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IV Os mtodos utilizados para a anlise e
repartio dos custos
4.1 Imputao dos Gastos Gerais de Fabrico
4.1.1 Os Coeficientes de Imputao
Coeficiente de Imputao =ImputaodeBase
RepartiraCustosdosMontante
4.1.2 As Bases de Imputao
Custo das Matrias Primas
Custo da M.O.D.
Bases de Imputao N. de horas de M.O.D.
mais utilizadasHoras mquina (Hm)N. de unidades fabricadas
rea ocupada
Custo Primo
Valor dos Equipamentos
Etc.
Exemplos:
Rendas rea (m2)
Energia Potncia (kw), horas de trabalho
Seguros Valor do objecto segurado
Amortizaes do Equipamento Horas mquina (Hm)
M.O.I. Horas M.O.D., Custo M.O.D.
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4.1.3 Imputao de base nica e de base mltipla
Imputao de Base nica:
Coeficiente Geral =ImputaodeBase
GGFdeMontante
Valor a imputar = Coeficiente * Base de Imputao
NOTA: Este mtodo s deve ser utilizado quando o montante de GGF for uma % muitoreduzida em relao s matrias primas e M.O.D., ou seja, em situaes em que no
se justifique a utilizao de diversas bases de imputao.
Imputao de Base Mltipla ou Imputao pelo Mtodo dosCoeficientes Diferenciados:
Procedimento:
1 Repartem-se os GGF por Grupos ou Centros de Custo ou Actividades;
2 Atribui-se uma Base de Imputao adequada para cada;
3 Calcula-se o Coeficiente de Imputao;4Imputa-se os custos aos produtos.
ProdutosGGF
Indirectos
ProdutosCentros
deCustos
GGFIndirectos
ProdutosActividadesGGFIndirectos
ProdutosGGF
IndirectosGrupos
deGastos
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1) Imputao de Base nica:
Exemplo:GGF do ms 18 900
Horas de MOD gastas em cada produto:A 5 000 h
B 4 950 h
C 5 050 h
Base de imputao Horas de MOD
Qual o montante de GGF a atribuir a cada um dos produtos?
2) Imputao pelo Mtodo dos Coeficientes Diferenciados (Imputaode Base Mltipla):
Exemplo:Produto X Produto Y
Matrias consumidas 6 000 7 500 N. de horas mquina 13 500 15 000N. de horas homem 11 000 17 500MOD 11 000 17 500 Valor de Vendas 40 000 45 000
Os GGF foram os seguintes:Energia 2 850 Seguros 2 550 Amortizaes 5 700 MOI 21 375
As bases de imputao so as seguintes:
Energia N. de Horas homem (Hh)Seguros Valor de vendasAmortizaes N. de Horas mquina (Hm)MOI Valor da MOD
Determine o montante de GGF a imputar a cada produto e o respectivo custo deproduo.
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Resoluo
1) Imputao de Base nica:
Total de Horas de MOD = 5 000 + 4 950 + 5 050 = 15 000 Hh
GGF = 18 900
Coef. Imp. = 18 900 = 1,26 /h15 000
Ou seja, vamos imputar 1 e 26 Cntimos por cada Hora de MOD.
Assim temos:
Produto A: 5 000 * 1,26 = 6 300Produto B: 4 950 * 1,26 = 6 237Produto C: 5 050 * 1,26 = 6 363
18 900
2) Imputao pelo Mtodo dos Coeficientes Diferenciados (Imputao deBase Mltipla):
Energia: 2 850 N. de Hh
Total Hh = 11 000 + 17 500 = 28 500 Hh
Coef. Imp. = 2 850 = 0,1 /h28 500
Assim temos:Produto X: 11 000 * 0,1 = 1 100Produto Y: 17 500 * 0,1 = 1 750
2 850
Seguros: 2 550 Valor das Vendas
Valor das Vendas = 40 000 + 45 000 = 85 000
Coef. Imp. = 2 550 = 0,03 85 000
Assim temos:Produto X: 40 000 * 0,03 = 1 200Produto Y: 45 000 * 0,03 = 1 350
2 550
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Amortizaes: 5 700 N. Hm
Total Hm = 13 500 + 15 000 = 28 500 Hm
Coef. Imp. = 5 700 = 0,2 /Hm28 500
Assim temos:Produto X: 13 500 * 0,2 = 2 700Produto Y: 15 000 * 0,2 = 3 000
5 700
MOI: 21 375 Valor da MOD
Valor da MOD = 11 000 + 17 500 = 28 500
Coef. Imp. = 21 375 = 0,75 28 500
Assim temos:Produto X: 11 000 * 0,75 = 8 250Produto Y: 17 500 * 0,75 = 13 125
21 375
Total dos GGF = 2 850 + 2 550 + 5 700 + 21 375 = 32 475
Imputao total aos produtos:
Produto X: 1 100 + 1 200 + 2 700 + 8 250 = 13 250
Produto Y: 1 750 + 1 350 + 3 000 + 13 125 =19 22532 475
Custo Industrial:Produto X Produto Y Total
M.PMODGGF:
EnergiaSegurosAmortizaesMOI
6 00011 000
1 1001 2002 7008 250
7 50017 500
1 7501 3503 000
13 125
13 50028 500
2 8502 5505 700
21 375Custo de Produo 30 250 44 225 74 475
Margem Bruta:
Produto X: 40 000 30 250 = 9 750
Produto Y: 45 000 44 225 = 775
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4.1.4. Quotas Tericas: quotas normais e quotas ideais
Coeficiente de Imputao dos GGF =ImputaodeBase
GGF
A empresa aguarda pelos valores reais dos GGF?
Sim No
Coeficiente real Coeficiente Terico ou Pr - Estabelecido
VANTAGENS:
1. O valor dos produtos no prejudicado por algum
facto anormal (avaria, greve...);
2. No necessrio aguardar pelo fim do ms para
calcular o coeficiente de imputao;
3. Procedimento menos trabalhoso, uma vez que s
existe um coeficiente ao longo do ano.
COEFICIENTESTERICOS
NORMAIS: coeficientes pr-determinados
pressupondo que a empresa vai laborar em
condies normais de funcionamento.
IDEAIS: coeficientes pr-determinados
pressupondo que a empresa vai laborar em
condies ideais de funcionamento.
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Quotas reais / Quotas tericas
Qual o tratamento a dar diferena entre a quota estimada e a quota real?
GGF(imputados)
GGF Reais GGF Estimados
Centros de Custos
GGF Estimados
Diferenas de IncorporaoSf se: Sf se:
GGF Reais >>>>GGF Estimados GGF Reais
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EXEMPLO:
A Empresa Nocturno dedica-se ao fabrico de malas de viagem de diversos tipos. Para
calcular o custo unitrio das malas abre-se, para cada lote a fabricar constitudo por
malas do mesmo tipo, uma ficha de custo. Os GGF so imputados s ordens com base
nos custos da MOD aplicada em cada uma.
No ms de Janeiro, os GGF da empresa e a MOD correspondente s diversas ordens de
fabrico foram os seguintes:
GGF 1 680
MOD:
Ordem n. 1 275
Ordem n. 2 350
Ordem n. 3 175
Durante o ms em causa, consideram-se duas hipteses para imputar os GGF s ordens
de produo:
1 Hiptese: a imputao dos GGF faz-se por quotas reais.
2 Hiptese: a imputao dos GGF faz-se por quotas tericas (admita que os GGF e aMOD previstos para o ano so, respectivamente, de 19 000 e 9 500 ).
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RESOLUO:
1 HIPTESE:Coef. Imp. = 1 680 = 2,1
800
Ou seja, por cada Euro de MOD imputa-se 2 e 10 Cntimos de GGF.
Assim temos:
Ordem n. 1: 2,1 * 275 = 577,5Ordem n. 2: 2,1 * 350 = 735Ordem n. 3: 2,1 * 175 = 367,5
1 680
2 HIPTESE:
Coef. Imp. = 19 000 = 29 500
Ou seja, imputa-se 2 de GGF por cada Euro de MOD.
Assim temos:
Ordem n. 1: 2 * 275 = 550Ordem n. 2: 2 * 350 = 700Ordem n. 3: 2 * 175 = 350
1 600
NOTA:Repare-se que h uma diferena de imputao de 80 . Esta diferena constitui
um custo do ms em causa, sendo contabilizada na conta da Contabilidade de Custos
Diferenas de Incorporao.
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4.2. Os centros de custos
4.2.1 O mtodo das seces homogneas
4.2.1.1 Definio das seces homogneas
um centro de custos relativo a operaes idnticas, com fcil atribuio de
responsabilidades, permitindo um controlo dos custos e a sua afectao posterior. O
facto de ter operaes idnticas facilita a escolha de uma unidade de obra. , portanto,
um centro de custos (centro de responsabilidade cujo responsvel controla a qualidade
e/ou o custo dos factores consumidos), cujas caractersticas consistem:
Homogeneidade de funes Responsabilizao Existncia de uma unidade de medida da actividade do centro
(unidade de obra)
4.2.1.2 Objectivo do mtodo
O grau de diviso em seces depende do objectivo definido:
a) Apuramento mais correcto do custo dos produtos
b) Controlo de gesto
4.2.1.3 Escolha da Unidade de Obra
A unidade de obra uma unidade que permite medir a actividade da seco e em
relao qual todos os custos da seco so proporcionais.
Unidades de Obra
Unidade de Imputao - unidade que permite fazer aimputao dos gastos aos
produtos.
Unidade de Custeio - unidade definida para medir os custos
de cada seco.=
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4.2.1.4 Caracterizao do mtodo
Procedimento:
1) Determinao dos Custos Directos e Comuns aos Centrosou Repartio Primria:
Distribuio dos gastos directos e comuns pelos respectivos centros/seces (principais e
auxiliares).
2) Determinao do Valor dos Reembolsos
ou Repartio Secundria:
Repartio dos custos dos centros/seces auxiliares pelos centros/seces receptoras do
servio prestado por cada um dos centros/seces auxiliares.
3) Determinao do Custo Global dos Produtos / Serviosou Repartio Terciria:
Imputao dos custos totais das seces principais aos produtos/servios atravs dasUnidades
de Obra.
Auxiliaresprestam servio a outras seces
Principais (de produo)concorrem directamente paraa produo.
Administrativas, Distribuio e Financeirasnoconcorrem directamente para a produo.
Exemplo: contabilidade, administrao, comercializao, ..
Centros
ou
Seces
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4.2.1.5 As seces auxiliares com prestaes simples e recprocas
PRESTAES SIMPLES OU EM CADEIA
A B C
PRESTAES RECPROCAS
A B
COMO APURAR O CUSTO DA UNIDADE DE OBRA DE CADA SECO?
SOLUES:
ALGEBRICAMENTE ARITMETICAMENTE
EXEMPLO:
Na Empresa X, no ms de Janeiro, a seco de Distribuio de Energia forneceu
electricidade seco de Reparaes Elctricas e esta ltima fez reparaes no posto de
transformao de energia da primeira.
A actividade das seces no ms em causa foi a seguinte:
Distribuio de Energia: 50 000 Kwh, dos quais 1 000 Kwh se destinaram
seco das Reparaes Elctricas;
Reparaes Elctricas: 800 Hh, das quais 100 Hh se destinaram a servir a seco
de Distribuio de Energia.
Os custos das seces foram os seguintes:
Distribuio de Energia: 163 000
Reparaes Elctricas: 92 500
Para apurar o custo da unidade de obra de cada seco, resolvemos o seguinte sistema
de duas equaes e incgnitas:
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DE = 163 000 + (100/800) RE DE = 163 000 + 0,125 RE
RE = 92 500 + (1 000/50 000) DE RE = 92 500 + 0,02 DE
DE = 163 000 + 0,125*(92 500 + 0,02 DE) DE = 163 000 + 11 562,50 + 0,0025 DE
_______________________________ _______________________________
DE 0,0025 DE = 174 562,50 DE = 174 562,5/ 0,9975
_________________________ ____________________
DE = 175 000
RE = 92 500 + 0,02*175 000 = 96 000
Coeficiente de Imputao DE = 175 000/50 000 = 3,5
Coeficiente de Imputao RE = 96 000/800 = 120
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Contabilidade
Ana
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QuadroderepartiodosGastosIndirecto
sdeFabricooudosCustosdeTransforma
o
Unidade
Custo
SecesAuxiliares
SecesPrincipais
Total
Fsica
Unit
rio
SecoX
SecoY
SecoA
SecoB
1.C
ustosdirectosoucomunss
seces
ConsumosdeMat.Subsidirias
X
X
X
X
X
X
X
ModeObraIndirecta
X
X
X
X
X
X
X
EnergiaElctrica
X
X
X
X
X
X
X
AmortizaesEdifcioseE
quipa.
X
X
X
X
X
X
X
SegurosdaSeco
X
X
X
X
X
X
X
Outros
X
X
X
X
X
X
X
TotaldaRepartioPrimria
X
X
X
X
X
2.R
eembolsosouRepartioSecundria
SecoAuxiliar(secundria)X
X
X
(X)
X
X
X
0
SecoAuxiliar(secundria)Y
X
X
X
(X)
X
X
0
TotaldaSegundaRepartio
(X)
(X)
X
X
0
3.C
ustoglobal
0
0
X
X
X
UnidadedeObra(imputao)
X
X
Custounitrio
X
X
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ContabilidadeAna
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Quadroparaadeterminao
docustodoproduto(coma
repartiodoscustosdassecesprincipaispelosprod
utos)
ProdutoX
ProdutoY
Pro
dutoZ
Total
ConsumosdeMatriasPrimas
X
X
X
X
Mo-de-ObraDirecta
X
X
X
X
GastosGeraisdeFabrico
SecoA
X
X
X
X
SecoB
X
X
X
X
TotalCustosProduo
X
X
X
X
EIPVF
X
X
X
X
EFPVF
(X)
(X)
(X)
(X)
CIPA
X
X
X
X
EIPA
X
X
X
X
EFPA
(X)
(X)
(X)
(X)
CIPV
X
X
X
X
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Exemplo: Companhia NOVA I
Sobre a Companhia NOVA I sabem-se as seguintes informaes:
Departamento N.Empregados
HorasMOD
Custos MOD(em euros)
GGFs dosDepartamentos (em
euros)
A 25 1 200 1 500B 100 12 000 5 700C 95 10 800 3 365D 85 12 000 1 410
E 55 9 600 2 635X 30 4 800 2 740Y 90 7 200 5 200 4 940Z 45 3 600 4 800 3 360
Total 525 61 200 10 000 25 650
O departamento A serve todos os outros, sendo a base de rateio o n. deempregados.
O departamento B serve todos os outros, excepto o departamento A, sendoa base de rateio as horas de MOD.
O departamento C serve somente os departamentos Y e Z, sendo a base derateio os custos de MOD.
O departamento D serve somente o departamento X.
O departamento E serve os departamentos X, Y e Z de acordo com aspropores 2; 2; 1, respectivamente.
PEDIDO:Elaborao de um mapa de trabalho com toda a distribuio dos gastos geraisde fabrico, segundo os dados do problema.
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Resoluo:
Seces Auxiliares: A; B; C; D e E.
Seces Principais: X; Y e Z.
N. Empregados: 525
Horas MOD: 61 200
Custos MOD: 10 000
GGF: 25 650
Quadro de Repartio dos Custos pelas Seces:
Seces Auxiliares Seces Principais
A B C D E X Y Z Total
RepartioPrimria
GGF 1 500 5 700 3 365 1 410 2 635 2 740 4 940 3 360 25 650
RepartioSecundria
Seco A (1 500) 300 285 255 165 90 270 135 0
Seco B --- (6000) 1 350 1 500 1 200 600 900 450 0
Seco C --- --- (5000) --- --- --- 2 600 2 400 0
Seco D --- --- --- (3 165) --- 3 165 --- --- 0
Seco E --- --- --- --- (4 000) 1 600 1 600 800 0
TotalRepartioSecundria
(1 500) (5 700) (3 365) (1 410) (2 635) 5 455 5 370 3 785 0
TotalCustos
0 0 0 0 0 8 195 10 310 7 145 25 650
Seco A:1 500 u.m N. Empregados
Coef. Imp.: 1 500 = 3500
Assim temos,
B: 100*3= 300 X: 30*3= 90
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C: 95*3= 285 Y: 90*3= 270D: 85*3= 255 Z: 45*3= 135E: 55*3= 165
Seco B:5 700 u.m + 300 u.m (Seco A) Horas MOD
Coef. Imp.: 6 000 = 0,12548 000
Assim temos,
C: 10 800*0,125= 1 350 X: 4 800*0,125= 600D: 12 000*0,125= 1 500 Y: 7 200*0,125= 900E: 9 600*0,125= 1 200 Z: 3 600*0,125= 450
Seco C:3 365 u.m + 285 u.m (Seco A) + 1 350 u.m (Seco B) Custos MOD
Coef. Imp.: 5 000 = 0,510 000
Assim temos,
Y: 5 200*0,5= 2 600Z: 4 800*0,5= 2 400
Seco D:1 410 u.m + 255 u.m (Seco A) + 1 500 (Seco B)
Como serve somente o departamento X vamos imputar o total (3 165 u.m) a essedepartamento.
Seco E:2 635 u.m + 165 u.m (Seco A) + 1 200 (Seco B) Propores 2; 2; 1
Coef. Imp.: 4 000 = 8002 + 2 + 1
Assim temos,
X: 2*800= 1 600Y: 2*800= 1 600Z: 1*800= 800
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4.3 O Sistema de Custos ABC
Os sistemas de Contabilidade de Custos tradicionais baseavam-se na repartio
dos custos indirectos aos produtos, incidindo na mo-de-obra, pois esta era um dos
factores chave da distribuio de custos. Com os progressos tecnolgicos, verificou-se
o aparecimento de tecnologias e mtodos sofisticados de produo, o aumento da
concorrncia e o acrscimo do nvel de exigncia dos clientes. Assim, a repartio dos
custos baseados na mo-de-obra deixam de ter muito interesse, ao contrrio dos custos
indirectos que passaram a ter um peso preponderante na estrutura de custos da maior
parte das organizaes, aparecendo, assim, novos desafios Contabilidade Interna
(Mart, 1999; Franco et al., 2005).
Em meados da dcada de 80, Robert Kaplan e Robin Cooper desenvolveram o
sistema de custeio baseado em actividades, vulgarmente conhecido por sistema ABC
(Activity Based Costing), como um mtodo de custeio capaz de superar as limitaes
dos sistemas de custeio tradicionais face evoluo econmica e tecnolgica,
nomeadamente, a imputao arbitrria e imprecisa dos custos indirectos, resultante de
distores nos critrios de imputao. A ideia bsica a de que so as actividades que
consomem recursos (causando custos) e no os produtos (estes apenas consomemactividades, j que so uma consequncia das actividades estritamente necessrias
para produzi-los e/ou so uma forma de atender a necessidades e expectativas de
clientes). Com o passar dos anos este mtodo foi-se aperfeioando e rapidamente se
percebeu que permitia uma viso estratgica da empresa, ao identificar as suas
potencialidades, os seus pontos fracos e as oportunidades de melhoria, reflectindo
com maior preciso e abrangncia as dinmicas organizacionais determinantes dos
custos.
Com o sistema de custos ABC passa-se, ento, da gestode custos para a gesto de actividades.
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20
Fundamentos do ABC:
Parte da ideia chave de que os produtos no consomem custos, mas simactividades exigidas para a sua fabricao, ou seja, os produtos exigem
actividades;
Um produto nasce atravs de uma srie de actividades sucessivas que implicam o
consumo de recursos/custos, o que significa que so as actividades que consomem
recursos, que originam custos.
Face ao exposto, podemos afirmar que o sistema de custos ABC fundamenta-se em
trs premissas bsicas:
1. Os produtos requerem actividades
2. As actividades consomem recursos
3. Os recursos custam dinheiro
Indutores de CustosRecursos Consumo Actividades Produtos
de Consumo deRecursos Actividades
Na operacionalizao do ABC procura-se estabelecer a relao entre as actividades e
produtos utilizando o conceito de "Cost Drivers" ou Indutores de Custos. Apura-se os
custos das diversas actividades que sero distribudos pelos produtos atravs dos
indutores de custos.
O ponto central da filosofia ABC alcanar a competitividade atravs da
racionalizao das operaes e dos custos.
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Princpio fundamental:
TODOS OS CUSTOS SO CONSIDERADOS DIRECTOS A UMA ACTIVIDADE E
APENAS A UMA.
Conceito de actividade:
Conjunto de tarefas elementares ou actos, realizadas por um indivduo,
grupos de indivduos, mquina ou grupo de mquinas, que supem ou do
lugar a um saber fazer especfico.
Conjunto de tarefas ou actos imputveis a uma pessoa ou grupo de pessoas,a uma mquina ou grupo de mquinas e relacionadas com um mbito
preciso da empresa.
tudo o que pode descrever-se com verbos numa empresa.
Caractersticas fundamentais para ser actividade:
Ter uma finalidade;
Consumir factores;
Ter um sistema de conduo.
Adicionalmente, uma actividade ter que possuir duas caractersticas fundamentais:
Homogeneidadee estar associada a uma unidade de medida.
Tipo de actividades:
As actividades podem ser relacionadas tecnologicamente com o processo de
fabricaoou simplesmente serem actividadesadministrativas.
Cost Drivers ou Indutores de Custos
A literatura Anglo-saxnica utilizou o termo "Cost Drivers" (indutor de custos) para
designar as unidades de medida e controlo definidas como base de repartio dos
custos indirectos. O indutor de custos o motivo pelo qual ocorre o custo.
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No processo de imputao dos custos no modelo ABC, os indutores de custos
desempenham um papel anlogo ao das unidades de obrautilizadas nos processos de
imputao no modelo de custos completos por centros de responsabilidade. No
entanto, no so equivalentes pois:1.A homogeneidade atribuda unidade de obra mais genrica;
2. Para cada Centro de Actividade existiro muitos indutores de custos, tantos
quantas as actividades existentes no Centro;
3.
O indutor de custo representa mais claramente e melhor que a unidade de
obra a relao causa - efeito existente entre os custos e os seus causadores.
Estabelecimento do ABC:
Identificar as actividades;
Elaborar o mapa de actividades;
Determinar o custo das actividades;
Imputao dos custos indirectos aos centros;
Determinao dos geradores de custo;
Reclassificao das actividades;
Repartio dos custos pelas actividades;
Clculo do custo unitrio dos Cost Drivers;
Calcular o custo dos produtos e servios.