CAPS - Utilização de Benzodiazepínicos e Estragégias Farmacêuticas Em Saúde Mental

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    393RELATO DE EXPERINCIA | CASE STUDY

    SADE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 38, N. 101, P. 393-398, ABR-JUN 2014DOI: 10.5935/0103-1104.20140036

    1 Especialista em Sade

    Mental e AtenoPsicossocial pela

    Faculdade Vale do

    Salgado (FVS) Ic (CE),

    Brasil. Farmacutica das

    Unidades Bsicas de Sade

    da Famlia da AVISA 1

    e NASF 1 da Prefeitura

    Municipal de Maracana

    - Maracana (CE), Brasil.

    gabriela_ricarte@yahoo.

    com.br

    2 Doutoranda em Psicologia

    pela Universidade Federal

    Flumiense (UFF) Niteri

    (RJ), Rio de Janeiro.

    Professora da UniversidadeFederal do Cear (UFC)

    Fortaleza (CE), Brasil.

    anapaulasgondim@uol.

    com.br

    Utilizao de benzodiazepnicose estratgias farmacuticas em sade mentalUse of benzodiazepines and drug strategies in mental health

    Gabriela de Almeida Ricarte Correia1, Ana Paula Soares Gondim2

    RESUMO:O artigo enfoca a heterogeneidade no uso de benzodiazepnicos, sob o enfoque far-macutico, observada nos Centros de Ateno Psicossocial e Unidades Bsicas de Sade daFamlia. Os benzodiazepnicos esto includos entre os medicamentos mais prescritos paratratar distrbios de ansiedade. Os avanos da reforma psiquitrica, a criao dos Centros deAteno Psicossocial (Caps) e o redirecionamento das atividades de sade primria tornam

    imperiosa a adequao da prtica farmacutica atravs de atividades de orientao e acolhi-mento ao usurio de benzodiazepnicos.

    PALAVRAS-CHAVE:Receptores de GABA-A; Farmacoterapia; Acolhimento.

    ABSTRACT:This article focuses on the discrepancies in the use of benzodiazepines, under the

    pharmaceutical approach, observed daily in Centers of Psychosocial Care (Caps) and in Basic

    Units of Family Health. Benzodiazepines are among the most prescribed medications for the

    treatment of anxiety disorders. Advances in psychiatric reform, the creation of Caps and the new

    approach to primary health activities make imperative the adequacy of pharmaceutical practice

    through guidance and care activities to benzodiazepines users.

    KEYWORDS:Receptors GABA-A; Drug therapy; User embracement.

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    Introduo

    Conforme Acioly (2012), o Sistema nico deSade (SUS) tem se consolidado como umapoltica social eficiente para muitos brasileiros,

    mesmo enfrentando dificuldades. Sabe-se queos instrumentos a serem observados nas po-lticas de sade devem priorizar transforma-es na qualidade da assistncia, envolvendoaspectos ticos, de compromisso, adeso eresponsabilidade de todos os participantes,agregando indicadores epidemiolgicos e re-sultados que contribuam para mudanas naateno sade dos usurios.

    O esforo para consolidar o SUS se re-vela na expanso e qualificao da ateno

    primria, que ainda permanece em segundoplano no tocante a aes de promoo sa-de e de desenvolvimento da gesto de polti-cas intersetoriais (FERNANDES, 2012).

    De acordo com Santos, Junior e Sampaio(2012), a transformao das prticas assis-tenciais um desafio, j que a formao dosprofissionais continua atrelada ao modelomdico-centralizador, dificultando, assim,a compreenso do processo sade-doena esuas intervenes.

    Barretto (2011)relata que, no Cear, o mo-vimento de reforma sanitria adquiriu ca-ractersticas de transformao nos saberes enas prticas de sade, ampliando a coberturados servios de ateno primria e secund-ria. A implantao do SUS no Cear contras-tou com o cenrio de pobreza e adversidadesclimticas. No entanto, a efetividade dos sis-temas de sade necessita de reestruturao,reduzindo custos e alterando perfis de mor-bimortalidade (GADELHA ET AL, 2012).

    No que se refere ao sofrimento psquicode milhes de brasileiros relatados em v-rios trabalhos, sejam eles observacionais oude outra natureza, propagou-se a ideia de umSUS direcionado preveno e ao assisten-cialismo, por meio de aes educativas emsade primria nas Unidades Bsicas de Sa-de da Famlia (UBS) e nos Centros de Aten-o Psicossocial (Caps).

    Os Caps so unidades locais e regionaisque oferecem atendimento dirio aos pa-cientes portadores de sofrimento psquico,permitindo que o usurio permanea juntoaos familiares e comunidade, apoiando ini-

    ciativas de autonomia e bom convvio social(QUADROS ET AL, 2012).

    O objetivo deste estudo o de realizarreviso bibliogrfica sobre sade mental eo uso de benzodiazepnicos por pacientesportadores de algum transtorno mental, re-lacionando a atuao farmacutica no de-senvolvimento de estratgias educativas deacolhimento e orientao ao usurio dessesmedicamentos. Visa, ainda, despertar o in-teresse pela sade mental no tocante rea

    farmacutica e medicamentosa, haja vista oelevado consumo de benzodiazepnicos pe-los usurios portadores de algum transtor-no mental. Percebe-se que muitos pacien-tes, gestores e demais profissionais de sadeainda desconhecem a relevncia da partici-pao do farmacutico como orientador edisseminador de informaes viveis quecontribuam para um melhor acompanha-mento farmacoteraputico.

    A rea da sade mental passou por im-

    portantes transformaes sendo um temabastante debatido entre os vrios segmentosda sociedade, sejam eles sociais, polticos oueconmicos. De acordo com Menezes e Yasui(2009), a psiquiatria advm de uma tradioasilar e normatizadora exercida no hospitalpsiquitrico, estando protegida das ambigui-dades e ilogicidades do seu discurso fundante.As crticas ao hospital psiquitrico nasceramcom o prprio aparecimento do hospital, ecom o advento da 2 Guerra Mundial.

    Esses questionamentos favoreceram osurgimento de diversos movimentos queculminaram reformas psiquitricas, queconsiste em um processo de construo noBrasil e no mundo, no ocorrendo de formaconsensual e homognea. Tal manifesto re-laciona-se com questes histricas, econ-micas, polticas e culturais que caracterizamdiferentes regies e, como todo manifesto,

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    apresenta composio heterognea, incluin-do profissionais, familiares, usurios e a so-ciedade (CAMINO ET AL, 2009).

    A retomada do processo de discusso dosrumos da poltica nacional de sade mental

    deu-se no ano de 2010 com a realizao daIV Conferncia Nacional de Sade Mental,destacando a intersetorialidade como ele-mento primordial na construo de redesassistenciais mais resolutivas. A necessidadede um modelo humanizado e participativoparte do pressuposto do protagonismo dosusurios de sade mental e da participaode cuidadores, profissionais, famlia e comu-nidade. Buscam-se dessa forma compreen-der como aconteceu a reforma psiquitrica e

    sua contribuio no contexto da sade men-tal, por entender que o conhecimento permi-te a correo do mau uso dos pressupostosde integrao defendidos na reforma psiqui-trica (COSTA; PAULON, 2012).

    Oliveira e Alessi (2005)salientam que a re-forma, no Brasil, foi desencadeada num mo-mento de intensa mobilizao social peloretorno da ordem democrtica, sendo forte-mente influenciada por movimentos de re-forma na assistncia psiquitrica na Europa

    e nos Estados Unidos a partir da segundametade do sculo XX. Tal reforma um pro-cesso poltico e social complexo, compostode atores, instituies e foras de diferentesorigens, compreendendo um conjunto detransformaes de prticas, saberes, valoresculturais e sociais, marcada por impasses,tenses, conflitos e desafios.

    Conforme Rinaldi e Bursztyn (2008), a re-forma psiquitrica propiciou novas formas deabordar o sofrimento do portador de transtor-

    no mental atravs de proposta inovadora ope-rada por equipe multidisciplinar que se dedi-ca execuo de atividades amplas de cuidadotanto para o usurio como para a famlia.

    De acordo com Alverga e Dimenstein(2006), apesar dos avanos evidenciados emnvel local e nacional, ainda existem muitosdesafios e impasses na gesto de uma rede deateno em sade mental para o cuidar em

    liberdade. Questes de destaques, como aforma de alocao dos recursos financeiros,aumento considervel da demanda em sademental, fragilidade em termos de abrangn-cia, acessibilidade, diversificao das aes,

    qualificao do cuidado e da formao pro-fissional so alguns dos inmeros desafiosque insistem em perdurar.

    As mudanas ocorridas ao longo do tem-po tm tornado os portadores de transtornomental e seus familiares protagonistas de umprocesso que tenta inovar as formas de aten-o e cuidado por meio do auxlio de profis-sionais comprometidos com o processo deacolhida de seus clientes (MORENO, 2009).

    Nesse sentido, a implantao dos Caps re-

    presentou um novo olhar para a dinmica decuidado com esse paciente, uma vez que taiscentros evidenciam novas formas de terapu-tica; no somente a, to arraigada, teraputicamedicamentosa, mas sim uma proposta cons-ciente e aliada a outras formas de acolhimen-to, como oficinas teraputicas, visitas domici-liares, grupos educativos entre outros.

    Portanto, compreender o sofrimento ps-quico, acolhendo o usurio e promovendo seumelhor encaminhamento, norteia uma rela-

    o importante e estratgica na articulaodessa rede, tanto no cumprimento das funesde assistncia direta como na regularizao darede de servios de sade (SCHNEIDER, 2008).

    Observa-se, durante a prtica farmacu-tica evidenciada em diferentes estudos, quea prescrio de benzodiazepnicos expres-siva, necessitando de ateno direcionada aousurio. O profissional farmacutico, atuandode forma integrada s equipes de sade da fa-mlia e sade mental, presta apoio especiali-

    zado, i.e., suporte assistencial e tcnico peda-ggico, no devendo se restringir a atividadesessencialmente administrativas e de supri-mento da medicao, que, algumas vezes, dis-tanciam o profissional farmacutico das ativi-dades assistenciais.

    O papel do farmacutico na equipe mul-tidisciplinar ecltico, incluindo reuni-es com as equipes dos Ncleos de Apoio a

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    Sade da Famlia (NASF), grupos de educa-o em sade, atividades comunitrias, visitadomiciliar, atendimento conjunto com ou-tros profissionais de sade, atendimento fa-miliar ou individual e educao permanente.

    Alguns temas podem ser abordados pelofarmacutico na sade mental, como a corre-ta utilizao das diferentes formas farmacu-ticas, justificativas para uso do medicamentopor determinado tempo, esclarecimento so-bre possveis reaes adversas e interaesmedicamentosas, automedicao, uso de fi-toterpicos e questes relacionadas ao aces-so e uso abusivo de medicamentos.

    Diante da medicalizao da sociedade mo-derna e das consequncias dessa prtica, o

    farmacutico desempenha o papel de facilita-dor para o paciente e sua famlia, promoven-do seu empoderamento em relao terapu-tica medicamentosa. Sabe-se que a promoodo uso racional de medicamentos um temacomplexo e perpassado por diversas vari-veis, tais como marketing da indstria farma-cutica, combate ao uso indiscriminado, defi-cincia de informaes, entre outros.

    Os benzodiazepnicos so indicados parao tratamento da ansiedade severa, insnia,

    epilepsia, espasmos musculares, sndromede abstinncia alcolica e como adjuvante notratamento da esquizofrenia (FIRMINO ET AL, 2012).

    So drogas com atividade ansioltica, cujouso se iniciou na dcada de 1960, sendo oclordiazepxido o primeiro benzodiazepni-co lanado no mercado. Tal grupo de medi-camentos foi receitado em larga escala, j queproduzia atividades miorrelaxantes e hipn-ticas. Entretanto, observaram-se casos de usoabusivo, alm de desenvolvimento de tolern-

    cia, sndrome de abstinncia e dependnciaentre usurios crnicos (ORLANDI; NOTO, 2005).

    Cerca de 2% da populao dos EstadosUnidos recebe prescrio de pelo menos umbenzodiazepnico durante um ano ou maise, destes, aproximadamente 50% fazem usopor mais de cinco anos (NOMURA, 2006).

    Aps estudo transversal com coleta re-trospectiva de dados, Firmino et al. (2012),

    informaram que o consumo de benzodia-zepnicos em 2006 totalizou 522.436 com-primidos de Diazepam 10 mg e 303.629comprimidos de Clonazepam 2 mg. Dessasprescries, 75% destinavam-se a mulheres e

    homens adultos com mdia de idade de 49,7anos. As mulheres corresponderam a 74,3%e o homens, a 25,7% dos usurios de benzo-diazepnicos do Servio Municipal de Sadede Coronel Fabriciano-MG. Ainda de acordocom o referido estudo, cerca de 70% das in-dicaes foram consideradas inadequadas.

    Os dados da pesquisa foram condizentescom estudo realizado no municpio de SoPaulo, que confirmou a ocorrncia de usosindevidos de benzodiazepnicos no Brasil

    em duas faixas etrias principais: uma delasrepresentada por idosos que buscam, prin-cipalmente, o efeito hipntico da medica-o, e a outra, composta por indivduos demeia idade, predominantemente do sexofeminino, que buscam o efeito ansioltico(ORLANDI; NOTO, 2005).

    Estudo realizado nos servios psiquitri-cos das Casas Andr Luiz em relao ao usode benzodiazepnicos mostra que dos 787pacientes estudados, 618 (78,53%), tiveram

    sua ltima avaliao psiquitrica h maisde dois anos. Destes, 206 (26,18%) estavamem uso de psicotrpicos, sendo 47 deles, ou5,97% da populao, sob uso de benzodiaze-pnicos. Tais dados revelam que imperiosoum trabalho contnuo e compartilhado entreprofissionais que compem a rede de sademental para que tal problema seja sanado,uma vez que os pacientes sob uso de medica-es especiais, a exemplo de psicotrpicos,neurolpticos e antidepressivos, necessitam

    de cuidados dirios e consultas regularespara anlise dos efeitos das medicaes noseu estado geral (TOLEDO, 1993).

    O acompanhamento das dificuldades mos-tra que o saber mdico e as prticas de medi-calizao so importantes no servio e que osprofissionais no colaboram na promoo dealternativas no farmacolgicas para algunsproblemas de sade mental (SENA; JORGE, 2011).

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    Conforme Mordon e Habner (2009), a maio-ria dos problemas de origem psicolgica oupsicossocial vista pelo clnico geral no aten-dimento primrio, que, caso no seja realiza-do corretamente, pode conduzir a um crculo

    vicioso de dependncia por anos. De acordocom os autores, no h trabalhos brasileirosavaliando a prescrio de benzodiazepnicosna ateno primria.

    Pelos estudos analisados, percebe-se umacrescente tendncia de incorporar benzo-diazepnicos como frmacos prescritos roti-neiramente para o alvio de sintomas depres-sivos, ansiolticos e hipnticos. Tendo emvista o risco de dependncia fsica que essesmedicamentos causam, aliado aos interesses

    na rea de sade mental, constata-se que crescente o consumo de benzodiazepnicos,em especial o Diazepam 5mg, o que requernova postura do farmacutico ao exercer umtrabalho comprometido e dedicado junto aousurio de medicamentos, com informaesdirecionadas a ele e sua famlia, pois sabi-do que h carncia de informaes e cuida-dos assistenciais. Dessa forma, o farmacuti-co poder comparecer a reunies de debatesdos casos clnicos, analisando pronturios

    com mdicos e enfermeiros, alm de traba-lhos conjuntos com terapeutas ocupacionais

    e psiclogos, de modo a propiciar trocas deinformaes sobre o medicamento e promo-ver uma farmacoterapia exitosa.

    Consideraes finais

    Percebe-se o anseio da populao atendi-da nos centros de ateno psicossocial e emoutros servios de ateno primria por ati-vidades de orientao e informao sobreo uso racional e correto de medicamentos,incidindo a o papel do farmacutico tantonas Unidades de Sade da Famlia como nosCentros de Ateno Psicossocial.

    Berto, Jnior e Neto (2009)sustentam que

    a presena e ao do farmacutico nos esta-belecimentos de sade fundamental para ouso racional dos medicamentos, pois tal aorequer a aplicao de conhecimento tcnico-cientfico aprofundado, avaliando reaesadversas e interaes, entre outros aspectos.

    Partindo-se dessa premissa, entende-seque o contexto do uso de benzodiazepnicos complexo e multifatorial e que programasde ateno farmacutica direcionados ao usode psicotrpicos so essenciais para acres-

    centar informaes sobre os riscos da utili-zao desses medicamentos.s

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    Recebido para publicao em abril de 2013

    Verso final em dezembro de 2013

    Conflito de interesse: inexistente

    Suporte financeiro: no houve