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•CAPÍTULO III ADIN GENÉRICA

CAPÍTULO III ADIN GENÉRICA

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CAPÍTULO III ADIN GENÉRICA. PRESUNÇAÕ DE CONSTITUCIONALIDADE. “ A lei se presume constitucional, porque elaborada pelo Poder Legislativo e sancionada pelo Poder Executivo, isto é, por dois dos três poderes, situados no mesmo plano que o Judiciário ”. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: CAPÍTULO III ADIN GENÉRICA

• CAPÍTULO III

•ADIN GENÉRICA

Page 2: CAPÍTULO III ADIN GENÉRICA

PRESUNÇAÕ DE CONSTITUCIONALIDADE

• “A lei se presume constitucional, porque elaborada pelo Poder Legislativo e sancionada pelo Poder Executivo, isto é, por dois dos três poderes, situados no mesmo plano que o Judiciário”.

• Salienta Ives Gandra Martins, por BROSSARD, Paulo. A Constituição e as leis a ela anteriores. Arquivo Ministério Justiça. Brasília, 45 (180), jul./dez. 1992.p. 139.

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1. ADI GENÉRICA

1.1 Objetivo: não busca a defesa de um direito subjetivo, de um interesse juridicamente protegido que tenha sido lesado; busca sim a defesa da própria Constituição, da harmonia do sistema jurídico; busca expelir do ordenamento leis incompatíveis com a Constituição Federal.

• (Art. 102, I, “a”, CF/88 e Lei 9.868/99, de 10 de novembro de 1999)

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1.2 Finalidade: A finalidade da ação direta de inconstitucionalidade é retirar do ordenamento jurídico lei ou ato normativo incompatível com a ordem constitucional, constituindo-se, pois, uma finalidade de legislador negativo do STF, nunca de legislador positivo. Assim, não poderá a ação ultrapassar seus fins de exclusão, do ordenamento jurídico, dos atos incompatíveis com o texto da Constituição.

• RTJ 143/57.• STF – Adin nº. 732 –RJ, Rel. Min. Celso de Mello

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1.3 Desistência

• A ação direta de inconstitucionalidade, em virtude de sua natureza e finalidade especial, não é suscetível de desistência.

Ressalte-se, ainda, que em face desse princípio da indisponibilidade, o autor da ação direta de inconstitucionalidade também está impedido de desistir do pedido de medida cautelar formulado;

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COMPETÊNCIA• 1.4 Competência:

• STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

• Art. 102, I, “a”, CF/88: compete ao STF processar e julgar originariamente a ADI envolvendo lei ou ato normativo federal ou estadual, ou distrital editado dentro da competência estadual, todos editados posteriormente à CF/88;

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1.5 Legitimação Ativa

• Legitimados ativos (art. 103, CF/88): o art. 103 abrange os legitimados universais e legitimados especiais, sendo que estes devem demonstrar pertinência temática no pedido, que é o caso das entidades de classe de âmbito nacional, das confederações sindicais, das Mesas das Assembléias Legislativas ou da Câmara Legislativa do DF, dos Governadores dos Estados ou do Distrito Federal;

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ART. 103, CF• Art. 103. Podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória

de constitucionalidade:• • I – o Presidente da República;• II – a Mesa do Senado Federal;• III – a Mesa da Câmara dos Deputados;• IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito

Federal;• V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;• VI – o Procurador-Geral da República;• VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;• VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;• IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.•

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1.6 Adi P/ Lei Municipal

Não há ADI para controle de constitucionalidade de leis municipais;

1.7 Medida Cautelar Na Adi

Pedido de Cautelar nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade: pode ser concedida desde que presentes o fumus bono iuris e o periculum in mora; quorum de maioria absoluta; efeitos ex nunc, salvo se o STF expressamente dispuser sobre os efeitos ex tunc; efeitos erga omnes;

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1.8 Efeitos Vinculantes

• Efeitos vinculantes aos demais órgãos do Judiciário a Administração Pública Federal, Estadual, Municipal e Distrital;

• • - Suspende a eficácia da norma impugnada até o julgamento do mérito.

O art. 102, I, p, da CF, prevê, a possibilidade de solicitação de medida cautelar nas ações diretas de inconstitucionalidade, necessitando, porém, de comprovação de perigo de lesão irreparável, uma vez tratar-se de exceção ao princípio segundo o qual os atos normativos são presumidamente constitucionais, pois, conforme ensinamento de Paulo Brossard, “segundo axioma incontroverso, a lei se presume constitucional.

• Conferir, nesse sentido: STF –Pleno – Adin nº. 1.155-3/DF – Rel. Min. Marco Aurélio – Diário da Justiça, Seção 1,18 maio 2001, p. 63.

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1.9 – Efeitos das liminares • O STF tem entendido desde a Representação 1.391/CE que os

efeitos da liminar são ex nunc e não ex tunc. • O que tem decidido a Suprema Corte, nas liminares concedidas

contra o Poder Público no processo cautelar de ações diretas, é que a liminar suspende a eficácia e a vigência da norma, mas não desconstitui ainda as relações jurídicas constituídas e complementadas.

• Pedido de Cautelar nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade: pode ser concedida desde que presentes o fumus bono iuris e o periculum in mora; quorum de maioria absoluta; efeitos ex nunc, salvo se o STF expressamente dispuser sobre os efeitos ex tunc; efeitos erga omnes;

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1.10 Excepcionalidade - Excepcionalmente, porém, desde que demonstrada a conveniência e declarando expressamente, o STF concede medidas liminares com efeitos retroativos (ex tunc). Esse entendimento pacificado no STF foi formalizado pela Lei nº. 9.868/99, que, no § 1º de seu art. 11, estabelece que a medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeitos ex-nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.•

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1.11 Procurador Geral da República – O procurador Geral da República (art. 103, § 1º, CF/88) participa como legitimado ativo, mas também como custos legis.

1.12 Advogado Geral da União (art. 103, § 3º, CF/88): participa como curador especial do processo; Compete ao Advogado-Geral da União, em ação direta de inconstitucionalidade, a defesa da norma legal ou ato normativo impugnado, independentemente de sua natureza federal ou estadual, pois atua como curador especial do princípio da presunção da constitucionalidade das leis e atos normativos, não lhe competindo opinar nem exercer a função fiscalizadora já atribuída ao Procurador-Geral da República, mas a função eminentemente defensiva.

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• Desta forma, atuando como curador da norma infraconstitucional, o Advogado-Geral da União está impedido constitucionalmente de manifestar-se contrariamente a ela, sob pena de frontal descumprimento da função que lhe foi atribuída pela própria Constituição Federal, e que configura a única justificativa de sua atuação processual, neste caso.

• O STF prevê, excepcionalmente, a possibilidade do Advogado-Geral da União deixar de exercer sua função constitucional de curador especial do princípio da constitucionalidade das leis e atos normativos, quando houver precedente da Corte pela inconstitucionalidade da matéria impugnada;

• • Conferir STF – “O mumus a que se refere o imperativo constitucional (CF,

art. 103, § 3º) deve ser entendido como temperamentos. O Advogado-Geral da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre ela esta Corte já fixou entendimento pela sua inconstitucionalidade”

• (STF –Pleno –Adin nº. 1.616-4/PE –Rel min. Mauricio Correa , Diário da Justiça, Seção I, 24 ago. 2001, p.41).

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• -

1.13 Amicus curiae

“Amigo da Corte”, cuja função primordial é juntar aos autos parecer ou informações com o intuito de trazer à colação considerações importantes sobre a matéria de direito a ser discutida pelo Tribunal, bem como acerca dos reflexos de eventual decisão sobre a inconstitucionalidade da espécie normativa impugnada.

Não é admitida a intervenção de terceiros na ADI, exceto a participação dos amigos da Corte, ou amigos da causa, que são as entidades da sociedade civil organizada, através da apresentação de pareceres, memoriais ou sustentação oral. Essa inovação passou a consagrar, no controle abstrato de constitucionalidade brasileiro, a figura do amicus curiae, ou

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1.14 Prazo para ADIAção direta de Inconstitucionalidade e prazo decadencial: O ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade não se sujeita à observância de qualquer prazo de natureza prescricional ou de caráter decadencial, pois os atos inconstitucionais jamais se convalidam pelo decurso do tempo.

1.15 Condicionamento ao pedidoO STF está condicionado ao pedido do autor, mas não à causa de pedir, portanto, pode declarar a inconstitucionalidade por outro fundamento ou decidir pela interpretação conforme a Constituição, ou pela declaração parcial de inconstitucionalidade com ou sem redução de texto

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1.16 Efeitos da ADI• Efeitos da declaração de inconstitucionalidade - controle

concentrado: ação de natureza dúplice;

• a) efeitos erga omnes; • b) efeitos vinculantes aos demais órgãos do Poder Judiciário e

aos órgãos da Administração Pública (art. 102, § 2º, CF/88) e não vinculantes ao Poder Legislativo e ao próprio STF;

• c) efeitos ex-tunc, em regra, pois o STF, para garantir a segurança jurídica ou em caso excepcional interesse social, por maioria de 2/3 dos votos de seus membros, pode restringir os efeitos da declaração ou decidir que ela só terá eficácia a partir do trânsito em julgado ou de outro momento que o Tribunal fixar, o que se denomina declaração de inconstitucionalidade pro futuro ou modulação dos efeitos da decisão judicial na declaração de inconstitucionalidade (art. 27, Lei 9.868/99);

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• Declarada a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo federal ou estadual, a decisão terá efeito retroativo (ex tunc) e para todos (erga omnes), desfazendo, desde sua origem, o ato declarado inconstitucional, juntamente com todas as conseqüências dele derivadas, uma vez que os atos inconstitucionais são nulos e, portanto, destituídos de qualquer carga de eficácia jurídica, alcançando a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, inclusive, os atos pretéritos com base nela praticados (efeitos ex tunc).

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• Assim, a declaração de inconstitucionalidade.

• “declara a total nulidade dos atos emanados do Poder Público, desampara as situações constituídas sob sua égide e inibe – antes sua inaptidão para produzir efeitos jurídicos válidos – a possibilidade de invocação de qualquer direito”.

• • RTJ 146/461.

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1.17 Desnecessidade de utilização do art. 52, X, da CF

• Note-se que, no controle concentrado de inconstitucionalidade, a lei ou ao ato normativo declarado inconstitucional saem do ordenamento jurídico imediatamente com a decisão definitiva do STF, não havendo aplicação do art. 52, X, da Constituição Federal, que permanece somente para a utilização no controle difuso.

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• Como ressaltado pelo Ministro Moreira Alves,• • “entre nós, como se adota o sistema misto de controle

judiciário de inconstitucionalidade, se esta for declarada, no caso concreto, pelo STF, sua eficácia se limita às partes da lide, podendo o Senado Federal apenas suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF (art. 52, X, da CF). Já, em se tratando de declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo por meio de ação direta de inconstitucionalidade, e eficácia dessa decisão é erga omnes e ocorre, refletindo-se sobre o passado, com o trânsito em julgado do aresto desta Corte”.

• RTJ 151/331-355.

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1.18 Manipulação dos efeitos – A lei nº. 9.868/99 inovou em relação à ação direta, permitindo ao STF a limitação dos efeitos da declaração de constitucionalidade.

• Dessa forma, permitiu-se ao STF a manipulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, seja em relação à sua amplitude, seja em relação aos seus efeitos temporais, desde que presentes os dois requisitos constitucionais:

• Requisito formal: decisão de maioria de 2/3 dos membros do Tribunal;

• • Requisito material: presença de razões de segurança

jurídica ou de excepcional interesse social.

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1.19 Repristinação•Em relação à amplitude dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, a regra geral consiste em que a decisão tenha efeitos erga omnes, decretando-se, conforme já analisado, a nulidade total de todos os atos emanados do Poder Público com base na lei ou ato normativo inconstitucional.

Além disso, a declaração de inconstitucionalidade de uma norma acarreta os efeitos repristinatórios da norma anterior que por ela havia sido revogada, uma vez que a norma inconstitucional é norma nula, não subsistindo nenhum de seus efeitos.• • Conferir ampla análise do efeito represtinatório na jurisprudência do STF no voto

do Ministro Celso de Mello: STF-Adin nº. 2.215/PE – medida cautelar, decisão: 17-04-2001. Informativo STF nº. 224.

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Regras para as limitações

• Em relação aos limites temporais da declaração de inconstitucionalidade temos a seguinte situação:

• REGRA: efeitos ex tunc, ou seja, retroativos;

• PRIMEIRA EXECÇÃO: efeitos ex nunc, ou seja, não retroativos, a partir do trânsito em julgado da decisão em sede de ação direta de inconstitucionalidade, desde que fixados por 2/3 dos Ministros do STF;

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• SEGUNDA EXCEÇÃO: efeitos á partir de qualquer momento escolhido pelo STF, desde que fixados por 2/3 de seus Ministros. Essa hipótese de restrição temporal dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade tem limites lógicos. Assim, se o STF entender pela aplicação dessa hipótese excepcional, deverá escolher como termo inicial da produção dos efeitos, qualquer momento entre a edição da norma e a publicação oficial da decisão. Dessa forma, não poderá o STF estipular como termo inicial para produção dos efeitos da decisão, data posterior à publicação da decisão no Diário Oficial, uma vez que a norma inconstitucional não mais pertence ao ordenamento jurídico, não podendo permanecer produzindo efeitos.

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• • Entendemos que os efeitos vinculantes

aplicam-se inclusive ao legislador, que não poderá editar nova norma com preceitos idênticos aos declarados inconstitucionais, ou ainda, norma derrogatória da decisão do STF; ou mesmo, estará impedido de editar normas que convalidem os atos nulos praticados com base na lei declarada inconstitucional.

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Vinculação obrigatória• A vinculação obrigatória ocorrerá nas quatro seguintes

situações:• • - procedência da ação: a norma foi declarada

inconstitucional, com os efeitos já estudados acima;• - improcedência da ação: a norma foi declarada

inconstitucional, permanecendo no ordenamento jurídico;• - interpretação conforme a Constituição: Conferir item 5.1,

Capítulo 1;• - declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução do

texto: Conferir item 5.2, Capítulo 1.

Page 28: CAPÍTULO III ADIN GENÉRICA

PRÓXIMO ASSUNTO

• • Ação Declaratória de Constitucionalidade

(ADECON OU ADC – art. 102, I, “a”, CF/88 e Lei 9.868/99)