provenientes do flare so, sem dvida alguma, muito superiores quelas produzidas pelas demais atividades da P-34, desta forma, o presente projeto ter como foco principal o gerenciamento/controle destas emisses. A queima de gs no flare de unidades produtoras de hidrocarbonetos consiste em medida de segurana do processo, sendo a vazo mnima de gs para alimentao da tocha da P-34, mantendo-a acesa, de 2.000 m3/dia. Conforme citado, o gs produzido na Plataforma P-34 ser em parte consumido internamente, como gs combustvel, enquanto o restante ser encaminhado e queimado no flare da unidade, estimando-se este volume em 430.000 m3/dia. Basicamente CO2 e NO2 sero emitidos pelo sistema de chamas piloto devido s caractersticas de queima completa e com excesso de ar. Os medidores do Flare de Alta e do Flare de Baixa so da marca Fluenta, modelo Flare Gas Meter FGM 130. Uma vez conhecida, monitorada e estabelecida a eficincia e performance do equipamento de combusto, os parmetros que no podem ser literalmente controlados so as caractersticas e a composio do gs associado, produzido junto ao leo. Da tambm estar sendo includo no projeto de controle das emisses atmosfricas do FPSO P-34 a caracterizao da qualidade do gs, com base na caracterizao cromatogrfica e determinao das propriedades do gs associado. Ressalta-se que o inventrio das emisses atmosfricas ser efetuado com base em fatores de emisso. Tal ferramenta bastante difundida mundialmente por sua praticidade, facilidade de uso e constante atualizao. As bases de dados mais populares na indstria do petrleo so o AP-42, da Agncia Ambiental Americana (USEPA, 1999), as publicaes da Asistencia Petrolera Empresarial Latinoamericana (ARPEL, 1998) e do IPCC (1996). Para avaliao da eficincia e performance do equipamento est previsto o acompanhamento da operao do flare, atravs da verificao dos relatrios de inspeo e manuteno deste equipamento, bem como a notificao quanto a eventos ou anomalias operacionais, que possam redundar na alterao do perfil normal de emisses. O presente projeto baseou-se nas rotinas de controle usualmente utilizadas, em nvel mundial, para instalaes offshore, conforme indicado pela Norwegian Technology Standards Institution (NORSOK, 1999) Arctic Offshore Oil & Gas Guidelines (1997) e UK Offshore Operators Association (1994), ou seja, estimativa de emisses atmosfricas fundamentadas em clculos de balano de massa e de energia, estequiometria, fatores de emisso etc.

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2) OBJETIVOS - OBJETIVOS GERAIS O projeto aqui apresentado tem como objetivo principal quantificar e monitorar o impacto atmosfrico associado queima de combustveis na unidade FPSO P-34, em decorrncia das atividades de operao desta unidade na produo de hidrocarbonetos no Campo de Jubarte, Bacia de Campos, em um horizonte de 4 anos. - OBJETIVOS ESPECFICOS - Analisar, por cromatografia gasosa, o gs associado, produzido junto ao leo; - Realizar inventrio de emisses atmosfricas associadas queima de gs combustvel no flare da plataforma, com base em fatores de emisso, contemplando os poluentes CO2, CO, NOx e SOx; - Avaliar a eficincia do flare, atravs do acompanhamento dos relatrios de inspeo e manuteno deste equipamento, bem como das notificaes quanto a eventos ou anomalias operacionais; - Realizar modelagem de disperso da pluma de gs exausto (flue gas), proveniente da queima de gs no flare, objetivando a avaliao do impacto atmosfrico do processo de combusto; 3) METAS As principais metas a serem atingidas pelo presente projeto so: - Realizar, no perodo de 12 meses a contar da obteno da Licena de Operao da unidade, a caracterizao do gs associado, produzido junto ao leo, o inventrio de emisses atmosfricas de CO2, CO, NOx e SOx, associadas queima de gs combustvel no flare da unidade, com base em fatores de emisso, bem como a modelagem de disperso para a pluma de gs exausto; - Para os anos subseqentes de operao da unidade FPSO P-34 no Campo de Jubarte, acompanhar a eficincia do flare, atravs do acompanhamento dos relatrios de inspeo e manuteno deste equipamento, bem como das notificaes quanto a eventos ou anomalias operacionais e realizar a atualizao do inventrio de emisses e nova modelagem de disperso da pluma, caso seja necessrio, ou seja, caso haja alterao significativa nas emisses geradas. 4) INDICADORES DE IMPLEMENTAO DAS METAS Os indicadores ambientais do Projeto so os elementos que permitem avaliar o atendimento da meta proposta. Para atendimento da meta apresentada foram especificados os seguintes indicadores: - Caracterizao do gs associado (produzido junto ao leo), queimado na unidade;RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 30/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

- Realizao do inventrio de emisses atmosfricas de CO2, CO, NOx e SOx, associadas queima de gs combustvel no flare da unidade, com base em fatores de emisso; - Anlise dos relatrios de inspeo e manuteno do flare; - Realizao de modelagem de disperso da pluma do gs exausto para anlise do impacto das emisses atmosfricas da P-34. 5) PBLICO-ALVO Enumera-se como pblico-alvo deste projeto as equipes de operao e manuteno da unidade FPSO P-34, os rgos de fiscalizao ambiental que recebero os relatrios de acompanhamento e a sociedade em geral. 6) METODOLOGIA E DESCRIO DO PROGRAMA - ESCOPO No presente projeto prope-se uma estratgia de controle das emisses atmosfricas com foco em quatro componentes principais: - Caracterizao do gs associado (produzido junto ao leo), queimado na unidade; - Acompanhamento da operao do flare, atravs do envio ao IBAMA de smula do relatrio de inspeo e manuteno deste equipamento, bem como a notificao quanto a eventos ou anomalias operacionais, que possam redundar na alterao do perfil normal de emisses; - Inventrio das emisses atmosfricas de gs exausto, com base em fatores de emisso, contemplando os poluentes CO2, CO, NOx e SOx. - Anlise do impacto das emisses atmosfricas da P-34 atravs da modelagem da pluma de gs exausto da unidade, com base em modelo gaussiano de disperso. As principais etapas previstas para a realizao deste projeto so: Realizao da coleta e anlises do gs associado; Elaborao das rotinas de clculo de emisses atmosfricas de gs exausto; Integrao dos dados obtidos; Inventrio de Emisses de Gs Exausto; Informaes quanto Inspeo e Manuteno do Flare; Modelagem de Disperso com posterior anlise do impacto das emisses atmosfricas da P-34; Emisso do Relatrio de Consolidao do Projeto de Controle das Emisses atmosfricas do FPSO P-34.

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- CARACTERIZAO DO GS ASSOCIADO Prope-se uma coleta de amostra de gs associado, produzido junto ao leo, a ser conduzida em um prazo de at 12 meses a partir da emisso da Licena de Operao pelo IBAMA, em que sejam caracterizados: - Teores de hidrocarbonetos na faixa de C1 a C12; - Teor dos contaminantes: H2S, nitrognio, oxignio e CO2; - Propriedades fsicas: densidade, PCI (poder calorfico inferior), peso molecular. A amostra deve ser coletada em cilindro e enviada para anlise em laboratrio em terra. - ACOMPANHAMENTO DA OPERAO DO FLARE Devero ser enviados ao IBAMA relatrios anuais contendo os dados sumariados de inspeo, manuteno e acompanhamento do flare, bem como as informaes a respeito de ocorrncias anormais, paradas, emergncias e quaisquer eventos no programados, que possam ter impacto nas emisses de gases de combusto. - INVENTRIO DE EMISSES ATMOSFRICAS Devem ser enviado ao IBAMA relatrios anuais, contendo as estimativas das emisses atmosfricas de CO2, CO, NOx e SOx, associadas queima do gs no flare, com base em fatores de emisso. - MODELAGEM DE DISPERSO ATMOSFRICA Prope-se um estudo de modelagem de disperso para a pluma de gs de combusto da unidade FPSO P-34 para dois cenrios bsicos (operao e meteorologia tpicas e cenrio crtico), para confirmao da anlise de impacto realizado no presente estudo, em consonncia com a literatura tcnica (Bolton, 1982). Uma vez que ainda no se dispe de mdias horrias de dados meteorolgicos detalhados da regio, indispensveis para a utilizao do modelo OCD (Offshore and Coastal Dispersion Model), recomendada a adoo do modelo Industrial Source Complex Model 3 (ou ISC3), certificado pela USEPA (AMS/EPA Regulatory Model) (USEPA, 1998), adotado em nvel mundial, alterando-se os parmetros de disperso da pluma de poluentes para incorporar os fenmenos martimos. Esta ferramenta ser usada para quantificao do potencial impacto atmosfrico da queima de gs na unidade, simulando uma situao de meteorologia tpica para a regio (Especificao Tcnica da Bacia de Campos, Petrobras, Dados Meteo-oceanogrficos) para um cenrio de operao normal, e para um cenrio crtico.Os estudos referentes a modelagem devero ser encaminhados ao IBAMA em at 12 meses, a partir da emisso da Licena de Operao pelo IBAMA. esperado um baixo impacto associado recepo da pluma oriunda das operaes de rotina da unidade FPSO P-34, tendo em vista que os resultados dos estudos da disperso dos gases emitidos pela combusto no flare da unidade FPSO-Seillean, realizados durante o TLD Teste de Longa Durao, na rea do Campo de Jubarte, indicaram que os valores de mximos de concentrao obtidos nas regies prximas a esta unidade atendem os padres primrios e secundrios de qualidade do ar estabelecidos resoluo CONAMA n. 03 de 28/03/1990, para todos os gases investigados e cenrios considerados.RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 32/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

Entretanto, considera-se importante a realizao da modelagem de disperso para os gases emitidos pela P-34 a fim de se ratificar esta expectativa, quantificando os nveis de concentrao dos poluentes atmosfricos na rea de impacto, conforme estudos de natureza semelhante, para a rea de mar aberto (Bolton, 1982). - PRODUTOS ESPERADOS A partir da obteno da Licena de Operao junto ao IBAMA, prope-se o envio de informaes conforme apresentado a seguir: EM AT 12 MESES: Anlise do gs associado. Acompanhamento dos equipamentos de combusto (flare); Inventrio de emisses atmosfricas de gs exausto (CO2, CO, NOx e Sox); Estudo de modelagem de disperso da pluma de gs exausto.

NOS ANOS SUBSEQUENTES DE OPERAO DA UNIDADE: - Acompanhamento dos equipamentos de combusto (flare); - Atualizao do inventrio de emisses atmosfricas de gs exausto (CO2, CO, NOx e SOx), caso necessrio; - Realizao de nova modelagem de disperso da pluma de gs exausto, caso haja alterao significativa no inventrio de emisses atmosfricas. 7) ACOMPANHAMENTO E AVALIAO O acompanhamento do projeto de controle da poluio ser coordenado pela Gerncia de Segurana, Meio Ambiente e Sade SMS, na unidade UN-ES. Este acompanhamento ser realizado certificando-se de que esto sendo executadas as principais etapas previstas para a realizao deste projeto, enumeradas no item 6 j apresentado. 8) INTER-RELAO COM OUTROS PLANOS E PROJETOS O projeto se inter-relaciona com a manuteno do sistema de Gesto ISO 14001 e BS 8800, nos quais a Unidade de Negcios do Esprito Santo se encontra certificada pela DNV desde 1998, tendo sido re-certificada em 2001. 9) ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E/OU OUTROS REQUISITOS O presente projeto atende o Termo de Referncia ELPN/IBAMA n 005/03 para o empreendimento em questo.

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10) CRONOGRAMA FSICO-FINANCEIRO Apresenta-se a seguir, na Tabela 7.3.2.1-1, o cronograma fsico de execuo do presente projeto.ETAPAS Emisso da LO pelo IBAMA Anlises do gs associado Inventrio de Emisses Atmosfricas Relatrio de Acompanhamento do Flare Modelagem do Impacto da Pluma de Gs de Combusto Relatrio com Consolidao dos Estudos Iniciais Atualizao do Inventrio de Emisses Atmosfricas T=0 12 MS ANOS SUBSEQENTES

O cronograma se estende por toda a fase de operao da P-34 no Campo de Jubarte, conforme apresentado acima. Para cada ano de operao ser emitido o Relatrio de Emisses Atmosfricas correspondente. O presente cronograma pressupe uso exclusivo de recursos da Petrobras, sendo os custos internos absorvidos pela empresa. As atividades somente sero iniciadas aps aprovao por parte do IBAMA. - RECURSOS NECESSRIOS A Tabela 7.3.2.1-2 a seguir apresenta os recursos necessrios implantao do projeto.RECURSOS HUMANOS FINANCEIROS Adicionalmente os custos internos referentes a: - H/h da Petrobras/ UN-ES e CENPES/PDEP/BIO - uso de equipamentos de propriedade da Petrobras - uso de instalaes da Petrobras Laboratrio do GELAF-E&P/BC ESTIMATIVA 3 Tcnicos (engenheiros de processo ou qumico, analista, meteorologista) em tempo parcial. Volume de recursos de R$ 50.000,00 referentes contratao de servios de consultoria e suporte em meteorologia e modelagem de disperso.

FSICOS

11) RESPONSABILIDADE INSTITUCIONAL PELA IMPLEMENTAO DO PROJETO A instituio responsvel pela implementao do Projeto de Controle de Emisses Atmosfricas a PETROBRAS/Unidade de Negcio da Bacia do Esprito Santo UN-ES, atravs da Gerncia de Segurana, Meio Ambiente e Sade (SMS). - Endereo: Av. Fernando Ferrari s/n , Campus Universitrio, Goiabeiras, Vitria/ES, Caixa Postal 019010, Cep: 29060-973. - Telefone: (27) 3235-4670........................ Fax: (27) 3235-4640

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12) RESPONSVEIS TCNICOS O Responsvel Tcnico pela elaborao do presente projeto : Eng. Jos Paulo Ferreira Registro no Cadastro Tcnico do IBAMA N 187200 13) REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS E CITAES Arctic Offshore Oil & Gas (1997) Guidelines, Final Draft- Environmental Monitoring ARPEL (1998) - Atmospheric Emissions Project Phase 2 Guidelines for Atmospheric Emissions Inventory Methodologies in the Petroleum Industry BOLTON, P.W. et al. (1982)- Atmospheric Pollution from Oil Exploration and Production Facilities 5th Int. Union Air Pollut. Prev. Assoc- Proc.1 BURDOF, B. (1993) Trinity Consultants, Inc - Overview of the Air Quality Regulations Governing Offshore Production Operations 4th Annual Pennwell Conf. & Exhibit (E&P-BC-/GEPRO/NUPRO-MRL/GP-Seillean, 2000)- Engs. Hilrio de Andrade Jnior COPLAT FPSO Seillean Comunicao pessoal e fax IBAMA (2000) - Renovao de Licena de Operao N0 034/2000 IPCC (1996) - Reference Manual Guidelines for Greenhouse Emissions Inventories FINLAYSON Pitts, B.J.; Pitts, J.N. (1986) Atmospheric Chemistry: Fundamentals and Experimental Techniques; Willey Interscience; NY Grupo de Monitoramento do CENPES (2000a) Programa de Monitoramento Atmosfrico e da Qualidade da gua e Efluentes para as Plataformas P36 e FSO 47 Comunicao Tcnica CENPES/SUPAB/SEAMB N0 12/2000 Abril, 2000 Grupo de Monitoramento do CENPES (2000b) Programa de Monitoramento Atmosfrico e da Qualidade do Meio Ambiente e Efluentes para a Unidade de Produo ESPADARTE FPSO Campo de Espadarte Bacia de Campos Monitoramento durante o Teste de Longa Durao Reviso 2 - Agosto, 2000 MOREIRA, A. et al. (2000a) - Comunicao Tcnica CENPES/SUPAB/SEAMB N0 01/2000 Emisses Atmosfricas a partir do Flare da FPSO2 MOREIRA, A. et al. (2000b) - Consideraes acerca do Parecer Tcnico ELPN/IBAMA N0 087/99 MOREIRA,A. et al. (2000c) - Consideraes acerca do Parecer Tcnico ELPN/IBAMA N0 033/2000 MOREIRA,A. et al. (2000d) Programa de Monitoramento Atmosfrico para as Plataformas P 36 e FSO 47 (P36 + 47)RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 35/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

MOREIRA, L. et al. (2000e) - Consideraes acerca do Parecer Tcnico ELPN/IBAMA N0 067/2000 MOREIRA,A. et al. (2000f) Programa de Monitoramento Atmosfrico para a Plataforma P 37 (FPSO P37) Norwegian Technology Standards Institution - NORSOK (1999, 1994) NORSOK Standard Design Principle Environmental Care. http://www.nts.no/norsok PETROBRAS (1999) - Metocean Data, Technical Specification I-ET-3000.00-1000-941-PPC-001, E&P Bacia de Campos, Campos Basin, Offshore Systems and Units, 72 pp. SEINFELD, J.H. (1986) Atmospheric Chemistry and Physics of Air Pollution; Willey Interscience, NY SHARMA, J.S. et al. (1994) Emission Inventories, Green House Emissions and Offshore Pollution Control Systems from Drilling and Processing Facilities of Bombay High (West Coast) India 10th Conf. & Exhib. World Trade Center, Singapore. TAYLOR, B.G.S. (1994) - UK Offshore Operators Association Atmospheric Emissions from the Upstream Oil and Gas Industry Petroleum Review. U.S. EPA (1998) United States Environmental Protection Agency - Revised Draft Users Guide for the AMS/EPA Regulatory Model AERMOD Office of Air Qualiy Planning and Standards, Research Triangle Park, NC. U.S. EPA (1999) United States Environmental Protection Agency - EPA AP-42 Compilation of Emission Factors Verses de 1999, 1995, 1991 U.S. EPA SCRAM Support Center for Regulatory Air Models Modeling Support and Guidance. http://www.epagov/scram001/t26.htm 7.3.2.2 Projeto de Gerenciamento de Efluentes Lquidos

Os efluentes lquidos gerados em unidades produtoras de petrleo so constitudos basicamente por esgotos sanitrios e guas contaminadas com leos, incluindo as guas de produo. 1) JUSTIFICATIVA Durante a sua operao, a P-34 ir gerar os seguintes efluentes lquidos: efluentes sanitrios, gua de produo, efluentes do sistema de drenagem e lavagem dos tanques de leo e gua salgada utilizada no resfriamento de equipamentos. Estima-se que sero gerados cerca de 18 m3/dia de efluentes sanitrios, considerando-se que a P-34 possui capacidade para alojar 90 pessoas a bordo e considerando-se ainda, uma taxa de gerao de 200 l/pessoa/dia. Os efluentes sanitrios gerados sero direcionados para a UTE (Unidade de Tratamento de Esgoto), sendo a seguir descartados no ambiente marinho.RT 017/04 Medidas Mitigadoras e Compensatrias e Projetos de Controle e Monitoramento Maro/04 36/83 Captulo 7 EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte Rev. 00

Quanto a gua de produo, observa-se que a gerao da mesma se iniciar aps o primeiro semestre de operao de operao da P-34, devendo atingir 6.200 m3/dia na parte final de produo da Fase 1. Para retirada do leo visando o seu processamento e para diminuio do teor de